Psicologia Aplicada a Fisioterapia

March 26, 2018 | Author: Layla Souza | Category: Attachment Theory, Pain, Psychology & Cognitive Science, Self Esteem, Personality Disorder


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PSICOLOGIA APLICADA A FISIOTERAPIACONTEÚDO 2: 1) Os primeiros filósofos da antiguidade que deram início aos questionamentos sobre o comportamento humano e os processos mentais foram: B- Platão e Aristóteles 2) Para os filósofos gregos e seu estudo sobre o “estudo da alma”, a alma ou espírito era concebido como: E- parte imaterial do ser humano e abrangeria o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção. 3) Somente no século XIX a ________________________conquistou o status como ciência, separada da________________________ e o que era até então exclusivo desta ciência, passa a ser investigado também pela _____________________e pela ________________em particular. Preencha corretamente as lacunas da frase assinalando a alternativa correta: B- Psicologia – Filosofia – Fisiologia – Neurofisiologia 4) A Psicologia se aplica à fisioterapia por que: I-Todo fisioterapeuta é um pouco psicólogo, tendo em vista que ouve as queixas da doença do seu paciente/cliente. II- O homem é um ser biopsicossocial e qualquer alteração em uma dessas unidades (bio-psico-social) irá alterar as outras. III- Toda doença têm sempre como causa direta os aspectos psicológicos. IV- É necessário levar em conta a unidade humana sabendo que não se pode separar a psique e o soma. V- Dependendo da crença do paciente o fisioterapeuta poderá ajudá-lo psicologicamente. Estão corretas: B- As alternativas II e IV 5) Relacione as teorias psicológicas aos enunciados correspondentes: (I) Behaviorismo a)Teoria mais ligada à Filosofia fazendo uso da percepção para compreender quais são os processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica para distinguir a figuras de seu fundo e de completar imagens. O diálogo entre o profissional e a pessoa doente é fundamental. (Morris e Maisto. . pois ajuda a amenizar a situação e estimula a confiança da pessoa no profissional. É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia e é deles que vem o termo psyché. 2004) Para entender a diversidade da Psicologia como ciência é necessário resgatar um pouco de sua história que teve início entre os gregos no Ocidente. bem como a autoconfiança. pois nem todas as pessoas recebem e sentem da mesma forma a proximidade física do outro. que significa alma. alternativa correta: E- (III) Gestalt Assinale I-b. acrescentando o conceito de reforço e recompensas c) Recuperou para a Psicologia a importância da afetividade postulando o inconsciente como objeto de estudo e quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão.É necessário ao profissional conheça a realidade sócioeconômica e cultural da pessoa que irá atender. Assinale a alternativa correta: D- II. o comportamento e os processos mentais humanos.O tocar profissional pode desencadear reações negativas ou positivas no cliente. cientificamente. II. Platão e Aristóteles já questionavam sobre o comportamento humano e os processos mentais. II-c. 700 a. IV. Nessa época. dedicando-se a compreender o espírito empreendedor do conquistador grego. no período anterior a era cristã. pois estes aspectos podem ser pontos de apoio e sustentação importantes no enfrentamento da doença. III. Isso abrange todos os aspectos do pensamento e dos comportamentos não se restringindo apenas aos comportamentos anormais. III-a a única 6) Leia com atenção as afirmativas: I Para o fisioterapeuta o importante é estar tecnicamente preparado para atender as necessidades físicas do cliente.(II) Psicanálise b) Argumentou que a psicologia deveria ocupar-se apenas com comportamentos possíveis de ser observados e medidos.. IV A Psicologia é um ramo das Ciências Humanas que estuda.C. e de logos. III. Os avanços nessa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central. Na antiquidade. quando alguém morria. ou seja. quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da que ele tem na realidade. Mas foi nos Estados Unidos que a Psicologia encontrou campo para um rápido crescimento e ali surgiram as primeiras abordagens ou escolas em psicologia. a sensação e a percepção. as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema. “estudo da alma”. . Para Sócrates. Platão também teve destaque nesse período procurando definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. para diversos autores. é a tendência teórica mais ligada a Filosofia. A percepção é o ponto de partida e também um dos temas centrais dessa teoria. a percepção depende da tendência humana de ver padrões de distinguir figuras de seu fundo e de completar imagens a partir de poucas pistas. as três mais importantes tendências teóricas da Psicologia são: . as quais deram origem às inúmeras teorias que existem até hoje. Somente no século XIX a Psicologia conquistou o status como ciência.C.que significa razão.Gestalt: na Europa. . Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário então. fazendo com que o sujeito se tornasse um agente ativo no processo de aprendizagem. Definiu esse lugar como sendo a cabeça. demonstrando que o pensamento. o desejo. onde se encontra a alma do homem e assim a medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo. separada da Filosofia e o que era até então exclusivo desta ciência.Behaviorismo: nasceu nos Estados Unidos com Watson que argumentou que a psicologia deveria ocupar-se apenas com comportamentos possíveis de ser observados e medidos. A principal preocupação deste filósofo era o limite que separa o homem dos animais. Os gestaltista estavam preocupados em compreender quais processos psicológicos envolvidos na ilusão de ótica. mas a alma ficava livre para ocupar outro corpo. De acordo com a Psicologia da Gestalt. com Wilhelm Wundt (1879) e tornou-se conhecido como Estruturalismo. a irracionalidade.). a razão é definida como uma peculiaridade do homem ou como essência humana. Platão concebia a alma como separada do corpo. compreender os mecanismos e o funcionamento do cérebro. a matéria (corpo) desaparecia. a Psicologia ganhou consistência com Sócrates (469-399 a. Skinner acrescentou a ele o conceito de reforço e recompensas. passa a ser investigado também pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. No século XX. A alma ou espírito era concebido como parte imaterial do ser humano e abrangeria o pensamento. O primeiro laboratório de psicologia experimental surgiu na Alemanha. os sentimentos de amor e ódio. Psicologia e a Fisioterapia Estar tecnicamente preparado não é o suficiente para que o profissional se relacione bem com o seu paciente. ou lugar que ela ocupa na família. A técnica é importante. É necessário ao profissional conhecer a realidade sócioeconômica e cultural da pessoa. o tocar pode desencadear reações negativas ou positivas no cliente. Considerando que o trabalho do fisioterapeuta exige o uso das mãos.. social do desenvolvimento ou espiritual de uma pessoa está reduzido ou deteriorado em comparação com experiência anterior. seu estado emocional diante da doença. Assim. IV. É importante também conhecer as expectativas da pessoa que receberá o tratamento. pois estes aspectos podem ser pontos de apoio e sustentação importantes no enfrentamento da doença.Doença crônica se caracteriza como aquela que em seis meses a pessoa está recuperada. todas as informações sobre a pessoa ajudarão o profissional na sua avaliação sobre os possíveis recursos que a pessoa dispõe [ou não] para enfrentar o momento do adoecimento. pois ajudará a amenizar a situação estimulando a confiança da pessoa no profissional. o tocar o outro. seu grau de ansiedade e avaliar que tipo de relação o paciente tem consigo mesmo e com os outros. suas crenças. II.Normalmente seu desenvolvimento é lento e duram acima de 6 meses.Uma fratura ou uma pneumonia pode ser considerada uma doença crônica. III. pois nem todas as pessoas recebem e sentem da mesma forma a proximidade física do outro. podemos definir doença como: A. É importante lembrar que a pessoa só chega até o profissional por que algo não está bem com ela e a fez procurar pelo profissional ou ser encaminhada até ele. o diagnóstico as causas que levaram o indivíduo para o tratamento [curativo ou paliativo]. 2) Sobre as características da doença crônica. IV .As doenças crônicas são as principais causa de morte e incapacidade no mundo. recuperou para a Psicologia a importância da afetividade postulando o inconsciente como objeto de estudo e quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. Com certeza para todo esse conhecimento e também para o trabalho a ser realizado. nasceu com o médico Sigmund Freud que a partir da prática médica. CONTEÚDO 3: 1) A partir dos estudos realizados. Assinale alternativa correta: C. sem antes conhecer a pessoa. podemos afirmar que I. não é possível estabelecer o sucesso do tratamento.Um estado no qual o funcionamento físico. Conhecer seus valores. intelectual. fundamental para que os resultados sejam positivos. o papel. emocional.I. mas toda a técnica será insuficiente se o relacionamento entre o fisioterapeuta e o seu cliente não for adequada. enfim. para que o ideal do tratamento seja conseguido e para que a pessoa se sinta cuidada. É necessário que se estabeleça uma relação de confiança e ajuda mútua entre o fisioterapeuta e o paciente. bem como a autoconfiança. podemos afirmar que apesar da ética e dos cuidados que o profissional usa para este tipo de procedimento. o diálogo entre o profissional e a pessoa doente será fundamental.Psicanálise: na Áustria. De certa forma são compensações que a pessoa tem e que só foram possíveis a partir da doença.a variável desencadeadora da dor pode ser fratura. III. adequadamente tratada. Assinale a alternativa correta: A. IV Vamos iniciar o estudo do nosso tema com a definição de Potter e Perry (2009) sobre o que é doença: Doença é um estado no qual o funcionamento físico. artrite reumatoide. Pedro. ocorrendo em diferentes intervalos de tempo. entre várias outras. A partir da colocação das autoras.I. cognitivo. Barganha. com causa física conhecida e reconhecida ou psicogênica. II. Analisando as situações acima. social. IV.João tem uma doença crônica e sua dor também é crônica. 25 anos é portador de uma doença degenerativa e sente dores intensas que são controladas através de analgésicos potentes. em poucos dias a pessoa retorna ao seu cotidiano. e que duram acima de 6 meses. 53 anos.Quanto a localização a dor pode ser pontual e bem definida ou difusa. Uma virose. mas também psíquico. Raiva. “De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). podemos entender que o adoecer não é apenas algo físico. responda qual é o tipo de doença e dor cada um dos personagens apresenta: D. 2009. cirurgia. difícil de ser apontada. III. mas. por exemplo. acidente químico ou pancada. do desenvolvimento ou espiritual de uma pessoa está reduzido ou deteriorado em comparação com experiencia anterior (Potter e Perry. emocional. Doença crônica: são aquelas normalmente de desenvolvimento lento.3) Os estágios de adaptação descritos por Kübler-Ross estão divididos em: BNegação e isolamento. No momento do atendimento teve dor intensa que vem sendo tratada com analgésico. II. 6) Analisando as características da dor. Depressão. Vamos entender quais os tipos que ela pode se apresentar: Doenças agudas: geralmente são de curta duração e não necessariamente são graves. 