NORMAS ABNTOs procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, bem como em normas específicas que tratam os assuntos separadamente, conforme os exemplos seguintes: NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é definir os termos empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos geométricos (Desenho Projetivo e NãoProjetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador). NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo é padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda. NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO, que normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho etc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizar os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à esquerda da legenda logo acima da margem inferior. NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS, que fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados até as dimensões do formato A4. NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS que, visando à uniformidade e à legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a possibilidade de interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos técnicos. fixas tipos e escalonamentos de larguras de linhas para uso em desenhos técnicos e documentos semelhantes. determina as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos. NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO TÉCNICO que. . determina a fixação das formas de representação aplicada ao desenho técnico.NORMAS ABNT NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS que. Demonstrando as condições gerais e específicas da representação do desenho. NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS que. NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (Figura 1) como na vertical (Figura 2).NORMAS ABNT NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL Define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos geométricos (Desenho Projetivo e Não-Projetivo). quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando computador). quanto ao grau de elaboração (Esboço. NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES . Desenho Preliminar e Definitivo). denominado A0 (A-zero). O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (Tabela 1). O formato usado é o baseado na norma NBR 10068. a folha A2 possui a metade do tamanho da folha A1 e assim por diante. isto é. .NORMAS ABNT • • O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m2 e de lados medindo 841 mm x 1189 mm. a folha A1 possui a metade do tamanho da folha A0. guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES • Cada folha na seqüência possui dimensão igual a metade da folha anterior – por exemplo. . O quadro limita o espaço para desenho de acordo com as seguintes dimensões: Obs.: A margem esquerda sempre é maior que as demais pois é nesta margem que as folhas são furadas para fixação nas pastas ou arquivos.NORMAS ABNT • • NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES Margem e Quadro: As margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. levando em consideração o dobramento das cópias do padrão de desenho. etc). se possível. conforme formato A4. Espaço para texto: •Todas as informações necessárias ao entendimento do conteúdo do espaço para desenho são colocadas no espaço para texto. •Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior. instrução (informações necessárias à execução do desenho). •O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de forma que possível. data. . a altura varia conforme a natureza do serviço.NORMAS ABNT • NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO Normalmente a região acima da legenda é reservada para marcas de revisão. conforme padrão A4. na área para desenho. tábua de revisão (histórico da elaboração do desenho com identificação/assinatura do responsável pela revisão. • Os desenhos são executados. •As seguintes informações devem conter no espaço para texto: explanação (identificação dos símbolos empregados no desenho). convenções e carimbos de aprovação de órgãos públicos. leve em consideração o dobramento da cópia do padrão de desenho. • O desenho principal é colocado acima e à esquerda. •O espaço para texto é colocado à direita ou na margem inferior do padrão de desenho. Espaço para desenho: • Os desenhos são dispostos na ordem horizontal ou vertical. referência a outros desenhos ou documentos que se façam necessários. para observações. •A largura do espaço de texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm. data. e 175mm nos formatos A0 e A1. escala. Legenda: •Usada para informação. assinatura. indicação e identificação do desenho. unidade empregada. projetista.NORMAS ABNT • NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO Posição de leitura Como regra geral na representação e leitura de desenhos deve se observar que os mesmos possam ser lidos da base da folha de desenho ou de sua direita. •A legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A2. símbolo de projeção. A3 e A4. escala. . número do desenho. etc. conteúdo do desenho. logotipo da firma. a saber: designação da firma. local. As posições inversas a estas (leitura de cima para baixo ou da esquerda para a direita) são consideradas “de cabeça para baixo”. conforme as figuras a seguir. Para formatos maiores que o A0 (formatos especiais). A1 e A2 tiverem de ser perfuradas para arquivamento. deve ser dobrado para trás o canto superior esquerdo.NORMAS ABNT • NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0. Quando as cópias de formato