Portugues Linguagens1

March 27, 2018 | Author: Leandro Gonzaga Rodrigues | Category: Baroque, Renaissance, Homo Sapiens, Death, Grammar


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Português LINGUAGENSPortuguês LINGUAGENS William Roberto Cereja Thereza Cochar Magalhães William Cereja & Thereza Cochar Língua Portuguesa PORTUGUES LINGUAGENS1- capa prof.indd 1 27614COL01 ENSINO MÉDIO Literatura Produção de texto Gramática Interpretação de texto COMPONENTE CURRICULAR Língua Portuguesa MANUAL DO PROFESSOR 18/06/14 17:04 Português LINGuAGENS William Roberto Cereja Professor graduado em Português e Linguística e licenciado em Português pela Universidade de São Paulo Mestre em Teoria Literária pela Universidade de São Paulo Doutor em Linguística Aplicada e Análise do Discurso pela PUC-SP Professor da rede particular de ensino em São Paulo, capital thereza Cochar Magalhães Professora graduada e licenciada em Português e Francês pela FFCL de Araraquara, SP Mestra em Estudos Literários pela Unesp de Araraquara, SP Professora da rede pública de ensino em Araraquara, SP Autores também de: obras para o ensino fundamental Português: linguagens (1º ao 9º ano) Gramática — Texto, reflexão e uso (6º ao 9º ano) Gramática reflexiva (6º ao 9º ano) Todos os textos (6º ao 9º ano) obras para o ensino médio literatura brasileira literatura portuguesa Gramática reflexiva — Texto, semântica e interação Texto e interação interpretação de textos 9ª edição São Paulo, 2013 CoMPoNENtE CuRRICuLAR Língua Portuguesa MANUAL DO PROFESSOR 001-009-PL1-PNLD 2015.indd 1 28/05/13 08:40 © William Roberto Cereja, 2013 Thereza Cochar Magalhães Copyright desta edição: SARAIVA S.A. Livreiros Editores, São Paulo, 2013. Rua Henrique Schaumann, 270 — Pinheiros 05413-010 — São Paulo — SP PABX: (0xx11) 3613-3000 SAC: (0xx11) 0800-0117875 www.editorasaraiva.com.br Todos os direitos reservados. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Cereja, William Roberto Português : linguagens, 1 / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. — 9. ed. — São Paulo : Saraiva, 2013. Suplementado pelo manual do professor. Bibliografia. ISBN 978-85-02-19430-4 (aluno) ISBN 978-85-02-19431-1 (professor) 1. Português (Ensino médio) I. Magalhães, Thereza Cochar. II. Título. 13-02693CDD-469.07 Índice para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino médio 469.07 Português: linguagens Volume 1 Gerente editorial: Editor: Editoras-assistentes: Preparação de texto: Revisão: Lauri Cericato Noé G. Ribeiro Paula Junqueira e Caroline Zanelli Martins Célia Tavares Pedro Cunha Jr. e Lilian Semenichin (coords.)/Luciana Azevedo/ Maura Loria/Eduardo Sigrist/Rhennan Santos/Elza Gasparotto/ Aline Araújo/Gabriela Moraes/Patricia Cordeiro Pesquisa iconográfica: Cristina Akisino (coord.)/Vanessa Volks/Ana Szcypula/ Danielle Alcântara (estagiária)/Thiago Fontana Licenciamento de textos: Marina Murphy Sugestões de textos e atividades: Carlos Henrique Carneiro, Carolina Assis Dias Vianna, Norberto Lourenço Nogueira Júnior, Pedro Reinato e Rosineide de Melo Gerente de arte: Supervisor de arte: Projeto gráfico e capa: Imagem de capa: Ilustrações: Diagramação: Assessoria de arte: Encarregada de produção e arte: Coordenação de editoração eletrônica: Nair de Medeiros Barbosa José Maria de Oliveira Homem de Melo & Troia Design Catadores de lixo de Gramacho, de Vik Muniz. © Vik Muniz. Licenciado por AUTVIS, Brasil, 2012. Coleção particular Cássio Lima/Filipe Rocha/Ivan Coutinho/Jótah/Laerte Silvino/ Marcos Guilherme/Mariângela Haddad/Mario Yoshida/Rafael Herrera/Ricardo Dantas/Rico/Toninho Gonçalves/Vera Basile/ Vicente Mendonça/Weberson Santiago/Zuri Alexandre M. Uehara/José Aparecido de Oliveira/Setsumi Sinzato Maria Paula Santo Siqueira e Carlos Magno Grace Alves Silvia Regina E. Almeida O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra está sendo utilizado apenas para fins didáticos, não representando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora. 001-009-PL1-PNLD 2015.indd 2 12/06/13 11:20 nas artes plásticas. tem em vista ajudá-lo a compreender o funcionamento e a fazer o melhor uso possível da língua portuguesa. cruzá-la com outras culturas e artes. se completam e se modificam incessantemente. etc. registrando o resultado de suas ideias. a pintura. Por meio de atividades sistematizadas e de roteiros de leitura. acompanhando o movimento de transformação do ser humano e suas formas de organização social. e nas diferentes situações sociais de interação verbal. orais e escritos. a Internet. transformar. esclarecendo ou defendendo nossos pontos de vista. as linguagens se cruzam. viver intensa e plenamente. um poema. do rádio e da tevê nos conduziram à era da informação. ao mesmo tempo. 001-009-PL1-PNLD 2015. que. na música.indd 3 28/05/13 17:40 .Prezado estudante: No mundo em que vivemos. por meio das diferentes linguagens em circulação — o cinema. o cartum. pretende também dar-lhe suporte para a leitura e interpretação de textos não verbais. propiciada pela rede internacional de computadores. em virtude dos avanços da informática. descobrir. textos verbais. o teatro. Verbais. um texto dissertativo-argumentativo para o vestibular. Assim. A invenção e a popularização do cinema. um anúncio publicitário. e analisar os diálogos que a literatura brasileira estabeleceu com outras literaturas. em suas múltiplas variedades. individuais e coletivas. os estudos de linguagem ou de linguagens tornam-se cada vez mais importantes. emoções e inquietações em livros científicos ou filosóficos. prepará-lo para os desafios do Enem e dos vestibulares e oferecer-lhe condições para que produza. nas obras que constituem o rico acervo científico-cultural que temos hoje à disposição. históricos e sociais. o quadrinho. tem como marca principal a aproximação entre vários povos e nações. este livro foi feito para você. próximas ou distantes. não verbais ou transverbais. e. no transcorrer da História. por meio das linguagens. Além disso. a música.. nos seus aspectos artísticos. informando ou informando-nos. com adequação e segurança. de informação e de ideologia. um relatório científico. de diferentes gêneros. —. dinâmico e interessado. um editorial. criar. bem como o diálogo que as literaturas africanas de língua portuguesa têm estabelecido com a literatura brasileira. relacionar. etc. como um seminário. coloca-se o desafio de estabelecer relações e contrastes com o mundo contemporâneo. jovem sintonizado com a realidade do século XXI. a linguagem perpassa cada uma de nossas atividades. Enfim. deseja. Esta obra pretende ajudá-lo na desafiante tarefa de resgatar a cultura em língua portuguesa. pesquisar. uma carta argumentativa de reclamação. Um abraço. a tevê. regionais e sociais. Os Autores. a informática. É pela linguagem que é expressa toda forma de opinião. na literatura — enfim. como o cinema e a pintura. um debate. É por meio das linguagens que interagimos com outras pessoas. Nesse mundo em movimento e em transformação. alterando a opinião de nossos interlocutores ou sendo modificados pela opinião deles. que.. Também é por meio da linguagem ou das linguagens que o homem tem se expressado. ribeiro. pelas sugestões de textos e atividades . e para Lis e Carolina. Janaína patrícia. compartilha todas as decisões sobre esta obra . à equipe de assessores pedagógicos. Os Autores 001-009-PL1-PNLD 2015. Ao competente grupo editorial: a paula Junqueira e caroline zanelli Martins. Aos professores norberto lourenço nogueira Júnior. nilza elnia pires Bonfin e valéria duarte ferreira guedes . Agradecimentos A noé g . que. em especial a fernanda cabral costa.Para Ciley e Rodolfo.indd 4 28/05/13 08:40 . helenice rodrigues carvalho figueira. rosineide de Melo e carlos henrique carneiro. pelo entusiasmo e pela cuidadosa pesquisa iconográfica. Aos professores de todo o Brasil. que enriqueceram esta reformulação com suas sugestões. pelo dedicado acompanhamento do processo de edição da obra . irmãs desta obra. Joana d’arque paula carvalho. pelas preciosas sugestões na preparação de texto. que. em todo o país. difunde nossas propostas de ensino e otimiza o diálogo entre professores e autores . sem temer o novo. a célia tavares. editor incomum. companheiros de todas as horas. pelo grande apoio. Kátia cristina de oliveira torres. aos demais membros da equipe editorial. a cristina Akisino. . . 25 periodizAção dAs literAturAs portuguesA e BrAsileirA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .indd 5 52 TRABALHANDO O GêNERO . . . . . . . . . . . 40 A teoriA dA coMunicAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de giotto . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Antonio candido. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26 CAPÍtuLo 2 – Introdução aos gêneros do discurso 28 o que é gênero do discurso? . . . . . . . . . . .Sumário LItERAtuRA PRoDuÇÃo DE tEXto LÍNGuA: uSo E REFLEXÃo INtERPREtAÇÃo DE tEXto uNIDADE 1 A LITERATURA NA BAIXA IDADE MÉDIA 10 A IMAGEM EM FOCO: maestà. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 A línguA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . comunicação e interação Ba r r y L e w is LÍNGuA: uSo E REFLEXÃo 36 linguAgeM verBAl e linguAgeM não verBAl . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de casimiro de Abreu. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e lamentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . “e com vocês a modernidade”. . . . de Antônio cacaso . . . . . . . . . . . . . . . . 59 28/05/13 08:42 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de ely vieitez lanes . . . . . . 51 CAPÍtuLo 4 – O poema PRoDuÇÃo DE tEXto 001-009-PL1-PNLD 2015. de José craveirinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 LEITURA: “A literatura e a formação do homem”. 53 o poeMA no espAço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 códigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 CAPÍtuLo 1 – O que é literatura? oh am m e d B all a s LItERAtuRA M 14 A nAturezA dA linguAgeM literáriA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52 os versos e seus recursos MusicAis . . . . . fragmento de laboratório de literatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 LEITURA: “grito negro”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49 SEMâNTICA E DISCURSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 estilos de épocA: AdequAção e superAção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32 PRoDuÇÃo DE tEXto CAPÍtuLo 3 – Linguagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 A literAturA nA escolA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 LEITURA: “Meus oito anos”. 32 os gêneros literários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de duccio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 A literAturA e suAs funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42 AS FUNçÕES DA LINGUAGEM NA CONSTRUçãO DO TEXTO . . . . . . . . . . . . . . .A poesia de tradição oral: o cordel. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114 Prepare-se para o Enem e o vestibular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Era Medieval e suas épocas. . . . . . . . . 63 o texto e o contexto em perspectiva multidisciplinar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As variedades linguísticas na construção do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126 Capítulo 1 – A linguagem do Classicismo renascentista literatura 128 Leitura: fragmento da Divina comédia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LEITURA: fragmento do Auto da barca do inferno. . . . . . . . . 60 Capítulo 5 – A linguagem do Trovadorismo 62 LEITURA: cantiga de amigo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 Capítulo 7 – As variedades linguísticas LÍNGUA: USO E REFLEXÃO Dialetos e registros. . . . . . . . . . . . . . . . literatura PRODUÇÃO DE TEXTO LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 118 122 Interpretação de texto UNIDADE 2 HISTÓRIA SOCIAL DO CLASSICISMO 124 A imagem em foco: O nascimento de Vênus. . . . . . . . . . . . . . e cantiga de amor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68 Produzindo o texto teatral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 literatura Capítulo 6 – O texto teatral escrito PRODUÇÃO DE TEXTO 68 Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . 129 o texto e o contexto em perspectiva multidisciplinar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78 81 82 84 85 86 87 87 92 97 Capítulo 9 – Figuras de linguagem LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 100 As figuras de linguagem na construção do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 28/05/13 08:42 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Gil Vicente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138 ESCREVENDO COM TÉCNICA: A DESCRIÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Produzindo o poema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110 Semântica e discurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dinis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de D. . . . . . . . . . . . . . . . 73 Escrevendo com expressividade: a denotação e a conotação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 140 Capítulo 3 – Texto e discurso – Intertexto e interdiscurso LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 001-009-PL1-PNLD 2015. . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo 8 – A produção literária medieval literatura A formação da língua e da literatura portuguesa. . . . . . . . . . . . . . .indd 6 145 Textualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Martim Codax. . . . . . . . . . . . . Gíria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Botticelli. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . um poema de Petrarca e dois poemas de Camões. . . . . . . . . . . . . 132 Capítulo 2 – O relato pessoal PRODUÇÃO DE TEXTO 136 Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . Literatura comparada: diálogo entre a canção popular no Brasil e a cantiga trovadoresca. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . coerência e coesão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136 Produzindo o relato pessoal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 EM DIA COM O ENEM E O VESTIBULAR VIVÊNCIAS Projeto: palavra em cena. . . . . . . . . . . . 111 Capítulo 10 – Competência leitora e habilidades de leitura Interpretação de texto 113 O que são competências e habilidades?. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Dante Alighieri. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Semântica e discurso. . . . . . . . . . . Antônio Vieira . . . . . . . . . . . . . 221 o texto e o contexto em perspectiva multidisciplinar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172 173 173 174 175 176 180 180 187 189 190 191 193 195 195 Capítulo 7 – O Quinhentismo no Brasil 197 A produção literária no Brasil-Colônia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Campo semântico. . . . . . . . . . . . . . . Literatura comparada: diálogo entre a lírica camoniana e a canção popular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Intertextualidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200 A literatura de catequese: José de Anchieta . . . . . . . . . . . .A coerência e o contexto discursivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o blog e o comentário Gu yC r i t te n d e n PRODUÇÃO DE TEXTO Trabalhando o gênero. . Produzindo o comentário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198 A literatura de informação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo 6 – Introdução à semântica Al bri g h t-K n o x LÍNGUA: USO E REFLEXÃO Sinonímia e antonímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O comentário. . . . . . . . . . . . . . . . A coerência e a coesão na construção do texto. A ambiguidade na construção do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leitura: fragmentos de Os lusíadas. . . . . . hiponímia e hiperonímia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 28/05/13 08:42 . . . . . . . . . . . . . . . . . . Produzindo o e-mail. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O blog . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 224 Capítulo 2 – Os gêneros instrucionais PRODUÇÃO DE TEXTO 001-009-PL1-PNLD 2015. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . poemas de Gregório de Matos. . . . . . . . . . . . . . . . . 206 EM DIA COM O ENEM E O VESTIBULAR VIVÊNCIAS Projeto: Da espada à vela: o mundo em mudança. . . . . . . . . . . . . Capítulo 4 – O Classicismo em Portugal 157 Luís de Camões: o grande salto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . literatura PRODUÇÃO DE TEXTO LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 208 212 Interpretação de texto UNIDADE 3 BARROCO: A ARTE DA INDISCIPLINA 216 A imagem em foco: As vaidades da vida humana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Escrevendo com coerência e coesão: paralelismos sintáticos e semânticos. Semântica e discurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O e-mail. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . a análise e a identificação Interpretação de texto 204 Prepare-se para o Enem e o vestibular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Semântica e discurso. . . . . . . . . . . Polissemia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199 Leitura: fragmentos da Carta de Caminha. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e não dura mais que um dia” e “Carregado de mim ando no mundo”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e fragmento de sermão de Pe. . . . . . . . . A ambiguidade. . . . . . . . . . . . . . . . . 158 162 167 169 Ra fae l O l binski literatura 150 151 155 156 Capítulo 5 – Hipertexto e gêneros digitais: o e-mail. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leitura: dois sonetos de Camões. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . tira de Nilson e cartum de Marcos Müller. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .indd 7 227 O tutorial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . interdiscursividade e paródia. . 218 Capítulo 1 – A linguagem do Barroco literatura 220 Leitura: “Nasce o Sol. . . . . . . . 202 literatura Capítulo 8 – A observação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Harmen Steenwyck. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .w Images G lo Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Produzindo o tutorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . dicas. . . . 256 literatura Capítulo 5 – O resumo PRODUÇÃO DE TEXTO 260 Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . 282 Leitura: “Ofendi-vos. . . . . . . . . . 303 Memorização. . Produzindo a receita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291 Revisão e Avaliação dos seminários. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227 229 231 231 234 236 239 242 244 245 247 247 247 249 251 252 Capítulo 4 – O Barroco em Portugal 253 Pe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285 literatura Capítulo 8 – O seminário ks to ck / Get ty Ima ge s PRODUÇÃO DE TEXTO Th in 287 Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Encontros vocálicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 planejamento e preparação de um seminário. . . . . . . . . . Escrevendo com expressividade: a síntese e a clareza de ideias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Antônio Vieira: a literatura como missão. . . . . . . . . . . . 