Princípios da Extensao Rural.doc

March 17, 2018 | Author: Eulrieris Souza | Category: Agroecology, Agriculture, Sustainability, Communication, Foods


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSCAMPUS DE GURUPI CURSO DE AGRONOMIA TRABALHO DE EXTENSÃO RURAL PRINCÍPIOS DA EXTENSÃO RURAL EULRIERIS RAMOS DE SOUZA - 2010112210 DANILO SILVA MACHADO - 2010111720 GURUPI TOCANTINS - BRASIL 2014 1 com capacidade de 2 . com vistas à melhoria de suas condições de vida (OLIVEIRA. destacando-se. num trabalho com outros órgãos públicos e privados. aprendendo a identificar seus problemas e a debater. capaz de compreender e transformar sua realidade. para se alcançar o tão desejado desenvolvimento sustentado do setor agropecuário. por meio do aperfeiçoamento dos sistemas de produção. um momento de consolidação de um governo democrático e popular que abre o caminho para a participação e o controle social sobre as políticas públicas. sem falar da geração de emprego e distribuição da renda (OLIVEIRA. assentados. Há consenso de que a Comunicação. pois.1. para a solução dos problemas do homem e da terra. É neste marco de reconstrução do Estado democrático que as atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural – Ater. particularmente daqueles segmentos até então alijados do processo de desenvolvimento. INTRODUÇÃO Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O Extensionista rural é sujeito do seu processo formativo. quilombolas. como estabelece o Decreto nº 4. a que fala mais de perto do principal objetivo da Extensão Rural: trabalhar a fim de que produtores rurais e suas famílias participem do seu próprio desenvolvimento. No Serviço de Assistência Técnica e Extensão Rural. a comunicação deve. o principal objetivo dos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) é melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais. as experiências para a solução dos mesmos. 2014). em suas várias modalidades (voltada para agricultores familiares. a Extensão Rural precisa colaborar. pescadores artesanais. 2004). de modo que se estabeleçam possibilidades concretas para que o aparato estatal e os serviços públicos em geral fiquem à disposição da população. Participa da ação que gera o seu crescimento e o desenvolvimento da própria organização. povos indígenas e outros). 2014). O Brasil vive um momento ímpar na sua história. 2014). de forma sustentável (MDA. entre si. de 13 de junho de 2003 (MDA. ajudar na educação informal dos agricultores e. uma vez se conscientizando de seu importante papel. situado histórica e culturalmente. de mecanismo de acesso a recursos. na acepção ampla do termo. serviços e renda. do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA.739. dentre elas. passaram a ser coordenadas pela Secretaria da Agricultura Familiar – SAF. Na verdade. sentem-se mais seguros na condução de seus empreendimentos agrícolas. traz inúmeras contribuições. por isso o MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário) possui princípios e objetivos para nortear o trabalho do extensionista de acordocom política nacional de assistência técnica e extensão rural.apreensão e análise critica capaz de superar os condicionamentos de sua situação e nela intervir. Princípios da Política Nacional de Ater · Assegurar. na potencialização do uso sustentável dos recursosnaturais. e outros públicos definidos como beneficiários dos programas do MDA/SAF. ribeirinhos. seringueiros. gratuita. onde o extensionista se torna necessário para a instrução desses produtores. Este trabalho apresenta os pricípios e diretrizes da Ater ( Assistência Técnica e Extensão Rural) juntamente com seus objetivos no país. assentados por programas dereforma agrária. com exclusividade aos agricultores familiares. · Adotar uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar. monitoramento e avaliação das atividades. apoiando os agricultores familiares e demais públicos descritos anteriormente. Como o Brasil vem crescendo muito na parte agrícola nos ultimos anos. pescadores artesanaise aqüiculturas. povos da floresta. 3 . indígenas. o acesso a serviço de assistência técnica e extensão rural pública. quilombolas. contribuir para a construção da cidadania e facilitar o processo de controle social no planejamento. vem sendo repassado um grande capital de apoio aos pequenos produtores e assentados. · Estabelecer um modo de gestão capaz de democratizar as decisões. de maneira a permitir a análise e melhoria no andamento das ações. com ênfase em processos de desenvolvimento endógeno. 2. estimulando a adoção denovos enfoques metodológicos participativos e de um paradigma tecnológico baseado nos princípios da Agroecologia. de qualidade e em quantidade suficiente. extrativistas. visando o fortalecimento da agricultura familiar. PRINCÍPIOS DA EXTENSÃO RURAL A Ater deve atender requisitos. · Contribuir para a promoção do desenvolvimento rural sustentável. tendo como centro o fortalecimento da agricultura familiar. · Fortalecer as atuais articulações de serviços de Ater e apoiar a organização de novas redes e arranjos institucionais necessários para ampliar e qualificar a oferta de 4 . · Estimular a produção de alimentos sadios e de melhor qualidade biológica. econômica e ambiental da sustentabilidade. da segurança alimentar e da diversificação da produção. política. e outras. · Potencializar processos de inclusão social e de fortalecimento da cidadania. que