FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITA – UNIBEMATUALIZE PROMOTORA DE CURSOS E EVENTOS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LIBRAS E EDUCAÇÃO DE SURDOS FERNANDA HELENA GOMES PINTO O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA SURDOS E OUVINTES: UM ESTUDO COMPARATIVO CAMPINAS 2013 FACULDADES INTEGRADAS ESPÍRITA – UNIBEM ATUALIZE PROMOTORA DE CURSOS E EVENTOS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LIBRAS E EDUCAÇÃO DE SURDOS FERNANDA HELENA GOMES PINTO O ENSINO E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA PARA SURDOS E OUVINTES: UM ESTUDO COMPARATIVO PROFESSORA ORIENTADORA: CLAUDIA REGINA VIEIRA CAMPINAS 2013 2 . quais as metodologias empregadas no ensino e aprendizagem de língua estrangeira. A partir dessa necessidade. Foi essa necessidade que me motivou a realizar este estudo. seja ela surda ou não. discutir. visto que vivemos em um mundo globalizado onde cada vez mais estamos em contato com outras culturas e outras línguas. 3 . qual a formação necessária para o docente que ministra a disciplina para alunos surdos e comparar todas essas questões com o ensino e aprendizagem de língua estrangeira para ouvintes (semelhanças e diferenças). quais as dificuldades apresentadas por esses alunos no processo.O ensino e aprendizagem de língua estrangeira para Surdos e ouvintes: um estudo comparativo Fernanda Helena Gomes Pinto Introdução Pensar em um ensino de língua estrangeira para Surdos nos dias de hoje é muito importante e necessário. Esse trabalho se caracteriza com uma pesquisa bibliográfica. para os Surdos essa necessidade é primordial. deve ter acesso a um ensino de língua estrangeira de qualidade. Se a necessidade de aprender uma língua estrangeira é importante para ouvintes. É interessante ressaltar que hoje pouco se fala sobre o assunto e poucas pesquisas foram desenvolvidas com tal tema. me deparei com os seguintes questionamentos: “Como ensinar Inglês para Surdos? Que metodologia trabalhar com este aluno? Que língua usar?”. os principais objetivos são analisar. com destaque para o Inglês. dessa forma. Esses questionamentos me motivaram a pesquisar sobre o assunto no meio acadêmico. penso que qualquer pessoa. visto que a língua da maioria ouvinte é diferente da minoria surda. tenham acesso à informação proveniente de outras culturas e em uma outra língua. posto que hoje o mundo está cada vez mais globalizado e somos diariamente “bombardeados” com informações em várias línguas possíveis. Tanto Surdos quanto ouvintes precisam aprender uma língua estrangeira para que. o interesse em analisar e pensar como se pode trabalhar uma língua estrangeira com um aluno Surdo foi despertado. Sendo assim. descrever como está sendo trabalhada a língua estrangeira (nesse caso a Língua Inglesa) com alunos Surdos. Como professora de Língua Inglesa para ouvintes. Ou seja. se identifiquem com as dificuldades e com os questionamentos para que o ensino e aprendizagem de língua estrangeira para Surdos seja cada vez mais discutido. Sendo assim. o ensino de Língua Inglesa para Surdos (discussão sobre metodologias já trabalhadas por alguns professores de Língua Inglesa com alunos Surdos). Essa procura por aprender novos idiomas atinge a maioria dos cidadãos brasileiros oriundos de todos os grupos étnicos e classes sociais. 34) sugere que: 4 . Mas por que o inglês é uma língua tão almejada e tão requisitada? Por que é tão importante aprender inglês nos dias de hoje? Segundo Zacchi (2003. a Proposta Curricular do MEC.34). p. p. possibilitando que outros docentes e pesquisadores se interessem sobre o assunto. aprender uma língua estrangeira parece ser algo cada vez mais necessário. o aprendizado de um outro idioma. há teóricos que vêem essa expansão da LI como um artifício usado por Estados Unidos e Inglaterra para manterem sua dominação e hegemonia sobre os chamados países periféricos e outros que defendem que essa expansão se deu com naturalidade. e considerações finais.34): Há. 2009. (ZACCHI. ainda nos tempos atuais. 