1PRAGAS DO ALGODOEIRO O algodoeiro é uma das culturas mais suscetíveis ao ataque de pragas em todas as regiões cotonícolas do mundo. Possui glândulas denominadas nectários, que secretam líquido resinoso e açucarado, que atrai muitos que se estabelecem na cultura. Já foram identificadas mais de 1.300 espécies de insetos e ácaros no total, mas somente 275 foram consideradas nocivas à cultura. Felizmente, no Brasil, pouco mais de vinte espécies são nocivas. Este número elevado de pragas levou a um controle químico com uso exagerado de inseticidas e acaricidas, causando graves problemas de intoxicações humanas e grande desequilíbrio no agroecossistema desta cultura. A exigência cada vez maior do mercado consumidor, requer novas técnicas de cultivo com a finalidade de se obter produtos de melhor qualidade no tocante ao tipo de fibra, como a limpeza, comprimento, finura, resistência e maturidade. Estas características podem ser afetadas pelas pragas, no decorrer do desenvolvimento da planta, diminuindo consideravelmente a produção e a qualidade. 1 - Estágios de desenvolvimento do algodoeiro: 2 - Época de ocorrência das principais pragas na cultura: 3 - Sucessão de flores do algodoeiro. 4 - PRAGAS PRINCIPAIS. 4.l - Pragas Iniciais: 1 - Euthinobothrus brasiliensis (Hambleton, l937) - (Coleoptera, Curculionidae) Nome comum: BROCA DO ALGODOEIRO, BROCA DE COLO ou BROCA DA RAIZ. Características: São hospedeiros dessa praga: guanxuma, quiabeiro, vassourinha O adulto é um besouro de 3 a 5 mm de comprimento, de coloração escura e pouco brilhante. A larva mede de 6 a 7 mm de comprimento, coloração branco ao creme, ápoda, de corpo volumoso, cilíndrico e liso. É a responsável pelo estrago. A postura é feita durante o dia no colo da planta, de forma isolada, na quantidade de 167 ovos. A fêmea, após abrir com a mandíbula, cavidades na casca do algodoeiro, deposita os ovos, geralmente na altura do coleto da plântula, quando esta atinge 8 a 10 cm de altura (grossura de um lápis). As larvas logo ao eclodirem, começam a se alimentar, abrindo galerias na região de câmbio, no caule ou em certos casos, nas raízes. Inicialmente, as galerias são estreitas e, a medida que as larvas crescem, também aumentam de diâmetro, com detritos e fezes. Circundam o coleto, abrindo galerias superficiais espiraladas e internamente em sentido longitudinal do caule, danificando-o completamente. Ciclo biológico da broca-da-raiz: (200 dias) adulto ovo (10 dias) (15 dias) pupa larva (54 dias) O inseto na fase adulta atravessa o período de entressafra abrigado em capinzais, matas, restos de culturas, entulhos de pedras, ocultando-se nas fendas dos terreno, sempre nas proximidades de alimento e de umidade. Os adultos provenientes da entressafra, representam o potencial de infestação para a safra que se inicia. O ataque da broca é estratificado, localizando-se principalmente nas bordaduras próximas de matas e capinzais. O ataque inicial é em forma de reboleiras, mas no final da safra, a maioria das plantas apresentam sintomas de ataque da broca, consequência da alta capacidade reprodutiva. Euthinobothrus brasiliensis Prejuízos: À medida que as larvas crescem, vão se tornando maiores e deixando mais detritos. Podem abrir galerias em espiral pelas raízes, impossibilitando a circulação da seiva, devido ao seccionamento dos vasos; promove rachaduras nas raízes, determinando a diminuição do crescimento da planta e, nota-se a mudança de coloração das folhas que passa de verde escura para avermelhada (vermelhão do algodoeiro) e ficam murchas. Se arrancada a planta com este sintoma, percebe-se o engrossamento na região do colo, devido ao ataque. Empupam nas próprias galerias e o adulto, após sair, se alimenta das folhas, com pouco estrago. Os sintomas surgem a partir do florescimento da planta. 2 - Frankliniella sp. - (Thysanoptera, Thripidae) Nome comum: TRIPES Características: Os adultos têm forma alongada com cerca de 1,5 mm de comprimento, coloração verde escura, parda ou negra, apresentando dois pares de asas longas e franjadas. As ninfas, ao nascerem, são de coloração branca, que muda em seguida para a cor amarelada. Têm a mesma forma dos adultos e praticamente o mesmo comprimento. Para se transformarem em adultos, passam pela fase pupal, não completamente imóvel, em geral dentro de fendas do solo. 2 Os ovos são inseridos nos tecidos tenros das plantas, podendo ser postos até 14 ovos/dia/fêmea. As condições favoráveis ao desenvolvimento dos tripes são temperaturas elevadas e baixa umidade. A fase pré-pupal ocorre no solo fazendo com que os anos chuvosos não sejam propícios ao desenvolvimento dos tripes. Ciclo Biológico do Tripes: (14 a 21 dias) adulto (5 dias) ninfa ovo (5 dias) Trips tabaci Prejuízos: Os tripes são insetos sugadores que se localizam na face inferior das folhas novas. Também podem ser encontrados nas flores e nas brácteas das maçãs. Sugam a seiva das plantas na face inferior das folhas novas, nos folíolos e nas flores ou nas brácteas. O maior dano é o ocasionado às folhas novas, dos 10 aos 25 dias de emergência da cultura. As folhas atacadas ficam verde escuras, pouco desenvolvidas, com pontos prateados ao longo das nervuras principais, consistência coriácea, rasgadas e deformadas, com o aspecto típico de engruvinhamento. A gema apical pode ser destruída, ocorrendo superbrotamento da planta. O desenvolvimento da planta é retardado. Em casos extremos de ataque, ocorrendo condições climáticas favoráveis ao tripes, as plantas muito pequenas podem morrer. O tripes é responsável pela transmissão do mosaico tardio, doença virótica que só se manifesta em plantas que foram anteriormente contaminadas pelo vírus do vermelhão. 3 - Aphis gossypii Glover, 1876 - (Homoptera, Aphididae) Nome comum: PULGÃO DO ALGODOEIRO Características: Existem várias espécies de pulgões que atacam o algodoeiro, porém esta espécie é a mais prejudicial. É um inseto sugador de coloração variando do amarelo-claro ao verde escuro e ao negro. Tem o comprimento aproximado de 2 mm, localizando-se em colônias nos brotos novos e na página inferior das folhas novas, onde se encontram formas aladas e forma ápteras. Reproduz-se por partenogênese, existindo apenas adultos fêmeas nas colônias. As fêmeas são vivíparas. Põem formas jovens denominadas ninfas, que se transformam em adultos através de 6 mudanças de pele. A vida média do pulgão é de 15 a 20 dias. Possuem grande capacidade reprodutora, principalmente em condições climáticas favoráveis de calor e de umidade, podendo, cada pulgão dar origem a até 120 descendentes, quatro a oito por dia. São atacados por um grande número de inimigos naturais e sofrem drástica redução da população com a ocorrência de chuva abundante, principalmente se acompanhada de ventos. Aphis gossypi Prejuízos: Os danos são causados tanto pelas ninfas com pelas formas adultas, sugando a seiva da planta. Reduzem 40% da produção, contribuem em 10% na formação de viroses nas plantas. O ataque ocorre inicialmente em plantas isoladas ou em reboleiros, aos 50 a 60 dias da emergência. Posteriormente, com o aumento da população, o ataque se distribui uniformemente por toda a cultura. As folhas atacadas ficam mais escuras e brilhantes. Arredondadas, com os bordos virados para baixo em forma de campânula e encarquilhadas. Os ponteiros atacados pelo pulgão ficam atrofiados e toda a planta tem o crescimento retardado. O pulgão é responsável pela transmissão de doenças de vírus: "vermelhão do algodoeiro" e "mosaico das nervuras de Ribeirão Bonito". 4.2 - Pragas Tardias: A) Ácaros: Estão presentes no meio agrícola em muitas plantas hospedeiras como a mamona, mamoeiro, mandioca, grevilha, Santa Bárbara, laranjeiras, que não devem estar muito próximas da lavoura cultivada com o algodoeiro. Isto evitará focos de infestação. 1 - Tetranychus urticae KOCH, 1836 - (Acarina, Tetranychidae) Nome comum: ÁCARO RAJADO Características: É a principal espécie, mais resistente e difícil de alcançar com acaricidas. É um pequeno aracnídeo, com quatro pares de patas, com a coloração verde e manchas dorsais escuras. A fêmea adulta é maior que o macho, tem o comprimento de 0,46 mm, sua forma é ovalada, achatada e tem pernas curtas. O macho adulto tem 0,27 mm de comprimento, é mais afilado na parte posterior e apresenta as pernas longas. Situam-se na face inferior das folhas, formando colônias protegidas por teias. Iniciam o ataque, em geral, entre as nervuras principais no encontro com o pecíolo, ou nas dobras das folhas. 3 As fêmeas põem ovos redondos e claros, visíveis a olho nu. Cada fêmea coloca 70 a 134 ovos por período de oviposição. A larva recém-nascida, é quase redonda e apresenta só três pares de patas. Os períodos secos e quentes são condições favoráveis para o seu desenvolvimento. O ácaro rajado apresenta preferência pela região intermediária ou mediana da planta. É mais evidente de janeiro até a colheita. Ciclo Biológico do Ácaro Rajado: (18 a 21 dias) adulto ovo larva (1 dia) 4 dias (1 a 45 dias) deutoninfa protoninfa (1 dia) Prejuízos: As ninfas e os adultos sugam o conteúdo celular da folha ocasionando o rompimento e morte das mesmas. O ataque se dá inicialmente em plantas isoladas ou em reboleiras, podendo se espalhar por toda a cultura. As plantas atacadas apresentam folhas com manchas vermelhas, localizadas preferencialmente na inserção do pecíolo, e nas dobras das folhas. Essas folhas sofrem necrose e caem, num processo de desfolha intenso e característico quando o ataque é severo. As maçãs da metade superior das plantas não apresentam um desenvolvimento normal, abrindo precocemente. O agricultor perde no peso do produto colhido, e a indústria recebe uma fibra de baixa qualidade. Enquanto existirem maçãs em formação, há a necessidade de presença de folhas de cor verde para que todo potencial produtivo seja alcançado. As manchas vermelhas da face superior correspondem na face inferior da folha, coincidindo em seus limites externos manchas amareladas, onde se localizam as colônias de ácaro-rajado. 2 - Tetranychus ludeni (ZACHER, 1913) - (Acarina: Tetranychidade) Nome comum: ÁCARO VERMELHO Características: Esta praga é conhecida por ácaro vermelho do algodoeiro pelo fato de que as fêmeas apresentam esta cor intensa. A fêmea adulta mede 0,46 mm, sendo maior que o macho e visualizada a olho nu. Requerem para um bom desenvolvimento, condições de seca e de calor. A fêmea tece teia e vive em torno de 10 dias, sendo que a quantidade de ovos por fêmea é de 50-60. Ciclo Biológico do Ácaro Vermelho: (17 dias) adulto ovo larva (3 dias) (4 dias) (3 dias) deutoninfa protoninfa (3 dias) Prejuízos: Tanto os adultos quanto as ninfas danificam as folhas alimentando-se das mesmas. Os primeiros danos aparecem em reboleiras, no terço médio das plantas. Pode-se ver manchas de cor avermelhada-bronzeada com pontinhos amarelos, que no final atingem toda folha. Correspondem exatamente às lesões ocasionadas pelos ácaros na página inferior, onde o tecido vegetal se mostra branco-creme ou prateado, revestido por uma teia. Em ataque forte aparecem necroses, secamento e queda das folhas, o que atrapalha o desenvolvimento normal das maçãs da parte superior, baixando a produtividade e a qualidade da fibra (perda de maturidade). Dependendo da severidade da infestação, as áreas lesionadas variam desde pequenas manchas até ocuparem totalmente a superfície foliar. Em consequência, as folhas caem, podendo ocorrer então um desfolhamento total da planta Tetranychus sp. 3 - Polyphagotarsonemus latus (BANKS, 1904) - (Acarina, Tarsonemidae) Nome comum: ÁCARO BRANCO ou ÁCARO DA RASGADURA Características: É um aracnídeo pequeno, com quatro pares de patas, de coloração branca até pardacenta, mas sempre brilhante, com movimentos rápidos e constantes. É praticamente invisível a olho nu, e a fêmea que é maior que o macho, mede 0,17 mm de comprimento por 0,12 mm de largura. O macho é menor que a fêmea, possui coloração branco-hialina, tem o quarto par de pernas bem desenvolvido, o que lhe possibilita carregar a "pupa" da fêmea para que, no momento de emergência, seja garantida a cópula. Cada fêmea põe entre 25 a 30 ovos isoladamente na face inferior das folhas novas. Esta espécie de ácaro não tece teia. Os ovos são achatados, de cor pérola com linhas de manchas brancas. A ninfa mede 0,15 mm de comprimento, apresenta apenas três pares de pernas e tem cor esbranquiçada. No final da fase ninfal passa para o estágio pupal onde o ácaro permanece em repouso dentro de um invólucro, no qual desenvolve o quarto par de pernas. Adultos e ninfas se alimentam dos tecidos foliares. variando de coloração e aumentando de porte. As lagartas. sendo notado um aspecto rugoso. As fêmeas põem em média 800 ovos. onde foi rompida a epiderme. com aspecto vítreo ou brilhante. deixando só as nervuras. Seus ataques ocorrem geralmente após períodos chuvosos. alcançando 38 a 40 mm. Movimentam-se medindo palmo e chegam a devorar grandes áreas. Da primeira à última muda (a quinta). Quando isto acontece. afilada na parte posterior. Fatores como semeadura precoce ou muito longa. Quando o ataque ocorre na abertura dos capulhos. e possui longo alcance de vôo. incolores no início. Têm forma cilíndrica. roseira. chuchu. Tem hábito noturno. gemas ou maçãs. como a erva mate e malváceas silvestres. Quando este sintoma é manifestado. ligeira ondulação e a face ventral da folha. chegando a sofrer perdas em produtividade. e tem no corpo escamas esbranquiçadas. 1818) . mamão. achatados e estriados. quando o ataque é muito intenso. . sendo que inicialmente há um escurecimento e posteriormente o encarquilhamento. prejudica a qualidade tecnológica da pluma e às vezes sua classificação. A desfolhação evolui rapidamente na direção descendente da planta. B) Lagartas: 1 . imóvel ativa Poliphagotarsonemus latus Prejuízos: A fase adulta é a que causa maiores prejuízos no algodoeiro. 2 . O início do ataque é em reboleira e os danos ocorrem nas folhas novas do ponteiro. principalmente devido à redução do número de maçãs desta parte da planta. caule deformado em ziguezague. Normalmente são depositados isoladamente sob as folhas na parte superior da planta.Alabama argillacea (HUEB. tornando-se coriácea. pode atingir também as nervuras maiores e pecíolos. O ataque nos ponteiros pode resultar em perdas significativas. posteriormente. e amarelados posteriormente. Mede cerca de 38 mm de envergadura por aproximadamente 15 mm de comprimento. já não existem mais ácaro nas folhas. Medem 2 a 3 mm. Esporadicamente pode atacar brotos. Suas infestações dependem de migrações anuais das mariposas. O adulto é uma mariposa marrom-avermelhada com duas manchas circulares escuras na parte central das asas anteriores. Os ovos são pequenos. mas pode viver em outros hospedeiros. em ataques intensos. ficam esverdeadas quando iniciam a alimentação e escuras em ataques intensos. No estágio mais avançado do ataque ocorrem rasgaduras. Seu período crítico vai do aparecimento da primeira maçã ao primeiro capulho. Completada a fase larval. O caule também pode ser infestado. possuem quatro manchas pretas na parte dorsal de cada segmento e linhas brancas ao longo do corpo. entrenós curtos. ocorrem grandes infestações a partir de 90 dias após a emergência. verde-azulados no início. o ácaro branco ataca feijão. as lagartas vão aumentando sua voracidade alimentar. citros. No Paraná..4 Cosmopolita e polífago. favorecem sempre o seu aparecimento. Porém. são castanho-escuras e medem em torno de 15 mm.(Lepidoptera: Noctuidae) Nome comum: CURUQUERÊ DO ALGODOEIRO Características: Uma das pragas mais antigas e conhecidas do algodoeiro. Começa o ataque destruindo a epiderme e depois o limbo das folhas. O adulto é mariposa pequena medindo em torno de 15 mm de envergadura e cerca de 9 mm de comprimento. A planta fica com desenvolvimento anormal. 1844) . Ciclo Biológico do Ácaro Branco: (7 dias) adulto ovo (1 a 3 dias) (1 dia ) "pupa" larva (2 dias) . com bordos voltados para baixo. vem a fase de pupa. Alabama argillacea Ciclo Biológico do Curuquerê-do-algodoeiro: (15 dias) adulto ovo (3 a 5 dias) (6 a 8 dias) pupa lagarta (14 a 21 dias) Prejuízos: O curuquerê só é prejudicial no estágio larval. provoca a maturação forçada. etc. após 90 dias de emergência da cultura.(Lepidoptera: Gelechiidae) Nome comum: LAGARTA ROSADA Características: Praga que pode causar perdas bastante relevantes no algodoeiro. Praticamente monófaga. aparecem manchas irregulares com coloração parda sobre a casca. Estas alojam-se no interior de um cartucho formado pela dobra de uma folha ou ficam pendentes nos ramos destroçados pelas larvas.Pectinophora gossypiella (SAUND. com asas anteriores pardo-escuras. Os ovos são ovalados estriados de coloração branco-esverdeada. Seu comprimento máximo é de aproximadamente 12 mm. sendo porém mais encontrada no algodão.(Lepidoptera: Noctuidae) Nome comum: LAGARTA DAS MAÇÃS Características: Os adultos são mariposas de aproximadamente 20 mm de comprimento e 35 mm de envergadura. deixando apenas o tegumento. Os adultos ficam escondidos nas folhas. onde ficam protegidos pelas brácteas. em posturas individuais. milho. de folhas quando o ataque é precoce. Ao eclodir. As lagartas de cor creme na eclosão.5 A fêmea tem hábito noturno e o macho é menor. folhas. causa estrago parcial ou total. Começa o ataque nos botões florais. ocorre a destruição. gemas e principalmente na base das maçãs. folhas novas ou brácteas de botões florais. Tem cerca de 20 mm de comprimento e fica no solo. são acinzentadas. às vezes. curtas e abundantes. soja. faixas longitudinais claras e escuras ao longo do corpo (as claras muito bem visíveis) e cerdas (pêlos) em fileiras. impedindo a abertura dos mesmos. destruindo-as quase totalmente. tem bordo circular bem delimitado com excrementos que saem para o exterior. a oviposição é feita preferencialmente nos ponteiros. sorgo. com manchas pretas. etc. Neste estágio. As asas posteriores. Muito numerosa (1000 a 3000 ovos). com cerca de 0. que são colocado isoladamente ou em grupo de cinco a cem nas flores. Faz um buraco para entrar. Em função da temperatura podem fazer dois a três ciclos no algodoeiro. Alimenta-se das sementes. podendo-se encontrá-la em plantas diversas como o linho. as pétalas ficam imbricadas. A fêmea põe em média 250 a 500 ovos. Alimentam-se dos órgãos frutíferos. A lagarta rosada é polífaga pois ataca malváceas selvagens e também o quiabeiro. pode entrar em diapausa por alguns meses. com estrias radiais finas. com uma faixa cruzada no centro. tomando um aspecto de roseta. enrolam-se e caem ficando imóveis. tomate. de coloração verde clara. esbranquiçadas. Os ovos são brancos. A crisálida é brilhante. com reflexos de pérola. marrom-escura e quebradiça. Cabeça marrom ou amarela.Heliothis virescens (Fabricius. alfafa. ou seja. flores e maçãs). A lagarta se transforma em pupa dentro da cápsula ou no solo. a lagarta é de coloração branco-palha-brilhante e cabeça escura. com orlas de pêlo bronzeados. Quando tocadas. flores e maçãs. os botões florais murcham e caem. Desenvolvendo-se. mais estreitas. São polífagas. Ciclo Biológico da Lagarta das Maçãs: (18 dias) adulto ovo (3 dias) (15 dias) pupa lagarta (25 dias) Heliothis virescens Prejuízos: São lagartas que fazem o estrago no algodoeiro. As asas posteriores são claras. Posteriormente. desenvolvendo-se dentro dele. que a lagarta faz para comer a fibra imatura e sementes da loja. mas geralmente de órgãos frutíferos jovens (botões florais. brilhantes. A pupa tem cor castanho-amarelada. Uma larva pode atacar vários órgãos na mesma planta. c) Percevejo: . São de coloração variável. Várias larvas podem viver no mesmo capulho. 