NEUROANATOMIA - AV2 correto

March 27, 2018 | Author: mds_carolina | Category: Cerebellum, Hypothalamus, Basal Ganglia, Cerebral Cortex, Neuroanatomy


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NEUROANATOMIA – AV2 – JANAÍNA NETO MACHADOCap 23. Estrutura e Funções do Hipotálamo O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico. Trata-se de um área muito pequena. Mas apesar disso tem inúmeras funções. È uma das áreas mais importantes do sistema nervoso.  Esta intimamente relacionado ao Infundíbulos, corpos mamilares, e quiasma óptico. Divisões e núcleos do Hipotálamo È constituído fundamentalmente de substância cinzenta, que se agrupa em núcleos. O fórnix percorre de cima para baixo cada metade do hipotálamo, terminando no corpo mamilar. O fórnix permite dividir o hipotálamo em uma área MEDIAL E LATERAL.   Área Medial : entre Fórnix e as paredes do III ventrículo. ( nela se localiza os principais núcleos) Área Lateral : lateralmente ao fórnix há predominância de fibras, é percorrida pelo feixe prosencefálico medial. Feixe que estabelece conexões nos dois sentidos. O hipotálamo pode ainda ser dividido em 3 planos frontais:  HIPOTÁLAMO SUPRA-ÓPTICO ( anterior) – compreende o quiasma óptico e toda área acima dele até o sulco hipotalâmico. 1) Núcleo supraquiasmático – ciclo circadiano (vigília/sono), relógio biológico 2) Núcleo supra-óptico – regulação da diurese, síntese de ADH 3) Núcleo paraventricular – regulação da diurese, síntese de ADH HIPOTÁLAMO TUBERAL ( médio) – compreende o tuber cinério 1) Núcleo ventromedial – centro da saciedade 2) Núcleo dorsomedial – comportamento agressivo 3) Núcleo arqueado ( ou infundibular) – regulação do sistema endócrino HIPOTÁLAMO MAMILAR (superior) – compreende os corpos mamilares com seus núcleos. 1) Núcleos mamilares 2) Núcleo posterior   FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO As funções são muito numerosas e importantes, quase todas relacionadas com a Homeostase, ou seja, com a manutenção do meio interno. Por isso o Hipotálamo tem um papel regulador sobre o Sistena Nervoso Autonomo e o Sistema endócrino, fome, sede, e sexo. 1) CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO O hipotálamo é o centro mais importante do SNA   Hipotálamo Anterior – Sistema Parassimpático ( PS) Aumenta Peristalse, Contrai Bexiga, Bradicardia, diminui PA, miose. Hipotálamo Posterior – Sistema Simpático ( S) Diminui a Peristalse, relaxa a bexiga, taquicardia, aumenta a PA, midríase Síndrome de Canon – descarga do Simpático ( reação de luta e fuga) 2) REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL O hipotálamo é informado da temperatura corporal principalmente por receptores localizados no hipotálamo anterior ( termoreceptores). Assim funciona como um termostato capaz de detectar variações na temperatura do sangue que por ele passa e ativa mecanismos de perda ou de conservação do calor. Existem 2 centros:  Centro da perda do calor – hipotálamo anterior  Centro da conservação do calor – hipotálamo posterior Estímulos no centro da perda do calor : desencadeia fenômenos de vasodilatação periférica e sudorese. Estímulos no centro da conservação do calor : resultam em vasoconstricção periférica, tremores musculares, e até mesmo liberação de hormônio Tireoidiano ( para gerar ou conservar calor). - Lesões no centro da perda do calor no hipotálamo anterior : causam elevação incontrolável da temperatura ( febre central ), quase fatal !!! Pode surgir em conseqüência de cirurgias da hipófise. 3) REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL  Hipotálamo Posterior – tem papel importante na regulação dos processos emocionais ( raiva, medo, prazer) 4) REGULAÇÃO DO SONO E VIGÍLIA  Hipotálamo posterior ( núcleo supraquiasmático) – vigília Lesões podem causar sono, doença conhecida como encefalite letárgica ( sono incontrolável) 5) REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS   Hipotálamo Lateral – centro da fome Hipotálamo Médio ( Núcleo ventromedial) – centro da saciedade Lesões da área Lateral - ausência completa do desejo de comer, levando a inanição. Lesões do núcleo ventromedial – alimenta-se exageradamente, tornando-se obeso. Centro da saciedade INIBE o Centro da fome!!! 6) REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ÁGUA  Hipotálamo Lateral – Centro da Sede Lesões nessa área faz com que haja perda da vontade de beber água, podendo haver desidratação. Estímulos nessa área podem levar a morte por excesso de ingestão de água. 7) REGULAÇÃO DA DIURESE Importante papel na quantidade de água eliminada na urina.  Núcleos supra-ópticos e paraventricular – sintetizam ADH ( hormônio antidiurético) Age aumentando a absorção de água nos túbulos renais, diminuindo a eliminação de água pela urina. 8) REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO  Hipotálamo Tuberal (Núcleo Arqueado) – regula a secreção de todos os hormônios da adeno-hipófise 9) GERAÇÃO E REGULAÇÃO DOS RITMOS CIRCADIANOS Sincronismo dos parâmetros fisiológicos num período de 24 horas ( Ritmo de Claro e Escuro). Muitos sulcos são inconstantes e não recebem denominação. Que no caso dos mamíferos corresponde ao Núcleo supraquiasmático do hipotálamo ( anterior ou supra-óptico). outros mais constantes recebem denominações especiais e ajudam a delimitar os Lobos . 8 – ANATOMIA MACROCCÓPICA DO TELENCEFALO O telencefalo compreende os dois hemisférios cerebrais. ( que se comunicam com o III ventrículos através dos forames interventriculares) 3 Polos : Frontal. direito e esquerdo. Cap. Os sulcos aumenta a superfície cerebral sem aumentar seu volume.Lobo frontal: Está em contato íntimo com o osso frontal . que delimitam os GIROS ( ou circunvuluções cerebrais).    Os dois hemisférios são incompletamente separados pela : FISSURA LONGITUDINAL DO CÉREBRO. . È importante lembrar que o núcleo supraquiasmático recebe estímulos sobre luminosidade do ambiente. que é a ínsula. E ainda.Os ritmos circadianos ocorrem em quase todos os organismos e são gerados pelos marcapassos ou relógios biológicos. e uma pequena parte mediana situada na porção anterior do III ventrículo. Cujo assoalho é formado pelo CORPO CALOSO ( principal meio de união entre os 2 hemisférios) Os hemisférios cerebrais possuem cavidades os VENTRÍCULOS LATERAIS DIREITO E ESQUERDO.Lobo temporal: contato com o osso temporal . existe um lobo que NÃO está em contato com nenhum osso.Lobo parietal: contato com o osso parietal. Inferior ( ou base do cérebro. Occiptal e Temporal 3 Faces : Superolateral ( convexa). que lhe permite sincronizar os ritmos circadianos com o ritmo claro e escuro.Lobo occipital: contato com o osso occipital – TODO RELACIONADO A VISÃO . irregular)   A superfície tem depressões chamadas de SULCOS. Medial ( plana). Frontal Médio. Esses sulcos estarão mais acentuados em indivíduos de mais idade. só se desenvolve totalmente aos quatro anos de idade. com poucos sulcos. e termina divindido-se em 3 ramos : ascendente. tais são denominados lisencéfalos. Funcionalmente ele está somente no Lado Esquerdo !!!! Lesão de Hemisfério esquerdo – perde 90% da palavra falada e causa hemiplegia do lado D.  Giro Frontal Médio – palavra escrita . Lesão do Hemisfério direito – não perde o centro da fala e causa hemiplegia do lado E. anterior e posterior SULCO CENTRAL ( rolando) – é sulco profundo geralmente contínuo que percorre obliquamente a face superolateral do hemisfério. os cérebros são muito lisos. O cérebro no homem. A 2ª LÍNGUA faz parte do funcionamento do HD.   IMPORTANTE : O giro Frontal Inferior do Hemisfério Esquerdo partes TRIANGULAR E OPERCULAR é denominado GIRO DE BROCA e aí se localiza na maioria dos indivíduos o centro da Palavra falada. pois a massa neuronal vai sendo deteriorada ao longo do tempo. ou seja. Em cada hemisférios há 2 mais importantes sulcos : SULCO LATERAL ( sylvius) – separa lobo Frontal do Lobo temporal. Separando os Lobos Frontal e Parietal. ( + importante é parte opercular) Anatominacamente esse giro existe nos dois hemisférios. Giro. sulco Frontal superior. Sulco Frontal Inferior 3 Giros : Giro Frontal superior. TRIANGULAR . Giro Frontal Inferior  Giro Frontal Inferior é subdivido em 3 partes : ORBITAL . E é melhor aprender na infância com o desenvolvimento do Hemisfério Direito. Anteriormente ao sulco central – GIRO PRÉ CENTRAL ( MOTOR) – lobo frontal Posteriormente ao sulco central – GIRO PÓS-CENTRAL ( SENSITIVO) – lobo parietal 1) Lobo Frontal 3 sulcos : Sulco pré-central. OPERCULAR. Em determinadas espécies. Tronco e Esplênio. È subdivido em : Rosto. Durante o desenvolvimento esse lobo cresceu menos que os outros. porém o de interesse vai ser o lobo parietal inferior.  Fórnix : abaixo do esplênio do corpo caloso e arqueando-se em direção a comissura anterior. . pois esse vai apresentar dois giros: Supramarginal (mais anterior) . Angular (mais posterior) – curvado em torno da porção terminal e ascendente do sulco temporal superior 4) Lobo Occiptal Ocupa uma porção relativamente pequena e é todo relacionado a VISÃO.Sulco temporal superior . Giro temporal inferior Afastando-se os lábios dos sulco lateral. é formando por um grande número de fibras mielínicas que cruzam o plano sagital mediano. FACE MEDIAL  Corpo Caloso : a maior das comissuras interhemisféricas. Joelho. unindo as áreas do córtex cerebral de cada hemisfério. 5) Ìnsula Afastando-se os lábios do Sulco Lateral observa-se a ínsula. A porção posterior desse assoalho é atravessada por pequenos giros os Giros Temporais Transversos. dos quais o mais evidente é o GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR 3) Lobo Parietal O lobo parietal pode ser subdividido em superior e inferior. Sulco temporal inferior 3 Giros – Giro temporal superior . Giro temporal Médio.curvado em torno do ramo posterior do sulco lateral.2) Lobo Temporal 2 sulcos . aparece seu assoalho. giro para-hipocampal. O giro para-hipocampal se liga posteriormente ao giro do cíngulo através do Istmo do giro do cíngulo. ASSIM : Ùncus . .Lobo Occiptal 2 Sulcos importantes : Calcarino – localiza-se o centro cortical da visão Parieto-occiptal – separa o lobo occiptal do lobo parietal Lobo Frontal e Parietal 2 sulcos : Sulco do Corpo Caloso e Sulco do Giro do cíngulo Destacando-se o Sulco do Cíngulo em direção à margem superior do hemisfério existe o Sulco Paracentral que delimita junto com o ramo marginal do Sulco do cíngulo o Lóbulo Paracentral ( MOTRICIDADE E SENSIBILIDADE DE PERNA E PÉ)  Abaixo do rostro do corpo caloso e adiante da comissura anterior é chamada de área septal – um dos centros do prazer do cérebro FACE INFERIOR Lobo Temporal  Giro para-hipocampal cuja porção anterior se curva em torno do sulco do hipocampo para formar o Úncus. pode ser causado por Hipertensão Intracraniana Aguda. O Sulco do hipocampo origina-se na região do esplênio do corpo caloso e se dirige para o lobo temporal. istmo do giro do cíngulo e giro do cíngulo constituem um lobo independente o Lobo Límbico.  Hérnia de ùncus : causa morte súbita. Lobo Frontal Existe algumas formações relacionadas com a olfação por isso chamado Rinencéfalo. Bulbo olfatório – dilatação ovóide de massa cinzenta que se continua com o Tracto olfatório O hipocampo somente poderá ser visto por essa face. Esse possui essa denominação, pois se assemelha a um cavalo marinho. O fórnix faz a comunicação desse hipocampo com o hipotálamo (mais especificamente com o corpo mamilar). Esse se relaciona com a função de memória RECENTE. Trata-se de uma das partes mais importantes do sistema nervoso. sendo a estrutura do córtex muito complexa.contém 6 camadas. é a grande maioria das áreas corticais ( Faz parte do Neocórtex) IIIIIIIVVVICamada molecular Camada granular externa Camada piramidal externa Camada granular interna Camada piramidal interna Camada de células fusiformes Ou seja : 2 camadas piramidais e 2 camadas granulares ( + IMPORTANTES)   Piramidal ( MOTORA) ou agranular Granular ( SENSITIVA) 2) Alocórtex . 27 .Cap. é um neurônio sensitivo Célula Piramidal ou célula gigante de Betz – neurônio motor correspondente da área situada no Giro Pré-Central. células neurigliais e fibras. mas ainda primitivo) : giro parahipocampal . corresponde a parte + ANTIGA do córtex ( Arquicórtex e Paleocórtex) Célula Granular .menos de 6 camadas.