ANÁLISE DO SETOR DE PATRIMÔNIO DE UM ÓRGÃO PÚBLICO DE PONTA GROSSA: CASO DA UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANÁ Caroline Rodrigues Vaz(UFSC)
[email protected] Joseane Borges de Miranda (UFSC)
[email protected] Julio Rodrigues Vaz (UTFPR)
[email protected] Edevaldo Rodrigues Carneiro (UTFPR)
[email protected] Samuel Antunes dos Santos (UTFPR)
[email protected] Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar uma analise no setor de Patrimônio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa, nas questões de aspectos técnicos no ambiente de trabalho, nos pontos de estoques, armazenagem, transporte, informação e projeto de rede, manutenção e controles patrimoniais. O tema a principio é contextualizado frente à evolução dos processos administrativos, é feita uma revisão conceitual sobre Cadeia de Suprimento, Logística e Compras Administrativas do setor Público e analisada as atividades e procedimentos do setor de patrimônio. Finalmente são propostas alternativas de melhorias para o aumento de desempenho do setor de Patrimônio da Instituição pesquisada. Palavras chave: Organização Pública, Cadeia de Suprimento, Logística, Patrimônio. Abstract: This article aims to present an analysis of the sector Heritage Federal Technological University of Paraná Campus Ponta Grossa, in the technical aspects of issues in the workplace, at points of inventory, warehousing, transportation, information and network design, maintenance and control property. The principle theme is contextualized against the development of administrative processes, there is a conceptual review of Supply Chain, Logistics and Purchasing Public Sector Administration and reviewed the activities and procedures of the equity industry. Finally improvements are proposed alternatives to increased performance of the sector Heritage searched institution. Heritage. patrimônio. logística. distribuição e transporte até o marketing. Supply Chain. Além da liberdade de escolha de seus contratantes. Instituições Militares. direitos e obrigações de uma pessoa ou organização. 2010). E a segunda. Fundações. no qual esta envolvida com outros setores. manutenção e. Logistics. que tem a tradução como “órgão”. Petrobras). A Administração dos recursos patrimoniais trata da sequencia de operações desde a identificação dos fornecedores. para depois lidar com conservação. INTRODUÇÃO A palavra “organização” pode ser entendida de duas maneiras conforme afirmam Decker e Michel (2009) a primeira tem o significado de “ato ou efeito de organização” e “associação e instituição com objetivos específicos”. 1. prédios. seja ela pública ou privada. Autarquias e entre outras. na qualidade certa. da alienação (KUMMER. Sociedade de Economia Mista (Bancos. Bens são muitas vezes considerados como riqueza e frequentemente tratados como sinônimos para recursos (KUMMER. através de processos licitatórios. Compras é o setor que adquire bens e serviços para Administração Pública. como por exemplo. As atividades da cadeia de suprimentos envolvem desde compras. passando pela compra e recebimento do bem. Patrimônio conforme Kummer (2010) pode ser conceituada como conjunto de bens. um veículo é considerado como um bem (móvel). valores. mas em uso é tratado como recurso para se atingir um fim. no exato momento e ao preço certo.Key-words: State Organization. na fonte certa. terrenos. podendo realizar a compra na quantidade certa. manufatura. O setor privado difere-se do público no sistema de compras por não ter a necessidade legal de oferecer. . e controlar. almoxarifado. a igualdade entre os licitantes. equipamentos e veículos das organizações. Como por exemplo. financeiro. quando for o caso. a palavra procede do Grego Organon. As Organizações Públicas Federais são compostas por Instituições de Ensino. Na qual os bens patrimoniais podem ser entendidos como instalações. 