1781) . fica rosácea com duas faixas transversais bem marcadas em cada segmento. que logo cicatriza. Quando a lagarta chega nas maçãs. saem de noite para alimentar-se e fazer a oviposição. passam por seis estádios até atingirem 30 a 40 mm de comprimento. Possui três faixas transversais claras bordeadas de preto muito características. As asas anteriores têm bordas com faixas escuras e claras onduladas. alimentando-se. Pode acontecer a diapausa neste estágio. Os órgãos jovens danificados geralmente caem ou apodrecem devido à penetração de microorganismos. A lagarta ataca botões florais. Antes da eclosão. o murchamento e amarelecimento das fibras. de amarelo-esverdeada a castanha. ficam avermelhados. causando sérios prejuízos. Ao transitar de uma semente para outra. semihialinas. Ciclo Biológico da Lagarta-rosada: (7 dias) adulto ovo (4 dias) (10 dias) pupa lagarta (20 dias) Pectinophora gossypiella Prejuízos: A fase prejudicial à cultura é a larval. O orifício de penetração nas maçãs. 3 . com manchas transversais mais escuras e bem marcadas. As maçãs defeituosas não se abrem normalmente e apresentam danos característicos de "carimã".5 mm de comprimento. medindo cerca de 8 mm de comprimento. Tem dois espinhos no fêmur do primeiro par de pernas. por causa da não abertura normal das pétalas.(Hemiptera: Miridae) Nome comum: PERCEVEJO RAJADO Características: É o mais importante dos percevejos do algodoeiro. Em ausência de estruturas frutíferas. Ciclo Biológico do Percevejo Rajado: (25 a 28 dias) adulto Ovos (11 dias) ninfas (15 dias) Horcias nobilellus Prejuízos: Os adultos e ninfas se alimentam das partes novas das plantas. Mede 1 a 2 mm e tem coloração verde-amarelada.PRAGAS SECUNDÁRIAS 1. Sugando a seiva. geralmente nos ramos mais tenros. Os órgãos atacados provavelmente não caem. flores e maçãs novas. brilhante com listras amarelas. resultando plantas com crescimento exagerado e reduzido número de maçãs. fechado em seguida por uma secreção cerosa.(Hemiptera: Pyrrhocoridae) . branco. abaixo da cobertura vegetal e entra em diapausa. Move-se ativamente nas superfícies vegetais e se alimenta dos botões florais. e élitros com riscas longitudinais. de janeiro até março. A oviposição se faz à noite. A ninfa tem cinco estádios e é muito parecida com o adulto. O ventre é de cor amarelada com pontinhos vermelhos. 1843 . No fim do ciclo do algodoeiro. Vive escondida na folhagem. raramente em grupos de dois ou três. calosidade no interior e amarelecimento da fibra. bem abertas e caem após sete dias. pecíolo e parte terminal do caule. atacando as partes mais tenras das plantas. e mede em torno de 5 mm de comprimento. o picão e algumas do gênero Sida (guanxumas). Ciclo biológico do bicudo do algodoeiro (25 a 180 dias) adulto ovo (2 a 3 dias) (3 a 5 dias) pupa larva (7 a 10 dias) Anthonomus grandis Prejuízos: O ataque inicia-se pelas margens da cultura. As brácteas tornam-se amarelas. baixando a produção. tipo "bico de papagaio". fino e recurvado.Anthonomus grandis BOHEMAN. A pupa é muito parecida com a larva. Depois da eclosão. vermelhas e brancas. D. rostro bem alongado. A parte anterior da cabeça e o tórax são amarelos escuros. O bicudo vive essencialmente no algodoeiro. mede entre 4 e 5 mm de comprimento por aproximadamente 2 mm de largura. É um inseto polífago. depositados isoladamente. coloração cinza ou castanha. as quais não abrem normalmente. com um desenho amarelo em V muito característico no dorso. inoculam toxinas que causam a queda dos botões florais. De coloração viva. 5.8 mm de comprimento. que ele também pode atacar.6 1 . para alimentar-se ou colocar seus ovos. Os locais sugados apresentam pequenas manchas necróticas no exterior. .(Coleoptera: Curculionidae) Nome comum: BICUDO DO ALGODOEIRO Características: O adulto é um inseto com cerca de 7 mm de comprimento. ápoda e em forma de C. o adulto vai para abrigos (mata. as larvas se alimentam dentro das gemas florais ou maçãs. capim). Alimenta-se dentro dos próprios botões ou maçãs jovens. distinguindo-se por um Y invertido no abdome. o caruru. Tem aparelho bucal picador-sugador. chegando às vezes a apodrecer. Faz oviposição nos próprios botões ou maçãs onde os ovos são postos isoladamente através de um orifício feito pela fêmea. com aproximadamente 0. Geralmente ele perfura os botões florais. Os danos são causados pelo adulto e pela larva. O adulto possui grande agilidade. as flores ficam com o aspecto de "balão".Dysdercus spp. mas ocorrem deformações nas maçãs. Quando atacadas. Os ovos de formato alongado. 1883) . mas existem algumas plantas hospedeiras da família Malvacea. flores e maçãs novas. O ovo é liso. são inicialmente brancos e depois amarelados. podendo viver em plantas hospedeiras como o quiabeiro. A larva é branca. correspondente à metade do corpo. Aparece desde o início da floração.Horcias nobilellus (Bergston. o adulto pode alimentar-se de folhas jovens. ocasionando mais queda de gemas ou dano na fibra. Variedades .(Coleoptera: Chrysomelidae) Nome comum: VAQUINHA Características: O adulto mede cerca de 6 mm de comprimento. . 1939 . O ataque ocorre em reboleiras. 4) Conotrachelus denieri Hustache. que ficam cheias de perfurações. No segundo e terceiro estágios. a mosca branca é o inseto transmissor da virose “Mosaico comum”. As ninfas se alimentam sugando a seiva. a fêmea faz a postura nas fendas do solo úmido ou em restos vegetais. 2) Costalimaita ferruginea vulgata (lef. poderá utilizar os métodos e técnicas descritos a seguir. Por ocasião da maturação do algodão.diminuição do poder germinativo das sementes. aglomeram-se sobre as maçãs. são apteras. as antenas e pernas geralmente avermelhadas na base e pretas na extremidade. O adulto não transmite a virose de planta para planta de algodoeiro.abertura defeituosa dos capulhos. formando calosidades no interior da parede da locula picada. Nos outros. Além dos danos diretos produzidos no processo alimentar. . O besouro prefere se alimentar de folhas novas. Os danos são mais importantes quanto mais cedo os percevejos atacarem. Os ovos medem aproximadamente 1. e podem ser encontrados nas malváceas e outras famílias. mas geralmente aparecem em novembro e dezembro. As ninfas têm cinco estágios. em número de aproximadamente de 110 por fêmea. . 1889) . são de superfície lisa. o tórax com três listras brancas na base das pernas. Nos meses de janeiro a março. Após a fecundação. Com menos de 25 dias. As larvas vivem no solo.queda ou mau desenvolvimento das maçãs novas. mas é muito importante lembrar que nenhum deles utilizado isoladamente será sempre agronomicamente sustentável.1. para o algodoeiro. 1. . capulhos e com o rostro sugam a seiva das sementes. Eles se alimentam picando as sementes do algodão. Ciclo Biológico do Percevejo Manchador: (30 dias) adulto ovo (10 dias) ninfa (30 dias) Prejuízos: Os adultos e os últimos estádios ninfais ao picarem as maçãs e sugarem as sementes.podridão das fibras. CONTROLE CULTURAL 1.7 Nome comum: PERCEVEJO MANCHADOR Características: Aparecem geralmente na última fase do ciclo do algodoeiro. Depois de se desenvolverem. com a penetração de bactérias e fungos pelas perfurações. o ataque intenso deste inseto provoca o escurecimento das fibras em função do líquido açucarado que excretam. cor de rosa e não se alimentam. medem 8 a 13 mm de comprimento e são de cor avermelhada. Controla-se apenas quando o desfolhamento é muito intenso.manchas nas fibras de cor marrom-amarelada (dejeções ou outros). apresenta forma quase elíptica e coloração amarelo-pardo brilhante. mas só de ervas daninhas afetadas (Sida spp. com cerca de 1 mm de comprimento. alimentam-se de sementes tenras no solo. ocasionando o desenvolvimento de fumagina.(Homoptera: Aleyrodidae) Nome comum: Mosca-branca Características: Os adultos são de coloração branca. podendo infestar as lavouras. em grupos de até 100 ovos. esbranquiçados no começo. podendo surgir em qualquer fase da cultura. ficando presos a um pedúnculo.(Coleoptera: Curculionidae) Nome comum: Broca do ponteiro MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS O Manejo Integrado de Pragas (MIP). permanecendo a maior parte do tempo fixadas na face inferior da folha. laranja-avermelhados a café-claros. No primeiro. sobem pela planta. com as fêmeas apresentando longevidade aproximada de 18 dias.) para as plantas de algodão.. São insetos polífagos. as populações de mosca-branca geralmente são muito elevadas. Dysdercus sp. tornando-se posteriormente amarelados ou alaranjados. Os ovos são colocados sob as folhas.5 mm. São insetos de 10 a 20 mm de comprimento. 3) Bemisia tabaci (Gemmi. Têm cabeça e apêndices marrom-escuros. 1885) . O ciclo de vida é de cerca de 15 dias. causam os seguintes danos: . As asas formam em repouso uma mancha em forma de "V" invertida. provoca uma reação dentro da maçã. catação de botões florais atacados. reduzindo o número de ciclos que ele pode ter. Devido a grande utilização de inseticidas químicos nesta cultura. 2. Alpaida sp.destruição e incorporação das soqueiras.rotação de cultura. acima dos quais é preciso adotar alguma medida para reduzir a população . ácaros e ovos de diversos insetos. predador de ovos e lagartas de lepidópteros e pulgões.1.8 Aumentar a precocidade do material é interessante no caso do controle do bicudo. e neurópteros. para captura de adultos de bicudo. PRAGA BROCA-DARAIZ TAMANHO DA AMOSTRA Lavoura normal NÍVEL DE CONTROLE Controle preventivo. 3.2. o avanço das técnicas de biotecnologia permitiu introduzir no genoma do algodoeiro gens de toxina do Bacillus thuringiensis. é preciso utilizar os inseticidas alternando os princípios ativos e dar preferência aos seletivos para inimigos naturais.introdução na lavoura de insetos benéficos como Trichogramma pretiosum. Mais recentemente. 2.inseticidas biológicos como Bacillus thuringiensis cepa Kurstaki ou vírus de poliedrose nuclear. . Diferentes espécies são utilizadas no controle biológico natural. Semente tratada com inseticidas. Desta forma. Pulverizações aos 15-30 e 30-35 dias. himenópteros são auxiliares importantes para o controle desta desfolhadora. As aranhas desempenham um papel importante na limitação das populações de certas pragas. conferindo nele níveis de tolerância a lagartas. Estes insetos podem ser divididos em dois grupos: Predadores: As larvas e/ou adultos de alguns coleópteros. Esta tecnologia ainda não está disponível nos materiais cultivados no Brasil. em particular Alabama argillacea. moscas brancas. dentro ou sobre o qual os ovos são depositados. se alimentam dos pulgões.uso de iscas de feromônios. são sugeridos níveis críticos. . Os tricogramas são pequenos himenópteros (1 mm) que põem seus ovos dentro dos ovos de lepidópteros prejudiciais: Heliothis. Os braconídeos são parasitóides de várias pragas importantes como Pectinophora gossypiella e Anthonomus grandis. O ovo é de cor branca e a mosca o deposita no corpo do hospedeiro. CONTROLE BIOLÓGICO O controle biológico ocorre naturalmente ou planejado/executado pelo homem: . como a doença branca (Nomuraea rileyi) e a doença preta (poliedrose nuclear).. a larva penetra no inseto parasitado. heteróptero e Polistes spp. Parasitóides Trata-se de insetos que podem atacar os diferentes estágios do hospedeiro: ovo. são mais diversas em seu regime alimentar: lagartas de lepidópteros.. larva. Patógenos Doenças também interferem no controle das populações de pragas. que desempenham um papel importante no controle natural das populações de pragas. . .lavoura isca. São multiplicadas em grande número num hospedeiro fácil de criar. CONTROLE QUÍMICO: Para não favorecer o surgimento de resistência nas pragas e preservar os inimigos naturais. . O desenvolvimento larval destes insetos ocorre parcial ou integralmente no seu hospedeiro. em pouco tempo. Os taquinídeos são moscas parasitóides de lagartas. dípteros. 1. ninfa e adulto. . parasitando ovos de Heliothis spp. Por exemplo: Podisus nigrispinus. larvas de coleópteros e heterópteros. As lagartas de Alabama argillacea são destruídas por numerosas espécies de insetos. . Predadores e parasitóides O algodoeiro abriga também numerosas espécies de insetos benéficos. Os níveis apresentados na tabela são indicativos e sujeitos a modificações. Depois da eclosão. Práticas culturais Em função da localização da lavoura e da praga.2. o controle biológico é bastante prezudicado. 4. estes parasitóides são soltos em grande quantidade. por exemplo. NÍVEIS DE CONTROLE Para cada praga. 2.semeadura concentrada dentro de um período recomendado. no controle das lagartas de lepidópteros. pode-se utilizar práticas como: . Latrodectus geometricus se alimenta sobretudo dos coleópteros. Phiale sp.. Cheiracanthium inclusum. e Chrysoperla carnea. Alabama. Locais de ataque das pragas em cana-de-açúcar. > 15 mariposas capturadas por dia. observando a eclosão durante cinco dias.5 cm de comprimento. procuram a gema na região do nó (tecido mais tenro) perfurando-a para penetrar no colmo. Após passarem para o segundo instar. EMATER e HOECHTA PRAGAS DA CULTURA DA CANA-DE-AÇÚCAR 1 . plantas.9 Semeadura isca ou bordadura Pulverizações aos 10-15. Fonte: MIP do algodoeiro no Estado do Paraná Resultados da safra 90/91. a TRIPES PULGÕES . BICUDO a) 25 botões/ha 10% dos 40 aos 80 dias Observar um botão por planta no teró superior. 1794) (Lepidoptera. Colmo Folhas/bainhas Lagarta Elasmo Cigarrinha-da-folha Raízes e toletes Broca da cana Cochonilha Percevejo-castanho Broca-gigante Pulgões Cupins Lagartas Cigarrinha-da-raiz Pão-de-galinha Besouro Migdolus Gorgulhos 2 . Coletar os ovos e acondicioná-los em sacos de papel. Esta fase dura cerca de 10-15 dias. A segunda geração ocorre em dezembro/fevereiro.. Convênios cooperativas PR. MAÇÃS b) 50 ovos/ha < 60% de ovos parasitados (escuros) Avaliar dos 40 aos 90 dias.2 a 2. 15% dos 80 aos 100 dias LAGARTA a) 25 maçãs > 8% de maçãs atacadas.1 . sendo longitudinais ou transversais dentro do colmo. Broca-dotolete Características: A mariposa tem cerca de 25 mm de envergadura. 20-25 e 30-35. As lagartas recém eclodidas alimentam-se do parênquima foliar e em seguida da bainha das folhas.a) 25 plantas/ha > 10% de plantas com lagartas vivas. Pyralidae) Nome comum: Broca-da-cana. semelhante a escamas de peixe. b) 25 botões/ha (um por planta) 20% de botões com percevejos. 5 feixes de 10 plantas/ha > 5 tripes /planta a) 25 plantas/ha 70% das plantas atacadas. Em outubro/novembro aparecem os primeiros adultos oriundos desta última geração da safra anterior. O adulto emerge do orifício aberto quando era lagarta. ÁCAROS Rajado e branco (controle profilático) Presença de ácaros nas reboleiras de plantas. Pode ocorrer 4 a 5 gerações por ano. O período de incubação é de 5 a 10 dias. Realiza a postura preferencialmente na face dorsal das folhas da cana. b) 5 batidas de plantas/ha. Após 30 a 40 dias de alimentação atingem cerca de 2. sendo que a última tem um ciclo longo pois a lagarta permanece dentro do colmo por cerca de 5 a 6 meses.Diatrea saccharalis (Fabr. CURUQUERÊ a) 25 plantas/ha > 1 lagarta/planta. Observar na metade superior da planta. A) PRAGA DO COLMO A.0 cm)/planta. PERCEVEJOS a) 50 redadas/ha > 3 percevejos/50 redadas. fecha-o com fios de seda e serragem e passam para a fase de pupa logo abaixo. O ciclo total de ovo-adulto é de aproximadamente 53-60 dias (condições de São Paulo). Eles procuram os canaviais novos no campo e efetuam a postura originando a primeira geração. > 5 lagartas pequenas (1. possuindo coloração amarelo-claro e cabeça marrom. ROSADA b) armadilha (instalada a partir de 70 dias. Abrem orifício para o exterior.Esquema do ciclo vegetativo da cana e época de ocorrência das principais pragas na cultura. Branco > 40% de plantas com sintomas (antes da rasgadura folha). Inspeções dos 50 aos 100 dias Ninfas + adultos) LAGARTA-DAS. Observar uma folha expandida no ponteiro das (> 30 pulgões/folha). em massas com 5 a 50 ovos dispostos de forma embricada. Abrem galerias geralmente ascendentes. apresenta asas anteriores de coloração amarelo-palha e as asas posteriores esbranquiçadas. reduzindo a pureza do caldo e dando menor rendimento de açúcar e álcool na indústria.10 terceira geração em fevereiro/abril e a quarta geração aparecerá em maio/junho. 0. Pode-se citar como táticas deste método o uso de variedades resistentes ou tolerantes. Através dos orifícios de entrada e saído das lagartas ocorre a penetração de fungos causadores da doença chamada podridão vermelha do colmo. provoca a morte do ponteiro. matando-as. contribui muito para reduzir significativamente a população da praga no campo. seleção dos toletes para o plantio de novas lavouras. chuvas e ventos.4 % de perda na produção de álcool na indústria. eliminar plantas hospedeiras próximas do canavial. As perdas são avaliadas através da porcentagem de “intensidade de infestação” (II%). Estes são os danos diretos. Controle biológico: a broca da cana é atacada por diversos insetos predadores e parasitóides em condições naturais. As larvas penetram pelas galerias e procuram as lagartas onde penetram e devoram o seu interior. Metagonistylum minense e Paratheresia claripalpis (Díptera: Tachinidae). Esta doença é produzida pelos fungos Colletotrichum falcatum e Fusarium moniliforme que invertem a sacarose. Este dano resulta em perda de peso do colmo e provoca a morte de gemas. Parasitóides da lagarta: Três espécies de parasitóides foram utilizadas por longo período nos canaviais em todo o Brasil. Quando estas galerias são transversais ao colmo ocorre a quebra dos mesmos devido ao próprio peso. sendo esta o fator chave para o crescimento populacional. onde coleta-se ao acaso 3-4 colmos/volume de carga. Realiza importante função pois atacam a fase de ovo da praga. Os levantamentos para detectar a “II %” são feitos junto à balança de entrada da matéria prima na usina.14% de cana em peso no campo. O método de controle cultural é uma boa prática que. pode ser produzida massalmente em laboratório. destacando-se: Parasitóide de ovos: A espécie Trichogramma spp. Quando a broca ataca plantas novas. São moscas larvíparas e os adultos colocam as larvas na entrada do orifício feito pela broca no colmo. Danos da broca da cana DIRETOS CORAÇÀO MORTO BROTAÇÃO LATERAL QUEBRA DE COLMOS PERDA DE PESO INDIRETOS FUNGOS: Colleotrichum falcatum Fusarium moniliforme CAUSANDO INVERSÃO DA SACAROSE DIMINUIÇÃO DA PUREZA DO CALDO CONTAMINAÇÃO NA FERMENTAÇÃO Controle O controle químico desta praga não tem sido eficiente até o momento. Ciclo biológico da broca da cana-de-açúcar Ovos (~5-10 dias) >> Lagarta (~40 dias) Pupa (10-15 dias) >> Adulto (~5-10 dias Danos: É uma praga importante em todas as regiões canavieiras do Brasil. Os prejuízos indiretos são os mais consideráveis economicamente. Completado o ciclo empupam próximo aos orifícios do colmo para facilitar a saída dos novos adultos que terão vida livre no . quando corretamente adotado pelo agricultor. que é dada pela fórmula: II% = Nº de entre-nós danificados (X 100) Nº total de entre-nós Estima-se que para cada 1% de intensidade de infestação perde-se 0. causando falhas na germinação no caso de canaplanta. São as lagartas desta última geração que irão originar os primeiros adultos na safra seguinte.48% no processo de extração do açúcar e 1. Após rápido período de alimentação inicial em folhas (sem expressão econômica) as lagartas penetram no colmo da cana onde produzirá danos através da abertura de galerias (por isto o nome vulgar de broca da cana). Algumas espécies de parasitóides podem ser criados em laboratório com a finalidade de liberação inundativa dentro dos canaviais. fazer o corte da cana rente ao solo (para não deixar partes que permitem a continuidade de alimentação do inseto). sintoma conhecido como “coração morto”. Controle Biológico.11 ambiente e darão continuidade ao processo natural de parasitismo. Em áreas de média infestação libera-se duas parcelas de 3. Tem como plantas hospedeiras: o cipó. Com o tempo. Em cana-de-açúcar ataca os toletes e todas as partes subterrâneas da touceira. quando a população atinge a média de 0. A postura é feita de janeiro a março. Medem cerca de 40 mm. As ninfas fixam-se nas raízes para sugar a seiva. Eram criadas em laboratórios da usinas e fornecidas aos produtores. sulcos longitudinais superficiais. Pode-se efetuar aplicações do fungo Metarhizium anisopliae (isolados PL-5 e PL27) na dose de 100 a 200 g de esporos/há em pulverizações em alto volume. impróprias para vôo. Alojam-se nas bainhas folhas. Atualmente o inimigo natural mais utilizado é a espécie Cotesia flavipes (Hymenoptera: Braconidae) que produzidos em laboratórios das usinas ou privativos. inoculam saliva tóxica. A. Naturalmente as ninfas destas cigarrinhas são predadas pela mosca Salpingogaster nigra (Diptera.Migdolus fryanus (West. estas manchas se tornam necrosadas. a partir do nível da terra. O pico de ocorrência da praga é entre dezembro a abril. ligeiramente afilado para a posterior. sendo esta cor mais escura nas fêmeas. 