Casa Senhor do BonfimCaderno de Santo Nº 01 “Não basta saber, é preciso acreditar... Não basta estar junto, é preciso participar.... Cada um de nós, procuremos fazer a nossa parte, e que os Bakuros cubram por muito tempo a continuidade da vida na Terra...” Que esta obra possa ser útil àqueles que com amor dedicam sua vida ao Santo. Asè! 1 Casa Senhor do Bonfim Conhecendo o Culto: A LENDA DA CRIAÇÃO DO MUNDO Uma vez tendo N’Zambi se expandido ao máximo e criado a sua corte imediata, bem como as demais essências e espíritos e por fim, já tendo criado também a Terra, decidiu convocar para uma reunião em seu Palácio, Aluvaiá e também a sua parte feminina, Mujilo, nomeando-os como seus emissários diretos, determinando-lhes que o mantivesse informado das boas novas do novo planeta. Com efeito, N’Zambi dotou-os da capacidade de transporem com fabulosa destreza as barreiras entre os mundos, de modo a lhe trazerem com a maior rapidez, as informações e notícias de tudo o que se passava. Certa ocasião, ao serem convidados a se pronunciarem, não se fizeram de rogados e contaram à N’Zambi que era necessário proporcionar aos espíritos que na terra vagavam, alguma forma de expiação para os seus débitos, e que para tal, era preciso dar-lhes forma por meio da matéria, uma vez que estes existiam apenas como simples espirais de fumaça, e que, por não possuírem forma, não se conheciam e ainda ignoravam a real natureza de suas ações, assim como as suas possíveis conseqüências e sequer pudessem cumprir as punições que N’Zambi porventura lhes determinasse, em virtude das eventuais falhas que praticassem. Inteligentemente, propuseram à N’Zambi que lhes dotasse do poder de manipular a energia, para poderem dar forma material àqueles seres, ao que N’Zambi concordou. Assim, os emissários retornaram para executarem a nova tarefa, a de modelar aquelas espirais, propiciando sobre elas a energia que dava-lhes a forma material- a vida. Nesta mesma ocasião sugeriram ainda, que cada um dos Espíritos da Natureza, isto é, os demais Bakuro, que neste tempo já haviam também sido criados por N’Zambi, mas os quais sabemos, são estacionários em seus planos divinos, tivessem um pouco mais de paciência para finalmente descerem à terra e dominarem cada um, o reino da natureza que lhes fosse de direito, deixando portanto, por conta de Aluvaiá e Mujilo a responsabilidade de arrebanharem espíritos de outros planetas, trazendo-os à terra, afim de se juntarem aos outros e passassem pela expiação de suas ações. Após muita delonga, resolveu N’Zambi, aceitar a sugestão. Assim, partiram Aluvaiá e Mujilo em busca de novas camadas de espíritos em outros planetas e lá chegando, como lhes é peculiar, enganaram a todos com promessas de rápidos resgates de débito espiritual, anunciando que a terra era o lugar ideal para todos, um verdadeiro paraíso, e que eles podiam lhes acompanhar, pois não se arrependeriam. Iludidos com aquela argumentação matreira e acreditando ser a terra realmente um paraíso, rumaram todos imediatamente ao seu destino. Quanta decepção e desilusão, quanta lágrima derramada, pois aqui chegando, deu-se o fenômeno da materialização. Ao adquirirem formas humanas, foi permitido aqueles espíritos errantes, enxergar, ouvir e sentir, mas agora já na própria carne, todo tipo de dores e necessidades, participando de espetáculos deprimentes, como crimes de todas as espécies, além de outras negatividades. E assim estava instaurado o caos. Neste tempo, os seres não conheciam um outro senhor no Universo, ainda assim, Aluvaiá e Mujilo temendo perderem o seu poder, ignoram o acordado entre N’Zambi e os Bakulu sobre sua vinda à terra e passaram a nutrir os seres por eles transportados e criados, com sangue, provocando um enfraquecimento em si mesmos devido a crescente demanda. Diante do problema, Aluvaiá e Mujilo decidiram alimentarem-se do sangue que destinavam as demais criaturas, tornando-se cada vez mais constituídos da mesma substância que os humanos, cada vez mais a sua semelhança. Novamente convocados a prestarem contas a N’Zambi, mentiram, ao afirmarem que do outro lado haviam seres bonitos, felizes, flores, etc. Ousados, acrescentaram ainda, que se ficassem mais tempo se 2 Casa Senhor do Bonfim enfraqueceriam muito, por isso precisavam conhecer o segredo da perpetuação, que só N’Zambi podia lhes revelar. N’Zambi, percebendo as intenções maléficas, pela energia que deles emanava, disse: “Aluvaiá e Mujilo, vocês me enganaram. Usaram seus poderes sem me consultar e beberam da substância que não lhes era destinada. Por isso, mandarei vocês de volta, e como castigo terão que prosseguir mantendo-se com a própria essência da vida que criaram e sorveram: o sangue”, ordenandolhes por fim que voltassem a terra. De tempos em tempos, N’Zambi pedia a um dos Bakuro para descer à Terra, e trazer-lhe informações, ao que atendiam de pronto. Certa vez ao retornarem, informaram à N’Zambi que Aluvaiá e Mujilo faziam um bom trabalho. N’Zambi novamente chamou a ambos à sua presença para que falassem de suas obras. Após terem conferenciado, N’Zambi determinou que os demais Bakuro regressassem aos mundos habitados e diante da grande obra realizada por Aluvaiá e Mujiloa, passassem cada qual a exercer de fato o domínio sobre as matas, os mares, o ar, o fogo, a terra, e demais reinos e elementos da natureza, como há muito esperavam. N’Zambi escolheu e escalou o Bakuro Tempo (Kitembu), encarregando-o da missão de transportar os bons e os maus espíritos e após classificá-los, alojá-los nos planos de vida correspondentes. Assim, os maus relutam até hoje em moldarem-se a seu plano, ao passo que os bons devem ir se aperfeiçoando a cada dia. Aluvaiá e Mujilo vendo o seu império comprometido, zangaram-se com os Bakuro, mas estes de posse de seus domínios passaram a capacitar os seres para realização de diversas proezas. Com isso, ambos atestaram que perdiam poder e resolveram voltar à N’Zambi, alegando que haviam sido expulsos de seus domínios pelos Bakulu, tentando intrigar N’Zambi contra as demais Divindades. Entretanto, N’Zambi dessa vez não lhes deu ouvidos e em sua infinita bondade deixou a encargo de ambos a missão de seguirem transitando entre os dois mundos, agora como os mensageiros dos Bakuro. Com o passar dos tempos, os seres, sentindo necessidade do desempenho de ambos como os agentes mágicos universais, e faziam-lhe sacrifícios para chamá-los, convocando-os e recebendo-os com honrarias, já que haviam ficado dependentes do sangue por eles criado, de sua presteza ao circularem entre os mundos, de propiciarem os acontecimentos e de levarem e trazerem as mensagens dos Bakuro. Como pena, Aluvaiá e Bombo-Njila passaram a ter a responsabilidade de manter a vida material através do que lhes é também vital- o sangue. Por outro lado são sempre os primeiros a serem alimentados e homenageados, já que foram os primeiros a serem criados por N’Zambi e a reinarem sobre a matéria humana, sendo por isso, Aluvaiá e Mujilo, até hoje, os intermediários legítimos entre os homens e as demais Divindades. Introdução Segundo nosso entendimento, o Omoloko começou a existir como uma das variantes de religião afro-brasileira que passou a ser praticada no Brasil a partir de algum tempo no passado, depois da chegada dos escravos negros. Provavelmente de maneira precária no início, pela falta de liberdade dos escravos para qualquer tipo de organização, mas, com o decorrer do tempo e com as leis que foram aos poucos mudando as condições de vida dessas pessoas, de maneira mais organizada e completa – e o Omoloko, nesse particular, em nada difere das outras variantes religiosas afro-brasileiras. O que o torna particular é que ele se estruturou inteiramente no Brasil, tendo influência de diversos rituais religiosos africanos, principalmente os dos povos que vieram de regiões que hoje são o Congo, Angola, Moçambique, Nigéria, Benin, Camarões – e, portanto, diferente dos Candomblés, por exemplo os de origem Yoruba, que ainda hoje guardam forte