Propriedades Coligativas (2)

March 23, 2018 | Author: shirofubuki | Category: Radioactive Decay, Osmosis, Solution, Atoms, Liquids


Comments



Description

INTRODUÇÃO Ao nosso redor, acontecem a todo o momento fenômenos relacionados à química, que por muitas vezes não compreendemose que algumas vezes possuem explicações bem simples. Este trabalho foca sua abordagem e três temas, que são: propriedades coligativas, onde temos Tonoscopia, Ebulioscopia, Crioscopia e Osmose; soluções eletrolíticas; e radioatividade. Veremos aqui alguns exemplos práticos e embasamento teórico dos mesmos, para melhor identificar fenômenos relacionados a estes temas. O objetivo Geral deste trabalho é Compreender o conceito e a variação de pressão de vapor e relacioná-los com variações nos pontos de solidificação e ebulição de um líquido, quando se adiciona um soluto não volátil a ele; Compreender o fenômeno da osmose; soluções eletrolíticas e da radioatividade. 3 por exemplo. individualmente. Assim.EVAPORAÇAO. das substâncias puras. contendo água pura. e não da sua natureza. Considere recipientes hermeticamente fechados. se uma molécula de água passar da fase líquida para a fase vapor.  Tempo 3: o processo atingiu um máximo.  Tempo 2: o processo continua. efetuando constantemente trocas de energia. começam a evaporar e a ocupar o espaço livre de líquido do recipiente. A água pura. significa simplesmente que.1. ou seja. que a adição de um soluto altera as propriedades de um líquido. é um conjunto de fenômenos isolados em que algumas moléculas. escapando para fora da massa líquida. Em qualquer temperatura. dissolvendose sal comum em água. 1. A pressão exercida é a pressão máxima de vapor da água na temperatura T. As substâncias puras têm propriedades físicas bem definidas. isso não significa que as moléculas de água da superfície do líquido tenham parado de evaporar. A evaporação é uma sucessão de eventos como esse. as moléculas de água na fase líquida movimentam-se e colidem entre si. todos na mesma temperatura T:  Tempo 1: as moléculas de água da massa líquida se movimentam para a superfície. em relação à água pura. por exemplo. isto é. ela passa a congelar-se em temperatura mais baixa e a ferver em temperatura mais alta. porém. 4 . o espaço livre de líquido do recipiente está saturado de moléculas de água na fase vapor.2.O QUE SÃO? Propriedade coligativa só depende do número de partículas. simultaneamente uma outra molécula de água irá passar da fase vapor para a fase líquida. As moléculas de água que passaram para a fase vapor estão em movimento contínuo e exercem determinada pressão sobre as paredes do recipiente.1-PROPRIEDADES COLIGATIVAS. constata-se. 1. ou seja. Essas alterações que os solutos causam aos solventes são denominadas propriedades coligativas. Mas antes é necessário conhecer as propriedades dos solventes. para posteriormente saber como os solutos vão modificá-las.  Tempo 4: o número de moléculas na fase vapor não muda mais (é o mesmo que no tempo 3). congela-se a 0 °C e ferve a 100 °C. A variação da temperatura de ebulição do solvente provocada pela adição de soluto é uma das propriedades coligativas que estudaremos a seguir. ao nível do mar. É o que chamamos equilíbrio dinâmico. escapam da superfície do líquido. Eventualmente uma molécula de água localizada na superfície adquire energia suficiente para romper as ligações intermoleculares (pontes de hidrogênio) feitas com outras moléculas. surge a definição: Pressão ou (tensão) máxima de vapor de um líquido é a pressão exercida por seus vapores (vapores saturados) quando estes estão em equilíbrio dinâmico com o líquido. maior sua pressão de vapor. Observe o gráfico das curvas da pressão máxima de vapor.3. assim. p0 – p = p = abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor da solução. A pressão de vapor do solvente na solução é sempre menor que a do respectivo solvente puro. A distância entre as curvas depende apenas do número de partículas do soluto: quanto menor for o numero de partículas do soluto. a pressão de vapor do éter é maior que a dos outros dois líquidos já que ele é mais volátil. maior a sua pressão de vapor.TONOSCOPIA OU TONOMETRIA Se adicionarmos um soluto não-volátil e miscível à água. as curvas da pressão máxima de vapor de um solvente puro e da pressão máxima de vapor do solvente na solução.  