Instituto Maximize EducaçãoSumário 1 Microeconomia..........................................................................................1 1.1 Conceitos fundamentais.....................................................................8 1.2 Determinação das curvas de procura...............................................10 1.3 Teoria do consumidor, utilidades cardinal e ordinal, restrição orça- mentária, equilíbrio do consumidor e funções demanda, curvas de Engel, demanda de mercado, teoria da produção, isoquantas e curvas de isocusto, funções de produção e suas propriedades, curvas de produto e produtivi- dade, curvas de custo, equilíbrio da firma, equilíbrio de curto e de longo prazos.....................................................................................................11 1.4 Estruturas de mercado......................................................................26 Instituto Maximize Educação AGENTE - POLÍCIA FEDERAL 1 Microeconomia. 1.1 Conceitos fundamentais. 1.2 Determinação das curvas de procura. 1.3 Teoria do consumidor, utilidades cardinal e ordinal, restrição orçamentária, equilíbrio do consumidor e funções demanda, curvas de Engel, demanda de mercado, teoria da produção, isoquantas e curvas de isocusto, funções de produção e suas propriedades, curvas de produto e produtividade, curvas de custo, equilíbrio da firma, equilíbrio de curto e de longo prazos. 1.4 Estruturas de mercado. www.maxieduca.com.br Evelyn Sarquis Pinto Graduada em Administração pela UNESP; Professora; Experiência em Administração, com ênfase em, Economia Solidáira. Instituto Maximize Educação 1 a sociedade vive um grande paradigma entre as necessidades humanas versus a escassez. para isso. recursos humanos. deverá identificar quais as reais necessidades da população e. tendo em conta que os desejos e as necessidades humanas são ilimitados e insaciáveis. matérias primas. recursos tecnológicos. por força do próprio crescimento populacional e do contínuo desejo de elevação do padrão de vida. Na terceira deverá ser definido todo problema de ordem técnica e tecnológica. dentre outros) são limitados. Instituto Maximize Educação 2 . refletindo sobre os problemas existentes e propondo soluções. e que posteriormente se distribuem para seu consumo entre os membros da sociedade. do lar”. isto é. os recursos produtivos (mão-de-obra. primeiramente. origina-se os chamados problemas econômicos fundamentais: O que produzir? Quanto produzir? Como produzir? E Para quem produzir? O que produzir? Ou seja. então. lazer. acumulação e consumo de bens materiais. MICROECONOMIA Para abordamos sobre a Microeconomia. deve-se identificar quais as necessidades e o que poderá satisfazê-las. para que seja possível melhor compreender a ciência econômica de uma maneira geral. roupas e habitação) e não materiais (educação. é uma poupança. lei) resultando em “regras ou administração da casa. A satisfação de necessidades materiais (alimentos. distribuição. A ciência econômica tenta explicar o funcionamento dos sistemas econômicos e as relações com os agentes econômicos (empresas ou pessoas físicas). De forma intuitiva. Por outro lado.) de uma maneira geral diminuem a cada produção de um bem ou serviço. desenvolver produtos ou serviços que satisfaçam a essas necessidades. economia significa o controle para evitar desperdícios em qualquer serviço ou atividade. definir alguns conceitos básicos. recursos materiais. associada às necessidades ilimitadas do homem. Tem-se. No sentido figurado. vestir-se. mas a renda é insuficiente na hora de conseguir todos os bens e serviços desejados para satisfazer suas necessidades. há os recursos. as necessidades humanas são ilimitadas e sempre se renovam. A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos. A escassez é um conceito relativo.) de uma sociedade obrigam seus membros a se ocuparem de determinadas atividades produtivas. Partindo desse princípio. Independente do grau de desenvolvimento do país. etc. Economia é uma ciência que estuda os processos de produção. É a contenção ou moderação nos gastos. como empregam sua renda de forma cuidadosa e sábia. com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade. produzem os bens e serviços que necessitam. AGENTE .POLÍCIA FEDERAL 1. ao mesmo tempo. à medida que o consumo aumenta os recursos (recursos naturais. pode-se dizer que a economia se preocupa com a maneira como os indivíduos “economizam” seus recursos. então. A segunda consiste em definir com que quantidade o meu produto irá satisfazer a esse mercado. No mercado onde se está pretendendo produzir. Escassez de recursos sugere a ideia de que os recursos materiais são limitados e que não é possível produzir uma quantidade infinita de bens. Quanto produzir? Devemos avaliar as reais necessidades da população e. A palavra “economia” deriva da junção dos termos gregos “oikos” (casa) e “nomos” (costume. nenhum deles dispõe de todos os recursos necessários para satisfazer todas as necessidades da coletividade. No entanto.. a economia observa o comportamento humano em decorrência da relação entre as necessidades dos homens e os recursos disponíveis para satisfazer essas necessidades. terra. Bens escassos: são aqueles que nunca se têm em quantidade suficiente para satisfazer os desejos dos indivíduos. receber uma educação. Os Problemas Econômicos Fundamentais Da escassez dos recursos ou fatores de produção. O conceito de economia engloba a noção de como as sociedades utilizam os recursos para produção de bens com valor e a forma como é feita a distribuição desses bens entre os indivíduos. um problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se a necessidades humanas ilimitadas. de modo obter o maior aproveitamento possível. Por intermédio dessas atividades. é necessário. O problema de escassez: em qualquer sociedade. etc. As pessoas necessitam alimentar-se. pois existe o desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade. etc. quanto deveremos produzir para contemplar essas necessidades. fixar suas preferências. ou bens finais. A quarta pergunta está relacionada com o mercado consumidor. Quando buscam satisfazer suas necessidades.POLÍCIA FEDERAL Como produzir? Deverá ser identificada toda necessidade dos fatores. aquele que tiver o menor custo de produção possível. cantor. que permitem uso prolongado. Para quem produzir? Este último problema a ser resolvido com relação à satisfação das necessidades humanas. AGENTE . normalmente. Os bens podem ser intermediários (o cimento é um exemplo). os Bens Econômicos e os Serviços. População econômica • A população é um conjunto de seres humanos que vivem em uma área determinada. pois sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital. Bens privados são os produzidos e possuídos privadamente. recursos naturais de capital e trabalho e ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços. as pessoas procuram. como uma habitação melhor. como a alimentação. entre os métodos mais eficientes. por exemplo. isto é. se destinam direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas. Tipos de Bens Econômicos Bens de consumo: quando se destinam à satisfação direta de necessidades humanas. escritor. Os Serviços Os serviços são aquelas atividades que. etc. como. • O fator produtivo trabalho é a parte da população que desenvolve as tarefas produtivas. ou buscam melhor qualidade dos bens satisfazem suas necessidades primárias. como os alimentos perecíveis. roupas de determinadas marcas. professor. Observe a figura abaixo que classifica o conceito sobre População sob o ponto de vista da Economia: Instituto Maximize Educação 3 . Assim. pode-se falar em bens de consumo duráveis. os que já sofreram essas transformações. As Necessidades. Bens públicos ou coletivos são aqueles cujo consumo é feito simultaneamente por vários sujeitos. por exemplo. Exemplo: Transportadora. e bens de consumo não-duráveis ou perecíveis. Os bens podem ainda se classificar em privados e públicos. o vestuário e a saúde. sem criar objetos materiais. Dentro de bens de consumo. Satisfeitas as necessidades primárias. um eletrodoméstico. A soma total de bens e serviços finais gerados em um período denomina-se produto total. os primeiros bens desejados são os que satisfazem às necessidades básicas ou primárias. os indivíduos passam a satisfazer outras mais refinadas. como o turismo. um parque público. Os produtores escolherão. etc. composições e fluxos. definindo seus gostos e costumes. em que as decisões são tomadas por um planejamento central de governo. por exemplo. em que é produzido um grande número de bens e serviços. ou seja. Composição do Sistema Econômico O Sistema Econômico pode ser classificado de acordo com as características fundamentais de sua produção. aquele cujas unidades produtoras utilizam intensamente recursos naturais não introduzindo transformações consideráveis em seus produtos.POLÍCIA FEDERAL Sistemas Econômicos Da mesma forma torna-se importante definir o que é Sistemas Econômicos. seja ele produtor ou consumidor. c) Tecnológico. • Setor terciário: é aquele que se dedica à produção de serviços em geral. roupas. podendo ser agrupado em três setores distintos: • Setor primário: é aquela que se destina a produzir matérias-primas e bens de consumo in natura. Isto ocorre em razão do funcionamento daquilo que chamamos de sistema econômico. bancos. é permitido que ele troque sua força de trabalho (um fator de produção que concorre para a produção das chapas de aço) por um salário que lhe permita adquirir os bens e serviço de que necessita. formando o mercado. e não meramente o local físico onde acontecem as negociações. Segundo Silva e Luiz (2010). uma casa. suas classificações. o Estado não interfere no mercado e seu papel é de legislador e fiscalizador. pecuária e extração mineral. É o caso de países como Cuba. Fluxos do Sistema econômico A oferta e a procura representam as duas funções mais importantes de um sistema econômico. Um operário que trabalhe em uma metalúrgica. comunicação. transformando matérias. Entretanto na economia em que esse operário vive. É o ambiente em que se desenvolvem as atividades econômicas de produção. consumo e troca. produz chapas de aço. Neste sistema. neste caso representado por todas as compras e vendas nele realizadas. ou seja. como é o caso da agricultura. c) Sistema misto. etc. onde há diversos graus de características das duas economias. AGENTE . Sua caracterização é dada por: a) Recursos naturais. empresas dedicadas às atividades industriais. podemos observar que o consumo de uma pessoa é composto por bens e serviços produzidos em áreas de atividade econômica diferentes daquela em que exerce seu trabalho. que determina o que deve ser produzido e consumido no país. consumo e troca. b)Economia planificada ou economia centralizada. etc. que indica o conhecimento de técnicas para promover o progresso da economia do país.primas em bens finais de consumo. Classificação O sistema econômico pode ser classificado em: a) Economia de mercado ou economia descentralizada. a exemplo da educação. que definem as vocações de produção. b) Sociocultural. empresas de transportes. que é caracterizada por um sistema onde a decisão é do indivíduo. nas sociedades modernas. transporte. pois é necessário entender como se produz e distribui os bens e serviços. • Setor secundário: é aquele que se dedica à transformações. mas necessita de alimentos. Instituto Maximize Educação 4 . que influi no comportamento e na formação do indivíduo. portanto entender como a mesma ocorre é imprescindível para a compreensão das principais teorias que surgiram da Microeconomia. representado por linhas contínuas. Após definidos os principais conceitos a respeito da Economia. por sua vez. Representação gráfica da Circulação e fluxo no Sistema Econômico: Dinheiro Bens e serviços FLUXO REAL OFERTA FLUXO MONETÁRIO EMPRESA FAMÍLIAS DEMANDA Mão-de-obra e Capital Dinheiro. A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos produtos finais e dos fatores de produção num equilíbrio. pois necessitam de recursos financeiros para poderem adquirir os bens e serviços de que necessitam. Estando as famílias com recursos financeiros em mãos. junto às famílias. quanto e para quem produzir). necessitam oferecer fatores de produção às empresas. as suas escolhas. quando ocorre a oferta de bens e serviços produzidos. alocando de modos alternativos os recursos dos quais dispõe determinados indivíduos organizados numa sociedade. e que são necessários abordá-los. salários.