A0. A1. As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda. A2 e A3 deve ser o formato A4. . o dobramento deve ser tal que esteja no formato A4. devendo corresponder. As alturas h e c não devem ser menores do que 2. As letras e algarismos. A escrita pode ser vertical ou inclinada. de preferência. . Na aplicação simultânea de letras maiúsculas e minúsculas. um ângulo de inclinação com a linha de base entre 60 e 75 graus. aos exercícios indicados. podem ser verticais ou inclinados para a direita. adotando-se. a altura h não deve ser menor que 3. usados em legendas ou anotações. neste último caso. em um ângulo de 15° para a direita em relação à vertical.NORMAS ABNT • NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TÉCNICOS A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o dimensionamento (Figura 1 e Tabela). Os tipos de letras e algarismos devem ser bem legíveis e de rápida execução.5 mm.5 mm (Figura 1). linhas ou superfícies com indicação especial Traço dois pontos estreita -contornos de peças adjacentes. A largura das linhas deve ser escolhida conforme o tipo. simetria traço e ponto estreita. posição limite de peças móveis. escala e densidade. mas larga nas extremidades e nas mudanças de direção planos de cortes • • • • • • • • • Traço e ponto largo .40 e 2. hachuras. linhas auxiliares.50.70 mm. Linhas de cota e auxiliar . de acordo com o seguinte escalonamento (em mm): 0. Planos de cortes e seções 4. 0.18.70.25.13. O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive hachuras) não deve ser menor que 2 vezes a largura da linha mais larga. 0. Contornos visíveis 2. cantos antes da conformação. Para diferentes vistas de uma peça. as larguras das linhas devem ser conservadas. não sendo recomendadas para reproduções com redução. detalhes situados antes do plano de corte Prioridade de linhas coincidentes: 1.00. 0.NORMAS ABNT • NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS A relação entre as larguras de linhas larga e estreita não deve ser inferior a 2. no entanto recomenda-se que não seja inferior a 0. Contornos não visíveis 3.00.13 e 0. 1. Tipos de linhas: contínua larga – contornos visíveis contínua estreita – cotagem. As larguras 0. dimensão. linha de chamada. linhas de centro de gravidade. Linhas de centro e simetria 5. linhas de centro curtas contínua estreita à mão livre – limites ou interrupções contínua estreita em zique-zague – limites ou interrupções tracejada estreita – contornos não visíveis traço e ponto estreita – linhas de centro. 0. 1.18 mm são utilizadas apenas para originais em que a reprodução se faz em escala natural. desenhadas na mesma escala. 0.35. NORMAS ABNT • NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS . NORMAS ABNT • NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS . c) ESCALA 1:X. equipamento. Esta relação que vamos chamar de escala do desenho é normalizada norma NBR 8196. para escala natural.N). ampliação ou escala natural.). Foi então usada uma escala de redução. A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”. A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC. São os tipos de escalas possíveis. Optou-se em desdenhar um retângulo um retângulo de 12 x 30 centímetros (distância gráfica . b) ESCALA X:1. que foi desenhado em uma folha de papel A4. instalações.D). seguida da indicação da relação: a) ESCALA 1:1. Imagine um terreno que mede 12 x 30 metros (distância natural .”. Quando fazemos um desenho diretamente no papel temos que fazê-lo em uma escala definida. para escala de ampliação (X > 1).NORMAS ABNT • NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS O desenho técnico projetivo terá sempre uma relação entre distância gráfica (D) e distância natural (N) (o que está sendo representado: peça. Neste caso cada metro no terreno vale no papel na realidade 1 cm e todos os detalhes do desenho seguem está relação de 1para 100 ou 1:100. porém quando fazemos no computador a definição da escala será feita no preparo para a impressão. e deve ser indicada na legenda da folha de desenho. Em outros casos poderia ser o contrário. para escala de redução (X > 1). Fator de Escala É a razão entre distância gráfica e distância natura: D / N As escalas recomendadas pela norma são apresentadas na tabela abaixo: . para fazer a representação. etc. NORMAS ABNT • NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS . uma superfície cilíndrica. notas e valor numérico numa unidade de medida. tal como uma superfície plana. Cotagem: Representação gráfica no desenho da característica do elemento.NORMAS ABNT • NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO Esta Norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os desenhos técnicos. sendo uma configuração executada conforme desenho. uma ranhura. Elemento: Uma das partes características de um objeto. A cotagem auxiliar não influi nas operações de produção ou de inspeção. Não funcional: Não essencial para funcionamento do objeto. Auxiliar: Dada somente para informação. Produto acabado: Objeto completamente pronto para montagem ou serviço. um ressalto. Um produto acabado pode também ser uma etapa pronta para posterior processamento (por exemplo: um produto fundido ou forjado). símbolos. Classificação: Funcional: Essencial para a função do objeto ou local . um filete de rosca. um contorno etc. • • • • . através de linhas. é derivada de outros valores apresentados no desenho ou em documentos e nela não se aplica tolerância. NORMAS ABNT • NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO . NORMAS ABNT • NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO .