Português e RedaçãoO Instituto IOB nasce a partir da experiência de mais de 40 anos da IOB no desenvolvimento de conteúdos, serviços de consultoria e cursos de excelência. Por intermédio do Instituto IOB, é possível acesso a diversos cursos por meio de ambientes de aprendizado estruturados por diferentes tecnologias. As obras que compõem os cursos preparatórios do Instituto foram desenvolvidas com o objetivo de sintetizar os principais pontos destacados nas videoaulas. institutoiob.com.br Informamos que é de inteira responsabilidade do autor a emissão dos conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem a prévia autorização do Instituto IOB. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei nº 9.610/1998 e punido pelo art. 184 do Código Penal. Português e Redação / Obra organizada pelo Instituto IOB - São Paulo: Editora IOB, 2013. ISBN 978-85-63625-40-3 Sumário Capítulo 1 – Interpretação de Texto, 5 1. Interpretação de Texto, 5 2. Estrutura Textual, 6 3. Critérios de Textualidade – I, 7 4. Critérios de Textualidade – II, 9 5. Intenção de Interação do Texto, 10 6. Intertextualidade, 11 7. Metalinguagem, 13 8. Critérios de Textualidade – Objetivo x Subjetivo, 14 Capítulo 2 – Tipologia Textual, 16 1. Tipologia Textual – Descrição, 16 2. Narração – Parte I, 17 3. Narração – Parte II, 18 4. Tipologia Textual, 19 5. Texto Dissertativo, 20 Capítulo 3 – Variação Linguística, 23 1. Variação Linguística, 23 2. Norma Culta e Coloquial, 24 Capítulo 4 – Tipos de Discurso, 26 1. Discurso Direto, 26 2. Discurso Indireto e Indireto Livre, 27 Capítulo 5 – Denotação e Conotação, 29 1. Denotação e Conotação, 29 2. Pleonasmo, 30 3. Metáfora e Prosopopeia, 31 4. Metonímia e Antítese, 32 Capítulo 6 – Relações Lógico-Semânticas, 34 1. Relações Lógico-Semânticas do Período Composto, 34 2. Distinção entre Conclusão e Explicação, 35 3. Finalidade, 36 4. Conjunção “E”, 37 5. Oposição, 37 6. Conjunção “Como”, 38 7. Ideias de Causa, Explicação e Consequência, 39 Capítulo 7 – Redação Oficial, 41 1. Redação Oficial, 41 2. Termos Técnicos, 42 3. Formalização ou Padronização, 43 4. Pronomes de Tratamento, 44 5. Funções dos Comunicados Públicos, 46 Gabarito, 48 Capítulo 1 Interpretação de Texto 1. e textos possuem contextos.1 Apresentação Esta unidade abordará a interpretação de textos.2 Síntese Hoje a interpretação de texto é vista com dois olhares: como se estuda interpretação? E a gramática? O texto pode ser subjetivo. mas as questões nunca são subjetivas. Interpretação de Texto 1. . Imagem é texto. pois isso ensejaria recurso. 1. O texto tem sido pressuposto para a gramática. a finalização dos objetos discutidos (temática + objetivo). esses desenhos alteraram-se com o tempo. Naturalmente. .2 Síntese A introdução baseia-se na escolha da temática e objetivo.6 Exercício 1. Português e Redação 2. cascos e cauda do animal.1 Apresentação Esta unidade abordará a estrutura textual. Estrutura Textual 2. aprofundamento sobre a temática e objetivo. A conclusão é o fechamento. O desenvolvimento será a discussão. que revelam parte da história desse povo. como ilustra a seguinte evolução do ideograma: que significa cavalo e em que estão representados cabeça. Os ideogramas primitivos são quase um desenho dos objetos representados. os ideogramas. A linguagem utilizada pelos chineses há milhares de anos é repleta de símbolos. que é critério de bipolaridade. Assinale a alternativa que melhor representa o ideograma luta: 2. ISTO É – Quem são os heróis de verdade? Roberto Shinyashiki – Nossa sociedade ensina que. ou das expressões “poucas pessoas” e “essas pessoas”. viajar de primeira classe. Os textos que resolvem o problema. e não para impressionar os outros. a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. (Revista: ISTO É. adaptado) Assinale a opção incorreta a respeito do desenvolvimento da argumentação do texto. Critérios de Textualidade – I 3. d) Através de exemplos e argumentos. o texto é uma dissertação. b) Preserva-se a coerência da argumentação da resposta ao se deslocar a oração “Isso é uma loucura” e para antes do último período sintático do texto. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. o entrevistado refere-se. de certa forma banalizam o final do texto. Para cada diretor de empresa. para ser uma pessoa de sucesso. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. há milhares de funcionários que não chegam a ser gerentes. . 3. o entrevistado prepara o leitor para aceitar a resposta que resume no último período sintático do texto. a) Para organizar os argumentos. Exercício Leia o texto para responder a questão. Português e Redação 2. você precisa ser diretor de uma multinacional. genericamente. às mesmas pessoas por meio do pronome “você”. ter carro importado.7 Quando esses três itens são bem demarcados. c) A organização semântica do texto permite entender que as pessoas que compõem “a maioria” compartilham do mesmo tipo de visão expressa em “Nossa sociedade ensina” e “O mundo define”. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida.1 Apresentação Esta unidade abordará critérios de textualidade. Quando olha para a própria vida. É preciso priorizar a projeção do problema. Coesão apresenta o aspecto físico do texto. b) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. 2. c) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Coerência apresenta o aspecto de sentido do texto. Correção: A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo corpo. as palavras ou expressões destacadas traduzem corretamente as relações de sentido sugeridas no trecho original. A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço. Correção: A vítima foi estrangulada e sofreu golpes de facão. Logo passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. recurso de coesão. Continuávamos de bem com nossos travesseiros. Existe uma relação de oposição. Acordei e tomei café da manhã. Passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. Acordei e não tomei café da manhã. 3. Por conseguinte. passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. Deve-se avaliar não só os mecanismos de coesão e de coerência que estão presentes num enunciado. Assim. Exercício Português e Redação 3.” Em todas as alternativas. continuávamos de bem com nossos travesseiros. Dessa maneira. continuávamos de bem com nossos travesseiros. Correção: A nova terapia traz esperanças a todos os que sofrem de câncer. 2. A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano.8 3. A relação é de acréscimo. Leia atentamente este parágrafo. observando as relações de sentido que se estabelecem entre as frases: “Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Dessa forma. continuávamos de bem com nossos travesseiros.2 Síntese Um texto não é um aglomerado de frases. Exemplos: 1. A vítima foi estrangulada a golpes de facão. Exemplos de incoerência: 1. Então. exceto em: a) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. mas principalmente o contexto em que todo texto é construído. . com o seu luxo. texto é um tecido verbal estruturado de tal modo que as ideias formam um todo coeso. feio. O carnaval carioca. a miséria social. c) Embora pareça confuso trata-se de um texto organizado formalmente. 