Necessidades Individuais Em Contexto Institucional

April 4, 2018 | Author: Paulo Vaz | Category: Infection, Public Health, Foods, Wellness, Animal Diseases


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NECESSIDADES INDIVIDUAISEM CONTEXTO INSTITUCIONAL UFCD:3548 Évora Formador: Paulo Vaz Fundamentos Teórico     Cuidados de higiene: cuidados parciais e totais Higiene geral Limpeza e desinfecção dos espaços e instalações Limpeza e desinfecção dos equipamentos e materiais       Medidas de promoção do bem-estar Limpeza e desinfecção individual e colectiva Prevenção das úlceras de pressão Prevenção do risco de acidentes Prevenção do isolamento e imobilismo da pessoa idosa Utilização de meios de primeiros socorros práticas profissionais Observação participativa do quotidiano Análise e compreensão das situações observadas .      Adequação de ementas Distribuição e fornecimento das refeições Acompanhamento de refeições Geriatria . Higiene é um ramo da medicina que visa prevenção da doença . por exemplo. . não tinham o hábito de asseio que temos nos nossos dias.  A noção de higiene não estava presente na cultura da humanidade há alguns séculos atrás. Os povos de origem europeia. promovendo a saúde e prevenindo a doença. tornou a higiene fundamental para a manutenção da saúde. a descoberta de que vários micróbios causam doenças. Nos séculos XIX e XX. .  A higiene pessoal é essencial para o bem-estar físico e mental. . sendo aconselháveis hidratações frequentes. Assim. assegurar a sua integridade. fina e frágil.  Torna-se importante. pois. banhos demasiado frequentes podem contribuir para a secura da pele e devem ser evitados. A idade influencia o estado da pele tornando-se mais seca. no idoso. No entanto a frequência óptima depende das necessidades individuais. . Para muitos idosos um banho total três vezes por semana é o adequado. . diminuiu sensivelmente o risco de infecção por fungos. dos utensílios e das habitações. A limpeza do corpo. bactérias e vírus.  A descoberta de que vários micróbios causam doenças. fez com que a higiene se tornasse fundamental. das roupas. . o cuidador deve contribuir para conservar a saúde e o bem-estar do idoso. a capacidade de nos auto-cuidarmos diminui e a carência de cuidados de higiene aumenta. Durante o envelhecimento e a doença. como tal. Cuidados de Higiene  Existem várias formas de prestar os cuidados de higiene ao idoso. . no duche ou na banheira. Temos o banho total ou parcial no leito. respeitando sempre a sua privacidade. todas elas eficazes. também. Deve. atender-se às preferências do idoso relativamente à hora do dia.  Antes de determinar qual o tipo d banho adequado deve ser avaliado o grau de ajuda necessário. . frequência e tipo de banho. produtos a usar. mobilidade e capacidade mental adequadas de forma a serem prevenidos acidentes. a segurança é a principal preocupação e os idosos têm de ter força.  A lavagem de todas a partes do corpo é mais fácil na banheira ou no duche. . No entanto. como por exemplo quando ocorrem fracturas. . É sensato referir que o banho no leito é uma necessidade humana essencial para a pessoa que requer repouso absoluto ou com problemas de mobilidade. promovendo a saúde e prevenindo a doença. a HIGIENE é um conjunto de meios e regras que procuram garantir o bem-estar físico e mental. .HIGIENE  Então. Na vida quotidiana. satisfazemos as nossas próprias necessidades.. deverão ser respeitados alguns aspetos: 1) Proporcionar higiene e conforto. promovendo a saúde e prevenindo a doença.   Desta forma. 2) Avaliar grau de dependência . durante a prestação de cuidados de higiene adequados ao Idoso e o seu consequente conforto físico e mental.    3) Favorecer independência/autonomia (não substituir quando o Idoso tem capacidade para realizar determinada tarefa. etc. 5) Promover a integridade cutânea (secar todas as pregas cutâneas e espaços interdigitais. avaliando a integridade cutânea. incentivar ao autocuidado). aplicar creme e massajar todo o corpo.). 4) Observar todo o corpo. . 7) Promover uma relação interpessoal com Idoso e Família (por exemplo: identificar-se. 8) Não impor nova rotina. . incentivar a colaborar).   6) Promover mobilização passiva e activa. se possível atender à vontade do Idoso e aos seus hábitos (por exemplo: hora e frequência do banho). explicar procedimento. 10) Respeitar privacidade. atender à ergonomia. tapetes antiderrapantes. iluminação e ventilação). 11) Assegurar as regras de segurança para o Idoso e para o Cuidador (grades e barras de protecção. não deixar o idoso sozinho. etc. .   9) Verificar condições ambientais (temperatura. não deixar que tranque a porta. dignidade e valores culturais do Idoso.). utilizar luvas. integrando o Idoso e Família na mesma. 17) Promover trabalho em equipa.). soros. drenos. catéteres.    13) Atentar ao material invasivo do Idoso (sonda nasogástrica. pensos. partindo da parte mais limpa para a mais suja. 14) Preparar todo o material anteriormente. . etc. algálias. 15) Iniciar higiene propriamente dita. pela cabeça em direcção aos pés.       A quebra da capacidade individual para promover a sua própria higiene. E. Alterações da consciência e mobilidade. dispneia (falta de ar) ou astenia (fraqueza). Alterações da percepção e sensibilidade. Cansaço fácil. Dor. Indicação médica . D. B. C. tais como: A. pode estar associada a vários factores. frequentemente a regiões com secreção abundante e maior carência de higiene (cara. Também podem ser chamados cuidados de higiene parciais à higiene de parte do corpo. . axilas e genitais). mãos.Cuidados Parciais  Os cuidados de higiene parciais. entendem-se como os cuidados específicos a cada parte do corpo a ter em conta. produtos de higiene do Idoso. escovar.Cabelo     Os cuidados básicos dos cabelos incluem: observar. escova. parasitas. etc. secador. toalhas ou resguardo. Atender a alguns aspectos importantes: 1) Reunir o material necessário: luvas. bacia. pentear e cortar..). etc. 3) Observar alterações do couro cabeludo (lesões. . caneca. tesoura. 2) Se possível lavar cabelo no chuveiro. pente. lavar. . no caso da senhoras a ida ao cabeleireiro. etc. cortando se necessário e houver consenso.   5) Respeitar hábitos do Idoso (frequência de lavagem. 7) Se possível manter o cabelo do Idoso curto. 