Portal Gramaticando

April 2, 2018 | Author: Thiago Shinzan Fonseca | Category: Grammatical Tense, Phoneme, Vowel, Plural, Pronoun


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PORTAL GRAMATICANDOPor Peter Ensi SUMÁRIO Fonologia - 3 Estrutura e Formação das Palavras - 7 Classes gramaticais - 15 Substantivos - 15 Artigo, interjeição e numeral - 20 Adjetivo - 21 Verbos - 23 Advérbio - 34 Pronome - 37 Preposição - 39 Conjunção - 40 Sintaxe I - 43 Frase, período e oração - 43 Sujeito - 43 Vozes verbais - 45 Objeto e transitividade verbal - 46 Complemento nominal – 47 Adjunto adnominal e adjunto adverbial - 48 Adjunto adnominal x Complemento nominal - 50 Predicativo - 51 Predicat. do objeto x Adj. adnominal x Compl. Nominal - 53 Aposto e vocativo - 54 Predicado - 55 Sintaxe II – 57 Orações coordenadas - 57 Orações subordinadas - 58 Ortografia - 65 Crase - 65 Acentuação – 68 Hífen – 70 Pontuação - 72 Regência e concordância - 75 Concordância nominal - 75 Concordância verbal - 77 Regência - 80 FONOLOGIA 1. FONEMA Seu objetivo: Entender o que é fonema. Letra e fonema: o fonema é o som verdadeiro das palavras (do modo em que as pronunciamos) e a letra é a representação gráfica desses fonemas. Exemplo 1: Nós escrevemos CASA, mas na realidade falamos CAZA (o “s” tem o som de “z”). Portanto, CASA é a representação gráfica com letras e CAZA é o modo que nós realmente pronunciamos a palavra, já que, nesse caso, a letra “s” tem o mesmo fonema da letra “z” (mesmo som). Exemplo 2: A palavra HOTEL tem cinco letras (h, o, t, e, l), mas tem quatro fonemas (porque nós falamos OTEL, ou seja: a letra “h” não tem som e, portanto, não conta como fonema). Exemplo 3: A palavra CARRO tem cinco letras (c, a, r, r, o), mas o RR tem um único som, ou seja: um único fonema. Portanto, as letras RR correspondem a um mesmo som. Logo, se separarmos os fonemas entre barras, nós pronunciamos a palavra assim: /C/ /A/ /RR/ /O/. Ou seja: a palavra CARRO tem quatro fonemas (porque RR conta como um fonema só, um som só). Exemplo 4: A palavra TÁXI tem quatro letras, porém ela tem cinco fonemas (porque nós falamos TÁCSI). Ou seja: a letra “x”, quando pronunciada em TÁXI, tem o som de “CS”. Isso significa que uma letra pode ter mais de um fonema. Conclusão: o número de fonemas não tem relação com o número de letras. Uma palavra pode ter mais ou menos letras do que fonemas (ou então pode ter o mesmo número de letras e de fonemas). Para saber o número de fonemas, você precisa pensar na palavra exatamente como ela é pronunciada (CAZA, OTEL, TÁCSI). Então, basta contar (CAZA tem quatro fonemas, OTEL tem quatro fonemas e TÁKSI tem cinco fonemas). 2. SEMIVOGAL E DITONGO Seu objetivo: Entender o que é semivogal e o que é ditongo. Você já sabe que existem dois tipos de letras: as vogais (a,e,i,o,u) e as consoantes (que formam o resto do alfabeto). Porém, em determinadas situações, uma vogal pode se transformar numa semivogal. Vamos ver, agora, o que é isso. Semivogal: é a vogal que tem som de “i” ou de “u” quando ela aparece ao lado de outra vogal numa mesma palavra (leia isso até entender bem porque esse conceito é muito importante). 3 os ditongos. GU. SÇ. São elas: RR. CH. Ex: carroça. baixo. Tritongo: é o encontro entre duas semivogais e uma vogal (a vogal fica entre as duas semivogais). chato. os tritongos e os hiatos são encontros vocálicos. NH. foguete. XC. Ditongo: é o encontro de uma vogal com uma semivogal na mesma sílaba. QU. Ex: praia.Exemplo 1: Na palavra REI. o “I” é. céu. Ex: mãe Ditongo Oral: o som não passa pelas narinas (vai direto pela boca). Portanto. etc. Logo. pai. SS. ideia) quando o som é aberto (“pái”. passarinho. Vimos que o ditongo é o encontro de uma vogal e de uma semivogal na mesma sílaba. 3. encontros consonantais. Ditongo Nasal: o som passa pelas narinas (e se você tapá-las o som se altera). pneu. na verdade. hiato. doido) quando o som é fechado (“bôi”. a vogal “O” está ao lado da vogal “A”. digno. uma semivogal. Paraguai. Exemplo 3: Na palavra CAOS. a vogal “U” aparece ao lado da vogal “A”. nascer. Ex: boi. Dígrafo: ocorre quando duas letras passam a ter um único fonema. Ditongo Crescente: a semivogal aparece antes da vogal. pátria. Se você realmente entendeu o que é uma semivogal. Como a vogal “O” tem o som de “U” (“CAUS”). dígrafos e nasalizações. água. HIATO. Ex: saída (sa-í-da). a vogal “I” aparece ao lado da vogal “E”. na verdade. Os ditongos orais podem ser fechados (boi. Encontros Consonantais: são os encontros entre consoantes numa mesma palavra (na mesma sílaba ou não). Ex: Uruguai. Ditongo Decrescente: a semivogal aparece depois da vogal. Ex: pai. Hiato: é o encontro de duas vogais em sílabas separadas. saguão. a vogal “U” é. “idéia”). hiato (hia-to). encontros vocálicos. 4 . Hoje nós vamos falar a respeito de outros conceitos importantes e terminar a matéria. “dôido”) ou abertos (pai. TRITONGO E DÍGRAFO Seu objetivo: entender o que é tritongo. então a semivogal é a vogal “O”. advogado. Exemplo 2: Na palavra ÁGUA. SC. uma semivogal. alho. LH. ritmo. Ex: água. então o próximo assunto vai ser muito fácil. Então. Encontros Vocálicos: são os encontros de vogais (ou de vogais com semivogais) numa palavra. boi. Exemplos: rei. CH. Observação 2: RR. alterando. LH. com o A nasalizado). podendo formar ditongos (encontro entre uma vogal e uma semivogal) ou dígrafos (duas letras formando um único fonema). Caso 1 – “AM” e “EM”. XC não são encontros consonantais. SS. Nasalizações: as letras M e N nasalizam a letra anterior. assim. porque entendemos “TÕTO”. porém tem quatro fonemas. BEM (pois se entende “BÊI”. ou seja: o “N” nasaliza a vogal “O”. os fonemas. em final de palavra. Ex: A palavra TONTO tem cinco letras. formam ditongos. Duas letras (ON) com um som (Õ) formam um dígrafo. esses dois casos. com o E nasalizado). agora. Caso 2 – “M” e “N” formam dígrafos quando nasalizam a vogal anterior (vogal nasal). Ex: CANTAVAM (pois se entende “CANTAVÃU”. SÇ. SC.Observação 1: quando a letra X tem som de “CS” (como em “táxi” ou “tórax”) ele também passa a ser um encontro consonantal. mas sim são dígrafos. Vamos ver. NH. 5 . Isso quer dizer que o som de “ON” é um só. 6 . Portanto. ou seja: desde que não seja oxítona ou termine com consoante. tema e afixos. o radical é FERR e a vogal temática é E (aparece logo depois do radical). Observação: É importante que você leia todos os exemplos porque eles foram criados de modo a evitar confusões e dúvidas futuras. Todas essas palavras estão associadas ao significado do radical LIND. então a vogal temática é nominal.ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 1. VOGAL TEMÁTICA. Exemplo 2: O radical de LINDA é LIND. Exemplo 1: Nas palavras FERRO. FERREIRO e FERRUGEM. estudar os morfemas. Outros exemplos: lápis. Outras palavras que tenham esse radical também estarão associadas a esse significado: PEDRADA. então a vogal temática é nominal. É o caso de PETRIFICAR (o radical mudou de PEDR para PETR). Porém. Exemplo 4: Na palavra CAFÉ. fêmur. Vogal temática: ela aparece logo depois do radical desde que a palavra não seja atemática. o radical é PEDR (é o termo que guarda o significado da palavra). vogal temática. o radical é CAFE e a vogal temática é A. Portanto. Como “ferro” é um nome (não é verbo). as letras também formam outras estruturas chamadas de morfemas. As palavras são formadas por letras e as letras formam sílabas. assim como em LINDÍSSIMA e LINDO. Exemplo 3: Na palavra PEDRA. FERR é o radical. 7 . Exemplo 2: Na palavra FERREIRO. o radical é FERR e a vogal temática é O. Hoje nós vamos começar a estudar a estrutura das palavras. portanto é uma palavra atemática (não tem vogal temática). Vamos. PEDREIRA. Será verbal se a palavra for um verbo e será nominal se a palavra for um nome (ou seja: se não for verbo). o radical é CAFE e como a palavra é oxítona (a última sílaba é tônica) ela não tem vogal temática (só tem radical). Exemplo 3: Na palavra CAFEZAL. CAFÉ é uma palavra atemática. o radical pode sofrer pequenas variações de uma palavra para outra. então. Radical: é a parte da palavra que guarda o significado original da palavra. Como “ferreiro” é um nome (não é verbo). RADICAL. como CAFÉ não tem vogal temática. ou seja: vamos entender como as palavras são formadas e criadas. o termo FERR guarda o significado original das palavras. Exemplo 5: A palavra BÔNUS termina em consoante. Porém. TEMA E AFIXOS Seu objetivo: entender o que é radical. que aparece logo depois do radical. Exemplo 1: Na palavra FERRO. Ela pode ser verbal ou nominal. Essa vogal temática indica que o verbo (CANTARAM) é uma conjugação de um verbo (CANTAR) que pertence à primeira conjugação (CANTAR – termina em AR). Exemplo 1: Na palavra BISNETO. Agora que você entendeu o que é radical e vogal temática. O tema é a união do radical com a vogal temática. (porque aparece depois do radical). tema e afixos. vogal temática. Afixos: são elementos que se juntam ao radical e eles podem ser de dois tipos: prefixos (aparecem antes do radical) e sufixos (aparecem depois do radical). REVISÃO O radical é a parte da palavra responsável pelo seu significado. Exemplo 2: Na palavra BELEZA. vai ser muito simples entender o que é tema. o radical é NET e o prefixo é BIS (porque aparece antes do radical). o radical é BEL e o sufixo é EZA. Desinências: podem ser nominais (presentes nos nomes. A vogal temática é aquela que aparece depois do radical (quando a palavra não varia quanto ao gênero masculino ou feminino). Exemplo: O tema de FERREIRO é FERRE (FERR + E = radical + vogal temática). Como “cantar” é um verbo. DESINÊNCIA NOMINAL Seu objetivo: entender o que é desinência nominal e saber diferenciá-la da vogal temática. o radical do verbo é CANT e a vogal temática é A. o radical é CANT e a vogal temática é A (aparece logo depois do radical). segunda conjugação (termina em ER e a vogal temática é o E) ou de terceira conjugação (termina em IR e a vogal temática é o I). Exemplo: Em “eles CANTARAM”. 8 . Os afixos são elementos que se juntam aos radicais e podem ser prefixos (quando aparecem antes dos radicais) ou sufixos (quando aparecem depois dos radicais). Observação: A vogal temática verbal indica a conjugação do verbo.Exemplo 6: Na palavra CANTAR. ou seja: se o verbo é de primeira conjugação (termina em AR e a vogal temática é o A). a vogal temática é verbal. Agora nós vamos continuar o nosso estudo e vamos começar a falar das desinências. Hoje nós vamos falar sobre as desinências nominais. 2. Tema: é simplesmente a união do radical com a vogal temática. No artigo anterior você aprendeu o que é radical. ou seja: nas palavras que não são verbos) ou podem ser verbais (presentes nos verbos). Logo. ônibus. Observação: da mesma forma que existem palavras que não têm desinência nominal de gênero por não variarem quanto ao gênero (masculino e feminino). essa desinência só existe para indicar quando a palavra é feminina ou masculina. A vogal A é apenas uma vogal que se junta ao radical MES. Observe que a letra E é uma vogal temática. Exemplo 2: A palavra PATO tem desinência nominal do gênero masculino (O) e a palavra PATA tem desinência nominal do gênero feminino (A). O radical é PAT. pires. 9 . Essa palavra possui um radical (POEIR) e uma vogal temática (A). Tome cuidado para não confundir essa desinência com vogal temática. a letra O é uma desinência nominal de gênero que indica que a palavra MENINO é do gênero masculino. Nessas palavras. Exemplo: lápis. vírus. Exemplo 1: Na palavra MENINOS. o “s” não está indicando o plural das palavras e. a vogal A é uma vogal temática (como visto no artigo anterior). a letra S é uma desinência nominal de número (que indica que a palavra está no plural). O tema é a união do radical com a vogal temática. Portanto. Exemplo 2: Na palavra MARES. a letra S é uma desinência nominal de número.Desinência Nominal de Gênero: é o elemento que indicam o gênero (masculino ou feminino) das palavras. Exemplo 3: Na palavra MESA. a letra S indica que a palavra está no plural. Exemplo 2: Na palavra MENINO. existem palavras que não têm desinência nominal de número por não variarem quanto ao número (só existirem no singular ou no plural). Desinência Nominal de Número: é o elemento que indica o número da palavra. A vogal temática é aquela que aparece depois do radical (quando a palavra não varia quanto ao gênero masculino ou feminino). já que a palavra MESA não tem a sua versão masculina (não existe “MESO”). se a palavra não tiver variações de gênero (se não tiver uma versão feminina ou uma versão masculina) então essa palavra não terá desinência nominal de gênero. por isso. Portanto. REVISÃO (de tudo o que você viu até agora) O radical é a parte da palavra responsável pelo seu significado. palavras que possuem um único gênero (isto é: só podem ser femininas ou só podem ser masculinas) não terão desinência nominal de gênero (elas podem ter vogal temática). Portanto. não pode ser desinência nominal de número. ou seja: indica se a palavra está no singular ou no plural. Desinência X Vogal Temática: como visto no Exemplo 3 no tópico anterior. a letra A é uma desinência nominal de gênero que indica que a palavra MENINA é feminina. a letra A não é desinência nominal. Exemplo 1: Na palavra MENINA. Os afixos são elementos que se juntam aos radicais e podem ser prefixos (quando aparecem antes dos radicais) ou sufixos (quando aparecem depois dos radicais). Exemplo 1: A palavra POEIRA não tem desinência nominal de gênero porque não existe “POEIRO”. presente ou pretérito). você precisa saber os conceitos básicos de conjugação verbal. etc. primeira pessoa do plural (nós). Caso contrário (ex: “mesa” – não existe “meso”). tu partes. temos: primeira pessoa do singular (eu). ônibus. Os verbos são conjugados de acordo com as pessoas do discurso. tu compras. Observação: a desinência número-pessoal não indica o tempo nem o modo que o verbo está conjugado. “tu” é a segunda pessoa e “ele” é a terceira pessoa. “Eu” é a primeira pessoa. vós viajais. A desinência nominal de número indica se uma palavra está no plural ou no singular. vós partis.A desinência nominal de gênero existe para diferenciar uma palavra masculina da sua versão feminina (e vice-versa). ele) ou então no plural (nós. tu ou ele) da conjugação de algum verbo. Para tanto. nós viajamos. DESINÊNCIA VERBAL. etc. o “s” não é desinência de número. terceira pessoa do singular (ele). essa letra “o” é uma desinência verbal número-pessoal (indica o número e a pessoa). segunda pessoa do plural (vós). segunda pessoa do singular (tu). Ela não indica qual é o modo nem o tempo (pode ser futuro. Desinência Verbal Número-Pessoal: como foi dito antes. eu compro. A desinência verbal pode ser de dois tipos: número-pessoal (indica o número e a pessoa do verbo conjugado) e modo-temporal (indica o modo e o tempo do verbo conjugado). nós partimos. tu vendes. essa desinência indica somente o número (singular ou plural) e a pessoa (eu. não confunda com vogal temática (“mesa” – a letra “a” é vogal temática). Isso pode acontecer no tempo presente do modo indicativo (eles cantam) ou no futuro do pretérito do modo subjuntivo (eles cantariam). Exemplo: pássaros (o “s” é a desinência que indica que a palavra está no plural). etc. para entender esse assunto. Essas pessoas podem estar no singular (eu. tu viajas. Nesses casos. A desinência “m” indica a conjugação na terceira pessoa do plural (eles): eles cantam. etc. eu viajo. eu parto. eu vendo. a pessoa. o tempo e o modo da conjugação do verbo. eles). pires). Portanto. Portanto. tu. terceira pessoa do plural (eles). 3. Ou seja: o “m” não indica o tempo nem o modo: só indica que o verbo 10 . Portanto. vós. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO Seu objetivo: saber identificar a desinência verbal e revisar os verbos. Exemplo: A letra “o” ao final dos verbos indica que o verbo está conjugado na primeira pessoa do singular (eu): eu canto. Cuidado que algumas palavras terminam em “s” sem estarem no plural (lápis. eles vendem. etc. A desinência “is” indica a conjugação na segunda pessoa do plural (vós): vós cantais. eles viajam). Nesses casos. a palavra precisa ter duas versões (“o cachorro” e “a cachorra”). A letra “s” ao final dos verbos indica que o verbo está conjugado na segunda pessoa do singular (tu): tu cantas. Desinência Verbal: é o elemento que indica o número. a letra “s” é uma desinência verbal número-pessoal. A desinência “mos” indica a conjugação na primeira pessoa do plural (nós): nós cantamos. Exemplo: vimos que a desinência “m” indica que o verbo está sendo conjugado na terceira pessoa do plural (eles cantam. assim. O tempo pode determinar uma ação no futuro (cantarei). As vogais e consoantes de ligação são elementos que apenas ligam os morfemas entre si para facilitar a pronunciada palavra. Nesses casos. o “s” não é desinência de número. Exemplo1: o verbo CANTAVA está conjugado no pretérito imperfeito do modo indicativo e sabemos disso por causa do VA (desinência que existe nos verbos conjugados no pretérito imperfeito do modo indicativo). Entretanto. é uma desinência verbal modo-temporal. A desinência nominal de gênero existe para diferenciar uma palavra masculina da sua versão feminina (e vice-versa). Portanto. sendo que o passado é chamado de “pretérito”. A vogal temática é aquela que aparece depois do radical (quando a palavra não varia quanto ao gênero masculino ou feminino). tu. REVISÃO (de tudo o que você viu até agora) O radical é a parte da palavra responsável pelo seu significado. além do número (singular ou plural) e da pessoa (eu. A desinência verbal está presente nos verbos e indica o número e a pessoa que eles foram conjugados (desinência número-pessoal) ou então o modo e o tempo da conjugação (desinência modo-temporal). indicando. A desinência nominal de número indica se uma palavra está no plural ou no singular. a palavra precisa ter duas versões (“o cachorro” e “a cachorra”). também podem variar quanto ao tempo ou quanto ao modo. pontiagudo. O tema é a união do radical com a vogal temática.está sendo conjugado por “eles”. Desinência Verbal Modo-Temporal: é a desinência verbal que indica o modo e o tempo da conjugação do verbo. ele). Exemplo: pássaros (o “s” é a desinência que indica que a palavra está no plural). não é possível saber o número e a pessoa: “ele cantava” ou “eu cantava”? Exemplo 2: “Se eu cantar” ou “se ele chegar”: o “r” não indica o número e a pessoa (“eu” ou “ele”?). 11 . pode ser uma dúvida (se eu cantar) ou então uma afirmação (eu canto). o número e a pessoa (terceira pessoa do plural). Exemplo: gasômetro. pires). mas ele indica a conjugação do verbo no futuro do subjuntivo. cafezinho. ônibus. Cuidado que algumas palavras terminam em “s” sem estarem no plural (lápis. Caso contrário (ex: “mesa” – não existe “meso”). não confunda com vogal temática (“mesa” – a letra “a” é vogal temática). Vogais e Consoantes de Ligação: são elementos que apenas ligam os morfemas entre si para facilitar a pronunciada palavra. o VA é uma desinência verbal que indica que o verbo CANTAR está conjugado no modo indicativo do pretérito imperfeito (CANTAVA). Já o modo indica o modo em que a ação verbal está sendo executada: pode ser uma ordem ou um pedido no modo imperativo (canta tu). Para tanto. Portanto. Exemplo: gasômetro. no presente (canto) ou no passado (cantei). Os afixos são elementos que se juntam aos radicais e podem ser prefixos (quando aparecem antes dos radicais) ou sufixos (quando aparecem depois dos radicais). Os verbos. Exemplo: couve-flor (couve + flor). girassol (gira + sol). Exemplo: tico-tico. a venda (de vender). A formação da palavra composta pode ser por justaposição ou por aglutinação.4. tique-taque. nós vamos estudar a respeito dos processos de formação de palavras. Derivação Regressiva: geralmente ocorre quando um verbo se transforma num substantivo. Se tirarmos apenas o prefixo ou apenas o sufixo a palavra deixa de ter sentido (não existe “empobre” nem “pobrecer”). Outros exemplos: petróleo (pedra + óleo). A Derivação pode ser dos seguintes tipos: Derivação Prefixal: ocorre com o acréscimo de prefixos à palavra. passatempo. Exemplos: o canto (de cantar). das palavras que possuem mais de um radical (couve-flor. Agora. cabisbaixo (cabeça + baixo). Exemplo: lealdade (leal + dade). ou seja: como as palavras são criadas. o nado (de nadar). Note que. a dança (de dançar). Seu objetivo: entender todos os processos de formação de palavras. Exemplo: injustiça (in + justiça). papai. Derivação Sufixal: ocorre com o acréscimo de sufixos à palavra. nesses exemplos. pé de moleque (pé + de + moleque). mudando a pronúncia de “plano”). formando “planalto”. Outros Processos de Formação de Palavras: Reduplicação: a palavra é composta por radicais repetidos (ou semelhantes). Derivação Parassintética: ocorre o acréscimo de prefixo e de sufixo ao mesmo tempo e a palavra só existe com os dois ao mesmo tempo. Composição por Justaposição: a palavra é formada por dois ou mais elementos e não ocorre alterações na pronúncia. Exemplo: empobrecer (em + pobre + cer). Formação por Derivação: é a formação das palavras simples (que possuem apenas um radical). PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Já estudamos a respeito da estrutura das palavras. não ocorre alteração na pronúncia dos elementos “somados”. 12 . Composição por Aglutinação: a palavra é formada por dois ou mais radicais e ocorre alterações na pronúncia. bem-me-quer (bem + me + quer). se você tirar somente o prefixo ou somente o sufixo a palavra se transformará em outra palavra (felizmente. Essa é a diferença entre a Derivação Parassintética e a Derivação Prefixal e Sufixal. principalmente (principal + mente). Exemplo: infelizmente (in + feliz + mente). Derivação Prefixal e Sufixal: ocorre o acréscimo de prefixo e de sufixo ao mesmo tempo (e se um dos dois for retirado então uma nova palavra será formada). Formação por Composição: é a formação das palavras compostas. etc). Note que a pronúncia foi alterada (o “plano” se aglutinou ao “alto”. Note que. reescrever (re + escrever). infeliz). Exemplo: planalto (plano + alto). ou seja. beija-flor. Abreviação: a palavra é reduzida a uma ou duas sílabas. Sigla: a palavra é representada pelas suas iniciais. “eu tenho coragem (adjetivo)”. Hibridismo: a palavra é formada por elementos de diferentes origens. automóvel (grego e latim).Conversão: de acordo com o contexto. pneu (de pneumático). 