2007 – Opinião do leitor. “O carnaval carioca é uma beleza. se as ideias são contraditórias.” Revista Veja – fev. Villaça Koch. o povo samba na avenida como herói de uma grande jornada. continuávamos de bem com nossos travesseiros.1 Apresentação Esta unidade abordará critérios de textualidade. está tornando-se desgracioso. Em contrapartida. o caos político. Português e Redação Exercício . 4. Todas as partes devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Embora todos possam reconhecer os méritos de artistas plásticos que ali trabalham.9 d) Os semáforos ganharam uma inesperada função social. 4.2 Síntese Segundo Ingedore G. só não é possível afirmar que: a) Possui elementos coesivos. A respeito do texto do carnaval. E acrescente-se: há manifestação em prol de processos judiciais contra costumes que ofendem a moral e agridem a religiosidade popular. Assim. 4. coerente. disforme. se lhe falta coerência. Da mesma forma. b) A coerência fica comprometida devido ao aspecto de coesão. Critérios de Textualidade – II 4. o desequilíbrio que se estabelece entre o morro e a Sapucaí. uno. mas mascara. d) Cada período do texto pode se transformar em uma introdução para um novo texto a ser redigido. também não se constitui texto. um fragmento que trata de diversos assuntos não pode ser considerado texto. No entanto passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. porque se afasta de sua tradição. desta forma. pedir.10 5. informar. preocupa principalmente . Leitor crítico: aprofunda na leitura e discute as ideias a partir de conhecimento prévio que ele mesmo tem. todo mundo sabia. Esse retrato dos jovens cariocas dos anos 90. O trecho abaixo contém os dois primeiros parágrafos de um texto maior. convencer. nessa intenção alguma coisa ele quer passar para o leitor. Exercício Português e Redação 5. enganar. Que eles são descrentes. com assunto morte. É a pessoa a quem o texto se destinou. ao qual pensou no início. Público-alvo: fixa a sua atenção para aquele texto fazendo com que aquilo faça sentido para a resolução da prova. Que eles se sentem inseguros. já se desconfiava. prostitutas. deficientes. O leitor deve se afastar do texto. um sistema que muitos chegam a achar igual à ditadura. de Zuenir Ventura. Há uma grande diferença entre um leitor crítico e público-alvo. já se supunha. emocionar o leitor. Os textos de cunho filosóficos.2 Síntese Em todo texto o autor tem uma intenção. Que são despolitizados também. divórcio. Um texto possui um tipo específico de leitor e uma situação discursiva. sem falar no desencanto em relação à democracia. Que eles são problemáticos. Intenção de Interação do Texto 5. entre as alternativas haverá alguma que contemplará a visão do leitor acerca do tema. 5. enfim contra todos os que apresentam alguma diferença. não poderá ter interação com o tema. por exemplo. Um texto possui uma intenção comunicativo-interacional: todo texto surge a partir de uma intenção do autor: narrar.1 Apresentação Esta unidade abordará a intenção de interação do texto. homossexuais. obtido por meio de uma ampla pesquisa da Unesco e da Fundação Oswaldo Cruz com mais de mil adolescentes entre 14 e 20 anos. O que não se sabia era até onde iam seus preconceitos contra negros. VI. III. ao escreverem. Os textos dialogam entre si. As alternativas são: a) II. IV. Exemplos: 1. O grau de preconceito em diferentes períodos da abertura política no Brasil e no mundo. V. V e VI d) II. Indicação de possíveis causas históricas ou sociológicas para as formas de pensar dos jovens no período estudado. O entendimento obtido de um texto depende do conhecimento de outros textos. de modo a preservar sua unidade e coerência? I. V e VI c) IV.2 Síntese . O relato sobre a participação de Zuenir Ventura em outras pesquisas realizadas pela Unesco. Intertextualidade 6. IV. fazem uso da intertextualidade. A história institucional da Fundação Oswaldo Cruz em ordem cronológica.11 quando se admite que eles não devem ser muito diferentes dos seus companheiros de idade em outras grandes cidades. II. “acordei bemol tudo estava sustenido sol fazia só não fazia sentido” (Paulo Leminsky) Português e Redação 6. A comparação entre os dados da capital carioca e depoimentos de jovens de outras capitais brasileiras. V e VI e) II e V 6. (Revista Época) Que alternativa(s) apresenta(m) temas que poderiam constituir o desenvolvimento do texto.1 Apresentação Esta unidade abordará a intertextualidade. Enumeração de previsões em relação ao comportamento dos jovens nas cidades brasileiras. V e VI b) III. por isso muitos autores. 12 2. Exercício Português e Redação 6. Observa-se que há uma intertextualidade num hino musical. 3) Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdidas. Essa outra é consequência do que acabo de dizer como eu sou a consequência inevitável de você Tanta gente existe por aí que fala fala e não diz nada Ou quase nada Já me utilizei de toda escala e no final não deu em nada ou quase nada E voltei pra minha nota como eu volto pra você Vou contar pra minha nota como eu gosto de você (?) E quem quer todas as notas ré. mi. . dó fica sempre sem nenhuma fica numa nota só. de Honoré de Balzac. lá. E as ilusões estão todas perdidas (v. sol. si. Samba de Uma Nota Só Tom Jobim/Newton Mendonça Eis aqui esse sambinha feito numa nota só outras notas vão entrar mas a base é uma só. fá. Rio de Janeiro: Objetiva. Não é figura de linguagem. Texto I Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado. Metáfora é uma comparação entre termos do texto. Joaquim Ferreira dos (Org. 91. c) Pressuposição. In: SANTOS. Pertinência remete-se a coerência do texto. 7. interminavelmente. 7. Ser brotinho. É sorrir. Pressuposição refere-se ao que se pressupõe sobre o texto. d) Intertextualidade.). Pertinência e pressuposição dizem respeito ao entendimento. provocasse uma tosse de riso irresistível. rir como se o ridículo. é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres. CAMPOS.1 Apresentação Esta unidade abordará a metalinguagem. não por necessidade Português e Redação Exercício . Texto II Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos já morreram e os que teimam em viver são entrevados. Paulo Mendes. ou seja. é o uso da própria linguagem para explicar si mesma. As cem melhores crônicas brasileiras. visível ou invisível.13 Tal procedimento constitui o que se chama de: a) Metáfora. b) Pertinência. A função metalinguística é centrada no código. 7.2 Síntese Metalinguagem é a propriedade que a língua possui de descrever a si mesma. é a forma de expressão dos dicionários e das gramáticas. Metalinguagem 7. 2005. p. É o uso da linguagem para explicitar algo de maneira simples. mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a arcada. A rota é o objetivo. d) Termos denotativos que se realizam com sentido objetivo. qualquer caminho serve. Rio de Janeiro: Objetiva. Definir a rota de primeira ajuda é ganhar pontos.1 Apresentação Esta unidade abordará os critérios de textualidade. 2005. e) Metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.) (Correio Brasiliense.Squarisi). fala dos outros. Critérios de Textualidade – Objetivo x Subjetivo 8. Dad Abi C. É o momento em que o narrador emite sua impressão pessoal e aparece para o leitor. Millôr. de fatos do mundo exterior. 225. Apresenta descrição de fatos ou dados de forma impessoal. 