Temperatura: Quanto maior a temperatura de um líquido. na mesma temperatura. 1. Se desenharmos em um mesmo gráfico da pressão em mmHg. Isso ocorre porque as partículas de soluto "bloqueiam" a saída das moléculas de água. diminuindo o número de moléculas que saem e. à temperatura t. formando uma solução aquosa. Definimos então: p0 = pressão máxima de vapor do líquido puro. na mesma temperatura t. diminuindo a pressão de vapor da água no recipiente. Fatores que influenciam a pressão de vapor:  Natureza do líquido: Quanto maior a volatilidade de um líquido. iremos observar experimentalmente que a pressão máxima de vapor da água na solução será menor que a pressão máxima de vapor da água pura. A tonoscopia estuda o abaixamento da pressão máxima de vapor de um solvente causado pela adição de um soluto não-volátil. que diz: 5 . em função da temperatura em °C. Pode-se dizer que as curvas do solvente puro e da solução ideal são eqüidistantes (quase paralelas). iremos observar que os traçados dessas duas curvas seguem bem próximos um do outro. O abaixamento relativo da pressão máxima de vapor de uma solução pode ser calculado pela LEI DE RAOULT. Assim. mais próximas as curvas se situarão.A partir dessas observações. p = pressão máxima de vapor da solução. 2 mmHg a água entra em ebulição a 10ºC.4. que é uma vaporização turbulenta. Variando-se a pressão externa a que o líquido está sujeito. a qual é definida pela relação: kt = (m2//1000). não-volátil e não-iônico. com a formação de bolhas em todo o interior do líquido. O fator de aumento de Van’t Hoff pode ser calculado pela fórmula: i = 1 + (q – 1) . sob pressão de 760 mmHg.EBULIOSCOPIA 6 . Para que a ebulição aconteça. podemos dizer que: "um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus vapores (p0) torna-se igual à pressão externa que. Uma vez que esta última é desprezível. 1.3. = grau de ionização ou dissociação. x1 = fração molar do soluto e kt = constante tonométrica molal do solvente. que é uma vaporização calma e ocorre somente na superfície do líquido. Matematicamente temos: ( p/p2)=kt*W ou ( p/p2) = x1 Onde: W = molalidade. o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é diretamente proporcional à molalidade da solução. entra em ebulição a 100ºC. é a pressão atmosférica local". sob uma pressão externa de 9. é necessário que a pressão do vapor (p0) existente no interior de cada bolha seja igual ou superior à pressão externa. Por exemplo.1-Quando um liquido ferve? Quando uma substância passa do estado líquido para o estado gasoso. Para soluções iônicas utiliza–se o fator de correção de Van’t Hoff (i). Ora. no caso de um recipiente aberto. e pode ocorrer de duas maneiras:  Por evaporação. onde i= Fator de Van’t Hoff. onde m2 representa a massa molar do solvente.  Por ebulição. 1. consegue–se variar o ponto de ebulição desse líquido.Numa solução bastante diluída de um soluto qualquer. A água ao nível do mar. o fenômeno é denominado vaporização do líquido. e q= número de íons formados por molécula ou por conjunto iônico. a pressão externa sobre a bolha é dada pela soma da pressão atmosférica com a pressão da camada líquida acima da bolha. sob mesma pressão externa. que salta da panela caso a válvula de contrapeso não funcione. Atenção: procure manter a válvula de contrapeso sempre limpa. te = tE . Com isso. 1. a pressão do vapor do solvente diminuirá e. puro (t0 Podemos dar. geralmente de cor vermelha. a temperatura de ebulição da água aumenta e os alimentos cozinham mais rapidamente. e outra adicional. a evaporação da água aumenta e a pressão de seus vapores se soma à pressão do ar já existente.5. Daí se conclui que: O ponto de ebulição da solução será sempre maior que o ponto de ebulição do respectivo solvente puro (sob a mesma temperatura e pressão).t0 = elevação da temperatura de ebulição da solução (é o chamado efeito ebulioscópico ou ebuliométrico). de um fato importante: se a pressão no interior da panela subir demasiadamente. Quando ela é aquecida.Uma aplicação importante desse fato são as panelas de pressão (e suas similares industriais. já fica aprisionada no interior da panela. Isso significa que a energia necessária para as moléculas do solvente passarem da fase líquida para a fase vapor numa solução é maior do que quando o solvente está puro. Lembre-se. consequentemente a temperatura de ebulição aumentará. porém.CRIOSCOPIA Faremos agora outras experiências para analisar o comportamento da temperatura de congelamento da água pura e das soluções aquosas de glicose e sacarose de mesma 7 . a seguinte definição: Ebulioscopia ou ebuliometria é o estudo da elevação da temperatura de ebulição de um líquido. uma quantidade de ar. No momento em que se colocam a água e o alimento e se fecha a panela de pressão. por esse motivo. observa-se que a temperatura de ebulição do líquido aumenta. como vimos acima. produzindo uma pressão total maior que a do ambiente. ainda. poderá ocorrer uma explosão. Quando se dissolve um soluto não-volátil em um líquido. as panelas de pressão são dotadas de pelo menos duas válvulas de segurança: uma de contrapeso. aliviando essa pressão interna. à pressão atmosférica ambiente. as autoclaves). ocasionada pela dissolução de um soluto não-volátil. Em outras palavras. Se a concentração de uma solução aumentar. Esse fato é uma conseqüência do abaixamento da pressão máxima dos vapores. A pressão de vapor de uma solução é sempre menor que a pressão de vapor do respectivo solvente puro. podemos dizer que: (Te) é a diferença entre a Elevação da temperatura de ebulição da solução (temperatura inicial de ebulição da solução (te) e a temperatura de ebulição do líquido). sob mesma pressão externa. que se abre quando a pressão no interior da panela e torna excessiva. OSMOSCOPIA OU OSMOMETRIA O efeito osmótico Fatos como os descritos acima são muito freqüentes e importantes nos seres vivos e são chamados e efeitos ou fenômenos osmóticos. Quando uma solução entra em solidificação. o solvente começa a se solidificar primeiro tornando a solução cada vez mais concentrada. O abaixamento da temperatura de congelamento provocado pela presença de um soluto não-volátil e molecular depende única e exclusivamente do número de partículas do soluto dissolvido numa certa quantidade de solvente. Considere um sistema contendo um líquido puro durante o ponto de solidificação. para baixar a pressão de vapor da fase sólida tornando-a novamente igual à da fase líquida. Isso é chamado de efeito crioscópico. para que entre no ponto de solidificação. formando uma solução ideal. causa o mesmo abaixamento na temperatura de congelamento desse solvente na solução. Assim. Para que um determinado líquido puro passe da fase líquida para a fase sólida. o que faz o ponto de solidificação diminuir progressivamente. diminui. A adição de um soluto ao sistema. quanto mais concentrada for a solução (maior número de partículas do soluto). Ao se adicionar um soluto não-volátil à água pura (solvente puro). O abaixamento da temperatura de congelamento do solvente na solução é também conseqüência direta das alterações que acontecem no diagrama de fases. baixa a pressão de vapor da fase líquida e interrompe a solidificação. Por esse motivo. Tomando um gráfico da pressão em função da temperatura. 8 . Para que a solução volte a se solidificar é necessário resfriá-la. dissolvidos numa mesma quantidade de solvente. Igual quantidade em mols de diferentes solutos moleculares e não-voláteis. onde estejam assinaladas as curvas da pressão de vapor de um solvente puro nas fases sólida e líquida e de uma solução ideal desse solvente. considera-se o ponto de solidificação de urna solução como a temperatura em que se iniciou a solidificação.6. menor deverá ser a temperatura para que a solução congele. 