2010). Neste contexto este trabalho tem como objetivo analisar o setor de Patrimônio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa. que compreende o fornecedor original até o usuário final.Pires (1997) salienta que a cadeia de suprimento pode atribuir uma visão expandida da administração de materiais comuns. Segundo Bond (2002). armazenagem. finanças. sendo considerada por vários autores como: .Filho e Hamacher (2000) afirmam que a cadeia de suprimentos é uma metodologia criada para alinhar todas as atividades de produção com objetivo de minimizar custos. através da matéria-prima. pesquisa e desenvolvimento (P&D). reduzir ciclos e aumentar o valor percebido pelo usuário final em virtude de resultados superiores. . Além de propor algumas alternativas de melhoramento para o setor. manutenção e controles patrimoniais.A definição sugerido pelo Council of Logistic Management. vendas. proporcionando agregação de valor para os clientes. (1998). A definição é compartilhada pelos autores Cooper et al. que atingem a gestão de toda a cadeia produtiva de uma forma estratégica e integrada.Para Beamon (1999) cadeia de suprimentos é como um conjunto de processos integrados. REFERENCIAL TEÓRICO 2. empresas. transporte. e a competição passa a ocorrer entre unidades virtuais de negócios. planejamento. . distribuidores e consumidores. nas questões de aspectos técnicos no ambiente de trabalho. que é manufaturada em produto final entregue ao consumidor. que cadeia de suprimento é a integração de processos de negocio de varias empresas. por estar diretamente envolvida com diversos números de empresas. 2.1 Cadeia de Suprimentos A cadeia de suprimentos também conhecida como Supply Chain Management (SCM) têm sua origem na função da logística e possuem diferentes definições. (1997) e Lambert et al. a cadeia de suprimentos atua sobre o marketing. A cadeia de suprimentos é representada por fornecedores. nos pontos de estoques. além das . afirma Bond (2002). informação e projeto de rede. . distribuição e vendas de produtos físicos. determinando a maior satisfação do cliente e consequentemente o aumento do market share. Liboreiro (2006) afirmam que a cadeia de suprimentos é um subconjunto da cadeia de valor. e sim entre as cadeias de suprimentos. Os modelos que implicam em uma nova distribuição de responsabilidades. enquanto que a cadeia de suprimentos é preocupada principalmente com a produção. o modelo tradicional de relacionamento de competição entre indústria e fornecedores vêm perdendo o espaço para os modelos baseados na cooperação e nas alianças de longo prazo.empresas que procuram alcançar o desempenho global. manufatura. plantas produtivas. Firmo e Lima (2005) salientam que com o passar dos anos. 2006). econômico e adquirir a satisfação dos clientes. acompanhada de uma terceirização da produção de bens e prestação de serviços (NOBREGA JR. aumento na competitividade nacional e internacional. distribuição e transporte até o marketing (MARANHÃO. Carvalho. Longo (2008) é um conjunto de instalações (fornecedores de matéria-prima. a qual é focada em agregar valor a um serviço ou a um produto físico. varejistas. As atividades da cadeia de suprimentos envolvem desde compras. 2. Liboreiro (2006) e Oliveira. 2000). requerendo um elevado grau de integração e coordenação entre os membros da cadeia de suprimentos. Souza. estoque em trânsito. o potencial diferencial competitivo. logística.2 Logística . centros de distribuição. Assim. A cadeia de suprimentos de acordo com Souza. Jesus (2003) compreende que a competição de mercado passa a ocorrer não mais entre empresas. Carvalho. O foco na integração de cada componente da cadeia de suprimento com a maximização da eficiência. O interesse pela cadeia de suprimentos veio a partir da década de 90. devido à verticalização e maior especialização das organizações. produtos intermediários e produtos acabados) dispersas geograficamente interagindo entre si. 1999). redução nos custos e maior agilidade de entrega (LUMMUS e VOKURKA. . Copacino (2003. A partir daí. travar batalhas e alcançar vitórias”. devido à enorme quantidade de novos fatores a serem considerados. distribuição. reparação. pessoas e equipamentos. Como também ratifica o dicionário Oxford English definindo Logística como “o ramo da ciência militar responsável por obter. novas definições também foram elaboradas. dar manutenção e transportar material. “a administração de inventário em movimento e em repouso. (e que) a meta do gerente de logística é alcançar o mais baixo nível de investimento em inventário consistente de modo a assegurar atendimento ao consumidor e manter eficiência na produção”. utilizava-a para movimentar exércitos.” Nessa mesma linha Faria (2003. apud MANCIA.De acordo com o Dicionário Aurélio. 