-de-obra e Capital Fluxo Real Fluxo monetário Podemos perceber que o funcionamento do fluxo monetário. juros. um deles representando as famílias e o outro grupo representando as empresas. ressaltando que as unidades econômicas são classificadas em dois grupos. para maior entendimento. Microeconomia A microeconomia procura analisar o mercado e outros tipos de mecanismos que estabelecem preços relativos entre os produtos e serviços. em muitos casos.POLÍCIA FEDERAL Podemos representar o fluxo de um sistema econômico. como. As famílias. trabalho. etc. assim. temos problemas econômicos na tarefa de alocar estes recursos (o que. de forma bem simplificada. A Microeconomia vai se preocupar com estas questões. Em função dos recursos produtivos serem escassos e as necessidades humanas ilimitadas. há a intervenção do governo e também a participação do mercado externo. etc. o que não foi adequado colocar no fluxo justamente para facilitar o raciocínio. esgotando ou diminuindo a quantidade desses bens e serviços no mercado. adquirem os bens e serviços de que necessitam. capital. Ambos os grupos interagem em dois tipos de mercado: mercado de bens de consumo e serviços e mercado de recursos. Divide-se em: Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o seu comportamento. Começa com a necessidade das empresas com relação aos fatores de produção que conseguem com as famílias. aluguéis. Ao mesmo tempo. Os fluxos se encontram no mercado e têm uma sequência. começando novamente o ciclo do fluxo do sistema econômico. Instituto Maximize Educação 5 . pois a Microeconomia em si é uma ramificação da Economia. Devemos deixar clara a simplicidade do exemplo exposto. ocorre a partir das empresas que contratam. uma vez que. geralmente perfeitamente competitivo. fazendo com que as empresas voltem a contratar os fatores de produção com as famílias e. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda. procurando resolvê-las. a empresa organiza os fatores de produção de que agora dispõe e começa a estabelecer o fluxo real. as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. AGENTE . os fatores de produção. Estuda as relações entre as variações dos fatores de produção e suas consequências no produto final. que estuda uma empresa específica. Exemplo 1: quando uma frente fria atinge a Flórida. AGENTE . Exemplo 2: quando o tempo esquenta. as pessoas escolhem obter um bem em detrimento do outro em virtude da utilidade que ele lhe proporciona. como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados específicos.POLÍCIA FEDERAL Teoria da Firma: Estuda a estrutura econômica de organizações cujo objetivo é maximizar lucros. baseada principalmente nos custos de produção. Instituto Maximize Educação 6 . A Microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado. Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. aluguéis. a análise microeconômica preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (por exemplo. Exemplo 3: quando há uma guerra no Oriente Médio. A teoria microeconômica não deve ser confundida com a economia de empresas. principalmente no que se refere ao comportamento da demanda. da oferta. aumenta o preço da gasolina. Nos negócios a Microeconomia é um instrumento para tomada de decisão dentro da firma. que busca descrever como os consumidores tomam decisões de compra e como eles enfrentam os tradeoffs e as mudanças em seu ambiente (Trade-off ou tradeoff é uma expressão que define uma situação em que há conflito de escolha). Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor. Para a Teoria do Consumidor. A Microeconomia ou teoria dos preços analisa a formação de preços no mercado. o preço do suco de laranja aumenta em todos os supermercados do país. prevalece a visão contábil-financeira na formação do preço de venda de seu produto. Os principais instrumentos para a análise e determinação de consumo são a curva de indiferença e a restrição orçamentária. renda nacional e investimentos globais. que são utilizadas pelas firmas para determinar o volume ótimo de oferta. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolísticas. aumentam as diárias dos hotéis nas praias. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta. isto é. Do ponto de vista da economia de empresas. Ocorre quando se abre mão de algum bem ou serviço distinto para se obter outro bem ou serviço distinto). ou Teoria da Escolha. Organizações que para isso compram fatores de produção e vendem o produto desses fatores de produção para os consumidores. considerando variáveis globais como consumo agregado. ou seja. lucros) em mercados específicos. Os fatores que influenciam as escolhas dos consumidores estão basicamente ligados à sua restrição orçamentária e preferências. soja. é uma teoria microeconômica. pois tem enfoque distinto. dos preços e dos custos. enquanto a Macroeconomia enfoca o comportamento da Economia como um todo. Todos estes eventos ocorrem por ação da Oferta e da Demanda (forças que movem as economias de mercado). o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. enquanto na Microeconomia predomina a visão do mercado. Determina as curvas de custo. automóveis) e de fatores de produção (salários. Assim. essa determinada mão-de-obra. empresas “perhaps the most important adaptation to the existence of transaction costs”. Nesse particular. até que a economia obtida entre o custo de realizar ou organizar qualquer operação internamente seja superior ao custo de realizar a mesma operação via mercados”. percebe-se que a atividade empresa. reduzir riscos e custos inerentes à produção de bens e serviços destinados a mercados.” De acordo com a Teoria da Firma. criar vínculos mais ou menos duradouros entre trabalhadores e fornecedores de matérias-primas e recursos ou recorrer pontualmente ao mercado quando houver necessidades de adquirir matérias-primas. Por isso. afirmando que as firmas. para atingir a redução de custos e a maximização de lucros. expandem-se. para satisfazer às necessidades da produção. organizar a produção. destinada a facilitar o tráfico negocial. para a produção de bens ou de serviços com mais eficiência. Em outras palavras. organizar a produção. indispensável a análise de seu conceito econômico. Teoria da Produção A teoria da produção aborda sobre o processo de produção. mormente porque há momentos em que haverá escassez de alguns dos necessários fatores de produção. portanto. organização essa que é a empresa. Em outras palavras. custos contratuais etc. de qualquer dos fatores produtivos no mercado. como instituição de aprovisionamento para facilitar o fornecimento de bens e serviços nos mercados. contratar mão-de-obra ou qualquer dos outros fatores de produção. Essa segunda alternativa é mais arriscada do que a primeira. custos estes incorridos para ir ao mercado oferecer ou procurar bens e serviços. está relacionada com a eficiência da produção. haverá formações de equipes organizadas (prestadores de serviços e fornecedores de recursos) sob o controle de gestão de um único empresário. as empresas são criadas e estruturadas para tanto. além de envolver o sistema jurídico. O mercado é o ambiente virtual onde acontecem as negociações contratuais.] firmas. Por isso. depender exclusivamente dele para realizar as trocas econômicas não é eficiente. estrutura hierárquica em que se procura harmonizar esses diversos interesses. Rachel Sztajn expõe claramente: “Quem quer oferecer bens ou serviços no mercado. pode escolher entre organizar a empresa. ou seja. uma vez que não garante estabilidade nem regularidade de obtenção. AGENTE . de forma eficiente e lucrativa. Nesse particular. Ronald Coase apud Rachel Sztajn explica que: “[. o que ensejará uma produtividade mais eficiente. a organização de sociedades empresárias é necessária para diminuir os custos de transação que recaem sobre o empreendedor. Por exemplo. o que gera uma maior estabilidade da produção de bens ou serviços.POLÍCIA FEDERAL Teoria da Firma A Teoria da Firma é um conceito criado pelo economista britânico Ronald Coase. para superar essas dificuldades. pode-se dizer que há duas opções de se realizar negociações econômicas: (i) diretamente no mercado e (ii) organizando sociedades empresárias. o processo de conversão dos fatores de produção nos produtos finais. no mercado. ao mesmo tempo em que se diminuem custo de transação”. Rachel Sztajn destaca que “a firma permite centralizar. que se desenvolve ao longo do tempo. são resultado da procura de mecanismos de redução dos custos de transação. no sentido de ser uma atividade econômica organizada para a prestação ou circulação de bens ou serviços. para o criador dessa Teoria. os agentes econômicos não atuam diretamente no mercado.. a celebração de contratos entre sociedades e entre consumidores e sociedades para a aquisição de bens. com o objetivo de diminuir os custos de transação que são os incorporados por terceiros nas negociações econômicas do mercado (custos de informações. Por meio da criação de sociedades empresárias. Nesse contexto. em seu artigo “The Nature of the Firm”. em razão das instabilidades e imperfeições do mercado. e com isso se reduzem os custos de ir a mercados. Assim. a circulação de bens. de uma mão-de-obra para se realizar um trabalho específico ou de uma matéria-prima especial. de 1937. contratos de trabalho para a realização de uma tarefa bem específica eliminam a dificuldade da sociedade empresária de conseguir encontrar. Assim. Instituto Maximize Educação 7 . Isso porque as organizações econômicas estarão centradas em contratos de longo prazo.). Por exemplo. há logicamente os custos de transação. A partir dessa concepção foi construída a Teoria da Firma que estuda o comportamento da unidade do setor da produção. Rachel Sztajn registra que: “Diferentes técnicas são empregadas pelos agentes econômicos para exercer domínio sobre a informação e o conhecimento disseminados em ambiente social que muda rapidamente. pode variar e resulta do trabalho de organização do empresário. as firmas crescem. Por isso. a doutrina econômica parte da produção. Coase explica que as “firmas” são organizadas para atuarem nos mercados. sendo. Por isso.. Os fatores de produção são bens cuja utilidade é derivada da sua capacidade em ser convertidos em bens finais. isto é. os agentes optam por criar outra estrutura. há necessidade de se organizar “firmas”. Para atuar diretamente no mercado. Ela procura explicar a forma de proceder da sociedade empresária quando esta desenvolve a sua atividade produtiva. Podendo também ser entendida como a quantidade máxima do bem final. Quando esse pressuposto é adotado. Podemos definir produção como qualquer utilização dos recursos que converte ou transforma uma mercadoria em uma mercadoria diferente no tempo e/ou no espaço. supomos que a renda permanece constante (coeteris paribus). analisa-se apenas a influência da oferta e da procura. supõe-se que o preço da mercadoria não varia. instalações) também será constante. que se obtém com o uso de quantidades definidas dos fatores de produção. energia. Processo produtivo: consiste no conjunto (terra. Característica e Conceitos Fundamentais da Microeconomia Firma ou empresa: é toda unidade básica de bens ou prestação de serviços. A função de produção mostra a produção máxima que uma empresa pode obter para cada combinação específica de insumos. 