Obstetrícia (Resumo)

May 12, 2018 | Author: Saiaka Ingrid | Category: Childbirth, Uterus, Pregnancy, Cortisol, Placenta


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“ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão, caminharão e não se fatigarão”. Isaías 40:31 Fisiologia do Parto Parto refere-se ao conjunto de eventos fisiológicos que conduzem o útero a expulsar o feto a termo e seus anexos. É a saída do feto com seus anexos fetais no meio em que estavam (útero) para o meio exterior. Não existe intervalo entre ambos. Em animais de produção a placenta fica retida por mais tempo. A vaca só termina de parir depois que a placenta sai. !!! Termos: Primípara = fêmea no primeiro parto; Plurípara = fêmea com mais de um parto. Unípara ou monotócia = Produz um concepto por gestação. Multípara ou politócica = Produz dois ou mais conceptos por gestação. 1) Via fetal: É o conduto formado por partes do sistema genital e regiões circunvizinhas pelo qual o produto transita durante o parto para ser expulso ao exterior. São os lugares que o feto vai passar. 1.1) Via fetal dura: É formada pelos ossos ílio, ísquio, púbis, sacro e primeiras vértebras coccigianas, constituindo a pelve. A pelve, a depender da espécie, pode auxiliar ou dificultar o parto: Em equinos a pelve é curta e a sua abertura praticamente circular o que facilita o parto (até bem rápido). Na vaca a abertura pélvica é mais comprida lateralmente com forma ovalada e assoalho côncavo, dificultando o parto. Pequenos ruminantes, carnívoros e suínos apresentam pelve tendendo a circular, o que facilita o parto. Outro fator é a idade, pois, a sínfise púbica das fêmeas sofre desmineralização, com dissolução de tecido conjuntivo, que permite alguma separação no momento do parto, o que pode não ocorrer nas fêmeas mais velhas. 1.2) Via fetal mole: Formada pela cérvix, vagina, vestíbulo vaginal, vulva e ligamento sacro-isquiático. Apresenta três pontos críticos, a vulva, o anel himenal e a cérvix. O útero não é considerado uma via fetal, exceto em espécies multíparas. Em espécies uníparas não tem sentido o útero ser uma via, pois o animal já está lá. 2) Perfil endócrino durante a gestação: Os conceitos que elucidam os fatores que desencadeiam o parto ainda não foram totalmente elucidados, porém, sabe-se que é o feto que desencadeia o mecanismo de estímulo ao parto. O corpo lúteo ou a placenta produzem progesterona que induz o miométrio a condição de relaxamento, permitindo o livre crescimento do feto. Os eventos endócrinos que caracterizam o periparto representam os estágios finais da maturação fetoplacentária e, ao mesmo tempo, promovem a preparação da glândula mamária para amamentação (produção de prolactina), a involução uterina pós-parto e o reinício da função ovariana. O fator humoral mais importante é a remoção do bloqueio da contratilidade uterina causada pela ação da progesterona (A progesterona se mantém em elevadas cc durante toda a gestação, diminuindo perto do momento do parto, essa queda é fundamental para que ocorra as contrações uterinas e consequentemente a expulsão do produto). O final da gestação é acompanhado por um aumento significativo na concentração plasmática de cortisol fetal devido a estímulos no eixo hipotálamo-hipófise. Com o desenvolvimento do sistema nervoso fetal o feto passa a responder estímulos de hormônios placentários como estrógeno, progesterona, PGE ou fatores de liberação das corticotrofinas. Além disso fatores estressantes ao feto como hipóxia, mudança na pressão sanguínea e na disponibilidade de glicose, levariam a um aumento na secreção de cortisol pela adrenal do feto. O aumento no cortisol do feto estimula a placenta a converter progesterona em estrógeno através da enzima 17α-hidroxilase (C 17,20 liase?). Os elevados níveis de estrógeno aumentam a resposta do miométrio a ocitocina, promove o relaxamento da cérvix e estimula a produção e liberação de prostaglandinas (PGF2α = Lisa o CL diminuindo a produção de progesterona e aumentando a contratilidade do endométrio, PGE = Relaxamento da cérvix e canal do parto e Prostaciclina = vasodilatador para manutenção da perfusão placentária). 