13 . burocracia (francês e grego). a palavra se converte em outra classe gramatical. moto (de motocicleta). Exemplo: “O nome do meu cachorro é Coragem (substantivo)”. Exemplo: foto (de fotografia). Exemplo: PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro). Exemplo: Sociologia (latim e grego). 14 . do verbo vender. as virtudes e qualidades (justiça. “livrinho”). Exemplos: livraria (vem de “livro”). Palácio do Planalto. paz. bondade. calor). ferreiro (vem de “ferro”). Exemplo: moleque. Substantivo Primitivo: é aquele que está em sua forma mais primitiva (sem afixos) e que pode originar novas palavras (derivadas). Substantivo Próprio: é aquele que nomeia algo único (individual) e é escrito com letra maiúscula. Primeira Guerra Mundial. rua. Exemplos: pé de moleque. pé. Outros exemplos: atlas (coletivo de mapas). É a palavra que dá nome para tudo o que existe ou não no mundo real. uma coletividade. Portanto. Exemplos: lápis. tristeza). etc. Exemplos: pedra.CLASSES GRAMATICAIS 1. sede. os substantivos abstratos englobam: os sentimentos (amor. Por exemplo. Exemplo: “esquadra” é um substantivo que representa um grupo de navios. Substantivo: é a palavra que nomeia os seres. ódio. o substantivo também pode ser classificado como coletivo. “ferrugem”). fada. Substantivo Composto: é formado por dois ou mais radicais. Substantivo Derivado: é aquele que é criado (derivado) a partir de outra palavra. Monalisa. livro. Substantivo Simples: é formado por apenas um radical. arquipélago (coletivo de ilhas). mesa. geladeira. sensações (fome. ônibus. o substantivo “fome” só existe se alguém sentir fome. “a venda”. Substantivo Comum: é aquele que nomeia algo que não é único (é geral) e é escrito com letra minúscula. cachorro. João. Deus. “esquadra” é um substantivo coletivo de navios. o substantivo “tristeza” só existe se alguém sentir tristeza. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS Seu objetivo: Entender o que é substantivo e como ele pode ser classificado. Avenida Brasil. “livraria”. verbos substantivados (“o canto”. gnomo. couve-flor. livro (dele aparece “livreiro”. flor. De um modo geral. fé). abstrato ou concreto. computador. Exemplos: ferro (dele aparece “ferreiro”. composto ou simples. primitivo ou derivado. Exemplo: Inglaterra. cidade. girassol. Substantivo Concreto: é aquele que depende por si só (não depende de outros seres) e pode fazer parte do mundo real ou não (pode ser fictício). Titanic. constelação (coletivo de estrelas). Substantivo Coletivo: é o substantivo que representa um grupo. etc. sol. Além desses. Classificação dos Substantivos: os substantivos podem ser classificados em: próprio ou comum. Substantivo Abstrato: é aquele que depende de outros seres para existir. Código da Vinci. 15 . Papai Noel. do verbo cantar. etc). carro. Exemplo: a criança. se transformando no substantivo “menina”. Flexão: é o modo que uma palavra pode se flexionar.Observação: veja que um mesmo substantivo pode ter várias classificações ao mesmo tempo. “um criança”). Então como descobrimos o gênero? Resposta: pelo artigo que aparece antes dele (o. 2. Ou seja: um substantivo pode se transformar em outros substantivos. a. Então como descobrimos o gênero? Resposta: somente pelo contexto (só descobrindo onde a palavra está sendo usada). a pessoa. o monstro. simples e primitivo. Outros exemplos: adolescente. composto ou simples. Veremos mais detalhes sobre as flexões nos próximos artigos. Portanto. intérprete. Exemplo: o substantivo “menino” é uma palavra masculina e pode se flexionar (variar. Você também viu o que significa flexão. a estudante (feminino). próprio ou comum. uma jovem (feminino). ou seja. amante. quando o substantivo termina em “o” ele é do gênero masculino e quando termina em “a” ele é do gênero feminino. SUBSTANTIVOS: FLEXÃO DE GÊNERO Seu objetivo: Entender a flexão dos substantivos quanto ao seu gênero. A palavra “menino” também pode aumentar de grau para “meninão” ou diminuir de grau para “menininho”. Como sabemos se a criança é uma menina ou um menino? Resposta: só sabendo sobre o que está se falando da criança (contexto). virando “meninos”. o cônjuge. por exemplo. número e grau (vou explicar ainda). Além disso. colega. O substantivo “livro”. só admite um tipo de artigo: masculino (o. um jovem (masculino). Outros exemplos: a testemunha. Por exemplo. além disso. uma) Exemplo: o estudante (masculino). 16 . a vítima. Você viu que os substantivos podem ser classificados em: coletivo. um) ou feminino (a. Substantivo Sobrecomum: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto no feminino e que. Porém. alguns tipos de substantivos não seguem essa regra. Flexão de Gênero: indica se um substantivo está no masculino ou no feminino. Os substantivos se flexionam quanto ao gênero. se transformar em outra palavra. concreto. um. o substantivo “menino” é uma palavra do gênero masculino e esse substantivo pode se flexionar no gênero feminino se transformando em “menina”. pode ser classificado como: comum. mudar) para o feminino. a palavra “menino” está no singular e pode se flexionar (variar) para o plural. abstrato ou concreto. uma). Veja: Substantivo Comum de dois Gêneros: é aquele que se escreve do mesmo modo tanto no masculino quanto no feminino. primitivo ou derivado. uma criança (não existe “o criança”. artista. de modo geral. sobrecomuns. genro/nora. o tigre. “a couve-flor” (e não “o couve-flor”). Você viu que os substantivos podem se flexionar (se transformar) em relação ao gênero (masculino e feminino). que tem relação ao tamanho (maior ou menor). pai/mãe. O substantivo “menino”. Exemplo: feminino de frei (é sóror). zangão/abelha. Veja que a flexão do aumentativo termina em “ão” e a flexão do diminutivo termina em “inho”. mas nem sempre será assim. ou então ele pode se flexionar no diminutivo. Então. gato (gatinho e gatão). Exemplo: o jacaré (macho ou fêmea). Exemplo: pé grande (grau analítico aumentativo). Os substantivos masculinos terminam com a letra “o” e os femininos terminam com a letra “a”. feminino de judeu (é judia). feminino de bispo (é episcopisa). mulher (mulherzinha e mulherão). Exemplo: “a alface” (e não “o alface”). epicenos e heterônimos. Exemplos: boi/vaca. homem/mulher. mas é usado especificamente no caso dos animais e precisamos usar as palavras “macho” ou “fêmea” para podermos distinguir o gênero. Casos que geram dúvidas: existem dois casos que costumam confundir o feminino e o masculino dos substantivos.Substantivo Epiceno: se comporta como o substantivo sobrecomum (é escrito de uma só maneira aceita só um tipo de artigo). organizamos uma maneira de você estudá-los: Primeiro Caso: dúvidas comuns entre feminino e masculino. se transformando em “meninão”. pé pequeno (grau analítico diminutivo). o besouro. SUBSTANTIVOS: FLEXÃO DE GRAU Seu objetivo: Entender a flexão dos substantivos quanto ao seu grau. 17 . existem quatro tipos de substantivos que isso não acontece: comuns de dois gêneros. Outros exemplos: a borboleta. Grau Analítico: o substantivo precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu grau. Segundo caso: dúvidas comuns na hora de descobrir o feminino ou o masculino de certos substantivos. pode se flexionar no aumentativo. por exemplo. se transformando em “menininho”. 3. Flexão de Grau: o substantivo pode se flexionar em relação ao seu grau (aumentativo ou diminutivo). Para esses casos. Substantivo Heterônimo: é aquele que tem a versão masculina completamente diferente da versão feminina porque o radical da palavra se altera. a minhoca. a barata. não existem regras: você precisa simplesmente decorar as palavras (é por isso que confundem). Porém. Outros Exemplos: faca (faquinha e facão). dando muitas dúvidas. cabeça (cabeçorra). pezinho (grau sintético diminutivo). cruz (cruzeiro). Exemplos: fóssil (fósseis). o substantivo “menino” está no singular e pode ser flexionado para o plural. beiço (beiçorra). banco (banqueta). Flexão no Grau Aumentativo: bala (balázio). Observação: geralmente o plural dos substantivos terminados em EN pode ser também terminado em ES. núcleo (nucléolo). papel (papéis). rei (régulo). cela (célula). Flexão de Número: com ele é possível saber se um substantivo está no singular ou no plural. flauta (flautim). moça (moçoila). Exemplos: jornal (jornais). cavalo (cavalete). OL. globo (glóbulo). verão (veranico). farol (faróis). boca (bocarra). lobo (lobato). via (viela). homem (homúnculo). 4) Troca IL por EIS – substantivos terminados em IL átono (sílaba fraca). riso (risota). corpo (corpúsculo). PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES Seu objetivo: Entender as regras para a formação do plural do substantivo simples. lei (leis). pólen (pólens). Exemplos: carro (carros). febre (febrícula). rabo (rabicho). azul (azuis) 3) Tira o L e acrescenta EIS – substantivos terminados em EL. capa (capuz). povo (povaréu). UL. órfão (órfãos). 4. voz (vozeirão). alguns substantivos flexionados no grau aumentativo e diminutivo (analítico) que geram dúvidas. ramo (ramalho). Exemplos: anel (anéis). copo (copázio). então IL está na sílaba fraca (sil). vidro (vidrilho). lenço (lençalho). carro (carreta).Grau Sintético: o substantivo não precisa estar acompanhado de outra palavra para indicar o seu grau. forno (fornalha). Grau Normal: é o substantivo sem estar no grau aumentativo ou diminutivo. as regras gerais do plural dos substantivos simples. Exemplo: pezão (grau sintético aumentativo). nem sempre será assim. fumo (fumaça). cão (canzarrão). fatia (fatacaz). mudando para “meninos”. Exemplo: pé. Porém. Exemplo: hífen (hifens ou hifenes). ideia (ideias). corpo (corpanzil). ladrão (ladravaz). palácio (palacete). Flexão no Grau Diminutivo: asa (aselha). Por exemplo. hífen (hifens). prato (pratarraz). 2) Tira o L e acrescenta IS– substantivos terminados em AL. agora. mão (manzorra). agora. A sílaba forte é “fó”. Regras: 1) Acrescenta S – substantivos terminados em vogais (maioria dos casos) ou em EN. Vamos ver. Vamos ver. forma (fórmula). Observe que o que muda do singular para o plural é o acréscimo da letra “s”. barraca (barraquim). pele (película). 18 . corda (cordel). verso (versículo). anãos). vilão (vilãos. razão (razões). exceto os oxítonos). sacristãos). charlatão (charlatães). 7) Não faz nada – substantivos terminados em X ou em S (nesse caso. nação (nações). pão (pães). visão (visões). limão (limões). gols ou gois). já que nós as aplicamos no cotidiano desde que começamos a aprender a ler e a escrever. o ônibus (os ônibus). catalão (catalães). botão (botões).5) Troca L por S – substantivos terminados em IL tônico (sílaba forte) Exemplo: fuzil – fuzis. guardião (guardiães. cão (cães). gol (goles. cirurgião (cirurgiões. sultãos. vilões). A sílaba forte é “zil” e IL está nela. 8) Acrescenta ES – substantivos oxítonos terminados em S ou em Z e substantivos terminados em R. cidadão (cidadãos). gavão (gaviões). Exemplo: homem (homens). tabelião (tabeliães). corrimões). zangãos).ermitão (ermitãos. escrivão (escrivães). mamão (mamões). operação (operações). questão (questões). confissão (confissões). artesãos). ermitões). Exemplos: o lápis (os lápis). órgão (órgãos). essas regras não são complicadas. refrão (refrães. de modo geral. paixão (paixões). sacristão (sacristães. irmão (irmãos). canção (canções). verãos). o tórax (os tórax). ancião (anciãos. refrãos). vulcão (vulcãos. capitão (capitães). vulcões). verão (verões. cônsul (cônsules). então. aldeão (aldeões. 6) Tira o M e acrescenta ENS – substantivos terminados em EM. Agora. zangão (zangões. sultães). Veja que. Mais de um plural: Alazão (alazães. aldeães). Casos Especiais: aval (avais ou avales). anciães. vão (vãos). guardião (guardiães).artesão (artesães. rapaz (rapazes). cristão (cristãos). estação (estações). ermitães. 19 . alazões). ver os exemplos principais para nos familiarizarmos com eles: Plural terminado em ÕES (é a maioria dos casos): Balão (balões). anciões). tubarão (tubarões). mão (mãos). cal (cales ou cais). caráter (caracteres). Plural terminado em ÃES: Alemão (alemães). cordão (cordões). Plural dos substantivos terminados em ÃO: os substantivos terminados em ÃO são os que geram mais dúvidas no momento de serem flexionados para o plural e alguns deles até aceitam mais de um plural. guardiões). Exemplos: francês (franceses). cirurgiães). mel (meles. capelão (capelães). eleição (eleições). coração (corações). méis). sacristão (sacristães). anão (anões. vamos ver os casos que geram mais dúvida. aldeãos. mal (males). sótão (sótãos). Vamos. sultão (sultões. fração (frações). Plural terminado em ÃOS: Bênção (bênçãos). órfão (órfãos). corrimão (corrimãos. bem como suas classificações. Numeral Ordinal: representa os números que são usados para expressar ordem. Artigo: é a palavra que define ou que indefine um substantivo. uns.. cinco.. os livros. Agora. a. Exemplos: um. as encomendas. eu estou definindo e especificando o que eu quero: eu quero exatamente o livro que está na mesa (não serve outro. interjeições e numerais.. multiplicativo e fracionário. INTERJEIÇÃO E NUMERAL Seu objetivo: Entender o que são artigos. pode ser classificado como artigo definido ou artigo indefinido (você vai entender melhor com os exemplos).. etc. a casa. Exemplos: o carro. perplexidade. três. Ou seja: não estou definindo nem especificando o livro que eu quero. Agora. Ao falar “um amigo”. Ao usar o artigo definido “o”. uma casa. Artigo Definido: são aqueles que definem o substantivo. espanto. Ah. Exemplo: “pegue o livro da mesa”. Exemplos: primeiro. 20 . estamos dizendo que João é apenas um amigo entre todos os amigos que Paulo tem. Artigo Indefinido: são aqueles que indefinem o substantivo. Portanto. se eu falar “pegue um livro de cima da mesa”. ordinal. Numeral Cardinal: é o nome dos números. O que isso significa? Usamos os artigos definidos para nos referirmos a algo específico. precisa ser o que está em cima da mesa). ARTIGO.. umas encomendas. Perceba a sutileza que existe entre o uso de um artigo e outro. admiração.. São eles: um.. uns livros. as. Exemplos: Puxa vida! Caramba! Quê?! Hummm.. São eles: o. dois. surpresa. Exemplos: um carro. Sutileza Agora você já sabe qual é a diferença entre “João é um amigo de Paulo” e “João é o amigo de Paulo”. terceiro. quatro. os. umas. segundo. etc. quinto. Interjeição: são palavras ou expressões que indicam emoções e sensações (susto. eu estou definindo e especificando que João é o único ou é o principal amigo de Paulo.5. etc). Numeral: é a palavra que representa os números. ao falar “o amigo”. O numeral é classificado em: cardinal. eu estou dizendo para você pegar qualquer livro que esteja em cima da mesa: pode ser qualquer um que esteja lá. quarto. uma. Adjetivo: é a palavra que caracteriza os seres. a expressão “de coragem” equivale ao adjetivo “corajoso”. só saberemos a classificação de acordo com o contexto. como você deve ter percebido. A palavra “quarto”. curitibano (de Curitiba). quarto. Exemplo: podemos dizer “a casa é grande” e “o livro é grande”. Observação: uma mesma palavra pode ter diferentes classificações. Flexão de Gênero: um adjetivo pode ser flexionado no feminino ou no masculino. Exemplos: norte-americano (dos Estados Unidos). quádruplo. Portanto. por exemplo. sem sofrer flexões de gênero. Exemplo: “cachorro feio”. Exemplo: “cachorro de coragem”. assim como os substantivos. Flexão de Número: os adjetivos também podem se flexionar quanto ao número (singular ou plural). “feio” é um adjetivo. pode um substantivo simples. “de coragem” é uma locução adjetiva.Numeral Multiplicativo: representa os números múltiplos (aqueles que são multiplicados por outros números). podem se flexionar quanto ao gênero. amazonense (do Amazonas). O adjetivo “grande” é usado tanto com palavras femininas quanto com palavras masculinas. Exemplos: dobro. pode ser numeral ordinal (ele chegou em quarto lugar) ou pode ser numeral fracionário (ele pagou um quarto do valor total). Porém. Exemplo 1: “casa pequena” – o adjetivo “pequena” está flexionado no feminino. ou seja: vendo onde a palavra está sendo usada. Exemplo 2: “livro pequeno” – o adjetivo “pequeno” está flexionado no masculino. triplo. existem adjetivos que não se flexionam quanto ao gênero. Exemplos: meio. Adjetivo Pátrio: é aquele que indica a nacionalidade ou o local de origem de alguém. Portanto. Numeral Fracionário: representa os números fracionários. Locução Adjetiva: duas ou mais palavras que. concreto e comum (estou dentro do meu quarto). Flexão dos Adjetivos: os adjetivos. passam a funcionar como um adjetivo. 6. A palavra “feio” caracteriza substantivo “cachorro”. ADJETIVO Seu objetivo: Entender o que é um adjetivo e compreender as suas flexões. 21 . Porém. juntas. terço. número e grau. Geralmente. Pode ser de dois tipos: de superioridade ou de inferioridade. está flexionado no modo sintético). Grau Superlativo Relativo: ocorre quando se compara algo ou alguém com o todo (o conjunto inteiro). então. Grau Superlativo Relativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma característica superior ao grupo inteiro.. Grau Superlativo Absoluto: ocorre quando queremos indicar uma característica exagerada de algo ou de alguém (ou seja: não estamos fazendo nenhum tipo de comparação). Ao dizer “maior” nós estamos usando apenas uma palavra (o adjetivo. Exemplo: Chico é menos alto do que Pedro ou Chico é menor do que Pedro. usamos “mais do que”. Observação: ao falar “mais alto” nós estamos usando duas palavras (o adjetivo. 22 . Observação: note que “menos alto” está no modo analítico e “menor” está no modo sintético. Exemplo: Raul é tão alto quanto Pedro (os dois têm a mesma altura). Exemplo 2: “casas pequenas” – o adjetivo “pequenas” está flexionado no plural. então. Grau Superlativo: pode ser relativo ou absoluto. Flexão de Grau: os adjetivos podem ser flexionados no grau comparativo ou superlativo. Geralmente usamos “menos do que”. Grau Comparativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém é inferior ao outro em relação a um mesmo adjetivo. Exemplo: José é o menos alto da sua turma ou José é o menor de sua turma. mais baixo. Grau Superlativo Relativo de Inferioridade: ocorre quando algo ou alguém possui uma característica inferior ao grupo inteiro. Exemplo: Pedro é mais alto do que Chico ou Pedro é maior do que Chico. Exemplo: Jonas é muito alto (modo analítico) ou Jonas é altíssimo (modo sintético). etc) e no modo sintético nós só usamos uma única palavra (maior. Grau Comparativo de Igualdade: ocorre quando comparamos algo ou alguém que equivale ao outro (sem ser maior ou menor). está flexionado no modo analítico). menor. Exemplo: Mário é o mais alto da sua turma ou Mário é o maior da sua turma. etc). Ou seja: no modo analítico nós precisamos usar duas palavras (mais alto. Geralmente usamos “tão. quanto”..Exemplo 1: “casa pequena” – o adjetivo “pequena” está flexionado no singular. Grau Comparativo: ocorre quando comparamos uma característica (o adjetivo) de dois seres específicos. Grau Comparativo de Superioridade: ocorre quando algo ou alguém é superior ao outro em relação a um mesmo adjetivo. depor. chover. pular. esquecer. soluçado. escrever. cantado. fenômenos ou estados. beber. alto à beça). correr. REVISÃO Alfredo é mais rico do que Carlos (Grau Comparativo de Superioridade) Carlos é menos rico do que Alfredo (Grau Comparativo de Inferioridade) Hugo é tão rico quanto Alfredo (Grau Comparativo de Igualdade) Carlos é o mais pobre da turma (Grau Superlativo Relativo de Superioridade) Carlos é o menos rico da turma (Grau Superlativo Relativo de Inferioridade) Carlos é muito pobre (Grau Superlativo Absoluto Analítico) Carlos é paupérrimo (Grau Superlativo Absoluto Sintético) 7. bebido. estar. mentir. modo e conjugação. Infinitivo: O verbo estará no infinitivo se terminar em AR. cantar. Observação: O verbo “pôr” e seus derivados (compor. os terminados em ER são verbos de segunda conjugação (vender. O particípio regular é “imprimido” (o documento foi imprimido) e o particípio irregular é “impresso” (o documento foi impresso). ficar. etc) são verbos considerados de segunda conjugação (terminado em ER). Os terminados em AR são verbos de primeira conjugação (cantar. Gerúndio: O verbo estará no gerúndio se ele terminar em ANDO. sorrindo. Formas Nominais: é a forma que o verbo termina. sorrir. esquecer. etc) e os terminados em IR são verbos de terceira conjugação (partir. número. Exemplos: nadar. anoitecer. caído. sorrido. Exemplos: nadando. inteligentíssimo).Observação: Veja mais uma vez que o modo sintético ocorre quando usamos uma única palavra (altíssimo. Verbo: é a palavra que expressa ações. falar. calar. ER ou IR. Exemplos: dançado. rir. cair. gerúndio e particípio. pessoa. sorrir. pois a forma antiga do verbo “pôr” é “poer” (segunda conjugação). As formas nominais do verbo são as seguintes: infinitivo. beber. alto pra caramba. partindo. etc). belíssimo. escrevendo. Exemplos: correr. 23 . correndo. VERBOS: CONCEITOS INICIAIS Seu objetivo: Entender os conceitos básicos do verbo: formas nominais. viajando. viajado. tempo. etc). Existem também os particípios irregulares. falar. dirigir. cair. enquanto que o modo analítico ocorre quando usamos mais de uma palavra (muito alto. vendido. que fogem dessa regra e alguns verbos aceitam as duas formas (particípio regular e irregular). repor. pensar. nadar. ser. Exemplo: o verbo “imprimir” aceita dois particípio. nadar. ENDO ou INDO. Particípio: o verbo estará no particípio se ele terminar em ADO ou IDO. roubar. rido. correr. eles correm. tu corres. Modo Imperativo: a afirmação é expressa como uma ordem ou um pedido. de nadar. Exemplo: o verbo CANTAR pode ser uma ação expressa no pretérito (CANTOU). 