Poda Das Fruteiras

March 22, 2018 | Author: Kalunga Carvalho | Category: Bud, Plants, Leaf, Root, Trees


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PODA DAS FRUTEIRAS VIEIRA JÚNIOR, H. C. MELO, B.INTRODUÇÃO A arte de podar nasceu da irracional iniciativa de um asno e essa origem muar desse ramo da horticultura parece ter influído até hoje na evolução pouco esclarecida dos processos e métodos mundiais de poda. Contam-nos Portes & Ruyssen (1884) que, segundo Pausâmias, geógrafo e historiador grego, foi um jumento que, devorando os sarmentos de uma videira, deu aos nauplianos a idéia de podá-la (Inglez de Souza, 1986). Considera-se que cabras, ovelhas e burros foram os descobridores da poda e portanto são chamados de os pais da poda. Quando as plantas começam a diminuir a sua atividade fisiológica ou seja com a chegada do frio, é sabido que está chegando a hora correta de se fazer uso da tesoura de poda. Deve-se então preparar com antecedência as ferramentas com por exemplo: amolar as ferramentas, limpar as lâminas impregnadas de ferrugem por estarem guardadas desde o ano anterior, lubrificar a mola da tesoura e afiar o serrote. O ritual do corte está para começar. DEFINIÇÕES de PODA Podar vem do latim putare, que significa limpar, derramar. Já Cândido de Figueiredo esclarece que podar eqüivale a “limpar ou cortar a rama ou braços inúteis das videiras, árvores, etc.”. Para Joaquim Rasteiro, citado por Inglez de Souza, 1986, “é o conjunto de cortes executados numa árvore, com o fim de lhe regularizar a produção, aumentar e melhorar os frutos, mantendo o completo equilíbrio entre a frutificação e a vegetação normal, e, também com o fim de ajudar a tomar e a conservar a forma própria da sua natureza, ou mesmo de a sujeitar a formas consentâneas ao propósitos econômicos de sua exploração”. Para Acerete a definição acadêmica de podar é “cortar o quitar las ramas superfluas de los árboles, vides e otras plantas, para que fructifiquen con más vigor”. Bailey, citado por Inglez de Souza, diz em sua enciclopédia de horticultura que “poda é a remoção metódica das partes de uma planta com o objetivo de melhorá-la em algum aspecto para os interesses do cultivador”. A poda é a arte e a técnica de orientar e educar as plantas, de modo compatível com o fim que se tem em vista (Simão, 1998). Embora seja praticada para dirigir a árvore segundo o capricho do homem, a utilização da poda, em fruticultura, tem por objetivo regularizar a produção e melhorar a qualidade dos frutos. Embora possa ter apenas função estética, no embelezamento de gramados, cercas vivas, caramanchões, arvoretas e outros elementos da arquitetura paisagista. É o conjunto de cortes executados numa árvore, com o objetivo de regularizar a produção, aumentar e melhorar os frutos, mantendo o completo equilíbrio entre a frutificação e a vegetação normal; É a técnica e a arte de modificar o crescimento natural das plantas frutíferas, com o objetivo de estabelecer o equilíbrio entre a vegetação e a frutificação. e com isso perdem a regularidade de produção. 1986. 5º. Ele fica sabendo porque se poda. doentes e mortos. Vagarosa mas continuamente. 6º. deverá fazer uso de seus conhecimentos e habilidades. Por que é necessário o recurso da poda? Não é verdade que.Modificar o vigor da planta. mas. 4º. abacateiro. com o objetivo de melhorá-la em algum aspecto de interesse do fruticultor. plantas auto-férteis ou compatíveis. pois com a poda pode-se melhorar o tamanho e a qualidade dos frutos. A poda por si só. todas as plantas sofrem um processo de renovação natural. nogueira. os sete objetivos principais da poda são: 1º. de modo a obter anualmente colheitas médias com regularidade. buscam sempre a tendência natural de crescerem em direção à luz. as plantas crescem sem qualquer modelamento. Para que a poda produza os resultados esperados. as plantas não são podadas e. no entanto. macieira. oliveira. 7º. que tipo de produto o mercado exige. pessegueiro.Conduzir a planta a uma forma desejada. a natureza tem o seu próprio método de poda. no seu estado selvagem. Na natureza. Esta importância da poda está também diretamente relacionada com o objetivo da exploração. A importância de se podar varia de espécie para espécie. O podador.Produzir mais e melhor fruta. onde um gesto seguro reflete a convicção de quem acredita que a interferência humana é imprescindível para modelar um pomar. se desenvolvem em perfeitas condições? Esta pergunta é formulada muitas vezes. Relativa: Pereira. condições climáticas e edáficas favoráveis. caquizeiro.É a remoção metódica das partes de uma planta. apesar disso. porém outras medidas são necessárias. as espécies podem ser agrupadas em:    Decisiva: Videira.Regular a alternância das safras. pecã. figueira. inconvenientes. PRINCÍPIOS FISIOLÓGICOS O conhecimento de algumas regras sobre a fisiologia vegetal em muito auxilia o podador. ou seja. OBJETIVOS DA PODA Segundo Inglez de Souza. as folhas e as flores morrem e caem. Como regra geral para se saber se a poda é uma operação importante ou não. . 3º. Pela poda não fazemos mais do que acelerar. polinização. 