6) Massajar couro cabeludo com as pontas dos dedos.). . possuindo enumeras funções. Funções metabólicas (por exemplo a luz solar faz com que o organismo produza Vitamina D). Regulação da temperatura corporal (por exemplo. Protecção da desidratação. Órgão dos sentidos (tacto). sudação). .Pele       A pele é o maior órgão do corpo humano. entre elas: Protecção física e imunitária. . tendo em conta alguns detalhes:  Produtos utilizados: em Idosos semi-dependetes. sabonete ou gel de banho convencional.Como tal a higiene de toda a superfície corporal é indispensável. promove higiene e não carece de passar por água limpa. sem alterações da pele pode-se utilizar sabão. no entanto em idosos dependentes deverá ser utilizado sabão hipoalergénico. pois tem menor potencial de provocar alergias. alterações da pigmentação. desidratação. dando preferência ao creme hidratante. .  Poder-se-á aplicar cremes ou óleos. etc. da temperatura. sensibilidade. pois impedem os poros da pele de respirar. Não utilizar pós (talco). desde feridas por traumatismos ou pressão. Observação: verificar alterações de toda a pele. alergias. Orelhas e Ouvidos . . não esquecendo a parte posterior da mesma. Durante o banho lavar com água e sabão as orelhas. pelo que também devem ser considerados determinados aspectos importantes na sua higiene: 1.  A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar ulceração e infecção. toalhetes. pois pode traumatizar o tímpano e o objectivo é retirar a sujidade e não introduzi-la no ouvido.Utilizar toalhete. . mas sem introduzir no ouvido. algodão. .. algodão ou cotonete.  2. Preparar material necessário: luvas. cotonetes. 3. etc.  6.  5. Observar presença de cerúmen (cera). Observar alterações. 4. . Considerar próteses auditivas. no entanto por vezes é necessário promover uma higiene particular. .Olhos (lavagem ocular)   Os olhos devem ser lavados durante o banho. com água (alguns produtos podem provocar irritação). utilizando o soro fisiológico. em caso de excesso de secreção ocular. A limpeza dos olhos deve ser realizada com compressas. Sendo necessária uma compressa para cada olho. Reunir o material necessário: luvas. Repetir o procedimento no outro olho. a fim de limpar todas as secreções existentes. 3. 4. considerar conjuntivites e irritações. Observar alterações do olho. passar suavemente no olho de dentro para fora. Com uma compressa embebida em soro fisiológico. compressas e soro fisiológico. etc. utilizando nova compressa. 2. ..    1. Os objectivos da higiene oral centram-se na necessidade de manter a boca limpa e húmida. dentes e língua (higiene oral)  A higiene oral deverá ser realizada idealmente após cada refeição e sempre que necessário. ajudar a conservar os dentes e mucosa oral. .Boca: prótese. . tendem a apresentar maior acumulação de sujidade na boca e maior desidratação da mucosa oral. Prestar atenção especial a Idosos com presença de sonda nasogástrica ou necessidade de aspiração de secreções. Dever-se-á trocar o adesivo de fixação da sonda nasogástrica diariamente. deverá ser realizada supervisão e. após o banho. se necessário ensino. Pelo que é fundamental a higiene cuidada da mesma. Se o Idoso for capaz de se auto-cuidar. . palhinha. toalha. copo. ou em decúbito lateral (de lado) se Idoso inconsciente. vaselina ou pomadas. escova de dentes ou espátula com compressa. Posicionar o Idoso. resguardos. . bacia. pasta dentífrica. deverão ser seguidas as seguintes instruções:   1. 2.Caso contrário. Reunir todo o material: luvas. antiséptico oral. de preferência sentado. 5. Realizar a limpeza da língua do idoso. 6. Se possível pedir ao Doente para gargarejar com o líquido previamente preparado (podendo utilizar a palhinha). relembrando que não pode deglutir.   4. Embeber a espátula envolvida com compressa ou escova de dentes na mesma solução preparada anteriormente. .   7. No caso do Idoso possuir prótese dentária, esta deve ser retirada e lavada (água morna), escova e pasta de dentes, devendo-se lavar a boca normalmente como anteriormente foi referido; colocar prótese dentária em locais adequados (não embrulhar em lenços ou outro material). 8. Hidratar os lábios do Idoso com vaselina ou outro produto semelhante.  9. No caso de Idosos semi-dependentes, promover uma correcta higiene oral, aconselhando escovar os dentes após as refeições, longas ou ásperas.Mãos. devido a alterações circulatórias. Pés e Unhas   Os Idosos costumam apresentar sérios problemas nas mãos e pés. etc. diabetes. deformidades ósseas. Os objectivos principais da sua higiene são: prevenir a infecção ou inflamação. . etc. evitar a cumulação de sujidade. evitar traumatismo devido a unhas encravadas. assim como ter o cuidado de secar bem os mesmos. 2. creme. esponja. lavando especialmente as unhas e espaços interdigitais.Os cuidados a ter em conta são   1. introduzir as mãos e os pés do Idoso na bacia de água (posteriormente trocar de água). toalhas. tesoura ou corta-unhas. Preparar material necessário: luvas. . etc. bacia. lavar com água e sabão. vaselina. sabão. óleo. Durante o banho. 4. verificando presença de lesões cutâneas. Não cortar calosidades (pode provocar hemorragia). 6. amolecendo-as previamente em água morna. 5. Cuidar das unhas. . Hidratar com creme. corta-las ou lima-las se necessário (cortando de forma recta e não muito próximo da pele). óleos ou aplicar vaselina nos locais de maior calosidade (por exemplo os calcanhares). Observar as alterações dos pés. mãos e unhas.    3. Cuidados Perineais  A higiene perineal refere-se à limpeza dos genitais externos e região circundante, que normalmente é realizada durante o banho.  No entanto, em Idosos dependentes, há necessidade de realizar os cuidados perineais várias vezes ao dia.   Os cuidados perineais são providenciados com a finalidade de prevenir a infecção, promover a saúde e conforto. Devido a existência de vários orifícios no períneo, esta é uma área vulnerável a entrada de microrganismos patogénicos.   1. Reunir material necessário: luvas, bacia, aparadeira, urinol, dispositivo urinário, saco colector, esponjas, toalhas, resguardos, cremes, sabão, fralda, pomadas, etc.; 2. Questionar o Idoso se pretende urinar ou evacuar antes de proceder a higiene perineal. Colocar urinol ou aparadeira, se necessário. . . lavar a região de eliminação urinária e posteriormente. colocar o Idoso de decúbito lateral (de lado) para proceder a higiene da região de eliminação intestinal. 3. Colocar o Idoso em decúbito dorsal (barriga para cima). se possível com pernas flectidas. posteriormente o pénis e o escroto (não esquecer de voltar a colocar o prepúcio na sua posição normal. nomeadamente em casode Idoso não circuncisado). . puxando o prepúcio para baixo e lavando a glande. a) Homem: começar a lavar com movimentos circulares pela pontado pénis. poder-se-á utilizar uma esponja ou uma caneca de água para conseguir obter maior eficácia. b) Mulher: lavar da frente para trás (do meato urinário para orifício vaginal e posteriormente para a região anal). utilizando uma mão para afastar os lábios e outra para lavar. . prestando atenção à sujidade acumulada entre os lábios. .  