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March 17, 2018 | Author: Eduardo Barros | Category: Gladiator, Roman Empire, Homer, Ancient History, Africa


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Jornal Informativo de História AntigaSumário 4 5 6 7 Religião & Sociedade Festas na Roma Antiga Entrevista Prof. Cristiano Bispo fala sobre África Antiga e o ensino de África nas Escolas Cultura & Sociedade Por que estudar os Gladiadores Romanos? História Comparada “Lindo de morrer!” – A cultura do corpo na atualidade e a bela morte em Homero Conselho Editorial Prof. Dr. Fábio de Souza Lessa UFRJ Prof. Dr. Alexandre Carneiro Cerqueira Lima UFF Profª. Drª. Ana Lívia Bomfim Vieira UEMA Expediente Coordenação e Direção Profª. Drª. Maria Regina Candido Coordenação de Publicações Prof. Ms. José Roberto Paiva Gomes Edição Bacharel Carlos Eduardo Costa Campos Edição Visual Profª Mestranda Tricia Carnevale Os gladiadores, enquanto sujeitos históricos, pouco aparecem e quando são analisados, sempre são considerados párias, pessoas sem histórias de vida e destinado a lutarem nas arenas. Pág. 6 Espártaco, por exemplo, antes de o interesse marxista e socialista tê-lo tornado símbolo de uma revolução proletária, foi tomado como um ícone (...) Pág. 6 Pelo segundo ano consecutivo, o Núcleo de Estudos da Antiguidade conquista mais uma vaga no Mestrado. Desta vez no Programa de Pós Graduação em História da UERJ através da Professora e Pesquisadora Tricia Magalhães Carnevale. Pág. 8 Denis Foyatier. Spartacus. 1830. Museu do Louvre Pág. 3 Moura Doutora em História Econômica pela USP. nos gestos.2 . no mundo organizacional do trabalho. a História Política abre–se aos novos modelos explicativos. fugindo do anacronismo e do ranço teleológico de uma historiografia clássica que utilizando o modelo de Estado/Instituições europeu ocidental moderno. Drª Ana Maria da Silva Moura “. grupos e sociedades. enriquecida pelos novos estudos que incluem suas articulações e interfaces com outras dimensões da História. que a História Política não objetiva dirigir a História para o “tudo é político” ou para a criação de fatores políticos mono causais. As análises e interpretações da organização política das PHILÍA . nos corpos. Ana Maria da S. uma história. o recuava cada vez mais no tempo à procura de sua “gênese” e de suas “proto manifestações”. a partir dele sua gênese. Drª. Enfatizamos.” Kenneth Minogue. compreende uma multiplicidade de ações e transformações que não devem ser isoladas em instituições políticas stricto sensu. as reivindicações pela sobrevivência coletiva formam movimentos políticos nas sociedades. Compreendê–la é saber quão variada pode ser.ISSN 1519-6917 sociedades formam a base do pensamento político que discute a legitimidade desta ou daquela organização. Não podemos esquecer as novas abordagens sobre os Estados.. Fev. Ω Profª. Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ Profª.No entanto a atividade política é a vida humana em sua amplitude. logo a história dessa vida política. pois atingem o cotidiano real dos povos. cheia de heroísmo e ambigüidade. Os estudos sobre a dimensão política da História já ultrapassaram a percepção clássica de um único centro ou objeto de suas preocupações e análises. entretanto. O Estado e. da defesa ou ataque ao status quo. suas instituições e seus personagens exemplares rigidamente apresentados em um nível de isolamento auto explicativo deu lugar à uma História Política muito mais dinâmica.. nos discursos. Novos ângulos de percepção do político que têm uma trajetória. mas permeáveis às variadas correntes que permeiam politicamente toda a sociedade. suas Instituições e suas formas de representação. em tal época e em tal lugar. não mais isolados. construídas nas especificidades temporais de cada sociedade estudada. nas palavras. de seus valores de base. nos cerimoniais.Informativo de História Antiga – Jan. Podendo ser entendida através de relações específicas– relações de poder. Pesquisadora do Laboratório de Estudos de História Política (USS) . As lutas. reveladoras também da organização e das relações poder entre grupos da sociedade. até então negligenciadas. Outras questões mais complexas surgem nas abordagens da História Política: a percepção das características políticas “submersas”. com seus intrincados interesses e postulações. A vida política de uma dada sociedade. explicitam o seu peso em suas representações em seus fóruns específicos. As hierarquias sociais. mas detectar a riqueza e a potência do político na história dos indivíduos. Professora de História na USS. os segundos os piores – eles apenas acrescentam irrisão ao seu desastre” (II. indicando que o tema da sublevação de escravos continuou atual. 