PDF Apostila Aula Cnc

March 17, 2018 | Author: Neto Silva | Category: Technology, Computing And Information Technology, Science, Technology (General), Engineering


Comments



Description

1INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ COMANDOS NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS TORNO E CENTRO DE USINAGEM Fortaleza, Março de 2010 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 2 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ COMANDOS NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS TORNO E CENTRO DE USINAGEM Versão 04 O objetivo dessa apostila é reunir conceitos, fundamentos de programação e operação de máquinas CNC´s 2D e 3D. Assim, alguns materiais aqui apresentados foram coletados em livros, catálogos, revistas, apostilas e fontes diversas da internet. Caso algum material esteja protegido por direitos autorais, por gentileza entrar em contato com o autor, através do e-mail: [email protected], para sejam tomadas as devidas providências. MOREIRA, André Pimentel. COMANDOS NUMÉRICOS COMPUTADORIZADOS - TORNO E CENTRO DE USINAGEM. Fortaleza: IFCE, 2010. Fortaleza, Março de 2010 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 3 INDICE 1. 2. 2.1 3. 3.1 3.2 4. 4.1 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.2 4.2.1 4.2.2 4.2.3 5. 6. 7. 7.1 7.2 7.3 7.4 8. 8.1 8.2 8.3 9. 9.1 9.2 9.3 10. 10.1 10.2 10.3 11. 12. 13. 13.1 13.2 13.3 13.4 Introdução Histórico do CNC Breve Histórico Vantagens e Desvantagens Vantagens Desvantagens Principio de Funcionamento do CNC Motores Motores de Corrente Contínua Motores de Passo Servomotores Sensores Encoders Encoder Absoluto Encoder Incremental Etapas da Usinagem com Tecnologia CNC Coordenadas Cartesianas Linguagem de Programação Linguagem de Programação Automática-APT Linguagem EIA/ISO Linguagem Interativa Produção Gráfica Via CAM Estrutura do Programa Caracteres Especiais Funções de Posicionamento Funções Especiais Sistema de Interpolação Interpolação Linear Interpolação Circular Coordenadas Polares Pontos de Referências Ponto Zero Máquina Ponto de Referência Ponto Zero da Peça Codificação ISO para Suporte e Pastilhas Intercambiáveis Meios de Fixação de Peças e Ferramentas Funções Preparatórias de Deslocamento Funções Preparatórias (G) Lista das Funções Preparatórias para o Comando GE Fanuc 21i – Centro de Usinagem Lista de Funções Miscelâneas ou Auxiliares Lista das Funções Preparatórias para o Comando GE Fanuc – Torno Vulcanic Gold 160 Exercícios – Parte 01 Prof. André Pimentel [email protected] PÁG 6 8 9 9 9 10 10 12 12 12 13 14 15 16 18 19 21 26 26 26 26 27 27 27 28 28 29 29 30 30 31 31 31 31 32 34 37 37 37 38 40 42 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 G44 e G49 – Compensação do Comprimento da Ferramenta Funções G50. André Pimentel [email protected] Funções G68 e G69 – Rotação do Sistema de Coordenadas Ciclos Fixos de Usinagem Função G33 – Roscamento Manual Função G37 – Ciclo de Roscamento Automático Função G66 – Ciclo Automático de Desbaste Longitudinal Função G70 – Ciclo Fixo de Acabamento Função G71 – Remoção de Material por Torneamento Função G72 . G41 e G42 – Compensação do Raio da Ferramenta Funções G43.1 – Imagem Espelho Função G52 – Sistema de Coordenada Local Função G53 – Sistema de Coordenada de Máquina Funções G54 a G59 e G54.br 51 51 51 51 53 54 55 55 57 58 59 60 61 61 62 63 63 66 68 69 72 72 74 76 77 78 80 81 83 83 85 86 87 87 88 89 90 91 91 14. Sintaxe das Funções Função G00 – Avanço Rápido Função G01 – Interpolação Linear Funções G02/G03 – Interpolação Circular Funções C e R Interpolação Helicoidal Função G04 – Tempo de Permanência Funções G15 e G16 – Coordenadas Polares Funções G17.edu.P1 a G54.Remoção de Material por Faceamento Função G73 – Furação com Quebra Cavaco (PicaPau) – Centro de Usinagem Função G74R – Furação Pica-Pau – Torno Função G74 – Torneamento de Perfil Simples Função G75 – Ciclo Fixo de Faceamento Função G75R – Ciclo Fixo de Canais G74 – Roscamento Com Macho à Esquerda – Mandril Flutuante G74M29 – Roscamento Com Macho à Esquerda – Macho Rígido Função G76 – Mandrilamento – Fino Acabamento Função G76 – Ciclo de Abertura de Rosca Múltipla Função G80 – Cancelamento de Ciclo Fixo Função G81 – Furação / Mandrilamento .4 14. G18 e G19 Funções G40.Sem Descarga Função G82 – Furação / Mandrilamento – Sem Descarga e com Dwell Função G83 – Furação com Descarga Função G84 – Roscamento com Macho à Direita – Mandril Flutuante Função G85 – Mandrilamento – Alargador Função G86 – Mandrilamento – Melhor Acabamento Prof.1 e G51.1 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 . 3 17.Mandrilamento Tracionado Função G88 – Mandrilamento com Retorno Manual Sub-Programas Função M98 Função M99 Tabelas e Fórmulas Usadas na Programação CNC Softwares de Simulação de Programação de CNC Filius III CNCSimulator EditCNC Simulator Swansoft CNC Exemplo de Programação .2 17.edu.5 17.5 Função G87 . 19. 17.7 18. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Software de Simulação CNC Simulator Exemplo de Programação .4 17.Software de Simulação Swansoft CNC Como Evitar Colisões em Máquinas CNC Exemplo de Programação em Centro de Usinagem Exercícios – Parte 02 Referências Bibliográficas 92 93 95 95 95 95 98 98 98 99 99 100 109 112 117 121 123 138 15.1 17. 17. André Pimentel [email protected] . 16.6 17. e outros meios de produção. O Comando Numérico Computadorizado (CNC) é um equipamento eletrônico que recebe informações da forma em que a máquina vai realizar uma operação. o homem busca racionalizar e automatizar o seu trabalho. as pessoas de organização. Pessoal de controle de produção deveria conhecer esta tecnologia de suas companhias para definirem os tempos de produção de modo realístico. e outros trabalhando diretamente ligados com os equipamentos CNC eles têm que ter um entendendo muito bom desta tecnologia. Todos envolvidos nos ambientes industriais deveriam estar atentos ao que se é possível fazer com estas maravilhas tecnológicas. No cotidiano observa-se cada vez mais a automação e a racionalização dos trabalhos físicos em geral.br . por meio de novas técnicas. é a saída mais apropriada para a solução dos mais complexos problemas de usinagem. é que todas as informações geométricas e dimensionais contidas em uma peça. atualmente é feito com o CNC de uma forma muito simples. O projetista de ferramentas precisa entender de CNC para projetar as instalações e as ferramentas cortantes que serão usadas nas máquinas CNC. por meio de linguagem Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. E não precisaríamos nem dizer nada sobre os programadores CNC. por exemplo: Na agricultura vêem-se novos e sofisticados tratores que substituem a enxada. O exemplo mais comum da automação do trabalho mental é o uso da calculadora eletrônica. observa-se em cada modelo uma evolução que faz com que os esforços físicos e mentais sejam reduzidos. O Controle Numérico (CN). André Pimentel [email protected] 1. operadores. INTRODUÇÃO Desde os tempos mais remotos nas mais antigas civilizações. A revolução industrial pode ser dita que se iniciou com o escocês James Watt (projetando a máquina a vapor). o projetista de produto precisa ter bastante conhecimento de CNC para aperfeiçoar o dimensionamento e técnicas de tolerância das peças produtos a serem usinadas nos CNCs. Atualmente. a utilização do Controle Numérico Computadorizado (CNC). possibilitando a automação da operação. e líderes de time deveriam entender bem de CNC para se comunicarem inteligentemente com trabalhadores da mesma categoria. Gerentes.edu. e sua definição mais simples. Por exemplo. Pessoas do controle de qualidade deveriam entender as máquinas CNC usadas em suas companhias para planejar controle de qualidade e controle de processo estatístico adequadamente. Na realidade quase não existem produtos fabris que não estejam de alguma forma relacionadas à tecnologia destas máquinas ferramentas inovadoras. conhecida por meio de desenhos e cotas (números). A cada nova geração de novos produtos. seriam entendidas e processadas pela máquina CNC. das pequenas oficinas de usinagem as grandiosas companhias de manufatura. seja ele físico ou mental. controle numérico computadorizado (CNC) são máquinas encontradas em quase todos os lugares. supervisores. deste modo ele também criou a necessidade pela indústria de máquinas ferramentas. Onde anteriormente se exigia uma máquina ou uma ferramenta especial. A automação simplifica todo tipo de trabalho. Hoje. edu. OBS: normalmente a usinagem é feita com refrigeração de óleo solúvel em água a qual deve ser abundante e direcionada. HISTÓRICO DO CNC No processo de pesquisa para melhoria dos produtos. corte e medição) e administração dos tempos padrões e métodos de trabalho..7 própria. outras auxiliadas por computador (CAP – Computer Aided Programming). armas. denominado programa CNC. Os sinais elétricos são responsáveis pelo acionamento dos motores que darão à máquina os movimentos desejados com todas as características da usinagem.ferramenta com CNC é fazer com que as ferramentas de corte ou usinagem sigam. Existem também casos em que o próprio CNC pode ser utilizado para auxiliar na programação. Isto quer dizer que. processa essas informações.br . realizando a operação na seqüência programada sem a intervenção do operador. é interessante que se tenha uma boa organização. uma trajetória pré-programada através de instruções codificadas. usando métodos interativos com o operador. controle de ferramentais (fixação. André Pimentel apmoreira@ifce. O principal fator que forçou os meios industriais a essa busca. Os tornos utilizam os códigos G e M respeitando a norma ISO com algumas exceções que variam de acordo com os fabricantes da máquina. as necessidades de evolução foram de papel decisivo. Em termos simples. o objetivo de uma máquina . aliado ao desenvolvimento dos computadores. Durante a guerra. para que se tenha um melhor aproveitamento de um equipamento CNC. etc. caminhões. foi a segunda guerra mundial. e também podemos usar o ponto que é fixado em um corpo que normalmente fica no barramento do eixo Z na posição contraria a placa e a luneta que fica entre a placa e ponto que é geralmente usada para fixar peças longas. tudo em ritmo de produção Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. barcos. As escolhas da ferramenta são feitas quanto ao perfil do inserto. algumas manuais. tanques. navios. a fixação da peça é feita por castanhas fixadas em uma placa que vem acoplada ao eixo central da máquina o qual é chamado de eixo arvore. ele deve ser encarado como um processo que deve ser responsável por mudanças na CULTURA da empresa. O CNC não é apenas um sistema que atua diretamente no equipamento. Segundo Rocha. o torno CNC é basicamente um torno com controle numérico computadorizado construído inicialmente para produção de peças de revolução ou cilíndrica que vem dotado de duas bases as quais são chamadas de barramento sobre as quais correm dois eixos sendo um o eixo X (eixo que determina o diâmetro da peça) e outro o eixo Z (eixo que determina o comprimento da peça). automaticamente. quebra cavacos e classe do material do inserto que é normalmente determinada pelo material a ser usinado (quanto a suas ligas e dureza). 2. foi possível chegar às primeiras máquinas controladas numericamente. principalmente no que se refere ao processo de fabricação. e devolveas ao sistema através de impulsos elétricos. Há diversas formas de executar essa programação. necessitavam-se de muitos aviões. com a velocidade da trajetória e a rotação da ferramenta ou peça também préprogramadas. com todos os benefícios que haviam obtido deste sistema. unidade de processamento de dados e servomecanismo nos eixos. sendo que o principal. Devido ao grande número de fabricantes. Houve então a padronização de entrada conforme padrão RS-244 que depois passou a EIA244A ou ASC II. foi substituída pela feminina. o que elevava os custos de fabricação. Este novo processo foi cada vez mais usado na rotina de manufatura. foi a falta de uma linguagem única e padronizada. fabricados por diferentes fornecedores. daí para frente foram desenvolvidas outras linguagens para a geração contínua de contornos como AutoPrompt (Automatic Programming of Machine Tools). foi incrementada a aplicação do CN. A linguagem destinada a programação de máquinas era a APT (Automatically Programed Tools). como alvo das novas experiências. pois as peças complexas e de grande precisão. cada um deles tinha uma linguagem própria . Atualmente o meio mais usado de entrada de dados para o CNC é via computador. A primeira ação neste sentido surgiu em 1949 no laboratório de Servomecanismo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). a demonstração prática da máquina ocorreu em março de 1952. Grande parte da mão de obra masculina utilizada pelas fábricas como especializada. passaram a ser produzidos de forma simples e rápida. empregadas na fabricação das aeronaves. embora durante muitos anos a fita perfurada foi o meio mais usado. mais tarde em 1958.br . com reflexos na produtividade e na qualidade.8 em alta escala e grande precisão. houve nos Estados Unidos. começaram a surgir os primeiros problemas. principalmente os aviões a jato de uso militar. os equipamentos com controle de posicionamento ponto a ponto e a geração contínua de contornos. A cada ano. Em 1958. da Cincinnati Milling Machine Company. Após este período. desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts em 1956. reduzindo-se os prazos de entrega do produto desde o projeto. André Pimentel apmoreira@ifce. Michigan. que foram melhorados por este sistema em desenvolvimento. principalmente na indústria aeronáutica. pois a guerra estava consumindo tudo. que a partir deste ano. surgiram novos fabricantes que inclusive já fabricavam seus próprios comandos. o que na época implicava na necessidade de treinamento. Em 1956 surgiu o trocador automático de ferramentas. Após testes e ajustes. com a união da Força Aérea Norte americana (U. Era o momento certo para se desenvolver máquinas automáticas de grande produção. com a necessidade de uma equipe técnica especializada para cada tipo de comando. pois os industriais investiam até então em adaptações do CN em máquinas convencionais. até o acabamento final. a Hydrotel. para peças de precisão e que não dependessem da qualidade da mão de obra aplicada. e o relatório final do novo sistema somente foi publicado em maio de 1953. Os controles e comandos convencionais foram retirados e substituídos pelo comando numérico. assim como outros com menor destaque. dotado de leitora de fita de papel perfurado. uma grande corrida na fabricação de máquinas comandadas por CN. Air Force) e a empresa Parsons Corporation of Traverse City. por intermédio da EIA (Eletronic Industries Association) organizou-se estudos no sentido de padronizar os tipos de linguagem. iniciou-se o processo de pesquisa onde surgiu a máquina comandada numericamente. A partir de 1957. a Força Aérea Norte americana teve um desenvolvimento extraordinário.edu.S. A falta de padronização era bastante sentida em empresas que tivessem mais de uma máquina de comandos. Foi adotada uma fresadora de três eixos. inclusive com a mão de obra. Diante deste desafio. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. br .contratos da PARSON COM A USAF para fabricarem máquinas equipadas com CN 1952 .MARK I: primeiro computador construído por harvard e pela IBM 1949 .início da comercialização do CN 1967 . Com o aparecimento do circuito integrado.9 ADAPT.1 BREVE HISTÓRICO 1940 . fazendo com que os comandos (CNC) mais modernos. embora sua capacidade de armazenamento tenha aumentado. a confiabilidade nos componentes eletrônicos aumentou. comparando-se com os controles transistorizados. André Pimentel apmoreira@ifce. aumentando a confiança em todo sistema. e outros que surgiram e continuam surgindo para novas aplicações. 2. Obs: Comando CN é aquele que executa um programa sem memorizá-lo.sistemas flexíveis de fabricação são aplicados em larga escala 3.MIT E PARSON colocam em funcionamento o primeiro protótipo CN 1957 . surgem as primeiras máquinas CNC (Controle Numérico Computadorizado).edu.1 VANTAGENS As principais vantagens do CNC sobre o CN de acordo com Diniz (1990) referem-se principalmente às possibilidades de alterar o programa durante a sua execução (diretamente através do teclado da máquina) e de saída de programas memorizados através de perfuradora de fita de papel ou teleimpressora. vinda dos Estados Unidos.aplicações dos primeiros comandos a CNC 1971 .primeiras máquinas do CN no BRASIL 1970 . memoriza o programa e executa-o de acordo com a necessidade. houve grande redução no tamanho físico dos comandos. o comando deve realizar a leitura no veículo de entrada. Com isso. e no Brasil surge as primeiras máquinas CN de fabricação nacional. que consiste em um controle ou conexão central de um Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.fabricado pela a ROMI o primeiro torno com comando CN (COMANDO SLO-SYN) 1977 comandos numéricos com CNC usando tecnologia dos microprocessadores 1980 . O comando CNC é aquele que após a primeira leitura do veículo de entrada. além de utilizar ciclos fixos de usinagem e empregar sub-rotinas. A partir daí. e a cada execução. observase uma evolução contínua e notável concomitantemente com os computadores em geral. No início da década de 70. Action. VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CNC 3. Compact II. O CNC evoluiu também para um esquema de comando numérico direto ou distribuído (CND). sem a necessidade de nova leitura. empreguem em seu conceito físico (hardware) tecnologia de última geração. Em 1967 surgia no Brasil as primeiras máquinas controladas numericamente. . Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.eliminação do uso de fita perfurada.possibilidade do uso de equipamentos periféricos computacionais.edu. .aumento da flexibilidade.Não elimina completamente os erros humanos .”display" para operação.Não tem vantagens tão evidentes para séries pequenas e muito pequenas.10 grupo de MFCN ou CNC por uma unidade central de computador. Todos os equipamentos CNC que tenha duas ou mais direções de movimento.Manutenção exigente e especializada . Desta forma. André Pimentel [email protected] euros) .2 DESVANTAGENS . são chamados eixos.500. . preciso. . .Investimento inicial elevado (30. foram convertidas em CNC através de operações de retrofiting.redução nos circuitos de "hardware" e simplificação dos remanescentes bem como disponibilidade de programas automáticos de diagnósticos.br . . em tempo real.000 a 1.repetibilidade . Os dois eixos mais comuns são lineares (dirigido ao longo de um caminho reto) e rotativos (dirigido ao longo de um caminho circular).peças consistentes e precisas . acentuam-se como principais vantagens no CNC: . 3. Estes eixos podem ser preciso e automaticamente posicionados ao longo dos seus movimentos de translação. PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DO CNC A função mais básica de qualquer máquina CNC é o controle de movimento automático. e consistente. em sua maior parte. . a maioria das máquinas é do tipo CNC.Necessita operadores mais especializados . diminuindo pessoal de manutenção. Atualmente.a intervenção de operador relacionada a peças produto é drasticamente reduzida ou eliminada. Mesmo aquelas NC.tempos de "setup" muito curtos.aumento das possibilidades de corrigir programas (edição). 4. o torneiro seleciona a rotação da placa. Em geral. e guiado pelo programa de peça.11 figura 1 . as máquinas CNCs têm seus eixos movimentados sob controle de servomotores do CNC. André Pimentel [email protected] convencional Em vez de serem movimentadas virando manivelas manualmente como é feito em máquinas ferramentas convencionais. Para os eixos se moverem. ele verifica a dimensão real da peça. de modo a atingir com êxito o objetivo desejado. a quantidade de material a ser removido.br . No caso do torno mecânico. Com um instrumento de medição. contida no desenho da peça. O torneiro é o controlador do torno mecânico. de acordo com o material a ser usinado. figura 2 . No cérebro. A informação chega ao seu cérebro através dos olhos.edu. por meio de seu cérebro e seu corpo. a quantidade de movimento e a taxa de avanço (feed rate) é programável em quase todas máquinas ferramentas CNC. o tipo de movimento (rápido. e verifica se vai utilizar ou não fluido de corte etc. o avanço a ser utilizado. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. A forma primitiva de controle é a manual. O homem. o cérebro recebe informações da dimensão desejada. A figura 1 mostra o controle de movimento de uma máquina convencional.funcionamento automático Todas as máquinas devem ter seu funcionamento mantido dentro de condições satisfatórias. controla as variáveis envolvidas no processo. por exemplo. Também através dos olhos. linear e circular). A figura 2 mostra um movimento de eixo linear de uma máquina CNC. 1.edu. Por isso seu uso é restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação. ou no caso da alimentação usada ser contínua. Entre as soluções mais usadas podemos citar a movimentação através de motores de passo. ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. André Pimentel [email protected] ambas as informações são comparadas: a dimensão desejada e a dimensão real. até que o desvio seja igual a zero. CDRom etc. motor de correntes continua com encoder e servomotores. Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e precisão. O torneiro.br . deslocando a ferramenta para a posição desejada e realizando um novo passe de usinagem. enviada agora através do sistema nervoso aos músculos do braço e da mão do torneiro. 4.) usam motores especiais que controlam os ângulos de giro de seus rotores. O resultado dessa comparação – o desvio – é uma nova informação. Em vez de girar continuamente.1 MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA São motores de custo elevado e. então. ou seja. 4. além disso.2 MOTORES DE PASSO Muitos dispositivos computadorizados (drives. Na figura 3 é mostrado o sistema de realimentação em malha fechada do funcionamento do posicionamento do CNC. A seguir. mede novamente a peça e o ciclo se repete até que a dimensão da peça corresponda à requerida no desenho. precisam de uma fonte de corrente contínua. estes rotores giram em etapas discretas. os motores Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. gira o manípulo do torno num valor correspondente ao desvio. figura 3 – sistema de realimentação do posicionamento 4.1.1 MOTORES Existe diversos tipo de motores que podem ser usados para movimentar uma máquina CNC. O rotor de um motor de passo é simplesmente um ímã permanente que é atraído. pois utiliza uma bobinagem especialmente confeccionada para proporcionar alta dinâmica ao sistema. como é ilustrado na figura 4. é a solução mais barata para fazer controle de posicionamento.1. Circuito de Controle . torque constante e precisão de posicionamento. por outro. O controle é bem fácil de ser implementado.O circuito de controle é formado por componentes eletrônicos discretos ou circuitos integrados e geralmente é composto por um oscilador e um controlador PID (Controle proporcional integrativo e derivativo) que recebe um sinal do sensor (posição do eixo) e o sinal de controle e aciona o motor no sentido necessário para posicionar o eixo na posição desejada conforme a figura 5. uma larga faixa de controle da rotação e variação e alta capacidade de sobrecarga. São exigidos. porém como pontos negativos é o fato do motor induzir vibrações.br . porém. 4. apesar de utilizar alimentação trifásica.edu. O rotor é composto por ímãs permanentes dispostos linearmente e um gerador de sinais (resolver) instalado para fornecer sinais de velocidade e posição. além disso. e ter ainda por cima uma velocidade um pouco limitada. controle de rotação. seqüencialmente. pausando em cada orientação. até que novo comando do computador ative um jogo diferente de eletroímãs. As características mais desejadas nos servomotores são o torque constante em larga faixa de rotação (até 4. Num motor de passo. pelos pólos de diversos eletroímãs estacionários. O estator é bobinado como no motor elétrico convencional. o rotor é atraído por um par de pólos do estator e a seguir. André Pimentel [email protected] SERVOMOTORES O servomotor é uma máquina síncrona composta por uma parte fixa (o estator) e outra móvel (o rotor).13 figura 4 – funcionamento do motor de passo que fazem isso são denominados 'motores de passo'. dinâmica.500 rpm). não pode ser ligado diretamente à rede. O rotor movimenta-se por etapas discretas. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Quando operam diretamente. ele não faz nada. o circuito de controle aciona o motor até que a posição seja correta. são chamados transdutores. A largura do pulso de controle determinará a posição do eixo. por exemplo. ele verifica se o potenciômetro está na posição correspondente. André Pimentel apmoreira@ifce. convertendo uma forma de sinal em outro.5 ms. 1. Uma vez que o servo recebe um sinal de.14 figura 5 – PWM do servomotor Os servos possuem três fios de interface. figura 6 – servomotores 4.br .2 SENSORES São dispositivos que mudam seu comportamento sob a ação de uma grandeza física. se estiver. Se o potenciômetro não estiver na posição correspondente ao sinal recebido. podendo fornecer diretamente ou indiretamente um sinal que indica esta grandeza. largura máxima e taxa de repetição. Na figura 6 é mostrado o exemplo de servomotores. O sinal de controle utiliza o protocolo PWM (modulação por largura de pulso) que possui três características básicas: Largura mínima. Os de operação indireta alteram Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. dois para alimentação e um para o sinal de controle.edu. etc. nos magazines de ferramentas.15 suas propriedades. a capacitância ou a indutância. com o apoio de um circuito eletrônico gera um pulso. O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle. e nos instrumentos de medição. Podemos utilizá-los para diversos fins. o encoder é uma unidade de realimentação que informa sobre posições atuais de forma que possam ser comparadas com posições desejadas e seus movimentos sejam planejados. Existem muitos tipos e modelos de sensores. Os encoders possuem internamente um ou mais discos (máscaras) perfurado. Um exemplo de aplicação desses sensores é em maquinário CNC. Outro exemplo de aplicação é em robôs manipuladores que requerem movimentos precisos de posicionamento. a passagem de um feixe de luz infravermelha. impressoras e etc. velocidade.2.edu. Dessa forma a velocidade ou posicionamento é registrado contando-se o número de pulsos gerados. gerado por um emissor que se encontra de um dos lados do disco e captado por um receptor que se encontra do outro lado do disco.br . figura 7 – encoder Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. que permite. etc. sob ação de uma grandeza. mouse.1 ENCODERS Os encoders (figura 9) são transdutores de movimento capazes de converter movimentos lineares ou angulares em informações elétricas que podem ser transformadas em informações binárias e trabalhadas por um programa que converta as informações passadas em algo que possa ser entendido como distância. como a resistência. este. telescópios. orientando o usuário. que freqüentemente estão associados aos SC de malha aberta (não automáticos) e Malha fechada (automáticos). Em outras palavras. mas vamos abordar os sensores de posicionamento. de forma mais ou menos proporcional. ou não. Os 4. André Pimentel apmoreira@ifce. ou também em antenas radares. onde podem ser encontradas nas torres (Z) e mesas (X e Y). sendo o rotativo o mais comum. permitindo a medição da posição relativa do eixo. vamos utilizar um encoder absoluto de 4 bits. como mostrado na figura 8. figura 8 – encoder de 4 bits Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Por exemplo.406 (360 / 256) graus.2 ENCODER ABSOLUTO O disco óptico do codificador absoluto é projetado para produzir uma palavra digital que distingue de N distintas posições do eixo. São fabricados em duas formas básicas: codificador absoluto.16 Os encoders podem ser lineares ou rotativos. o encoder é capaz de produzir 256 posições distintas ou uma resolução angular de 1. se há 8 pistas. onde uma única palavra correspondente a cada posição de rotação do eixo. André Pimentel apmoreira@ifce. Os tipos mais comuns de codificação numérica utilizada no codificador absoluto são os códigos binários e código Gray. A maioria dos codificadores rotativos possui um disco de vidro ou de plástico com um código radial padrão organizado em faixas. Para exemplificar o seu funcionamento.2.br . 4.edu. o que produz pulsos digitais quando o eixo gira. conforme a figura 7. assim não perdem a real posição no caso de uma eventual queda da tensão de alimentação (até mesmo se deslocados) e o codificador incremental. digamos que o sistema de leitura passe por algum tempo pela posição 1111 (porque. o valor de quatro bits deve mudar ao mesmo tempo. Este efeito pode ser visto claramente na Tabela 1. onde a incerteza pode ser múltiplas contagens.17 Os padrões associados geram combinações digitais que podem ser vistas na tabela 1 . Tabela 1 – combinações digitais O código Gray é projetado para que apenas uma faixa mude a cada estado de transição. Nesta fronteira. Pelo código Gray. Para converter binário em Gray. que não está nem próxima a nenhuma das posições da fronteira. O problema está em certas transições. o mecanismo de leitura do quarto bit funciona ligeiramente mais rápido. Durante este transiente. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Em seguida.edu. Veja por exemplo a transição entre a posição 0111 e a posição 1000. a incerteza durante uma transição é apenas uma contagem. ao contrário do código binário onde múltiplas faixas (bits) mudança em certas transições. se eles forem iguais então o bit na codificação Gray será 0. compare o binário MSB com o próximo bit. digamos. se forem diferentes será 1. ao contrário com o código binário. ou porque ao passar pela fronteira o mecanismo oscila um pouco entre o zero e o um). Neste caso. André Pimentel apmoreira@ifce. comece com o bit mais significativo e use-o como o Gray MSB.br . o sistema indicaria temporariamente a posição 1111. Repita a operação até o último bit. É também útil como uma referência para a definição de uma referência (zero). produz um pulso por revolução. pulsos ocorrem sobre estes canais com uma freqüência proporcional à velocidade do eixo e a relação de fase entre os sinais produz o sentido de rotação. figura 10 – codificação incremental Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br . (b) encoder incremental 4.18 (a) (b) figura 9 – (a) encoder absoluto. o movimento angular pode ser medido. André Pimentel apmoreira@ifce. Quando o eixo gira.2. que é útil em plena contagem revoluções. O código de um disco padrão com duas faixas e saída de sinais A e B são ilustradas na figura 10. Através da contagem do número de pulsos e conhecendo a resolução do disco. chamado INDEX. Muitas vezes um terceiro canal de saída. É constituída por duas faixas e sensores cujos resultados são chamados canais A e B.edu.3 ENCODER INCREMENTAL O codificador incremental possui uma construção mais simples do que o codificador absoluto. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. deve-se desenha-la pois muitas das coordenadas necessárias à programação estão implícitas nos desenhos cotados de forma padrão. Esta é. mas garantindo as relações geométricas com a fixação inicial. Exemplo disto seria a necessidade de se soltar a peça no meio do programa para virá-la e fixá-la novamente para continuar a usinagem. e em muitos casos seu cálculo é complexo e sujeito a erros. deve-se escolher o ponto zeropeça. Destaca-se nesta fase a definição da fixação da peça na máquina. precisão. a etapa mais importante e mais complexa de todo o procedimento. É muito importante observar as notas.).2 DESENHO EM CAD O ideal para trabalhar em CNC é receber o desenho em CAD. mas algumas vezes deve-se projetar e construir um dispositivo específico que atenda a características próprias de cada situação. ou seja. Dependendo da peça em questão pode-se utilizar dispositivos padrões como uma morsa ou grampos de fixação.br . etc. trouxe vantagens como velocidade. interpretado e compreendido. profundidade de corte. a escolha das ferramentas para cada etapa do processo e a determinação dos dados tecnológicos para cada ferramenta (velocidade de corte. CNC. 5.19 5. É de grande importância definir neste momento o ponto de referência que será utilizado para a programação. 5. Caso isto não ocorra e dependendo da complexidade da peça. velocidade de avanço. André Pimentel apmoreira@ifce. em CNC. chegando a ser superior à usinagem convencional. número de passadas. a definição da seqüência de usinagem.3 PLANEJAMENTO DO PROCESSO Também. os seguintes passos são seguidos: 5. a obtenção de dados do desenho em CAD ocorre de forma rápida e precisa. repetibilidade e flexibilidade. pois envolve a definição da forma de fixação da peça na máquina. ao contrário do que se pode pensar. Mas. Normalmente.edu. deve-se realizar a etapa do planejamento do processo de usinagem. estas vantagens só tem efeito após a peça piloto ter sido usinada. Caso o desenho tenha sido recebido em CAD deve-se move-lo de modo que o ponto escolhido seja posicionado nas coordenadas X=0 e Y=0. rotação da ferramenta. que é bastante longo.1 RECEBIMENTO DO DESENHO Da mesma forma como no processo convencional. Isto ocorre devido ao tempo necessário para se obter uma única peça através do CNC. Já. com certeza. ETAPAS DA USINAGEM COM TECNOLOGIA CNC A tecnologia de comando numérico computadorizado. que algumas vezes trazem detalhes como chanfros ou raios de concordância que não estão graficamente representados. da mesma forma como ocorreria na usinagem convencional. rotação da ferramenta. a primeira etapa da usinagem inicia-se através do recebimento do desenho da peça que deve ser analisado. rotação de coordenadas e deslocamento de referência entre outros. deve-se fazer a transmissão do programa para a máquina. tais como ciclos de desbastes internos. quando necessário. etc. Deve-se utilizar principalmente o recurso de zoom para verificar pequenos detalhes e também a simulação em ângulos diferentes (topo. Deve-se prever pontos de entrada e saída da ferramenta e observar possíveis colisões com detalhes da peça e também com o próprio dispositivo de fixação. sua fixação deve observar.edu.6 SIMULAÇÃO GRÁFICA Na realidade esta etapa ocorre juntamente com a programação.4 LEVANTAMENTO DAS COORDENADAS Conhecida a forma de fixação da peça e o processo de usinagem podese voltar ao CAD e realizar o levantamento das coordenadas que serão relevantes na programação. para garantir que o programa está funcional. falta de uma linha. Além disto. 5. mas devido a sua importância será destacada como uma fase específica. é um bom momento para verificar a existência de erros grosseiros (sinal invertido. 5. coordenadas trocadas. O uso de sub-rotinas deve ser explorado. pois permite detectar erros de programação que podem por em risco a peça.5 PROGRAMAÇÃO Tendo em mãos as coordenadas obtidas do desenho da peça e conhecendo a seqüência de operações pode-se escrever o programa. facilitando as possíveis alterações e correções que possam ser necessárias. através da utilização de um relógio apalpador (normalmente fixado no fuso da máquina).20 5. Uma observação importante é que algumas funções do programa só podem ser simuladas corretamente após realização do setup de ferramentas (que será discutido mais adiante) pois dependem dos valores do diâmetro para serem calculadas. tornando-o menor e de mais fácil manutenção. No caso de se utilizar um software para a programação. etc. o dispositivo de sujeição e até mesmo a máquina. devese realizar a simulação fornecida pela máquina. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. frontal. Mesmo quando se utiliza um software de simulação gráfica.). André Pimentel apmoreira@ifce. lateral. Deve-se montar o dispositivo de fixação e as ferramentas. 5. o paralelismo com os eixos de trabalho. ciclos de furação. Deve-se explorar todos os recursos que a máquina oferece para tornar o programa menor e mais eficiente. A montagem do dispositivo de fixação da peça é cercada de cuidados. É importante que o programa seja bem comentado.7 MONTAGENS É a primeira etapa de setup da máquina. as ferramentas.). pois se deve limpar cuidadosamente a mesa de trabalho da máquina e a superfície de apoio do dispositivo.br . A simulação gráfica é uma ferramenta que deve ser explorada ao máximo. Mesmo assim. É a etapa final onde as vantagens da tecnologia CNC vão surgir. cada linha do programa só será executada após liberação realizada pelo operador. André Pimentel apmoreira@ifce. Esta etapa permite verificar detalhes não previstos na etapa de programação e não visualizados na simulação. quando da instalação das ferramentas na máquina. Para cada ferramenta deve-se informar o seu diâmetro e o seu comprimento (referência do eixo Z).br . deve-se ajustar os bicos de fluido refrigerante de modo que todas as ferramentas sejam refrigeradas. afastar a ferramenta da peça. ou seja. mas não se pode esquecer de verificar a possibilidade de impacto do suporte da ferramenta com obstáculos oferecidos pela peça ou pela fixação. 5. Levantamento das coordenadas. Pode-se ligar e desligar o fluido refrigerante a qualquer instante de modo a permitir melhor visualização dos movimentos. continuando a analisar o programa. 4. Após esta etapa pode-se realizar com segurança a simulação gráfica oferecida pelo CNC da máquina.10 EXECUÇÃO DO LOTE Após a execução passo-a-passo ter sido concluída com sucesso e todas as correções necessárias terem sido realizadas pode-se passar a execução das peças do lote. No caso do dispositivo de fixação deve-se informar as coordenadas X e Y que foram utilizadas como referência na programação. alterar o programa e reiniciar a partir desta linha. 3. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. tem-se as seguintes etapas: 1. ou seja. Durante a fixação das ferramentas nos suportes deve-se buscar mante-las o mais curtas possível. que sempre que possível não deve fazer parte do lote. de modo a evitar flanbagens e vibrações. Além disso. 5.edu. Resumindo. evitando que ela se solte durante a usinagem. Por fim. Desenho em CAD. já que existe grande possibilidade de ocorrerem falhas não previstas. Planejamento do processo.8 SETUP DE FIXAÇÃO E FERRAMENTAS Após a instalação do dispositivo de fixação e do ferramental deve-se informar ao CNC as características que os definem. deve-se definir o zero-peça.9 EXECUÇÃO PASSO-A-PASSO Após realizado todo o setup da máquina e a depuração do programa através da simulação gráfica pode-se finalmente executar a primeira peça.21 Na montagem das ferramentas deve observar uma cuidadosa limpeza dos suportes além de garantir um bom aperto. denominada normalmente de peça piloto. Sua execução é realizada no modo passo-a-passo. Quando se encontra alguma linha com algum erro ou necessidade de alteração pode-se parar a usinagem. 2. Recebimento do desenho. a velocidade de movimentação pode ser controlada permitindo realizar aproximações lentas e seguras. 5. Y e Z. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. 8. Instalação das ferramentas. Normalmente. Execução passo-a-passo. figura 11 – coordenadas cartesianas Um sistema de coordenadas garante a localização de um ponto. Esta posição é designada como ponto de referência. Assim fica o ultimo eixo será o Y com valores positivos indo em direção à máquina (horizontal transversal). posteriormente descritas. Os eixos rotativos são designados com as letras A. Setup de ferramentas.br . Y e Z e que definem um ponto no espaço. como mostrado na figura 12. Simulação gráfica.22 5. André Pimentel apmoreira@ifce. 7. 6. 10. Por convenção o Z sempre é o eixo que gira. os eixos principais de avanço com as letras X. A nomenclatura dos eixos e movimentos está definida na norma internacional ISO 841 (numerical control of machines) e é aplicável a todo tipo de máquina-ferramenta. a substituição da ferramenta e a programação do ponto zero absoluto. padronizadas de X. 6. No caso de uma fresadora vertical o eixo vertical será o Z e terá valores positivos para cima. Programação. Dos eixos que restam o maior é denominado de X e terá valores positivos para a direita (eixo horizontal longitudinal. Todas as máquinas-ferramenta CNC são comandadas por um sistema de coordenadas cartesianas (fig. B e C. COORDENADAS CARTESIANAS A máquina--ferramenta CNC possui uma posição fixa. 9. Execução do lote. 11) na elaboração de qualquer perfil geométrico. Em fresadoras utiliza-se um sistema de três coordenadas. são executadas nesta posição.). sete ou até mais eixos. mas eu já ouvi falar de máquinas de seis. Deste modo já se somam nove eixos possíveis em uma máquina CNC. figura 12 – representação dos eixos Uma pergunta ainda pode estar havendo na cabeça de muitas pessoas. alem dos eixos lineares primários pode haver outros três eixos lineares. e o dedo médio para o sentido positivo do Z (Centro de Usinagem). onde o polegar aponta para o sentido positivo do eixo X.23 O sistema de eixos pode ser facilmente representado com auxílio da mão direita. para que o contorno da peça definido no desenho possa ser corretamente cortado. porém isto não para por aí. e suas disposições são da seguinte maneira. pois possui três eixos perpendiculares entre si. e corta a peça com o contorno especificado no desenho. que podem ser representados com o auxílio dos dedos da mão direita. .edu. como seria isto? Realmente isso existe. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. de acordo com o programa de comando elaborado com base no sistema de coordenadas do desenho da peça.br . André Pimentel apmoreira@ifce. A ferramenta movimenta--se dentro do sistema de coordenadas especificado pelo CNC. conforme a figura 13. os dois sistemas de coordenadas têm de ser definidos na mesma posição. se o eixo é paralelo ao X se chamará U. que são conhecidos como eixos lineares secundários. se paralelo a Y o nome será V. se paralelo ao eixo Z recebe o nome de W. embora sejam máquinas extremamente especiais. pois pode haver máquinas de até 15 eixos. o indicador para o sentido positivo do Y. elas existem. Este sistema é denominado Sistema de Coordenadas Dextrógeno. Portanto. 