1. que ocorre a uma temperatura de x°C. ou simplesmente a temperatura de congelamento da solução. é necessário que as pressões de vapor da fase líquida e da fase sólida se tornem iguais. podemos observar o abaixamento que ocorre no ponto de solidificação. o que irá ocorrer a uma temperatura inferior a x°C. a temperatura de congelamento do solvente na solução.molaridade. isto é. Assim: No esquema A. já em B. ou seja.1. ela se dilua através de uma membrana semipermeável. Assim. é capaz de impedir a sua diluição. ela é a pressão osmótica da solução. Haverá alteração externa nos níveis dos líquidos enquanto as velocidades de endosmose e de exosmose forem diferentes. predominando a passagem do solvente puro (ou de uma solução diluída) para a solução (ou solução mais concentrada). vai de dentro para fora (exosmose). a água também sai da solução. as unidades constituintes do CuSO4 (íons Cu2+ e íons ) se difundem entre as moléculas de 4SO água. ou seja. até que a concentração dessa solução seja a mesma em todos os pontos. até que a solução final fique bastante homogênea.Pressão osmótica Pressão osmótica é a pressão externa que devemos exercer numa solução para impedir que. Tal fenômeno é espontâneo. quando em contato com o solvente. aplicada à solução. Membrana semipermeável é aquela que permite a passagem do solvente e não permite a passagem do soluto. 1. Pressão osmótica: uma propriedade coligativa 9 . A água passa naturalmente através da membrana semipermeável.6.O que é osmose? Você já conhece o fenômeno de difusão. você pode notar a indicação do movimento da água de fora para dentro da solução (endosmose). a pressão mecânica exercida pelo pistão é a pressão mínima que. Osmose é um processo de difusão de solvente que ocorre através de uma membrana semipermeável. vejamos: No caso representado acima. Então. como os descritos a seguir: O sangue humano tem várias substâncias dissolvidas. que lhe conferem uma pressão osmótica da ordem de 7. 8 atm. os glóbulos vermelhos do sangue. dentro e fora da célula. 1. atravessando a membrana celular. trazendo e levando inúmeras substâncias. estão calibrados para viver nessa pressão osmótica de7. a membrana da célula "reconhece" e deixa entrar as moléculas dos alimentos. vegetais e animais. igual à do sangue. Sendo assim. são envolvidas por membranas semipermeáveis. ele irá "murchar". entra e sai das células.A pressão osmótica e os seres vivos: Todas as células vivas. A água. deve ter sais dissolvidos em quantidade (equivalente a 0. Se um glóbulo vermelho for colocado em água pura. em que a criança perde muita água. que é um constituinte fundamental dos seres vivos. pelo contrário. a água começará a penetrar através da membrana. mas não permite a saída das moléculas constituintes da própria célula. Se.9% de NaCCl) tal que a pressão osmótica do soro seja também 7. Outro fenômeno biológico decorrente da pressão de origem osmótica ocorre na desidratação infantil. colocarmos um glóbulo vermelho numa solução aquosa com bastante sal. maior será a sua pressão osmótica. Quanto maior a concentração de uma solução. podendo morrer em algumas horas. isto é. por exemplo.8 atm. porém.A pressão osmótica da solução de maior concentração é maior que da solução mais diluída. resultam fenômenos biológicos de grande importância. deixa sair as moléculas finais do metabolismo. Essa semipermeabilidade. isto é. que é a pressão mecânica do sangue medida nos consultórios médicos). o soro fisiológico injetado nas veias dos pacientes deve ser isotônico em relação ao sangue. também nesse caso administra-se o soro fisiológico para reequilibrar a pressão osmótica do organismo. tem caráter seletivo.8 atm (não confunda com a pressão arterial. devido à saída de água de seu interior. 