4) Tempo de expulsão das membranas fetais: Vacas até 12h. ~ A capacidade de contração da égua é maior que a vaca. Na égua e ovelha quem produz P4 é a placenta. éguas: 3min . Capri/ovis 30’ a 8h. porém. éguas podem rolar. Isaías 40:31 ~ A dexametasona mimetiza o cortisol fetal induzindo ao aborto. 3) Fases do parto: 3. porca e cadelas tem o hábito de construir ninhos.3 h. carnívoros ocorre imediatamente. O hipotálamo sintetiza a ocitocina que é posteriormente armazenada na hipófise que ao ser liberada provoca um aumento na irritabilidade da mucosa uterina. como nas espécies CL dependentes (vaca. pode induzir o parto/aborto.3) Fase de expulsão do produto: Inicia-se com o rompimento das bolsas fetais e completa-se com o nascimento do(s) feto(s). Placentofagia em carnívoros e fisiológica. (Niast uterino???? PGF2α e ocitocina). Na fase de dilatação não se observam manifestações evidentes de contrações musculares da parede abdominal e na maioria das vezes só é reconhecida quando as bolsas fetais estão visíveis na vulva. procura se isolar do restante dos animais. inicia-se com as contrações fetais e dura até o rompimento das membranas fetais. andam em círculo e olham constantemente para o posterior. apresenta taquipneia. Nos bovinos demora 6-16h e equinos 2h. as fêmeas miam com frequência. duas forças atuam na contração. As contrações uterinas são controladas através do eixo hipotálamo-hipofisário através de hormônios como ocitocina.1) Fase prodrômica ou de preparação do parto: Caracterizada pelos sinais de aproximação do parto (inapetência. a abdominal e a uterina. ocorre edema de glândula mamária. correrão e não se cansarão. A outra forma é através da adrenalina. . depois ficam rítmicas e energéticas. só atuará plenamente se houver inibição da atuação de progesterona.Cadelas: A temperatura corporal cai cerca de 1°C nas últimas 24-12h de gestação. caminharão e não se fatigarão”. pois é mais sensível a ocitocina (maior % de receptores) e aumento de E2. Esse estágio inclui o relaxamento e dilatação da cérvix e início das contrações uterinas. vulva edemaciada e flácida e o relaxamento dos ligamentos pélvicos ~ sacroisquiático) e por modificações estruturais e bioquímicas da cérvix (Durante a gestação a cérvix estará fechada e o útero relaxado. depois = aborto ~ ~ Aplicação de progesterona no final.Gatas: Durante as fases que iniciam as contrações uterinas. O animal que inicialmente estava em estação ao instalar-se essa fase encontra-se em posição de decúbito esterno abdominal. E2 em cadela também. ansiedade. O feto no interior da via fetal mole estimula receptores nervosos localizados na porção dorsal da vagina. formando-se o reflexo de contração da musculatura abdominal (Reflexo de Ferguson). cujos neurônios levam o estímulo aos centros motores da medula espinhal. adrenalina. porca e cabra). 3. Suínos é variado (até 4h). estrógeno. não o Cl. . Estímulo a liberação de ocitocina que está sendo usada no SNC ~ ~ Se aplicar ocitocina na fase inicial pode ser que não tenha problema.2) Fase de dilatação da via fetal mole: Conhecida como fase de insinuação. ! As primeiras contrações são irregulares e pouco intensas. progesterona. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. agitação. . com a aproximação dos trabalhos pré- parto ocorrerá o amadurecimento cervical com a liquefação do tampão mucoso e dilatação da cérvix devido a colagenase e aumento na cc do ácido hialurônico e o aumento na excitabilidade do miométrio que apresentará contrações vigorosas no momento do parto). 3. a depender da espécie. O aumento de E2 vai ativar receptores de ocitocina e estimular a liberação de PGF2α que aumentará a atividade miometrial e acaba por induzir o parto. assim. No parto eutócico espera-se a apresentação longitudinal anterior. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. pescoço – com o seu próprio corpo. transversal (dorsal/ventral) e vertical (dorsal/ventral). a pulsação é fraca e lenta. 5. caminharão e não se fatigarão”. 5.3) Atitude: Relação entre as partes móveis do produto (membros anteriores. lateral direito e esquerdo. Pode ser anterior ou posterior num parto eutócico.1) Distocias: Inferior. armazenada nos estoques de glicogênio no fígado e músculo cardíaco. posteriores. 