1 COORDENADAS ABSOLUTAS E INCREMENTAIS No sistema de programação CNC é possível utilizar dois tipos diferentes de coordenadas: • Coordenadas absolutas • Coordenadas incrementais Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.24 figura 13 – Regra da mão direita Os quadrantes são definidos a partir de uma origem pré determinada. portanto o sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser programada é dado em função do quadrante onde a ferramenta atuará. em relação a uma origem pré-estabelecida (X0. Na figura 14 pode ser visto o sistema de coordenadas do torno com torre traseira e dianteira.edu. Lembrar que X é sempre a medida do raio ou diâmetro. e Z é sempre a medida em relação ao comprimento. Todo o movimento da ponta da ferramenta é descrito neste plano XZ.br . e obedecem sempre a mesma ordem independente do tipo de torre utilizada (torre Traseira ou torre Dianteira). figura 14 – Sistema de coordenadas do torno (torre traseira) 6. e que aumenta à medida que o diâmetro aumenta. André Pimentel apmoreira@ifce. Z0). que no caso do torno é determinado por uma linha perpendicular a linha de centro do eixo árvore. deve-se analisar os dados da tabela com as coordenadas de cada vértice. indicados pelas letras A até H. a posição atual é sempre a origem).25 Define-se como sistema de coordenadas absolutas o sistema de coordenadas onde o ponto a ser atingido pela ferramenta é dado tomando-se como referência o “zero-peça”. Define-se como sistema de coordenadas incrementais o sistema de coordenadas onde o ponto a ser atingido pela ferramenta é dado tomando-se como referência o ponto anterior. que sempre se relacionam com o ponto anterior (em outras palavras. Pode-se trabalhar com coordenadas incrementais. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. quanto falta para chegar ao próximo ponto? Para a programação CNC é fundamental conseguir analisar um desenho e obter dele suas coordenadas. A figura 15 apresenta um perfil onde se considera o ponto A como sendo o ponto inicial. André Pimentel apmoreira@ifce. A tabela está preenchida com as coordenadas incrementais. Observando o desenho da figura 14. Para a utilização deste tipo de sistema de coordenadas deve-se raciocinar no Comando Numérico Computadorizado da seguinte forma: da posição em que parou a ferramenta. Nos desenhos à seguir pode-se observar as coordenadas de uma figura bastante simples em duas situações diferentes. figura 14 – sistema de coordenadas absolutas O exemplo anterior mostra o uso de coordenadas absolutas (baseadas em uma referência fixa). Nestes dois casos o sistema de coordenadas estará desenhado para auxiliar nesta tarefa.br . Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. também conhecida como códigos G. 7.edu.26 figura 15 – sistema de coordenadas incrementais Durante o desenvolvimento de um programa CNC pode-se utilizar tanto coordenadas absolutas como coordenadas incrementais. no início dos anos 50.1 LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO AUTOMÁTICA APT No surgimento do CN. e alternar entre dois sistemas a qualquer momento. eles eram usados nos escritórios em máquinas de escrever automáticas que utilizavam cartões perfurados. 7. André Pimentel apmoreira@ifce. a primeira linguagem de programação utilizada foi a APT (Automatic Programmed Tool). sendo os mais usados: 7. onde é utilizado o CAM. linguagem MAZATROL aplicando às máquinas MAZAK. 7.2 LINGUAGEM EIA/ISO Linguagem de códigos. Os códigos EIA/ISO foram criados antes mesmo do aparecimento das máquinas CNC. A linguagem APT é uma linguagem de alto nível. É na atualidade a mais utilizada universalmente. como na programação gráfica. LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO São diversos os meios de elaboração de programas CNC. tanto na programação manual.br . Ex. principalmente para máquinas de 4 e 5 eixos. A linguagem EIA/ISO é considerada de baixo nível.3 LINGUAGEM INTERATIVA Programação por blocos parametrizados possui blocos prontos e não usa códigos. Atualmente só é utilizada como ferramenta auxiliar na programação de peças com geometrias muito complexas. exemplo: MSG ( “mensagem desejada” ) Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. (Exemplo: G01 X25 F0. que pode ser feito no próprio CAM ou em desenhos recebidos do CAD (Computer Aided Designe). (Exemplo: G01 X54 Y30 F. Os caracteres que vierem dentro de parênteses são considerados comentários e serão ignorados pelo comando. X. rotações e parâmetros). máquinas (avanços. G. MSG . A. finalizada pelo caractere.Eliminar execução de blocos. 8.12.3). letra ou símbolo com algum significado para o Comando. Z. Bloco de Dados: É uma série de palavras colocadas numa linha. dados da ferramenta. Endereços: É uma letra que define uma instrução para o comando.) Programa: É uma série de blocos de dados (Finalizada por M30).27 7. fim de programa.Fim de bloco: (EOB . /. define matéria .Comentário : Os caracteres parênteses permitem a inserção de comentários.) . apenas para fácil entendimento. cabeçalho.4 PRODUÇÃO GRÁFICA MANUFACTURING) VIA "CAM" (COMPUTER AIDED Não é mais uma linguagem de programação e sim uma forma de programar em que o programador deverá possuir os conhecimentos de: processos de usinagem. ferramentas e dispositivos para usinagem. informática para manipulação de arquivos. (Exemplo: G. / . escolhe o pós-processador de acordo com a máquina que fará a usinagem e o software de CAM se encarregará de gerar o programa.1 CARACTERES ESPECIAIS (. X. utilizando os códigos da linguagem EIA/ISO. materiais. F). aproximação. ferramentas e demais parâmetros de corte.prima (tipo e dimensões). 8 ESTRUTURA DO PROGRAMA A estrutura de programação para máquinas CNC utilizando a Norma ISO 6983 é estruturada com os seguintes dados: identificação. O programa CNC é constituído de: • • • • • Caracteres: É um número. usinagem do perfil da peça. André Pimentel apmoreira@ifce. T). Descrevendo de uma maneira simplificada.(Exemplo:2.edu. domínio de um software de CAD e um de CAM.End of Block). Palavras: É um endereço seguido de um valor numérico. Todo bloco deve apresentar um caractere que indique o fim do bloco. o programador entra com o desenho da peça. número seqüencial de blocos ( ) .br .Mensagem ao operador. Os dois primeiros dígitos definem a localização da ferramenta na torre Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.3 . podendo variar de 0001 até 9999.3 FUNÇÕES ESPECIAIS Função O (usada no comando GE Fanuc 21i). W5. Esta função é utilizada em desvios especificados em ciclos. F0. Função N Define o número da seqüência. (Usado em programação feita em coordenadas absolutas) Função W – Aplicação: Posição no eixo longitudinal (incremental). N60 G01 Z10. O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em conta o material.2 FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO O comando trabalha em milímetros para palavras de posicionamento com ponto decimal. Cada seqüência de informação pode ser identificada por um número de um a quatro dígitos. Não é necessário programar o número de seqüência em todos os blocos de dados. U5. Todo programa ou subprograma na memória do comando é identificado através da letra “O” composto por até 4 dígitos. André Pimentel apmoreira@ifce. Exemplo: N50 G01 X10. ou Z-20. a não ser que seja feita uma edição fora da seqüência do programa ou após sua edição completada.28 8. a ferramenta e a operação a ser executada. Função T A função T é usada para selecionar as ferramentas informando à máquina o seu zeramento (PRE-SET). observando-se o uso dos parênteses. Função U – Aplicação: Posição no eixo transversal (incremental). mas este também pode ser utilizado em mm/min. Função X – Aplicação: Posição no eixo transversal (absoluta). sentido de corte e corretores. X20. Ex. raio do inserto.3 . Programa-se o código T acompanhado de no máximo quatro dígitos. ou W-5. A seqüência aparecerá automaticamente após a inserção de cada bloco de dados. ou F. Função F Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação. (Usado em programação feita em coordenadas absolutas) 8. ou X-5. Função Z – Aplicação: Posição no eixo longitudinal (absoluta).br . e em procura de blocos. Para facilitar a identificação do programa. recomenda-se inserir um comentário.edu. que virá após a função N. Z20. ou U-5.: O5750 (Flange do eixo traseiro). 29 e seu zeramento (PRE-SET), e os dois últimos dígitos definem o número do corretor de ajustes de medidas e correções de desgaste do inserto. Exemplo: T0202. O giro de torre e o movimento dos carros não podem estar no mesmo bloco que a função T, ela deve ser programada em uma linha de maneira isolada. Importante: O raio do inserto (R) e a geometria da ferramenta (T) devem ser inseridos somente na página de geometria de ferramentas. 9 SISTEMAS DE INTERPOLAÇÃO Os sistemas de interpolação usados na programação de máquinas CNC são classificados em linear e circular. 9.1 INTERPOLAÇÃO LINEAR A interpolação linear é uma linha que se ajusta a dois pontos. Por exemplo, você deseja mover só um eixo linear em um comando. Você quer mover o eixo X a uma posição com um avanço lento à direita do zero do programa. Considerando que o comando fosse X10. (assumindo o modo absoluto e em mm). A máquina removeria uma linha perfeitamente reta neste movimento (desde que só um eixo está movendo). Agora digamos que desejo para incluir um Y eixo movimento a uma posição de 10 milímetros em relação ao zero do programa (e juntamente com o Y atuasse o X voltando a zero). Nós diremos que você está tentando fazer um chanfro na peça produto com este comando. Para caminhar numa linha perfeitamente reta e chegar ao ponto de destino programado nos dois eixos juntos, tem que haver uma sincronização dos eixos X e Y nestes movimentos. Também, se a usinagem ocorrer durante o movimento, uma taxa de movimento (feedrat) também deve ser especificada. Isto requer interpolação linear. figura 16 – interpolação linear O movimento 2 da figura 16, foi gerado com interpolação linear. Saiba que para máquina não ocorreu um único movimento, mas sim uma serie de movimentos minúsculos cujo tamanho do passo é igual à resolução da máquina, normalmente 0.001mm. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 30 Durante comandos de interpolações lineares, o controle precisa, automaticamente, calcular uma série de movimentos minúsculos, enquanto mantêm a ferramenta tão perto do caminho linear programado. Com as máquinas CNC de hoje, fica a impressão que a máquina está formando um movimento de linha perfeitamente reta. 9.2 INTERPOLAÇÃO CIRCULAR Em modo semelhante, requerem muitas aplicações para máquinas CNC, por exemplo, que a máquina possa formar movimentos circulares. Aplicações para movimentos circulares incluem raio de concordância entre faces de peças, furos circulares de grandes e pequenos diâmetros, etc. Este tipo de movimento requer interpolação circular. Como com interpolação linear, o controle gerará minúsculos movimentos que se aproximam o máximo de caminho circular desejado. A figura 17 mostra o que acontece durante interpolação circular. figura 17 – interpolação circular A trajetória da ferramenta é percorrida com uma orientação circular, com qualquer raio, nos sentido horário e anti-horário, e com qualquer velocidade entre 1 a 5000 mm/min. Algumas informações são necessárias para a programação de arcos, tais como: - ponto final do arco, - sentido do arco, - centro do arco (pólo) 9.3 COORDENADAS POLARES Até agora o método de determinação dos pontos era descrito num sistema de coordenadas cartesianas, porém existe outra maneira de declarar os pontos, que são as coordenadas polares (fig.18), neste caso, em função de ângulos e centros. O ponto, a partir do qual saem as cotas chama-se “pólo” (centro dos raios). Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 31 figura 18 – interpolação polar 10 PONTOS DE REFERÊNCIA 10.1 PONTO ZERO DA MÁQUINA: M figura 19 – simbologia do zero máquina O ponto zero da máquina (fig. 19) é definido pelo fabricante da mesma. Ele é o ponto zero para o sistema de coordenadas da máquina e o ponto inicial para todos os demais sistemas de coordenadas e pontos de referência. 10.2 PONTO DE REFERÊNCIA: R figura 20 – simbologia do ponto de referência O ponto de referência (fig. 20) serve para aferição e controle do sistema de medição dos movimentos da máquina. Ao ligar a máquina, sempre se deve deslocar o carro até esse local, antes de iniciar a usinagem. Este procedimento define ao comando a posição do carro em relação ao zero máquina. 10.3 PONTO ZERO DA PEÇA: W figura 21 – simbologia do zero peça Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] É verdade que o custo inicial de um porta ferramenta intercambiável é maior do que uma ferramenta soldada.br . André Pimentel apmoreira@ifce. Alguns fabricantes utilizam as seguintes nomenclaturas: • • • QF – operações de acabamento fino QM.edu. O código NBR 6450 ISO para pastilhas intercambiáveis inclui 9 símbolos. e depois da pastilha completamente gasta a haste será descartada. ao passo que a ferramenta soldada após perder o corte. tipos e parâmetros dimensionais das mesmas. Na figura 24 é descrita o detalhamento da codificação.32 O ponto zero peça (fig.operações de semi-acabado QR – operações de desbaste Um exemplo de especificação de pastilha pode ser visto na figura 23. 21) é definido pelo programador e usado por ele para definir as coordenadas durante a elaboração do programa. este mantém a repetibilidade das dimensões e do acabamento. representados por Letras e Números. ou seja. especificações do fabricante. conforme pode ser visto na figura 22. deva ser retirada para uma nova afiação. No caso do torno é comum estabelecer esse ponto no encosto das castanhas da placa ou na face da peça. que definem formas. é que quando a aresta é trocada. Porém o porta ferramenta passa a ser um novo equipamento da máquina. e o fabricante pode ainda adicionar um décimo símbolo opcional. ocasionando assim outra regulagem da nova ferramenta. Uma vantagem que oferece o porta ferramenta intercambiável para torno e fresas. Recomenda-se colocar o ponto zero da peça de tal forma que se possam transformar facilmente as medidas do desenho da peça em valores de coordenadas positivas. O oitavo e nono símbolos são usados somente quando necessário. figura 22 – posições do zero peça no torno 11 CODIFICAÇÃO ISO INTERCAMBIÁVEIS PARA SUPORTE E PASTILHAS A cada dia novas tecnologias são apresentadas para diminuir cada vez mais o tempo e melhorar a qualidade de usinagem. figura 23 – codificação para pastilhas intercambiáveis Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. que separado por um hífen pode ser usado por opções de simbologia própria. Exemplo de especificação de suporte porta pastilha: PCLNR 20 20 K 12.br . André Pimentel [email protected] O código ISO para suportes porta pastilhas externo inclui 10 símbolos. O fabricante pode ainda adicionar um décimo primeiro símbolo opcional.edu. figura 24– Detalhamento da codificação para pastilhas intercambiáveis Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. tipos e parâmetros dimensionais dos mesmos. ou seja especificação do fabricante. no qual pode fazer uso de opções de simbologia própria. separado por um hífen. representados por Letras e Números que definem formas. André Pimentel apmoreira@ifce. Nos tornos CNC a troca de ferramentas pode ser realizada automaticamente. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. figura 23 – fixação manual de peças figura 24 – fixação de peças com luneta e contra ponta Nos processos de usinagem. necessitando apenas dos posicionamentos corretos das ferramentas. poucas as peças podem ser usinadas com uma única ferramenta. Quando necessário.34 12 MEIOS DE FIXAÇÃO DE PEÇAS E FERRAMENTAS A fixação de peças em torno CNC através de placa com 3 castanhas podem ser acionadas de forma manual (figura 23) ou de forma automática com abertura e fechamento através de comando contido no programa CNC.br . Neste sistema. avanço e retrocesso do mangote e luneta. Numa forma de minimizar os tempos passivos durante a execução de um trabalho pode-se utilizar um suporte porta-ferramentas capaz de fixar várias ferramentas. também podem ser programados posicionamentos da contra-ponta. para uma melhor fixação (figura 24). a troca das ferramentas utilizadas é comandada pelo programa CNC. evitando assim as paradas no programa para eventuais trocas manuais das mesmas.edu. o sistema de troca de ferramentas em máquinas CNC vem sendo otimizado pelos fabricantes. Por este motivo. deixando a ferramenta na posição de trabalho.br .35 Os tornos possuem dispositivos de concepções que se diferenciam em função da quantidade de ferramentas a serem usadas. até que a ferramenta desejada fique Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. figura 25 – fixação de ferramentas – tipo gang tools • Torre elétrica: Neste sistema a troca automática de ferramentas é realizada através do giro da mesma que é comandado pelo programa CNC. oferecendo flexibilidade de montagem de ferramentas para múltiplas aplicações. figura 26 – fixação de ferramentas – tipo torre elétrica • Revolver: No sistema de revolver a troca é realizada com o giro ou tombo do mesmo. que também é comandado pelo programa CNC. A fixação através de torre elétrica pode ser visto na figura 26. Podemos assim destacar alguns desses dispositivos: • Gang tools: dispositivo dotado de rasgos T para posicionamento dos suportes de ferramentas. André Pimentel apmoreira@ifce. A fixação gang tools pode ser visto na figura 25. As posições das ferramentas se invertem pelo giro de 180 graus do braço de garras o qual logo após introduz as ferramentas em seus lugares e são de modo geral comandados com lógica direcional. Um braço com duas garras entra em ação.36 na posição de trabalho. tirando de um lado a nova ferramenta do magazine e do outro lado a ferramenta que estava operando na árvore principal da máquina. A fixação através de dispositivo revolver pode ser visto na figura 27. a troca de ferramentas é realizado por um braço com duas garras. figura 28 – fixação de ferramentas – tipo magazine Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel apmoreira@ifce. figura 27 – fixação de ferramentas – tipo revolver • Magazine: No sistema magazine de modo geral.edu.br . A fixação através de dispositivo revolver pode ser visto na figura 28. O programa posiciona a próxima ferramenta do magazine que entra em ação e interrompe a usinagem. ou seja.Interpolação linear G02 . André Pimentel apmoreira@ifce. indicam à máquina o que fazer. são válidas somente no bloco que as contém. ou para receber uma determinada informação. valendo para todos os blocos posteriores. As funções podem ser: MODAIS – São as funções que uma vez programadas permanecem na memória do comando.edu.Interpolação circular horária G03 .Avanço rápido G01 . ou seja.2 LISTA DAS FUNÇÕES PREPARATÓRIAS PARA COMANDO GE FANUC 21 I – CENTRO DE USINAGEM G00 . NÃO MODAIS – São as funções que todas as vezes que requeridas. a menos que modificados ou cancelados por outra função da mesma família.Tempo de permanência G10 – Entrada de dados G11 – Cancela entrada de dados *G15 – Cancela a programação polar G16 – Ativa a programação polar *G17 – Seleção plano XY G18 – Seleção plano XZ G19 – Seleção plano YZ G20 – Referência de unidade de medida (polegada) G21 – Referência de unidade de medida (métrico) G22 – Ativa área de segurança G23 – Desativa área de segurança G28 – Retorna eixos para referência de máquina *G40 – Cancela compensação do raio da ferramenta G41 – Ativa compensação do raio da ferramenta (à esquerda do perfil) G42 – Ativa compensação do raio da ferramenta (à direita do perfil) G43 – Ativa a compensação do comprimento da ferramenta (direção +) G44 .37 13 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS DE DESLOCAMENTO 13. preparando-a para executar um tipo de operação.Interpolação circulara anti-horária G04 .br .1 FUNÇÕES PREPARATÓRIAS ( G ) As funções preparatórias indicam ao comando o modo de trabalho.Ativa a compensação do comprimento da ferramenta (direção -) *G49 – Cancela a compensação do comprimento da ferramenta Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 13. Essas funções são dadas pela letra G. seguida de um número formado por dois dígitos (de 00 a 99 no caso do comando GE Fanuc 21i). devem ser programadas. Sistema de coordenadas absolutas G91 .Gira eixo árvore sentido horário M04 .Sistema de coordenada de trabalho 6 G65 – Chamada de macro G68 – Sistema de rotação de coordenadas G69 .Estabelece programação em velocidade de corte constante G97 .Sistema de coordenadas incrementais G92 – Estabelece nova origem G92S .: os códigos G marcados * são ativados automaticamente ao se ligar a máquina 13.Cancela a imagem de espelho G51.Posicionamento angular do eixo árvore Obs.Gira eixo árvore sentido anti-horário M05 .Sistema de coordenada de trabalho 5 G59 .Sistema de coordenada de trabalho 2 G56 .Final de programa M03 .Parada de programa M01 .Estabelece avanço x / minuto G95 .Parada do eixo árvore Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.38 G50.Sistema de coordenada de trabalho 3 G57 .edu.1 .Estabelece limite de rotação (RPM) G94 .Parada de programa opcional M02 .Estabelece avanço x / rotação G96 .1 – Ativa imagem de espelho G52 – Sistema de coordenada local G53 – Sistema de coordenada de máquina *G54 – Sistema de coordenada de trabalho 1 G55 .Sistema de coordenada de trabalho 4 G58 .Cancela sistema de rotação de coordenadas G73 – Ciclo de furação intermitente G74 – Ciclo de roscamento (esquerda) G76 – Ciclo de mandrilamento G80 – Cancela ciclo fixo G81 – Ciclo de furação contínua G82 – Ciclo de furação contínua com dwell G83 – Ciclo de furação intermitente com retorno ao plano R G84 – Ciclo de roscamento (direita) G85 – Ciclo de mandrilamento (retração em avanço programado) G86 – Ciclo de mandrilamento (retração com eixo parado) G87 – Ciclo de mandrilamento (rebaixo interno) G88 – Ciclo de mandrilamento com retorno manual G89 – Ciclo de mandrilamento (dwell+retração com avanço programado) *G90 .3 LISTA DAS FUNÇÕES MISCELÂNEAS OU AUXILIARES M00 .br . André Pimentel [email protected] programação em RPM C . mas a maioria das funções.Avança aparador de peças M39 .Abre porta automática do operador M37 .Desliga refrigeração M18 .edu.Desliga o transportador de cavacos M98 .Eixo árvore em modo posicionamento M20 .Placa travada M25 .Placa destravada M26 .Fecha porta automática do operador M38 .Liga sistema limpeza cavacos proteções M46 .Retrai leitor de posição de ferramenta (Tool Eye) M51 .Retrai aparador de peças M40 .Liga limpeza de placa M43 .Retrai a manga do cabeçote móvel M27 . o seu significado é comum a quase todos os comandos.Avança leitor de posição de ferramenta (Tool Eye) M76 .Desliga sistema limpeza cavacos proteções M49 .Seleciona modo operação externa da placa M42 .Cancela modo posicionamento eixo árvore M19 .Chamada de um sub-programa M99 .Final de programa e retorno M36 .Retorno de um sub-programa NOTA: Para comandos de fabricantes diferentes uma mesma função pode ter significados diferentes.Troca de barra M50 .39 M06 – Troca automática de ferramenta M08 .Contador de peças M86 .Desliga limpeza de placa M45 .Liga o transportador de cavacos M87 .br . Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Aciona alimentador de barras M21 .Para alimentador de barras M24 .Seleciona modo operação interna da placa M41 . André Pimentel [email protected]ça manga do cabeçote móvel M30 .Liga refrigeração M09 . 4 LISTA DAS FUNÇÕES PREPARATÓRIAS PARA COMANDO GE FANUC – TORNO NARDINI VULCANIC Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br .40 13. André Pimentel [email protected]. 41 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. André Pimentel [email protected] . br . André Pimentel [email protected] EXERCÍCIOS . identifique os pontos meta.PARTE 01 Exercício 1 No desenho abaixo. Para finalizar preencha a tabela de coordenadas utilizando o sistema incremental e absoluto. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Exercício 3 Fazer o programa do perfil abaixo usando as interpolações linear e circular. André Pimentel [email protected] Exercício 2 Faça o programa CNC percorrendo o contorno da peça no sentido de A para B. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Usar as 2 funções G2 e G3 com I e K.br . para a origem do sistema de coordenadas. Para finalizar preencha a tabela de coordenadas utilizando o sistema absoluto.44 Exercício 4 No desenho abaixo. ou seja. a partir do ponto A já definido e preencher a tabela de coordenadas utilizando o sistema absoluto. André Pimentel apmoreira@ifce. escolha um ponto para o zero-peça. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. Em seguida defina um sentido de usinagem e identifique os pontos meta. Exercício 5 No desenho da abaixo.br . identificar os pontos meta no sentido anti-horário. Utilize o sistema absoluto ou incremental conforme for mais indicado.edu. André Pimentel [email protected] Exercício 6 Baseado nas cotas do exercício anterior.br . preencha a tabela usando coordenadas incrementais na figura abaixo. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Exercício 7 Preencha a tabela com as coordenadas necessárias. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. As coordenadas estão no sistema absoluto.edu.br .46 Exercício 8 Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça correspondente. André Pimentel apmoreira@ifce. André Pimentel [email protected] . As coordenadas estão no sistema incremental.47 Exercício 9 Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça correspondente. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. O ponto inicial está indicado. André Pimentel apmoreira@ifce. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br .edu.48 Exercício 10 Marque as coordenadas da tabela abaixo no gráfico XY e desenhe o perfil da peça correspondente. As coordenadas estão nos sistema absoluto e incremental. br . André Pimentel apmoreira@ifce. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 12 Quais sistemas de coordenadas são utilizados nas máquinas equipadas com comando numérico computadorizados? Explique suas diferenças.edu. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 13 Qual a finalidade do código Gray? Exemplifique.49 Exercício 11 a) O que são encoders? Cite duas variáveis que podem ser monitoradas por encoders: ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------b) Qual a diferença entre um encoder absoluto e um encoder incremental? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------c) esboce um encoder incremental linear que consiga detectar o sentido do movimento. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] .edu. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 15 Cite 03 formas de programação das máquinas CNC ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 16 Diferencie as máquinas CN e CNC? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 17 O sistema de posicionamento das máquinas CNC pode ser considerado sistema em malha fechada? Explique. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.50 Exercício 14 Cite as principais etapas de usinagem nas máquinas CNC´s. . permitindo produzir círculos inteiros ou arcos de círculo. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. . G02 e G03.edu. Esta função cancela e é cancelada pelas funções G01. G03 – Aplicação: Interpolação circular Esta função executa operação de usinagem de arcos pré-definidos através de uma movimentação apropriada e simultânea dos eixos.Sentido horário ou anti-horário.br . calculado através de coordenadas com referência ao zero programado e com um avanço (F) pré-determinado pelo programador.51 14 SINTAXE DAS FUNÇÕES Função G00 – Aplicação: Movimento rápido (aproximação e recuo) Os eixos movem-se para a meta programada com a maior velocidade de avanço disponível na máquina. tem por definição a vista na direção positiva para negativa do eixo que não faz parte do plano de trabalho. Pode-se gerar arcos nos sentidos horário (G02) e anti-horário (G03). Sintaxe: G1 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ F_ _ _ onde: X = coordenada a ser atingida Y = coordenada a ser atingida Z = coordenada a ser atingida F = avanço de trabalho (mm/min) Funções G02. Esta função é um comando modal. . André Pimentel [email protected] sintaxe abaixo para G02 também é válida para G03. Sintaxe: G0 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ onde: X = coordenada a ser atingida Y = coordenada a ser atingida Z = coordenada a ser atingida A função G0 é um comando modal. G02 e G03. conforme ao exemplo da figura 29. Função G01 – Aplicação: Interpolação linear (usinagem retilínea ou avanço de trabalho) Com esta função obtém-se movimentos retilíneos entre dois pontos programados com qualquer ângulo. que cancela e é cancelada pelas funções G00.É necessário definir o plano de trabalho dos eixos para o arco (fig 29). J. caso já esteja programado) O valor numérico que segue I.edu. Z = posição final da interpolação I = centro da interpolação no eixo X J = centro da interpolação no eixo Y K = centro da interpolação no eixo Z Z = posição final do arco R = valor do raio (negativo para arco maior que 180 graus) F= avanço de trabalho (opcional. K é um vetor que parte do ponto de início do arco até o centro do arco. c figura 30 – definição do centro do arco Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. conforme a figura 30.52 figura 29 – definição do plano de trabalho Sintaxe: Para o plano X Y G17 G02 / G03 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _F_ _ _ G17 G02 / G03 X_ _ _ Y_ _ _ I_ _ _ J_ _ _ F_ _ _ Para o plano X Z G17 G02 / G03 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _F_ _ _ G17 G02 / G03 X_ _ _ Z_ _ _ I_ _ _ K_ _ _ F_ _ _ Para o plano Y Z G17 G02 / G03 Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _F_ _ _ G17 G02 / G03 Y_ _ _ Z_ _ _ J_ _ _ K_ _ _ F_ _ _ onde: X . Y. André Pimentel [email protected] . 53 Quando as coordenadas XYZ são omitidas (o ponto final é o mesmo ponto de partida) e o centro for especificado com I, J, ou K um arco de 360 graus é gerado, porém se for usado a função raio (R), um arco de zero grau é gerado. Exemplo G17 G02 R50 (a ferramenta não se move) figura 31 – exemplo de interpolação circular Função C e R – Inserção de chanfro ou canto arredondado Um chanfro ou arredondamento pode ser inserido entre os seguintes movimentos: a) Entre uma interpolação linear e outra interpolação linear b) Entre uma interpolação linear e outra interpolação circular c) Entre uma interpolação circular e outra interpolação linear Sintaxe: , C Usado para chanfro , R Usado para raio figura 32 – exemplo de chanfro e arredondamento Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 54 Para utilizar essas funções, deve-se programá-las no mesmo bloco da interpolação linear ou circular para que, em função do próximo movimento, seja criado um chanfro ou um arredondamento de canto, como mostrado na figura 25. Interpolação Helicoidal A interpolação helicoidal é um recurso usado para gerar movimentos em forma de espiral, conforme o exemplo da figura 27. Esse método é uma progressão lógica da interpolação circular em que a fresa se movimenta em três dimensões, progredindo para a profundidade do furo enquanto também realiza o movimento da interpolação circular. É um movimento em espiral ou helicoidal. Tal método é indicado para ferramentas com comprimentos mais longos, pois produz forças radiais menores e axiais mais elevadas que a interpolação circular e, portanto, menos vibrações. A fresa, utilizada para interpolação helicoidal, deve ter capacidade de usinagem em rampa se a intenção for a furação, ou seja, a abertura de um furo a partir de superfície sólida, como mostrado na figura 33. figura 33 – Interpolação helicoidal Sintaxe: Em sincronismo com o arco XY G17 G02/G03 X__ _ Y_ _ _ I_ _ _J_ _ _ (R_ _ _) Z_ _ _ F_ _ _ Em sincronismo com o arco XZ G17 G02/G03 X__ _ Y_ _ _ I_ _ _K_ _ _ (R_ _ _) Y_ _ _ F_ _ _ Em sincronismo com o arco YZ G17 G02/G03 Y__ _ Z_ _ _ J_ _ _K_ _ _ (R_ _ _) X_ _ _ F_ _ _ Obs.: A compensação do raio da ferramenta é aplicada somente para o movimento circular. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 55 figura 34 – Interpolação helicoidal (espiral) Função G4 – Aplicação: Tempo de permanência Permite interromper a usinagem da peça entre dois blocos, durante um tempo programado. Por exemplo, para alívio de corte. Sintaxe: G4 F_ _ _ _ valores programados em segundos G4 S_ _ _ _ valores programados em nº. de rotações Função G15/G16 – Aplicação: ativa e desativa coordenada polar O sistema de coordenadas polares é um modo de programação onde as coordenadas são indicadas através de ângulos e raios. O código G15 cancela a coordenada polar e o código G16 ativa a coordenada polar. - A direção positiva (+) do ângulo será um movimento no sentido anti-horário e o sinal negativo (-) será no sentido horário. - É necessário fazer a seleção do plano de trabalho - A informação de raio será o primeiro do plano selecionado e a informação de ângulo será o segundo eixo, conforme a figura 35. O raio e o ângulo podem ser programados tanto em coordenada absoluta como incremental (G90 e G91). Quando o raio é especificado no modo absoluto ele tem início a partir do sistema de coordenadas (X0 Y0) e o ângulo programado em absoluto é considerado a partir da linha de referência positiva de X. Sintaxe: G17/G18/G19 G16 X/Y/Z_ _ _ X/Y/Z_ _ _ G15 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] br . Ângulo e raio em absoluto Raio em incremental e ângulo em absoluto Ângulo e raio em incremental Ângulo e raio em incremental figura 36 – formas de coordenadas polares Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. André Pimentel [email protected] figura 35 – coordenadas polares Nas figuras 36 e 37 são mostradas as diversas formas de programação e exemplos com coordenadas polares. Onde: G17 sendo plano de trabalho XY G18 sendo plano de trabalho XZ G19 sendo plano de trabalho YZ figura 38 – plano de trabalho Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel apmoreira@ifce. G18 e G19 permitem selecionar o plano no qual se pretende executar o perfil da peça (fig. G19 – Aplicação: Seleciona Plano de trabalho As funções G17.57 figura 37 – exemplos de coordenadas polares Funções G17. 31). G18. Estas funções são modais.br .edu. Onde: G40 = desativar a compensação de raio da ferramenta G41 = ativar a compensação de raio da ferramenta. com movimento de pelo menos um eixo do plano de trabalho (preferencialmente os dois). o qual deve estar inserido na página “OFFSET”. quando a mesma trabalha a esquerda do perfil da peça. Porém em alguns casos é necessário trabalhar nos demais planos.58 Observação: O plano G17 é o mais utilizado para gerar perfis e é ativada automaticamente ao se ligar a máquina. As funções de compensação de raio de ferramenta foram desenvolvidas para facilitar a programação de determinados contornos. G42 ou G40 temos que programar um comando de posicionamento com G0 ou G1. Para ativar ou desativar a compensação de raio da ferramenta com as funções G41. G41 e G42 – Aplicação: Compensação de raio de ferramenta É difícil efetuar a compensação necessária para fabricar peças exatas quando se utiliza apenas a função de correção da ferramenta. André Pimentel [email protected] . A função de compensação do raio da ponta da ferramenta compensa automaticamente os erros atrás mencionados. pois cabe a essas funções calcular os percursos da ferramenta. a partir do raio dela. conforme mostrado na figura 39. a compensação de raio de ferramenta permite corrigir a diferença entre o raio da ferramenta programada e o atual. sem se preocupar com o raio da ferramenta. figura 39 – compensação do raio da ferramenta Sintaxe: G41/G42X_ _ _Y_ _ _ Z_ _ _ G40 X_ _ _Y_ _ _ Z_ _ _ Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. G42 = ativar a compensação de raio da ferramenta. Através delas pode-se fazer programas de acordo com as dimensões do desenho. Funções G40. Assim. quando a mesma trabalha a direita do perfil da peça. Para o cálculo dos percursos da ferramenta o comando necessita das seguintes informações: T (número da ferramenta) e D (número do corretor).edu. em virtude da curvatura da ponta da ferramenta no corte cônico ou no corte circular. Estabelecendo--se a diferença entre o comprimento da ferramenta padrão e o comprimento de cada ferramenta no CNC.cancela o corretor de comprimento da ferramenta O offset de comprimento de ferramenta estabelece a distância da ponta da ferramenta na posição “home” até a posição zero (em z) da peça a trabalhar (veja a figura 32). Esta distância é armazenada em uma tabela que o programador pode acessar usando um palavra-chave tipo G ou um código da ferramenta. são necessárias várias ferramentas para a usinagemde uma peça.59 Funções G43. O G43 diz ao controle para compensar o eixo-z. a usinagem pode ser realizada sem alterar o programa. G44 e G49 – Ativa e desativa a compensação do comprimento da ferramenta Normalmente. seria muito trabalhoso alterar o programa de acordo com cada uma delas. mesmo quando a ferramenta é trocada. sendo que: G43 = ativa o corretor de comprimento da ferramenta no sentido positivo (+) G41 = ativa o corretor de comprimento da ferramenta no sentido negativo (-) G49 =. deve medir--se previamente o comprimento de cada uma das ferramentas necessárias. Uma máquina ferramenta que tenha um controle Fanuc usa o código G43.edu. Um comando do tipo offset de comprimento da ferramenta é tipicamente acompanhado por um movimento no eixo-z para ativá-lo. A palavra-chave G43 é acompanhada por uma letra auxiliar H e por um número de dois dígitos. figura 40 – compensação do comprimento da ferramenta Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] . A esta função dá--se o nome de compensação do comprimento da ferramenta. sem se preocupar com a dimensão da ferramenta. Por isso. e o H e o número informa ao controle qual offset deve chamar da tabela de armazenamento de comprimentos da ferramenta. Essas funções são utilizadas para ativar e desativar a compensação do comprimento da ferramenta. possibilitando a geração dos programas de acordo com o desenho da peça. Uma vez que essas ferramentas possuem comprimentos diferentes. 1 X_ _ _Y_ _ _. figura 41 – exemplo de imagem espelho Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.1.1 – Imagem espelho Pode-se obter imagem espelho de uma respectiva peça programada. Sintaxe: G51.60 Sintaxe: Para compensação G43/44 Z_ _ _ H_ _ _ Para cancelamento G49 Z_ _ _ ou H00 Funções G50. 1.. 1 e G51. através da função G51. André Pimentel apmoreira@ifce.. . a um eixo de simetria.edu. G50.br . conforme o exemplo da figura 41. G59).. 42) é utilizado para transladar a origem das coordenadas dentro do programa. André Pimentel [email protected] Funções G52 – Sistema de coordenadas local – LCS O sistema de coordenada local (fig.G59) e a nova origem desejada. G55. portanto somente é efetiva no bloco que a contém.br . Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. A função G53 não é modal. como referência. G56. Deve ser usada somente no modulo absoluto (G90). Sintaxe: G52 X_ _ _Y_ _ _ Z_ _ _ figura 42 – sistema de coordenada local Funções G53 – Sistema de coordenadas de máquina – MCS O ponto zero da máquina está estabelecido pelo fabricante da mesma. Para isso. Este comando cancela o sistema de coordenada de trabalho (G54. como na figura 33.edu..peça ativo (G54. G55. conforme a figura 43..máquina. juntamente com a função G52. fazendo com que o comando assuma o zero . deve-se informar a distância entre o zero . É a origem do sistema de coordenadas da máquina e é o ponto de início para todos os outros sistemas de coordenadas e pontos de referência da máquina. . O uso dessa função possibilita que haja uma modificação em um programa utilizando o código de rotação. o comando dispõe de mais 48 zero. 1 P1 a G54.máquina ao zero peça.62 figura 43 – Sistema de coordenadas Funções G54 a G59 e G54. G56. G57.1 P48 – Sistema de coordenadas de trabalho – WCS O sistema de coordenada de trabalho define como zero um determinado ponto referenciado na peça. se algum valor estiver inserido na página “TRAB”. 1 P1 a G54. Portanto. Na falta de indicação de uma dessas funções..br . G58 ou G59..G54 P48 Funções G68 e G69 – Rotação do sistema de coordenadas Um perfil programado pode ser rotacionado. Este sistema pode ser estabelecido por uma das seis funções entre G54 a G59.. o zero peça será transladado. o tempo para elaboração e o tamanho do programa podem ser reduzidos em função desse recurso. sempre que a peça tiver sido colocada em algum ângulo rotacionado em relação ao perfil previamente programado.. A sintaxe para este grupo de funções é somente programar a própria função.G59 G54. quando existir um perfil que deva ser rotacionado várias vezes. Os valores para referenciamento devem ser inseridos na página “TRAB” e representa a distância para cada eixo do zero . G55. Estes são ativados através das funções G54. o comando assume o G54 automaticamente. referente ao sistema de coordenadas de trabalho G54. Sintaxe: G54. 1 P1.peças. O exemplo pode ser visto na figura 36. Além dos seis zero – peças convencionais (G54 a G59). Sintaxe: Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.1 P48 e seus valores também são exibidos na página”TRAB”.. Além disso.. G54. isto é. André Pimentel [email protected]. mesmo sem programar a referida função. a qual se fosse programada em comandos simples resultaria em múltiplos blocos. O torno utiliza bastante dos ciclos fixos (pacotes de usinagem fechados) principalmente na programação MDI (Introdução Manual de Dados) porque este sistema facilita a programação. o valor referenciado pelo parâmetro 5410 é usado para o sistema de rotação. pois o programador somente informa o perfil final da peça e o ponto inicial determina a matéria prima o ciclo fixo se Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof..Quando o ângulo de rotação for omitido. .. G18.horária . o uso de ciclos fixos simplifica a programação. . figura 44 – exemplo de rotacionamento 14.63 G_ _ _ (G17.Quando XY (que indicam o centro de rotação) são omitidos.1 CICLOS FIXOS Ciclo fixo é um bloco de comando que informa ao CNC como executar uma determinada operação. com incremento de 0.(+) direção anti.