1979). não resolve outros problemas ligados à produtividade. controle fitossanitário para combate de doenças e pragas. é importante que seja executada levando-se em consideração a fisiologia e a biologia da planta e seja aplicada com moderação e oportunidade. tomando a forma vertical. ela é praticamente dispensável.Manter a planta com um porte conveniente ao seu trato e manuseio. afinidade entre enxerto e porta-enxerto. embora parcialmente esse processo normal (Brickell. nespereira. de fato. Com relação à importância. Os ramos pequenos desprendem-se naturalmente e os galhos finos.Suprimir ramos supérfluos.Modificar a tendência da planta em produzir mais ramos vegetativos que frutíferos ou vice-versa. tais como: fertilização adequada para corrigir possíveis deficiências nutricionais do solo. inversamente menor a sua importância quanto mais extensiva for a cultura (Inglez de Souza. pode-se estabelecer que ela é tanto mais necessária quanto mais intensiva for a exploração frutícola e. 1986). Pouca importância: Citros. irrigação e drenagem para manter um nível adequado de umidade. mangueira. 2º. Ela é uma das operações. assim poderá ser decisiva para uma. o que se pode e quando se poda. enquanto que para outra. e o excesso de frutos é prejudicial à qualidade da colheita. saber qual é o momento certo da intervenção. maior é o seu vigor. A poda acompanha a planta desde a sua infância até a sua decrepitude. Diminuindo a intensidade de circulação da seiva. Quanto mais intensa essa circulação. A frutificação é uma conseqüência da acumulação de carboidratos. etc.Os vegetais nutrem-se por meio de suas raízes. a poda pode gerar uma explosão vegetativa muito grande. entender e conhecer sua fisiologia. Nesse período acumulam-se grandes reservas nutritivas. conseguimos entender que a poda. 1998): 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) O vigor e a fertilidade de uma planta dependem. Quanto mais severa a poda num ramo. Há uma relação íntima entre o desenvolvimento da copa e o sistema radicular. em vez de se dirigir àqueles submetidos à sombra. Ela vai ensinando quem a está praticando. Mas. O vigor de uma árvore. verifica-se uma correspondente maturação dos ramos e das folhas. As funções reprodutivas e vegetativas são antagônicas. poda curta resulta sempre em ramos vigorosos. A seiva. maior será o acúmulo de reservas e. 11) A poda drástica retarda a frutificação. Segundo Inglez de Souza. Mas deve ser efetuada com extremo cuidado. As folhas são órgãos que realizam a síntese das substâncias minerais. que são utilizadas para transformar as gemas foliares em frutíferas. 1986: A circulação da seiva é tanto mais intensa quanto mais retilíneo for o ramo e quanto mais vertical for a sua posição na copa. para isso. de conformidade com a função que cada uma exerce sobre a economia da planta. causando um problema ainda maior para o produtor. perfeitamente distintas umas das outras. pode-se concluir que as plantas frutíferas necessitam de modalidades bem diversas de poda. pela ação da capilaridade. Assim. nos finos do que nos grossos. enquanto a lenta favorece o desenvolvimento dos ramos frutíferos. e outras produzem durante vários anos nos mesmos ramos. nos quais a seiva circulará com grande intensidade. é preciso respeitar seu ritmo. o que ocorre após a maturação dos frutos. Baseando-se na hidráulica vegetal. Um desses princípios mais importantes é a relação inversa que existe entre o vigor e a produtividade. O excesso de vegetação reduz a quantidade de frutos. visa justamente estabelecer um equilíbrio entre esses extremos. mais gemas se desenvolverão em produções vigorosas de lenho e. portanto. . O vigor das gemas depende da sua posição e do seu número nos ramos. tende a dirigir-se para os ramos mais expostos à luz. e a sua redução debilita o vegetal. Dos objetivos enunciados. pela osmose. retardando a entrada da planta em frutificação. princípios fundamentais que regem a vida das fruteiras. A circulação rápida da seiva tende a favorecer o desenvolvimento vegetativo. depende da circulação da seiva em todas as suas partes. A absorção determina uma pressão de baixo para cima. A poda não é uma ação unilateral. As podas severas. É. consequentemente. das condições climáticas e edáficas. ao contrário. que retiram do solo sais minerais e água. Assim. maior o número de gemas que se transformarão em botões floríferos. aumentando-lhes o vigor vegetativo. ou de forma incorreta. estabelecem-se leis nas quais se baseiam as podas das plantas (Simão. A poda baseia-se em princípios de fisiologia vegetal. O aumento do diâmetro do tronco está em relação inversa com a intensidade da poda. necessários para o seu desenvolvimento e frutificação. devido à fotossíntese. Essa acumulação é maior nos ramos novos do que nos velhos. a seiva refluirá para as remanescentes. Há espécies que só frutificam em ramos formados anualmente. em grande parte. Esse equilíbrio afeta o vigor e a longevidade das plantas. como um todo. Se efetuada no momento impróprio. quanto mais embaraçada e mais lenta essa circulação da seiva. Cortada uma parte da planta. A seiva também pode ter sua ascendência ligada à transpiração. têm geralmente a tendência de provocar desenvolvimentos vegetativos. deixa-se três a quatro ramos bem distribuídos e fazendo o desponte de ramos longos. candelabro.) quando praticamente não há necessidade de intervenção do homem. que por sua vez variam com a idade. As formas apoiadas podem ser conduzidas em cordões ou palmetas. assumindo assim a forma de copa desejada para cada espécie frutífera em particular. exigem podas anuais para maior rendimento. verrier. sendo executada normalmente no viveiro. 