305 Prepare-se para o Enem e o vestibular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254 Leitura: fragmento do “Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda”. . . . . . . . . . . . . . . Semântica e discurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 267 267 277 278 279 Capítulo 7 – O Barroco no Brasil 281 Gregório de Matos: adequação e irreverência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 290 Propostas para a produção de seminários . . Sílaba. . . . . . . . . Produzindo dicas. . . . . . . 301 Semântica e discurso. . . . . . . . . . . A divisão silábica na construção do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 001-009-PL1-PNLD 2015. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .indd 8 309 313 28/05/13 08:42 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . regras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Antônio Vieira. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ortoepia e prosódia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 Produzindo o seminário. . . . . 260 Produzindo o resumo. . . . . . . . . . de Gregório de Matos . . . . . . . . . . Capítulo 3 – Sons e letras Jua n G ris LÍNGUA: USO E REFLEXÃO Classificação dos fonemas. . . . . . . . . . . . . . . . 295 Capítulo 9 – A expressão escrita: acentuação LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 296 Regras de acentuação gráfica . . . . . . . . . Semântica e discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302 Capítulo 10 – A comparação e a memorização Interpretação de texto 303 Comparação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288 Como apresentar um seminário em grupo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Encontros consonantais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Dígrafos. . . . . . . . . . . . 264 Capítulo 6 – A expressão escrita: ortografia – divisão silábica LÍNGUA: USO E REFLEXÃO Ortografia. . . Outros gêneros instrucionais: receitas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Divisão silábica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 287 Como apresentar um seminário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Pe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sons e letras na construção do texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 298 A acentuação na construção do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Meu Deus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 306 EM DIA COM O ENEM E O VESTIBULAR VIVÊNCIAS Projeto: Feira de inclusão digital . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . bem é verdade”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 324 literatura Capítulo 2 – O debate regrado público PRODUÇÃO DE TEXTO 327 Trabalhando o gênero. . Santa Rita Durão: apego ao modelo clássico. . . . . . . . . . . . Bocage: o salto da emoção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 339 Capítulo 4 – O Arcadismo em Portugal Pombal e Verney: a missão de “iluminar” Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 378 Produzindo o texto dissertativo-argumentativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 327 Produzindo o debate regrado. . . . . . . . . . Leitura: poema de Cláudio Manuel da Costa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Semântica e discurso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tomás Antônio Gonzaga: a renovação árcade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .indd 9 390 394 398 399 28/05/13 08:42 . . . . . . . . . . . . . Leitura: fragmento de O Uraguai. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 318 Capítulo 1 – A linguagem do Arcadismo 320 Leitura: poemas de Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga e soneto de Bocage. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . As academias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .literatura PRODUÇÃO DE TEXTO LÍNGUA: USO E REFLEXÃO Interpretação de texto UNIDADE 4 HISTÓRIA SOCIAL DO ARCADISMO 316 A imagem em foco: O juramento dos Horácios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383 Capítulo 9 – A explicação e a demonstração Interpretação de texto 385 Prepare-se para o Enem e o vestibular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Jacques-Louis David. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 349 Capítulo 6 – Formação de palavras LÍNGUA: USO E REFLEXÃO Processos de formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leitura: sonetos de Bocage . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Capítulo 7 – O Arcadismo no Brasil An tôn i o P a r reir a s literatura Arcadismo na colônia: entre o local e o universal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . literatura 341 342 342 342 344 Capítulo 5 – O artigo de opinião PRODUÇÃO DE TEXTO 346 Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 321 o texto e o contexto em perspectiva multidisciplinar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 381 Escrevendo com expressividade: os estrangeirismos . Processos de formação de palavras na construção do texto. . . . . . . . Os árcades e a Inconfidência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 338 Semântica e discurso . . . . . . . . . . . . . . . . de Santa Rita Durão . . . 352 353 358 360 362 363 364 364 365 366 367 368 370 372 374 376 Capítulo 8 – O texto dissertativo-argumentativo PRODUÇÃO DE TEXTO 378 Trabalhando o gênero. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de Basílio da Gama. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . bibliografia ÍNDICE REMISSIVO 001-009-PL1-PNLD 2015. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 330 Capítulo 3 – Estrutura de palavras LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 334 Tipos de morfemas. . . . . . . . . . de Tomás Antônio Gonzaga. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Literatura comparada: diálogo entre a poesia moderna e a poesia árcade. Empréstimos e gírias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 336 Os elementos mórficos na construção do texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Leitura: “Lira 77”. . . . . Cláudio Manuel da Costa: a consciência árcade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Basílio da Gama e o nativismo indianista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e de Caramuru. . . . 388 EM DIA COM O ENEM E O VESTIBULAR VIVÊNCIAS projeto: a arte brasileira no período colonial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 346 Produzindo o artigo de opinião. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . por força de vários acontecimentos religiosos. ulher segurando balança (1664). Estudar esse movimento implica conhecer as condições em que vivia o homem da época. passando a conviver com os valores renascentistas. dos mares. E o sentimento de que. por meio da razão.indd 216 28/05/13 09:38 . valores religiosos e espirituais ressurgem. M de Jan Vermeer van Delft. ele tudo podia. Wa s of Ar t in g t o n barroco: a arte da indisciplina O Renascimento deu ao homem o papel de senhor absoluto da terra. políticos e sociais. 216 216-226-PL1-PNLD 2015. da ciência e da arte. tanto na Europa quanto no Brasil-Colônia. Mas até onde iria a aventura humanista? No século XVII. UNIDADE 3 Galler y N at ional h . A expressão artística desse momento de dualismo e contradição é o Barroco. que me tenta. Don Juan (L&PM). E também os CDs: Música do Brasil colonial — Compositores mineiros. como as dos sites Google Art Project e Tag Galaxy.vidaslusofonas. Gregório de Matos. O homem da máscara de ferro. Esther e Athalia. Organização de José Miguel Wisnik. de Tracy Chevalier (Bertrand Brasil).usp. eis algumas sugestões: Rai Trade Assista iS t o ck p hot o/ T h i n k s t o c k /G e Moça com brinco de pérola. (Gregório de Matos. Tiradentes. de Gregório de Matos (Ediouro). de Calderón de la Barca (Abril Cultural). Ouça Ouça a produção musical dos compositores barrocos Antonio Vivaldi. com exposição de textos produzidos para a Internet e apresentação de ferramentas digitais. Três tragédias: Phedra. de Molière (Sete Letras). O mundo de Sofia.memoriaviva. A rainha Margot. Professor: É conveniente que já no início do bimestre sejam organizadas e distribuídas as atividades propostas no projeto do capítulo Vivências. de Randall Wallace.indd 217 28/05/13 09:39 . Salvador. Mary Stuart — Rainha da Escócia. 217 216-226-PL1-PNLD 2015. s. Sabará. Caravaggio.d. de Patrice Chéreau. Cid e Horácio: tragédia em cinco atos. tty Im ag es VIVÊNCIAS Projeto: Feira de inclusão digital Montagem de uma feira digital. Olinda e Recife. de Charles Jarrot. de Peter Webber. Ouça também a canção “Pecado original”. como Ouro Preto.htm http://www. Sois Anjo. Sermão de Santo Antônio aos peixes (Saulos). que por bela. Antônio Vieira (Cultrix). de Corneille (Ediouro). Leia Moça com brinco de pérola. de Nicholas Hytner.Fique ligado! Pesquise! Para estabelecer relações entre a literatura e outras artes e áreas do conhecimento.) http://www.com.html http://www. Mas vejo. Mariana.br/bbd/search?filtertype=*&filter=sermoes+ padre+vieira&submit_search-filter-controls_add=Buscar http://www. Diamantina. de Júlio Quevedo (Ática). p. e por galharda. e a minha guarda. São João del-Rei.pt/padre_antonio_vieira. As missões. de Pe. Fôreis o meu Custódio. e descubra pontos de contato entre ela e as ideias do Barroco. Melhores poemas. Padre João de Deus de Castro Lobo — Missa e credo para oito vozes.brasiliana. Sacred Music from 18th century — Brasil. O avarento (Ediouro). Os sermões. de Jostein Gaarder (Companhia das Letras).br/gregorio/ Visite Visite as cidades que possuem igrejas e museus com obras dos séculos XVII e XVIII. de Derek Jarman. A vida é sonho. Navegue […] Se pois como Anjo sois dos meus altares. Escola de mulheres (Nórdica). 202. Livrara eu de diabólicos azares. de Ana Carolina. Posto que os Anjos nunca dão pesares. O burguês ridículo.revista.agulha. entre outras.br/grego. Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Haendel. Antologia poética. de Gregório de Matos (Global). Poemas escolhidos. São Paulo: Cultrix. e não me guarda.nom. de Caetano Veloso. As bruxas de Salem. indd 218 28/05/13 09:39 . como a bebida. a lâmpada apagada. uma cesta com frutas ou outros alimentos. o cronômetro. levante hipóteses: Qual é o tema central do quadro? A morte. um tipo de pintura que retrata objetos e seres inanimados ou mortos: um jarro com flores. O quadro de Steenwyck é considerado uma natureza-morta. O livro: o conhecimento. o jarro de vinho (à direita) e o crânio. isto é. Com base no nome do quadro e na posição do crânio. como a concha vazia. elementos que adquiriram certos significados na história de nossa cultura. o livro. O jarro de vinho: relacionado aos prazeres materiais. 1. também sugere a morte. Por que o quadro de Steenwyck pode ser considerado natureza-morta? Porque apresenta vários objetos inanimados. são elementos que fazem referência ao universo masculino. de Harmen Steenwyck. Concha vazia: símbolo da riqueza e da perfeição. Conheça. de poder. fálica. como está vazia. sugerindo o desejo humano de glória. 218 216-226-PL1-PNLD 2015. 2. e responda às questões propostas. por baixo da alça. Essa natureza-morta é constituída por símbolos.a i m a g e m e m foco National Gallery. Observe que o centro da tela é ocupado por um crânio humano. além do crânio humano. a espada japonesa. A flauta e a charamela: instrumentos musicais relacionados ao amor. etc. 3. que põe fim a todas as vaidades. o significado de alguns deles. por sua forma alongada. a sabedoria. nota-se o perfil de um imperador romano. porém. ao lado. Londres Observe o quadro As vaidades da vida humana (1645). a flauta e a charamela. a sabedoria e são eles? a bebida ou o poder. conforme sugere o tênue fio de fumaça que sai dela. que representa a morte. que vai do centro para a Natureza-morta (1620). oposição entre o mundo material e o mundo espiritual. Há. concepção trágica da vida. Observe que. Qual é o dualismo barroco existente nessa oposição? b) Por que se pode dizer que esse quadro é uma espécie de advertência ao ser humano? Porque há nele a ideia de que a vida humana é transitória e frágil e de que o homem necessita deixar de lado as coisas vãs e se preocupar com o espírito.a) Nesses símbolos. aparece uma lâmpada recém-apagada. Atrás e acima do crânio. Destacam-se. a visão do artista sobre esses valores da época? Como o próprio nome sugere. divina. 219 216-226-PL1-PNLD 2015. meridade da vida e do tempo. e a concha que está vazia. incidir primeiramente sobre o crânio. a luz é um símbolo do divino e do eterno. consciência da efemeridade da vida e do tempo 4. estaria acima de todos esses A morte. a ideia de que um dia a chama (a vida) se apaga. um conjunto de elementos essenciais à arte e à literatura barroca. criando um contraste entre o claro. que vai do centro para a direita. jogo de claro e escuro. que sugere principalmente o passar do concepção trágica da vida figuração jogo de claro e escuro oposição entre o mundo material e o mundo Todos os elementos podem ser identificados na espiritual tela. da vida. O da posição entre a vida eterna. a seguir. e o escuro. como: prazeres humanos. na visão do artista. c) Considerando-se o significado do crânio e sua posição de destaque no quadro. Qual é. b) O quadro tem por título As vaidades da vida humana. contudo. A palavra vaidade origina-se do latim vanitas. e a vida humana. Considerando que o fogo. que põe fim a todas as ambições e valores? esquerda. estão representados os prazeres e valores do homem da época. além do crânio. a chama e a luz associam-se à ideia de vida. precária e finita.indd 219 20/08/13 18:52 . o que. França Giraudon/The Bridgeman Art Library/Glow Images York Museums Trust (York Art Gallery). na concepção do artista esses valores são inúteis. sugere uma oposição. de Steenwyck? Musée des Beaux-Arts. sem valor”. no quadro. consciência da efemorbidez requinte formal tempo. Quais A riqueza. responda: a) O que a lâmpada apagada representa? Representa a morte. quadro de Abraham van Beyeren. portanto. sem vida. a) O fato de a luz. de Letellier. que significa “o que é vão. apresentam o mesmo significado da lâmpada? O cronômetro. b) Que outros elementos do quadro. Dunkirk. 6. morbidez. Natureza-morta com crânio. os prazeres sensuais. da parte esquerda e superior do quadro. Na cultura cristã. são vãos. Inglaterra The Bridgeman Art Library/Keystone 5. Quais desses elementos podem ser identificados na tela As vaidades da vida humana. desce um raio de luz. No século XVI. de Caravaggio. Nesse momento histórico. 220 216-226-PL1-PNLD 2015. surgiu o Barroco. Fr a n ça A flagelação de Cristo (c. um movimento artístico ainda com alguns vínculos com a cultura clássica. o Renascimento representou o retorno à cultura clássica greco-latina e a vitória do antropocentrismo. duas formas distintas de ver o mundo: de um lado o paganismo e o sensualismo do Renascimento. uma forte onda de religiosidade. que lembrava o teocentrismo medieval. 1605-07). em declínio. de outro. mas que buscava caminhos próprios. Rou e n. conviviam duas mentalidades. a linguagem do barroco O Barroco — a arte que predominou no século XVII — registra um momento de crise espiritual na cultura ocidental.indd 220 28/05/13 09:39 . condizentes com as necessidades de expressão daquele momento. No século XVII.LITERATURA Mu sée de CApÍTULO 1 sB eau x-A r t s. capacidade inventiva. Que é melhor neste mundo. onde dos mais vejo as pisadas. TEXTO I TEXTO II Nasce o Sol. Antônio Vieira. Erra. insensato. Do que anda só o engenho mais profundo. p. Organização de José Miguel Wisnik.indd 221  Êxtase de Santa Teresa. quem presumir que sabe tudo.) (Gregório de Matos. e não dura mais que um dia. Não é fácil viver entre os insanos. Em tristes sombras morre a formosura. Que como ando por vias desusadas. 317. volubilidade. que só. e vou-me ao fundo.  Escultura de Aleijadinho. sisudo: ajuizado. SuperStock/Getty Images/Igreja de Santa Maria della Vittoria. Se o atalho não soube dos seus danos. sermonista renomado e o principal escritor barroco de Portugal. Começa o mundo enfim pela ignorância. respeitável. Que as bestas andam juntas mais ousadas. Em contínuas tristezas a alegria. In: Poemas escolhidos. Faço o peso crescer. s. Itália Rômulo Fialdini/Igreja de São Francisco de Assis. 221 28/05/13 09:39 . engenho: talento. o terceiro é de Pe.. Porém. Depois da Luz se segue a noite escura. São Paulo: Cultrix. por que nascia? Se é tão formosa a Luz. E na alegria sinta-se tristeza. E o grande peso embarga-me as passadas.LEITURA Os dois primeiros textos a seguir são de autoria de Gregório de Matos. Na formosura não se dê constância. Roma. argúcia. E tem qualquer dos bens por natureza A firmeza somente na inconstância. cit. p. sisudo.) c’os: com os. Leia-os e responda às questões propostas. e na Luz falte a firmeza. O prudente varão há de ser mudo. LITERATURA 216-226-PL1-PNLD 2015. 253. Mas no Sol. Ouro Preto.d. insano: demente. Ser louco c’os demais. de Lorenzo Bernini. mar de enganos. por que não dura? Como a beleza assim se transfigura? Como o gosto da pena assim se fia? O remédio será seguir o imundo Caminho. o principal poeta barroco brasileiro. se acaba o Sol. varão: homem adulto. MG inconstância: variabilidade. Carregado de mim ando no mundo. Poemas escolhidos. (Gregório de Matos. TEXTO III (Pe. Antônio Vieira. In: Barroco. São Paulo: Harbra, 2009. p. 14.) 1a. Apontando a transformação de algo em seu contrário: o Sol, a Luz, a formosura e a alegria não duram mais que um dia e tornam-se noite escura, tristes sombras e tristeza, respectivamente. 1. No texto I, o eu lírico aborda o tema da efemeridade ou inconstância das coisas do mundo, que fazia parte das preocupações do homem barroco. a) Na primeira estrofe, como ele apresenta essa percepção da efemeridade? b) Das mudanças apontadas, qual afeta o estado de ânimo do eu lírico? A transformação da alegria em tristeza. 2. O eu lírico do texto I não compreende a razão da instabilidade das coisas. a) Em que estrofe se nota claramente o sentimento de inconformismo com a instabilidade? Na segunda estrofe; a se­quên­ Justifique sua resposta. cia de frases interrogativas é resultado desse inconformismo. b) No final do texto, a que conclusão sobre a inconstância das coisas o eu lírico chega? À conclusão de que a firmeza (ou estabilidade) das coisas está na sua inconstância. 3. Os dois primeiros poemas apresentam aspectos em comum, como, por exemplo, o tipo de composição poética, o tipo de imagens e o tema. a) Qual é o tipo de composição poética desses textos? O soneto. b) No texto II, que imagem o eu lírico emprega logo no primeiro verso para se referir ao seu modo de estar no mundo? ando no mundo c) Que outras expressões desse texto têm vínculo semântico com essa imagem? passadas, vias, caminho, pisadas, atalho d) As imagens dos dois textos são auditivas, táteis, olfativas ou visuais? Visuais. Museu do Prado, Madri 5b. texto I: “Luz/noite escura”, “tristezas/alegria”, “firmeza somente na inconstância”, “na alegria sinta-se tristeza”; texto II: “as bestas andam juntas”/“anda só o engenho mais profundo”, “louco/sisudo” […] Duas coisas prega hoje a Igreja a todos os mortais, ambas grandes, ambas tristes, ambas temerosas, ambas certas. Mas uma de tal maneira certa e evidente, que não é necessário entendimento para crer; outra de tal maneira certa e dificultosa, que nenhum entendimento basta para a alcançar. Uma é presente, outra futura, mas a futura veem-na os olhos, a presente não a alcança o entendimento. E que duas coisas enigmáticas são estas? Pulvis es, tu in pulverem reverteris: Sois pó, e em pó vos haveis de converter, – Sois pó, é a presente; em pó vos haveis de converter, é a futura. O pó futuro, o pó em que nos havemos de converter, veem-no os olhos; o pó presente, o pó que somos, nem os olhos o veem, nem o entendimento o alcança. [...]  