24 . o plural de TU é VÓS e o plural de ELE é ELES. Modo Subjuntivo: a afirmação é expressa com dúvida. vós correis. Sendo assim: Primeira Pessoa do Singular: EU Segunda Pessoa do Singular: TU Terceira Pessoa do Singular: ELE Primeira Pessoa do Plural: NÓS Segunda Pessoa do Plural: VÓS Terceira Pessoa do Plural: ELES Conjugação As pessoas do discurso conjugam os verbos. fala. o verbo é escrito (é conjugado) de um modo diferente. ou seja: algo ou alguém realiza a ação de cantar. ele corre. de vender. Exemplo: o verbo CORRER pode ser conjugado da seguinte maneira: Eu corro. O passado é chamado de “pretérito” e o momento atual é chamado de “presente”.Número e Pessoa “Algo” ou “alguém” realiza a ação descrita pelo verbo. eu disse. existem três pessoas: Primeira Pessoa: EU Segunda Pessoa: TU Terceira Pessoa: ELE Essas pessoas podem variar quanto ao número. ou seja: para cada pessoa. Modo A conjugação também pode variar de acordo com o modo. Exemplo: abra. etc. Ao todo. subjuntivo e imperativo. Exemplo: Talvez eu ande. Esse algo ou alguém é chamado de pessoa. se eu cantar. no pretérito (CANTA) ou então no futuro (CANTARÁ). O plural de EU é NÓS. ou seja: a ação pode ser expressa no passado. anda. ou seja: podem variar no singular ou no plural. Modo indicativo: é uma afirmação concreta. no momento atual ou no futuro. eu cantarei. diga. Existem três modos: indicativo. talvez eu diga. Exemplo: eu ando. Tempo A conjugação pode variar no tempo. nós corremos. Vimos na parte anterior que para cada pessoa (eu. tu. Agora nós vamos estudar esses modelos. presente. O modelo de conjugação é o seguinte (usando o verbo “cantar”): Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam Pretérito Perfeito: indica um fato passado pontual (começou e acabou no passado). nós. ele faltou duas aulas”. Porém. VERBO: MODO INDICATIVO Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos no Modo Indicativo. “eles foram ao cinema”. Ou seja: um único verbo pode ser escrito de dezenas de maneiras diferentes. tu. vós. futuro) de cada modo (indicativo. O modelo de conjugação é o seguinte: Eu cantei Tu cantaste Ele cantou Nós cantamos Vós cantastes Eles cantaram 25 . Isso significa que os verbos podem ser escritos de dezenas de maneiras diferentes. essas maneiras seguem um padrão. futuro) de cada modo (indicativo. mas eles seguem um padrão. vós. “semana passada. “ele lê o jornal todos os dias”. subjuntivo. 8. futuro do presente e futuro do pretérito. No Modo Indicativo. os verbos podem ser conjugados em seis tempos: pretérito imperfeito. imperativo) um verbo pode ser escrito de um jeito. imperativo) um verbo pode ser escrito de um jeito. presente. pretérito mais-que-perfeito. Presente: indica um hábito ou um fato atual. pretérito perfeito. “nós moramos num apartamento de três quartos”. subjuntivo. Hoje nós vamos falar do padrão de conjugação do Modo Indicativo. “nós almoçamos no restaurante há três dias”.Conclusão Um verbo pode ser escrito de inúmeras maneiras. um modelo que pode ser aplicado à maioria dos verbos. ele. Para cada pessoa (eu. “eles estão de férias”. Exemplo: “eu administro um restaurante”. ele. presente. que são os modelos de conjugação. eles) de cada tempo (pretérito. nós. eles) de cada tempo (pretérito. Exemplo: “eu tropecei na rua ontem”. “eles jogavam Super Nintendo aos sábados”. Como “sair de casa” é um fato passado que aconteceu antes de outro fato passado. “ele verá o filme amanhã”. Modelo de conjugação: Eu cantarei Tu cantarás Ele cantará Nós cantaremos Vós cantareis Eles cantarão Futuro do Pretérito: indica uma ação futura alternativa que não vai acontecer. ou seja: indica uma ação futura que poderia ocorrer se uma ação passada fosse diferente. Ou seja: ela saiu de casa (fato passado) antes de eu tropeçar na escada (outro fato passado). “ele assinava a revista”. Exemplos: “eu sairei amanhã de casa”. Exemplo: “quando eu tropecei na escada. Modelo de conjugação: 26 . “Dançar” é uma ação futura alternativa que aconteceria se eu não quebrasse a perna. eu nadada três vezes por semana”. “nós viajávamos bastante para a Europa”. “nós faremos uma torna daqui a pouco”. ela já saíra de casa”. O modelo de conjugação é o seguinte: Eu cantava Tu cantavas Ele cantava Nós cantávamos Vós cantáveis Eles cantavam Pretérito mais-que-perfeito: indica uma ação que aconteceu antes de outra ação passada. Exemplo: “aos 12 anos.Pretérito Imperfeito: indica um hábito antigo. “eles jogarão bola amanhã de tarde”. Exemplo: “eu dançaria se eu não tivesse quebrado a perna”. então devemos usar o pretérito mais-que-perfeito: saíra. Modelo de conjugação: Eu cantara Tu cantaras Ele cantara Nós cantáramos Vós cantareis Eles cantaram Futuro do Presente: indica uma ação futura em relação ao momento presente. algo que se fazia regularmente no passado (e que não é feito mais). o pretérito imperfeito e o futuro. O verbo auxiliar funciona com os verbos “ter” e “haver”. no modo indicativo. nós devemos transformá-los numa locução verbal. Exemplos: “talvez eu faça a minha matrícula no curso de inglês”. nós veremos mais detalhes a respeito dos tempos compostos. Para conjugá-los. o verbo pode ser conjugado em 36 formas. Mais adiante. Exemplo: ao invés de falar “eu caminho todos os dias”. cada uma com uma pessoa em um tempo diferente. “talvez nós estejamos errados”. Exemplo: “Talvez eu estude mais amanhã”. que é o modo que expressa as afirmações de um jeito duvidoso. “talvez eles expliquem a matéria para nós”. A expressão “tenho caminhado” é formada por dois verbos: “tenho” é auxiliar e “corrido” é o principal. basta pegar o modelo de conjugação de cada tempo. Hoje vamos falar da conjugação no Modo Subjuntivo. Já o verbo principal será escolhido por nós e deverá estar no modo particípio (termina em ADO ou IDO).Eu cantaria Tu cantarias Ele cantaria Nós cantaríamos Vós cantaríeis Eles cantariam Portanto. VERBO: MODO SUBJUNTIVO Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos no Modo Subjuntivo. Vimos na parte anterior a conjugação dos verbos no Modo Indicativo. eu posso falar “eu tenho caminhado todos os dias”. Tempo Composto Os verbos podem ser conjugados no tempo composto. “talvez ele se esqueça da promessa”. O Modo Subjuntivo possui três tempos: o presente. 9. que é a expressão formada por dois verbos: o verbo auxiliar e o verbo principal. Modelo de conjugação: Talvez eu cante Talvez tu cantes Talvez ele cante Talvez nós cantemos Talvez vós canteis Talvez eles cantem 27 . Presente: expressa uma possibilidade ou dúvida no momento atual. Para tanto. Para formar a conjugação do TU e do VÓS do Modo Imperativo. Formação do Imperativo Afirmativo O Imperativo Afirmativo só tem forma própria para a segunda pessoa (TU e VÓS). nada disso teria acontecido”. O Modo Imperativo só é conjugado em um tempo: presente. você precisa pegar a conjugação deles no Modo Indicativo e tirar a letra S do final da palavra. todos ficarão satisfeitos”. nada disso teria acontecido”. Modelo de Conjugação Se eu cantasse Se tu cantasses Se ele cantasse Se nós cantássemos Se vós cantásseis Se eles cantassem Futuro: indica uma possibilidade futura. fecha a porta” (pedido). Modelo de Conjugação: Se eu cantar Se tu cantares Se ele cantar Se nós cantarmos Se vós cantardes Se eles cantarem 10. As outras pessoas são copiadas do Modo Subjuntivo. ele vai passar de ano”. a conjugação começa a partir da segunda pessoa do singular (tu). Vimos na parte anterior a conjugação dos verbos no Modo Subjuntivo. nós vamos ficar sem dinheiro”. “se nós soubéssemos antes. “se nós comprarmos um novo carro. “se ele cumprisse a lei. que é o modo que expressa as ideias com o sentido de ordem.Pretérito Imperfeito: indica uma possibilidade que poderia ter ocorrido no passado. “se eles não faltassem à reunião. Hoje nós vamos falar da conjugação no Modo Imperativo. então não existe conjugação do modo imperativo na primeira pessoa (eu). Portanto. eles saberiam o que tinha acontecido”. nós poderemos comprá-lo”. tudo se resolveria”. VERBO: MODO IMPERATIVO Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos no Modo Imperativo. “se ele estudar. Exemplos: “se eu aceitar o cargo. conselho ou pedido. 28 . fazer um pedido ou então dar um conselho para ela própria. Exemplos: “se eles fizessem o acordo. Exemplos: “Por favor. “varre o chão!” (ordem). “pensa bem antes de decidir” (conselho). “se eles quiserem vender o carro. Como uma pessoa não pode dar uma ordem. Primeiro. 29 . a conjugação da segunda pessoa (TU e VÓS) vem do Presente do Indicativo e as outras pessoas são do Presente do Subjuntivo. Modo Imperativo Negativo Ao contrário dos outros modos. pegamos a conjugação do TU e do VÓS no Modo Indicativo: Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam Agora. o modo Imperativo Afirmativo fica assim: xxxxxx eu (não tem) Canta tu Cante ele Cantemos nós Cantai nós Cantem eles Observe que a conjugação da primeira pessoa (EU) não existe. onde basta colocar um “não” na frente do verbo. As outras pessoas são tiradas do presente do Modo Subjuntivo: Talvez eu cante Talvez tu cantes Talvez ele cante Talvez nós cantemos Talvez vós canteis Talvez eles cantem Então. tiramos a letra “s”: Eu canto Tu canta Ele canta Nós cantamos Vós cantai Eles cantam Pronto: a conjugação do modo imperativo afirmativo da segunda pessoa é: CANTA TU e CANTAI VÓS. o Modo Imperativo Negativo é criado de outro jeito: ele é uma cópia do Modo Subjuntivo. ele tem. etc). ele tinha. VERBO: TEMPOS COMPOSTOS Seu objetivo: Entender a conjugação dos verbos usando tempos compostos. Isso ocorre quando. tu tinhas. coloque o “não”: Não cantes tu Não cante ele Não cantemos nós Não canteis vós Não cantem eles 11. devemos escrever “eles têm” (com acento) e “ele tem” (sem acento). ao invés de usarmos um verbo. nós usamos uma locução verbal. Eu tinha cantado Tu tinhas cantado Ele tinha cantado Nós tínhamos cantado Vós tínheis cantado Eles tinham cantado 30 . A locução verbal é uma expressão formada por dois verbos: um verbo auxiliar (que será o verbo “ter” ou “haver) e um verbo principal (que fica no modo particípio e é escolhido por mim). Pretérito mais-que-perfeito: o verbo auxiliar fica no pretérito imperfeito (eu tinha. Os verbos podem ser conjugados pelos tempos compostos. Portanto. Tempos Compostos do Modo Indicativo Pretérito Perfeito Composto: o verbo auxiliar fica no presente do indicativo (eu tenho.Modo Subjuntivo: Talvez eu cante Talvez tu cantes Talvez ele cante Talvez nós cantemos Talvez vós canteis Talvez eles cantem Agora. Eu tenho cantado Tu tens cantado Ele tem cantado Nós temos cantado Vós tendes cantado Eles têm cantado Antes que você pergunte: o verbo “ter” possui acento diferencial ao ser conjugado no plural. Os tempos compostos estão presentes no Modo Indicativo e no Modo Subjuntivo. tu tens. etc). Talvez eu tenha cantado Talvez tu tenhas cantado Talvez ele tenha cantado Talvez nós tenhamos cantado Talvez vós tenhais cantado Talvez eles tenham cantado Pretérito mais-que-perfeito: o verbo auxiliar é conjugado no pretérito imperfeito (talvez eu tivesse. talvez tu tivesses. tu terias. talvez tu tenhas. Eu terei cantado Tu terás cantado Ele terá cantado Nós teremos cantado Vós tereis cantado Eles terão cantado Futuro do Pretérito: o verbo auxiliar fica conjugado no futuro do pretérito (eu teria. ele teria. etc). Talvez eu tivesse cantado Talvez tu tivesses cantado Talvez ele tivesse cantado Talvez nós tivéssemos cantado Talvez vós tivésseis cantado Talvez eles tivessem cantado 31 . etc). etc). ele terá.Antes que você pergunte: o verbo auxiliar do pretérito perfeito composto é conjugado no presente e o verbo auxiliar do pretérito mais-que-perfeito composto é conjugado no pretérito imperfeito mesmo. tu terás. Futuro do Presente: o verbo auxiliar fica conjugado no futuro do presente (eu terei. Eu teria cantado Tu terias cantado Ele teria cantado Nós teríamos cantado Vós teríeis cantado Eles teriam cantado Tempos Compostos do Modo Subjuntivo Pretérito Perfeito: o verbo auxiliar é conjugado no presente do subjuntivo (talvez eu tenha. etc). Porém. 32 . nós deveríamos dizer “eu havo”. escrever. Exemplo: Eu canto Tu cantas Ele canta Nós cantamos Vós cantais Eles cantam Observe que o verbo cantar é um verbo regular porque segue o padrão de conjugação. VERBO: TIPOS DE VERBOS Seu objetivo: Entender a classificação dos verbos (verbos regulares. ter. Verbos Irregulares: são aqueles que não seguem o modelo de conjugação. trazer. valer. sem sofrerem alterações no radical. Se o verbo “haver” fosse regular. se tu tiveres. ver. dizer. de segunda conjugação (terminado em ER). rir. não segue rigorosamente o modelo de conjugação dos verbos regulares. Verbos Regulares: são aqueles que seguem rigorosamente o modelo de conjugação. lembrar. crer. verbos irregulares. etc. Exemplo: verbo “haver” Eu hei Tu hás Ele há Nós havemos Vós haveis Eles hão O verbo “haver”. viajar. pôr. fazer. podendo sofrer alterações no radical ou nas desinências. poder. Outros exemplos: nadar. etc). verbos anômalos e verbos defectivos). saber. caber. medir. “tu haves”. vir. “ele have”. sorrir. Outros Exemplos: estar. vender. digitar. Se eu tiver cantado Se tu tiveres cantado Se ele tiver cantado Se nós tivermos cantado Se vós tiverdes cantado Se eles tiverem cantado 12. eles ainda guardam características do verbo original.Futuro: o verbo auxiliar é conjugado no futuro do subjuntivo (se eu tiver. ou seja: não possuem algo ou alguém realizando a ação verbal.Verbos Anômalos: são aqueles que possuem conjugações completamente diferentes do verbo original. etc. ele. Verbos Defectivos: são aqueles que não possuem todas as pessoas em sua conjugação. eles). colorir. falir. Eu vou (presente). extorquir. eu ia (pretérito imperfeito). demolir. exaurir. “És” e “é” são bem diferentes da palavra “ser”. Portanto. Exemplo: verbo colorir Eu Tu colores Ele colore Nós colorimos Vós coloris Eles colorem Observe que o verbo “colorir” não tem conjugação na primeira pessoa (não existe “eu coloro”). São verbos impessoais: 33 . vós. banir. Outros Exemplos: abolir. eu fui (pretérito perfeito). doer. Outro Exemplo: verbo “ir”. agora. as conjugações do verbo “ser” começam com a letra “f” e não com a letra “s”. Verbos Impessoais: são aqueles que não especificam pessoas (eu. nós. ocorrer. se diferenciando totalmente do verbo original. acontecer. explodir. Exemplo: verbo “ser” Eu sou Tu és Ele é Nós somos Vós sois Eles são Observe a conjugação da segunda e da terceira pessoa do singular: “tu és” e “ele é”. suceder. Agora. o verbo “colorir” é defectivo. veja o pretérito perfeito: Eu fui Tu foste Ele foi Nós fomos Vós fostes Eles foram Note que. tu. Verbos de Ligação: são aqueles que não indicam ação. Portanto. Exemplo: Vou correr atrás do ônibus.1) aqueles que indicam fenômenos da natureza. que indica o tempo. Exemplo 1: Ele fala certo. “Ser bonito” não é uma ação. etc). os seus graus e compreender o que é locução adverbial. Os tempos compostos são as locuções verbais construídas pelos verbos auxiliares TER e HAVER. Outros Exemplos: estar. 4) Verbo BASTAR e CHEGAR com o sentido do verbo PARAR. “havia vinte pessoas na fila” (existência). ficar. indicando uma característica ao verbo. Exemplo: “eu sou bonito”. andar. as suas circunstâncias. Exemplos: “estou esperando aqui há mais de uma hora” (tempo decorrido). dando uma característica a ele. Exemplos: “Chega de palhaçada”. Exemplo: “carro bonito”. trovejar. 13. ele fala rápido: todas as palavras negritadas são advérbios que alteram o sentido do verbo “falar”. sua característica. mas sim um estado. gerúndio e particípio). ligando algo ou alguém à sua característica. Antes que você pergunte: as locuções verbais são expressões formadas por um verbo auxiliar e por um verbo principal. o número e a pessoa. “basta de palhaça”. A locução verbal “vou correr” é formada pelo verbo auxiliar (“vou”). Advérbio: é a palavra que altera o sentido dos verbos e também dos adjetivos e dos próprios advérbios. o número e a pessoa. que está no infinitivo (uma das três formas nominais). ADVÉRBIO Seu objetivo: Entender o conceito de advérbio. parecer. nevar. 2) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou existência. ele fala errado. anoitecer. os adjetivos e os advérbios. uma característica. 3) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. ventar. permanecer. ele fala devagar. porém eles caracterizam os verbos. Verbos Auxiliares: são aqueles que. relampear. Você aprendeu que o adjetivo altera o significado de um substantivo. mas sim estado ou mudança de estado. e é formada pelo verbo principal (“correr”). continuar. ao lado de outro verbo. Exemplo: “estou esperando aqui faz mais de uma hora”. Os advérbios fazem a mesma coisa. Exemplos: chover. o verbo “ser” é um verbo de ligação que faz a ligação entre “eu” e “bonito”. Verbos Principais: são aqueles que ficam ao lado dos verbos auxiliares e são expressos em uma das formas nominais (infinitivo. 34 . formam os tempos compostos e as locuções verbais e indicam o tempo. mas sim posição fixa (onde você está?). alto. enquanto que “onde” não expressa movimento. Outros exemplos: depressa. aí. provavelmente. Exemplo 4: Ele jogou muito bem. Outros exemplos: agora. errado. Modo: Ele fala de modo correto. Exemplo 3: Ele jogou bem. Tempo: Ontem nós saímos. de adjetivos e até mesmo dos próprios advérbios. Outros exemplos: pouco.Exemplo 2: Ela é muito linda. Afirmação: Certamente farei isso. tranquilo. tarde. Intensidade: Está muito calor. demais. jamais. Antes que você pergunte: “onde” é diferente de “aonde”. Comparativo de Inferioridade: Paulo gritou menos alto do que João Comparativo de Igualdade: José gritou tão alto quanto João 35 . A palavra “bem” é um advérbio que indica uma característica do verbo “jogar”. Advérbios Interrogativos Lugar: Onde ele está? Tempo: Quando ele foi? Modo: Como ele foi? Causa: Por que ele foi? Ele foi por quê? Valor: Quanto custa a camisa? Antes que você pergunte: devemos escrever o advérbio “por que” no início das perguntas (por que ele está aqui?) ou nas perguntas indiretas (diga-me por que ele está aqui). bastante. Graus do Advérbio Comparativo: comparação entre dois seres Comparativo de Superioridade: João gritou mais alto do que Paulo. baixo. Circunstâncias dos Advérbios Lugar: ele está aqui. nunca. amanhã. já. Conclusão: advérbios alteram o sentido de verbos. A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o sentido do advérbio “bem”. A palavra “aonde” expressa movimento (aonde você está indo?). Dúvida: Talvez eu compre. bem. enquanto que o advérbio “por quê” deve ser usado ao final das perguntas ( ele está aqui por quê?) ou isolado numa pergunta (Ele está aqui? Por quê?). A palavra “porque” é uma conjunção explicativa (ele está aqui porque ele quer falar com você) e a palavra “porquê” é um substantivo que deve aparecer com um artigo (não sei o porquê de ele estar aqui). A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o sentido do adjetivo “linda”. Outros exemplos: possivelmente. Negação: Não farei isso. Outros exemplos: lá. Locução Adverbial: ocorre quando duas ou mais palavras passam a funcionar como um advérbio. as orações geralmente precisam de um complemento. Exemplo: “Paulo vendeu”. arrumou. tomou) até o ponto-final. funcionando como um advérbio. mas “eu fui ao cinema” é uma oração (é uma frase com verbo). Etapa 2: O sujeito de uma oração é o termo que expressa a ação do verbo. arrumou a cama e tomou café”. “às pressas” é uma locução adverbial. Exemplo: “João comprou um carro”. Portanto. por etapas: Etapa 1: Frase é qualquer tipo de mensagem que tenha sentido e Oração é qualquer frase que tenha verbo. Esse é um período composto por três orações porque existem três verbos (acordou. Etapa 4: Duas orações ou mais formam um período. Quem fez a ação de comprar um carro? Resposta: João. ou seja: ela precisa de um complemento. Etapa 3: Além do sujeito e do verbo. Exemplo: Ele saiu às pressas. Superlativo Analítico: João gritou muito alto Antes que você pergunte: veja que a diferença entre o sintético e o analítico é que no sintético nós usamos apenas uma palavra (altíssimo). Podemos dizer: “Paulo vendeu a casa”. Essa oração está incompleta. nós precisamos entender alguns conceitos básicos de Sintaxe para podermos compreender os próximos assuntos.Superlativo: não compara. Logo. Outros Exemplos: Conversaram sobre futebol (assunto) Morreu de causas naturais (causa) Saiu com a mãe (companhia) Andou mais rápido (intensidade) Passeou pela cidade (lugar) Cortou-se com a tesoura (instrumento) 14. CONCEITOS BÁSICOS DE SINTAXE Antes de continuarmos o nosso roteiro de estudo sobre Classes Gramaticais. É em relação a algo ou alguém específico. Exemplo: “João acordou cedo. enquanto que no analítico nós usamos mais de uma (muito alto). Cada oração é composta por um verbo e é por isso que ao contarmos o número de verbos nós estamos 36 . Superlativo Sintético: João gritou altíssimo. João é o sujeito. Portanto. A expressão “às pressas” indica uma circunstância ao verbo “sair”. Pronto: o termo “a casa” é o complemento da oração. “Ai meu Deus” é uma frase (não tem verbo). A explicação será gradual. Pronomes Indefinidos: algum. Pronomes Possessivos: meu. vossa. a. Primeira oração: “João acordou cedo”. um substantivo) por um pronome pessoal reto: “ele foi à praia”. Exemplo: Paulo quebrou o pé. então. nós. Pronome: é a palavra que substitui outras palavras. Vamos ver a classificação completa dos pronomes e seus exemplos para. verbo. contigo. vós. Segunda oração: “arrumou a cama”. complemento). tu. explicá-los com mais detalhes. comigo. nos. como. 15. teu. onde. Ele quebrou o pé. esse. mim. elas. etc. Explicações Pronomes Pessoais: para entender de verdade o que é Pronome Pessoal. Pronomes Interrogativos: que?. que são formas de nos referirmos a alguém de acordo com os seus atributos ou cargo ocupado: Vossa Alteza. alguém. nada. você precisa entender os conceitos básicos de Sintaxe (sujeito. conosco. o. este. eles. Pronomes Relativos: cujo. cuja. quando. Exemplo: “João foi à praia”. te. Pronomes Pessoais Retos: eu. convosco. nós. os. tua. que. qual? Também existem as formas pronominais de tratamento. Agora. as. seu. Pronomes Pessoais Oblíquos: me. ela. Vossa Majestade. um substantivo próprio. PRONOME Seu objetivo: Entender o que é e quais são os tipos de pronomes. lhe. vos. muito. ele. etc. etc. isso. Posso substituir o sujeito (“João”. ninguém. vosso. Pronomes Demonstrativos: aquele. quem?. lhes. se você entendeu essas etapas. quanto. pouco. Senhor. isto. quanto?. minha. etc. ou seja: são aqueles que conjugam os verbos (eu. Pronome Pessoal Reto: os pronomes pessoais retos são aqueles que funcionam como sujeitos das orações. A palavra “ele” é um pronome que substitui Paulo. o qual. então você está pronto para continuar o roteiro de estudo Classes Gramaticais. eles).contando o número de orações. aquela. tudo. nenhum. consigo. si. quem. Terceira oração: “ tomou café”. tu. se. 37 . Tipos de Pronomes (Resumo) Existem vários tipos de pronomes. vós. ti. ele. etc). Perceba que o advérbio é invariável. muitas. um. mais. si. demais. cujo. muita. as quais. Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo Recíproco: quando algo ou alguém realiza a ação para algo ou alguém de modo recíproco. algumas. bastantes. muito. não se flexiona). tantos. Exemplo: “Eu entreguei o relatório a ele”. Foram dez? Foram vinte? Foram trinta? Quantos foram? Pronomes Relativos: são os pronomes que ajudam a evitar a repetição de palavras ou de expressões. conosco. ou seja: o sujeito realiza e recebe a ação ao mesmo tempo. então nós usamos o pronome oblíquo reflexivo recíproco. Exemplo: Nós estamos muito confiantes. cuja. outras. Esses pronomes também podem se combinar com preposições. A palavra “muitos” é um pronome indefinido que tem o mesmo sentido de “vários”. ao certo. que. Pronomes Possessivos: como o nome indica. Pronomes Indefinidos: são os pronomes vagos. lhes. aquela. o. São eles: me. os quais. os. a. menos. lhe. consigo. tudo. enquanto que o pronome indefinido é variável (pode se flexionar. comigo. A expressão “a ele” é um complemento da oração e pode ser substituído por um pronome pessoal oblíquo: “Eu lhe entreguei o relatório”. algo. não varia. quantas. “Eles se cumprimentaram” (um cumprimentou o outro). alguma. vos. poucos. bastante. minha. É indefinido porque não sabemos.Pronome Pessoal Oblíquo: os pronomes pessoais oblíquos funcionam como complementos das orações. as. quanta. “Eu me cortei” (Eu cortei a mim mesmo). tanta. várias. convosco. se. vários. que. que não definem e não especificam nenhuma ideia. pode ir para o plural). quantos presentes foram comprados. muitos. isto. nenhuma. uns. outra. Exemplos: “de” + “isso” = “disso”. tanto. nos. etc). outros. nenhuns. umas. todo. Pronome Pessoal Oblíquo Reflexivo: quando o pronome pessoal oblíquo é complemento e também é sujeito. te. “em” + “aquele” = “naquele”. pode variar. São eles: o qual. Nós compramos muitos presentes. Exemplos: algum. Exemplo: “Ana se vestiu” (Ana vestiu Ana). cada. uma. ti. Exemplo: “Eu e Ana nos casamos” (Eu me casei com Ana e Ana se casou comigo). ele passa a ser chamado de pronome oblíquo reflexivo. Pronome Indefinido X Advérbio Não confunda pronome indefinido com advérbio. isso. A principal diferença entre os dois é que o advérbio é uma palavra invariável (fixa. é fixo (não podemos falar “estamos muitos confiantes”). todas. outro. nenhum. quanto. onde e outros termos que podem ser substituídos por eles. quem. quantos. cujas. os pronomes possessivos são aqueles que expressam posse (meu. tantas. alguns. mim. contigo. todos. Pronomes Demonstrativos: são aqueles usados para se referir a algo ou alguém no espaço (aquele. toda. cujos. a qual. 38 . A palavra “muito” é um advérbio que intensifica o verbo “estar”. alguém. poucas. A palavra “de” é uma preposição que liga o verbo “gosto” ao substantivo “brócolis”. por trás de. Preposições Essenciais: são as palavras que só atuam como preposições. ante. ministros. fora. ao lado de. Presidente da República. em. Exemplo: Tu comes alface. sob. por cima de. salvo. visto. desde. Para entender preposições e conjunções você precisa entender alguns conceitos básicos de Sintaxe (sujeito. em cima de. podemos empregar um pronome relativo e evitar a repetição da palavra “quarto”: “Pedro pintou o quarto que tem carpete”. Exemplo: “Eu gosto de brócolis”. verbo. perto de. imperadores). com. exceto. graças a. PREPOSIÇÃO Seu objetivo: Entender o que são preposições. Vossa Magnificência (reitores). Vossa Majestade (reis. Vossa Eminência (cardeais). trás. de. Exemplos: durante. enquanto que “tu” é um pronome pessoal reto. qual e quanto usados para fazer perguntas diretas (com ?) ou indiretas (sem ?). Vossa Alteza (príncipes). Locuções Prepositivas: duas ou mais palavras que funcionam como uma preposição. Conjunção: é a palavra que liga orações entre si.Exemplo: Ao invés de escrever “Pedro pintou o quarto. segundo. complemento). embaixo de. senhora. Exemplos: a. bispos e arcebispos). 39 . senão. ao usarmos “você” nós devemos conjugar o verbo na terceira pessoa do singular (ele) e ao usarmos “vocês” nós devemos conjugar o verbo na terceira pessoa do plural (eles). até. como. após. Diga-me o que você quis dizer (pergunta indireta). Você x Tu A palavra “você” é um pronome de tratamento. acima de. 16. sem. Pronomes Interrogativos: são os pronomes indefinidos quem. Exemplos: acerca de. por. por causa de. O quarto tem carpete”. Formas Pronominais de Tratamento: você. Vossa Santidade (papa). contra. para. a respeito de. em frente a. Você (ele) come alface. Preposição: é a palavra que liga os termos que estão dentro de uma oração. Preposições Acidentais: são palavras de outras classes gramaticais que podem funcionar como preposições. senhor. Assim como as demais formas de tratamento. Exemplo: O que você quis dizer? (pergunta direta). que. entre. Vossa Onipotência (Deus). Vossa Excelência (pessoas com altos cargos. sobre. uma vez que. 17. se combinar com o artigo “o”. Antes que você pergunte: a crase é a união de uma preposição “a” com o artigo “a” e essa união é representada pelo acento grave (à). O verbo “gostar” exige a preposição “de” para ligá-lo a outra palavra.. visto que. ao se juntar com outra palavra. Exemplos: e. assim.. Para entender as conjunções você precisa entender alguns conceitos básicos de Sintaxe.ora. Exemplo: “Eu gosto de laranja”. a palavra “e” é uma conjunção. Exemplos: mas.quer. Exemplos: portanto. que. adversativas. entretanto. Conjunção Coordenativa: é aquela que liga orações coordenadas. dando lugar para a letra “a”). porquanto. A união da preposição “de” com o artigo “a” alterou a preposição “de” para “da” (a letra “e” sumiu. Adversativa: expressa oposição. Alternativa: expressa uma ideia de alternância ou de opção. tendo em vista. acaba se alterando.. então. ou seja. Não posso falar “eu gosto laranja”. Explicativa: mostra uma explicação. àquela). logo. Portanto. Exemplos: ou. 40 .. CONJUNÇÃO Seu objetivo: Entender o que são conjunções e compreender os seus tipos. contradição. adversidade. orações que são independentes entre si. Isso também pode acontecer entre a preposição “a” e pronomes demonstrativos (àquele. todavia. tampouco.Regência Verbal: alguns verbos exigem preposições para se ligarem a outras palavras. Exemplo: “Vou a + o teatro = vou ao teatro”. Contração: ocorre quando uma preposição. A palavra “e” liga duas orações: a primeira é “eu gosto de brócolis” e a segunda é “eu também gosto de alface”. A preposição “a” pode. porém. formando “ao”. Conclusiva: expressa ideia de conclusão. Exemplo: “gosto de + a laranja = gosto da laranja”.. conclusivas ou explicativas..seja. alternativas. como.. Combinação: as preposições podem se juntar com outras classes gramaticais. pois. dado que. Exemplo: “Acordei e levantei da cama”. ora. Conjunção: é a palavra que liga orações entre si. seja. quer. Aditiva: expressa a ideia de acréscimo ou de adição de eventos. Exemplos: porque. por exemplo.ou.. nem. Exemplo: “Eu gosto de brócolis e eu também gosto de alface”. contudo. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas. Comparativa: a conjunção comparativa estabelece uma comparação.. Concessiva: a conjunção concessiva introduz a oração que expressa a ideia de que algum obstáculo não é capaz de impedir ou modificar a ideia da oração principal. desde que. proporcionais... para que. Exemplo: “Mandarim é mais difícil do que inglês”. tanto. menos.. desde que. depois que. a razão) da ideia da oração principal. integrantes. consecutivas. A conjunção “embora” introduz uma oração que não altera nem impede a ideia da oração principal. Exemplo: “Comeu tanto que passou mal”. conquanto.. por mais que. tão. concessivas. apenas... Exemplo: “Embora João não tenha estudado para a prova. Consecutiva: a conjunção consecutiva expressa uma consequência. condicionais. mais eu aprendia”. Condicional: a conjunção condicional expressa uma ideia de condição. Conformativa: expressa conformidade.que. Outras conjunções consecutivas: de forma que. desde. temporais. uma vez que. quanto mais.menos. Outras conjunções proporcionais: à proporção que. Proporcional: a conjunção proporcional expressa proporção. salvo se. a não ser que. Outras conjunções finais: a fim de.que. você vai tirar uma nota ruim”. ao passo que. você foi mal na prova porque não estudou”. Outras conjunções causais: visto que. Outras conjunções concessivas: ainda. quanto menos.. ou seja: uma oração (subordinada) depende da outra (principal). mesmo que. comparativas. João não foi bem na prova”. conformativas. tal. 41 . mais. sempre que.Conjunção Subordinativa: é aquela que liga orações subordinadas. já que. Exemplo: “Eu mal cheguei ao escritório e ela veio reclamar”.. porquanto. Exemplo: “Estou estudando para me sair bem na prova”..que. logo que. Exemplo: “Como não havia estudado. Outras conjunções condicionais: caso. Temporal: a conjunção expressa tempo. quanto menos. Final: a conjunção final expressa finalidade... tamanho. Exemplo: “Conforme eu disse. que é o motivo de João não ter ido bem na prova (oração principal). Outras conjunções conformativas: segundo. a menos que.. Outras conjunções temporais: assim que. enquanto. ele conseguiu tirar uma boa nota”. finais..mais. As conjunções subordinativas podem ser: causais. Exemplo: “À medida que eu estudava. quando.. ou seja: o fato de João não estudar (oração introduzida pela conjunção) não impediu que ele tirasse uma boa nota (oração principal). todas as vezes que. quanto mais.. Causal: a conjunção causal introduz a oração que explica a causa (o motivo. A conjunção “como” introduz a oração “não havia estudado”. consoante. apesar.que. como. Exemplo: “Se você não estudar. Existem duas conjunções integrantes: SE e QUE. Podemos substituir a oração introduzida pela conjunção por ISSO. tanto quanto. tal que. introduzindo orações que equivalem a substantivos. que nem. Portanto. Fica assim: “Espero isso”. tanto como. um macete é pensar que as conjunções integrantes introduzem orações que podem ser substituídas pela palavra ISSO.Outras conjunções comparativas: como. tal qual. assim como. Exemplo: “Espero que você viaje bem”. Integrante: a conjunção integrante introduz orações subordinadas (que completam o sentido da oração principal). 42 . você vai estudar a função das palavras dentro das orações. Elas se juntam com outras palavras e formam frases e orações (frases com verbos). ou seja: elas passam a ter um significado. oração e período. um sentido (Sintaxe). Exemplo 2: “João e Maria viajaram para longe”. Quem realizou a ação de dançar? Resposta: eu. Exemplos: “Ai meu Deus”. Portanto. Portanto. FRASE. Portanto. O período será classificado como simples se for formado apenas por uma oração e ele será classificado como composto se tiver duas ou mais orações até o ponto-final. Quem realizou a ação de viajar para longe? Resposta: “João e Maria”. “voltei”. “Nós vamos viajar para Brasília”. Exemplo 1: “Eu fui ao cinema” é um período simples (composto por apenas uma oração). Quem realizou a ação de pedir ajuda? Resposta: “o dono do Fusca azul”. Exemplo 2: “Eu fui ao cinema. “o dono do Fusca azul” é o sujeito da oração. Quando as frases e orações se formam elas transmitem mensagens e informações. o pronome “eu” é o sujeito da oração. “fui dormir”). “Comprei um carro”. Portanto. ORAÇÃO E PERÍODO Seu objetivo: entender as diferenças entre frase.SINTAXE I As palavras não vivem sozinhas. Quem foi que ouviu o brado retumbante de um povo heroico? Resposta: as margens do Ipiranga. 1. Sujeito: é o responsável pela ação descrita pelo verbo da oração. Na Sintaxe I. depois eu voltei para casa e fui dormir” é um período composto que tem três orações. “Anoiteceu”. 2. Exemplo 4: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante”. Exemplo 1: “Eu dancei ontem”. que tenha algum sentido. Frase: é qualquer enunciado que transmita alguma mensagem. Oração: é o nome dado à frase que possui um verbo (ou uma locução verbal). “Socorro!”. Exemplo 3: “O dono do Fusca azul está pedindo ajuda”. “Nós vamos viajar para Brasília”. Exemplos: “Comprei um carro”. “João e Maria” é o sujeito da oração. Se cada oração possui um verbo. Período: é formado por uma ou mais orações até aparecer o primeiro ponto-final. isto é. SUJEITO Seu objetivo: entender o que é sujeito e também os tipos de sujeito. “as margens do Ipiranga” é o sujeito da oração. 43 . então basta contar o número de verbos (ou de locuções verbais) para saber o número de orações (“fui”. Portanto. sujeito subentendido (é tudo a mesma coisa. Exemplo 3: Na oração “os atores profissionais e algumas pessoas da plateia pediram silêncio”. O sujeito existe. Exemplo 1: O sujeito da oração “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda” é “o dono do Fusca azul” e o núcleo desse sujeito é “dono”. As outras palavras apenas os caracterizam. O núcleo é aquela palavra capaz de substituir o sujeito inteiro. viram. mas não pode ser identificado porque o verbo “falar” está conjugado na terceira pessoa e o sujeito que o conjuga não aparece na oração. implícito. mas pode ser encontrado pela conjugação do verbo. já que ambos são centrais e decisivos para o significado do sujeito. etc) e o sujeito não aparecer. Exemplos: “o dono do Fusca azul está pedindo ajuda”. inexistente. Quem comprou um par de camisas? Resposta: “eu”. indeterminado. Sujeito Indeterminado: é aquele que existe. mas sim como indeterminado (veremos mais adiante). não se preocupe). então o sujeito possui dois núcleos: “João” e “Maria”. composto. falaram. As outras palavras apenas são características do “dono” (do Fusca azul). Quem é que falou mal de você? Resposta: não sabemos. “a plateia aplaudiu forte”. Ele ocorre em dois casos: 1) Verbos conjugados na terceira pessoa do plural.Núcleo do Sujeito: é a principal palavra do sujeito (aquela que guarda todo o seu significado). “João está perdido”. “o apresentador e os telespectadores estão ansiosos pela chegada do convidado”. mas podemos entender que “o dono está pedindo ajuda”. Sujeito Implícito: é aquele que foi omitido da oração. Exemplos: “Paulo e Ana estão perdidos”. “dono” é o núcleo do sujeito. Sujeito Simples: é aquele que possui apenas um núcleo. Classificação dos Sujeitos: o sujeito pode ser classificado em: simples. Exemplo 2: Se o sujeito for “João e Maria”. Sujeito Composto: é aquele que possui dois ou mais núcleos. Exemplo: “Falaram mal de você”. porque o pronome “eu” é o único que conjuga o verbo “comprar” como “comprei”. mas não pode ser identificado. dançaram. sujeito oculto. o sujeito composto e o sujeito oculto são sujeitos determinados. Não podemos entender que “o Fusca está pedindo ajuda” nem que “o azul está pedindo ajuda”. O sujeito simples. sujeito elíptico. então o sujeito não será classificado como implícito. Exemplo: “Comprei um par de camisas”. Outros nomes para o sujeito implícito: sujeito desinencial. Observação: se o verbo estiver conjugado na 3ª pessoa do plural (disseram. Esse sujeito tem dois núcleos: atores e pessoas. já que eles existem e podem ser identificados. o sujeito é “os atores profissionais e algumas pessoas da plateia”. 44 . Por isso. os verbos estão conjugados na terceira pessoa do singular (ele precisa. Exemplo: “falaram mal de você” (sujeito indeterminado). 2) Verbo FAZER indicando tempo decorrido. o pronome “SE” é chamado de índice de indeterminação do sujeito. VOZES VERBAIS Seu objetivo: aprender a trabalhar com uma oração em suas diferentes vozes. Então. mesmo o verbo estando conjugado na 3ª pessoa. A oração pode estar em três vozes verbais: ativa. Exemplo: “Os vizinhos falaram mal de você”. “ventou muito durante a noite”. Portanto. “aqui se vive bem”. Sujeito Inexistente: o sujeito não existe na oração. o sujeito é inexistente (oração sem sujeito). O sujeito é “os vizinhos”. 3. Vozes Verbais: é a forma com que o verbo se relaciona ao seu sujeito quanto à passividade ou atividade. ele vive) e estão acompanhados do SE. mas sim relatórios). provocando a oração sem sujeito. Para o sujeito ser indeterminado. o sujeito não pode aparecer com o verbo (somente o verbo aparece). Não esqueça que o sujeito não pode aparecer (apenas o verbo aparece). Em todos esses exemplos. Isso acontece nos seguintes casos: 1) O sujeito é inexistente quando o verbo expressa fenômenos da natureza. “nevará amanhã”. Esses verbos são chamados de verbos impessoais (eles provocam a oração sem sujeito). 3) Verbo HAVER indicando tempo decorrido ou então indicando existência. então poderemos determinar o sujeito. Exemplos: “Anoiteceu ontem”. Sujeito simples. passiva e reflexiva. ele aluga. “está chovendo muito”. Exemplo: “Faz duas horas que eu estou na fila”. Observação: nesses casos. Exemplo: “Choveram relatórios em minha mesa”. indeterminando o sujeito das orações. sendo que a reflexiva também pode se transformar na voz reflexiva recíproca. 45 .Antes que você pergunte: Não é pelo fato de aparecer o verbo conjugado na 3ª pessoa do plural que o sujeito será sempre indeterminado. o sujeito é “relatórios” (relatórios choveram em minha mesa). 2) Verbos conjugados na terceira pessoa do singular acompanhados do “SE” (antes ou depois do verbo). O verbo “haver” tem o mesmo sentido de “existir”. Exemplo 1: “Estou na fila há duas horas” (o sujeito da oração “há duas horas” é inexistente). “aluga-se”. Exemplos: “precisa-se de cozinheiros”. em cada uma dessas orações o sujeito é indeterminado. O sentido da palavra “chover” foi alterado (não caiu água em cima da mesa. Antes que você pergunte: se esse tipo de verbo for usado em outro sentido (ao invés do sentido original). Exemplo 2: “Há vinte alunos na sala”. O sujeito da primeira oração (Faz duas horas) é inexistente. Voz Ativa: ocorre quando o sujeito pratica ativamente a ação expressa pelo verbo. Exemplo: “João fez o trabalho de matemática”. O sujeito (eu) realiza a ação de fazer o trabalho de matemática. Voz Passiva: ocorre quando o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo. Exemplo: “O trabalho foi feito por João”. Dessa vez, o sujeito é “o trabalho” e ele recebe a ação expressa pelo verbo (“foi feito”). A expressão “por João” é chamada de “agente da passiva”, porque João se transforma no sujeito se a oração passar para a voz ativa (“João fez o trabalho”). A voz passiva será do tipo analítica se ela não usar o pronome “se”. Exemplo: “casas estão sendo vendidas”. A voz passiva será do tipo sintética se ela usar o pronome “se”. Exemplo: “vendemse casas” ou “casas se vendem”. Nesse caso, o pronome “se” é chamado de pronome apassivador. Observação: não confunda pronome apassivador com o índice de indeterminação do sujeito. O pronome apassivador ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do plural (vendem-se casas), enquanto que o índice de indeterminação do sujeito ocorre quando o verbo está empregado na terceira pessoa do singular (vende-se casas). No primeiro caso (vendem-se casas), o sujeito é “casas” e ele está na voz passiva (é sujeito paciente). No segundo caso (vende-se casas), o sujeito é indeterminado. Voz Reflexiva: ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação ao mesmo tempo, ou seja: o sujeito faz algo para ele mesmo. Exemplo: Paulo se machucou com a faca. Nesse caso, Paulo é o sujeito e ele faz a ação de machucar e recebe essa ação, sendo machucado por ele mesmo. Voz Reflexiva Recíproca: ocorre quando algo ou alguém realiza e recebe a ação um para o outro, de modo recíproco. Exemplo: "Paulo e Letícia se casaram". Nesse caso, Paulo se casa com Letícia e Letícia se casa com Paulo, ou seja: o casamento é algo recíproco (um se casa com o outro). 4. OBJETO E TRANSITIVIDADE VERBAL Seu objetivo: entender os tipos de objetos (direto e indireto) e compreender a transitividade verbal. Já vimos que o sujeito é o responsável por realizar a ação verbal. Porém, isso geralmente não é o suficiente para construir uma oração, porque o sentido do verbo pode ficar incompleto. Na oração “João comprou”, o sujeito é “João” e o verbo é “comprou”. Porém, a oração não está completa porque o sentido do verbo está incompleto. Para completar o sentido do verbo, nós precisamos explicar o que João comprou. 46 Então nós precisamos de um complemento verbal, que poderia ser: “João comprou um tênis”. Pronto: agora a oração está com o seu sentido completo graças à expressão “um tênis”, que está completando o sentido do verbo “comprar”. Essa expressão é chamada de Objeto. Objeto: é o termo da oração que completa o sentido do verbo e pode ser classificado em: objeto direto e objeto indireto. Objeto Direto: ocorre quando não existe nenhuma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Roberto vendeu o carro”, “Eles limparam o quarto”. Objeto Indireto: ocorre quando existe uma preposição entre o verbo e o objeto. Exemplo: “Laura gosta de maçã”, “Fernando foi ao cinema”. Antes que você pergunte: “ao” é a união da preposição “a” com o artigo “o”. Logo, o objeto é indireto por causa da preposição "a" (que se une ao artigo "o"). A preposição “a” também pode se unir com o artigo “a”, formando a crase (à). Se eu falar que "Laura gosta da laranja", a preposição "de"se juntou com o artigo "a", formando "da". As preposições podem se combinar com outras palavras. Transitividade Verbal: é a análise da transitividade dos verbos. Os verbos podem ser: transitivos diretos, transitivos indiretos, transitivos diretos e indiretos ou intransitivos. Verbo Transitivo Direto: é aquele que exige um objeto direto. Exemplo: “Compramos o livro”. Verbo Transitivo Indireto: é aquele que exige um objeto indireto. Exemplo: “Eu gosto de filmes de ação”. Verbo Transitivo Direto e Indireto: é aquele que exige dois objetos (um objeto direto e um objeto indireto). Exemplo: “Entreguei o relatório ao chefe”. O verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, pois ele exige um objeto direto (o relatório) e um objeto indireto (ao chefe). Observação: os objetos podem ser representados por pronomes (que são as palavras que substituem outras palavras). Ao invés de falar que “eu entreguei o relatório ao chefe”, eu posso dizer “eu entreguei-lhe os relatórios”. O pronome “lhe” equivale “ao chefe”. Logo, “ao “João” (da primeira oração) e “lhe” (segunda oração) são objetos indiretos. Verbo Intransitivo: é aquele que não precisa de nenhum objeto para fazer a oração ter sentido. Exemplo: “Arnaldo morreu”. 