1863) (Coleoptera. Syrphidae). Cercopidae) a) Mahanarva fimbriolata (Stal. As larvas e pupas são branco-leitosas. As larvas podem .7 indivíduos/colmo. As ninfas também ficam envoltas por uma espuma branca que lhes dá proteção. Ambos os sexos possuem o escutelo. plana. Cerambycidae) Nome comum: Besouro migdolus Características: São besouros que medem 18 a 25 mm. o eucalipto e podem atacar também a amoreira. Realizam a postura em bainhas secas ou sobre o solo. Tem como hospedeiros outras gramíneas e principalmente pastagens. principalmente porque atinge apenas os adultos e necessita de ser feito em várias aplicaçãoe com intervalos curtos de cerca de 15 dias. pronoto e cabeça marrom esverdeado.2 – Cigarrinhas (Homoptera. É um inseto de hábito subterrâneo. deixando as folhas com manchas cloróticas a partir das picadas. seguindo-se o ataque de larvas às raízes. na lâmina foliar ("queima"). coloração avermelhada com as tégminas orladas de preto. A postura é realizada no solo ou na planta. A. Outro parasitóide que já foi utilizado é Apanteles flavipes (Hymenoptera: Braconidae). O ataque nesta planta. corpo mais alargado na região anterior. Segmentos toráxicos e abdominais bem distintos. 1854) Nome comum: Cigarrinha–da-raíz Características: O macho possui l3 mm de comprimento por 6 mm de largura. liberianas e de grande parte dos tecidos lenhosos. com asas posteriores rudimentares muito estreitas. inicia-se no colo e em plantas mais velhas.5 % no processo industrial. Nas fêmeas as tégminas são mais escuras e de coloração marrom avermelhada.. Neste local é observado a presença de uma exsudação de espuma branca que serve de proteção a estes insetos. Prejuízos: A larva em plantas de lenho resistente como o de eucalipto. local onde realizam sua alimentação através da sucção de seiva da planta. Os prejuízos podem chegar a 17.3 .5 anos. são vendidos para os agricultores que os liberam de forma inundativa nos canaviais. dando formação à inúmeras manchas lineares de coloração marrom. em áreas altamente infestadas pela praga. São encontradas atacando em reboleiras que indicam sua presença pela clorose das folhas. no início do ataque da praga. Preferem solos arenosos e secos. podendo ser superior a 2 a 2. as larvas cavam ao longo das raízes.000 vespinhas/ha . 1855) Nome comum: Cigarrinha-da-folha Características: Esta espécie possui 13 mm de comprimento por 5 mm de largura. As larvas e pupas podem ser encontradas até 4 m de profundidade. Controle: Controle químico. Tem-se mostrado pouco eficiente. Os machos são pretos com as asas anteriores desenvolvidas. Seu ciclo é longo. Prejuízos: Os maiores danos são causados pelos adultos que ao sugarem a seiva das folhas. Esta fase dura de 14 a 35 dias. O ciclo evolutivo completo é de 30 a 40 dias. percorridas por uma faixa longitudinal da mesma cor no meio da asa. As fêmeas são de coloração marrom. de junho a outubro (maior incidência). de uma única vez.000 vespinhas por vez. A superfície dorsal é ligeiramente convexa e a superfície ventral. Pernas toráxicas relativamente desenvolvidas. Os machos possuem a cor marrom avermelhado. b) Mahanarva posticata (Stal. No Centro-Sul do Brasil controla-se eficientemente a broca através da liberação de 6. próximo aos colmos de cana. Os machos apresentam quatro manchas vermelhas no terço apical das asas anteriores. alimenta-se das partes corticais. pouco profundos. Os machos são mais ativos que as fêmeas. O maior dano provocado por esta praga é devido a redução do teor de açúcar no colmo. Após passarem para a afase adulta movem-se para a parte aérea e movimentan-se saltando de planta em planta. Devido ao ataque destas pragas . A incubação dura de 14 a 35 dias. diminuindo a fotossíntese. os colmos reduzem seu crescimento diminuindo consideravelmente o espaço internodal. Em áreas de solos mais argilosos e de maior fertilidade. Esse método é muito dispendioso. mesmo sem apresentar sintomas visíveis. mesmo quando sua população de larvas apresenta-se baixa. com isto. as touceiras atacadas apresentam aspectos de canas afetadas por seca ou fogo.39 ton/ha no primeiro corte. só ocorre quando a população de larvas atinge um número elevado a ponto de debilitar totalmente estas plantas. e apresenta um bom poder residual quando aplicado no plantio.12 escavar galerias de uma planta a outra. fryanus tem a função de atrair ou confundir. Normalmente solos arenosos apresentam maior porosidade e menor teor em matéria orgânica em relação aos solos argilosos. a depender da estratégia. As moscas da família Sarcophagidae como Sarcodexia sternodontes. busca-se sempre um produto de elevada eficiência e longo poder residual. As principais vantagens no uso deste método de controle estão na especificidade deste feromônio sexual. em se tratando de pragas do solo como Migdolus. só atrai ou confunde indivíduos da mesma espécie e não interfere no meio ambiente. Destacam-se os nematóides entomopatogênicos Neoplectana (Steinernema) carpocapsae. a utilização do feromônio sexual sintético de M. eles rejeitam a cabeça destes besouros. pelas razões descritas anteriormente. ou em condições de forte veranico. retém menos água e as plantas ficam debilitadas em condições de baixa pluviosidade. Químico: O método de controle químico é um processo simples e prático. A produtividade média no Paraná é uma das mais altas do país (média de 4. que potencialmente são as que vão dar origem aos novos descendentes. A eficiência é relativa pois enquanto o Migdolus ocorre em períodos mais secos. nos cortes subseqüentes de cana-de-açúcar. como o Fipronil do grupo químico Fenil Pirazol apresentou acréscimo de 24. de onde foi levado para o mundo todo. coleta massal e o confundimento. incorporação de matéria orgânica e adubação verde. durante o processo de acasalamento (revoadas). É comum estas aves se alimentarem de larvas expostas durante as arações profundas durante a renovação dos canaviais. muitas vezes. os machos durante as revoadas. N. Endosulfan 350CE. A liberação do feromônio é feita mediante o uso de “peletes” ou pastilhas que contém o feromônio na dosagem correta. colocados individualmente em alguns tipos ou modelos de armadilhas (exceto no caso de confundimento) para a atração e captura dos machos. Neste caso. Biológico: Existem poucos inimigos naturais conhecidos de Migdolus. O correto é havendo mão-de-obra disponível. Normalmente. Em canas mais velhas. Cultural: Diversas práticas culturais têm sido de grande utilidade na redução populacional ou na melhoria da cultura sob o ataque de Migdolus como: correta destruição das soqueiras de cana-de-açúcar (reforma). com uma redução significativa na população e no peso das larvas de Migdolus. conhecido por cará-cará e alguns pequenos gaviões. pode reduzir significativamente as gerações seguintes deste besouro. Oeste e Sudoeste do estado. As técnicas utilizadas neste programa de controle podem envolver a detecção. Os efeitos são mais evidentes durante os períodos em que as plantas estão sujeitas a déficit hídrico. em cana-de-açúcar. Produtos mais recentes e ainda em fase de testes. (machos que são mais perseguidos) Dentre as aves. coletar preferencialmente as fêmeas. monitoramento. sofrendo um grande processo seletivo e de melhoramento genético. Mecânico: Consiste basicamente na coleta manual dos besouros adultos durante o período das revoadas.500 kg/ha). Acanthodoteca rudis e A. tem sido muito utilizado depois da proibição de heptacloro. mediante a aplicação de inseticidas. muitas vezes não se constata nenhum sintoma aparente nas plantas em relação a presença de Migdolus. No Centro-Sul a expansão foi mais lenta e o destino da produção foi principalmente para o consumo animal. Todavia. quando se torna possível encontrar número elevado de larvas junto às touceiras atacadas. pode haver a presença de larvas.INTRODUÇÃO O milho é nativo da América. estes nematóides exigem boas condições de umidade do solo para se deslocarem e sobreviverem. Vários fatores determinam as perdas de rendimento . mas ainda assim está aquém do potencial da cultura. Por outro lado. (S) glaseri e Caenorhabditis elegans. necessitando de um grande número de operários para realizá-lo. que são vistos durante as revoadas alimentando-se de adultos de Migdolus. destaca-se Polyborus blancus. a constatação desta praga nestas áreas. PRAGAS DA CULTURA DO MILHO I . por meio de seu feromônio sexual. Assim como acontece nas revoadas de içás ou tanajuras em formigas. Controle: Comportamento: A possibilidade de manipular a comunicação química entre os sexos. Inornata parasitam adultos de Migdolus spp. No Paraná a expansão significativa na área e na produção ocorreu com a ocupação do Norte. Basicamente. em relação à testemunha. somente no sulco de plantio. As formigas carnívoras são também inimigos naturais do Migdolus. o sintoma de ataque desta praga torna-se mais evidente. ou seja. a partir da década de 30. Acromyrmex spp.13 das lavouras.Esquema do ciclo vegetativo do Milho e época de ocorrência das principais pragas da cultura: B – Pragas mais comuns em lavouras de milho. Curculionidae) besouro-preto Blapstinus punctulatus (Col. Piezodorus Guildinii. A identificação correta e o conhecimento de seus ciclos de vida. zoófagos (inimigos naturais de outros insetos) e decompositores de resíduos orgânicos. Diphaulaca. Daubulus spp. do ponto de vista do Manejo Integrado de Pragas (MIP).: Elateridae) Cupins Cornitermes spp. flavopicta D.: Scarabaeidae) Gorgulho-do-solo Pantomorus spp. se considerarmos a importância econômica das mesmas este número fica substancialmente reduzido e.: Noctuidae) Lagarta-do-trigo Pseudaletia sequax (Lep. no entanto. causam danos diretos e indiretos durante a fase vegetativa e reprodutiva. Procornitermes Syntermes (Isoptera: Termitidae) Heterotermes (Iso. seus hábitos alimentares e os fatores de controle natural são fundamentais para o sucesso de um manejo econômico e ecologicamente sustentável. No campo. Nezara viridula (Hemiptera: Pentatomidae) Tripes Caliothrips phaseoli. Curculionidae) Larva-alfinete Diabrotica speciosa (Col.: Noctuidae) PRAGAS DA PARTE AÉREA DAS PLANTAS (Colmo e folhas). Mahanarva spp. (Hom. (Homoptera:Cercopidae) Cigarrinha-do-milho Daubulus maidis. Larva-angorá Astylus variegatus (Col.: Dasytidae) Mosca-da-semente Delia platura (Diptera: Anthomyiidae) Broca-do-azevém Listronotus bonariensis (Col. além de outros com diversos hábitos alimentares. schach. 1996). (Coleoptera. Pão-de-galinha Phyllophaga cuyabana.: Cicadellidae) Percevejos Dichelops furcatus. Deois spp.: Gryllidae) Lagarta-elasmo Elasmopalpus lignosellus (Lepidoptera: Pyralidae) Lagarta-rosca Agrotis ipsilon (Lep. bem como pela densidade populacional e freqüência com que ocorrem. ou Bicho-bolo Diloboderus abaderus (Col. Quando estes danos são menores que o custo para controlá-los não podem ser considerados como uma praga.. todos integrados no delicado equilíbrio da cadeia alimentar. . as pragas têm-se beneficiado com a implementação do cultivo do milho safrinha (milho plantado em janeiro/fevereiro. entre os quais destacam-se as pragas. Larva-arame Conoderus spp. PRAGAS DE SOLO (insetos que vivem e se alimentam de partes subterrâneas da planta). O “status” de praga-chave de uma determinada cultura (milho ou outra qualquer) é dado a um inseto fitófago quando ele possui ampla distribuição nas regiões produtoras. além de atacarem os grãos e seus derivados durante o armazenamento. Chrysomelidae) Vaquinhas Cerotoma.: Tenebrionidae) Grilos Anurogryllus muticus Gryllus assimilis (Ortoptera. elevando a taxa de sobrevivência e o número de gerações. Chrysomelidae) PRAGAS QUE VIVEM NA SUPERFÍCIE DO SOLO. Elas provocam perdas desde a fase inicial do desenvolvimento reduzindo a densidade de semeadura. Cerca de quase uma centena de espécies de insetos fitófagos são citados na literatura como pragas do milho (GASSEN. Thrips tabaci (Thysanoptera: Thripidae) outros Formigas cortadeiras Atta spp. Cigarrinhas Deois flexuosa. Maecolaspis spp . logo após a colheita da safra normal). poucas espécies de insetos podem ser relacionadas como importantes ou pragas-chaves desta cultura. Nos agroecossistemas encontramos vários grupos de insetos que podem ser definidos como fitófagos (aqueles que alimentam-se de plantas). (Col. incrementando a densidade populacional. D. outros (Col.: Rhynotermitidae) Corós. (Hymenoptera: Formicidae) Broca-da-cana Diatraea saccharalis (Lep. Isto propicia a disponibilidade de alimento para os insetos por um período mais prolongado. Os insetos que são fitófagos somente tornamse pragas quando atingem níveis populacionais que causam danos econômicos às culturas agrícolas exploradas pelo homem.: Pyralidae) . A . : Noctuidae) Pulgão-do-milho Rhopalosiphum maidis (Homoptera: Aphididae) PRAGAS QUE ATACAM A ESPIGA DO MILHO. É nesta fase que causam os danos ao alimentarem-se do endosperma das sementes que estão no solo. (Dip. Colocam os ovos no solo. Quando ocorre um período mais prolongado de estiagem no início da implantação das lavouras.14 Lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda (Lep. Apesar da grande quantidade de adultos encontrados nas lavouras de milho não são registrados prejuízos diretos às plantas. junto às raízes das plantas. com cerca de 0. normalmente não produzem perdas expressivas. As larvas passam por vários ínstares durante um longo período jovem que pode variar de 8 a 10 meses. sob resíduos de plantas. junto ao orifício de entrada na planta.: Noctuidae) Lagarta-da-folha Mocis latipes (Le.Elasmopalpus lignoselus (Zeller. de cor verde azulada. pode ocorrer perdas em reboleiras. Cabeça e tórax são escuros.7 cm de comprimento. O ataque dá-se em milho com até cerca de 30 cm de altura. As asas posteriores são transparentes. Uma característica importante para o reconhecimento desta praga nas plantas de milho é a presença de um casulo construído de terra e teia no subsolo. A cabeça é preta e o corpo é marrom-amarelado totalmente recoberto por longas cerdas pretas. alta densidade populacional. No verão é comum encontrá-los em flores de girassol ou amendoim-bravo. os élitros amarelos com cinco manchas pretas. 2. exigindo o replantio. No último estádio atinge cerca de 13 a 15 mm. preferência das larvas por raízes de gramíneas e grande capacidade de dispersão dos adultos. onde a lagarta se aloja. sendo um total de 50 a 400 ovos. até cerca de 25 a 30 dias após a germinação. normalmente um ovo por planta. A cabeça é pequena. com 15 a 20 mm de comprimento. 1-Astylus variegatus (Germar. com listras longitudinais escuras e transversais esbranquiçadas no fim de cada segmento. A espécie de maior importância econômica é Diabrotica speciosa devido sua ampla distribuição pelas áreas de cultivo no Brasil todo.: Noctuidae) II.PRINCIPAIS PRAGAS DA CULTURA DO MILHO A) Pragas iniciais Este grupo é constituído por insetos que atacam as lavouras de milho desde o período em que as sementes estão desenvolvendo seu processo de germinação. As demais espécies agrupadas como praga inicial. com coloração marrom escura. A ocorrência é maior nos anos secos. Mosca-da-semente Euxesta spp. em algumas regiões. contribuindo para a redução da densidade populacional adequada de plantas de milho. As lagartas são ativas.: Otitidae) Lagartas-da-espiga Helicoverpa zea Spodoptera frugiperda (Lep. Controle: O tratamento de sementes utilizado para o controle de outras pragas iniciais mais importantes economicamente contribui para minimizar os danos causados pela larva-angorá. porém no conjunto e associadas com Diabrotica podem ampliar as áreas com redução significativas do “stand” de plantas. raspando o parênquima e imediatamente descem para o solo através de um fio de seda e perfuram o colo e colmo das plantas escavando galerias ascendentes causando a destruição da gema apical. alimentam-se primeiro das folhas novas. As lagartinhas que eclodem. portanto com uma geração por ano. Pyralidae) Nome comum: Lagarta-elasmo Descrição Os adultos são pequenas mariposas com cerca de 15 a 20 mm de envergadura. pólen e exudados de plantas. 1848) (Lepidoptera. onde alimentam-se de néctar. com o bordo escuro. durante a fase de plântula. 1824) (Coleopetra. Ciclo biológico de elasmo: ~3 dias Ovo Lagarta (Folhas) (vive no coleto) Ciclo Total (~48 dias) ~ 22 dias . O adulto tem o corpo alongado. perfurando-as na região do embrião e destruindo a radícula. Dasytidae) Nome comum: Larva-angorá Descrição e danos É uma espécie univoltina. Os ovos são colocados isolados nas folhas basais do milho novo ou no solo junto ao coleto da planta. após esta fase normalmente não atacam mais a lavoura. sendo as asas anteriores dos machos amareladas e das fêmeas acinzentadas. sempre na camada superficial do solo. Plantas com até cerca de 20 dias após a germinação morrem com o ataque desta praga. 4. Quando a planta atinge cerca de 30 cm de altura. Uma lagarta pode cortar até 4 plantas/noite. chegam a medir 50 mm de comprimento. 1824) (Coleoptera.15 ~8 dias Adulto Pupa (longevidade ~15 dias) (solo. podem abrir galerias na base do colmo. empupam por cerca de 15 dias em câmaras escavadas logo abaixo da superfície do solo. Controle: Tratamento de sementes. Em anos de precipitação normal. 1991). a praga deixa de constituir problema. Em anos secos sua eficiência pode ser sensivelmente prejudicada. Brasileirinho. Controle A praga tem vários inimigos naturais representados por microhimenópteros. Capim barba de bode é hospedeiro importante da praga. A aplicação deve visar a região basal da planta. Neste caso além de tratar sementes pode-se aumentar a densidade de semeadura. Milho semeado através do sistema de plantio direto. provocam a morte da gema apical ou broto. porém plantas maiores podem sobreviver. Atacam as plantas durante o período noturno. Noctuidae) Nome comum: Lagarta-rosca Descrição Os adultos são mariposas com as asas anteriores de coloração marrom escuras com algumas manchas triangulares pretas. O controle químico com o tratamento de sementes é medida auxiliar para o controle. Em estágios mais avançados do desenvolvimento da planta. Vaquinha. A fase larval dura cerca de 30 dias em média. 