4. Promover a privacidade do Idoso. Observar alterações.  6. Lavar da zona limpa para a zona suja.  5. . pelo que devem ser tomadas as devidas precauções.7. d. Não desadaptar saco da algália. Algaliação deverá ser realizada por Enfermeiro. c. tais como:     a. b. Despejar a urina do saco colector várias vezes ao dia (2 a 3 vezes e sempre que necessário). Atender ao Idoso algaliado: que apresenta um risco de infecção aumentado. Manter o saco colector abaixo do nível da bexiga (para a urina não refluir novamente). . excepto se o saco se romper e for necessário substituir. Atender ao Idoso algaliado: que apresenta um risco de infecção aumentado.). Verificar se a algália ou tubo do saco colector não fica dobrada ou a traumatizar alguma parte do corpo do Idoso. Observar as características da urina e a quantidade (urina concentrada. . etc. g. Considerar perdas extra-algália e Idosos que não usam saco colector. pelo que devem ser tomadas as devidas precauções.7. tais como:    e. urina com sangue ou coágulos. f. . mas com orifício na extremidade. Ponderar colocação de dispositivo urinário: que é uma película fina de borracha. semelhante a um preservativo. . para ser conectado ao saco colector. 8. que se encaixa no pénis. providenciase quando o Idoso é totalmente dependente ou quando há uma restrição do exercício. . deve-se providenciar o material e auxilia-lo na higiene. Se o Idoso for semi-dependente e seja necessário o banho no leito.Cuidados totais  Banho no leito = O banho no leito. cremes. Reunir todo o material: luvas. toalhas. . camisa. pijama.fralda. calças. material de higiene parcial. tesoura. etc. perfumes. cadeirão. etc. compressas. produtos de higiene (sabão. bacia..). saco para lixos e roupa suja. lençóis. esponjas. 1. Dobrar a roupa limpa adequadamente e coloca-la numa cadeira naordem pela qual vai ser utilizada.     2. Lavar as mãos. 5. 3. 6. Respeitar todos os aspectos anteriormente referidos. 4. Desimpedir a área de trabalho e adapta-la ao procedimento. calçar luvas e avental (mudar de luvas e lavar as mãossempre que necessário). . Identificar-se e explicar procedimento. . Oferecer urinol ou aparadeira. 10. Despir o Idoso. 9.cobrir as partes do corpo limpas com roupa limpa.    7. Posicionar o Idoso em decúbito dorsal. não deve despir logo o Idoso). ocultando as áreas do corpo que não estão a ser higienizadas (se decidir lavar o cabelo. 8. Preparar a bacia com água morna. o tórax. . as axilas. Lavar a região perineal (região de eliminação urinária). o abdómen (especial atenção ao umbigo). lavar a cara. os braços (começar pelo membro mais afastado). Utilizando uma esponja com sabão. Trocar a água da bacia. as mãos. 13. os pés.   11.as pernas. as orelhas. a região infra-mamária. o pescoço. 12. Colocar o lençol de baixo limpo. Aplicar pomadas na região perineal. Posicionar o Idoso em decúbito lateral direito ou esquerdo (deacordo com a sua preferência). realizando metade da cama. Desentalar o lençol de baixo sujo. 19. Lavar a região posterior do corpo: a nuca. aregião perineal (região de eliminação intestinal). se necessário. Colocar resguardos e fralda limpos (se necessário). as costas. as nádegas. 18.efectuando já os cantos do seu lado. 16. do seu lado e dobralo em direcção aoIdoso. 15.      14. 17. . 23. 22.    20. Fechar fralda. Esticar o lençol e resguardo. 21. rolando para o lado em que já tem roupa limpa. Retirar a roupa suja do lado contrário e fazer a cama desse mesmo lado. Posicionar o Idoso no decúbito lateral oposto. certificando que não ficam dobras por baixo do Idoso. . fazendo os cantos da parte inferior da cama. cobertor e coberta. 24. Vestir o Idoso.  25.  27. Aplicar cremes.  26. . Colocar lençol de cima. Posicionar o Idoso. antes do mesmo). Realizar os cuidados de higiene parciais necessários. Lavar as mãos. Arrumar e limpar o meio envolvente: 32. Preparar o cadeirão (se realizar levante não necessita de proceder ao ponto 26 e 27. 31. Realizar levante (transferir Idoso para cadeira/cadeirão).     28. . 30. 29. O Idoso pode deambular até ao WC ou em cadeira de rodas . Durante o banho pode permanecer sentado em cadeira (ou outro apoio semelhante) ou apoiado em barras laterais de segurança (na posição vertical). .Banho no chuveiro   O banho no chuveiro pode ser realizado pelo Idoso semi-dependente e independente. auxiliar o Idoso a lavar-se e secar-se. auxiliar o Idoso a vestir-se no WC ou colocar um roupão e vestir posteriormente no quarto. O princípio básico consiste em respeitar os aspectos já descritos. nem deixar que ele tranque aporta. somando alguns: não deixar o Idoso sozinho no WC. levar todo o material necessário para o WC. . . com auxílio de barras de protecção e com cadeira.Banho na banheira    O banho na banheira pode ser realizado por Idosos semi-dependentes e independentes. sendo que neste caso. a questão de segurança deverá ser reforçada. existem várias ajudas técnicas. de acordo com todos os aspectos que já falamos. O princípio básico é promover a higiene. Talvez por esse motivo seja preferido o banho no chuveiro. . pois é no banho que ocorrem frequentemente as quedas. de forma a evitar infecções.  Retirar todos os objectos das mãos que possam ferir o idoso  Usar um par de luvas para cada idoso e lavar SEMPRE as mãos antes e depois de cada higiene.Aspectos importantes na higiene do idoso      Promover uma relação interpessoal e agradável com o idoso durante o banho. . privacidade e integridade.  Respeitar a sua vontade. tanto ao lavar como a secar o corpo. ou para o local do chuveiro. (da cabeça para os pés)  Observar o corpo e detectar todas as feridas que possam ter  Ter atenção à fragilidade da pele.  Ter especial cuidado nos movimentos com idosos dependentes quer seja da cama para a cadeira. devendo desviar-se tudo o que possa magoá-los .     Começar os cuidados de higiene sempre das partes mais limpas para as partes mais sujas.  Retirar sempre as placas dentárias e lavá-las ou incentivar o idoso a limpá-las. para se evitar infecções . mesmo em pessoas sem dentes. que nunca deve ser deixada para trás. Estas só devem ser colocadas depois da limpeza da boca. uma vez que não há qualquer dano ao organismo humano.Higiene Geral    Definições Básicas: Portador: é um indivíduo que carrega um microorganismo causador de algum tipo de infecção sem. Colonização: presença do microorganismo sem causar resposta imunológica. contudo. . apresentar sintomas de infecção. e localizam-se em determinados órgãos até serem eliminados através de uma porta de saída. Os agentes infecciosos penetram no corpo humano através de uma porta de entrada. . cistos. amebas e outros. por exemplo: fórmulas lácteas. vírus da hepatite. . mamadeiras e bicos. a) Via Digestiva: os agentes penetram através da boca. água. ovos de lombrigas. bactérias de diarreia infecciosa. utensílios de cozinha. pelos alimentos. traqueostomia.  