5. COMPLEMENTO NOMINAL Seu objetivo: entender o que é que é complemento nominal. 47 Vimos que o objeto é o termo que completa o sentido dos verbos e é, portanto, um complemento verbal. Agora, nós vamos ver outro tipo de complemento, que é o complemento nominal. Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos, dos adjetivos e dos advérbios. Veja o seguinte exemplo: “Eu tenho interesse”. Temos aí o sujeito (“eu”), o verbo (“tenho”) e o objeto direto (“interesse”). Porém, mesmo com o objeto completando o sentido do verbo, a oração continua incompleta. Fica uma pergunta no ar: interesse em quê? A solução é completar o sentido da palavra “interesse” com algum tipo de complemento. Como “interesse” é um substantivo abstrato, o complemento será chamado de complemento nominal. Poderíamos, então, dizer: “Eu tenho interesse em Língua Portuguesa”. A expressão “em Língua Portuguesa” completa o sentido de um substantivo abstrato (“interesse”). Portanto, “em Língua Portuguesa” é um complemento nominal. Observação: o complemento nominal sempre será acompanhado de uma preposição. No exemplo anterior, a preposição usada foi “em”. Exemplo 1: “Eu tenho necessidade de dinheiro”. A expressão “de dinheiro” é o complemento nominal que completa o sentido da palavra “necessidade” (substantivo abstrato), que por sua vez completa o sentido do verbo “ter” (verbo transitivo direto). Exemplo 2: “Sou contrário ao regulamento”. A expressão “ao regulamento” é o complemento nominal que completa o sentido da palavra “contrário” (adjetivo), que por sua vez completa o sentido do verbo “ser”. Exemplo 3: “Moramos perto da empresa”. A expressão “da empresa” é o complemento nominal que completa o sentido da palavra “perto” (advérbio), que por sua vez completa o sentido do verbo “morar”. 6. ADJUNTO ADNOMINAL E ADJUNTO ADVERBIAL Seu objetivo: entender o que é um adjunto adnominal e o que é um adjunto adverbial. Adjunto: é um termo acessório da oração, ou seja, é um termo que “enfeita” a oração e se for retirado dela ele não vai fazer falta a ponto de atrapalhar o sentido da oração. Observe a seguinte oração: O homem comprou um livro. Com tudo o que você estudou até aqui, você sabe que o sujeito da oração é “o homem”, o verbo “comprar” é transitivo direto e “um livro” é o objeto direto. Agora, veja: “O homem careca comprou um livro”. 48 Observe que eu acrescentei a palavra “careca”, que caracteriza o substantivo “homem”. A palavra “careca” não faz falta na oração (você não deixa de entender o sentido da oração se tirar “careca”). Logo, “careca” é um adjunto (é um termo acessório). Como “careca” é uma palavra que está ligada a um substantivo (homem), então “careca” é um adjunto adnominal. Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo. Tudo o que estiver ligado ao substantivo e atuando como termo acessório será um adjunto adnominal. Portanto, na oração “o homem careca comprou um livro”, nós temos três adjuntos adnominais: “o”, “careca” e “um”. O artigo “o” e o adjetivo “careca” estão ligados ao substantivo “homem”, enquanto que o artigo “um” está ligado ao substantivo “livro”. Exemplo 1: Na oração “O vendedor caiu na escada velha”, os adjuntos adnominais são: “o” (ligado ao substantivo “vendedor”) e “velha” (ligada ao substantivo “escada”). Exemplo 2: Na oração “O vendedor de galinhas caiu na escada velha e torta”, os adjuntos adnominais são: “o”, “de”, “galinhas” (ligados ao “vendedor”) e “velha”, “e”, “torta” (ligados à escada). Observação: para provar que os adjuntos são termos acessórios (ou seja: apenas enfeitam a oração), observe que se eu retirá-los da oração ela continuará tendo sentido: “Vendedor caiu na escada”. Você não sabe que a escada é velha e torta e também não sabe que o vendedor vende galinhas, mas você entende a ideia principal da oração: você entende que o vendedor caiu na escada e é isso que importa. Os adjuntos apenas “enfeitam” a oração, dando alguns detalhes. Esse mecanismo é muito comum em manchetes de jornal (para economizar palavras). Exemplos: “Homem assalta banco”, “Mulher é sequestrada”, “Criança cai no buraco”, etc (só tragédia). Agora, veja esta oração: “O homem rapidamente comprou um livro”. Observe, mais uma vez, que a palavra “rapidamente” é um adjunto, ou seja, é um termo acessório. Se você tirá-lo da oração, você continua entendendo a mensagem da oração (o homem comprou o livro). Porém, ao contrário do adjunto adnominal, a palavra “rapidamente” não está ligada ao “homem”, mas sim ao verbo “comprar” (“rapidamente” é um advérbio). Portanto, a palavra “rapidamente” é o adjunto adverbial da oração. Adjunto Adverbial: é o termo acessório que se liga a um verbo, a um adjetivo ou a um advérbio. Os adjuntos adverbiais expressam diversas circunstâncias. Veja alguns exemplos: Modo: O homem rapidamente comprou um livro. Finalidade: O homem comprou um livro para estudar. Companhia: O homem comprou um livro com a mulher. Lugar: O homem comprou um livro na livraria. Dúvida: O homem provavelmente comprou um livro. Afirmação: O homem certamente comprou um livro. 49 A expressão “da vitória” é um termo que está ligado à palavra “certeza”. então o termo ligado a ele só poderá ser um adjunto adnominal. É comum termos confusão com Adjunto Adnominal e Complemento Nominal. é um adjunto adnominal. Portanto. Condição: Se o homem não comprar o livro. Exemplo 2: “Temos certeza da vitória”. Meio: O homem foi de carro comprar um livro. ele levará uma bronca. Porém. já que ele completa o seu sentido). não pode ser ignorada. portanto.Tempo: O homem comprou um livro ontem. o adjunto adnominal apenas “enfeita” a oração e pode ser omitido sem dar problema de sentido. Se essa expressão for ignorada da oração. um substantivo abstrato. nós podemos ignorar “de madeira” sem interferir no sentido da oração e ficamos com: “vendemos cadeiras”. por isso. A oração ficou incompleta (é preciso dizer o que se tem certeza). Portanto. Exemplo 1: “Vendemos cadeiras de madeira”. 50 . Logo. Portanto “de vitória” é um Complemento Nominal. relembrar as definições de cada um: Complemento Nominal: é o termo que completa o sentido dos substantivos abstratos. “de vitória” não é adjunto. ficamos com: “temos certeza”. 2ª Diferença: concreto x abstrato O complemento nominal completa o sentido de substantivos abstratos. “da vitória” é um termo que completa o sentido da palavra “certeza” e. se o substantivo for concreto. 1ª Diferença: termo acessório x complemento Observe que o adjunto adnominal é um termo acessório (que enfeita a oração) que se liga a um substantivo (concreto ou abstrato). primeiramente. 7. um substantivo concreto. Portanto. Instrumento: O homem comprou o livro com cartão de crédito. ADJUNTO ADNOMINAL x COMPLEMENTO NOMINAL Seu objetivo: aprender a diferenciar o Adjunto Adnominal do Complemento Nominal. Adjunto Adnominal: é o termo acessório que está ligado a um substantivo. Portanto. Conformidade: O homem comprou o livro conforme as recomendações. enquanto que o complemento nominal é um termo que completa o sentido do substantivo abstrato. enquanto que o complemento nominal é fundamental para a oração (a oração não pode ficar sem o complemento nominal. Assunto: O homem comprou um livro sobre política. dos adjetivos e dos advérbios. Vamos. mas sim é um complemento. “de madeira” é um termo acessório (pode ser excluído da oração) e. A expressão “de madeira” é um termo que está ligado à palavra “cadeiras”. Portanto. PREDICATIVO Seu objetivo: entender o que é um predicativo e também os seus tipos. Então. 8. então a expressão “de prata” não pode ser complemento nominal. Santos Dumont inventou (realizou a ação). então teste a terceira diferença: 3ª Diferença: passivo x ativo O complemento nominal é passivo. Ninguém pratica a ação de “ser bonito”. “de Santos Dumont” é um adjunto adnominal (expressa ação). 51 . Veja que os verbos de ligação geralmente podem ser substituídos pelos verbos “ser” ou “estar” sem deixar a oração estranha. enquanto que o adjunto adnominal é ativo. Como “relógio” é um substantivo concreto. você precisa entender o que é um verbo de ligação. Antes de entender o que é predicativo. “Sandra é cansada”. permanecer.Exemplo: Comprei um relógio de prata. recebimento de ação). O avião não inventou nada. Exemplo 2: A invenção de Santos Dumont surpreendeu o mundo inteiro. Exemplo 4: Maria tem amor de mãe. Então. “de prata” é um adjunto adnominal. continuar. “dos relatórios” é um complemento nominal. o verbo “ser” é um verbo de ligação Exemplo 2: “Sandra continua cansada”. Sabemos que o avião foi inventado (recebeu a ação: é passivo). “de mãe” é um adjunto adnominal. mas sim é um estado. Se essas diferenças não ajudarem a indicar se o termo é um complemento ou um adjunto. “Ser bonito” não é ação. Exemplos: ser. Logo. mas sim um estado (uma característica) ou então uma mudança de estado. Exemplo 1: A invenção do avião surpreendeu o mundo inteiro. Veja: “Sandra está cansada”. Verbo de Ligação: é o verbo que não expressa ação. mas sim foi inventado. Logo. estar. pelo caráter ativo. A palavra “continua” também está expressando um estado: o estado de “cansaço”. Portanto. Exemplo 3: A organização dos relatórios é importante. Exemplo1 : “Eu sou bonito”. Qual é o certo: “os relatórios organizam” (ativo) ou “os relatórios são organizados” (passivo)? Resposta: “os relatórios são organizados” (passivo). não que a mãe é amada). Qual é o certo: “a mãe ama” (ativo) ou “a mãe é amada” (passivo)? Resposta: “a mãe ama” (amor “de mãe” significa que a mãe ama. “do avião” é um complemento nominal (expressa passividade. O termo “uma pessoa sábia” está atribuindo uma característica (sábia) ao objeto direto. A palavra “cansada” está atribuindo um estado ou uma característica ao sujeito (Sandra) por intermédio do verbo de ligação (continua). “bonito” está atribuindo uma característica ao sujeito (eu). O verbo de ligação expressa uma qualidade ou um estado. enquanto que o objeto aparece depois de um verbo transitivo (objeto direto para o verbo transitivo direto e objeto indireto para o verbo transitivo indireto). 52 . por conta disso. uma característica ou uma qualidade ao sujeito ou ao objeto. Exemplo 2: “Eu o considero uma pessoa sábia”. o verbo “xingar” é transitivo direto e “ José” é objeto direto. Agora. Implicitamente. fica implícito (veja os exemplos anteriores). atribuiu uma característica ao sujeito da oração (“eu” no primeiro exemplo e “Sandra” no segundo exemplo). o predicativo do sujeito aparece depois de um verbo de ligação. então o complemento seria um objeto. uma qualidade. Predicativo do Sujeito: é o predicativo que atribui ao sujeito um estado ou uma característica por intermédio do verbo de ligação (veja os exemplos anteriores). Exemplo 1: “Eu sou bonito”. Porém. quando isso acontece. O verbo de ligação. Logo. O sujeito é “Fábio”. Exemplo 1: “Fábio xingou José de chato”. por intermédio de um verbo de ligação. atribui um estado. o predicativo também pode atribuir um estado ou uma característica aos objetos. Exemplo 2: “Sandra continua cansada”. O verbo que aparece na oração é o verbo transitivo do objeto. mas sim é um predicativo. que é um verbo de ligação. “cansada” é um predicativo. O sujeito é o pronome “eu”. o verbo de ligação fica implícito (não aparece). Perceba que em cada um desses exemplos anteriores o predicativo. Fábio xingou José de chato (José é chato). “uma pessoa sábia” é o predicativo do objeto. Exemplo: “Eu comprei um sapato”. Predicativo do Sujeito x Objeto: Como você já viu. porque ele está aparecendo depois do verbo “ser”. Observação: Se depois do sujeito viesse um verbo que não fosse de ligação. Então. É como dizer “eu considero ele uma pessoa sábia”. O termo “de chato” é um termo que dá ao objeto (José) uma característica. o verbo é “considero” (transitivo direto) e o objeto direto é “o”. Já o verbo transitivo expressa uma ação. Portanto. A palavra “bonito” não é objeto direto. nesse caso. Predicativo do Objeto: é o termo que atribui uma característica ou uma qualidade ao objeto da oração sem o verbo de ligação aparecer. como se estivéssemos dizendo que “José é chato”. não aparece na oração original. esse tipo de predicativo é chamado de predicativo do sujeito.Predicativo: é o complemento que aparece depois do verbo de ligação e. temos a ideia de que “ele é uma pessoa sábia” (só que “ele” é representado pelo “o”). O termo “um sapato” é objeto e o verbo “comprar” é transitivo direto. Ou seja: o verbo de ligação “é” fica implícito. Então. ou seja: que “enfeita” a oração dando uma característica a mais (relembre a postagem sobre adjunto adnominal clicando aqui). Exemplo 1: “Eu considero o curso excelente”. O sujeito é o pronome “eu”. Você viu que para diferenciar os dois você precisa analisar três fatores: termo acessório x complemento. Já o predicativo do objeto não é um termo acessório: ele não pode ser retirado da oração porque ela precisa dele para ter sentido. 53 . Agora.. o verbo “temos” é transitivo direto e “necessidade” é o objeto. Exemplo 1: “Eu considero o curso excelente”. O termo “excelente” caracteriza o objeto “o curso” (o curso é excelente). Se eu tirar “excelente” da oração. porque a oração precisa desse termo para poder ter sentido. Clique aqui caso queira rever isso novamente. Logo. Portanto. pois a oração precisa de “excelente” para poder ter sentido e “excelente” dá um característica ao objeto “o curso” (o curso é excelente). vamos diferenciar cada um deles do predicativo do objeto. ficamos com: “eu considero o curso excelente”. Esse exemplo é igual ao anterior. que pode ser retirado da oração sem causar prejuízo. sendo que nós acrescentamos o termo “de inglês”. Logo. O termo “de água” completa o sentido do objeto. O sujeito é o pronome “eu”. Você já viu a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal em outra postagem. do tipo “o objeto é + predicativo do objeto”. Logo. o adjunto adnominal (assim como o adjunto adverbial) pode ser retirado da oração sem prejudicar o sentido original. concreto x abstrato e passivo x ativo. O sujeito é o pronome “nós”. o termo “de inglês” é um termo acessório.. o sentido original não foi afetado. Ou seja: a oração continua fazendo sentido.9. Se tirarmos o termo “de inglês”.”. “excelente” só pode ser predicativo do objeto. O complemento nominal completa o sentido do objeto. Logo. o verbo “considero” é transitivo direto e “o curso” é o objeto. “excelente” é o predicativo do objeto. PREDICAT. ADNOMINAL x COMPL. Predicativo do Objeto x Adjunto Adnominal O adjunto adnominal é um termo acessório. “de inglês” é um adjunto adnominal. Exemplo 2: “Nós temos necessidade de água”. “excelente” não pode ser adjunto. respondendo a pergunta “necessidade de quê?”. então ela ficará incompleta: “eu considero o curso. Portanto. NOMINAL Seu objetivo: saber diferenciar o predicativo do objeto do adjunto adnominal e do complemento nominal. o verbo “considerar” é transitivo direto e o termo “o curso” é o seu objeto direto. Exemplo 2: “Eu considero o curso de inglês excelente”. DO OBJETO x ADJ. Predicativo do Objeto x Complemento Nominal A diferença entre os dois é que o predicativo do objeto dá uma característica ao objeto. a expressão “do Rio de Janeiro” não é o nome do “clima”. borracha. ou seja: é um termo que explica o sentido do que foi dito anteriormente. bombom. Tudo o que aparece depois dos dois-pontos tem o objetivo de explicar o que foi dito anteriormente. sente-se aqui”. Exemplo 1: “A cidade do Rio de Janeiro é boa”. Então. João é o vocativo (observe que usamos vírgula).10. capital do Rio Grande do Sul. fica às margens do rio Guaíba”. enfim. 54 . Nesse caso. Logo. que aparece depois dos dois-pontos. Aposto Especificativo: também chamado de “apelativo” ou “denominativo”. Cuidado para não confundir com o aposto (que também aparece entre vírgulas). é um aposto resumitivo. acrescentando uma nova informação que tem o caráter explicativo (é um aposto explicativo). essa explicação é na forma de enumeração de termos. salgadinhos. como a lua está bonita!”. Exemplo 2: “É você que está aí. Exemplo 3: “Veja. resumindo todos os termos anteriores numa expressão só. A diferença é que o aposto especificativo especifica o nome de algo ou de alguém. Exemplo 2: “O clima do Rio de Janeiro é bom”. Exemplo 1: “João. Exemplo 3: “Ele foi à papelaria e comprou: lápis. Aposto: é uma expressão que esclarece o sentido de algum termo que apareceu anteriormente. ou então retoma os termos anteriores resumindo-os numa única expressão. Alguém está falando com a “minha linda”. é um aposto especificativo. A palavra “férias”. é o tipo de aposto que não aparece entre vírgulas e é muito parecido com o adjunto adnominal. A expressão “tudo isso” resume tudo o que foi dito anteriormente. “do Rio de Janeiro” não é aposto. a expressão “do Rio de janeiro” está indicando o nome da cidade. Ronaldo?” Alguém está se dirigindo ao Ronaldo. apontador e caneta”. Vocativo: é o termo que indica um “chamamento”. Portanto. se refere à pessoa com que se fala e sempre aparece com vírgula. Exemplo 1: “Porto Alegre. Logo. tem o sentido explicativo. “minha linda” (entre vírgulas) é um vocativo. mas sim é um adjunto adnominal. Logo. Logo. minha linda. é um aposto explicativo. Exemplo 4: “Chocolate. fazendo uma pergunta a ele. Ronaldo é o vocativo (veja que ele aparece depois da vírgula). papel. Nesse caso. Alguém está se dirigindo ao João. tudo isso engorda”. é um aposto enumerativo. Logo. dando um detalhe a mais. O aposto geralmente aparece entre vírgulas ou depois de dois-pontos. Porém. doces. Exemplo 2: “Ele só queria saber de uma coisa: férias”. APOSTO E VOCATIVO Seu objetivo: entender o que é aposto (e seus tipos) e entender o que é vocativo. ou seja. Logo. A expressão que está entre vírgulas esclarece o termo anterior (Porto Alegre). Essa oração expressa ação (“João chegou”) e expressa estado (“João estava cansado”). Apesar de as duas palavras serem parecidas. Exemplo 2: “Roberto. Logo. Predicado Verbal: é aquele que expressa somente ação. Veja que o verbo (está) é um verbo de ligação e que “cansado” é o predicativo do sujeito. a oração precisa ter um verbo transitivo (para indicar ação) e também algum predicativo (para expressar estado). Exemplo 1: “Eu comprei dois livros”. Exemplo: João está cansado. que pode ser predicativo do sujeito ou do objeto. PREDICADO Seu objetivo: entender o que é predicado. mas sim somente estado ou característica. Logo. uma característica). Antes que você pergunte: predicado é diferente de predicativo. Como o verbo não pode ser transitivo. Exemplo 2: “Eu considero este livro interessante”. a oração não tem nenhum tipo de predicativo (porque o predicativo não expressa ação. Tirando-se o sujeito (eu) e o vocativo (Roberto). Predicado: é tudo o que é falado do sujeito. O predicado é: “viajou para Paris”. mas sim um estado. sobra o predicado: “comprei dois livros para você”. predicado nominal e predicado verbo-nominal. 55 . então o predicado é nominal. Existem três tipos de predicado: predicado verbal. Exemplo: João viajou para Paris. Você precisa saber o que é predicativo para entender melhor o predicado. Essa oração expressa ação (eu considero) e expressa estado ou característica (o livro é interessante). Observe que “cansado” é o predicativo do sujeito (expressa o estado). Tirando-se o sujeito (eu). mas sim estado ou característica). o predicado é verbal. “estar cansado” não é ação. Predicado Nominal: é aquele que não expressa ação. eu comprei dois livros”.11. Como ele indica estado. o predicado “chegou cansado” é um predicado verbo-nominal. O predicado é “está cansado”. Então. também não pode ter predicativo do objeto. Logo. Isso significa que o verbo do predicado precisa ser um verbo de ligação (indica estado). é o que sobra na oração se tirando o sujeito (para sobrar o que se fala sobre o sujeito) e o vocativo (porque o vocativo não faz parte do predicado). os conceitos são bem diferentes. bem como a sua classificação. Portanto. o predicado “considero esse livro interessante” é um predicado verbo-nominal (indica a ação de “considerar” e a característica de o livro ser interessante). Isso significa que o verbo do predicado precisa ser transitivo (não pode ser verbo de ligação). Resumindo: o predicado nominal ocorre quando a oração possui predicativo do sujeito. Logo. Como o verbo é transitivo (viajou) e a oração apenas expressa ação. por isso. Ou seja: a oração só expressa estado ou característica (ela não expressa ação. a oração não terá objeto e. Predicado Verbo-Nominal: é aquele que expressa ação e estado ao mesmo tempo. isso significa que o predicado nominal ocorre sempre quando a oração possuir predicativo do sujeito. sobra o predicado: “comprei dois livros”. Exemplo 1: “João chegou cansado”. 