1776) (Lepidoptera. devido a melhor adaptação desta espécie ao solo mais úmido e pela presença de palhada que lhe oferece proteção. a percentagem de plantas mortas pode variar de 3 a 10% e em períodos de estiagem no início do desenvolvimento da planta. A média de postura por fêmea é de cerca de 1000 ovos. não apresenta problemas sérios com a lagarta elasmo. mas geralmente perfilham e tornam-se improdutivas. mas tem seu desenvolvimento prejudicado. Ciclo biológico da lagarta rosca: Ovo 3 a 5 dias Lagarta Adulto 15 dias Pupa Prejuízos Cortam transversalmente plantas pequenas na região do coleto (rente ao solo) provocando sua morte. sintoma conhecido como "coração morto". carbamatos ou fosforados. Pode ser associado com aplicações na parte aérea da planta de inseticidas piretróides. murchamento. sendo comum sua ocorrência até cerca de 30 dias após a emergência. Crhysomelidae) Nome comum: Larva-alfinete. Plantas com o colmo um pouquinho mais grosso quando não são diretamente cortadas pela lagarta sofrem tombamento devido ação de vento e chuva. Os ovos são geralmente brancos. Podem danificar várias plantas em uma só noite. As posteriores são transparentes. 3. Há um amarelecimento das folhas. secamento e morte da planta. Embora a ocorrência da praga no Estado seja generalizada. predominando o cinza escuro e quando próximo da fase de pupa. semelhantes a deficiências minerais. portanto sempre com uso de bico tipo leque e alto volume de água por hectare. próximo à planta) Prejuízos As lagartas penetram no interior do colmo onde broqueiam a parte mais tenra para se alimentar. podem ser superiores a 40% (IAPAR. As lagartas são robustas e com coloração variável. têm-se verificado danos maiores. O nível de controle corresponde a 4% de plantas com até 30 cm de altura atacadas. Patriota . sendo por isto chamadas de “lagarta-rosca”.Diabrotica speciosa (Germar. tão logo se observe o nível de controle que é de 5% até 20 a 25 dias após a emergência das plantas. não resolvendo sozinho o problema. A postura é feita preferencialmente no solo. onde ficam enroladas. a gravidade dos danos está associada à abundância e distribuição de chuvas. que no campo pode atingir 10 a 20% de parasitismo.Agrotis ipsilon (Hufnagel. Em milho conduzido em plantio direto. Durante o dia abrem câmaras no solo. próximo das plantas e nas folhas basais do milho ainda pequeno. contribuindo para agravar o problema da redução da densidade populacional de plantas na lavoura. Plantas mais desenvolvidas (mais de 40 cm de altura) podem superar o ataque. provocando o aparecimento de estrias nas folhas. medindo em torno de 41 mm de envergadura. Scarabaeidae) Nome comum: Pão-de-galinha. com a finalidade de dispersão para novas áreas e acasalamento. Vaquinhas (gêneros Diphaulaca. Em geral. provavelmente em busca de microrganismos simbiontes. sendo dos poucos casos entre os insetos. 5. São polífagos. constituindo-se então no alimento disponível para os insetos. Os insetos adultos são besouros pequenos com cerca de 6 mm de comprimento. (Coleóptera. Os danos são variáveis e difíceis de serem mensurados. Procornitermes. mas no complexo (conjunto) deles podem realizar estragos diferenciados que . Os adultos se alimentam em plantas jovens de milho. Também pode haver acamamento seguido da formações de raízes adventícias nos nós. porém conseguem se recuperar dos danos. A ocorrência da praga é esporádica.. Controle O controle de adultos e larvas desta praga é muito difícil e complexo. Neste grupo os adultos normalmente não se alimentam no milho. São insetos de ciclo univoltino (uma geração anual).). Plantas maiores podem ser atacadas. Além destas pragas citadas acima. com certa preferência para leguminosas e hortaliças. Diloboderus spp. amplamente distribuídos em todos as regiões do Paraná. mais afilado na parte anterior e atingem até 10 mm de comprimento no último ínstar. É uma praga com grande importância econômica em várias culturas agrícolas como batata. Apresentam grande capacidade de dispersão. desde que os danos são notados cerca de 30 a 60 dias após a germinação e localizam-se na parte subterrânea das plantas. cor verde e com três manchas amarelas em cada élitro. no campo. Estes insetos geralmente não recebem um tratamento com o “status” de praga primária ou secundária. associados com pulverizações da parte aérea das plantas.16 Descrição São insetos polífagos. Para postura. Este fator dificulta na tomada de decisão sobre aplicações preventivas de granulados fosforados ou carbamatos no solo. cabeça castanho-escuro e apresenta uma placa de cor preta no último segmento abdominal. Os adultos fazem revoadas noturnas no final da primavera e início do verão. Prejuízos Atacam broqueando a região subterrânea do colmo. Pantomorus spp. Cerotoma. onde se deslocam vagarosamente e também dentro da coroa das planas de milho. ficando as plantas retorcidas para cima.Phyllophaga spp. há quase exclusividade de raízes desta espécie vegetal. pois estes produtos são caros e elevam o custo de produção da lavoura. o ataque de outros insetos que sempre ocorrem em maiores ou menores populações em diferentes lavouras no sul do Brasil. O corpo tem cor creme-claro. não sendo muitos específicos. Os ovos absorvem água e aumentam de tamanho. Maecolaspis) e Mosca-dasemente (Delia pratura). ocorrendo geralmente em reboleiras dentro dos talhões de milho. No primeiro ínstar alimentam-se muito pouco ingerindo basicamente solo e matéria orgânica. Bicho-bolo Trata-se de um complexo de besouros escarabaeideos. resultando em secamento das folhas centrais (coração-morto) ou morte de plantas mais novas. podendo também destruir áreas expressivas exigindo que o agricultor realize um replantio. Neste grupo podemos incluir Larva-arame (Conoderus spp. Cyclocephala spp. que realizam uma grande poda no sistema radicular. Normalmente o dano está associado a uma “colaboração” da praga para a redução da densidade populacional de plantas. refletindo no final da colheita em menor produção. Em geral a cultura anterior não influencia o ataque naquela que vem depois. Os ovos são colocados no solo. porém os danos não são expressivos. A partir do segundo ínstar e principalmente terceiro (último da fase jovem) alimentam-se de grandes quantidades de raízes de plantas em geral. devido à redução do sistema radicular e perfurações no coleto as plantas apresentam menor crescimento e rendimento em grãos. Vivem no solo na região da rizosfera. constatamos. Altas densidades populacionais de larvas no solo reduzem o “stand” de plantas refletindo em menores colheitas. Heterotermes). coleto e raízes principais de plantas novas. Devido ao uso dos herbicidas nas lavouras de milho. apresentando bom deslocamento vertical e horizontal no perfil do solo. Algumas regiões mais infestadas pela praga podem sofrer ataques severos que exigem do agricultor a realização de replantio. sem do denominadas “pescoço-de-ganço”. cucurbitáceas e outras. devido a grande migração dos adultos e ao hábito alimentar das larvas serem diferente dos adultos. onde coloca os ovos na região do coleto destas plantas. portanto os danos são produzidos apenas pelas larvas. as fêmeas preferem as gramíneas. incluindo ainda outros gêneros. Coró.. porém podendo ser drástica quando presente. porém alguns vivem até dois anos. As larvas vivem sempre na terra. Cupins (gêneros Cornitermes.. sendo que algumas espécies preferem sistemas de plantio direto (Diloboderus abderus) outras são indiferentes ao sistema de cultivo do milho (Phyllophaga cuyabana). O tratamento de sementes não consegue proteger as plantas além de aproximadamente 25 dias após a germinação. As larvas apresentam o corpo cilíndrico. por atacar a cultura desde a emergência até a fase de maturação dos grãos na espiga. B) Pragas da parte aérea 1. Na espécie Thrips tabaci os machos não possuem asas. Lagarta-militar Características É a praga mais importante da cultura do milho no campo. pois muitas vezes nem sequer percebem sua presença na lavoura por viverem no solo e em baixa densidade populacional. sendo as asas anteriores pardo-escuras. que ficam alojadas nas bainhas das folhas jovens e principalmente dentro do cartucho alimentando-se de seiva. por estar amplamente distribuída no Estado e no Brasil todo. Normalmente o tratamento de sementes realizado para as pragas iniciais pode oferecer uma proteção razoável até os primeiros 20 dias após a germinação. Os ovos são colocados individualmente e em grandes quantidades na base das folhas. seguido de murcha e seca das folhas. A rotação de culturas é sem dúvida uma medida de grande alcance e que poderá contribuir significativamente para minimizar este problema. totalizando cerca de 1500 ovos por fêmea. O ciclo biológico completa-se em três a quatro semanas. Plantas muito novas com até cerca de 15 dias após a germinação podem morrer quando submetidas a altas populações desta praga. raspagem do colo da planta ou partes do colmo que ficam embaixo da terra.5 mm de comprimento. Após a eclosão as lagartinhas de uma mesma postura migram para plantas vizinhas. Danos Possuem o aparelho bucal tipo raspador-sugador. As fêmeas ovipositam na face superior das folhas. Estes danos pequenos não prejudicam diretamente as plantas. Algumas vezes é realizado. procurando sempre os tecidos mais tenros. Thrips tabaci (Lindeman. as plantas são suscetíveis ao seu ataque. O adulto é uma mariposa que mede cerca de 35 a 40 mm. com pequenas manchas claras (macho) ou de cor uniforme (fêmeas) e as posteriores branco-acinzentadas. má qualidade das sementes ou deficiências nutricionais do solo. na verdade é oriundo da simples ausência das pragas naquela safra agrícola. Isto significará menor produção de grãos na hora da colheita. abertura de algumas galerias de alimentação no coleto e raízes principais.. Thripidae) Nome comum: Tripes Características São insetos de tamanho pequeno. Em plantas mais desenvolvidas os danos são observados na base das folhas. Noctuidae) Nome comum: Lagarta-do-cartucho. Normalmente os produtores nem mesmo adotam alguma medida de controle para tais pragas. Uma característica deste grupo é a presença de franjas no par de asas anteriores. Os danos podem ser observados através de manchas claras no local onde o inseto realizou a raspagem no tecido. portanto para alimentar-se nas folhas eles primeiro raspam o limbo foliar e a seiva que exsuda é então sugada (chupada) pelas peças bucais. formando massas com número variável de 50 a 300 ovos.Caliothrips spp. pela ocorrência constante. Se persistir temperaturas altas e tempo seco. A principal dificuldade de controle está na localização dos insetos no interior do solo. Na fase de ninfa passam por quatro ínstares. corpo afilado e com movimentos rápidos. Após cerca de quatro dias eclodem as formas jovens. . caro e geralmente não trás resultados positivos. 1797) (Lepidoptera. 1888) (Thysanoptera. sem efeito algum sobre o rendimento de grãos. com cerca de 1. somente na fase inicial de desenvolvimento vegetativo (até 4 folhas abertas). podendo em alguns casos atingir 2300 ovos. Os danos são realizados através de cortes ou incisões em sementes. quando pode ocorrer explosão populacional que exija a adoção de medidas de controle químico.17 contribuem significativamente para reduzir a densidade adequada de plantas de milho na lavoura. Possuem grandes quantidades de plantas hospedeiras. Normalmente pode-se observar uma descoloração e amarelecimento claro destas folhas atacadas. mas podem enfraquecêlas ou torná-las suscetíveis a entrada de microrganismos agentes de doenças. que é de 5 plantas por metro linear.Spodoptera frugiperda (Smith. Os danos provocados por estas pragas de solo normalmente são confundidos e atribuídos as condições edafo-climáticas adversas. pode haver necessidade de aplicação de inseticidas em pulverização da parte aérea. 1. no entanto. O controle químico para estas pragas é complexo. Nas regiões mais quentes do Estado do Paraná tem ocorrido maior densidade populacional devido a prática das safrinhas de milho. mas seu resultado “falso-positivo”. Podem ser encontrados dentro do cartucho das plantas de milho durante todo o ciclo da cultura no campo. Durante o dia procuram sempre estar abrigados contra a radiação solar direta e buscam locais mais úmidos da planta. Os adultos alimentam-se das folhas mais novas. Controle As diferentes espécies são favorecidas por temperaturas altas e períodos secos. raízes. Para formar a pupa. 1988). frugiperda 3 dias Ovos Lagarta (folhas) (cartucho) 12 a 30 dias 21 a 50 dias Adulto Pupa (solo) Prejuízos A lagarta do cartucho-do-milho pode destruir uma planta completamente através do consumo das folhas do cartucho. com manchas claras arredondadas e com uma linha clara em forma de “Y” invertido (distintamente pronunciada). As condições nutricionais do solo e o clima afetam a recuperação dos danos sofridos. seguidas de períodos quentes e secos. (dias após a germinação) 10 % de plantas atacadas aos 49 d. local onde produzem seu dano típico que é a perfuração ou destruição das folhas desta parte da planta. Controle Aplicação de inseticidas químicos (fisiológicos piretróides.g. fosforados. Além destes danos diretos. Após a emissão da espiga por não haver folhas em formação na planta. 1852) (Lepidoptera. Noctuidae) Nome comum: Lagarta-dos-capinzais . dando sintoma parecido com o “coração morto”.a. Devido ao canibalismo é comum encontrar apenas uma lagarta grande no cartucho da planta. Pode-se encontrar lagartas de diferentes ínstares no mesmo cartucho. Lateralmente apresentam uma linha escura mais larga e abaixo desta uma listra amarela irregular marcada com vermelho (GALLO. penetram no solo superficialmente. porém é bastante pronunciada em Spodoptera). Normalmente a localização deste inseto é dentro das folhas que formam o cartucho da planta. durante as horas mais quentes do dia as lagartas vivem abrigadas embaixo de terrões e palhadas.a. Quando o milho ainda está na fase de plântula. O controle biológico poderá ser feito com NPV (Vírus da Poliedrose Nuclear) ou com o GV (Vírus da Granulose) específico. provocando sintoma parecido com o de lagarta-rosca. as lagartas perfuram a base destas e penetra no colmo. tem 4 placas bem nítidas dispostas nos ângulos de um retângulo. o inseto encontra condições adequadas para rápida multiplicação.18 As lagartas medem 40 a 50 mm no último ínstar. porém para pequenas áreas de cultivo pode-se coletar lagartas mortas pelo vírus dentro do cartucho das plantas. Este método ainda é dificultado devido à falta de produto comercial no mercado. Ciclo biológico da S. Com o crescimento das plantas. macerá-las e reaplicar sobre as plantas. com 3 faixas longitudinais claras. limitando o crescimento populacional. No caso de ocorrerem chuvas leves. A quantidade e distribuição das chuvas é um fator importante no aparecimento da praga. muitas lagartas pequenas morrem por ação direta da chuva ou pela ocorrência de doenças.Mocis latipes (Guenée. As mandíbulas apresentam 5 dentes pontiagudos. Estes danos podem causar a inviabilidade produtiva devido ao afilhamento que ocorre a partir do coleto. As pupas possuem coloração avermelhada. Apresentam coloração variável de pardo-escura ou verde quase preta. ao abrirem-se as folhas apresentam 4 ou 5 furos paralelos típicos que são resultantes da perfuração transversal das lagartas nas folhas que se desenvolviam ainda enroladas. Assim. Níveis de Controle: 20 % de plantas atacadas aos 34 d. broqueando-o no sentido ascendente e destruindo a gema apical.g. Apresentam três finas linhas longitudinais branco-amareladas na parte dorsal do corpo. O corpo apresenta poucos pêlos. as lagartas remanescentes migram para a espiga em fase de enchimento de grãos e broqueiam a sua base onde penetram e comem os grãos. A cabeça é negra. com cerca de 15 mm de comprimento. 9 % aos 64 d.a. Apresenta placas do protórax. A capacidade de prejudicar o milho depende também do vigor da planta. porém separas por folhas internas deste. A pulverização deve ser feita usando-se o bico leque e visando o cartucho da planta.) após o aparecimento dos primeiros focos de folhas raspadas fora do cartucho. provocando danos irreversíveis. Usar sempre alto volume de água por hectare. Se as chuvas forem intensas e freqüentes. Nas horas mais frescas saem para alimentar-se secionando a base das plantas. formada pelas suturas frontal e adfrontal (todas as lagartas de Lepidoptera possuem.g. utilizando-se os equipamentos normais como para qualquer outro produto. O dorso do oitavo segmento abdominal. 2. A fase crítica dos danos é quando a planta possui de 6 a 10 folhas (40 até 50 dias após a germinação). causam a perda de sustentação e conseqüente quebra da espiga e entrada de micoroganismos que são uma das causas da ocorrência de grãos ardidos no milho. uma dorsal e duas dorso-laterais amarela forte. sem suturas nítidas. indo danificar os grãos que estão em formação apenas na parte apical da espiga. Quando o ataque ocorre em plantas na fase de início de enchimento de grãos.) Lagarta 13 a 25 dias 14 dias Adulto Pupa (longevidade de (no solo) 12 a 15 dias) A postura é feita ao anoitecer. Os orifícios deixados facilitam a penetração dos microorganismos. A cabeça é castanho-clara. Apresentam hábito de caminhar tipo mede-palmo. faz uma espécie de câmara com uma galeria de saída para a superfície da terra. No solo. destrói os mesmos. dotado de corpo robusto. O ataque no milho se dá pela destruição (consumo) das folhas. desde que a lagartas ficam abrigadas dentro da palha da espiga do milho. porém merecendo atenção. Penetram pela ponta da palha. A coloração das lagartas é variável. a lagarta abandona a espiga e cai no solo. Não se alimentam dentro do cartucho. Antes de passar à pupa. por não apresentar o primeiro e o segundo par de falsas pernas. quando estes começam a murchar ou secar. Possuem formato esférico. As asas posteriores são mais claras. atacam os grãos novos. Alimentando-se dos grãos leitosos. ao contrário da Spodoptera frugiperda.19 Características Trata-se de uma praga de importância secundária na cultura. As asas anteriores são amarelo-pardas. Esta faixa transversal não continua na asa posterior. São colocados no estilo-estigma da espiga (cabelo do milho). Normalmente as lagartas consomem o limbo foliar. para a emergência do adulto. mas comumente esverdeadas. As toxinas excretadas prinicipalmente por fungos causam o chamado grão ardido que deprecia a qualidade dos grãos para o consumo humano e animal na forma de ração. Em seguida. Controle: Não é realizado na prática por não serem significativos para a produção de grãos. O adulto é uma mariposa com cerca de 40 mm de envergadura.Helicoverpa (Heliothis) zea (Lepidoptera: Noctuidae) Nome comum: Lagarta-da-espiga Características O adulto é uma mariposa com cerca de 30 a 45 mm de envergadura. onde eclodem as lagartas que se alimentam inicialmente destes. com uma faixa transversal mais escura.000 ovos por fêmea. . permanecendo inteira a nervura central . Prejuízos Lavouras de milho próximo de pastagens ou infestadas principalmente por capim-papuã são mais sujeitas ao ataque devido ao hábito migratório das lagartas. sendo colocados em média 1. asas de coloração pardo-acinzentadas. Sua ocorrência no milho é esporádica. Têm três estrias longitudinais pretas. estes tornam-se chochos. sendo as anteriores dotadas de manchas circulares e linhas transversais onduladas. conseqüentemente havendo menor rendimento em peso. penetrando de acordo com a sua consistência de 4 a 15 cm de profundidade. O ataque ocorre apenas em reboleiras dentro da lavoura. É extremamente difícil obter boa performance dos produtos. A cabeça é globosa com estrias longitudinais irregulares amarelas. pois quando ataca o faz em grandes populações e geralmente lagartas grandes