é o principal interneurônio cortical. . úncus ( olfato) Neocórtex – o restante todo do córtex cerebral !!! CITOARQUITETURA DO CÓRTEX : Existem neurônios. No córtex chegam impulsos provenientes de todas as vias da sensibilidade que aí se tornam conscientes e são interpretadas.Estrutura e funções do córtex cerebral Córtex é uma fina camada de substância cinzenta que reveste o centro branco medular do cérebro. Classificação Filogenética: Arquicórtex – ( + primitivo ) : córtex do hipocampo (memória) + RESISTENTE Paleocórtex – ( pouco + avançado. Distinguem-se 2 tipos de Córtex: 1) Isocórtex . Os neurônios e as fibras se distribuem em várias camadas. Classificação Filogenética Arquicórtex. úncus Neocórtex – Todo o restante 3. Classificação Estrutural O córtex pode ser dividido em numerosas áreas citoarqueteturais. havendo vários mapas de divisão. Contudo a divisão mais aceita é a de Brodmann que identificou 52 áreas designadas por números. já estudada È a mais empregada na prática médica para localização das lesões. filogenéticos. conforme já exposto. Pode ser classificado com critérios anatômicos. As diversas áreas corticais podem ser classificadas em grupos maiores de acordo com suas características comuns. 1. estruturais e funcionais. 2.CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS CORTICAIS O córtex não é homogêneo em toda sua extensão. Paleocórtex e Neocórtex.característico de áreas de associação ISOCÓRTEX HETEROTÍPICO GRANULAR – característico de áreas sensitivas ( possuem muitas células granulares . Giros e Lobos. ISOCÓRTEX HOMOTÍPICO. Importante lembrar !!! Arquicórtex – hipocampo Paleocórtex – giro hipocampal. Classificação anatômica Baseia-se na divisão em : Sulcos.Giro Pós-central ) ISOCÓRTEX HETEROTÍPICO AGRANULAR – característico de áreas motoras (possuem muitas células piramidais – Giro Pré-central) ALOCÓRTEX – corresponde ao arquicórtex ( hipocampo ) e paleocórtex ( giro parahipocampal e úncus) . Lesões nas áreas de projeção – provocam paralisias ou alterações da sensibilidade. ( ex: área da palavra falada ou área de broca) As localizações funcionais do córtex e a distinção entre áreas motoras e sensitivas encontram apoio na própria citoarquitetura do córtex. Ou seja ao córtex recente ! 4. Ou seja. Lesões nas áreas de associação – provocam alterações psíquicas ÁREAS DE PROJEÇÃO Podem ser divididas em : Áreas Sensitivas – Isocórtex heterotípico granular Áreas Motoras – Isocórtex heterotípico agranular ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO – Isocórtex Homotípico   As áreas de projeção ligadas diretamente a sensibilidade e motricidade são consideradas ÁREAS PRIMÁRIAS As áreas de associação podem ser SECUNDÁRIAS e TERCIÁRIAS . Classificação Funcional Do ponto de vista funcional as áreas corticais são homogêneas. divididas quanto determinada função no ser humano.Isocórtex ocupa 90% da área cortical e corresponde ao Neocortéx. Foral inicialmente classificadas como : Área de Projeção – são as áreas que recebem ou dão origem a fibras relacionadas diretamente com sensibilidade ( aferente ) e motricidade ( eferente ) Áreas de associação.estão relacionadas com funções psíquicas complexas. Do lado de cada área de projeção precisa de uma área de associação correspondente. Já as áreas Terciárias não se ocupam com o processamento sensitivo ou motor. conhecimento. mas estão envolvidas como processos psíquicos superiores como . Existe correspondência entre as partes do corpo e partes da área somestésica. dor. pressão. processos simbólicos. memória. temperatura. gustação. gustação.visão . pressão. De modo geral cada tipo de sensibilidade especial ( visão. temperatura. propriocepção consciente da metade oposta do corpo. a área somestésica. Estudiosos imaginaram um “ Homúnculo sensitivo” de cabeça para baixo no giro póscentral.A área de projeção de uma determinada função faz conexão com área de associação da mesma função . braço ( área pequena) . tronco. olfação. ( ISSO PARA AS ÁREAS PRIMÁRIAS) Ex: Área de associação visual recebe fibras predominantemente de uma área de projeção visual. audição. enquanto todas de sensibilidade geral convergem para uma só área. 1. olfação Motoras – tato. Na porção superior desse giro na parte medial do hemisfério – localiza-se órgãos genitais e pés Na parte supero-lateral do hemisfério – perna. pensamento abstrato.propriocepção Área de associação ( secundárias ) : Sensitivas Motoras (terciárias) : processos psíquicos 1) ÁREAS DE PROJEÇÃO PRIMÁRIAS Relacionam-se diretamente com sensibilidade ou motricidade. Áreas de projeção ( primárias ):Sensitivas .1 ÁREAS SENSITIVAS PRIMÁRIAS a) Área Somestésica  Área de sensibilidade geral localizada no GIRO PÓS-CENTRAL. Tato. dor. Existe só 1 área primátia motora no Lobo Frontal e várias áreas sensitivas nos demais lobos. audição) corresponde uma área primária. Unilateral – déficits auditivos pequenos ( pois não é totalmente cruzada) d) Área Vestibular  Localização : Lobo Parietal próximo a área somestésica correspondente a face.Mais abaixo vem a mão ( que é muito grande) Seguida de área da cabeça. e) Área Olfatória  Localização : ÚNCUS e GIRO PARA-HIPOCAMPAL LESÃO : pacientes se queixam de cheiros. LESÃO: cegueira completa c) Área auditiva  Localização : GIRO TEMPORAL TRANSVERSO ANTERIOR Nele chegam fibras do corpo geniculado medial. onde face e boca tem uma representação bem grande. Aí chegam fibras originadas do corpo geniculado lateral. LESÃO : Bilateral – surdez completa . b) Área Visual  Localização: Lábios do SULCO CALCARINO. em geral desagradáveis que na realidade não existem ( crises uncinadas ) f) Área Gustativa  Localização : PORÇÃO INFERIOR DO GIRO PÓS-CENTRAL LESÃO : perda da sensibilidade gustativa da metade oposta da língua . Próximo ao sulco lateral – língua e faringe Esse esquema é fundamentalmente igual para a área motora – Giro pré-central !!!! LESÕES : há perda de toda sensibilidade discriminativa do lado oposto da lesão. . braço ( área pequena) Mais abaixo vem a mão ( que é muito grande) Seguida de área da cabeça. tronco.1. onde face e boca tem uma representação bem grande. “ Homúnculo motor” Na porção superior desse giro na parte medial do hemisfério – localiza-se órgãos genitais e pés Na parte supero-lateral do hemisfério – perna.2 ÁREA MOTORA PRIMÁRIA  Localização : PARTE POSTERIOR DO GIRO PRÉ-CENTRAL Isocórtex heterotípico agranular – caracterizado pela presença de células piramidais gigantes ou células de Betz. Isso mostra que a extensão cortical não é proporcional ao seu tamanho mas à delicadeza dos movimentos realizados. Próximo ao sulco lateral – língua e faringe È interessante observar a grande extensão da área relacionada a mão quando comparadas com as áreas do tronco e membro inferior. 1 Áreas de associação Secundárias sensitivas Ou áreas sensitivas de associação a) Área Somestésica secundária Localização : Lobo Parietal Superior b) Área Visual Secundária Localização : Lobo occiptal c) Área auditiva Secundária Localização: Lobo Temporal As áreas secundárias recebem impulsos sensitivos das áreas primárias correspondentes e repassam informações recebidas ás outras áreas do córtex. cabe descrever os processos mentais envolvidos na identificação de um objeto. agnosia auditiva) . 2. Essas etapas depende de áreas corticais diferentes. surdez. Etapa de interpretação: ou gnosia. o que permite a sua identificação.2) ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIAS Essas áreas são unimodais ou seja relacionam-se ainda que indiretamente com alguma modalidade de sensação ou com motricidade. etc. cor. sua forma. Sensação – se faz numa área sensitiva de projeção ou área primária Interpretação – se faz numa área sensitiva de associação ou área secundária ( + complexo ) Lesões das áreas primárias – causam deficiências sensoriais. Lesões da áreas secundárias – ocorrem quadros clínicos chamados agnosias. ( agnosia visual. estando justapostas às áreas primárias correspondentes. Essa identificação se faz em 2 ETAPAS :   Etapa de sensação : toma-se consciência das características sensoriais do objeto. nos quais há perda da capacidade de reconhecer objetos. tais características são comparadas com o conceito do objeto existente na memória do indivíduo. apesar das áreas sensitivas e de projeção estarem normais. Para entender melhor o significado funcional das áreas secundárias. como cegueira. dureza. tamanho. agnosia somestésica. Nesse caso a lesão está nas áreas de associação relacionados ao planejamento na execução desses atos. dificuldade de compreensão de sons musicais.2 Áreas de Associação Secundária Motora Se relacionam com a área motora primária. 2. Mas pode reconhecê-lo pela tato ou olfato ou audição. Ex: Lesão da área auditiva secundária do hemisfério Esquerdo leva uma afasia.  Aspecto importante : as áreas secundárias do ponto de vista funcional não são simétricas.  Lesões dessas áreas – causam apraxia . a) Área Motora suplementar – planejamento motor Localização : face medial do Giro Frontal Superior b) Área pré-motora – envolve grupos musculares maiores como tronco e membros Localização : Lobo Frontal .Ex: Um indivíduo com agnosia visual será incapaz de reconhecer objetos pela visão. onde há a incapacidade de executar determinados atos voluntários sem que exista déficit motor. Já a mesma lesão do lado direito.  Agnosia especiais ( são defeitos de linguagem) denominados : Cegueira Verbal e Surdez Verbal ( AFASIA DE PERCEPÇÃO) Os indivíduos perdem total ou parcialmente a capacidade de reconhecer símbolos visuais ou sonoros que constituem a linguagem escrita e falada. Ex: Individuo apráxico é incapaz de executar corretamente a sequência de movimentos necessários para acender um cigarro e colocá-lo na boca. pode causar amusia ou seja. Esses defeitos de linguagem são denominados afasias. ou seja dificuldade de compreensão de sons de linguagem. Assim lesões da mesma área resultam em sintomas diferentes dependendo do lado lesado. 2 Área Temporoparietal Compreende o GIRO SUPRAMARGIANL e o GIRO ANGULAR. no lobo parietal inferior. Permite também que se tenha uma imagem das partes componentes do próprio corpo ( ÁREA DO ESQUEMA CORPORAL) Essas funções ficam mais claras com a descrição do quadro clínico ligados a lesão. Situa-se entre as áreas secundárias auditiva.   Essa área permite o individuo determinar as relações entre os objetos no espaço extrapessoal. visual e somestésica. 3.   Um sintoma pode ser desorientação espacial generalizada.c) Área de Broca – responsável pela programação da atividade motora relacionada com a expressão da linguagem ( PALAVRA FALADA) Localização : Parte Opercular e Triangular do Giro Frontal Inferior   Anatomicamente : existe nos 2 Hemisférios D e E Funcionalmente : existe no Hemisfério E Lesões dessa área – déficits de linguagem denominados afasias 3) ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS Ocupam o topo da hierarquia do córtex. São supramodais ou seja não se relacionam isoladamente com nenhuma modalidade sensorial. funcionando como centro que integra informações recebidas dessas 3 áreas. O quadro clínico mais característico dessa lesão da área temporoparietal em é a SÍNDROME DE NEGLIGÊNCIA ou SÍNDROME DE INATENÇÃO .  Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis também pela elaboração das diversas estratégias comportamentais. que faz com que o paciente não consiga deslocar de casa para o trabalho. Ambas de associação. deixa de perceber a metade esquerda de seu corpo com fazendo parte de seu “eu” e passa a negligenciá-la. ou calçar os sapatos do lado esquerdo. ÁREAS RELACIONADAS COM A LINGUAGEM E AFASIAS Admite-se que existam 4 áreas corticais para a linguagem. O paciente perde noção do seu esquema corporal. As perturbações da linguagem NÃO podem ser atribuídas a lesões das vias sensitivas ou motoras envolvidas na fonação.( síndrome de pick ou Anosopopagnosia) Se manifesta no lado Direito. Lesões dessas áreas são origem a distúrbios denominados AFASIAS. 2 anteriores e 2 posteriores.  A área anterior corresponde a área motora ou de expressão : Área de Broca . através do qual a informações relevantes para a correta expressão da linguagem passam da área posterior para área anterior. Afasias Sensitivas : A compreensão da linguagem tanto falada quanto escrita é muito deficiente.  . ou seja no hemisfério mais relacionado com os processos visuo-espaciais. mas apenas lesões das áreas corticais de associação. Assim ele deixa de se lavar. Há também um déficit na expressão da linguagem uma vez que o perfeito funcionamento da área motora recebe informações da área sensitiva através do fascículo arqueado.  