b) Via Respiratória: os agentes infecciosos são inalados através do nariz. através do processo de respiração. penetrando no corpo. bactéria da coqueluche e da difteria e outros. Nos procedimentos invasivos: nebulização. entubação e assistência ventilatória. portanto. vírus da gripe. . vírus do sarampo. anestesia gasosa. aspiração traqueal. Exemplos: bacilo da tuberculose (TB). agulhas e instrumentos contaminados pela tricotomia (nos preparos pré operatórios). c) Pele: os agentes infecciosos penetram também devido ao contacto da pele com o solo ou a água que os contenham. . Exemplos: através da picada de insectos.   d) Vias Genital e Urinária: os agentes infecciosos penetram através do aparelho geniturinário. . e) Via ocular: através do contacto de gotículas ou aerossóis infectados com a mucosa ocular. Exemplos: Genital (contacto directo com pessoas contaminadas.) e Urinário (através de procedimentos como cateterismo vesical. etc. irrigações). ex: bactérias da sífilis e da gonorréia. Modos de Transmissão de Infecção  Contacto: ocorre contacto do hospedeiro com a fonte que pode ser:  Indirecto: mãos-material-paciente.  Directo: mãos-paciente.   Aéreo: Maneira de transmissão mais comum em infecções virais. Ocorre pela disseminação de núcleos de gotículas oronasais ressecadas (tosse, espirro) e matérias particuladas (poeira, descamação de pele, pus, etc) que permanecem suspensos no ar por longos períodos. Ex.: rubéola, varicela, sarampo, meningite.  Vectores: Insectos e roedores (ratos) que carregam em suas patas microorganismos. Não existem trabalhos conclusivos que comprovem a ligação da IH com insectos e roedores, mas a associação deste modo de transmissão é relacionada a limpeza hospitalar  Veículo Comum: ocorre a transmissão do agente infeccioso da fonte a vários hospedeiros através de um veículo comum. Ex: alimentos. mãos . fluidos intravenosos e drogas. sangue e hemoderivados. .Limpeza e Desinfeção dos Espaços e Instalações   A Higienização: objectivos e etapas Durante o processo de fabrico de alimentos. corpos estranhos. verifica-se a acumulação dum conjunto de materiais indesejáveis. substâncias químicas do processo. entre os quais restos de alimentos. e microrganismos. as resultantes de contaminação por deficiente manutenção dos equipamentos ou de contaminação ambiental . ou de anomalias no processo. Esta situação pode resultar do processo de produção normal. como por exemplo. como é o caso da adesão de restos de alimentos às superfícies de trabalho. assegurar a eliminação das sujidades visíveis e não visíveis e a destruição de microrganismos patogénicos e de deterioração até níveis que não coloquem em causa a saúde dos consumidores e a qualidade do produto. assim. A higienização deverá. . Higienização = Limpeza (L) + Desinfecção (L+D) . . O processo de limpeza consiste essencialmente na eliminação de restos de alimentos e outras partículas que ficam sobre as superfícies enquanto que a desinfecção consiste na destruição ou remoção dos microrganismos. . etc. química (utilização de detergentes) ou mecânica (bombas de água de alta pressão. escovar.A Limpeza  A Limpeza. tal como referido anteriormente.) sobre uma determinada superfície . Este processo pode ser concretizado através de uma acção física (ex.). etc. consiste essencialmente na eliminação de restos de alimentos e outras partículas.: varrer. Desinfeção  A seguir à limpeza. a desinfecção é reduzir o número de microrganismos remoção ou destruição e para crescimento microbiano durante o produção. usada para viáveis. por prevenir o período de . as quais oferecem condições favoráveis ao crescimento de microrganismos. A desinfecção é especialmente requerida em superfícies húmidas. . Este processo pode ser alcançado mediante a aplicação de agentes ou processos (químicos ou físicos) a uma superfície limpa. desinfecção por radiação e desinfecção química. .Tipos de Desinfecção  Existem essencialmente 3 tipos de desinfecção: desinfecção por calor. . sabão e fricção mecânica. após a retirada do lixo.TIPOS DE LIMPEZA   Numa instituição serão realizadas limpezas e desinfecções de acordo com as necessidades das áreas específicas. a) Limpeza diária: É aquela realizada diariamente utilizando água. organizar a unidade. Secar com pano seco e limpo. . . .retirar o lixo e resíduos em saco plástico. .      Deve-se: .b) Limpeza concorrente: É aquela realizada nas dependências.recolher a roupa suja em saco plástico e encaminhá-la para lavandaria.limpar o banheiro. durante a ocupação dos pacientes. recolher jornais e revistas. .retirar o pó dos móveis com pano húmido. . focos. transferência. etc. sabão e desinfectante. O uso de soluções desinfectantes é restrito ao mobiliário... óbito. macas. paredes e tectos. colchões. mesas auxiliares.Limpeza terminal    É aquela realizada após alta do paciente. verticais e a desinfecção do mobiliário. o seu uso é desnecessário em pisos. Utiliza-se água. Compreende a limpeza de superfícies horizontais.. bancadas. . Falhas dessas indicações implicam graves riscos para os pacientes. assim como para os profissionais que entram em contacto com os artigos e superfícies e para o meio ambiente.Limpeza e Desinfecção dos Equipamentos e Materiais   É fundamental que o profissional responsável pelo reutilização de materiais esteja habilitado a definir criteriosamente a que processo submeter cada tipo de artigo.  Artigos Não Críticos = Artigos que entram em contacto apenas com a pele íntegra. Estes artigos devem ser esterilizados . Podem ser submetidos à desinfecção de baixo nível .Classificação dos equipamentos e Materiais  Artigos Críticos = São os objectos que entram em contacto com o sistema vascular ou com tecidos estéreis.  Artigos Semi-críticos = São aqueles artigos que entram em contacto com membranas mucosas intactas ou com pele lesada. Estes materiais de preferência devem sofrer enxagúe com água estéril e secagem com ar comprimido. A maioria dos artigos de fisioterapia respiratória são classificados como semi-críticos. É recomendado que artigos semi-críticos sejam submetidos à desinfecção de alto nível. . 3Medidas de Promoção de Bem-estar . em Portugal só no momento actual é que a problemática da velhice começa a ganhar relevante impacto social. Para muitos autores. . verificando-se um aumento significativo do número de idosos no conjunto da população total do país. entre eles Paúl e Fonseca (2005). na medida em que nos estamos a deparar com fortes baixas de natalidade e de mortalidade. . quer o bem-estar psicológico.  