8. Princeton/Stanford Working Papers in Classics. no primeiro livro do De Bello Gallico. Esta é prerrogativa dos “romanos”. Interessava. apontando caminhos de pesquisa. Na recepção e interpretação das revoltas servis do mundo romano. 50 p. contentou-se com uma ovação (ovatio). que mostram os líderes das revoltas sob um olhar inclusive positivo. Refiro-me às divergências – ou mais propriamente precauções – em se rotular esses movimentos como “guerras”. desde aquela liderada pelo sabino Herdônio. É significativo que parta de César. As fontes disponíveis para o estudo das revoltas servis na Itália antiga foram compostas num arco de tempo entre o século I a.. antes de o interesse marxista e socialista tê-lo tornado símbolo de uma revolução proletária. Trata-se de um tema de pesquisa em que se poderia investir. nos comentários de Floro sobre Espártaco: “Não sei como apelar a guerra promovida sob a liderança de Espártaco. ou assumida indevidamente. como Diodoro da Sicília e Plutarco. em alguns pontos. Estados Unidos e União Soviética. mediante a comparação das fontes. Santo Agostinho. como os escravos. chama-o de guerra servil. chegaram-nos na forma de resumos efetuados em épocas muito posteriores. 1993: 13). Humanidades e Letras. em grego) (Urbainczyk. da qual perdemos os livros sobre as revoltas sicilianas. 2008: 83. 2001: 102). em seu Pro Lege Manilia. grega ou romana. Referências Bibliográficas SHAW. incluindo autores de língua grega e latina. Diodoro relaciona rebelião e maus-tratos senhoriais. por não-romanos. 1965.edu/~pswpc/pdfs/shaw/110 516. Journal of Roman Studies. nos séculos II e I a. na obra desses autores.C. 40-53. ______. de modo que Floro acrescenta Prof. se o levante de Espártaco teria sido um tumultus ou um bellum: Cícero.C. escravidão.princeton. Ateneu. mas cujos relatos foram incorporados por Diodoro e Ateneu (Urbainczyk. por exemplo. Brent. sobre Posidônio em geral. Paulo Orósio e Júlio Obsequens. 2001: 154). tumultu castris egressi nullo certo ordine neque imperio).C. Floro. embora contenham um núcleo comum (Shaw. um general cidadão romano. Spartacus before Marx. entre os séculos XVI e XX. da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. É o caso da narrativa de Diodoro da Sicília. Espártaco. em 1550. a qualificação da revolta de Espártaco como um tumulto e não uma guerra. suas motivações e formas de organização. Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ 3 Fábio Duarte Joly Resumo: Este artigo propõe uma breve discussão das interpretações antigas acerca das revoltas escravas que ocorreram na Sicília e Península Itálica. . enquanto Plutarco exalta Espártaco por ser. e o mesmo faz Plutarco. Poseidonios on problems of the Roman Empire. mas como suportar. reinante entre tropas gálicas (II. Travar guerra com escravos é assaz indigno. a partir do século XVIII. 2001: 79-80). Fábio Duarte Joly Doutor em História Econômica pela USP. sendo como que vetada. sem incômodo. Ambos os relatos apresentam variações significativas. Cícero. Valério Máximo. portanto. pela inteligência. p. Alguns relatos sobre as revoltas servis. 11: strepitu ac que Perperna. Rubinsohn.pdf) STRASBURGER. Carlo Sigonio. A despeito de não se registrarem grandes levantes servis após o encerramento da revolta de Espártaco. ver Strasburger. Um dado que se destaca. na Europa do Antigo Regime e para caracterizar movimentos de unificação nacional novecentistas. com aquela de autores de língua grega.C. Essa visão de autores de língua latina contrasta. estabelecer uma correlação entre status e a correta prática da guerra. Podese então aventar como hipótese que os discursos sobre as guerras servis revelam construções de uma identidade. H. como no caso italiano (Shaw.. ao comentar a seqüência de guerras servis. PHILÍA . e o século V d. a memória da mesma atravessou séculos. Fev. 8). nesse sentido. 1993). a questão com que se defronta o historiador da escravidão é como compatibilizar as narrativas desses diferentes autores. a saber. César. Antes. A produção antiquária e historiográfica. Roma. 55.ISSN 1519-6917 .Informativo de História Antiga – Jan. Tito Lívio. destaco um ponto comum ainda não estudado em todas suas implicações. foi tomado como um ícone para. 86). November 2005. “mais grego” (ellenikóteros) do que trácio. de forma mais explícita. 1965). Em passagem da narrativa sobre a guerra gálica. Igualmente perdemos os escritos de Posidônio sobre os eventos na Sicília. em 460 a. ao mesmo tempo em que possuía vigor físico (rhómen. é justamente a preocupação em se manter em circulação uma memória das revoltas servis. Pois quando escravos servem como soldados e gladiadores são seus comandantes – os primeiros a mais baixa sorte de homens. respectivamente. Estrabão. perguntava-se. apud Shaw. em seus publicado em Mântua. 