A coroação de espinhos (1618-20), de Van Dyck. 4a. Entre outros: “Que como ando por vias desusadas, / Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo”, “Não é fácil viver entre os insanos”, “Que é melhor neste mundo, mar de enganos, / Ser louco c'os demais, que só, sisudo”. 4. O texto II aborda o tema do “desconcerto do mundo”, isto é, o sentimento de desagregação e estranhamento do eu lírico em relação ao mundo. a) Identifique no poema um trecho que exemplifique essa postura do eu lírico. b) Que imagem, presente na última estrofe do poema, corresponde à concepção de mundo do eu lírico do texto I? mar de enganos 5a. texto I: “Nasce o Sol”, “Depois da Luz se segue a noite escura”; texto 5. A linguagem barroca geralmente busca expressar estados de conflito espiritual. Por isso, faz uso de inversões, antíteses e paradoxos, entre outros recursos. Identifique nos textos I e II: a) exemplos de inversão quanto à estrutura sin“Carregado de mim ando no mundo”, “Se o atalho não tática; II:soube dos seus danos” b) exemplos de antíteses e paradoxos. 6. O texto III apresenta uma explicação religiosa para a inconstância mencionada nos textos I e II. a) Em que consiste essa explicação? Na afirmação bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará. b) Levante hipóteses: Considerando que o autor do texto era um religioso empenhado na conversão das pessoas ao catolicismo, qual seria, para ele, o meio de escapar à inconstância das coisas no mundo? A aceitação da ideia religiosa de que existe vida eterna depois da morte. 7. Leia o boxe “Cultismo e conceptismo” e procure nos textos elementos que se identifiquem com as duas tendências de estilo presentes no Barroco. Professor: Os poemas estudados são ricos em imagens e figuras de linguagem, enquanto o texto de Vieira prima pelo raciocínio lógico e pelo jogo de ideias. Contudo, a fronteira entre uma tendência e outra nos três textos não é rígida. 222 216-226-PL1-PNLD 2015.indd 222 28/05/13 09:39 Carpe diem: aproveita o tempo! Duas tendências de estilo se manifestaram no Barroco. São elas: Cultismo: gosto pelo rebuscamento formal, caracterizado por jogos de palavras, grande número de figuras de linguagem e vocabulário sofisticado, e pela exploração de efeitos sensoriais, tais como cor, som, forma, volume, sonoridade, imagens violentas e fantasiosas. Conceptismo (do espanhol concepto, “ideia”): jogo de ideias, constituído pelas sutilezas do raciocínio e do pensamento lógico, por analogias, histórias ilustrativas, etc. Embora seja mais comum a manifestação do cultismo na poesia e a do conceptismo na prosa, é normal aparecerem ambos em um mesmo texto. Além disso, essas tendências não se excluem. Um mesmo escritor tanto pode pender para uma delas quanto apresentar traços de ambas as tendências. A consciência da efemeridade do tempo já existia na poe­sia clássica anterior ao Barroco. E ela geralmente levava os poetas ao carpe diem (em latim, “colhe o dia”, “aproveita o dia”), ou seja, ao desejo de aproveitar a vida enquanto ela dura, o que quase sempre resultava num convite amoroso e sensual à mulher amada. No Barroco, em virtude do forte sentimento religioso da época, o carpe diem também se fez presente, mas quase sempre revestido de culpa e conflito. O filme Sociedade dos poetas mortos introduz brilhantemente o tema do carpe diem quando o professor de literatura, representado pelo ator Robin Williams, pergunta a seus alunos: “Estão vendo todos estes alunos das fotos, que parecem fortes, eternos? Estão todos mortos. Carpe diem...”. François Duhamel/Corbis/Latinstock Cultismo e conceptismo   Cena de Sociedade dos poetas mortos. Como síntese do estudo feito até aqui, compare as características do Barroco com as do Classicismo: BARROCO CLASSICISMO Quanto ao conteúdo Conflito entre visão antropocêntrica e teocêntrica Antropocentrismo Oposição entre o mundo material e o mundo espiritual; visão trágica da vida Equilíbrio Conflito entre fé e razão Racionalismo Cristianismo Paganismo Morbidez Influência da cultura greco-latina Idealização amorosa; sensualismo e sentimento de culpa cristão Idealização amorosa; neoplatonismo; sensualismo Consciência da efemeridade do tempo Universalismo Gosto por raciocínios complexos, intrincados, desenvolvidos em parábolas e narrativas bíblicas Busca de clareza Carpe diem Quanto à forma Gosto pelo soneto Gosto pelo soneto Emprego da medida nova (poesia) Emprego da medida nova (poesia) Gosto pelas inversões e por construções complexas e raras; emprego frequente de figuras de linguagem como a antítese, o paradoxo, a metáfora, a metonímia, etc. Busca do equilíbrio formal LITERATURA 216-226-PL1-PNLD 2015.indd 223 223 28/05/13 09:39 o texto E o contexto em perspectiva multidisciplinar Galleria degli Uffizi, Florença, Itália Gravura em cobre colorida, de autor anônimo. S. Salvador, séc. XVIII, ocupação holandesa/Coleção particular Leia, a seguir, o infográfico e um painel de textos interdisciplinares que relacionam a produção literária do Barroco ao contexto histórico, social, religioso e cultural em que o movimento floresceu. Após a leitura, responda às questões propostas. 1549 Realização do Concílio de Trento Chegada da Companhia de Jesus ao Brasil 1580 1593-1594 Passagem Pintura de de Portugal Baco, por ao domínio Caravaggio espanhol 1601 1609 1622 Publicação de Prosopopeia, de Bento Teixeira, e início do Barroco Chegada de Pe. Antônio Vieira à Bahia Fundação dos primeiros engenhos de cana-de-açúcar no Maranhão O que é o Barroco? “Barroco”, uma palavra portuguesa que significava “pérola irregular, com altibaixos”, passou bem mais tarde a ser utilizada como termo desfavorável para designar certas tendências da arte seiscentista. Hoje, entende-se por estilo barroco uma orientação artística que surgiu em Roma na virada para o século XVII, constituindo até certo ponto uma reação ao artificialismo maneirista do século anterior. O novo estilo estava comprometido com a emoção genuína e, ao mesmo tempo, com a ornamentação vivaz. O drama humano tornou-se elemento básico na pintura barroca e era em geral encenado com gestos teatrais muitíssimo expressivos, sendo iluminado por um extraordinário claro-escuro e caracterizado por fortes combinações cromáticas. 1624 1640 Invasão Fim da união das holandesa Coroas ibéricas na Bahia e restauração da Coroa portuguesa Galeria Uffizi, Florença 1545-1563 (Wendy Beckett. História da pintura. São Paulo: Ática, 1987. p. 173.)   Judite ao matar Holofernes (1612-21), de Artemisia Gentileschi. 224 216-226-PL1-PNLD 2015.indd 224 07/06/13 14:18 a corrente racionalista logrou a supremacia. Amsterdã. ciências. Introdução à literatura no Brasil. ao lado de uma revalorização da Antiguidade clássica. até que no final do século XVIII. e sua unidade resulta de atributos morfológicos a traduzir um conteúdo espiritual. do Iluminismo e da Revolução Francesa.indd 225 225 07/06/13 14:18 .] —. uma ideologia. instaurado pelo renascimento sob o influxo da Antiguidade. o Barroco é um estilo identificado com uma ideologia. procurando exprimi-la sob novos moldes intelectuais e artísticos. numa tentativa de reencontrar o fio perdido da tradição cristã. 1980. [.. literatura — contra os ideais da civilização medieval. 98-9. mundano. de Vermeer Retorno de Gregório de Matos ao Brasil. A ideologia barroca foi fornecida pela Contrarreforma e pelo Concílio de Trento. em arte. mandado para Angola Destruição do Quilombo de Palmares Fundação de Vila Rica. teocêntrico. enche a Era Moderna. hoje Ouro Preto.Rubens Chaves/Pulsar Imagens Rijksmuseum. o dualismo. racionalista.] São.. 10. Se encararmos a Renascença como um movimento de rebelião na arte. e o elemento pagão. [. após estudos em Portugal.. a oposição ou as oposições.. Antônio Vieira na Capela Real de Lisboa Pintura de A leiteira. Holanda 1655 1658-1660 1683 1694 1695 1711 Pregação do “Sermão da sexagésima”. oriundos do duelo entre o espírito cristão. antiterreno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. podemos compreender o Barroco como uma contrarreação a essas tendências sob a direção da Contrarreforma católica. p. concepções sociais e políticas. Esse duelo entre o elemento cristão legado da Idade Média. contrastes e contradições. pensamento. por Pe. e início de sua obra literária Exílio de Gregório de Matos. racionalista e humanista. religião. por meio do Filosofismo.) LITERATURA 216-226-PL1-PNLD 2015. (Afrânio Coutinho. o estado de conflito e tensão. a que se deve o colorido peculiar da época. filosofia. e o espírito secular. onde floresceu o Barroco mineiro 1774 Maturidade de Aleijadinho na produção da arte barroca Barroco: a expressão ideológica da Contrarreforma De maneira geral. ed. que caracterizam a essência do barroco. por isso. ao expressar os ideais da Contrarreforma. por ser comparada à arte renascentista. ligou ainda mais estreitamente a Igreja católica e as monarquias ibéricas. impunha-se participar da expansão ultramarina ibérica. a partir de uma visão bastante dogmática do cristianismo. Inspirando-se nos modelos culturais clássicos e pagãos da Antiguidade. mais que agradar e concorrer para aperfeiçoar as relações dos homens entre si. p. Tratavase de combater toda e qualquer manifestação que lembrasse algum traço dos movimentos protestantes e. e. você deverá: Inicialmente. Desse modo. poderá solicitar respostas orais aos grupos e finalizar com uma discussão geral. USA A literatura barroca e a propagação da fé católica (Luiz Roncari.] Com isso. na época. Saber explicar. o Barroco foi não apenas a retomada da fé cristã. em 1563. o humanismo da época e o paganismo da literatura greco-romana. estendiamse aos seus mundos coloniais no Oriente e no Ocidente. O que não quer dizer que a literatura se tenha reduzido a isso. que o clero e as ordens religiosas exerciam nas duas nações ibéricas. o Barroco resulta de duas concepções de mundo antagônicas: de um lado. O Concílio de Trento. Mas para sua aceitação e difusão — já que todo livro ou publicação deveria receber a aprovação e licença da Mesa do Santo Ofício da Inquisição para não ser censurado — deveria passar por isso. ed. São Paulo: Edusp/FDE.Se o século XVI. em cujo significado está a noção de “pérola imperfeita”. conseguiu combinar na literatura a visão de mundo cristã. Além disso. mas católica. a renascentista. 2. tempo. você poderá organizar a classe em grupos e propor aos alunos a discussão do roteiro. por que ele recebeu esse nome. [. Não mais cristã. Other Images/Granger Collection. 96-7. New York. imbricando Igreja e Estado de tal forma que os interesses e funções de ambos muitas vezes se confundiam. etc. mas imperfeita. Como Espanha e Portugal tinham ficado fora das reformas protestantes. a literatura deveria participar dessa disputa ou dessa guerra [entre catolicismo e protestantismo]. foi neles que se concentrou a reação católica.. demonstrar de alguma forma sua adequação às funções de afirmação e propagação da fé católica. que durou de 1545 a 1563. só estremecendo no século XVIII. a concepção cristã.. Assim. o Barroco foi considerado uma arte elegante. já que. a Inquisição controlava a produção artística e negava tudo o que se associasse ao protestantismo. com a finalidade de expandir também o catolicismo. mas a expressão da Contrarreforma.) Professor: Como sugestão. Saber explicar por que o dualismo presente na arte barroca está relacionado com duas concepções diferentes de mundo. de formular e difundir uma doutrina oficial católica. simplesmente. em virtude do exagero de suas cores na pintura. na Península Ibérica. ao mesmo  Concílio de Trento. 1995. 226 216-226-PL1-PNLD 2015. Compreender por que o Barroco contribuiu para a propagação da fé católica. Esse casamento durou todo o século XVII. a arte barroca retoma o fio perdido da tradição cristã. Saber comentar a afirmação de Afrânio Coutinho de que o Barroco é uma “tentativa de reen­ contrar o fio perdido da tradição cristã”. Literatura brasileira — Dos primeiros cronistas aos últimos românticos. por uma visão eminentemente católica. que é pagã. afirmando e reproduzindo no plano do sensível tudo aquilo que a Igreja pregava no plano do inteligível. ainda renascentista. Ao final de um tempo combinado (por exemplo. do emprego constante de figuras de linguagem no texto literário. centrada na fé e na valorização do espiritual sobre o material. Roteiro de estudo Ao final da leitura dos textos. da expressão do sentido trágico da existência. Como esclarece o texto de Afrânio Coutinho. o Renascimento representou uma ruptura com a visão teocêntrica da Idade Média. considerando o contexto cultural e artístico de onde nasce o Barroco. 94. 20 minutos). de outro lado. o empenho doutrinador e a vigilância contra as heresias protestantes. racionalista e humanista. De acordo com Luiz Roncari. o século XVII distinguir-se-á do anterior e do seguinte.indd 226 28/05/13 09:39 . Veja a janela: 227 227-241-PL1-PNLD 2015. dicas de economia. manuais de funcionamento de aparelhos domésticos e máquinas.PRODUÇÃO DE TEXTO G lo wI ma ges cAPíTULO 2 Os gêneros instrucionais São muitos os textos que circulam entre nós diariamente com o objetivo de nos dar orientações claras e objetivas sobre como proceder em determinadas situações: receitas. prospectos de concursos. Alguns deles apresentam uma estrutura mais ou menos padronizada.indd 227 28/05/13 09:34 . aplicativo ou programa de computador encontradas na Internet são exemplo de texto tutorial. que é dar instruções ao leitor. etc. O TUTORIAL TRAbALhANDO O gêNERO As indicações sobre como utilizar determinada ferramenta. bulas de remédio. guias de cidades. tutoriais. manuais do consumidor. enquanto outros empregam a forma que for mais conveniente para atingir sua principal finalidade. instruções e regras de jogos. folhetos sobre prevenção de doenças e epidemias. dúvida ou orientação? Orientação. Um título. uma breve introdução. O público ao qual os tutoriais se destinam é variado. A linguagem é pouco formal. setas. responda: 3a. como ilustrações. Em sua estrutura apresenta um título. o objetivo. “Compartilhe seus pensamentos.”). b) Trata-se de uma linguagem objetiva ou subjetiva? Objetiva. perfil dos interlocutores. podem ser utilizados balões. procurando criar a impressão de uma “conversa” com o leitor. Além disso. c) Levante hipóteses: Por que nos tutoriais os verbos são empregados geralmente nesse para que se obtenha o resultado pretendido. etc. opções a serem marcadas. Observe a linguagem empregada nos tutoriais. os tutoriais costumam seguir uma estrutura definida. 3. Reúna-se com seus colegas de grupo e. concluam: Quais são as características do tutorial? Ao responder. a) Em que modo estão os verbos? No modo imperativo. juntos. este é tratado por você. com o objetivo de orientar os internautas sobre como utilizar uma ferramenta. Qual é o perfil das pessoas que geralmente buscam auxílio dos tutoriais? 5. nos dois textos. conforme a situação. botões. A fim de cumprir sua finalidade de orientar pessoas a utilizar uma ferramenta.indd 228 6. fotos e muito mais”) e utilização de exclamações (“É fácil e em poucos minutos. 227-241-PL1-PNLD 2015. b) Qual é a finalidade dele? Ensinar a criar um blog na Internet. um comentário sobre a conclusão da ação. c) Que elementos não verbais são utilizados? 4. com explicação do objetivo. suporte e veículo. 1. uma vez que a finalidade do gênero é ensinar um procedimento.Alamy/Glow Images 6. e. considerem os seguintes critérios: finalidade do gênero. São utilizadas imagens das próprias ferramentas: campos a serem preenchidos. pois orienta o leitor na realização de determinada ação. 2. as instruções devem ser seguidas à risca. estrutura. os passos a serem seguidos. b) Que títulos apresentam? Títulos relativos a “como + especificação do objetivo (verbo + o que + onde)”. Observe. 228 3c. A linguagem verbal apresenta verbos no imperativo e geralmente está de acordo com a norma-padrão. Texto que circula na Internet. 5c. uma breve introdução. setas e botões. 28/05/13 09:34 . Pessoas que acessam a Internet e querem ou precisam usar determinada ferramenta da qual não têm domínio. c) Classifique o nível de formalidade dos tutoriais lidos. Veja outro exemplo de tutorial. tema. na página ao lado. entre outros ícones que ajudam a mostrar com mais precisão as ações indicadas. podendo ser menos ou mais formal. as formas verbais utilizadas nas instruções relativas aos passos das operações a serem realizadas. Exemplifique com trechos dos textos. em relação a ele e ao lido antes. modo verbal? Porque. relacionando-o à situação de produção e circulação desse gênero textual. O texto que aparece na janela é um tutorial. b) O que as formas verbais expressam: ordem. a) A variedade linguística empregada segue a norma-padrão? Sim. um desfecho seguido de comentário e conclusão. mas tem algumas características específicas. há aconselhamento (“Personalize seus layouts”. a) A que área do conhecimento o texto diz respeito? À informática. Esse texto verbal costuma ser acompanhado de elementos visuais. linguagem. os passos a serem a) Que partes os compõem? seguidos e um desfecho. PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015.com. livros. as resenhas de um filme e de um livro que exploram a ideia do tutorial de forma um tanto inusitada. publicada no portal do jornal Folha de S. É comum encontrarmos esses textos também em revistas. Seus planos eram se formar e conseguir uma bolsa de estudos para a faculdade. monte com os colegas tutoriais inusitados.sextante.) Jessica Packwood levava uma vida tranquila no interior da Pensilvânia e esperava ansiosamente pelo início do último ano escolar. a seguir. duas propostas de produção de textos. (Texto dos autores. Editora iD PRODUZINDO O TUTORIAL (Disponível em: http://www. ficando restritas ao conhecimento de uma parcela pequena da sociedade. Acesso em: 15/3/2012. jornalista que escreve a coluna “Como fazer” em uma revista feminina. Como Como Como Como responder às perguntas do professor sem saber a matéria ficar mais 5 minutos na cama de manhã e não perder a hora ser o mais chato da classe ser amigo de seu pai/sua mãe em redes sociais sem pagar mico 2. ganhar a olimpíada de matemática e namorar seu colega Jake Zinn.indd 229 229 28/05/13 09:34 . Andie dá dicas às mulheres e. mas nem todas se difundem amplamente. como os referidos nos títulos do filme e do livro comentados nas resenhas. Vocês podem escolher uma das sugestões a seguir ou imaginar outro tema. A Internet oferece muitas ferramentas a seus usuários. Paramount Pictures Há. Em seus textos.1. Leia. tem como projeto tematizar os erros geralmente cometidos pelas moças ao iniciarem um relacionamento.) Em grupos. dizendo que Jessica pertence à realeza vampírica e lhe foi prometida em casamento para selar a união entre os clãs mais poderosos dos vampiros. Leia a notícia a seguir sobre um projeto do Google. ­folhetos. Mas aí um novo aluno esquisitão (e muito gato) chamado Lucius Vladescu aparece do nada. a seguir. mantendo a ideia de explorar um assunto pouco comum em tutoriais. O filme Como perder um homem em 10 dias conta a história de Andie Anderson. E de repente Jessica percebe que sua vida está prestes a virar de pernas para o ar. Paulo. Não é só na Internet que encontramos tutoriais sobre como realizar determinadas atividades. Você poderá desenvolver as duas ou apenas uma delas. conforme a orientação do professor. Os textos produzidos serão expostos depois na Feira de inclusão digital que a classe realizará no projeto do final desta unidade.br/ vampiroapaixonado/. no filme. disponível na web.indd 230 28/05/13 09:34 . e se assemelha ao Google Street View. a italiana Uffizi. Florença. uma tcheca (Kampa). faça com os colegas uma visita ao site mencionado na notícia. O visitante pode navegar pelos corredores vir­tuais. “passear” pelas salas. as espanholas Reina Sofía e Thyssen-Bornemisza. quatro americanas (MoMA. Em grupo. uma das 17 galerias participantes.com) do Google disponibiliza imagens em altíssima resolução dessa e de outras obras dos principais museus do mundo. de Botticelli. 