Projeto - Assentamento Padre Jésus - Espera Feliz, Mg Desenvolvimento Rural a Par t Ir Da Participaçâo Dos Assentados

March 20, 2018 | Author: Junimar Oliveira | Category: Agroecology, Agriculture, Economics, Natural Environment, Science


Comments



Description

ASSENTAMENTO PADRE JÉSUS – ESPERA FELIZ, MG: DESENVOLVIMENTO RURAL A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO DOS ASSENTADOS Introdução O Assentamento Padre Jésus por estar situado no município de Espera Feliz, na porção norte da Zona da Mata de Minas Gerais, área onde predominam a cultura do café, também desenvolve essa cultura e mantém as práticas tradicionais de plantio, além do cultivo de olerícolas adotando práticas agroecológicas. A iniciativa do projeto deu-se a partir do conhecimento da existência de trabalhos realizados anteriormente no Assentamento Padre Jésus – Espera Feliz, MG, onde, a partir da leitura da literatura disponível, verifica-se a necessidade da diversificação produtiva, aliando benefícios ambientais, sociais e econômicos, neste caso, a agroecologia é uma atividade que pode contemplar essas especificidades. No âmbito acadêmico, as pesquisas tem se concentrado nas temáticas da geografia agrária e agroecologia, bem como atuando diretamente no assentamento na prática extensionista e em sua maior parte através das atividades do Centro de Tecnologias Alternativas – CTAZM. São trabalhadores e trabalhadoras rurais que possuem trajetórias de vida distintas. até então. O assentamento vem se constituindo em uma área de aproximadamente 122 hectares. mas que se unificam pelo fato de nunca terem sido donos de suas terras e que se tornaram vizinhos para a produção de sua nova condição e existência.Figura 1: Mapas das propriedades do Assentamento Padre Jésus. tomada pelo capim braquiária e agora tem o desafio de reconstruir suas histórias. estas famílias ocupam um território com terras degradadas. As organizações sociais do município vinculadas ao . dando vida à suas propriedades. agregando nesse território 21 famílias. Desde 2010. se limitara a obedecer aos patrões e proprietários. Seu trabalho. Diagnosticar os aspectos socioeconômicos. portanto. . O desafio que se coloca é a transição de um modelo homogeneizante de agricultura para possibilidades de agriculturas de base ecológica com adoção dos princípios da Agroecologia.movimento de trabalhadores rurais vem enunciando que são pessoas que passaram sua vida aprendendo a agricultura patronal e que precisam. MG. garantindo renda familiar e aliando a sustentabilidade da produção a aspectos de segurança alimentar e nutricional do agricultor e seus familiares. como potencialidades (vocação  agrícola) para as atividades agroecológicas visando o planejamento rural. produtivos e ambientais do Assentamento Padre Jésus – Espera Feliz. Objetivos Específicos:   Realizar o DRP – Diagnósticos Rural Participativo do assentamento. Analisar o modo de produção empregado na agricultura praticada. Objetivos: Geral: Propor processos produtivos sustentáveis. se reconverter a uma agricultura agroecológica. e estudar. estão os relacionados com a competição no mercado com as grandes empresas. Discutir teoricamente acerca dos conceitos da agroecologia. visando à compreensão didática dos efeitos do modo  tradicional e agroecológico na agricultura. a falta de um acompanhamento técnico e a falta de mão de obra decorrente do êxodo rural. Ehlers (1999) e Almeida (1998) para defender a produção agroecológica e sustentável na agricultura. Nesse sentido. sócias e ambientais. Justificativa: No município de Espera Feliz – MG. implantar. onde se localiza o assentamento em estudo. criação de animais. destacamos Altieri (1989). o projeto de caráter transdisciplinar da equipe técnica neste estudo. Romeiro (1998). . O contraponto entre desenvolvimento e crescimento econômico com base na monocultura é tema de discussão entre diversos autores que trabalham com a questão agrária. planejar. baseadas no uso intensivo de agrotóxicos e na dependência dos agricultores inseridos nessa cadeia produtiva. propondo uma análise sistêmica interdisciplinar. manejar e avaliar os agroecossistemas para que venham a ter maior sustentabilidade. Debater com os agricultores familiares a viabilidade agroecológica visando a  segurança alimentar e nutricional (SAN). segurança alimentar e nutricional (SAN). há o predomínio das culturas de café para exportação. O diagnóstico socioeconômico e produtivo das famílias assentadas é necessário para traçar as ações agroecológicas. a