Afasias Motoras : O indivíduo é capaz de compreender a linguagem falada ou escrita mas tem dificuldade de se expressar adequadamente falando ou escrevendo.palavra falada Giro Frontal Médio – palavra escrita  A área posterior corresponde a área sensitiva ou de percepção : Giro Angular – palavra lida Área de Wernicke – palavra ouvida Essas áreas estão ligadas pelo Fascículo Arqueado. fazer barba. Não porque não possa fazê-lo mas simplesmente porque para ele a metade esquerda do corpo não lhe pertence. percepção das relações espaciais ou ao reconhecimento da fisionomia da pessoa. . a compreensão da linguagem é normal. Esse fato demonstra que do ponto de vista funcional os hemisférios não são simétricos. uma vez que o funcionamento das áreas de projeção tanto motoras quanto sensitivas é igual para os dois lados. O HD diz respeito ao desenvolvimento de habilidades artísticas como música. e que na maioria dos indivíduos as áreas de linguagem estão no hemisfério esquerdo. mas existe déficit da expressão. do raciocínio matemático. Afasias de Condução – RARO : acontece com o fascículo arqueado é lesado. Neurologista constataram que afasias estão quase sempre associadas a lesões no hemisfério esquerdo. Essa assimetria funcional é só para as áreas de associação. Não porque a área de broca foi lesado e sim porque as áreas não se comunicam mais. pintura. Sabe-se que o HE é mais importante do ponto de vista da linguagem. Lateralmente com o córtex da ínsula.Cap. Entre o claustrum e o núcleo lentiforme existe a cápsula externa. 5) Núcleo Accumbens Situado na união entre Putâmen e cabeça do núcleo caudado. 2) Núcleo Lentiforme Situado medialmente à cápsula interna. È dividido em Putâmen e Globo Pálido 3) Claustrum Situado entre córtex da ínsula e núcleo lentiforme separado pela cápsula extrema. 4) Corpo Amigdalóide É uma massa esferóide situada no pólo temporal. Faz parte do sistema límbico e é um importante centro regulador do comportamento sexual e agressividade. 26 – NÚCLEOS DA BASE E DO CENTRO BRANCO MEDULAR Os núcleos da base são : Claustrum Corpo amigdalóide Núcleo caudado Núcleo Lentiforme ( putâmen e globo pálido) Núcleo Basal de Meynert Núcleo Accumbens Corpo estriado ventral – Núcleo basal de Meynert e Accumbens – sistema límbico Corpo estriado dorsal – Núcleo Caudado ( putamen e globo pálido) – modulam a intensidade do movimento ( acelerado ou diminuído) 1) Núcleo Caudado ( cabeça. corpo e cauda ) Relacionado em toda sua extensão com os ventrículos laterais. 6) Núcleo Basal de Meynert . Tem-se assim um mecanismo no qual informações originadas em diversas áreas do córtex são processadas no corpo estriado e influenciam a atividade motora somática através do Tracto córtico-espinhal. Pode-se dividir o corpo estriado em :    Uma parte recente : Striatum – putâmen e núcleo caudado Parte antiga : Pallidum – globo pálido Arquiestriado – núcleo basal de meynert e accubens CONEXÕES As conexões do corpo estriado são muito complexas. 2. Sabe-se que as funções do corpo estriado são exercidas através de um circuito básico que se liga ao córtex cerebral. Que por sua vez é modulado por circuitos subsidiários.  CIRCUITO BÁSICO .Circuito Nigro-estriato-nigral A Substância Negra mantém conexões com o Striatum Essas Fibras são Dopaminérgicas e exercem funções modulatória sobre o circuito básico. . onde tem origem o TRACTO CÓRTICO.Modula o circuito básico Dois são os mais importantes : 1. enquanto as fibras tálamo-corticais convergem para área motora.Circuito pálido-subtálamo-palidal Através desse circuito o núcleo subtalâmico é capaz de modificar a atividade do circuito básico agindo assim sobre a motricidade somática. Contém neurônios contendo Acetilcolina.Central ). Nesse circuito as fibras córtico-estriatais originam-se de todas as áreas do córtex. Lesões das Fibras nigros-estriatais causam síndrome de Parkinson . liga-se ao Striatum. que por sua vez liga-se ao tálamo os quais se projetam para o córtex.Difícil visualização.Planejamento Motor Alça córtico-estriado-tálamo-cortical Esse circuito origina-se no córtex ( Giro Pré.  CIRCUITO SUBSIDIÁRIO.ESPINHAL. os neurônios do núcleo degeneram. rigidez ( hipertonia) e hipocinesia ( ou oligocinesia). especialmente de antebraço e mão. Na Doença de Alzheimer . Essas síndromes constitui o principal argumento de a função dos núcleos da base é essencialmente motora. Geralmente a lesão está na Substância Negra. doença onde há grave perturbação motora CONSIDERAÇÕES FUNCIONAIS E CLÍNICAS Os quadros clínicos descritos. O tremor aparece nas extremidades quando estão paradas e desaparece quando estão em movimento. a) Doença de Parkinson Aparece geralmente depois dos 50 anos. Desse modo cessa a atividade modulatória sobre o circuito básico. ( Rico em Ach. Resulta quase sempre de lesão vascular do núcleo subtalâmico. b) Coréia Movimentos involuntários rápidos e de grande amplitude. c) Atetose Movimentos lentos e sinuosos. resultando numa baixa de Ach no córtex cerebral. resultando na diminuição de Dopamina nas fibras Nigro-estriatais. ) Ocupa espaço entre o Globo pálido e a superfície ventral do hemisfério cerebral. d) Hemibalismo Movimentos involuntários violentos de uma das extremidades. E a hipocinesia manifesta-se por uma lentidão e redução da atividade motora espontânea ( há uma grande dificuldade para se começar os movimentos).Lesão nesse circuito provoca : Hemibalismo . NÚCLEO BASAL DE MEYNERT Constituído de um grupo de neurônios colinérgicos grandes. mas também sobre o planejamento motor. Também chamada de demência pré-senil ocorre uma perda progressiva da Fi . Sabe-se que o corpo estriado agindo sobre áreas motoras do córtex cerebral exerce influência não só sobre a execução do movimento voluntário já iniciado. são ainda denominados síndromes extrapiramidais. que nos casos mais graves não desaparecem nem com o sono. e caracteriza-se por 3 sintomas : tremor. A rigidez resulta da hipertonia da musculatura esquelética. ou síndromes dos núcleos da base. Podem ser Inter-hemisféricas ou Intra-hemisférias. As curtas associam áreas vizinhas do córtex. – fibras arqueadas As fibras longas unem-se em fascículos sendo mais importantes a) Fascículo do cíngulo b) Fascículo Longitudinal superior ou Fascículo arqueado – papel importante na linguagem c) Fascículo Longitudinal inferior d) Fascículo unciforme 2) Fibras de associação Inter-hemisférias – comissuras São também chamadas fibras comissurais. a) Comissura do Fórnix – comunicação entre os dois hipocampos b) Comissura Anterior – tem uma porção olfatória.CENTRO BRANCO MEDULAR Uma área de substância branca de forma oval em casa hemisfério.ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes no hemisfério. Estabelece conexões entre área simétricas do cérebro com exceção do Lobo temporal que são unidas principalmente pela comissura anterior . È constituídos de fibras mielínicas que podem ser classificadas em : Fibras de Projeção – liga o córtex aos centros subcorticais Fibras de associação. que liga os bulbos e tractos olfatórios e uma porção não olfatória c) Corpo Caloso – A maior de todas as comissuras !!! Maior feixe de fibras do sistema nervoso. Classificadas em curtas e longas. 1) Fibras de Associação intra-hemisférias ( fascículos) – comunicação entre o mesmo hemisfério. pois fazem a união entre áreas simétricas dos dois hemisférios. Dentre essas fibras temos o : TRACTO CÓRTICO – ESPINHAL e TRACTO CÓRTICO.NUCLEAR Lesões de cápsula interna são decorrentes de hemorragias ou obstruções de seus vasos ocorrem com bastante freqüência.  Cápsula Interna – Um grande feixe de fibras que separa o Tálamo do núcleo Lentiforme. Distingui-se 3 partes da cápsula interna : Perna Anterior – Joelho – Tracto córtico Espinhal Perna Posterior – Tracto córtico Nuclear e vias da visão e auditivas È uma estrutura muito importante porque por ela passa estruturas que saem ou que entram no córtex cerebral. ( Fibras aferentes e eferentes). lesão de Neurônio Motor Superior .   Lesão de Perna posterior de cápsula interna – Paralisia Facial periférica Lesão de joelho de cápsula interna – Hemiplegia do lado oposto. Acima do núcleo lentiforme a cápsula interna se continua como COROA RADIADA.Fibras de Projeção Se agrupam para formar o Fórnix e a Cápsula Interna Fórnix – liga o Hipocampo aos núcleos mamilares do Hipotálamo. O centro de substância branca – corpo medular o cerebelo Revestidos externamente de substância cinzenta o – córtex cerebelar LÓBULOS E FISSURAS Sua importância é apenas topográfica  Lobo Flóculo. que delimitam Lóbulos.nodular Flóculo – abaixo do pedúnculo cerebelar médio. Lobo Anterior Lobo Posterior   . e está separado do Lobo Occiptal do cérebro por uma prega da Dura-máter denominada Tenda do cerebelo.Cap. A tonsila do cerebelo pode sofrer herniação. projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo. A) Aspectos anatômicos Vérmis ( porção ímpar e mediana ) Hemisférios cerebelares Na superfície apresenta sulcos em direção transversal que delimitam finas lâminas denominadas – Folhas do cerebelo Existem também sulcos – Fissuras do cerebelo. 6 CEREBELO Fica situado dorsalmente ao bulbo e a ponte. contribuindo para a formação do Tecto do IV ventrículo. próximo ao nervo vestíbulo-coclear Nódulo – relacionado ao IV ventrículo  Tonsilas – bem evidentes na face inferior do cerebelo. pode ter uma morte súbita ao sofrer uma parada cardiorespiratória. extravazando assim pelo forame magno e comprimindo o bulbo. o indivíduo que se encontrar com essa herniação. Como esse é conhecido por ser o “centro respiratório vasomotor”. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso ociptal. Liga-se a medula e ao bulbo pelo – pedúnculo cerebelar inferior. Liga-se a ponte e ao mesencéfalo pelo – pedúnculo cerebelar médio e superior. 1. Do ponto de vista fisiológico o cerebelo se diferencia do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente. por ser o mais antigo. Esse vai ser o primeiro lobo a ser afetado em uma situação envolvendo bebida alcoólica. pois as síndromes vão estar relacionadas com essa divisão O arquicerebelo. portanto. quase não se desenvolveu. sendo sua função exclusivamente motora.DIVISÃO FILOGENÉTICA Importante do ponto de vista clínico e funcional. por isso o lobo é pequeno. o indivíduo perderá primeiro o equilíbrio.nodular = Equilíbrio e postura básica ( esqueleto axial) Paleocerebelo : Lobo Anterior + úvula + pirâmide =Tônus muscular e Postura ( extremid.) Neocerebelo : Lobo Posterior = coordenação motora ( controle de movimentos Finos)   Tal divisão possui uma importância clínica grande. porém FILOGENETICAMENTE no paleocerebelo.   ESTRUTURAS E FUNÇÕES O cerebelo como o cérebro apresenta um córtex que envolve um centro de substância branca. ATENÇÃO! A úvula e a pirâmide estão ANATOMICAMENTE no lobo posterior. Citoarquitetura do córtex cerebelar È basicamente a mesma em todas as folhas e lóbulos. Arquicerebelo : Lobo flóculo. Existe uma fissura. que faz a divisão do corpo cerebelar nos lobos anterior e posterior. a) Camada molecular b) Camadas de células de purkinje c) Camada granular . denominada prima. Núcleos centrais e corpo medular do cerebelo Núcleo denteado – zona lateral = coordenação motora ( automatismo do movimento) Núcleo emboliforme – zona intermédia = tônus muscular e correção do movimento Núcleo globoso – zona intermédia = tônus muscular e correção do movimento Núcleo fastigial – zona medial = Equilíbrio e postura    Núcleo emboliforme e Núcleo globoso = Núcleo interpósito Dos núcleos centrais saem as fibras eferentes do cerebelo e neles chegam os axônios das células de purkinje ( modulação do núcleos) Álcool è tóxico para as células de purkinje. Conexões Intrínsecas do cerebelo As fibras que penetram no cerebelo se dirigem ao córtex e são de 2 tipo : Fibras musgosas ( inibitória) . 2. 