230 227-241-PL1-PNLD 2015. até agora. uma das obras de arte e as ferramentas disponibilizadas pelo Google Art Project e montem um tutorial ensinando a utilizar esse site. Frick Collection e Freer Gallery of Art). as berlinenses Alte Nationalgalerie e Gemäldegalerie.googleartproject. duas britânicas (National Gallery e Tate). duas holandesas (Rijksmuseum e Van Gogh) e duas russas (Museu Hermitage e Tretyakov). o Jovem. Metropolitan. Entre as galerias participantes estão. foi lançado com cerimônia na Tate. Escolham um dos museus ou galerias. O projeto. Itália Está bem guardada na National Gallery de Londres a tela “Os Embaixadores” (1533). Mas nem todas as salas estão lá. aproximar as pinturas e saber mais sobre elas. o Palácio de Versalhes. todas as obras.07/02/2011 — 10h20 Google põe acervo dos maiores museus do mundo na web JULIANA VAZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Galleria degli Uffizi. de Hans Holbein. e muito menos. Desde a semana passada. denominado Google Art Project. A qualidade hiper-real das mais de mil reproduções impressiona. Mas não é mais preciso tomar um avião à Inglaterra para vê-la em detalhes. A parceria com as megainstituições se deu de tal modo que cada museu escolheu exatamente o que de seu acervo mostrar. deixa identificar minúcias nas pinceladas. um novo site (www. marcas da ação do tempo sobre a matéria.   “O Nascimento de Vênus”. observem: se ele apresenta título e as seções básicas (introdução. aparecer um texto instrucional.  Decidam. Assim. revistas. PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015. Façam as alterações necessárias e passem o texto para o suporte final. haver um cartaz que instrui os funcionários sobre segurança no trabalho. Ou. gráficos. se o nível de formalidade está adequado ao público-alvo. O primeiro apresenta algumas dicas para não cair em armadilhas ao procurar um programa de intercâmbio cultural. entre os diferentes textos que compõem uma reportagem jornalística (tabelas. junto com o professor. trechos de entrevistas. se os verbos referentes às orientações estão empregados no imperativo ou no infinitivo e sem alternância entre um modo e outro.indd 231 231 28/05/13 09:34 . dois textos instrucionais. ressaltando a importância de aprender a lidar com a ferramenta. Há. desfecho). se as indicações estão claras e objetivas e ilustradas adequadamente pelas imagens. etc.  Façam um rascunho e só passem o texto para o suporte final depois de uma revisão cuidadosa.  Pensem no perfil do leitor. veiculado em embalagens de alimentos. legendas. Deem ao tutorial um título atraente.). Outros gêneros instrucionais: receitas. A receita. fotografias. Criem uma introdução. se a linguagem está de acordo com a norma-padrão da língua.  Entre as características do gênero a serem observadas. com o auxílio de imagens que indiquem claramente os passos a serem seguidos pelos leitores. Leia-os com atenção. É comum. jornais e até em embalagens de produtos. indiquem passo a passo as ações necessárias e escolham imagens para ilustrar cada um deles. etc. é um gênero instrucional muito comum. o suporte a ser utilizado para a circulação do tutorial: folhetos. cadernos de receitas. se as ações estão indicadas passo a passo. por exemplo. lembrem que o tutorial deve ter uma linguagem objetiva e sua organização deve ser esquemática. revistas. a seguir. a Internet. na sequência correta e sem que nenhuma etapa tenha deixado de ser mencionada. livros. regras. dicas T ra b al h ando o g ê nero Os textos instrucionais estão presentes em livros. e um desfecho para o texto.P l a n e j a m e n to d o t e x to  Naveguem pelo site e anotem os passos para a utilização de cada ferramenta. O segundo é uma receita. lembrando que o texto será direcionado a um público que precisa de orientações claras e minuciosas. Revisão e r e e s c r i ta Antes de fazer a versão final do tutorial. passos. numa empresa. etc. Se vai ficar em casa de família. entre em contato com os anfitriões.indd 232 28/05/13 09:34 . É muito importante saber se há fumantes. esse documento pode demorar para ser concedido. Muitos dos destinos procurados pelos paulistanos têm inverno bem mais rigoroso que o nosso. Pergunte se o curso escolhido é reconhecido pelas escolas do Brasil. Se houver a possibilidade de praticar esportes radicais. Pesquise sobre o país e a cidade escolhidos. crianças. animais de estimação. Programe-se com antecedência. Não vá sem um seguro-saúde. Preste atenção ao clima.. Vale checar também se a empresa tem escritórios próximos ao seu destino. Quem está acostumado com agito pode ficar entediado em um lugarzinho pacato. Contrate uma operadora tarimbada em programas de intercâmbio e desconfie de orçamentos muito fora da média do mercado. verifique se o seu nível linguístico é compatível com o exigido.. Está instalado e não se adaptou? Peça mudança à escola ou agência. Converse com pessoas que passaram pelo mesmo programa que você quer fazer. Confira se a agência de viagem faz parte de federações nacionais ou internacionais.TEXTO I Intercâmbio: dicas para não cair em armadilhas Frank Schwere/Getty Images Veja o que você deve analisar na hora de escolher sua viagem   Toronto. veja se a cobertura está inclusa no pacote. Quem optar pelo programa de high school deverá se informar no colégio daqui sobre os documentos necessários para cursar o ensino médio novamente quando retornar. sem muitas alternativas de diversão. Em países que exigem visto de entrada. no Canadá: boas escolas atraem os brasileiros. 232 227-241-PL1-PNLD 2015. Para pós-graduação. Por isso.) TEXTO II Bolo na caneca Fabio Yoshihito Matsuura/Mosaico Fotografia Receita enviada por Maria do Carmo Santos 05min 1 porção Ingredientes 1 ovo pequeno 4 colheres (sopa) de leite 3 colheres (sopa) de óleo 2 colheres (sopa) rasas de chocolate em pó 4 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo 4 colheres (sopa) rasas de açúcar 1 colher (café) rasa de fermento em pó PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015. já que ela muda drasticamente de lugar para lugar. opte por comprar um chip local para fazer ligações. Infratores podem ser multados ou até deportados. escolas e cafés. pois imprevistos podem acontecer. calcule a quantidade necessária para o período da estada e leve-a na bagagem. se quiser usar seu aparelho. Quem fica em casa de família tende a ter uma alimentação mais saudável. 16/2/2011. Em alguns países e estados dos EUA. também. Cheque a cláusula de desistência. Leia o contrato com atenção. Se precisar tomar remédios regularmente. algumas agências de intercâmbio garantem que mandam para casa menores de idade que são pegos praticando sexo. Encantou-se com aquele garoto ou garota? Lembre-se de que a viagem tem data para acabar.indd 233 233 28/05/13 09:34 . Além disso. É fundamental atentar para a legislação do local que se está visitando. netbook ou tablet daqui e usá-lo sem custo adicional. É importante ter à mão. Deixe para experimentar guloseimas gordurosas nos fins de semana. Como a internet sem fio gratuita está em casas de família. quem quiser poderá levar notebook. Fuja dos fast-foods e siga uma dieta balanceada. A conta do celular pode sair cara por causa do roaming. as receitas médicas traduzidas para o idioma do país de destino. a idade mínima para comprar bebidas alcoólicas é de 21 anos. Programas da internet como o Skype dão a oportunidade de falar de graça — ou por um valor razoável — com parentes e amigos distantes. (Veja São Paulo. com.br www.br www. quando expressam orientações. e escrevam-nas em folhas de papel sulfite. mas não aumente a farinha.Imagens/Conteúdo Expresso 1.org www.com. 3.Modo de preparo 1. Deem destaque ao título de cada uma e ilustrem-nas. Unam a capa às receitas e grampeiem-nas.com.tvgazeta. Sob a orientação do professor. Receitas e afins na Internet www. exponham o livro na biblioteca da escola e divulguem-no entre professores.br/) Ao ler os dois textos. o livro pode circular entre os alunos da classe e ser levado para a casa de cada um por alguns dias. 4. Confeccionem a capa em papel mais grosso. com caldas. coberturas. há um título e. formando o livro.br www. Reúnam as receitas produzidas. dê à receita um toque pessoal. abaixo dele. o açúcar. um enunciado chamando a atenção para o assunto. o título é o nome da receita que se ensina a preparar. picante. etc. objetiva e de acordo com a norma-padrão. Na própria caneca onde irá consumir. ou digitem-nas no computador. funcionários e colegas de outros anos. as culinárias e as poéticas. castanhas. Se não. Se possível. A massa crua é mais mole que a de um bolo normal. produzindo a re c eita Editora Abril . isto é.luizcintra.com. No texto II. expressas em uma frase completa. Pode ser servido quente. pense nos ingredientes necessários e no modo como ele deve ser feito. 234 227-241-PL1-PNLD 2015. apresente uma dica de como obter um sabor especial. são ampliadas com informações úteis relacionadas a elas. e montem-na com o título escolhido pela classe. Depois de certo tempo de exposição.indd 234 28/05/13 09:34 . mas apresentam algumas características em comum: verbos no imperativo.com. 2. Se você já o preparou.panelinha.ig.uol.claudiacozinha. e linguagem clara.portaldosabor. sorvete e o que mais a imaginação mandar.br/tvculinaria PROJETO Receitas com sabor e poesia Organize-se com seus colegas para a montagem de um livro de receitas da classe. peça as informações a uma pessoa que saiba como fazê-lo. coloque o ovo e bata bem com um garfo Coloque o óleo. o leite e o chocolate e bata mais Coloque a farinha de trigo e o fermento e misture delicadamente até encorpar Leve ao forno micro-ondas por 3 minutos em potência alta Informações adicionais Dicas: a caneca deve ter capacidade mínima de 300 ml. o nome do ano de vocês e ilustrações relacionadas à culinária. você observou que eles têm estruturas diferentes. Não há enunciado introdutório e o texto é estruturado em duas partes: Ingredientes e Modo de preparo. No texto I.abril. senão o bolo ficará duro. (Adaptado de: http://tudogostoso. As dicas. Lembre-se de um prato que você adora e escreva a receita dele. e ter linguagem objetiva. de Carla Pernambuco. 2007. etc. de Celia e Celma (Senac). O fogão de lenha — 300 anos de cozinha. isto é. d o t e x to (In: Laranja seleta — poesia escolhida — 1977-2007. ser estruturadas em duas partes. Banquete — Uma história da culinária. Carlota — Balaio de sabores. Se possível. de Roy Strong (Jorge Zahar). de Maria Stella Libânio Christo (Vozes). Ingredientes e Modo de preparo. de Carla Pernambuco e Carolina Brandão (Nacional). de Rubens Ewald Filho e Nilu Lebert (Melhoramentos). picante. Crie uma receita poética.indd 235 sirva o poema simples ou com ilusões Para aqueles que são aficionados de livros de receitas ou livros e poemas que envolvam esse assunto. A canja do imperador. de Jeni Wright & Eric Treuille (Marco Zero). Editora Língua Geral.) Loucos por receitas Perfil do leitor — Suas receitas serão publicadas no livro de receitas que fará parte do projeto Receitas com sabor e poesia e serão lidas por pessoas da comunidade escolar e das famílias dos alunos da classe. apresente uma dica de como obter um sabor especial. dê à receita um toque pessoal. de J. Características do gênero a serem observadas — As receitas devem ter um título. com verbos no modo imperativo ou no infinitivo. neste texto: Receita Ivan Coutinho Ingredientes 2 conflitos de gerações 4 esperanças perdidas 3 litros de sangue fervido 5 sonhos eróticos 2 canções dos Beatles Modo de preparar dissolva os sonhos eróticos nos dois litros de sangue fervido e deixe gelar seu coração leve a mistura ao fogo adicionando dois conflitos de gerações às esperanças perdidas corte tudo em pedacinhos e repita com as canções dos Beatles o mesmo processo usado com os sonhos eróticos mas desta vez deixe ferver um pouco mais e mexa até dissolver. PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015. a exemplo do que fez o poeta Nicolas Behr. Editora Nacional P l a n e j a m e n to parte do sangue pode ser substituído por suco de groselha mas os resultados não serão os mesmos 235 28/05/13 09:34 . Dona Benta (Nacional). Do jeitinho de Minas — Culinária regional.2. e As doceiras. sugerimos a leitura de: O cinema vai à mesa — Histórias e receitas. Dias Lopes (Nacional). Le Cordon Bleu — Todas as técnicas culinárias. fazendo o prato parecer apetitoso. No caso de receita culinária: se as medidas indicadas para os ingredientes são precisas. Leia-o. de função antioxidante.Revisão e r e e s c r i ta Faça primeiramente um rascunho das receitas. que agem contra infecções por elementos nocivos Recomendação: cinco porções (unidade. ainda liberam enzimas capazes de inibir a formação de substâncias associadas ao câncer e favorecer a sua eliminação Recomendação: duas porções por dia Thinkstock/Getty Images Thinkstock/Getty Images • Frutas São ricas em nutrientes como as vitaminas A e C. que. fatia ou copo de suco natural) por dia 236 227-241-PL1-PNLD 2015. que previnem a ação dos radicais livres. brócolis e repolho) são fonte de glicosinolatos. produzindo di c a s O texto a seguir menciona características de vários alimentos e os efeitos que eles provocam no organismo humano.indd 236 28/05/13 09:34 . ajudam a neutralizar agentes tóxicos. e as frutas vermelhas possuem antocianinas. se a(s) imagem(ns) utilizada(s) chama(m) a atenção do leitor. se as indicações são claras e objetivas. sem a omissão de nenhum passo. se a linguagem está de acordo com a norma-padrão da língua. que facilitam a neutralização de substâncias tóxicas no fígado. se os verbos referentes às orientações estão empregados no imperativo ou no infinitivo. se a sequência de ações está correta. Saúde no prato Os alimentos que mais ajudam na hora de eliminar as impurezas do organismo – e os vilões que só aumentam a produção de dejetos ALIMENTOS DO BEM • Folhas verde-escuras As chamadas brássicas (couves. O limão fornece monoterpenos. além da ação antioxidante. Depois releia-as observando: se elas apresentam título e as seções básicas (Ingredientes / Modo de preparo). Se forem picadas. e sem alternância entre um modo e outro. como consequência. facilita a função intestinal e favorece a eliminação de agentes tóxicos pelas fezes Recomendação: até 1 grama por dia •  Oleaginosas Essas sementes são boa fonte de gorduras poli-insaturadas e vitamina E. se consumida em excesso. peixes como salmão e cavalinha fornecem ômega-3. o principal responsável pela filtragem de substâncias tóxicas no organismo Recomendação: uma unidade por semana • Carne vermelha Rica em gordura saturada. aumentando a permeabilidade das paredes do órgão e. Estes. carqueja e boldo. e a sema g tty I k /Ge c o t ks gunda. um antioxidante. como dente-de-leão. estimula a produção de bile e de enzimas que atuam nos processos metabólicos do órgão. possuem faseolamina. pelas fezes e pelo suor. que vão ajudar a dissolver e transportar os elementos tóxicos. mineral usado na formação da enzima glutationa.indd 237 • Bebidas alcoólicas Por ser um elemento tóxico ao organismo. com poder antioxidante e anti-inflamatório (eles inibem a produção exagerada de prostaglandina e das enzimas lipoxigenase e cicloxigenase).•  Gengibre O gengibre é rico em fitoquímicos. se consumidos em excesso. e até duas xícaras de chá por dia Thinkstock/Getty Images • Peixes marinhos Fonte de proteína magra. como o feijão-branco. geram picos de glicose e acentuam o acúmulo de agentes de ação tóxica Recomendação: uma porção por dia •  Água e chás São os líquidos. como o gingerol e a gingerdiona. Outras ervas. proteína que. o álcool sobrecarrega a função hepática. dificulta a absorção completa de carboidratos. que age no fígado combatendo e neutralizando substâncias tóxicas Recomendação: uma a duas unidades por dia •  Leguminosas Alimentos desse grupo. como a água. a absorção de substâncias tóxicas e estranhas ao organismo PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015. O fígado prioriza o metabolismo do álcool e deixa de Thinkstock/Getty Images ALIMENTOS DO MAL 237 28/05/13 09:34 . que estimulam a neutralização e a excreção dessas substâncias. facilitando sua expulsão pela urina. por inibir a formação de uma enzima no intestino. O chá-verde possui catequinas. a carne vermelha tem o poder de alterar a flora do intestino. Os primeiros protegem es o fígado. ácido graxo que previne inflamações e reduz a oxidação de gorduras. presenT hin te nas folhas da alcachofra. acumuladas no organismo se consumidas em excesso Recomendação: duas a três porções por semana • Alcachofra É fonte de flavonoides e cinarina. Com alto teor de fibras. Nozes e castanhas-do-pará ainda são ricas em selênio. protegem e estimulam a ação hepática Recomendação: 30 mililitros de água para cada quilo do corpo. por serem artificiais. Além disso. reduzindo as defesas antioxidantes do organismo (Veja. por dia – favorece a retenção hídrica. como acidulantes. Vejam o exemplo: • Bebidas alcoólicas Por ser um elemento tóxico ao organismo. Tais compostos não são bem digeridos pelo organismo e. especialmente do ácido fosfórico. acumulados. Quando o refrigerante é consumido com moderação.) Em grupo. a partir das informações do texto. 