desvalorização da produção pelos atravessadores. Apresentar oficinas explicativas sobre as ações agroecológicas na agricultura e no espaço agrário. desenvolvimento rural sustentável. adubação verde e orgânica. Dentre os principais desafios enfrentados pelos agricultores familiares. de modo a respeitar as limitações e diversidades do território e compatibilizar os aspectos econômicos. visa o enfoque sistêmico e apresentará princípios e metodologias para apoiar o processo de transição interna e externa. Para KEMMIS E MACTAGGART (1992). um processo contínuo e organizado de comunicação e discussão. na decisão das soluções e na livre expressão de suas opiniões. as ferramentas ou técnicas participativas estão fundamentadas no diálogo entre os membros do grupo e devem respeitar um princípio fundamental: todos os participantes devem ser considerados como sujeitos ativos na construção do conhecimento a partir das informações que trazem. . A metodologia está baseada na Investigação Ação Participativa (IAP). à comunidade. Vale ressaltar que no Brasil a Investigação Ação Participativa é denominada Pesquisa-Ação. O projeto tem caráter sistêmico interdisciplinar integrando as bases agroecológicas. bem como sujeitos na análise de seus problemas. baseando-se a investigação na participação dos próprios coletivos que se investiga (VILLASANTE. zootécnicas e de segurança alimentar (Figura 2). assim como sua compreensão destas práticas e as situações em que estas têm lugar. pesquisa e ação que busca obter resultados confiáveis e úteis para melhorar situações coletivas. à família.Metodologia A metodologia deste projeto está baseada na Investigação Ação Participativa. 2000). com profissionais das três áreas. é uma forma de indagação introspectiva coletiva empreendida por participantes em situações sociais diversas com o objetivo de melhorar a racionalidade e a justiça de suas práticas sociais e educativas. Pode ser ainda definida como um método de estudo. à economia e a todo e qualquer assunto considerado pertinente para um determinado grupo. Segundo a metodologia. a respeito de ações que deverão ser tomadas a fim de identificar e resolver problemas relativos aos recursos naturais. entre os membros de uma comunidade. comumente conhecida no Brasil como Metodologia Participativa. ou seja. além de fortalecer a olericultura já adotada. a metodologia de trabalho visa promover ações que incluam a participação da população local nas práticas agroecológicas. Percebendo que o desenvolvimento rural do assentamento rural. Curso sobre manejo ecológico do solo. que resultam no melhor aproveitamento dos recursos existentes. não dependa exclusivamente da agricultura tradicional.Figura 2: Esquema metodológico interdisciplinar no desenvolvimento agroecológico no Assentamento Padre Jésus – Espera Feliz. aliando aos programas voltados para a segurança alimentar. no caso o café. E por fim. . criar mecanismos que diversifiquem a produção e de forma agroecológica. Serão adotadas visitas técnicas e reuniões de grupo junto ao assentamento rural verificando as demandas existentes. diversificação de culturas de subsistência. de outras culturas agropecuárias. Ensaios e oficinas com adubação verde para lavouras perenes e anuais. MG. Serão criadas oficinas práticas para o desenvolvimento de técnicas agroecológicas. e da integração de atividades agropecuárias tanto para subsistência como destinadas à comercialização. Entre as ações agroecológicas a serem desenvolvidas estão:     Elaboração do Diagnóstico Rural Participativo – DRP. Produção de biofertilizantes. diagnosticar o perfil produtivo deste território. Essas ações visam diminuir a dependência econômica do café por parte dos assentados. tendo em vista a localização em uma região dominada pelo cultivo do café para agroindústria. onde serão diagnosticada a aptidão agrícola e atividades em potencial. como a produção leiteira. Oficina sobre formação de custo de produção. Manejos culturais para controle mecânico de plantas espontâneas. Curso sobre a relação da segurança alimentar e os sistemas produtivos. Após seleção da primeira equipe serão realizadas reuniões periódicas para dar andamento ao início do Projeto. por meio da prática de Diagnóstico Rural Participativo. Orientações nutricionais. os bolsistas selecionados serão direcionados a se aproximarem dos assentamentos a serem trabalhados por meio de vivências com auxilio das cooperativas e sindicatos locais.       