2001. Dr. o general que debelou os escravos no primeiro levante siciliano. mediante um jogo de identificações e contra-identificações com os revoltosos. isentando os escravos de uma animosidade natural. restando resumos bizantinos de autoria de Fócio e Constantino Porfirogeneta. transformando em unidade um mosaico de versões compostas em diferentes períodos e com um longo caminho de transmissão textual. apud Shaw. dos séculos IX e X. Palavras-chaves: guerras servis. ou por grupos subalternos. e membro do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano (LEIR). Professor adjunto de História Antiga no Centro de Artes. sequer exigindo um triunfo (II. 1. testemunham a persistência desse fenômeno (Rubinsohn. tal noção está associada à ausência de ordem e comando. mesma grafia de Roma. Floro salientara: “Mesmo quando lutávamos contra nossos aliados – uma impiedade – ao menos lutávamos contra homens livres e nascidos livres. 2005). sobretudo tendo em vista o crescente interesse que tem assumido a questão das múltiplas identidades coexistentes no Império Romano e suas formulações por diversos setores das elites de Roma e das províncias.. 1. Salústio. 7. Diodoro da Sicília. Apiano. Martin’s. Boston/New York: Bedford/St. guerras travadas contra escravos (bella servorum) pelo povo que regia todos as gentes?” (II. Como se vê. Spartacus and the slave wars: a brief history with documents. Essa abordagem valorativa encontra expressão. personalizar a luta por liberdade política Fasti consulares ac triumphi acti a Romulo rege usque ad Tiberium Caesarem. Plutarco. para não falar da produção literária e cinematográfica. decorrentes da condição servil. Tratou-se de revoltas ou guerras? Quais as diferenças entre ambos os conceitos? Esse problema já fora constatado na crítica humanista dos textos antigos. 2008: 70. chama-o de tumulto servil (cf. (www. 7. na Europa. a um perigo iminente de peste ou calamidade pública. o número desse tipo de celebrações aumentou. e SOARES. com representações teatrais e um dia consagrado à caça de animais (venatio). Durante a República. As principais festividades estavam sempre ligadas à religião. 1971. e. Rio de Janeiro: Record. Ao longo dos tempos. no mês de abril. Jogos Realizavam-se ainda. os escravos tinham certa liberdade. eram os dias consagrados aos sacrifícios para as boas almas. Assim. entre 4 e 18 de setembro. La civilización Barcelona: Editorial Juventud.corriam em volta do monte Palatino com peles de bode e tiras HARVEY. respectivamente. pelo seu excesso. Palavras-chave: religião. Professora Adjunta na UFRJ. romana. Mamede de Souza Freitas. a confarreatio (submissão da noiva à família do noivo) e a deductio (forma inicial de casamento. PHILÍA . em que a noiva era arrancada à força dos braços da mãe.C. quando homens e mulheres se enfeitavam com flores e vestes coloridas. para espantar os maus espíritos. Referências Bibliográficas DURANT. esses jogos passaram a ser anuais. A promiscuidade reinava durante essa festa. Ovídio faz menção a elas . Essas correias eram chamadas de februa e. casamentos. em dezembro. jogos. Latim. II. nos Fastos. os Augustales e os Natalicii. realizado nos dias 9. os chamados ludi. representados sob o governo de Augusto e cantados pelo poeta Horácio no célebre Carmen saeculare. após o jantar nupcial . Mestre em Letras pela UFRJ. Nesse tempo era vetada a realização de casamentos e os templos eram fechados. de Mário da Gama Kury. a quem o dono da casa jogava grãos de feijão preto para aplacar a sua ira. Durante o período dessas festividades. foi primeiramente celebrado por um general vitorioso em honra a Júpiter.“Era crença robusta em nossos velhos. de couro em suas mãos. realizados entre abril e maio. Já no período imperial. apresentado aos cidadãos no início de cada mês por um sacerdote. desgraça. segundo consta.d. entre 13 e 21 de fevereiro. a partir do século III a. Fev. MARTINS. 2001. que não havia crime. desta forma de união só tomavam parte as famílias abastadas. os Ludi Martiales. o retorno de Augusto do Oriente e seu aniversário. então. com as quais açoitavam as mulheres expostas ao longo do trajeto como sinal de purificação e fertilidade. que nessas purgações não se extinguisse” (Ov. em que o homem. no início de cada mês quais seriam os dias feriados (feriae) ou propícios às magistraturas e negócios. horror. tendo origens diversas. Eram igualmente representações dramáticas os Ludi Apollinares. Profª Drª Ana Thereza Basilio Vieira Doutora em Letras Clássicas pela UFRJ. também chamado de Lupercus. deixando de lado diversas outras festividades romanas. quando ocorriam representações dramáticas e jogos circenses. nuptiae (as núpcias). Dicionário Oxford de Literatura Clássica Grega e Latina. Neste pequeno artigo são apresentadas algumas das principais festas com suas características mais primordiais.Informativo de História Antiga – Jan. Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ Ana Thereza Basilio Vieira Resumo: Os antigos romanos possuíam um calendário muito variado com relação a suas festividades anuais.. Will. 11 e 13 de maio. Eram variadas as formas de união: coemptio (compra e venda fictícia entre os noivos com a troca de moedas). Muitas dessas festas sobreviveram até os séculos IV ou V d. Os Ludi Scaenici consistiam em representações teatrais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. A Parentalia. realizada a 15 de fevereiro.. o que. celebrados em setembro. constando desde simples corridas de carros em honra a algum deus até representações teatrais. como alusão ao rapto das Sabinas. era consagrada ao deus Fauno. por sua vez. Pierre. . quer fossem elas de caráter laudatório. 1987. Isaltina F. com o intuito de festejar as semeaduras. 42-44). funerais. Os Ludi Plebeii deveriam ser representações semelhantes aos Ludi Romani. Para a deusa Flora foram criados os Ludi Florales. vários jogos. A história da civilização III César e Cristo. que foi preciso dar uma ordenação para ninguém cometer um sacrilégio: um sacerdote-chefe se encarregava de apresentar. cultura. Festividades variadas A Lupercalia. Com o passar dos tempos. com consentimento dos pais). Ainda nesse mês realizavam-se os Ludi Cereales. passaram a ganhar mais força os Ludi Saeculares. divididas em solenidades públicas e privadas. Trad. A Roma Antiga possuía grande quantidade de solenidades. ainda. Alguns rapazes escolhidos . Durante certo período era tão grande a quantidade de festas. realizados no mês de julho em honra a Apolo para afastar os perigos das guerras e de epidemias. oficializadas num calendário. II a. Foram novamente celebrados por ocasião dos 800 anos de fundação de Roma. Coimbra: Almedina. influenciou as festas natalícias cristãs.luperci . Havia. s. Trad. entre 12 e 15 anos. onde se situava o templo de Júpiter. usus (casamento por coabitação superior a um ano. chegando a serem representadas em mais de 50 dias anuais. Fast. em honra à deusa Ceres. observadas cuidadosamente por cada cidadão.C.Programa de Altos Estudos em Representações da Antiguidade (UFRJ). Casamento Romano. O intervalo dos jogos era de cem ou cento e dez anos (saeculum).ISSN 1519-6917 . e levada em cortejo para a casa do noivo. em honra a Marte. desposava uma moça. Língua. Festas em honra aos mortos A Lemuria era um festival. para celebrarem. Paul. em média com 35 a 40 anos. para assegurar a fertilidade dos campos. realizados em novembro. Pesquisadora dos GP Linguagem e Discursos da História (FBN) e PROAERA . cuja causa remonta. Em honra a Saturno eram celebradas as Saturnalia. celebradas por toda a Itália e banidas no séc. havia uma troca de presentes e lâmpadas eram acesas nas casas. João S. para que todos pudessem observá-las com o devido cuidado. GRIMAL. história literária. em geral patrocinados pelo Estado e pelos magistrados.C. provavelmente. Vaticano. que estariam ligados à religião. Bacanalia era o termo que designava as orgias do deus Baco ou Dioniso.cena nupcialis – quando outros jovens cantavam durante o cortejo). provavelmente. em Roma. votivo ou cênico. ocorridas anualmente. Os Ludi Megalenses têm sua origem na chegada a Roma de uma pedra sagrada da deusa Cibele. rebanhos e do próprio povo. a quem era feita uma grande procissão até o Capitólio. inicialmente duas tragédias e duas comédias. os ludi eram praticados tanto no período republicano quanto no período imperial. Museu Pio Clementino. ocorreram os Ludi Romani. Casamentos Os casamentos romanos em geral ocorriam com um ritual bastante rico. Philía: O senhor poderia nos relatar sobre como está ocorrendo o processo de adaptação dos currículos escolares para o ensino de História da África? Bispo: Não há nenhuma diretriz oficial de uniformização do ensino da África Antiga nos currículos escolares. referências bibliográficas e métodos. PHILÍA . formatam seus próprios materiais didáticos ou ampliam a discussão sobre conteúdos já existentes nos livros didáticos de História do 6ª Ano do Ensino Fundamental. Philía: Qual seria a relação dos seus estudos atuais sobre a recepção da África Antiga nas letras de blocos de carnaval da Bahia? Bispo: Os blocos-afro baianos em suas práticas culturais e políticas elaboram uma série de produções sobre a África em si e a África em nós. Mestre História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. valorizaram as qualidades bélicas e estéticas dos etíopes (termo grego que quer dizer “homens do rosto queimado”) Os etíopes são descritos na documentação helênica em três grupos distintos. qual o espaço de debates sobre a África Antiga e as produções sobre o assunto? Bispo: As discussões sobre a África Antiga no Rio de Janeiro crescem nas mesmas proporções que os estudos das sociedades da Antiguidade. Dos diversos enredos e letras. Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ 5 Entrevista concedida ao Pesquisador Carlos Eduardo da Costa Campos – NEA/UERJ Philía: Qual a sua temática de pesquisa e o que despertou o seu interesse por tal assunto? Bispo: Nos cursos de Graduação e Mestrado pesquisei as relações étnicas entre gregos e etíopes nos séculos VI e V a. Atualmente. em antigas províncias romanas. venho desenvolvendo o projeto de tese sobre os discursos e representações da África Antiga nas práticas culturais e políticas dos blocos-afro de Salvador nas décadas de 1980 e 1990. os discursos empregados negligenciam a historicidade do continente que acaba sendo tratado como região de passagem da História.C. Dezenas de eventos promovidos pelos laboratórios e núcleos da UERJ. São obras repletas de intenções que extrapolam os motivos estéticos do carnaval. intitulado: “Roma Negra: gladiadores da negritude.639/2003. especialmente os produzidos entre os séculos VI e IV a.Informativo de História Antiga – Jan. O interesse sobre os estudos da África Antiga começou em 1999. Em uma das aulas. A procura pelos cursos e eventos tem sido alta e as sugestões para novas temáticas são freqüentes. Um bom exemplo dessa intencionalidade foi o álbum do bloco Olodum de 1996. Regina Bustamante que desde meados da década de 1990 contempla-nos com apresentações e publicações belíssimas sobre os afrescos encontrados no Norte da África. junto ao Programa de Pós-Graduação de História da UERJ. vamos pesquisar!” A partir desse episódio. a saber: os etíopes macróbios. produzem discursos e representações sobre a África e africanidades da Antiguidade à Contemporaneidade. cursos de formação e documentos históricos. UFRJ. os professores/pesquisadores. fiz a seguinte indagação a Profª Dra. Philía: No que tange ao Estado do Rio de Janeiro. . Maria Regina Cândido: Como viviam os africanos na Antiguidade? Com sabedoria e humildade. O que vem acontecendo são iniciativas pessoais dos profissionais de educação que buscam ampliar seus recursos pedagógicos em livros especializados. respondeu: “não sei. os etíopes trogloditas e os etíopes indianos.. cada qual com seu projeto político-cultural.ISSN 1519-6917 . Dentro dessa perspectiva. Nesses manuais a África Antiga está presente. C. Philía: Conte-nos sobre a procura pelos estudos da África Antiga? Bispo: A promulgação da lei 10. que tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Africanas nos estabelecimentos de Ensinos Fundamental e Médio.” Prof. contando com a participação de profissionais de diversas áreas interessados em conhecer documentos. Os blocos. UFF e UNIRIO apresentam comunicações coordenadas e mesas redondas com assuntos pertinentes à Antiguidade Africana. Como não há muitos recursos pedagógicos sobre a África Antiga. das redes públicas e particulares. por onde todos passam com rapidez e desatenção. durante as aulas de Antiguidade Ocidental na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Fev. Dentre os muitos pesquisadores cariocas. em geral. Philía: Qual a visão do grego na Antiguidade sobre os etíopes? Bispo: A documentação imagética e textual grega reserva-nos informações preciosas sobre as características humanas e geográficas da África que na Antiguidade era conhecida como Líbia. iniciamos a prazerosa e difícil pesquisa sobre a África na Antiguidade. Muzenza e ilê Aiyê. optamos por abordar as criações simbólicas sobre a África Antiga propostas pelos blocos-afro Olodum. o Núcleo de Estudos da Antiguidade vem oferecendo cursos regulares sobre História da África Antiga. Os discursos gregos. ampliou a discussão sobre o Ensino da África no Brasil. todavia. Cristiano Pinto de Moraes Bispo Doutorando em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. destaco os estudos de vanguarda da Profº Dra. 11. * FRIEDLÄNDER. São Paulo: Annablume/FAPESP. Le Pain et le cirque: sociologie historique d’un pluralisme politique. * KYLE. iniciada no século XIX por Mommsen (1983) e Friedlander (1947). Editora. Plass (1995). a base na qual essa nova idéia se fundamenta ainda segue a mesma. „Violence and entertainment in Seneca the Younger‟. As duas questões mencionadas constituíram o norte da tese. nos aproximamos de pessoas