10 . Da diferença entre a concentração da solução aquosa.6. e o glóbulo vermelho irá "inchando" até "explodir".2. Por esse motivo. pelo contrário. rádio e tório serem “instáveis”. HCl) são condutores de energia pelo fato de se transformarem ao serem colocadas na água. Observe: 3.que. e os compostos NaCl. atravessar corpos opacos à luz ordinária. a concentração dessas substâncias é maior que na água externa. na qual estão dissolvidas muitas substâncias. chamados radioativos. pois elas ocorrem nos dois sentidos. são capazes de emitir radiações. HCl entre outras. diz respeito ao fato das transformações poderem voltar ao estado anterior em sentido oposto. ou seja elas são consideradas reversíveis. produzir fluorescência. os compostos destas soluções são denominados não-eletrólitos. desse modo.NaOH. as que conduzem energia elétrica. beta e gama (raios-X). o organismo dos peixes é formado por uma alta porcentagem de água. sendo assim equacionadas com dupla seta. l colher de sal e 2 colheres de açúcar. e consiste no fato de alguns átomos como os do urânio. pode-se preparar um soro caseiro. tem 92 prótons.KI. HCl são denominados eletrólitos. Como acontece em todos os seres vivos. KI. sendo uma contraria da outra. em l litro de água filtrada e fervida. a concentração de suas substâncias internas é menor que na água externa. usada em medicina (radioterapia). partículas beta e raios gama. ionizar gases. soluções aquosas de NaCl. A Teoria da Dissociação Eletrolítica do químico sueco Arrhenius. porém através dos séculos vai 11 . Essas soluções (NaCl. no organismo do peixe de água salgada. Interessante também é o que ocorre com os peixes. As radiações emitidas pelas substâncias radioativas são principalmente partículas alfa. NaOH.Numa emergência. KI. perdendo constantemente partículas alfa. 2. São denominadas soluções eletrolíticas. dissolvendo-se. é por isso -. normalmente. pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos. No organismo do peixe de água doce. um peixe de água doce não pode viver em água salgada e vice-versa. por exemplo. as quais têm a propriedade de impressionar placas fotográficas. NaOH. A radioatividade é uma forma de energia nuclear. O urânio. qualquer peixe deve ter um metabolismo e um sistema de adaptação para compensar o desequilíbrio entre a pressão osmótica interna de seu organismo e a pressão osmótica externa da água circundante. etc.RADIOATIVIDADE É um fenômeno natural ou artificial.SOLUÇÕES ELETROLÍTICAS. se desintegra posteriormente. os raios beta carga negativa. A partir da magnitude de defleção. ou posteriormente. e finalmente demonstrarem que as partículas alfa são núcleos de hélio. Fazer passar partículas alfa através de uma janela de vidro muito fina e encerrá-las numa lâmpada de néon permitiu aos investigadores estudarem o espectro de emissão do gás resultante. os raios foram designados alfabeticamente como alfa. Abriu-se a possibilidade da transmutação dos elementos. A radioatividade pode ser: Radioatividade natural ou espontânea: É a que se manifesta nos elementos radioativos e nos isótopos que se encontram na natureza e poluem o meio ambiente. Sendo estudada pelo casal “Joliot-Curie” (Frédéric Joliot e Irène Joliot-Curie). De igual modo. Outras experiências mostraram a semelhança entre a radiação beta clássica e os raios catódicos: são ambos fluxos de eletrões. era claro que as partículas alfa eram muito mais maciças do que as partículas beta. descobriu-se que um campo elétrico ou magnético podia separar as emissões em três tipos de raios.RADIOATIVIDA ARTIFICIAL Produz-se a radioatividade induzida quando se bombardeiam certos núcleos com partículas apropriadas. Descobriu-se que o decaimento gama como fenômeno separado (com a sua própria meia-vida. Enquanto que o decaimento alfa foi apenas observado nos elementos mais pesados (número atômico 52. e maiores). o que se mantém até hoje. obtendo oxigênio. beta e gama. até terminar em chumbo. tornou-se óbvio a partir da direção das forças eletromagnéticas produzidas sobre as radiações pelos campos magnético e elétrico externos. telúrio. A relação entre os tipos de decaimento começou também a ser estudada: por exemplo. O estudo da radioatividade permitiu um maior