predominância de influência de sua região de origem, e aqui se organizaram obedecendo a um padrão religioso e cultural já preestabelecido nessas origens. O Omoloko fazia parte do que se chamava, nos fins do século XIX e início do século XX, de Makumba, no Rio de Janeiro; segundo os estudiosos, também a Makumba se originou de diversas procedências, conforme a influência de suas regiões de origem na África; assim, existia a Makumba Mina, a Rebolo, a Cabinda, a Congo, etc. 3 talvez por esta razão tenha surgido o nome terreiro. O Omoloko praticado por nós foi instituído por um escravo. Okô é a deusa da agricultura . logo filho da fazenda. um orixá feminino que é adorada nas noites de lua nova. roça que é delimitação onde professam nas casas as seções espirituais. Este orixá já foi muito devotado nas macumbas. Pela maneira como é pronunciada a palavra com som aberto nas vogais iniciais e fechado nas últimas vogais. O significado da palavra Omolokô também pode ser. Até os centros que mais se assemelham ao culto Omolokô. porque no início. o que viria dar maior consistência a origem do Omolokô. O que é Omolokô Omolokô é um nome de origem yorubá ou nagô. É assentado junto com Oxossi. com forte predominância dos negos da cultura Ketu. no nordeste do estado de São Paulo e em parte do Espírito Santo. sudaneses. Assim sendo. haja vista serem muitas dessas organizações estabelecidas mesmo nas roças. com as macumbas do sudeste (RJ/MG) de origem de negros de cultura bantus. Os exús também são feitos a semelhança de uma pessoa . Logo há uma lógica no nosso conceito se compararmos os candomblés da Bahia. o orixá que preside estas culturas é o mesmo Oxossi. em barro vermelho. Este culto tem todos os seus orixás com os nomes pertencentes a cultura nagô. o nome é Yoruba e existem várias opiniões a respeito de seu significado. uma vez que este culto mantém uma forte predominância de orixá Oxossi que foi que permaneceu com sua cultura intacta dentro do contexto religioso dos negros africanos. como "filhos da fazenda". portanto. ou mesmo "filhos da roça". a quem todos os participantes rendem homenagem arriando suas cabeças ao chão em sinal de respeito e submissão ao chefe da tribo. Filhos da fazenda porque o culto era realizado fora das cidades por causa da repressão policial existente na época que forçavam aos cultores da religião africana realizarem seus rituais dentro das matas fechadas ou lugares inóspitos dentro das fazendas dos senhores feudais. ou debaixo das árvores. filhos do orixá Okô. seus adeptos praticavam-no ao ar livre. significa vertendo o vocábulo para a língua portuguesa o seguinte: Omo = Filho e Oko = Fazenda. ou em áreas afastadas das cidades. nascido na África. saem acasionalmente de suas sedes e oferecem obrigações no interior de matas fechadas. em prateleiras. rezas dos santos. Por serem rituais rituais realizados fora dos limites da zona urbana da cidade. Até mesmo para reforçar a tese defendida pelo Tata Ti Inkice Tancredo da Silva Pinto de que o Omolokô era um culto proveniente da África. devido à falta de recursos. parece-nos uma nação pelo nome e pelos motivos acima expostos que mantém profundas raízes nagôs. no estado do Rio de Janeiro. especialmente pelas mulheres agricultoras de inhame.Casa Senhor do Bonfim O Omoloko organizou-se majoritariamente na Zona da Mata em Minas Gerais. até os seus oriki. onde os sacerdotes se reuniam em noite de lua cheia sob a copa de frondosa árvore carregada de frutos parecidos com maçã. que pertence ao conjunto de orixás Odé. que no nosso meio ficou conhecido como Chico Rei. ou debaixo das árvores chamadas Iroko. 4 . caçadores. Uns dizem que significa "filhos do tempo". Outros atribuem à palavra sentido mais literal e abrangente. designando os negros vindo do meio rural e que professavam tal religião. seus assentamentos parecem-se com os feitos nos candomblés nagô. seus orunko trazido através do jogo de búzios ou Ifá ou Erin_dinlogum do zelador de otá. acabando por se transformar numa cozinheira tão boa quanto a outra. Sinhazinha.Casa Senhor do Bonfim Caso queira estabelecer uma comparação. foi ajudá-la nos serviços. Foi embarcada no Forte da Mina e tinha procedência Mina Je San. do qual teve alguns filhos. Sinhazinha casou-se com esse namorado. mas esteve pelo resto da vida sujeita a crises nervosas e. atual Benin. zambariri ta nangome Zambariri Tata de Umbanda Zambariri ta nangome” “Cinda gueto mundero vangulero Mamãe cinda olha vanguero (bis)” Este conhecimento e a repressão enérgica fizeram com que os negros buscassem formas de expressão cultural mais amena. por isso. Era chamada assim na fazenda em que trabalhou. é só verificar numa macumba com forte predominância bantu e num candomblé de forte influência sudanesa se os cânticos ritualísticos não se assemelham. Veio com vinte anos como escrava para o Brasil. Enquanto esteve doente e convalescendo. dentro da casa grande. povo de língua da família Ewe. e "Maria" foi o nome adotado em terras brasileiras. na Baía de Benin. Entretanto. Já veio feita da África. entre mulheres e homens. segundo uma das versões. A pedido da filha da fazendeira. outra versão conta que Batayọ era uma negra Bini. Um desses homens tornou-se major do Exército. na cidade do Rio de Janeiro. nagô e bantu. passeando com ele a cavalo. e mais tarde foi feito no santo por Batayọ. deturpada ou proibida. talvez nos meios religiosos afro-brasileiros que freqüentou. de fato. para trabalhar numa fazendo do estado do Rio de Janeiro. muito boa cozinheira. Nesse tempo. Seus contemporâneos de culto afro-brasileiro no Brasil diziam dela que era Nago. não escrava. um africano que nunca pisou o solo brasileiro e que era das terras de Egun (também conhecido como Popo ou Je). Batayọ foi transferida para outros serviços domésticos. era de Nanan e foi feita por Sanguerabu. que são os habitantes da região da cidade de Benin na Nigéria. nas cercanias de Porto Novo. a quem se apegou ainda mais.797 na África. uma prima sua. povo que reivindica para si descendência dos Yoruba de Ife. pois sua religiosidade era considerada selvagem. 5 . passou a ser cuidada pessoalmente por Batayọ. Sinhazinha namorava um rapaz de uma fazenda vizinha e. parece-nos haver uma certa mistura de português. quando queriam compará-la com outros praticantes do Omoloko. na futura Roça dela. nos cânticos que nos conhecemos através de assimilação de fonemas por meio de som musical. Seu nome. "Ba" talvez tenha sido agregado mais tarde. no morro de São Carlos. Ficou muito mal e foi salva por Batayọ. Muitas coisas cultuadas pelos negos está mistificada. por exemplo: “Zambariri. História de Batayọ Maria Batayọ nasceu por volta de 1. no litoral do antigo Daomé. caiu e machucou a cabeça. teve impaludismo (malária) e curou-se tomando chá de fedegoso. parece ter sido Tayọ. Batayọ aprendeu muito com essa prima e se revelou com ótimas qualidades. Batayọ era escrava doméstica e trabalhava na cozinha. um dia. de Şango. de Oşoọsi. teve vários filhos naturais e fez vários filhos-de-santo em sua Roça. Quando Sinhazinha morreu. já havia alforriado Batayọ. prejudicada pelo seu estado nervoso. ogan. Heitor. que junto com Henriqueta completou as obrigações de Fujẹko. Roxinha. iyalorişa. castigou demais um escravo. mandando chicoteá-lo no tronco até quase à morte. de Nanan. de Şango. babalorişa. aprendeu com africanos ex-escravos muito sobre os fundamentos das religiões africanas praticadas aqui no Brasil naquela época. ao saber do ocorrido. babalorişa. babalorişa.867. iyalorişa. babalorişa que fez Severino. também filha natural de Batayọ. por volta de 1. ajudando-a a criá-los. Edgar Canivete. veio para a cidade e ocupou sua terra no morro de São Carlos. de Şango. Batayọ tinha cerca de setenta anos. Leocádia. mais de 84 anos. Mané Bertolino. 8. e depois com seus filhos. quando contava. de Şango Alafin. Mano Otávio. Só que. por essa época. Batayọ casou-se no Brasil. de Şango. de Yemọja. 6 . de Ogun. 9. Tuti. teve um colapso e morreu. iyalorişa. iyalorişa. ogan. datando daí a posse desse terreno. Manezinho fez Sizenando. 