Produção de caldas para proteção de plantas. Curso sobre integração pecuária-lavoura. será feita a seleção de alunos de áreas afins a agroecologia para atuarem na pesquisa. Meta 2: Realização de curso de capacitação para os estudantes selecionados em Conceitos de Agroecologia. Organização da metodologia por meta/atividades Meta 1: Estruturação do projeto. com base nas ferramentas da Investigação Ação Participativa. para o segundo momento. prevendo visitas em Grupo para análise de . As atividades de Extensão Rural Agroecológica serão realizadas por meio de atividades nos grupos selecionados. Meta 4: Realização de extensão agroecológica para as famílias de agricultores assentados. O DRP será realizado. Serão realizadas visitas para contato com as organizações de assentados e lideranças locais para reafirmação dos compromissos quando da construção participativa da proposta. Como parte do Curso. Meta 3: O Curso seguirá. Produção de compostos orgânicos. para ser discutido e finalizado após reunião de Avaliação do Diagnóstico Rural Participativo com representantes das comunidades e das cooperativas e sindicatos. O DRP. será seguido da sistematização dos dados coletados e de elaboração de relatório. então. organização da equipe e acompanhamento das atividades. Após isso. tanto como atividades de capacitação e como ferramenta diagnóstica para futuras análises. em um primeiro momento. A identificação das principais pragas que incidirem sobre as culturas será realizada por meio do exame dos espécimes de insetos e das injúrias nas planta no campo. Entre as visitas. da agroecologia e da segurança alimentar e nutricional. utilizando-se literatura adequada para a sua correta identificação. como a matéria orgânica. Produção de caldas para proteção de plantas. Quando necessário. Meta 5: Realizar diagnoses e atividades de Manejo Agroecológico de Pragas e Doenças e Fertilização do Solo. Serão realizadas visitas de observação do cardápio das famílias assentadas e . O manejo agroecológico de pragas e doenças nas propriedades será orientado primando-se o controle preventivo. como a rotação de culturas. serão realizadas oficinas de capacitação em Agroecologia para agricultores assentados. Meta 7: Fortalecer o sistema local de produção e abastecimento de alimentos. para otimização do uso do solo. Produção de compostos orgânicos.agroecossistemas e planejamento de inovações agroecológicas. dentro dos princípios da economia solidária. Haverá dias de campo para disponibilização de técnicas e práticas de manejo agroecológico de pragas e doenças e fertilização do solo. Meta 6: Incentivar e desenvolver uma agropecuária que minimize impactos dos sistemas de produção e possa ser empregada na recuperação de solos degradados. com o aumento da produção da pastagem pela adubação e o aumento ou manutenção da produtividade das culturas agrícolas. através das oficinas e cursos: Curso sobre manejo ecológico do solo. Ensaios e oficinas com adubação verde para lavouras perenes e anuais. em uma ação conjunto com os agricultores. Neste momento serão oferecidas as oficinas e cursos: Oficina sobre formação de custo de produção. estimulando e a implantação ou recuperação de pastagens. serão realizadas visitas em Grupo para o Desenvolvimento Participativo de Experiências Agroecológicas demonstrativas. através da a integração lavoura-pecuária. biofertilizantes e extratos vegetais e métodos culturais. Curso sobre integração pecuária-lavoura. os espécimes serão coletados e examinados em microscópio estereoscópio. O controle curativo das pragas e doenças será recomendado por meio da utilização de materiais disponíveis nas propriedades. Produção de biofertilizantes. e será feito de forma participativa com os produtores. Em seguida. sobre temas a serem definidos após DRP. compostagem. 2007. PELLINI. Acesso em: 21 jun. v. Chile.wordpress. Disponível em: <http://kapixawa.) Agroecologia no IAPAR resumos de projetos de pesquisa e trabalhos publicados de 2004 a 2009. J. YURJEVIC.3. Z. C. Seminário Estadual de Agroecologia do Maranhão. R. Tabelação e análise dos dados. A. Anais. 2004.br/arquivos/File/zip_pdf/Agroecologia%20livro.. M.pdf>.files. 2014. além de ser processual por meio de todas as atividades que contemplam sua própria avaliação... F.. V. abril de 2005. COSTA. T. será realizada. por meio de reuniões de avaliação com os agricultores do assentamento e da elaboração de relatórios técnicos. D. In: SEMINÁRIO ESTADUAL DE ESTUDOS TERRITORIAIS. SILVEIRA. p.. C. Metodologia da Pesquisa Participativa em Agroecologia. In: AHRENS. P. Referências Bibliográficas ALMEIDA.).org/socla/wp- .posteriormente oficinas e cursos: Orientações nutricionais.. PTA/FASE. Finalmente. sindicatos e organizações parceiras e envolvidas. Londrina: IAPAR.ed. será realizado seminário final do Projeto com a participação de representantes dos assentados. D. Trad. ALTIERI. Brasília: MDA / DATER-IICA.. Disponível em: <http://agroeco. afim de dar feedback a comunidade e a divulgação dos resultados. 