O Romance de A Menina dos Pés Azuis

March 22, 2018 | Author: Sarolibas | Category: Honey, Prince, Sky, Fairies, Trees


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O Romance da Menina dos Pés Azuis Rainha Coelho Língua PortuguesaAno lectivo 2011/2012 Escola Básica Padre José Rota Este trabalho foi feito por: Índice • 1ª Parte - O resumo; Final • 2ª Parte - Poema sobre o retrato físico e psicológico das personagens • 3ª Parte - Simplificação de palavras 1ª Parte O resumo • • Era uma vez um príncipe muito belo que acabara de nascer. E por essa altura o Rei quis fazer uma grande festa. Então a Rainha decidiu convidar uma fada, sua amiga, muito boa para ser madrinha de seu filho. Na terra natal da Rainha haviam muitas fadas , mas umas não eram boas por isso resolveu não as convidar. Uma delas, que não muito má nem muito boa, resolveu aparecer na festa do baptizado. Não se podia ter a certeza que a fada tinha malfadado o príncipe, mas algumas pessoas ouviram-na dizer, que era melhor que o príncipe não saísse daquele castelo nos próximos dezassete anos. O principezinho ficou com o nome de Mel porque o seu sorriso e o seu cabelo lembrava o mel. E a Rainha decidiu fazer o que aquela fada desagradável lhe tinha aconselhado: que o príncipe ficasse dentro do castelo até completar os dezassete anos. E assim foi. Mandaram pôr á volta do castelo, do jardim e da mata um muro muito alto para evitar que o príncipe fugisse e que alguém desconhecido lá entrasse. • O tempo ia passando e Mel crescia feliz e com saúde. Então o Rei resolveu regressar ao castelo da capital porque lá conseguia melhor governar o reino. O príncipe continuava naquele palácio, mas lá estava mais seguro, a estudar e a aprender o que fosse necessário. O palácio tinha sido construído num sitio quase sem ninguém mas era um lugar muito bonito e de lá viam-se muitas coisas belas da Natureza. Por perto vigiavam os guardas que abriam e fechavam o portão, rondavam o jardim e vigiavam também a tapada frondosa. Do outro lado do muro o príncipe nunca pudera ver ninguém, porque ninguém se podia aproximar do palácio, só com autorização. • Á noite, das janelas via uns pontinhos a brilhar que eram as luzinhas do lume. Mas os pontinhos cintilantes do céu estavam mais juntinhos, luminosos e numerosos. Nas noites, em que não haviam nuvens, nunca se deitava sem primeiro olhar e reflectir naqueles sinais que luziam no céu e na terra . Ele vivia muito alegre. Não faltava felicidade, jogos, música e livros. Com os seus amigos e alguns convidados, Mel nunca se sentia só, apesar de ter saudades dos seus pais. • • • • Mel ainda tinha a companhia dos professores, criados e pajens. Todos os anos chegavam novos professores para lhe ensinarem novos saberes. Mas o que Mel gostava mais era fazer perguntas sobre as terras de origem dos seus professores. E como os professores traziam livros com línguas que ele desconhecia, ele aprendia novas línguas. Esses livros faziam-no sonhar e evadir-se de si mesmo. Os professores de música vinham com muitos instrumentos e partituras para que Mel aprendesse a tocar. Passado um tempo, Mel tornou-se um rapaz forte e enérgico. E foi aí que começou a sentir-se aborrecido e triste com o que antes ele mais gostava. O príncipe Mel entristecia cada vez mais e no seu quarto a música e os livros era a única coisa que ainda gostava de fazer. Ler e tocar dava-lhe asas á imaginação e fazia-lhe imaginar o impossível e coisas fascinantes. • • • Recriar incentivava-o e confortava-o para que o tempo passasse mais depressa para ele sair daquele palácio. Mel também gostava de ir com o seu cavalo ás alamedas do jardim. Um dia cavalgou a um sitio onde nunca tinha chegado. Parou ao pé do muro e reparou que existia um portão escondido. Nos bosques e nos pomares encontravam-se frutos variados na Primavera e no Verão, ao contrário dos frutos do Inverno e do Outono que eram mais secos. Mel adorava aquelas árvores da mata até fazia amizade com algumas delas e também falava com elas. Os animais também eram seus amigos. E todos os animais e flores gostavam de ouvir as maravilhosas melodias