3. Assim : Informações que chegam ao cerebelo de vários setores do sistema nervoso agem inicialmente sobre os neurônios dos núcleos centrais de onde saem as respostas eferentes do cerebelo.A camada de células de purkinje é a + importante do cerebelo. Fibras trepadeiras (excitatórias) – axônios de neurônios situados no complexo olivar inferior. as células granulares e as células de purkinje excitam os neurônios do núcleo da base. Circuito cerebelar básico – córtex > células de purkinje > núcleos Através do qual os impulsos nervosos que penetram no cerebelo pelas fibras musgosas inibem sucessivamente os neurônios dos núcleos centrais. A atividade desses neurônios é modulada pela ação inibitória das células de purkinje. Tem esse nome porque terminam enrolando-se em torno dos dendritos das células de purkinje.representa os demais feixes de fibras que penetram no cerebelo. Causa incoordenação dos movimentos devido a diminuição da modulação dos núcleos Corpo medular do cerebelo é constituído de substância branca e fibras mielínicas do tipo: a) Fibras aferentes do cerebelo – penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex b) Fibras formadas pelos axônios das células de purkinje – dirigem-se aos núcleos centrais . Fazem parte da Via córtico-ponto-cerebelar . Transmitem informações sobre a posição da cabeça. ( Tônus e postura ) Núcleos pontinos – Origem do núcleos pontinos. Fibras trepadeiras distribuem-se por todo o cerebelo Fibras musgosas distribuem-se em áreas específicas e originam 3 regiões : Núcleos vestibulares -Origem vestibular Se distribuem principalmente ao arquicerebelo. cuja resposta é veiculada através de um complexo sistema de vias eferentes que vão influenciar os neurônios motores. ou seja. A zona lateral não se separa da zona intermédia por nenhum elemento visível na superfície. 5.Origem medular E terminam no córtex do paleocerebelo. Um princípio geral é que ao contrário do cérebro o cerebelo influencia os neurônios motores de seu próprio lado. Conexões extrínsecas Chegam ao cerebelo milhões de fibras trazendo informações do sistema nervoso. sofrem um duplo cruzamento. vão para o lado oposto e depois voltam para o mesmo lado.1 Conexões aferentes Terminam no córtex como fibras musgosas e trepadeiras. Para isso tanto suas vias aferentes e eferentes quando não são homolaterais ( do mesmo lado). importantes para manutenção do equilíbrio e postura básica Tractos espino. 5. as quais são processadas pelo órgão.4. Organização transversal e longitudinal do cerebelo Zona Medial – correspondendo ao vérmis Zona intermédia – paravermiana Zona Lateral – a maior parte dos hemisférios.cerebelares anterior e posterior . Essa fato é importante pois a lesão do hemisférios cerebelar dá sintomatologia do mesmo lado. 5. . Mas não age diretamente sobre esses neurônios. mas através de áreas situadas no tronco encefálico. A influência do cerebelo se exerce sobre neurônios motores que controlam musculatura axial e proximal dos membros. Núcleos Vestibulares Núcleos reticulares Núcleo rubro Tálamo ( núcleo ventro-lateral)  Zona medial – vestibulares e reticulares Células de purkinje fazem sinapse com os Núcleos Fastigiais. Controlam os músculos distais ( esqueleto apendicular) dos membros relacionados aos movimentos delicados. tálamo. ou das próprias áreas motoras do córtex.2 Conexões eferentes Através de suas conexões o cerebelo exerce influência sobre os neurônios motores da medula.  Zona intermédia . de onde saem fibras para o núcleo rubro e Tálamo do lado oposto. no sentido de manter equilíbrio e postura.núcleo rubro e tálamo do lado oposto Células de purkinje fazem sinapse com os Núcleos Emboliforme e Globoso ( ou Interpósito). Uma vez iniciado o movimento passa a ser controlado pela zona intermédia. Age na musculatura distal ( esqueleto apendicular – membros superior e infeiror). responsável por movimentos delicados. Síndrome do Arquicerebelo Em geral é devida a tumores do teto no IV ventrículo que comprimem o Nódulo e Flóculo.O plano motor é então enviado às áreas motoras do córtex.Colocado em execução através de neurônios motores. Síndrome do Paleocerebelo Ocorre distúrbios de postura e tônus muscular. Ocorre com certa freqüência em crianças menores de 10 anos. de onde os impulsos seguem para o Tálamo do lado oposto e daí para as áreas motoras do córtex cerebral. O paciente anda com a base alargada e ataxia dos membros inferiores ( marcha ebriosa ou atáxica . Zona Lateral – tálamo do lado oposto Células de purkinje fazem sinapse no Núcleo denteado. é informada a característica do movimento em execução.todo o cerebelo 2) Manutenção do equilíbrio 3) Tônus Muscular e Postura 4) Controle dos movimentos 5) Aprendizagem Motora – Vias extrapiramidais Envolve 2 etapas : Planejamento do movimento e correção do movimento já em execução. Acontece muito em homens devido ao alcoolismo crônico. As correções devidas ocorrem. SÍNDROMES CEREBELARES Estão relacionadas com a divisão filogenética. ASPECTOS FUNCIONAIS 1) Propriocepção inconsciente . O planejamento é elaborado na Zona Lateral . Há perda do equilíbrio. E esta através de suas aferências que chegam ao cerebelo. 2. 1. Entretanto o doente neocerebelar não existe a ação antagônica dos músculos extensores e o movimento é muito violento. Síndrome do Neocerebelo Causam incoordenação motora = Ataxia Pode ser testada por vários sinais. c) Disdiadococinesia – é a dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados como oponência do polegar. . Pode pedir o pacieciente para colocar o dedo na ponta do nariz.3. b) Decomposição – Movimentos complexos que são feitos simultaneamente por várias articulações. e) Tremor – característico que se acentura no final do movimento. a) Dismetria – Execução defeituosa de movimentos que visam atingir um alvo. f) Nistagmo – movimento oscilatório rítmico dos bulbo oculares. d) Rechaço – manda o paciente forçar a flexão do antebraço contra uma resistência que se faz no pulso. levando o paciente a dar um tapa do próprio rosto. ou seja realizado em etapas. No indivíduo normal quando se retira essa resistência a flexão para. são decompostos. Assim a conceituação de 2 sistemas independentes já não é mais aceita. ele fica automático. Podem ser divididas em 2 grandes grupos :  Eferente somáticas – sistema nervoso da vida de relação Controlam a atividades dos músculos estriados esqueléticos. Regulando o funcionamento das vísceras e dos vasos.  Eferentes viscerais – sistema nervoso autônomo Destinam-se aos músculos lisos. O tracto córtico-nuclear mesmo terminando acima da medula é considerado piramidal. 30 GRANDES VIAS EFERENTES As grandes vias eferentes põem em comunicação os centros supra-segmentares do sistema nervoso com os órgãos efetuadores. permitindo a realização de movimentos voluntários . Sistema Piramidal – movimentos voluntários Tracto córtico-espinhal Tracto córtico-nuclear 2. . por corresponder funcionalmente ao tracto córtico-espinhal.Cap. As vias eferentes somáticas são agrupadas em 2 sistemas : 1. cardíaco e glândulas. Sistema Extrapiramidal – movimentos automáticos Dados já mostram que o “ sistema extrapiramidal” também controla os movimentos voluntários. Quando se inicia e termina movimentos – são movimentos voluntários No meio do movimento – é automático O retirada da mão da chapa quente – é um reflexo ( arco reflexo simples e composto) A medida que se realiza movimentos com freqüência. automáticos e reflexos. Mas para fins didáticos vamos manter os termos piramidal e extrapiramidal para indicar as vias motoras que passam e que não passam pelas pirâmides bulbares no tronco encefálico em seu trajeto até a medula. Se os NMI estiverem fazendo conexão com os núcleos motores dos nervos cranianos.está localizado nas colunas anteriores da medula espinal no H medular ou nos núcleos motores ( nervos craniados motores – III oculomotor.VIAS PIRAMIDAS È formado por 2 neurônios. VII facial.IX glossofaríngeo X vago XI acessório. Dá origem a um axônio que caminha para as áreas baixas do SNC. VI abducente. Neurônio Motor superior – localização no córtex cerebral. A ordem é dada pelo NMS que faz sinapse com o NMI que passa para os músculos. IV troclear. formarão o Tracto córtico-nuclear. . Nucleo ambíguo .  Ocupa o funículo Lateral da medula TCEA Coroa radiada > Joelho da cápsula interna > Pirâmide bulbar ( direto) > Medula Esp. no giro pré-central. em direção ao segundo neurônio. 1) TRACTO CÓRTICO-ESPINHAL ( TCEL e TCEA) Une córtex cerebral ao neurônios motores da medula. (cruza na comissura branca)  Ocupa o funículo anterior da medula Principal função do Tracto córtico-espinal : Motora somática Controlam tanto musculatura axial quanto apendicular. Trajeto : Córtex ( coroa radiada ) > Cápsula interna > Tronco encefálico > Medula espinal ( H medular) > músculos esqueléticos do pescoço para baixo   90% cruzam na decussação das pirâmides – Tracto córtico-espinal Lateral 10 % seguem direto pela pirâmide e só vão cruzar na comissura Branca da medula – Tracto córtico-espinal Anterior TCEL Coroa radiada > Joelho da cápsula interna > Pirâmide Bulbar ( cruza na decussação) > Medula Esp. XII hipoglosso) do tronco encefálico. Neurônio Motor inferior. Se os NMI estiverem no H medular eles vão formar o Tracto córtico-espinal. É o neurônio que transmite ordens diretamente para a musculatura estriada esquelética. V trigêmio. Há fraqueza muscular ( paresia) e dificuldade de contrair na mesma velocidade com que poderiam ser contraídos em condições normais. O sintoma mais evidente é uma incapacidade de realizar movimentos independentes de grupos musculares como oposição do polegar e indicador. V. . 2) TRACTO CÓRTICO-NUCLEAR Tem a mesma função do Tracto córtico-espinal : Motora somática. um reflexo patológico que consiste na flexão dorsal do hálux quando se estimula a pele da região plantar. Assim o Tracto córitco-nuclear põe sobre controle voluntário os neurônios motores situados nos núcleos motores dos nervos cranianos ( III.   Periférica – Metade inteira da face paralisada. IV.Ao contrário do que se admitia. núcleo ambíguo IX. as lesões de Tracto córtico-espinal não causa quadros de hemiplegia como se acreditava. XII) Trajeto: Coroa radiada > perna posterior da cápsula interna > Núcleos motores dos nervos cranianos > Músculos esqueléticos do pescoço para cima O tracto córtico-nuclear tem um grande número de fibras homolaterais. Só que difere no trajeto !! Transmitem impulsos aos neurônios motores do tronco encefálico. parte superior da face.X e XI. VI. VII. e não aos da medula. Fundamentalmente TODAS as fibras do tracto-córtico espinal são cruzadas. Assim tais músculos não sofrem paralisia quanto o tracto córtico-nuclear é interrompido de um lado só. essa mesma função é exercida também pelo tracto rubro-espinal e tracto retículo-espinal. A lesão também da origem ao sinal de Babinski. músc que fecham a mandíbula. A representação bilateral é mais acentuada nos músculos que não podem ser contraídos voluntariamente de um lado só ( músc da laringe e faringe. As fibras homolaterais permanecem intactas. Cenral – Lesão de NMS. Porém cruzam em diferentes pontos. As fibras são homolaterais por isso a paralisia é do mesmo lado da lesão. Esse fato permite distinguir as paralisias facias centrais das periféricas. ) . As fibras são contralaterais e por isso a manifestação e no lado oposto da lesão. A lesão é de NMI. Entende-se pois que em virtude da ação compensadora desses dois tractos. A metade inferior da face fica paralisada. e músculos motores do olho. que acometem cápsula interna no córtex. Esses neurônios passam pelo tronco encefálico e formam os 2 tractos. Tracto córtico – espinal.  Paralisia espástica  Hipertonia  Hiperreflexia  Presença de sinal de Babinski Síndrome do Neurônio Motor Inferior O NMI é o transmissor de ordens para o músculos esqueléticos. . Provocando uma paralisia do tipo flácida. Se lesa o NMI os músculos não vão receber os impulsos. que se dirige para os núcleos motores dos nervos cranianos. Síndrome do Neurônio Motor Superior O NMS deixa de inibir o NMI. Os músculos deixam de funcionar. O NMS tem por função inibir o NMI Se lesar um desses neurônios vai originar uma plegia ( paralisia).nuclear.  