238 227-241-PL1-PNLD 2015. O álcool sobrecarrega a função hepática e reduz as defesas antioxidantes do organismo.Thinkstock/Getty Images • Frituras Além de terem ação semelhante à da carne vermelha no intestino. reduzindo as defesas antioxidantes do organismo Dica Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. que irrita a mucosa intestinal e tem potencial ação cancerígena Thinkstock/Getty Images • Alimentos processados e industrializados Aditivos presentes em alimentos prontos. Alimentos como a mortadela e o salame são ricos em gorduras. contêm ácido fosfórico. conservantes e estabilizantes. sódio e aditivos. impedem a eliminação dos agentes tóxicos Alamy/Other Images processar agentes nocivos vindos de outras fontes. substância formada no processo de fritura – em especial nas frituras em imersão e prolongadas –. o organismo tem condições de neutralizar a ação dos agentes tóxicos nele contidos. pela urina e k s to T hin pelo suor • Refrigerantes Além de ricas em açúcar. criem. nas versões à base de cola. Além disso. a bebida inflama e altera a permea­bilidade da mucosa intestinal. esses alimentos contêm acroleína. que pode levar à osteoporose • Embutidos São extremamente nocivos se consumidos em excesso. ou uma colher de chá. 22/2/2012. o corpo não dá conta de eliminá-los totalmente • Sal Como o sal contém sódio. O excesso de água no organismo contribui não apenas para o aumento da pressão arterial como também dificulta a eliminação de agentes tóxicos pes age t y Im Ge t / k c las fezes. a bebida inflama e altera a permeabilidade da mucosa intestinal. o álcool sobrecarrega a função hepática. dicas para ajudar o leitor a cuidar da saúde. seu consumo abusivo – mais do que 5 gramas. Selecionem dez informações que julgarem as mais importantes e elaborem dez dicas para desintoxicar o organismo. O fígado prioriza o metabolismo do ál­ cool e deixa de processar agentes nocivos vindos de outras fontes. coran­tes. essas bebidas têm pH ácido e. O problema surge do consumo excessivo.indd 238 28/05/13 09:34 . são estranhos ao nosso organismo. substância que intoxica o corpo. Se consumidos em excesso. Do trio que ele de fato atendeu.P l a n e j a m e n to d o t e x to Perfil do leitor – Dicas como essas são direcionadas ao público em geral. não devem trazer informações excessivamente técnicas. conforme diz o psicanalista José Canelas.indd 239 239 28/05/13 09:34 . se a(s) imagem(ns) ilustrativa(s) escolhida(s). Características do gênero a serem observadas – Cada dica deve compor um tópico. possibilitando uma leitura rápida. se os verbos referentes às orientações estão empregados no imperativo ou no infinitivo. um largou a terapia após três meses sem sucesso. chama(m) a atenção do leitor para as dicas. Internet. Veículo e suporte em que o texto será veiculado – Decidam com a classe e o professor onde divulgar as dicas: cartazes. se as orientações e as justificativas conferem com as informações do texto original. outro morreu sem se livrar da psicose. Caso alguma publicação seja consultada. se a linguagem está de acordo com a norma-padrão da língua. e o texto deve ser sucinto. o neurologista Sigmund Freud publicou relatos da terapia de seis pessoas com distúrbios mentais que se tornaram os pilares da psicanálise. Revisão e r e e s c r i ta Façam primeiramente um rascunho do texto. sim. promover o desenvolvimento do paciente. ela deve ser indicada como fonte. se as instruções são claras e objetivas. observando: se cada dica apresenta um enunciado introdutório e justificativa da orientação dada. Façam as alterações necessárias e passem o texto para o suporte definitivo. deixou a terapia ainda com problemas. que chegou a ser considerado curado. etc. Portanto. e s c re v endo c o m expre s s i v idade A síntese e a clareza de ideias Leia estes textos: TEXTO I Freud não curou nenhum paciente No início do século 20. e. Também é interessante que haja alguma imagem chamativa para compor o texto. objetivo e direto. Também é interessante que haja imagens para chamar a atenção dos leitores. os especialistas da área dizem que isso não tira o valor da psicanálise. como o próprio Freud admitiu depois em uma carta ao pupilo Carl Jung. uma vez que três dos pacientes nem sequer foram tratados por Freud. o que pode ajudar a melhorar os sintomas de um transtorno psicológico. formado por um breve enunciado introdutório e uma frase ou duas com informações que justifiquem a instrução dada. Título – Deem um título ao conjunto das dicas. Depois releiam-no. e um terceiro paciente. como na medicina. folhetos. PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015. e sem alternância entre um modo e outro. Só que nenhum dos casos relatados é exemplo claro de cura pela psicanálise. Entretanto. já que o objetivo fundamental dela não é a cura. se houver. a coordenação em vez da subordinação.) 1. o emprego do conectivo que nessa frase resulta em ambiguidade. deixou a terapia ainda com problemas. o uso abusivo de conectivos pode tornar o texto prolixo e pouco claro. Observe que os dois textos informam a mesma coisa. Três dos pacientes nem sequer foram tratados por Freud. Por que isso ocorre? O fato de o conectivo estar mais próximo da ex- pressão seis pessoas com distúrbios mentais dá a impressão de que ele se refere às pessoas.” Conforme podemos notar. Entretanto. Como você pôde observar. (Mundo Estranho. a) Quantas frases contém o texto I? E o texto II? O texto I contém quatro frases. 2. o neurologista Sigmund Freud publicou relatos da terapia de seis pessoas com distúrbios mentais. 240 227-241-PL1-PNLD 2015. promover o desenvolvimento do paciente. Assim. de palavras que ligam orações? O texto I. nos países que os utilizam em larga escala. mas apresentam diferenças quanto à construção. e não a relatos de terapia. sim. e um terceiro paciente. que chegou a ser considerado curado. Veja outros exemplos. como ocorre na Europa. como na medicina. Qual dos dois textos é mais claro e objetivo? O texto II. 3. o que pode ajudar a melhorar os sintomas de um transtorno psicológico”. os especialistas da área dizem que isso não tira o valor da psicanálise. para obter maior clareza e síntese de ideias. Esses textos se tornaram os pilares da psicanálise. podemos optar por empregar frases curtas. sua presença nas fábricas representa uma ameaça tão grande ao emprego. lendo e comparando outros textos: TEXTO I Uma vez que cada robô substitui de 10 a 20 empregados. em que a jornada de trabalho de 40 horas vem sendo reduzida para 32 horas semanais. além de eliminar conectivos que comprometem o sentido geral do texto. nº 74. isto é.TEXTO II Thinkstock/Getty Images Freud não curou nenhum paciente No início do século 20. diz o psicanalista José Canelas. Do trio que ele de fato atendeu. Observe o conectivo destacado no seguinte trecho do texto I: “No início do século 20. orações reduzidas. o neurologista Sigmund Freud publicou relatos da terapia de seis pessoas com distúrbios mentais que se tornaram os pilares da psicanálise. que é o antecedente de que. um largou a terapia após três meses sem sucesso. “O objetivo fundamental dela não é a cura.indd 240 28/05/13 09:34 . como o próprio Freud admitiu depois em uma carta ao pupilo Carl Jung. e. b) Qual dos dois textos apresenta um número maior de conectivos. e o texto II. outro morreu sem se livrar da psicose. já estão sendo adotadas medidas que atenuem o desemprego. sete. Só que nenhum dos casos relatados é exemplo claro de cura pela psicanálise. que. faça frases curtas. depois de tanto tempo. Talvez fosse algo mais íntimo e abstrato: a perda de nós mesmos. discriminação essa que é visível nos salários mais baixos. Essa discriminação é visível nos salários mais baixos. são encarados como suspeitos apenas por serem negros. da tecnologia e dos direitos humanos neste século. a mulher e a criança. Notei que talvez tivéssemos perdido algo mais íntimo e abstrato. a fim de que) e o pronome relativo que. uma das mais comuns é a redução da jornada de trabalho de 40 para 32 horas semanais. Por isso. o médico David Capistrano constatou que o número de cesarianas está acima Sugestão: Ao coletar informações sobre partos nos hospitais brasileiros. por exemplo. imediatamente tomamos as providências necessárias para chegar ao local do acidente e atender os familiares das vítimas. Para isso. Como consequência. fazem parte do rol de doenças emergentes causadas por vírus recém-descobertos a Aids. países que os utilizam em larga escala estão adotando medidas para atenuar o desemprego. apresenta uma única frase.) b) Quando coletou informações sobre partos nos hospitais brasileiros. Observe que o texto IV. Nele foi evitada a subordinação excessiva. imediatamente tomamos as providências que se faziam necessárias. Folha de S. como as que são introduzidas pelas conjunções coordenativas pois e por isso. o Brasil ainda é cenário dos mais variados tipos de discriminação contra o negro. buscando maior clareza e síntese. fazendo uso de orações reduzidas. 241 28/05/13 09:34 . o que resulta em os negros. o Brasil ainda é cenário dos mais variados tipos de discriminação contra o negro. a fim de que se chegasse ao local do acidente e a fim de que se atendessem os familiares das vítimas. (Fátima Fernandes. a) “Além do Ébola. Talvez não fossem apenas as marcas do tempo. como a diarreia e a salmonela. pois cada um deles substitui de 10 a 20 empregados. Se necessário. já visíveis nas rugas do rosto ou nos cabelos brancos. empregue orações reduzidas Sugestão: … A mutação de microou conjunções coordenativas. como nós mesmos. tal como o texto III. exer c í c io s c. sinal evidente dos interesses econômicos existentes na área da Saúde. evite a excessiva subordinação e a repetição de conjunções. Na Europa. organismos provoca outro fenômeno incômodo para as autoridades sanitárias: a volta de doenças como a diarreia e a salmonela. a ‘síndrome da vaca louca’ e a hepatite C. notei que algo se modificara nesses anos passados.indd 241 do normal e que isso só comprova que as cirurgias de parto se tornaram um bom negócio. que já se faziam notar nas rugas do rosto ou nos cabelos brancos. antes sob controle e de fácil combate e agora novamente letais. Adaptado. o texto IV evita conjunções (assim que. o texto IV apresenta maior clareza e síntese. Paulo. serem encarados como suspeitos apenas por serem negros.) d) Assim que nos vimos. Folha de S. Ao recebermos a informação da queda do avião. na dificuldade de obter emprego por causa da cor da pele ou na omissão dos poderes públicos.” (texto original de Gilberto Dimenstein) Dê uma nova redação aos parágrafos. os negros. Sugestão: Ao nos vermos. por exemplo. depois de tanto tempo. as frases são curtas e há o emprego de orações coordenadas.Rodrigo Paiva/Folhapress TEXTO II A presença de robôs nas fábricas é uma amea­ ça ao emprego. o médico David Capistrano chegou à conclusão de que o número de cesarianas está acima do normal. com orações subordinadas. por exemplo. Paulo. c) “Apesar dos avanços da ciência. Contudo. e que voltam a ser letais.” (Gilberto Dimenstein. Compare agora estes dois textos: TEXTO III TEXTO IV Assim que recebemos a informação da queda do avião.” (Daniela Falcão. da tecnologia e dos direitos humanos neste século. na dificuldade de obter emprego por causa da cor de pele ou na omissão dos poderes públicos. A mutação de micro-organismos provoca outro fenômeno que incomoda as autoridades sanitárias: a volta de doenças que já estavam sob controle e que eram de fácil combate. Como resultado. Sugestão: “Apesar dos avanços da ciência. PRODUÇÃO DE TEXTO 227-241-PL1-PNLD 2015. notei que algo se modificara nesses anos que nos separavam. a mulher e a criança.) Observe que o texto II apresenta maior clareza de ideias. e que talvez não fossem apenas as marcas do tempo. aos poucos foi surgindo na colônia um grupo de pessoas cuja formação intelectual acontecia em Portugal — geralmente advogados. religiosos ou homens de letras.indd 281 28/05/13 10:01 . ganhando características próprias. de uma realidade de violência. Entretanto. Essa elite foi responsável pelo nascimento de uma literatura brasileira. Tratava-se de um centro de comércio relacionado à exploração da cana-de-açúcar. como as que se veem na poesia do baiano Gregório de Matos. o Barroco brasileiro nasceu e se desenvolveu em condições bastante diferentes. que se voltou principalmente às exigências de um público aristocrático. Poucos entre eles sabiam ler e escrever. O Barroco no Brasil Diferentemente do Barroco europeu. Século XVII.LiterAturA Fa bio Co lo m bin i cAPÍtuLo 7 Teto da Igreja São Francisco de Assis. O Brasil era o grande celeiro da cana-de-açúcar. Não se via aqui o luxo e a pompa da aristocracia europeia. em que se escravizava o negro e se perseguia o índio. como público consumidor. Ouro Preto. que. A realidade brasileira era então muito diferente da portuguesa. apreciava e estimulava o refinamento da arte. pintada por Athayde. inicialmente frágil. Os colonos portugueses que vinham para cá estavam interessados na exploração desse produto e no enriquecimento rápido. 281 281-286-PL1-PNLD 2015. presa a modelos lusitanos e sem um público consumidor ativo e influente. na maioria filhos de comerciantes ricos ou de fidalgos instalados no Brasil. dedicando-se às sátiras e aos poemas erótico-irônicos. ed. 2. quando. ainda. Nasceu em Salvador. p. saiu pelo Recôncavo baiano como cantador itinerante. deu seus primeiros passos no país. em decorrência da descoberta do ouro em Minas Gerais. um poema que procura imitar Os lusíadas. ao seguir e ao mesmo tempo quebrar os modelos barrocos europeus. tinham em vista principalmente o enriquecimento rápido. Portugal. tornou-se juiz e ensaiou seus primeiros poe­ mas satíricos. O Barroco no Brasil ganhou grande impulso entre 1720 e 1750. Literatura brasileira — Dos primeiros cronistas aos últimos românticos. ao afrontar com comportamentos considerados indecorosos os valores e a falsa moral da sociedade baiana de seu tempo. para moralizar a população por meio dos princípios da religião ou. Irreverência e esquecimento Gregório de Matos primou pela irreverência. Aqueles que escreviam encontraram na literatura um instrumento para criticar e combater essa mentalidade.. Salvador. esse desenvolvimento só aconteceu no século XVIII. e não o enraizamento na Colônia para a construção de uma nova vida social. morreu em Recife. Depois de se casar com Maria dos Povos e exercer a função de advogado. quando foram fundadas várias academias literárias por todo o país. criticando os mais diferentes grupos sociais — governantes. 1995. —.] os colonos que para aqui se dirigiam. São Paulo: Edusp/ FDE. foi perseguido pelo governador baiano Antônio de Souza Menezes. como poeta satírico. 282 281-286-PL1-PNLD 2015. comerciantes. além de palavras de baixo calão. Antônio Vieira. exerceu os Igreja São Francisco de Assis. Nas artes plásticas.indd 282 28/05/13 10:01 . de Bento Teixeira. impedido de entrar na Bahia. cujas origens aqui se confundem com as da nossa própria literatura. Bahia. Não havia sentimento de grupo ou de coletividade: a literatura produzida em meio ao espírito de aventura e de ganância da mentalidade colonialista foi fruto de esforços individuais. ao denunciar as contradições da sociedade baiana do século XVII. os modelos literários portugueses chegaram ao Brasil.) Gregório de Matos: adequação e irreverência Edson Grandisoli/Pulsar Imagens n  a poesia: Gregório de Matos. porém sempre se recusou a vestir-se como clérigo. onde cursou Direito. Foi irreverente como pessoa.. Bento Teixeira. como poeta lírico. Por isso o tempo que tiravam para “fazer a América” — expressão eufemística para a busca do enriquecimento — e o deslocamento para o Novo Mundo eram interpretados por eles como períodos e “lugares” em que mais coisas eram permitidas do que na rotina da vida europeia. etc. o Braço de Prata. A obra considerada tradicionalmente o marco inicial do Barroco brasileiro é Prosopopeia (1601). estudou no Colégio dos Jesuítas e depois em Coimbra. para dar vazão a sentimentos pessoais profundos. e o Barroco. portanto desajustados na sociedade europeia. Retornando ao Brasil. construíram-se igrejas de estilo barroco no país. mulatos. Sebastião da Rocha Pita e Nuno Marques Pereira. 95-6. (Luiz Roncari. para retornarem logo a Portugal. se não eram degredados. Os escritores barrocos brasileiros que mais se destacaram são: A sedução do novo mundo [. em 1681. numa linguagem que agrega ao código da língua portuguesa vocábulos indígenas e africanos. escravos. Botelho de Oliveira e Frei Itaparica. Voltou doente ao Brasil e. Gregório de Matos (1633?-1696) é o maior poeta barroco brasileiro e um dos fundadores da poesia lírica e satírica em nosso país.Apesar disso. o que lhe custou alguns anos de exílio em Angola. na prosa: Pe. Devido às suas sátiras. fidalgos. cargos de tesoureiro-mor e de vigário-geral. ROSA TUMULTUADA a t te a n da a doro i tu ro m ultu sa n i (Manuel Bandeira. o poeta chegou a ser um dos precursores da poesia moderna brasileira do século XX. 2. Por isso. o nosso primeiro poeta “participante”. De Anchieta aos concretos. quando então foram reunidos em livro por Varnhagen. além de ter iniciado uma tradição entre nós.] Gregório é o nosso primeiro poeta “popular”. na Bahia.. 279. no. como Gôngora. São Paulo: Companhia das Letras. Não era considerada expressão da individua­li­dade de um artista ou sua propriedade intelectual. Estrela da vida inteira. Camões e Sá de Miranda. te. ro. 1970.) LITERATURA 281-286-PL1-PNLD 2015. com audiência certa não só entre intelectuais como em todas as camadas sociais. vel. Antes de julgar Gregório de Matos. Antes disso.indd 283 Gregório de Matos: um plagiador? O poeta baiano foi muitas vezes acusado de plágio. 2003. Antes do século XIX. huma afá to. São Paulo: FTD. Re cien benig e aplausí Úni singular ra inflexí co. houve algumas compilações de valor discutível. (Mário Faustino. pois os copistas nem sempre seguiam critérios científicos para realizar esse tipo de trabalho. a semelhança de procedimentos existente entre o seguinte poema de autoria dele e um poema de Manuel Bandeira (poeta do século XX): Dou pruden nobre. tanta er Po de tod est terr é gent is a a a Da ma remot sej um (Gregório de Matos. De fato. é necessário lembrar que. Apesar desses problemas. Rio de Janeiro: José Olympio. superou os limites do próprio Barroco.. vel Magnífi precla incompará Do mun grave Ju inimitá do is vel Admira goza o aplauso crí Po a trabalho tan et terrí is to ão vel Da pron execuç sempre incansá Voss fa Senhor sej notór a ma a ia L no cli onde nunc chega o d Ond de Ere só se tem memór e bo ia Para qu gar tal. chamar brasileiro. até meados do século XIX. p. na época em que ele viveu.) Pelo fato de não ter publicado nenhuma obra em vida. Em pleno século XVII. dependendo da edição consultada. e consciente aproveitador de temas e de ritmos da poesia e da música populares. 1993.A fundação da poesia brasileira O “Boca do Inferno” é o primeiro poeta de verdade que se pode. é preciso supor que talvez ele tivesse a intenção de apenas traduzir esses poemas. sem hesitação. no sentido contemporâneo. p. muitos dos poemas atribuídos a ele não passam de traduções ou adaptações para o português de poemas de outros escritores. era comum um pintor ou um poeta imitar outro. como exemplo desse pioneirismo. Quevedo. como meio de absorver-lhe as técnicas. há controvérsias sobre a autoria de alguns dos poemas atribuídos ao poeta baiano e é comum os textos apresentarem algumas variações de vocabulário ou de sintaxe. Poesias selecionadas.) 283 29/05/13 17:40 . [. ed. Além disso. a autoria tinha um significado diferente do que tem hoje. 56. a obra de Gregório de Matos vem sendo reconhecida como aquela que. porém. 61. p. seus poemas foram transmitidos oralmente. Veja. ora líricos. 1968. a filosófica e a religiosa. Organização de Emerson Tin. Antonio Candido e J. Nasceste de um acaso não pensado. crer. com asas coladas com cera.) beldade: beleza. não é. Observe estes sonetos: Enquanto pois produz. seus atritos com os poderosos. zênite: auge. arremessar. Que eu te mando de casa despedido. Sem a noite encontrar da sepultura. ora eróticos. o que é verdura. (In: Presença da literatura brasileira. A lírica Discreta e formosíssima Maria. Que passado o zênite da mocidade. Pode-se dizer que o filme retrata o surgimento de uma nação. Porque sendo de uns olhos bem nascido. 80. e com atores como Ruth Escobar. Adeus. fiar: confiar. E na boca a mais fina pedraria: Gozai. v. no papel de Gregório de Matos. gozai da flor da formosura. que leva normalmente a um sentimento de culpa no plano espiritual. entre outros. É cada dia ocaso da beldade. vão pensamento. E às mãos morreste de um desesperado. 1. São Paulo: Difel.A vida de Gregório de Matos tinha tudo para virar cinema: sua experiência como padre. Foste com desapego mal tratado. ora satíricos. 2008.. Aderaldo Castello. vão compondo os rumos da obra poética e da vida pessoal que levaram Gregório de Matos ao exílio e ao abandono. p. E criou-te um olhar pouco advertido: Cresceu-te o esperar de um entendido. atirar. De onde te arrojou teu voo ardente. anoitecer. (In: Antologia da poesia barroca brasileira. porém. a Deus cuidado. Ícaro foste. enquanto cria Essa esfera gentil. tocha. p. se sobra a formosura. E na rosada face a aurora fria: Ricardo Dantas Gregório de Matos cultivou três vertentes da poesia lírica: a amorosa.. culminância.indd 284 28/05/13 10:01 . brandão: vela. Antes que o frio da madura idade Tronco deixe despido. biográfico. sua vida devassa. o Brasil. fugiu do labirinto de Creta e morreu porque a cera derreteu ao se aproximar do Sol. a diretora costurou um roteiro a partir de versos do poeta que. Como poeta lírico. que atrevidamente Te remontaste à esfera da Luz pura. adequou-se aos temas e aos procedimentos de linguagem frequentes no Barroco europeu. suas paixões. acreditar. 75-6. Contando no elenco com o poeta Waly Salomão. mina excelente No cabelo o metal mais reluzente. Reprodução Gregório de Matos no cinema Gregório de Matos. Ícaro: personagem da mitologia grega que. Porque nesse brandão dos céus luzente Falta a razão. Fiar no sol é irracional loucura. ocaso: crepúsculo. Marília Gabriela e Xuxa Lopes. Enquanto estamos vendo claramente Na vossa ardente vista o sol ardente. São Paulo: Nacional/Lazuli. arrojar: arrastar. apogeu. A lírica amorosa é fortemente marcada pelo dualismo amoroso carne/espírito. O filme Gregório de Matos.) 284 281-286-PL1-PNLD 2015. dirigido por Ana Carolina. a ambição amorosa provoca a queda do eu lírico. Leia. bem é verdade. o arrependimento. LITERATURA 281-286-PL1-PNLD 2015. o apelo por perdão. que todo me há vencido. Abraços. comparativamente. Vaidade. do imperativo “dai-me” e da declaração devocional do último verso. L EITUR A Fabio Colombini/Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. nos quais o eu lírico também se dirige a Cristo pedindo a salvação: 285 28/05/13 10:01 . Luz. em atitude de confissão. E scultura de Aleijadinho. associadas ao sol. em relação a delinquido ou ofendido? arrependido c) Esse compromisso do eu lírico implica um compromisso de Cristo. que atraem a atenção do eu lírico por sua beleza e juventude. Delinquido vos tenho. que encaminha à vaidade. o eu lírico faz um jogo com dois verbos que revelam seu pecado. a idealização cede lugar ao desejo e ao convite à amada para aproveitar sua beleza e juventude. fazendo uso de temas como o amor a Deus. a mulher é apresentada de forma idealizada. E também poemas em que predomina a consciência da transitoriedade da vida e do tempo e da instabilidade das coisas do mundo e do homem. A lírica religiosa obedece aos princípios fundamentais do Barroco europeu. dai-me abraços. ao amanhecer. MG Ofendi-vos. a salvação. sua descrição física serve-se de imagens elevadas. às joias. o eu lírico dirige-se diretamente a Cristo. p. 45. sugerida pelo mito de Ícaro. Congonhas do Campo. A língua empregada é culta e apresenta inversões e figuras de linguagem abundantes. a) Como o eu lírico se coloca diante de Cristo? Humilde. enormidade: ação descabida. os olhos da mulher dão origem ao pensamento amoroso. absurda. Na lírica filosófica. No primeiro. e arrependido. Jesus. 2. De coração vos busco. dois tercetos da lírica religiosa de Gregório de Matos. hei delinquido: tenho cometido delitos. antes que chegue a “madura idade”. Jesus. Amor. o eu lírico continua sua confissão. No segundo texto. (In: Antologia da poesia barroca brasileira. meu Deus. 1. Meu Deus. 3. Ofendido vos tem minha maldade. A salvação pretendo em tais abraços. barbaridade. No texto. No primeiro texto. falando de si mesmo. gerando um sentimento de culpa e. a que gênero textual se assemelha o poema? A uma oração. e ofendido. a) Ele se confessa “vencido” e diz que quer “verse vencido”. Arrependido a tanta enormidade. a culpa. Na segunda estrofe. a seguir. o pecado e o perdão. Levando em conta a presença do vocativo “Meu Deus”. e pensar em amá-la é como desejar ambiciosamente possuir o Sol. numa clara postura de carpe diem. Quais são os verbos? ofender e delinquir c) Que característica pessoal o eu lírico apresenta como causa do seu pecado? Sua maldade. tenho come-­ tido atos ofensivos. 4. destacam-se textos que se referem ao desconcerto do mundo (lembrando diretamente Camões) e às frustrações humanas diante da realidade. cit. Quais são os agentes dessas duas pela vaidade e ver-se vencido por Cristo (de expressões? Vencido maneira implícita).indd 285 Arrependido estou de coração. b) Na primeira estrofe. Qual? O acolhimento. Vencido quero ver-me.Em ambos os textos. que claro me mostra a salvação. em ambos os casos. na poesia de temática religiosa. Misericórdia. que me rendem vossa luz. que hei delinquido. No segundo texto. Assim.) b) Que palavra dessa estrofe constitui uma antítese. desenrola-se o drama amoroso do Barroco: o apelo sensorial do corpo e a angústia de aproveitar os dias se contrapõem ao ideal religioso. Maldade. É verdade. Qual é a importância desse recurso para a argumentação que o eu líduas partes do soneto (a confissão e rico faz junto a Cristo? Nas o pedido de perdão). século XVII. particular Conhecido também como “Boca do Inferno”. têm caráter conceptista os dois tercetos da questão 4. brasileira. real. molhos: maus administradores. ca. o eu lírico lança mão da anadiplose como meio de enfatizar as ideias e envolver o interlocutor (Cristo). a exploração praticada pelos colonizaFicamos sem tostão. Cristo perderá sua glória se não fragmento? No o salvar. repleta de termos indígenas e africanos (que refletem o bilinguismo ou o trilinguismo da época). macuta: moedas. Carybé/ Col. quem o dinheiro nos arranca. os olhos”. cit. que levaria ainda um século para abrir os olhos. e não somente pelos temas escolhidos. os olhos.) Mui grande é o vosso amor. e teimosos.) O eu lírico busca sua salvação por meio da argumentação. s. / Nos arrancam as mãos. que consiste em um encadeamento de palavras. e meu delito. você diria que o texto é cultista ou conceptista? É predominantemente cultista. Gregório de Matos é Tristes sucessos. Perder na vossa ovelha a vossa glória. A sátira constitui uma das partes mais origiNos arrancam as mãos. e não queirais. E não o vosso amor. os Nem prevemos tampouco as esperadas. Gregório emprega na sátira uma língua portuguesa diversificada. quem o dinheiro nos arranNinguém vê. o poeta De outros que estão por vir mais estranhosos: não poupou na sua linguagem nem palavrões nem Sentimo-nos confusos. a língua. Senhor. feito de modo que um termo empregado no final de um verso dá início ao verso seguinte. Com base no que aprendeu até aqui acerca da linguagem barroca. a língua. sintetizadas nos dois últimos versos: “E é que. nem faladas. A casa de Beto (1996). que contribuem para o rebuscamento da forma e a ornamentação exagerada do estilo. a ovelha desgarrada. São Paulo: Cultrix. 286 281-286-PL1-PNLD 2015. alusão a parábola. mas também pela percepção crítica da exploração colonialista empreendida pelos portugueses na colônia. No soneto em estudo. pastor divino.d. novelos. Observe o soneto ao lado. como a inversão e a repetição de termos. que é infinito.indd 286 28/05/13 10:01 . (In: Antologia da poesia barroca brasileira. assim. Além disso. o eu lírico usa o argumento de que o amor divino é infinito. ninguém fala. p. branca. Criticava o governador. 5. Porém pode ter fim todo o pecar. 47. principalmente pelo emprego de figuras sintáticas. ao passo que o pecar é finito.) padrões preestabelecidos pelo Barroco português ou ibérico e se volta para a realidade baiana do tostão. da Bahia. 44. comerciantes. b) E no segundo fragmento? No segundo fragmento. Pode. real nem branca. em que há silogismo. em razão de suas sátiras. nem impugna. de seu tempo. A exemSão. 46. p. Organização de José Miguel Wisnik. pois foge aos (Poemas escolhidos. os mulatos. com os gritos de revolta dos inconfidentes mineiros. correão. nais da poesia de Gregório de Matos. ser considerada poesia dinheiro de pouco valor. um dos principais e mais ferinos representantes da Desgraças nunca vistas. 6. de palavrões. os negros. ó Bahia! vésperas choradas plo de certos trovadores da Idade Média. Por essas razões é que a poesia de Gregório de Matos — ao abrir espaço para a paisagem e a língua do povo — talvez seja a primeira manifestação nativista de nossa literatura e represente o início do longo processo de despertar da consciência crítica nacional. é empregada uma figura de linguagem chamada anadiplose. Cobrai-a. jogo de ideias. (In: Idem. gírias e expressões locais. literatura satírica em língua portuguesa. dores e a censura exercida contra os críticos dos Macutas. Por outro lado.Eu sou. o clero. Nele Gregório de Matos descreve a situação política e econômica Levou-vos o dinheiro a má fortuna. p. brasileira. críticas a todas as classes da sociedade baiana Pois não damos remédios às já passadas. E é que. Como que estamos delas desejosos. casos lastimosos. A sátira a) De que argumentos ele lança mão no primeiro primeiro fragmento. etc. Acesso em: 4/4/2012.) 296 296-302-PL1-PNLD 2015.LíNgUA: UsO E REfLExãO Le s si ng /A CAPíTULO 9 lbu m/ L at i ns to c k /M usé eN atio nal d’A r t Mo derne .html. P a r is Undine ou a dança (1913).indd 296 28/05/13 09:59 .blogspot. de Arnaldo Antunes: (Disponível em: http://arnaldoantunes. Ce n tr e Pomp id ou.com/2010/08/o-que. A expressão escrita: acentuação CONsTRUINDO O CONCEITO Arnaldo Antunes Leia este poema. de Francis Picabia. as paroxítonas terminadas em a não são acentuadas”. a distinção entre elas é feita por meio do acento gráfico.1. Logo. A reforma ortográfica de 2009 Em 2009. Veja. Portugal. elas variam quanto à acentuação e à posição da sílaba tônica. artificial. Se retirarmos os acentos das duas palavras. Cabo Verde. de naturezas distintas: o tônico e o gráfico. 2. fazem pensar na fragilidade da máscara. que os alunos deduzam princípios como “As oxítonas terminadas em a são acentuadas. somente a partir de 2016 as alterações constantes no acordo passarão a ser obrigatórias. LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 296-302-PL1-PNLD 2015. Na fala. ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba. você viu a oposição entre máscara e mascara. Timor Leste e São Tomé e Príncipe.   na pronúncia das palavras. brasileiros. Posição da sílaba tônica máscara proparoxítona Classe morfológica substantivo simples comum 3. que sentido o poema constrói? A afirmação remete ao fato de que uma máscara é algo falso.5% das palavras. elas continuam sendo termos existentes na língua portuguesa. Guiné-Bissau. as palavras da nossa língua têm dois tipos de acento. entrou em vigor no Brasil o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa assinado em 1990 pelos países lusófonos: Brasil. a sílaba tônica. assim. você deve ter observado que:   algumas palavras têm acento gráfico e outras não. O acento tônico corresponde à maior intensidade sonora com que se pronuncia uma das sílabas das palavras. que esconde a verdadeira identidade. Para nós. Angola. possíveis confusões quanto à leitura e à compreensão de certas palavras. b) à sílaba tônica de cada uma? Professor: Espera-se. evitar. as proparoxítonas terminadas em a são acentua­das. rasgará e rasgara tenham três sílabas e terminem em a. ela vai se rasgar e revelar a verdadeira face de quem se esconde por trás dela. A partir da tabela que você montou. na escrita. a classificação da palavra máscara. a) De que material são constituídas as letras que compõem as palavras? Recortes de jornal e/ou revista. como as palavras têm a mesma grafia. Na palavra máscara. O poema é composto por duas palavras. neste momento. da maneira como estão formadas. Na escrita. elas diferem por causa da oposição observada em dois pares de fonemas: /m/ e /R/ e /k/ e /g/. Para chegar ao acordo. Moçambique. 2a. essas palavras distinguem-se pela maior intensidade sonora com que se pronuncia a sílaba tônica. Que diferenças as palavras apresentam entre si quanto: a) aos fonemas que as constituem? Fonologicamente. a sílaba tônica é a última. levando em conta os critérios de tonicidade das sílabas e classificação morfológica. sendo formadas por pedaços de papel rasgado. a) Desenhe em seu caderno uma tabela como a seguinte e distribua nela as palavras mascara. rasgará e rasgara. Assim. mascara. tente deduzir algumas regras de acentuação. No estudo do poema.indd 297 297 07/06/13 14:20 . a sílaba tônica é a antepenúltima. as mudanças foram pequenas e afetaram apenas 0. ideia reforçada pelas letras que. Observe novamente o poema. todos os países tiveram de fazer algumas concessões. O acento gráfico é um sinal utilizado para indicar a sílaba tônica de certas palavras. Contudo. como modelo. b) Embora as palavras máscara. O papel do acento gráfico é. mascara paroxítona rasgará oxítona rasgara paroxítona CONCEITUANDO verbo no presente do modo indicativo verbo no futuro do presente do modo indicativo verbo no pretérito mais-queperfeito do modo indicativo Ao ler o poema e responder às questões sobre ele. ora a outra. b) Levante hipóteses: Ao associar as palavras máscara e rasgará. em rasgará. lhe. i(s). Acentuam-se as paroxítonas terminadas em l. isso quer dizer que um livro publicado em Moçambique ou em Portugal pode ser lido no Brasil ou em Angola sem causar estranhamentos. ps: dócil hífen açúcar ônix ímã(s) órfão(s) júri(s) jóquei(s) álbum álbuns vírus bíceps De acordo com a reforma ortográfica. ói(s): Amapá babás até vocês capô paletós também armazéns anéis chapéu(s) herói(s) 3.Alamy/Other Images Entre as vantagens da reforma ortográfica. um(uns). Além do aspecto fonético. São monossílabos átonos as preposições. boia. 3. são tônicos. n. e(s). três. Os monossílabos átonos. 298 296-302-PL1-PNLD 2015. enquanto os monossílabos átonos só assumem significado quando estabelecem relação entre outras palavras. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em a(s). ideia. o(s) e em(ens) e nos ditongos abertos éi(s). por exem­plo. está a unificação do sistema de escrita da língua. Regras de acentuação gráfica 1. os artigos e alguns pronomes oblíquos. ei(s). heroico. por terem intensidade sonora fraca. as conjunções. mas. diferenciam-se também pelo significado: os monossílabos tônicos têm significação própria. pela Internet. Os monossílabos que pertencem às classes dos substantivos. 2. 2. má. Cursos a distância. o(s) e em ditongos abertos éi(s). advérbios. r. Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em a(s). também foram beneficiados. em Moçambique. dá. adjetivos. etc. me. de. o. ã(s). éu(s). Por exemplo: flor. nos.. não se acentuam os ditongos abertos ei e oi nas palavras paroxítonas: assembleia. us. acabam por apoiar-se em outras palavras tônicas. ão(s).indd 298 28/05/13 09:59 . como. x. além de alguns pronomes. Praia de Vilankulo. Na prática. éu(s) e ói(s): pá – pás pé – pés pó – pós méis céu – véus mói – sóis O que são monossílabos tônicos e monossílabos átonos? 1. C  hamam-se monossílabos tônicos as palavras de uma única sílaba que têm intensidade sonora forte. e(s). não se acentuam os hiatos oo e ee: enjoo. O verbo pôr é acentuado para diferenciar-se da preposição por: Vou pôr a mesa imediatamente. a vogal i tônica não é acentuada: rainha. manter. ler. ver e dar: ele crê — eles creem     ele lê — eles leem    ele vê — eles veem    ele dê — eles deem e x erc í cio s 1. No texto a seguir. baiuca. bainha. coo. Ontem ele não pôde assinar os documentos. Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas: lâmpada   cédula   público 5. sagui. entretanto. A forma verbal pôde (pretérito perfeito) diferencia-se de pode (presente do indicativo) por meio do acento circunflexo: O trema caiu De acordo com a reforma ortográfica. apesar de serem monossílabos tônicos terminados em -em. reescreva essas palavras. foram propositalmente omitidos os acentos gráficos de algumas palavras. Acentuam-se as vogais i e u tônicas dos hiatos. etc. tainha. Não se deve confundir o plural dos verbos citados com o dos verbos crer. por exemplo. Vem ou vêm? Tem ou têm? Intervém ou intervêm? 1. recebem o acento circunflexo para diferenciarem-se da 3ª pessoa do singular: ele vem — eles vêm     ele tem — eles têm Os verbos derivados de ter e vir. Acento diferencial De acordo com a nova reforma ortográfica.. em seu caderno. tranquilo.indd 299 299 28/05/13 09:59 . Os verbos vir e ter na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo. Na 3ª pessoa do plural. obedecem à regra das oxítonas. por não serem monossílabos. seguidas ou não de s. o trema deixou de existir na língua portuguesa. intervir. LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 296-302-PL1-PNLD 2015. hoje se grafam: frequente. como deter. reter. usa-se o acento circunflexo para a diferenciação: ele intervém — eles intervêm     ele mantém — eles mantêm 2. convir. Leia o texto integralmente e. Assim.4. levando em conta as regras de acentuação da língua portuguesa. comente com os alunos que. A sobremesa foi feita por mim. de acordo com a reforma ortográfica. não se acentuam as vogais i e u tônicas precedidas de ditongo das palavras paroxítonas: feiura. Professor: Se julgar conveniente. aguentar. releem. voo. nas palavras oxítonas e paroxítonas: aí   baú   sanduíche   graúdo   país Exceção: Quando seguida de nh na sílaba seguinte. deem. veem. Sem acento. trata-se da 3ª pessoa do singular do modo imperativo ou do presente do modo subjuntivo do verbo hospedar. afirmou Tom Bara­ ´ nowski. Entre as palavras da tabela. José Eduardo Camargo tráfego Massaguaçu Mococa (Disponível em: http://noticias.uol. em que nem ´ sempre e´ viavel brincar na rua. 300 296-302-PL1-PNLD 2015. A palavra é hospede. Somente as oxítonas terminadas pelas vogais a. da Baylor College of Medicine (Texas. Identifique essa palavra e descreva a diferença morfológica e semântica entre a forma com acento e a forma sem acento.blogspot.) José Eduardo Camargo trafégo Massaguaçú Mocóca 2.com/vestibular-e-concursos/ fotos/r7-corrige-placas-com-erros-de-portugues-pelobrasil-20110620-23. com/2010_11_01_archive.r7. Identifique as palavras que foram grafadas inadequadamente e. Crianças que jogam video­games ditos “ativos” em um Nintendo Wii não ´ realizam mais atividades fisicas mo­ deradas ou vigorosas do que aquelas ´ que jogam titulos nos quais ficaram ´ segundo um estudo sentadas no sofa.com. html#fotos. Somente as paroxítonas terminadas em l.) 2.) ´ ´ Alguns pesquisadores de saude pu­ blica tinham esperança de que os video­ games ativos servissem como alternati­ va a brincadeiras ao ar livre e esportes [.Todas as proparoxítonas são acentuadas. fica hóspede. ã.indd 300 07/06/13 14:21 . lider da equipe de pesquisa do Baylor. ps e ditongo são acentuadas. em seu caderno. e. n. (Disponível em: http://www1.html. Acesso em: 4/4/2012. “Francamente. r.. tenis e dança virtuais de vi­ deogames podem não estar ajudando as crianças a satisfazerem suas necessida­ ´ ´ des diarias de exercicios.html. Estudo mostra que jogar Wii ´ não eleva atividade fisica de criança ˆ Boxe. que é substantivo. EUA). 