Esta problemática coloca questões específicas que influenciam. a nível das condições de vida dos idosos na actualidade. A institucionalização tem um impacte na qualidade de vida das pessoas dado que provoca alterações nas rotinas diárias (higiene e alimentação e outros) e pode comprometer alguns aspectos relevantes da vida tais como a prática de actividades lúdicas e de lazer. quer o bem-estar físico. de forma a alcançar um bem-estar biopsicossocial do idoso. sensorial e socio emocional. sobre cada um destes aspectos. resultando na melhoria da qualidade de vida. sendo por demais importante a sua manutenção à medida que a idade avança. Conhecer o impacte da institucionalização. .  Estas promovem a estimulação física. possibilita planear e implementar acções e direccionar estratégias no suporte social que levam a prevenção e promoção da saúde. obtenção de cura ou alívio dos sintomas bem como. tanto a nível da prevenção de doenças. tendo em vista o resultado da doença e o tratamento . o prolongamento da vida humana o que tem ganho grande importância na pesquisa clínica.QUALIDADE DE VIDA  A qualidade de vida tornou-se um objectivo prioritário dos cuidados de saúde. doença e terapêutica. .DEFINIÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA COM A SAÚDE  A qualidade de vida relacionada com a Saúde é uma parte da qualidade de vida geral do indivíduo. e pode ser definida como constituída pelos componentes da qualidade de vida de um indivíduo relacionada com a saúde. .aspectos sociais. . .aspectos laborais.Devem ser incluídos os seguintes aspectos        sintomas produzidos pela doença ou tratamento. . .aspectos psicológicos.funcionalidade física.económicos. .aspectos familiares. . descontaminação de superfícies e de instrumentos incorrectos e manuseio do lixo sem protecção adequada. O aparecimento de infecções no ambiente institucional pode estar relacionado ao uso de técnicas de limpezas inadequadas. segurança e conforto dos profissionais. pacientes e familiares. .Limpeza e desinfecção individual e colectiva   higiene e a ordem são elementos que concorrem decisivamente para a sensação de bem-estar.  Devido ao uso incorrecto das práticas e rotinas de trabalho se faz necessário estabelecer o aperfeiçoamento de técnicas eficazes de controle e prevenção as infecções hospitalares que vão gerar garantias de protecção ao trabalhador durante a execução de suas tarefas . antes da alimentação.Os cuidadores de instituições de apoio ao idoso devem:     Manter perfeita higiene pessoal (banho diário. Usar equipamento de protecção individual (EPI) quando recomendado. penteados e presos. . unhas limpas e aparadas). Usar uniforme limpo. Lavar as mãos com água e sabão após o uso do sanitário. cabelos limpos. ao iniciar e terminar as actividades. .  Friccionar as mãos com sabão durante 15 segundos.Lavagem das mãos Técnica de Lavagem Correta das Mãos:        Abrir a torneira.  Fechar a torneira com o papel toalha já utilizado.  Molhar as mãos e aplicar o sabão de preferência líquido.  Enxugar as mãos com papel toalha.  Enxaguar as mãos. . pulseiras e relógios.  Lavar todas as superfícies.   Retirar anéis. a região palmar. entre os dedos e ao redor das unhas.   Para completar: lavar os antebraços. o dorso. .   Secar com papel toalha. .Prevenção das úlceras de pressão  As úlceras de pressão são feridas que resultam da irritação da pele e em consequência da falta de irrigação sanguínea nesse local. conduzindo à morte dos tecidos.  As úlceras pressão podem ocorrer por um excesso de pressão ou fricção numa determinada região da pele contra uma saliência óssea. . podendo muitas vezes encontrar-se dissimuladas por baixo de calosidades. . Geralmente começa por ser apenas um ponto vermelho na pele que não reverte com o alívio da pressão ou então uma pequena “bolha” de água que evoluem rapidamente para feridas graves. se não se actuar desde cedo. Locais onde é mais frequente surgirem úlceras de pressão: . Se a pessoa não tem controle da urina e fezes e tem dificuldades para ter uma boa alimentação o problema pode se agravar no entanto certas medidas podem ser usadas para diminuir o problema: .  Pessoas que não conseguem se movimentar e ficam acamadas ou sentadas por muito tempo na mesma posição podem apresentar feridas conhecidas por úlcera de pressão. Evite água quente e use um sabão suave para não causar irritação ou ressecamento da pele. A pele seca deve ser tratada com cremes hidratantes de uso comum. .  1. 2. manchas roxas ou bolhas pois isto indica o início da escara e a massagem vai causar mais danos. Evite massagens nas regiões de proeminências ósseas se observar avermelhamento. A pele deverá ser limpa no momento que se sujar.  3. . Se a pessoa não tem controle da urina use fraldas descartáveis ou absorventes e troque a roupa assim que possível. O uso de pomadas como oxido de zinco também ajuda a formar uma barreira contra a humidade. O uso de um posicionamento adequado e uso de técnicas corretas para transferência da cama para cadeira e mudança de decúbito podem diminuir as feridas causadas por fricção. A pessoa nunca deve ser arrastada contra o colchão. 4. . . 5. As pessoas que não estão se alimentando bem precisam receber uma complementação alimentar para que não fique com deficiências que podem levar a pele a ficar mais frágil. Os calcanhares devem ser mantidos levantados da cama usando um travesseiro. Travesseiros ou almofadas de espuma devem ser usadas para manter as proeminências ósseas (como os joelhos) longe de contacto directo um com o outro. A mudança de posição ou decúbito deve ser feita pelo menos a cada duas horas. 7. .  6. . Quando a pessoa ficar na posição lateral devese evitar a posição directamente sobre o fémur. o que leva ao desenvolvimento da úlcera de pressão.  8. A cabeceira da cama não deve ficar muito tempo na posição elevada para não aumentar a pressão nas nádegas. 9. Se a pessoa ficar sentada em cadeira de rodas ou poltrona use uma almofada de ar.  10. 11. ou o forro da cama para movimentar (ao invés de puxar ou arrastar). . água ou gel mas nunca use aquelas almofadas que tem um orifício no meio (roda d´água) pois elas favorecem o aumento da pressão e a presença da ferida. Use aparelhos como o trapézio. Use um colchão especial que reduz a pressão como colchão de ar ou colchão d’água. Evite que a pessoa fique sentada ininterruptamente em qualquer cadeira ou cadeira de rodas. Os indivíduos que são capazes. devem ser ensinados a levantar o seu peso a cada quinze minutos. 13.  12. .   14. Diariamente deve-se examinar a pele da pessoa que pode ter escaras para observar. álcool. 