8. FERNANDES.14 interior. porém não emite sua opinião sobre o assunto tratado. O discurso subjetivo é aquele em que o eu do narrador se mostra. (. E tempo é o bem mais escasso. As cem melhores crônicas brasileiras. Só que o indeciso perde muito tempo.2 Síntese O discurso objetivo é aquele em que o eu do narrador se esconde. p. 8. assume sua condição de pessoa com sentimentos e opiniões. Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da vida.. Joaquim Ferreira dos (Org.. . Aonde você vai? Para quem não sabe aonde vai. Exercício Português e Redação 8. Ser gagá. Leia o trecho com atenção e assinale a única opção que poderia dar continuidade à ideia proposta. entre eles: a) Expressões coloquiais com significados semelhantes. c) Recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.). b) Ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos. In: SANTOS. c) No fim do ano. as pessoas têm pensamentos voltados para o futuro. ainda mais quando os dias de amanhã se apresentam nebulosos. é enfrentando a caminhada que se aprende a caminhar. marcado por contradições e injustiças sociais. b) A fugacidade do tempo e a efemeridade da vida são temas atuais que preocupam a população do planeta. oferece múltiplas opções de escolha aos caminhantes.15 Português e Redação a) O mundo atual. sempre. . d) Ao tentar alcançar os objetivos não há uma fórmula predeterminada. pode ser objetiva ou subjetiva. objetos. por se tratar de uma espécie de retrato verbal de alguma coisa. Normalmente a descrição tem caráter subjetivo. excetuando-se os textos técnicos (por exemplo. E. cenas ou ambientes. bulas de remédios). o que dependerá do grau de interferência do autor em relação ao que está sendo escrito. Tipologia Textual – Descrição 1. A descrição enquanto tipologia textual é caracterizada pelo ato de descrever verbalmente pessoas.2 Síntese Descrever é fazer retrato verbal de algo. manuais) e científicos (por exemplo. .1 Apresentação Esta unidade abordará a tipologia textual.Capítulo 2 Tipologia Textual 1. exatamente. 1. apenas. Um jornal de circulação nacional publicou a seguinte notícia: Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima. I. b) III. em Boa Vista. com o desenrolar do tempo. A chuva durou três horas em todo o estado e as previsões indicam que continuará pelo menos até amanhã. a dança da chuva. avalie as afirmativas seguintes. Com isso. É correto o que se afirma em: a) I. II e III.17 O ato descritivo não se preocupa com a sequência das ações. Português e Redação 2. apenas. Por isso. Narração – Parte I . apenas. Adaptado). tem a função de intervir no ciclo da água. e) I. com a sucessão dos momentos. terem participado do ritual da dança da chuva. Uma das informações do texto pode ser expressa em linguagem científica da seguinte forma: a dança da chuva seria efetiva se provocasse a precipitação das gotículas de água das nuvens. (Jornal do Brasil. d) II e III. III. horas depois de os pajés caiapós Mantii e Kucrit.1 Apresentação Esta unidade abordará o tema narração. Considerando a situação descrita. Exercício 9. c) I e II. 2. II. será possível acabar de vez com o incêndio que ontem completou 63 dias e devastou parte das florestas do estado. A existência da dança da chuva em algumas culturas está relacionada à importância do ciclo da água para a vida. levados de Mato Grosso pela Funai. uma das funções principais da descrição é fazer com que o leitor pare por um momento e perceba aonde o autor quer ir dentro de uma narrativa. No espaço descritivo não há progresso. mais que constituir uma manifestação artística. No ritual indígena. apenas. d) Descrição da personagem com interferência da dissertação reflexiva do autor. O topo de uma montanha com um vento forte e constante. Narração – Parte II 3. segurando a fotografia de uma mulher. grisalho nas têmporas. há dor no olhar dele. pensa e sente. Um homem sentado na quietude de seu estúdio.. circunstâncias (enredo). Os textos jornalísticos são exemplos clássicos da narrativa. promissor. raízes esparramadas no ar. rompendo uma janela no fim da tarde (. c) Apenas a caracterização física e psicológica. tempo.2 Síntese Narrar é o ato ou propriedade de contar algo ou alguma coisa. Quanto aos processos de composição de texto. casca e ramos ainda verdes. personagens. 3. com predominância da descrição psicológica. b) Narração em 1ª pessoa. Uma imensa árvore caída. – As sombras azuis das árvores numa noite de lua cheia.18 2. traiçoeiro. selvagem.). podemos dizer que nesse trecho estão presentes os seguintes elementos: a) Narração em 3ª pessoa. – O cabelo ruivo de uma amante. segurando a mão de um homem que nunca voltará a ver. O processo narrativo envolve: narrador (que pode participar ou não da história).1 Apresentação Esta unidade abordará o tema narração. Cena: Um Homem. A narração é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. O texto narrativo pode vir permeado pela descrição e ter seu foco narrativo na primeira pessoa (o narrador faz parte da história) ou na terceira pessoa (o narrador apenas conta o fato). em ângulos abertos. . Uma Mulher.. cabelos molhados. – Um rosto estranho no espelho. com predominância da descrição física e psicológica da personagem. – Luz do sol. – Uma mulher deitada no sofá. Exercício Português e Redação 10. acrescida da descrição do que a personagem faz. espaço e ações. Estirou os olhos pela campina. e) Discurso explícito. Exercício 11. porém não há limites precisos entre uma e outra. A personagem fala misturada à narração.19 3. foi-se.2 Síntese A narração é composta por personagens que participam da história da qual fazem parte. “Impossível dar cabo daquela praga. novamente nos descampados. como. Esta participação é representada pelo discurso. ou seja. imita o personagem. marcadores discursivos como dois pontos e travessão. Esse discurso é chamado: a) Discurso indireto livre. transportando o baú de folha. palavra por palavra. Sua característica principal é o uso de marcadores de discurso. 4. Coitada de Sinhá Vitória. achou-se isolado. Português e Redação 4. c) Discurso indireto. sua fala é apresentada integralmente. d) Discurso implícito. pela fala destes personagens e este discurso pode se apresentar das seguintes formas: • Discurso direto: O personagem tem voz ativa no texto. ou seja.1 Apresentação Esta unidade abordará a dissertação. Tipologia Textual . de aves que iam comê-lo. Neste tipo de discurso é possível perceber a fala do personagem mesclada com o discurso do narrador.” O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que há diferença entre eles. b) Discurso direto. é ele (narrador) quem fala pelo personagem. • Discurso indireto: O narrador apresenta a fala do personagem. Pensou na mulher e suspirou. Sozinho num mundo coberto de penas. • Discurso indireto livre: O narrador incorpora a voz do personagem. sinais de pontuação dois pontos e travessão. Não se faz o uso dos recursos característicos do discurso direto. assinale o item que indica o caráter apresentado pelo texto. O texto dissertativo padrão deve ser produzido com linguagem clara e objetiva. b) Dissertativo. o texto dissertativo está preocupado com a transmissão de conhecimento. O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos. com verbos na terceira pessoa e de acordo com uma estrutura organizacional que prevê: introdução. Para questões de concursos é importante relembrar que as tipologias textuais são apenas três: descrição. Texto Dissertativo 5. portanto. expor fatos e/ou ideias por meio de