Paralisia Flácida  Hipotonia  Hiporreflexia Ex: Paralisia Infantil A síndrome no NMS ocorre com mais freqüência nos acidentes vasculares cerebrais ( derrames). Essas vias tem 2 neurônios : o MNS e o NMI. Assim o NMI exagera na sua função excitatória motora. O NMS forma os 2 tractos ( córtico-espinal e córtico-nuclear) e faz sinapse com o NMI ( presente na medula espinal) . que passa pela pirâmide e se dirige a medula Tracto córtico.Lesões das vias motoras somáticas ( síndromes piramidais) As vias piramidas são responsáveis pelo movimento da musculatura estriada esquelética de um lado do corpo. E a paralisia é do tipo espástica numa metade do corpo. O cerebelo é mais eficaz e mais rápido do que cérebro. È o cerebelo que controla as vias extrapiramidais !!! O cerebelo para controlar o sistema extrapiramidal. . Essas informações chegam ao cerebelo pelas vias :  Via Espino-cerebelar – posição dos membros  Via vestíbulo-cerebelar – posição da cabeça O cerebelo é notificado de tudo que o córtex cerebral quer fazer.VIAS EXTRAPIRAMIDAIS Por meio dessa via algumas estruturas que não passam pela pirâmide exercem influência sobre os neurônios motores da medula. precisa receber informações referentes a posição da cabeça e a posição do restante do corpo ( membros). Automatização é nível supra-segmentar !! O automatismo que nasce conosco é o automatismo primário – ex: sucção do mamilo. tem rigidez e tremores ( S. através dos seguintes tractos que não passam pelas pirâmides :  Tracto rubro-espinal ( núcleo rubro )  Tracto tecto-espinal ( tecto do mesencefalo )  Tracto vestíbulo-espinal ( área vestibular )  Tracto retículo-espinal ( formação reticular)  Tracto olivo-espinal ( oliva) São áreas envolvidas com automatismo do movimento. Depois os movimentos se tornam automáticos ( passou do controle piramidal para extrapiramidal). balismo e síndrome de torção. È responsável pela automatização dos movimentos envolvendo cerebelo. através dessas vias. Parkinson – lesão na substância negra no tecto do mesencéfalo) As outras síndromes são hipercinéticas = coréia. Cada uma dessas áreas são responsáveis pelo controle do NMI. a margem de erro diminui e a velocidade aumenta. porém o órgão central é o cerebelo. atetose. Síndrome extrapiramidais Só tem uma hipocinética = Os movimentos ficam reduzidos. mais lento). No início ( bebê) os movimentos são controlados pelo cérebro ( sistema piramidal. A via extrapiramidal mais importante é o Tracto Olivo-espinal – porque a oliva está relacionada a aprendizagem motora. É também importante lembrar que no tronco encefálico origina-se a maioria das fibras nervosas monaminérgicas do SNC. um papel regulador de certas formas de comportamento agressivo.0.0 INTRODUÇÃO Pode-se admitir que os comportamentos emocionais (alegria. a sudorese. Tronco encefálico Aqui se encontram vários núcleos de nervos cranianos. Existem ainda dados que. 28 SISTEMA LÍMBICO 1. também. destacando-se aquelas que constituem as vias serotoninérgicas. agindo basicamente na expressão de emoções. 2. Estimulações elétricas ou lesões do hipotálamo em animais não anestesiados determinam respostas emocionais complexas. ou. Essas mesmas áreas também estão relacionadas com: processos motivacionais primários (fome.Cap. medo. conforme a área. Percebe-se que o papel do tronco encefálico é principalmente efetuador.. aumento do ritmo cardíaco. sede e sexo) e controle do sistema nervoso autônomo. os centros encefálicos mais importantes para a regulação das emoções NÃO estão no tronco encefálico 3.) possuem tanto um componente central. subjetivo.. raiva. Sabe-se hoje que as áreas relacionadas com os processos emocionais ocupam territórios bastante grandes do encéfalo. placidez. resultando nas diversas manifestações que acompanham a emoção. tristeza. e um componente periférico (maneira de como a emoção se expressa e envolve padrões de atividade motora.0. viscerais ou somáticos. além de centros viscerais como o centro respiratório e vasomotor. a área pré-frontal e o sistema límbico. destacando-se entre elas o hipotálamo. tais como o choro. sugerem que a substância cinzenta central do mesencéfalo e a formação reticular podem ter. etc. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais. Em síntese. . a salivação. Hipotálamo Suas funções são: Regulação dos processos motivacionais Regulação dos fenômenos emocionais. como raiva. Estas vias exercem ação moduladora sobre os neurônios e circuitos nervosos existentes nas principais áreas encefálicas relacionadas com o comportamento emocional. somática e visceral). noradrenérgicas e dopaminérgicas. Núcleo dorsomedial: liga-se ao córtex através da área pré-frontal ao hipotálamo e ao sistema límbico.0.0. Área pré-frontal Corresponde a área não motora do lobo frontal. fazendo parte de circuitos do sistema límbico. . porém a capacidade de seguir sequências ordenadas de pensamentos depende fundamentalmente da área pré-frontal. Mas sabe-se também que a estimulação de certas áreas desse. Sabe-se hoje que os resultados devem-se principalmente à secção das conexões da área préfrontal com o núcleo dorsomedial do tálamo.  Hipotálamo posterior quando excitado – expressa manifestações viscerais e somáticas de raiva 4. central da emoção). assim com a capacidade de alterá-las quando tais situações de modificam. Tálamo A importância dos núcleos do tálamo na regulação do comportamento emocional decorre de suas conexões: . Especialmente importantes são as extensas conexões recíprocas que ela mantém com o núcleo dorsomedial do tálamo. b) Manutenção da atenção. caracterizando-se como córtex de associação supramodal.Percebe-se que o hipotálamo tem um papel preponderante como coordenador das manifestações perféricas das emoções. Foi feito pela primeira vez em 1936. 5. ligando-se ainda ao sistema límbico. não há expressão de sentimento. c) Controle do comportamento emocional. ela recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex. a área reticular também está envolvida em tal. Um consequência indesejável desse procedimento é que muitos pacientes perdem a capacidade de decidir sobre os comportamentos mais adequados diante de cada situação ( ROBOTIZAÇÃO). logo. para tratamento de doentes psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade. a lobotomia (ou leucotomia) pré-frontal. Viu-se que lesões na área pré-frontal causam distração.Núcleos anteriores: ligam-se ao corpo mamilar e ao córtex do giro do cíngulo. desperta uma sensação de prazer (sugerindo uma participação no componente subejtivo. ou seja. os pacientes têm dificuldade de se concentrar e fixar voluntariamente a atenção. função exercida juntamente com o hipotálamo e o sistema límbico. . Percebe-se que tal área está relacionada com: a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo. É constituído pelo paleocórtex (citoarquitetural = alocórtex). c) Núcleos mamilares Recebem fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix e se projetam principalmente para os núcleos anteriores do tálamo (fascículo mamilo talâmico) e para a formação reticular (fascículo mamilo-tegmentar). também verificou-se que essas estruturas NÃO participam da apreciação consciente dos odores. . acima do giro parahipocampal.0. Sistema límbico O lobo límbico é composto por: Giro do cíngulo Giro para-hipocampal Hipocampo James Papez propôs que existia uma teoria para explicar o mecanismo da emoção. que envolvia um circuito denominado “Circuito de Papez” e era constituído pelas estruturas do lobo límbico. tal mecanismo não só elaboraria o processo subjetivo central da emoção. ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do cíngulo. b) Hipocampo Situa-se no assoalho do corno inferior dos ventrículos laterais. b) Área septal Situada abaixo do rostro do corpo caloso. sendo incorreto inclui-las no encéfalo olfatório (riencéfalo).6. 1) Componentes corticais a) Giro do cíngulo Contorna o corpo caloso. b) Giro para-hipocampal Situa-se na parte inferior do lobo temporal. mas também participaria de sua expressão. É constituído pelo arquicórtex (do tipo alocórtex). anteriormente à lâmina terminal e à comissura anterior. É constituído por um tipo de córtex denominado mesocórtex (intermediário ao alo e ao isocórtex). Projeta-se para o corpo mamilar e área septal através do fórnix. 2) Componentes subcorticais a) Corpo amigdalóide É um dos núcleos da base e situa-se no lobo temporal. Além disso. Componentes do sistema límbico Dividido em componentes corticais e subcorticais. do hipotálamo e do tálamo. próximo ao úncus em relação com a cauda do núcleo caudado. eles são antes processados nas áreas corticais de associação secundárias e terciárias e penetram nesse sistema por vias que chegam ao giro para-hipocampal de onde passam ao hipocampo. somestésicas ou olfatórias que sinalizem perigo podem despertar medo. . assim. embora NUNCA diretamente. ao mesmo tempo. que envolve as seguintes estruturas límbicas. e) Núcleos habendulares Situam-se na região do trígono das habêndulas no epitálamo. controlam a atividade do SNA. Há evidência de que essas modalidades de informações sensoriais têm acesso ao sistema límbico. informações visuais. na sequência dos impulsos nervosos: Hipocampo > Fórnix > Corpo mamilar >Fascículo mamilo-talâmico > Núcleos anteriores do tálamo > Cápsula interna > Giro do cíngulo >Giro para-hipocampal e novamente o hipocampo. Há evidências também que esse circuito também está envolvido no mecanismo da memória. por exemplo.d) Núcleos anteriores do tálamo Situam-se no tubérculo anterior do tálamo. Conexões do Sistema Límbico Conexões intrínsecas A mais conhecida é o circuito de Papez. Recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam-se para o giro do cíngulo. o que é especialmente importante na expressão de emoções. Essas funções são exercidas de através das conexões que o sistema límbico mantém com o hipotálamo e com a formação reticular do mesencéfalo a) Feixe prosencefálico medial b) Fáscículo mamilo-talâmico c) Estria medular – As vias acima descritas permitem o sistema límbico participar do controle do SNA. ganhando assim o circuito de papez. Conexões extrínsecas Conexões aferentes: As emoções são desencadeadas pela entrada no sistema nervoso central de determinadas informações sensoriais. Conexões eferentes: Através dessas o sistema límbico participa dos mecanismos efetuadores que desencadeiam o componente periférico e expressivo dos processos emocionais e. auditivas. Tal é possível pois o hipotálamo e a formação reticular tem conexões diretas com os neurônios ganglionares do sistema autônomo. Há também relações entre essa estrutura e o medo. tal resultou na maior modificação de comportamento animal já observado experimentalmente.  Memória  Apredizagem  Regulação do sistema endócrino 1) Regulação dos processos emocionais e motivacionais Síndrome de Kluver e Bucy Esses autores fizeram uma experiência em macacos. e sexo. b) Perversão de apetite. que depois de sofrerem amigdalectomia. tais como cobras e escorpiões. Medo. geralmente acompanhados de manifestações viscerais características da situação. como dilatação da pupila e aumento do ritmo cardíaco. em macacos que normalmente têm medo de cobras. E.Funções do Sistema Límbico  Regulação dos processos emocionais  Regular SNA  Regulação de processos motivacionais essenciais a sobrevivência como fome. que leva os animais a tentarem continuamente o ato sexual (mesmo com indivíduos do próprio sexo ou de outra espécie) ou a se masturbarem continuamente. e) Tendência hipersexual. giro para-hipocampal e o corpo amigdalóide. Tais alterações constituem a Síndrome de Kluver e bucy: a) Domesticação completa dos animais que usualmente são selvagens e agressivos. além disso. foi visto. sede. c) Agnosia visual manifestada pela incapacidade de reconhecer objetos ou mesmo animais que antes causavam medo. Comportamento alimentar. Sexualidade. . associados à agressividade. Corpo amigdalóide  Agressividade . Já a estimulação do corpo amigdalóide desencadeia comportamentos de fuga ou defesa. A maioria das experiências também relata que lesões nessa estrutura resultam em uma domesticação do animal com um quadro hipersexual semelhante ao observado na síndrome de Kluver e Bucy. no qual pacientes conscientes submetidos à estimulação elétrica do corpo amigdalóide durante o ato cirúrgico freqüentemente relatam sentimentos não direcionados de medo. No homem. Memória Lesões ou estimulações desta área em animais resultam em alterações do comportamento alimentar (afagias e hiperfagias) ou da atividade das vísceras. lesando estruturas como: hipocampo. d) Tendência oral manifestada pelo ato de levar à boca todos os objetos que encontra. perdem este medo. em virtude da qual os animais passam a alimentar-se de coisas que não comiam. manifestados pela agressividade. lesões bilaterais do corpo amigdalóide resultam em considerável diminuição da excitabilidade emocional de indivíduos portadores de distúrbios de comportamento. Amnésia retrógrada: perda da memória para fatos ocorridos antes da cirurgia. depressão e ansiedade Verificou-se que a cingulectomia (ablação do giro do cíngulo) em carnívoros selvagens. pode melhorar consideravelmente quadros graves de depressão e ansiedade.