Nicolas Flamel

March 19, 2018 | Author: Valdeir Arruda | Category: Alchemy, Science, Chemistry, Philosophical Science, Science (General)


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Nicolas FlamelNicolas Flamel foi um francês que viveu entre 1330 e 1418, ele é um dos nomes mais relevantes quando se fala de alquimia, algumas vezes também referido como Nicolau Flamel. Ele foi um dos buscadores da pedra filosofal e supostamente conseguiu cria-lá também era um católico devoto ou ao menos parecia ser. O início historia de Flamel como alquimista é rapidamente contada em seu trabalho "O Livro das Figuras Hieroglíficas" da qual ele apresentou o seguinte texto: “Quando faleceram meus pais tive que ganhar o pão escrevendo; naquele tempo adquiri um livro dourado, muito velho e volumoso. O livro compunha-se de três fascículos de sete folhas cada um e a sétima folha de cada um aparecia em branco. Na primeira folha via-se um báculo em torno do qual apareciam enroscadas duas serpentes; na segunda, uma cruz da qual pendia outra serpente e na sétima podia verse um deserto, no centro do qual brotavam formosas fontes; porém delas não saiam água senão serpentes que se arrastavam em todas as direções. Na fachada do livro, liase: “Abraão o Judeu, príncipe, sacerdote, levita, astrólogo e filósofo”. Na terceira folha explicava-se como se transformavam os metais. Junto ao texto reproduziam-se dois recipientes, davam as cores e todos os detalhes, exceto a Pedra Filosofal, a qual aparecia reproduzida com grande arte e forma tal que cobria por completo as páginas quatro e cinco”. Algumas versões da história contam que ele precisou de ajuda para entender o livro, já que ele era repleto de símbolos, que o ajudou era um Judeu conhecido como Mestre Canches que ele encontrou no caminho de Santiago, um local que é visto como sagrado e que recebe peregrinos todos os anos. Esse Judeu traduziu o livro e mostrou que seu conteúdo era de alquimia e cabala, contendo o segredo para a criação da pedra filosofal. Flamel teria se dedicado por mais de uma década no estudo de alquimia até conseguir resultados e quando Mestre Canches morreu ele voltou para sua terra natal, apesar de alguns contarem que ele voltou com o mestre mas esse morreu de velhice. que podia nada mais ser que um código para dizer que na realidade a alquimia era sexual. como quando ele diz que precisou da ajuda de sua esposa Dame Perenelle Flamel para criar a pedra filosofal. Ele geralmente fazia muitas doações e contribuiu com a construção de vários edifícios e monumentos religiosos e alquímicos e tem até uma rua com seu nome em Paris a "Rue Nicolas Flamel". Mas indícios históricos mostram que na realidade sua riqueza vinha de sua profissão. A fama de Flamel cresceu muito e junto dele lendas entre as quais ele possuir a pedra filosofal e com ela poderia converter metais em ouro e por isso tinha uma grande riqueza. Flamel escreveu três livros: • • • O Livro das Figuras Hieroglíficas em 1399 O Sumário Filosófico em 1409 Saltério Químico em 1414 As versões originais e manuscritas podem ser encontradas na biblioteca nacional de Paris. Mas também existem muitas outras obras que foram atribuídas a ele. que era notário. em especial algumas traduzidas de outras línguas. uma profissão muito lucrativa em uma época em que poucas sabiam ler e escrever o notário tinha a função de colocar no papel negociações e transações. Alquimia: procura pela fórmula do ouro e da vida eterna Por: Mariana Viera .As histórias em volta de Flamel são puramente simbólicas e iniciáticas. Resumo Este artigo retrata a alquimia e sua prática no decorrer da história. Os gregos adotaram a teoria egípcia de que toda matéria é composta de quatro elementos básicos (terra. Apenas os iniciados nas técnicas seriam capazes de desvendar os livros. Para isso bastaria apenas mudar a proporção de cada elemento. Sendo raridade na história da ciência. Os experimentos eram explicados por imagens . Para evitar perseguições políticas e enganar impostores. doutrina filosófica. Ele focou suas pesquisas na medicina. Todo conhecimento dessa arte era atribuído pelos egípcios a Thot. O ápice da alquimia durou desde o século XIV até o fim do renascimento. o “banho-maria”. A kymiâ envolvia manipulação de metais e processos químicos usados no embalsamamento dos mortos. ficavam sem contato com o exterior. um célebre cientista. mais de 400 anos depois o povo não conhecia a prática.C. Nasceu em Alexandria. deus da sabedoria. misticismo e ciência. a Judia. Foi só com as Cruzadas. ciência. Trata-se de Maria. Cientistas como Isaac Newton e Robert Boyle foram grandes praticantes da alquimia. Misturando doutrina filosófica com atividade laboratorial. Foi na Idade Média que a alquimia se tornou forte. O mesmo ocorre com os metais: quando eles se livram das impurezas. atraindo muitos árabes para a ciência. Foi aí que a cultura helênica levada pelo imperador se encontrou com uma arte egípcia chamada kymiâ (preto em português). ao chegarem ao Oriente Médio. porém devido à promessa de vida eterna. que viveu em Alexandria no século III a. no Egito. a identificaram com Hermes. Apesar de os mouros já terem ocupado a Península Ibérica desde o século VIII. Segundo