comuns e suas redes de relações cotidianas.. M. ou seja. Assim.Informativo de História Antiga – Jan.. K. Bandidos e Salteadores na Roma Antiga. fui percebendo a importância de se pensar teoria e metodologia para repensar modelos interpretativos. amantes. parti da literatura satírica para entender os ladrões e a pobreza no mundo antigo (Garraffoni. pois são os textos das elites romanas. Londres: Routledge. lápides e grafites inserem os gladiadores. bem como as pessoas próximas a eles. ao invés de entendermos esses homens como uma categoria estática conhecida como „gladiador‟.S. 2005. cada uma seu modo. Panem et circenses: Massenunterhaltung als Politik im antiken Rom. são vistos como amantes. Renata Senna Garraffoni Phd em Arqueologia pela University of Birmingham. Madri: Fondo de Cultura Econômica. não expressavam sentimentos ou visões de mundos das pessoas comuns. sempre são considerados parias. excluídas das preocupações dos historiadores. Doutora em História pela UNICAMP. o estudo que venho desenvolvendo ainda tem os gladiadores como principais sujeitos. suas amantes e amigos nos discursos acadêmicos e desafiam os estudiosos a pensarem a sociedade de maneira mais complexa. Drª. As lápides funerárias e os grafites. New Jersey: Princeton University Press. violentos e incansáveis. destacam. isto é. mas cada vez mais acredito que o diálogo com a Arqueologia é imprescindível para que possa me aproximar dessas histórias de vidas que foram. in: La sociedad romana – Historia de las costumbres en Roma. por isso a ênfase nas questões políticas. R. Essas evidências nos apresentam os gladiadores como homens. uma vez que esses. enfatizam aquilo que Kyle (1997) chamou de estudo sobre a „necessidade‟ que os romanos tinham das lutas de gladiadores para o funcionamento da sociedade. 497-519 e 546-606. T. cada um em seu contexto. Os gladiadores. 1992. Tanto lápides como grafites. Wistrand (1990.. além disso. * GARRAFFONI. pois para além de entender como a historiografia percebe as camadas populares romanas e suas relações com os espetáculos. * PLASS. “Rethinking the Roman arena: gladiators. pp. pessoas sem histórias de vida e destinado a lutarem nas arenas. por que quando estudamos os gladiadores esses sujeitos nunca têm nomes. * WIEDEMANN. muitas vezes. * WISTRAND. Fev. pouco aparecem e quando são analisados. a análise dos espetáculos a partir do viés político permanece. Professora Adjunta na Universidade Federal do Paraná. O estudo da cultura material é. Esses estudos e muitos outros que poderia citar. maridos ou amigos. (1ª edição 1887). Essas inscrições indicam suas percepções de mundo. * GARRAFFONI. não temos as vozes dos gladiadores. M.6 . Muitos argumentam também que. Nesse sentido.. * WISTRAND. os gladiadores passam a ter cotidiano. The game of death in Ancient Rome – Arena sport and political suicide. 88: 31-46. 1885).. São Paulo: Editora Annablume/ FAPESP. 1997. 1995.. como por exemplo. como pessoas com sonhos e desejos. Emperors and Gladiators. in: The Ancient History Bulletin. D. suas origens étnicas. quando iniciei o trabalho. A. a importância dos jogos na vida política romana. R. mas acredito que a razão que me move por esses caminhos é uma busca por criar alternativas à visão tradicional na qual suas vidas se moldavam a partir das políticas das elites. * VEYNE. escritos pelos membros da elite romana. pais.. nesses textos. O motivo dessa permanência é que. sejam elas mulheres ou homens. rostos ou histórias de vida? Foi a partir dessas questões e do desenvolvimento da pesquisa que percebi o tamanho do desafio. 1983. 1993. nos ajuda a pensar os gladiadores além de sua categoria de arma. o que eu gostaria de chamar atenção é para o fato de que pensar as arenas romanas e as pessoas que por ali circularam a partir da Arqueologia pode nos ajudar a rever como historiadores têm pensado o Império Romano. The sorrows of the Ancient Roman. 1947. desde Augusto hasta los Antoninos. 2002. pp. C. 1990. 94-97. Embora Kyle chame atenção para a importância desses estudos dos anos de 1990. Se por um lado os textos nos remetem ao universo político e as visões das elites sobre os gladiadores.S. Profª. Madri: Fondo de la Cultura Económica. Entertainment and violence in ancient Rome – the attitudes of Roman writers of the first century AD. 2002). P. mas sim as percepções de cidadãos da aristocracia romana sobre o tema. L. Se considerarmos as discussões no campo da Arqueologia histórica que defende a cultura material como registro independente dos textos e instrumento importante para pensar aqueles que foram excluídos dos discursos históricos. a pergunta inicial „por que estudar os gladiadores romanos?