5. 5) Estática fetal: Refere-se a disposição do feto no interior do útero durante a gestação. a glicose. Pode ser definida pela relação do feto com a pelve materna ou pela definição de apresentação.1) Distocias: Apresentação longitudinal (anterior/posterior = Normal.1) Distocias: Membros ou cabeça/pescoço flexionados.2) Posição: Relação entre o dorso materno e dorso fetal.2. correrão e não se cansarão.1) Apresentação: Relação do eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal materno. .1. bem como a sua postura no momento do parto. é rapidamente utilizada tornando a necessidade de alimentação (colostro) e em alguns casos é necessário que tenha auxílio para respirar (limpeza das vias fetais). posição dorsal/superior e atitude estendida. Num parto eutócico a apresentação deverá ser longitudinal e a posição dorsal ou superior. 5. 5. cabeça.3. na égua só anterior). promovendo um paralelismo. Isaías 40:31 ~ 20min é o tempo médio de intervalo de nascimento entre fetos em cadelas. o dorso do feto voltado para a coluna vertebral da mãe. posição e atitude. ~ Quando o feto nasce é hipovolêmico. 5. maior tempo = avaliação US. correrão e não se cansarão.“ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. Isaías 40:31 . caminharão e não se fatigarão”. inapetência. reflexo podal.Verificar dilatação. observação dos órgãos genitais externos com atenção para edema de vulva. peso. elasticidade da mucosa. O líquido alantoide deve ser amarelo (urina fetal) e o amniótico claro. presença de nódulos. aspecto da secreção. São fundamentais para lubrificação e dilatação do parto). reflexo de sucção. ovino e caprino (parto em qualquer hora do dia). Grandes animais: Piquetes sem riscos de traumatismos. manter a fêmea limpa em ambiente calmo e com boas condições de higiene. dados sobre o reprodutor/macho que cobriu a fêmea – tamanho. 2) Anamnese: Animal é primípara ou plurípara? Histórico de distocias.. estado nutricional (debilitados = atonia uterina e distúrbios metabólicos como hipocalcemia). ligeira compressão sobre o globo ocular. nome/número do animal.3) Condições do feto: Malformações. tensão de flanco. taquicardia). assim. límpido e ligeiramente mucoso. pelos. suíno (placentofagia é comum). parto múltiplo? Presença de odor. avaliar largura das vias fetais e possíveis pontos de estreitamento ~cadelas/gatas + suscetíveis devido a traumas. Isaías 40:31 6) Particularidades do parto nas espécies: Equino (parto noturno). Carnívoros: Local higiênico Parto Distócico – Exame Obstétrico Deve-se obedecer uma sequência lógica: 1) Identificação do animal: Espécie. primeiro a sair. ~ 3) Exame geral da parturiente: Avaliação da temperatura e dos sistemas orgânicos em geral (no momento do parto espera-se dispneia. bovino (pronunciado edema e flacidez de vulva). correrão e não se cansarão. Sinais de alarme incluem anemia. peritonite. A presença de odor desagradável não é normal. caminharão e não se fatigarão”. idade (prenhes juvenil = pelve juvenil = distocias / idosos = contração fraca). quantidade de líquidos (hidropsia). houve ruptura das bolsas.. relaxamento de ligamento sacro-isquiático (‘barriga quebrada’). Dados sobre comportamento do animal e alimentação oferecida. secreções. Sobre o parto: Quando/como começou. fluxo vaginal + Exame da glândula mamária: tamanho. Viabilidade (movimentos espontâneos. 5) Exame interno específico: 5. 5. abertura cervical e corpo do útero. carnívoros (placentofagia. Sinais de morte fetal incluem ausência de movimentos e reflexos. reflexo anal ~ auscultação e US em pequenos ~. raça etc. abortamentos ou interrupções na gestação? Vacinação? Medicações recentes? Histórico médico recente. retenção de placenta. inquietação e episódios de vômito). maceração. Ovino: Tosquiar a lã que circunda a vulva. ~ Obs: Se não houve ruptura das bolsas ainda dá para trabalhar (feto ressecado). lubrificação. dilatação vulvar e cervical. enfisema. destacamento de pelos e cascos). Tamanho ( absoluto quando são maiores que a . coloração da pele. 4) Exame externo específico: Inspeção geral do paciente. 7) Higiene do parto: Observaçõa constante da perturiente. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. forma. pulso dos vasos do cordão umbilical. 5. secreção normal é a do tampão mucoso.2) Condições dos anexos fetais: Se houve ruptura.1) Vias fetais dura e mole . trata-se de uma distocia. Há duas horas a bolsa rompeu? A fase de expulsão dura 15’. presença de odor ou infecções. raça. vômito. 5ml/kg) com Glicose 10-20% (5-20 ml/kg) – fonte energética . hidrocefalia ou alterações na estática fetal. quando o útero é incapaz de contrair-se em resposta a estímulo endógeno como disfunções hormonais (de estrógeno. transversoventral (ventre transversal a via fetal). edema excessivo. estreitamento da via fetal mole (pontos críticos: vulva. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. Isaías 40:31 média ou relativamente grandes quando apresenta tamanho da média. 2. exostoses. pelve juvenil. Possibilidades de auxílio ao parto distócico Antes da intervenção é indicado cuidados como a higienização do períneo do animal (grandes) com água (limpa e morna) e sabão. obesidade. O estímulo normalmente só é usado em pequenos animais e eventualmente em porcas quando não há obstruções uterinas para prevenção de rupturas uterinas. anel himenal e cérvix. alterações anatômicas. mucilagem dos itens. fórceps obstétrico para cadela + baldes: água pura. retenção de placenta. inibe o reflexo de defecação e torna o trabalho mais seguro. sequelas e condições gerias da parturiente).5 – 1. o prognóstico é reservado a mal. excesso de líquidos fetais. A anestesia epidural (5-7 ml xilocaína 2%) reduz as contrações da musculatura abdominal. animais em decúbito (fraturas e rupturas de ligamentos). eliminação da placenta. rupturas). presença de outros fetos. dilatação cervical insuficiente. fetos relativamente grandes. 2. água com antisséptico + mucilagem. periférica ou geral. estreitamento por cicatrizes.3) Alterações de atitude: Desvios de cabeça e pescoço e flexão dos membros anteriores ou posteriores. correrão e não se cansarão. cesariana. O prognóstico tende a ser bom para a parturiente e reservado para a fertilidade). Eutócico = Posição superior. A anestesia no parto distócico pode ser epidural. Tratamento: Preconiza-se que o animal caminhe um pouco e depois avalie-se a dilatação do animal antes da terapêutica química: Utiliza-se primeiramente o Gluconato de Cálcio 10% a ser aplicado IV de forma lenta (0. inversão/prolapso uterino: causas incluem atonia uterina. local. Em grandes é preferível realizar a tração forçada. caminharão e não se fatigarão”. carências nutricionais – cálcio e fósforo). hipocalcemia. 2) Distocias de origem fetal: As principais causas são o tamanho do feto. alterações como duplicação dos membros. atonia uterina) e deslocamento do útero gravídico ( torção uterina: + comum no final da gestação. 5. cordas). verticodorsal e verticoventral. correntes. estática fetal (apresentação. vestuário e equipamento de proteção apropriados. ocitocina. processos irritativos da mucosa. material em antisséptico (material pra fetotomia. posição e atitude) e presença de gestação múltipla. estreitamento da via fetal dura (traumas. infantilismo. tumores – TVT -. 3) Possibilidades de auxílio no parto distócico: 3. hipoglicemia. Eutócico = Atitude estendida. mas a fêmea apresenta via fetal estreita). 2. dependendo do grau de torção. síndrome do feto único ou secundária. lacerações (hematomas. 1) Distúrbios de origem materna: Distúrbio geral da paciente (afecções sistêmicas. relaxina). quando a musculatura do útero entra em exaustão provocada por distocias que impedem a expulsão do feto. osteodistrofias e luxações ~ruminantes mais propensos devido a sua anatomia). Eutócico = Apresentação longitudinal anterior.4) Exame semiológico de controle de parição: Avaliação do pós-parto imediato. lateral direito e lateral esquerdo.1) Alterações de apresentação: Transversodorsal (dorso transversal ao canal do parto). tempo de evolução.1) Estímulo as contrações: Atonia uterina é classificada como primária.e caso a tentativa falhe o cálcio pode .2) Alterações de posição: Inferior. contusões. protocolo anestésico indicado. Pode ser total ou parcial. caso o fracasso persista deve-se proceder a utilização do fórceps ou cesariana (mais utilizado).3) Dilatação da via fetal mole: Utilização de compressas frias para diminuição de edema. . . SEMPRE HIDRATAR O ANIMAL.. correntes. doença crônica).Pequenos: Leve tração manual sobre a cabeça ou membros posteriores. Algumas regras devem ser obedecidas: Material utilizado deve ser de fácil esterilização. sucção. nunca exceder 3UI). a lubrificação da via fetal deve ser garantida.2) Tração forçada: Consiste em aplicar uma força sobre o feto devidamente posicionado para removê-lo do interior do útero. 