que podem destruir reboleiras significativas de plantas em poucos dias. As lagartas medem cerca de 40 mm de comprimento e são de coloração verde escura com estrias longitudinais castanho escuras. C) Praga da espiga 1. Ciclo biológico da lagarta-das-espigas: 3 a 5 dias Ovo "estilo-estigma" (l000 ovos/f. com uma faixa escura nas bordas externas. Quando em ataque é muito intenso aos estigmas podem comprometer a fertilização provocando falhas nos grãos da espiga. Dano: Inicialmente se alimentam dos cabelos novos ou estigmas. são brancos no início e marrons próximo à eclosão. Na parte central da asa pode-se ver uma mancha circular mais nítida e escura. Diferencia-se as duas lagartas pela cápsula cefálica e pelo dano à espiga: a lagarta-da-espiga ataca só na ponta. As principais espécies ocorrentes no Brasil são: Anastrepha fraterculus (ocorre em todas as regiões) Ceratitis capitata (mais importante em regiões de clima temperado) Outras espécies encontradas de menor importância: Bractocera carambolae (mosca-da-carambola) – restrita a região do Oiapoque. motivo pelo qual a oviposição é feita em frutos maduros. PRAGAS DE FRUTÍFERAS PRINCIPAIS PRAGAS Mosca-das-frutas (Diptera. citros. tomateiro. esta medida é importante. quando a oviposição é efetiva o furo de penetração é alargado. a larva não consegue penetrar até a polpa e morre no local. Coloração amarelada. inicia seu ataque por qualquer ponto da espiga. araçazeiro. videira. Ceratitis capitata Adulto mede de 4 a 5 mm por 10 mm de envergadura. Rhagolestis spp – encontradas esporadicamente. É importante salientar que nos últimos anos. As asas são de transparência rósea com listras amarelas sombreadas. A . onde estão sendo realizado programas de erradicação. . Ciclo médio das espécies: Ciclo total: 31 a 43 dias Ovo (conformação de arroz) – 2 a 6 dias Larva (vermiforme e apoda) – 9 a 13 dias Pupa – 10 a 12 dias Adulto – 10 a 12 dias Hospedeiros Podem ocorrer durante todo o ano. O abdômen com listras transversais acinzentadas. sendo muito comum em maçã. e a lagarta-do-cartucho. a essa deformação dá-se o nome de “cortiça”. Controle Nível de dano econômico: 0. Exemplos de culturas frutíferas atacadas: Abacateiro. A. e no bordo posterior em V invertido. visto que foram constatados grande número de parasitóides naturais atacando larvas de moscas). Comprometem também os tecidos de sustentação do fruto. Ceratitis capitata Anastrepha sp. Quando a oviposição é feita em frutos verdes. mas principalmente ataca no terço basal e mediano destas. A . ameixeira. striata e A. pessegueiro. pitangueira. devido a postura feita pelos adultos no interior dos frutos. A. pois este caso enquadra-se no anterior). – Erradicação de pomares abandonados (também deve-se avaliar a situação. tem-se utilizado o controle biológico através da liberação massal de vespinhas do gênero Trichogramma (Hymenoptera: Trichogrammatidae). têm sido igual ou maior que o verificada para a lagarta-da-espiga.20 não sendo atingidas pelas pulverizações. abrindo galerias. pereira. tórax preto com desenhos simétricos brancos. Apresenta 94 espécies no Brasil. obliqua. caquizeiro. devido a diversidade de frutíferas que atacam (sucessão de hospedeiros – passam de uma frutífera para outra à medida que as mesmas produzem frutos. obtendo-se bons resultados no campo. consumindo a polpa e deteriorando-a . goiabeira. O ovipositor é curto e mais fraco. A. Tephritidae) Responsáveis por danos em frutas. grandis . a percentagem de espigas atacadas pela lagarta-do-cartucho. macieira. fraterculus. em baixo nível populacional Descrição das principais espécies de importância agrícola Anastrepha sp Adulto com 6. fazendo com que o mesmo caia. Nos plantios de milho para produção de conserva. As larvas ao eclodirem migram para a região central do fruto. pseudoparallela.5 moscas/armadilha caça-moscas/ dia – Eliminação de plantas silvestres hospedeiras (visa eliminar fontes de alimentação e desenvolvimento. sombreadas de preto em forma de S da base á extremidade. podendo ser postos de 3 a 5 ovos por cavidade. mas pode causar desequilíbrio entre praga e inimigos naturais. O ovipositor é mais longo.5 mm por 12 mm de envergadura. Colorido predominantemente de amarelo e nas asas existem manchas amarelas. das quais sete são mais importantes do ponto de vista econômico A . cafeeiro. que fica deformado. portanto sua postura é mais interna. zenildae. Frutos de pêssego enquanto verdes não são atacados pelas Mosca-das-frutas. A fêmea ao encontrar um fruto arrasta o ovipositor sobre o mesmo e faz a punctura (introdução do ovipositor). scrorcula. que não formam um desenho característico. podem transmitir viroses. Cuidados devem ser tomados com estes produtos. que podem estar presente ou ausente.13. Ocorrem durante todo o ano. com observação na parte lateral do fruto. lesões ou escamas de cochonilhas. uma doença que causa morte de ramos e quedas precoces de frutos. Tenuipalpidae) Corpo muito achatado. que além de danificarem diretamente as plantas. – Sistema respiratório: constitui-se de estigmas ou espiráculos. Passa a ser vetor quando suga a seiva de uma planta contaminada. Brevipalpus phoenicis . de gemas (causando enrolamento.2. A fertilização é interna. Alimentam-se de líquido celular de folhas. acompanhado com lignificação e provavelmente oxidação de algumas substâncias do citoplasma. Tenuipalpidae. pois atingem os inimigos naturais. Nível de dano econômico: amostragem a cada 15 dias. com poucas variações entre os grupos. mas em alguns casos podem manter a população baixa. geralmente são de movimentos lentos e bem pouco esclerosados. No estágio larval apresentam. São transmissores de vírus da leprose. mas atacam também ramos e folhas na parte inferior. Os mais importantes na agricultura são os indivíduos das famílias: Tetranychidae. Phyllocoptruta oleivora –ácaro da falsa ferrugem (Acari. em pomares sem sintomas no ano anterior o NDE é de 15% de frutos atacados. – Iscas tóxicas (adicionado a calda inseticida substâncias açucaradas para atrair a fêmea recém emergente).15 mm de comprimento. Subclasse Acari Os ácaros são indivíduos de segmentação bastante reduzida ou ausente. sendo estas características importantes para a separação de grupos. macho com 0. Externamente possuem uma camada cerosa. Os adultos são sedentários e tem preferência de alimentarem-se sobre ramos. com duas manchas escuras de formas e tamanhos variáveis. possuem 0. O ato alimentar do ácaro provoca liberação de etileno. phoenicis).21 – Armadilhas para captura (usadas normalmente para monitoramento. . Descrição das principais espécies de ácaros em diferentes culturas 2. – Controle químico (produtos com ação de profundidade como o Fenthion – para altas infestações. – Sistema digestivo: é um simples tubo. o dimorfismo sexual é acentuado. A maioria das espécies é vermelha. mas o modo de transferência dos espermatóforos varia. 0. em pomares pequenos ou com reduzida infestação). em pomares que apresentaram sintomas de leprose no ano anterior o NDE é de 5% de frutos atacados. Algumas espécies são exclusivamente partenogenéticas. atrofia.1. peso e quantidade de suco reduzido. em posições diferentes. mas também desenvolvem-se sobre frutos. enquanto outras são brancacentos ou translúcidos. que conferem proteção contra perda de água. – Sistema circulatório: é representado por hemolinfa incolor que banha todos os tecidos.ácaro da leprose (Acari.1.30 mm de comprimento. As fêmeas colocam seus ovos nas depressões dos frutos e folhas. e Eriophyidae. Citros 2. geralmente três pares de patas e nos estágios ninfais e adulto geralmente com quatro pares de patas. coloração amarela. manchas cloróticas e abortamento precoce das mesmas) e de frutos (podendo estes terem tamanho. examinando-se 3 frutos por árvore. amarela ou verde. Subfilo Chelicerata. causando o sintoma de fruto ferruginoso. Classe Arachnida. O exoesqueleto de um ácaro típico forma-se a partir de uma camada não diferenciada de tecido e recoberta por uma fina camada de cuticulina. principalmente quando estes apresentam verrugose. Podem ser ovíparos ou ovovivíparos. sendo o aumento da população relacionado com o aumento da umidade relativa do ar. – Sistema reprodutor: são dióicos. O intestino anterior consiste em uma faringe que funciona como bomba aspirante. Eriophyiidae) Aspecto vermiforme. Nível de dano econômico: amostragem (mesma de B.1. O intestino posterior é geralmente representado por uma cavidade ou bolsa retal que se abre externamente por um ânus. Tarsonemidae. e separada de uma epiderme por um estrato granular muito fino. que continua por um esôfago que é circundado pelo cérebro. Espécies fitófagas. além de manchas externamente). destacando-se anteriormente apenas os apêndices peribucais. O NDE é de 30 ou mais ácaros por cm2. 2. Ácaros Filo Arthopoda. Sua dispersão natural se deve a ação do vento. de coloração alaranjado vivo. Preferem frutos verdes.1. na maioria dos grupos. cujos sintomas são observados um mês após a inoculação. coloração vermelho intensa. compostos ou ausentes. No início da brotação da macieira. que são depositados ao redor das gemas . ocelos de 2 a 3 ou ausentes. – Preventivo: catação de frutos com sintoma de leprose. as larvas eclodem e se locomovem para as folhas onde vão se alimnetar Os ovos de verão são depositados nas folhas. redução na florada e na frutificação efetiva subsequente.22 Controle das espécies em citros – Acaricidas: (não sendo aconselhável mais de um tratamento por safra com a mesma matéria ativa e mesmo grupo químico. representada por duas partes do tubo digestivo mais ou menos afastadas. podendo estar presente também em macieira. na primavera. sendo que cada fase sofre uma ecdise. as fêmeas podem apresentar ovipositor desenvolvido. Os representantes da ordem são: pulgões. além de coleopteros coccinelídeos – Manejo de ervas: refúgio para ácaros predadores da família Phytoseiidae Homopteros Características gerais da ordem Cabeça: opistognata. em outros grupos ambos podem ser ápteros e existem ainda aqueles. O macho é mais afilado.7 mm. Particularidade do sistema digestivo da ordem: Em quase todos os homópteros o tubo digestivo apresenta uma modificação chamada de Câmara Filtro. sendo que o conjunto de peças bucais formam o rostro trissegmentado.3. causando o sintoma de bronzeamento. e Phytoseiulus macropilis .. Pêssego Tetranychus urticae . machos menores 0. Ataque severo podem reduzir o tamanho dos frutos. Atacam as folhas da macieira. junto as gemas e rugosidades. saltatórias ou ausentes. sendo o NDE de 50% de presença. cahatado nos polos. cigarrinhas. sendo os 3 primeiros fundidos. Em torno de 5 a 7 gerações são realizadas durante o ciclo vegetativo da macieira. Abdômen: apresentam 11 anéis. intimamente aplicadas uma sobre a outra por uma bainha ou tecido conjuntivo. Nível de dano econômico: metodologia de presença ou ausência. corte e queima de ramos contaminados.ácaro rajado (Acari. Além da fêmea de inverno. que possuem indivíduos ápteros e alados. aparelho bucal do tipo picador-sugador. antenas setáceas ou filiforme. Atravessa o inverno na forma de ovo hibernante. Passa o inverno na forma de ovos depositados nos ramos. A eclosão coincide com a quebra da dormência da macieira (setembro) e se estende até outubro/novembro. Nível de dano econômico: 50% de presença sobre as folhas Controle das espécies – Químico: acaricidas – Controle biológico: ácaros predadores como Neoseiulus californicus (criados para liberação). medindo 0. A deutoninfa apresenta as pernas mais desenvolvidas. nas rugosidades ou fendas dos ramos. podem causar a queda de frutos e de folhas. que em repouso ficam em telhado sobre o corpo. cochonilhas.2. estriado e com um longo filamento. Dimorfismo sexual entre os adultos. através de difusão pelas paredes epiteliais. – Controle biológico: ácaros predadores Phytoseiidae 2. Tetranychidae) É polífago. Em alguns grupos o macho tem um par de asas e a fêmea é áptera. A protoninfa difere por apresentar 4 pares de pernas. Tórax: asas na maioria 2 pares. no verão 60% de presença. Tetranychidae) A fêmea apresenta o corpo globoso. O período larval completo compreende 3 fases: larva protoninfa e deutoninfa. sendo . cigarras. com temperatura mais elevadas. as pernas podem ser ambulatóriais. com as margens internas sobrepondo-se um pouco no ápice. Graças a esta disposição a parte líquida da seiva aspirada pelo rostro passa imediatamente e quase totalmente da porção anterior do tubo digestivo à porção terminal. originando-se da parte posterior da cabeça. causando extravasamento do líquido celular.3 mm. 2. Apresaenta protuberâncias brancas na parte dorsal onde se inserem grandes setas. olhos simples. O ovo é vermelho. A larva recémeclodida é de cor alaranjada e após se alimentar fica escura. Apresenta 3 pares de pernas.5 mm e corpo robusto. Maçã Panonychus ulmi – ácaro vermelho (Acari. devido a seleção de populações resistentes e desequilíbrio entre outros arthópodos. entre outros de menor importância. fêmeas com 0. que apresenta coloração alaranjada Alimentam-se de folhas. conferindo coloração brnzeada caracteristica. manejo de ervas daninhas para favorecer ácaros predadores. transmitem a “tristeza dos citros” – virose. provavelmente relacionada com a excreção de substâncias voláteis. Toda essa adaptação é para assegurar a maior absorção de nutrientes essenciais que ocorrem em baixas concentrações em todos os tipos de seiva. Em quase todos os homópteros.3.6 a 1. exceto os pulgões que se reproduzem por partenogênese telítoca e anfítoca. sugadores de seiva. São responsáveis pela “falsa crespeira do pessegueiro” (encarquilhamento e deformação das folhas e brotos. de difícil reconhecimento (a identificação é feita pelo revestimento da fêmea). Danos gerais causados pelos homópteros Diretos: sucção de seiva.1. glândulas ceríparas cutâneas produtoras de uma secreção serosa abundante e de aspecto pulverulento. é feita a remoção de água em grandes quantidades. Maçã 3. 3. A postura sobre as folhas e ramos ou endofiticamente. O desenvolvimento pós-embrionário é hemimetábolo. inculação de saliva tóxica 3. Causam encarquilhamento das folhas e ramos novos. glândulas secretoras de cera e de laca. Atravessa o inverno na forma de ninfa sem lanugem nas raízes.Superfamília: Coccoidea Cochonilhas Compreendem um grupo de corpo degenerado. concentrando em mais de 10 vezes a seiva ingerida. A fêmea alada tem de 1. São insetos pequenos. Alimenta-se da seiva que extrai das partes lenhosas e dos brotos tenros. As formas ápteras são de coloração esverdeada . Mede cerca de 2mm e apresenta coloração escura. – Controle biológico: Principalmente Coleopteros coccinelídeos e Neuroptera. A planta fica debilitada tornado-se suscetível a pragas e doenças secundárias. compreendendo 3 fases de vida: ovo-ninfa-adulto. Podem ter reprodução sexuada ou assexuada. 3.1. que reduz a fotossíntese. depositando os ovos em incisões feitas pelo ovipositor.3.1. Anuraphis schwartzi. muitas espécies são escamiformes. Câmara filtro em homópteros A reprodução é do tipo sexuada por anfigonia. que serve para a excreção de líquido açucarado. que possuem função não definida. Nas nossas condições climáticas. nunca das folhas. Fenitrotion II. Anuraphis helichrysi – pulgão verde Indivíduos com aproximadamente 1. Dimetoato I.2. e provocam o aparecimento de fumagina – fungo Capnodium .8 mm de comprimento. sendo que as fêmeas fazem a postura por oviparidade (incubação exterior). 3. com exceção das cigarras que são hipometábolos. lesões nos tecidos Indiretos: vetores de doenças. A planta reage à ação da saliva tóxica do inseto produzindo nodosidades (calos) e nas raízes produz galhas. Na extremidade final está a codícula. Pêssego: Myzus persicae. o pulgão se reproduz por paternogênese telítoca. A reprodução é parternogenética telítoca.23 expelida pelo ânus. . Seu tamanho chega ao máximo 5 mm. instalam-se sob as folhas formando colônias. Citros: Toxoptera citricidus – pulgão preto dos citros Atacam brotos novos. – deve-se dar mais atenção ás plantas jovens. logo após ingerida. com coloração variada. Apresentam ação espoliadora. Em algumas espécies pode-se encontrar ainda. 1976) Descrição das principais espécies de pulgões em diferentes culturas 3. em grandes quantidades. em conseqüência de sua atividade alimentar e do seu elevado potencial biótico.1. A fêmea áptera mede 2 mm de comprimento e é verde negra brilhante ou fosca. Controle – Controle químico: Diazinom II. Forma alada e áptera de pulgões (Fonte: Quintanilla.1. com forma jovem subterrânea e última fase ninfal móvel. apresentam disribuídas pelo corpo. pendúnculos e botões florais. Família Aphididae Pulgões Apesar de seu tamanho reduzido.8 mm de comprimento. é verde negro brilhante com sifúnculos e codículas pretos. Possuem no 5 º ou 6º segmento abdominal estruturas chamadas de sifúnculos ou cornículos. nas raízes ramos e brotos novos. sobretudo vírus. além de serem transmissores de agentes patógenos. recobertas por secreções céreas produzidas por glândulas epidérmicas das ninfas e adultos. principalmente as formas jovens.1.2. provocam queda de flores.1. Eriosoma lanigerum – pulgão lanígero São rosas ou carmim e apresentam-se cobertos por filamentos cerosos e brancos. Apresenta-se em densas colônias sobre troncos perto do colo da planta. são responsáveis por enormes prejuízos nas mais variadas culturas. Pinnaspis aspidistrae – escama farinha Os machos formam colônias sobre a casca do tronco e ramos. Saissetia oleae.. ocasionalmente partenogenética.5 a 2 mm de comprimento. preferindo se fixar ao longo das nervuras. Sugam constantemente a seiva (ação espoliadora). podendo ocorrer ovoviviparidade. as fêmeas se despojam das patas tornando-se apodas. Mytilococcus beckii. mas só é considerada praga importante na cultura da videira. podendo causar amarelecimento das folhas e frutos. Citros Cochonilhas sem carapaça Orthezia praelonga. 3. P. . No interior deste ovissaco. Na região posterior apresenta o ovissaco. a fêmea vai armazenando ovos e ninfas. Uva Eurhizococcus brasiliensis – Pérola-da-Terra Várias plantas são atacadas por esta cochonilha. A fêmea mede 1. Chrysomphalus ficus. O macho no terceiro estádio atrofia as peças bucais e aparecem tecas alares. Com carapaça Chrysomphalus ficus – cochonilha cabeça de prego Apresenta carapaça onde a escama da fêmea adulta é circular. sendo que uma fêmea de Ceroplastes pode por até 5000 ovos. O macho apresenta a sua escama menor semelhante a da fêmea. favorecem o aparecimento de fumagina. alimentando de seiva. As ninfas ao nascerem espalham-se pela planta. Podem reproduzir-se por anfigonia ou paternogênese. frutois e folhas. Ceroplastes floridensis. é oval. de cor branca. dictyospermi. ramos. com os lados paralelos e no dorso notam-se três estrias longitudinais. conservando o rostro enterrado nos tecidos vegetais para se alimentarem. hesperidium. entre outras. injetam saliva tóxica. Descrição de espécies citadas de maior importância na cultura: Sem carapaça Ciclo evolutivo das Icerya purchasi – cochonilha australiana ou pulgão branco da laranjeira cochonilhas Também ocorrem em culturas hospedeiras como macieira. revestindo-os por completo com suas carapaças. Planococcus comstocki. A fêmea mede 4 a 5 mm de comprimento. Elevadas infestações podem cobrir totalmente a casca das plantas. Icerya brasiliensis. Saissetia coffeae. são muito prolíficos. As fêmeas apresentam coloração marrom clara e medem 2 mm de comprimento. A carapaça do macho é de forma oval alongada de coloração marrom-escura. com corpo convexo. que enfraquece a planta. o que causa um definhamento na planta. pessegueiro. Selenaspidus articulatus. Coccus viridis. que mais tarde torna-se um escudo protetor. As cochonilhas sefixam no tronco. A postura é feita sob a carapaça. Atacam folhas em ambas as faces. inutilizando-os para comércios mais exigentes. As ninfas de primeiro estádio são microscópicas. videira.. A reprodução é normalmente por paternogênese. roseira. Pulvinaria flavescens. que tem incubação de dois dias. Depois de alguns dias afastam-se da mãe e procuram um local mais conveniente e ali se fixam. Descrição das principais espécies de cochonilhas em diferentes culturas 3. ramos e frutos. C. Icerya purchasi. corpo convexo. Os escudos dos machos são como um casulo branco.2 mm com o corpo mole e apoda. A fêmea depois da primeira muda deslocase sobre a planta e nela se fixam definitivamente. na face inferior das folhas. ziziphi. dando início à formação de uma escama circular. hexápodes e móveis. minor. dando aspecto de pulverizados de branco. com 2 mm. em conjunto de 150 ovos. depreciam comercialmente a planta ou os frutos.2. A exsúvia eliminada por ela vai sendo alojada sobre o seu corpo.2. depois de crescidas passam para galhos e outras plantas. A reprodução é sexuada. Medem de 1. Maçã e Pêssego Quadraspidiotus perniciosus – Piolho de São José A fêmea é coberta por carapaça circular de coloração marrom-acinzentada. Cochonilhas com carapaça Unaspis citri.24 São na sua maioria ovíparos.2. Parlatoria cinerea. P. Atacam o tranco e ramos causando rompimento da casca. cor escura com orla marginal mais clara. 