NBR 13208

OUT 1994NBR 13208 Estacas - Ensaio de carregamento dinâmico ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas Sede: Rio de Janeiro Av. 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O dispositivo deve ser posicionado de tal forma que o impacto seja aplicado centrada e axialmente ao topo da estaca. 3.2 Dispositivo para obtenção das respostas dinâmicas Para obtenção das respostas dinâmicas, podem ser utilizados transdutores ou dispositivos que forneçam valores de deformação, de aceleração ou de deslocamento, em função do tempo e numa seção transversal específica da estaca, conforme 3.2.1 a 3.2.3. 3.2.1 Transdutor de deformação ou de força 3.2.1.1 As medidas de deformação podem ser convertidas em força, considerando-se a área da seção transversal e o módulo de elasticidade dinâmico do material da estaca, na posição da instrumentação. O valor do módulo de elasticidade dinâmico (E) pode ser calculado através da seguinte expressão: E = ρ . c2 Onde: ρ = massa específica do material que compõe a estaca c = velocidade de propagação da onda do material da estaca. estes devem ser submetidos a novas aferições ou substituídos. A utilização do procedimento de aplicação de golpes com energias crescentes.3 Equipamentos para aquisição.2. obtidos por meio de instrumentação dinâmica. registro e tratamento de dados Os equipamentos utilizados para aquisição. aos pares. de forma a detectar e compensar os efeitos de momento fletor. decorrido um período suficiente para a ocorrência de toda a variação de resistência do solo afetada pelo processo de cravação. até 1000 g e 7500 Hz no caso de estacas de concreto. 4. 4 Execução do ensaio 4. 4.3 Estes transdutores devem ser calibrados para uma exatidão de ± 2% na faixa de valores a serem medidos.2.5 ms para o tempo.NBR 13208/1994 2 3. Nota: Os dispositivos para obtenção das respostas dinâmicas. exceto se utilizados os dispositivos para medida direta de força citados em 3.2 Preparação da estaca O topo da estaca deve estar suficientemente plano e perpendicular ao seu eixo. A impedância da estaca (Z) é definida pela equação: Z = EA c Onde: E = módulo de elasticidade dinâmico do material da estaca 4.1. devem ser feitos também registros da correspondência entre os golpes e as respectivas penetrações da estaca.5. 4. como troca de coxim. com exceção da estaca de aço que apresenta pequena variação deste valor. integrando-se o seu sinal num equipamento adequado.2. no mínimo quatro. sem afetar suas características de funcionamento.1 Generalidades Todos os dados relativos à estaca. 3. ao solo.1. É desejável que estes equipamentos possuam um sistema de autodiagnóstico para verificação da calibração interna das variáveis utilizadas.2 Os transdutores devem ser instalados numa mesma seção transversal. 4.1 Os transdutores.4 A fixação dos transdutores deve ser feita de modo a impedir o deslocamento destes em relação à estaca durante o golpe.2 A capacidade de carga deve ser estimada a partir de um ou dois golpes no início da recravação. no mínimo. a instrumentação deve ser realizada durante uma recravação da estaca.2. Nota: g = aceleração da gravidade 3. e demais dados de relevância. para uma exatidão de 1 mm para o deslocamento e de 0.5. 4.1 Para melhor avaliação da capacidade de carga. desde que comprovadamente não ocorram fenômenos tais como relaxação ou outros que possam prejudicar a interpretação. Para as estacas que vão ser cravadas. e caso isto se deva aos instrumentos. Estes acelerômetros devem ser lineares.6 Determinação da velocidade de propagação da onda O valor da velocidade de propagação da onda deve ser determinado por métodos adequados para cada estaca ensaiada. registro e tratamento dos sinais obtidos por meio de instrumentação devem ser adequados ao uso e às condições a que são submetidos. à instrumentação (com as respectivas calibrações) e aos equipamentos de cravação utilizados devem ser devidamente registrados. Não se verificando uma concordância satisfatória.3.3.4 Medições durante a cravação ou recravação Além da medição de diversos parâmetros de interesse. em posições diametralmente opostas em relação ao eixo. 4. devendo os desvios não exceder a 2% dos valores de calibração esperados. devem ser instala- dos a uma distância mínima de dois diâmetros do topo da estaca.3.7 Verificação da qualidade dos dados Nos equipamentos que registram sinais de força e velocidade. a qualidade dos sinais obtidos pode ser verificada pela proporcionalidade entre as curvas de força e do produto da velocidade e impedância da estaca no momento do impacto. bem como os equipamentos para análise. 4. é possível.3.5 Avaliação da capacidade de carga 4. Transdutores de velocidade ou de deslocamento podem ser utilizados para obtenção direta destas variáveis. 4. utilizando energia igual ou ligeiramente superior àquela utilizada ao final da cravação. no mínimo. entre outros. e. registro e tratamento de dados devem ser utilizados seguindo procedimentos atualizados que atendam às recomendações de projeto.2 Transdutor de aceleração.3 Dispositivo para registro de deslocamento Este dispositivo deve possibilitar o registro contínuo de deslocamento de uma seção transversal da estaca em função do tempo. deve ser investigada a sua causa. de velocidade ou de deslocamento As medidas de velocidade podem ser obtidas através de acelerômetros. lembrando-se que o uso destes pode alterar as características do sistema de cravação.2.2 Os dispositivos para medida direta de força também podem ser utilizados entre o topo da estaca e o martelo de cravação. além da altura de queda do martelo naqueles instantes. valores da resistência à penetração ou de repique. 