2005) “contextualiza Logística como uma atividade de origem remota. manutenção e evacuação de material para fins operativos ou administrativos“. apud MANCIA. de uma forma simples.. O estrategista militar. armazenamento. implementa controla o fluxo eficiente e não só a armazenagem de bens e serviços como também a informação relacionada entre o local de origem e o ponto de consumo de produtos para satisfazer as exigências do cliente. o termo Logística vem do francês Logistique e tem como uma de suas definições "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento. obtenção.. a exemplo dos autores: Delaney (1996. mas devido aos avanços tecnológicos e ao surgimento da preocupação com o cliente. 2005) afirma que o CLM (Council of Logistics Management) define logística como: Aquela parte da cadeia de suprimentos que planeja. apud MANCIA. a logística passou a ser estudada e aplicada também pelo setor empresarial tendo seu maior desenvolvimento nos anos 80 devido ao aumento da competição entre as empresas com o mercado globalizado. Até o final da segunda guerra mundial a metodologia da logística só era aplicada em operações militares. transporte. muito antes dos executivos tomarem consciência da real dimensão da Logística no meio empresarial. 2005) define logística. 3 Compras . conforme os estudiosos da logística. 2005). Graves et. Fica claro então que a logística deve ser considerada como área estratégica de importância no sucesso dos negócios de uma empresa e que seu caráter dinâmico é condição essencial na busca do baixo custo e do incremento de competitividade tornando essa uma atividade em constante evolução. mas fica implícito. (1993. O terceiro ponto é que o termo valor não é definido claramente.Para Brimer (1995. Tão importante é este serviço que estruturas organizacionais inteiras são estabelecidas para apoiar as funções da logística. O estudo identificou os três aspectos fundamentais de valor de logística: atendimento ao consumidor. existiam várias definições de logística que se preocupavam com tempo e lugar e o custo proveniente disso. a literatura apresenta vários pontos importantes. atendimento ao consumidor se tornou um componente fundamental de qualquer definição de logística que sugira algum conceito de valor. Dessa forma os autores concluem que. apud MANCIA. Primeiro. embora muitos gerentes não tenham reconhecido o potencial de incorporar logística dentro da cadeia de suprimentos de suas companhias. A eficiência dessa utilidade organizacional tem um efeito direto nas outras atividades associadas com o produto. uma atividade de apoio ao produto que afeta o lucro da companhia. 2. al. 2005): Logística é um serviço de atendimento ao consumidor. o custo e a satisfação do usuário final do produto. apud MANCIA. houve muitos outros que priorizaram seguir carreira nessa área. “o conceito de proporcionar ao cliente altos níveis de serviço se tornou uma meta do profissional de logística”. 2005) “explicam que é imprescindível à distinção entre logística e distribuição”. Para Rutner e Langley (2000. Em resumo. Então. Segundo. custo / margem e qualidade. O termo logística tem uma extensão mais ampla na área administrativa e distribuição um significado mais técnico e está relacionada às “ferramentas” matemáticas que aperfeiçoam a entrega de bens ou artigos. o atendimento ao consumidor é um componente crítico de qualquer definição de logística. apud MANCIA. O processo licitatório consiste em garantir a observância do Principio Constitucional da Isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração. ou seja. a que melhor atenda de maneira objetiva o interesse do serviço (Lei 8. com o direito e obrigações e com pagamento de preço. em tempo oportuno.666/93 compra é “toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente”. a determinação da forma da aquisição do material. o calendário de compras. incluindo desde a escolha de fontes de fornecimento.666/1993 e demais legislações associadas. A função da compra é ter um processo de planejamento da aquisição. STOCK e VANTINE. sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. Araújo (1985) afirma que a “melhor compra” é adquirir o material necessário. a definição de preços até o controle da qualidade do material (LAMBERT. licitação. julgamento das propostas de fornecimento de materiais e serviços.666/93). 