15. . mertiolate. mercúrio cromo . Para tratamento da úlcera é preciso uma avaliação do profissional do estágio da ferida porém em todos os casos lave somente com soro fisiológico ou água. iodo (povidine). não use sabão. sabonete. declínio funcional e muitas vezes a morte. ocorrem maioritariamente em casa e são responsáveis por 70% das mortes acidentais . . como traumatismos de tecidos moles e fracturas ósseas. As quedas nos idosos podem provocar uma série de danos físicos.Prevenção do risco de acidentes   As quedas são a principal causa de acidentes nos idosos. podendo existir factores de risco inerentes a cada um. .Principais causas de quedas dos idosos em casa  Atualmente compreende-se a etiologia dos acidentes como as interacções entre o Homem e o Ambiente. degraus. que muitas vezes sobrestimam as suas capacidades acrescendo o risco de queda. que se referem ao próprio ambiente casa/instituição. doenças crónico-degenerativas e comportamentos adoptados pelos idosos. como móveis. tapetes.  Existem factores extrínsecos. corrimões mal colocados e. Os factores de risco intrínsecos ao idoso incluem aspectos relacionados com o envelhecimento. os pisos lisos e escorregadios. ainda. . deve-se adaptar ao meio às próprias incapacidades que o envelhecimento acarreta. Ou seja. isto para que alguns riscos sejam diminuídos consideravelmente. nomeadamente as incapacidades de locomoção. . É normalmente acompanhado por uma série de modificações nos diferentes sistemas do organismo. comprometendo a saúde e a qualidade de vida do idoso. .Prevenção do isolamento e imobilismo da pessoa idosa  Pode surgir uma diminuição da capacidade funcional. Podemos então considerar as seguintes modificações. a onde pode provocar o isolamento e o imobilismo:   Alterações das amplitudes articulares  Diminuição da força muscular  Alterações da coordenação  Défices no equilíbrio  Dores generalizadas  Diminuição acuidade visual e auditiva  Alteração de humor . ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL . . A actividade física regular é altamente benéfica para redução da imobilidade no idoso. Proporciona uma melhor qualidade de vida influenciando de modo positivo as actividades da vida diária.  Uma das medidas para fazer face ao imobilismo e ao isolamento é a actividade física e/ou o exercício físico. assim como. outras intervenções lúdicas. pois contribui para a sua maior autonomia e independência. . água fervente ou vapor.Utilização de meios de primeiros socorros Queimaduras   Por contacto com fogo. objectos quentes. se necessário. evitar que a pessoa corra. .O cuidador DEVE:      a. ou fazê-la rolar no chão. cobrir o ferimento com compressas de gaze. b. e. se as roupas estiverem em chamas. colocar a pessoa no chão. dar bastante líquido para a pessoa ingerir se estiver consciente. manter a região queimada mais elevada do que o resto do corpo. para diminuir o inchaço. • c. tapete ou casaco. cobrindo-a com cobertor. d. secar o local delicadamente com um pano limpo ou chumaços de gaze. nunca furar as bolhas. d. usar manteiga. creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura. e. pomada. . cobrir a queimadura com algodão. Se necessários recorte em volta da roupa que esta sobre a região afectada. c. tentar retirar pedaços de roupa grudados na pele. usar gelo ou água gelada para resfriar a região. f. tocar a área afectada com as mãos. b.O cuidador NÃO DEVE:       a.    a. retirar as roupas da vítima tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos.Contacto com substâncias químicas. procurar ajuda médica imediata. c. lavar o local com água corrente por 10 minutos. . enxugar delicadamente e cobrir com curativo limpo e seco. b. não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos.Corpo estranho nos Olhos      a. se o objecto estiver dentro do olho. sem apertar. c. . b. pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de água morna no olho atingido. d. não tente retirá-lo. e. cubra os 2 olhos. cubra os 2 olhos com compressas de gaze. se isso não resolver. c.Corpo estranho na Deglutição     a. nunca tente puxar os objectos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior. é sinal de que o objecto está obstruindo as vias respiratórias. b. deixe a pessoa tossir com força. o que significa que há asfixia. este é o recurso mais eficiente quando não há asfixia. se a pessoa não consegue tossir com força. falar ou chorar. . d. fique de pé. a cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito. contra o abdome da vítima.Quando existe asfixia:     deve posicionar-se de pé. . se o paciente continuar asfixiado. com seus braços ao redor da cintura da pessoa. atrás. repita. ao lado e ligeiramente atrás da vítima. 4 vezes numa sequência rápida. dê 4 pancadas fortes no meio das costas. ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite das costelas. em seguida. se necessário. a sua outra mão deve ser colocada sobre o peito do paciente. coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro. agarre firmemente seu pulso com a outra mão e exerça um rápido puxão para cima. rapidamente com a mão fechada. Envenenamento  Você pode provocar vómitos:  se a vítima estiver consciente;  apenas nos casos de ingestão de medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas. Você NÃO deve provocar vómitos: se a vítima estiver inconsciente;  se a substância ingerida for corrosiva ou derivada de petróleo como removedor, gasolina, querosene, polidores, ceras, graxas, soda cáustica, água sanitária, etc. Observação: a indução ao vómito é feita através da ingestão de uma colher de sopa de óleo de cozinha e um copo de água, ou estimulando a garganta com o dedo.  salivação excessiva. enrijamento da mandíbula. . c. pode ocorrer relaxamento dos esfíncteres com perda de urina e fezes. travando os dentes. b. perda súbita de consciência.Convulsões        O cuidador deve observar os seguintes sinais: a. pode apresentar cianose dos lábios e extremidades devido à dificuldade de respiração f. d. e. movimentação brusca e involuntária dos músculos. • proteger a cabeça. . como óculos. deixando-a agitar-se à vontade. como fogo. pedras etc. gargantilhas. retirar objectos pessoais e aqueles que estiverem ao seu redor que possam feri-la.   Afastar a vítima de lugar que ofereça perigo. piscina etc. colocando uma trouxinha de pano (não forçar se os dentes estiverem travados). .     