3. As ninfas após emergirem saem da carapaça da mãe. após a quarta ecdise surge o macho alado. sua escama tem a forma de concha alongada e afilada para uma das extremidades. Pinnaspis aspidestrae. Apresenta reprodução partenogenética facultativa e desenvolve uma geração por ano. C. P. Myceraspis personata. semelhante a flocos de algodão.1. mas de forma oval.3.3. pergandii. As ninfas são de cor cinza com estrias vermelhas. em quantidade de 100 ovos com incubação de 25 a 30 dias. As ninfas crescem e assumem formato esférico. pendúnculos e frutos.0 cm de comprimento. provoca definhamento progressivo da videira. Os métodos de controle não são muito eficientes para esta praga. iniciam sua alimentação retirando grande quantidade de seiva. As fêmeas fazem a postura nas hastes das plantas. As pernas são marrons claras e apresenta duas faixas escuras simétricas na cabeça.1. os bordos encarquilham-se para dentro.). Sua coloração varia de branco no início e amarela no final do desenvolvimento. No inverno. A sucção de seiva efetuada pela pérola-da-terra nas raízes. conseguindo ingerir líquidos do xilema.3. muito frágeis e quebradiços. Citros 4. que criará uma película impermeável em torno da carapaça. Neuropteros e Coccinelídeos. 3. até 103 dias. Aethalionidae) O adulto mede 10 mm de comprimento. Azatus platensis e Signiphora aspidioti – Hymenoptera. estes cistos são branco-acinzentados. causada pela bactéria Xylella fastidiosa. os cistos jovens não interrompem seu desenvolvimento. apresenta asas de coloração escura com a parte terminal castanha. quando emergem os adultos. tem coloração marrom com nervuras claras nas asas. com duas pontuações pretas na parte terminal das asas anteriores. Em plantas infestadas as folhas apresentam um amarelecimento entre entre as nervuras. Apresentam musculatura da cabeça bem desenvolvida.3. Outras espécies interferem na fisiologia normal da planta obstruindo os vasos condutores.1. a população do inseto se reduz em maior ou menor magnitude. Famílias Cicadelidae e Aethalionidae . de coloração amarelo-intenso. por este motivo consomem grande quantidade de seiva. a jan. as folhas tornam-se cobertas por diminutas manchas esbranquiçadas ou amareladas. ocorre a formação do cisto (mar. dependendo da temperatura e da capacidade de adaptação da praga. Controle das cochonilhas – Controle químico: alguns inseticidas podem ser usados após a poda.8 cm de comprimento. as ninfas apresentam-se como corpos globosos (6. . Ao final do desenvolvimento. Após a fixação das ninfas móveis nos sítios de infestação (raízes livres de solo). A lagarta vive no interior das folhas. Aethalion reticulatum – cigarrinha das frutíferas (Homoptera.25 O ciclo inicia-se dos cistos com ovos (nov. ao adquirirem esta bactéria as cigarrinhas passam a serem vetoras pelo resto da vida.). tem colorido castanho ferruginoso. a out. quando atingem aproximadamente 3mm de comprimento. os melhores resultados obtidos foram com a utilização de produtos sistêmicos granulados. Ocorrem 3 gerações por ano. asas com nervuras salientes e esverdeadas.. perdendo as patas e secretando a carapaça quitonosa que envolve todo o seu corpo. recomendando-se a adição de óleo mineral. Ao se alimentarem estas cigarrinhas podem transmitir doenças tais como Clorose Variegada dos Citros (CVC) ou amarelinho. 3. repletos de ovos. alimentando-se e produzindo galerias em forma de serpentina. afetando assim o transporte de nutrientes. estando estes envoltos em espessa camada de espuma (ooteca). o corpo e as pernas são amarelados e apresenta linhas escuras na cabeça. mesmo estando a planta sem folhas. Sonesima grossa. rompem-se e liberão ovos e ninfas móveis (fev. Além dos citros podem se alimentar de todas as frutíferas. Outras pragas de importância 4. os olhos são grandes e negros.Cigarrinhas Algumas espécies retiram quantidades excessivas de seiva e diminuem a quantidade de clorofila das folhas ou mesmo a destroem. medindo cerca de 0. com redução na produção e até mesmo morte da planta. Algumas são vetores de fitopatógenos. Cicadelidae) O adulto da primeira espécie possui 0.1. Dilobopterus costlimai – cigarrinha dos citros (Homoptera.5 a 10 mm de comprimento).8 cm a 1. medindo cerca de 1 mm de comprimento. Gracillariidae) Microlepidóptero de coloração castanho-prateada. Estes cistos evoluem. A segunda espécie é menor.). a mar.2.1. Durante o período hibernal. Após a eclosão as ninfas ficam agrupadas em torno das hastes. – Controle biológico: Eucarsia berlesei . com brilho nacarado. – Controle mecânico: escovamento de ramos muito infestados e que não podem ser podados. Phyllocnistis citrella – Lagarta minadora dos citros (Lepidoptera. Descrição das principais espécies de cigarrinhas em diferentes frutíferas 3.3. Controle – Químico: Organofosforados e piretróides. São gregárias. Maçã 4. ou no solo. Podem atacar também a macieira. Pêssego Grapholita (=Cydia) molesta – Mariposa Oriental ou Grafolita (Lepidoptera. convexos e esbranquiçados. Destroem as folhas à noite. com a extremidade final de cor bronze metálica.95 cm de ponta a ponta. – Ciclo evolutivo da Mariposa Oriental (Fonte: Hickel) 4. Medem 50 a 60 mm. ficando no tronco durante o dia. Os adultos vivem de dois a seis dias. nos quais as brotações são sucessivas. .7 mm) em formato de pequenos discos. esses ponteiros atacados morrem. penetrando na medula. Outros produtos estão sendo testados. Lagartas são branco-acinzentadas com cabeça preta. Além deste dano. coloração preta e amarela. – Controle biológico: mais de 50 espécies são inimigos naturais da lagarta minadora. As lagartas alimentam-se dos primórdios foliares. A postura se dá nas folhas e a eclosão se dá em 5 dias. 4. durante o dia ficam inativas.1.3. rompe o ovo na parte que está em contato com o tecido foliar. com uma faixa escura. Uma lagarta pode atacar 3 a 7 ponteiros da mesma planta. à medida que caminha. quando completam seu desenvolvimento (12 a 14 mm) são branco-rosado com cabeça marrom. permitindo gerações imbricadas.3 a 1. A lagarta ao eclodir. finalizando com uma destruição de aproximadamente 2 mm. Cydia pomonella – mariposa codling (Lepidoptera.2 Heraclides thoas brasiliensis. As lagartas apresentam o corpo liso e possuem uma glândula odorífera eversível em forma de Y (osmetério). As mudas são as maiores disseminadoras desta praga.2. O acasalamento ocorre normalmente de madrugada. Tortricidae) As asas quando abertas medem de 1. mas a fotossíntese fica comprometida. – Confusão sexual: impregnação da área com feromônio sexual para evitar a comunicação ou encontro de grafolitas para a cópula (não comercializado no Brasil). apresentando o bordo externo fortemente sinuado formando 5 dentes pequenos e um alongado que forma uma cauda espatulada. Nas posteriores. As asas anteriores são pretas com uma faixa amarelada que se subdivide para a parte apical das asas com várias manchas desiguais. a galeria vai aumentando em largura e comprimento. coloração pardoescuro-acinzentada com algumas estrias de coloração branca. principalmente em pomares irrigados. evertida da parte posterior do pró-tórax quando a lagarta é excitada. 4. isolados. – Variedades resistentes: Antibiose e não preferência para oviposição.1. apresentando colorido verde escuro com manchas esbranquiçadas. Tortricidae) Adultos são pequenas mariposas com aproximadamente 12 mm de envergadura. em fendas de casca dos troncos ou ramos.3. Papilionidae) Adulto é uma borboleta com 130 mm de envergadura. após 7 a 8 dias empapam permanecendo aí mais 20 dias. formando nestes locais suas galerias. Nos frutos as lagartas penetram na região do pendúnculo e vão se alimentar da polpa próximo ao caroço. Controle – Controle químico: Novos produtos reguladores de crescimento e inibidores de crescimento estão sendo utilizados a poucos anos e necessitam de mais estudos quanto ao momento de aplicação. Heraclides anchisiades capys – lagarta desfolhadora dos citros (Lepidoptera. as fêmeas podem ovipositar nos ramos mais tenros e mesmo na casca de frutos em desenvolvimento.26 O ataque é mais prejudicial na segunda brotação após o inverno. As folhas atacadas só despencam quando há um período de estiagem. O ciclo total é de 38 dias. favorecem a penetração da bactéria que causa o Cancro Cítrico. O adulto tem ciclo de 20 a 25 dias. quando a população de adultos é elevada. o parasitismo pode chegar a 54%. nota-se 7 manchas amarelas. exalando um odor desagradável. sendo que algumas lagartas apresentam resistência. Ovos (0. As pupas são de casulo de seda. A mariposa possui hábito crepuscular e durante o dia fica abrigada no solo ou em plantas de baixo porte. não se observa postura sobre frutos.95 cm de comprimento. As larvas recém emergidas são brancas com capsula cefálica preta. a qual é coberta por uma fina gelatina. resulta em grandes prejuízos depreciando comercialmente os frutos. ou morre.2. O adulto possui hábitos noturnos. sem dissecar o fruto). . após a eclosão as lagartas alojam-se na face superior das folhas e ao se alimentarem tecem uma espécie de túnel no sentido da nervura principal. Banana Cosmopolites sordidus – moleque ou broca da bananeira. Tortricidae) Os adultos são de coloração cinza-claro. a mariposa morre ao atingir o painel matador da armadilha. As lagartas de primeiro ínstar apresentam cabeça escura e o restante do corpo amarelo claro. cabeça marrom. lixo e outros afins que possam servir de refúgio). os piretróides. Possuem hábito crepuscular. A pupa é inicialmente esverdeada. onde a mariposa é atraída por um septo de ferômonio. medindo cerca de 15 mm de envergadura e 7 mm a 10 mm de comprimento. afilada para a extremidade anterior. na região do cálice ou do pedúnculo. A postura é feita em pequenos orifícios na inserção da bainha da folha. O ataque às folhas não apresenta perdas. as larvas maduras são de 1. e o restando do corpo finamente pontuado. a capsula cefálica escura se torna visível no ovo. As larvas podem penetrar pelo talo. Um pouco antes da larva eclodir. com o início da alimentação a coloração pode apresentar variação predominando a tonalidade esverdeada. – Controle químico 4. retirar e destruir os frutos infestados e os frutos caídos no chão. Causa danos nas folhas e nos frutos da macieira.(Coleoptera. podar as árvores altas ou as árvores muito densas para promover a circulação de ar. 4. além de facilitar a entrada de microorganismos causadores de podridões. Curculionidae) Besouro com 11 mm de comprimento e 4 mm de largura.. e no interior do rizoma já em decomposição. curvada no dorso. fixando-as nos frutos. preto uniforme. Élitros com estrias longitudinais. no decorrer do ciclo. Bonagota cranaodes – lagarta enroladeira . possuem eficiência no controle.feromônio + inseticida. – Controle biológico: Trichogramma platneri – Feromônios: interrupção da comunicação sexual através da técnica de confusão de machos. Controle Nível de controle: 20 mariposas/armadilha de monitoramento/semana – Com feromônio: sistema “atrai-mata”. Os ovos são redondo-achatados.3 a 1. enrugada. ou abrigando-se entre estes.4. e capsula cefálica marrom. Em geral. onde se alimenta na cavidade onde as sementes se desenvolvem. Também podem ser colocados em pseudo-caules. Os ovos formam uma massa contendo em média 40 ovos. a coloração dos mesmos é amarelada. manter o pomar limpo (remover caixotes. nos frutos. As entradas profundas ocorrem quando a larva penetra na maçã da casca até o miolo. bem como melhor cobertura dos inseticidas. acasalando-se entre as 17 e 21 horas. movimentos lentos e durante o dia permanece abrigado da luz nas touceiras próximas ao solo. Os ovos são depositados na face superior (lisa) das folhas. cortados e deixados no solo. ou pelo lado do cálix do fruto (sendo neste caso mais difícil de detectar a penetração. ou com “ atrai-mata”.(Lepidoptera. com o corpo de coloração rosa-esbranquiçada.3. um pouco menores que a cabeça de um alfinete. próximos à coroa do rizoma. Controle – Controle cultural: remover árvores hospedeiras em campos abandonados. tornando-se marrom-escuro próximo à emergência do adulto. Larva mede 12 mm de comprimento é branca apoda. estes orifícios são feitos com as peças bucais. os machos são menores que as fêmeas. Provocam dois tipos de danos: ferroadas e entradas profundas. de cor branca opaca quando ovopositados. O período de incubação é em média de 8 dias em temperatura de 25ºC. mas causam desequilíbrio em relação ao ácaro vermelho. As ferroadas são entradas onde a lagarta penetra a “carne” da maçã e logo após abandona a entrada. Com o desenvolvimento constróem abrigo juntando as folhas. ocorrendo escurecimento quando próximo a eclosão – fase cabeça de prego. uma ou mais entradas ou furos tampados com fezes na superfície do fruto são sinais característicos de infestação causada pela mariposa codling. entre as bainhas das folhas e entre partes da planta.27 As fêmeas depositam seus ovos isolados nas folhas e algumas vezes. porém o dano causado pelas lagartas que raspam a casca das maçãs. – Controle químico: os inseticidas normalmente recomendados são os registrados para outras pragas da cultura. alimentam-se de microorganismos. e que se encontra sob pressão. altamente complexo em sua natureza. . A cutícula é o exoesqueleto dos nematóides. os órgãos. pequenas minhocas ou oligoquetas (oligoquetófagos) e outros nematóides (nematófagos).28 Após a eclosão as larvas abrem galerias nos rizomas. de corpo alongado afilando-se nas extremidades. abrindo galerias nos rizomas e parte inferior do pseudo-caule. O pseudoceloma está cheio de um líquido complexo chamado fluido pseudocelômico. protozoários (protozoófagos). essencialmente aquáticos. espermatoteca. MORFOLOGIA E ANATOMIA: Pseudoceloma: é a cavidade do corpo não inteiramente revestida por tecido de origem mesodérmica. frutos e sementes. como o aparelho digestivo. Não apresenta divisões definidas. A cutícula atua como uma barreira entre o nematóide e os elementos adversos do ambiente. 1 a 2 mudas por covas. próximo a fase de pupa dirigem-se para as extremidades das galerias próximas da superfície externa do rizoma preparando câmaras ovaladas. mas há certas regiões às quais foram dados nomes comuns por conveniência. são a queda das bananeiras por falta de resistência aos ventos e favorecimento da entrada de microorganismos apodrecedores. as papilas labiais e os anfídeos. bem como os que se adaptam para parasitar órgãos aéreos como caules. Por fim. seja entre as algas do fundo do mar. rizomas. Parede do corpo: é formada por uma camada externa denominada cutícula. iniciando no ânus e estendendo-se até o término. encontramos a cabeça ou região dos lábios. O crescimento dos nematóides está associado com as ecdises ou trocas de cutícula. uma hipoderme e uma camada muscular somática. onde estão imersos os órgãos como o esôfago.. transparente e flexível. seja entre as partículas do solo. que significa fio. Ainda na região anterior. tem variadas formas de alimentação. tais como fungos (micófagos). sendo que o conjunto todo dá idéia de um tubo dentro do outro. na qual existe a boca. constitui importante adaptação para a vida nos espaços intersticiais. o grupo de nematóides parasitas de animais vertebrados ou invertebrados. flores. Os nematóides exibem seletividade para as moléculas que entram em seu corpo. Pequena parte dos nematóides ingressou no parasitismo. alimentando-se de seus tecidos. ocasionam com isso um fraco declínio da planta em que as folhas centraris começam a secar e depois toda a planta. A forma roliça e alongada do corpo é adequada ao movimento serpentiforme de locomoção por ondulação dorsoventral e. Acarretam diminuição do peso dos frutos. têm-se o esôfago e logo abaixo. atacando virtualmente todos os grupos vegetais e animais. Ciclo: Ovo (5 a 8 dias) Larva (30 dias) Pupa (4 a 20 dias) Adulto ( 5 a 6 meses). Os nematóides parasitas de plantas superiores (fitoparasitos). de certos íons e não eletrólitos. está a região posterior ou cauda. cheia de um fluido sob pressão. tendo como funções: a permeabilidade da água. Os danos indiretos. dependendo da natureza do ambiente em que ele normalmente vive. O tubo externo seria a parede do corpo e o interno. “nematis”. Há ainda. testículos. Os nematóides de vida livre ou saprófitas. Geralmente microscópicos no tamanho. Começando pela região anterior. doces e películas de água no solo. O corpo dos nematóides é formado por uma parede externa que delimita uma cavidade interna denominada pseudoceloma. além de danificarem os tecidos internos. sendo encontrados em águas marinhas. Outra função importante que a cutícula desempenha é na movimentação dos nematóides. não segmentados. intestino. apresentado “habitat” extremamente diversificado. mergulho dos rizomas em solução de inseticida. incluindo muitos nematicidas orgânicos. formando como que um esqueleto hidrostático. folhas . tubérculos. algas (algívoros). uso de iscas atrativas – Controle químico NEMATÓIDES CARACTERÍSTICAS GERAIS: O nome destes vermes deriva do grego “nema”. alimentam-se de células vivas das plantas. bactérias (bacteriófagos). ovário. principalmente de seus órgãos subterrâneos como raízes . mas de organização bastante complexa. bulbos. aliada ao tamanho. às quais ocorrem normalmente quatro vezes antes de alcançar seu estado adulto. Os nematóides fitoparasitos são organismos fusiformes. Este equilíbrio dinâmico entre o nematóide e seu meio aquoso varia. Controle – Controle cultural: seleção de mudas isentas de pragas. útero. vem o intestino. Esta é uma característica de nematóides vivos e é perdida quando eles morrem. Causam danos diretos. revestimento externo do corpo com várias camadas distintas. que inclui a boca e lábios. . Há também nematóides ovovivíparos. capacidade de se adaptarem e sobreviverem durante certo tempo em condições total ou parcialmente anaeróbias. anterior e ventralmente por um “sinus” excretor. ou J1. eles existem como machos e fêmeas separados. O sistema glandular consiste de uma grande célula. nos quais os ovos ainda no útero. sendo citado por alguns autores. fasmídeos e cefalídeos. além de situações esporádicas de pseudogamia. forma-se uma forma juvenil de primeiro estádio. No caso