5) João. sofreu acidente e teve fratura de membro inferior esquerdo. s/nº p). Aceitação 4) Podemos entender “ganhos secundários” como: E. as doenças crônicas são as principais causa de morte e incapacidade no mundo”[1] Como exemplo de doenças .A dor pode ser ininterrupta ou episódica. afetando também as relações da pessoa com o seu meio. pode desencadear uma doença aguda. cortes acidentais. intelectual. Outro exemplo é quando a pessoa sofre uma fratura. Pedro tem doença aguda e dor também aguda. podemos afirmar que: I.A dor pode ser orgânica. Conforme Simonetti (2009) a pessoa “cai na real”. Tais mecanismos. pois nos ajuda na compreensão das reações e comportamento apresentados por esses pacientes. revolta. . neste caso. deixando para amanhã a consulta com o médico. A partir do diagnóstico de uma doença a pessoa não consegue conduzir sua vida da mesma forma como até então o fez. 37) são: negação. mecanismos psíquicos inconscientes serão acionados até que ela possa enfrentar ou não a nova realidade que se vislumbra. conforme Simonetti (2009. contra a família. gastar seu tempo procurando tratamento.na posição de negação a pessoa pode agir como se a doença simplesmente não existisse. enxerga a doença e enche-se de uma revolta que pode ser dirigida para qualquer lado: contra a doença. a realização de determinado exame. graves e/ou sem possibilidade de tratamento. ou seja. O autor justifica tal comportamento afirmando que:quando uma pessoa adoece. é uma reação emocional aos acontecimentos negativos pelas quais a pessoa está passando e pela perdas que poderão ocorrer. contra a equipe de enfermagem. tem que fazer algo em relação a doença. podem ser explicados pelo mesmo autor da seguinte maneira: Negação .crônicas. Enfrentamento – nesta posição a pessoa se sente fortalecida para enfrentar tudo o que está acontecendo: a doença. p. A mesma autora considera um momento importante e que ajudará na aceitação do diagnóstico e do tratamento. ela perde a liberdade. não pode mais fazer o que quer. A médica Elizabeth Kübler-Ross (1926-2004) foi pioneira no estudo sobre as reações emocionais da pessoa com doença grave. como. p. (Simonetti. por estar doente e projeta sua frustração para o outro. e todos nós sabemos como é irritante mudar nossos hábitos (p. o início do tratamento. depressão e enfrentamento. ou então minimiza sua gravidade e adia as providencias e cuidados necessários. o tratamento e até mesmo a morte se essa for a situação.40). podemos citar a hipertensão arterial. 2009. contra o médico que a comunica. Revolta – em geral é a fase mais difícil para o profissional. diabetes. doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). contra si mesmo. É o famoso “empurrar com a barriga”. etc. pois a pessoa mostra-se inconformada com o que está vivendo.44-45) Depressão –Kübler-Ross (1926-2004) considera que este tipo de depressão como reativa. e muitas outras. contra o mundo ou contra quem aparecer por perto. Seu trabalho é fundamental para os profissionais que trabalham com pacientes crônicos. por exemplo. ou então mudar hábitos de vida. afinal sempre fui uma boa pessoa”.A frase mais comum nesse estágio é: “Não é possível. É possível para a pessoa. Raiva – quando não há como negar a situação e tudo é uma certeza. principalmente a depressão. Barganha – nesse momento a pessoa tenta negociar com Deus ou com o que ela acredita que pode devolver-lhe a condição anterior à doença. Há uma tentativa de “troca”. é com a esperança que o profissional deve trabalhar junto ao paciente. Assim. a vontade de ficar em silencio. Gradativamente. são descritos os estágios: Negação e isolamento – é mais observado no início. aceitar tanto o tratamento como também a morte. Concluindo. Enfim. A pessoa lamenta para si mesma as perdas que vem acumulando devido à doença e também pela possibilidade da morte. Depressão – aqui uma grande tristeza se abate sobre a pessoa. pois trata-se de um período de lamento. mesmo quando a pessoa já está na aceitação. pois isso trará confiança no tratamento e aumentará a sua expectativa de vida. Kübler-Ross escreve que esses estágios não se manifestam seguindo uma ordem.Descritos como estágio de adaptação. a reação será de raiva e indignação. não é comigo”. há um desânimo. A raiva é sempre projetada para o exterior através de comportamentos agressivos. É importante a família e os profissionais estarem atentos para que esse estágio não se estenda por longo tempo. o importante é resgatar a saúde e para tanto podem ser realizadas promessas. vai havendo a aceitação parcial. Quanto ao isolamento. Kübler-Ross afirma que em todos os estágios o sentimento de esperança sempre está presente. por que isso foi acontecer comigo. podendo variar de acordo com o momento e a própria situação da pessoa. Os ganhos secundários de adoecer e suas consequencias: Podemos entender que os ganhos secundários são de certa forma compensações que a pessoa tem e que só foram possíveis a partir da doença. Aqui a frase comum é: “Com tanta gente ruim no mundo. quando a pessoa recebe a notícia de sua doença e da gravidade da situação. . pois tal