organização de palavras. o artigo enciclopédico. o texto didático. desenvolvimento e conclusão. aprimorar as gestões dos tribunais e dos órgãos do MP por meio de recursos informatizados é um mecanismo que pode promover.1 Apresentação Esta unidade abordará o texto dissertativo. c) Descritivo. um texto informativo. A falta de aparelhamento tecnológico no sistema judicial do país é um dos fatores que acarretam morosidade e ineficiência aos trâmites de milhares de processos por ano. sendo. Em princípio. Exercício 12. frases e textos. A elaboração de textos dissertativos requer domínio do padrão culto da língua escrita. narrativa e dissertação. além de conhecimento do assunto que se vai abordar. juntamente com o texto de apresentação científica. a) Didático. o relatório. Leia atentamente o texto que se segue e. Desse modo. d) Narrativo. melhorias substanciais no funcionamento da Justiça. Português e Redação 5. logo após. . juntamente com outras medidas de desburocratização do serviço público.20 4.2 Síntese Dissertar é explanar conceitos. Os microcomputadores: uma ameaça? A expansão tecnológica prossegue acelerada nestes últimos anos.2 Síntese Um texto argumentativo procede a uma análise e defende o ponto de vista do autor. que começam a fazer parte do nosso cotidiano e cuja manipulação já é acessível não só aos adultos leigos. do particular para o geral. videocassetes e. os microcomputadores.21 5. o texto argumentativo exige do autor conhecimento profundo do item abordado. O texto dissertativo pode ser construído de forma dedutiva. faz-se urgente a descoberta (ou a adoção) de métodos ativos que estimulem a energia criativa dos jovens. Para neutralizar tal ameaça. e que uma revolução da mente acompanhará a revolução informática. pois sua intenção principal é persuadir o leitor. o uso de linguagem clara e objetiva. tem como objetivo persuadir alguém sob o ponto de vista de quem escreveu. a elaboração de textos argumentativos requer o domínio da língua escrita culta. Essa “revolução” iminente vem alertando os responsáveis pela educação das crianças e jovens para a ameaça de robotização que o uso regular dos computadores. Panorama histórico da literatura infantil/Juvenil – adaptado) Português e Redação Exercício . 13. ou indutiva. Em lugar de lutarmos contra esse novo instrumento da civilização e do progresso. Deve ser claro e ter riqueza lexical. modificando dia a dia a feição e os hábitos de nossa sociedade. Talvez a maior novidade. mas até às crianças. verbos na terceira pessoa e ser estruturado com introdução. seja a “revolução informática” e suas conquistas mais recentes: videogames. (Nelly Novaes Coelho. urge que nos preparemos para dominá-lo. do geral para o particular. No entanto. A dissertação argumentativa é a tipologia mais cobrada em concursos públicos. desenvolvimento e conclusão. poderá provocar nas mentes em formação. que começa a preocupar os observadores. podendo tratar qualquer tema ou assunto. ou seja. Isso indica que já entramos na era do computador. introduzidos nas escolas e fora delas. Da mesma forma que acontece com a elaboração de textos dissertativos padrão. principalmente. 22 Português e Redação Assinale o item que indica. de forma mais precisa. b) Argumentativo. o caráter apresentado pelo texto. a) Didático. d) Descritivo. . c) Narrativo. 1. Tal fato depende dos interlocutores. no tempo e nos grupos sociais.2 Síntese As línguas variam no tempo. É possível observar que a variação no espaço e grupo social depende do meio ou espaço o qual convive. A variação no tempo é decorrente da época.Capítulo 3 Variação Linguística 1. no espaço e nos grupos sociais. Uma dúvida que sempre ocorre é que a gramática trabalha com a norma culta.1 Apresentação Esta unidade abordará as variações linguísticas que ocorrem no espaço. Variação Linguística 1. mas todos os gramáticos aceitam e dizem o seguinte: a utilização social da . hoji! a) “Nossa tradição educacional sempre negou a existência de uma pluralidade de normas linguísticas dentro do universo da língua portuguesa. a opção que melhor justifica a modalidade da língua enunciada pela personagem Chico Bento. é considerada dialeto de prestígio. Exercício 14. 2. desde que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma língua. fessora. o de permitir a interação verbal entre as pessoas. se pauta na perpétua evolução. Chico Bento: – fessora! A sinhora ia mi castigá pur arguma coisa qui eu num fiz? Professora: – Claro que não. isto é. não significa que esta variedade do português seja ‘errada’.” d) “A distância existente entre a língua falada e a escrita é bem grande. por exemplo. apenas.24 faculdade da linguagem. ao contrário. A norma culta diz respeito à gramática. Todas as variedades linguísticas são adequadas. Muito pelo contrário. na literatura.” b) “O fato de não ser um padrão. Norma Culta e Coloquial 2. ‘pobre de recursos’. é a linguagem utilizada. . ela tem uma clara lógica linguística.2 Síntese A variação é algo que sai da norma culta e vai ao coloquialismo. a comunicação. Assinale. Chico! Chico Bento: – inda bem.” c) “O fracasso dessa atitude fica bem claro no número impressionante de alunos que abandonam a escola. de não ser um modelo a ser imitado por quem se considera instruído.1 Apresentação Português e Redação Esta unidade abordará a norma culta e a norma coloquial. paralela à do organismo social que a criou. não pode ser imutável.” 2. criação da sociedade. pruque eu num fiz a lição di casa. e) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.”. Quando se pensa em coloquial. estamos foras! c) Vida nós quer! Drogas. o coloquial também faz parte da vida das pessoas e o ideal é que se separem as instâncias. Exercícios 16.25 Independentemente da escolaridade. analise as afirmativas a seguir. a palavra “drogas” tem valor de “morte”. II. b) Se apenas a afirmativa II estiver correta. a forma plural da frase nele exposta é: a) Vida nós queremos! Drogas. . c) Se apenas a afirmativa III estiver correta. Português e Redação 15. Ocorre que. neste caso. hipoteticamente. que é a modalidade mais praticada. tamos fora! d) Vida nós queremos! Drogas. um viciado em drogas. estamos fora! b) Vida nós queremos! Drogas. Isso porque. tamos foras! Com relação ao cartaz acima. se estará diante da norma coloquial. em que se faz uma contração e. No contexto do cartaz. III. I. se está fazendo referência em norma culta. Assinale: a) Se apenas a afirmativa I estiver correta. A linguagem formal do cartaz pretende atingir a elite dominante do país. pode ser feita uma analogia direta a oralidade. Mantendo o mesmo nível de linguagem do cartaz. as pessoas deveriam ter acesso à norma culta. Neste caso. De forma diferente seria se dissesse: “Tô preocupado”. d) Se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. O enunciador das frases do cartaz é. Exemplo: “Estou preocupado com a banca do concurso que farei. a norma culta é o dialeto de prestígio. tamos fora! d) Vida nós quer! Drogas. 2 Síntese Narrar é contar alguma coisa.Capítulo 4 Tipos de Discurso 1. há oportunidade de participação intensa. sendo preciso observar o tipo de fala dos personagens. Existe aqui o uso dos verbos de dizer. Discurso Direto 1. Dentro do discurso direto. além dos verbos de dizer. . No discurso direto. ou seja.1 Apresentação Esta unidade abordará o discurso direto. o personagem fala diretamente no texto. 