3. shtml. há uma que pode ser escrita da maneira como aparece na placa. construa uma tabela. x. i. o. Veja. um. acrescentou. como aparece na placa. r7. como modelo. ficamos chocados ao constatar que não existe qualquer diferença”. significando “aquele que se hospeda”.br/ equilibrioesaude/1054553-estudo-mostra-quejogar-wii-nao-eleva-atividade-fisica-de-crianca. porém com outro significado.com/vestibular-e-concursos/ fotos/r7-corrige-placascom-erros-de-portuguespelo-brasil-20110620-1. identificando os desvios quanto à acentuação e a regra que não foi levada em conta. ´ “Esperavamos que jogar videoga­ mes pudesse de fato resultar em ele­ ´ ´ vação consideravel da atividade fisica das crianças”. Em especial.. Leia as placas a seguir e responda às questões de 2 a 4. Com o acento. Acesso em: 4/4/2012. Acesso em: 4/4/2012.].folha. Reprodução Chris Ryan/Glow Images (Disponível em: http://noticias. aquelas que vivem em bairros pouco seguros. Acesso em: 4/4/2012. u.) (Disponível em: http://caraguablog. ão. em (seguidas ou não de s) são acentuadas. a palavra hóspede: Palavra na placa hospede Grafia padrão hóspede Regra de acentuação não respeitada Todas as proparoxítonas são acentuadas. Bob Thaves/Universal Uclick for UFS Leia esta tira. na escrita. a personagem que fala faz um comentário sobre a acentuação de palavras na língua portuguesa. LÍNGUA: USO E REFLEXÃO 296-302-PL1-PNLD 2015. Leia estas palavras. Já no caso de vazios. 2. desse modo. Quando lemos. Na sua opinião. etc. entretanto. Assim. grosseira. Quando ouvimos. Portanto. por que ela emprega o sujeito (os cágados) no plural? b) Que palavra desse comentário exclui os demais usuários da língua portuguesa? A palavra só. os sinais adequado do acento gráfico na palavra que de acentuação cumprem o papel de distinguir. as vogais i e o estão em sílabas diferentes. A palavra obrigatória é acentuada porque é uma paroxítona terminada em ditongo. mágoa/magoa. distinguimos com facigem não deseja ser designada por essa outra lidade uma sílaba tônica de uma sílaba átona. b) Como se classifica essa palavra quanto à posição da sílaba tônica? proparoxítona Para que serve a acentuação? c) Há uma palavra paroxítona que é parônima de A acentuação serve para auxiliar a reprecágado. visto que a semivogal i e a vogal a constituem um ditongo. em vazios a sílaba tônica é zi e a palavra não deve ser acentuada. a) De acordo com o contexto. empregadas em uma placa: Tendo em vista que as duas palavras são terminadas em -ia/-io. por que a personasentação escrita da linguagem. explique por que só uma delas deveria ser acentuada. d) A preocupação da personagem é o emprego o que pode dificultar a leitura. sem a noção exata de sua importância. palavra? Porque se trata de uma palavra chula. Você sabe que. ninguém vai confundir essa palavra com a forma homônima dela. público/pue) Que recurso da escrita permitiu ao cartunista blico. tal como está grafada na tira. na escrita. isso não é tão fácil. de que maneira os demais usuários acentuam as palavras? Despreocupada ou mecanicamente. Porque.) 1. ao ouvir cágado. como secretária/secrepreocupação é absurda. constituindo um hiato. 2d. As regras de acencriar o humor na tira? tuação gráfica. Paulo. o papel do acento gráfico é evitar possíveis confusões quanto à leitura e à compreensão das palavras. a) A palavra cágados. baba/babá. deixa o leitor em dúvida quanto ao seu sentido? Por quê? Não. Na tira. taria. palavras de grafia idêntica mas de designa sua espécie. na opinião da personagem. ainda que se trate também de uma paroxítona. A A C E N T U A Ç Ã O N A C O N S T R U Ç ão d o te x to Frank Ernest. Porque o sujeito se refere a toda a espécie dos cágados.obrigatória(s) vázio(s) Reprodução 4. 21/1/2006. refere-se aos animais que são as personagens da tira. ofensiva. porque está grafada de acordo com as regras de acentuação da língua portuguesa e. Explique por que essa tonicidade diferente. c) Portanto.indd 301 301 07/06/13 14:21 . de Bob Thaves: (O Estado de S. quanto a hiatos em oo e ee: voo e leem. Quais são essas regras? b) Cite mais duas palavras — que antes eram acentuadas e agora deixaram de ser — para exemplificar alterações introduzidas pela reforma ortográfica. respectivamente. Explique por que. a) O cartunista se refere a três novas regras do Acordo Ortográfico. b) Por que essas palavras são acentuadas? Elas são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em -ps. a) Considerando-se o contexto e essa informação. para responder às questões de 1 a 4. vê-se o resultado da dieta prescrita: um músculo se desenvolveu — o pânceps. Sugestões: Quanto a trema: frequente e aguentar. céu e mói.indd 302 28/05/13 09:59 . Paulo. como réis. de Adão Iturrusgarai. a eliminação do acento dos ditongos abertos ei e oi das paroxítonas e a eliminação do acento circunflexo dos hiatos oo e ee. A personagem da tira é um dos membros da Família Bíceps. porque se compõe de alimentos muito calóricos e bebida alcoólica (cerveja). Marcel foi submetido a uma “dieta sedentária”. No 2º quadrinho. No último quadrinho. b) A partir de que palavras ela foi criada? A partir de pança e do final de bíceps/tríceps/quadríceps. 4. tríceps e quadríceps referem-se a determinados músculos que têm. 2. de Caco Galhardo: A supressão do trema das palavras de língua portuguesa. b) Por que motivo provavelmente Marcel está internado numa clínica para viciados em ginástica? Provavelmente porque fez exercícios físicos em excesso. c) Bíceps. como provavelmente se caracterizam os memsão pessoas preocupadas com o aspecto físico e que fazem muita ginástica para desenvolver a musculatura e ter um bros dessa família? Provavelmente corpo saudável. de acordo com o contexto. parece que a dieta prescrita estava dando os resultados esperados. 22/1/2005. 3. tríceps e quadríceps? Ao da anatomia humana. que continuam a ser acentuadas. quanto a ditongos abertos: ideia e heroico. dois. que não são saudáveis. Professor: Aproveite para contrapor o caso de palavras oxítonas terminadas pelos ditongos abertos ei. inventada pelo cartunista. descontroladamente.SEMÂNTICA E DISCURSO Adão Iturrusgarai Leia a tira a seguir. o emprego de pânceps provoca humor. Caco Galhardo 5. a) O que foi feito para ele se tornar sedentário? Ele foi amarrado a uma cama de hospital. b) A dieta alimentar prescrita para Marcel é a que se considera adequada a um doente? Por quê? Não. três e quatro feixes fibrosos. 302 296-302-PL1-PNLD 2015. (O Estado de S.) 1. a) Essa palavra existe na língua portuguesa? Não. Leia este quadrinho. a) A que campo semântico pertencem as palavras bíceps. eu e oi. Porque a palavra se refere a feixes “gordurosos” da barriga da personagem. conceitua assim essa operação: 303 303-308-PL1-PNLD 2015. Neste capítulo. COMPARAÇÃO A comparação é uma das operações de leitura mais solicitadas nas provas de interpretação de textos do Enem e dos vestibulares.INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Co le ç ão par t i cu l ar CAPÍTULO 10 O casamento de Fígaro. de Rafal Olbinski. professor do Instituto de Psicologia da USP e um dos responsáveis pela metodologia adotada pelo Enem.indd 303 28/05/13 09:44 . Lino de Macedo. a análise e a identificação. A comparação e a memorização Você já conheceu três importantes operações relacionadas à leitura: a observação. vai conhecer a comparação e a memorização e aprender como lidar com essas operações nos exames do Enem e dos vestibulares. deixar recados no Orkut. Use a busca para encontrar pessoas e assuntos que lhe interessam.. diferença ou relação. Público e privado começam a se confundir. confrontar. R.indd 304 28/05/13 09:44 . É impossível! De tempos em tempos. ligue para a pessoa ou use o MSN. A ideia de privacidade vai mudar ou desaparecer. (In: Eixos cognitivos — Versão preliminar. ter como igual ou como semelhante”. I. No mundo todo. (MARTINS. R. I. cadastre-a em seu leitor de RSS. Estamos conectados. Se a conversa começar a ficar longa. Em vez de seguir para apenas uma pessoa. 300 ou 409 mil seguidores.. LEAL. como no celular ou no MSN. ou pouco mais. cotejar.. igualmente. e neles cabem 140 toques.] O mais recente exemplo de demanda por total conexão e de uma nova sintaxe social é o Twitter. 16 mar. avalie se você quer realmente seguir todas aquelas pessoas. de várias formas. Época. Confrontar e relacionar são formas de comparar. Brasília: MEC. a qualquer hora. LEAL. sendo os três. Época. (MARTINS.) Veja como essa operação foi solicitada na seguinte questão do Enem. falar com as pessoas pelo MSN. O trecho acima tem 140 caracteres exatos. Podem ser 30. formas de análise. 2009. Se estiver concentrado. TEXTO I TEXTO II Sob o olhar do Twitter Vivemos a era da exposição e do compartilhamento. O Twitter pode ser entendido como uma mistura de blog e celular. As mensagens são de 140 toques.Segundo o dicionário. 2009 (fragmento adaptado). Dose o tempo que você gasta com ele.) DICAS Para usar melhor o Twitter Coloque-se no lugar de seu leitor: você gostaria de saber que alguém está comendo um lanche? Cuidado com o que você vai publicar: você quer mesmo que todo mundo saiba detalhes de sua vida afetiva ou sexual? Encontre uma velocidade ideal de mensagens: se forem poucas. Superconectados.. as pessoas vão deixar você de lado.4 trilhões de SMS por mês. receber chamados em qualquer parte. 16 mar. É uma mensagem curta que tenta encapsular uma ideia complexa. mas dezenas de milhões de pessoas o praticam diariamente. deixe-o fechado. 2007. Não tente ler tudo. se forem muitas. Se quiser seguir os resultados da busca. como os torpedos de blogs. p. são disparados 2. Não é fácil esse tipo de síntese. Também é comum enviar e-mails. comparar consiste em “examinar simultaneamente duas ou mais coisas. na verdade.) 304 303-308-PL1-PNLD 2015. [. Aprecie com moderação: o Twitter pode dispersá-lo. o novo serviço de troca de mensagens pela internet. tagarelar no celular. a mensagem do Twitter vai para todos os “seguidores” – gente que acompanha o emissor. ninguém vai seguilo. para lhes determinar semelhança. 71. quanto aos sentimentos do enunciador. Na questão examinada. mas. essa operação não consistirá propriamente numa comparação. e observe como sua resolução exige o exercício da operação da memorização. quanto à linguagem. quanto ao tipo de composição (poesia ou prosa). prevaleceu o poder da nobreza. deveria observar que o próprio enunciado da questão já introduz uma diferença quanto à função ou à finalidade de cada um dos textos: “o texto II constitui um passo a passo para interferir no comportamento dos usuários”. da finalidade comunicativa. d) procura esclarecer os leitores a respeito dos perigos que o uso do Twitter pode representar nas relações de trabalho e também no plano pessoal. depreende-se que o texto II constitui um passo a passo para interferir no comportamento dos usuários. Memorização Leia a seguinte questão de História. Para isso. o estudante deveria perceber que ambos os textos abordam um tema comum: o novo serviço de troca de mensagens. Se. Com base nesses critérios. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 303-308-PL1-PNLD 2015. é necessário que ele adote um ou mais critérios para estabelecer a comparação. precisa ser investigada. em grande parte das suas experiências culturais. Em relação às diferenças. extraída do exame vestibular da Universidade Federal de Alagoas. Por meio da análise e da comparação. Na ordem feudal: a) durante toda a Idade Média. forma. finalidade comunicativa. os principais meios de comunicação da atualidade.indd 305 305 28/05/13 09:44 . etc. A religião esteve presente na sociedade. a comparação tem como base dois critérios: tema e finalidade comunicativa.Da comparação entre os textos. Comparar. quanto ao gênero do discurso. talvez. sem interferência dos papas na sua política. o estudante concluiria que a resposta correta é a alternativa c. deveria aproximar os dois textos. O poder da Igreja Católica foi visível. por exemplo. Logo. portanto. em uma paráfrase ou em um resumo. b) ensina aos leitores os procedimentos necessários para que as pessoas conheçam. c) exemplifica e explica o novo serviço global de mensagens rápidas que desafia os hábitos de comunicação e reinventa o conceito de privacidade. ele poderá buscar semelhanças ou diferenças entre os textos quanto ao tema abordado ou quanto ao tratamento dado ao tema. e o texto I: a) adverte os leitores de que a internet pode transformar-se em um problema porque expõe a vida dos usuários e. entretanto. Em relação às semelhanças. O mundo medieval europeu recebeu influência destacada do catolicismo. A resolução da questão exigia que algumas operações fossem realizadas concomitantemente. e) apresenta uma enquete sobre as redes sociais mais usadas na atualidade e mostra que o Twitter é preferido entre a maioria dos internautas. Assim. na qual se afirma que o texto I “exemplifica e explica o novo serviço global de mensagens rápidas que desafia os hábitos de comunicação e reinventa o conceito de privacidade”. quando se pede ao estudante num exame que compare dois textos. por isso. O estudante deveria analisar cada um dos textos e identificar e comparar as principais informações de cada um. em profundidade. Resposta: c. etc. a resposta esperada é aquela que expressa melhor a diferença entre os dois textos a partir do mesmo critério. a fim de perceber diferenças ou semelhanças entre eles quanto a diferentes critérios: tema. e a ordem feudal predominou em várias regiões da Europa. pressupõe adotar um ou mais critérios e cotejar dois ou mais elementos segundo os critérios adotados. o Twitter. dirigindo-se diretamente aos leitores. ele resumir as ideias principais de cada um dos textos isoladamente. sem estabelecer um cruzamento entre eles. Não sei se a noite era límpida ou negra: sei apenas que a cabeça me escaldava de embriaguez. tingiase nas faces de uns longes cor-de-rosa. desmaiando. Macário e Noite na taverna. em que o comércio entre as cidades era fundamental para a venda dos excessos. p. e) eram adotadas regras definidas para todos. orvalhada pelo sereno da noite. datas. morrer no colo de linhas suaves e delicadas. — Saí. e após uma orgia. cada feudo tinha autonomia e definia seus direitos e deveres. São Paulo: Saraiva. ou seja. eu deixara dormida no leito dela a condessa Barbora. além de existirem muitos latifúndios e a terra ser muito disputada. Idade Média. o hálito doce e ligeiro exalava-se formando um sorriso. teria de lembrar que no mundo medieval a nobreza tinha poderes e riquezas. para saber que afirmação do item c é incorreta teria de lembrar que a sociedade feudal era organizada por estamentos e nela a origem social do indivíduo era importante. Os lábios vermelhos e úmidos pareciam uma flor da gardênia dos nossos campos.. e abaixavam de novo as pálpebras rosadas.. meio cerrados. com usos e costumes universalizados para toda a Europa Ocidental. onde a riqueza definia a posição social..indd 306 28/05/13 09:44 . d) havia uma produção agrícola importante. teria de lembrar que havia na Idade Média uma política descentralizada. teria de lembrar que o mundo rural era o centro da vida medieval e que as cidades perderam importância nessa época. e. c) havia uma hierarquia social. cada feudo se empenhava em ter uma produção baseada na autossuficiência. (José de Alencar. etc. 2009. São Paulo: Saraiva. Clássicos Saraiva. Col. Por exemplo. na Idade Média. para saber que a afirmação do item d é incorreta. países. 80. etc. para concluir que a afirmação do item e também é incorreta. PREPARE-SE PARA O ENEM E O VESTIBULAR 1. Resposta: b. Leia e compare os textos: TEXTO 1 Os grandes olhos azuis. nobreza. para indicar a resposta correta.. gemendo ainda nos sonhos como na agonia voluptuosa do amor. independente da origem familiar. Por fim. às vezes se abriam languidamente como para se embeberem de luz. 2010.) 306 303-308-PL1-PNLD 2015. Para resolver a questão.) TEXTO 2 Uma noite. Em questões específicas de interpretação de textos. o estudante já deveria ter se apropriado de conceitos como feudo. para saber que a afirmação do item a é incorreta. o estudante deveria ter conhecimento prévio sobre vários aspectos que caracterizavam o mundo medieval e acionar sua memória para examinar o teor das alternativas. Sua tez alva e pura como um froco de algodão. Além de todos esses conhecimentos. dados sobre pessoas. teria de lembrar que. (Álvares de Azevedo. fatos históricos. latifúndio. que iam. Dei um último olhar àquela forma nua e adormecida com a febre nas faces e a lascívia nos lábios úmidos. a memorização é exigida sempre que se solicita o domínio de conceitos. mas era o papa quem controlava politicamente a maior parte das situações. O guarani.b) existiam latifúndios com uma produção que buscava a autossuficiência econômica. As taças tinham ficado vazias na mesa: aos lábios daquela criatura eu bebera até a última gota o vinho do deleite. Trechos de obras do período romântico. que são contemporâneos. e) O primeiro satiriza o desejo. X a) O primeiro revela intimidade e encantamento. Por outro lado. os peixes na travessa. e o segundo fala de tédio. Coisas prateadas espocam: somos noivo e noiva. de vez em quando os cotovelos se esbarram. se quiser pescar. Leia os textos: TEXTO 1 Casamento Há mulheres que dizem: Meu marido. abrir. mas que limpe os peixes. A qualquer hora da noite me levanto. Contudo. TEXTO 2 Casal No quarto ela arruma a mala Na sala ele vê televisão (Francisco Alvim. e o segundo ridiculariza a paixão entre homem e mulher. a abordagem que fazem do tema é diferente. c) O primeiro é casto. feita a respeito dos dois textos. vamos dormir. Por fim. e o segundo expõe conflito. separação. retalhar e salgar. abordam o assunto de maneiras diferentes. e o segundo idealiza a relação entre homem e mulher.indd 307 307 20/08/13 19:07 . e o segundo. Eu não. 1988. É tão bom. uma vez que no segundo texto prevalece . O silêncio de quando nos vimos a primeira vez atravessa a cozinha como um rio profundo. ajudo a escamar. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 303-308-PL1-PNLD 2015. São Paulo: Duas Cidades. 1991. a) o desejo / o sensualismo b) a noite / a visão depreciativa da mulher c) a morbidez / o sensualismo d) o desejo / a presença da morte e) a noite / o amor casto 2. Ilustrações: Ricardo Dantas (Adélia Prado. São Paulo: Siciliano. d) O primeiro tem caráter religioso. Poesia reunida. ele fala coisas como “este foi difícil” “prateou no ar dando rabanadas” e faz o gesto com a mão. Assinale a alternativa que se refere apropriadamente a essa diferença. Poesia reunida. pesque.) b) O primeiro é sensual. o texto 1 e o texto 2 tratam do mesmo assunto: .) A relação entre homem e mulher é o tema dos dois poemas. Assinale a alternativa que completa corretamen- X te a afirmação ao lado. só a gente sozinhos na cozinha. 2009. Ah! Para ele é que a carne podre fica. e) O segundo texto apresenta vocabulário mais científico. eles revelam influência de uma escola literária anterior. 208.) Características marcantes da literatura brasileira do final do século XIX até o começo do século XX são o cientificismo e a busca de uma visão mais documental do cotidiano do homem urbano.] Bertoleza então. c) O primeiro texto expõe a violência e a exploração social. já de um só golpe certeiro e fundo rasgara o ventre de lado a lado. Jamais emprega o acérrimo exorcismo Em sua diária ocupação funérea. Nesse momento parava à porta da rua uma carruagem. e) Parnasianismo. 