56 . formando o sentido (Sintaxe). Ou seja: é uma oração independente. arrumei a cama. Oração Coordenada Assindética (OCA): é aquela que não usa elemento de conexão para se ligar a outra oração coordenada. que é um elemento de conexão entre as duas orações. Uma independe da outra para ser entendida. a mensagem da oração. vamos ver os tipos de orações coordenadas. A primeira oração é “acordei cedo”. adormeceu”. Agora. trocou de canal. É simples assim. Oração Coordenada: é a oração que não depende de outra para poder ser entendida. nós vamos falar a respeito da classificação das orações coordenadas sindéticas. então a Sintaxe II vai ser moleza. Por exemplo: ao ler “tomei café”. ORAÇÕES COORDENADAS Seu objetivo: entender o conceito de oração coordenada e sua classificação. Exemplo 2: “Acordei cedo.SINTAXE II Sintaxe I estuda a função das palavras dentro das orações e as relações delas com as outras palavras. Primeiramente. 57 . Exemplo: “Roberto chegou ao apartamento. ligou a televisão. Observe que esse período é composto por duas orações coordenadas que estão ligadas pela conjunção “e”. Agora. se você não entendeu Sintaxe I. Oração Coordenada Sindética (OCS): é aquela que se conecta a outra oração por meio de um elemento de conexão. As orações coordenadas sindéticas são classificadas conforme a característica do elemento de conexão que as conectam. Não precisamos de outra oração para entender que o sujeito acordou cedo. você não vai entender nada da Sintaxe II. Essa é uma oração coordenada porque não depende de outra para ser entendida. Se você entendeu Sintaxe I. Veja que esse período é composto por orações coordenadas assindéticas porque elas não são ligadas por nenhum elemento conector. 1. Exemplo 1: “Acordei cedo hoje”. não precisamos saber que o sujeito acordou cedo e arrumou a cama para entendermos que ele tomou café. Já a Sintaxe II estuda as relações entre orações inteiras. as orações coordenadas podem ser divididas em dois grupos: orações coordenadas assindéticas e orações coordenadas sindéticas. Na próxima postagem. Esse é um período composto por três orações coordenadas. a segunda oração é “arrumei a cama” e a terceira oração é “tomei café”. Elas estão separadas pelas vírgulas. Exemplo: “Roberto chegou ao apartamento e ligou a televisão”. tomei café”. sempre fique atento ao sentido que os conectores dão às orações. no entanto. ou seja: independentes. Exemplo 1 (alternância): “Ora você grita.. o elemento de conexão “e” faz a segunda oração se acrescentar à primeira. Sendo assim. nesse caso.. Exemplo: “Eu estudei muito. como também. pelo fato de. OCS Alternativa: os elementos conectores expressam alternância ou opção de escolha. Vamos ver. não está ligando ideias opostas. porquanto. mas o carro continuou sujo”. visto que. 3. entretanto. OCS Conclusiva: o elemento de conexão expressa conclusão. tendo em vista que. você viu que a oração coordenada sindética é aquela que se conecta a outra oração por meio de um elemento de conexão. como também organizou a apresentação”. ora. ou eu assisto ao jornal”. a sua classificação: OCS Aditiva: o elemento de conexão expressa acréscimo. O conectivo “porque” faz a segunda oração explicar a primeira. A primeira diz que João caiu e a segunda diz que João tropeçou. Nessa oração. ou. sendo assim. que. todavia. quer. ora você se cala”. Exemplo 2 (opção de escolha): “Ou eu assisto ao filme. O conector “mas”. No artigo anterior. Observação: um mesmo elemento conector pode expressar mais de uma circunstância. Exemplos de conectores explicativos: porém. Exemplo: “Frederico lavou o carro.. já que. Essas duas orações podem ser entendidas separadamente. Portanto. ORAÇÕES SUBORDINADAS Seu objetivo: entender o conceito de oração subordinada e sua classificação. OCS Explicativa: o elemento de conexão expressa explicação. nesse período. Exemplos de conectores aditivos: e. ou. quer. OCS Adversativa: o elemento de conexão expressa uma oposição entre ideias.. Exemplo: “João caiu no chão porque ele se desequilibrou”.. a conjunção “mas” é um conector aditivo. Exemplos de conectores explicativos: pois. Exemplo: “Rafaela não só escreveu o trabalho.. mas também. Antes que você pergunte: as duas orações continuam sendo coordenadas. portanto. agora.2. CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS Seu objetivo: entender os tipos de orações coordenadas sindéticas. então eu devo tirar uma boa nota na prova”. Exemplos de conectores conclusivos: logo. contudo. 58 . Exemplo: “Corrigiu as provas e foi dormir”. Exemplos de conectores alternativos: ora. do tipo “corrigir + dormir”. mas sim está fazendo um acréscimo de ações do tipo “escreveu o trabalho + organizou a apresentação”. Logo. Então a segunda oração (quando o dia nasceu) está subordinada à oração principal (Roberto foi trabalhar). funcionando como substantivos. do predicativo. Podem fazer o papel do sujeito. A segunda oração (que você me ajude) funciona como o objeto indireto da primeira (eu necessito). Observação: você só vai conseguir entender esse assunto se você entendeu os assuntos de Sintaxe I. A oração “quando o dia nasceu” está funcionando como adjunto adverbial temporal da oração “Roberto foi trabalhar”. essa nova oração estará funcionando como o objeto indireto da primeira oração. verbo pronominal). 59 . Veja: “Roberto foi trabalhar quando o dia nasceu”. Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjuntos adnominais da oração principal. Afinal. com dois verbos. do aposto ou do agente da passiva de uma oração principal. Classificação das Orações Subordinadas: as orações subordinadas se classificam de acordo com as funções que eles desempenham na oração principal. se eu transformar esse objeto indireto numa outra oração. ela é classificada de acordo com a função sintática que ela desempenha na oração principal. então essa nova oração estará subordinada à primeira oração. o termo “de sua ajuda” é o objeto indireto da oração. Sendo assim. a expressão “pela manhã” é um adjunto adverbial temporal. do complemento nominal. dos objetos.Oração Subordinada: é aquela que funciona como termo sintático de outra oração (que é chamada de principal). a classificação das orações subordinadas funciona de acordo com os assuntos da Sintaxe I. Agora. Exemplo 2: Na oração “Roberto foi trabalhar pela manhã”. nós temos duas orações: “eu necessito” (o verbo é “necessito”) e “que você me ajude” (o verbo é “me ajude”. Se eu trocar esse adjunto adverbial por uma oração. Orações Subordinadas Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjuntos adverbiais da oração principal. Orações Subordinadas Substantivas: são aquelas que completam o sentido dos outros termos da função principal. Agora. Veja: “eu necessito que você me ajude”. a primeira oração (eu necessito) é chamada de oração principal e a segunda oração (que você me ajude) é a oração subordinada. Exemplo 1: Na oração “eu necessito de sua ajuda”. Então. A expressão “o cachorro” é um objeto direto. Exemplo: “A regra do jogo é que você não pode me vencer”. OSS Objetiva Indireta: é aquela que funciona como objeto indireto da oração principal. Exemplo: “Eu estou vendo o cachorro perto do meu pé”. Logo. Exemplo: “Eu preciso que você me ajude”. é uma oração subordinada substantiva apositiva. objeto. então essa oração será uma oração subordinada substantiva objetiva direta. é uma oração subordinada substantiva completiva nominal.4. Outro Exemplo: É necessário que você compre um presente para a sua sogra. OSS Predicativa: é aquela que funciona como o predicativo da oração principal. OSS Completiva Nominal: é aquela que funciona como complemento nominal da oração principal. Veja: “Quem tirou nota ruim no primeiro bimestre fará a prova de novo”. 60 . A expressão “que a sogra descubra o seu segredo” é um complemento nominal (completa o sentido de “medo”). essa oração é uma oração subordinada substantiva predicativa. A oração “que você me ajude” está funcionando como objeto indireto da oração principal. Exemplo: “Ele tem medo que a sogra descubra o seu segredo”. Orações Subordinadas Substantivas (OSS): são aquelas que funcionam como sujeito. Exemplo: “Só sei de uma coisa: que o Flamengo vai ganhar do Fluminense”. Portanto. OSS Apositiva: é aquela que funciona como aposto da oração principal. Elas recebem o nome de acordo com uma dessas funções sintáticas. A expressão que aparece depois dos dois-pontos está funcionando como aposto e é uma oração. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS Seu objetivo: entender os tipos de orações subordinadas substantivas. A expressão “que você não pode me vencer” está funcionando como predicativo (observe o verbo de ligação). Logo. o sujeito é “Jarbas”. OSS Objetiva Direta: é aquela que funciona como objeto direto da oração principal. a oração “quem tirou nota ruim no primeiro bimestre” é uma oração subordinada substantiva subjetiva. Veja: “eu estou vendo que o cachorro está mordendo o meu sapato”. Se eu trocá-lo por uma oração (acrescentar mais um verbo). a expressão “que o Flamengo vai ganhar do Fluminense”. A oração sublinhada está funcionando como o sujeito da oração principal (“isso é necessário”). Então. predicativo ou aposto da oração principal. “que você me ajude” é uma oração subordinada substantiva objetiva indireta. OSS Subjetiva: é aquela que funciona como sujeito da oração principal. Se no lugar dele nós tivermos uma oração. além de ser uma grande verdade. então a nova oração será o sujeito da primeira oração. A oração “quem tirou nota ruim no primeiro bimestre” está funcionando como o sujeito da oração “fará a prova de novo” (o novo verbo é “tirou”). complemento nominal. Exemplo: Na oração “Jarbas fará a prova de novo”. Ela poderia ser: “a manteiga que você está comendo agora está vencida”. a oração aparece entre vírgulas. mordeu de novo o pé de Jarbas”. A expressão “que você me vendeu” é uma oração subordinada adjetiva restritiva (seguindo a explicação dos exemplos anteriores). Exemplo: “A manteiga sobre a mesa está vencida”. ou travessão). A expressão “de muros azuis” é um adjunto adnominal. vem separada por vírgula (ou parênteses. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS Seu objetivo: entender os tipos de orações subordinadas adjetivas. Exemplo 2: “O cachorro comeu o trabalho que João fez”. essa oração é uma oração subordinada adjetiva explicativa. Exemplo 1: “Estudei numa escola de muros azuis”. A expressão “que João fez” funciona como um adjunto adnominal e restringe o sentido da oração principal: o cachorro comeu especificamente o trabalho que o João fez.5. “que você está comendo agora” é uma oração subordinada adjetiva. então essa oração será do tipo subordinada adjetiva. já que todo cachorro é considerado o melhor amigo do homem. não vem separada por vírgula e por nenhum outro sinal de pontuação (ela se liga diretamente à oração principal). a oração “que João fez” é uma oração subordinada adjetiva restritiva. se eu trocar “sobre a mesa” por uma oração qualquer. então essa oração será uma oração subordinada adjetiva. Exemplo: “O cachorro. seu desgraçado”. não foi qualquer outro trabalho. ou seja: é um termo acessório. funcionando como adjunto adnominal. essa oração será subordinada adjetiva restritiva. já que ela passará a funcionar como adjunto adnominal. Agora. A oração “que você está comendo agora” está funcionando como um adjunto adnominal da oração principal. OSA Explicativa: é aquela que explica algum termo que foi usado antes e. A expressão “que é considerado o melhor amigo do homem” explica o termo anterior (“cachorro”). Portanto. eu estudei especificamente na escola que tinha muros azuis). A expressão “sobre a mesa” é um adjunto adnominal. Se eu usar uma oração no lugar da expressão “de muros azuis”. OSA Restritiva: é aquela que restringe o sentido e. Se você retirá-lo da oração. Logo. Como a oração restringe o sentido da escola (ou seja: eu não estudei em qualquer escola. portanto. 61 . você continuará entendendo a mensagem principal: “a manteiga está vencida”. por isso. como por exemplo: “estudei numa escola que tinha muros azuis”. Então. Exemplo 3: “A caneta que você me vendeu está sem tinta. que é considerado o melhor amigo do homem. por isso. As orações subordinadas adjetivas podem ser classificadas como restritivas ou explicativas. Veja que. Orações Subordinadas Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjunto adnominal da oração principal. causa. que fizeram bagunça na aula. Poderia ser: “eu fui ao cinema quando anoiteceu”. serão entrevistados”. Agora. Exemplo: “João comprou um iate assim que ele ficou rico”. com o uso da vírgula. então essa nova oração será classificada como oração subordinada adverbial. você deve levar protetor”. Exemplo 4: “Os candidatos. Se no lugar de “ontem” eu puser uma oração. A oração substantiva adjetiva é restritiva (não usa vírgula). portanto entendemos que todos os candidatos foram aprovados e todos os candidatos serão entrevistados. Causal: expressa a causa de algum fato. A oração substantiva adjetiva é explicativa (usa vírgula). como. comparação. depois que. que foram aprovados. então ela será explicativa. portanto entendemos que somente os candidatos aprovados serão entrevistados. Orações Subordinadas Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração principal. etc. uma vez que. Caso contrário. Conjunções típicas: quando. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Seu objetivo: entender os tipos de orações subordinadas adverbiais. Elas recebem o nome de acordo com o tipo de circunstância expressada. As orações subordinadas adverbiais são classificadas conforme as circunstâncias que elas expressam: tempo. Isso significa dizer que ela restringe o sentido da oração principal. 62 . 6. ela será restritiva. A palavra “ontem” é um adjunto adverbial temporal. consequência. Exemplo: “Eu fui ao cinema ontem”. Exemplo 1: “Os alunos que fizeram bagunça na aula foram reprovados”. Se a oração substantiva adjetiva não for pontuada. Então ela é uma oração subordinada adjetiva restritiva. Conjunções típicas: já que. ou seja: estou dizendo que quem foi reprovado foram os alunos que fizeram bagunça. Exemplo: “Como o sol está forte. Exemplo 3: “Os candidatos que foram aprovados serão entrevistados”. a oração é classificada como subordinada adjetiva explicativa. espaço. A oração não está destacada por vírgulas ou por outro tipo de pontuação. foram reprovados”. Isso quer dizer que todos os alunos fizeram bagunça e que todos os alunos foram reprovados. Exemplo 2: “Os alunos. Temporal: expressa ideia de tempo. antes que. logo que.Importante: o principal aspecto na questão da classificação das orações subordinadas adjetivas é interpretar o impacto da ausência ou da presença de pontuação no sentido da oração. João vai continuar dormindo no trabalho”.. Conformativa: expressa a ideia de conformidade. Final: expressa finalidade. Você pode tirar o “que” e reduzir o tamanho da oração escrevendo o seguinte: “é fundamental você falar a verdade”. Proporcional: expressa proporção. Comparativa: estabelece uma comparação.. mesmo que. como. mais você ganha dinheiro”. Sempre que você tirar o elemento conector. Exemplo: “Gritou tanto que ficou rouco”.menos. tão. você precisa saber as formas nominais do verbo (infinitivo.. Conjunções típicas: do que. Conjunções típicas: a fim de que. que. Porém. Conjunções típicas: conforme. consoante. como. ainda que. caso.. tal que. Consecutiva: expressa uma consequência. Exemplo: Falei conforme me mandaram falar. Exemplo: “Abriu a porta para que Antônio pudesse entrar”. Condicional: expressa condição. de acordo com. segundo. Exemplo: “Quanto mais você trabalha aqui. quanto menos. Conjunções típicas: tanto. à proporção que.que. indo para a forma infinitiva). As orações subordinadas são introduzidas na oração principal por meio de um elemento conector que as ligam à oração principal. quanto mais. Veja o exemplo abaixo: Exemplo: “É fundamental que você fale a verdade”.. para que. Conjunções típicas: apesar de.. ORAÇÕES SUBORDINADAS REDUZIDAS Seu objetivo: entender como as orações subordinadas podem ser reduzidas.que. as orações subordinadas podem aparecer sem esse conector.. 63 . Veja que o verbo se transformou (“fale” se transformou em “falar”. tamanho. de agir de acordo ou agir conforme.mais. A oração subordinada começa com o conector “que”. Conjunções típicas: se. Conjunções típicas: à medida que. o verbo se transformará no infinitivo. Exemplo: “Ele é mais rico do que eu”. embora. 7. Observação: para entender esse assunto. gerúndio e particípio).. Exemplo: “Eu só vou embora se o chefe me mandar sair”. Exemplo: “Mesmo que o chefe apareça no escritório. no gerúndio ou no particípio (formas nominais).Concessiva: expressa um fato que não altera outro fato apesar de ter potencial para alterá-lo. assim. A oração subordinada é do tipo adverbial temporal. Podemos reduzi-la da seguinte maneira: “Chegando a aposentadoria. A oração “que vieram de Manaus” é uma oração subordinada adjetiva restritiva. ele vai viajar para Acapulco”. já que o verbo (vieram) se flexionou no particípio (vindos). Como o verbo “chegar” se transformou em “chegando” (gerúndio).Oração Subordinada Reduzida: ocorre quando retiramos o elemento conector da oração e mudamos o verbo da oração subordinada para uma das três formas nominais (infinitivo. a oração subordinada se transformou numa oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de particípio. permitindo a saída da conjunção “que” e reduzindo. Exemplo 2: “Quando a aposentadoria chegar. gerúndio ou particípio). então a oração “chegando a aposentadoria” é uma oração subordinada adverbial temporal reduzida de gerúndio. reduzida de gerúndio ou reduzida de particípio). então a nova oração será classificada como oração subordinada subjetiva reduzida de infinitivo. Agora. 64 . Como o verbo mudou de “leia” para “ler” (que está no modo infinitivo). Exemplo 3: “É importante que você leia este livro”. Exemplo 1: “Os estudantes que vieram de Manaus gostaram de Porto Alegre”. Você pode reescrevê-la da seguinte maneira: “os estudantes vindos de Manaus gostaram de Porto Alegre”. Então. ele vai viajar para Acapulco”. a nova oração será chamada conforme a forma nominal do novo verbo (reduzida de infinitivo. o tamanho da oração. A oração subordinada substantiva subjetiva pode se reduzir do seguinte modo: “é importante ler este livro”. Portanto. Portanto. Veja os exemplos: Exemplo 1: “Eu vou a + o teatro = Eu vou ao teatro”. CRASE (PARTE I) Seu objetivo: entender o significado da crase. CRASE (PARTE II) Seu objetivo: aprender as regras principais do uso da crase. a preposição “a” (exigida pelo verbo “ir”) se junta com o artigo “o” (da palavra “teatro”). só existe a preposição “a”: não existe artigo (“ele” está sozinho). Porém. Explicação Quando uma preposição “a” (exigida por algum verbo) se encontra com o artigo “a” (que está diante de um nome feminino). formando a crase). Crase: é a fusão da preposição “a” com o artigo “a” ou também com os pronomes demonstrativos e relativos iniciados com a letra “a” (àquele. Exemplo 2: “Eu vou a + a praia = eu vou à praia”. devemos usar a crase se nós usarmos o “ao” caso a palavra feminina seja trocada por uma masculina. Em outras palavras. No post anterior (clique aqui para rever). assim. Exemplo 4: “Dei a notícia a + ele = dei a notícia a ele”. Exemplo 3: “Dei a notícia a + a mulher = dei a notícia à mulher”. Agora. para sabermos se nós devemos usar a crase ou não. Regra da Troca: como a crase é a versão feminina do “ao”. Esse é o mesmo caso do exemplo anterior. formando “ao”. àquela. à qual. às quais. Exemplo 5: “Dei a notícia a + você = dei a notícia a você”. Nesse caso. formando. ou seja: é o “ao” usado em palavras femininas (“o” vira “a”. não há crase. etc). sem se juntar com ninguém. você aprendeu o que é crase. a crase. é como se a crase fosse a versão feminina do “ao”. você vai aprender as regras principais do uso da crase. Como não existe “aa”. a preposição “a” (exigida pelo verbo “ir”) se encontra com o artigo “a” (da palavra “praia”). a união da preposição com o artigo forma a crase (à). Nesse caso. usamos a crase (à) para indicar o encontro dessas duas letras iguais. a preposição “a” (exigida pelo verbo “dar”) se junta com o artigo “a” (da palavra “mulher”). Nesse caso. 2.ORTOGRAFIA 1. Logo. a preposição fica sozinha. 65 . Nesse caso. nós precisamos analisar se ocorre essa união ou não. qual é o feminino de “você”? Aliás. Como não escrevemos “ao”. esta. então. então não usamos crase. Logo. essa.tome cuidado para fazer a troca de modo correto (se você alterar a classe gramatical a regra pode dar errada). esse. essas. não há crase. que é a união de uma preposição exigida por um verbo com um artigo que define uma palavra feminina. etc). Não adianta decorar essa regra e aplicá-la às cegas. Se nós não usamos artigos antes de “você”. ao usarmos o verbo “voltar”. então. sem analisar o caso. aqueles. Exemplo 1: Será que devemos usar crase em “vou a praia”? Se trocarmos “praia” por uma palavra masculina (exemplo: teatro). aquelas) se aparecer a preposição “a” ao serem substituídos por outros pronomes demonstrativos (isto. nós usarmos “da”. Como não usamos “da”. devemos usar a crase com a palavra feminina. então devemos usar a crase: “eu disse à mulher”. trocar “ela” por uma palavra masculina: “eu disse a ele”. Exemplo 1: Será que vai crase em “Vou a Florianópolis”? Vamos usar o verbo voltar: “volto de Florianópolis”. Como usamos “da”. Você precisa saber o significado da crase. esses. como usamos “ao” com a palavra masculina. Escrevemos “vou a Florianópolis”. então devemos escrever “eu disse a ela” (sem crase). um substantivo. aquilo. mas as palavras femininas são de classes gramaticais diferentes (“ela” e “mulher”). este. trocar “mulher” por uma palavra masculina: “eu disse ao homem”. Veja que os exemplos 2 e 3 são idênticos. Logo. Então. então devemos usar a crase. Exemplo 2: Será que devemos usar crase em “eu disse a ela”? Vamos. Observação: se você fizer a troca com uma palavra de outra classe gramatical (exemplo: trocar “mulher”. Exemplo 4: Será que devemos usar a crase em “eu disse a você”? Resposta: não. fazendo um dos exemplos usar crase e outro não. devemos usar a crase em “vou à praia”. devemos usar a crase se. essa troca levará ao erro. Conclusão: a Regra da Troca é a regra clássica da crase. Escrevemos “vou à Bahia”. nós usaremos “ao”. então a preposição “a” (exigida pelo verbo “dizer”) fica sozinha. Exemplo 2: Será que vai crase em “Vou a Bahia”? Vamos usar o verbo “voltar”: “volto da Bahia”. por “ele”. Regra “Vou a. Regra do Pronome Demonstrativo: usamos crase nos pronomes demonstrativos que começam com a letra “a” (aquele. volto da”: para verbos que dão ideia de deslocamento (ir de um lugar para o outro). Veja: “vou ao teatro” (não podemos dizer “vou a teatro” ou “vou o teatro”). Como usamos “ao”. A regra é apenas a generalização prática dessa ideia. Afinal. Exemplo 3: Será que devemos usar crase em “eu disse a mulher”? Vamos. um pronome). “você” é uma palavra feminina ou masculina? Nós nunca usamos artigo antes de “você” (não existe “o você comprou livros” nem “a você comprou livros”). aquela. 