1998). altura e brotações bem distribuídas. como por exemplo a videira. as plantas são apoiadas sobre paliçada. Normalmente conduz-se a planta com três ou quatro pernadas formadas. formas artificiais (Simão. Se a poda de formação for correta. Essas plantas adquirem. buscando o equilíbrio entre a copa e o sistema radicular. de dois em dois. por meio de podas constantes. etc. A poda de formação propriamente dita será executada após o estabelecimento da fruteira no campo. e as apoiadas quando há necessidade de se tutorar a planta para que ela adquira uma forma compatível com o tipo de exploração. As formas das árvores podem ser naturais ou artificiais. natural que vá tendo diferentes funções. Existe também a poda realizada por ocasião do transplante (desplantio) antes da muda ser levada para o plantio definitivo. Pode-se chamar a poda de formação de condução da planta. As naturais têm o seu emprego nas espécies de folhas persistentes (citros. desbrotadas até a planta atingir um metro de altura. As principais formas de cordão são: vertical. adequadas cada uma às diferentes necessidades da planta. . com objetivo de formar mudas com porte. de acordo com a espécie e a forma de copa que se deseja. as espécies de folhas caducas. devido ao hábito de vegetação e frutificação dessas plantas. para sustentar as safras e facilitar o manejo e a colheita. As formas artificiais são divididas em haste apoiada e livre. É executada nos primeiros anos de vida da planta. onde todas as brotações laterais são eliminadas no viveiro. podendo ser considerada como uma poda de educação. quebradas e tortas. com arejamento e iluminação convenientes. Palmeta é a forma de condução da planta de modo que os ramos sejam distribuídos opostamente em série. Visa garantir uma estrutura forte e equilibrada. As formas em haste livre podem apresentar os seguintes tipos: pirâmide. com ramos bem distribuídos. comum em macieira e pereira. Podendo formar mudas em haste única. latada ou cerca. mangas. cajus. como vento por exemplo. proporcionando uma distribuição equilibrada da frutificação. fuso. Podemos distinguir quatro modalidades principais de poda: TIPOS DE PODA Primeira: PODA DE FORMAÇÃO: Que tem por fim proporcionar à planta uma altura de tronco (do solo às primeiras ramificações da copa) e uma estrutura de ramos adequados à exploração frutícola. permitindo daí em diante que as brotações das gemas laterais preencham os vazios da copa. com o cuidado de executar o corte deixando uma gema vegetativa voltada para fora da copa inicial. Já em mudas que formam uma copa maior como as cítricas. de goiabeira e caquizeiro na formação da muda a copa é distribuída no tronco em três a quatro brotações espaçadas entre si em 3 a 5 cm. A condução em palmeta pode ser de diversos tipos: U simples. quanto ao porte. abacates. que se faz eliminando as brotações excessivas e. denominada de poda de transplantação. O emprego de um ou outro tipo. simetricamente. Na condução em cordões. portanto. dada a formação de suas gemas frutíferas. a copa se disporá com harmonia. oblíqua e horizontal. Cortam-se também as raízes muito longas. depende da finalidade e também dos agentes externos. U duplo. As hastes livres são utilizadas para os vegetais que sustentam por si só a sua copa. Porém. ramos horizontais e ramos oblíquos.pois. vaso e guia modificado. Figura 1. Figura 2. Poda de formação na forma de vaso (A e B) e guia modificado (C). quer pelo contrário. dessa maneira. Fonte: Simão (1998). Poda de formação vista de cima: a) pernada. para que haja maior intensidade de vegetação. a superprodução da planta. quer refreando o excesso de vegetação da planta. Fonte: Simão (1998). evitando-se. dando-lhe mais qualidade e mais . uniformizando-a. C) ramos. reduzindo os ramos frutíferos. que abaixa a qualidade da fruta e acarreta a decadência rápida das árvores. regularizando-a. Segunda: PODA DE FRUTIFICAÇÃO: A poda de frutificação é iniciada após a copa da planta encontrar-se formada. a poda de frutificação é a controladora da produção. Tem por fim regularizar e melhorar a frutificação. Desse modo.A forma de vaso é bastante simples e a que menos contraria os hábitos da planta. B) braços. praguejado. Quarta: PODA DE LIMPEZA: É uma poda leve. e logo após. consistindo na retirada dum eventual ramo doente. Esse tipo de poda radical é freqüentemente usado no transplante de grandes árvores frutíferas adultas e no rejuvenescimento de pomares abandonados. logo após sua colheita. todas as fruteiras necessitam deste tipo de poda. abacateiros. a poda. figueira. da idade. geralmente se faz um tratamento químico (normalmente cúprico) das partes cortadas para reduzir a aparecimento de