1. o narrador está contando alguma coisa ao leitor. há os marcadores linguísticos. que são sinais de pontuação que trazem o personagem de maneira clara no texto. . c) O que distingue o discurso direto são os marcadores linguísticos presentes na interação do personagem. ainda está em voga. já que o narrador se expressará com exclusividade naquele texto ou naquele fragmento. pois o narrador participa diretamente do texto. Discurso Indireto e Indireto Livre 2. Ainda. por exemplo. É necessário diferenciar as charges das tiras. mapeia uma fala diretamente vinda do personagem. 2. Considerando o excerto acima. b) O fragmento em destaque conta com a presença de discurso direto. Já as tiras não possuem este prazo. assinale a alternativa incorreta: a) O fragmento ilustra uma obra clássica e apresenta com distinção o narrador e o personagem. d) Os textos.1 Apresentação 2. Exemplo: a troca do Papa. ou seja. Pode-se pegar uma tira da década de 1970. o indireto e o indireto livre. de um modo geral. quando se pensa em uma charge pensa-se em um assunto momentâneo. ou seja. a primeira coisa que deve ser feita é eliminar toda e qualquer marcação linguística. cresce depressa pra você ir pra São Paulo ganhar muito dinheiro. e publicar em um jornal. o narrador sai para o personagem entrar. Leia este trecho: O pecurrucho tinha cabeça chata e Macunaíma inda a achatava mais batendo nela todos os dias e falando pro guri: – Meu filho. As charges possuem prazo de validade.2 Síntese No discurso indireto. Isso porque o assunto não caducou. podem vir carregados dos três tipos de discursos: o direto. Português e Redação Esta unidade abordará o discurso indireto e o discurso indireto livre.27 É possível observar que o discurso direto traduz. Exercício 17. Ao eliminarem-se os sinais de pontuação. são colocadas as conjunções. as charges e as tiras trazem o discurso direto. Contudo. não pensa. em São Paulo. Ela devia ter razão. costurando os outros tipos de discursos presentes. há três marcações de discurso direto no trecho em destaque acima. Exemplo: “Se pudesse economizar durante alguns meses. o narrador “imita” o personagem. haverá o discurso indireto livre. quem é do chão não se trepa. b) Se apenas a I e a IV estiverem corretas. e) Se I. o discurso indireto não está representado pelo trecho acima. c) Se apenas a III e a III estiverem corretas. O narrador reconstitui aquilo que ouviu. não tendo o narrador espaço de manifestação. não há nenhum marcador linguístico. Preferem esteira e bicicletas. II. no indireto livre. pensou. Agora desejava saber que iriam fazer os filhos quando crescessem. Leia com atenção o fragmento abaixo: Em que estariam pensando? zumbiu sinha Vitória.” Aqui. III e IV estiverem corretas. mas há preocupação com a verossimilhança com aquilo que foi dito pelo personagem. d) Se I e III estiverem corretas. Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. da Academia Bioritmo. mas não foi. I. –– Vaquejar. mas chega um momento que faz uma colocação que poderia ter sido utilizada literalmente como se fosse do personagem. Forjara planos. Fazendo a contraposição. . O discurso indireto livre é representado por meio de três períodos no trecho. Afirma que nessa faixa etária as pessoas procuram saúde. IV. III. o narrador desenvolve. Ele conta que o número de alunos acima de 60 anos aumenta ano a ano. a) Se todas estiverem corretas.28 Um exemplo que caiu em prova: Conversei com o professor de educação física especializado em saúde e envelhecimento Igor Yole. Mas sinha Vitória renovou a pergunta –– e a certeza do marido abalou-se. falando inclusive em seu tempo verbal. O discurso indireto permeia todo o fragmento. Tinha sempre razão. Se no discurso indireto o narrador fala pelo personagem. Também querem socializar. Aqui. opinou Fabiano. levantaria a cabeça. Menino é bicho miúdo. o narrador falará tal como se fosse o personagem. Assinale a alternativa que indica as respostas corretas. Exercício Português e Redação 18. Tolice. sendo estudadas a denotação e a conotação. Denotação e Conotação 1. no sentido denotativo é referente ao animal. Denotação ou sentido denotativo é aquele em que as palavras aparecem como estão no dicionário.1 Apresentação Esta unidade abordará as figuras de linguagem.2 Síntese Inicialmente. . Exemplo: O BURRO puxava a carroça e ajudava o catador de lixo no transporte do que conseguia. A palavra cachorro. 1. por exemplo. é preciso entender que em concursos públicos podem cair textos com as mais variadas formas e a respeito dos mais variados temas.Capítulo 5 Denotação e Conotação 1. d) . Português e Redação 2. Representa o fruto do desconhecimento do sentido das palavras por parte do falante. Este não tem o valor de reforçar uma noção já implicada no texto. sendo estudado agora o pleonasmo..” (Manuel Bandeira). em sua docilidade. Exercício 19. O pleonasmo vicioso é um erro. Ele começa em forma de pequenas feridas na BOCA... Pleonasmo 2. é o que a gramática chama de solecismo. Aparece sobretudo na língua e no ASSOALHO da boca. Exemplo: O rapaz não aprende nada: é BURRO mesmo! Exemplo: A garota. Nota-se que nos dois exemplos as palavras possuem sentido denotativo. Trata-se de termos que extrapolam a literalidade...30 Exemplo: Ganhou uma JOIA de muito valor: esmeraldas e diamantes em ouro branco.. Poeticamente.. Exemplo: “Realizou um hemograma de sangue hoje de manhã. A conotação ou sentido conotativo é aquele em que as palavras aparecem em seu sentido contextual.2 Síntese Pleonasmo é usar expressões que são redundantes com a finalidade de reforçar uma ideia.” . 2. Ou escovar os DENTES bruscamente. Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido conotativo: a) O TABAGISMO encabeça a lista dos fatores de risco. Exemplo: “A vida. e) . era uma JOIA. Contribuem para o aparecimento do CÂNCER. não vale a pena nem a dor de ser vivida.. c) . É também conhecido como sentido figurado. b) .” Exemplo: “O problema é grave: leucemia no sangue. serve para embelezar o texto.1 Apresentação Esta unidade abordará as figuras de linguagem. c) Ao povo. O fragmento transcrito que constitui um exemplo de linguagem metafórica é: a) “O trabalho enobrece. causando o efeito de atribuição inesperada ou improvável de significados de um termo a outro. Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura de sintaxe denominada pleonasmo. d) Ele que era forte e corajoso.31 Exercício 20. a) Esperamos. Metáfora e Prosopopeia 3. Trata-se de uma comparação que não usa conectivo (por exemplo. 3. Exemplo: “A morte chegou sorrateira e se revelou terrível. “como”). b) Dizem que os brasileiros autênticos somos loucos por futebol.” A prosopopeia é o mesmo que personificação. ou para a curtição dos afetos. sinceramente. Exemplos: “Minha vida é um show. deve enobrecer bem mais. É uma figura de linguagem que atribui características humanas. personificando seres ou coisas que não têm vida. mas a garota estava de regime. sendo estudada a metáfora e a prosopopeia.” “Ela é um verdadeiro furacão em seu trabalho. e o roteiro foi Deus quem traçou.2 Síntese A metáfora consiste em uma comparação entre dois elementos por meio de seus significados imagísticos.” 21.” Português e Redação Exercícios . você compreenda nossos motivos.1 Apresentação Esta unidade abordará as figuras de linguagem. ei-lo fraco e covarde. e) Informaram que Sua Santidade continua adoentado. 