(-) direção horária . ou G19).edu. a posição atual onde a função G68 foi programada é considerada como centro de rotação. André Pimentel apmoreira@ifce. 001 graus. reduzindo o número de blocos do programa. G68 X_ _ _ Y_ _ _ R_ _ _ (ângulo de rotação a partir da linha positiva X) .O ângulo de rotação pode ser programado num campo de -360 a 360m graus. G69 .br . Portanto. a operação de remoção de cavaco de um furo previamente existente e consiste em tornear o furo. 3. 4. o caminho da ferramenta para a usinagem grosseira. alargar o furo. 1. Para melhor compreensão é adotada a seguinte representação de movimentos: Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Os dados para o contorno da peça acabada descrevem. Tipo 1 – Furação Tipo 2 – Roscamento Tipo 3 .br .64 encarrega de desbastar a peça até atingir o perfil final da peça. Geralmente consistem em uma seqüência de até seis operações. André Pimentel apmoreira@ifce. rebaixar o furo ou chanfrar o furo. Existem vários tipos de ciclos fixos predefinidos que facilitam a programação.Mandrilamento Obs. estão à disposição ciclos fixos para a abertura de rosca. 6. Posicionamento dos eixos XY Avanço rápido da ferramenta para o ponto R Usinagem do furo Operação no fundo do furo Retração da ferramenta ao ponto R Retorno ao ponto inicial Basicamente são três tipos de operações nos ciclos fixos.edu. por exemplo. nos ciclos fixos também estão incluídos os ciclos de roscas. 5. conforme a figura 45. Além disso.: entende-se como mandrilamento. 2. edu. figura 46 – posicionamento de ciclo fixo Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br . O ponto inicial é a posição presente do eixo Z memorizada ao entrar no ciclo fixo.65 figura 45 – seqüência de ciclo fixo O ciclo fixo pode ser programado no modo G90 ou G91. O retorno do eixo Z após a operação do ciclo fixo pode ser feita ao ponto inicial (G98) ou ponto R (G99) conforme mostra a figura 46. André Pimentel apmoreira@ifce. X – diâmetro final Z = posição final do comprimento da rosca F = passo da rosca Não há necessidade de repetirmos o valor do passo (F) nos blocos posteriores de G33. onde cada profundidade é programada explicitamente em bloco separado.0515 mm Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Sintaxe: N70 X (diâmetro com a profundidade da passada).5 ) he = 0. Diâmetro final X X = Diâmetro inicial .97425 mm 2.64955 x 1. durante a aproximação. Altura do filete (he) he = ( 0. simples ou de múltiplas entradas. progressivas. etc.edu. N80 G33 Z F. A função G33 é modal. uma folga de duas vezes o valor do passo da rosca no eixo “Z”.97425 x 2 ) X = 28.( 2 x He) X = 30 . sendo elas roscas paralelas ou cônicas.br . Cálculos 1.( 0. Há possibilidade de abrir-se roscas em diâmetros internos e externos.66 Função G33 – Roscamento manual A função G33 executa o roscamento no eixo X e Z. Na figura 47 pode ser visto as nomenclaturas utilizadas na função G33. Recomenda-se deixar.6495 x passo ) he = ( 0. André Pimentel apmoreira@ifce. figura 47 – posicionamento de ciclo fixo A seguir é mostrado um exemplo de programação utilizando G33. edu. N110 X29. N140 Z83. André Pimentel [email protected]. N290 G0 X35. N250 G0 X35. N30 T0505 (Rosca M30x1. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.5. N70 X29. N210 G0 X35.25.5.5. N230 X28. N310 G0 X250 Z250 T00. N180 Z83. N260 Z83. N240 G33 Z48. N220 Z83. N160 G33 Z48.br . N150 X28.5 F1. N80 G33 Z48. N130 G0 X35.5. N280 G33 Z48. N120 G33 Z48.5. N170 G0 X35. N300 Z83. N200 G33 Z48. N40 G54. N320 M30.5. N90 G0 X35. N100 Z83.4. N20 G0 X300 Z300 T00.5.67 Exemplo de programação: O0033 (Ciclo de rosca).0. N50 G97 S1000 M3. N190 G0 X28. N60 G0 X35 Z83.5). N10 G21 G40 G90 G95.05. N270 G0 X28. 65 . 1. André Pimentel [email protected] X = 14. roscas paralelas ou cônicas.Passo da rosca D .edu.5) .1.95 X = Ø Incial .br .65 .65 x Passo) x 2 Exemplo de programação: NOTA: O Z inicial para posicionamento da ferramenta deve ficar afastado no mínimo 2 vezes o passo do início da rosca. P). de uma ou múltiplas entradas usando apenas um bloco de informação.H X = 16 . 2 H = (0.Diâmetro posicionado (rosca interna) I = Conicidade incremental no eixo X para rosca Cônica NOTA: Para rosca cônica interna o I deverá ser negativo. O comando calcula o número de passadas necessárias. mantendo o volume de cavaco retirado no primeiro passe.Posição final do comprimento da rosca (coordenada absoluta) K .Roscamento automático X .68 Função G37 . Esta função não é modal. Onde: N .Diâmetro final de roscamento (profundidade) X = Diâmetro nominal de rosca . Sintaxe: N ___ G37 X___ Z___ K___ D___ E ___ (I___) (A___) (U___) (L___) As funções entre parênteses só usar se necessário.05 E = Ø Posicionado .Ø nominal E = 21 . A = Abertura ângulos entre as entradas da rosca U = Profundidade do último passe da rosca (incremental) L = Número de repetições do último passe (para acabamento) H = (0. Cálculo da Rosca H = (0.Altura do filete E = Diâmetro posicionado .Número seqüencial do bloco G37 .16 E=5 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.altura do filete (H) Z .Ciclo de roscamento automático (Comando MACH) Esta função permite fazer roscas externas e internas.Profundidade para a primeira passada D = H: √Número de passos H . 2 H = 1.Diâmetro externo de rosca (rosca externa) E = Diâmetro do furo . em um ciclo de desbaste ou contorno.br . Sintaxe: N____ G66 X___ Z___ I___ K___ (U1) W___ P___ F___ G66 = Ciclo automático de desbaste X .# Função G66 – Ciclo automático de desbaste longitudinal (Comando MACH) Usando esta função o comando executa o desbaste completo da peça.56 N40 G0 X 21. # (posicionamento da ferramenta) N50 G37 X 14.69 D = H: √número de passadas (será feito em 12 passes) D = 1.# N70 G37 X 14. D. usando apenas um bloco de programação. Esta função requer um sub-programa com as dimensões finais da peça.edu.05 Z22. # Programação para rosca com várias entradas Onde: K = Passo x número de entradas da rosca A = 360° : número de entradas da rosca Exemplo de programação: Rosca M16 x 1.95: 12 D = 1.Sobremetal para acabamento no eixo X K . André Pimentel apmoreira@ifce.# N50 G37 X 14. D.5 A = 360° : 3 = 120° N40 G0 X 21.5 K4.56 U.Sub-programa que contém as dimensões finais do perfil da peça F .5 K4.05 Z22.5 x 3 = 4.46 D = 0.5 K4.5 E5.3 entradas K = 1.05 Z22.56 A120. Z58.Avanço programado para desbaste Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Esta função não é modal.Comprimento de referência para início de torneamento Z = Comprimento da peça em bruto + 2 I .Sobremetal para acabamento no eixo Z W . Z 64. 5 K1.5 E5. D.5 .2 L2 B60.Diâmetro de referência para inicio de torneamento X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 Z .Profundidade da passada no diâmetro P .5 E5.# N60 X150. A função G66 não permite inversões de cotas nos eixos X e Z.95: 3. D.5 E5.05 Z22. Z150.56 A0# N60 G37 X 14.56 A240. Durante o desbaste não é considerado o avanço deste sub-programa.(descompensação do raio da ferramenta) N100 G1X83. G4 e G73. Z72. Z150.(compensação do raio da ferramenta) N80 P15 # . # N40 G2 X30.O sub-programa só admite as funções preparatórias: G1. # N30 Z55. mantendo o sobremetal (opcional) Exemplo de programação: Posicionamento inicial X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 X = 80 + 4 X = 84 Z = Maior comprimento da peça em bruto + 2 Z = 70 + 2 Z = 72 N50 G66 X84.br . F. Z72. Z25. F. G2. K. # N70 G42 # . I1.G3. # N80 M2 # NOTA: 1.(chamada do sub-programa para execução) N90 G40 # .Sempre a última medida de X no sub-programa tem que ser igual ao diâmetro em bruto da peça. R5. Sub-programa (P15) N10 G1 X16.3 U1 W3. # (espaço usado para descompensação) N110 G X150.3 U1 W3. Neste caso seria em X84.70 U1 .# N120 M30# Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Pré-acabamento ao perfil final.3 P15 # N60 GX16. Z68. # N50 X50. 3. OBSERVAÇÃO: Para usar o sub-programa para acabamento seguiremos a seguinte ordem: N50 G66 X84.3 P15 # Após executar o ciclo de desbaste a ferramenta retorna ao ponto de posicionamento inicial. Z72. K.edu. I1. Z50. F. # N60 Z40. 2. Z70. # N70 X80. André Pimentel [email protected] # N20 X20. # N30 X50.4 X = 30 . Z70.). Z20. Z150. Z55. # N160 M30 # NOTA: Após a execução do ciclo de desbaste a ferramenta retornará automaticamente ao posicionamento inicial (X26. F. I1. Z68. # N40 X30. Z72. # N45 M2 # Função G70 – Ciclo fixo de acabamento (Torno) Depois do corte grosseiro com G71. # N150 G X150.3 P12 # N100 G X82. o acabamento é executado retirando os valores de sobre metal previamente programados no comando de desbaste.2 # N15 X76. R5. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. # N110 G41 # N120 P12 # N130 G40 # N140 G1 X28. O posicionamento inicial deverá seguir a seguinte regra: X = Menor diâmetro da peça em bruto .3 U1 W3. Z72. Sub-programa 12 (P12) N10 G1 X80. André Pimentel apmoreira@ifce. K. F. # N20 Z60. Não é possível chamar nenhum subprograma a partir dos blocos situados entre “ns” e “nf”.4 X = 26 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 Z = 70 + 2 Z = 72 N90 G66 X26.edu.4 Z = Comprimento da peça em bruto + 2 Exemplo de programação: Posicionamento inicial: X = Menor 0 da peça em bruto . # N35 Z45. # N25 G3 X66. de G70 a G73.71 Função G66 para desbaste interno paralelo ao eixo Z. G72 ou G73.br . A direção de corte depende da direção AA’. Esta designação É modal e não se altera até que seja designado outro valor.Distância e direção da tolerância de acabamento na direção X (designação do diâmetro / raio). S ou T deste bloco G71.t . f. F____ S____ T____ N (nf).Quantidade de escape Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor. Sintaxe: G71 U (∆d) R (e) . Onde: (ns) .Número de seqüência do primeiro bloco para o programa do contorno de acabamento. pode ser alterado por meio de um comando do programa. por sua vez. ∆w .72 Sintaxe: G70P (ns) Q (nf) . Nf . André Pimentel [email protected]ância e direção da tolerância de acabamento na direção Z. a área especificada é removida em função de ∆d (profundidade de corte). Este valor também pode ser especificado através de um parâmetro (nº 5132) que. ns ... deixando uma tolerância de acabamento ∆u/2 e ∆w. S ou T contida nos blocos ns a nf do ciclo é ignorada. pode ser alterado por meio de um comando do programa. Funções G71 – Remoção de Material por Torneamento Se um programa especificar um contorno de acabamento de A para A’ para B. ∆d . por sua vez. e . Este valor também pode ser especificado através de um parâmetro (nº 5133) que. como na figura 39 o.Número de seqüência do primeiro bloco para o programa do contorno de acabamento.Número de seqüência do último bloco para o programa do contorno de acabamento..Número de seqüência do último bloco para o programa do contorno de acabamento.s. ∆u .br . (nf) .edu. sendo eficaz a função F. G71 P (ns) Q (nf) U (∆u) W (∆w) F (f ) S (s ) T (t) Onde: N (ns).Profundidade de corte (designação do raio) Designação sem sinal.Qualquer função F.. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. edu.br .5 R2.2. N110 G42. N40 G55.Remoção de material por torneamento A seguir um exemplo de utilização do comando G71 e G70. N100 G0 X16. N10 G21 G40 G90 G95. N20 G0 X200 Z200 T00.73 figura 48 – ciclo fixo . N80 G71 U2. N60 G92 S2500 M4. O0071 (Ciclo de desbaste longitudinal). N50 G96 S200. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected]. N120 G1 Z70 F. N30 T0101 (Desbaste). N70 G0 X80 Z75.2 F0. N90 G71 P100 Q200 U1 W0. N220 G0 X200 Z200 T00. ∆d . pode ser alterado por meio de um comando do programa. por sua vez. N150 G2 X30 Z50 R5. ∆w .Número de seqüência do último bloco para o programa do contorno de acabamento. e . pode ser alterado por meio de um comando do programa. N210 G70 P100 Q200. Esta designação É modal e não se altera até que seja designado outro valor. excetuando que o corte é feito paralelamente ao eixo X.Número de seqüência do primeiro bloco para o programa do contorno de acabamento. N170 Z40. ∆u . ns . como pode ser visto na figura 40.br . N160 G1 X50.t . Função G72 .Qualquer função F. André Pimentel apmoreira@ifce. f. N140 Z55. A direção de corte depende da direção AA’. Este valor também pode ser especificado através de um parâmetro (nº 5132) que.Profundidade de corte (designação do raio) Designação sem sinal. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Distância e direção da tolerância de acabamento na direção Z. Este valor também pode ser especificado através de um parâmetro (nº 5133) que. sendo eficaz a função F.edu. S ou T deste bloco G71. G72 P(ns) Q(nf) U(∆u) W(∆w) F(f) S(s) T(t) . por sua vez.s. S ou T contida nos blocos ns a nf do ciclo é ignorada.Quantidade de escape Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor.74 N130 X20 Z68. N190 G40. nf .Distância e direção da tolerância de acabamento na direção X (designação do diâmetro / raio).Remoção de Material por Faceamento Este ciclo é semelhante a G71. N200 G1 X85. N180 X80 Z25. Sintaxe: G72 W(∆d) R(e) . N230 M30. edu.0 .Remoção de material por faceamento A seguir um exemplo de utilização do comando G72 e G70.br . André Pimentel apmoreira@ifce. N011 G00 X176.3 S550 .75 figura 49 – ciclo fixo .15 .0 Z190.0 S700 .0 W2. (Programação do diâmetro.0 F0.0 F0. N015 G01 X120.0 . N012 G72 W7. N014 G00 Z58. entrada em milímetros) N010 G50 X220.0 . N016 W10. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.0 Z132.0 .0 W12.0 R1. N013 G72 P014 Q019 U4. N018 W20. Descrição das operações do ciclo G73.A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .Retrai novamente 2 mm .edu.0 .76 N017 X80.0 W10.Penetra o primeiro incremento Q em avanço programado .Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R. Depois de cada passo a ferramenta retorna alguns milímetros (parâmetro interno da máquina). para quebrar o cavaco. André Pimentel [email protected] cortes Q e retornos d até encontrar o ponto z final . Funções G73 – Furação com quebra cavaco (pica-pau) Sua função é fazer um furo até a profundidade definida pelo parâmetro Z. N020 G70 P014 Q019 .0 Z132. N021 G0 X176. A figura 50 ilustra o seu funcionamento.0 . Quando a ferramenta volta a se aprofundar para realizar um novo passo seu movimento também ocorre em avanço rápido até faltar P milímetros para a profundidade do passe anterior. em avanço rápido.0 . Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G73 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ Q_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XYZ – coordenadas do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida Q – Incremento de corte F – Avanço programado para o corte dos incrementos Q K – Número de execuções Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. N022 M30. N019 X36. conforme G99 ou G98 programado anteriormente.Penetra o segundo incremento Q .0. .br .0 W22. A partir deste ponto a velocidade de avanço volta a ser o valor programado por F.Retrai 2 mm em avanço rápido (valor d – ajustado no parâmetro 5114) . em passos de Q milímetros a F mm/min. Retrai em avanço rápido até o ponto R . efetuando-se a próxima passada (ciclo seguinte). André Pimentel apmoreira@ifce. Descrição das operações do ciclo G74 . Ao término do ciclo. com incremento de 12 mm. Z3). conforme os blocos programados posteriormente. Sintaxe: G74 R_ _ _ G74 X_ _ _ Z_ _ _ Q_ _ _F_ _ _ Onde: S – Rotação X – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.A broca aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .0 mm do furo atual. .77 figura 50 – ciclo fixo de furação com recuo Funções G74 – Furação Pica-Pau A furação será executada até o comprimento 69 mm.Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido. A cada penetração de Q haverá um recuo automático (para quebra de cavacos) a uma distância de 2. a ferramenta se posiciona nas coordenadas iniciais (X0.edu.Executa a furação até a profundidade final Z com avanço programado F .br . M08 N020 G74 R2 N030 G74 Z-69 Q12000 F.edu.Retorna para o ponto inicial em avanço rápido. com incremento de P (em milésimos de mm. Sintaxe: G74 X_ _ _ Z_ _ _ Q_ _ _R_ _ _ F_ _ _ Onde: S – Rotação X – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Retrai em avanço rápido até o ponto R . A cada penetração de P haverá um recuo automático determinado por R. conforme os blocos programados posteriormente.A Ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível estabelecido para execução da primeira passada (raio/milésimo de mm) .Executa o desbaste até o comprimento final Z com avanço programado F .1 Funções G74 – Torneamento de Perfis Simples (Desbaste) O desbaste será executado até o comprimento Z.78 Exemplo: N010 G00 X0 Z3. .br .Executa os demais passes . Descrição das operações do ciclo G74 . André Pimentel apmoreira@ifce. Z-40.br .25 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. P2500 Q47000 R2. M08 N020 G74 X40. F. Z-45. P2500 Q42000 R2. F.79 Exemplo: N010 G00 X95 Z2. M08 N020 G74 X50.25 Exemplo: N010 G00 X25 Z2. André Pimentel apmoreira@ifce. André Pimentel [email protected] P = comprimento total de corte (incremental) P = (62-25)/2 = 18. M08 N020 G75 X25. F. .Executa o faceamento até o comprimento final Z com avanço programado F . Z-15.80 Funções G75 – Ciclo fixo de Faceamento O faceamento será executado até o comprimento Z. com incremento de P (em milésimos de mm.edu. Descrição das operações do ciclo G75 .A Ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível estabelecido para execução da primeira passada (raio/milésimo de mm) .5 Q = incremento por passada Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. A cada penetração de P haverá um recuo automático determinado por R.br .Retorna para o ponto inicial em avanço rápido.Executa os demais passes . Sintaxe: G75 X_ _ _ Z_ _ _ P_ _ _Q_ _ _R_ _ _ F_ _ _ Onde: S – Rotação X – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem Exemplo: N010 G00 X62 Z-2.Retrai em avanço rápido até o ponto R . P18500 Q2000 R2. conforme os blocos programados posteriormente. P16000 Q2000 R2.br .Executa os demais passes . André Pimentel [email protected] em avanço rápido até o ponto R . F. conforme os blocos programados posteriormente. com incremento de Q (distância em milésimos de mm). A cada penetração de P haverá um recuo automático determinado por R. Z-2.25 N040 G00 Z10. M08 N020 G00 X18.Executa o faceamento até o comprimento final Z com avanço programado F .0 Q = incremento por passada Funções G75 – Ciclo fixo de Canais Os canais serão executados até o comprimento Z.edu. Sintaxe: G75 R_ _ _ G75 X_ _ _ Z_ _ _ P_ _ _Q_ _ _F_ _ _ Onde: S – Rotação X – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Descrição das operações do ciclo G75 .81 Exemplo: N010 G00 X16 Z2. P = comprimento total de corte (incremental) P = (50-18)/2 = 16. Z-12. N030 G75 X50.A Ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível estabelecido para execução da primeira passada (raio/milésimo de mm) .Retorna para o ponto inicial em avanço rápido. . André Pimentel [email protected] P = incremento de corte (raio/milésimo de milímetro) Q = distância entre canais (incremental/milésimo de milímetro) Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. P3000 Q20000 F0. M08 N020 G75 R1. N030 G75 X60. Z-20. N030 G75 X40.br . P3000 Q9000 F. Z-65.82 Exemplo 01: N010 G00 X52 Z-20.edu.12 P = incremento de corte (raio/milésimo de milímetro) Q = distância entre canais (incremental/milésimo de milímetro) Exemplo 02: N010 G00 X82 Z-60. M08 N020 G75 R2. br . conforme G99 ou G98 previamente programado. André Pimentel [email protected] em avanço programado F com rotação invertida (sentido horário) até o ponto R .edu. elimina-se a necessidade de uso de mandris flutuantes. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. conforme a figura 52 Dessa forma a rosca é executada sendo controlada pelo eixo arvore como se fosse um servo motor.83 Funções G74 – Roscamento com macho à esquerda – mandril flutuante O ciclo fixo G74 é utilizado para operação de roscamento com macho à esquerda com mandril flutuante como mostrado na figura 51 no sentido de rotação anti-horário. No modo macho rígido. .O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R . Descrição das operações do ciclo G74 .Executa a rosca até a profundidade final Z com avanço programado F .Cessa a rotação ao final do corte . Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G74 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: S – Rotação XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições figura 51 – ciclo fixo de roscamento à esquerda – Mandril flutuante Funções G74 – Roscamento com macho à esquerda – macho rígido O ciclo fixo G74 pode ser também executado com fixação do macho direto na pinça (macho rígido).Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido. Sintaxe: M29 S_ _ _ G_ _ _(G98/G99)G74 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: S – Rotação XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração P – Tempo de permanência – exemplo – 2 segundos = P2000 K – Número de repetições figura 52 – ciclo fixo de roscamento à esquerda – Macho rígido Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu.br .Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido.84 Descrição das operações do ciclo G74 .O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .Um dwell é executado se programado .O eixo pára de rotacionar se estiver ligado .Cessa a rotação ao final do corte .O eixo rotaciona e executa a rosca até a profundidade final Z com avanço programado F . conforme G99 ou G98 previamente programado.Retrai em avanço programado F com rotação invertida (sentido horário) até o ponto R . André Pimentel apmoreira@ifce. A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R . Descrição das operações do ciclo G76 . A operação pode ser vista na figura 53. André Pimentel [email protected] Funções G76 – Mandrilamento – fino acabamento O ciclo fixo G76 é utilizado para operação de calibração onde não se deseja na superfície de acabamento nenhum risco de ferramenta. ao nível do ponto inicial ou ponto R conforme G98 ou G99 programado previamente .Desloca um incremento programado Q ao longo do eixo X .Cessa a rotação e orienta o eixo .Usina até a profundidade final Z com avanço programado . causado durante o movimento de retração.arvore (única posição) .edu.br .Retorna o deslocamento Q ao ponto X inicial .Retrai a ferramenta em avanço rápido.retorna a rotação programada Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G76 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ Q_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida Q – Incremento para deslocamento da ferramenta ao longo do eixo X F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições figura 53 – mandrilamento – acabamento fino Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. pode ser alterado por meio de um comando do programa. Este valor também pode ser especificado através do parâmetro nº 5143 que. k .Contagem repetitiva na fase de acabamento (de 1 a 99) Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor. 55° .9L. por sua vez. Sintaxe: G76P (m) (r) (a) Q (∆d min) R(d).Altura da rosca Este valor é especificado pelo valor do raio.∆d --1) for inferior a este valor limite.Ciclo de Abertura de Rosca Múltipla (automático) A função G76 é mais completa que a G33 e permite tornear vários tipos de rosca com apenas dois blocos de comandos. 29° e 05).Diferença do raio da rosca.br . em incrementos de 0.Profundidade mínima de corte (especificada pelo valor do raio) Se a profundidade de corte de uma operação cíclica (d -. especificando--o com um número de 2 dígitos. r . por sua vez. pode ser alterado por meio de um comando do programa. por sua vez. o valor de L pode ser especificado de 0.Ângulo da ponta da ferramenta É possível selecionar um de seis tipos de ângulos (80° .edu. é possível executar uma abertura normal de rosca reta. Este valor também pode ser especificado através do parâmetro nº 5140 que. 30° . André Pimentel apmoreira@ifce. por sua vez. i . Este valor também pode ser especificado através do parâmetro nº 5141 que.Profundidade de corte no 1º corte (valor do raio) L . Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor.Tolerância de acabamento Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor. Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor. a . de 00 a 90). pode ser alterado por meio de um comando do programa ∆dmin . pode ser alterado por meio de um comando do programa. Onde: m . d . pode ser alterado por meio de um comando do programa.1L (número de 2 dígitos.0L a 9. 60° . nd . Se i = 0. Este valor também pode ser especificado através do parâmetro nº 5130 que. Este valor também pode ser especificado através do parâmetro nº 5142 que.Quantidade de chanfragem Quando o passo de rosca é expresso por L. a profundidade de corte é fixada com este valor. G76X (u) _ Z(W) _ R(i) P(k) Q(nd) F(L) .86 Função G76 . Esta designação é modal e não se altera até que seja designado outro valor. por sua vez.Passo de rosca (igual a G32) Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 5 F1.) A não declaração dessa função poderá acarretar em sérios problemas de programação. ao nível do ponto inicial ou ponto R conforme G98 ou G99 programado previamente Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G81 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof..br .Retrai a ferramenta em avanço rápido. Z10 M09 Funções G80 – Cancelamento do ciclo fixo Esta função deve ser declarada no fim da utilização dos ciclos fixos da família G80 (G81..05 Z-32.5 P975 Q487. Descrição das operações do ciclo G81 . N010 T0101 N020 M06 N030 M12 N040 G97 N050 S1500 M03 N060 G00 X25.edu.A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .87 Abaixo segue um exemplo de utilização do comando G76. G82. André Pimentel apmoreira@ifce. Funções G81 – Furação / Mandrilamento – sem descarga O ciclo fixo G81 é utilizado para operação sem descarga em furos ou torneamentos (figura 54).5 M08 N070 G76 P010060 N080 G76 X18.Usina até a profundidade final Z com avanço programado .5 N090 G00 X30. Z4.. Retrai a ferramenta em avanço rápido. André Pimentel apmoreira@ifce. onde se deseja um tempo de permanência da ferramenta (dwell) no final da usinagem (figura 55).edu.Usina até a profundidade final Z com avanço programado .88 figura 54 – furação sem descarga Funções G82 – Furação / Mandrilamento – sem descarga e com dwell O ciclo fixo G82 é utilizado para operação sem descarga em furos.br . ao nível do ponto inicial ou ponto R conforme G98 ou G99 programado previamente Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G82 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _P_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida P – Tempo de permanência no final da usinagem (milésimos de segundo) F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos P . Descrição das operações do ciclo G82 . conforme G99 ou G98 programado anteriormente.Penetra o primeiro incremento Q em avanço programado . André Pimentel apmoreira@ifce. Descrição das operações do ciclo G83.edu.Retorna em avanço rápido ao nível anterior menos 2 mm (valor referenciado por parâmetro) . Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G83 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _F_ _ _ Q_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem dos incrementos Q Q – incremento de corte K – Número de repetições figura 56 – furação com descarga Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.89 figura 55 – furação sem descarga e com dwell Funções G83 – Furação – com descarga O ciclo fixo G83 é utilizado para operação de furação com descarga onde se deseja retrações ao nível do ponto R (figura 56). .A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .Retrai em avanço rápido ao nível do ponto R .Usina os demais incrementos Q com sucessivas retrações e retornos até encontrar o ponto final Z .Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial ou ponto R.br . Cessa a rotação ao final do corte .Executa a rosca até a profundidade final Z com avanço programado F . conforme G99 ou G98 previamente programado.Permanece neste ponto ou vai para o ponto inicial em avanço rápido.Retrai em avanço programado F com rotação invertida (sentido anti-horário) até o ponto R . André Pimentel [email protected] N040 G80 Funções G84 – Roscamento com macho à direita – mandril flutuante O ciclo fixo G84 é utilizado para operação de roscamento com macho à direita com mandril flutuante como mostrado na figura 57 no sentido de rotação horário.edu.br .90 Exemplo: N010 G00 X0 Z5. M08 N030 G83 Z-69 Q12000 R-2 F.O macho aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R . Descrição das operações do ciclo G84 . . Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G84 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: S – Rotação XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições figura 57 – ciclo fixo de roscamento à direita – Mandril flutuante Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R .A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R . Descrição da função: . A operação pode ser vista na figura 59.Cessa a rotação e orienta o eixo .Retrai a ferramenta em avanço rápido.Desloca um incremento programado Q ao longo do eixo X . ao nível do ponto inicial ou ponto R. Descrição das operações do ciclo G86 . ao nível do ponto inicial ou ponto R conforme G98 ou G99 programado previamente Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Usina até a profundidade final Z em avanço programado F .br . conforme G99 ou G98 previamente programado Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G85 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições figura 58 – ciclo fixo de mandrilamento / alargador Funções G86 – Mandrilamento – melhor acabamento O ciclo fixo G86 é utilizado para operação de calibração onde não se deseja nenhum risco de ferramenta ou apenas um leve risco na vertical da superfície de acabamento.arvore (única posição) . causado durante o movimento de retração.91 Funções G85 – Mandrilamento / Alargador O ciclo fixo G85 é normalmente utilizado para operação de alargamento de furo (calibração através de alargador) como mostrado na figura 58.Usina até a profundidade final Z com avanço programado F .Retrai em avanço programado F. André Pimentel [email protected]. Desloca um incremento programado Q ao longo do eixo X .Desloca um incremento programado Q ao longo do eixo X .edu.O eixo árvore rotaciona no sentido horário .br .Usina até o nível Z com avanço programado .Retorna a rotação programada Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Cessa a rotação e orienta o eixo .Retorna o deslocamento Q ao ponto x inicial . Descrição das operações do ciclo G87 .Retorna o deslocamento Q ao ponto x inicial .Cessa a rotação e orienta o eixo .A ferramenta é posicionada em XY .Retrai em avanço rápido ao nível do ponto inicial .92 Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G86 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições figura 59 – ciclo fixo de Mandrilamento – melhor acabamento Funções G87 – Mandrilamento tracionando O ciclo fixo G87 é utilizado em operação de rebaixamento interno ou tração. André Pimentel [email protected] numa posição orientada . A operação pode ser vista na figura 60.Posiciona em avanço rápido ao nível do ponto R .arvore numa posição orientada . A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R . Descrição das operações do ciclo G88 .Neste ponto o eixo árvore é rotacionado no sentido horário .A Ferramenta é retraída manualmente até o ponto R . A operação pode ser vista na figura 61.O eixo árvore pára .br .Movimento rápido é feito até o nível inicial Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G84 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _P_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem P – Tempo de permanência em segundos no final do corte (1 segundo = 1000) K – Número de repetições Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.Permanece neste ponto um determinado tempo em segundos P .edu.Usina até a profundidade final Z em avanço programado F .93 Sintaxe: G98G87 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _Q_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida Q – Incremento para deslocamento fa ferramenta ao longo do eixo X F – avanço programado para usinagem e retração K – Número de repetições figura 60 – ciclo fixo de Mandrilamento tracionando Funções G88 – Mandrilamento com retorno manual O ciclo fixo G88 é utilizado em operação de calibração com retorno do eixo manualmente. André Pimentel apmoreira@ifce. Permanece neste ponto um determinado tempo em segundo P . A operação pode ser vista na figura 62.A ferramenta aproxima em avanço rápido ao nível do ponto R . Descrição das operações do ciclo G89 .94 figura 61 – ciclo fixo de Mandrilamento tracionando Funções G89 – Mandrilamento / alargador com dwell O ciclo fixo G89 normalmente é utilizado em operação de alargamento de furo (calibração através de alargador). ao nível do ponto inicial ou ponto R conforme G98 ou G99 programado previamente Sintaxe: G_ _ _(G98/G99)G89 X_ _ _ Y_ _ _ Z_ _ _ R_ _ _P_ _ _ F_ _ _ K_ _ _ Onde: XY – Posição do furo Z – posição final em Z R – nível de aproximação rápida F – avanço programado para usinagem e retração P – Tempo de permanência em segundos no final do corte (2 segundo = 2000) K – Número de repetições Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu.Usina até a profundidade final Z com avanço programado F .br . André Pimentel apmoreira@ifce. podendo se obter um tempo de permanência da ferramenta no final do corte.Retrai a ferramenta em avanço rápido. André Pimentel apmoreira@ifce.. Sintaxe: M98 P___ L___ M99 – Retorno ao programa principal No final de um subprograma deve-se utilizar este comando.. que não possui parâmetros. Sintaxe: .edu. para a linha logo após G98. Além disto. o programador deve estabelecer as velocidades de corte. pode-se definir quantas vezes o subprograma será executado através do parâmetro L (se for omitido será considerado como L1. para que o processamento retorne ao programa que o chamou. os avanços e as potências requeridas da máquina. Os cálculos necessários na obtenção de tais parâmetros são: • Velocidade de corte (VC) Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br . M99 16 TABELAS E FÓRMULAS USADAS NA PROGRAMAÇÃO Definição dos parâmetros de corte Em função do material a ser usinado. bem como da ferramenta utilizada e da operação executada. será executado uma vez)..95 figura 62 – ciclo fixo de Mandrilamento / alargador com dwell 15 SUBPROGRAMAS M98 – Chamada de subprograma O comando M98 faz com que o processamento do programa passe a ser executado no subprograma indicado pelo parâmetro P. ou seja. dada pela fórmula: Onde: Vc = Velocidade de corte (m/min) D = Diâmetro da ferramenta (mm) RPM = Rotação do eixo árvore (rpm) Na determinação da velocidade de corte para uma determinada ferramenta efetuar uma usinagem. André Pimentel apmoreira@ifce. a rotação é dada pela fórmula: • Avanço (F) O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se em conta o material. geralmente estabelecida pelo fabricante da mesma em catálogos em mm. • Potência de corte (Nc) em [cv] Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. mas este pode ser também definido em mm/rot.96 A velocidade de corte é uma grandeza diretamente proporcional ao diâmetro e a rotação da árvore. Onde: fz = Avanço por dente (mm) z = Número de dentes RPM = Rotação do eixo árvore • Profundidade de corte (ap) A profundidade de corte é um dado importante para usinagem e é obtido levando-se em conta o tipo da ferramenta.edu. Geralmente nos centros de usinagens utiliza-se o avanço em mm/min.br . a ferramenta e a operação a ser executada. faz-se necessário um cálculo prévio da potência a ser consumida.97 Para evitarmos alguns inconvenientes durante a usinagem tais como sobrecarga do motor e conseqüente parada do eixo-árvore durante a operação. que pode nos ser dada pela fórmula: Onde: Ks = pressão específica de corte [Kg / mm²].edu.br . André Pimentel apmoreira@ifce. tabela 2 – dureza dos materiais Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. dada pela tabela 2 Ap = profundidade de corte [mm] fn = avanço [mm / rotação] Vc = velocidade de corte [m / min] n = rendimento [para GALAXY 10 = 0.9] Alguns parâmetros podem ser encontrados em tabelas de valores para cálculo de potência de corte conforme o exemplo da tabela 2. bem como. a única coisa a fazer para continuar usando é entrar no site e baixar um novo arquivo “gasolina”. o qual era usinado diretamente sobre o equipamento. Existem diversos softwares de simulação de CNC. intermediário e avançado Você pode fazer o download na seguinte URL: http://www. André Pimentel apmoreira@ifce. Com a disponibilidade de recursos computacionais e com o grande desenvolvimento de softwares gráficos. usando uma interface amigável. principalmente.br/neadrs/site/Principal/ShowSECAO. com provisão para a vista final em 3D usando OpenGL. Abaixo segue os links e alguma das características de softwares de simulação gratuitos ou demo. Permite a configuração do setup da máquina. como meio de se evitar possíveis danos ao equipamento e/ou ao seu operador. tempo não-produtivo de máquina e operador e tempo de análise do programador. A simulação é tridimensional.asp?var_chavereg=37 17. quando os recursos computacionais não eram tão acessíveis. Segue algumas das suas características.edu. a verificação e validação dos programas gerados eram analisados utilizando poliuretano ao invés da matéria-prima original. a construção de programas de usinagem de peças. Após este período.com.2 CNCsimulator O simulador do CNC é um simulador de torno e centro de usinagem com controle numérico de computadorizado (CNC) que foi criado em 1990.98 17 SOFTWARES DE SIMULAÇÃO DE PROGRAMAÇÃO DE CNC Devido à elevada complexidade das peças a serem fabricadas. por mais 3 meses e assim por diante.neadrs.br . o programa pode ser utilizado totalmente gratuito durante 3 meses. o estado do jato de água e refrigerante Exibe a atual posição da ferramenta Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. em ambiente Windows. minimizando as chances de erros. tornou-se possível otimizar a atividade de simulação reduzindo o tempo de simulação e análise. ou seja. a criação de ferramentas de usinagem e. O CncSimulator é "Returnware". Há algum tempo. Tal metodologia implicava num gasto com material (matéria-prima de simulação). do incremento das velocidades de avanço e acelerações das máquinas CNC e das exigências na redução do ciclo de desenvolvimento do produto. Segue algumas das suas características. faz-se necessária a verificação prévia dos programas gerados por meio de ferramentas computacionais. segundo a norma DIN 66025 (ISO 1056). • • • • • • • Visualização da peça em 2D e 3D Cortes tridimensionais da peça Simulação da usinagem Execução passo-a-passo Voltar ao passo anterior Execução até a linha X e Y Três níveis de habilidade: iniciante.1 FILIUS III Tem o objetivo de facilitar o aprendizado da programação de fresadoras CNC. 17. • • • Simulação em 2D e 3 D Símbolos animados para mostrar a rotação do fuso. com/index.cncsimulator. visualizar a posição dos eixos.4 SIMULADOR O Simulador é uma poderosa ferramenta didática.php?page=download. Mostra a animação realística da ferramenta e da peça Desenhar os suportes porta ferramentas. cones. ou inserir espaços para facilitar a leitura Sintaxe colorida para fácil leitura do código Alternar as coordenadas entre absolutos e incrementais em todo ou parte do arquivo Salvar freqüentemente segmentos utilizados do código CNC.html Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. para aqueles que estão aprendendo programação de máquinas a comando numérico.editcnc. etc. contra ponta. tais como: simular o programa bloco-a-bloco ou automático. • • • • • Importar desenhos de sistemas CAD.unicam. Segue algumas das suas características. Possui os principais modos operativos do comando numérico. dispositivos de fixação e armazená-los em um banco de dados para utilizá-los posteriormente em outros programas.com/ 17.com. em uma biblioteca fácil de usar Pesquisa rápida através de palavras-chave Calculadora para velocidades Você pode fazer o download na seguinte URL: http://www. Simula macro instruções Você pode fazer o download na seguinte URL: http://www. por meio das interfaces DXF e DWG. Segue algumas das suas características. mostrar o bloco que está sendo executado como também o próximo que será executado.3 EditCNC O software EditCNC inclui muitas características poderosas concebidas exclusivamente para edição e programação CNC. castanhas. • • • • • • • • Numeração e renumeração de blocos de todos ou parte do arquivo Mudança de escala para qualquer ou todos os eixos Remover espaços para minimizar o tamanho do arquivo. DNC e de software para transferir os arquivos de código-G a partir do seu computador.br .htm 17.99 • • Mostra o número da ferramenta e o tempo de usinagem Simula o trajeto de que a ferramenta Você pode fazer o download na seguinte URL: http://www.br/pacote-dida1. aumentar e diminuir a velocidade de deslocamento da ferramenta. André Pimentel apmoreira@ifce. Segue algumas das suas características.100 17. O pacote de simulação Swansoft CNC inclui função de programação e processamento dos comandos FANUC. dentre tornos e centros de usinagem.br . O software permite visualizar 65 sistemas e 119 painéis de controle. MITSUBISHI.5 SWANSOFT SIMULAÇÃO CNC O SSCNC é um software simulador 3D tempo real para o controle numérico computadorizado versátil que tem opção de interface em português (View-LanguagePortuguês) que permite o usuário agregar conhecimentos de programação e operação. FAGOR.com/index_en. • • • • • • • • • • • Simulação de sistema do CNC Opera a simulação do painel Simulação do traço do cortador Variável da sustentação MARCO e programa dos parâmetros Sustentação mais dos ciclos Validação de programa do NC Simulação de processo fazendo à máquina Demonstração de ensino O código de G elimina erros Versões multilíngües Usuário de SSCNC Você pode fazer o download na seguinte URL: http://www. HNC.edu. O software “SSCNC” pode ser obtido no site do fabricante na seção “downloads” e tem validade por alguns dias para teste e avaliação. GSK. Renhe e SKY. André Pimentel apmoreira@ifce. figura 63 – tela inicial Swansoft CNC Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. SANYING. Dasen.htm Ao inicializar o software é apresentada a tela conforme a figura 63 que oferece diversos tipos de máquinas CNC’s. GREAT.swansc. WA. KND. PA. SIEMENS (SINUMERIK). HAAS. Criar um novo arquivo NC Abrir e Salvar um arquivo NC Salvar arquivo NC Salvar como Parâmetros da Máquina Gerenciador do magazine Alternar modo de exibição Ajustar parâmetros da peça Abrir / Fechar a porta da máquina Alternar Janela Aumentar o zoom Diminuir o zoom Aumentar/Diminuir o zoom Movimentar a tela Rotacionar Plano X-Z Plano Y-Z Plano Y-X Sair do modo de medição Medição Som Mostrar coordenadas Mostrar cavacos Ligar refrigeração Mostrar material bruto Mostrar a peça a ser usinada Mostrar a peça na forma transparente Mostrar magazine Mostrar número da ferramenta no magazine Mostrar ferramenta Mostrar caminho da ferramenta Ajuda Parâmetros de gravação Iniciar gravação Parar gravação Iniciar / parar Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Abaixo segue os principais objetos de comandos.edu. André Pimentel [email protected] .101 O software possui uma interface amigável com o usuário. Montar as ferramentas em Menu “Operação da Máquina – Gerenciador de Ferramentas”. Caso não apareça as ferramentas siga os seguintes passos: selecione “Adicionar” e escolha quais ferramentas. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Configurar a peça a ser usinada em Menu “Peça a ser Usinada” selecione “Material Bruto” insira as medidas Diâmetro = 80mm. 4. figura 64 – tela inicial do sistema FANUC OiT Inicialmente deve-se fazer o referenciamento dos eixos x. z e árvore. serão necessárias para usinar a peça em questão. Selecionar a tecla de referência “REF” 4. fixação externa da peça. Inicialmente será feita a programação e a simulação do exercício 15 no torno FANUC OiT. Comprimento = 175 mm. 3. conforme a figura 54. 1.102 Para demonstrar o software. A seguir é mostrado passo-a-passo os procedimentos. e apertar as teclas X.br .edu. Na figura 64 é mostrada a tela inicial do sistema FANUC OiT. Z e . Liberar o botão de emergência 2. Raio interno = 0. tomemos como exemplo um torno e um centro de usinagem equipados com o comando FANUC. André Pimentel apmoreira@ifce. conforme a figura 56. conforme a figura 55. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Escolha as ferramentas no “Gerenciador de Ferramentas” e arraste-as para os números do campo “Magazine de” e selecione “Montar Ferramenta”.103 figura 65 – Configuração da peça figura 66 – Gerenciador do Magazine de Ferramentas 5. André Pimentel apmoreira@ifce. Para efeito de complementação foi realizada uma furação com 10 mm de diâmetro.edu.: Na usinagem da peça do Exercício 15 foram utilizadas as ferramentas para desbaste. abertura de canal e roscamento. Obs.br . A montagem das ferramentas pode ser vista na figura 68. “Desmontar Ferramenta”. Clique duas vezes no diâmetro 20.br . Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.: Para mudar o diâmetro da broca (utilizando o exemplo da figura 68) selecione a broca na posição “Magazine de” (no caso a ferramenta Número 08 – posição No 04).000 mm . André Pimentel [email protected] figura 67 – Adicionar Ferramentas 6. figura 68 – Montagem de Ferramentas Obs. Repita os passos para montagem novamente.ferramenta número 08 em “Base de” e altere o valor para 10 mm. br . h) Posicionar a ferramenta T01 no magazine teclando Para se certificar que a ferramenta T01 está na posição certa. devese exibir a tela “ACTUAL POSITION” teclando T01 é a ferramenta atual. método de posicionamento real a) O primeiro passo é ligar o eixo árvore selecionando a tecla “MDI” “PROG” “MDI” b) Digite no teclado do PC ou selecione no teclado o comando M03S2500. c) Libere a proteção contra escrita em d) Teclar “enter” no teclado do PC ou selecione a tecla “EOB” e depois “INSERT” e) Selecionar a tecla “CYCLE START” f) Pare o eixo árvore na tecla “MAINSHAFT STOP” g) Selecione as teclas “MAINSHAFT CW” e “MAINSHAFT CCW” para girar o eixo árvore nos sentido anti-horário e horário. O zeramento das ferramentas pode ser realizado de duas formas: método de posicionamento real e método de posicionamento rápido. André Pimentel [email protected] 6. e verificar se figura 69 – Ferramenta atual Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. conforme a figura 69.edu. I. O zoom pode ser feito de duas formas: dedo direito no mouse e escolhento a opção zoom mais ou realizando o rolamentoXXXXX do mouse. Após esse momento podemos entrar na página de “OFFSET/GEOM” teclando “OFFSET SETTING” “OFFSET” e Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. conforme a figura 70. André Pimentel [email protected]. l) Ao tocar a ferramenta na face da peça (movimentação em Z) haverá a simulação da retirada de cavaco.106 i) Para facilitar a visualização da peça e ferramenta. teclando figura 70 – Vista 2D j) Ligue o eixo árvore no sentido anti-horário em “MAINSHAFT CW” e aproxime a ferramenta da peça pressionando a tecla “JOG” Selecione qual eixo deve ser movimentado X ou Z. Para movimentar os eixos em velocidade rápida selecione a tecla “RAPID FEED” Para movimentar lentamente os eixos. utilize a “vista em 2D”. conforme a figura 60.br . e em seguida segure as tecla + e – para movimentar os eixos. Isso significa que a ferramenta está zerada com o topo da peça. selecione a tecla “INC” e determine a velocidade de avanço nas teclas “JOG FEED” k) Ajuste o zoom da peça a fim de se observar o momento em que a ferramenta toca a peça. br . André Pimentel apmoreira@ifce. conforme os procedimentos do item j. figura 72 – Usinagem no diâmetro Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. através das teclas Digite Z0 (conforme o procedimento do item b) e selecione “MESUR” n) Execute uma pequena usinagem no diâmetro da peça.107 figura 71 – zoom m) Coloque o cursor no campo G001 (Geometria da ferramenta 01).edu. conforme mostrado na figura 72 e afaste a ferramenta. conforme a figura 71. método de posicionamento rápido a) Monte a(s) ferramenta(s) conforme descrito nos itens 4 e 5. p) Selecione o objeto “Medir” e em seguida Medir. Lembre-se que agora o valor de x deverá ser o valor do di6ametro inicial. conforme a figura 74 será a coordenada de zeramento da ferramenta (centro ou periferia da peça).br . c) Repita os procedimentos dos itens l. m e r. Um instrumento de medição (paquímetro ou micrômetro) será mostrado conforme a figura 73.502 mm. André Pimentel [email protected]. Digite X e o valor correspondente a leitura do instrumento de medição (exemplo X 78. figura 73 – Medição da peça q) Anote o valor do diâmetro que foi usinado. Escolha em qual ponto. pois não teve desbaste. s) Sair do módulo de medição teclando “Sair do modo de Medição” II. No exemplo da figura 62 o diâmetro inicial da peça é igual a 80 mm e o paquímetro está medindo o diâmetro usinado em 78. b) Em “Operação da Máquina” escolha “Posicionamento rápido”. r) Coloque o cursor no campo G001 (Geometria da ferramenta 01).502) e selecione “MESUR”.108 o) Pare o eixo árvore conforme o item f. conforme descrito no item m. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 6 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO . Como a peça será executada no centro de usinagem temos que ir até o menu principal. podendo ser obtido no site: http://www.cncsimulator. imagem em 3D. interface de funcionamento e área pra edição de programa.SOFTWARE DE SIMULAÇÃO CNCsimulator O software “ Free CNC simulator” é freeware (livre) e poderá ser utilizado sem licença específica.edu.com na seção “downloads” e tem validade por 90 dias. figura 75 – tela inicial CNCsimulator Ao inicializar o software é apresentada a tela conforme a figura 75 que possui vista superior. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. conforme a figura 53 e escolher o seguinte caminho: screen – Milliing options (fresadora). uma peça exemplo será demonstrada. plotagem. André Pimentel [email protected] . dando direito a nova recarga no próprio site.109 figura 74 – Posicionamento rápido 17. Para compreensão rápida dessa ferramenta. comandos. 55). considerando o sobremetal. . inserimos o valor de 50 mm. calcular os parâmetros de usinagem (ver anexos) e finalmente desenvolver a programação que é composta de cabeçalho.110 figura 53 – Menu principal Após configurar o tipo de máquina CNC. os modos de programação (mm ou inch. considerando o sobremetal. deve-se consultar a tabela de velocidade de corte. A seguir será demonstrado o esboço e o programa referente a peça exemplo (fig.Em Width Y (largura). deve-se Inserir as medidas da peça em bruto em Simulate . corpo e fim do programa. etc).br .Em Length X. inserimos também o valor de 150 mm. coordenadas absolutas ou incrementais. Onde: .Em Heigth Z (altura). André Pimentel [email protected]. Observa-se que quando alteramos as medidas nos campos XYZ as figuras da tela do simulador vão alterando. inserir a comprimento da peça com algum sobremetal. No cabeçalho devem conter: a identificação do programa. Inicialmente. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. figura 76 – Dimensões do bloco (blanck) Para selecionar as ferramentas deve-se ir novamente a Simulate – Edit Tools escolher e preparar as ferramentas que vai se utilizar no processo de usinagem. diâmetro ou raio.detail settings. conforme a figura 76. . no nosso exemplo a peça mede150mm. 78 a). simulação em única vez (fig. 78 d ).111 Depois de digitado o programa na área de edição de programa. figura 77 – Botão de iniciar simulação O programa oferece as opções de controle da velocidade da simulação (fig. 78 b).edu.br . 78 c) e parada da simulação (fig. iniciaremos a simulação pressionando no botão de simulação (figura77). simulação bloco a bloco (fig. André Pimentel apmoreira@ifce. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 1 G0X30 G0X100Z150 M09 T0404 (Ferramenta número 04 e corretor 04 – Rosca) G50S2000M03 G96S200 G0X29Z5 M08 G76P010060Q100R0.1 G0X30 Z-18 G01X15.SOFTWARE DE SIMULAÇÃO Swansoft CNC Programação: Torno CNC Vulcanic Gold 160 – Visita SENAI-AFR (17/06/2010) O0016 G40F0.112 17.8Z2 (Interpolação linear com avanço máximo) M08 (Ligar Refrigeração) G71U1R0.7 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO .8 G50S4000M04 G96S250 G70P100Q200 (Ciclo fixo de usinagem – Acabamento de Perfil) M09 (Desligar Refrigeração) T0303 (Ferramenta número 03 e corretor 03 .8Z-28R2.2 (Interpolação circular) G01Z-48 G03X30.edu.Desbaste) G50S3000M04 (Estabelecendo RPM máximo e sentido de rotação) G96S180 (Estabelecendo velocidade de corte constante) G0X52.5F0.2 G01Z-64 N200G01X50.br .8Z-53R5 G02X46.5 (Ciclo fixo de usinagem – Desbaste de Perfil) G71P100Q200U0.9F0.8Z-61R8F.3(Ciclo fixo de usinagem – Desbaste de Perfil) N100G01X16Z0 X20Z-2 G01Z-25. André Pimentel [email protected] G0X100Z150 (Cancelando compensação e estabelecendo avanço) T0101 (Ferramenta número 01 e corretor 01 .1 (Interpolação linear com avanço controlado) G02X25.5F0.1F0.05 (Ciclo fixo de usinagem – Roscamento) G76X16Z-18P1300Q300F2 G0X100Z150 M09 M30 (Fim de Programa) % Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.5W0.Canal) G0X100Z150 G0X30Z-20 M08 G01X15. br . André Pimentel [email protected] Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. É possível operar uma máquina CNC sem colidir. realiza um movimento brusco inesperado. Analisando as conseqüências provocadas por uma colisão em máquinas CNC atuais. Quando acontece uma colisão? A maioria dos casos de colisão acontece em uma das seguintes situações: A) Colisão com Movimentos em JOG. batida. é um choque provocado entre partes da máquina em movimento descontrolado. Este risco tem tirado o sono daqueles que confiam grandes investimentos em mãos de colaboradores dos quais indiretamente tornam-se reféns. Na maioria das vezes. pode-se afirmar com certeza que a expressão acima é verdadeira.br . aliadas a guias de deslocamentos mais sensíveis para evitar atritos. ou seja. porrada. com dispositivos de fixação de peças. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. ou seja. "não há colisão de máquina com máquina". Por que ocorrem colisões? Uma colisão acontece quando o operador da máquina libera um movimento que considera estar sob controle. Fabricantes inteligentes projetam suas máquinas com características cujos finais de cursos dos eixos não permitem a colisão entre as partes da mesma.edu.. trombada. ferramentas de corte e outros. Com as velocidades mais rápidas (G0) a cada novo projeto.114 18 COMO EVITAR COLISÕES EM MÁQUINAS CNC Colisão. isto acontece na pior situação. e os recursos que as mesmas disponibilizam para evitar este acidente. provocando a colisão. André Pimentel apmoreira@ifce. cada vez mais uma colisão pode ser catastrófica para a geometria e funcionamento do equipamento.. e que por uma razão lógica previsível. considera que a seqüência de movimentos se desenvolverá por percursos conhecidos e sem obstrução. ou seja. quando há um deslocamento na velocidade máxima da máquina. facilitando o deslocamento das guias. alteração de produto ou processo. diversas funções modais importantes para o desenvolvimento da usinagem são memorizadas. B) Teste de Programa. Todas as sentenças onde houve alguma alteração. otimização. André Pimentel apmoreira@ifce. Se.br . e por alguma razão. quando considera-se que a programação da sentença em processamento está corretamente escrita e que o deslocamento esta livre de colisão. o programa é considerado situação de risco da primeira à última sentença. por pequena e simples que seja também é considerada em teste. quando a máquina é ligada. e outras. ou com ação da tecla "reset". mas na realidade há algum erro que coloca um movimento num percurso obstruído. A colisão pode ocorrer em qualquer um dos dois casos. Existem funções modais que são chamadas de funções modais básicas. compensação da ferramenta (comprimento/raio). Quando um programa esta sendo processado. supervisão de ferramentas (quebra. ocorre o movimento no sentido indicado. diversas funções de atuação modal vão sendo memorizadas. ou outra qualquer. e um "ciclo start" (partida do processamento) for acionado. selecionando-se um determinado eixo para ser movimentado. ou não observa que o caminho do deslocamento esta obstruído. Neste momento. vida útil). Através da seleção de uma tecla específica (X/Y/Z/B/C. Com isto voltam a valer as funções básicas. passa a ser considerada uma sentença em teste. Por diversas razões pode haver uma interrupção do processamento do programa. correção do programa etc. haverá colisão no deslocamento. Quando um programa está sendo processado em operação no modo automático. fazendo que o movimento seja com um avanço maior que o JOG normal. Existem duas situações de processamento de programas que podem ser consideradas em teste. voltam a valer de forma modal. ou aperta junto às teclas +/.115 Movimento em JOG é uma movimentação manual. como parada de energia elétrica. sem que sejam programadas. desprezando as modais anteriores que necessitariam estar atuando. Outro caso é quando um programa já aprovado e testado em trabalho. Nesta situação. em operação de produção. Neste caso. Então ocorre a colisão. até que outra função do mesmo grupo seja processada e se sobreponha a anterior. ou seja. A colisão ocorre quando há uma distração do operador que acaba apertando o sentido invertido.). desgaste. deveriam estar atuando diversas funções que não mais estão.edu. não dando tempo de ver que tem obstrução de percurso. ou se a ferramenta não estiver com o comprimento Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. por exemplo. e depois através do acionamento de teclas que indicam o sentido do eixo(+/-). com o processamento de uma seqüência de sentenças. ou a mesma está em estado de "reset" (interrupção). recebe uma alteração numa simples palavra até em diversas sentenças. por exemplo.. portanto situação de risco. A primeira é quando o programa é totalmente novo e todas as sentenças são de processamento em nível de teste. plano de trabalho. As características de atuação de uma função modal depois de memorizada passa a valer para a sentença programada e nas sentenças posteriores. por exemplo: ponto de origem das coordenadas.a tecla de movimento rápido.. o processamento pode partir da sentença em que parou. com o sistema de origem de coordenadas errado. mesmo que seja apenas uma simples palavra alterada. Se a retomada do ciclo acontecer sem critério na seleção correta da linha de programa que seja apropriada para uma retomada segura. ao ser processado. B) Retomada de Ciclo. Então ocorre a colisão. Quando a ferramenta reserva é colocada em operação. Importante é o cuidado neste momento de risco. E) Colisões por outros motivos diversos Estatisticamente desconsiderados. ou se medição e anotação do valor são corretos. quando há um deslocamento na velocidade máxima da máquina. Na maioria dos casos de colisões.br . Neste caso. mas que devem ser focalizados para estudo e que exigem atenção. Obs: Estima-se que em torno de 2% dos casos de colisão acontecem na primeira situação (JOG). Não se deve ter medo e sim muito cuidado e atenção. Raramente ocorrem situações de riscos não consideradas nas observações anteriores. sempre ocorre desgaste ou quebra de ferramenta que deve ser substituída por outra reserva. Isto faz com que colisões possam ocorrer pela diferença de medidas consideradas nos ajustes e as medidas reais das ferramentas. Entre eles estão: defeitos na máquina. que defeitos de máquinas podem ser previstos com manutenções preventivas. peça não fixada. praticamente eliminamos todas as possibilidades de colisão. Diante disso. isto acontece na pior situação. Assim conclui-se que a colisão é um choque provocado entre partes da máquina em movimento descontrolado.116 compensado. com dispositivos de fixação de peças. Na maioria das vezes. Defeitos na máquina pode ser uma nova situação. Novas situações devem ser observadas e estudadas para que não ocorram riscos de colisão. haverá colisão da ponta da ferramenta que é considerada menor. agregar algum aditivo em qualquer eixo que não seja considerado no programa etc. seleção errada do programa para a usinagem. enquanto 97. Durante uma produção normal em ciclo automático de processamento de um programa que trabalha em produção. ou na face da torre em ferramentas estáticas. ao aproximar a ferramenta da peça ou do dispositivo. "Operar uma máquina CNC é como dirigir um automóvel. ferramenta solta. Se a medição é correta. D) Substituição de Ferramenta no Processo. dispositivo não fixado. A operação é como a matemática. André Pimentel apmoreira@ifce. uma ciência exata que não admite erros". passa a ser um elemento de risco. Pode haver erro na medição.edu. mas na realidade é maior.1% na quinta situação (outros). ferramentas de corte e outros.9% se enquadram nas situações 2 (Teste de Programa). poderá haver erro na digitação no painel da máquina. colidindo a ponta da ferramenta ao dispositivo ou na peça. ou seja. pois poderá haver erro na alimentação dos dados de correção para sua compensação. 3 (Retomada de Ciclo) e 4 (Substituição de Ferramenta) e apenas 0. Então estes locais serão movimentados para posicionamento na coordenada de penetração programada. operála é uma ação de muita responsabilidade. pode haver erro ao anotar o valor medido. Existem inúmeras situações que expõem ao risco de colisão na retomada de ciclo automático. Diante do investimento que envolve a aquisição de uma máquina CNC. existem alguns motivos que raramente provocam colisão. e outros são considerados insignificantes. o operador CNC deve ser bem treinado e muito bem pago para realizar esta tarefa. o deslocamento de penetração não é mais referência pela ponta da ferramenta e sim pelo nariz da árvore em ferramentas rotativas. acontecem e devem ser evitadas em uma das seguintes situações: Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Pode-se evitar uma colisão? Se considerarmos que poderemos atuar de forma protegida nas situações de “A” a “E”. 