sentimento está voltado para a sua recuperação e melhora. enfim tudo será válido para que a doença regrida ou desapareça. . mas que deve haver uma reação para que o próximo estágio aconteça. Nesse estágio a relação profissionalpaciente é difícil sendo importante a compreensão por parte dos profissionais. isso ocorre como uma tentativa da pessoa de fugir do sofrimento. sacrifícios. Aceitação – é o ultimo estágio descrito por Kübler-Ross e nesse momento a pessoa conseguiu superar os estágios anteriores. Outra reação esperada é a dúvida quanto à troca dos exames. pode ser formigamento. perfuração e corte. variando de alguns segundos a meses. conforme Carvalho (1999. o carinho e outros ganhos materiais que a pessoa pode ter a partir do adoecer. principalmente quando o paciente começa a apresentar comportamentos de desinteresse pelo tratamento.216). dentes. Qualidade – principal sensação. queimação. ou membros amputados. caracterizando a dor fantasma. algum processo inflamatório ou doenças. sem qualquer causa física. associada ao funcionamento ou momento psicológico da pessoa. artrite reumatoide. p. conforme Peçanha (2008) observa-se o desejo de preservar ganhos secundários como a obtenção de maior atenção da mãe (p. Por exemplo. pele. mesmo quando tudo indica que ela deveria existir. aparentemente parecem interessantes. tem . se machuca. pontada. Duração – um episódio doloroso pode permanecer por diferentes períodos de tempo. pressão.Até mesmo na criança. afinal para o paciente há o medo de que tudo se perca depois da cura. latejamento. Ela está associada ao trauma ou lesão tecidual. mas do ponto de vista psicológico e da recuperação da pessoa. É importante que o profissional esteja atento. a dor aguda é o desconforto que tem duração (de alguns segundos a menos de seis meses). Quanto aos tipo temos:: Dor aguda – de acordo com diversos autores. Natureza – a dor pode ser orgânica. entre várias outras. eles podem representar algo negativo. ocorrendo em diferentes intervalos de tempo. A localização também pode ser pontual e bem definida ou difusa. entre outros.17): localização – a dor pode ocorrer nos músculos. ausências injustificáveis. Intensidade – a “intensidade” da dor pode ser percebida como forte. A atenção. difícil de ser apontada. juntas. fraca e em uma grande variedade de graduação entre os extremos “sem dor” e “dor excruciante”. A dor e suas repercussões emocionais. Os diversos tipos de dor: As características da dor e suas variações. ou insuportável. cortes acidentais. ou refere sempre não sentir melhora. acidente químico ou pancada. Éimportante para o profissional conhecer e saber distinguir os tipos de dor. Por exemplo. Etiologia – a variável desencadeadora da dor pode ser fratura. Frequencia – a dor pode ser ininterrupta ou episódica. cirurgia. ardor. podem se apresentar da seguinte maneira. com causa física conhecida e reconhecida ou psicogênica. ou forma que a dor toma. tendo em vista que ela poderá variar de acordo com o tipo e a sua duração. uma lesão ou trauma muscular. a artrite reumatoide. mas sempre nos deparamos com pessoas que modificam nossa autoimagem. mas não há garantias de que tal imagem é a mesma que as pessoas vêm. inclusive a dor fantasma que é a dor que ocorre na pessoa que teve um membro amputado. CONTEÚDO 4: 1) Leia com atenção as afirmativas: I. situação de pós-operatório. entre outras. tal como ocorre com as dores agudas e crônicas. mas continua sentido.Imagem é algo que pode estar tanto internamente no sujeito ou ser algo externo. IV. apesar de saber que o membro não mais existe. temos a fibromialgia. . O assunto da dor é tão sério que diversos estudos são realizados a esse respeito. às vezes ao longo de quase uma vida. dores e/ou latejamento. pois. alguns tipos de câncer e outras tantas. como é a autoimagem. por que se repete ao longo de muito tempo.Podemos considerar a autoimagem como algo pessoal. em função do alívio da dor. III. O exemplo mais conhecido de dor recorrente é a enxaqueca. na qual o paciente sofre de forte dor de cabeça intercalada por períodos livres de qualquer dor (Carvalho. mas tem uma característica crônica. Como exemplo.Temos a percepção de como é nosso corpo.Autoimagem é o que pensamos de nós mesmos e parte importante dela é nossa imagem corporal. Dor recorrente – Carvalho (1999) escreve que a dor recorrente é também aguda. É fundamental que sejam oferecidos todos os recursos possíveis para o alívio e que a pessoa nunca seja banalizada em suas queixas. porque ocorre em episódios de curta duração. II. p. singular. Dor crônica – é o desconforto com duração superior a seis meses podendo durar muitos anos e geralmente acompanha alguma doença ou está associada a uma lesão tratada.17). e a própria percepção da realidade se compromete diante de todo sofrimento que a dor provoca. 