13. ria. que fez Bibi. babalorişa. iyalorişa. Apesar de ter vindo feita da África. já havia passado dos 80 anos de idade – segundo ele. babalorişa que fez Saul. 11. antes disso. Joana de Yemọja. 3. de Ogun. confirmando-o babalorişa. 4. Muito velha para viver na fazenda. tanto durante o período em que viveu na fazenda quanto em seu primeiro ano na Roça do morro de São Carlos. como recompensa pelo cuidado que sempre tivera com ela. de Ọşun e Oşoọsi. 5. Isso foi presenciado por Fujẹko que. 14. Jerônimo. de Oşoọsi Arranca Toco. fundando a Roça e iniciando sua vida de mãe-de-santo. que fez Miguelão. de Iyasan. de Şango. 2. de Şango. pejigan e filho natural mais novo de Batayọ. iyalorişa. babalorişa. Henriqueta. iyalorişa que junto com Roxinha completou as obrigações de Fujẹko. Guiomar de Mungongo. ainda lhe comprara o terreno do morro de São Carlos. Leba Jui. babalorişa e Manezinho. de Şango. de Ogun. além disso. 6. para que um dia Batayọ tivesse onde morar. por sua vez babalorişa que fez Chico Diabo. babalorişa. 12. Batayọ teve vários filhos-de-santo: 1. iyalorişa. de Ọya. que fez Antoninho. O negro sobreviveu e depois de recuperado matou o fazendeiro a facadas. de Şango Agodo.Casa Senhor do Bonfim O marido de Sinhazinha. Tio Mina. iyalorişa que fez Délia. visto que Tomate. Guiomar de Şango de Ouro. de Oşoọsi. e Maria-Faz-Força. de Oşoọsi Folha Seca. e lhe deu o deka. 7. Tomate. babalorişa. 10. especialmente o Omoloko. a quem ela ameaçava punir com uma "coça" quando achava que ele não se comportava de maneira correta. Sinhazinha. e morreu quatro anos após Roxinha. oşogun. iria cobrir sua casa de flores e pétalas no chão. para receber o Santo dele. fez o aşeşe de Batayọ. babalorişa que viveu 72 anos. ficou encarregada disso na casa onde Fujẹko mais tarde residiria. alabe. de 7 4. mas os netos de Batayọ tomaram posse da propriedade e o Terreiro acabou. de Iyasan. ogan. 18. Os contemporâneos de Batayọ e seus respectivos descendentes que praticavam o Omoloko no Rio de Janeiro eram: 1. iyalorişa. Hildebrando. de Şango. iyalorişa. que fez Tia Josefa. viveu perto de 90 anos e morreu em Abolição. Tião. de Şango. sua filha natural e filha-de-santo. babalorişa. viveu perto de 100 anos. que fez Cecília. na cidade do Rio de Janeiro. que fez Lili do Coqueiro. que tinha então 13 anos de idade. Vinte anos após morreu Roxinha. 2. Chica Boi. de Yemọja com Şango. de Iyasan Garuana. babalorişa. alguém. de Ọşun. Guaraná.970 tinha uma casa de Omoloko em Sobradinho. Mistura. iyalorişa e Cacheado. viveu perto de 100 anos. Maria Capoeira. por volta de 1. 6. que era negra nagô. ficando Roxinha como sua sucessora. Fez: Tiana. iyalorişa. 5. De fato isso aconteceu. por volta de 1. de Iyasan e Oşoọsi.946. que fez Ana Cachorro. babalorişa. viveu perto de 100 anos. Tẹko. iyalorişa. babalorişa. Fez os seguintes filhos-de-santo: "Seu" Chaves. quando ele tivesse entre 36 e 39 anos de idade. Antes. Roxinha. que não era filha de Batayọ. iyalorişa. babalorişa. iyalorişa. O major. Rio de Janeiro. Porfírio. de Oşala. que fez Maria Augusta. que fez Lourdes. de Oşoọsi. na Roça do morro de São Carlos. iyalorişa. de Iyasan. de Oşoọsi e Iyasan. era filha-de-santo de Tia Chica de Vavá. Maria. e Mistura. que fez Sinhô. de Oşoọsi Arranca Toco. de Omolu. que não estava ali. tornando-se filha de Néris. de Şango. de Oşoọsi. babalorişa. a Roça do morro de São Carlos esteve fechada por seis meses.Casa Senhor do Bonfim 15. filho da Sinhazinha. "Seu" Chaves. iyalorişa. de Iyasan. 16. de Oşoọsi. Virgílio Cipozeiro. de Ọşun. Benedito Perna Seca ou Benedito Espírito Mau. Samuel. Mosinha teve os seguintes filhos-de-santo: Cai n'Água. babalorişa. cidade satélite de Brasília. runsol e Alexandre de Ọbaluaiye. depois de concluídas suas obrigações com Roxinha e Henriqueta. 17. babalorişa. de Şango. Ricardina. que abandonou o Omoloko e passou para o Candomblé Angola. também morava. Henriqueta. babalorişa. viveu 60 anos. nem de sua descendência nem ascendência e que sequer chegou a conhecer Batayọ. Deawe. no momento em que ficasse pronto. Mano Elói. Edgar Canivete e Fujẹko. nome provável José Gomes da Costa. oşogun. de Ọşun. ela disse que. de Ogun. onde. tirou a mão-de-vumi dos filhos de Batayọ e deu saída ao ẹbọ de seus Santos. Dona Jeje. por volta de 1926. babalorişa. nome provável Elói Antero Dias. Tuti. iyalorişa. babalorişa. Tia Cláudia. Fujẹko de Şango Agodo (Gérson Gentil de Azevedo). de Şango. iyalorişa. que fez Orlando do Pó. babalorişa. além de ter sua Casa-de-Santo. e Djama de Alalu. Henriqueta ainda ficou na roça. viveu perto de 70 anos. Henriqueta fundou então um Terreiro em Bento Ribeiro. Mosinha.950. viveu perto de 100 anos. Fez: Orlandino da Cobra Coral. Para este último. Batayọ morreu aos 129 anos. de Ọbaluaiye e Yemọja. quando Lili. Anunciou sua própria morte algum tempo antes. Dona Mariquinha. Depois disso. iyalorişa. que no ínicio da década de 1. de Şango. de Oşoọsi. Ricardirna. de Oşoọsi. Zé Spingéli. . 7. filho natural de Batayọ. de Şango. de Ogun Meje. Nove pessoas presenciaram sua passagem: Samuel. babalorişa. Sarah. de Oşoọsi e Ọşun. que fez Dona Chica. de Omolu. Fez Custódio Caravana. iyalorişa. 3. de Ogun. Lourdes havia feito Ildérica. Maria de Nanan Buruke. partiremos do princípio muito provável que o nome dessa yalorişa seja Yoruba e que Sanguerabu seja um nome pertencente a uma língua da família Ewe. de Nanan.8. Nota sobre a origem de Maria Batayọ Para tentar descobrir a origem de Batayọ. Sendo ela de descendência Bini. Chico Velho. alabe. foi estabelecida uma dinastia Bini. e muito provavelmente. irmão natural de Batayọ. morreu com 105 anos. Outra origem provavel seria nas terras dos Anago. viveu perto de 110 anos. Mina Je San. babalorişa. Há ainda o fato de ela ter nome Yoruba e ser filha-de-santo de um babalorişa de origem Egun. que fez: Ezinho. neste caso. todos de língua da família Ewe. de Ogun. pois isto não foi mencionado como sendo uma de suas origens. de Oşumare. passando para o Candomblé Ketu. de Osanyin. de Şango e Ọşun. Tio Chico. houve um intenso comércio de negociantes escravagistas portugueses entre essas duas cidades. Além disso. seria ela também Yoruba. de Ogun. que fez Sinhô de Sete Pedras. com as terras dos Egbado e as dos Awori no interior e 8 . sendo Bini. Inhá. mas que fossem terras Yoruba e não terras Bini. iyalorişa. dão a ela diversas origens. Nago. babalorişa. Militão. No primeiro caso. Cláudio. babalorişa. babalorişa. no sentido oposto. iyalorişa. tendo Lagos pago tributos a Benin até 1830. que ocupavam a região litorânea da Baía de Benin. 13. Conforme já vimos. Tia Fé. de Ọşun. no sentido oeste-leste. 15. como conta sua história – Je (ou Egun ou Popo). iyalorişa. que abandonou o Omoloko. que habitavam a parte litorânea dessa região e que vinham desde a Cidade de Benin. não sendo Awori. Chica Velha (tronco vindo da Zona da Mata de Minas Gerais. por quem acabou sendo feito para Eşu Lalu. poderia ter nascido e se criado numa região de fronteira. teriam seus antepassados migrado para uma região que fizesse fronteira com Egun (ou Popo ou Je). que fez Ercília de Arruda. de Şango das Almas. babalorişa. de Iyasan. de Oşoọsi. ou em terras dos Egun (ou Popo ou Je). fez: Soféria do Soferão. iyalorişa. que fez "Seu" Domingos. no antigo Protetorado Britânico. ou em terras Yoruba. Geraldo. babalorişa. de Oşoọsi. 9. iyalorişa. 12. 11. nessa cidade. Maria Batayọ poderia ter nascido também em um distrito chamado Egun-Awori. de Bẹsẹn. Os dados conhecidos. ogan. Essa afirmação baseia-se também na história contada acima e no fato óbvio de que Batayọ teria que ter convivido com Sanguerabu. entre eles os Egun (ou Popo ou Je). povo também conhecido como Popo ou Je. Bini e de procedência do Porto da Mina. de Ogun e Ọşun. onde a população era constituída de pessoas de Egun e de Awori. Farrel. ela teria convivido com Sanguerabu. ela seria Je. babalorişa. ogan. o povo Bini se considerava descendente dos Yoruba de Ife. babalorişa. na região de Badagri. nome provável Fé Benedita de Oliveira. que fez Paulo Demandista. de Ọşun. ou descendente de Bini. leste-oeste. Pensamos que. sendo Batayọ Bini. ou seja. de Oşoọsi. o que era uma possibilidade concreta. conhecida nessa época por "África Mineira"). no século XV. ou de origem Yoruba e nascimento Je. então. ou Tayọ. La Grossa. onde se encontravam com os Bini. até Badagri. ou Nago. que circundava Lagos. 