117 PERIGO A . Nunca confiar na sorte. esse cuidado se restringe á região onde existirem sentenças alteradas. o operador deve visualizar com muita atenção para onde omesmo se movimenta. tanto num programa "novo". Com a tecla + ou . com isto nenhum movimento acontecerá de surpresa. Outro cuidado que se deve ter na operação em JOG é quando for apertada uma das teclas de seleção do sentido do eixo de deslocamento (+/-). É colisão na certa! Se não for possível visualizar o movimento.br . deve-se também selecionar a tecla "single block". Toda sentença onde houve alguma alteração. e o operador já tenha observado que o deslocamento esta fora de risco de colisão. PERIGO B . no movimento de aproximação "rápida" de ferramenta com peça e dispositivo de fixação. Se o deslocamento observado estiver correto.Teste de Programa Nesse caso. quanto num "alterado". Com esta tecla ativada. Os principais cuidados nos testes de programas são: . também é considerada em teste. os cuidados descritos adiante devem ser observados da primeira à última sentença em execução. Fazer uma movimentação em JOG sem este cuidado é o mesmo que dirigir um automóvel olhando para os lados. abre-se o avanço para o deslocamento completo. após a conclusão Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. deve-se interromper o movimento. Quando se tratar de um programa novo (try-out). Ao movimentar um eixo.Selecionada tecla de modo de trabalho automático. retendo qualquer movimentação do avanço do eixo selecionado. é feita a diminuição do avanço programado até o ponto de fechamento total de avanço em zero. André Pimentel apmoreira@ifce. Esta chave reduz ou aumenta proporcionalmente os avanços programados. Ação preventiva . No sentido horário.Manter o override (potenciômetro) de avanço sempre fechado na posição zero. simultaneamente com a tecla "+" ou "–" a tecla de avanço rápido. .apertada. deve-se fechar a chave override (potenciômetro) de avanço para a posição zero. é liberada a execução de apenas uma sentença do programa que. quando o programa for alterado mesmo que seja apenas uma simples palavra (exemplo: uma cota mudou de X20 para X20. os avanços são aumentados até o valor máximo (normalmente 120% do programado). Nunca apertar logo no início de movimento em JOG.Colisão com Movimentos em JOG Ação preventiva . utilizar apenas em afastamento livre de colisão. por pequena e simples que seja. e se existe alguma obstrução que possa provocar colisão. observar. no sentido adequado e livre.1). Nunca aplicar este recurso. fechá-la e continuar o movimento. Já no programa alterado. No sentido anti-horário. A movimentação só de deve ser realizada quando se certeza de que tudo está sob controle. abre-se lentamente a chave override e cuidadosamente observa-se o deslocamento. passa a ser considerada uma sentença em teste. abre-se a porta e efetua-se a checagem visual de dentro da área de trabalho da máquina. rotacionando-a em dois sentidos. exceto em modo especial. após o acionamento da "Partida" (Start). que dará inicio ao processamento do programa selecionado para usinagem.edu.A execução em "TESTE" de um programa deve ser feita com os mesmos cuidados. Fazer isto apenas quando o deslocamento lento já tenha se iniciado. no caso de o dispositivo estar na frente obstruindo a visão. e que pode ser feito de forma rápida.Diversos cuidados são necessários neste momento. abrir a porta. Como em uma máquina CNC não é permitido trabalhar como a porta na área de trabalho aberta. Com "single block" atuando. havendo uma "Partida" de execução do programa. Em nenhum momento o "override" deve ser aberto para movimentação de eixo. 2. a "Partida" deve ser acionada com o "override" fora da posição "zero". Qualquer dúvida interromper e reavaliar a situação. da primeira até a última. e assim sucessivamente as sentenças vão sendo processadas uma a uma. Nunca acreditar que tudo está correto sem que tenha sido testado. se houver alguma sentença que contenha uma ação de deslocamento. e que foram testadas na seqüência exata do processo. neste caso o operador poderá observar qual eixo vai se movimentar. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. e com nova "Partida" tudo se repete. 4. Como os movimentos ficam retidos. Nunca acreditar que um programa foi escrito sem nenhum erro ou coisa parecida. Somente após serem observadas todas as sentenças do programa. que daí para frente também estará correto. Um ciclo automático contínuo somente deverá ser liberado depois que todas as sentenças já foram processadas na seqüência do programa. automaticamente é realizado um ciclo de parada (Stop). DICAS ESPECIAIS 1. sem que se tenha observado para onde vai ocorrer o deslocamento. Por exemplo. sentença por sentença. Nessa movimentação de eixos. nenhum movimento acontece. até atingir a posição final. são mostrados na tela os valores a ser deslocados nos respectivos eixos. 8. e que tudo esteja "correto". os valores de "Deslocamento Restante" mostrados na tela vão sendo reduzidos de acordo com a redução da distância entre a posição atual e a posição final programada. pelo fato de tudo ter dado certo até determinado ponto do teste. quanto e para onde vai ocorrer o deslocamento. Por estar em "single block". 7. com os mesmos cuidados.edu. O override deve ser novamente fechado na posição zero.118 da mesma. André Pimentel apmoreira@ifce. os movimentos ficarão retidos e os valores a serem deslocados serão mostrados na tela de operação na indicação de "Deslocamento Restante". e tudo estava OK. e se poderá ocorrer alguma colisão. 5. Não acreditar que a última também esta OK (lembre-se da Lei de Murphy). é que o programa deve ser liberado do modo ""single block" e o override aberto a 100%. 6. sem nenhuma modificação. Em nenhum momento. e processadas de forma segura. Nunca acreditar que. num processo de 18 ferramentas já passaram pelo teste de programa 17. novo "Stop" é realizado. Com o override (potenciômetro) de avanço fechado na posição zero. Prosseguir com o teste. a sentença não é concluída. 3. Desconfie sempre. Somente após ter "certeza" de que a movimentação vai ocorrer de acordo com previsto. quando são zerados todos os eixos. A próxima sentença só será executada com o acionamento de nova "Partida". Nesse caso. o override deve ser cuidadosamente aberto até completar os deslocamentos dos eixos previstos na sentença. sentença por sentença. Somente abrir o "override" com a certeza que tudo está sob controle.br . com o acionamento de nova "Partida". Em comandos que fazem a busca da sentença escolhida para retomada "Com Cálculo".Retomada de Ciclo Ação preventiva . e para onde vai ocorrer o deslocamento. Com isto.edu. as sentenças vão sendo processadas uma a uma. Neste caso. A retomada deve ser feita em uma sentença especialmente escolhida. os movimentos ficarão retidos e os valores a serem deslocados serão mostrados na tela de operação na indicação de "Deslocamento Restante". se houver alguma sentença que contenha uma ação de deslocamento. havendo uma "Partida" de execução do programa. Daí dá-se continuidade ao ciclo com os cuidados descritos adiante. deve-se também selecionar a tecla "single block". Como os movimentos ficam retidos. são mostrados na tela os valores a serem deslocados nos respectivos eixos. Somente executando a próxima sentença. seleciona-se a sentença onde há o posicionamento da ferramenta em frente ao último local onde houve a penetração da mesma no material usinado. memorizando e processando internamente tudo que foi perdido com o "reset". devem conter palavras que garantam que as funções modais utilizadas para cada ferramenta. André Pimentel [email protected] PERIGO C . Em uma sentença escolhida para retomada. após o acionamento da "Partida" (Start). possam ser novamente memorizadas nesta retomada de ciclo. 3. e neste caso o operador poderá observar qual eixo vai se movimentar. é liberada a execução de apenas uma sentença do programa que após a conclusão da mesma. até a sentença escolhida. Com "single block" atuando. Com o override (potenciômetro) de avanço fechado na posição zero. uma "partida" é esperada e os principais cuidados são: 1. que dará continuidade ao processamento do programa. deve-se de imediato afastar na distância máxima possível as partes (peça / dispositivos / ferramentas). deve-se escrever um programa que contenha sentenças que favoreçam a memorização.br . a sentença ainda não foi concluída. automaticamente é realizado um ciclo de parada (Stop). Quando o comando não tem características de tornar a memorizar as funções necessárias com a retomada "Com Cálculo". onde se possa dar continuidade à usinagem sem nenhum prejuízo ao processo. Retomada na sentença "Com cálculo" é quando o comando "varre" o programa desde o início. Com esta tecla "single block" ativada. quanto. torna a memorizar tudo o que estava valendo como função modal. com isto nenhum movimento acontece de surpresa. reiniciando o processamento do programa. 2. nas mesmas condições anteriores à parada.ao interromper o ciclo. e assim sucessivamente. Selecionada a sentença para retomada do ciclo em modo de trabalho automático. Manter o override (potenciômetro) de avanço sempre fechado na posição zero. Depois do reposicionamento da sentença. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. quando da interrupção. nenhum movimento acontece. evitando colisões e erros dimensionais de usinagem. podem ser evitadas via manutenção preventiva com pessoal qualificado. ainda em ciclo automático. Quando a peça não está encostada. através da seleção direta. deve-se também selecionar a tecla "single block". Ao introduzir uma ferramenta nova no magazine. Colisões por falha de sensores eletrônicos. considera-se que todas as ferramentas que estão trabalhando no processo têm os respectivos corretores (geometria de pre-set) ajustados adequadamente para a obtenção das medidas desejadas nas superfícies usinadas. até que a operação esteja "dominada". referindose mais ao processo e à manutenção da máquina. pode-se usar um apalpador de medição para localizar e fazer verificações de posicionamentos e origens. Neste caso é colisão certa. se há algum risco de que o processo possa provocar alguma colisão. exceto se os cuidados com override e single block tenham sido utilizados no início do processamento do ciclo. dispositivo que soltou a peça na usinagem etc. ou na torre. ou da memória de palete. com o acionamento da "partida" se dará o processamento da continuidade do programa. Existe uma infinidade de situações adversas. e a próxima execução for realizada em single block. falha de processamento de CLPs. pode-se supervisionar a exata localização e assento da peça na placa do torno ou dispositivo de fixação em centros de usinagem.Colisões por outros motivos diversos Ação preventiva . com os recursos do override. a mesma vazão em área maior de saída de ar faz com que a pressão seja menor.Substituição de Ferramenta no Processo Ação preventiva . Quando a ferramenta nova se posicionar para entrar em operação.120 PERIGO D . ou pelo menos próxima disso. é impossível uma colisão. o operador deverá ter um cuidado rigoroso para que não seja selecionado um programa errado. software ou similar. André Pimentel apmoreira@ifce. deve-se sempre buscar uma saída de proteção para cada caso. PERIGO E . com isto nenhum movimento acontece de forma surpresa. para que após medições da peça usinada. Cada caso deve ser rigorosamente observado. sempre pode ser executada uma nova operação que provoque uma colisão.Quando um programa está sendo processado em modo automático contínuo. Para evitar problemas de posicionamento de peças. devidamente encostada em uma superfície de referência do dispositivo. Esta verificação é realizada por um circuito de ar que é soprado em diversos pequenos orifícios desta superfície. se possa realizar um ajuste posterior. manter o override (potenciômetro) de avanço sempre fechado na posição zero. Se uma ferramenta do processo desgastar-se ou quebrar.edu. Quando for selecionar um programa para ser processado em usinagem. utilizando o controle de assento (air check). No caso de peças carregadas automaticamente por robô ou mesmo pelo operador.Alguns motivos independem da parte operacional. para que esteja de acordo com a necessidade do processo. deverá ser substituída por outra gêmea para a realização do mesmo trabalho. deve-se informar em uma tela apropriada os novos valores de correção (geometria de pre-set) para que a usinagem a ser realizada pela mesma obtenha as dimensões desejadas. Isto poderá supervisionar uma peça fora de posição. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.. A diferença da vazão/pressão nessa área quando a peça está encostada ou não é diferente. gerando um alarme que interrompe o ciclo. Esta técnica consiste em supervisionar-se a peça.br . A fixação da peça e ferramenta realizadas pelo operador deve ser rigorosamente controlada. Se toda vez que houver qualquer intervenção no painel da máquina. Quando se considera que tudo está sob controle. 121 19 EXEMPLO DE PROGRAMAÇÃO EM CENTRO DE USINAGEM Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] .edu. 122 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 123 EXERCÍCIOS - PARTE 02 Desenvolva os programas dos perfis dos desenhos a seguir. Exercício 18 Exercício 19 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] 124 Exercício 20 Exercício 21 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel [email protected] André Pimentel [email protected] .edu.125 Exercício 22 Exercício 23 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 126 Exercício 24 Exercício 25 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br . André Pimentel [email protected]. edu.br . André Pimentel [email protected] Exercício 26 Exercício 27 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. edu. André Pimentel [email protected] .128 Exercício 28 Exercício 29 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 129 Exercício 30 Exercício 31 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.edu. André Pimentel [email protected] . 130 Exercício 32 Utilize um subprograma para a furação da peça da figura abaixo. Finalmente utilize T3. 150 mm/min e 2000 rpm. à 480 rpm e 80 mm/min para usinar os rebaixos.edu. Exercício 33 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Depois utilize a broca T2 para os furos de 5 mm de diâmetro à 850 rpm e 200 mm/min.br . Primeiro utilize T1 para os furos de centro à profundidade de 5 mm. que é uma fresa de diâmetro 10 mm. André Pimentel apmoreira@ifce. André Pimentel [email protected] .edu.131 Exercício 34 Exercício 35 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. br .edu.132 Exercício 36 Exercício 37 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. André Pimentel apmoreira@ifce. André Pimentel [email protected] Exercício 38 Exercício 39 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.br . edu. André Pimentel [email protected] .134 Exercício 40 Exercício 41 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. A máquina utilizada para executar essa operação será uma fresadora a comando numérico com variação contínua da rotação na faixa entre 60 e 6. a velocidade de avanço.000 rpm. Exercício 43 Quais os pontos de referência das máquinas CNC´s? Cite uma informação de cada ponto. velocidade de corte de 25 m/min e avanço por dente de 0. Considere o uso de uma fresa de topo de aço rápido com dois dentes e 8 milímetros de diâmetro.br . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 44 Calcule a potência de corte do exercício 32. em milímetros por minuto. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.02 mm. André Pimentel apmoreira@ifce. Calcule a rotação.edu. em rpm.135 Exercício 42 Uma placa de aço de baixo carbono deverá ter um rasgo com 8 milímetros de largura por 5 milímetros de altura e 30 milímetros de comprimento. executado por um fresamento de topo em um único passe. e o tempo que a ferramenta levará para executar o rasgo (tempo de corte). André Pimentel [email protected] Exercício 45 Quais os tipos de colisões mais comuns em usinagem CNC.br . ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Cite formas de evitá-las. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 46 O que são os ciclos fixos? Dê 03 exemplos e comente. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 47 Qual a função da MDI? Cite um exemplo através de código e descreva esse comando. André Pimentel [email protected] .137 Exercício 48 Quais as formas de testar um programa? ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 49 Cite cinco páginas de navegação (IHM) das máquinas CNC´s ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Exercício 50 Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. 6.CNC. ALMEIDA.com/va3/aco100/apostila/index. 10. Programa para o Cálculo da Interpolação de Lagrange. Introdução. André (Comp. Goiás: Universidade Católica de Goiás. 2009. SANTOS. Valner et al. André Pimentel apmoreira@ifce. São Paulo. Alexandre. Fresamento Por I nterpolação. João Manuel R.).br . 14. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará. Encoders. O Mundo da Usinagem. 2. Acesso em: 11 fev. ROMI. 11. Fortaleza: Senai-ce. AZEVEDO. n. Tutorial de Servomotores. Disponível em: <www. CFP - Antônio Urbano de.edu. 9. Comandos Numéricos Computadorizados . Introdução.fe. 2002. . BRUSAMELLO. Julio Cezar. Antônio Carlos de. MATIAS. Códigos Corretores de Erros. Mecatrônica Atual. ROMI. 2008.pdf>. Santa Bárbara D´oeste: Indústrias Romi S/A. 2004.). 3. Caderno de Exercícios CNC Fanuc 21i – MB Linha Discovery. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof.MB. Clarimar José. (Org. CAVICHIOLLI. 2009.S. Brasília: Universidade de Brasília. 5. 2005.up. Introdução ao Controlo Numérico Computorizado I. ROMARIZ.138 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.mundocnc. Juliano. Acionamentos e Sensores para Máquinas CNC. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do Sul.27-31. Disponível em: http://paginas. TAVARES. 12. p. ADAMOWSKI. 2007 7.angelfire. Acesso em: 10 fev. Disponível em: <http://www. 2008. p. 2008.com. Américo Luiz de et al. 26 maio 2008. 2007. 8. n. 2009. 3. 13. Porto Alegre: Sumo de robôs. Encoder. 06 abr. São Paulo: Epusp. 2000. Eletrônica Digital.pt/~tavares/ensino/CFAC/Downloads/Apontamentos /cnc%20I. Arthur. Códigos Especiais e Redundantes.3642. Santa Bárbara D´oeste: Indústrias Romi S/A. Fortaleza. 4. OLIVEIRA. Acesso em: 10 fev.br/>. COELHO.html>. BRAGA. Francisco. 2007. Manual de Programação e Operação CNC Fanuc 21i . 2009.edu. ZEILMANN. 18. 21. João Manuel R. CASTRO.com. Acesso em: 11 fev. 24. Luis. 2009. Precisão e tecnologias utilizadas. Easier CNC programming.aspx?id=343>.br/epd_automacao/EPD030_MaquinasCNC. Acesso Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Colisões em Máquinas CNC. 2009. Disponível em: <http://www. Luis. 2009. 2009.br . 19.pt/~pjcro/cadeiras/api0304/pdfs/SEM_H.cnctecnologia.br/teses/valeska/cap_1/cap1. BARDELLI JUNIOR.ucs. André Pimentel apmoreira@ifce. 23.br/artigo%20como%20evitar%20colis ao%20em%20maquina%20CNC. Disponível em: www. Disponível em: <http://hermes.designworldonline. 2009. Acesso em: 12 fev.utl. 17. Fernando A. 20.htm>. <http://www. CASSANIGA. R. Acesso em: 12 fev. Tecnologia: Disponível Uma Abordagem em: Multidimensional. Vantagens do CNC. Eduardo Breviglieri Pereira De.cnctecnologia. Valeska Nahas. Acesso em: 10 fev. Conceitos de máquinas ferramentas com controle numérico. Fernando A.futuro. em: 12 fev.engprod. Rubens. Acesso em: 11 fev. PRATA. Disponível em: <http://www. Introdução ao Controlo Numérico Computorizado II.ufjf. Disponível em: <http://paginas.vabsco. Disponível em: <http://www. Tipos de máquinas e operações que podem desempenhar. TAVARES.eps. 2009. GUIMARÃES. CASSANIGA.br/index.pdf>.htm>.bibvirt. 16.isr. 2009. Telecurso. Acesso em: 12 fev.pdf>.br/content/download/6061/48549/file>. 2009.ufsc. Máquinas CNC.S. 2000.ist.pt/~tavares/ensino/CFAC/Downloads/Apontamento s/cnc%20I.fe.com/ArticleDetails.pdf>.up. Acesso em: 10 fev. Disponível em:http://www. P.usp.pdf >. TAVARES.htm>.com/bardhp/proj/cnc/main. Acesso em: 11 fev.139 15. Mike et al. Disponível em: <http://users.br/ccet/demc/rpzeilma/Docs/CNC2. 2009 22.. Acesso em: 12 fev. Máquinas CNC. Histórico do CNC.html>. Disponível em: <http://www.com. EMICH. ufrgs. Acesso FERRAMENTAS. SENAI .northwestern. Disponível em: <http://www.edu. em: 27 fev. 29. Disponível em:http://www.pdf>. 2009. SERVODYNAMICS.PDF>. Motores Elétricos. 2009. Acesso em: 12 fev.edu/design_ref/sensors/encoders .br .com. Acesso em: 15 fev.org/wiki/Servomotor>. Sensores.iem.jpg>. Mandril flutuante. 27. GPFAI.servodynamics.com. Acessórios para Furadeiras e Fresadoras.efei. Programação Manual de Centro de Usinagem CNC Parte2. Funções de programação. Acesso em: 02 mar. Acesso em: 15 fev. Acesso em: 27 fev.powermaq. 2009. 2009.br>. em: 27 fev.br/publicacoes/aula6. Acesso em: 12 fev. Mapal Fixação de. Servomotores. 28. 2009. POWERMAQ.Lista 2 de Exercícios. José Hamilton Chaves.edu. GOZZI. 34. Acesso em: 27 fev. Disponível em: <http://www.br/produtos/pag_25_clip_image002_000 9. Luiz Ferraz. 26. Disponível em: <http://www. 35. NORONHA. Disponível em: <http://www.jpg>. 30.Apostila de CNC Comando Numérico Computadorizado Escola Roberto Mange . André Pimentel apmoreira@ifce. Disponível em: <http://www.micropic. 2009. Disponível em: <http://www. em: http://mechatronics.br/gorgulho/download/Parte_2_CNC. Servomotores. Acesso em: 15 fev. GORGULHO JÚNIOR. 2009. 2009. Processos de Fabricação por Usinagem .pdf>. 32. 2009.mech. Disponível em: <http://pt.wikipedia. WIKIPEDIA.mapal.Campinas Aprendizagem industrial Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Mecânico Geral – Curso de Prof.br/gpfai/download/eng03343_21. 31. 2009.com/br/produkte_familie. LABORATORY.faatesp. Acesso 33. Encoders.com/images/IB_02. Northwestern University Disponível Mechatronics Design.com. Giuliano.php?kat=spann>. Disponível em: <http://www.feiradeciencias.html>.br/noronha/Informatica/HARDWARE/Sensore s%20. NETTO.pdf>.140 25. André Pimentel apmoreira@ifce. 37. Comandos Numéricos Computadorizados Versão 04 Prof. Cláudio Luís D' Elia.programastecnicos.br/links/dicas2. Programas. 2010.com. pdf‎‎ TÉCNICOS.com.html>. 38.swansc. Pelotas: IFRS. Catálogo de pastilhas de torneamento. 39. Acesso em: 21 mar. 2009.com/index_en.cosa. www. BRASSINTER. MACHADO. COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO: PRINCIPAIS COMPONENTES. Nanjing Swansoft Technology.edu. Disponível em: <www.htm>. Divisão de Metal Duro. Swansoft CNC Simulation.br . Acesso em: 21 mar. São Paulo: br/manuais/torno.141 36. Disponível em: <http://www. 2009. COMPANY. 2010. Pastilhas intercambiáveis.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.