1999. seu acompanhamento e tratamento exigem a participação de diversos profissionais num trabalho de equipe. e não está claramente associada a uma etiologia específica. é comum a pessoa ter seu humor alterado. II. por exemplo.Assinale a alternativa correta: D. citamos Silva (2002) que escreve que a autoimagem é o que pensamos de nós mesmos e parte importante dela é nossa imagem corporal (p. 3) Leia com atenção as afirmativas: I. p. 2003.Percebemos o mundo e nós mesmos com nosso corpo. a imagem corporal.Pessoas com baixa autoestima são aquelas que apresentam maior dificuldade no relacionamento interpessoal. É a representação mental do nosso próprio corpo. com certeza ela enfrenta as dificuldades com confiança e acredita que é possível superar as adversidades. A questão central se refere ao cerne da identidade do ser humano (Tavares. mesmo quando elas parecem intransponíveis.74). II. Quando nos referimos a imagem corporal estamos objetivamente discorrendo sobre o corpo físico e é sobre este corpo que a autoimagem é construída e consequentemente. II.Uma pessoa com autoestima positiva. IV 2) A relação do sujeito com seu corpo é tão importante que nos permite afirmar que: A. Assinale a alternativa correta: E.Apenas algumas pessoas apresentam um potencial favorável para o desenvolvimento da autoestima.I. III. Casos como este são considerados como . A abordagem da imagem corporal incrementa a convergência de intervenções motoras e psíquicas na busca do desenvolvimento da pessoa.As experiências corporais que definem a imagem corporal contribuem para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta. III. que nem sempre a imagem refletida no espelho é percebida da mesma maneira pela pessoa que se encontra em frente dele. Podemos observar.27). Toda identidade pessoal é construída em consonância com a imagem corporal e que abarca tudo aquilo que a pessoa sente e percebe de si mesma Para melhor compreensão entre a autoimagem e a imagem corporal. IV Vamos iniciar nosso tema com a definição de Tavares (2003) sobre a imagem corporal: A imagem corporal é a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos. IV.I. E esse movimento de expansão e recolhimento é dimensionado pela nossa imagem corporal (Tavares. p.107). são deixadas inscritas no corpo as suas marcas. ora está no mundo externo. A crença na vida e no sucesso pessoal são metas inalcançáveis para esse tipo de pessoa. O autor formulou a hipótese de que pessoas com baixa autoestima são mais vulneráveis aos eventos adversos do que pessoas com nível elevado de auto-estima (Beraquet. 2004. O exemplo clássico deste tipo de distorção é das pessoas com anorexia nervosa. Para BROCKNER (1988). 2003. portanto se define como a auto-avaliação das características do indivíduo (MALLE. Sobre a imagem corporal. de acordo com diversos autores. Areias et al. ter uma relação saudável com o próprio corpo é a essência para uma vida com equilíbrio. Todo corpo carrega em si a história de uma existência. que há em todas as pessoas. A auto-estima é uma experiência íntima. As transformações corporais nessa fase ocorrem de maneira muito rápida e na maior parte das vezes a maturidade psicológica e a mental não acompanham as mudanças físicas. é o que o sujeito pensa e sente sobre si mesmo. A relação do sujeito com seu corpo é tão importante que Tavares (2003) escreve: Percebemos o mundo e nós mesmos com nosso corpo. Podemos afirmar que pessoas com baixa autoestima são aquelas que apresentam maior dificuldade no relacionamento interpessoal. Ora nosso foco de percepção está no nosso corpo. a fase da adolescência é considerada como o período mais crítico para a formação da imagem corporal. Areias et al trazem a seguinte definição: Auto-estima é o sentimento que a pessoa tem sobre si mesmo como um todo. Cada memória representa uma história de relação com o mundo. Quanto maior forem os estímulos e as possibilidades de novas experiências do recém-nascido durante sua trajetória de vida. Cada memória pode ser revivida. tendo em vista que a relação que a pessoa tem consigo mesma pode ser de amor e afeto ou de desprezo e desprazer. p.23).distorções da autoimagem. Nosso corpo carrega a memória de nossa existência. mais completa será a formação do esquema corporal. pois o sentimento que os . A autoestima: Beraquet. Pois. as experiências corporais que definem a imagem corporal contribuem para a modelação de um esquema que refletirá na adolescência e na vida adulta. Podemos entender a partir da citação das autoras. implicando uma pequena mudança em nosso corpo. No percurso do desenvolvimento humano e na própria trajetória da existência. um potencial favorável ou não para o desenvolvimento da autoestima. 1999). Estar bem consigo mesma. Percebemos com esse mesmo corpo que se mostra aos outros. a auto-estima é definida como a auto avaliação favorável das características individuais. A psicologia da personalidade.O estudo da personalidade se dá através de diferentes concepções de pesquisadores e estudiosos. realiza seus estudos científicos sobre as forças psicológicas que tornam as pessoas únicas. recuperarse pode representar algo que não condiz com o seu “merecimento”.Dimensão cognitiva evoluindo há milhões de anos e ainda assim. o comportamento e os pensamentos. leia com atenção as características descritas na coluna a esquerda e encontre seu correspondente posto à direita: 1.Dimensão espiritual 5. B. As pessoas pensam e . Assinale a alternativa correta: C-I. II. IV. IV 2) Sobre o desenvolvimento da personalidade.Personalidade é o conjunto de característica de um grupo que gradativamente vai refletindo nas pessoas fazendo com que cada um se comporte conforme o grupo deseja.move é o de inferioridade. Cada um de nós tem determinadas capacidades e inclinações. CONTEÚDO 5: 1) Leia com atenção as afirmativa: I. abrangendo todos os seus aspectos. o tratamento pode arrastar-se por muito tempo e dificilmente será sentido como uma melhora significativa. como os sentimentos. III. Desta forma. afinal. Induz a ponderar sobre o significado de sua existência.Biológico 3. E. 4. C. Aspectos inconscientes A. fazendo o sujeito ser único e singular. tanto com relação às pessoas como consigo mesmo. A espécie humana vem 2.Personalidade corresponde ao conjunto de características de uma pessoa.Habilidade e predisposição D. Forças que não estão na consciência imediata. III. Todo profissional deve estar atento a pessoas que apresentam as características de baixa autoestima. cada um de nós é um sistema biológico único. 