Pelve Óssea Feminina

April 2, 2018 | Author: Mara E Hudson | Category: Childbirth, Pelvis, Human Anatomy, Wellness, Nature


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PELVE ÓSSEAGeneralidades É a parte do tronco situado atrás e abaixo do abdome. A cavidade pélvica é um espaço afunilado no interior da pelve. Conteúdo: 1. Parte do canal alimentar 2. Bexiga 3. Partes do ureter 4. Partes do sistema genital É ponto de passagem do feto durante o parto. A cavidade pélvica divide-se em duas partes a. Cavidade pélvica verdadeira- Abaixo da linha arqueada (terminal) b. Cavidade pélvica falsa. Entre as fossa ilíacas acima da linha arqueada. Esqueleto 1. Dois ossos do quadril (anterior e lateralmente) 2. Sacro e Cóccix (posteriormente) Posição anatômica 1. Espinhas ilíacas ântero -superiores no mesmo plano frontal com os tubérculos púbicos. 2. Ponta do Cóccix e a borda superior da sínfise púbica estão no mesmo plano horizontal. 3. Face interna do corpo da púbis está voltada mais superiormente que posteriormente. 4. Superfície pélvica do sacro volta-se mais inferiormente que posteriormente. Aberturas e cavidades 1. Abertura superior da pelve- No plano das linhas terminais . Plano de cima para baixo a partir do promontório sacral. Faz ângulo de 48 graus com a horizontal. Apresenta os seguintes diâmetros: a. Diâmetro Antero-posterior ou conjugado: vai da borda superior da sínfise da púbis a parte média do promontório sacro. Tem 11 cm. b. Diâmetro Conjugado Obstétrico- Vai da face interna da sínfise da púbis ao promontório sacro (distância mínima). Tem 10,5 cm. c. Diâmetro conjugado diagonal (per vaginum)- Vai da borda mais inferior da sínfise da púbis e o promontório sacro. Quando o promontório e palpado em um toque vaginal significa que a pelves é estreita. Através dele se determina o diâmetro conjugado verdadeiro. Tem 12 cm. e interesse semiológico. d. Diâmetro transverso - Passa pela parte mais larga da abertura superior da pelve. Através da parte mais larga da cavidade. Na mulher tem 90 graus e no homem 60 graus. Diâmetro oblíquo. Diâmetro Antero-posterior ou conjugado. c. Diâmetro ântero-posterior ou conjugado. b. b.Da borda inferior da sínfise púbica a ponta do cóccix.O maior tem 13. a. Diâmetro oblíquo .Cavidade Pélvica Vai da abertura superior da pelve até a abertura inferior da pelve. .Extremidade mais inferior da juntura sacro ilíaca ao centro da membrana obturatória do outro lado. Diâmetro transverso . Formam o ângulo sub-púbico. Diâmetro oblíquo. e.Vai da juntura sacro ilíaca de um lado a eminência íleo púbica do outro. Abertura inferior da pelve Tem forma de losango e é fechada atrás pelo ligamento sacro tuberal. c.5 cm. a. Tem em média 11 cm. O plano desta abertura faz ângulo de 10 graus com o plano horizontal. Diâmetro transverso . Arco da púbis É a reunião dos ramos púbicos e isquiáticos dos dois lados.Junção dos ramos isquiáticos e púbicos de um lado ao ponto de cruzamento dos ligamento sacroespionhais e sacrotuberais do outro lado.Parte média da face dorsal da púbis até parte média da superfície pélvica do sacro.Entre tuberes esquiáticos. 3. 2. O diâmetro conjugado obstétrico quando abaixo de 10 cm significa desproporção feto-pélvica. O Feto 1. assim como na transversa. Ginecóide. 3.5 cm. Dizemos então que o feto está na posição occípito-ilíaca direita ou esquerda. esses eixos não coincidem. O diâmetro transverso da abertura superior da pelve deve ter 13. 2. leva-se em consideração sempre o dorso do feto em relação ao lado esquerdo ou direito da mãe.5 cm. As principais referências são os ossos occipital ou sacral do feto e ilíaco da mãe. da Pelve e Mecanismo do Parto I. Pode oferecer obstáculos a passagem do feto pelo canal do parto.Abertura superior em forma de coração. Chamamos de variedade de posição a variedade na relação entre os pontos de referência maternos e os pontos referência fetais. 2. Andróide. Distâncias entre os túberes isquiáticos quando menor que 8 cm. Quando se diz que o feto está em situação longitudinal. Também pode ser um obstáculos a progressão do feto pelo canal do parto. fazendo ângulo reto com a abertura superior da pelve até um plano que passe pelas espinhas isquiáticas. Antropóide. Platipelóide. 4. Apresentação A apresentação é parte do feto que se apresenta à área do estreito superior da pelve. Distância entre a s espinhas isquiáticas quando menor que 8.Arredondada 3. significa que o maior eixo do feto está em relação com o maior eixo da mãe. 3. 