66 . mas tenha cuidado ao aplicála. Observação: usamos crase antes dos seguintes pronomes de tratamento: senhora. Exemplos: às vezes. à solta. 67 . às segundas (às terças. à procura.Exemplo 1: Será que usamos crase em “Nada importa aquele jovem”? Vamos substituir o pronome demonstrativo por outro: “nada importa a esse jovem”. Exemplo: “a reunião foi há cinco horas”. Como a preposição “a” não apareceu. antes de pronomes pessoais. à toa. então não usamos a crase: “comprei aqueles sapatos”. etc). etc. devemos usar o acento grave por motivo de clareza (mesmo não havendo crase). Porém Evanildo Bechara diz que. CRASE (PARTE III) Seu objetivo: aprender os casos onde a crase é obrigatória. devemos usar o verbo “haver”. às quartas. de tratamento ou indefinidos ou antes de palavras masculinas. às pressas. Para tempo futuro. nesses casos. Casos onde a crase é proibida 1) Não usamos crase antes de verbos. às quintas. às escondidas. dê o envelope a ele (pronome pessoal). à vontade. Logo. dê o relatório a algum diretor (pronome indefinido). dama. Exemplos: Pôs-se a vender biscoitos (verbo). Casos onde a crase é obrigatória 1) Devemos usar crase para expressar o horário. à beira de. enquanto que locuções prepositivas são expressões que funcionam como preposições e as locuções conjuntivas são aquelas que funcionam como conjunções. à força. Observações: Para tempo passado. Antes que você pergunte: as locuções adverbiais são expressões formadas por duas ou mais palavras que funcionam como advérbios. é proibida e é facultativa. devemos usar crase: “nada importa àquele jovem”. “escreveu a caneta” (e não “à caneta”). Exemplo: “a reunião será daqui a cinco horas”. senhorita. à medida que. madame e dona (caso a regência exija a preposição “a”). Exemplo 2: Será que usamos crase em “comprei aqueles sapatos”? Vamos substituir o pronome demonstrativo por outro: “comprei estes sapatos”. Observação: alguns autores dizem que não devemos usar crase em locuções adverbiais que expressam instrumento. às custas de. Apareceu a preposição “a”. prepositivas e conjuntivas formadas por palavras femininas. vamos a pé mesmo (palavra masculina). não usamos crase (apenas a preposição “a”). Exemplo: “A reunião será às cinco horas”. peça o carimbo a Vossa Senhoria (pronome de tratamento). Exemplo: “matou a facada” (e não “à facada”). 3. 2) Devemos usar crase nas locuções adverbiais. EM (ou plurais: as. E(S).. dela. E(S). EM ou ENS. As palavras proparoxítonas são aquelas que possuem a antepenúltima sílaba como a tônica. As palavras paroxítonas são aquelas que possuem a penúltima sílaba como a tônica.). Revisão de Sílabas Tônica As palavras oxítonas são aquelas que possuem a última sílaba como a tônica. Exemplo: “Escrevemos à sua mãe” ou “escrevemos a sua mãe”. Essas regras se baseiam na quantidade de palavras oxítonas. os. então usamos crase. 3) A crase é facultativa depois da preposição até. Exemplo: “Depois de cruzar o Atlântico. voltei a terra”. etc. 4. Casos onde a crase é facultativa (pode usá-la ou não) 1) A crase é facultativa antes do nome de mulher. não acentuamos as palavras paroxítonas terminadas em A(S). nós devemos acentuar as palavras oxítonas terminadas em A(S). es. devemos escrever “a” ou “às”. para economizar acento (já que a maioria tem uma dessas terminações). O. EM ou ENS. solo. Exemplo: “Entregue isso à Paula” ou “entregue isso a Paula”. 3) Não usamos crase antes da palavra “terra” quando estiver significando chão. E. Caso a distância seja especificada. então usaremos crase. ens). Exemplo: “ficou à distância de dez metros”. Exemplo: “seguiu o rapaz a distância”. eu voltei à terra natal (lugar de origem)”. Regras de Acentuação As regras de acentuação foram feitas para acentuarem o menor número possível de palavras sem causar confusão na pronúncia (tanto que apenas 20% das palavras da Língua Portuguesa são acentuadas). Outro exemplo: “Depois de passar vários anos em outro país. O(S). 2) A crase é facultativa antes de pronomes possessivos no singular (minha. Exemplos: “boca a boca”. Exemplo: “Escrevemos a suas mães” ou “escrevemos às suas mães”. para diferenciarmos as paroxítonas das oxítonas. sua. bem como as suas terminações. Portanto. Se estiver no plural. 68 . Exemplo: “Caminharemos até à loja” ou “caminharemos até a loja”.. tua. Se “terra” significar outra coisa. Logo. “cara a cara”. 4) Não usamos crase entre palavras repetidas. A maior parte das palavras paroxítonas da Língua Portuguesa termina em A. O(S). ACENTUAÇÃO Seu objetivo: estudar as regras de acentuação segundo a Nova Ortografia. voltei à Terra (planeta)”. Exemplo: “Depois de cruzar a galáxia.2) Não usamos crase antes da palavra “distância” se a distância não for relevada. paroxítonas e proparoxítonas que existem. EM ou ENS. éus. éu. Pegadinha 2: Piauí é uma palavra oxítona terminada com a letra I. Exemplos: ideia. mas está acompanhada pela letra “z” e. revólver. Exemplo: feiura. bônus. dente. heroico. Exemplo: moinho. polens. O(S). nós devemos acentuá-la: lápis. Reforçando: se a palavra paroxítona tiver outra terminação. pé. táxi. alguém. hífen. juíza (a letra “i” é a segunda vogal do hiato “ui” e está sozinha na sílaba.Ou seja: Oxítonas: são acentuadas se terminarem em A(S). E(S). câncer. vovô. E(S) ou O(S). céu. vírus. se forem a segunda letra de um hiato (encontro de duas vogais em sílabas separadas) e se estiverem sozinhas na sílaba ou então acompanhadas da letra S. Exemplos: pá. Cuidado 1: a vogal I não será acentuada se depois dela aparecer NH. Exemplos: ônibus. Monossílabos Tônicos: são acentuados se terminarem em A(S). saída. órgão. Exemplos: saúde. pós. você. Cuidado 2: não acentuamos o hiato tônico se ele aparecer depois de um ditongo numa palavra paroxítona. Exemplos: jacaré. porém a acentuamos por causa da regra do hiato (a letra “I” é tônica. pólen. assembleia. etc. 69 . portanto não é acentuada). colégio. independentemente de suas terminações. álbum. E(S). paletó. etc. Ou seja: se pelo menos uma regra de acentuação justificar o acento. Exemplos: hifens. Ênclise e Mesóclise: nas ênclises e nas mesóclises (quando usamos o hífen com um pronome ao final do verbo ou no meio do verbo) nós devemos usar a regra de acentuação desconsiderando o pronome átono. jovem. portanto deve ser acentuada). então a palavra será acentuada. ninguém. Outros exemplos: raiz e raízes. éis. Exemplos: vendê-lo (“vendê” é uma palavra oxítona terminada em E e. sofás. amável. réu. ói. armazéns. bíceps. Paroxítonas: não são acentuadas se terminarem em A(S). EM ou ENS. Outras regras: Proparoxítonas: todas são acentuadas. herói. barata. Pegadinha 1: juiz (a letra “i” é a segunda vogal do hiato “ui”. faísca. bolo. Ditongo Tônico: devemos acentuar os ditongos abertos (éi. então a palavra é acentuada). parti-la (“partir” é uma palavra oxítona terminada em I e. é a segunda letra de um hiato e está sozinha na sílaba). óis) nas oxítonas ou nos monossílabos tônicos. então não o acentuaremos. não podemos acentuá-la por causa da regra das oxítonas. Reforçando: caso o ditongo tônico não esteja na última sílaba da palavra. não deve ser acentuada). Hiato Tônico: devemos acentuar as vogais I e U se elas forem tônicas. pônei. Exemplos: troféus. dói. Portanto. O(S). túnel. lâmpada. portanto. etc) recebem o acento circunflexo para diferenciar a conjugação da 3ª pessoa do singular (ele) da 3ª pessoa do plural (eles). como Müller ou Hübner. eco. minissaia). “ele contém” e “eles contêm” Verbo Vir: o verbo “vir” e seus derivados recebem o acento diferencial pelo mesmo motivo do verbo “ter”. anti. Substantivo Forma: o substantivo “forma” pode receber acento diferencial para distinguir seus dois significados. Verbo Poder: o verbo “poder” recebe acento diferencial para diferenciar a conjugação do pretérito perfeito do presente. Os poucos tremas que sobreviveram ao extermínio podem ser encontrado em nomes estrangeiros (ou derivados desses). Exemplos: “ele vem” e “eles vêm”. Além disso. leem. precisamos saber. “aguentar” (veja que coisa horrível). socio. Exemplos: voo. “tranquilo”. Exemplos: “ponha a massa dentro da fôrma” e “fez a escultura em forma de pássaro”. Isso significa que nós devemos escrever “linguiça”. Os prefixos são as partes que ficam no início das palavras. Vogais Repetidas: não acentuamos vogais repetidas (não importa se isso ocorra com ditongos ou com hiatos). Trema: o trema (os dois pontinhos colocados em cima da letra “u”) foi banido. conter. primeiramente. mini. Exemplos: “quero pôr (verbo) seu nome no trabalho”. 70 . qual é o tipo de palavra composta. Exemplos: “ele tem” e “eles têm”. essa palavra existe). Vamos ver cada caso: Verbo Ter: o verbo “ter” e seus derivados (deter. Verbo Pôr: o verbo “pôr” recebe acento diferencial para diferenciá-lo da preposição “por”. ou seja: os prefixos são usados junto com as palavras (eles não podem ficar sozinhos). Exemplos de prefixos: micro. pré. Nesse caso. Palavra Composta por Prefixo: É a palavra que é composta por um prefixo. Exemplos: “ele pôde jogar na semana passada (pretérito perfeito)” e “ele pode jogar agora (presente)”. enjoo. por exemplo. se as letras “r” e “s” vierem depois de alguma vogal elas são misteriosamente duplicadas (semirreta. nós usamos o hífen para separar vogais iguais (micro-ondas) ou para separar o prefixo das palavras iniciadas com a letra “h” (pré-história). Regra Geral: nas palavras compostas por prefixos.Acento Diferencial: usamos o acento diferencial para diferenciar algumas palavras que são escritas iguais em contextos diferentes. “ele detém” e “eles detém”. “ele convém” e “eles convêm”. Para usarmos a Regra Geral do hífen nas palavras compostas. HÍFEN (PARTE I) Seu objetivo: estudar as regras gerais do uso do hífen. o acento é facultativo (você pode usá-lo só se quiser). auto. vadiice (sim. 5. “venha por (preposição) aqui”. Nesses casos. cooperar. Por outro lado devemos usar vírgula em “couve-flor”. vale a mesma regra da separação de vogais iguais. mais-que-perfeito. Observação: Com os prefixos inter. Exemplos das Regras Gerais (palavras compostas por outras palavras) Exemplo 1: Escrevemos “guarda-roupa” com hífen porque não existe elemento de ligação unindo as duas palavras (“guarda” e “roupa”). Caso o prefixo “co” se junte a uma palavra iniciada com a letra “h”. Exemplo 4: Escrevemos “minissaia” sem hífen e com a letra “s” repetida porque essa letra aparece depois de uma vogal (vogal “i”). arco-da-velha. Exemplo: “inter-regional”. Tanto “beija” quanto “flor” são palavras independentes. Exemplo: beija-flor (beija + flor). Regra Geral: nas palavras compostas por outras palavras. Palavra Composta por Palavras Independentes: é aquela que é composta por palavras autônomas ou independentes (que podem ficar sozinhas. sem elemento de ligação. Exemplo: co + habitar = coabitar. Portanto. ao contrário dos prefixos). Exemplos: não usamos hífen em “pé de moleque” porque a preposição “de” está ligando as duas palavras (pé e moleque). Exemplo 3: Escrevemos “super-homem” com hífen para separar o prefixo (super) da palavra que começa com a letra “h”.Exceções: essa regra não funciona se usarmos os prefixos “re” seguido por “e” ou “co” seguido por “o”. já que as vogais são diferentes (é o exemplo inverso do exemplo anterior). já que as duas palavras (couve e flor) estão ligadas diretamente. Exemplo 2: Escrevemos “autoescola”. Exemplos: reescrever. Exceções: água-de-colônia. Existem algumas regras específicas do hífen que nós vamos estudar no próximo post. “outras”). pé-de-meia. 71 . repetindo as vogais (esquece a ideia de separar vogais iguais). a letra “h” some misteriosamente. Claro que o que vimos foram as Regras Gerais. cor-de-rosa. os prefixos apenas se juntam às palavras. super e hiper (que terminam com a letra “r”). nós devemos usar hífen caso não haja algum elemento de ligação as ligando. Exemplo 2: Escrevemos “maria vai com as outras” sem hífen porque existem elementos de ligação entre as palavras (“maria”. nós devemos usar hífen caso a palavra comece com “r”. “vai”. Exemplos das Regras Gerais (palavras compostas por prefixos) Exemplo 1: Escrevemos “micro-ondas” para separar as vogais iguais (já que a palavra é formada pelo prefixo “micro” e pela palavra “ondas”). “n”. Na primeira parte do nosso estudo nós estudamos as regras gerais do hífen (as regras que são aplicadas na maior parte dos casos). 3) Usamos hífen se depois do prefixo “ad” aparecer “h”. paralama. Exemplo: ad-rogar. 2) Empregamos o ponto e vírgula nas listagens e nas enumerações. pré. mandachuva. 6) Algumas palavras perderam a noção de composição: paraquedas (e palavras derivadas. “d” ou “r”. devemos seguir as seguintes etapas: a) definir o objetivo do estudo. nós vamos ver os casos mais específicos. 2) Usamos hífen se depois de “mal” aparecer uma palavra iniciada com “h”. aquém. b) definir o local e o material de estudo. “b” ou “r”. parabrisa. 1) Com os prefixos “circum” ou “pan”. “sob” e “sub” se depois aparecer “h”. 5) Usamos hífen em adjetivos pátrios (palavras que indicam o lugar de origem. cães. “h” ou vogal. Agora. sem. Ponto e Vírgula 1) Empregamos o ponto e vírgula para separar termos e expressões coordenadas (independentes). pontapé. c) definir a duração do estudo. pró.6. como paraquedista e paraquedismo). 4) Devemos usar hífen com os prefixos “ab”. eu. o ponto e vírgula (juntamente com a vírgula) evitam a repetição do verbo “preferir”. por exemplo: mato-grossense) e também nas palavras compostas que indicam espécies zoológicas (joão-de-barro) ou botânicas (flor-de-lis). soto. Exemplos: mal-humorado. “l” ou vogal. sota. Exemplo: Ela prefere gatos. “ob”. ex. além. nós devemos usar hífen se a palavra começar com “m”. eles foram à pizzaria e depois foram ao cinema. Nesse caso. PONTUAÇÃO (EXCETO VÍRGULA) Seu objetivo: aprender as principais regras de pontuação. vice. Exemplo: Eu fui à churrascaria e depois voltei para casa. Exemplo: Para organizarmos o estudo. 72 . HÍFEN (PARTE II) Seu objetivo: entender as regras específicas do uso do hífen. pós. 7. Exemplo: circum-navegação. 7) Devemos usar hífen com os prefixos bem. 3) Usamos ponto e vírgula quando omitimos o verbo (para não repeti-lo). por exemplo. adjuntos). como de distância. Travessão: é usado para indicar a mudança de interlocutor em algum diálogo (―Quem é você? ― perguntou Manoel). (interrupção) Exemplo 2: Eu. 8. é uma expressão explicativa que está intercalada e ela poderia estar entre vírgulas ou dentro de parênteses. “m”. Portanto. eh. de uma oração. não usamos a vírgula quando a oração está na ordem direta (sujeito. Além disso. complementos. Trocando de Lugar: Se o termo “na semana passada” (um adjunto adverbial de tempo) for trocado de lugar. Exemplo 1: Eu pensei que você era. Reticências: as reticências são três pontos juntos (. informalidades ou neologismos (palavras inventadas que não existem oficialmente). podendo. Ponto: o ponto é usado no final de uma frase. verbo. “km”. que pode ser “cm”... pensei que.... Exemplo: O dono da empresa ― um excelente empreendedor ― revelou-me os seus planos.. de um período ou no final de uma abreviatura (exceto nas abreviaturas técnicas.) que podem indicar: hesitação. Nesse caso.. Aspas: as aspas são usadas em citações (quando usamos alguma expressão dita por outra pessoa) e também são usadas para destacar expressões ou palavras estrangeiras. uma fala (Ronaldo disse: “blá-blá-blá”). então a vírgula será usada para sinalizar essa troca. uma observação (observação: blá-blá-blá) ou qualquer outro tipo de informação. Observação: um parêntesis é um par de parênteses.. interrupção de uma ideia ou continuidade de alguma ideia (como se fosse um “suspiro”).. Exemplo: Nós compramos duas camisas na semana passada. Tudo passa. a expressão “um excelente empreendedor”. O tempo passa. que pode ser um exemplo (por exemplo: blá-blá-blá). Regra Geral: de modo geral. entre outros).. ou então de tempo.Dois-Pontos: é usado para apresentar uma nova informação. que está entre dois travessões... além de gírias. Ponto de Exclamação e Ponto de Interrogação: usamos o ponto de exclamação em expressões exclamativas (Meu Deus!) e usamos o ponto de interrogação em perguntas diretas (Você vem hoje?). funcionar como vírgula ou parêntesis. você estava solteira (hesitação) Exemplo 3: Ah. As aspas também são usadas em erros gramaticais propositais (ex: O garotinho disse “chielo” ao invés de chinelo). também é usado para destacar alguma palavra ou expressão.. Par de Parênteses (ou um parêntesis): os parênteses são usados para acrescentar palavras ou expressões.. assim. 73 . que pode ser “s”. por exemplo. podemos dizer “entre parêntesis” (entre um parêntesis) ou “entre parênteses” (entre dois parênteses). VÍRGULA Seu objetivo: aprender as principais regras do uso da vírgula.. “h”.. Exemplo: Eu fui comprar sapatos. Exemplo Correto: Patrícia comprou um biscoito.Exemplos: Na semana passada. e Maria escorregou. mãe. Nesse caso. contudo. um biscoito. todavia. portanto. entretanto) ou antes de locuções ou conjunções conclusivas (sendo assim. na semana passada. Observação: o verbo pode se separar do seu complemento ou do seu sujeito caso algum termo seja intercalado. é errado usarmos a vírgula. Conjunção “e”: usamos vírgula antes da conjunção “e” caso as orações envolvidas tenham sujeitos diferentes. Reforçando: usamos a vírgula para sinalizar que algum adjunto adverbial trocou de lugar. Exemplo: eu comprei duas camisas. comprou um biscoito. Exemplo 1: Estudei muito. Não Separe o Verbo: não podemos separar o verbo de seu sujeito ou de seu complemento. botas. Lembre que o vocativo é a expressão usada para nos referirmos a alguém. Supressão do Verbo: usamos a vírgula (junto com o ponto e vírgula) quando omitimos um verbo para evitar a repetição dele. Aposto e Vocativo: a vírgula também é usada para isolar o vocativo ou o aposto. Entre o último e o penúltimo elemento nós usamos a conjunção “e” ao invés da vírgula. Exemplo 1: Eu acordei. tomei café. mas não fui bem na prova. 74 . Nesse caso. 4 de janeiro de 2015. Logo. enquanto que o aposto é um tipo de explicação ou detalhamento adicional. me arrumei e fui trabalhar. Exemplo 2: Estudei muito. Exemplo com Aposto: eu. Exemplo Errado: João tropeçou. a conjunção “e” liga duas orações que possuem o mesmo sujeito (João). um óculos e um par de tênis. Conjunções Adversativas ou Conclusivas: usamos vírgula antes de conjunções adversativas (mas. Orações Coordenadas Assindéticas: se os elementos enumerados (caso anterior) forem orações coordenadas assindéticas (orações independentes sem elementos de ligação entre elas). portanto espero me sair bem na prova. e escorregou. um simples jovem de 23 anos. a filha do padeiro. porém. Exemplo com Vocativo: Mãe. a vírgula depois de “Ana” foi usada para evitar a repetição do verbo “comprar”. Exemplo: São Paulo. duas calças. Enumeração: usamos a vírgula para separar elementos de mesma função sintática. nós também as separamos com vírgulas. Ana. desse modo). Data: usamos a vírgula nas datas. eu comprei duas camisas ou eu comprei duas camisas. nós compramos duas camisas ou nós. comprei duas camisas. Nesse caso. como se nós estivéssemos as enumerando. Exemplo Errado: Patrícia. me levantei da cama. Exemplo Coreto: João tropeçou. saindo de sua posição original na ordem direta. compramos duas camisas. comprou um biscoito ou Patrícia comprou. a conjunção “e” liga orações com sujeitos diferentes (o sujeito da primeira oração é “João” e o sujeito da segunda oração é “Maria”). Exemplo: Patrícia. já que pelo menos um dos substantivos é masculino). os principais casos de Concordância Nominal. 75 . homens altos. como os verbos “ser”. três ou mais substantivos. Antes que você pergunte: o predicativo ocorre quando usamos verbo de ligação (ou seja: verbos que expressam estado ao invés de ação. 1) Substantivos antes do adjetivo Quando dois ou mais substantivos aparecem antes de um adjetivo. entre outros). então o adjetivo vai concordar com o substantivo mais próximo. Exemplo 2: Professor e professora dedicada (concordância por proximidade). Exemplo 2: Comi uma saborosa gelatina e fruta. Exemplo: É carismático o prefeito e a sua esposa ou são carismáticos o prefeito e a sua esposa. CONCORDÂNCIA NOMINAL Seu objetivo: estudar os principais casos de concordância nominal. mulher alta. 3) “Alerta” e “Menos”: são palavras invariáveis (sempre concordam com o substantivo sem se flexionarem em número ou gênero). então ele também poderá concordar no plural. Reforçando: esse tipo de concordância é válido para dois. Observação: Se o adjetivo estiver funcionando como predicativo. Exemplo 4: Professora e aluna dedicadas (concordância no plural feminino. mulheres altas. adjetivo). Regra Geral: as palavras ligadas ao substantivo concordam em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular) com o ele. 2) Substantivos depois do adjetivo Se os substantivos (dois ou mais) aparecerem depois do adjetivo. pronome. Concordância Nominal: é a concordância estabelecida entre o substantivo e as palavras ligadas a ele (artigo.REGÊNCIA E CONCORDÂNCIA 1. nós podemos fazer a concordância de duas maneiras: podemos concordar por proximidade (concordar o adjetivo com o substantivo mais próximo) ou então podemos concordar no plural (plural masculino se pelo menos um dos substantivos for masculino). Exemplos: Ele está alerta. agora. numeral. “continuar”. já que todos os substantivos são femininos). “permanecer”. eles estão com menos dinheiro. Exemplo 3: Professora e professor dedicados (concordância no plural masculino. Exemplo: Homem alto. Exemplo 1: O mendigo tinha longa barba e cabelo. “estar”. Exemplo 1: Professora e professor dedicado (concordância por proximidade). ele está com menos dinheiro. eles estão alerta. Vamos ver. Nesse caso. ele ouviu uns alertas. portanto. portanto. 