conhecimento da estrutura dos núcleos atômicos e das partículas subatômicas. Se a energia destas partículas tem um valor adequado.2. Foi observada pela primeira vez pelo francês Henri Becquerel em 1896 enquanto trabalhava em materiais fosforescentes. bombardeando núcleos de boro e alumínio com partículas alfa.1. elas penetram no núcleo bombardeado formando um novo núcleo que. e que os raios gama eram neutros. eles observaram que as substâncias bombardeadas emitiam radiações após retirar o corpo radioativo emissor das partículas alfa. Inclusive o sonho dos alquimistas de transformar outros elementos em ouro se tornou realidade. Ao analisar-se a natureza dos produtos do decaimento. ao bombardear átomos de nitrogênio.perdendo-os na forma de radiações. 3. mesmo que o processo economicamente não seja rentável. no caso de ser instável. ou seja. que os raios alfa tinham carga positiva. descobriu-se que a radiação gama e os raios-X são formas semelhantes de radiação eletromagnética de alta-energia. por sua vez criados por meio de outros tipos de decaimento.TIPOS DE RECAIMENTO Quanto aos tipos de radiação radioativa. hoje designado como transição isomérica) na radioatividade natural era o resultado do decaimento gama de isômeros nucleares metastáveis excitados. Radioatividade artificial ou induzida: É aquela que é provocada por transformações nucleares artificiais. a transformação de elementos em elementos diferentes. Foi realizada pela primeira vez pelo físico neozelandês Ernest Rutherford. ocorrendo quase ao mesmo tempo. os outros dois tipos de decaimento foram observados em todos os elementos. com partículas alfas. 3. Por falta de melhores termos. 12 . o decaimento gama era quase sempre encontrado em associação com outros tipos de decaimento. com 82 prótons estáveis. descobriu-se que ao invés de emitirem positrões e neutrinos.3. alguns nuclídeos ricos em protões capturavam os seus próprios eletrões atômicos (captura eletrônica). mas por meio de mecanismos diferentes. Pouco tempo após a descoberta do neutrão em 1932. Cada um destes tipos de decaimento envolve a captura ou emissão de eletrões ou positrões nucleares. Z − 1) Emissão de neutrão Um neutrão ejetado do núcleo (A − 1. Foi também descoberto que alguns elementos mais pesados podem sofrer fissão espontânea resultando em produtos de composição variável.TABELA DE MODOS DE DECAIMENTO Modo de decaimento Partículas participantes Núcleo filho Decaimentos com emissão de nucleões: Emissão alfa Uma partícula alfa| (A = 4. embora não envolva nem decaimento beta nem decaimento gama. percebeu-se que o mesmo processo que opera no decaimento beta clássico pode também produzir positrões (emissão positrónica). outros tipos seriam descobertos. Z) Dupla emissão de protão Dois protões ejetados do núcleo em simultâneo (A − 2. São conhecidos eventos raros que envolvem a combinação de dois eventos de decaimento beta com ocorrência simultânea. Z = 2) emitida do núcleo (A − 4. observou-se que eram emitidas ocasionalmente pelos átomos combinações específicas de neutrões e protões (núcleos atómicos). que não as partículas alfa. Um exemplo é a conversão interna. Este tipo de decaimento (como o decaimento gama de transição isomérica) não transmuta um elemento em outro. beta e gama sejam os mais comuns. embora nem todos tenham sido detectados. Num processo análogo. Z − 2) Emissão de protão Um protão ejetado do núcleo (A − 1. Foram descobertos outros tipos de decaimento radioativo que emitiam partículas já conhecidas. e emitem apenas um neutrino (e geralmente também um raio gama). Pouco depois da descoberta do positrão em produtos de raios cósmicos. e leva o núcleo a aproximar-se da razão entre neutrões e protões que tem a menor energia para um dado número total de nucleões (neutrões mais protões). Z − 2) 13 . 