3.1. até 5000 g no caso de estacas de aço. a partir de um nível de energia inferior ao da cravação.3 Os dispositivos devem ter resposta linear em toda a faixa de deformação ou de força a ser medida. A = área da seção transversal do material da estaca c = velocidade de propagação da onda . recomenda-se pintar uma seqüência de faixas com espaçamentos constantes com a finalidade de elaborar-se o diagrama de cravação. 3. 4. bem como não conter materiais de qualidade inferior ao restante da estaca.3 Instalação de transdutores 4. f) descrição detalhada do prolongador.8. conforme NBR 12131. a) identificação do projeto. bem como dos processos de fabricação das estacas de concreto. avaliação da capacidade de carga da estaca e respectiva curva de transferência de carga no momento do ensaio. verificação da integridade da estaca. j) substituição do capacete ou do coxim.1 a 5. do tipo “CAPWAP”. b) volume de concreto utilizado em estacas moldadas no local. devem ser devidamente registrados para permitir eventual análise posterior. Os resultados devem ser apresentados em relatório oficial do executor no qual devem constar. h) descrição de pinturas asfálticas ou similar.5 Ensaio dinâmico: a) descrição e dados de calibração de todos os instrumentos e equipamentos utilizados. Particularmente. m) anotação de qualquer ocorrência anormal. Estas análises podem incluir máxima energia transferida. g) descrição de reforços ou adaptações no topo e na ponta. b) método numérico. os resultados obtidos por método simplificado. para avaliação da capacidade de carga. i) resistência à penetração na recravação.3 Estaca ensaiada: a) identificação e locação da(s) estaca(s) ensaiada(s). d) módulo de elasticidade. resistência à penetração e repique. g) descrição do equipamento de pré-furo. c) identificação da estaca ensaiada.4 Execução da estaca: a) data da cravação ou da execução. do tipo “CASE”. h) descrição detalhada de algum arranjo especial utilizado para aplicação da força de impacto. 5.8. g) resistência à penetração ao final da cravação. 4. d) especificações do material da(s) estaca(s).3 Os resultados dos métodos simplificados. 5 Resultados i) resultados de ensaios de resistência do concreto. c) fornecedor da estaca. . c) energia nominal do martelo. e) planta de locação das estacas e das sondagens.1 Os diversos dados obtidos através da instrumentação dinâmica. para cada lote de estacas de mesmas características na obra. apenas permitem avaliar uma faixa de valores da capacidade de carga. devem ser aferidos por pelo menos uma análise do tipo “CAPWAP” ou por uma prova de carga estática.2 Os procedimentos de análise a serem utilizados para e) características geométricas da(s) estaca(s). 5.5. a) massa do martelo. d) condições e operação do martelo. d) tipo. as informações prescritas em 5. no caso de estaca(s) de madeira. 4. dimensão e rigidez do cepo e coxim. têmse os seguintes métodos: f) características completas da qualidade e resistência. além de outros dados como diagrama de cravação. Para uma avaliação mais precisa e confiável da capacidade de carga.3 NBR 13208/1994 4. c) tipo de estaca(s). b) altura de queda nominal. pelo menos. d) sondagem mais próxima. densidade e velocidade de propagação de onda na estaca e a forma de sua determinação. 5. a) método simplificado .2 Equipamentos de cravação da estaca: l) causa e período de eventual interrupção da operação.1 Dados gerais: e) tipo e posição das emendas da estaca.8.8 Registro e análise de dados 4. j) descrição de eventuais reforços internos. f) diagrama de cravação. b) carga de trabalho da(s) estaca(s). interpretação destes dados devem ser aqueles reconhecidamente consagrados em nível nacional e/ou internacional. b) locação do ensaio. c) pressão de injeção de nata utilizada. 5. desde que atendidas as condições específicas para as quais foram concebidos. 5. e) peso e dimensão do capacete. b) data do ensaio. h) altura de queda aplicada no golpe pelo martelo. f) resistência à penetração durante o ensaio dinâmico. l) representação gráfica dos sinais obtidos. com indicação das escalas utilizadas. principalmente em se tratando de estacas de concreto. i) parâmetros utilizados na análise. h) discriminação do modelo do método numérico utilizado nas análises. bem como a máxima energia transferida (eficiência do sistema de cravação) dos golpes analisados. j) comentários sobre a integridade da estaca. Valor máximo de força de tração. g) valores máximos de força de compressão e do deslocamento. nos golpes analisados. bem como a distância do ponto de instalação do instrumento até a ponta da estaca. . principalmente daqueles nos quais se baseou a determinação da capacidade de carga ou se observou alguma anomalia.NBR 13208/1994 4 e) comprimento total e cravado da estaca.