1. gosto. ao analisar um mercado pressupõe-se que não haja variáveis que exerçam o papel de interferir mais que a própria oferta e demandas exercem. o estudo de determinado mercado é voltado apenas às variáveis que influenciam os agentes econômicos. Numa fábrica ou oficina. etc. Segundo Vasconcellos e Silva (2005). A Microeconomia (ou Teoria Geral dos Preços). Função de produção: é expressão matemática que sinaliza as quantidades dos diversos insumos necessárias à produção de uma unidade do bem final. o capital físico (máquinas. Instituto Maximize Educação 8 . que significa “tudo o mais permanecendo constante”. não será ampliada em extensão (o que envolveria novos investimentos). T.) são ignoradas. quando consideramos uma fazenda ou sítio. etc. o preço sendo obtido pela interação do conjunto dos consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço. Ou seja. ou seja. trabalho e capital. Curto prazo: no processo produtivo. em relação a variação do produto final em relação a variação da aplicação de um fator de produção específico ou a variação de todos os fatores simultaneamente é o tópico central dessa teoria. vista sob a ótica do preço. o curto prazo é aquele período de tempo no qual pelo menos um dos fatores de produção é fixo. a terra. Seu formato geral é: Q = f (N. sabe-se que a procura de uma mercadoria é normalmente mais afetada por seu preço e pela renda de seus consumidores. por exemplo. Todas as outras influências (renda. como a empresa e o consumidor interagem e decidem qual o preço e a quantidade de um determinado bem ou serviço em mercados específicos. da mesma forma para avaliar a relação entre a procura e a renda dos consumidores. os consumidores e produtores. neste caso. isto é. quais técnicas e métodos serão utilizados. ou natureza) T = quantidades de trabalho utilizadas K = quantidades de capital utilizadas Pressupostos básicos da análise microeconômica Condição coeteris paríbus. onde todos os fatores de produção são considerados variáveis. K). ou seja. insumos) para resultar em um bem ou serviço. onde Q = quantidade do bem final N = recursos naturais utilizados (o fator terra. Longo prazo: neste caso é um período mais amplo.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS. Para analisar o efeito do preço sobre a procura. variação cultural. quais os fatores de produção necessários. A análise microeconômica assume que.POLÍCIA FEDERAL A relação entre as funções de produção. tecnologia. AGENTE . Empresário: pessoa que toma as decisões quanto á produção do bem ou serviço produzido. quais e quantos produtos serão produzidos. Ou seja. analisa a formação de preços no mercado. podendo variar o fator trabalho e as matérias-primas. A microeconomia estuda o funcionamento da oferta e da procura na formação do preço no mercado. preços relativos são mais relevantes.Políticas de tarifas públicas. em vista do sabão em pó X. Enquanto os consumidores procuram maximizar sua satisfação no consumo de bens e serviços (limitados por sua renda e pelos preços dos produtos). se cair o preço do sabão em pó X. etc. AGENTE . os preços dos bens em relação aos demais. Embora não haja nenhuma alteração no chamado “preço absoluto” do sabão Y.Política de subsídios. do que os preços absolutos (isolados) das mercadorias. .Efeitos de impostos sobre mercados específicos.Política de propaganda e publicidade. de marcas diferentes. ou seja. . por que quando o preço de um determinado produto aumenta a quantidade demandada deverá diminui. retira manchas e amacia. Em relação à política econômica. serve como uma importante ferramenta gerencial. Exemplo prático: suponhamos dois produtos da mesma linha.Avaliação e elaboração de projetos de investimentos (análise custo/benefício) . Ambos oferecem os mesmos benefícios ao consumidor: limpa. Princípio da Racionalidade Por esse princípio. . Análise da Oferta: A Teoria da Oferta de um bem ou serviço também se subdivide em oferta de firma individual e oferta de mercado.) O estudo microeconômico consiste em tópicos importantes: Análise da Demanda: A Teoria da Demanda ou Procura de uma mercadoria ou serviço divide-se em Teoria do Consumidor e Teoria da Demanda de Mercado. tanto para empresas como para políticas econômicas. pensemos na marca de sabão em pó X e a outra Y.Política Salarial .Decisões ótimas de produção (melhor combinação dos custos de produção). Instituto Maximize Educação 9 . pode contribuir na análise e tomada de decisões das seguintes questões: . assim como dos fatores de produção. . o empresário almeja a maximização do lucro total. Aplicações da análise microeconômica A análise microeconômica tem como preocupação explicar como determina o preço dos bens e serviços. Segundo Vasconcellos e Silva (2005). luz. . . deve-se esperar um aumento na quantidade procurada pelo sabão X e uma queda no sabão em pó Y.Localização da empresa. a análise microeconômica pode subsidiar as seguintes decisões: . de forma a conseguir responder a questões triviais como na condição de coeteris paribus. porém a concorrente alterar. (água. Imagine que todos os fatores relacionados à venda desse bem (produto) mantenha-se constante.POLÍCIA FEDERAL Papel dos preços relativos Na análise microeconômica. Análise das estruturas de mercado: A partir da demanda e da oferta de mercado são determinados o preço e a quantidade de um bem ou serviço. porém.Fixação de preços mínimos na agricultura.Previsão de custos de produção. permanecendo o preço do sabão em pó Y. de forma a otimizar os recursos de que dispõe para produzir determinado bem. ou seja. seu preço relativo aumentou. .Políticas de preços da empresa. Embora não sirva como um manual ou roteiro para a tomada de decisões dentro do cotidiano das empresas.Controle de preços .Previsão de demanda e faturamento. irá influenciar na procura desse determinado bem. para as empresas. tanto para mais ou para menos. Isso demonstra que por mais que uma empresa não altere seu preço de venda. . procurando analisar se o comportamento independente de cada agente econômico conduz todos a uma posição de equilíbrio global. que diz que. b) monopólio bilateral. Utilidade marginal: é o acréscimo de utilidade. e muita. decorrente do consumo de uma unidade adicional de um bem ou serviço. passa a considerar mais útil e desejável um carro espaçoso e seguro). de forma que determinado bem pode ser de grande utilidade para um e nenhuma para outro (ex. . um rapaz considera desejável e útil um carro esportivo. Exemplo: O indivíduo no estádio. em relação a outro. ao meio dia.2 DETERMINAÇÃO DAS CURVAS DE PROCURA A curva da procura é não mais do que a representação gráfica da função procura. A questão da Utilidade A utilidade está intimamente ligada ao consumo de bens e serviços. necessariamente.00 por um copo adicional. utilidade é o grau de adequação de um bem à necessidade do consumidor. O consumidor paga. Tem sede. quando casa e tem filhos. Utilidade total: é o total de utilidade que um bem oferece ao indivíduo. O vendedor de água pede R$ 5. As estruturas de mercado de fatores de produção são: a) concorrência perfeita.não existe uma unidade de medida para mensurar a utilidade. cada pessoa pode comparar a utilidade de um bem.00 por um copo de água. menor será a quantidade procurada desse mesmo bem. um aumento do preço do bem (P) de p0 para p1 resultou numa redução da quantidade procurada (Q) de q0 para q1. utilidade é a satisfação total que um indivíduo tem em decorrência do consumo de um bem ou serviço. Teoria do equilíbrio geral: A análise do equilíbrio geral leva em conta as inter-relações entre todos os mercados.está ligada ao nível de informação e cultura de cada indivíduo. 1. na realidade. sol forte e calor. interdependente. Por sua vez. esta satisfação é intrínseca à utilidade. uma vez que as pessoas somente consumirão aquilo que lhes trouxer alguma satisfação. embora todos sejam. inclinação negativa. logo terá grande utilidade. Tais estruturas serão abordadas mais profundamente no último tópico desta apostila.não ser mensurável .depender da percepção de cada indivíduo . a curva da procura terá. d) oligopsônio. Na visão moderna.ser comparável . o que significa que quanto mais elevado o preço do bem. Instituto Maximize Educação 10 . c) monopsônio. pois o segundo copo tem uma utilidade marginal menor do que o primeiro. sua utilidade marginal decresce. Como geralmente esta relação é negativa. Mas após matar a sede.mesmo não sendo mensurável.POLÍCIA FEDERAL As estruturas de mercado de bens e serviços são: a) concorrência perfeita. possuindo ainda caráter individual e subjetivo. a qual traduz algebricamente a relação entre a quantidade procurada de um determinado bem e o seu preço de mercado. b) monopólio. Tentará negociar e pagar menos.: quando jovem. Daí decorre a LEI DA UTILIDADE MARGINAL DECRESCENTE. pois o copo terá grande adequação a sua necessidade. AGENTE . mesmo parcialmente. a espera de um jogo às 16 hs. No exemplo abaixo. ele não estará disposto a pagar os mesmos R$ 5. Na visão da economia clássica. pelo julgamento de que um será mais útil que o outro. As principais características da utilidade são: . a medida que aumenta o consumo de um bem. c) oligopólio d) concorrência imperfeita ou monopolista. . o próprio governo pode agir para forçar o equilíbrio no mercado. os preços são determinados pela lei da oferta e da procura. a restrição orçamentária limita o conjunto de bens e serviços que o indivíduo pode adquirir. Restrição orçamentária A restrição orçamentária significa que o consumidor pode gastar um total igual ou menor que sua renda – o salário. UTILIDADES CARDINAL E ORDINAL. para ser utilizada em consumo futuro. consequentemente. uma casa ou um carro? Na conceituação das preferências dos consumidores partimos do pressuposto de que os indivíduos são racionais. EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR E FUNÇÕES DEMANDA. B ou C. uma vez que “B” possui o dobro de bens tanto X quanto Y. FUNÇÕES DE PRODUÇÃO E SUAS PROPRIEDADES. preferindo ainda a cesta C à cesta A. Nesse caso específico. se torna fácil. sobretaxando outros. ou seja. Se for menor. Com esta informação poderíamos nos deparar com o seguinte questionamento. quer seja subsidiando determinados produtos ou. No livre mercado. que aqui representaremos por cestas A. ISOQUANTAS E CURVAS DE ISOCUSTO. DEMANDA DE MERCADO. uma família que tem renda de três salários mínimos não conseguirá ter acesso à compra de um carro novo. Teoria do Consumidor A análise microeconômica centra-se no estudo dos principais agentes presentes de uma economia. RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA. CURVAS DE CUSTO.3 TEORIA DO CONSUMIDOR. vale o princípio da não saciedade. cujo valor é muito alto para a renda dessa família. Muitas vezes. Se o total gasto é maior do que a renda adquirida. Nessa condição fica claro concluirmos que o consumidor preferirá a cesta “B” à cesta “A”. As cestas mencionadas apresentam diferentes volumes para cada um dos bens X e Y. X e Y. Assim. referente à ordenação das preferências do consumidor. por parte dos indivíduos. ou utiliza empréstimos. As famílias são estudadas através da abordagem denominada de Teoria do Consumidor. consubstanciadas por meio do conceito de Utilidade. A decisão de consumir. O conceito da transitividade afirma que se determinado consumidor preferira cesta B à cesta C. na economia. são formadas de forma mais consistente possível. CURVAS DE ENGEL. A alocação dos recursos é representada por cestas de bens. Nem com financiamento isso seria possível.: O que é mais útil para um determinado consumidor. e a de produzir. melhor. por exemplo. Imaginemos que uma cesta de consumo “A” tenha 5 unidades do bem X e 2 unidades do bem Y e que uma cesta B apresenta 10 unidades do bem X e 4 unidades do bem Y. sendo “>” o símbolo de “preferível” e “⇒” o símbolo de “logo”. é constantemente afetada pela lei da oferta e da procura. porque a prestação comprometeria toda a renda da família e não sobraria para as demais necessidades a serem satisfeitas. obrigatoriamente ele preferirá a cesta B à cesta A. nem toda a renda que ele ganha é consumida e será destinada a uma poupança – renda não consumida chama-se poupança. do gasto das rendas auferidas em decorrência do trabalho. que representa o ditado de quanto mais. Instituto Maximize Educação 11 . a necessidade de pagar as dívidas restringirá a capacidade de consumo no futuro. Imaginemos inicialmente que um determinado indivíduo deve escolher a alocação de seus recursos entre dois bens. Por exemplo. A Teoria do Consumidor sempre leva em consideração que os bens e serviços consumidos aumentam a satisfação destes consumidores. também conhecida como teoria ordinal. Ex. CURVAS DE PRODUTO E PRODUTIVIDADE. influenciando suas decisões de consumo e. refere-se ao exercício de escolhas individuais baseadas tão somente na economia ou otimização dos recursos (renda) que cada indivíduo possui. EQUILÍBRIO DE CURTO E DE LONGO PRAZOS. Existem forças que podem alterar o preço e/ou a quantidade demandada e ofertada. as famílias e as empresas. “A” nunca poderá ser preferível à “B” se for válido o princípio da transitividade. Assim. uma vez que procura mensurar a intensidade da preferência pela cesta “B”. O uso da racionalidade. A esse tipo de preferência denomina-se de ordinal. por outro lado. O encontro das duas curvas