1998). De acordo com a Constituição da República a contratação de obras e serviços. A Lei 8. bem como a contratação de fornecedores destinada ao fornecimento dos materiais e serviços utilizados pelas empresas (GONÇALVES. Segundo a Lei 8. locação e alienação. A compra sempre se realiza por intermédio de um contrato bilateral.666. do Distrito Federal e dos Municípios.666/93 afirma que nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento. bem como a aquisição de materiais devem ser realizadas através de procedimento licitatório no âmbito dos Poderes da União. como contra prestação da transferência do domínio do bem (Lei 8. 1993). dos Estados. em quantidades convenientes e pelo menor preço.Na Administração Pública o processo para aquisição de bens e serviços é regulamentada na Lei 8. Compra é definida como o ato de adquirir materiais e atividades associadas a este processo. 2004). . que são empregadas no processo licitatório. 000.00 Até R$ 8. através de sistemas informatizados ou não.000.00 Acima R$ 650. concurso. pregão. A disputa pelo fornecimento dos bens ou serviços requisitados é feita pelo melhor lance e propostas em sessão pública.000.00 Até R$ 1. . sendo dois qualificados).520/02. trazendo redução de custos em função da competitividade.000. e criando outras formas de comprar.500. 2. A Erro! Fonte de referência não encontrada.000.00 Até R$ 15. controlar e gerenciar pela logística todos os seus equipamentos. móveis.500.000. leilão. entre outros).000. concorrência.A Lei 8. tomada de preço. apresenta os valores para as modalidades de licitação. Quando a organização adquiriu bens permanentes (equipamentos. automóveis e produtos informatizados que se adquiriu por compra ou doação.00 Até R$ 650. após o recebimento no almoxarifado é encaminhada a nota fiscal para o departamento de patrimônio e outra copia da nota para o departamento financeiro da Instituição.00 Obras e serviços de Engenharia Não se aplica Até R$ 150. pelas modalidades de licitação (convite. conduzida pelo pregoeiro e sua comissão de licitação (no mínimo três membros.Valores limites para as modalidades de licitação Modalidade *Pregão Convite Tomada de Preço Dispensa Concorrência Bens/serviços comuns Não há limite Até R$ 80. dispensa e inexigibilidade).00 Acima R$ 1. Tabela 1 .666/93 e *Lei 10. produtos informatizados. cada equipamento recebe um código (com 3 a 9 dígitos).1 Patrimônio De acordo com Vaz (2010) o setor de patrimônio de uma organização tem por objetivo registrar.00 Fonte: Lei 8. no qual os dados desses bens (enumeração da nota fiscal) são passados para o sistema administrativo de patrimônio (SAP) e para o sistema integrado de administração financeira (SIAFI) do Governo Federal. móveis. sendo os três primeiros números a classe que esse bem pertence.000.3.666/93 tem como objetivo apresentar maior transparência nos processos licitatórios. As modalidades de licitação para serem escolhidas dependem dos valores envolvidos nos bens ou serviços requisitados. informação e projeto de rede. com perguntas elaboradas a partir do conhecimento adquirido em sala de aula. como base de dados foi utilizada livros. LAKATOS e MARCONI. 2000). com sua abordagem qualitativa em relação aos temas tratados. 3. 3. Campus Ponta Grossa. transporte. este estudo classifica-se como exploratória e descritiva. Como são realizadas as manutenções e as conservações dos bens patrimoniais? 4. Como são armazenados os bens patrimoniais? 5. Quais as informações e projetos de rede/conversação da Instituição? 