que Mel tocava, que eram de partituras de um músico que o professor de Mel lhes ensinara. O Outono vinha acompanhado das gotinhas que caíam do céu e , mal parassem de cair, o príncipe saía de casa para sentir o cheiro a terra encharcada. Então passeava a cavalo pela mata, mas ver as folhas das árvores a caírem no chão entristecia-o. • • Os dias encolhiam cada vez mais, e por isso Mel tinha que ficar mais tempo dentro do palácio. Mas ele gostava mais de estar no jardim e no bosque que agora estavam mais tristes que nunca. No bosque os animais abrigavam-se nas suas casinhas, por causa do frio, e Mel não deixava que fizessem algum mal aos animais pobres e indefesos. O Inverno estava cada vez mais perto e Mel entristeci-a cada vez mais. Tão depressa que o Príncipe já não aguentava ficar sem fazer nada. Mas mesmo que nevasse ele ia a cavalgar pela mata. Num dia de muito frio, Mel galopou até ao fim de um caminho. Desceu do cavalo e observou através do portão, o caminho aberto entre os montes, neve no chão e pequeninas pegadas. Mel, curioso, procurou descobrir quem teria deixado aquelas pegadas. Mel pensou em chamar os guardas mas acabou por ter uma ideia. Esperou até que esse ser saísse, e não esperou muito tempo. • • Ouvindo uns sons, viu uma rapariga que tentava fugir para o outro lado, mas Mel agarrou-a. Ela estava a tremer de frio e de aflição. E o príncipe vendo isso tentou acalmá-la dizendo-lhe para não ter medo dele. A menina tinha um cesto cheio de frutos secos e trazia também um molho de lenha. E o príncipe continuava a mirá-la, até que ,por tanto ver tantas qualidades que ela tinha, reparou que os seus pés eram azuis e começou-lhe a perguntar porquê. Ela não teve coragem de falar. Olhou para um dos seus pés, e não reparou nada de estranho. E com medo de ser castigada por entrar na mata, tentou fugir de novo. Mas o príncipe agarrando-a acalmou dizendo lhe outra vez para não ter medo e perguntou-lhe de novo porque é que ela tinha os pés azuis. Mas ela voltou a olhar para os seus pais mas continuou a não achar nada de estranho, e não percebia porque razão o príncipe insistia tanto com esse assunto e ficou ainda mais assustada e tentou fugir de novo, mas mais uma vez o príncipe parou-a prometendo-lhe que não lhe faria mal e que tampouco deixaria que alguém lhe fizesse e ofereceu-lhe a sua capa. • • Só aí é que a Menina dos Pés azuis olhou para o príncipe, mas, mesmo assim, não conseguia dizer uma só palavra. Tinha medo, e não sabia de quê. E enquanto ela pensava no seu atrevimento de entrar no território do Príncipe ele continuava a mirar os pés azuis dela e por tanto olhar reparou que ela estava descalça e começou a pensar, sem certeza nenhuma, que a menina ,se calhar, tinha os pés azuis por causa disso, ou então por causa do frio. Mel largou-a e ela saiu através das grades do portão. E o príncipe, por não poder segui-la, ficou a vê-la desaparecer. Mandou aos guardas que seguissem a menina, que lhe levassem o cestinho que ela tinha deixado e o molho de gravetos e cavacas. E ordenou aos guardas para que deixassem a menina entrar e levar tudo o que ela quisesse . • • • • • O Príncipe lembrou-se de pedir ao pai para mandar plantar árvores, iguais ás da floresta, por todo o Reino de modo a que ninguém passasse fome. O príncipe Mel não entendia a razão de não se preocuparem tanto com a plantação dessas árvores , porque assim ninguém passava fome. Pensou se um dia fosse rei, mandaria semear e plantar as árvores que fossem necessárias. Depois de a menina ter fugido, Mel regressou para o palácio, e quando os guardas chegaram, disseram que não a tinham encontrado. Mel, ainda falou com algumas pessoas sobre uma menina que tinha pés azuis, mas ninguém lhe respondia o que ele queria ouvir. Ou riam-se ou tentavam mudar de assunto. O Rei ordenou para que os professores não lhe dessem muito trabalho , para ficar com mais tempo livre para falar e brincar. Que nunca deixasse a música, os torneios e a dança. E que aprendesse a lutar para um dia se saber defender. • Mel parecia preocupado, e começou a dizer que não queria ser rei. Ninguém