determina o preço de equilíbrio. B > C > A ⇒ B. afirmarmos que o consumidor prefere duas vezes mais a cesta “B” à cesta “A”. Mas quanto a cesta “B” é melhor para o consumidor do que a cesta “A”? A chamada teoria cardinal nos dá essa resposta.POLÍCIA FEDERAL 1. Esta procura explicar como as preferências dos consumidores. Outro conceito bastante importante é o da não saciedade ou também chamado de preferências monotônicas. EQUILÍBRIO DA FIRMA. Destaca-se ainda um conceito muito importante. por parte das empresas. ou ele utiliza poupanças passadas para complementar a renda que lhe falta. A chamada ordenação ordinal. contraindo dívidas. por exemplo. TEORIA DA PRODUÇÃO. Nem sempre esse preço permanece neste estado. AGENTE . neste modelo. a curva tem inclinação positiva. ou o número de unidades compradas do produto. é dada pela expressão: “valor gasto com A” + “valor gasto com B” = “Orçamento” No caso do nosso exemplo. que uma empreiteira deseja comprar areia e pedra para fazer um calçamento e disponha de um orçamento de R$ 1000. Sabendo que o metro cúbico de areia custa R$ 50. ou seja. podemos obter uma expressão matemática que relacione os possíveis valores e quantidades de areia e pedra a serem compradas. menos unidades serão compradas. Exemplo prático: Vamos supor. o valor gasto com a pedra será representado matematicamente por 40y.00 e que o metro cúbico de pedra custa R$ 40.00. AGENTE . O gráfico abaixo (gráfico 1) mostra a relação existente entre o preço do produto e a quantidade demandada. poucas pessoas estão dispostas ou podem pagar por esse aumento.00 para isso.POLÍCIA FEDERAL O consumo dos diversos produtos resulta em benefícios e custos. Gráfico 1 : Curva de demanda Instituto Maximize Educação 12 . Por duas razões importantes: porque isso aumenta o custo do consumo e seu custo de oportunidade. um preço maior (ou menor) corresponde a uma quantidade demandada menor (ou maior). Qual seria a satisfação de se beber um copo de água no deserto depois de um dia inteiro de caminhada? Os custos correspondem ao preço pago pelo produto e ao seu custo de oportunidade (o que o consumidor deixa de adquirir por escolher determinado produto). O objetivo do consumidor é maximizar a diferença entre benefícios e custos. A restrição orçamentária para a compra de dois produtos A e B. teremos a seguinte equação de restrição orçamentária: 50x + 40y = 1000. utilizando o orçamento de R$ 1000. Funções da demanda segundo a restrição orçamentária Preço do produto (gráfico de demanda) Quantas vezes os torcedores iriam ao campo de futebol assistir a uma partida de seu time se o ingresso passasse de R$10. levando-o até a compra de bens substitutos.00 para R$50. Sendo y a quantidade de pedra. Por causa da lei da demanda. ao escolher o conjunto de produtos que a sua renda lhe permite comprar. consequentemente. por exemplo. Sendo x a quantidade de areia. aquilo que o indivíduo deixa de comprar para poder pagar esse aumento pode levá-lo a não ter renda suficiente para comprar o produto mais caro. ou seja. o valor gasto com a areia será representado matematicamente por 50x. Os benefícios advêm da satisfação gerada pelo consumo.00? Quanto maior for o preço do produto.00.00.00 para R$50. Tem-se aí a lei da demanda – quando o preço de um produto sobe e tudo se mantém constante. cai a quantidade demandada. para um determinado orçamento. Quando o preço do ingresso sobe de R$10. cai à demanda por ingressos e o clube pode ter uma perda na receita total se a queda for muito grande. A renda diminui. O preço do Os gostos deslocam-se a favor do produto. a demanda do outro cai. As patinetes são exemplos disso. O consumidor tende a comprá-lo mais. Quando aumentam os preços dos artigos de tênis. Instituto Maximize Educação 13 . Quando as pessoas passam a gostar mais de determinado bem. • Bens complementares: são aqueles que são consumidos em conjunto. por exemplo. as pessoas deixam de andar de ônibus e passam a andar de carro. AGENTE . Bens normais. em caso contrário. aumentam os benefícios com o consumo deste. A curva de demanda se desloca para a direita. já que não estão mais na moda. as pessoas passam a tomar chá. automaticamente cai a procura por aulas ou locação de quadras de tênis. mesmo que não haja alteração de preço. O preço do Os gostos deslocam-se a favor do produto. Cada estação tem cores. quando o preço de um bem sobe. O preço do bem complementar cai. inferiores. O preço do bem substituto aumenta. Caem as preferências pelo bem. O preço do bem complementar cai. Aumenta a quantidade demandada do bem porque ele está na moda. as pessoas deixam de comer em casa e passam a frequentar restaurantes sofisticados. estilos e acessórios diferentes. Quando sobe o preço do café. quando o preço de um deles sobe. bem complementar aumenta. a curva da demanda se desloca para a esquerda de D0D0 para D2D2. E. de D0D0 para D1D1 (gráfico 2). complementares e substitutos. A moda é o maior exemplo dessa mudança. as pessoas substituem por outro. A renda aumenta. Caem as preferências pelo bem. • Bens substitutos: são aqueles que. O preço do bem substituto aumenta. • Bens inferiores: são aqueles cuja demanda se reduz quando a renda dos indivíduos cresce. aumentando a demanda deste. O preço do bem substituto cai. • Bens normais: são aqueles cuja demanda aumenta quando a renda dos indivíduos se eleva. O preço do bem substituto cai. Por exemplo. aumentando as vendas deste produto. A característica desses produtos é que.POLÍCIA FEDERAL Gostos e preferências Os gostos podem mudar. A renda diminui. quando as pessoas deixam de gostar de determinado produto. Cai a venda do produto porque já passou a moda e as pessoas não estão mais interessadas em comprar aquele produto. Gráfico 2 : Curva de demanda A curva da demanda A curva da demanda desloca-se para a A curva da demanda desloca-se para a direita quando: esquerda quando: A renda aumenta. bem complementar aumenta. Por exemplo. E. Quando isso ocorre. empresas do governo e instituições filantrópicas (como algumas creches. com tudo mais permanecendo constante. A redução da quantidade produzida desloca a curva da oferta de S0S0 para S1S1 (gráfico 4). a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada (Q0). ou seja. diz-se que o mercado está em equilíbrio – e a quantidade Q0 é a quantidade de equilíbrio. entre outros. o número de produtores é muito grande. e nenhum deles pode influir significativamente no preço do bem que deseja vender no mercado. Quando o preço do produto sobe no mercado. o empresário determina o preço de seus produtos a partir do preço praticado no mercado. incentivando o empresário a aumentar as quantidades ofertadas. como pagamentos da folha de salários.POLÍCIA FEDERAL Decisões do produtor e curva de oferta O objetivo de toda empresa é maximizar o seu lucro resultante da diferença entre a receita total e os custos totais. um preço maior (ou menor) leva a uma quantidade ofertada maior (ou menor). AGENTE . Em muitos mercados. a quantidade ofertada do bem também aumenta. deslocando a curva da oferta de SoSo para S2S2 (gráfico 4). somente em Instituto Maximize Educação 14 . de laticínios. depreciação. Os custos totais são os gastos totais dispendidos no processo produtivo. É a chamada concorrência perfeita (assunto que iremos abordar logo a seguir). Quando as duas curvas se encontram. Muitos fatores podem alterar a quantidade a ser produzida pelos empresários. os lucros aumentam e os produtores são incentivados a produzir e a vender mais. Outro fator muito importante diz respeito à mudança tecnológica que pode aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. O empresário. calçadista. Lucro = receita total – custo total A receita total advém do número de unidades vendidas do produto multiplicado pelo seu preço.). é também chamado de faturamento de uma empresa. vemos a inclinação positiva. entre outras. Como não pode estabelecer o preço do produto. É o caso da indústria têxtil. temos a quantidade de equilíbrio. moveleira. aluguéis do imóvel. como as ONGs (organizações não governamentais). Preço e quantidade de equilíbrio Quando juntamos a curva da oferta com a curva da demanda (gráfico 5). afetando o preço no mercado (os preços caem porque aumenta a oferta do produto). No gráfico 3. A relação entre o preço e a quantidade ofertada é dada pela lei de oferta: quando o preço de um bem se eleva. O aumento do preço dos insumos pode inviabilizar o lucro do processo produtivo. poderá aumentar a quantidade ofertada. quando compra uma máquina que produz mais. Existem empresas cujo objetivo principal não é o lucro. asilos etc. são as chamadas empresas sem fins lucrativos. ele pode se tornar escasso no mercado e a tendência é o preço subir. AGENTE . o comerciante jamais poderá fazer estoque). Os trabalhadores ofertam mão-de-obra no mercado. correndo até o risco da obsolescência (depreciação tecnológica – imagine se uma loja comprasse uma quantidade enorme de computadores para um ano de vendas. Quando o preço de um produto está abaixo do preço de equilíbrio. o preço inicial P2 (gráfico 6) é menor do que o preço de equilíbrio (P0). ou seja. Mercado de trabalho e salário de equilíbrio A análise da curva da oferta e da demanda para bens e serviços também pode ser utilizada para determinar o preço dos insumos empregados no processo produtivo. O comprador diz quanto quer pagar e o vendedor diz por quanto vale a pena vender. a quantidade demandada (Qd2) é maior do que a quantidade ofertada (Qs2) pelo preço P2.POLÍCIA FEDERAL P0. O preço de equilíbrio é a representação do livre mercado. a cada mês. as forças de mercado tendem a levá-lo de volta ao equilíbrio. Quando o dono de um apartamento coloca-o à venda por um preço inferior ao de mercado. pois. pelo preço (P1). Quando muitas pessoas desejam o mesmo produto. Quando isso acontece. Se o preço do produto (P1) for superior ao preço de equilíbrio (P0). com certeza. porque. teria prejuízo. os fabricantes lançam computadores mais modernos e mais velozes. mais os Instituto Maximize Educação 15 . a quantidade ofertada (Qs1) é maior do que a quantidade demandada (Qd1). No caso oposto. Nesse caso. os produtores preferem fazer liquidações para não ter seu capital parado em estoques. ou seja. Um dos mais importantes insumos utilizados no processo produtivo é o salário. Quanto maiores os salários. muitos compradores disputarão a compra do imóvel. no qual se faz uma negociação de preços. o número de unidades que os consumidores querem comprar é igual ao número de unidades que os produtores desejam vender. Este é exatamente o preço de equilíbrio. por isso. tem-se um excesso de oferta. existe um excesso de demanda. As empresas. houve uma ameaça concreta ao abastecimento de petróleo no mundo. o novo preço de equilíbrio passa a ser P1. Quanto maior o salário. preferem substituir trabalhadores por máquinas. sujeito às variações de mercado e cujo preço é determinado pelo encontro da oferta e da procura. e a renda das famílias representa a demanda do mercado consumidor. quando o Brasil aumenta suas exportações. Quando o salário é muito baixo. comércio e outras atividades. como transportes. a teoria da produção trata apenas das relações físicas. quando há a expectativa de neve. a curva de demanda de trabalho apresenta inclinação negativa. como Gramado (RS). Cada vez que o governo interfere na economia. • O conjunto das possibilidades de combinação dos fatores produtivos designa-se por tecnologia. portanto. principalmente em julho. todos os restaurantes. Produção É o processo de transformação dos fatores adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. por sua vez. aumenta a oferta de dólares no mercado interno. AGENTE . assim como de sua alocação entre os diversos usos alternativos na economia. Nessa época. ocorre uma valorização do real. Dessa forma. ou desvalorização. • As funções de produção descrevem a forma como uma empresa pode produzir o conjunto dos seus produtos e definem-se para um determinado nível de conhecimentos tecnológicos e estado da técnica. no primeiro semestre de 2003. a curva de oferta de trabalho tem inclinação positiva. ocasionando uma queda no preço. Ou seja. com a abertura dos mercados mundiais. As empresas têm sua concorrência ampliada pela globalização da economia. Como o Brasil é importador de petróleo. É importante ressaltar que o conceito de produção não se refere apenas aos bens físicos e materiais. com