14. Bakayọdẹ. Eleotério. pois havia povos. ou até mesmo essa cidade da Nigéria. alabe. 10. que fez Lili. região no interior do antigo Daomé. de Iroko. Já os Yoruba localizavam-se no interior desse litoral. perto de Lagos. viveu 80 anos. iyalorişa. iyalorişa. aparentemente inconciliáveis. visto que. Casa Senhor do Bonfim Oşoọsi e Iyasan. de Omolu. Awori é um povo que se estabeleceu em Lagos na época da dominação Bini sobre essa cidade. ou em terras de fronteira ou de vizinhança desses dois povos. por exclusão. de Şango. Hipótese também possível. filho de Fumotin. Raul. era babalorişa de Şango e tinha um irmão-de-santo. que fazia fronteira com o reino de Ketu. Fez Neném do Bambual. babalorişa. Essa região poderia ser a antiga Província de Colônia. indo desde o Gana. A religião dos negros se destacaram dos negros de outras etnias pela forma como tratavam os doentes. se não apresentamos nenhuma novidade para muitos leitores. já sabemos por que ela poderia ser Mina. que abrange o Forte de São Jorge da Mina. mas seu nome é Yoruba. sem nenhuma contradição em ser Mina Je. pelo menos afirmamos alguns pontos que consideramos como certos: Batayọ ou era das terras dos Nago do antigo Daomé. todos os Yoruba do Daomé eram considerados Nago (ou Anago). Se Batayọ tivesse nascido aí. tem nome de origem provável Je. mesmo se descobrirmos. Je. Ora. A religião do negro é 9 . É uma realidade que a Makumba é geralmente tida como uma prática de feitiçaria. conforme já vimos. no século XIX. Congo e Nigéria são os fundamentos. Mas para ser Je. em Gana. seria uma Dje. trazendo consigo a sua religião. Analisando por esse ângulo. Batayọ poderia ser considerada Nago pelos seus contemporâneos no Brasil por ser mesmo Nago. ou por ser realmente Yoruba de outra região africana. sendo Yoruba do Daomé. aos quais se vieram juntar certos valores cristãos e ameríndios brasileiros. que talvez não tenha origem Yoruba mas que adotou língua e cultura Yoruba e habitava as terras dos Anago. caso fosse descendente de Bini. por ser Yoruba do Daomé. Esse povo se auto denominava Dje. Existia também um povo denominado Ahori. Há um milagre que vem das Divindades que se representam pelas respectivas Forças da Natureza. de população majoritariamente constituída de uma mistura de Anago (ou Nago). engloba simplesmente todos os mistérios e rituais africanos com alguma influência cristã. Nesse caso ela poderia ser tida como Nago no Brasil. Talvez. não possamos decifrar a questão. Angola. Os Egun (ou Popo ou Je) os conheciam. mas talvez fosse considerada também Yoruba pelos Egun (Popo ou Je). que fica na região conhecida igualmente como Costa da Mina. pelo fato de ser Bini. Na verdade. para os daomeanos. Os escravos do Congo e Angola foram trazidos para o Brasil. quer em casos espirituais.Casa Senhor do Bonfim com os Egun (ou Popo ou Je). O fato de também ser considerada Mina pode ser explicado por ela ter embarcado para o Brasil no Forte da Mina. unindo-se assim todos num novo culto inicialmente denominado "Congo de Ouro". Ali existiam comunidades Egbado. aparentemente não poderia ser Yoruba. sendo ou não de descendência Bini. Nesse caso ela seria conhecida como Mina-Nago. mas poderiam se relacionar com eles. Poderia ainda ser considerada Yoruba mesmo se tivesse nascido em terras Je. OMOLOKO Nem tudo nas religiões é mitologia. Assim Batayọ tanto seria Dje. ficando conhecido na Bahia como "Candomblé de Caboclo" e no Rio de Janeiro como "Makumba". Ela poderia ser Je (Popo ou Egun). o que nos levaria a supor que ela poderia ser Anago (ou Nago). e a Baía de Benin. os Yoruba que desembarcavam na cidade procedendo de qualquer região da África ou do Brasil eram chamados de Nago. Porém Batayọ era Mina Je San. No Rio de Janeiro. como eram denominados os Yoruba embarcados na Costa da Mina levados para o Rio de Janeiro no século XIX. um de seus filhos naturais. Todos os povos africanos têm cultos idênticos. Essa hipótese confirma mais uma vez sua condição Yoruba. período em que Batayọ chegou ao Brasil. e Egun (ou Popo ou Je). com certeza. mais tarde " Omolokô". Além disso. no litoral. Yoruba descendente de Bini ou Bini. atual Benin. mas para o Omolokô. tanto que os chamavam de Holi. Isso é possível pelo fato de que tanto os Egun (ou Popo ou Je) das comunidades Egbado quanto os Ahori (ou Holi ou Dje) habitarem as terras dos Nago (ou Anago). O que concluímos é que não podemos ainda precisar o local exato do nascimento de Maria Batayọ. Dewae. já na fronteira com os Ketu. Nago. ou era da região de Lagos/Badagri na Nigéria – e. Nesse caso também seria considerada Nago (ou Anago) por eles. de acordo com o já visto. talvez porque falte desvendar o que seja San na palavra Jesan ou na frase Je San. No entanto. era Yoruba no sentido mais amplo da palavra. os seus rituais forma facilmente assimilados. visto que. Os Ahori não habitavam terras que fizessem fronteira com aquelas ocupadas pelos Egun (Popo ou Je). etc. No culto Omoloko. os Deuses são a personificação da Natureza e manifestam-se através de vibrações. A hóstia é o corpo de Cristo para o Omolokô. Mussurumins e Lunda Kioko das quais se originou. Daí o respeito pela hóstia. segundo anagrama cabalístico em que se consorciam os elementos constitutivos do Universo(já conhecidos pelas civilizações greco-romanas. Paralelamente. uma soma de conhecimentos. uma vez que são os espíritos da Natureza Elementar cuja densidade repousa no infinito. cultuamos os espíritos dos antepassados. sem matança. terra. incorporam no seu eleito para transmitir conselhos e a vontade do Deus. fogo e ar – as iniciais das nações Males. O Culto Omolokô é uma herança de Moisés. Houve na verdade. Deste casamento surgiu um Rei Nagô que levou o conhecimento de Cabala para o Omolokô. porém. Numerologia Cabalas Cabala do Nome: Exemplo: Reinaldinho 09/02/1981 = 3 Kangira Mês de Quianda-Aioká (Yemanjá)= procriação é a mãe e adjunta de Quimboto (Omolu). heróis da nossa nação. preceitos.Casa Senhor do Bonfim uma religião onde a alegria impera num ritual mágico do ingresso ao divino onde a ligação entre a Natureza e o Sobrenatural não foi quebrada. OMOLOKO . almas ancestrais das quais descendemos. egípcia e mesopotâmica) – água . ar. os africanos. enquanto que aos Deuses Nagô dá-se o nome de Orixá. Força da água de 10 Povo de Cabulas Junção c/ Povo de Moisés . Aos Deuses do Congo-Angola dá-se o nome de Inkice. Numerologia: estudo dos números e sua influência em nossas vidas. segundo pode-se observar a seguir: água O Males M terra O Lunda L fogo O Kioko K ar O Nações Lunda Kioko Omolokô – Lunda Kioko A Cabala é a resultante da união do homem Cabula com a mulher do povo de Moisés. o primeiro Cumbabizame (batizado em nome de Oxalá) do estado do Rio de Janeiro. Estes espíritos. A iniciação dentro do Clero do Catolicismo é igual a nossa. Introduziu abandeira da nação Lunda Kioko e o nome do culto Omolokô. pertencentes a falange-pedra-de-vibração da natureza pura de um Deus. O pai do Omolokô no Brasil foi o Tata ti Nkisi Tancredo da Silva Pinto.significa " Os Filhos da Natureza" que cultuam a Natureza Pura (Inkice) fazendo paralelamente o Culto da Almas Ancestrais. Esta união trouxe o conhecimento da Cabala para o Omolokô. O mar é o maior espelho astral no mundo pois reflete todo o céu. Os mandamentos do Cassueto 11 . A cabala do nome não associa a data de nascimento: 1 A J S 2 B K T 3 C L U 4 D M V 5 E N W 6 F O X 7 G P Y 8 H Q Z 9 I R A cabala da vogal significa personalidade. compreenção. independente de sua classe social. humildade. não é apenas servir-se de intermediário. água. terra. Sai de toda influência do Santo e representa nossa vida na terra. Ar. mediunidade de incorporação. Significa os extremos. Espiritualidade reflete nos seus atos na terra e vice-versa. e sim um lugar de absoluto respeito. Deve praticar a caridade sem alardes. Sabedoria. Que possua qualidades que sejam cultivadas. transmutar e liberar a energia. que todos nós temos. deve-se procurar observar para aprender. elevação espiritual. nas comunicações entre o mundo invisível e visível. Ser médium de Umbanda. na verdade implica uma série de exigências. é preciso que a pessoa tenha virtudes especiais. para que se crie afinidades com o plano superior espiritual. Possibilidades amplas. e acima de tudo manter a concentração para o bom andamento dos trabalhos. 