conseguia acreditar no que estava a ouvir. O Príncipe não queria falar sobre isso. Como ninguém queria saber das sua ideias, ele também não as dizia. Mas, na verdade não se sentia pronto para reinar. Estudou e aprendeu muito, mas não sabia o que devia fazer para ser um bom rei. Então rezava para que seu pai vivesse e reinasse durante muitos anos. Atento aos problemas. ele sabia que os velhinhos e as crianças sofriam de muitas coisas horríveis e também sabia que havia muita coisa que estava mal no seu reino, e não sabia como superar e mudar esses problemas. Não queria que isto continuasse quando fosse ele a reinar. Por isso decidiu partir procurando a sabedoria. Mel entendia que não era com a ajuda dos professores e estudos que se tornaria um bom rei. Era ele que tinha de começar a esforçar-se mais, sem ajuda de ninguém. Gostava de ter mais conhecimentos e experiências com o convívio das pessoas e do mundo e sabia que a sua sabedoria e conhecimentos teriam grande valor. • Por tanto pensar, acabou por descobrir quem o poderia ajudar. A sua Madrinha. Mas percebeu que era melhor não contar aos pais a sua decisão. Logo que completasse dezassete anos partiria o mais depressa possível para o palácio da, sua madrinha, Fada Virtude. Quando completou os dezassete anos foi á procura da Menina dos Pés Azuis, mas, infelizmente, não a descobriu. Não tornou a encontrá-la porque ela decidiu ir para o Santuário do Norte. Um dia resolveu ir para ao pé da sua Madrinha. Mas o príncipe esqueceu-se que seu pai fez um contracto com um rei amigo que tinha uma Linda Princesa para que o Príncipe se casasse com ela. E já estava tudo combinado. A Linda Princesa escolheu, para viver com o Príncipe, o palácio da Serra da Lua. E depois do matrimónio foram para o castelo que a Princesa escolhera. E depois da lua-de-mel, o Príncipe contou á Princesa o seu desejo de viajar até ao Grande Santuário. • • Ela compreendeu-o e disse-lhe para ele ir embora em segredo , mesmo sabendo que a viagem demorasse meses ou, até, anos. O que ela sentia por Mel era um amor verdadeiro. E aceitou a decisão do príncipe de boa vontade. Então, numa noite de lua cheia, o príncipe saiu do castelo sem que ninguém o visse e tinha-se preparado o melhor que pôde. A sua caminhada foi bastante longa, cheia de obstáculos que teve que ultrapassar com a sua experiência e inteligência e com o que ia aprendendo durante a viagem até chegar ao Grande Santuário, onde estava a sua madrinha. O seu objectivo acabara de se concretizar. E não precisavam quase de falar porque os olhos , o coração e a mente mostravam o que lhes estava na alma e o que tinham para dizer um para outro. E entendeu o que ele se questionava. E a Fada Virtude orgulhou-se muito do príncipe. E assim a missão de Mel tinhase concretizado. • • Depois voltou para o seu Reino de barco. E ouviu o que ele não esperava ouvir: Sua mãe e a sua esposa tinham falecido por causa de uma doença a ajudarem os doentes. Mas também ouviu dizer que a Princesa lhe tinha deixado um filho. E quando chegou deu muita alegria a todos. Entretanto, o Rei foi para o céu, e então Mel ficou a governar o Reino e a cuidar do seu filho. Passado um tempo, o Rei Mel decidiu levar o filho onde ele permaneceu e viveu durante dezassete anos e ficaram por lá um tempo. E noutro dia foram passear pela colina abaixo e, por andarem tanto, avistaram uma casinha. O sol começou a aquecer cada vez mais, e eles foram para os lados da casa da Menina dos Pés Azuis e o Rei adorava voltar a vê-la. Os dois pararam os cavalos para beberem água do poço. Lá tudo era bonito, mas o que ele achava mais belo era a menina que estava ali . Uma mulher chamava pela menina, e ela cumprimentou-os. E o príncipe, por ver a Menina, deixou cair o balde e molhou-se todo e ficaram ambos, o rei e o príncipe, a olhar para elas. O Jovem Príncipe recusou trocar de camisa. • Mel reconheceu a mulher. Com aquelas estrelinhas nos olhos e pés azulados só podia ser a Menina dos Pés Azuis, que se tornara numa mulher. O Rei e a mulher começaram a conversar e o rei fez-lhe algumas perguntas. O Rei sentiu-se mal e a