Área septal  Raiva. . Já estimulações dessa área causam alterações da pressão arterial e do ritmo respiratório. foi visto que os pacientes possuiam: . . sabe-se que a memória recente depende do sistema límbico.Amnésia anterógrada: incapacidade de memorizar eventos ou informações surgidos depois do ato cirúrgico. Sede e regulação do SNA Lesões bilaterais da área septal em animais causam a chamada “raiva septal”. Admitindo seu papel na regulação do comportamento emocional. enquanto a memória recente é mais lábil e pode ser comprometida em várias situações patológicas. interrompendo o circuito de Papez. Observa-se também que há um aumento da sede. Admite-se que as informações da memória remota sejam armazenadas no NEOCÓRTEX. A partir de estudos no qual foi feita a remoção bilateral de parte do lobo temporal. ferocidade e raiva diante de condições que normalmente não modificam o comportamento do animal. Entretanto. A memória remota é muito estável e mantém-se inalterada mesmo após danos cerebrais graves. domestica completamente o animal. demonstrando o seu papel na regulação de atividades viscerais. Participação nos Mecanismos da Memória Pode-se dois distinguir dois tipos de memória: Recente Remota ou permanente. que está envolvido nos processos de retenção e consolidação de informações novas e possivelmente também no armazenamento e transferência para áreas neocorticais de associação para armazenamento permanente. contendo o hipocampo. que a simples secção do fascículo (cinguloctomia). Outra função importante dessa estrutura é a sua participação no fenômeno da memória. caracterizada por uma hiperatividade emocional. Verificou-se também. Hipocampo  Agressividade e Memória Lesões bilaterais do hipocampo em macacos resultam em um aumento da agressividade destes animais. Giro do cíngulo  Agressividade. . sendo depois transferida para o neocórtex para armazenamento permanente. e posteriormente ocorre uma amnésia total. como algumas monaminas e o opióide endógeno beta-endorfina.Porém a memória antiga permanecia INALTERADA! Sabe-se hoje que a síndrome amnésica não se deve só a remoção do hipocampo. Logo. que participa dos mecanismos relacionados com a memória. Os problemas de memória nesse quadro se devem a dois fatores: degeneração dos neurônios colinérgicos do núcleo basal de meynert (perda das fibras colinérgicas que exerceriam ação moduladora sobre a atividade dos neurônios do sistema límbico e do neocórtex) e degeneração seletiva de dois grupos de neurônios do sistema límbico. quanto ao armazenamento. A riqueza das áreas encefálicas relacionadas com o comportamento emocional em monaminas. é muito significativa. exercem uma ação moduladora sobre a memória. 5-HT e DOPA. tendo em vista que muitos medicamentos usados em psiquiatria para tratamentos de distúrbios do comportamento e da afetividade agem modificando o teor de monaminas cerebrais. mas também à lesão do corpo amigdalóide. podendo facilitar ou inibir o processo de memorização.  Síndrome de KORSAKOFF = resulta da degeneração dos corpos mamilares em conseqüência de alcoolismo crônico e na qual a amnésia anterógrada é o sintoma mais importante. em especial. percebe-se qua a memória recente é temporariamente armazenada no hipocampo e no corpo amigdalóide.  Doença de ALZHEIMER = Há inicialmente perda gradual da memória recente. Pesquisas recentes também indicam que substâncias presentes no sistema límbico. NOR. O encéfalo não possui terminações nervosas. contento vasos e nervos. È muito vascularizada. São classicamente 3 : Dura-máter. separando os dois hemisférios. . c) Foice do cerebelo – pequeno septo vertical mediano. Apenas o folheto interno se continua como dura-máter da medula espinal. Sendo assim a dura-máter é a responsável pela maioria das dores de cabeça. Essa peculiaridade entretanto é vatajosa pois a formação do calo ósseo na superfície interna dos ossos do crânio pode ser fator irritante do tecido nervoso. b) Tenda do cerebelo – entre os lobos occiptais e o cerebelo. Tem importante papel na proteção dos centros nervosos. A principal artéria que a irriga é a Artéria Meníngea Média. delimitam cavidades. Aracnóide e Pia-máter. Dura-máter È a mais superficial. Toda ou quase toda sensibilidade intracraniana se localiza na dur-máter. As principais são : a) Foice do cérebro – é um septo vertical mediano. Possui folheto interno e externo. 9 MENINGES – LÍQUOR O SNC é envolvido por membranas conjuntivas denominadas meninges. Porém esse periósteo não tem capacidade osteogênica o que dificulta consolidação de fraturas no crânio.Cap. abaixo da tenda d) Diafragma da sela – pequena lâmina que fecha a sela túrcica. Cavo trigeminal – onde se encontra o gânglio trigeminal Seios da dura-máter – cavidades revestidas de endotélio e contém sangue. espessa e resistente. Formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. São frequentemente acometidas por processos patológicos como infecções ( meningites) e tumores ( meningiomas). È ricamente inervada. Pregas da dura-máter Em algumas áreas o folheto interno destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. Cavidades da dura-máter Em determinadas áreas os dois folhetos se separam. O folheto externo se adere intimamente com os ossos do crânio e comporta-se como periósteo. é uma continuação do seio transverso até o forame jugular. nervo abducente. Recebe sangue proveniente da veia oftálmica superior e central da retina. contendo pequena quantidade líquido necessário à lubrificação das superfícies de contato das duas membranas. Drena quase todo o sangue da cavidade craniana. São pois estruturas adaptadas à absorção do líquor. nervo oculomotor e pelo ramo oftálmico do nervo trigêmio. Mais abundantes no seio sagital superior. Os seios da abóboda craniana são : a) Seio sagital superior – ímpar e mediano. Formam verdadeiros divertículos nos quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma fina camada da aracnóide. e) Seio sigmóide – em forma de S. Termina na confluência dos seios b) Seios sagital inferior – margem livre da foice do cérebro. Aneurismas de carótida interna ao nível do seio cavernoso comprime essas estruturas ( nervos e veias). f) Seio occiptal – dispõe-se ao longo da margem de inserção da tenda do cerebelo Os seios da base são : Seio cavernoso – situado de cada lado do osso esfenóide e da sela túrcica. são + rígidas que a das veias. O sangue proveniente do encéfalo e do bulbo ocular é drenado para os seios da dur-máter e destes para a veia jugular interna. que nesse ponto cai no sangue. . percorre a foice do cérebro. Sua parede embora fina. Granulações aracnóideas . Separa-se da Pia-máter pelo espaço subaracnóideo. È atravessado pela artéria Carótida Interna.Seios da dura-máter São canais venosos revestidos de endotélio. terminando no seio reto. nervo troclear.pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter. c) Seio Reto – ao longo da união da foice do cérebro e tenda do cerebelo d) Seio Transverso – é par e dispõe-se de cada lado ao longo da inserção da tenda do cerebelo. Seio intercavernosos Seio esfenoparietal Seio petroso superior – drena o sangue do seio cavernoso para o seio sigmóide Seio petroso inferior Plexo basilar a) b) c) d) e) f) Aracnóide Membrana muito delicada. que contém o Líquor ( Líquido cérebro-espinal). Um dos mais importantes. onde dá origem a veia Jugular Interna. determinando distúrbios típicos do bulbo ocular e comprometendo a drenagem do bulbo dando uma exoftalmia. Tais estudos permitem o diagnóstico. subocciptais ( cisterna magna) ou ventriculares.Pia-máter È a mais interna das meninges. muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido nervoso circunvizinho.  O líquor é muito valioso para diagnóstico de meningite. Reabsorção : è reabsorvido no sangue pelas granulações aracnóideas que se projetam para dentro dos seios da dura-máter. Nesses espaços contém prolongamentos dos espaços subaracnóideos. Essas granulações predominam no seio sagital superior. Dá resistência aos órgãos nervosos. aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula. . Através das aberturas do IV ventrículos o líquor ganha o espaço subaracnóideo. que passa para o III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral. Desse modo o líquor constitui um eficiente mecanismo amortecedor dos choques que freqüentemente atingem o SNC. obtido na região lombar. pois o tecido nervoso è de consistência mole. O líquor normal no adulto é límpido e incolor. Líquor È um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. 0 a 4 leucócitos pó mm³ e uma pressão de 5 a 20 cm de água. contendo líquor. pode-se medir a pressão do líquor ou estudar suas características citológicas e fisicoquímicas. Existe plexos coróides nos ventrículos laterais. que formam um manguito protetor em torno dos vasos. Formação : é formado pelos plexos coróides. A função primordial é proteção mecânica do SNC. às vezes bastante preciso de afecções que atingem o SNC. Formando um coxim líquido entre o SNC e os ossos do crânio. então a circulação do líquor se faz de baixo para cima. O líquor é renovado completamente a cada 8 horas. como hemorragias e infecções. Acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso formando os espaços perivasculares.  Através de punções lombares. no tecto do III ventrículo e IV ventrículo. Destes os ventrículos laterais são os que mais contribuem para o maior produção de líquor. causando as hidrocefalias. Existem 2 tipos de hidrocefalia : 1) Comunicante Resultam de um aumento da produção ou deficiência na absorção do líquor. aqueduto cerebral. Pode-se drenar o líquor por meio de um cateter. O que pode ocorres nos seguintes locais : Forames interventriculares . Isso causa obliteração da veia central da retina. Desse modo o aumento de volume de qualquer componente da cavidade craniana reflete-se sobre os demais. que passa em seu interior.CONSIDERAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS HIDROCEFALIA Existem processos patológicos que interferem na produção. geralmente decorrentes de anomalias congênitas dos sistema ventricular. Havendo suspeita de hipertensão deve-se fazer SEMPRE exame de fundo de olho. o que dificulta o parto. e outros processos expansivos comprimem não só as estruturas da vizinhança imediata. ao átrio direito ou a cavidade peritonial ( derivação ventrículoperitoneal) HIPERTENSÃO CRANIANA A cavidade crânio-vertebral e seu revestimento de dura-máter é uma cavidade completamente fechada. devido a processos patológicos dos plexos coróides. As vezes ocorre durante a vida fetal. 2) Não-comunicante São muito mais freqüentes e resultam de obstruções no trajeto do líquor. Nesses casos como os ossos do crânio ainda não estão soldados. incisura da tenda. Um dos sintomas característicos é a dor de cabeça. que não permite a expansão de seu conteúdo. circulação e absorção do líquor. Existem vários procedimentos cirúrgicos visando diminuir a pressão liquórica nas hidrocefalias. ou dos seios da dura-máter e granulações aracnóideas. ligando um dos ventrículos cerebrais à veia jugular interna. O nervo óptico é envolvido por um prolongamento do espaço subaracnóideo. aberturas medianas e laterais do IV ventrículo. o que resulta em ingurgitamento das veias da retina com edema de papila óptica. Tumores. levando a compressão do nervo. Pode ocorrer também a formação de hérnias de tecido nervoso. levando a um aumento da pressão intracraniana. mas todas as estruturas da cavidade. . levando a uma dilatação dos ventrículos e compressão do tecido nervoso de encontro ao estojo ósseo. há grande dilatação da cabeça da criança. hematomas. Se caracteriza por um aumento na quantidade e da pressão líquor. c) Hérnia de Tonsilas Ocorre por um processo expansivo na fossa posterior. formando as hérnias. Principalmente da artéria meníngea média. comprimindo o mesencéfalo. resultam em acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio. levando geralmente à morte por lesão dos centro respiratórios e vasomotor no bulbo. O hematoma cresce. HEMATOMAS EXTRADURAIS E SUBDURAIS Uma das complicações mais freqüentes dos traumatismos cranianos. . produzindo a hérnia. por exemplo um tumor de um dos hemisférios do cerebelares. O quadro também pode acontecer quando se faz uma punção lombar em pacientes com hipertensão craniana. através do forame magno. podendo ser visualizado numa punção lombar. separando a dura-máter do osso e empurra o tecido nervoso para o lado oposto. Nesse caso a uma súbita diminuição da pressão liquórica no espaço subaracnóideo. Nos hematomas subdurais o sangramento se dá no espaço subdural. A sintomatologia mais característica e + grave é que ocorre uma rápida perda da consciência ou coma profundo por lesão de estruturas mesencefálicas responsáveis pela ativação do córtex cerebral. geralmente em conseqüência da ruptura de uma veia cerebral no ponto em que ela entra no seio sagital superior. levando à morte em poucas horas se o sangue em seu interior não for drenado. que faz protusão acima da tenda do cerebelo. b) Hérnia de Ùncus Neste caso um processo expansivo determina aumento de pressão que empurra o úncus. não se forma hematomas porque o sangue se espalha no líquor. A Hérnia faz protusão para o lado oposto da expansão. pode empurras as tonsilas do cerebelo. Formando um hematoma extradural. aumentam a pressão dentro de um compartimento.HÉRNIAS INTRACRANIANAS Processos expansivos como tumores ou hematomas que se desenvolvem na cavidade. causando a penetração das tonsilas através do forame magno. Nesse caso há compressão do bulbo. Em casos de hemorrragias subaracnóideas. Podem causar sintomatologia grave! a) Hérnia do Giro do cíngulo Um tumor em um dos hemisférios cerebrais pode ser a causa. são as rupturas de vasos que resultam em acúmulo de sangue nas meninges sob a forma de hematomas. podendo causar a protusão de tecido nervoso para o compartimento vizinho. Ricos em noradrenalina. b) Locus ceruleus Situado no assoalho do IV ventrículo. os quais se estendem por todo tronco encefálico. No tronco encefálico ocupa toda área que não é ocupada pelos tractos. sendo de certo modo intermediária. Estrutura muito antiga que embora pertença ao tronco encefálico se estende para o diencéfalo e aos níveis mais altos da medula.Cap. ( analgesia) d) Área tegmentar ventral Situado na parte ventral do tegmento do mesencéfalo Ricos em dopamina.e é considerada zona efetuadora 2) Zona parvocelular com células pequenas. São ricos em serotonina. podendo atingir medula e diencéfalo. Importante na regulação da dor. c) Substância cinzenta periaquedutal Circunda o aqueduto cerebral. A formação reticular pode ser divida em duas zonas: 1) Zona magnocelular que dá origem a vias ascendentes e descendentes longas. 