1D.John Bowlby 5) O ____________________________se desenvolve gradualmente. 7) O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) DSM-IV-TR agrupa os transtornos de personalidade em três classes sendo elas: Relacione a coluna da esquerda com a da direita de acordo com as características corretamente descritas: 1.Estado emocional em que a pessoa é atraída para direções psicológicas opostas.interpretam ativamente o mundo a seu redor. como no caso do comportamento de ________________________________. 4B. não apenas para o ser humano. As mães. que é percebida com mais forte. não precisam de seus bebês como fonte de segurança. vínculo. 3E. 4) Pioneiro no trabalho sobre a influência do apego na formação da personalidade.apego. Grupo A A. agem sobre ele e reagem a ele. podemos afirmar que a Teoria da Aprendizagem afirma que: D. Complete as lacunas das afirmativas acima. assinalando a alternativa correta: C. Complete a lacuna da frase acima assinalando a alternativa correta: A. Inclui os transtornos da personalidade esquiva depende. dependente e obsessivo-compulsiva e uma categoria denominada transtornos de personalidade sem outra especificação . em grande parte. O ______________________________ diz respeito aos sentimentos da mãe para com seu bebê.Seus autores encontram as raízes da personalidade nos modos como as pessoas pensam o ambiente. 5C 3) Sobre as teorias da personalidade e seus representantes. mais sábia e capaz de reduzir a ansiedade ou a perturbação. Assinale a alternativa correta: B. _________________________________ médico inglês considerava que todo o comportamento de vínculo tem valor de sobrevivência para todas as espécies. 2A. apego 6) Podemos entender ambivalência como: E. resultando no desejo do bebê de estar com uma pessoa preferida. conforme descrito por Morris e Maisto (2004. isolados e solitários. os indivíduos incluídos nesta categoria parecem dramáticos.2. realiza seus estudos científicos sobre as forças psicológicas que tornam as pessoas únicas. esquizoide e esquizotípica. histriônica e narcisista. Abaixo as principais teorias da personalidade e seus representantes. É formado pelos transtornos da personalidade anti-social. Cobre os transtornos de personalidade paranóide. 3A 8) Leia com atenção as características de transtorno de personalidade conforme descrição do DSM-IV: É diagnosticado em pacientes que exibem um padrão de reclusão social por toda a vida. C.343): . conseguem que outros assumam responsabilidades pelas áreas principais de suas vidas. borderline. Grupo C B. Assinale a alternativa que preenche corretamente a frase acima: Adependente Personalidade é uma palavra de origem latina. emocionais e erráticos. têm falta de autoconfiança e podem experimentar desconforto extremo quando sozinhos por mais que um breve período de tempo. portanto. p. e que está na raiz de ressoar. Os indivíduos com transtorno da personalidade esquizoide costumam ser vistos como excêntricos. 2C. os indivíduos com tais condições costumam ser percebidos como estranhos e excêntricos. Grupo B 3. O estudo da personalidade se dá através de diferentes concepções de pesquisadores e estudiosos que se debruçaram na investigação da personalidade. Assinale a alternativa correta: D. Seu desconforto com as interações humanas. persona significa “soar através de”. sua introversão e seu afeto embotado e restrito são notáveis.1B. Friedman e Schustack (2007) comentam que a psicologia da personalidade. Tais características são encontradas no transtorno de personalidade conhecida como: B-Transtorno da personalidade esquizoide 9) Indivíduos com transtorno da personalidade ________________________________ subordinam suas próprias necessidades às dos outros. cujo significado é persona. não apenas para o ser humano. Erik Erickson (1902-1994). Gordon Allport (1897-1967) afirmava que esses traços são codificados no sistema nervoso central como estruturas que guiam o comportamento. é necessário que suas primeiras relações com o meio tenham sido desenvolvidas em uma base segura. A respeito do vínculo. Sobre o apego. Assim. Karen Horney (1885-1952). Pioneiro no trabalho sobre a influência do apego na formação da personalidade. essa condição proporciona sentimentos e segurança. John Bowlby (1907-1990) médico inglês considerava que todo o comportamento de vínculo tem valor de sobrevivência para todas as espécies. p. as experiência passadas e de aprendizagem e do ambiente imediato. ou seja. os autores escrevem: . Alguns representantes desta teoria são: Carl Jung (1875-1961).343). mais sábia e capaz de reduzir a ansiedade ou a perturbação. Alfred Adler (1870-1937). para que haja um vínculo positivo da pessoa com o mundo. 2004.343). Teoria da aprendizagem -cognitivo-social – encontram as raízes da personalidade nos modos como as pessoas pensam o ambiente.164). Para Albert Bandura as pessoas avaliam uma determinada situação a partir de expectativas internas e são essas expectativas que influenciam o comportamento. (Sadock e Sadock. 