4. com a capacidade de insinuação e . ocupando toda a sua extensão.Abertura oval com eixo transverso. as fontanelas. A partir daí volta- se quase em ângulo reto em direção anterior e inferior Pelvimetria radiográfica Há quatro medidas importantes: 1. Eixos do canal de parto Direção inferior e posterior. Posição do feto Para determinar a posição do feto no momento do parto. a raiz do nariz (glabela). Situação A situação é a relação entre o eixo do feto e o eixo da mãe. anterior ou posterior.Semelhante a um oval longo e estreito 2. o mento e o acrômio fetais. Estudos Complementares Estudo do Feto.Classificação da Pelve: De acordo com a abertura superior da pelve: 1. latero-posteriormente pela linha inominada (na nômina anatômica atual. radiografia (raramente utilizado). compostas respectivamente pelos ossos do quadril. Diâmetro transverso médio – aquele que está a igual distância do púbis e . são denominados conjugatas. através da pelvimetria. c. o ramo ísquio- pubiano. Só existem 3 tipos de apresentação: cefálica. Diâmetro entre as espinhas ciáticas – no estreito médio. estudando-se os estreitos. g. em obstetrícia.5cm. deve-se destacar alguns pontos importantes. pelvigrafia. ligamento sacrotuberal) e a ponta do cóccix (considerando inclusive a retro-pulsão). f. cruzando-a em ângulo reto). médio e inferior. articulação sacro- ilíaca e asa do sacro. e do bordo inferior o púbis ao sacro e mede 11cm. Em primeiro lugar a anatomia. a eminência ílieo-pectínea. segundo alguns autores a freqüência da insinuação esquerda. e mede 11cm. os diâmetros. e. dividido em partes dura e mole. como deve ser feito o exame da bacia. dividir esse estreito em duas partes. É utilizada apenas do ponto de vista semiológico. Diâmetros do estreito inferior – do bordo inferior do púbis ao cóccix e mede 9. uma anterior triangular que vai compor o ângulo sub-púbico. trajeto duro. passando pelas espinhas ciáticas (na nômina atual. o diâmetro transverso.5cm. linha arqueada). é dividida em estreitos superior. Em seguida. o bordo interno do grande ligamento sacro-ciático (na nômina atual. os planos e os eixos da região. e mede 12cm. com ligeira prevalência do esquerdo sobre o direito. a parte mais interna do ísquio. a partir de uma linha que une os dois ísquios. e posteriormente pelo promontório.que no trabalho de parto tem mecanismo definido. Conjugata diagonalis – vai do bordo inferior do púbis ao promontório. a articulação sacro-ilíaca (sinostose) e o promontório. as dimensões. ultra-sonografia e ressonância magnética. justificando. Conjugata anatômica ou obstétrica – vai do promontório até o bordo superior do púbis. mede 10. O estreito médio é aquele que se encontra entre o superior e o inferior. espinhas isquiáticas). Os principais diâmetros da pelve são: a. b. II. e mede 10. A Bacia Ao estudar a bacia. Diâmetros oblíquos do estreito superior – da eminência íleo-pectínea de um lado à articulação sacro-ilíaca do outro. Pode-se ainda. A bacia obstétrica. e músculos e aponeuroses. A bacia compõe um tipo de trajeto. pélvica e córmica (quando o grande eixo fetal não coincide com a direção da coluna vertebral materna.5cm. e outra posterior. medem em média 11cm. a forma. O estreito superior da pelve é delimitado anteriormente pelo bordo superior do púbis e seus ramos horizontais. Os pontos de referência maternos nessa região são o púbis. Conjugata vera – vai do cúmen retro-pubiano ao promontório. Ø Diâmetros da pelve Os diâmetros ântero-posteriores da pelve. d. O estreito inferior é limitado pelo bordo inferior do púbis. a antropóide. que deve apresentar uma concavidade. porém. na andróide são convergentes. podendo ser dividido em sagitais posterior e anterior. este não encontrará nenhum obstáculo que impeça seu trajeto até alcançar as espinhas ciáticas. Ø Formas Morfologicamente. antropóide (25%). nota- se que na ginecóide. notamos que do ponto que vai do estreito superior até próximo à espinha ciática. mas eqüidistante do sacro e do púbis. na antropóide é estreito e longo. diferente das demais. a bacia ginecóide apresenta-se ovalada. Na pelve ginecóide. Diâmetro biisquiático – une os dois ísquios e mede 11cm. O parto eutócico é . e a pratipelóide. está mais próximo do púbis. longo e inclinado para diante. OBS: EUTÓCIA: do grego “eu” – bom e “tocos”. onde se encontram os menores diâmetros. No estudo das paredes da bacia. a ginecóide mostra-se ampla e pouco