mulher convidou-o a ir a sua casa para beber uma limonada. Depois de sentir-se melhor, o Rei e perguntou á mulher assuntos sobre a sua vida. Como ela usava a sua casa para acolher os peregrinos, ele decidiu transformar o castelo numa pousada e que iria convidar a mulher e a filha para conversarem sobe esse assunto. Ela recusou a proposta e o Rei disse para ela reparar nos seus filhos. Os dois jovens estavam juntos a desfolhar malmequeres, sorrindo e tocando-se nos dedos. A mulher não podia acreditar no que estava a ver. Ela disse que era impossível eles gostarem um do outro, mas o Rei discordou dizendo que tudo era possível. • No outro dia a mulher e a menina apareceram no palácio. Aquele palácio transformou-se numa pousada e foi o local do casamentos do Jovem Príncipe e da Jovem Menina. Os noivos e o Rei foram para a capital. E a mulher ficou a tomar conta da pousada. Passou algum tempo e o Rei ouviu falar muito bem da estalagem e resolveu ir lá. Foi de coche, e como estava muito apressado disse para o cocheiro ir mais depressa e então esqueceu-se que a paciência é uma virtude e então uma roda soltou-se, mas quando o coche caiu nada tinha acontecido, mas depois pôs-se em cima de um cavalo e o cavalo, assustado, e depois caiu para um sitio cheio de pedras e deixou de sentir as suas pernas e teve que ir para a pousada. Mas infelizmente não houve cura para o que lhe aconteceu e então, o Rei, decidiu ficar lá até ao fim dos seus dias e quem iria para o torno era o Príncipe. O Rei iria lá reviver, também, o tempo em que esteve lá. Voltou a tocar a flauta e então as pessoas voltaram a ouvir as suas melodias. Aquelas melodias podiam chegar até ao Reino das Estrelas ou da Fantasia. Ou até para o Reino mais alto de todos… Final • Passaram muitos anos, e se alguém passar por lá ainda poderia ver as ruínas do castelo. 2ª Parte Poema sobre o retrato físico e psicológico das personagens ( Quadra , Cruzada ) O Príncipe/Rei Mel • • • • • • • • • • • • • • • • O Principezinho Era encantador Tinha olhos iguais ao mar Era essa a sua cor Sua pele parecia neve Seu cabelo tinha muitos caracóis era como o oiro E parecia que lá haviam muitos sóis Esse Príncipe sabia muito Era protector e estudioso Mas era querido e preocupado Também abafador, pensador e curioso Ele foi crescendo, Crescendo com saúde e alegria E ficou um rapaz forte E cheio de energia • • • • • • • • Quando se tornou Rei nada tinha mudado Ficou com mais responsabilidades E cada vez ficou a ser mais amado Também ficou com barba E cada vez mais velho Mas nunca se interessou Ser o mais belo A Menina / Mulher dos Pés Azuis • • • • • • • • • • • • • A menina tinha as roupas velhas E também muito feias Ela estava descalça Nem tinha sapatos nem meias Os seus olhos eram iguais á noite Uma noite bem escurinha Mas em cada seus olhos brilhava Uma cintilante estrelinha Essa menina Não parava de surpreender Também tinha os pés azuis Que eram engraçados de se ver Ela era pobre • • • • • • • E medrosa também Mas ajudava pessoas Que vinham do além Quando mulher se fez Ficou mais atenciosa Continuava a ajudar peregrinos E os olhos iguais a uma pedra preciosa A Linda Princesa • • • • • • • • • • • • A Linda Princesa tinha a pele branca, Branca como o marfim Olhos pretos como as azeitonas Que pareciam não ter fim Tinha o cabelo loiro Tinha a cor do âmbar Ela adorava muito o Príncipe Mel Gostava muito de o amar Quando soube da partida de seu marido Ficou a entristecer Mas como era bondosa Conseguiu o compreender 3ª Parte Simplificação de palavras • • • • • • • • • • • • • • • Malfadado – amaldiçoar Reflectir – Pensar Luziam – Brilham Pajens – Pessoas que acompanhavam o rei ou os nobres e lhes levavam as armas quando iam para a guerra. Saberes – conhecimentos, Evadir – fugir Enérgico – Que tem energia. Recriar – criar de novo Incentivar – dar força Confortar – animar Alamedas – sitio plantado de olmos ou choupos Abrigar – acolher Indefesos – Seres vivos que não se conseguem defender Gravetos – Árvore e madeira do Brasil. Cavacas – Pedaço ou lasca de lenha
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