3 apud Dionisio. a língua que tomaremos como referência como língua estrangeira será o inglês. uma discussão sobre o caráter impositivo ou ‘natural’ na extensa disseminação da língua inglesa pelo mundo. a Língua Inglesa foi sendo apreendida pelos mais diversos países do mundo. Espero que este trabalho possa gerar outras discussões acerca do tema. o ensino de Língua Inglesa para ouvintes (estudo comparativo). Com a globalização e a internacionalização dos mercados. é um diferencial. Sobre a importância de se aprender a Língua Inglesa. nos dias de hoje. Neste trabalho. para o seguimento da EJA (apud DIONISIO. 2009. 2003 apud DIONISIO. através de um caráter impositivo. p. 2009.Esse trabalho se dividirá da seguinte forma: breve panorama histórico do ensino de língua estrangeira no Brasil. Breve panorama histórico: o ensino de língua estrangeira no Brasil No Brasil. a Língua Inglesa teve uma grande disseminação pelo mundo e. p. fomentado e ampliado tanto no meio acadêmico quanto no ambiente educacional. Para exercer a cidadania. quando esta fugia de Napoleão Bonaparte e precisou fazer alianças com a Inglaterra em troca de proteção. intercâmbios.). levantando os seguintes questionamentos: Será que ambos possuem as mesmas dificuldades na hora de aprender uma nova língua? Será que utilizam as mesmas estratégias de comunicação? Será que ambos fazem uso de sua língua materna no momento do aprendizado da língua estrangeira? Todos estes questionamentos serão apresentados e discutidos no decorrer do trabalho. principalmente nos negócios e logo depois na grade curricular das escolas brasileiras. interpretá-las e argumentar. saber buscar informações. Aprendemos Inglês ultimamente por diversos motivos: viajar para outros países. O ensino de Língua Inglesa para Surdos Para melhor entendermos como está o ensino e a aprendizagem de Inglês para Surdos. é necessário comunicar-se. Tendo em mente essa necessidade que temos para aprender uma língua estrangeira. Nesse período. atinge a todos. os negócios entre o Brasil e a Inglaterra se intensificaram e essa estabeleceu seus mercados em nosso território. concursos. ou por questões escolares (leituras de artigos científicos. (DIONISIO. fortalecendo seu poderio econômico. No Brasil. tomo como referência o texto de Aline Nunes de Sousa intitulado “The book is 5 . etc. o ensino de Inglês deu início com a chegada da Corte portuguesa no Brasil em 1808. e o conhecimento de línguas estrangeiras torna-se imprescindível para desenvolver e ampliar as possibilidades de acesso ao conhecimento científico e tecnológico produzido. 2009. no entanto essa forte e constante presença do Inglês nas nossas vidas não se iniciou agora. o que proponho é uma análise sobre o ensino e aprendizagem de Língua Inglesa para alunos Surdos e ouvintes. compreender. Os motivos para aprender a língua estrangeira são os mais diversos e essa necessidade não atinge somente uma parcela da população brasileira. 34). segundo Dionisio (2009. 34). Através do que a Proposta Curricular do MEC sugere podemos perceber que o Inglês é a língua estrangeira mais requisitada e mais difundida hoje em dia. Foi a partir desse período que a Língua Inglesa começou a fazer parte do nosso país.A relação de interdependência das economias dos países é cada vez maior. p. p. mas direta ou indiretamente. Petrópolis: Arara Azul. Com o status de L3. Aline Nunes de. que recursos e estratégias esses sujeitos utilizam para adquirir essa língua. como. é então considerada a terceira língua a ser aprendida pelos Surdos. Essas duas primeiras línguas. 207-240. a Língua Portuguesa. a Língua Inglesa ou qualquer outro idioma é considerado uma terceira língua (L3) ou língua estrangeira (LE). p. Sousa (2009) ainda propõe em seu texto uma análise sobre como está o ensino de língua estrangeira para surdos. escolares e não está presente no seu dia a dia. A Língua Inglesa. A definição de língua estrangeira normalmente se restringe ao fato de a língua ser originária de outro país e ser “alheia” ao falante. muitas vezes essa mesma língua pode ser tão estranha para o sujeito que pode ser considerada uma língua estrangeira. 2009. Estudos Surdos IV: Série Pesquisas. Segundo a autora. (2009). trazendo em si a ideia e o passado histórico de dominação e imposição dos ouvintes sobre a comunidade surda. apesar de a Língua Portuguesa ser considerada a segunda língua dos Surdos (em uma perspectiva bilíngue). no processo de aprendizagem de língua estrangeira os surdos se deparam não apenas com a língua que estão a aprender. Ronice Müller de. In: QUADROS. Em seu texto. o Inglês é uma língua que os surdos utilizarão na sua modalidade escrita a fim de se comunicarem e adquirirem conhecimentos advindos de outros universos linguísticos. 