1989. C. ALTIERI. Patrícia Vaz. H. Curso sobre a relação da segurança alimentar e os sistemas produtivos. ISBN 978-85-88184-32-9. 2009. (orgs. F. Reconstruindo a agricultura: Idéias e ideais na perspectiva do desenvolvimento rural sustentável.. A avaliação. Francisco Beltrão: UNIOESTE. 2. J. ALVES. Porto Alegre: EDUFRGS. A.com/2010/04/metodologia_pesq_partic_em_agroecolo gia1. CALEGARI..iapar. Agroecologia em assentamentos rurais na Campanha Gaúcha: alternativas para o desenvolvimento territorial. COSTABEBER.pdf>. P. SANTORO. J. In: Agroecologia y Desarrollo (1): 25-44. (Orgs. Agroecologia: alguns conceitos e princípios. A. A. 1998.212-229. Rio de Janeiro. em São Luiz-MA. Agroecologia: As bases científicas da agricultura alternativa. ao final. NAVARRO.. M. Acesso em 21 jun. 163 p. mar 1991. Disponível em: <http://www. CANUTO. CAPORAL. Sistemas conservacionistas de uso do solo. cooperativas. La Agroecologia y el Desarrollo Rural Sostenible en America Latina. 2014. Meta 8: Avaliação Final do Subprojeto. br/out/publicacoes/pdf/asp-2-04-4. M. Sistematização do Programa de Envolvimento Local de Espera Feliz – MG. Acesso em: 21 jun. S. MONTEIRO. Y. E. 327-344. Viçosa. Mecanismos Metodológicos de ATER do Programa de Extensão Rural Agroecológica . 2014. G. N.PROGERA no Centro-Sul e Sudoeste do Estado de São Paulo.. In: Fertbio. n. 2014.sp. G. São Paulo. p.org. CARDOSO. Interações entre organizações coletivas na promoção do desenvolvimento local. I. F. E.br/ppgte/eventos/cictg/conteudo_cd/E12_G %C3%AAnero_e_Constru%C3%A7%C3%A3o_do_Espa%C3%A7o. Disponível em: <http://www. A. JUNIOR. BARLETTO. Disponível em: <http://aspta. FREITAS. 2014. O manejo agroecologico do solo. M. N. C./dez. Interações (Campo Grande)]. Acesso em: 23 jun. S. 10. Bonito. P. Disponível em: <http://files. 177-188. 37-56. F.pdf>. MOREIRA. Rev. Curitiba. pp. AROUCA. A. S... 2006. n. P. Gênero e construção do espaço: agricultoras e agroecologia na Zona da Mata mineira.gov. Acesso em: 21 jun. MOREIRA. FREITAS. ISSN 1518-7012. SILVA. 2004..ct. F. CARDOSO.. R. C. M.. SILVA. Anais do Ferbio. C.. 2010.. G.PR. Acesso em 20 jun. M.dirppg. H.. v. M. junho de 2013. M. M. Acesso em 23 jun. In: SONDA.). A. 2. M. C. Rev. Agricultura Sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. Inovações organizacionais para a construção de mercados locais e solidários em Espera Feliz (MG). maio 2007. Disponível em: <http://www. 2. A.. São Paulo. 2014.itcg. M. C. p. Anais do VIII Congresso Latinoamericano de Sociologia Rural. A. Curitiba: ITCG.ctazm. S. LISBOA. AGUIAR.br/arquivos/File/LIVRO_REFORMA_AGRARIA_E_MEIO_A MBIENTE/PARTE_4_4_ANTONIO_HELVIO. Acesso em: 20 jun. MACHADO. M.gov. G.pr. EHLERS.pdf>. 2013. 51. v. Disponível em: <http://www.14. 2010.. V. 2014. D. EUCLIDES. R. TRAUCZYNSKI.org.br/pdf/inter/v14n2/a04v14n2. 14-17.alasru. Disponível em: <http://www.utfpr.edu. Agroecologia na Construção do Desenvolvimento Rural Sustentável. FLORISBELO. M. CASALINHO. M. Guaíba: Agropecuária. Anais do VIII Congresso Iberoamericano de Ciência Tecnologia e Gênero.content/uploads/2013/11/Agroecologia-Conceitos-e-princpios1.. M. Reforma agrária e meio ambiente: teoria e prática no Estado do Paraná. Acesso em 23 jun. (Org. vol.. 2.pdf>.scielo.br/wp- . 2006. jul.pdf>.. LOPES. F. n. B.iea. KASAI.ed. 1999. Porto de Galinhas.br/arquivos_internos/publicacoes/4SistematizacaoELOEFelizdo cumentofinal. Setembro de 2010. Santa Tereza do Oeste . LOPES. 2014. Disponível em: <http://www.. Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata. GARCIA. Agriculturas.pdf>. Pesquisa coletiva com camponeses assentados: uma experiência no assentamento Olga Benário.org/wpcontent/uploads/2011/07/GT2-Rodrigo-Machado-Moreira.2.pdf>.. M. CARMO. 2014. E. p.pdf>. Relatório Final. F. Agric. E. org.content/uploads/2013/09/Revista-Agriculturas-V10N2-Artigo-2. 2014. VILLAR. Disponível em: <www.eng2012. Acesso em: 23 jun. 2014. . Acesso em 22 jun. Transição para a agroecologia: uma análise a partir da paisagem. P.br/trabalhoscompletos? download=2045:julianapadulavillar>. J.pdf>.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.