9 – Humanidade/Almas: Mediunidade forte. Pai da mediunidade. A cabala da consoante significa as coisas colocadas por Deus na terra. É preciso manter a boa ordem e a harmonia entre os médiuns e esse possível com os assistentes. fogo. o que provoca a incorporação. discernimento. Quando se entra para um Terreiro. 6 – O mestre: Ferimã. Elemi aberto. Define-se necessidade de caridade e desenvolvimento espiritual. Significado da Cabala: 1 – Princípio: Quere-Querê e Aluvaiá 2 – Equilíbrio: Quimbotô 3 – Livre arbítrio: Kangira 4 – Universo: Jambangurim. estará sempre aprendendo coisa novas e se aprofundando na doutrina. Qualidades indispensáveis aos médiuns Ser médium. 7 – Força espiritual mística: Quianda-Aioká. não é apenas um ponto de encontro para por as fofocas em dia”. Usar o corpo físico para atrair. onde se deve procurar ajudar os outros. Numa série de requisitos a ser constatado na criatura que se diz médium. Na verdade ele nunca saberá tudo. Equilíbrio céu/terra. 5 – Corpo Físico: Madé. deve procurar sempre aprender sobre os profundos conhecimentos da umbanda. e principalmente lembrar que um “terreiro. ou outros detalhes. Precisa e tem o dever de agir corretamente com seus semelhantes. 8 – Céu e terra: Kambalassinda e a maioria das santas Lundas. É dele que vem os búzios e uma série de conhecimentos que nós temos. Maior força.Casa Senhor do Bonfim Ano de Madé (Oxossi) = Ano governado pela terra: força de mediunidade/cura Força de terra e 2 vezes da água governando o elemento dele. O médium. Yemanjá representa a força mística do mundo. Além da faculdade inata de mediunidade. olhar sempre para cima para enxergar as coisa divinas. as vezes ele é mais virtuoso do que nós. mais dia menos dia. Quando a Mãe ou Pai de Santo demorar. o tempo de seu Pai ou Mãe de Santo tem valor. a verdade sempre por mais que nos custe 10. não entrar no roncó(quarto de Santo) com corpo sujo de sexo. nunca responder o Pai ou Mãe de Santo 6. mesmo que estas lhe firam. dentro e fora do Abaçá 36. comparecer às seções do Ilê e reuniões de instruções 28. nunca falar mais alto que o Pai ou Mãe de Santo 7. com carinho nos dias certos 14. fazer no mínimo uma vez por ano limpeza de quizila. esperar sempre com paciência. não cortar o cabelo antes de 7 meses depois da camarinha. não soprar fogo ou coisas quentes 23. evitar o uso de roupas pretas 34. o dever está acima de tudo. calçado de rua. só assim chegaremos ao verdadeiro caminho 13. nunca com imposição 8. quando estiver presente 3. manter a calma e estimulação à união sincera com os irmãos. porque a riqueza maior é a maior virtude de ver. HUMILDADE. porque cabe ao Santo e ao Exu a cobrança das faltas 12. e não colocar produtos químicos 27. no período de 21 dias de decisa. todo Yaô deverá saber manter os seu erós. não permitir que pessoas não iniciadas coloque a mão em sua cabeça 25. quando precisar de um conselho ou opinião fazer ajoko e pedir com humildade. desprendimento também é virtude 17. HUMILDADE. nunca o Yaô poderá fazer comentários na ausência da Mãe ou Pai de Santo 9. não culpar o Santo pelos problemas materiais e por não nos atender. cuidar de seu Santo. tomar banho de abô e banho de santo. não tomar marafo em nenhuma ocasião 32. não menospreze ao contribuir com sua salva e nem julgue que o está comprando. O respeito pelo ajeum 12 . só usar roupas branca às sextas-feiras 4. e não fazer uso dos segredos do Santo. No Santo é valioso. todo iniciado tem por dever comungar. não comer em prato fundo 24. todo Yaô tem por obrigação comparecer às obrigações do Santo. fazer ajoko e esperar a resposta 5. acatar as opiniões ou ordens com amor. sem pedir bandagira. ouvir e calar e sempre aprender. tudo virá. não fazer ajeum sem pedir a benção do Pai ou Mãe de Santo. saber respeitar os Yaôs. as coisas sagradas não tem valor 21.Casa Senhor do Bonfim 1. manter atitude dignas. o Santo nos experimenta para nos conhecer 16. nunca interromper uma conversa. deve tomar banho de santo e colocar roupa de santo 26. bebida alcoólica. 22. desde os mais velhos até os mais novos 11. não censurar o nosso semelhante. Cumpra-o e estará em paz com o Santo 19. 33. dentro da sua ignorância 18. respeitar e auxiliar o próximo 37. não fumar na presença da Mãe ou Pai de Santo 2. em respeito a Oxalá. não tomar nenhuma bebida no bico da garrafa 31. ter paciência com todos. não precisa ser chamado. HUMILDADE. temos que ver se somos merecedores daquilo que precisamos 15. por menos que seja para nós. não tomar bebidas em frente ao bakuro 35. não comparecer a enterros 30. dando obrigação para o Eledá e para o Exu. após manter relação sexual 29. o Iaô deverá procurar seu Pai ou Mãe de Santo para as obrigações e nunca esperar que este as lhe ofereça 20. catu de Amalá” • Para apanhar folhas: “Ago Ossãe. azuelê. São axés pertencentes ao Exu e ao Santo • não deixar dinheiro sobre a mesa da refeição. afugenta a proteção • sempre de branco. o Exu ou o Santo não aceitam. blusa e ojá brancos • virar um copo com água sobre um pires com uma vela branca acesa sempre que for cozinhar para as almas e Santo • não servir treze pessoas do mesmo sexo. copos e colheres com a mão direita • não se joga pão fora. ao mesmo tempo. é desrespeito e provoca miséria • não se alimenta com alimentos que caíram no chão. com faca. aiô quitangananzambe aiô E a calunga qui ton assema. ojorê no ylê. Amim” • Nquece Nquece Cantada: “Ce quece de quando dandalunda Bis Ce quece de quando eu anda Ukassange a kolossange a muquenguê In dun kaia lacaia do amuquelé Azutenda ê. sempre um homem e uma mulher • não se cortar para o Santo aves ou bichos de quatro pés a não ser nas juntas. prato fundo. sem isso. meu cambé!” • Pai Nosso em Nagô: “Ote Padre Nosso cum Ave Maria securo câmera Quitangananzambe aiô. A miséria fareja. e a calunga qui ton Azambe aiô. é das almas • sempre receber e passar pratos. faca e garfo são armas de Exu • quando se come no Abacá. Rezas: • Para entrar no roncó: “Olorum modupé. catu de dandalunda. é alimento Santo • não se mexe em alimentos que são cozidos no sentido da mão esquerda (demanda ou encrenca) • não se mexe comida do Santo com a mão esquerda • não se mexe comida do Exu com a mão direita • antes de começar a cozinhar para o Santo.Casa Senhor do Bonfim • não se come despido ou sem camisa. prato e colher. é ofensa ao Anjo da Guarda • comer com chapéu ou sem ojá é comer acompanhado do diabo • não se come com prato na palma da mão. saúda-se-o na terra • não bater tampas de panela. saiote. deve-se fazer o océ. Devolve-los sujos complica a vida • não se come as pontas e os miúdos dos animais. O Santo recusa antes de cortar qualquer animal no Exu ou Santo. lava-se o copo. axé na içaba me cura” • Para preparar banhos: Axé amim na içaba 13 . faz-se o sinal da cruz e saúda-se o Santo da respectiva comida • antes de começar a cozinhar para o Exu. in dun kaia lacaia do amuquelum Angoloméia congo assamba Angola Azuelê catu de Amalá Azuelê. e o do seu Zelador. saúda-se todos os Exus na mesa central (intoto) dizendo: Laroiê Exu Mojubá Axé! Cerimônias do Culto: 14 . levando a mão direita ao chão e saudando à todos os Orixás.. e por último a porta do Ronkó. bom dia pra quem é de bom dia” “Mojubá Exu Laruyé” Hierarquia Sacerdotal: Tata Delogum ou Zambura: responsável maior pelo jogo de búzios/Babalaô Tata ti Inkisi: responsável por iniciar os Yaôs no Santo Tata ti Ingorossi: responsável pelos orôs do Santè(rezas rituais) Tata Nê: mestre de cerimônias Ogã de Creche: responsável pelo Exu Alabê: responsável pelos atabaques Kalofé: responsável pelas obrigações na Sala Okála: administra cerimônias Atoxogum: sacrificador de bicho de dois pés Tata-Kivonda: sacrificador de bichos de dois e quatro pés Onã Ofã: responsável pela colheita de ervas Makota: responsável pelo Ronkó Yabá: responsável pela culinária ritual Pejigã: mesma função da Makota Cotas: auxiliares nas obrigações do Ronkó Samba: Ekedi resposavel por dançar com os Bakuros Saudações dentro da Casa de Santo: Todos os médiuns ao entrarem no Abassá devem primeiro saudar a tronqueira (Laroiê Mojubá Exu!).Masculino).. Já dentro do barracão deve ser saudado o pilão (Epa Babá Oxalá!) em reverência. as Makotas. os Alabês. somente os Zeladores de Santo e aos Alabês...Casa Senhor do Bonfim De alafiá vodunsium Meu tateto (Nome do Bakuro do Filho . direita e centro). somente.. atabaques e pilão. pede-se ago ao Exu da Casa... Minha mameto (Nome do Bakuro do Filho . Ao entrar no Ronkó dá-se três paós ao Bakuro da Casa e mais 7 de reverência aos demais Bakuros.. o Babá/Yá kekerê.. em especial o seu. os Pejigãs e às Yabás. saudar o Tempo (Tempo iô!).. e saudar Ossãe (Ewe assa!). saudar o Peji do Ogun/Atabaques com 3 paós (esquerda.Feminino).. saudar as almas no cruzambê (Adorei as Almas!). Ao entrar no Creche. Eu quino a mina Ossãe Axé na mironga içaba me cura • Para fazer ageum: “Ageum Omã Babá meu cambé” • Para entrar no Creche: “Boa noite pra quem é de boa noite. Os membros da hierarquia que deverão ser tomados bênçãos são: os Tatas/Ginjas. Segurança do Exu não dá ajoko. Faz-se a saudação a Exu na porta do Creche........ Em ajokô. o da Casa. encurvada para baixo e para frente) Arma: Xaxará. conde. feijão preto e bife de porco Frutas: araticum. jaca. jatobá.Casa Senhor do Bonfim Aba baxé de ory: feitura de Santo Sirum (Axexê): cerimônia fúnebre Vumbi: despachar a alma do morto da cabeça do Yaô Deká: cerimônia realizada na 7ª obrigação onde o Yaô recebe os seus direitos sacerdotais Océ: toda e qualquer tipo de limpeza Bori: esfriamento da cabeça. jaboticaba.: Kalofé Olorum Resp. preto (Omolu) ou. canela de velho Flor: cravo de defunto Local oferenda: ao pé da gameleira preta 15 Resp.: Motumbá’xé Jeje Omolokô Ketu . branco. ata. cajamanga. manjericão roxo. laranja da ilha Cereal: milho alho(pipoca) Perfume: extrato de jaca Pedra preciosa: Ônix Otá: Tapiocanga. pedra furada Içabás: gameleira preta. vermelho e preto (Obaluaiê) ou amarelo e preto Dança Cabalística: Opanijé (imita o movimento de pessoa ferida. Positivo x Negativo= Vida e Morte.: Kutendá Axé Resp.: Olorum Bakunfun Resp. Festejado: 16/08 Dia: segunda-feira Divindade: vida e morte Sincretismo: São Lázaro e São Roque Exus: Macuenda/Dake/Baru Cabala: 2 – equilíbrio Saudação: Atotô! Planeta: Saturno Fios: branco. Energia de cura. transmutação. foice e cutelo Adorno: Azé Metal: Chumbo Bebida: Acaraé (dendê e água) Comida: Pipoca. Dar de comer a cabeça Amanci: lavagem de cabeça Cumprimentos dentro do Santo: Bakunfun Kalofé Kutendá Emi Mucuiú Motumbá Os Bakuros: Quimbotô/Obaluaiê: Lembá Mundo O mundo da vida e da morte comandado por Quimbotô a pedido de Lembá.: Mucuiú mo Zambi Resp. escudo Adorno: akorô(capacete) de palha da costa.Casa Senhor do Bonfim Animal: frango carijó. folha de manga espada. porco piau(preto e branco) Paó: cinco acima. designado por Gangarumbanda. sapoti Cereal: feijão preto Perfume: extrato de cravo Pedra preciosa: rubi Otá: minério de ferro Içabás: alecrim do campo e horta. trilho Animal: frango avermelhado. da sabedoria. guzu cofane! Kangira/Ogum: céu defesa Terra/caminhos Bakuro da luta e defesa. mostra que nada está oculto à justiça divina. peregun macho Flor: cravo vermelho Local oferenda: estrada. Festejado: 23/04 Dia: terça-feira Divindade: das lutas. Sincretismo: São Jorge Exus: Tiriri Cabala: 3 – livre arbítrio Saudação: Ogunhê Patacury! Planeta: Marte Fios: verde e vermelho Dança Cabalística: Bravun. espada Metal: aço. guzu. três no centro. uma na frente. 16 . uma atrás. cromium. senhor do som. cobalto Bebida: cerveja branca Comida: feijoada. 3 na frente e sete de reverência Dizeres: Ogunhê Patacury que Jasse Jasse! Jambangurim/Xangô: Livro da justiça Eixo/ elo de ligação entre céu e terra Simbolizado pelo oxê (machado alado). cará Frutas: manga espada. feijão tropeiro. majerona. cinco abaixo. Vence adversidades. cabrito vermelho mocho Paó: 7 batidas à esquerda. Igualdade dos seres sem distinção para todos. abacaxi. Bakuro da justiça. churrasco. das pedreiras. do poder e da força das pedras preciosas. ferro. 7 à direita. sete de reverência Dizeres: Omolu. através de Jambangurim. fazendo movimentos de lutas com espada Arma: espada. senhor dos caminhos. da guerra. do sustento. cachoeiras Animal: frango vermelho. 3 de reverência Dizeres: Ure. da bonança. senhor das matas. animais. negamina Flor: cravo vermelho Local oferenda: pedreiras. das virtudes. Chefe dos caboclos. Festejado: 20/01 Dia: quinta-feira Divindade: caça e fartura/matas Sincretismo: São Sebastião Exus: Tranca-Gira/Padê Ekoritá/Tranca-Ruas Cabala: 5 . como se lançasse pedras ou lutasse com seu machado Arma: machado alado Adorno: oxê Metal: ouro e platina Bebida: cerveja preta Comida: amalá. da semeadura e da colheita.universo Saudação: Kawô Kabiecile! Planeta: Mercúrio Fios: vermelho e branco Dança Cabalística: Adarrum ou alujá. repetir 2 vezes. ure degre! Madé/Oxóssi: Santíssima trindade/força do livre arbítrio Eixo de ligação/céu e terra Equilíbrio entre os homens Senhor da mediunidade. caqui Cereal: lentilha Perfume: sândalo Pedra preciosa: rubi e diamante champanhe Otá: pedra raio Içabás: jaborandi. erukere Metal: prata e estanho 17 . caçador. cipó São João.Casa Senhor do Bonfim Festejado: 30/09 Dia: quarta-feira Divindade: deus do raio e do sol Sincretismo: São Pedro Exus: Barabô e Beri Cabala: 4 . simulado lançar suas flechas. pecuária. melancia. rabada Frutas: maçã. okê Aro! Arolê! Planeta: Júpiter Fios: verde e branco Dança Cabalística: adarrum. caçada Arma: ofá (arco e flecha) Adorno: penacho. seguidas de 1 acima e 1 abaixo. da agricultura. carneiro branco Paó: 3 batidas horizontais da esquerda para direita. chifres.homem Saudação: Okê Ode qui Bambi o klima! Ode koquêmayo. fauna e flora. amendoim Perfume: flor do campo Pedra preciosa: jade/esmeralda Otá: pedra do cascalho limosa esverdeada Içabás: guiné. harmonia Sincretismo: Jesus Cristo Exus: Alalu/Lalu Cabala: 6 – o mestre Saudação: Epa Babá. trigo Perfume: extrato de maçã Pedra preciosa: diamante puro e branco Otá: cristal da rocha Içabás: gameleira branca. patchouli Flor: copo de leite Local oferenda: no cume dos montes Animal: pombo branco. eucaliptos. maminha de porca Flor: flores silvestres Local oferenda: ingás. Orixá da paz. 7 lentas na frente e 7 de reverência Dizeres: Okê ode qui bambi o klima! Ferimã/Lembá/Oxalá: fogo água equilíbrio eixo céu/terra terra ar Equilíbrio céu/terra. opaxorô. uva branca Cereal: canjica branca. tira teima.Casa Senhor do Bonfim Bebida: aluá(rapadura e gengibre). exeu ê Babá! Pembelê Lembá!