6 . nesse caso. Sousa (2009) esclarece que. por exemplo. The book is not on the table: o desenvolvimento da escrita de surdos em Língua Inglesa (LE)”. que a utiliza somente em ambientes profissionais. mas também com a L1 (Libras) e com a L2 (Língua Portuguesa). se fazem uso ou não de sua L2 ou L1 no aprendizado da L3/LE e como esse uso acontece. nas suas relações sociais. Porém. de uma forma 1 SOUSA. Considerando a abordagem bilíngue como abordagem pedagógica mais adequada na educação de Surdos e partindo do princípio de que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua da comunidade surda e sua primeira língua (L1) e a Língua Portuguesa é ensinada para esses alunos como segunda língua (L2). nem sempre a Língua Portuguesa é tão familiar assim ao sujeito surdo e pode ser vista muitas vezes negativamente.not on the table: o desenvolvimento da escrita de surdos em Língua Inglesa (LE)1”. receio. principalmente. L2. As estratégias são: transferência interlinguística. Em seu texto. 211). essa “interlíngua” possui características peculiares e próprias do aprendiz. etc. notou que a escrita dos surdos em língua estrangeira (língua oral) é muito semelhante com a escrita de ouvintes em língua estrangeira em fase de aquisição. A interlíngua “se refere a um sistema com estrutura própria. nervosismo). considerada aqui a L2 dos surdos. a escrita de alunos surdos em Inglês. estruturas linguísticas oriundas de sua língua materna e. até por questões afetivo-sociais (ansiedade. Essas estratégias são utilizadas por diversos motivos desde sujeitos que não possuem fluência suficiente para se comunicar na LE. segundo a autora. A autora analisou. 7 . em alguns casos. Além disso. Sendo assim. da segunda língua. Sendo assim. Essa interação entre as três línguas (L1. L3) ocorre através de algumas estratégias de comunicação utilizadas pelos sujeitos surdos no momento da escrita em L3.ou de outra. pois faz parte do processo de aquisição de linguagem. Essa interação e a utilização de outras línguas no processo de aquisição em língua estrangeira é algo comum e não deve ser ignorado pelo professor. Ela sugere que os surdos escrevem em uma interlíngua. também terá um importante papel no aprendizado da Língua Inglesa e terá uma forte influência nesse processo. mudança de código e criação de vocábulos. a autora elenca três estratégias de comunicação utilizadas pelos surdos e também por ouvintes em fase de aquisição de Língua Inglesa. Em sua pesquisa. Além disso. Trago agora uma breve explicação sobre cada uma dessas estratégias bem exemplificadas e esclarecidas pela autora em seu texto. Williams e Hammarberg (1998) defendem que a L2 também desempenha um importante papel no processo de aprendizagem em L3 (SOUSA. 2009. muitas vezes. interferem no processo de ensino-aprendizagem de Inglês e possuem um papel importante nesse processo. a escrita de surdos em língua estrangeira contém. 212). p. resultante da interação entre as estruturas da língua materna e as da língua-alvo” (BROWN apud SOUSA. 2009 p. a Língua Portuguesa. a L3/LE pode receber transferências linguísticas da L1 do surdo quanto da L2. quanto entre o Inglês e o Português. 2009. O sujeito utiliza a preposição of que significa “de” para ligar o advérbio very (muito) e o objeto comic strips. faz transferências sintáticas de outras línguas para a língua que está aprendendo. Mudança de código (“Code switching2”) A mudança de código. I poor (…). Em Português a sentença seria traduzida como “Eu gosto muito de tirinhas”. ou seja. em fase de aquisição de linguagem. insere palavras ou estruturas sintáticas de outra língua na sentença. 8 . Essa transferência interlinguística pode ocorrer tanto entre a Libras e o Inglês. Já no segundo caso ocorre uma transferência interlinguística da Libras para o Inglês. p. 217): “ I like very of comic strips. realiza empréstimos de outras línguas. Essa transferência. 2009. ocorre quando o sujeito. É um comportamento comum de sujeitos bilíngues. segundo Sousa (2009). A partir desses exemplos trazidos pela autora pode-se perceber como as duas línguas (L1 e L2) influenciam e estão presentes no aprendizado em L3/LE. segundo a autora. ao escrever em Inglês.Transferência interlinguística A transferência interlinguística ocorre quando o sujeito. Sendo assim.” No primeiro caso ocorre uma transferência interlinguística do Português para Inglês. (SOUSA. 215). necessários no Inglês da mesma forma como pronunciaria em Libras.” “My name P______. pode ser uma transferência positiva “quando o conhecimento da língua previamente adquirida beneficia a língua que está sendo aprendida” ou negativa “quando esse conhecimento prévio distorce a performance da segunda língua” (SOUSA. Essa mudança de código também pode ocorrer do Português-Inglês ou da Libras-Inglês. O sujeito escreve a sentença sem fazer uso de verbos de ligação. p. A autora exemplifica essa transferência quando traz em seu texto alguns exemplos de escritas de surdos em inglês. 2 Code switching significa “alternância linguística”. I 23. 2009. Percebe-se que o aluno sabe que algumas palavras em inglês terminam em “ic” (historic. Criação de vocábulos Quanto à criação de vocábulos. dramatic. A criação de vocábulos pode se basear tanto na estrutura de línguas previamente adquiridas quanto pode se basear na própria estrutura da língua que está em aprendizado.Algumas hipóteses para o uso dessa estratégia são que o sujeito não se sente confortável com a escrita em L3/LE. p. 219): “Quero aprende and stud of the english a comunic and ler” Nessa sentença o sujeito faz uso de palavras da Língua Portuguesa em meio a uma sentença em Inglês. o sujeito surdo criou um novo vocábulo fazendo uso de terminações próprias da língua inglesa. public) e tenta transformar o verbo em Português no verbo em inglês utilizando a mesma terminação. essa estratégia ocorre quando o sujeito cria palavras na tentativa de transmitir a ideia que deseja. pois desconhece a palavra na língua que está aprendendo. pode ser um lapso do próprio sujeito ao escrever. pode não ser um comportamento intencional. p. A autora exemplifica a mudança de código através da seguinte sentença escrita em L3/LE de um sujeito surdo (SOUSA. No caso estudado pela autora. ou seja. A hipótese da autora é de que o sujeito pode ter utilizado essas palavras do Português para suprir a falta de conhecimento que tem das mesmas palavras em Língua Inglesa. como pode-se observar no exemplo a seguir (Sousa. 2009. 220): “Quero aprende and stud of the english a comunic and ler” A palavra “comunic” foi uma palavra criada pelo aluno na tentativa de dizer “comunicar” em inglês. sente que não está conseguindo transmitir o que deseja em L3/LE e por isso utiliza palavras de outras línguas para explicar seus pensamentos. 9 . se for ensinada na modalidade escrita e como segunda língua aos surdos. Os ouvintes também realizam transferências interlinguísticas. percebo que os alunos ouvintes possuem também dificuldades em aprender uma língua estrangeira e essas dificuldades em nada se distinguem das mesmas apresentadas por alunos surdos. escolares. por ser a primeira língua (L1) também exerce seu papel e pode influenciar positivamente esse processo. Não são raros os casos de alunos que “inventam” palavras. L2) podem auxiliar sim o processo de aquisição de língua estrangeira e. hobby) e esse aprendizado muitas vezes tornam-se árduo e penoso. muitas vezes os surdos acabam tendo outro suporte que é a Língua Portuguesa (língua oral na modalidade escrita) além da Libras. A Libras. E os ouvintes? Será que os ouvintes também fazem uso das mesmas estratégias de comunicação que os surdos no momento da aprendizagem de Língua Inglesa? Quais são as dificuldades enfrentadas pelos ouvintes nesse processo? Façamos agora uma análise sobre o ensino de Língua Inglesa para ouvintes. esta pode ser um excelente “suporte” na aquisição da Língua Inglesa por ser também uma língua de modalidade oral. Sendo assim. Ao contrário do que muitos profissionais do ensino de língua estrangeira acreditam. uma língua estrangeira. inclusive. Ensino de Língua Inglesa para ouvintes: um estudo comparativo Como professora de Inglês de alunos ouvintes.Pode-se concluir. misturando a 10 . A diferença entre o aluno surdo e o aluno ouvinte é que o aluno ouvinte contará com a sua língua oral L1 (Português) para aprender outra língua oral (Inglês) e os surdos contam com uma L1 que tem uma modalidade viso-espacial (Libras). mas realizam principalmente mudança de código e criação de vocábulos quando estão aprendendo Inglês. dessa forma. fazem com que o sujeito reflita sobre o que está aprendendo e crie mecanismos próprios para a sua aquisição. Os surdos acabam utilizando Libras e Português para aprender Inglês e os ouvintes apenas o Português. A Língua Portuguesa. que as línguas previamente adquiridas pelo surdo podem contribuir e de fato contribuem com a aquisição de uma terceira língua. línguas já adquiridas (L1. A grande maioria dos alunos ouvintes deseja aprender inglês pelos mesmos motivos que os alunos surdos (questões profissionais. Os ouvintes. Nesse processo de aprendizagem.dicionarioinformal. informalmente. os ouvintes. por exemplo. os surdos. frente a uma nova língua. ao aprender o Inglês normalmente fazem uso da Língua Portuguesa que é considerada sua segunda língua. também fazem uso de estratégias de comunicação no momento do aprendizado de uma nova língua. Fonte: Dicionário Informal. é uma necessidade que atinge a todos os brasileiros. Disponível em: <http://www. os surdos. receosos e utilizam estratégias de comunicação como os surdos. Os surdos então fazem uso de duas línguas no aprendizado da L3/LE e utilizam algumas estratégias de comunicação nesse processo. Considerações finais Aprender uma língua estrangeira.estrutura do Português com a do Inglês para se fazerem compreendidos. porém a aquisição de linguagem dos surdos se difere da aquisição dos ouvintes. do Português. Como Sousa (2009) bem exemplificou em seu texto. de embromation3. mudança de código e criação de vocábulos. Acesso em: 14 jun. porém se diferem quanto ao uso de outras línguas como “suporte”. na hora de falar em inglês. por serem falantes de uma língua oral (Língua Portuguesa) apenas fazem uso dessa língua como suporte no momento em que estão aprendendo Inglês. também sentem-se ansiosos.br/embromation/>. 11 . em especial. em alguns casos. ou de outras línguas orais que já adquiriram anteriormente. Já os surdos farão uso da Língua de Sinais e também. É o que chamamos. A necessidade de aprender o Inglês. os surdos realizam transferências interlinguísticas. Sobre as dificuldades dos ouvintes em aprender Inglês é preciso aprofundar os estudos e analisar se as dificuldades destes são as mesmas que as dos surdos. 3 Embromation é gíria que significa “embromação”. nos dias de hoje. é um diferencial. Os ouvintes.com. Cada uma dessas estratégias procura auxiliar o processo de ensino e aprendizagem da língua estrangeira. que em sua maioria são usuários de uma língua viso-espacial (Libras) como primeira língua. 2013. assim como os surdos. De uma maneira geral. New York: Longman. Secretaria de Educação Fundamental. 19. HAMMARBERG. 207-240. Instituto de Estudos da Linguagem.unicamp. ed. as mesmas dúvidas. In: QUADROS.dicionarioinformal.. 295-333. Aline Nunes de.2009. 2009. Universidade Estadual de Campinas. Principles of language learning and teaching. Acesso em: 14 jun. Disponível <http://www. Björn. p. 2000. Dicionário Informal. em DIONISIO. Discurso. "Eles não falam nem Português": Questões ideológicas que influenciam a aprendizagem de Inglês na EJA. 2003. Disponível em: <http://libdigi. Douglas. Proposta Curricular para a Educação de Jovens e Adultos: segundo segmento do ensino fundamental: Introdução. e semelhantes dificuldades durante esse processo. BROWN. Language switches in L3/LE production: implications for a polyglot speaking. 2002. Ronice Müller de. Dissertação de Mestrado. Campinas. 12 .com. v. Vanderlei José. n. 4. Poder e Hegemonia: Dilemas do Professor de Língua Inglesa. 3. 2009. Brasília. SOUSA. 53 f. ZACCHI. Sarah. pois adquirir uma nova língua é uma tarefa que exige um esforço e uma dedicação que supera as barreiras linguísticas. 2009. p. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos) Faculdade de Educação. Petrópolis: Arara Azul.br/embromation/>.br/document/?code vtls000294491 > Acesso em: 21 Ago. Applied linguistics. 1998. WILLIAMS. The book is not on the table: o desenvolvimento da escrita de surdos em Língua Inglesa (LE)”. MEC. Campinas.É provável que tanto surdos quanto ouvintes apresentem as mesmas angústias. H. Universidade Estadual de Campinas. Suely Kuasne. Estudos Surdos IV: Série Pesquisas. Referências bibliográficas BRASIL. 2013.
Report "O Ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira para Surdos e ouvintes: Um estudo comparativo"