doenças. mangueiras e outras tropicais. É ainda o tipo de poda que se aplica às fruteiras intensamente parasitadas por brocas. Geralmente as plantas de clima temperado necessitam deste tipo de poda. também chamada leve. ou seja. recomenda-se a aplicação de uma pasta fungicida. ÉPOCA DA PODA Basicamente. do número de pernadas/ramificações existentes. macieira. quebrado. mal localizado ou inconveniente. a 40 cm do solo e com isso. deve-se iniciar o processo de formação da planta novamente. reconstituindo a ramagem já estéril. Terceira: PODA DE REJUVENESCIMENTO. É um tipo de poda executada normalmente em períodos de baixa atividade fisiológica da planta. a qual deixa sobre o ramo de uma a duas gemas.40 a 0. são cortadas as pernadas principais. do vigor. A poda curta ou drástica consiste na quase total supressão do ramo. videira. Pode-se praticar ainda a poda ultracurta. do hábito de vegetação. como nas cítricas. praguejados. reativando assim a produtividade perdida. Mas o inverno é uma referência muito teórica e pode induzir . fungos.consistência. da posição e da sanidade dos ramos. ameixeira. algas. Dependendo da espécie frutífera. pode ser executada em duas épocas: no inverno ou no verão. apresentando troncos íntegros. pessegueiro. A poda média é um tipo intermediário entre os dois anteriores. Geralmente. macieira. como laranjeiras. do sistema de condução da planta. ervas-de-passarinho. com a tesoura de poda em punho. seco. média ou longa. Normalmente. normalmente cúprica. Após a poda de limpeza. marmeleiro. quase simples visita geral a que anualmente se procede nos pomares. Esses cortes são maiores no inverno. a poda pode ser curta. eliminando focos de doenças e de pragas. entre outras fruteiras. A longa. cochonilhas. jabuticabeiras. durante o inverno ou. por se tratar de plantas da valor. como pessegueiro. se mais energicamente executada. dependendo do vigor. renovando-a a partir das ramificações principais. pode receber simultaneamente os três tipos de podas. Com relação à intensidade. REGENERAÇÃO E TRATAMENTO: Tem por fim livrar as plantas frutíferas dos seus ramos doentes. deixa o ramo com o máximo de comprimento (0. É poda sumária. Poda de inverno ou seca  A poda de inverno ou poda em seco é recomendada para frutíferas que perdem as folhas (caducifólias). dentre elas pode-se citar: figueira. no local do corte o que facilita a cicatrização e minimiza o efeito do ataque de fungos.60 m). aplicada às plantas adultas daquelas frutíferas que requerem pouca poda. mas cuja eliminação se justifique. reformar inteiramente a copa. uma mesma árvore. mas de vigor ainda razoável. ácaros e outras pragas e moléstias da parte aérea. INTENSIDADE DA PODA A intensidade da poda depende da espécie. improdutivos e decrépitos ou. de modo a propiciar o desenvolvimento de ramos inferiores. mangueira. principalmente daquelas que recobrem os frutos. melhorar a insolação. passando as de brotação normal e finalizando pelas tardias. deve-se atrasar o início da poda o máximo possível. indicando que a seiva começou a circular de novo pela planta. estimulará a brotação na hora errada. florescimento. Essa orientação tem por finalidade propiciar a acumulação de substâncias de reserva no tronco e nas raízes. que necessitam de luz para adquirir coloração (pêra. são as folhas próximas aos cachos as responsáveis pela qualidade dos frutos. Um bom momento para iniciar a poda é quando os primeiros botões florais surgirem nas pontas dos ramos.  Poda verde ou de verão A poda verde ou de verão é realizada quando a planta está vegetando. tais como: desponte. assim proporcionar melhor desenvolvimento aos frutos remanescentes. parte das reservas de carboidratos é eliminada. deve-se considerar a localização do pomar. melhorar a qualidade e a coloração dos frutos. pois o abuso neste desfolhamento priva a planta de seus órgãos de elaboração de reservas de nutrição. perturbando seu desenvolvimento. desfolha. desnetamento. Elimina também os ramos ladrões ou vegetativos. Desbaste  é a supressão de certa quantidade de frutos de uma árvore. pois uma série de interrupções de seiva poderá causar um enfraquecimento do vegetal. maçã. neste caso particular. antes da maturação fisiológica destes. Devem ser eliminados. ou seja brotos inúteis. manter a forma da copa pela supressão de partes da planta e diminuir a intensidade de cortes na poda de inverno. remoção de um anel de casca da base dos ramos novos. forçará a brotação vegetativa. desbaste. que se desenvolvem à custa das reservas. eliminação de focos de doenças e pragas iniciadas na folhagem. . É também executada em plantas perenifólias (com folhas permanentes) como as cítricas. A poda verde consiste em diferentes operações. Esladroamento  os ramos que nascem da madeira velha (do porta-enxerto. incisões e anelamentos. pois exaurem as substâncias nutritivas da planta. aumentam a fertilidade das flores e. Incisões e anelamentos  é o descasque circular. Quando praticados no início do florescimento. Deve-se operar com moderação. desbrota. têm por finalidade interromper a descida e com isso a retenção da seiva elaborada próximo à sua gema ou ao seu fruto. as condições climáticas e o perigo de geadas tardias antes da operação. Desponte  tem por finalidade frear o crescimento de determinados ramos em comprimento. Desfolha  é a supressão das folhas com diversas finalidades: melhor iluminação e arejamento das flores ou dos frutos. Deve ser praticada após a queda das folhas. Por outro lado. eles são utilizados para revigorar a árvore. Se efetuada depois. Desbrota  é a supressão de brotos laterais improdutivos. e não apresentam nenhuma vantagem. 