9. o questionário constaram com dez questões. Quais os procedimentos de controle de bens patrimoniais? 7. Como é feito o transporte dos bens patrimoniais? 6. 1999. em relação aos seus procedimentos técnicos classifica-se como estudo de caso e como bibliográficos. Como é realizada a aquisição de bens? . no mês de agosto e setembro de 2010. tratando de pontos de estoques. artigos e periódicos que abordassem o assunto (GIL. O quadro 1 apresenta o questionário aplicado. Qual o layout do setor? 8.3 Instrumento da Pesquisa Para a realização da pesquisa foi necessário o apoio de um questionário semi estruturado. armazenagem. ou seja. A Instituição mantém estoque de bens patrimoniais? 3. QUESTIONÁRIO DE GESTÃO DE PATRIMÔNIO E LOGISTICA Nome:________________________________________________________ Data: ____/____/____ 1. Como são realizados os procedimentos com relação aos bens patrimoniais da Instituição? 2. METODOLOGIA 3. foram realizadas pesquisas em literaturas científicas. e também acompanhado de entrevista aos funcionários do setor.3. Na qual. Na qual o setor consta com dois funcionários. Do ponto de vista dos objetivos.1 Classificação da Pesquisa Esta pesquisa é de natureza aplicada.2 Local da Pesquisa A pesquisa foi realizada no setor de Patrimônio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. manutenção e controles patrimoniais. que trabalham nos turnos: diurno e vespertino. A aquisição de bens é realizada através de processo licitatório legal na modalidade em que se julgar mais vantajoso para Administração Pública. no ano de 2010. ou seja. b) Registro de bens. Os procedimentos das atividades do setor de gestão patrimonial são: a) Recebimento de bens (moveis e imóveis) da Instituição. A Instituição mantém um estoque mínimo de equipamentos para a reposição em eventuais situações de emergência. Quadro 1 – Questionário aplicado a Gestão de Patrimônio 4. a queima de um monitor de computador. Ao fim da vida útil de um bem. como por exemplo. ao ingresso de portadoras de necessidades especiais.10. Pois estes equipamentos visam apenas cobrir casos esporádicos que por ventura venham acontecer nas dependências da Instituição. a quebra de uma cadeira. c) Distribuição dos bens para os setores. qual o destino lhes é dado? Fonte: Autores. dispostos de maneira a facilitar a retirada rápida dos mesmos. em um ambiente arejado de fácil acesso. RESULTADOS E DISCUSSÕES O questionário foi respondido por dois funcionários responsável pela Gestão de Patrimônio da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Ponta Grossa. bem como os valores que a Instituição deverá investir. d) Controle da carga patrimonial. . No qual o requisitante justificará a necessidade da aquisição. A Administração providenciará a dotação orçamentária e juntamente com o Departamento de Materiais e Patrimônio realizará os procedimentos para aquisição e disponibilização conforme a necessidade do requisitante. O armazenamento de bens patrimoniais é realizado de forma simples. A figura 1 e 2 ilustra os ambientes. o detentor da carga patrimonial do mesmo convida . Figura 1 – Ambiente de atendimento ao cliente Fonte: Autores. Fonte: Autores.O Setor de Patrimônio possui dois ambientes sendo um para recebimento e armazenagem temporária de bens. Figura 2 – Ambiente de recebimento e armazenagem temporária de bens A manutenção dos bens é feita externamente a Instituição. Quando um bem apresenta algum tipo de avaria. e outro para atendimento do cliente interno e externo da Instituição. o mesmo é colocado em disponibilidade para os demais Órgãos da Administração Pública. juntamente com o orçamento prévio da manutenção. Transcorrido o prazo de realização de manutenção a empresa devolverá o bem a Instituição através do Setor de Patrimônio. . O detentor da carga patrimonial de cada item assina no momento do recebimento. Após. que o colocará a disposição do detentor da carga para utilização. que fica arquivado no ambiente de atendimento ao cliente. Na sequencia informa ao Setor de Patrimônio o problema apresentado. ou seja. na qual 266012 significa que este bem pertence ao grupo de cadeira e o 71 a ordem da cadeira dentro do grupo. a assinatura do contrato