2004. Nesse sentido. todo comportamento está baseado na interação do sujeito a partir da sua cognição (como ele pensa uma situação). p. que é percebida com mais forte. que ele denominou como libido. O processo é facilitado pela interação entre a mãe e o bebê. Sadock e Sadock (2007) explicam: O apego se desenvolve gradualmente. sexuais (Morris e Maisto. resultando no desejo do bebê de estar com uma pessoa preferida. a serviço de objetivos positivos. A importância dos vínculos afetivos na formação da personalidade De acordo com estudiosos. Teoria humanista – Seus autores concentram-se nas motivações positivas para o crescimento e na realização do potencial na formação da personalidade (Morris e Maisto.· · · · Teoria psicodinâmica – consideram que as origens da personalidade estão nas motivações e nos conflitos inconscientes. p. que fará com que a criança sinta que mundo é um lugar confiável. frequentemente. 2007. agem sobre ele e reagem a ele. Seu principal representante foi Freud (1856-1939) que afirmava que o desenvolvimento da personalidade tem sua base principal na satisfação dos instintos sexuais. A quantidade de tempo que passam juntos é menos importante do que a quantidade de atividade entre os dois. Carl Rogers (1902-1987) defendia que todo ser humano desenvolve sua personalidade. Teoria de traços – categorizam as personalidades e afirmam que as pessoas diferem de acordo com o grau que têm de determinado traço de personalidade. é fundamental o estudo da teoria do apego que tem seu campo de pesquisa nessas relações. p. há naturalmente um distanciamento físico da mãe. As mães. Concluímos que para que a pessoa desenvolva uma personalidade saudável. Nesse percurso. existem algumas etapas que devem ser vencidas pelo bebê na sua relação com a mãe ou cuidador. mas os dois são fenômenos diferentes. até que toda a energia parece ficar absorvida na autotortura e a personalidade parece mergulhar em estado paralisante. não precisam de seus bebês como fonte de segurança. Mas para que o desenvolvimento ocorra da maneira como explicam os autores. fisiológica e neurológica.18). gerando um estado de impasse mental. mas. somados ao desenvolvimento psicológico. mas alguém que sirva de apoio oferecendo apoio e confiança desde o seu nascimento. Desde o início da vida da criança. converte o ódio pelo objeto em ódio pelo eu. A importância da regulação da ambivalência na formação da personalidade Para tratarmos do tema sobre a ambivalência e sua importância para a formação da personalidade. no que diz respeito a suas atividades externas. 2007. não necessariamente a mãe biológica. por volta do primeiro e segundo ano de vida.O termo vínculo às vezes é usado como sinônimo de apego.” Sin. 2006. que entram em conflito logo que a pessoa se envolve em situação emocional concreta. Cabral e Nick (2006) escrevem: Estado emocional em que a pessoa atraída para direções psicológicas opostas (afirmação-negação. A culpa psicopatológica. A alternância entre um estado emocional e outro caracterizam a ambivalência. p. é natural que a criança sinta prazer com a presença da mãe ou substituta. como pela voz ou pelo olhar. pois conforme o desenvolvimento humano ocorre.164). Alguns pesquisadores concluíram que a mãe que tem contato de pele com seu bebê imediatamente após o nascimento apresenta um padrão de vínculo mais forte e pode proporcionar um cuidado com mais atenção do que aquela que não teve essa experiência (Sadock e Sadock. . Muitas pesquisas revelam que o vínculo ocorre quando há contato de pele entre os dois ou quando outros tipos de contato são feitos. por se odiar alguém a quem também se ama. é necessário que exista uma pessoa. como no caso do comportamento de apego. a maturação anatômica. vão construindo a formação da personalidade. Escreve H. Guntrip: “A ambivalência é vida emocional de via dupla. caracterizada pelo amor e ódio simultâneos. conforme ela vai se desenvolvendo. O vínculo diz respeito aos sentimentos da mãe para com seu bebê. aceitação-rejeição. vamos entender o que significa ambivalência.: Bipolaridade Psicológica (Cabral e Nick. Constitui a base da depressão clássica. diversos sentimentos se alternando na relação que a pessoa estabelece nas suas inter-relações. em grande parte. amor-ódio). a criança normalmente chora. sua introversão e seu afeto embotado e restrito são notáveis. os indivíduos com tais condições costumam ser percebidos como estranhos e excêntricos. esquizoide e esquizotípica. 2007. mas o que deve prevalecer para a confiança. histriônica e narcisista. Diante de situações de frustrações também podemos observar que os sentimentos se alternam. nesses casos. p. Seu desconforto com as interações humanas. amor e ódio. cônjuges patologicamente ciumentos e maníacos litigantes muitas vezes têm essa condição. Distúrbios graves de personalidade Os critérios que estabelecem os critérios que irão determinar o diagnóstico dos transtornos de personalidade estão descritos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders) DSM-IV-TR. Quando não são satisfeitos os critérios para mais de um. O Grupo B é formado pelos transtornos da personalidade anti-social.853) Com base no DSM-IV-TR. emocionais e erráticos. Costumam ser hostis. Em situações como esta os sentimentos se alternam. É necessário avaliar quais os sentimentos que irão prevalecer. os indivíduos incluídos nesta categoria parecem dramáticos. Recusam responsabilidades por seus próprios sentimentos e atribuem-na aos outros. persistentes das pessoas em geral. elaborado pelos psiquiatras da Associação de Psiquiatria Norte-americana. Sadock e Sadock (2007. p. coletores de injustiças. mas se há houver vínculo seguro a criança irá gradativamente percebendo que mãe estará de volta depois de algum tempo. dependente e obsessivo-compulsiva e uma categoria