3.Wolf). a força máxima exercida deve ser de ‘3 homens’. lubrificação do trato genital. verticoventral ou ventral para APRESENTAÇÃO longitudinal. utilização de anti-inflamatórios. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias.5 UI IV ou IM. evitando possíveis lacerações graves.5) Tração: Tracionar o feto. 3. estática fetal. Utilizada apenas em grandes animais e com aplicação restrita em pequenos ruminantes.5. o períneo deve ser protegido com as mãos. 3. A técnica pode ser tradicional ou subcutânea objetivando a desestruturação do esqueleto com consequentemente redução de volume permitindo sua extração do útero. utilizando-se de equipamento específico e removendo as secções correspondentes.5. água. o técnico deve controlar o procedimento não participando da equipe de tração.Grandes: Antes deve-se avaliar as proporções do feto.6) Fetotomia: Refere-se a fragmentação do feto no interior do útero. Ainda assim. antissepsia e anestesia local é realizada incisão única na rafe mediana (cadela) ou em ‘V’ (grandes) que depois do parto deve ser suturada com fio absorvível (mucosa – catgut – simples contínuo ou Donatti) e não absorvível na pele (nylon . presença de obstruções etc. ganchos. O equipamento mais .5) Principais manobras obstétricas para correção da anormalidade da estática fetal: 3.4) Episiotomia: Consiste na abertura cirúrgica dos lábios vulvares para permitir a passagem do feto. caminharão e não se fatigarão”.3) Rotação: Girar o feto sobre seu eixo longitudinal para corrigir distocias de POSIÇÃO. a extração deve acompanhar as forças naturais de contração e a linha de tração deve obedecer a curvatura natural do canal do parto. as correntes devem ser colocadas em ossos longos.5.2) Extensão: Estender porções anatômicas antes fletidas através de braços do operador. correrão e não se cansarão. vestimenta e local adequado. Antes de iniciar o procedimento deve se certificar sobre os instrumentos necessários. evitando as articulações. os envoltórios fetais não devem ser tracionados. É fundamental o exame geral e obstétrico na parturiente e plena certeza da morte do bezerro ou potro (negativo para reflexos digitais. utilizando-se as mãos. com o animal em estação ou decúbito. verticodorsal. 3. 3. éguas anteriormente submetidas a vulvoplastia para correção de pneumovagina.5 a 10 UI IM e em gatas 0.5. 3. 3.5. reflexo anal e pulso umbilical). nunca devendo ser utilizada força mecânica ou animal. hipoplasia genital (distúrbios nutricionais e de crescimento.1) Retropulsão: Recolocar o feto para dentro objetivando espaço físico para realizar manobras. grau de dilatação. retração cicatricial (sequela de lesões ocorridas em partos anteriores). 3. É indicado em casos de estenose ou insuficiência de dilatação de vulva e vestíbulo. terapia hormonal. correntes aproveitando a mobilidade das articulações. os membros devem ser tracionados de forma alternada. Isaías 40:31 ser aplicado novamente (atenção a dose máxima para cada espécie) ou pode-se utilizar a Ocitona (cadela: 1-5 UI IV o u 2. ganchos e cordas. 3. mucilagem..4) Versão: Alterar a apresentação transverso. Após higienização do períneo. devidamente insinuado. seguida de antissepsia. maior intervalo de parto entre outros. espera-se complicações (endometrite que podem culminar em contaminação da cavidade abdominal. 😊 3. Isaías 40:31 utilizado é o fetótomo Thygesen. Indica-se a fetotomia nos casos de: fetos mortos. caminharão e não se fatigarão”. porém não é aconselhada. monstruosidades fetais (tração improdutiva). toxêmicos e com feto morto por longo tempo. Pode ocorrer rejeição do bezerro. Vaca: Mais comum em animais como o BBB (Belgian Blue). aplicação de xilazina. vigência de fetos absolutamente e relativamente grandes (mortos). O prognóstico para a parturiente tende a ser bom. os placentônios devem ser evitados. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. distocias de correção impossíveis. Os envoltórios próximos a borda da ferida devem ser removidos com a tesoura e a cavidade deve ser avaliada acerca da presença de outo produto ou possíveis lacerações ou hemorragias uterinas. O útero deve ser lavado para remoção dos resíduos de pelo. interno. Antes de cada secção o útero deve ser irrigado com mucilagem e a vagina e os braços do operador devem ser lubrificados. Após a anestesia realiza-se a tricotomia da região. e se o produto estiver vivo. restos teciduais etc. Na fáscia e peritônio utiliza-se sutura de Wolf continuo. 3. tecidos e mecônio. torção uterina grave. Contraindicações incluem distúrbios gerais graves e alterações irreversíveis (fraturas). bloqueio anestésico local e nos animais agressivos. Deve-se levar em conta que ao praticar a operação em animais debilitados. ☹ . fetos enfisematosos. O grande omento deve ser afastado cranialmente e o corno uterino deve ser visualizado. cuidados na limpeza. O processo é contra-indicado em casos de estreitamento de via fetal. gestação ectópica. A serosa deve ser lavada com solução fisiológica aquecida para retirada dos coágulos. analgesia. grandes lacerações ou hemorragias vaginais. correrão e não se cansarão. insuficiência da via fetal mole. os envoltórios devem ser rompidos.. Posteriormente é indicado antibioticoterapia local e sistêmica + hidratação e correção de eventuais distúrbios hidro-eletrolíticos. gestação prolongada. Método mais seguro: Animal posicionado em decúbito lateral direito. 3. antiinflamatórios. fáscia transversa (fina) e peritônio. ossos. fetos que sofreram mutilações durante as tentativas de tração. piorando qualquer prognóstico. colocação dos panos de campo e posterior incisão de 20-30cm de pele. hérnias gravídicas. úbere e veia mamária para laparotomia. ruptura uterina. É FUNDAMENTAL que o proprietário seja informado sobre as reais condições de sucesso da operação de forma a avaliar o custo-benefício da operação. A terapia pós-operatória é fundamental (antibioticoterapia. em casos de graves angústias ou deformações pélvicas. coágulos. tipo ‘X’ ou Sultan com fio não absorvível (nylon). Posteriormente realiza-se uma incisão na curvatura maior. os membros devem ser fixados para sua remoção. Uma equipe deve promover os primeiros cuidados com o neonato.7) Cesariana: Para se realizar uma cesariana os fetos precisam estar preferencialmente vivos. transversais e diagonais para frente ou para trás. retenção placentária.8) Histerectomia: Em situações de dilatação insuficiente de 2º e 3º graus nos ruminantes pode ser realizada uma incisão nos anéis cervicais.9) Sacrifício da parturiente: Quando todas as medidas de correção foram improdutivas ou quando o proprietário optar devido a relação custo-benefício. transverso.. atonia uterina secundária e quando as outras manobras foram inúteis para terminar o parto. Ao término do procedimento é fundamental uma avaliação rigorosa na parturiente acerca de lesões secundárias. O equipamento possibilita a execução de cortes longitudinais. fáscia externa. músculo obliquo externo. A sutura de pele deve ser relizada com agrafes metálicos que devem ser retirados após 10 dias. possível prolapso vaginal e uterino devido aos esforços expulsivos. com a parturiente sob anestesia peridural. devem ser bem desenvolvidos e com tamanho exagerado. disponibilizando o flanco ou espaço entre e prega do joelho. nas doenças graves da parturiente. A sutura da camada uterina deve ser realizada com fio absorvível (vicryl) nos padrões Shimieden-Cushing.). sem contrações. essa queda é fundamental para que ocorra as contrações uterinas e consequentemente a expulsão do produto). O final da gestação é acompanhado por um aumento significativo na concentração plasmática de cortisol fetal devido a estímulos no eixo hipotálamo-hipófise. Os níveis de progesterona na cadela declinam nos últimos 30 dias de gestação. além disso o sêmen do cachorro pode ficar até 5 dias no trato genital