profunda. a andróide é estreitada e profunda. na andróide é estreito.do promontório. bem próximo ao sacro. na ginecóide. todos os diâmetros estão em torno de 12cm. e na pratipelóide é largo. e nas pratipelóide são divergentes. podendo ainda ter diferentes classificações intermediárias.5cm. a bacia pode ser classificada em ginecóide (50%). na andróide. na realidade elas apresentam uma discreta convergência na bacia ginecóide. ampla e pouco profunda. na antropóide. Portanto. levemente triangular. e mede de 12 a 13cm. curto e côncavo. existe a ilusão de que estas são retas e paralelas. apresenta-se largo. De grande importância no estreito inferior é o estudo do ângulo sub-púbico. a andróide (masculina). na antropóide elas são paralelas. pois mesmo nessa posição. e mede 13. Ø Dimensões da pelve Ao analisar as dimensões da bacia. de acordo com a relação existente entre os diâmetros sagitais posterior e anterior. este se apresenta eqüidistante do promontório e do púbis. Ao encontrar o ângulo de 90º na ginecóide. Ao analisar o diâmetro transverso máximo. O sacro. A importância disso fica clara em casos de insinuação transversa do feto.parto. devido à convexidade do feto. e na pratipelóide. ovalada com predomínio dos diâmetros transversos. andróide (20%) e pratipelóide (5%). Diâmetro transverso máximo – une a parte mais posterior da linha inominada ao lado oposto. aumentado. a cabeça do feto tem um apoio perfeito abaixo do púbis para fazer a deflexão. na antropóide. Essa classificação é feita baseada no diâmetro transverso máximo. é ainda mais ampla e pouco profunda. h. o prognóstico da bacia ginecóide é sem dúvida o melhor de todos. enquanto a antropóide é levemente mais estreitada e na andróide é bastante estreitada. Em relação ao estreito superior. i. ele apresenta aproximadamente 90º. elíptica e alongada no sentido ântero-posterior. e a pratipelóide. côncavo e com inclinação média. Na relação entre a chanfradura ciática e o sacro. quando esta se encontra a igual distância entre o púbis e o sacro.aquele em que há perfeita harmonia entre os três elementos do parto – boa contratilidade. palpando-se os ramos ísquio-pubianos de ambos os lados. pode- se considerar que a paciente tem 12cm ou mais. a avaliação radiológica não pode ser aplicada durante a gravidez. nem sempre o promontório é atingido. do estreito médio e do estreito inferior. os diversos acidentes que possam ser encontrados no trajeto que será percorrido pelo feto. nunca se utiliza o fórceps antes do feto ultrapassar o plano do estreito inferior da pelve. Nesse caso. e o 4º plano. Ø Planos da pelve Pode-se delimitar a partir dos estreitos da bacia. faz-se o moldeamento de Selreim. o 2º plano. que vai do promontório ao bordo superior do púbis. Ao introduzir os dedos. diversos planos. admitindo-se que o feto encontre qualquer dificuldade na sua passagem pela bacia. Ø Pelvimetria A pelvimetria é a medida dos diâmetros da pelve. que recebem o mesmo nome do principal estreito que lhe deu origem. Classicamente. pois atualmente. o 3º plano. faz-se em primeiro lugar . os principais planos da bacia são os planos do estreito superior. e bacia ginecóide. o plano das espinhas ciáticas. pode-se dizer que ela é sinclítica (do grego “clíseo” – inclinação e “sim”. ocorre uma alteração de sua inclinação até que seja ultrapassado o obstáculo. retira-se a mão e mede-se a distância marcada. retirando-se 1. O 1º plano ou plano do estreito superior. existem alguns métodos para essa avaliação. Nesse caso.igual). tem-se também a medida da conjugata vera da paciente. Contudo. Porém. que é a medida do ângulo sub-púbico.5cm. Portanto. No estreito inferior. mantendo-se a mão encostada no bordo inferior do púbis. com a mesma inclinação. Ao atingir o promontório. Então. do bordo inferior do púbis à metade da 2ª vértebra sacra. feto de tamanho adequado em apresentação cefálica e cabeça bem fletida. que são os planos de Hodge. o assinclitismo é um importante fenômeno redutor que deve ser relatado durante o parto. diz-se que houve assinclitismo. que é o mais importante. Ao considerar a sutura sagital. Tal conhecimento é extremamente importante no uso do fórceps. Dizemos que cabeça do feto está insinuada quando a maior circunferência ultrapassa o plano do estreito superior da pelve. Então. Ø Pelvigrafia A pelvigrafia é o método semiológico usado para avaliar. Quando falta alguma dessas condições. São importantes clinicamente na análise da