denominada transtornos de personalidade sem outra especificação (como o da personalidade passivo-agressiva e o da personalidade depressiva). O grupo C inclui os transtornos da personalidade esquiva depende. irritáveis e raivosos. os pacientes parecem ansiosos e medrosos. apresentam as características dos transtornos de personalidade que passamos a transcrever: · Transtorno da personalidade paranóide – se caracterizam por suspeita e desconfiança. num misto de desejo e repulsa. Fanáticos.Neste momento irão ocorrer sentimentos de medo e insegurança pela figura perdida. os clínicos devem diagnosticar cada condição (Sadock e Sadock. O DSM-IV-TR agrupa os transtornos de personalidade em três classes: O Grupo A cobre os transtornos de personalidade paranóide.856-870). borderline. Vários indivíduos exibem traços que não são limitados a um único transtorno de personalidade. Os indivíduos com transtorno da · . Todas essas experiências provocam emoções e para a criança ainda em desenvolvimento será de fundamental importância aquilo que ela introjetar dentro de si. Transtorno da personalidade esquizoide – é diagnosticado em pacientes que exibem um padrão de reclusão social por toda a vida. prazer e desprazer. (A CID-10 utiliza o termo transtorno da personalidade ansiosa). A CID10 utiliza o termo transtorno da personalidade emocionalmente instável. A CID-10 utiliza o nome transtorno da personalidade anancástica. O transtorno tem sido denominado personalidade passivodependente. Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva – caracteriza-se por restrição emocional. O transtorno tem sido denominado também esquizofrenia ambulatória. sugestionabilidade e falta de perseverança. perseverança. passividade. não são associais e mostram um grande desejo de companhia. tendência à ordem. mas necessita de garantias muito fortes de aceitação sem críticas. comportamento. Transtorno da personalidade esquizotípica – os pacientes com esta condição são notavelmente esquisitos ou estranhos. contudo. Pensamento mágico. Em geral. isolados e solitários. mesmo para pessoas leigas. Embora caracterizado por atos anti-sociais e criminosos de forma contínua. Transtorno da personalidade dependente – indivíduos com transtorno da personalidade dependente subordinam suas próprias necessidades às dos outros. dramática e extrovertida. ideias de referência. Transtorno da personalidade sem outra especificação – no DSM-IVTR. Transtorno da personalidade Borderline – paciente com tal condição se situam no limite entre a neurose e a psicose e se caracterizam por afetos. noções peculiares. Transtorno da personalidade anti-social – trata-se de uma incapacidade de se adaptar às normas sociais que ordinariamente governam vários aspectos do comportamento do indivíduo adolescente e adulto. a categoria transtorno sem outra especificação é reservada para transtornos que não se enquadram em nenhum dos tipos descritos . dúvida a cerca de si próprio. personalidade como se (descrita por Helene Deutsch). medo da sexualidade. o transtorno não é sinônimo de criminalidade (a décima revisão da Classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10) utiliza o nome transtorno de personalidade dissocial). pessimismo. Tal definição é similar à categorização do transtorno da personalidade dependente apresentada pelo DSM-IV-TR. conseguem que outros assumam responsabilidades pelas áreas principais de suas vidas. ilusões e desrealização são parte do seu mundo. Freud descreveu uma dimensão oral-dependente da personalidade caracterizada por dependência. Acompanhando seus aspectos bombásticos. relações objetais e auto-imagem extraordinariamente instáveis. Transtorno da personalidade histriônica – as pessoas com transtorno da personalidade histriônica são excitáveis e emocionais e se comportam de forma colorida. humor. têm falta de autoconfiança e podem experimentar desconforto extremo quando sozinhos por mais que um breve período de tempo. por vezes há uma incapacidade da manutenção de relacionamentos profundos e duradouros. esquizofrenia pseudoneurótica (descrita por Paul Hoch e Phillip Politan) e transtorno psicótico do caráter (descrito por John Frosch).· · · · · · · · personalidade esquizoide costumam ser vistos como excêntricos. Transtorno da personalidade esquiva – as pessoas com este transtorno exibem uma sensibilidade excessiva à rejeição e podem levar uma vida socialmente reclusa. teimosia e indecisão. A manifestação essencial do transtorno é um padrão global de perfeccionismo e inflexibilidade. Embora tímidas. são descritas como tendo um complexo de inferioridade. mas sem critérios plenos de qualquer um deles pode ser designado com essa classificação. Tão importante quanto a avaliação da pessoa. O transtorno de personalidade passivo-agressiva e transtorno da personalidade depressiva são exemplos. Um espectro estreito de comportamento ou um traço particular – como oposicionismo. tanto física como psíquica afeta também o ambiente onde a pessoa vive. Um paciente com manifestações de mais de um transtorno da personalidade. pois toda doença. A partir das descrições apresentadas é importante considerar que cada uma das características dos transtornos da personalidade são uma referência para o diagnóstico da psicopatologia apresentada.anteriormente. sendo muito importante uma avaliação criteriosa para se estabelecer o diagnóstico. é também o cuidado com a família. . sadismo ou masoquismo – também podem ser classificados nesta categoria.
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