(Oxaguiã) Planeta: Plutão Fios: branco leitoso Dança Cabalística: Ijexá. Festejado: 24/12 Dia: sexta-feira Divindade: paz. canjica branca. O bem que traz quatro elementos favorecendo livre arbítrio. pitanga Animal: frango índio. à esquerda e a direita. senhor do universo céu/terra. luz divina. levando-se em cada vez as mãos fechadas para adiante e para cima lentamente. mais 3 na frente e 7 de reverência Dizeres: Epa Babá. bode vermelho mocho Paó: 3 batidas espaçadas. da evolução espiritual. manjericão branco. carneiro branco. frango caipira branco Paó: 4 batidas em cruz de cima para baixo. junca. mungunzá Frutas: pêra. vinho moscatel Comida: axoxô Frutas: carambola e todas as outras Cereal: milho amarelo. esguio e como se lutasse p/ Oxaguiã Arma: mão de pilão. caoriz(espada e escudo prateado) Adorno: adê (coroa) com búzios Metal: ouro Bebida: vinho branco Comida: cuscuz de arroz. igbin(caramujo). amor. Axé no ori! 18 . acaçá. lento e curvado como se andasse com um cajado p/ Oxalufã e rápido. da Glória Exus: Bombo Gira Amará Cabala: 7 – o espírito Saudação: Odô Iyá! Yemanjá! Planeta: Vênus Fios: Azul Escuro/Branco. cabra branca mocha Paó: 7 batidas com as mãos imitando o movimento das ondas. purificação de energias. água do mar Flor: hortência Local oferenda: banco de areia das praias. Acaçá. marés). beleza. beira de rio Animal: pata branca.Casa Senhor do Bonfim Quianda-Aioká/Yemanjá: Mundo(universo) águas Domínio do mundo. mamão. S. Senhora da água salgada em movimento(ondas. manjar. ebô Iyá Frutas: melancia. vulcânica Içabás: Apolônia. uva brancas Cereal: arroz Perfume: alfazema Pedra preciosa: água marinha Otá: pedra marinha. mais 3 na frente e mais 7 de reverência Dizeres: Odô fiabá! Querequerê/Nanã: morte domínio sobre a morte e as Mujilos 19 . procriação. Festejado:02/02 Dia: sábado Divindade: das ondas marinhas (Olokum é a Orixá Rei do mar) Sincretismo: N. da água e presença feminina no universo(espelho do universo). ou cristal Dança Cabalística: aguerê lento ou adarrum simulando o movimento das ondas Arma: abebê(espelho) de alumínio Adorno: adê e filá(chorão cobrindo o rosto) Metal: ouro e prata Bebida: champanhe Comida: peixe. equilíbrio emocional. Sant’Ana Exus: Bombo Gira Curie/Gira Nabê Cabala: 1 . S. tapera. S. cabra fumaça mocha Paó: 7 batidas lentas na frente da esquerda para a direita. vaidade e da bondade. anderé. como se banhasse em uma cachoeira. Festejado: 26/07 Dia: domingo Divindade: chuvas e purificação do ar Sincretismo: N.princípio Saudação: Saluba’! Astro: sol. espada(Opará) Adorno: adê e filá Metal: ouro e prata velha amarelada 20 . Foice. da beleza. da candura. palma de Santa Rita Local oferenda: ruínas. domínio sobre os sentimentos Senhora da afetividade. sarapatel. como se embalasse um bebê no colo Arma: ibiri Adorno: adê e filá Metal: cobre Bebida: guaraná Comida: camarão. palma de Santa Rita Flor: adália. Arcos nas pontas das estrelas. uva roxa. estrela da 5ª magnitude Fios: Lilás fosco/Branco Dança Cabalística: adarrum. figo Cereal: feijão roxinho Perfume: jasmim Pedra preciosa: ametista e cristal roxo Otá: seixo de cachoeira redondo Içabás: manacá. Dona das chuvas e governa juntamente com Ibeji. do amor. ilá de lamento Arma: abebê. Festejado: 08/12 Dia: sábado Divindade: águas doces Sincretismo: N. xinxim de galinha Frutas: melão roxo. mais 3 rápidas e 7 de reverência Dizeres: Saluba Nanã! Kambalassinda/Oxum: Brandura. Sete pontas – Sete Bakuros maiores criados por Querequerê. mangue Animal: franga cinza.Casa Senhor do Bonfim Força de Orimã(crianças). ofideri oman! Planeta: plutão Fios: Amarelo ouro ou Azul Claro e Branco Dança Cabalística: ijexá. Aparecida Exus: Bombo Gira Iyá Omim/ Gira Mungongo Cabala: 8 – céu e terra Saudação: Ora ie ieo. afetos. Bakuro da limpeza e a purificação da atmosfera para a vida dos homens. quindim Frutas: banana ouro. o mesmo à direita. cabra branca mocha Paó: com os joelhos flexionados. hortelã Flor: margaridinhas Local oferenda: praças floridas.Casa Senhor do Bonfim Bebida: champanhe. sidra Comida: omolocum. beira de rio Animal: franga amarelada. melão. mamão e banana Cereal: feijão fradinho Perfume: erva doce Pedra preciosa: topázio Otá: seixo de cachoeira liso e arredondado Içabás: brilhantina e ariri Flor: lírios brancos. Frutificam as plantas. turbulência. 1 batida lenta e 3 rápidas à esquerda. jardins Animal: pombo Inhapopó/Yansã-Oyá: Movimento. crisântemo Local oferenda: cachoeira. semeiam paz e equilíbrio. 3 rápidas no centro. dão prosperidade. Festejado: 12/10 Dia: domingo Divindade: protetores da polícia e das crianças Sincretismo: Cosme e Damião Exus: Mirim Saudação: Ori Beijada! Erêmi! Erê dois dois! Astros: sol e lua Fios: Azul e rosa ou colorido ou alaranjado e branco Adorno: adê Metal: prata Bebida: refrigerante Comida: caruru e doces Frutas: todas Perfume: jasmim Otá: bonecos de tabatinga assentados na areia com cabaças em volta Içabás: folha de amora. 7 de reverência Dizeres: Ora ie ie ô! Kaculo/Kabaça(Erê): Força do amor que fecunda e gira. agilidade. funcho. tempestades 21 . pêssego. guizos Bebida: champanhe Comida: farofa de ovos. Bakuro da artes . domínio sobre os elementos ar e fogo. equilíbrio entre o masculino e o feminino. da dualidade. deusa dos ventos. da longevidade. caqui Cereal: feijão fradinho Perfume: patchouli Pedra preciosa: rubi Otá: meteorito. tufões e fogo. 3 no centro e 7 de reverência Dizeres: Epahei Oyá no Axé! Angorô/Oxumarê: feminino Ligação. Traduz movimento e agilidade.se contorcendo como serpente Arma: duas serpentes de metal entrelaçadas Adorno: brajás. Sta Bárbara. Senhora dos Eguns. cabra vermelha mocha Paó: 3 batidas à direita. ventanias. rosa ou só vermelho dependendo da qualidade Dança Cabalística: adarrum como se espantasse eguns com o movimento das mãos Arma: adaga(espada) e eruxim Adorno: adê com filá Metal: latão e cobre Bebida: água tônica Comida: acarajé. batata doce 22 . Dia: Quarta-feira Divindade: conflito natural Sincretismo: São Bartolomeu Exus: Nesbirros/Omi Orun Saudação: Arrumbobô o Dã! Arrumboboi! Fios: amarelo e preto. raios. tempestades. farofa de dendê Frutas: romã. pitanga. Festejado: 04/12 Dia: Segunda-feira Divindade: ventos de Obacyon com tempestades Sincretismo: Santa Bárbara Exus: Bombo Gira-Balefum Cabala: 9 – grande mediunidade Saudação: Epahei Oyá mês’orum! Planeta: mercúrio Fios: verde e amarelo. coral. brajá Dança Cabalística: ijexá. 3 à esquerda. peregun fêmea Flor: rosas vermelhas Local oferenda: bambuzal Animal: franga vermelha. banana da terra. céu/terra masculino Serpente de duas cabeças. seixo de rio ovalado Içabás: folha de romã.Casa Senhor do Bonfim Força dos raios. a força das sementes. ervas. dos fracassos amorosos. fartura. como se cobrisse a orelha cortada Arma: espada. ambos seixos de rio Içabás: as mesmas de Oxum Local oferenda: beira de rios Animal: etu(galinha da angola) Paó: o mesmo de Oxum Dizeres: Arrumboboi! Katendê/Ossãe: Divindade masculina. escudo Adorno: adê sem filá 23 .Casa Senhor do Bonfim Frutas: banana da terra Cereal: lentilha Otá: um masculino pontiagudo e um feminino arredondado. Dia: quarta-feira Divindade: das lutas materiais Saudação: Oba Xirê! Fios: marrom tijolo Dança Cabalística: aguerê. no meio dos galhos Animal: etu Paó: o mesmo de Madé Dizeres: Eu assa! Karamocé/Obá: A terceira esposa de Xangô. dona das água revoltas. das nascentes. da aura. bonança e da cura medicinal. das ervas(içabas). dono das folhagens. Festejo: 20/01 Dia: Terça-feira Divindade: Orixá das folhas Sincretismo: Santa Luzia Saudação: Eu eu Ossãe missae! Eu assa! Eu assa sanhe! Fios: verde claro Dança Cabalística: movimentos de apanhar folhas Arma: vara de metal arrematada com sete flechas sendo que na ponta do meio cravado um pássaro Adorno: cabaça com os segredos das folhas Metal: estanho Bebida: vinho moscatel licoroso Comida: milho de galinha com mel e fumo em pedaços Frutas: todas Cereal: todos Otá: pedra sem limo Içabás: todas Local oferenda: na entrada das matas. antes de chegar aos Bakuros Mundo feminilidade 24 . com o positivo que o Tempo exerce sobre as pessoas. tolerância e expectativas. mudanças. banho de abô. ou gameleira branca Animal: etu Aluvaiá/Exu/Mujilo: Bakuros equilíbrio eixo de ligação Corte de domínio sobre as más atividades. maionga Otá: sua ferramenta com otá de pedra limosa Local oferenda: pé de Iroko. Responsável por girar todas as energias e transformá-las. xirê axé! Tempo – Iroko: Grelha trançada com ferro em cima Grelha simples O poder do Tempo que tudo transforma mantendo a ligação do homem com o único(astral). Divindade: Bakuro da Gameleira Branca ou do pé de Iroko Saudação: Tempo iô! Fios: contas marrom escura Dança Cabalística: como se indicasse a instabilidade do tempo Arma: forquilha