de serem dois. Os principais órgãos sensoriais nos nematóides são: papilas labiais. que inclui ânus nas fêmeas e cloaca nos machos. isto é. e forma-se o “juvenil” de segundo estádio ou J2 que perfura a casca de ovo e abandona. dando a este sistema um formato de H. até chegar à fase adulta. mas consagrado pelo uso. deirídeos. A reprodução em fitonematóides é sexual. O juvenil de segundo estádio. a cavidade bucal ou estoma e a faringe ou esôfago. Sistema excretor: este sistema quando existe. não sendo conhecidos relatos de fertilização cruzada entre nematóides hermafroditas. ficando parecidas com um saco reprodutivo enquanto o macho permanece vermiforme. sabe-se que nos nematóides ocorrem trocas gasosas por difusão através da cutícula. Aparelho circulatório: não existe nenhum órgão responsável pela circulação no corpo dos nematóides. Em alguns gêneros como Heterodera e Meloidogyne.29 Aparelho digestivo: inicia-se na região da boca. anfídeos. Em um ciclo de vida típico. um sistema nervoso central. conhecida como estomodeo. os dois sexos mostram um pronunciado dimorfismo. situados nas cordas laterais. Porém. por meio de um canal terminal muito curto. o estádio juvenil passa por quatro ecdises. A maioria dos nematóides é ovípara. DANOS Os fitonematóides prejudicam as plantas direta ou indiretamente: danos mecânicos danos químicos vetores de organismos patógenos BIOLOGIA: Os nematóides geralmente são dióicos ou bissexuais. espículos e outras estruturas acessórias) e. a formação da descendência ou prole. e principalmente na forma de partenogênese ou hermafroditismo. pelo seu pequeno tamanho. passa pelo intestino e termina no ânus. ou seja. já contém larvas completamente formadas. finalmente. Sistema nervoso: há nos nematóides. nos quais os machos são menores que as fêmeas e são equipados com órgãos copulatórios. situada na cavidade pseudocelômica e ligada por um conduto excretor ao poro excretor localizado na região ventral. papilas genitais. e este é conectado com o poro excretor situado ventralmente. tendo no entanto. Os casos de hermafroditismo sempre estão associados à auto-fecundação. se dá a partir de gametas originados de células germinativas. são conectados um ao outro. Parte das funções de um sistema circulatório é executada pelo fluido pseudocelomático. um sistema nervoso periférico e um sistema nervoso entérico ou simpático. sendo modificadas em órgãos sensoriais especializados existentes principalmente no fim das regiões anterior e posterior. aos adultos machos e fêmeas. em muitos casos. O sistema tubular consiste de um ou dois canais longitudinais. dando origem aos juvenis de terceiro e quarto estádios e. caracteriza-se por não apresentar células flamas. Machos e fêmeas podem ser distinguidos por suas características primárias e secundárias. ainda passará por mais três ecdises. a reprodução a partir de um único indivíduo (autotoquia) ocorre também. as fibras nervosas podem penetrar através da cutícula. As fêmeas desses gêneros tornam-se obesas durante o seu desenvolvimento. conhecido como proctodeo ou reto. Ocorre então a primeira ecdise. No ovo. A maioria dos fitonematóides apresenta reprodução convencional do tipo fertilização cruzada (anfimixia) com machos e fêmeas morfologicamente distintos. Sistema reprodutivo: a maioria dos nematóides são organismos dióicos. Os órgãos reprodutivos. Há dois tipos básicos: glandular e tubular. tanto da fêmea como do macho . Aparelho respiratório: apesar de não serem conhecidos órgãos especiais de respiração. O termo “larva” é inadequado . Os machos podem ser facilmente separados das fêmeas pela presença dos órgãos copulatórios (asas caudais. em algumas espécies em que só existe a fêmea. indicando tratarem-se de seres aeróbios. tem formato tubular. O ciclo de vida de um nematóide é variável conforme as características inerentes às espécies em particular. Para o reconhecimento de mudanças externas no seu ambiente. O núcleo aumenta de tamanho. da temperatura e da umidade. . Certas espécies de nematóides tomam uma posição fixa na planta. Os mais típicos são: 1. ou outra planta. isto se outros fatores também forem favoráveis (umidade. que funciona como uma bomba. que deve ter tecidos vivos e sadios para que ele inicie novamente o processo de alimentação. Comportamento do fitonematóide durante a alimentação: Um fitonematóide introduz o seu estilete através das paredes celulares da planta para sugar o conteúdo citoplasmático. Em muitos casos. O início do ciclo de vida da maioria dos fitonematóides e. b) Mudanças adaptativas: As células podem se adaptar ao nematóide por alargamento e por aumento de suas atividades metabólicas. Isto é demonstrado pelo ciclo de vida rápido de algumas espécies em um determinado hospedeiro. Nós e galhas nas raízes: são devidos a crescimentos anormais das raízes. c) Mudanças neoplásticas: Galhas de vários tipos são associadas com a infecção de alguns nematóides. por removerem rapidamente e de forma completa seus conteúdos. Assim. quando muitas vezes não se completa totalmente. 2. Estes setores variam de pequenas pontuações até toda a raiz. Lesões nas raízes: as partes das raízes finas e descoloridas são sinais dos ataques de nematóides. Quando o sítio original de alimentação é exaurido. Meloidogyne pode completar o seu ciclo de vida em menos de 3 semanas. e as células penetradas sobrevivem. o ciclo de vida de Meloidogyne se estende por mais de 7 semanas. resultantes das atividades dos nematóides parasitos de plantas. e pelo desenvolvimento vagarosos em outros. alargam-se e fundem-se com as células adjacentes por dissolução parcial das paredes. consequentemente a sua capacidade de causar doenças.). Mecanismo de Alimentação: O principal órgão responsável pelo mecanismo de alimentação nos nematóides é o esôfago. SINTOMAS TÍPICOS DE ATAQUES DE NEMATÓIDES: Os sintomas se apresentam na parte subterrânea da planta. criando sítios especializados para a alimentação nos tecidos das plantas. Algumas vezes. As células que servem de alimento. o citoplasma torna-se denso e as organelas crescem em número. temperatura. A duração do ciclo é função do hospedeiro. causados pelas picadas dos nematóides. o ciclo de vida completo se dá de duas a quatro semanas sob condições favoráveis. Em hospedeiros desfavoráveis. FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO E A REPRODUÇÃO: AMBIENTE DO SOLO TEMPERATURA: FAIXA ÓTIMA DE 15 a 30OC INATIVIDADE ENTRE 5 a 15 o C E 30 a 40oC UMIDADE IDEAL 40 a 60% da capacidade de campo PLANTAS HOSPEDEIRAS PRÁTICAS CULTURAIS ALIMENTAÇÃO DOS FITONEMATÓIDES: Vários nematóides fitoparasitos têm desenvolvido um íntimo relacionamento com seus hospedeiros. crescem e também se dividem. estão dependentes da habilidade de eclosão das larvas. As células das plantas. imediatamente adjacentes ao parasito. um número anormal de raízes laterais proliferam das galhas. etc. A qualidade de alimento disponível ao fitonematóide varia de hospedeiro para hospedeiro. Ou o hospedeiro favorável oferece uma dieta melhor. estes nematóides estimulam um novo desenvolvimento (neoplasma) dos tecidos das plantas. Podridão das raízes: quando os ataques dos nematóides estão acompanhados de patógenos como fungos ou bactérias. O mesmo sistema acontece em nematóides que se alimentam de fungos. podem ser divididas em três categorias: a) Mudanças destrutivas: Muitos nematóides destroem células durante a alimentação. estas células apresentam pequenos sinais de mudanças. Em hospedeiros favoráveis. o nematóide ectoparasito retira seu estilete e move-se na direção de outra célula. Estas células têm o seu metabolismo de síntese aumentado em resposta ao nematóide.30 Na maioria dos fitonematóides de importância agrícola. Algumas espécies alimentam-se mais vagarosamente. 3. As mudanças nos tecidos. estas podem causar a podridão de certas porções de raízes. ou o hospedeiro desfavorável contém compostos inibitórios. Estes podem encontrar-se ou não no interior destas protuberâncias. Existem. se possível. esta pode produzir uma excessiva cabeleira radicular. e coletando uma camada deste solo. os resultados são remetidos aos interessados na forma de fichas de resultado. citros. 7. Não esquecer de prestar atenção na necessidade de o coletor das amostras preencher corretamente e enviar. etc.): tomar no mínimo 10 sub-amostras por hectare. com os dados necessários para o arquivo do laboratório. enxada ou mesmo um trado. Viveiros de mudas (café. 2. raízes na amostra. sob pena de chegarem impróprias para análise. etc. Coletar na zona das raízes das plantas. 6. 5. Amostrar a área. . Ter cuidado também com raízes e tecidos vegetais para que não sequem. mas geralmente devem-se seguir os métodos básicos ou as recomendações dadas pelos diversos laboratórios. aparecendo então os sintomas típicos de folhas distorcidas. zonas necróticas e podres. focos ou reboleiras que apresentam fortes sintomas. essências florestais. Não esquecer que nematóides não sobrevivem em solos ou raízes secas. às vezes. Culturas anuais (soja. as fichas de campo. figo. milho. saquinhos plásticos. 4. perenes ou em viveiros de mudas: 1. etiquetas. Equipamentos necessários: enxadão.): coletar aleatoriamente. Sul. Alguns nematóides podem atacar também a parte aérea da planta. sistemas especiais de coleta para alguns nematóides. ou outro instrumento semelhante. sintomas de carência de nutrição como amarelecimento da planta. incluindo raízes. devendo ser coletadas corretamente e enviadas para exame e extração no laboratório o mais breve possível. Coletar as amostras de solo com a umidade natural. nos quadrantes (Norte. Devem-se coletar as amostras de solo com a umidade natural.000 mudas. caneta. caminhando em ziguezague e abrindo o solo em forma de V. redução dos rendimentos na colheita e baixa qualidade desta. ficha de campo. Culturas perenes (café. oleícolas. como folhas ou sementes. Amostrar as zonas. tais como: redução do crescimento. incluindo sempre que possível. não característicos unicamente de ataque de nematóides e visíveis na parte aérea da planta. Não esquecer que nematóides não sobrevivem em solo e raízes secos. estas amostras devem merecer atenção especial. na projeção da copa.31 4. algodão. Estes sintomas são geralmente acompanhados de outros. Raízes muito ramificadas: na proximidade da zona mais atacada das raízes da planta. tomando parte do solo e radicelas de cada muda (sem precisar destruí-las) e ir colocando no balde. 5. Nematóides minadores Radopholus spp. os nematóides extraídos. e evitar de todo modo que elas cheguem secas ao laboratório. deformações na folhas e sementes. das amostras de solo. um balde. da superfície até 25 a 30 cm de profundidade. MÉTODOS PARA A COLETA DE AMOSTRAS DE SOLO E/OU RAÍZES PARA ANÁLISE DE NEMATÓIDES: A identificação precisa de um fitonematóide depende primariamente. seringueira. junto com as amostras. O equipamento necessário é simples: pode-se usar um enxadão. citros. Radicelas em disposição irregular: as picadas dos nematóides podem deter o crescimento das radicelas e produzir raízes com desenvolvimentos irregulares. Nematóide dourado Heterodera rostochiensis Nematóide de cistos em batata Meloidogyne incognita Nematóide reniforme Rotylenchulus reniformis Nematóides formadores de galhas Meloidogyne spp. que deve ser colocada no balde ou diretamente no saquinho. processadas em computador ou feitas manualmente. Nematóide dos citros Tylenchulus semipenetrans Nematóides das lesões radiculares Pratylenchus spp. etc. evitando-se de todo modo que elas cheguem secas ao laboratório. identificados e quantificados. A seguir estão descritos os passos para a coleta de amostras de solo e/ou raízes para culturas anuais. raízes e tecido vegetal que chegam ao laboratório. trado ou enxada. Leste.): coletar no mínimo 10 sub-amostras por hectare. NEMATÓIDES MAIS COMUNS: Nematóides dos bulbos Ditylenchus spp. no mínimo 10 mudas para cada lote de 1. Portanto. sintomas médios e as áreas sem sintomas. Depois que as amostras são processadas. Oeste). 3. sintomas de murchamento mesmo com umidade suficiente. Adubações e tratos da cultura. proprietário. sendo mais abundantes nas regiões tropicais onde tiveram origem. Manipueira. relações entre os fatores ecológicos e o custo relativo dos métodos de controle disponíveis. recomenda-se usar o bom senso na hora da coleta de amostras e. 10. Métodos culturais. 4. seu valor/ha.NEMATÓIDES: Nematóide do alho . 3. Impedir a entrada e a disseminação dos nematóides nas áreas de cultivo. Excreções radiculares. Variedades resistentes. Dentre os métodos existentes podemos mencionar os seguintes: 1. Processos mecânicos de limpeza.Ditylenchus dipsaci .32 8. cultura e outros dados que julgar necessário). Emprego do calor. 12. Cada espécie de inseto necessita de um conjunto de condições físicas do meio para um desenvolvimento ótimo. Do ponto de vista prático. 7. Embalar em sacos plásticos fechados para evitar perda de umidade. 6 e 7). e não deixá-las expostas ao sol direto. práticas culturais mais usadas na região. pipocas. Uso da eletricidade. digitamento. caso haja necessidade. fazendo o croqui da(s) área(s) amostrada(s). 2. se dividem nos seguintes grupos: gorgulhos São exemplos: Sitophilus oryzae e Sitophilus zeamais.Massa de ovos/cistos . os insetos que se desenvolvem e atacam os produtos armazenados. Matéria orgânica. Observar que estas são apenas recomendações mínimas. 9. 9. Controle químico. 5. . Enviar as amostras o quanto antes. 8.Nematóide do cisto –Heterodera .macho e fêmea (Álcool 70) . sistema de armazenamento) e espécie de produto.Ascaris PRAGAS DE PRODUTOS ARMAZENADOS A maioria das espécies de insetos que infestam os produtos armazenados é cosmopolita. 11. da fase de ovo a adulto. sendo algumas espécies mais importantes em determinadas regiões nas quais estes fatores lhes são mais favoráveis. carunchos São exemplos: Acanthoscelides obtectus e Zabrotes subfasciatus. Logo. pode-se armazenar por algum tempo na parte debaixo de uma geladeira comum. da planta hospedeira. 13. 11. 500 gramas de solo e em torno de 10 gramas de radicelas. . coletar maior número de sub-amostras. leva mais tempo e a postura dos ovos fica reduzida.Nematóide zooparasita . Controle biológico. e devidamente identificados (local. Culturas armadilhas e antagônicas. sistema de propagação da praga. o ciclo evolutivo. 12. ROTEIRO DA AULA PRÁTICA . outros besouros traças São exemplos: Sitotroga cerealella e Plodia interpunctella.Sintomas do Nematóide (galhas. 10. para o laboratório. PRINCIPAIS MEDIDAS E MÉTODOS PARA O CONTROLE DOS NEMATÓIDES: A seleção do método de controle depende da biologia do nematóide. no mínimo. o teor de umidade do grão e o grau de impurezas. Preencher. As sub-amostras de solo e/ou radicelas coletadas no balde (itens 4. tomando-se uma amostra composta de. ou mantê-las em local onde possam se aquecer demasiadamente. À medida que as condições de temperatura ou umidade se afastam dos valores considerados ótimos. disseminando-se devido às trocas comerciais entre as diferentes regiões do globo. data da coleta.juvenil e adulto (Álcool 70) . e para cada caso em particular. Se precisar. sempre que possível. As pragas de produtos armazenados têm a sua distribuição influenciada pelas condições de ambiente (clima. devem ser muito bem misturadas. rechaduras) . 5.Helicotylenchus sp. deve-se coletar uma amostra composta por hectare. variando nas diferentes regiões do globo.Meloidogyne . 6. uma ficha de campo. FATORES QUE AFETAM AS POPULAÇÕES DOS INSETOS Os principais fatores são a temperatura. A grande maioria dos insetos que atacam os produtos armazenados. o teor de umidade do grão é baixo. adultos) ou parte deles. Se. A água retirada dos alimentos é fator crítico para a sua sobrevivência. resíduos. por outro lado. a umidade atmosférica e a água metabólica. quando a infestação ainda é pequena.A principal fonte de água para os insetos dos produtos armazenados é a umidade do grão. Tribolium castaneum.33 Temperatura . matéria fecal. elevadores. a umidade do grão abaixo de 9%. . armazéns. Por isso. permitem que poucos indivíduos em curto espaço de tempo formem uma grande população. O desenvolvimento da maioria das espécies é insignificante se os grãos forem mantidos a temperaturas abaixo de 17 C. vivem associados aos primários. pupas. Eles não desenvolveram resistência a baixas temperaturas. odor. cutícula abandonada: exoesqueleto. perda de peso da semente. CARACTERÍSTICAS DAS PRAGAS Elevado Potencial Biótico . Os processos vitais dos insetos que não hibernam. detritos. em qualquer estágio do ciclo evolutivo. borboletas. permitindo o seu desenvolvimento mesmo na ausência do hospedeiro preferencial.Dano Direto às Sementes. casca de ovos. Em geral. passando todo o seu período larval externamente ao grão. DANOS CAUSADOS PELA INFESTAÇÃO I . 12. Grãos. deve-se dar grande ênfase ao controle inicial. morrendo por inanição. possam mantê-los por um longo período. protegidos pelo tegumento. inibe o desenvolvimento e os adultos rapidamente morrem. larvas. Umidade . redução da germinação ou vigor das sementes. Acima deste teor. redução da classificação do grão.Os grãos quebrados e as impurezas.O elevado número de indivíduos e de gerações capazes de ocorrer no período de armazenamento.São as espécies que são capazes de danificar grãos inteiros e sadios. indiretamente. moscas. Insetos Acidentais . Baratas. completando o seu desenvolvimento dentro deles. Insetos Secundários . Rhizopertha dominica.Ácaros e insetos que vivem e se alimentam de outras espécies de insetos granívoros. Acanthoscelides obtectus. estando junto ao produto armazenado por acaso.São as espécies que são encontradas com freqüência junto às secundárias. construção de galerias nas estruturas de madeira. 11. Subprodutos e Estruturas do Armazém: 1. porém não atacam os grãos. 10 teias. 2. há o favorecimento rápido da população dos insetos. 8. 4. os quais não atacam grãos inteiros. Até 15% de umidade do grão. Insetos Associados . A faixa mais favorável está compreendida entre 21 ºC e 35 ºC. proliferam-se rapidamente. enfraquecimento das estruturas. farinhas.São as espécies que não conseguem romper o grão. Cryptolestes ferrugineus. ácaros e bactérias. causam a morte de muitas pragas. Muitas vezes os produtos colhidos já vem infestados para o armazém e pelas condições favoráveis encontradas. são facilmente infestados por insetos secundários. 6. Temperaturas baixas que não chegam a ser letais. Infestação Cruzada: É a capacidade que algumas pragas possuem de infestar os produtos no campo e posteriormente no depósito. 3. rompendo-os e se alimentando do endosperma. As pragas primárias abrem caminho para os insetos secundários: os fungos. os fungos tomam conta e destroem os insetos. Parasitóides e Predadores . besouros. Sitotroga cerealella. CLASSIFICAÇÃO DOS INSETOS ENCONTRADOS EM GRÃOS ARMAZENADOS Insetos Primários . perda ou conversão de nutrientes. através da sua inativação e impedindo-as de se alimentarem. insetos inteiros (ovos. Sitophilus oryzae. Psocopteros e ptinídeos. 9.Certas espécies que raramente danificam os grãos. a água necessária para o transporte nos processos vitais é obtida através das reservas de alimento nos tecidos gordurosos. alimentando-se dos detritos ou de fungos que se desenvolvem nos produtos. são na maior parte de origem subtropical e não hibernam. Polifagia: A maioria das pragas alimenta-se de um grande número de produtos. 7. 5 redução do valor de mercado. pois necessitam dela para manter seus processos vitais. e em menor escala. Alimentam-se de grãos danificados. Grãos quebrados e impurezas . e via de regra. não são suficientemente retardados pelas baixas temperaturas para permitir que a reserva de alimentos em seus organismos. 