8) “Só”: essa palavra será invariável quando tiver o mesmo significado de “somente”. são invariáveis. Nesse caso. poderá ficar no plural. para concordar com “melancia”. 4) “Anexo”. portanto. Exemplo 4: Comprei meia melancia. “só” não tem o mesmo sentido de “somente” e. Exemplos: ele ouviu os alertas. devemos escrever “meia”). não varia (continua no masculino. a mulher disse “muito obrigada”. 6) Verbo “ser”: os adjetivos só variam com o verbo “ser” se o sujeito estiver determinado por algum artigo. “meia” não está funcionando como advérbio. “quite”. Os livros não são baratos. “obrigado”. 76 . Nesses casos. Exemplos: É proibido entrada de pessoas não autorizadas. Exemplo 3: Ela está meio triste. a sua opinião é necessária. “bastantes” não está funcionando como advérbio. maçã é bom. sua opinião é necessário. as palavras “caro” e “barato” estão funcionando como advérbios e.Observação: se “alerta” for uma palavra substantivada por algum artigo então ele se tornará um substantivo e. Exemplo 1: Só eles jogaram o lixo na lixeira. Observação: a expressão “em anexo” é invariável. concordado com “eles”). Nesse caso. varia (para o plural para concordar com “eles”). nem outro”: depois dessas expressões o substantivo deve ficar no singular. 5) “Um e outro”. os relatórios estão inclusos. “caro”. Nesse caso. a maçã é boa. Nesse caso. portanto. por isso. “meio” está funcionando como advérbio (ela está um pouco triste) e. “nem um. Exemplo 2: Eles compraram bastantes coisas. Exemplos: Os relatórios estão anexos. Exemplo: Um ou outro aluno se esqueceu de entregar o trabalho. Exemplo 6: Os livros estão caros. eles estão quites. portanto. Exemplo 1: Eles estão bastante animados. Os livros não custam barato. “incluso”. “próprio”. mas sim está funcionando como pronome indefinido (eles compraram várias coisas) e. Nesses casos. elas ficaram todas encharcadas com a chuva. portanto. “só” tem o mesmo sentido de “somente” e. é invariável. “meio”. Exemplo 2: Eles ficaram a sós. Portanto. sem concordar com “ela”). 7) “Bastante”. a mulher falou com ela mesma. “todo”: essas palavras são variáveis (concordam com a palavra a quem se referem). varia (vai para o plural. as palavras “caros” e “baratos” não funcionam como advérbios (funcionam como adjetivos) e. Exemplo 5: Paguei caro pelos livros. a palavra varia (nesse caso. Exemplo: os relatórios estão em anexo. Nesse caso. “mesmo”. “barato”: se estiverem funcionando como advérbio então eles serão invariáveis. “bastante” está funcionando como advérbio de intensidade (eles estão muito animados) e. a mulher falou com ela própria. são palavras variáveis (vão para o plural para concordarem com “livros”). é proibida a entrada de pessoas não autorizadas. portanto. não varia (continua no singular). 9) “Tal”. Nesse caso. Portanto. sinônimos ou em gradação. a concordância poderá ser no singular. Observação: cuidado para não falar “foi eu que quebrei”. Exemplos: “fui eu quem quebrou a janela” ou “fui eu quem quebrei a janela”. portanto. ele também é considerado um verbo impessoal. 77 . Nesse caso. Exemplo: Fui eu que quebrei a janela. o verbo “deve”. a concordância. 2) “Que”: o verbo concorda com o termo que aparece antes do pronome “que”. Exemplo: O professor e os alunos estão em férias. Nesses caso. Exemplo: O filho é tal qual o pai. a concordância é feita no plural (estão). permanece invariável. Nesse caso. que acompanha o verbo “haver”. devemos dizer “fui eu”. Eu viajei para a Europa há um ano. Concordância Verbal: é a concordância estabelecida entre o verbo e o seu sujeito ou predicativo. 4) Verbo “Haver”: o verbo “haver” é invariável se estiver significando “tempo decorrido” ou “existência”. 2. Exemplos: “fui eu e ela ao teatro”. Exemplos: A pior situação possível. o verbo “haver” expressa tempo decorrido e. “qual”: “tal” concorda com o termo que aparece antes dele e “qual” concorda com o termo que aparece depois. portanto. Observação 2: caso o sujeito composto tenha núcleos semelhantes. 1) Sujeito Composto: com o sujeito composto (aquele que tem mais de um núcleo). Nesse caso. 3) “Quem”: o verbo poderá concordar com o pronome “quem” ou com o termo que aparece antes do pronome “quem”. Exemplo 2: Há uma pessoa na sala. Exemplo: “a alegria e a felicidade faz bem”. “foi ela e eu ao teatro” ou ”fomos eu e ela ao teatro”. além do plural. também não varia. os filhos são tais qual o pai. A conjugação correta é “eu fui” (e não “eu foi”). Há duas pessoas na sala. 10) “Possível”: é variável e concorda com o artigo. o sujeito é composto (tem dois núcleos: “professor” e “alunos”) e. permanece invariável (tanto para palavras no plural quanto para palavras no singular). as piores situações possíveis. Exemplo: “deve haver muitas pessoas na sala”. os filhos são tais quais os primos. o verbo auxiliar também será invariável. CONCORDÂNCIA VERBAL Seu objetivo: estudar os principais casos de concordância verbal. Observação 1: caso o sujeito composto apareça depois do verbo. também pode ser por aproximação (o verbo pode concordar com a palavra mais próxima). por isso. o verbo “haver” expressa existência (existem duas pessoas na sala) e. a concordância é feita no plural. Observação: se o verbo “haver” for o verbo principal de uma locução verbal e estiver em um desses casos de invariabilidade (tempo decorrido ou existência). Exemplo 1: Eu viajei para a Europa há dois anos. independentemente se houver apenas uma ou mais pessoas na sala. “é o suficiente”. Tudo são flores. 8) Verbo “Ser” (concordância com o sujeito): se o sujeito do verbo “ser” for um substantivo ou um pronome pessoal. Hoje são dois de janeiro. 10) “Se” (partícula apassivadora): o “se” é uma partícula apassivadora quando ela se liga a um verbo transitivo direto (verbo que não exige preposição). “que”. 11) “Se” (índice de indeterminação do sujeito): o “se” é um índice de indeterminação do sujeito quando ele se liga a um verbo que não seja transitivo direto. Exemplos: Os professores são o segredo daquela escola. concordando com ele no plural ou no singular. Observação: para indicar o horário. deve concordar com o numeral. quando for usado para expressar tempo ou data. “isso”. Exemplos: Gritar com elas é pouco. Observação: do mesmo modo do verbo “haver”. os verbos “dar”. “aquilo”. Faz dois anos que eu viajei. Seis horas de prova é muito. Exemplos: Alugam-se apartamentos. também deixa o verbo auxiliar invariável. independente de “voluntário” estar no singular ou no plural. por causa disso. permanece no singular (é errado dizer “fazem dois anos”). Exemplos: já deram duas horas da tarde. Exemplos: É uma hora.5) Verbo “Fazer”: o verbo “fazer” é invariável quando ele indica tempo. o verbo não concorda com ninguém: ele fica invariável. Nesse caso. São duas horas. Nesses casos. logo é errado dizer “o relógio deram duas horas”) 7) Verbo “Ser” (concordância com o predicativo): o verbo “ser” concorda com o predicativo se o sujeito for os pronomes interrogativos (“quem”. o “se” que se liga a esse verbo é um índice de indeterminação do sujeito. Logo. 6) Verbo “Ser” (tempo ou data): o verbo “ser”. Portanto. flexionando-se no singular ou no plural. o verbo “fazer”. tome cuidado: “o relógio deu duas horas” (o sujeito é “o relógio”. 78 . Nesse caso. Exemplos: Quem era o vendedor? Quem eram os vendedores? Tudo é difícil. sempre flexionado na terceira pessoa do singular. “o” ou “tudo”. Exemplo: Faz um ano que eu viajei. o verbo faz a concordância normalmente. “é muito”. 9) Verbo “Ser” (invariável): o verbo “ser” é invariável em expressões do tipo “é pouco”. Quando isso acontece. “tocar” e “soar” também concordam com o numeral. característica da oração que se encontra na voz passiva. o verbo “fazer” indica tempo e. nesse caso. Isso são casos de polícia. etc. Precisa-se de vários voluntários. ele é considerado um verbo impessoal. Exemplos: Precisa-se de um voluntário. Isso é errado. se estiver numa locução. Porém. então o verbo concorda com o sujeito. Aluga-se apartamento. “bater”. o verbo não é transitivo direto (o verbo “precisar” exige a preposição “de”). o verbo “precisar” permanece na terceira pessoa do singular (“ele” precisa). “é o preço”. Observe que. Exemplo: “deve fazer vinte dias que eu não viajo”. “qual”) ou então os pronomes “isso”. Observe que o verbo “alugar” concorda normalmente com “apartamento”. Portanto. o verbo é conjugado na terceira pessoa (ele). Nesse caso. Nesse caso. 14) Expressões de dupla concordância: algumas expressões podem ter duas concordâncias (no singular ou no plural). a maior parte (e outras expressões semelhantes a essas). Exemplo 3: Noventa por cento estão aprovados. Cerca de oitenta pessoas foram à festa. 16) Nomes Próprios no Plural: se um nome próprio aparecer no plural. “mais de”. nós devemos escrever “é corrupta” (concordando com “a maior parte”) ou “são corruptos” (concordando com “políticos”). etc). Exemplo 1: Noventa por cento da turma está aprovada. pintura. grande parte. os verbos concordam com o numeral. Observação 2: em se tratando do nome de alguma obra (livro. Dois centésimos dos políticos são honestos. 79 . 18) Pronome de Tratamento: quando usamos os pronomes de tratamento. Exemplo: (a obra) Memórias Póstumas de Brás Cubas marcou a literatura brasileira. Os grupos de alunos ficaram perdidos no passeio. Exemplo 1: A maioria dos alunos faltou ou a maioria dos alunos faltaram. Exemplos: O grupo de alunos ficou perdido no passeio. Exemplos: Vossa Excelência precisa assinar o documento. o verbo vai para o plural por causa do artigo “os” (que está no plural). o verbo permanece no singular porque não foi usado nenhum artigo no plural antes do nome próprio. como não há nenhum termo definido pela porcentagem. a minoria. Nesse caso. “perto de”. Nesse caso. nesse exemplo. devemos concordar o verbo com “alunos”. podemos fazer sempre a concordância no singular por causa da palavra “obra” (que fica omitida). 15) Expressões Aproximadas: em expressões que expressam aproximações (do tipo “cerca de”. 17) Coletivos: a concordância é feita com o coletivo. Exemplos: Um centésimo dos políticos é honesto. O senhor pode me dar um aumento? Você anda muito estressado.12) Fração: quando o sujeito for expresso por fração. Exemplo 2: Noventa por cento dos alunos estão aprovados. independente de ter artigo ou não). a concordância será feita com o número da porcentagem. 13) Porcentagem: a concordância com porcentagens é feita com o termo expresso pela porcentagem. devemos concordar o verbo com “turma”. podemos dizer: “Estados Unidos ficam na América do Norte” ou “Estados Unidos fica na América do Norte”. Caso contrário. Mais de dois alunos reprovaram. Observação 1: o professor Evanildo Bechara considera essa regra facultativa se usarmos o verbo “ser” (podemos usar o verbo “ser” tanto no singular quanto no plural. São elas: a maioria. o verbo concordará no plural caso esse nome apareça com um artigo no plural. “menos de”). Observe que. Exemplos: Mais de um aluno reprovou. nós devemos fazer a concordância com o número da porcentagem (noventa estão aprovados). Exemplo 1: Os Estados Unidos assinaram o novo decreto. Exemplo 2: Estados Unidos fica na América do Norte. a concordância será feita com o número que indica a parte inteira da fração. Exemplo 2: A maior parte dos políticos é corrupta ou a maior parte dos políticos são corruptos. Nesse caso. devemos concordar o verbo com “nós”. REGÊNCIA Seu objetivo: estudar a regência verbal dos principais verbos. Exemplo 1: Em “ele e eu”. Exemplo 3: Em “nós e eles”. tu = segunda pessoa. o verbo concordará com a primeira pessoa do plural. Em outras palavras. O verbo “precisar” é transitivo porque exige um complemento (“livros”) com o uso de uma preposição (“de”). Exemplo 1: Comprei um livro. Então. Então. como por exemplo: “Nós e eles iremos à reunião (nós iremos à reunião)”. Explicando Melhor: os verbos podem ser transitivos diretos (quando exigem um complemento sem o uso da preposição). ele = terceira pessoa). a pessoa mais adianta entre as duas é a segunda pessoa (“tu”). que é mais adiantada que a terceira (ele). a concordância será com a segunda pessoa do plural (“vós”). Não estranhe porque alguns verbos podem ter significados que você desconhecia. Exemplo 4: Joãozinho está feliz. Observação: como o uso do “vós” é pouco usual em nossa língua. já que “ele” é terceira pessoa.19) Pessoas do Discurso: se as três pessoas do discurso (eu. a concordância será feita no plural. como por exemplo: “ele e eu fizemos o trabalho da escola (nós fizemos)”. Exemplo 4: Em “ela e eles”. O verbo “estar” é um verbo de ligação porque não expressa ação. Regência Verbal: é o estudo da transitividade verbal. Portanto. a pessoa mais adiantada é a primeira pessoa (“eu”). Agora. Ou seja: “Tu e ela irão à reunião (eles irão)”. nós podemos usar a terceira pessoa do plural (eles). como por exemplo: “Tu e ela ireis à reunião (vós ireis)”. Então. 80 . O verbo “morrer” é intransitivo porque não precisa de complemento. Exemplo 3: Joãozinho morreu. intransitivos (quando não exigem nenhum complemento) ou podem ser verbos de ligação (quando expressam estado ao invés de expressarem ação). ou seja: “ele e eu = nós”. o verbo concordará com a pessoa mais adiantada (eu = primeira pessoa. Exemplo 2: Em “tu e ela”. O verbo “comprar” é transitivo porque exige um complemento (“um livro”) sem o uso de nenhuma preposição. 3. já que “eles” é terceira pessoa (do plural). “permanecer”. Exemplo 2: Nós precisamos de livros. intransitivo ou de ligação. o pronome “ela” é terceira pessoa e o pronome “eles” também é terceira pessoa (do plural). tu. Então. a regência verbal ajuda a descobrir se um verbo é transitivo. a concordância será com a segunda pessoa (“nós”). transitivos indiretos (quando exigem um complemento com o uso da preposição). como por exemplo: “ela e eles irão à reunião (eles foram)”. Outros exemplos de verbos de ligação: “ser”. a concordância será com a terceira pessoa. a pessoa mais adiantada entre as duas é a segunda pessoa (“nós”). mas sim estado. A primeira pessoa (eu) é mais adiantada que a segunda (tu). já que “ela” é terceira pessoa. Como a concordância é estabelecida com duas ou mais pessoas. ele) se misturarem no sujeito. vamos ver a regência de alguns verbos. “continuar”. poderá ser transitivo direto ou indireto. Porém.. Exemplo 1: Ronaldo aspirou o perfume (verbo transitivo direto). Nesse caso. Se significar “dar assistência”. Logo. : esses tipos de verbos são transitivos diretos e indiretos (em qualquer ordem). portanto. Agora. o verbo será transitivo indireto. se “atender” significar “dar atenção”. portanto. Se significar “morar”. 81 . informar. Nesse caso. nesse caso. Exemplo 1: O chefe atendeu o pedido do funcionário. Atender: se esse verbo significar “deferir” (ou seja: “ser favorável”). ocorreu o contrário. Como assistir. Aspirar: se significar “inspirar” (ou “cheirar”) o verbo será transitivo direto. Exemplo 1: Joãozinho assistiu ao jogo. pode ser transitivo direto ou indireto. o verbo pode ser transitivo direto ou indireto. Exemplo 3: Eu assisto em Porto Alegre. esse verbo será transitivo direto. Exemplo 4: Esse assunto assiste ao João. advertir. no sentido de “dar apelido”. Ou seja: eles exigem um objeto direto e outro indireto e esses objetos podem aparecer em qualquer ordem. o verbo é transitivo indireto (“dar agrado”). Exemplo 2: A enfermeira assistiu ao paciente ou a enfermeira assistiu o paciente. Se significar “desejar” (ou “almejar”). Nesse caso. Exemplo 2: A mãe agradou aos cabelos do filho. Porém. Chamar: no sentido de “mandar vir”. nesse caso. o verbo será transitivo indireto. assistir tem o mesmo sentido de “competir” ou de “caber” (esse assunto cabe ou compete ao João). ele será transitivo indireto. será transitivo direto. o verbo pode ser transitivo direto ou indireto. tem o mesmo sentido de “morar”. Nesse caso. “assistir” significa “dar assistência” e. Exemplos: Avisei o João do problema ou avisei ao João o problema. esse verbo também pode ter o sentido de “acariciar” e. Nesse caso. Exemplo 1: Chamei o João para a festa. certificar.Agradar: se o verbo tiver o sentido de “dar agrado”. alarmar. Avisar. mas ele não veio (transitivo direto).. Nesse caso. Exemplo 2: A recepcionista atendeu ao cliente ou a recepcionista atendeu o cliente. ou seja: “fez carinho” nos cabelos). Assistir: se significar “ver” ou “presenciar”. o verbo é transitivo direto (a mãe acariciou os cabelos do filho. Se significar “caber” (com o sentido de “competir”). alertar. porém exigirá a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar. assistir é transitivo indireto porque tem o mesmo sentido de “ver”. No primeiro exemplo. Exemplo 2: Chamei o João de narigudo ou chamei ao João de narigudo (transitivo direto ou transitivo indireto). “atender” significa “dar atenção” e. Tanto faz. será intransitivo. o verbo é intransitivo e exige a preposição “em” para o adjunto adverbial de lugar (Porto Alegre). ele será transitivo direto. o verbo é transitivo indireto. Exemplo 2: Ronaldo aspira ao cargo de diretor (verbo transitivo indireto). o verbo pode ser transitivo direto ou indireto. No segundo. o verbo será transitivo indireto. Exemplo 1: A mãe agradou o filho. “atender” significa “ser favorável” e o verbo é transitivo direto (não há preposição). Nesse caso. o objeto direto apareceu antes do indireto. “informar”. custou-lhe. Prefiro português à matemática (é errado dizer “prefiro inverno do que verão” ou “prefiro português do que matemática”). nos esqueceu. Lembrar. Logo. etc). Observação: o verbo “custar”. Esquecer: esses dois verbos serão transitivos indiretos se forem pronominais. Exemplo 2: Depois de chegar ao banheiro. 82 . Observação: o verbo “lembrar” também pode ter o mesmo sentido de “avisar”. Os alunos não podem desobedecer às regras. custou-me. esquecemo-nos. Exemplo 1: O livro custa duzentos reais (intransitivo. Exemplo 3: Depois de chegar à mansão. ou seja: depois de chegar a + a mansão). Nesse caso. deve ser conjugado na terceira pessoa (custou a ele. o verbo “custar” tem o sentido de “dificuldade” (foi difícil ao aluno encontrar a resposta). custou a nós. Preferir: não podemos usar a expressão “do que” com o verbo “preferir” (mesmo que esse uso seja comum no dia a dia). Exemplo: Podemos dizer “João esqueceu a resposta” ou “João se esqueceu da resposta”. custou a eles. Pagar. Esse verbo é transitivo indireto e exige a preposição “a”. custou a mim. Custar: se o verbo significar “valor” (custo). nesse sentido. Não podemos dizer “eu custei a encontrar” ou “nós custamos a encontrar”.Chegar: o correto é dizer “chegar a” (é errado dizer “chegar em”). como se fosse a “versão feminina” do “ao”. no sentido do exemplo 2. Exemplos: Os filhos devem obedecer aos pais. Obedecer. Exemplo 1: Cheguei a casa (é errado dizer “cheguei em casa”). Com o verbo lembrar ocorre a mesma coisa (“João lembrou a resposta” ou “João se lembrou da resposta”). Namorar: o verbo “namorar” é transitivo direto. o verbo será intransitivo (o termo que aparece depois é um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”). Exemplo: Pedro namora Paula (é errado dizer “João namora com Paula”). esquecer-te. custou-nos. Exemplo: Paguei um cachorro-quente ao meu amigo. então ele será transitivo indireto. eles serão transitivos diretos. desobedecer: esses verbos são transitivos indiretos. ele segue a regência desses verbos (que já foi vista anteriormente). Se o verbo tiver o sentido de “dificuldade”. Exemplo 2: Custou ao aluno encontrar a resposta da questão. O objeto direto é usado para a coisa que é pagada (ou perdoada) e o objeto indireto é usado para a pessoa a quem se paga (ou se perdoa). Caso contrário. etc) nós devemos usar a preposição “de”. Exemplos: Prefiro inverno ao verão. ela se maquiou (é errado dizer “chegar no banheiro”). Se usarmos algum pronome (se esqueceu. “certificar” e. o verbo é transitivo indireto. por exemplo. perdoar: esses dois verbos exigem dois objetos (um direto e outro indireto). ou seja: o verbo não precisa de complemento e “duzentos reais” é um adjunto adverbial “de valor” ou “de preço”). ele foi barrado pelos seguranças (a crase é a união da preposição “a” com o artigo “a”. sendo que outras gramáticas afirmam que o verbo só pode ser transitivo indireto.Querer: no sentido de “desejar algo ou alguém”. Exemplo 1: Eu quero um computador novo (transitivo direto). o verbo poderá ser transitivo direto ou indireto (segundo Celso Cunha). Segundo Celso Cunha. será transitivo direto. Exemplo 3: João visa um novo emprego ou João visa ao novo emprego. o verbo é transitivo direto. Porém. 83 . Exemplo 1: Pedro respondeu a todas as questões da prova (transitivo indireto). Se tiver o sentido de “desejar”. Nesse sentido. “visar” no sentido de “desejar” pode ser transitivo direto ou indireto. com o sentido de “eu gosto de meus irmãos” ou “eu amo os meus irmãos”). Nesse sentido. pode ser transitivo direto e indireto se tiver o sentido de “responder alguma coisa a alguém” ou pode ser transitivo direto se estiver no sentido de “responder a resposta”. o verbo também é transitivo direto. Exemplo 2: O funcionário visou os documentos (o funcionário “deu o visto”). Simpatizar: o verbo exige a preposição “com” (transitivo indireto). Exemplo: João simpatiza com Pedro. Responder: pode ser transitivo indireto se tiver o sentido de “responder a alguma coisa”. Exemplo 2: Pedro respondeu essa pergunta ao amigo (transitivo direto e indireto). Exemplo 1: Eu visei o alvo (eu “mirei” o alvo). o verbo será transitivo direto. Visar: se tiver o sentido de “mirar” ou de “dar o visto”. o verbo “querer” será transitivo indireto. Exemplo 3: Pedro respondeu que não poderá entregar o trabalho (transitivo direto). esse verbo também pode ter o sentido de “amar” ou de “gostar”. Nesse sentido. Exemplo 2: Eu quero aos meus irmãos (transitivo indireto.
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