da fêmea. mas o tempo pode se extender. PGE ou fatores de liberação das corticotrofinas. Além disso fatores estressantes ao feto como hipóxia.Anterior dorsal: Cabeça e as patas dianteiras surgem primeiro. . longo período de ciclo estral). O aumento no cortisol do feto estimula a placenta a converter progesterona em estrógeno através da enzima 17α-hidroxilase (C 17. . sofrendo queda abrupta 12-40h antes do parto. Isaías 40:31 Parto distócico em cadelas O parto é um processo fisiológico de eliminação fetal e seus envoltórios. O parto eutócico dura de 6 a 48h na cadela. inapetência. biofísica e muscular. O parto normal resulta de inúmeros fatores. Fase 2 – Dilatação da via fetal (2-6-24h): Inicia com as contrações uterinas e termina com a expulsão das membranas fetais. Nos 2-3 dias que antecedem o parto pode ser observado mudanças comportamentais como inquietação. caminharão e não se fatigarão”. Fase 1 – Prodrômica ou preparação (6-12-36h): A luteólise pré-parto pode ser monitorada através da temperatura retal que declina de 1 – 1.7° nas últimas 24-12h de gestação (ocorre devido a luteólise pelo aumento de PGF2α). ~ 1) Parto eutócico na cadela: A média de gestação das cadelas é de 62 dias (57-70 dias – cadelas liberam oócitos imaturos que demoram 24-72h para maturar. que é produzida pelo endométrio em resposta ao aumento da secreção de corticoide fetal. levariam a um aumento na secreção de cortisol pela adrenal do feto. . Nas últimas 8-24h pré-parto ocorre aumento nos níveis de cortisol fetal (aumento de PGF2α). “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. bioquímica. ~ Só pra lembrar: Diagnóstico de gestação é por palpação abdominal e US. progesterona.20 liase?).Posterior dorsal: As patas traseira e o rabinho do filhore surgem primeiro e o eixo da coluna está paralelo ao da fêmea (frequente). A prolactina também aumenta durante esse período e é concomitante a queda da progesterona (mas ngm sabe pq rsss). Nessa fase a cérvix e a vagina encontram-se dilatadas. Os elevados níveis de estrógeno aumentam a resposta do miométrio a ocitocina. fazem ninho. como a atividade neuroendócrina que acarretam na gestante modificações de ordem morfológica. Trata-se de um parto demorado e relacionado ao tamanho da ninhada. Com o desenvolvimento do sistema nervoso fetal o feto passa a responder estímulos de hormônios placentários como estrógeno. O fator humoral mais importante é a remoção do bloqueio da contratilidade uterina causada pela ação da progesterona (A progesterona se mantém em elevadas cc durante toda a gestação. PGE = Relaxamento da cérvix e canal do parto e Prostaciclina = vasodilatador para manutenção da perfusão placentária). A presença dos filhotes na via fetal mole leva ao reflexo de Ferguson e o nascimento dos filhotes ocorre em seguida. sendo essa queda resultante da liberação de PGF2α (lise do CL?). variando de 4h a 24h. mudança na pressão sanguínea e na disponibilidade de glicose. promove o relaxamento da cérvix e estimula a produção e liberação de prostaglandinas (PGF2α = Lisa o CL diminuindo a produção de progesterona e aumentando a contratilidade do endométrio. Os níveis de estrógeno se mantém constantes durante a gestação e iniciam seu declínio 2 dias antes do parto. diminuindo perto do momento do parto. correrão e não se cansarão. as costas do filhote estão voltadas para as costas da mãe e o eixo de sua coluna está paralelo ao da fêmea. Relaxinas atuam no relaxamento do tecido pélvidco e trato genital. Não há contrações uterinas. que parecem estar ligados a elevação de prolactina. O intervalo de nascimento dos filhotes é entre 30-60 min. 2. 2. 