7. [. João Romão fugira até o canto mais escuro do armazém. Obra completa. Considerando os textos lidos e essas características da produção literária do período mencionado. d) sermão e crônica. Muitos poemas produzidos em meados do século XX trazem como marca de modernidade uma linguagem simples. 6.. rugindo e esfocinhando moribunda numa lameira de sangue. a) Ambos os textos revelam influência do determinismo. Contudo. e) Impressionismo. 308 303-308-PL1-PNLD 2015.4. assinale a alternativa errada. resultantes de sequências associativas. Os gêneros de texto em que suas obras principais foram produzidas são. Leia os textos: TEXTO I [.indd 308 20/08/13 19:08 . antes que alguém conseguisse alcançá-la.. 5. X b) hipertexto. que é o: a) Romantismo.. O arranjo de informações que possibilita ao usuário essa liberdade de leitura é conhecido como: a) multivisão. o usuário tem a possibilidade de escolher múltiplos caminhos de leitura. c) Barroco. Pe.] (Aluísio Azevedo. Janta hidrópicos.. tapando o rosto com as mãos. Verme – é o seu nome obscuro de [batismo. erguendo-se com ímpeto de anta bravia. X c) Indianismo. c) browser. Antônio Vieira e Eça de Queirós são dois escritores portugueses cujas obras revelam marcas da história do país. Na superabundância ou na miséria. recuou de um salto e. e) twitter. b) carta e drama. d) on-line.) O deus-verme Fator universal do transformismo. quanto à estrutura. respectivamente: X a) sermão e romance. São Paulo: Saraiva. X b) Classicismo. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. E no inventário da matéria rica Cabe aos seus filhos a maior porção! (Augusto dos Anjos. c) romance e comédia. teve presença marcante no: a) Simbolismo. O tratamento subjetivo dado ao amor e ao cenário observado em produções literárias do século XVIII pode ser considerado uma característica de estilo que.. X d) O Pré-Modernismo é o movimento literário ao qual estão relacionados ambos os textos. b) O segundo texto explora a visão orgânica da morte.. E vive em contubérnio com a bactéria. d) Byronismo. p. apresentadas como “janelas”. Ricardo Dantas TEXTO II Ikon Illustration RM/Other Images 3. rói vísceras magras E dos defuntos novos incha a mão. E depois emborcou para a frente. Almoça a podridão das drupas agras. próxima da utilizada no dia a dia. b) Barroco. O cortiço. e) catequese e romance. Filho da teleológica matéria. Ao acessar uma página de um portal da Internet. d) Surrealismo. Livre das roupas do antropomorfismo. mais tarde. Vieira resume a arte de pregar. afrontando os que pensam e agem honestamente. V e) A comparação do estilo do sermão à disposição das estrelas no Céu é um exemplo de como as imagens literárias podem ser utilizadas para facilitar o entendimento. 1 encontro consonantal 5. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. interessante e acessível aos ouvintes. isto é. seja como personagem. 1 encontro consonantal e 1 hiato. a exemplo de seus adversários católicos.” (Sergio Blattes. respectivamente: X a) menção – uso – uso b) uso – menção – uso c) uso – menção – menção d) uso – uso – menção e) menção – menção – uso 309 309-312-PL1-PNLD 2015. Vieira não deixa de utilizar em seus sermões grande riqueza de imagens. e o matemático. excessivo ( ) 5 fonemas a) b) c) X d) e) 6 2 5 4 3 – – – – – 4 4 1 6 5 – – – – – 1 5 6 5 2 – – – – – 5 6 4 1 6 – – – – – 3 3 2 3 4 – – – – – 2 1 3 2 1 3. candidatos ( ) 9 fonemas. A preocupação com a arte de escrever e com os efeitos da leitura revela-se nos textos em prosa e em verso de todas as épocas. Usualmente. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura e o matemático para as suas observações. não alcança a entender quanto nelas há. entretanto. fonemas e dígrafos estão sendo empregadas no enunciado da questão anterior chama-se. Antônio Vieira. as estrelas são muito distintas e muito claras e altíssimas. a) Mais do que o poema e o romance. As estrelas são muito distintas e muito claras. república ( ) 9 fonemas. o gênero da oratória exige uma preocupação especial com o receptor. 1 dígrafo 2. A palavra sanguessuga possui 11 letras. que tem lido quantos escreveram. podemos falar a respeito dela.indd 309 20/08/13 19:13 . uma expressão linguística é usada para falar de coisas. que todos veem e muito poucos as medem. F d) Apesar de defender a clareza das ideias. Relacione as duas colunas a seguir e depois assinale a alternativa com a sequência correta. mas também pode ser mencionada.) Aprendamos do Céu o estilo da disposição e também das palavras. Diário de Santa Maria. e analise as questões a seguir. procurando analisar por que a palavra de Deus não frutificava no mundo. 03 de agosto de 2006.EM DIA COM O ENEM E O VESTIBULAR Literatura e estudos de linguagem 1. os corruptos de todas as grandezas continuam aí. 1 hiato 6. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo. os gongóricos dominicanos. democracia tem 10 letras. partidários do estilo conceptista. 1. hábito ( ) 7 fonemas. (UFPE-PE. desde os mais simples até os mais cultos. 2 ditongos. V 2. De maneira que o rústico que não sabe ler nem escrever entende as estrelas. O estilo pode ser muito claro e muito alto. adaptada) O leitor sempre povoou o universo literário. expondo suas caras de pau envernizadas. Vieira defende um sermão baseado na expressão clara das ideias. Assim há de ser o estilo da pregação – muito distinto e muito claro. corrupção ( ) 9 fonemas. reeleição ( ) 8 fonemas. e não para servir à afetação e à pompa. é correto afirmar que o modo como as palavras sanguessuga. 1 encontro consonantal 4. F c) De acordo com a retórica cultista. na medida em que o objetivo da pregação é persuadir e convencer o ouvinte. tão claro que o entendam os que não sabem e tão alto que tenham muito que entender os que sabem. 1 dígrafo. Considere o trecho do Sermão da Sexagésima. Tudo isso. seja como interlocutor. os sanguessugas. 2 dígrafos 3. de Pe. Tal pode ser o sermão – estrelas. Com base nessa distinção. Indique com V as questões verdadeiras e com F as falsas. mostrando que a criação literária é um trabalho consciente e comprometido com a realidade na qual se insere. V b) No Sermão da Sexagésima. não é motivo para anular o voto ou votar em branco. (UFSM-RS) Texto para as questões 2 e 3: “Os mensaleiros. 8 fonemas e 3 dígrafos. A segunda frase pressupõe desconhecimento. o que é extraordinário para o dono de uma empresa que vendia produtos caros. Será lembrado e até reverenciado daqui a 100 anos. II e III são corretas. considere as afirmativas a seguir. O texto faz parte da propaganda de um dicionário de língua portuguesa. está contrariando a norma padrão do Português.indd 310 20/08/13 19:16 . b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. com o valor de uma ação da Microsoft podiam-se comprar duas ações da Apple. X b) Referem-se às alterações ortográficas a serem feitas na língua portuguesa. comum em anúncios publicitários. Assinale a alternativa correta. II. c) São correções necessárias para a modificação da pronúncia dessas palavras. mas triturou os executivos de terno e gravata da sua concorrente mais constante. o que exigirá do leitor a observação do contexto para a correta distinção desses vocábulos. II e III são corretas. a) Trata-se de retificações. d) Somente as afirmativas I. O uso do modo imperativo. III e IV são corretas. Steve Jobs. ao dirigir-se ao leitor. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. I. assinale a alternativa correta. A palavra “idéia” perderá o acento. por misturar pessoas verbais. Centralizador maníaco. e) Somente as afirmativas II. Foi-se um Leonardo 310 309-312-PL1-PNLD 2015.Reprodução (UEL-PR) Leia o texto a seguir e responda às questões de 4 a 6. a começar pela embalagem. que vem se alternando com a Exxon no posto de empresa mais valiosa do mundo. “Foi parecido com a morte de John Lennon” disse Steve Wozniak. a fonte de uma experiência quase zen para seus usuários. São Paulo: Abril. (Nova Escola. Jobs tem a estatura de Henry Ford e Thomas Edison quando se analisa seu impacto na criação da civilização tecnológica contemporânea. IV. Assinale a alternativa correta. Em “tranqüilo”. X d) Somente as afirmativas I. III. Na vida pessoal cometeu alguns indesculpáveis erros humanos – entre eles o reconhecimento tardio da filha que teve com uma namorada quando tinha 23 anos. ago. II. assinale a alternativa correta quanto à sua construção. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. no plano semântico. 4ª capa. de Bill Gates. Onze anos depois. totalitário e explosivo. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. a Microsoft valia apenas 7% da Apple. Desapegado do dinheiro. “Pára” perderá o acento que o diferencia de “para”. ainda que quase mágicos e esteticamente próximos da perfeição. exigia que os produtos da Apple tivessem leveza. morto recentemente de câncer no pâncreas. No começo do ano 2000. reforça a finalidade persuasiva própria do gênero anúncio publicitário. O legado de Jobs é imenso e incontornável. O anúncio. por parte do leitor. d) São parte das mudanças sintáticas que deverão ocorrer em breve no Português. 2008. Sobre cada uma das marcações feitas no texto. IV. sobre o fundador da Apple. 5. Morreu como um ídolo pop. a Microsoft. visto que haverá alteração no timbre dessa palavra cujo ditongo aberto passará a ser fechado. parceiro dos primeiros tempos na Apple. do conteúdo das mudanças referidas na pergunta lançada anteriormente. a eliminação do trema implicará alteração na pronúncia. X c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. Sobre as marcas de correção presentes no texto. III. e) Somente as afirmativas II. (UEL-PR) Leia o texto a seguir. o acréscimo do “s” visa manter a pronúncia original de “suficiente” quando este se juntar ao prefixo “auto” sem a presença do hífen. Os adjetivos presentes no anúncio publicitário conferem ao texto maior cientificidade. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. funcionalidade e fossem. Quanto a “auto-suficiente”. simplicidade. aproximando-a da palavra “aquilo”. 6. Levando-se em conta que o texto é dirigido a um potencial comprador do dicionário anunciado.) 4. Sonhou em deixar uma marca no universo – e conseguiu. Produção de texto 7. das palavras do léxico brasileiro. andava em trajes despojados – calça jeans. tênis e camiseta preta –. e) Configuram sugestões de correção para que o texto se torne mais coeso. III e IV são corretas. I. cursiva ou de fôrma. Eles. até porque sou bastante dependente dela. (Zeca Baleiro. a internet surgiu com objetivos militares. Veja. diferenciando as maiúsculas das minúsculas. mas posso antever um mundo povoado por covardes anônimos e cheios de opiniões. quando dá sua opinião sobre o que quer que seja: a cantora que errou o “Hino Nacional”. é histórico o mau uso que os humanos fazem de meios fantásticos de comunicação. Interpretação de texto 9.da Vinci da era digital. protegido por um nickname. por uma de suas frases no magnífico discurso feito em 2005 para uma turma de formandos da Universidade de Stanford. 16 set. um endereço de e-mail. Você deverá: Escrever com letra legível. com direito a tudo. utilizando até 10 linhas. (SAEB) Texto I O chamado “fumante passivo” é aquele indivíduo que não fuma. já sabem o que você realmente quer ser”. no confortável “anonimato público” que o mundo paralelo da rede propicia. Entre as décadas de 70 e 80. etc. ISTOÉ. estudantes e professores universitários já trocavam informações e descobertas por meio da rede. que não chegaria tão ágil à redação da ISTOÉ se não fosse enviado de um computador a outro num piscar de olhos. No livro “A Marca Humana”. mesmo que um dos pontos da rede fosse atingido por um bombardeio inimigo”.) Resuma esse texto. se há Google? – perguntam-se. n. Elas podem ser resumidas. de algum modo. p. de Philip Roth. Pra que livros. Outro informa que o Brasil é o quinto no ranking dos países com mais usuários na internet. 2009. como todas que vagam no espaço virtual) a abrangência que tem hoje a internet em todo o mundo. 8. Ilustro com essas informações (suspeitas. Faz tudo isso no escuro. de algum modo. Mas foi a partir de 1990 que a internet passou a servir aos simples mortais. Consultam o Google como se consulta um oráculo. Julga-se um homem de atitude se protesta contra tudo e todos em posts no blog de economia e comentários abaixo do vídeo no You Tube. De todas as ilusões que a internet alimenta. é cedo para vaticínios sombrios. como uma forma de as Forças Armadas americanas manterem o controle. em especial no Brasil. depreciar. a contratação milionária do clube. (Adaptado de: ALTMAN. O sujeito se sente participando da “vida coletiva”. Quero deixar uma marca no universo. afirma outro site. Fábio. sugerir. Quase nada acontece hoje sem que passe pela grande rede. informa ainda outro site. Evitar cópia de partes do texto. Usar linguagem formal. opinar. ainda com o nome de Arpanet e com o objetivo de garantir que a troca de informações prosseguisse. estes últimos com 234 e 285 milhões de usuários. Disse ele: “Tenha coragem de seguir o seu coração e a sua intuição.) Resuma o texto em. o discurso do presidente. sabia o que as pessoas queriam ter antes mesmo que elas se dessem conta do desejo de consumo. respectivamente. Utilizar somente as informações fornecidas pelo texto. Não pretendo demonizar a internet. 2011.indd 311 28/05/13 09:40 . atrás apenas da Índia. Coisas importantes e coisas nem tão importantes assim. 12 out. caso ataques russos destruíssem seus meios de comunicação ou se infiltrassem nestes e trouxessem a público informações sigilosas. Construir apenas 1 (um) parágrafo. Hoje há um bilhão de usuá­ rios no mundo todo. e o rádio e a tevê estão aí e não me deixam mentir. um personagem fala: “As pessoas estão cada vez mais idiotas. mas acaba respirando a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor. 10 linhas. 41. julgar. Jobs. integrado ao mundo. De todo modo. (UFPR-PR) A Rede Idiota Segundo leio no Google. mas sempre à sombra da marquise. Outro site diz: “Eram apenas quatro computadores ligados em dezembro de 1969. mas covarde. como se lá repousasse toda a sabedoria do mundo. mas suas ideias e sua sabedoria ficam. num site aberto ao acaso. ainda em plena Guerra Fria. a que julgo mais grave é a terrível onipotência que seu uso desperta. Todos se acham capazes de tudo. o novo disco do velho artista. uma máscara. no máximo. discutem-se muito os efeitos do fumo 311 309-312-PL1-PNLD 2015. Não sei o que vem por aí. em um exercício de simplicidade que era caro a Jobs. Raivosa. quando a internet começou a existir. mas cheias de opinião”. tem hoje cerca de 50 milhões de internautas ativos. enciclopédias. Até hoje. como este texto. 94-95. Estados Unidos e China. Japão. br. 2009. estima-se que 79% das pessoas estão expostas à fumaça “de segunda mão”. d) a maior facilidade de captação de água potável para o abastecimento público. depois do fumo ativo e do uso de álcool.indd 312 20/08/13 19:18 . Acesso em: 27 abr. já que os rios assoreados comportam menos água em seus leitos. e) o fumante passivo não é obrigado a inalar as mesmas toxinas que um fumante. diariamente.terra. enquanto nos Estados Unidos.blogspot. e) o aumento da incidência de doenças como a amebíase na população urbana. Zona temporariamente encharcada 11. X d) os não fumantes precisam ser respeitados e poupados.) Decifrando a Terra. excede o máximo de nicotina recomendado para os indivíduos. b) a contaminação da população pelos sedimentos trazidos pelo rio e carregados de matéria orgânica.com. portanto. depende dele evitar ou não a contaminação proveniente da exposição ao fumo. Na Europa. em decorrência do escoamento de água poluída do topo das encostas. os textos I e II procuram demonstrar que: a) a quantidade de cigarros consumidos por pessoa. já que é maior o efeito do escoamento sobre a infiltração. Que prática realizada por um agricultor pode resultar em aceleração desse processo? a) Plantio direto. Questão interdisciplinar Muitos processos erosivos se concentram nas encostas. No entanto. b) Associação de culturas. São Paulo: Companhia Editora Nacional. pois estes também estão sujeitos às doenças causadas pelo tabagismo. Questão interdisciplinar O esquema representa um processo de erosão em encosta. 10. será necessário aumentar as estatísticas de fumo passivo. O fumo passivo é um problema de saúde pública em todos os países do mundo.br. inclusive para os não fumantes. Um exemplo desses reflexos na vida cotidiana de muitas cidades brasileiras é: X a) a maior ocorrência de enchentes. 2010 (fragmento). e) Terraceamento na propriedade. principalmente aqueles motivados pela água e pelo vento. 2010. c) a conscientização dos fumantes passivos é uma maneira de manter a privacidade de cada indivíduo e garantir a saúde de todos. do topo ao vale. mas uma coisa é certa: quem não fuma não é obrigado a respirar a fumaça dos outros.com. Disponível em: www. A Sociedade do Câncer da Nova Zelândia informa que o fumo passivo é a terceira entre as principais causas de morte no país. Acesso em: 27 abr. causado pela redução do escoamento superficial pluvial na encosta. (Orgs.) Ao abordar a questão do tabagismo. et al. 312 309-312-PL1-PNLD 2015. os reflexos também são sentidos nas áreas de baixada. b) para garantir o prazer que o indivíduo tem ao fumar. 88% dos não fumantes acabam fumando passivamente. X d) Aração do solo. W. onde geralmente há ocupação urbana. (Disponível em: http://rickjaimecomics. c) Implantação de curvas de nível. Nível d’água Sulcos ou ravinas Ricardo Jaime Texto II Boçoroca TEIXEIRA. c) o desgaste do solo nas áreas urbanas.(ENEM) Figura para as questões 10 e 11: Rafael Herrera passivo. Divulguem amplamente o evento. por meio de folhetos e faixas distribuídas pela escola. agindo como estimuladores e interlocutores dos alunos. A tecnologia é um assunto que interessa a todos. é difícil encontrar alguém que. cada vez mais as pessoas começam a participar desse movimento chamado revolução digital. montar uma feira voltada à inclusão de pessoas no mundo digital. entretanto. Convidem para participar da feira colegas de outros anos. Veja a possibilidade de professores de outras disciplinas. vai produzir novos tutoriais e. de alguma forma. 313 313-315-PL1-PNLD 2015.John Still/Photonica/Getty Images VIVÊNCIAS Professor: Este projeto pode ser desenvolvido em conjunto com outras disciplinas ou departamentos da escola. não esteja ligado ao mundo digital. seja navegando na Internet ou se comunicando por ela. juntamente com seu grupo e com a classe. ou de tecnologia. Embora hoje nem todas as pessoas do nosso país estejam incluídas digitalmente na sociedade. Seja por meio das redes sociais. Acompanhar o desenvolvimento tecnológico. Neste projeto você vai reunir sua produção textual das unidades 2 e 3 relacionada ao assunto. ou de robótica. peça auxílio aos profissionais desse departamento para ajudarem na orientação aos alunos e na montagem da feira. Se a escola dispõe de um departamento de informática.indd 313 28/05/13 09:40 . uma vez que a tecnologia digital se desenvolve rápida e continuamente. como Matemática e Física. bem como familiares e amigos. seja recebendo e-mails no celular ou no escritório. professores de outras disciplinas e funcionários da escola. é possível para um número limitado de pessoas. apoiarem o projeto.
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