de manutenção a empresa fará a manutenção in loco ou receberá autorização para a retirada do bem. um termo de responsabilidade patrimonial.um profissional qualificado para efetuar um levantamento do dano e os custos para deixá-lo novamente em condições de uso. pois os Setores/Departamentos estão localizados a pequenas distancias obtendo acesso rápido e fácil aos bens desejados. Caso não haja interesse de nenhum Órgão a Administração da Instituição providenciará processo de alienação conforme legislação vigente. objetivando a contratação da empresa para efetuar a manutenção. O controle de bens é realizado através do sistema SAP (Sistema de Administração de Patrimônio) no qual cada item recebe uma etiqueta com numeração sequencial conforme o gênero de cada bem. de modo que o SAP deverá ser substituído pelo SIORG (Sistema de Orçamento e Gestão) que tem por objetivo a disponibilização de todas as informações patrimoniais de forma online. transcorrido o prazo de vida útil. A disposição estratégica do deposito na Instituição dispensa um projeto de rede de complexidade considerável. Após. Como por exemplo: a cadeira tem uma numeração 26601271. O sistema de informações patrimoniais da Instituição esta em fase de mudanças. O responsável pelo Departamento de Materiais e Patrimônio juntamente com o Departamento Financeiro providenciarão os recursos bem como o processo legal. quando o bem não tem mais utilidade para a Administração. b) Substituição dos números de identificação por código de barras para agilizar o processo de inventários e facilitar o controle de cargas patrimoniais. Embalagens retornáveis para transporte de bens manufaturados: um estudo de caso em logística reversa. 3. vol. B. sendo elas: a) Implantação de sistema em rede para facilitar o controle dos bens. Measuring supply chain perfomance. São Paulo. SELLITTO. Pois mesmo sendo um sistema local as informações sobre os bens são de fácil acesso e entendimento e os profissionais delegados para operação possuem domínio do mesmo. 1988. M. BRASIL. 136f.2. . S. BOND. maio-ago. n.395-406. 5. Essas propostas se implantadas irão beneficiar e aumentará o desempenho do funcionário da Instituição e dará maior transparência dos atos da Administração Pública ao contribuinte. BEAMON. 9.. c) Aquisição de carrinho de transporte manual de bens para prevenir acidentes de trabalho aos funcionários do setor. Produção. Brasília: Senado Federal. E. bem como os sistemas utilizados por eles. de 21 de junho de 1993. ARAÚJO.. p. 1999. 1985. Lei de Licitação Federal nº 8666. São Paulo: Atlas. Após a investigação in loco pode-se propor algumas melhorias para aumentar seu desempenho. M. 2007. Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Carlos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através deste estudo de caso ficou evidente que o processo de Gestão Patrimonial esta sobre controle da Administração.17.5. International Journal of Operations e Production Management. D. n. J. REFERÊNCIAS ADLMAIER. 2002. Administração de Materiais.ed. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Vol. A. Constituição da República Federativa do Brasil. 2002. Medição de desempenho para gestão da produção em um cenário de cadeia de suprimentos. BRASIL. São Carlos. 275-292. p. d) Treinamentos para os funcionários a cada três meses para que haja maior interação aos procedimentos realizados por outros Órgãos. oct. G. The International Journal of Logistics Management. In: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. D. HAMACHER. C. Rio de Janeiro: Elsevier.. FILHO. D. São Paulo: Atlas. p. S. Apostila do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública. M. Dissertação (Mestrado Engenharia de Produção). vol. The International Journal of Logistics Management. 1998. Administração estratégica da logística. M. VANTINE. 25. A. 2003. Porto Alegre. p. vol. KUMMER. LAKATOS. 2006. In: FONSECA. J. M. M. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. 1997.. 9. E. In: CONGRESO INTERNACIONAL DEL CLAD SOBRE LA REFORMA DEL ESTADO Y DE LA ADMINISTRACIÓN PÚBLICA. S. CHAVES. 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