2. iatrogênica – P4). A secreção puerperal imediata tem coloração esverdeada para cadelas e vemelho-marrom para gatas.1. mais de 4h de contrações fracas sem expulsão de nenhum feto. ausência de desencadeamento do parto (morte fetal – mumificação e maceração). hiperplasia vaginal. Deve-se ter cuidado ao aplicar ocitocina. condições gerais da parturiente estiverem afetadas e os neonatos apresentarem alterações do estado geral. fetos edematosos – distocia obstrutiva. pois promove contrações prolongadas que podem levar a separação da placenta.2) Inércia uterina secundária: Ocorre devido a exaustão do miométrio causada por obstrução do canal do parto (não há expulsão do feto). hemorragia vaginal.3) Raças e malformações: Predisposição das ralas braquicefálicas e alterações como fraturas de pelve. Caso contrário. vulva infantil etc. caminharão e não se fatigarão”. houver líquidos com odor pútrido. .2) Fatores fetais: Alterações na estática fetal. sinais radiográficos de mau posicionamento e fim dos sinais de parto sem o nascimento de todos os filhotes. anorexia por mais de 24h. excesso de líquidos fetais.1. correrão e não se cansarão. cadela com quadro muito doloroso. É esperada a ocorrência de diarreia nas cadelas que ingerem os anexos fetais e a involução uterina normalmente ocorre 12-15 semanas pós-parto. fetos absolutamente ou relativamente grandes. mais de duas horas de rompimento da bolsa (expulsão dos fluídos) sem nascimento. 2. estenose cervical e ruptura uterina.1. contrações fortes sem nascimento. “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. prolapso uterino. distúrbios nutricionais. As distocias podem ser causadas por fatores maternos (75%) ou fetais (25%).1) Inércia uterina primária: O útero falha em contrair (dilatação cervical incompleta) em resposta aos estímulos endógenos característicos do parto. prolapsos e persistência do hímen. alterações hipofisárias e adrenais. 2.4) Outros: Prolapso vaginal. o proprietário deve fazer. temperatura ultrapassar 39. Comer duas ou três placentas é normal. estenose vaginal. Indícios de partos distócicos incluem a queda de temperatura a mais de 24h. As fêmeas então removem as membranas (placentofagia) e limpam o filhote.5°. diminuição do tônus muscular devido a senilidade ou obesidade. síndrome do filhote único. 2) Parto distócico: Parto que apresentam dificuldade no nascimento ou inabilidade materna em expelir os fetos do canal do parto sem assistência.1. Isaías 40:31 Fase 3 – Expulsão das placentas: Os filhotes nascem envoltos pela membrana amniótica. Síndrome do feto único. mais de 2h de contrações ativas sem novo nascimento. Diagnóstico preventivo).1) Fatores maternos: 2. desenvolvimento anormal do feto (hidrocefalia. torção ou ruptura uterina. As fases 2 e 3 se intercalam. gestação de mais de 70 dias. nunca exceder 3UI). Ainda assim. Tto: Preconiza-se que o animal caminhe um pouco e depois avalie-se a dilatação do animal antes da terapêutica química: Utiliza-se primeiramente o Gluconato de Cálcio 10% a ser aplicado IV de forma lenta (0. fetos absolutamente u relativamente grandes. dilatação do canal do parto. O uso de fórceps não é indicado haja visto que podem acarretar complicações secundárias graves no neonato. caso o fracasso persista deve-se proceder a utilização do fórceps ou cesariana (mais utilizado). A aplicação de dose única de corticoide não é eficiente para induzir o parto em cadelas.5 – 1. excesso ou deficiência de líquidos fetais.e caso a tentativa falhe o cálcio pode ser aplicado novamente (atenção a dose máxima para cada espécie) ou pode-se utilizar a Ocitona (cadela: 1-5 UI IV o u 2.5ml/kg) com Glicose 10-20% (5-20 ml/kg) – fonte energética . O tratamento medicamentoso só é indicado quando o feto apresenta estática fetal normal. estenoses pélvicas ou da via fetal mole. Isaías 40:31 Correções da estática fetal em cadelas podem ser realizadas através da mão do obstetra utilizando dois dedos para tracionar o animal pela cabeça ou pata traseira. Cesariana: Fêmeas não responsivas (inércia uterina). alterações na estática fetal. caminharão e não se fatigarão”.5 a 10 UI IM e em gatas 0.5 UI IV ou IM. toxemia da gestação ou doenças da parturiente ou profilática ( fatores que impressão manobras obstétricas). “ Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias. Bônus: Indução de parto na espécie canina não tem muita aplicabilidade prática. embora a dexametasona BID por 10 dias resulte em abortamento. fetos com tamanhos proporcionais e poucos filhotes. SEMPRE HIDRATAR O ANIMAL. correrão e não se cansarão. . Sabe-se que a administração de glicocorticoide estimula a produção de estrógeno e prostaglandina pela unidade feto- placentária.
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