1998). na formação do frutos. ameixa e kiwi). Esta eliminação de folhas deve ser feita com bom senso. elimina os ramos que já frutificaram nas espécies em que eles não tornam a frutificar. Em regiões sujeitas a geadas tardias. praticada durante o período de repouso. Quando se poda antes da queda das folhas. exigindo mais tarde uma nova poda. coloração e sabor). é um recurso que melhora a coloração de frutos. melhoram as suas qualidades (tamanho. A poda seca. doentes e em excesso. normalmente as de ponteiros. ou seja. Só não o são quando as plantas encontram-se em decrepitude e. até mesmo quando as plantas já apresentaram uma considerável brotação. A poda deve ser iniciada pelas cultivares precoces. Na videira. abacateiro. assim com a eliminação do excesso de folhas. durante o período de vegetação.alguns erros. a poda executada após a brotação reduz o vigor da planta e os ramos ficam mais sujeitos a infecção (Simão. esladroamento. frutificação e maturação dos frutos e destina-se a arejar a copa. Se a poda for feita antes. com conseqüência na produtividade futura. Por ocasião da poda seca ou de inverno. por exemplo) são denominados de ramos ladrões. em detrimento do florescimento e da frutificação. ou seja. Porém. O desbaste é feito à mão quando o fruto ainda se encontra em desenvolvimento inicial e não atingiu 2 cm de diâmetro.4-D a 0. as fruteiras gastam toda a seiva elaborada no seu próprio crescimento. A seiva.Dentre as finalidades do desbaste pode-se citar: melhorar a qualidade dos frutos (tamanho. razão pela qual os galhos mais vigorosos são aqueles que conseguem se posicionar melhor na copa e têm uma estrutura mais retilínea. folhas. Esse PRINCÍPIOS QUE REGEM A PODA Para perfeita execução da poda. 1986). tem começo a frutificação. raquíticos e doentes). ocorre uma melhor redistribuição da seiva. em solução. os ramos secundários que nascem lateralmente do ramo principal e que são chamados de netos (Inglez de Souza. regularizar a produção. podendo ser adicionado a inseticidas. evitar a quebra de ramos (superprodução).2% numa única aplicação.4-D. o que favorece sua circulação. videira (uvas de mesa). Essa operação é altamente onerosa e cansativa. No início do seu desenvolvimento. gemas e a frutificação. aumento dos ramos. macieira e pereira (Simão. embora efetivo. pesquisas com hormônios vêm sendo realizadas tanto na Europa como nos Estados Unidos. Assim. que serão armazenadas na planta. eliminar focos de pragas e doenças. alimenta todos os órgãos e determinam seu crescimento e evolução.. idêntica. Emprega-se normalmente o desbaste para o pessegueiro. cor. O 2. favorecendo a brotação lateral da gemas. sabor e sanidade). os sais nutritivos que alimentarão a planta. o crescimento dos brotos. o crescimento da planta tende sempre a se concentrar nos ponteiros dos ramos. sempre fluindo para as partes mais altas e mais iluminadas da árvore. a goiabeira. A seiva circula pela planta toda. consiste em aparar com a unha. A circulação rápida da seiva tende a favorecer desenvolvimento vegetativo. reduzir as despesas com colheita de frutos imprestáveis (defeituosos. Tal solução constitui a SEIVA BRUTA. 1998). contendo esta. pois as reservas de . circulando pela periferia da planta. que sobe pelos vasos condutores localizados no interior do tronco e se dirige até as folhas. enquanto que a lenta. Com o advento e o desenvolvimento de indústria química. a macieira. tais como: o desenvolvimento das raízes. causa certas distorções nas folhas (Simão. compensando. Algumas espécies apresentam estreita correlação entre número de folhas e qualidade do fruto. em alguns casos. ou simplesmente arrancar. a planta já fotossintetiza intensamente e começa a aparecer sobras de seiva elaborada. a seiva bruta passa por diversas transformações. Quanto mais retilínea. na tentativa de eliminar a produção alternada e manter a árvore com produção anual quase processo pode ser praticado em mangueira. ou 2. O uso de hormônios no desbaste de frutos representa um meio de reduzir as despesas e a realização da operação em curto espaço de tempo. Nestas e em presença de luz e perdendo água por transpiração. distribuição e função dos ramos e das gemas e circulação da seiva. 1998). tem sido empregado. variável de espécie para espécie. porém. As raízes das fruteiras extraem do solo a água. de um fruto para cada 30 ou 40 folhas (Simão. a pereira. em maçã. é necessário um conhecimento da posição. O ácido naftaleno acético (ANA) a 0. tornando-se SEIVA ELABORADA (Inglez de Souza. 1998).0001%. Quando essas reservas atingem uma suficiente quantidade. 