proteger a língua. se necessário. Observação:. Não se deve deitar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise. retirar próteses quando houver. afrouxar as roupas. procurar socorro médico. observar a respiração durante e após a crise convulsiva. . perguntando se está tudo bem. e depois mover lateralmente os dedos. c. b. e manchas arroxeadas em todo o corpo. Tentar palpar pulso em artérias. Observar ainda se unhas e lábios estão roxos. d. pupilas dilatadas e fixas. também conhecida como maça-de-adão. principalmente as carótidas.Paragem Cardiorrespiratória     a. até conseguir palpar o pulso carotidiano). que se situam ao lado da traqueia no pescoço (localizar inicialmente a cartilagem tireóide. Observar se o paciente está consciente. olhando para o peito se há ou não movimento do tórax. . Observar a ausência de movimentos respiratórios. imediatamente. as 3 etapas do Suporte Básico de Vida: . pois o cérebro suporta somente até 4 minutos sem oxigenação adequada. você deve colocar a vítima de costas em local plano e duro (no chão. Inicialmente.O que fazer quando uma pessoa está em parada cardíaca?   Deve-se proceder às manobras iniciais de ressuscitação cardíaca denominadas de Suporte Básico de Vida. enquanto providencia a equipe de Resgate. por exemplo) e iniciar. Lembre-se que você deve agir rapidamente. .    1. coloque uma mão no queixo e outra na testa da vítima. ajoelhe-se próximo à cabeça da vítima. Abertura de vias aéreas a primeira manobra a ser executada no suporte básico de vida. estendendo a cabeça. acidentes). choque eléctrico. sem a extensão da cabeça.durante todo o procedimento.    nos pacientes com suspeita de traumatismo da coluna cervical (vítima de afogamento. esta manobra não deverá ser executada pelo risco de lesão da medula espinhal.realizada apenas a abertura da boca. . . Nesta situação: . uma mão deverá ficar situada sempre no queixo para manter as vias aéreas livres. junto ao tórax do paciente. deverá ser iniciada a massagem cardíaca externa: você deverá estar situado de joelhos. sem deixar escapar o ar. .Caso não seja palpado pulso carotidiano. Ventilação      .Sopre o ar dentro da boca da vítima. .2. .Inspire profundamente e coloque a “boquilha” na boca da vitima.Use o polegar e o indicador da mão que estava sobre a testa para fechar o nariz da vítima e impedir que o ar escape. . uma das mãos é posicionada sobre o esterno e a outra sobre esta. acima deste ponto. . neste local. A compressão do esterno é ocasionada pelo peso do movimento do tórax do socorrista. são colocados dois dedos transversos e. o cuidador. até encontrar o esterno (osso central do tórax). deverá produzir uma depressão do esterno. os dedos não deverão estar em contacto com o tórax.  o local correto da aplicação da massagem cardíaca externa é encontrado palpando-se o encontro das ultimas costelas no centro do peito. com os braços estendidos. . Adequação de ementas / Distribuição e fornecimento das refeições / Acompanhamento de refeições .  A nutrição. a saúde e o envelhecimento estão relacionados entre si. . por isso o envelhecimento saudável está relacionado à manutenção de um estado nutricional adequado e à alimentação equilibrada . principalmente para quem já se encontra em idade mais avançada. evitando riscos de acidentes e danos à saúde. ao mesmo tempo. . Planejar as refeições e utilizar medidas corretas durante o preparo dos alimentos pode contribuir para a satisfação com a alimentação. permite atender aos princípios de uma alimentação saudável. e. .Cuidados na compra dos alimentos No momento da compra.  • Que apresentem características próprias nos aspectos de aparência. como cristais de gelo ou água dentro da embalagem (para produtos congelados).  • Com embalagens não danificadas.  • Que estejam dentro do prazo de validade.  • Sem sinais de degelo. cheiro e textura. cor. devese escolher aqueles:  • De procedência segura. ao observar os produtos. • Conhecer melhor a composição nutricional dos produtos. • Fazer a melhor escolha de acordo com orçamento disponível . • Comparar produtos similares. • Obter informação quanto à forma de conservação. Estar atento às outras informações do rótulo do alimento é também um procedimento indicado para: • Identificar produtos específicos para este grupo populacional. de diferentes marcas. • Identificar os seus ingredientes. • Preparar o alimento adequadamente. • Utilizar os serviços de atendimento ao consumidor – SAC. •Aprender novas receitas. como os decorativos. incluindo a superfície de trabalho. . os utensílios que serão utilizados e os equipamentos.Cuidados no preparo das refeições  O ambiente onde as refeições são preparadas precisa estar limpo. A área de preparo deve estar livre de objectos desnecessários. . pode garantir espaço adequado para o manuseio dos alimentos. nesse momento. diminuir esforço físico e mental e evitar acidentes. A organização. remover as gorduras visíveis das carnes e usar óleos vegetais para cozinhar os alimentos.   Ao preparar as refeições. • Não abusar da adição de açúcar. algumas medidas especiais são necessárias para atender aos princípios de uma alimentação saudável: • Dar preferência a alimentos menos gordurosos. optar por leite e derivados com menor teor de gordura. . sal e pimenta. nem do uso de enlatados. embutidos e doces. assar e grelhar. legumes. . e a forma de prepará-los (cozinhar. verduras e carnes). incluindo alimentos regionais e de safra. o que poderia levar à perda de nutrientes. usar diferentes cortes para frutas. É importante também não acrescentar muita água ao cozimento e evitar que os alimentos permaneçam cozinhando por muito tempo.  • Variar os alimentos que compõem o cardápio. nas saladas. por exemplo. legumes e verduras) devem ser utilizados no cardápio. . combinando esses itens. bolos. por meio de uma alimentação acessível e segura. Utilizar receitas que favoreçam o consumo de frutas. Planejar as refeições do dia de modo a favorecer o fornecimento adequado de nutrientes ao corpo. etc. Outros alimentos ricos em fibras (frutas.). legumes e verduras. manter o peso saudável.   Incentivar preparações com cereais integrais ou o uso de produtos feitos com farinha integral (pães. o tamanho dos alimentos e a quantidade que é levada à boca devem ser adaptados ao grau de limitação apresentado. a forma de preparo. a consistência. a textura. Quando a pessoa idosa apresentar limitações para mastigar e engolir. . ralar. evitando a recusa da refeição e complicações como engasgo. . moer. Nesses casos. aspiração ou asfixia durante a ingestão dos alimentos. picar em pedaços menores podem ser alternativas viáveis para facilitar o planeamento das refeições e o consumo. . A maioria dessas medidas não requer investimento financeiro.Medidas associadas ao consumo das refeições  A atenção a essas medidas visa deixar a pessoa idosa mais disposta para alimentar-se com prazer. depende mais da disposição das pessoas em realizar algumas mudanças que podem fazer a diferença para toda a família ou para os moradores de uma instituição de longa permanência. utensílios de mesa e de cozinha. elementos de decoração. Por exemplo: optimizar os recursos existentes como móveis. dentro de um planeamento adequado da alimentação para a pessoa idosa. . cadeira com dois braços.O ambiente onde a refeição é consumida deve:      • Estar limpo. • Apresentar boa luminosidade. sendo a altura da mesa compatível com a altura das cadeiras e da pessoa idosa. • Ter mobiliário resistente e adequado: mesa com cantos arredondados. . • Ter espaço livre para a circulação das pessoas. de preferência. • Ser arejado. lanche da tarde e ceia (lanche nocturno leve). Esta distribuição estimula o funcionamento do intestino e evita que se coma fora de hora. almoço e jantar. intercaladas com dois ou três pequenos lanches: colação (lanche leve pela manhã).Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições:   Durante o dia. . três refeições básicas devem ser feitas: desjejum. considerando que sua digestão é mais lenta. O ajuste dos horários de refeição contribui para garantir o fornecimento de nutrientes e energia. maior conforto e apetite para a pessoa idosa. . com intervalos para atender às peculiaridades da fisiologia digestiva da pessoa idosa.  É importante estabelecer horários regulares para as refeições. Essa montagem deve ser adaptada na medida em que forem detectadas limitações que dificultam a autonomia da pessoa idosa.Orientações para auxiliar a autonomia da Pessoa Idosa   Na montagem da mesa da refeição deve-se evitar o excesso de estímulo visual para não desviar a orientação e a percepção visual da pessoa idosa de sua alimentação. de forma a incentivar o seu convívio à mesa. . facilitando a sua participação activa no ato de alimentar-se. prato e toalha de mesa. conferindo-lhe maior autonomia no ato de comer . a pessoa idosa terá mais facilidade para identificar esses utensílios. pois quando há contraste de cor entre talheres. . Promover o contraste. Geriatria Práticas Profissionais Observação participativa do quotidiano  A observação participante. que muitas vezes é também designada por trabalho de campo. . caracteriza-se pela inserção do observador no grupo observado . como uma participação mais profunda e mais integrada. A observação participativa acaba por ser os registos feitos diariamente aquando um cuidado prestado à pessoa idosa. . A observação-participação tanto pode ser uma participação distanciada e ligeira.        Os registos do cuidador têm como finalidade descrever a situação de um utente e quais os cuidados que lhe foram prestados. nomeadamente:  Os problemas solucionados pela equipa de enfermagem.  Comportamentos específicos do utente. .  Quais as intervenções que foram prestadas ao utente.  As observações do cuidador.  As repostas dos utentes a intervenções. Os registo escritos que indicam o trabalho efectuado. presente e futura. . sem grande medida. deste factor: os registos do cuidador. são fundamentais na qualidade de assistência ao utente. muitas vezes esquecidos. Devemos ter presente que: A qualidade de vida do utente. depende. Importância dos registos por parte do cuidador   Em contexto institucional os registos são importantes não apenas por uma mas por várias razões em conjunto. . independentemente do local onde o utente foi assistido. Importância dos registos do cuidador na qualidade dos cuidados prestados:  Contribuem para proporcionar conhecimento sobre anteriores intervenções de outros cuidadores. Fundamenta decisões e intervenções do cuidador. Individualiza os cuidados .. após hora/dia ou semana/mês.. Auxilia a compreender a conduta do utente. Obter uma visão da evolução física e mental do utente.     Ajuda no estabelecimento do diagnóstico médico e de enfermagem aquando uma patologia ou circunstância súbita.  Avalia os cuidados e o consequente impacto na evolução do paciente através da comparação dos registos sequenciais.  Determina as responsabilidades – porque permite avaliar a qualidade dos cuidados prestad .    Assegura a continuidade dos cuidados e a identificação das necessidades do utente.  Registar observações tendo sempre por base a isenção de julgamentos ou conclusões sem bases concretas. visto ser mais legível em fotocópias ou microfilme. escrever com caneta de tinta preta. e se a instituição não emitir directrizes em contrário. .  Registar as ocorrências por ordem cronológica.Como elaborar registos     Escrever sempre com letra legível. todos os registos inerentes a esse facto.  Registar a medicação que se administrou e. se não administrou.      Escrever todas as informações de forma precisa. concisa e clara.  Após a admissão devemos fazer. logo que possível. justificando qual o motivo.  Devemos evitar o uso de abreviaturas que não sejam compreensíveis quer pelos outros enfermeiros quer pelos outros profissionais de saúde.  Devem constar a data e hora de todas as observações. . .  Registar claramente qualquer ocorrência adversa ou medidas tomadas pelo cuidador e respectiva resposta do utente.  Registar todos os tratamentos e sempre que e sempre que se preste assistência aos doentes.    Nunca escrever antecipadamente. nem deixar registos importantes para o final do turno. . e como meio de comunicação que são apresentam os conhecimentos pertinentes através de uma forma lógica e explícita que permitem avaliar a qualidade dos cuidados prestados.Análise e compreensão das situações observadas  Os registos fornecem um leque de dados preciosos para a continuidade do processo.       Existem dez finalidades essenciais dos registos para a compreensão das situações observadas:  Comunicar.  Colher dados.  Determinar responsabilidades. .  Integrar diversos aspectos do utente.  Individualizar os cuidados.  Avaliar o utente para novas intervenções / modificações de cuidados.     Assegurar a continuidade dos cuidados. Para que a intervenção não sofra quebras na sua qualidade com o passar dos turnos e dos dias é imperioso que o cuidador desenvolva um sistema de registos que contemple todas as fases do seu processo de atendimento ao utente e família .  Permitir uma protecção legal. Referências Bibliográficas     Berger. Velhice e envelhecimento: da antiguidade aos nossos dias. pp. G. MAILLOUX-POIRIER.30-33. 11-19. ISBN 972-95399-8-7. Louise.Biblioteca Médica (Edição online para a familia). p. Danielle – Pessoas idosas: uma abordagem global: processo de enfermagem por necessidades Lisboa: Lusodidacta. Consultado a 20 de Outubro de 2012. (2000). Janeiro). In Berger. L. Cidade Solidária. 1995. Zimerman. Velhice: aspectos biopsicossociais. Jerónimo. Louise (1995) – Cuidados de enfermagem em gerontologia. São Paulo: ARTMED. (2008. . Manual Merk .
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