20 FORMAÇÃO RETICULAR e NEURÔNIOS MONOAMINÉRGICOS DO TRONCO ENCEFÁLICO A Formação reticular é grupo de neurônios de tamanho e tipo diferentes que ocupa parte central do tronco encefálico. Um aspecto interessante é que muitos neurônios da formação reticular tem axônios muito grandes que se bifurcam dando um ramo ascendente e um ramo descendente. Seus núcleos são: a) Núcleos da rafe Conjunto de 8 núcleos (o mais importante é o núcleo da raphe Magnus). Responsáveis por ativação do córtex cerebral. Sua estrutura não corresponde a substância branca e nem a cinzenta. fascículos e núcleos. . Sono e vigília  Controle eferente da sensibilidade  Controle da motricidade somática  Controle do SNA  Controle neuroendócrino  Integração de reflexos-centro respiratório e vasomotor.córtex cerebral e sistema límbico. b) Com o cerebelo Fibras nos 2 sentidos entre cerebelo e formação reticular. E recebe fibras do hipotálamo. d) Com os núcleos dos nervos cranianos Recebe fibras aferentes ( sensitivas ) desses núcleos. Funções da Formação reticular  Controle da atividade elétrica cortical. a) Com o cérebro Projeta fibras para todo o córtex via talâmica e extratalâmica. c) Com a medula Liga-se a medula pelas fibras rafe-espinhais e tracto retículo-espinhal E recebe informações da medula pelas fibras espino-reticulares.Conexões da formação reticular Possui conexões amplas e variadas.Projeta-se para outras áreas do diencéfalo. . Locus Ceruleus é o responsável pela manutenção do ciclo vigília/sono . diminuindo a ação ativadora da formação reticular sobre o córtex. Os traçados elétricos obtidos no sono e na vigília são muito diferentes. Sabe-se hoje que a ação do SARA sobre o córtex se faz através das conexões da formação reticular com os chamados núcleos inespecíficos do tálamo. Um animal sob anestesia ligeira acorda quando se estimula eletricamente a formação reticular. Regulação do Sono Durante algum tempo acreditou-se que o sono seria um fenômeno passivo. Certos estímulos em áreas específicas da formação reticular fazem efeito contrário da ativação do córtex. seja através de vias relacionadas as modalidades específicas de sensação. resultante da falta de ativação da formação reticular. Importante na regulação do Sono e da Vigília. seja através do SARA em que os impulsos perdem sua especificidade e se tornam apenas ativadores corticais. È fácil entender também que uma redução dos estímulos sensoriais facilita o sono.1) Controle da atividade elétrica cortical. Sono e Vigília. Núcleos da Rafe é o principal responsável pelo sono Lesões desses núcleos causam insônia permanente. Dessincronizados na vigília e sincronizados no sono. Só que numerosas pesquisas vieram mostrar que isso não é verdade. O sono depende da ação de certos núcleos da formação reticular. E um animal acordado dorme quando se destrói a parte mais cranial da formação reticular. Descobriu-se a formação reticular é capaz de ativar o córtex cerebral e acordar o cérebro. podendo ser detectada por eletrodos em sua superfície. As experiências concluíram que existe na formação reticular um sistema de fibras ascendentes que se projetam no córtex cerebral e sobre ela tem uma ação ativadora. Assim o impulsos sensorias chegam ao córtex. A partir do que se criou o conceito SARA ( sistema ativador reticular ascendente). SARA Sabe-se que o córtex tem uma atividade elétrica espontânea. deixamos de perceber as sensações táteis da cadeira do cinema. núcleo magno da rafe e as fibras rafe-espinais) 3) Controle da motricidade somática Conforme a área da formação reticular estimulada resulta em ativação ou inibição da atividade de neurônios motores medulares. Vindo do córtex através da Via córtico-retículo-espinal 4) Controle do SNA Projeções do sistema límbico e hipotálamo com a formação reticular que por sua vez se ligam aos neurônios pré-ganglionares do SNA. Agem também no controle hipotalâmico da liberação de vários hormônios estimulantes da adeno-hipófise. Ex: quando assistimos um filme no cinema. Parte das funções motoras da formação reticular depende dos impulsos sensitivos vindos do Cortez cerebral ou do cerebelo. Há ampla evidência que esse controle é feito por fibras originadas da formação reticular. Configurando um fenômeno de atenção seletiva. ( Substância cinzenta periaquedutal. as vias de analgesia. do mesmo podemos ignorar os ruídos ambientais. 5) Contorle Neuroendócrino Estímulos da formação reticular do mesencéfalo causa liberação de ACTH e de hormônio anti-diurético. eliminando ou diminuindo algumas e concentrando-se em outras. Isso de faz através do Tracto retículo-espinal.2) Controle eferente da sensibilidade Sabe-se que o sistema nervoso é capaz de selecionar as informações sensoriais que lhe chegam. . Dentre essas fibras destacam-se as fibras que inibem a penetração no SNC de impulsos dolorosos. Vale lembrar que o aumento do teor de CO2 tem uma ação estimuladora direta sobre esse centro. o que explica as mudanças respiratórias em certas situações emocionais. vão ao nervo frênico e chegam ao diafragma Porção torácica vão aos nervos intercostais e chegam aos músculos intercostais. ritmo cardíaco e pressão arterial). do qual depende basicamente a pressão arterial. Noradrenalina e dopamina. Há na formação reticular diversos centros que ao serem estimulado desencadeiam respostas motoras. alterações respiratórias e vasomotor ( ritmo respiratório. Centro respiratório e vasomotor. . deglutição.6) Integração de reflexos. característicos de fenômenos como vômito. influenciando também o ritmo cardíaco.Neurônios monoaminérgicos do tronco encefálico São conhecidas as seguintes monoaminas:  Dopamina  Noradrenalina  Adrenalina  Serotonina (triptaminas)  Histamina (aminoácido histidina) Dessas as + importantes são : Serotonina . B . Centro Vasomotor Situado na formação reticular do bulbo. pois está sob influência do hipotálamo. movimentos oculares. Do centro respiratório saem fibras retículo-espinais que terminam fazendo sinapses com neurônios motores da porção cervical e torácica da medula espinal. Controle da respiração O centro respiratório localiza-se na formação reticular do bulbo. locomoção. somáticas ou viscerais. e apresenta uma parte dorsal que controla a inspiração e outra parte ventral que controla a expiração. mastigação. Convém lembrar que o centro respiratório é bem mais complicado. Porção cervical. Sabe-se que as monoaminas funcionam como neurotransmissores e os neurônios que as contém são os neurônios monoaminérgicos. coordena os mecanismos que regulam o calibre vascular. Alguns histaminérgicos.Neurônios monoaminérgicos centrais Possuem uma rede extremamente ramificada de terminais distribuindo-se por todo sistema nervoso central. influenciando circuitos já existentes. Esses terminais contêm dilatações com vesículas sinápticas contendo o neurotransmissor. Tem seus corpos de neurônios principalmente na formação reticular. adrenérgicos e dopaminérgicos estão no hipotálamo.Mecanismos do sono parodoxal Neurônios e Vias Dopaminérgicas Localizam-se no mesencéfalo na Área tegmentar ventral ( FR) e Substância Negra Importante no controle da atividade motora somática . E alguns dopaminérgicos também estão no bulbo olfatório e retina. Os terminais monoaminérgicos agem como neuromoduladores. Neurônios e vias serotoninérgicas Todos se localizam nos núcleos da rafe – Via analgésica e Mecanismo do Sono Neurônios e Vias Noradrenérgicas Localizam-se principalmente no Locus Ceruleus . reveste maior parte da esclera.( como se tivesse um pedaço do cérebro voltado pra o exterior) Os eixos ópticos (eixo do olhar.fáscia orbital e a mucosa(conjuntiva). Os nervos ópticos acompanham os eixos das paredes laterais das órbitas. A corióide é uma marrom-avermelhada escura entra a esclera e a retina. . Os olhos são derivados das vesículas ópticas do tubo neural.Camada Média ou Túnica vascular Essa camada é altamente vascularizada e denomina-se CORIÓIDE ( parte posterior). A esclera é formada por tecido conjuntivo e com colágeno trabeculado. e com íntimas relações com as pálpebras.é a parte branca do olho. As órbitas são cavidades ósseas no esqueleto da face e contêm e protegem os bulbos dos olhos e estruturas visuais acessórias. Essa camada é responsável pelo reflexo do olho vermelho.é o esqueleto fibroso do bulbo. Não é densa como a esclera porque se não o indivíduo não enxergaria. O bulbo do olho pode ser dividido em 6 sextos onde são encontradas 3 camadas As três túnicas são: 1Camada externa – denominada ESCLERA e CÓRNEA . porém os eixos orbitais formam um ângulo de 45 graus entre si.conferindo-o formato e resistência e fixação dos mm. A vascularização se dá pelas artérias ciliares curtas e longas. Caso a órbita tenha sua formação feita erroneamente. Ambos se juntam na frente da sela túrcica numa formação denominada QUIASMA ÓPTICO. no qual há o desencontro dos eixos dos olhos. pois há encontro com a luz. tal patologia é denominada TELORISMO. formam um ângulo de 90 graus EM CIMA da cela turcica. . A retirada do olho é denominada ENUCLEAÇÂO. já na parte anterior encontra-se a ÍRIS na qual se encontra a pupila ( abertura central). logo há a formação de imagens duplicadas (diplopia). atrás da cela turcica.A formação do olho se completa após o parto. ela sai do eixo.VIA ÓPTICA Os olhos estão enclausurados nas órbitas.extrinsecos e intrínsecos. direção da visão) são paralelos entre si.nervos e vasos.incluindo: pálpebras. A córnea é a parte transparente que cobre o sexto anterior do bulbo. A esclera é opaca e resistente que cobre os cinco sextos do bulbo do olho.músculos extrínsecos do olho. 3. Já as paredes laterais das órbitas. A drenagem sanguínea da íris é feita por um conjunto de veias ( 4 veias) que se juntam e formam um aspecto de “ turbilhão”. II e III.O corpo ciliar é muscular e une a corióide a íris.é um diafragma contrátil fino com uma abertura central-pupila. Logo outra definição para retina pode ser : Macular ( central ) com células para visão diurna . II e III da via óptica se localizam na RETINA . Todo o restante da retina é preenchido com células fotorreceptoras para visão noturna ( BASTONETES) . A parede interna da origem a CAMADA NERVOSA com os neurônios I. neurônios I. que formam o cálice óptico. . Estrutura da retina Os receptores visuais. A contração ou relaxamento do corpo ciliar controla a espessura da lente. A íris está sobre a superfície superior da lente. 