tirada da gameleira branca Bebida: aluá Comida: farofa de mel com pepino. Obá. frutas diversas Frutas: todas Cereal: todos Içabas.Casa Senhor do Bonfim Metal: bronze Bebida: champanhe Comida: abará Frutas: vermelhas Pedra preciosa: rubi e ametista Otá: seixo de rio arredondado Içabás: manjericão Flor: rosa vermelha Local oferenda: nascentes Animal: franga vermelha Paó: o mesmo de Yansã Dizeres: Obá. ruas. esfera.Casa Senhor do Bonfim Mujilo – O mesmo que Exu. limão Pedra preciosa: todas Otá: vulto esculpido na tabatinga preta Içabás: mamona. Criada das Santas Yabás Aluvaiá – Responsável pelos caminhos.princípio Saudação: Laroiê Mojubá Exu! Fios: vermelho e preto(3 em 3 macho e 1 em 1 fêmea) Arma: ogó(forma fálica). bodes e cabras pretas Paó: 3 palmas lentas e 7 palmas de reverência Simbologia do Creche/Pontos Imaginários/Campos de Energia: C o r re s p o n d ê n c ia E x u s C a b a la C u riê M a c u e n d a T ir iri B a ra b ô Tra n c a . tridente Metal: todos Bebida: otim(pinga). otim+oim(pinga e mel p/ Bombo-Gira) Comida: farofa de dendê e farofa de mel Frutas: tomate. porém com a força da sexualidade feminina. coisas materiais. mensageiro. encruzilhadas(caminhos de luz) Sincretismo: Santo Antônio de Pemba Cabala: 1 . estradas Animal: frangos pretos. Festejado: 13/06 Dia: segunda-feira Divindade: tronqueiras.R u a s A la lu N e s b ir ro Le g e n d a : A s s e n t a m e n t o s ( e n e rg ia ) V e la s ( c a m in h o ) M e s a C e n tra l S ín t e s e Pa d ê s E s p ira l(E x u c o m o m e n s a g e iro ) Trilh o (re t id ã o ) P a n e la rit u a lís tic a ( p a g a ) L in h a Im a g in á ria 25 . arruda. trilhos. cana caiana. traz equilíbrio aos homens. caminhos. caminhos. Sexualidade masculina. vassourinha de Exu Local oferenda: encruzilhadas. eixo que liga a humanidade aos Bakuros. Casa Senhor do Bonfim O caminho de velas formado no Creche para a realização de obrigações: Exus do Culto Omolokô: Bombo-Gira Curie Bombo-Gira Amará Bombo-Gira Iya-Omi Bombo-Gira Gira-Balefum Exu Nesbirros/Omi-Aiye Exu Macuenda/Dakê Exu Tiriri Exu Barabô/Baru Exu Ikoritá/Tranca-Gira Exu Lalu/Alalu Exu Mirim Almas: Escala do Cruzambê: Nanã Yemanjá Oxum Yansã Oxumarê Omolu Ogum Xangô Oxóssi Oxalá Ibeji 26 . ./....: .. Fone:........... Mão de Obé: ...................................... Odu:. Nasc............................................................/........ Pai:......................................../................................ Orixá:............................................/. Bairro:............ End. Mão de Cura:.. Eledá:..................... 3º Orixá:../...........Casa Senhor do Bonfim B e n d ita s s a n ta s liv ra m e n to d e s te rro c a tiv e iro e n fo rc a d o s a flito s a fo g a d o s penadas Observações: _____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ Nome:.. Mão de Ifá:................:............................../............................... Data: .................. Oyê:..................................................RG......... 2º Orixá:...............................:.../.........................................:...... Amanci:..... Bori Bori:.......CPF:. Padrinho............................................../....................................................................... Padrinho:............................................../........................ 1º Orixá:........................ Oduns:............................../../.............................. Madrinha:..Içabas:.........../............................................................. Mãe:...... Jogo do Obi:........................................................... 27 ..... 6ºObi:........./../.../............................../........./....................../... Amanci:............................................/......./.... Jogo do Obi:... 11ºObi:..././............./../. Jogo do Obi:............................................/............./... Jogo do Obi:.................... Yabá(s):...................................../......................... Jogo do Obi:................... Digina:./......... Mameto/Tateto:... 3º Orixá:......../......................./........................../............../......./...../........................ Mameto/Tateto:. Jogo do Obi:............ 17ºObi:............./.. 19ºObi:.................. Yabá(s):......./........................................................... Corte no Santo: ................................. Kalofé: ......../....................... 4ºObi:....../.. Pejigã:................... Ekedi: ..................................../........................./....... 16ºObi:. Jogo de Obi..................../....................................... Jogo do Obi:../...................... Jogo do Obi:....................... Girebó:................ 14ºObi:....................................../..........................................................Casa Senhor do Bonfim Iniciação: 1º Orixá:...... Maionga:........ Jogo do Obi:...... Ekedi: ...... Jogo do Obi:................................................... Alabê:.............. 15ºObi:................................../..................................... 7ºObi:..../...................... Jogo do Obi:......./.............../../.......... Jogo do Obi:............. 5ºObi:........................................ 8ºObi:.................................. Adjuntós:......./......../............ Feitura: ................. 28 ...........................................Quebra do Quelê: ...................../.............. Erê:............/.................. Digina:.................................. Pejigã:... 13ºObi:.......... Alabê:.........2ºOrixá:.......................... Colaboradores:........................... Toques: ..................... Jogo do Obi:............../........................................... Jogo do Obi:..................................../........................../............................./............................................../................................./../....................................... Jogo do Obi:........../... Jogo do Obi:.......... Obrigações Anuais: 2ºObi:..../......................... Ajibonã:...................................................... Corte no Santo: .... 9ºObi:.....Digina:......... Deká: Corte no Exu:..................................................... Jogo do Obi:................. Jogo de Obi......................................../...../.................. Corte no Exu:.... Ebós:./.........../............. Atoxogun:......././..... Recolhimento:................/................................................................ 20ºObi:.. Jogo do Obi:............................................................ 12ºObi:.../....................................................../....................... Içabas:.. 18ºObi:......... 21ºObi:.. Kalofé: ... 10ºObi:.... Colaboradores:.. 3ºObi:.../................................................../....................................... Jogo do Obi:................................. Jogo do Obi:................. Jogo do Obi:.............................................. Girebó:............... .Casa Senhor do Bonfim Juramento Eu ___________________________________________. _________________________ Assinatura 29 . e pessoas não iniciada. Contagem/MG _____.Zelarei pelo bom nome. . .Agirei de forma digna e honesta para com a sociedade.Irei tratar com respeito meus Irmãos e Superiores. .Cumprirei todos os preceitos determinados por meu Orixá e por meu Zelador. .Não revelarei os fundamentos e segredos da casa para pessoas de outro Axé.Irei contribuir sempre que possível. . moral e costumes da casa e de meus Irmãos de fé. solidariedade e companheirismo dentro e fora da Casa.Cumprirei com respeito todas as ordens e preceitos da casa.Vou promover sempre a união. juro perante meu Bakuro ____________ e o Bakuro da Casa Ferimã. que: . de __________de ______. . .Honrarei sempre minha Nação. para que a casa possa crescer. Casa Senhor do Bonfim José Geraldo Boiadeiro 30 .