‟ tem várias possibilidades de respostas. amante de espetáculos sangrentos e com vida ociosa? Ou então. * WEEBER. Para. (1ª ed. sorrows and games”. quase sempre. Barton (1993). Atualmente. A razão para essa escolha está relacionada a uma inquietação que me acompanhou por muito tempo: por que os romanos de origem humilde. É bem verdade que muitos podem justificar essa perspectiva afirmando que a base das considerações expostas são feitas devido às fontes que são consultadas. enquanto sujeitos históricos. sempre apareciam na historiografia como uma massa homogênea. aos poucos. Embora tenha aqui apresentado de maneira bem resumida questões bastante complexas. a cultura material ajuda a flexibilizar a visão que temos desses espetáculos e das pessoas que acompanhavam os gladiadores. filhos. Mesmo que Veyne (1976) ou Weeber (1974) tenham criticado essa postura invertendo a situação e argumentaram que nos espetáculos o povo encontraria os políticos e exigiriam seus direitos. * MOMMSEN. PHILÍA . Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ Renata Senna Garraffoni Desde que iniciei as pesquisas de iniciação científica durante a graduação na Unicamp o tema da marginalidade sempre esteve no cerne de minhas reflexões.. T. Eranos. teria que buscar fontes alternativas aos textos. vol. 1994. permitem acesso ao universo da gladiatura a partir de outros pontos de vista. durante o doutorado centrei minhas reflexões no universo da gladiatura romana (Garraffoni. A base da memória construída diz respeito às imagens que esses homens quiseram construir de si próprios. Referências Bibliográficas * BARTON. 1995. “Los espectáculos”. Essa tradição. mas continuam acompanhando minhas preocupações. 2005). escrevendo nas paredes ou as lembranças que os amigos e mulheres desejaram registrar nos túmulos de seus entes queridos. Paris : Seuil. Como historiadores se basearam nos textos para entender os espetáculos romanos como um todo e as lutas de gladiadores em particular. as lápides funerárias de gladiadores e os grafites das paredes de Pompéia se tornam referências importantes para pensarmos as vidas desses homens e seu cotidiano. como pessoas que conviviam com mulheres e filhos e nos permite repensar a arena como um espaço majoritariamente masculino. permite com que sejam inseridos em um contexto social e em constante relação tanto com as mulheres como com crianças e pessoas mais velhas. é interessante destacar que praticamente todos os pesquisadores procuram justificar a violência e explicar a função política dos espetáculos. Ao ler as lápides ou as paredes de Pompéia. um meio instigante para flexibilizar as abordagens históricas e construir modelos interpretativos da sociedade romana de maneira menos excludente. disforme. portanto. 1976. P. the gladiator and the monster. Mainz am Rhein: Philipp von Zabern. Gladiadores na Roma Antiga: dos combates às paixões cotidianas.ISSN 1519-6917 . é ainda bastante difundida e inspirou diferentes trabalhos.G. Sweden.. 1992) ou Wiedemann (1995). por outro a cultura material nos ajuda a expandir nossas percepções. Wisconsin: The University of Wisconsin Press.-W. as pessoas comuns. amizades. mesmos nas pesquisas posteriores que tenho feito. famílias e permitem rever as categorias rígidas de paria a qual foram submetidos pelas interpretações dos historiadores. Assim. Se. El mundo de los Cesares. necessariamente. logo nos vêm à mente os louros cabelos de Brad Pitt. Werner. Mestra Alessandra Serra Viegas Mestre em História Comparada pelo PPGHC pela UFRJ. Mas. mas ficasse velhinho. Entretanto. seus filhos e netos o louvariam por ter lutado. Pesquisadora do NEA/UERJ. Referências Bibliográficas JAEGER. CARAVAGGIO. Nicole. vemos na telona ou na telinha a representação imagética de um conceito que atravessou centenas de anos – a cultura à beleza do corpo. segundo nos diz Nicole Loraux.Informativo de História Antiga – Jan. Rio de Janeiro: Editora 34. PHILÍA .. Comecemos de trás para frente. clínicas de cirurgia plástica. Isto é belo eticamente. Se pensarmos em Aquiles.. LORAUX.. Sem Homero. Mas se fosse a Troia. sua mãe. O morto deve ser e estar “lindo de morrer” – isto é belo esteticamente.. seja ele grego ou não. ser belo. a bela morte necessita de um belo morto.. não há ensinamento. Em pleno século XXI. Paris: Éditions Gallimard. . essa e tantas outras expressões que se encontram nos subterrâneos do discurso narrativo da contemporaneidade estão peremptoriamente ligadas a um universo bem distante. Profundamente arraigada ao ser humano e fazendo rios de dinheiro nas empresas de cosméticos. encarna em si o ideal da bela morte. 