3.” b) “O tempo para contemplação da arte e da natureza.” Exemplo: “O sanduíche pediu para ser devorado. nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos. por exemplo. havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. nasce do sofrimento suportado com dignidade. abertas para o verde onde cresce a esperança.” Diz-se que há personificação quando houver atribuição de sentimentos.” d) “Eu prefiro a velha dama esquecida num canto feito uma mala furada. todos dormem. Metonímia e Antítese 4.” e) “Fica decretado. eventualmente. Antítese é a figura de linguagem que consiste em construir um sentido por meio do confronto de palavras opostas. “Thomas Edson ilumina o mundo. todos dormem.” b) “As janelas devem permanecer. quem sabe com resignação.1 Apresentação Esta unidade abordará as figuras de linguagem. marcharemos todos pela vida verdadeira. Exemplos: “Sempre gostou de ler José de Alencar. por definição.” d) “O lobo e o cordeiro pastarão juntos.” c) “O homem confiará no homem como a palmeira confia no vento. o dia inteiro. c) “Ser feliz. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de personificação no texto II.” “Estou acordado e todos dormem.32 22. traços psicológicos e (ou) comportamentos humanos a seres inanimados e a animais. há de nos tornar melhores do que a desgraça. mas sim o livro). sendo estudada a metonímia e a antítese.” (as lâmpadas iluminam o mundo). a) “De mãos dadas.” 4. Português e Redação 4.” e) “O que nos pode tornar mais bondosos e tolerantes.” . que se chama ética.” (não a pessoa. Exemplos: “Tristeza não tem fim. que o homem é um animal que ama.” (comeu tudo o que havia no prato). felicidade sim. viver com alguma harmonia. “Comeu o prato todo.2 Síntese A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro. ” Metáfora b) Sentia na boca um sabor de vida e morte. a) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” Antítese Português e Redação 23. Prosopopeia c) Gostava de ler Machado de Assis. . Exercício Considerando a presença de figuras de linguagem nas frases. felicidade sim. O paradoxo também é contraditório. Metonímia d) “Tristeza não tem fim.33 É preciso ressaltar que não se deve confundir a antítese com o paradoxo. assinale a alternativa INCORRETA. porém é uma oposição de ideias. Relações Lógico-Semânticas do Período Composto 1. mas precisa ter sentido completo. mesmo assim. . A oração precisa de verbo ou de locução verbal. mas. as orações.1 Apresentação Esta unidade abordará as relações lógico-semânticas do período composto.Capítulo 6 Relações Lógico-Semânticas 1.2 Síntese São as relações dentro do conteúdo que possuem sentido lógico. A frase não precisa ter verbo. constituem períodos. Essas palavras formam frases ou orações e. um texto é produzido por meio da organização de palavras que se unem adequadamente. nem toda oração é uma frase. Por isso. ou seja. 1. nem sempre tem sentido completo. quando contém mais de um núcleo verbal. Exercício 24. seja.. já. quando contém apenas um núcleo verbal. Distinção entre Conclusão e Explicação 2. ora. embora deva se manter em contínua capacitação. seja. Alternância aponta ideia de escolha. Português e Redação 2. explicação ou causa. e máquina alguma substitui o professor – este sim.2 Síntese . a educação se realiza. Normalmente se emprega a conjunção ou..... quer. as conjunções pois ou portanto sempre aparecem entre vírgulas.... Nelas. é apoio. assim. ou composto.” [Concessão]. utilizam-se também os pares: ora. d) “O educador não pode mais assumir o papel de detentor absoluto do conhecimento.. [. a) “[. b) “E.35 Um período é composto de uma ou mais orações. A oração explicativa expressa uma justificativa. podendo ser simples. já. 2.. razão. respeito.] que não se debruça para examinar melhor a peculiaridade de cada aprendiz.. Emprega-se vírgula para introduzir estas orações. junto com o amor. c) “O computador é ferramenta. motivo. porque. é máquina. Assinale a alternativa em que. quer. a alma da educação. Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. entre as orações.1 Apresentação Esta unidade abordará a distinção entre conclusão e explicação... a relação de ideias apontada entre colchetes.” [Alternância]. A oração conclusiva transmite a ideia de conclusão em relação ao que foi dito na oração anterior. surge compromisso. Além dela. O número de núcleos verbais é igual ao número de orações.]” [Causa]. exclusão. não está presente.” [Finalidade].. no trecho transcrito.. 2 Síntese A ideia de finalidade é aquela que expressa o objetivo. . desculpar. portanto. para que entrasse um pouco de vento na casa. Eu vou estudar para passar num concurso público. “É. Lembrando que o verbo para (de parar) induz a uma ação enquanto a conjunção para.” Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico que o do destacado na passagem acima. o propósito daquilo que é apresentado na oração principal. a) Ele é tão irreverente que chega a ser mal-educado. e) Fiquei atento porque você será chamado a seguir. 3. (ação) 2.36 Exercício 25. Por exemplo: 1. (a fim de) Português e Redação Exercício 26. Finalidade 3. porque não queria cair em tentação. d) Rezei. c) Fez sinal que todos se aproximassem em silêncio. c) Você foi injusto com seu amigo. deve. pois estava acamado. revela a finalidade de uma ação.1 Apresentação Esta unidade abordará finalidade. Essas orações geralmente aparecem introduzidas pela conjunção para. que é o caso em estudo. um estado de compreensão prévia. com o objetivo de que e porque. b) Ela não para de estudar nem um minuto sequer. 3. b) Como disse a verdade. pois. d) Não veio à reunião. Todas as alternativas abaixo possuem a ideia de finalidade.se com ele. Ela não para quieta um segundo. mas também podem ser introduzidas por a fim de que. não foi punido. exceto: a) Abri a porta. Já a ideia de adversidade exprime fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração anterior. e) Consequência. estabelecendo.1 Apresentação Esta unidade abordará as ideais de oposição. em relação à oração anterior.1 Apresentação Esta unidade abordará a conjunção “e”. b) Causa. Observe o trecho: A OMS adverte que esse problema duplo não é simplesmente de países ricos ou pobres.37 4. no discurso. c) Finalidade. Oposição . 5. expressando uma ideia de: a) Adição. d) Proporção. A conjunção “e” pode revelar relações que estabelecem ideias de adição. A conjunção mas estabelece uma relação de sentido com a oração imediatamente anterior. A ideia de adição expressa soma ou sequência de ações. adição. assumir variados matizes de significado. 4. adversidade. estabelecendo contraste ou compensação. Português e Redação 5.2 Síntese Certas conjunções podem. Exercício 27. mas está ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação. uma noção de acréscimo. consequência ou concomitância existentes no período composto. Conjunção “E” 4. a ideia será de adversidade. porém.7 millhas vão desaparecer por causa do aquecimento global. O concurso será muito concorrido.” (apesar disso). c) “E.2 Síntese As orações com sentido de oposição são aquelas que estão unidas por uma conjunção que introduz a sentidode contraste ou adversidade entre as orações.]” (No entanto). 