Arthur Greenberg. civilizações antigas e da Idade Média. a alquimia de modesta não tinha nada: seus praticantes queriam encontrar a pedra filosofal. Avicena. Porém a técnica é muito mais antiga do que se imagina. O Alcorão pregava que os estudos científicos eram um dos caminhos para desvendar a vontade de Alá. Nessa época. cunhando o termo alquimia. autor do livro “Da alquimia à química em imagens e histórias”. por Alexandre. se é imaginado uma pessoa se aperfeiçoando. cidade fundada em 322 a. Os gregos. criando a possibilidade de transmutação dos metais. objeto capaz de fornecer o elixir da vida eterna e transmutar metais como cobre e ouro puro. que os europeus foram apresentados à alquimia. Palavras-Chave: História da Técnica. o intérprete dos deuses. defendendo que os medicamentos minerais e químicos eram mais eficientes que os à base de ervas. deu uma ajuda e tanto para a ciência precária da época. deparando essa divindade. Foram os árabes que colocaram o prefixo al na palavra kymiâ. foi criada pelos alquimistas uma linguagem simbólica. em especial à alquimia. envolvendo ganância. Os intelectuais da Europa Medieval. referindo-se ao solo negro das margens do Rio Nilo. pipocavam charlatões que falsificavam moeda de ouro e contribuíram para a má fama que a profissão adquiriu. as mulheres tiveram grande participação na arte alquímica. sendo uma destas mulheres a responsável pela criação de equipamentos de destilação e do método de aquecimento usado nas cozinhas e nos laboratórios de química. ar. tornam-se ouro. ela atinge a salvação. a alquimia confundia-se com salvação na concepção cristã. A alquimia chegou tardiamente na Europa. o Grande. em sua maioria dentro dos mosteiros. água e fogo) e aplicaram-na à metalurgia. Foi assim que o termo “hermético” passou a ser usado para se referir às ciências ocultas.C. já teriam. Ele defendia o uso de substâncias tóxicas. isentando o misticismo da alquimia. Isso fez com que os cientistas colocassem a alquimia “de lado”.1626) indicou o caminho final da alquimia ao afirmar que. Apesar de a Igreja Católica não ter visto a alquimia com bons olhos. sido transmutados em ouro. seria baseada nas experiências laboratoriais dos alquimistas. o físico Isaac Newton (16431727) se dedicou com tal afinco à alquimia que chegou a ter 138 livros sobre o tema. em seguida. . Newton queria encontrar a pedra filosofal. como São Tomás de Aquino e Roger Bacon. O nome de Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim. quando a ciência começou a se separar da filosofia. O suíço também se aventurou no lado místico da alquimia. Boyle é considerado o “pai da química”. Ernest Rutherford (1871-1937) tornou-se o primeiro a conseguir converter o hidrogênio em oxigênio. certa noite. Considerações finais A alquimia nunca foi um empecilho ao desenvolvimento científico. entendeu a natureza dos ácidos e isolou elementos químicos. Esse último chegou a declarar que havia criado um homem mecânico. Na busca pela realização dos dois maiores desejos da humanidade (vida longa e conforto material). e as mesmas pregavam a repetição dos experimentos como método de comprovação científica e publicavam os resultados em jornais. entre 1970 e 1980. Assim como vários outros alquimistas. os alquimistas estavam corretos. na medida em que desenvolveu instrumentos. é porque ela não havia sido escolhida por Deus. acertando na sua afirmação. vários religiosos se tornaram alquimistas. Em 1919. A partir do século XVII. chagando a relatar que havia encontrado o elixir da longa vida e que viveria para sempre. por exemplo. Se um livro mostrasse. Em 1661. enquanto dormia. Postura contrária à dos alquimistas. Enquanto escrevia o livro “Princípios matemáticos da filosofia natural”. se despedaçou no chão. o boneco começou a falar com ele e. conceito próximo do atual. ela contribuiu muito para a investigação da matéria e para a química. queria dizer que houve uma reação entre o sulfato ferroso e o ouro dentro do forno.desenhadas ou metáforas. embora em quantidades minúsculas e a custos exorbitantes. como o mercúrio e o arsênico para a cura de praticamente todas as doenças e dizia que veneno se combatia com veneno. que havia sido criada no século XIII pelo rei Henrique III para proibir a manufatura de ouro por transmutação. o anglo-irlandês Robert Boyle abandona o prefixo al. se uma pessoa não conseguisse encontrar a pedra filosofal. o bismuto. se algum dia uma ciência genuína emergisse da alquimia. um leão verde mordendo o sol dentro de um castanheiro oco. também conhecido como Paracelsus (1493-1541) foi um dos mais fortes na área alquímica. Essas instituições foram frutos da revolução científica do século XVI. Décadas depois de sua morte. que escondiam tudo em símbolos indecifráveis e diziam que. academias científicas como a Royal Society de Londres começaram a aparecer por toda a Europa. Até chumbo e outro elemento químico. Ele convenceu o Parlamento Inglês a revogar a lei anti-alquimia. o filósofo inglês Francis Bacon (1561. por meio da reação nuclear. com a cabeça de latão e. No fim das contas. e definindo o “elemento” como uma substância que não pode ser decomposta em outra mais simples.
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