1994. Aquiles é a típica descrição da expressão “lindo de morrer” que fazemos questão de deixar na sua mente. nem poesia. Galleria Nazionale d'Arte Antica. viajamos muitas vezes até à Grécia cantada por Homero e por Hesíodo e contada por Heródoto. leitor. São Paulo: Martins Fontes. Fev. e lá lutasse e morresse.. E sabemos que a primeira impressão é a que fica! Assim.ISSN 1519-6917 . no Canto IX da Ilíada: Se ele não fosse a Troia e lá não morresse. sempre. Depois disso. Dentre as tantas pesquisas que ele nos suscita a fazer. nada. Anonimato. Assim é a cultura do corpo. O guerreiro precisa morrer em batalha.. moda. os herois “lindos de morrer” de Homero são os que guardamos na memória. nem absorção dos mitos. Todos somos levados a querer ficar “lindos de morrer”! E se não ficamos. fitness. jovem e belo como estava. Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ 7 Alessandra Serra Viegas Interessante como muitas vezes usamos a expressão “lindo de morrer!” quando queremos dizer que alguém ou algo extrapola em beleza aos nossos olhos e gostos. Em contrapartida.. Jean-Pierre. a beleza é a primeira os músculos de seu corpo perfeitos e torneados. Um kalós k’agathós. texto assaz antropológico. Tradução de Lílian Valle. Esse é o resumo da conversa de Aquiles e de Tétis. 1989. As teorias se multiplicam a cada dia e se dividem basicamente em três tendências que apontam: 1) ele foi um poeta e escreveu a Ilíada e a Odisseia. segundo JeanPierre Vernant. Tradução de Artur M. Um homem belo e nobre. lutando. L’individu. que se aproxima de nós exatamente pela força da palavra – a sociedade grega. e os meses de academia e dieta alimentar pelos quais o ator passou para ter todos próprio Vernant para demonstrar a imprescindibilidade do guerreiro homérico morrer belo. 2001. A nobreza é algo que se percebe nas atitudes e palavras de um homem. Paidéia – a formação do homem grego. Invenção de Atenas. Parreira. sua glória ultrapassaria a geração dos filhos e netos. Seu corpo jovem. ao correr os olhos por esse texto. É ele que. mente na pele de Brad Pitt. avante. História e Literatura se degladiam e se amam em Homero. No meio de tantos nomes iniciados por “H”.. Neste universo. Werner Jaeger concorda e diz: um impressão de quem visualiza o heroiguerreiro homérico através das entrelinhas da épica marcadamente oral. até que chegou à nossa Narcissus. 1598-99. spas. há algo muito forte em Homero: seu heroi precisa. Historicamente ninguém sabe se o homem Homero existiu. la mort. Roma. falemos de quão Humano é o texto do primeiro citado: Homero. mais ainda. conceito cunhado pelo Profª.. o anonimato. de um heroi. 2) ele escreveu uma pequena epopeia e outros poetas inseriram cantos até termos as obras que conhecemos hoje. vamos para o limbo. l’amour: Soi-même et l’autre en Grèce ancienne. 3) as obras foram escritas por poetas em tempos distintos e ele é uma figura lendária mas sine qua non no inconsciente coletivo grego no período clássico e em sua Paideia. VERNANT. forte e viril caído no campo de batalha merece os louros de uma glória imorredoura e o galardão de se tornar imortal na memória coletiva de seu povo. uerj@gmail. A pesquisadora Tricia Confira o restante da programação www.uerj.nea.br nea.uerj.Resumo (100 palavras ou 800 caracteres com espaço) e palavras-chave. Fev. .1 Foto do autor de rosto.Fonte: Tahoma 9.Informativo de História Antiga – Jan. Ogden é professor de História Antiga na Academic Associate. Assim como para 2009 o NEA contou com a aprovação de Alair Duarte.nea. Dinastias Macedônicas e Helenísticas. Religião Grega. UNISA e atua nas áreas de Mitologia.br.8 . o Núcleo de Estudos da Antiguidade recebe como pesquisador o Prof. no site do NEA: Magalhães Carnevale foi aprovada para o Mestrado em História Política na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGH) com a temática da magia e feitiçaria.Bibliografia. Dr. .Notas no corpo do texto entre parênteses indicados ao final do texto. espaçamento entre linhas simples. E mais uma vitória foi conseguida para este ano de 2010.com Apoio e Impressão . Inglaterra. . CURSOS DE EXTENSÃO . . PHILÍA . . Mar de 2010 – Núcleo de Estudos da Antiguidade – UERJ EVENTOS .ISSN 1519-6917 www. Normas para Colaboradores . Dr.2010 1º Semestre O Núcleo de Estudos da Antiguidade inaugura 2010 com mais uma vitória O NEA já conta com dois Professores Mestres: José Roberto e Cristiano Bispo. . Programação sujeita à alterações.800 palavras ou 5000 caracteres com espaço.2010 1º Semestre Confirmando sua busca pela excelência no saber acadêmico. Flávia Cristina e Renata Maia para o Mestrado em História Comparada na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGHC).2 Imagens com referência. Daniel Ogden da University of Exeter.
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