potencializem os objetivos de melhoriada qualidade de vida e de promoção do desenvolvimento rural sustentável Objetivo Geral Estimular. cultural. Objetivos Específicos · Contribuir para a melhoria da renda. social. além de criar melhores formas de competitividade. em condições compatíveis com o equilíbrio ambiental e com os valores socioculturais dos grupos envolvidos. para a manutenção e geração de novos postos de trabalho. que envolvam atividades agrícolas e não agrícolas. pesqueiras. · Desenvolver ações que levem à conservação e recuperação dos ecossistemas e ao manejo sustentável dos agroecossistemas. e para a otimização do uso e manejo sustentável dos recursos naturais. por meio de ações integradas. visando assegurar que os processos produtivos agrícolas e não agrícolas evitem danos ao meio ambiente e riscos à saúde humana e animal. humanista e construtivista. visando a formação de competências. visando a melhoria da qualidade de vida e adotando os princípios da Agroecologia como eixo orientador das ações. de extrativismo. mudanças de atitudes e procedimentos dos atores sociais. · Incentivar a construção e consolidação de formas associativas que. que tenham em conta as dimensões: ética. sejam geradoras de laços de solidariedade e fortaleçam a capacidade de intervenção coletiva dos atores sociais como protagonistas dos processos de desenvolvimento rural sustentável.· Desenvolver processos educativos permanentes e continuados. animar e apoiar iniciativas de desenvolvimento rural sustentável. a partir de um enfoque dialético. a partir do apoio e assessoramento aos agricultores familiares e suas organizações para a construção e adaptação de tecnologias de produção ambientalmente amigáveis. no folheto “O Rádio na Extensão Rural”. a 5 . costumes e a própria cultura (OLIVEIRA. do jornal. sem falar da comunicação interpessoal (diálogo com os agricultores). mas para aproximar-se da verdade total. O certo é que a Extensão Rural. ao prestar serviços de assistência técnica e extensão rural. haja vista que. o homem sai do seu isolamento para uma vivência cosmopolita. tem a comunicação como componente obrigatório na busca do desenvolvimento rural sustentado e não pode ser diferente. além de um instrumento de divulgação e promoção. visando à melhoria das condições de vida das famílias sertanejas (OLIVEIRA. consequentemente. ainda. por intermédio dos extensionistas. e. ·Promover a valorização do conhecimento e do saber local e apoiar os agricultores familiares e demais públicos da extensão rural. visando alcançar patamares crescentes de sustentabilidade econômica e socioambiental. É dele. no resgate de saberes capazes de servir como ponto de partida para ações transformadoras da realidade. com vistas ao aumento da produção. nem para controlar seu conhecimento sobre sua verdadeira situação e suas causas. segundo declaração de Nelson de Araújo Queiroz. dos problemas concretos e condicionantes do desenvolvimento rural” E diz mais: “Somente quando concebida dessa forma. quando da troca de saberes (repasse de tecnologias agropecuárias e gerenciais). é peça importante e fundamental. o pensamento de que. A importãncia da comunicação na Ater Importante frisar que a comunicação. Segundo Juan Diaz Bordenave (1977). e na valorização dos clientes interno e externo. 2014). mediante a troca de saberes extensionista/produtor rural.e acrescento – da comunicação interpessoal. da televisão. contribui para mudanças no comportamento de seu público-alvo e mudanças.serviços de Ater. a “Comunicação Rural deve ser entendida e praticada não para ocultar a realidade ou desviar os produtores de seus reais problemas. O Serviço Brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural (Sibrater) usa os diversos meios de comunicação de massa. no meio rural. da geração de emprego. da renda líquida. são resultados de decisões e decisões só se tomam com base em informações. quando da transferência de tecnologias agropecuárias e gerenciais. 2014). por meio do rádio. que altera hábitos. produtividade das lavouras e da pecuária. do filme . de verdadeira participação e de expressão autêntica dos produtores. In: REUNIÃO TÉCNICA DE PROFESSORES DE EXTENSÃO RURAL.MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Belo Horizonte.comunicação rural contribuirá para dinamizar as potencialidades latentes e a criatividade. 2014. CONSIDERAÇÕES FINAIS O extensionista deve ser bem capacitado e treinado para atuar nas diversas situações que o trabalho exige. J. Disponível em: http://portal.br/portal/saf/arquivos/view/ater/Pnater.mda. Os princípios sempre devem nortear suas atividades para que sejam alcançados os objetivos da extensão rural. Jun. J.gov. 2014. Assistência técnica e Extensão Rural. MDA. Jun.D. etc. 4. Comunicação na Extensão Rural. 3. OLIVEIRA. A importância da comunicação na extensão rural.mda.pdf. Secretaria da Agricultura Familiar. A.br/portal/saf/institucional/ assistenciatecnicaextensaorural. de análise crítica. 2014.gov. Assessor de Comunicação e Ouvidor da Ematerce. Jornalista. UFRPE. 1977. Política nacional de assistência técnica e Extensão rural. UFSM. Disponível em: http://comunidades.MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BORDENAVE. Acesso em: em 9. 6 . No Brasil existem diversas universidades que propiciam cursos de pós-graduação na área de extensionismo como UFV. Acesso em 9. MDA.
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