altura do plano do biparietal do feto. Portanto. A tentativa da medida da conjugata diagonalis é feita tentando-se tocar o promontório. diz-se que o parto é DISTÓCICO. ou seja. a bacia é dividida em 4 planos. através da palpação. que deve ter cerca de 12cm. que começa na ponta do sacro e segue o plano do períneo. Porém. vendo se ocorre ou não a sua retro- pulsão. que tem 9.5cm. sua tendência será rodar de modo a colocar o seu facílimum de flexão na direção do dito encurvamento.uma análise da parte posterior do púbis e da área do estreito superior. examina-se a espinha ciática e a ponta do cóccix. . quando se tem um cilindro. em sub-occipito- bregmático.Desprendimento ou deflexão. pode ser dividido em: . Depois. que é feita através de uma rotação. se impulsionado por alguma força que o leve a sofrer algum encurvamento. colocando uma menor circunferência em relação ao estreito superior. IV.Insinuação ou flexão. na metade do ramo pubiano. transformando o diâmetro occipito-frontal. é necessário que este realize um movimento secundário. Normalmente.Descida ou rotação. ao descer pelo sacro. Esse movimento é a flexão da cabeça (apoiado no bordo inferior do púbis). este realiza um cilindrificação. de modo a diminuir o diâmetro frontal e facilitar a descida. o feto inicia a descida. durante o trabalho de parto. Segundo Selreim. Então. . a rotação ocorre com o objetivo de colocar o facílimum de flexão lateral em relação ao sub-púbis. retificando a coluna e aproximando os braços e pernas ao corpo Após a insinuação. . sua maior circunferência ultrapassar a área do estreito superior da pelve. que tem 12cm. Mecanismo do Parto Classicamente. perde-se o contato da mão do examinador com a bacia. dotado de flexibilidades desiguais e capaz de rodar sobre o seu eixo. o feto apresenta uma forma ovóide. ou seja. Dentro do útero. Porém. Para o feto se insinuar. : Pelvimetria externa: Régua antropométrica. 1994. MONTENEGRO.html retirado em agosto 2010. . Os antecedentes familiares. das mucosas. pessoais. foram aferidos os diâmetros bi-espinha e o bi-crista com a paciente posicionada em decúbito supino com o quadril e joelhos em extensão após palpação e demarcação das cristas e espinhas ilíacas ânterosuperiores (BUSSÂMARA.Isso é fundamental. o movimento secundário é a deflexão.S. P. da presença de edemas e das perdas transvaginais. pois ao chegar ao desprendimento. REZENDE. O interrogatório é o complemento da leitura do cartão pré-natal e se devem avaliar sintomas do trabalho de parto. EXAME FÍSICO: Inspeção: verificação do estado geral. http://anatoblogren. obstétricos e a evolução da gravidez atual são de grande importância para avaliação de risco do parto. OBSTETRÍCIA ROTINAS DE ADMISSÃO ANAMNESE CUIDADOSA: A leitura interpretação do cartão pré-natal é fundamental para avaliação do risco obstétrico-neonatal.com/2005/08/pelve-ssea-generalidades-parte- do. 1999). e o feto precisa atingir o sub-púbis para poder defletir.blogspot. Palpação: mensuração do fundo uterino ?. antes. Não deve fazer parte dos cuidados de internação a tricotomia e o enema. . durante e após as contrações. avaliação do tônus uterino. integridade das membranas. intensidade). realização das manobras de Leopold (situação. nunca usar gilete. Em caso de excesso de pelos fazer aparação dos mesmos com tesoura. Teste Rápido p/ HIV quando não constar no cartão de Pré-natal Não havendo necessidade de internação será preenchida apenas a GAE (Guia de Atendimento de Emergência). Sinais vitais: verificação por parte da enfermagem de PA . Avaliação da proporcionalidade feto- pélvica (pelvigrafia interna). realizar o TESS ? (gestação acima de 30 semanas) Toque-bidigital: verificação das características do colo (apagamento. Solicitação de tipagem sangüínea e VDRL para todas as pacientes. posição e insinuação fetal) Ausculta: identificação dos bcf. pulso e temperatura axilar. altura da apresentação e variedade de posição. consistência e dilatação). identificação das contrações uterinas (freqüência. Caso não existam contrações. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Toda paciente avaliada terá obrigatoriamente um diagnóstico provisório ou definitivo. através do sonar. duração. INTERNAÇÃO: Solicitação à informática para internar através do preenchimento integral da ficha de internação perinatal Preparo da paciente (banho e vestimenta apropriada). apresentação.
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