Pirâmide invertida versus pirâmide deitada

April 2, 2018 | Author: susyecf | Category: Hypertext, Journalism, Hyperlink, Information, Technology


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Da pirâmide invertida à pirâmide deitadaA ESTRUTURA DA NOTÍCIA NA WEB Informação e alcance  Avanços técnicos na distribuição da informação:     Caminhos-de-ferro; Sinais de rádio e TV; Satélites; Internet.  Impresso:  Limitações de espaço;  Pirâmide invertida.  Internet:  Dificuldades técnicas e econômicas;  Velocidade da conexão. Redação e técnica  Séc. XIX, EUA:  Fontcuberta (1996): Guerra da Secessão - 1861 a 1865;  Rondas para envio de notícias;  Cursos superiores de Jornalismo;  Ciências da Comunicação;  Conteúdos relacionados com as técnicas de redação;  Técnica: Pirâmide Invertida (1910); Pirâmide invertida (Edwin L. Shuman, 1910) + importante O quê, quem, onde, como, quando e por quê? - importante Vídeo: O que é um telégrafo? Pirâmide invertida na web: prós  Cantalapiedra: concentra-se no essencial;  Rosental Alves: web como meio nervoso e interativo ;  Álvarez Marcos: ordem ao caos; acesso fácil em dispositivos móveis; adequada ao princípio de atualidade;. Lembrete: valores-notícia Quadro 1: Síntese dos valores-notícia Fonte: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7773/000556586.pdf?sequence=1 Pirâmide convergente (Álvarez Marcos, 2003) Fotos, vídeos... Som, texto, hipertexto... Taça de champagne (Mario García,2004) até que ponto de maior interesse ou excitação se concentra, atingindo o ápice da história ... partindo então para a conclusão.  Nielsen: adequada à leitura rápida própria do meio;  Scroll;  “Um conjunto de pirâmides flutuando no ciberespaço”. Morkes e Nielsen (1997): Um site consegue aumentar em até forma concisa 124% a sua usabilidade se for escrito de 58% varredura rápida do texto; 47% leitura na diagonal 27% leitura objetiva Os ciberleitores gostam de sumários e do estilo pirâmide invertida Pirâmide invertida: contras  Canavilhas:  Trabalho jornalístico como rotina;  Pouco campo à criatividade;  Leitura menos atrativa. Usar a técnica da pirâmide invertida na web é cercear o webjornalismo de uma das suas potencialidades mais interessantes: a adoção de uma arquitetura noticiosa aberta e de livre navegação.  Robert Darnton (1999): publicações acadêmicas  1) resumo do assunto;  2) versões alargadas de alguns dos elementos     dominantes; 3) documentação sobre o assunto em análise; 4) referências a outras investigações; 5) propostas para discussão do tema nas aulas; 6) reações dos leitores e suas discussões com o autor.  1 notícia  10 páginas web (menu e hiperlinks no corpo do texto)  39 leitores O QUÊ? QUEM? QUANDO? ONDE? Como? Por quê? + Por quê? + O quê? + Como? + Onde? + Quem? +++ +++ +++  Conclusões:  Dimensão: quantidade de dados;  Estrutura: arquitetura da notícia; Compreende-se, pois, que as prioridades do jornalista da imprensa em papel sejam diferentes das prioridades do webjornalista: enquanto o primeiro dá primazia à dimensão do texto, recorrendo a rotinas estilísticas que permitem “encaixá-lo” no espaço definido, o segundo deve centrar a sua atenção na estrutura da notícia, uma vez que o espaço é tendencialmente ilimitado.  Estrutura:  Dias Noci e Salaverria (2003): lineares, reticulares ou mistas  mudança de paradigma; Como se viu, os dados recolhidos indiciam que a organização escolhida pelo jornalista não coincide com o interesse do leitor, pelo que a técnica da pirâmide invertida pode significar a perda de leitores [...] - informação + informação Pirâmide deitada (João Canavilhas,2003) Multimídia sobre cada W Arquivo da publicação e links externos. Lead: O quê, Quem, Quando e Onde Por que e como Pirâmide invertida: contras  Salaverría:  Apenas para Hot News.  “a pirâmide invertida serve, mas não basta”;  Erros:  a extensão dos textos;  a dificuldade em datar as notícias num meio ubíquo;  o uso de títulos criativos e indicativos;  a ausência de um critério claro no uso de ligações hipertextuais. Hipertexto “consciente”  Salaverría (1999): o Hipertexto põe, pela primeira vez, nas mãos do leitor - e não do jornalista - a possibilidade de ampliar até onde ele deseja a contextualização documental de cada informação, ao mesmo tempo que o liberta de ler passagens documentais indesejadas que obscurecem sua leitura. Hipertexto “consciente” Discernir melhor entre a informação de última hora e a informação documental contextualizadora Diferenciar entre a explicação de dados, a descrição de lugares e o relato de acontecimentos HIPERTEXTO Identificar com que suporte textual, gráfico, sonoro... - se informa melhor sobre cada um dos aspectos da notícia Na hora de redigir a notícia, o jornalista deve ser muito mais consciente dos elementos informativos que a formam Hipertexto “consciente”  Canavilhas (2008):      Hipertexto: Utilização quase residual; Links são muito usados em menus, mas pouco nos textos; Mera função organizacional; Satisfação e na percepção de credibilidade de um site (Berger, 2001).  Multimídia:  A convergência de conteúdos é feita por acumulação e não por integração;  tem influência nos índices de compreensão e satisfação dos usuários (Zerba, 2003). Hipertexto “consciente”  Canavilhas (2008):  a) Links documentais: informação de contexto existente no arquivo da publicação;  b) Links de ampliação informativa: informação recente de contexto;  c) Links de actualização: novas informações sobre o acontecimento em questão;  d) Links de definição: aprofundamento da informação com recurso a conteúdos internos ou externos. Hipertexto “consciente”  Recomendações (Canavilhas, Morkes, Nielsen):  Linkar a partir de palavras que tenham uma forte       ligação semântica; Destacar as palavras com links do resto do texto; Não juntar demasiados links num parágrafo. Usar os links uma só vez para cada referência Usar os links preferencialmente no final das orações Fazer uma distribuição homogénea dos links ao longo do texto. A utilização de links externos deve ser guardada para o final dos textos. Hipertexto “consciente”  “Gramática Multimídia” (Canavilhas, 2008):  Imagens fixas (fotografias/ilustrações/mapas): dão um rosto ao “quem” e um lugar ao “onde”;  Imagens em movimento (vídeo): situações de difícil descrição; declarações de entrevistados;  Som: legitimador do texto para o “como” e “porquê”;  Infografia: descrição do funcionamento de sistemas ou mecanismos, a evolução de situações, as mudanças registradas ou a acontecer;  Zaneth: o leitor recorda melhor os pormenores de um acontecimento apresentado em ordem cronológica;  Knobloch et al: a pirâmide invertida é o tipo de estrutura que menos produz suspense, curiosidade e satisfação na leitura de notícias e romances;  Linear  maior suspense;  Inverso  maior curiosidade;  Inverso e Linear: maior satisfação aos leitores do que a pirâmide invertida;  Carole Rich (1998)  Pirâmide invertida: hard news;  Alto nível de hipertexto: histórias com quebras lógicas;  Scrolling: histórias que necessitam de certo grau de linearidade; Exemplos: pirâmide o quê?  New York Times:  Um time de cientistas trabalhando de forma independente identificou pela primeira vez várias mutações que acreditam aumentar as chances de uma criança desenvolver autismo. Eles encontraram muitas evidências de que os riscos aumentam com a idade dos pais, principalmente aqueles na faixa dos 35 anos. Exemplos: Pirâmide o quê?  Los Angeles Times:  A doutora Leila Daughtry Denmark, pedriata da Geórgia que foi a pessoa mais velha no país a exercer medicina quando se aposentou aos 103 anos, morreu no domingo na casa da filha em Athens, Ga., informou sua família. Ela tinha 114 anos. Referências  CANAVILHAS, J. Webjornalismo: Da Pirâmide invertida à pirâmide deitada. Disponível em: <http://www.livroslabcom.ubi.pt/pdfs/20110824barbosa_suzana_jornalismo_digital_terceira_geracao.pdf>. Acesso em: 30.mar.2012. CANAVILHAS, J. Cinco Ws e um H para o jornalismo na web. Disponível em: <http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/678/pdf>. Acesso em 5. abr. 2012. MORKES, J.; Nielsen, J. Concise, SCANNABLE, and Objective: How to Write for the Web. Disponível em: <http://www.useit.com/papers/webwriting/writing.html>. Acesso em: 3.abr.2012. SALAVERRÍA, R. De la pirámide invertida al hipertexto: hacia nuevos estándares de redacción para la prensa digital. Disponível em: <http://dspace.unav.es/dspace/bitstream/10171/5186/4/de_la_piramide_invertida_al_hipertexto.pdf> . Acesso em: 3.abr.2012 ZANITH, F. Pirâmide Invertida na Cibernotícia: a Resistência de uma Técnica Centenária. Disponível em: <http://revistas.ua.pt/index.php/prismacom/article/viewFile/590/542>. Acesso em: 1.abr.2012.    
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