2. Ambas as frases apresentam o mesmo sentido. oposição. mas a prova será fácil. ao mesmo tempo em que essas 1. caso a retirada da conjunção prejudique o entendimento da oração. começou a contagem para uma catástrofe ainda maior. segundo as observações daqueles cientistas.2 Síntese A conjunção como pode transmitir ideias diferentes quando utilizada. A ideia de concessão deve ser entendida como contraste.. em 1945. 6. Apesar de o concurso ser muito concorrido. É preciso ter em mente que o princípio do sentido rege as relações lógico-se- . Quando a conjunção puder ser retirada do período sem que haja prejuízo na sua compreensão. Exercício 28. Conjunção “Como” 6. Exemplos: 1. agora faltam apenas cinco minutos para a hecatombe final. O articulador sintático pode ser substituído adequadamente pela palavra ou expressão indicada entre parênteses em: a) “Como alguém já disse.. 6. será de concessão.38 5. a situação era muito ruim [. brincando tragicamente: antigamente..]” (Já que). uma é adversativa e outra é concessiva. d) “Mas.1 Apresentação Português e Redação Esta unidade abordará a conjunção “como”.” (logo que). várias cidades à beira-mar vão também ficar submersas [. a prova será fácil. de acordo com a simulação feita.. b) “Vejam que contradição: mal terminou a 2ª Guerra. c) Condição. concessão. os períodos abaixo: Caso haja justiça social. (Conforme). causa. b) Tempo. ou seja. Na relação de comparação. respectivamente. causa. as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: a) Tempo.1 Apresentação Esta unidade abordará a ideia de causa. está sendo analisado o contexto das orações. Por exemplo: Como você passou no vestibular. concessão.39 mânticas. se na oração tiver consequência atua com exclusão. 7. Na relação de causa. não se escutou um único ruído. consequência. Explicação e Consequência . o de causa sempre demanda uma consequência. Como todas aquelas pessoas estavam concentradas. ele obedeceu. com atenção. é necessário ter um objeto comparador. há a dependência de solicitação. Na relação de conformidade. ganhará um carro. Por exemplo: Carol está vestida como uma mulher discreta. Português e Redação 7. o de conformidade demanda uma solicitação. não será de conformidade e nem de comparação. causa. Assim. Ideias de Causa. ela não fornece uma reprodução fiel da realidade. Pode apresentar relação de conformidade. comparação. haverá paz. Leia. Assinale a alternativa que apresenta. será de causa. (Relação de causa e consequência) Exercício 29. explicação e consequência. Embora a televisão ofereça imagens concretas. e) Concessão. o sentido de comparação traz a distinção entre dois objetos. comparação e causa. é possível estabelecer a relação de conformidade presente na oração. logo. concessão. d) Condição. comparação. Por exemplo: Como foi solicitado. conformidade. A ideia de causa sempre vem acompanhada de uma consequência. estão inscritas no nosso patrimônio genético. Por exemplo: Ela é tão estudiosa que conseguiu o primeiro lugar. os verbos. sintaticamente: a) Causa. e isto é repassado ao interlocutor/leitor pelo uso de verbos que garantam a realização desta consequência. Causa: ser estudiosa. apresentam o passado. A ideia não é completa. e) Concessão. por isso passou no concurso. Por exemplo: Estudará para passar no concurso.40 7. ..” A segunda oração do período destacado. tanto. Exercício Português e Redação 30. “As emoções são tão inerentes ao ser que. de certa forma. d) Consequência.2 Síntese As orações causais diferem-se das explicativas. Consequência: conseguiu o primeiro lugar. Por exemplo: Estudou muito. segundo alguns estudiosos. que ainda não aconteceu. A ideia de consequência é transmitida pelo uso das expressões: tão. c) Explicação.. em relação à primeira. visto que as primeiras estabelecem uma relação de causa-consequência entre uma oração principal e outra dependente. Enquanto a ideia de explicação transmite uma suposição. um fato que não se pode comprovar.. sua completude. que. estas encerram a justificação do que se disse na oração anterior.. expressa. b) Tempo. que. Já no que concerne às explicativas. A ideia precisa ser completa. art. a impessoalidade. a moralidade. Dessa forma. clareza. concisão. Redação Oficial 1. 1. uniformidade e o uso do padrão culto da linguagem deverão ser características norteadoras . são princípios fundamentais de toda a Administração Pública a legalidade. 37.Capítulo 7 Redação Oficial 1. impessoalidade. sendo inadmissível que um documento expedido pelo Poder Público esteja redigido de maneira obscura ou ambígua.1 Apresentação Esta unidade abordará a definição da redação oficial. formalidade.2 Síntese Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. a publicidade e a eficiência. Segundo a Constituição Federal. 42 da redação de um documento oficial. Português e Redação 2. Impessoalidade: a) ausência completa de impressões individuais de quem comunica. dos modismos vocabulares. Os textos devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente impessoais e uniformes. Os quatro princípios das comunicações oficiais são impessoalidade. A identificação das características específicas da forma oficial de redigir visa à criação de uma forma específica de linguagem administrativa. permitindo.1 Apresentação Esta unidade abordará os termos técnicos que regem a redação oficial.2 Síntese Não existe propriamente um padrão oficial de linguagem. A transparência do sentido dos atos normativos. por essa razão. Exercício 31. a fim de produzir um texto transparente e inteligível para todo o conjunto de cidadãos. são requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. que todos os cidadãos compreendam o texto oficial. A finalidade da redação oficial é comunicar com impessoalidade e máxima clareza. 2. Nos dois casos. formalidade. sempre concebido como público. A obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do fato de aquele estar acima das diferenças lexicais. . Termos Técnicos 2. ou a outro órgão público. temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal. mas isso não implica que se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática. b) impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão.bem como sua inteligibilidade. II. concisão e clareza. das idiossincrasias linguísticas. Há preferência pelo uso de determinadas expressões. o que há é o uso do padrão culto nos atos e comunicações oficiais. morfológicas ou sintáticas regionais. Julgue os itens a seguir: I. A Constituição Federal expressa a publicidade e a impessoalidade como princípios fundamentais de toda a administração pública. o tipo de letra deve ser Times New Roman. O conteúdo das comunicações oficiais não se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público. haja motivações pessoais para os interesses públicos. é imperativo. Julgue os itens a seguir: I.2 Síntese . ainda. 3. Exercício 32. As comunicações oficiais devem ser sempre formais. caso os destinatários sejam íntimos. fonte 10 para as notas de rodapé. isto é. dependendo a quem se destina o documento. II. A impressão de documento oficial é em formato A4. A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. o uso de papéis uniformes para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização.43 c) caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público. certa formalidade de tratamento. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. fonte 11 para citação e. A clareza datilográfica.1 Apresentação Esta unidade abordará a formalização ou padronização. Português e Redação 3. à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. Formalização ou Padronização 3. Esses princípios devem nortear igualmente a elaboração dos atos e comunicações oficiais. é natural que não caiba qualquer tom particular ou pessoal. fonte 12 na redação. obedecem a certas regras de forma. Opinião pessoal não é de interesse público. Além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do padrão culto de linguagem. é natural que. A formalidade diz respeito à polidez. a formalidade/padronização e a concisão. I. os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + palavras-chave do conteúdo. A respeito do Padrão Ofício.1 Apresentação Português e Redação Esta unidade abordará os pronomes de tratamento. No entanto. Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral. conforme ensina o Manual de Redação da Presidência da República. III. e) se nenhuma afirmativa estiver correta. d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. O verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático. além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. é fundamental que se tenha. 4. o uso do padrão culto de linguagem. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor. 4. Todos os tipos de documento do Padrão Ofício devem ser impressos em papel ofício. .44 Para que se redija com essa qualidade. Para facilitar a localização. analise as afirmativas a seguir.2 Síntese Embora se refiram à segunda pessoa gramatical. Exercício 33. ela depende estritamente das demais características da redação oficial: a impessoalidade. Pronomes de Tratamento 4. A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Assinale: a) se todas as afirmativas estiverem corretas. 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé. os pronomes de tratamento levam a concordância para a terceira pessoa. é necessário tempo para revisar o texto depois de pronto. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. a clareza não é algo que se atinja por si só. II. está abolido o uso do tratamento digníssimo. o tratamento será da seguinte forma: Senhor Ministro. juiz. O vocativo adequado é Senhor. senador. Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. Os pronomes possessivos referentes a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa. Seu: 3ª pessoa). Senhor Senador. dignidade é pressuposto do cargo público. Do Poder Judiciário. Também a cargos de natureza especial. Verbo: 3ª pessoa. qualquer membro dos tribunais e todos os juízes. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. os ministros dos tribunais superiores. Em comunicações oficiais. estaduais. Desta forma. (Vossa: 2ª pessoa. a de saudar o destinatário. prefeitos. Vossa Excelência diz respeito a autoridades do poder Executivo.Por exemplo: Vossa Senhoria nomeará seu substituto. Português e Redação 45 . ministros do Estado e do Governo. Legislativo: Presidente do Congresso Nacional. Senhor Juiz. e sim título acadêmico. pois. para ministro. para as demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor. Os deputados federais. Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para particulares. os presidentes das Câmaras e Assembleia. os nomeados. É utilizado o termo respeitosamente para autoridades superiores. E para as demais autoridades usa-se atenciosamente. o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere. O nome não é obrigatório. inclusive Presidente da República. seguido do cargo respectivo. Por exemplo. terá que ser escrito por extenso. ou seja. generais das Forças Armadas. além da finalidade óbvia de arrematar o texto. auditores da Justiça Militar. Judiciário: Presidente do Supremo Tribunal Federal) jamais escreva Vossa Excelência de forma abreviada. Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento. Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional. distritais. Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes.Ao se dirigir por escrito a um Chefe de Poder (Executivo: Presidente da República. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor. seguido do cargo respectivo.Mas. O fecho das comunicações oficiais possui. Excelentíssimo Senhor Presidente da República. O Manual de Redação Oficial do Palácio do Planalto traz exemplos dos itens mencionados. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado. O fecho e a data devem ser alinhados à margem esquerda. b) Vossa Excelência – Cardeal. ideias. para autoridades de mesma hierarquia. diretrizes. só é utilizado pelo servidor público. exposição e justificativa. d) Vossa Senhoria – Capitão BM. 5. utilizar o termo digo . Trata-se.1 Apresentação Esta unidade abordará as funções dos documentos públicos. o(s) anexo(s) deve(m) ser mencionado(s) no texto. a serem adotados por determinado setor do serviço público. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e. Memorando é sinônimo de comunicação interna. Português e Redação 5. Ata é um documento em que são registradas as ocorrências de uma reunião. Requerimento é um pedido feito por pessoa física ou jurídica de algo a que se tem direito. portanto. Deve possuir. Funções dos Comunicados Públicos 5. a simplicidade. no máximo. de uma forma de comunicação eminentemente interna. O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão.2 Síntese Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas.46 Exercício 34. também com particulares. A sua principal característica é a agilidade e. ou ser empregado para a exposição de projetos. Pode ter caráter meramente administrativo. Caso seja necessário anexar algum documento. Assinale a alternativa incorreta: a) Vossa Excelência – Deputado Federal. ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Havendo erro na escrita. O texto deve ser bastante objetivo. incluindo a identificação. dirige-se a uma autoridade. entre outras. redigido em terceira pessoa. seis ou dez linhas. assembleia ou um evento. c) Vossa Excelência – Governador. que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. no caso do ofício. etc. dar ciência de leis. utilizar o termo em tempo. Exercício Julgue os itens: I. O aviso é um tipo de correspondência muito utilizado e pode ser expedido por quaisquer pessoas do serviço público. portarias. . Se reconhecer o erro (no início do texto) apenas no final da escrita. Destina-se a uma ou mais pessoas. pedidos ou instruções.47 logo em seguida. ordens. A circular é utilizada para transmitir avisos. decretos. O memorando é um documento exclusivo para fins de comunicação interna dentro dos órgãos públicos. II. órgãos e empresas. Português e Redação 35. 33. II. Letra D. Letra B. 18. Errado. Letra B.48 Português e Redação Gabarito 1. 4. Letra D. 11. 23. O conteúdo das comunicações oficiais nunca pode conter motivação pessoal. 15. 9. 17. Letra A. Letra B. Letra D. Letra B. Errado. 14. 8. Certo. I. Letra B. 24. Letra A. Letra D. 19. Letra A. 26. Letra B. Letra C. 32. Letra C. II. 21. Letra D. Errado. 10. 27. II. 7. 3. Letra D. Certo. 31. Letra B. Não faz sentido a criação de uma norma específica. 28. (Vossa Eminência) I. Letra C. Letra D. Letra B. Letra E. Certo. . Letra C. 35. 30. Letra C. 6. Pois. Letra D. 2. 25. Letra D. 12. Letra A. 20. 29. o aviso só pode ser expedido pelo Presidente da República e Ministros do Estado. Letra A. 5. Letra C. Letra C. 13. 34. I. com uma linguagem administrativa. 16. Letra D. Letra E. 22.