o novo preço de equilíbrio sendo P1. A ampliação da concorrência é positiva para os consumidores. Teoria da Produção A teoria da Produção é muito importante para a análise dos preços e do emprego dos fatores. Há um excesso de demanda. mas quantidades de inputs com quantidades de outputs. o que. O dólar pode ser considerado um produto qualquer. as empresas demandam mão-de-obra. acaba afetando as livres forças do mercado. ocorreria um aumento na demanda de dólares no País. menos disposição de contratar trabalhadores elas têm. Por outro lado. porque melhora a qualidade e tende a baixar os preços pelo aumento do número de competidores. do real. No processo de produção diferentes insumos ou fatores de produção são combinados. Q = f (L . acarretaria o aumento na demanda de dólares para essa importação. • A função de produção traduz uma relação ‘física’– não relaciona valores. dado o número elevado de turistas. hotéis e passeios turísticos ficam mais caros. Durante a guerra entre os EUA e o Iraque. nesse caso. de forma a produzir o bem ou serviço final.POLÍCIA FEDERAL trabalhadores estão dispostos a trabalhar. atividades financeiras. K) Esta explicitação representa uma simplificação por incluir apenas dois fatores produtivos: o capital (K) – físico e não financeiro – e o trabalho (L) Instituto Maximize Educação 16 . as cidades turísticas. ou seja. Portanto. De outra forma. O encontro da curva de demanda e oferta determina o salário de mercado e o número de pessoas empregadas em equilíbrio (gráfico 5). enquanto a teoria dos custos de produção envolve também os preços dos insumos. fazendo com que a curva se desloque de D0D0 para D1D1. Assim a teoria da Produção tem sua atenção voltada à relação técnica ou tecnológica entre a quantidade física dos produtos (outputs) e de fatores de produção (inputs). A Função de Produção Traduz a relação entre a quantidade máxima de produção que pode ser obtida e a quantidade de fatores de produção necessários para realizar essa produção. A capacidade produtiva das empresas define a oferta dos bens e serviços na economia. o preço não é mais o preço de equilíbrio. Mudanças no equilíbrio Exemplo 1: Cidades turísticas. Exemplo 2: Dólar. ficam lotadas. No período de férias. mas também a serviços. nesse caso. A lei da oferta e da procura é a lei que fundamenta a concorrência no mercado capitalista. não compensa trabalhar. • Produtividade média de um fator de produção v1 (Pmdv1): – obtém-se dividindo a produção total pela quantidade utilizada do fator de produção. conduzem a acréscimos cada vez menores do produto total. Instituto Maximize Educação 17 . – aumentar a utilização dos restantes fatores de produção. mantendo o outro constante. em unidades físicas. ceteris paribus. mas uma realidade empírica amplamente observada.POLÍCIA FEDERAL • facilita a análise sem prejudicar as conclusões. – não é uma lei universal. Como evitar os rendimentos marginais decrescentes? – progresso técnico. AGENTE . • Produção total: – quantidade total obtida de um bem. – os bens intermédios estão representados apenas indiretamente: • pressupõe-se que são eles próprios função dos fatores de produção. entre isoquantas é possível determinar em quanto uma é maior ou menor do que outra. Rendimentos marginais decrescentes: aumentos sucessivos na quantidade de um fator produtivo (mantendo os restantes constantes) implicam aumentos cada vez menores na quantidade produzida. • Produtividade marginal de um fator produtivo v1 (Pmgv1): – traduz os acréscimos de produção proporcionados pela introdução no processo produtivo da última unidade de fator variável. o volume de produção aumentará (Pmg’s > 0). • Produtividade total de um fator de produção v1 (PTv1) ou função de produção em período curto: – quantidade do bem obtida com cada quantidade do fator. – assim sendo. enquanto as curvas de indiferença são meramente ordinais. Propriedades da Função de Produção Monotonia: significa que aumentando a quantidade utilizada de um fator produtivo. Isoquanta: função que relaciona as combinações ótimas de dois fatores produtivos que permitem alcançar um determinado nível de produção • Mapa de isoquantas: conjunto das isoquantas de um determinado produtor. • Diferenças entre isoquantas e curvas de indiferença: – cada isoquanta está associada a um número exato de unidades de produção. mantendo todo o resto constante. mantendo-se todo o resto constante. Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes Acréscimos sucessivos na utilização de um fator de produção. Corresponde à representação gráfica de uma função produção com dois fatores produtivos variáveis. medidos em unidades físicas. AGENTE . Nesse sentido. maior quantidade de ambos os fatores produz necessariamente maior output. conforme quadro abaixo: Colocando estas quantidades. hipoteticamente. nas seguintes quantidades. as economias devem definir quais são as combinações das diversas quantidades de bens e serviços que serão produzidos. os sistemas econômicos devem buscar:(i) decisão do que produzir. temos a seguinte representação gráfica: Instituto Maximize Educação 18 . Desse modo. Em outras palavras. • As isoquantas não se cruzam: – já que uma determinada combinação de fatores produtivos não pode proporcionar dois níveis distintos de produção. uma economia que produza apenas dois bens A e B. suponhamos. Alternativas de produção e a curva de possibilidades de produção Todo sistema econômico tem uma capacidade máxima de produzir bens e serviços. e (iii) eficiência máxima e o pleno emprego dos recursos de produção. onde as quantidades do bem A são lançadas no eixo das abscissas (eixo X) e as quantidades do bem B são lançadas no eixo das ordenadas (eixo Y). • As isoquantas são convexas – devido à existência de rendimentos marginais decrescentes em ambos os fatores. • Quanto mais afastada da origem. para que se possa maximizar a produção de bens e serviços. maior é a produção associada à isoquanta: – perante rendimentos marginais positivos.(ii) escolha das alternativas de produção para a canalização dos recursos. que formam pares ordenados de pontos dados pelas diversas alternativas de produção em um gráfico cartesiano.POLÍCIA FEDERAL • As isoquantas são negativamente inclinadas: – traduz substituibilidade entre os fatores produtivos. para simplicidade de raciocínio. de modo atender às necessidades da sociedade. Um dos principais problemas com que se defrontam as economias é definir quanto será produzido de cada bem e serviço. que dependem das opções sociais ou políticas estabelecidas pela sociedade. Isto significa que não há nenhum fator de produção ocioso. há uma questão mais ampla de eficiência alocativa. (iii) quanto aos deslocamentos diferenciados da curva. e (iv) quanto aos deslocamentos parciais da curva. os economistas consideram que uma taxa de ocupação acima de 92% a 93% caracteriza a situação pleno emprego. não existindo nenhuma atividade econômica. mas na prática. é que associada a esta escolha sobre quantos e quais bens produzir. Instituto Maximize Educação 19 . é preciso alocá-los. pois nele nada se produz. etc. distribuí-los entre os setores produtivos deforma a obter a máxima eficiência na quantidade e qualidade dos bens produzidos. estando a economia em recessão. ou seja. O pleno emprego é definido por uma situação em que os recursos disponíveis estão sendo plenamente utilizados na produção de bens e serviços. Em geral. se desloca em direção à curva. Se isto ocorrer. possibilitando o deslocamento da curva de possibilidades de produção para níveis mais elevados. onde há ociosidade de fatores. Análise da Curva de Possibilidades de Produção – CPP A curva de possibilidades de produção pode ser analisada sob quatro diferentes aspectos: (i) quanto aos pontos localizados na curva. Ou seja. então o ponto A. Acurva de possibilidades de produção estabelece os níveis máximos de produção desses dois bens. os fatores de produção nunca estão 100% plenamente ocupados. garantindo desta forma o equilíbrio econômico das atividades produtivas. uma situação dessa é mais fácil de ocorrer em situações de guerra (toda economia fica paralisada em função das atividades beligerantes). É um estado de limite crítico para a economia. (ii) quanto aos deslocamentos da curva. utilizando os fatores de produção que estão ociosos. (ii) não sejam introduzidas inovações tecnológicas. Teoricamente. Neste ponto ou em qualquer outro ponto situado sobre a curva de possibilidades de produção. vulcões. isto é. corresponde a uma quantidade produzida de B.. existe uma ociosidade parcial dos fatores. como também não é possível agregar mais fatores. com os seguintes pontos: Análise dos pontos: • O ponto B representa a produção máxima do bem A e do bem B. A rigor. Em outras palavras. é possível aumentar a produção tanto do bem A quanto do bem B. Por esta razão. e (iii) exista eficiência e eficácia no uso dos fatores de produção. a produção poderá se expandir. Assim. Em qualquer ponto desta curva uma quantidade produzida de A. ao se deslocar do ponto A para o ponto B. significa apenas que se está transferindo recursos ou fatores de produção de um processo produtivo para outro. máquinas paradas e terras não utilizadas. Quanto aos pontos na CPP Suponhamos a curva de possibilidades de produção abaixo. a economia opera com os padrões tecnológicos existentes. esta transformação não é física. e em função de catástrofes naturais (inundação. terremoto. • O ponto O representa uma situação de pleno desemprego de fatores. é preciso acrescentar alguma quantidade de pelo menos um dos fatores de produção. Cabe ressaltar que. pois não pode ser atingido com o volume de fatores existentes. ou do ponto B para o ponto C. Para que este ponto possa ser atingido. como por exemplo. Para que uma economia possa operar em qualquer ponto sobre a curva de possibilidades de produção é necessário que: (i) exista pleno emprego de todos os fatores produção disponíveis.POLÍCIA FEDERAL Esta curva chama-se curva de possibilidades de produção (ou fronteira de produção ou curva de transformação). sendo que todos os fatores de produção estão plenamente ocupados. AGENTE . existe um desemprego de fatores. uma vez definidas as quantidades e a qualidade dos fatores de produção. É importante ressaltar que. Ou seja. este ponto é possível de ser atingido. estará transformando o bem A em bem B. Nem todos os fatores de produção estão plenamente ocupados. Desse modo. trabalhadores desempregados. Outro importante ponto a ser destacado. que indica as infinitas combinações possíveis de produção dos bens A e B. no caso da produção do bem A para o bem B. significa que a economia está funcionando com capacidade máxima de produção. Em outras palavras. estará deixando de produzir algumas unidades do bem A para produzir mais quantidades do bem B. onde todos os fatores estarão plenamente ocupados. • O ponto C não existe para essa curva de possibilidades de produção. • o ponto A representa uma situação de recessão ou de capacidade ociosa. que destroem completamente a economia). uma economia que se encontre operando sobre a curva de possibilidades de produção. e assim sucessivamente até o ponto F. esta curva também é conhecida como curva de transformação. isto significa que o país Alfa destina mais recursos para produzir bens de consumo do que o país Beta. enquanto o país Beta aloca 0Bc. (ii) sucateamento do parque industrial. Os fatores que contribuem para o deslocamento negativo são: (i) guerras entre os países. Assim temos: Deslocamento Positivo: ocorre quando a curva de possibilidades de produção se afasta da origem. conforme demonstrado no gráfico abaixo. temos: Deslocamento Negativo: ocorre quando a curva de possibilidades de produção se dirige em relação à origem. temos: Quanto aos deslocamentos diferenciados da CPP Suponhamos. num ponto específico do tempo.). etc. possuem a mesma capacidade de produção.POLÍCIA FEDERAL Quanto aos deslocamentos da CPP A curva de possibilidades de produção pode-se deslocar tanto positivamente quanto negativamente. Como o segmento Ac é maior do que o segmento 0Bc. Os fatores que contribuem para o deslocamento positivo são: (i) crescimento da população qualificada (mão-de-obra). Em termos de representação gráfica. Em termos de representação gráfica. significando aumento da capacidade de produção do sistema econômico. portos. Análise dos deslocamentos: Bens de Consumo: o país Alfa aloca