1986). em forma de reservas. o que se denomina de Dominância Apical. Quando eliminada. o desenvolvimento de ramos frutíferos e essa circulação é em função da estrutura da planta. É por isso também que. através da poda. Desnetamento  é uma poda verde aplicada às videiras. mais rápida a seiva circulará. em pessegueiro. os sacrifícios na sua realização. copa expandida e raízes amplas. por estar o tamanho de seus frutos ligado a uma maior cotação e. é boa a relação de um fruto para cada 15 ou 20 folhas e. após um certo tempo. a planta atinge um bom nível de desenvolvimento como: tronco forte. etc. abreviando seus dias. Ao podador é indispensável saber que parte da planta está cortando. o qual não se verifica nos indivíduos não podados. Com esse desvio para a frutificação. acaba por esgotar a planta. folhas e frutos. de conformidade com cada planta em particular. A frutificação é então muito pequena. Quanto à localização nos ramos.). 1986. pois. Segundo Inglez de Souza. mas outros existem cuja eliminação redundaria em grave prejuízo para a produção. não tendo frutos para desenvolver. que darão as futuras flores e frutas. etc. mas como as raízes continuam a absorver água e nutrientes e as folhas a fotossintetizar. como por exemplo num ano em que ocorre uma superprodução. pois a seiva que a faz desenvolver tem de ser distribuída por um grande número de frutos e ramos. no tamanho e na distribuição. devido à maior altura e o maior volume dos pés. o qual. Há um antagonismo entre a frutificação e a vegetação. com isso grande número de gemas vegetativas é transformado em gemas frutíferas. além de ser de qualidade inferior. pois a produção contínua de novas quantidades anuais de ramos. começa a aparecer novo saldo de seiva elaborada. a expansão de crescimento vegetativos. sem podas e sem cuidados. que as podas provocam. GEMAS Vulgarmente chamadas de olhos. de espécie para espécie. São órgãos produtores de ramos e folhas (vegetativas) ou flores (floríferas ou frutíferas). mais caras. envolto nas escamas corticais do tronco e dos ramos. registrando assim um superávit de seiva elaborada na planta. sem sofrer restrição alguma. essa expansão é apenas limitada pela conformação específica da planta e pelas condições ambientes (solo. que são armazenados nos locais de reserva. na forma. absorve grande quantidade de água e nutrientes (seiva bruta) e produz grande quantidade de seiva elaborada (fotoassimilados). o que não acontece nos pés podados. flores e caules. tornando a planta a produzir grande safra de fruto. 1986). no ano seguinte. deste modo. estes apresentam os inconvenientes seguintes:    Frutificação inconstante. assim a planta fica sem saldo de seiva elaborada para. formar novas gemas de fruto. As fruteiras de quintal. estimulando. Com esta expansão poderá resultar em novos saldos de seiva elaborada. É interessante observar que as gemas são formadas com a mesma estrutura. porque sua folhagem. Operações culturais mais difíceis. enquanto a planta desenvolve ativamente a sua expansão vegetativa (como acontece nos indivíduos novos) não há saldo de seiva elaborada para ser aplicado na frutificação. ao mesmo tempo que vegeta modestamente. Em contraposição. O que vai torná-las vegetativas ou . é aplicado em nova expansão das raízes e dos ramos. cessa quase que completamente o crescimento das raízes e da copa (Inglez de Souza. A poda pode regularizar esta anomalia. porque encerram neles a própria safra de frutos dentro de suas gemas. tanto em tamanho com em aspecto. as gemas são em essência o princípio das folhas.seiva elaborada são invertidas ou gastas na transformação das gemas vegetativas em gemas frutíferas. as plantas não sujeitas a podas apresentam duas importantes características: 1º) A planta alcança grande volume. eliminando ramos frutíferos nos anos de frutificação excessiva. conforme estão localizadas no ápice dos ramos ou na axila das folhas. que variam no aspecto. a alternância de anos de fruto com os de escassez é muito freqüente. as gemas são ditas terminais ou axilares. ou seja. há ramos cuja supressão é indispensável. clima. o mesmo acontece quando há um grande gasto de reservas. Fruta inferior. abandonadas. pois a produção. a qual é alternativamente gasta em grande frutificação seguida de grande expansão do sistema radicular e da copa. se distribui nas pontas mais altas da ramagem. O controle fitossanitário chega a ser praticamente impossível nos indivíduos de crescimento livre e a colheita é freqüentemente antieconômica. 2º) A planta atinge a máxima longevidade. pelo aspecto da casca. normalmente lisa. mais ásperas (Simão. segundo sua origem e posição. e as adventícias. Há espécies em que as gemas não ultrapassam um ciclo vegetativo. As ramificações dos braços dizem-se genericamente ramos (Figura 2). portanto. Em princípio. etc. Se as podas passadas foram severas. e as de lenho são mais alongadas e afuniladas. RAMOS LENHOSOS ou VEGETATIVOS Caracterizam-se pelo vigor. As gemas podem ser naturais ou adventícias. têm uma forma mais arredondada e devem ser preservadas. Os ramos adventícios têm origem em causa mecânica como pancada. que partem diretamente do tronco ou da haste. Pernadas são as primeiras ramificações. se foram brandas as podas anteriores. dividem-se em: ramos lenhosos (vegetativos). a planta foi privada de grande parte de sua copa e. As floríferas. As gemas localizadas na parte superior dos ramos. Ramo ladrão é o ramo vegetativo. 1998). As gemas de folhas ou lenhosas distinguem-se das floríferas ou de frutos pela sua constituição interna e externa. e as últimas. pouco ramificado e devem ser eliminados. quer frutíferas quer vegetativas. melhorar a produção do ano em qualidade e preparar a planta para maiores safras vindouras. entretanto. e pelos internódios relativamente longos. Os ramos lenhosos. As primeiras apresentam-se mais macias ao tato. A duração das gemas está intimamente relacionada à biologia da planta e aos tratos culturais. muito vigoroso. as que emergem sob ação mecânica (Simão. Os ramos ladrões têm origem em gemas aparentes e podem ser classificados em naturais ou bravos. 1998). Podese. RAMOS MISTOS . gemas mais vigorosas e mais pontiagudas irão se transformar em ramos vegetativos. pouca seiva bruta pôde ser transformada em seiva elaborada. segundo a sua localização. e os inclinados. As podas dos anos anteriores têm muita influência sobre a formação das gemas. Os naturais nascem das gemas do enxerto e os bravos de gemas do porta-enxerto. Destas surgem ramos que são denominados braços. Baseando nisso podemos dizer que ramos verticais tendem a serem mais vegetativos. Gemas mais vigorosas e mais pontiagudas irão se transformar em ramos vegetativos. é de se esperar que muita seiva bruta pôde ser transformada em seiva elaborada e que o afluxo desta contribuiu para a diferenciação de grande quantidade de gemas vegetativas em frutíferas (Inglez de Souza. de forma oval-alongada. mistos e frutíferos. Como já foi dito a frutificação só tem início quando a planta já conseguiu armazenar uma determinada quantidade de reservas de seiva elaborada. podem dividir-se em adventícios e ladrões. vertical. As naturais são aquelas que surgem nos ramos normalmente segundo a tendência da planta. brotam antecipadamente e com maior vigor que as laterais. Ao contrário. RAMOS Ramos são ramificações oriundas de gemas. de acordo com a sua posição na árvore. por onde a seiva circula de forma mais lenta.frutíferas é o vigor do seu desenvolvimento. Os ramos recebem denominação particular. Segundo sua função. 1986). Como conseqüência. incisões. espera-se muita vegetação e pouco florescimento. possuem maior potencial frutífero. decorrente da quantidade de seiva que recebem. As de frutos são quase sempre mais volumosa. e outras em que duram vários anos. Já pela poda do ano em si pouca coisa pode fazer o podador no sentido de aumentar a frutificação. prolongando o ramo devido sua abertura lateral ser bem menor. Não apresentam importância econômica. Esses ramos especializados são geralmente curtos e denomindados esporões. frutificam também sobre ramos do ano anterior. cerejeira (Simão. 1986). com enorme quantidade de substâncias nutritivas. Se esse equilíbrio é rompido graças à maior quantidade de seiva elaborada. Os ramos especializados se originam. ao contrário. As brindilas apresentam uma pequena gema terminal e surgem na base das plantas sem os devidos cuidados culturais. Influências . apresentam com o tempo. esporões (lamburdas). ameixeiras européias. lamburdas. um engrossamento na extremidade. a planta só produzirá vegetação. quer no do anterior. inchada. como os ramos todos.20 m de comprimento. dardos. pontiagudos. em contraposição aos vegetativos. ameixeiras japonesas. principalmente de folhas caducas. de uma gema vegetativa. Surgem em plantas mal podadas ou naquelas velhas e não tratadas.Apresentam as funções de crescimento e produção. as lamburdas são raras e os dardos abundantes (Inglez de Souza. RAMOS FRUTÍFEROS São apresentados por algumas espécies. pereiras. As principais representantes dessa espécie são: pereira. As bolsas nada mais são do que um esporão com vários anos que alterou sua forma externa e passou a receber essa denominação. como também crescimentos vegetativos. que são longos e vigorosos. Elas podem fixar vários frutos ao mesmo tempo. nasce na primavera e floresce mais ou menos abundantemente. ou seja. Este é o caso das macieiras. Os demais ramos dessas plantas só produzem brotos vegetativos e folhas. portanto frutos. A passagem de dardo para esporão depende de um determinado equilíbrio na fisiologia da planta. apresentam ao mesmo tempo desenvolvimento vegetativo e exibem gemas frutíferas. Exemplo: plantas cítricas em geral. Desenvolvem-se lentamente e apresentam uma roseta de folhas nas extremidades. dando origem a um esporão ramificado. brindilas ou vários deles de cada vez. macieira. Conforme a natureza dos ramos que possuem. que formam-se no ponto de união da fruta colhida com o ramo. conforme as condições lhe são mais ou menos propícias. Os esporões. em forma de bolsa.50 a 0. o ramo frutífero ao invés de vir formado do inverno.. O dardo com o tempo se ramifica. ameixeira européia. Constitui ramo de fruto propriamente dito. videiras e figueiras. figueira. cerejeiras. É uma parte curta. que possuem ramos de frutos especializados. bolsas e brindilas. Esses ramos são normalmente curtos e de aspecto corrugado. muitos dardos serão “promovidos” a esporões. videira (Simão. as plantas frutíferas podem ser divididas em três grupos (Inglez de Souza. Exemplos: pessegueiro. quer no ramo do ano. etc. esgotadas e também. devido ao desenvolvimento lento e ao acúmulo de substâncias de reserva. com 3 a 5 mm de diâmetro e de 0. 1998). ou seja apresentam ramos mistos. Se eliminarmos tais ramos. Nas pereiras e macieiras decrépitas. Pode dar origem a novas gemas florais. 1998). com entrenós muito curtos. entre a seiva bruta remetida pelas raízes e as substâncias elaboradas pelas folhas. 1986): 1º) Plantas com ramos especializados  são plantas que só dão fruta sobre ramos especiais. naquelas com vegetação luxuriante. Os ramos frutíferos classificam-se em: dardos. 3º) Plantas em que as flores nascem sobre ramos da brotação nova  nestas plantas. já que tais ramos tanto dão flores e. Brindilas são ramos finos. Dá-se o nome de esporão simples ao dardo com gema terminal floral. Dardos são os ramos pequenos. Exemplos: pessegueiros. 2º) Plantas com ramos mistos  são plantas que além de frutificarem sobre esporões. às vezes. até o machado. além desse limite convém empregar o serrote de poda. Não considerando os casos especiais e raros. no sentido oposto ao da gema mais próxima. 1986). Existem também instrumentos especializados como tesouras para desbaste de cachos de uva.exercidas na planta cítrica apenas alguns meses. É empregada para corte de ramos com diâmetro de até meia polegada. a afiada e lubrificada. realizado de uma só vez. FRUTEIRAS QUE NÃO REQUEREM PODA Diversas plantas.0 cm devem ser protegidos com pastas cicatrizantes à base de cobre. ou mesmo umas poucas semanas antes da nova brotação. sua fisiologia e seu estado nutricional e sanitário. deve observar uma inclinação de 45 graus aproximadamente. podem determinar a abundância ou a escassez do seu florescimento. que poderia causar o apodrecimento do ramo e aparecimento de fungos. alicate para incisão e anelamento. quando apenas se apara esse ramo em comprimento. produzem frutos comestíveis e são bem conhecidas e apreciadas pelo povo. entrar na relação das ferramentas do podador. Várias fruteiras requerem podas especiais (sejam de formação ou de frutificação) como por exemplo: Videira. três ferramentas são indispensáveis ao podador: tesoura de poda. Figueira. Assim cortes de espessura maior que 3. para que se tenha êxito nessa operação. entre várias outras. ou seja. feita naturalmente com o serrote. o objetivo da exploração. a limpa. servindo para os diversos tipos de poda. é importante antes de empunhar qualquer instrumento de poda conhecer bem a fruteira a ser podada. A tesoura de poda é a ferramenta típica do podador. Porém inúmeros são os instrumentos e ferramentas utilizados na execução das diferentes modalidades de poda. a foice e a serra grande ou trançadeira podem. EXECUÇÃO DAS PODAS Como foi visto. por esse imenso Brasil. (Inglez de Souza. o que evita o acúmulo de água. isto é. A poda de um ramo pode ser por supressão. que tipo de poda e em que intensidade deve ser praticada. serrote de podar e a decotadeira. Inglez de Souza. Um corte ideal e preciso. Na supressão de galhos grossos. etc. a apropriada. pela eliminação desse ramo pela base ou rebaixamento. 1986. a época em que deve ser realizada a poda. INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA PODA Não existe bom podador sem boa ferramenta. o corte deve ser bem rente à base do galho e bem inclinado. cita 71 dessas fruteiras: Abacaxi Abricó-do-pará Abricó-da-praia Abio Abiurama Açaí Acapu Graviola Grumixama Guabiroba Grabiju Guajeru Ingá Jabuticaba . Pessegueiro. S. 224 p. Raramente podem ser objeto de podas. S. Piracicaba: FEALQ. . “Uma poda mal feita prejudica de forma irreversível uma determinada fruteira.: il. 1986). J. antes cortes de galhos quando estes se tornam prejudiciais a obras civis ou às conveniências dos homens (Inglez de Souza. sendo preferível não realizar a poda a fazê-la incorretamente”. 760 p. 228 p.Araçá Araticum Bacuri Bocaiúva Buranhém Butiá Cabeça-de-negro Cabeluda Caimito Cajá-manga Cajá-mirim Caju Camapu Cambucá Cambuci Carambola Castanha-do-pará Cereja-do-rio-grande Chichá Ciriguela Coco-da-praia Coração-de-boi Cupuaçu Cumaí Esfregadinha Feijoa Figo-da-índia Fruta-pão Jenipapo Jaca Jambo Jambolão Jaracatiá Juá Jujuba Lichia Mangaba Mangostão Maçala Murici Oiti Pajurá Ponhema Pequizeiro Pitanga Pitomba Pupunha Romã Sapota Sapoti Sapucaia Tâmara Tamarindo Tarumã Umbu Uva-do-japão Uvaia Praticamente. SIMÃO. INGLEZ de SOUZA. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BRICKELL. 1986.. crescem e se desenvolvem sem qualquer educação no sentido de intervenção humana para lhes dar uma forma e um porte adequados a sua exploração. A Poda. 1998.: il.: il. São Paulo: Nobel. Portugal: Publicações Europa-América. Poda das Plantas Frutíferas. todas estas frutíferas são propagadas através de sementes. trazendo sérias conseqüências para a sua formação e produção.. Tratado de Fruticultura. 1979. Nenhuma poda anual elas exigem para que dêem suas safras normais de frutos. C.. INTERNET .
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