4. posterior à íris. que vão para o interior do crânio para o Seio cavernoso. causa protusão do olho para fora = exoftalmia. A retina se origina das vesículas ópticas. e Não-Macular ( periférica) com células para visão noturna. neuroepitélio que reveste internamente a cavidade do bulbo ocular.fornecendo fixação a lente. e drenam para as veias oftálmicas. que se juntam num ponto único sendo chamadas de VEIAS VORTICOSAS. Todas as células fotorreceptoras para a visão diurna e à cores ( CONES ) estão localizados na fóvea central. Veias vorticosas > veias oftálmicas > seio cavernoso Qualquer circunstância que impede a drenagem do sangue para o seio cavernoso. Nela se nota uma depressão chamada de fóvea central. a mácula lútea. È a camada mais importante do olho pois é aonde se encontra o material fotossensível ( células fotoreceptoras ). A parede externa da origem a CAMADA PIGMENTAR possui muita melanina. È essa camada que recobre a íris e transforma o olho em uma “ câmara escura”. que é um tecido neural. Na parte posterior da retina se localiza uma área pouco amarelada.Camada Interna Formada pela RETINA. tal reflexo denomina-se reflexo de acomodação. esse está disposto espacialmente de maneira tridimensional e está preso na íris. fazendo com que o resto saia de foco. Os prolongamentos periféricos das fotossensíveis são os receptores cones e bastonetes. Seu formato biconvexo faz com que a luz converga para um ponto posterior do olho. as células bipolares e as células ganglionares. Ao seu nível os axônios atravessam as túnicas media e externa do olho tornando-se mielínicos. o cristalino ( lente) permite a qualificação da entrada da luz. Na periferia da retina predominam bastonetes. O SNC além de acomodar a pupila. logo a vascularização é feita somente pelas artérias e veias centrais da retina. Porém NÃO HÁ UM RAMO DE VASCULARIZAÇÃO DIRETA PARA A FÓVEA. e o número de cones aumenta à medida que se aproxima da mácula. A entrada de luz pela retina impõe ao SNC mecanismos para ajeitar a mácula. onde existem somente cones. As fotossensíveis fazem sinapse com as bipolares que por sua vez fazem com as ganglionares. Tal ligamento consegue mudar a bojadura da lente para aumentar ou diminuir a convergência dos raios luminosos na fóvea central. cujos axônios constituem o nervo óptico. Pois caso haja um entupimento o indivíduo perderá 80% da visão. ao tentar pôr uma linha dentro da agulha. Dentre elas se destacam 3 identificadas de fora para dentro. que inicialmente são amielínicos e percorrem a superfície interna da retina convergindo para a papila óptica(ponto cego da retina). e tal seja feito somente na agulha. ao nível da fóvea central. O nervo óptico é formado por axônio das células ganglionares. Os bastonetes são adaptados para visão com pouca luz. O cristalino está preso no olho pelo ligamento suspensor do cristalino. No homem bastonetes estão em maioria. A coróide NÃO faz vascularização da retina. Por exemplo. o olho faz convergência e a pupila faz miose. . Tal reflexo pode ser denominado de fotorreceptor direto (se for examinado no mesmo olho em que o foco de luz estiver sendo apontado) ou consensual (se for examinado o olho oposto em que a luz estiver sendo apontada). De fora pra dentro: células fotossensíveis. logo. Tal fato aumenta mais ainda a acuidade visual. e os cones para visão com luz de maior intensidade e visão de cores. no qual o músculo utilizado é o ciliar. Além dessa visão binocular. ele pode mudar o foco da lente. II. III. pois não há circulação colateral.A retina nervosa apresenta 10 camadas na sua constituição. pois essa modifica a sua borjadura. aproxima-se tal.Na papila passam vasos que nutrem a retina. denominado fóvea central. Três camadas correspondem aos territórios dos neurônios I.medialmente a mácula. há a drenagem. menos o humor aquoso. Quando esse possui uma alteração no eixo transversal do olho (olho curto). que ao contrair esse músculo ciliar. esse quadro denomina-se HIPERMETROPIA. Logo. porém há uma hiperprodução desse humor. Já o MÍOPE. aumento da pressão intra-ocular. Uma pessoa com visão normal possui os raios luminosos convergidos pelo cristalino. de tal maneira a alcançar à mácula. Como o raio luminoso NÃO faz curva. pode ser feito uma TRABECTOLETOMIA. logo a única maneira desse enxergar é afastando o objeto de visualização. em cima da junção esclerocorneal. que será tributário do sistema sanguíneo vorticoso. pode-se mudar tal ângulo. a parte de cima do objeto vai parar na parte de baixo da retina e vice-versa. ocorre o aumento do volume desse. fazendo com que essa camada fique opaca. muda-se a bojadura e fecha-se o seio. meio amarelada. drenando assim. a convergência se faz num ponto imaginário ATRÁS da fóvea. Porém qual é a importância clínica disso ? É nesse ângulo que vai haver a drenagem do humor aquoso formado na câmara posterior do olho. a única maneira desse enxergar é aproximando o objeto de visualização. Para tratar o glaucoma. Ao contrair o músculo ciliar. Existe um ângulo formado pela esclera. essa é feita por canalículos que vão formar um vaso. portanto. Ao longo da vida a capacidade do cristalino de se adequar vai diminuindo. e se esse alcançar o esfíncter da pupila (ou circular da íris) ocorrerá a miose. caracterizando assim o GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO.Agora. Tal envelhecimento do cristalino é denominado CATARATA. esse provocará midríase. a convergência se faz num ponto NA FRENTE da fóvea. . Já no GLAUCOMA DE ÂNGULO ABERTO. que possui vários “buracos” que vão drenar por CANAL DE SCHLEMM. haverá um seio denominado seio venoso da esclera. se o estímulo alcançar o músculo radial da íris. córnea e íris. logo. no qual o canal de schlemm é reaberto. segue para o córtex occipital formando as radiações ópticas. em um exame de fundo de olho. encurvam-se evoltam em direção ao lobo occipital. A luz para chegar à retina. esse vai escavando a papila óptica. e tal é denominado ceratite. humor vítreo e a retina. logo. o primeiro deles é denominado fluido lacrimal. pode-se examinar as estruturas frontais do olho (esclera. humor aquoso da câmara anterior. Ao usar um aparelho denominado “lâmpada de fenda” (aparelho binocular oftamológico). Todas essas podem interferir no fenômeno da refração. É marcada por uma tríade: orocefaléia. HIPERTENSÃO INTRACRANIANA: Desesquilíbrio entre o conteúdo e o continente do crânio. pois os três primeiros encontram-se na retina. o segundo neurônio são as células bipolares eo terceiro são as células ganglionares. Logo. Caso esse canal nasoclacrimal esteja obstruído. oprimeiro neurônio são as células fotorreceptoras. Esse último constitui o quarto neurônio da via. Trajeto das fibras nas vias ópticas O estímulo chega aos nervos ópticos. ALÇA TEMPORAL (ou DE MEYER): formada pelas fibras ventrais da radiação óptica (tracto geniculo-calcarino). A lágrima é formada pela glândula lacrimal. que se dirigem inicialmente em direção ao pólo temporal.  Por mais que a córnea seja AVASCULAR. ocorre a LAGOFTALMIA. essa pode inflamar. deverá passar por vários “obstáculos”. IFEMA = Coleção de sangue em qualquer espaço cavitário. a pressão que tal exercer pra fazer isso. . íris. que vai para o quiasma óptico. esse é feito com o aplainamento da córnea por um aparelho. essa é vista alargada e afundada. sacos lacrimais e por último para o canal nasolacrimal. cristalino e córnea).Durante a evolução do glaucoma. depois vem a córnea. Tonometria: Exame realizado para a verficação da pressão intraocular. corpo geniculado lateral. canais lacrimais. humor aquoso da câmara posterior. tractos ópticos. conjuntiva. é drenada pelos pontos lacrimais. será a pressão intraocular. Pode-se ter um ifema de câmaraanterior. onde terminam nos lábios do sulco calcarino. cristalino. nâusea (com vômitos em jatos). cai no espaço entre a córnea e a conjuntiva. edema de papila óptica(afundada com os bordos elevados). Entende-se assim que o córtex visual direito percebe objetos situados à esquerda de uma linha vertical mediana que divide os campos visuais.voltada para região temporal. Já as das retinas nasais TROCAM DE LADO ao nível do quiasma óptico. já os impulsos do chão vão para as retinas superiores. Campos visuais N = Campo visual nasal T = Campo visual temporal Como o raio luminoso não faz curva. vai para a retina nasal. Todas as imagens provindas das retinas temporais seguem ao nervo óptico SEM TROCAR DE LADO. . Os impulsos do teto vão para as retinas inferiores.dos campos temporal esquerdo e nasal direito. EX: as metades direitas da retina dos dois olhos( a nasal do olho esquerdo e a temporal do olho direito) recebem raios luminosos provenientes do lado esquerdo. Logo. Tanto o campo nasal. quanto o temporal. as retinas nasais vêem as imagens provenientes dos campos visuais temporais e as retinas temporais vêem as imagens provenientes dos campos visuais nasais. recebem impulsos dos dois lados. O que permite afirmar.Nervos ópticos > quiasma óptico > tractos ópticos > corpo geniculado lateral > tracto geniculo-calcarino > sulco calcarino Retina nasal:metade medial da retina.ou seja. que os corpos geniculados laterais. e vice-versa. podem ser divididos em superior e inferior. aquilo que sai do pólo temporal. voltada para o nariz Retina temporal:metade lateral da retina. O lado direito do tálamo “vê” os campos visuais esquerdos dos olhos e vice-versa. ou hemianopsia homônima esquerda se lesado o tracto direito.verifica-se a presença de reflexo fotomotor na metade cega da retina.ou seja. Lesões das fibras das metades inferiores das retinas nasal esquerda e temporal direita causam quadrantanopsia homônima superior esquerda. 2) Lesão da parte mediana do quiasma óptico: resulta em HEMIANOPSIA BITEMPORAL por lesão das fibras das retinas nasais. Em consequência de traumatismo ou em casos de glaucoma.e estão relacionadas com movimentos reflexos dos olhos ou das pálpebras. LESÕES DAS VIAS ÓPTICAS Escotoma: falha dentro do campo visual.Importantes na regulação dos ritmos biológicos. Ocorre em aneurismas da artéria carótida interna. Lesões que causam hemianopsias homônimas são retroquiasmáticas. cegueira de uma parte. Ocorre por lesar fibras da retina temporal de um olho e retina nasal do lado oposto.Ocorre nos tumores da hipófise.comprimindo o quiasma de baixo pra cima.relaciona-se com reflexo consensual e fotomotor direto. b)fibras retino-tectais: chegam ao colículo superior.ou lesão do corpo geniculado lateral. quando são acometidos os mesmos lados dos campos visuais de cada olho.por interrupção das fibras da retina temporal deste olho. Pois na lesão do tracto há também lesão das fibras retino-pré-tectais responsáveis pelo reflexo. Pode ser heterônima quando são acometidos diferentes lados dos campos visuais. Terminam fazendo sinapse com o neurônio IV da via óptica no corpo geniculado lateral.Ocorre por tumores. o que não ocorre em lesão após o corpo geniculado.entre o quiasma e o córtex occiptal. Ou homônima. 3) Lesão da parte lateral do quiasma ótico: resulta em HEMIANOPSIA NASAL do olho correspondente. .são no quiasma óptico. Porém. 1) Lesão do nervo óptico: cegueira completa do olho correspondente.o que não se vê na lesão do tracto óptico. d)fibras retino-geniculadas: somente essas se relacionam com a visão.Existem 4 tipos de fibras: a)fibras retino-hipotalamicas: ganham o núcleo supraquiasmático do hipotálamo. se lesado o tracto esquerdo. 5) Lesão da radiação óptica: idem a lesão do tracto óptico. c)fibras retino pré-tectais: chagam a área pré-tectal através do braço do coliculo superior.   Lesões que causam hemianopsias heterônimas. Se ocorre dos dois lados há hemianopsia binasal(campos nasais dos olhos) 4) Lesão do tracto óptico: resulta em hemianopsia homônima direita. Hemianopsia: escotoma de metade do campo visual. ” Janaína Neto Machado – 4º período / 2012 . que quando chegam ao corpo geniculado lateral. Mas é poupada também na lesão do tracto óptico. entra no olho e faz miose. e é menos frequente em lesão da radiação. passa pelo gânglio ciliar.QUADRANTANOPSIA HOMÔNIMA SUPERIOR F. Mas pensar o que ninguém pensou sobre algo que todos vêem.6) Lesão do córtex visual: lesões completas são iguais as lesões completas de radiação ótica.HEMIANOPSIA HOMÔNIMA ESQUERDA E. elas vão para a área pré-tectal.HEMIANOPSIA HETERÔNIMA BITEMPORAL C. se a perda visual é a mesma ? Existem uma fibras. que trafegam pela via óptica. A – CEGUEIRA TOTAL DO OLHO DIREITO B. Uma lesão no lábio inferior do sulco calcarino direito. o neurônio dessa área “pega” o núcleo de EDINGER-WESTPHALL. “ A tarefa não é tanto ver o que ninguém viu ainda.HEMIANOPSIA HOMÔNIMA Como se diferencia uma lesão do tracto óptico para uma lesão das radiações ópticas. vai pelo nervo oculomotor. a lesão do tracto óptico não haverá a miose.HEMIANOPSIA NASAL DO OLHO DIREITO D. A visão macular é normalmente poupada em casos de lesão da área 17. Logo. resulta em quadrantanopsia homônima superior esquerda.
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