de seus fatores de produção para produzir bens de consumo o segmento Ac. máquinas. etc. hipoteticamente. aeroportos. que estes dois países adotem políticas diferentes quanto à alocação de fatores de produção para produzirem bens de consumo e bens de capital.). Suponhamos ainda. (iii) situações climáticas desfavoráveis. significando diminuição da capacidade de produção do sistema econômico. que os países Alfa e Beta. e (iv) pestes e epidemias. usinas hidroelétricas. (iii) inovação e/ou melhoria tecnológica. (ii) acumulação de bens de capital (edifícios. equipamentos. e (iv) investimentos na infraestrutura de base do país (estradas. Instituto Maximize Educação 20 . AGENTE . telecomunicações. etc. etc. Como o segmento Bk é maior do que o segmento Ak. Exemplos: folha de pagamentos. A questão é saber qual dos dois países terá maior expansão na sua capacidade de produção. o mesmo deslocamento da curva de possibilidades de produção acontecerá.. depreciação. a economia do país Beta tenha uma capacidade de produção maior do que a do país Alfa. enquanto o país Alfa aloca Ak. Nesse sentido. dependendo do fator de produção utilizado em maior quantidade. no futuro suas economias terão uma capacidade produtiva maior. só que neste caso específico. Em outras palavras. provocando um deslocamento da curva de possibilidades de produção apenas no ramo que representa o referido bem. Ou seja. observa-se que o país Beta alocou proporcionalmente mais de seus fatores de produção para produzir bens de capital do que o país Alfa. O Processo de Produção Do ponto de vista econômico. é o custo total dividido pela quantidade produzida. conforme demonstrado no gráfico abaixo. se a inovação tecnológica ocorrer em relação ao bem B. a empresa é uma intermediária. Esta decisão fará com que no futuro. Ou seja: CFT = constante c) Custo Total (CT): corresponde a soma do custo variável total com o custo fixo total. de capital intensivo e de terra intensiva. Analisando o gráfico. quando a produção varia. a) Custo Médio (CMe ou CTMe): corresponde ao custo por unidade produzida. produção é o processo pelo qual uma empresa transforma os fatores de produção adquiridos no mercado de fatores. em produtos ou serviços para serem vendidos no mercado de bens e serviços. Os custos de produção são assim classificados: Custos Totais a) Custo Variável Total (CVT): corresponde à parcela do custo que varia. que alocou menos de seus fatores para produzir bens de capital. Conclusão: como estes dois países estão destinando fatores de produção para produzir bens de capital. quando a produção varia. Ou seja: CVT = f(q) b) Custo Fixo Total (CFT): corresponde à parcela do custo que se mantém fixa. então. Nesse sentido. despesas com matérias-primas. é a parcela dos custos da empresa que depende da quantidade produzida. Ou seja: CT = CVT + CF Custos Médios Correspondem aos conceitos de custos por unidade de produção. tais como. haja vista que. É também conhecido por Custo Unitário. combinando-os de acordo com o seu processo de produção. independentemente do nível de produção. para em seguida vender os seus produtos/serviços ou outputs no mercado. compra insumos ou inputs (fatores de produção). O processo de produção pode ser caracterizado de mão-de-obra intensiva.. são os gastos com fatores fixos de produção. a capacidade de produção do bem A aumenta. isto significa que o país Beta destina mais recursos para produzir bens de capital do que o país Alfa. Em outras palavras. relativamente aos demais. o país Alfa ou o país Beta. Quanto aos deslocamentos parciais da CPP Suponhamos que ocorra uma inovação tecnológica na produção do bem A. Cabe ressaltar que. será no ramo que representa este bem. a planta da empresa e os equipamentos de capital. Teoria dos Custos de Produção A curto prazo alguns dos fatores de produção são fixos. AGENTE .POLÍCIA FEDERAL Bens de Capital: o país Beta aloca de seus fatores de produção para produzir bens de capital o segmento Bk. como aluguéis. Ou seja: Instituto Maximize Educação 21 . Exemplo: Fósforo e isqueiro b) Efeito renda: quando aumenta o preço de um bem. b) Bem inferior. Se o preço de um bem aumenta. exemplo se o consumidor ficar mais rico. Ou seja: Então podemos inferir que: Custo Marginal Corresponde às variações de custo. que são invariáveis a curto prazo. farinha. considera-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor. Relação entre a quantidade procurada e o preço do bem: A Lei Geral da Demanda Há uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem. Efetivamente. o consumidor perde o poder aquisitivo. devido ao aumento da renda. quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de outro. sal. quando a demanda do bem. ou seja. a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Existe uma série de outras variáveis que também afetam a procura: a) Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também. o consumidor passa adquirir o bem substituto. Para se estudar a influência dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus. o preço dos outros bens. reduzindo assim sua demanda. diminuirá o consumo de carne de segunda. c) Bens de consumo saciado. muitas vezes ocorre a diminuição do consumo deste tipo de bem. então os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos. cuja demanda varia em sentido inverso às vedações da renda. São elas: o preço do bem e serviço. a queda da quantidade demandada será provocada por esses dois efeitos somados: a) Efeito substituição: se um bem possui um substituto. outro bem similar que satisfaça a mesma necessidade. temos um bem normal. A curva da demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de dois fatores: o efeito substituição e o efeito renda.POLÍCIA FEDERAL b) Custo Variável Médio (CVMe): corresponde ao custo variável total dividido pela quantidade produzida. Essa relação pode ser observada a partir dos conceitos de escala de procura. Instituto Maximize Educação 22 . curva de procura ou função demanda. É uma Intenção de consumo que se manifesta num período de tempo. etc.). Ou seja: Cabe observar que. quando seu preço aumenta. quase não é influenciada pela renda dos consumidores (arroz. quando se altera a produção. Exemplo: um aumento no preço da carne deve elevar a demanda de peixe. Ou seja: Demanda de Mercado A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam e estão dispostos a adquirir em determinado período de tempo. É a chamada Lei Geral da Demanda. como ∆ CFT = 0. O custo marginal (CMg) é o custo de se produzir uma unidade adicional do produto. d) Bens substitutos. a procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço. A procura depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor. Ou seja: c) Custo Fixo Médio (CFMe): corresponde ao custo fixo total dividido pela quantidade produzida. e a demanda por esse produto diminui. ou seja. AGENTE . e aumentará o consumo da carne de primeira. ou dos bens concorrentes. Fatores geográficos ou demográficos – Fgeo ou Fdem – tanto a geografia e suas condições de clima.5 15. Se não afeta a preferência. Uma mudança na preferência influencia a demanda. podem não ser adquiridos em função de preocupações do consumidor com suas condições futuras de pagamento. Dá o poder de compra. No caso dos substitutos. que será determinada fortemente pela restrição orçamentária.5 4.75 10 1. Despesas com Propaganda – Prop – a propaganda do bem.5 3 2. Gosto – G – ou preferência do consumidor. especialmente em épocas de crise..5 5. Preços – Ps – dos bens substitutos ou – Pc – dos bens complementares.25 3. bem como a situação demográfica (idade. Ex. Contínua elevação tecnológica do produto – T – o consumidor pode retardar a compra nesta expectativa. pois os produtos de ponta são mais caros. instabilidade ou desemprego. à medida que a renda cresce a quantidade demandada do bem também cresce inicialmente a taxas crescentes e posteriormente a taxas decrescentes. influencia o consumidor.: Se aumentar o preço da impressora e a quantidade demandada de cartuchos diminuir é porque a impressora e o cartucho são complementares no consumo.5 4 5 9 7 21 2 7 13 10 30 Fatores que influenciam a demanda: Preço – P – é o preço do bem. afetam as decisões de consumo. No caso dos bens complementares.5 6 3. Renda – R – dos consumidores. Isto demonstra o princípio econômico da saciedade. menor será a demanda (exceto para os Bens de Giffen). o preço aumentado de um pode afetar a compra do outro (automóvel e o seguro ou a gasolina).5 6. Qualidade – Q – a baixa qualidade de um bem pode afetar o seu consumo. afeta a decisão de consumo. Caso ocorra um aumento na renda.). caso haja renda para atendê-la. pois quanto maior ele for. composição.5 1. Expectativa de alteração futura de preço do bem – ExP – dos bens substitutos ou complementares. e considerando que estamos falando de bens normais (aumentos na renda provocam aumentos no consumo).25 11. haverá a troca do bem que tiver seu preço aumentado por aquele de menor valor (manteiga e margarina!). dando a demanda de mercado: Preço Quantidades Demandadas pelos consumidores A B C Mercado 15 0 1 1 2 14 0. etc. Quantidade Demandada: é a soma das demandas dos consumidores individuais.5 1. A Curva de Engel A chamada curva de Engel procura demonstrar como os aumentos na renda tendem a impactar na quantidade consumida do bem ou serviço. Como comprar um carro se o preço do seguro pode subir muito.75 4.75 4.POLÍCIA FEDERAL e) Bens complementares: São bens que podem ser utilizados em conjunto ou que ficam melhores utilizados. em razão de seu elevado valor. sua demonstração pode ser representada conforme o seguinte gráfico: Conforme podemos perceber.5 7 8 2. você conhece algum bem (em condições normais) que não se encaixe nessa regra? Instituto Maximize Educação 23 . Expectativa de renda futura – Rf – bens ou serviços que dependem de renda futura para seu pagamento (financiados). Pense nisso. caso haja renda suficiente para fazê-lo. AGENTE . em que necessidades adicionais de consumo de um determinado bem ou serviço é cada vez menor. Tributos – T – o custo dos impostos pesam sobre o preço dos produtos e afetam a compra.25 12 1 2 1. Assim.000. garante um preço que ele pagará após a colheita do produto. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Exemplo: Imposto de Renda. Vejamos isso graficamente: Equilíbrio de Mercado A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.Impostos Indiretos: impostos incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas.Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. . O governo. recolhe-se. a nível microeconômico . ou seja. R$ 5. enquanto o valor do imposto varia com o preço do automóvel. com propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado. quando se aplicou o congelamento de preços e salários. O impostos dividem-se em: . Nesta situação. AGENTE . fixa preços mínimos para produtos agrícolas decreta tabelamentos ou ainda congelamento de preços e salários. saber sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma questão da maior importância na análise dos mercados. IPVA. como foi adotado no Brasil (Planos Cruzado. B) Política de preços mínimos na agricultura: Trata-se de uma política que visa dar garantia de preços ao produtor agrícola. a título de imposto. o valor do IPI será de R$ 6.). Bresser etc.Impostos Diretos: Impostos incidentes sobre a renda ou a propriedade. mas isso não quer dizer que é ela quem efetivamente paga. . Exemplo: Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS). passaríamos a considerar o bem como sendo inferior e não mais normal. Instituto Maximize Educação 24 . Os tributos se dividem em impostos. antes do início do plantio.POLÍCIA FEDERAL Destaca-se apenas que essa regra é válida para aumentos pouco relevantes na renda. estabelecem critérios de reajustes do salário mínimo. se o valor aumentar para R$ 60. A) Estabelecimento de Impostos: É sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa. se o valor do automóvel for de R$ 50.000 ao governo (esse valor é fixo e independente do valor da mercadoria). C) Tabelamento: Refere-se à intervenção do governo no sistema de preços de mercado visando coibir abusos por parte dos vendedores. controlar preços de bens de primeira necessidade ou então refrear o processo inflacionário. IPTU. como se pode notar. Entre os impostos indiretos destacamos: . uma vez que grandes aumentos na renda podem provocar a diminuição no consumo de determinados bens e o início do consumo de outros bens.000.000. Exemplo: supondo a alíquota do IPI sobre automóveis de 10 %. e quando fixa impostos e subsídios. Interferência do Governo no equilíbrio de mercado O governo intervém na formação de preços de mercado.000. Exemplo: para cada carro vendido.Imposto Específico: Recai sobre a unidade vendida. Assim. ajudá-lo diante de uma possível queda acentuada de preços e consequentemente da renda agrícola. a alíquota permanece inalterada em 10%. o valor do IPI será de R$ 5. taxas e contribuições de melhoria. Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT): CT=CVT+CFT Custos Fixos Totais (CFT) – Correspondem à parcela dos custos totais que independem da produção. que acaba. os comerciantes de um mesmo ramo que se localizam na mesma região. quando uma unidade econômica cria custos para outras. Na contabilidade empresarial. Em linhas gerais. Os custos de oportunidade são custos implícitos. Esses valores são estimados a partir do que poderia ser ganho no melhor uso alternativo. por contadores e administradores. olhando mais para o mercado (ambiente externo da empresa). Por exemplo. uma nova estrada. procurará sempre obter a máxima produção possível em face da utilização de certa combinação de fatores. Diferenças entre a visão econômica e a visão contábil – financeira dos custos de produção Existem muitas diferenças entre a ótica utilizada pelos economistas e a utilizada nas empresas. e quando uma unidade econômica cria benefícios para outras. AGENTE . poluição e congestionamento causados por automóveis. ou também como as alterações de custos e receitas da empresa devidas a fatores externos. após o treinamento. Por exemplo: uma empresa treina a mão de obra. uma indústria que polui um rio e impõe custos a atividades pesqueiras. As principais diferenças estão nos seguintes conceitos: • Custos de oportunidade e custos contábeis • Externalidades • Custos e despesas Custos de oportunidade versus custos contábeis Os custos contábeis são os custos como normalmente são conhecidos na contabilidade privada. ou seja. Ou seja. são também chamados de custos indiretos. É o gasto efetivo da empresa. a análise dos custos de produção é também dividido em curto e longo prazos: a) Custos totais de curto prazo: São caracterizados pelo fato de serem compostos por parcelas de custos fixos e de custos variáveis. define-se custo total de produção como o total das despesas realizadas pela firma com a utilização da combinação mais econômica dos fatores. beleza do jardim do vizinho.POLÍCIA FEDERAL Custos de Produção (D) O objetivo básico de uma firma é a maximização de seus resultados para a realização e continuidade de sua atividade produtiva. Na Teoria da Produção. Assim. caminhões e ônibus. enquanto na visão ótica contábil-financeira a preocupação centra-se mais no detalhamento dos gastos da empresa específica. a firma estará maximizando ou otimizando seus resultados. Na contabilidade empresarial. Temos externalidades negativas. iluminação etc. são custos explícitos. pode-se dizer que a visão econômica é mais genérica. que não envolve desembolso monetário. em longo prazo não existem fatores fixos. que envolvem um dispêndio monetário. A otimização dos resultados da firma poderá ser obtida quando for possível alcançar um dos dois objetivos seguintes: a) maximizar a produção para um dado custo total ou b) minimizar o custo total para um dado nível de produção. Custos Variáveis Totais (CVT) – Parcela dos custos totais que depende da produção e por isso muda com a variação do volume de produção. Uma externalidade positiva. Instituto Maximize Educação 25 . sem pagar por isso. transferindo- se para outra empresa. Assim sendo. Representam os valores dos insumos que pertencem à empresa e são usados no processo produtivo. sem receber pagamentos por isso. Externalidades (economias externas ) As externalidades podem ser definidas como as alterações de custos e benefícios para a sociedade derivadas da produção de empresas. é sempre possível determinar um custo total de produção ótimo para cada nível de produção. Em qualquer uma das situações. que valoriza sua casa. Custos Totais de produção Conhecidos os preços dos fatores. na compra ou aluguel de insumos. gastos com matérias-primas etc. Por exemplo: folha de pagamentos. Por exemplo: aluguéis. São decorrentes dos gastos com os fatores fixos de produção. são chamados de custos diretos. por meio da qual é obtida uma determinada quantidade do produto. b) Custos totais de longo prazo: São formados unicamente por custos variáveis. por si só. de tal forma que nenhuma empresa consiga. Correntemente. como a possibilidade de diferenciação do produto e a alteração dos gostos pela publicidade. a livre entrada e saída de empresas do mercado (indispensável aos ajustamentos de longo prazo conducentes ao lucro nulo). que por sua vez são afetadas pelas ações das primeiras. Os modelos de concorrência monopolísticas mais importantes são o de Chamberlin e os modelos espaciais. oligopólio e concorrência monopolística. autorizações governamentais para produzir. monopsónio condicionado e monopólio bilateral. a perfeita mobilidade dos fatores de produção a longo prazo. No estudo do oligopólio. A determinação desta margem de lucro depende da estrutura de mercado na qual está inserida a empresa produtora. Um mercado é o ponto de encontro entre os produtores e os vendedores de um dado produto. monopólio. o estado verificado quando terminam as reações de todas elas. das condições do mercado. Logo. É um mercado em que também existe a possibilidade de entrada e saída de empresas. mas apenas um vendedor do produto (que não apresenta sucedâneos próximos). A seguir. o termo é também utilizado para analisar a formação dos preços dos vários produtos objeto de troca. monopólio condicionado. ao tomar as suas decisões quanto ao preço a praticar e ao volume da produção. oligopólio. aos quais se juntam o de liderança de preço (uma empresa líder e outra seguidora nos preços). na determinação do equilíbrio tem um interesse fulcral a estabilidade da atuação das empresas.as mercadorias são “commodities”. aos custos é adicionada uma margem de lucro desejada pela empresa (“mark- up”). AGENTE . É um mercado fechado. partindo do critério da atomicidade (respeitante ao número de vendedores e de compradores presentes no mercado). cada uma das quais a produzir um produto que é um substituto imperfeito dos das outras empresas. b) existe homogeneidade nas mercadorias. resumidamente. portanto. 3. oligopólio bilateral. isto é. Segundo a teoria microeconômica. 4.4 ESTRUTURAS DE MERCADO. 1. existem muitos compradores. existem poucas empresas e poucos consumidores. as quatro estruturas mais importantes. homogêneo). em que existem barreiras à entrada de novas empresas. a característica central do oligopólio é a de que cada empresa toma em consideração o comportamento de todas as outras. a formação dos preços de venda de um produto simplesmente segue o sistema “cost-plus”. 2. a ausência de influências governamentais e o perfeito conhecimento. considera-se em muitos casos a situação particular de duopólio (oferta formada por duas empresas). No oligopólio. de entre os quais citaremos. os consumidores não percebem diferenças em relação aos diversos produtos ofertados no mercado . entre a oferta e a procura desse bem. Há interação entre as empresas: as ações de umas são afetadas pelas (re)ações de outras. c) não há interferência na livre determinação dos preços dos produtos e fatores de produção. ou seja. imposições governamentais quanto à dimensão do mercado (condicionamentos da dimensão da indústria) ou questões relacionadas com economias de escala (que geralmente levam à existência de monopólios naturais). totalmente aberto. Consideram-se habitualmente. Concorrência Perfeita Esta abordagem pressupõe que: a) os vendedores e compradores são suficientemente numerosos e atomizados de tal sorte que nenhum deles isoladamente é capaz de exercer influência significativa sobre o preço da mercadoria. Instituto Maximize Educação 26 . oligopsónio. Outras características importantes são a inexistência da possibilidade de se diferenciar (real ou ficticiamente) o produto (que é. Num mercado de concorrência monopolística. a título de exemplo. ter influência sobre o preço de mercado (são aquilo a que se chama price-takers). De fato. na sua essência. são apresentadas as características de cada um destes tipos de mercado. uma estrutura caracterizada pela existência de inúmeros compradores e vendedores. como os clássicos modelos de Cournot (duas empresas seguidoras na quantidade produzida). os mais importantes. Há várias causas conducentes ao aparecimento de um monopólio: a posse exclusiva de matérias-primas. Concorrência perfeita é. classificam-se os mercados em quatro estruturas básicas.POLÍCIA FEDERAL 1. monopsónio. Esta estrutura está situada entre a concorrência perfeita e o monopólio. d) tanto produtores quanto consumidores tem conhecimento dos preços e quantidades de produtos oferecidos no mercado. exclusividade da tecnologia de produção (que será ainda mais restritiva se estiver protegida por patentes). Num mercado monopolista. monopólio. nove possíveis formas (ou estruturas) de mercado: concorrência. de acordo com as hipóteses assumidas: concorrência perfeita. isto é. por parte de todos os intervenientes. de Bertrand (duas empresas seguidoras nos preços). existe (tal como em concorrência pura) um elevado número de empresas. a solução de conluio ou o modelo generalizante da variação conjetural. isto é. É neste contexto que surgem variadíssimos modelos. por seu lado. Tradicionalmente. de Stackelberg (uma empresa líder e outra seguidora na quantidade). O mercado de concorrência é. mas introduz dados novos. acima de tudo. Focaremos de seguida. como a concorrência perfeita. existem diferenças perceptíveis entre os produtos concorrentes. interdependentes . trata-se de um modelo teórico que raramente encontra respaldo em casos reais. margens mais elevadas podem ser cobradas. a receita marginal equivale ao próprio preço do produto. AGENTE . equalizando-se a receita marginal ao custo marginal. Neste estilo as firmas pertencentes à indústria concebem que um acordo pode maximizar os lucros da indústria. O modelo do monopólio parte do princípio de que a empresa pretende maximizar seu lucro. c) Oligopólio sem coalizão. c2) a firma existente segue uma política de preços planejada para reduzir a atração de novos concorrentes. do ponto de vista do cliente. o nível de preços será diretamente proporcional à demanda do bem em questão e inversamente proporcional à oferta dos mesmos. da Telebrás. Uma vez não conscientes da relação de interdependência. c) existem obstáculos quanto à entrada na indústria. mas não seus aumentos. as empresas rivais seguirão os cortes de preço de um oligopolista. canais de distribuição ou sobre o processo de produção (patentes). o modelo afirma que a mesma dar-se-á pela interação das forças de oferta e demanda. sua oferta de produto único. ou seja.F. mesmo estes poucos exemplos estão em processo de flexibilização. c3) a firma possui o controle sobre a matéria-prima. da R. Por exemplo. diferenciados: quando. Um exemplo próximo deste tipo de mercado são as feiras livres de produtos agrícolas. atinge-se o lucro máximo a uma quantidade produzida para a qual o custo marginal iguala a receita marginal” No entanto. alternativamente. os quais são homogêneos. quando a empresa desenvolve. No que concerne à geração de preços. cada uma considera como suas ações afetariam as políticas das rivais.POLÍCIA FEDERAL O modelo da concorrência perfeita admite que os preços são definidos pela interação das forças de oferta e de demanda existentes em um mercado. pois os mesmos são vistos como ‘commodities’.A etc. b) o cliente baseia suas decisões tanto em relação ao preço. Cada agente econômico é incapaz de isoladamente afetar de modo apreciável o preço do produto. ou seja. quanto em relação às especificidades dos produtos. que podem ser de várias naturezas tais como: c1) o mercado é limitado e não comporta mais do que uma firma. Este modelo trata-se de uma abstração teórica. Morris & Morris (1994) destacam: “Sob tais circunstâncias. exceto em relação a empresas criadas por força de lei como é o caso. e por isso mesmo. dentre os quais destacam-se: a) Oligopólio mediante coalizão absoluta. Monopólio Existe monopólio quando são observadas as seguintes condições: a) há um único vendedor de uma mercadoria. Como salienta Ferguson (1984): “Sob o monopólio. de tal sorte que agirão independentemente. c4) a firma opera com licença do governo ou em sistema limitante da produção tal como cotas. os preços cobrados pelo concorrente monopolístico provavelmente se modificarão conforme as condições se modificarem. no Brasil. O modelo de concorrência monopolística é bastante frequente no mundo real.F. nas quais os clientes podem estar informados de todos os preços praticados para cada tipo de produto. dificilmente encontrado no mundo real.S. sendo os mesmos diretamente proporcionais à primeira e inversamente proporcionais à segunda. Esta estrutura supõe que os oligopolistas não estão cônscios de sua interdependência. da Eletrobrás. os preços devem tender a serem estabelecidos independentemente.135) Oligopólio “É uma estrutura de mercado que se caracteriza pela existência de um pequeno mas suficiente número de firmas.” (MORRIS & MORRIS. da Petrobrás. 