34 13. II .6 mm de largura. que penetram nos grãos partidos ou perfurados pelos adultos. Os ovos são depositados soltos. com a cabeça castanha que se alimenta vorazmente. branca. A fêmea pode por 300 a 500 ovos. dependendo das condições do ambiente e do material atacado. excrementos. produtos industrializados. equipamento especial e aparatos para a aplicação. zeamais) (Coleoptera. isolamento do local para o tratamento. b) conversão do grão para alimento de animais. mede aproximadamente 2.5 mm de comprimento. ápoda. 3. Através da Massa de Grãos.Danos Indiretos ao Grão e Subprodutos: 1 Aquecimento e Migração de Umidade Dentro da Massa de Grãos. Uma larva de gorgulho do arroz pode comer 43% do peso do grão de arroz e o gorgulho do milho. Rhizopertha dominica (Fabr. Em arroz armazenado. Depreciação da Imagem Comercial Perante os Clientes a. custos com mão-de-obra. Sitophilus oryzae (L. o aparelho bucal.5 mm. empupa e transforma-se em adulto. sorgo e milho. são besouros pequenos com 2 a 3. causando danos severos. III . oryzae prefere trigo.Danos Causados Pela Necessidade de Tratamento Químico: 1. cevada. a fêmea usa suas mandíbulas para abrir um pequeno orifício no grão. após 6 meses de infestação natural. sendo até poucos anos atrás. 1792) Nome Comum: BESOURO DOS CEREAIS (Coleoptera. 1763) Sitophilus zeamais (Motsch. 2. pode causar uma perda de peso de 50 a 80%. com a cabeça castanha e as pernas curtas. penetram no grão onde se alimentam e se desenvolvem. os prejuízos estimados no Estado de São Paulo são de 5%. Prejuízos: Estas espécies são capazes de iniciar a infestação quando o produto ainda está no campo. O pronoto é fortemente convexo. confundidas como raças “maior” e “menor”. no interior dos grãos ou fora destes. 2. brilhante. Bostrichidae) Características: É altamente nocivo ao arroz e ao trigo. arroz. Nesta fase podem viver em média 4 a 5 meses e cada fêmea pode depositar 300 a 400 ovos durante este período. geralmente uma semana. entre as impurezas. Grãos Atacados: Milho. repulsa pela presença de insetos. 3. vindo a seguir arroz. 5. Os gorgulhos atacam apenas grãos de arroz com defeitos na casca(aberturas naturais) ou com casca quebrada. ou então se alimentam simplesmente da farinha ou farelo proveniente dos grãos. fora dos grãos. aderidos às superfícies ásperas da massa do produto armazenado. perda do prestígio pelo produto infestado. Curculionidae) Características: Atacam cereais e seus subprodutos. Quando completamente desenvolvida. 4. variam entre 10 e 15%. A cabeça não é visível quando se olha o inseto de cima. PRINCIPAIS PRAGAS 1. destruindo o grão. tendo na parte terminal. sendo o período larval. surge a larva. Para ovipositar. S. são similares. apresentando 4 manchas arredondadas nos élitros.. frutos secos. enquanto no Estado do Rio Grande do Sul. Como Bactérias. . Dependendo da temperatura e da umidade do grão. A coloração varia de marrom (S. oryzae). fornecem abrigo a outros insetos. farelos.. As fêmeas põem os ovos isolados ou em cachos. GORGULHO DO MILHO (S. Apresenta o corpo cilíndrico. excesso de resíduos dos inseticidas: a) intoxicação ao homem. as perdas de peso após 150 dias de armazenamento atingem cerca de 20% com 75% de infestação. Dos pequenos ovos brancos. milho. Após alguns dias. arroz e sorgo. onde deposita um ovo e depois o cobre com um fluido gelatinoso. o ciclo evolutivo vai de 25 a 40 dias. centeio e arroz. zeamais). As larvas após a eclosão. S. custos com inseticidas. Após o desenvolvimento larval. O adulto é um besouro de 2 a 3 mm de comprimento e 0. Os adultos. zeamais tem preferência por milho e depois por trigo. 1855) Nome comum: GORGULHO DO ARROZ E TRIGO (S. Possuem a cabeça projetada para a frente (rostro). Grãos e Produtos Atacados: Trigo. 2. farinhas. Distribuição de Fungos e Outros Microorganismos. Desenvolvida. eclodem larvas também brancas. coloração castanha.. de aproximadamente 15 dias e o ciclo completo se dá em 30 a 100 dias. A descrição das duas espécies. b. ocorre a formação da pupa. a biologia e os produtos hospedeiros. Em milho armazenado em sacos. oryzae) ao preto (S. sorgo e trigo. Grãos Atacados: milho. sendo considerada espécie de clima tropical. a postura é feita dispersa na massa de grãos. com franjas. T.Tribolium castaneum (Herbst. passando a marrom quando próximas `a emergência dos adultos. formando uma espécie de clava. com as asas anteriores de cor palha. podendo mesmo destruí-los completamente. medem de 6 a 7 mm de comprimento. 6 . com 2 a 4 mm e coloração pardo . a postura ocorre em grãos com casca quebrada ou com aberturas naturais. Sendo uma praga de superfície. O corpo é achatado.35 Prejuízos: Tanto a larva como o adulto representam uma praga de considerável importância..cotilédones. sendo que no campo. com 1. contrastando com a cor escura do corpo. sendo o ovo colocado isoladamente nesse meio. Bruchidae) Características: Besouros ovóides. castaneum é bom voador.5 a 4. origina um . As pupas inicialmente também apresentam esta coloração. a postura é feita preferencialmente em vagens defeituosas. passando a marrom. a lagarta faz uma abertura circular no grão. confusum. Em milho.5% da proteína bruta. para a emergência do adulto.. quando em repouso. deixam à mostra a parte final do abdômen. 3 . enquanto que T.8 a 2. Gelechiidae) Características: Os adultos são mariposas com 10 a 15 mm de envergadura. o que constitui um caráter taxonômico. muito embora não ataquem os grãos inteiros e sadios.Acanthoscelides obtectus (Say.Sitotroga cerealella (Oliver. afetam a qualidade do produto. As fêmeas depositam de 400 a 500 diminutos ovos esbranquiçados sobre os grãos. 1833) Nome comum: CARUNCHO DO FEIJÃO (Coleoptera. pode durar de 38 a 6l dias. a presença de ovos. reduzindo o peso. O desenvolvimento larval varia muito de acordo com o produto atacado e com as condições ambientais: à temperatura de 30 C. Prejuízos: Atacam feijão . e as asas posteriores mais claras e com franjas maiores. arroz. Os ovos são colocados em grupos de 2 a 10. Os élitros.5 mm e coloração castanho-escuro. depois de 3 a 11 dias. com 3 a 4 mm. 1868) Nome Comum: BESOUROS DAS FARINHAS (Coleoptera. depois de 4 a 8 dias. havendo nesta espécie a fecundação cruzada. Os ovos são colocados sobre os grãos. castaneum e 3. não se verificando ataque em grãos com casca perfeita. confusum não voa. A duração do ciclo é de 35 dias e o número de ovos por fêmea é de 63. As pupas inicialmente também apresentam esta coloração. castaneum e por 4 a 5 artículos em T. As antenas sofrem um espessamento na porção distal. 4 . as larvas são brancoamareladas. de cor castanha avermelhada e a cabeça apresenta duas características depressões transversais. especialmente para o arroz. Antes de transformar-se em pupa. tornando-se brancas e com aspecto recurvado quando mais desenvolvidas. confusum. onde podem ser observados os orifícios de emergência dos adultos. 1819) Nome comum: TRAÇA DOS CEREAIS OU TRAÇA DO MILHO (Lepidoptera.Zabrotes subfasciatus (Boh. Prejuízos: É a traça mais importante que ataca os cereais armazenados. insetos mortos e dejeções. que é composta por 3 artículos em T. Em arroz. que apresentam contorno arredondado. galerias feitas pelas larvas e orifícios de saída dos adultos. Os adultos são representados por pequenos indivíduos com 3 a 4 mm de comprimento para T. Bruchidae) Características: Besouros ovóides. A pupa se desenvolve no próprio material armazenado. O ciclo dura de 26 a 28 dias e o número de ovos por fêmea é de 22 a 38. restringindo sua ação a grãos descascados ou danificados. com 3 a 4 mm. é branca e. O período de desenvolvimento larval no amendoim pode ser até 3 vezes maior que nas farinhas. 1797) Tribolium confusum (Duval. mas à 25C. Podem atacar os grãos ainda no campo e continuar a infestação no armazém. onde abrem galerias. pernas e antenas com pontos avermelhados. 1833) Nome comum: CARUNCHO DO FEIJÃO (Coleoptera. sorgo e trigo. esse desenvolvimento se dá em 20 a 25 dias. As lagartas inicialmente são amareladas. As fêmeas expelem uma gota de líquido claro e pegajoso. As larvas são de coloração branco-leitosa. quando próximas à emergência dos adultos. o que determina uma maior capacidade de infestação da primeira espécie.escura. No armazém. Os ovos são de coloração branca. que endurece rapidamente. as perdas podem atingir cerca de 50% em peso e 6. a sua importância é maior para o milho armazenado em espiga. têm o corpo cilíndrico e o último segmento abdominal é bifurcado. Na fase final. as qualidades culinárias e o poder germinativo dos grãos. Tenebrionidae) Características: São muito semelhantes morfologicamente. Prejuízos: São os mesmos do Acanthoscelides obtectus. Grãos Atacados: Atacam feijão comum. As fêmeas são maiores que os machos e apresentam 4 manchas brancas no pronoto. farinha ou sacaria e. com a parte final do abdômen. por 6 a 8 mm de comprimento. As larvas são de coloração brancoleitosa. reduzindo o peso e o valor nutritivo dos grãos atacados. eclodem pequenas larvas. Além disso. 5 .5 mm de comprimento para T. Grãos atacados:. Grãos e Produtos Atacados : Alimentam-se de produtos armazenados quebrados. As fêmeas põem cerca de 200 ovos. com olhos evidentes e. . Representa a principal praga do tabaco armazenado. Prejuízos: São consideradas pragas secundárias. 1792) Nome comum: BESOURO DO FUMO (Coleoptera. bem como de rações. macarrão. constitui praga secundária do milho e alguns outros cereais. frutos secos e papéis. Da eclosão surgem larvas delgadas e alongadas. farelos. sua presença tem sido registrada em praticamente todos os locais de processamento e armazenamento de fumo. farelos. forma-se uma marcante "cintura". restringindo os danos às farinhas. grãos quebrados ou já atacados por outra praga. Assim. possuem mandíbulas pouco resistentes. O pronoto apresenta 6 dentículos em cada borda lateral. Quando em repouso ou quando perturbados. Prejuízos: Causam grandes prejuízos atacando todos os tipos de cereais moídos. Tanto o adulto como a larva escavam galerias nos fardos de fumo e abrem orifícios em charutos. emerge um jovem sendo que o tempo de duração do ciclo completo. sendo que. chocolates e até carne seca. As fêmeas põem de 50 a 300 ovos. atacam ainda raízes de gengibre. em pequenas fendas dos fardos de tabaco ou sobre os charutos. com cerca de 3 mm de comprimento. 8.1 Lasioderma serricorne (Fabr. ocorre acentuada preferência pelo ataque a partes do embrião. podendo atacar ainda farinhas. 7 . milho. 8 . o que constitui uma característica da espécie e facilita o seu reconhecimento. rações.. eclodem larvas branco-amareladas que atacam o produto armazenado. trigo. Tanto os insetos adultos como as larvas. deixando como detrito um pó irritante para o consumidor.36 indivíduo adulto. além de depreciar o produto armazenado.Oryzaephilus surinamensis (L. Prejuízos: Tanto os adultos como as larvas atacam o produto armazenado em especial a região do embrião das sementes. Nos grãos inteiros. Nome comum: BESOUROS PEQUENOS DA FARINHA (Coleoptera. este besouro provoca apenas riscos e cicatrizes. Suas larvas atacam preferencialmente o embrião de sementes. sendo as fêmeas um pouco maiores que os machos. pusillus. dependendo das condições do ambiente. suas farinhas e farelos. Têm coloração vermelho-escuro e os élitros apresentam estrias longitudinais. Anobiidae) Características: Besouros com 2 a 3 mm. de onde eclodem larvas muito ativas que passam a escavar galerias cilíndricas nas folhas de fumo. porém restringem sua ação apenas a grãos defeituosos. de coloração branco-amarelada e recoberta por delicados pelos. Após a formação da pupa. Cryptolestes spp. entre o pronoto e a base dos élitros.2. nesse caso. ferrugineus. Grãos e Produtos Atacados: Besouro com ampla distribuição e frequência. Dos ovos. sendo que nos grãos. com um ciclo que varia de 60 a 90 dias. farelos e grãos já atacados por outras pragas. pode haver o desenvolvimento de até 6 gerações em um ano. A importância econômica dessa praga se restringe exclusivamente ao fumo armazenado. o que representa uma limitação para uma maior infestação. Após a formação da pupa. 1758) Nome Comum: BESOURO (Coleoptera) Características: Os adultos tem o corpo achatado e alongado. São os menores besouros de produtos armazenados. fubás e farinhas. atingindo até 6 mm de comprimento. o que impede o ataque a grãos inteiros e sadios. uma vez que o inseto nunca ataca as folhas no campo. trigo. Com menor frequência pode atacar grãos armazenados. Grãos e Produtos Atacados: Fumo e soja. As fêmeas pões de 40 a 50 ovos. pusilloides e C. sendo que o ciclo se completa em 24 a 50 dias. frutos secos e chocolates.. é indicadora de infestação por pragas primárias. Esta praga não apresenta grande capacidade de vôo. Prejuízos: Considerado uma praga cosmopolita. de coloração castanho-avermelhada brilhante. alimentando-se normalmente de grãos quebrados ou danificados por outros insetos. dobram a cabeça para baixo e recolhem as patas. C. As larvas passam para o estágio de pupa e dão origem a novos jovens. O corpo tem coloração castanho-avermelhada recoberto por pequenos pelos claros. atacando as folhas. ou no interior de grãos já perfurados por outras pragas. assumindo a aparência de um pequeno grão convexo na parte superior e achatado na inferior. a presença destes insetos. A atividade dos adultos cessa completamente quando em temperaturas abaixo de 15 ºC. frutos secos. Cucujidae) Características: São besouros. especialmente a soja. farinhas. Grãos e Produtos Atacados: Além do arroz.Outras Espécies: 8. Compreende as espécies C. sobre a massa do produto armazenado ou em orifícios de grãos já atacados. soltos sobre produtos farináceos e grãos danificados. varia de 5 a 9 semanas. emerge um jovem. Corpo achatado com 1..5 mm de comprimento e antenas filiformes. quebrados ou já infestados. charutos e cigarros. Seus adultos possuem mandíbulas fracas. A cabeça é bem diferenciada. As condições ideais estão representadas pela temperatura de 32 ºC e umidade relativa de 75%. entre eles: arroz. milho. BIOLOGIA . Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 8. o produto se torna imprestável para o consumo. sendo as anteriores acinzentadas com manchas transversais mais escuras e as posteriores de coloração homogênea esbranquiçada. ampliam o ataque para grãos sadios. essas lagartas tecem um casulo de seda branca e passam para o estágio de pupa. no interior do qual se desenvolve a pupa. em 60 dias. onde causam maiores danos. Alguns dias depois.3. As lagartas. Grãos e Produtos Atacados: Encontrada com frequência em armazéns de cereais especialmente sobre o milho. sempre sobre o futuro alimento das larvas. logo que nascem. 1879) Nome comum: TRAÇA (Lepidoptera. e tecem um casulo de seda. chegam a ter até 15 mm de comprimento. eclodem lagartas brancas com reflexos róseos e patas castanhas. Considerada praga de importância para o cacau. nozes. São Paulo. sendo que a central é mais clara que as outras.5. perfurando-os e reduzindo-os a pó ou pequenos fragmentos. Anagasta (Ephestia) kuehniella (Zeller. farelos e fubás. soja. Sendo fundamentalmente uma praga de superfície. pode ainda causar prejuízos para outros produtos armazenados. As fêmeas não conseguem ovipositar em amêndoas ou em suas proximidades. As fêmeas põem de 200 a 300 ovos. onde encontram facilidade de penetração. os danos ficam restritos à parte exposta dos produtos armazenados a granel e os maiores prejuízos ocorrem nos produtos ensacados. As lagartas atacam o produto armazenado com grande voracidade. Após mais ou menos 28 dias. O ciclo evolutivo dessa praga. a preferência acentuada de ataque se dá nas farinhas. As lagartas. As asas posteriores são claras. sobre os grãos e. Deixam um rastro representado por um fio de seda que formam um emaranhado nas paredes dos depósitos muito infestados. Ataca preferencialmente farinhas. O ciclo completo dura em média 39 dias. enquanto que as asas anteriores são avermelhadas nos dois terços distais e acinzentadas no terço basal. Prejuízos: As mariposas adultas. apresentam maior atividade `a noite ou em locais escuros e a infestação é facilmente reconhecida pela presença de fios de seda unindo os grãos atacados. o milho. Ocorre normalmente em Minas Gerais. sendo que na maioria das vezes. Pyralidae) Características: Sua ocorrência têm sido verificada efetivamente no Pará. quando desenvolvidas. em especial as fêmeas. Minas Gerais. procuram locais abrigados. onde penetram até completar o seu desenvolvimento. completa-se em 10 ou 15 semanas. arroz. trigo e arroz. As lagartas atacam preferencialmente as partes germinativas dos grãos e quando desenvolvidas. As fêmeas põem seus ovos agrupados ou dispersos. Prejuízos: Embora as larvas possam atacar grãos. sendo que 8 a 9 dias depois. como depressões na superfície do produto. emerge um adulto com 15 a 20 mm de envergadura. Atacam com frequência o trigo. As asas são longas e estreitas. emerge um jovem. 1864) Nome comum: MARIPOSA (Lepidoptera. Paraná. Plodia interpunctella Nome comum: TRAÇA INDIANA (Lepidoptera. Ephestia elutella (Walk. feijão. Ao final do desenvolvimento. 8. amendoim. Pyralidae) Características: Os adultos são acinzentados e a identificação da espécie é facilmente realizada pela presença de 3 estrias brancas transversais nas asas anteriores. farinhas e farelos. essa espécie é secundária para a soja e o feijão. Atacam trigo e folhas de fumo. porque são incapazes de perfurar a película da amêndoa. que eclodem originando lagartas brancas com reflexos rosados e com cabeça e patas castanhas. sendo que o ciclo completo ocorre em média. Uma estria fica localizada muito próximo da cabeça e as outras duas dividem a asa em 3 faixas. Rio de Janeiro. tecem um tubo sedoso. atacam as amêndoas quebradas. o que permite a identificação imediata da espécie. Grãos e Produtos Atacados: Esta mariposa ocorre habitualmente em armazéns e depósitos de cereais e seus produtos. No seu interior. Prejuízos: Destroem completamente as amêndoas quebradas ou fendidas. frutos secos e amêndoas de cacau. atacando apenas grãos quebrados ou trincados e provocando prejuízos ainda maiores nos farelos. deixando um emaranhado de fios de seda por onde passam. Mato Grosso. Embora seja considerada praga primária para o arroz. com uma franja de pelos escuros nas bordas. após 2 a 4 dias. especialmente os danificados. quando abandonam as amêndoas para se empuparem em locais escuros. Os adultos tem cerca de 20 mm de envergadura e coloração parada ou castanha. O desenvolvimento completo da lagarta. Pyralidae) Características: As mariposas adultas têm cerca de 20 mm de envergadura e coloração castanhoavermelhadas na cabeça e tórax. da crisálida. São Paulo e Rio Grande do Sul. Grãos e Produtos Atacados: Pode infestar cereais e seus produtos. que a princípio atacam apenas grãos defeituosos. as lagartas medem cerca de 15 mm de comprimento.4. o que insinua uma provável distribuição por todo o território nacional . realiza-se em média. causando sensíveis prejuízos.37 8. As lagartas que não encontram essa facilidade de penetração acabam morrendo. dentro de dois meses. dependendo das condições do meio ambiente . O número de ínstares larvais difere entre as espécies de 3 a 4 ínstares para os besouros e até 9 para as traças.adulto.38 Tanto os coleópteros. depositados soltos entre os fragmentos de grãos e da farinha: Tribolium castaneum.pupa . quanto os lepidópteros possuem metamorfose completa: ovo . Os ovos podem ser depositados: dentro do grão: Sithophilus e Sitotroga cerealella.larva . escondidos em fendas externas do grão: Rhizopherta dominica.