3. Num fenómeno chamado decaimento aglomerado. Enrico Fermi descobriu que certas reações de decaimento raras produziam neutrões como partícula de decaimento (emissão de neutrões).Embora os decaimentos alfa. A emissão protónica isolada acabaria por ser observada em alguns elementos. a qual resulta na emissão eletrónica e por vezes emissão de fotões de alta-energia. É admissível qualquer processo de decaimento que não viole as leis de conservação da energia ou do momento (e talvez outras leis de conservação). Z − 2) Captura eletrónica comEmissão de positrão Um núcleo absorve um eletrão orbital. o núcleo filho (A. pois é capturado por uma orbital K vazia. Z − 2) 14 . Z + 1) eletrão Emissão de Um núcleo emite um positrão e um neutrino de positrão(Decaimento β+) eletrão (A. Z + 1) é deixado num estadoexcitado e instável. Z1) menor ou maior que uma partícula (A1. O processo é suprimido exceto em átomos ionizados que têm vagas na orbital K Decaimento beta duplo Um núcleo emite dois eletrões e dois antineutrinos (A. Z + 2) Um núcleo absorve dois eletrões orbitais e emite Captura eletrónica dupla dois neutrinos – o núcleo filho é deixado num estado excitado e instável (A. mas o eletrão não é emitido. Z − 1) Captura eletrónica Um núcleo captura um eletrão orbital e emite um neutrino o núcleo filho é deixado num estado (A.Fissão espontânea O núcleo desintegra-se em dois ou mais núcleos menores e outras partículas — O núcleo emite um tipo específico de núcleo (A − A1.Z − Z1) + Decaimento aglomerado menor (A1. emite um positrão e dois neutrinos (A. Z − 1) excitado instável Decaimento beta de partícula composta Um núcleo sofre decaimento beta de eletrão e antineutrino.Z1) alfa Diferentes modos de decaimento beta: Decaimento β− Um núcleo emite um eletrão e um antineutrino de (A. Z − 2) Transições entre estados do mesmo núcleo: Transição isomérica Núcleo excitado liberta um fotão de alta-energia (raio gama) (A.4. Quando o átomo radioactivo emite uma partícula beta. seu número atômico aumenta de uma unidade.Emissão dupla de positrão Um núcleo emite dois positrões e dois neutrinos (A. 2ª Lei. porém ocorre uma perda de uma quantidade de energia "hν". vai sofrendo decaimento até formar o elemento chumbo-206. As radiações gama não alteram o número atômico nem o número de massa do átomo. o número de massa do átomo resultante não varia e o seu número atômico aumenta em 1 unidade. por exemplo. Desse modo. 15 . Z) Conversão interna Núcleo excitado transfere energia para um eletrão (A. O processo de desintegração nuclear só termina com a formação de átomos estáveis.quando um átomo emite uma partícula alfa.5.quando um átomo emite uma partícula beta. a emissão de partículas alfa e beta pelos átomos instáveis muda seu número atômico. Quando um núcleo "excitado" emite uma radiação gama não ocorre variação no seu número de massa e número atômico. 3. Z) orbital e é ejetado do átomo 3. o número de massa do átomo resultante diminui em 4 unidades e o número atômico em 2 unidades. seu número atômico diminui de duas unidades e sua massa atômica de quatro unidades.LEIS DA RADIOATIVIDADE 1ª Lei.LEIS DE SODDY E FAJANS Quando um átomo radioactivo emite uma partícula alfa. O urânio-238. Quando um átomo emite uma partícula radioativa dizemos que ele sofreu uma desintegração. transformando-os em outros elementos. não só rodeados como também passando por tais fenômenos.CONCLUSÃO De fato a todo o momento estamos rodeados por fenômenos químicos. 16 . E a forma que busquei para realizar tal tarefa. foi mostrar suas relações com nossa vida. Por estarmos a todo o momento na presença de fenômenos químicos este trabalho buscou explicitar de maneira detalhada e de simples compreensão para que possamos entender o que nossos olhos por vezes não conseguem ver. e quão interessantes são de serem estudados. wikipedia.wordpress.com.org/wiki/Propriedades_coligativas http://pt.com/2010/04/15/fibra-solucoes-eletroliticas/ http://pt.REFERENCIAS: http://pt.br/quimica/ebuliometria-ou-ebulioscopia.html http://ufprtv.org/wiki/Press%C3%A3o_osm%C3%B3tica http://pt.wikipedia.wikipedia.wikipedia.org/wiki/Radioatividade 17 .colegioweb.org/wiki/Positr%C3%A3o http://www.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.