1994: P. Instituto Maximize Educação 27 . não procurando nenhum acordo tácito entre si. O preço permanece estável em longos períodos. O monopólio. lojas de departamento etc. O oligopólio também ocorre com bastante frequência podendo ser.205) Existem vários tipos de oligopólio. postos de combustíveis. Em consequência. Concorrência Monopolística Ocorre nas seguintes condições: a) há muitos vendedores de bens substitutos próximos mas não perfeitos. Desta forma. sendo observadas nos grandes supermercados. ela está virtualmente numa posição de monopólio.” (Dicionário de Economia. a empresa estipulará o preço de venda de seu produto igual ao custo marginal do mesmo. b) Oligopólio com tácita coalizão. classificados em: concentrados ou homogêneos: quando o cliente não percebe diferenciação entre os produtos concorrentes. em primeiro lugar. Neste padrão de concorrência. 1985:.. b) não há substitutos próximos para os bens. Determinam assim o preço e a produção do setor. Sob o regime monopolista o lucro atinge seu ápice quando o custo marginal equaliza-se com a receita marginal. Este dependerá das ações e reações do conjunto de agentes como um todo. 2013 . um aumento na quantidade utilizada do insumo reduz o produto médio. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. então o produto marginal será superior ao produto médio. assinale a alternativa INCORRETA. a) V-V-F-F.2013 . é correto afirmar que: a) as preferências são ditas completas se para duas cestas quaisquer for possível dizer que uma é preferível à outra. um bem inferior. num dado período. ( ) Demanda é a quantidade de determinado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam vender em determinado período. se o preço aumentar. o equilíbrio do consumidor sempre irá ocorrer quando o valor absoluto da Taxa Marginal de Substituição for igual à relação entre os preços dos bens. b) se a quantidade de insumo escolhida maximiza o produto médio.Econômico-Financeira) De acordo com as condições gerais da teoria da produção com um insumo variável. A utilidade representa o grau de satisfação ou bem-estar que os consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado. c) quando o produto marginal é maior que o produto médio.Analista de Finanças e Controle . Os preços formam-se com base em dois mercados: mercado de bens e serviços e mercado dos serviços dos fatores de produção.UNIFESP – Administrador) Indique (V) para verdadeiro e (F) para falso. 4.2012 . (IDECAN . 3. d) Todo bem de Giffen é. 2. de modo que um efeito sempre vai reforçar o outro.AGU – Economista) Com relação à função demanda de teoria do consumidor.MF . Oferta é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir. ( ) A microeconomia analisa a formação de preços no mercado. e) quando o produto marginal é menor que o produto médio. mais alta a curva de indiferença a que a cesta pertence. o efeito renda pode exatamente igualar o efeito substituição somente se o bem não for inferior. ( ) A curva de Engel para um bem inferior é negativamente inclinada. c) quando todos os axiomas de preferências são observados. d) V-V-V-F. Instituto Maximize Educação 28 . b) se duas cestas de consumo estiverem na mesma curva de indiferença. d) se duas cestas pertencem à mesma curva de indiferença. dada a sua renda. (ESAF .Analista de Finanças e Controle . (CAIP-IMES . é possível afirmar que curvas de indiferença não podem interceptar-se. um aumento na quantidade utilizada do insumo aumenta o produto médio. b) F-F-V-V. ( ) A microeconomia analisa mercados específicos. 5.MF . necessariamente. b) O sinal do efeito substituição será sempre oposto ao sinal da variação do preço.2014 . c) O sinal do efeito renda será sempre igual ao sinal do efeito substituição. pode-se afirmar que: a) a quantidade de insumo que maximiza o produto médio é a mesma que maximiza o produto marginal. a) Considerando apenas dois bens e admitindo curvas de indiferença bem-comportadas. (ESAF .UFT . d) o produto médio será máximo quando a quantidade de insumo utilizada é tal que o produto médio seja igual ao produto marginal. e) quanto mais cara a cesta.Analista em Gestão Especializado) Em relação à Teoria do Consumidor. isto é.2013 . c) V-V-V-V. a cesta com maior consumo do bem mais caro está associada a um maior nível de utilidade. o efeito substituição será negativo. marque V para as afirmativas verdadeiras e F para a falsas. ( ) Considerando o efeito do preço de um bem sobre sua própria demanda. AGENTE . ( ) Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade.Econômico-Financeira) Sobre a teoria do consumidor. seus gastos e o preço de mercado. é porque as duas cestas têm o mesmo custo. (COPESE . enquanto a macroeconomia analisa os grandes agregados. ( ) A demanda por um bem derivada de uma função utilidade Cobb-Douglas é uma fração da renda em relação ao preço do mesmo bem.DPE-TO .POLÍCIA FEDERAL EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1. as mudanças nessas variáveis implicam o deslocamento da curva de demanda para a direita ou para a esquerda. as ações de suas concorrentes.ANTAQ . V. (CESPE .Analista Administrativo . definido no ponto em que a receita marginal se iguala ao custo marginal.2012 .Analista Administrativo .Área 3) Com relação à demanda do consumidor. V. d) V. logo o valor da elasticidade-preço da demanda será sempre negativo. b) F. F. A relação entre preço e quantidade demandada é direta. V.Analista Administrativo . a elasticidade será negativa. (CESPE . V. de modo que é correto afirmar que a demanda é elástica ou inelástica. V. 6. segundo o tipo de efeito observado. A elasticidade se refere à curva de demanda como um todo.ANAC . AGENTE . julgue os itens subsequentes Como o sinal da elasticidade-renda da demanda depende do tipo de bem. (CESPE . A) Certo B) Errado 11.Área 3) Com relação à demanda do consumidor. F. julgue os itens subsequentes. julgue os itens subsequentes. por exemplo.2012 . considerando-se constante o preço do bem. a) CERTO b) ERRADO Instituto Maximize Educação 29 . (CESPE . e) V. só é válido como ponto de maximização de lucros se o custo marginal for crescente. a) CERTO b) ERRADO 9.ANAC . portanto. a) CERTO b) ERRADO 10. V.Área 3) Com relação à demanda do consumidor.2009 .ANAC . (CESPE . V.ANAC . a) CERTO b) ERRADO 7. c) V.Analista Administrativo . julgue os próximos itens. julgue os itens subsequentes A demanda por um bem é influenciada por uma série de variáveis. O oligopólio constitui uma estrutura de mercado em que as empresas consideram. a) CERTO b) ERRADO 8.Área 3) Acerca do comportamento das empresas segundo a estrutura de mercado.2012 .POLÍCIA FEDERAL A sequência está correta em a) F. o equilíbrio da firma. como renda e preferências.ANAC .Especialista em Regulação) Julgue o item que segue: Em concorrência perfeita.2012 . na avaliação de um bem normal.Área 3) Com relação à demanda do consumidor. em suas decisões.2012 . F.Analista Administrativo . (CESPE . c) Se o monopolista passasse a adotar a estratégia de “leve x unidades e pague x-1” para as unidades adicionais. justamente no ponto em que o lucro é mínimo. a receita Marginal (RMg) é igual a Receita Média (RMe).DPE-TO . (IDECAN . b) O equilíbrio de curto prazo de uma empresa monopolista. Instituto Maximize Educação 30 . a preços menores. ou seja.2013 . o que não permitirá a persistência de lucros extraordinários. d) Se o monopolista pudesse discriminar perfeitamente os preços. ou seja. abaixo do seu custo marginal. ou seja. ou seja. ou seja. a ponto do mesmo igualar o custo marginal do monopolista. a) Se o governo subsidiasse o preço do mercado. d) A condição de Lucro Econômico zero significa que a empresa está obtendo um retorno normal sobre o investimento realizado. ou seja. em que existem barreiras à entrada de novas firmas.BNDES . Ele contrata um consultor para lhe apresentar o tipo de estrutura de mercado que ele vai encontrar. há diferenciação de produtos e existe livre entrada para as empresas. e) A firma monopolista não tem curva de oferta. se o governo derrubasse as barreiras à entrada no mercado. portanto. pois é o ponto em que a receita marginal (RMg) é igual ao Custo Marginal (CMg). sendo. ocorre quando a Receita Marginal (RMg) for igual ao Custo Marginal (CMg). Assinale a opção que apresenta uma forma de zerar esse peso morto para todos os agentes (firma.Profissional Básico – Engenharia) Um empresário está pensando em abrir uma empresa em um mercado desconhecido por ele. também no longo prazo.POLÍCIA FEDERAL 12. a) A posição de máximo lucro do monopolista pode estar na faixa inelástica da demanda.ADASA . e) Se novas empresas entrassem no mercado para competir com o monopolista até que toda possibilidade de lucro fosse exaurida.2009 . 15. consumidor e governo). também é positiva.Analista em Gestão Especializado) Em relação ao Modelo de Concorrência Perfeita. discriminasse os preços em terceiro grau. quando a receita marginal for igual ao custo marginal. ou seja.UFT . vendesse unidades adicionais do bem para determinados grupos de consumidores.2014 .AGU – Economista) Um monopolista consegue fixar um preço acima do custo marginal e. c) No equilíbrio de longo prazo de uma firma monopolista. d) Em uma estrutura de monopólio. a) Uma empresa que opera em concorrência perfeita está maximizando seu lucro. b) A empresa competitiva deve encerrar suas atividades se o preço de mercado estiver abaixo do custo total médio. a oferta um ponto único sobre a curva de demanda. O consultor lhe apresenta as seguintes características desse mercado: há muitos vendedores e compradores. b) Se o monopolista praticasse preços menores. portanto. (COPESE . denominado de peso morto do monopólio. assinale a alternativa INCORRETA. O empresário conclui que esse mercado apresenta um tipo de estrutura de a) oligopólio b) monopólio c) monopsônio d) concorrência perfeita e) concorrência monopolística 13. (FUNIVERSA . assinale a alternativa correta.Advogado) Com relação à estrutura de mercado de monopólio. 14. Essa estratégia gera um ônus para a economia.2012 . não tem uma curva que mostre uma relação estável entre preços de venda e quantidade produzida. (CESGRANRIO . dificilmente o monopólio será quebrado. adotasse uma estratégia de dumping. produz e vende uma quantidade abaixo do nível socialmente ótimo. quando a Epp é menor que 1. c) A curva de oferta de curto prazo de uma empresa que atua em um mercado competitivo corresponde ao segmento da curva de custo marginal acima da curva de custo variável médio. sendo que o Custo Marginal (CMg) é sempre positivo e a Receita Marginal (RMg) que iguala o Custo Marginal (CMg). AGENTE . VASCONCELLOS. ed. 2010.ed. 2003. São Paulo: Saraiva.POLÍCIA FEDERAL GABARITO: 1 D 2 C 3 C 4 D 5 E 6 B 7 B 8 A 9 B 10 A 11 A 12 E 13 E 14 B 15 E REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: SILVA.L da. VASCONCELLOS.Manual de Economia. AGENTE . Et alli. Economia e mercados: introdução à economia. 20. Manuel E.2002.. Marco Antonio S. São Paulo: Contexto. SINGER. 2004. S. São Paulo: Atlas. Introdução à Economia. 2005. 5. ROSSETTI. 22. C. 2002. Introdução à economia. Instituto Maximize Educação 31 . Roberto Luis. Aprender Economia.ed. Marco Antonio S. São Paulo: Pearson Makron Books. 2. José Paschoal. LUIZ. GARCIA. Fundamentos de Economa. São Paulo: Saraiva.R. São Paulo: Saraiva. Paul. Edição revisada e atualizada.ed. TROSTER.