PUC GOIÁSAEROPORTO DO SUDOESTE GOIANO: TERMINAL DE PASSAGEIROS GOIÂNIA- GO 2009/02 AEROPORTO DO SUDOESTE GOIANO: TERMINAL DE PASSAGEIROS Projeto de pesquisa apresentado para fins de avaliação na Disciplina TFG II (Trabalho Final de Graduação II), para efeito de conclusão de estudos do ramo de projetos do 10° período do Curso de Arquitetura do Departamento de Artes e Arquitetura Escola Prof. Edgar A. Graeff, da PUC Goiás. ORIENTADORA: LUCIA MORAES ACADÊMICA: JULIANE CALVET DE MORAIS 2 GOIÂNIA- GO Novembro/2009 SUM ÄRIO 1.0 – INTRODU ÇÃO 1.1 – Apresentação 2.0 PROPOSTA CONCEITUAL 2.1 – Carrasco International Airport – Montivideo, Uruguai 2.2 2.3 2.4 2.5 – – – – Terminal de Passageiros de Stuttgart - Alemanha Terminal de Passageiros Brigadeiro Lysias Rodrigues - Palmas Estudos do Terminal de Passageiros para Barreirinhas - Maranhão Aeroporto Estação Ferroviária – Lyon França 3.0 - DEFINI ÇÕES 3.1 – Aeroporto 3.2 – Terminal de Passageiros 4.0 - AN ÁLISE GERAL DO TERMINAL DE PASSAGEIROS 4.1 – Concepção geral do Terminal de Passageiros 4.2 – Sistema da Estrutura dos Terminais de Passageiros 5.0 - ASPECTOS OPERACIONAIS E AMBIENTAIS 5.1 – Implantação dos Aeroportos 5.2 – Plano Diretor Aeroportuário 5.3 – Estudo de Impacto Ambiental 6.0 - A REGI ÃO DE ESCOLHA PARA O PROJETO 6.1 – Caracterização da Região 6.2 – A Acessibilidade e o Sítio 6.3- A Demanda de Passageiros 7.0 7.1 7.2 7.3 7.4 – – O AEROPORTO DO SUDOESTE GOIANO: TERMINAL DE PASSAGEIROS O Planejamento O Programa de Necessidades Setorização e Fluxograma do Terminal Atividades 8.0 – O PROJETO 8.1 – Partido Arquitetônico 8.2 – Memorial Descritivo 3 9.0 - BIBLIOGRAFIA 10.0 – ANEXOS 1.0 _ INTRODUÇÃO A produção de pesquisas e de estudos sobre arquitetura que consideram as necessidades dos ambientes do transporte aéreo, sempre foi uma intensa reivindicação na história da arquitetura brasileira. Embora esta deficiência seja muito evidente também em outros países, no Brasil a produção projetual dos terminais de passageiros apresentam importantes exemplos. Historicamente, o transporte de passageiros vem se configurando como principal atividade das empresas aéreas, sendo, também, o principal agente gerador de demanda por serviços e infra- estrutura aeroportuária. Uma gestão aeroportuária eficiente deve contemplar não só as questões operacionais, mas também os aspectos comerciais que garantem a obtenção de resultados financeiros adequados, o controle da ocupação do entorno do aeroporto e o gerenciamento dos aspectos ambientais. O presente trabalho tem como objeto de estudo, a análise teórica da composição da infra- estrutura dos aeroportos. Tal trabalho foi desenvolvido como uma pesquisa direcionada ao Trabalho de Graduação II (TFG II), para efeito de aprendizado e conclusão de estudos do ramo de projetos e do curso de arquitetura. A escolha do tema foi devido ao fato de o Terminal de Passageiros obter uma ampla diversidade, e tem definido em grande medida os vertiginosos avanços de uma tecnologia aplicada aos meios de transportes servindo para analisar o projeto (TERMINAL DE PASSAGEIROS) de forma mais detalhada, em duas diferentes formas: relação aeroporto-cidade e a relação do funcionamento interno do aeroporto. O estudo da relação do aeroporto com a inserção na cidade, também identificará as diferentes formas de fluxos e conexões entre transporte urbano, tendo como principal objetivo tornar a permanência do homem nos aeroportos cada vez aprazível e menos angustiante. 4 pois a estrutura existente hoje não suporta outras companhias. 2009. aprovaram na ANAC (Agencia Nacional da Aviação Civil) uma nova área que fica a 20Km do Município de Rio Verde e a 5 Km de Santa Helena de Goiás. constitui o eixo mais dinâmico do País. de modo que sejam respeitadas as superfícies do Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromo. esta área apresenta alto grau de infra-estrutura econômica que. juntamente com a Rótula. a Agencia Goiana de Transportes e obras públicas. que passa ao longo da lateral direita.1 _ APRESENTAÇÃO O aeroporto do Sudoeste Goiano foi selecionado para compor o sistema estadual de aeroportos devido ao alto potencial sócio-econômico da região. segurando a Zona de Proteção exigida.1. este aeroporto tem a sua operação restrita. Portanto este terminal foi classificado como regional. segundo o Plano Aeroviário do Ministério dos Transportes. Desta forma. tendo sido verificado potencial de demanda por transporte aéreo regular a partir do primeiro horizonte de planejamento. Esse ano. Atualmente na região existe somente o Terminal de Passageiros de Rio Verde que recebe vôos regulares de apenas uma companhia aérea (TRIP). alternativa para os investimentos hoje concentrados na Região Sudeste do País. Portanto a proposta deste trabalho é criar um Terminal de Passageiros para atender a demanda de todas as cidades do Sudoeste Goiano. sendo que a pista de pouso e decolagem está sendo finalizada. Devido à proximidade da rodovia GO-174. 5 . de acordo com a demanda futura e permitindo também o serviço de aeronaves de grande porte para cargas. gerarando para a região mudanças positivas. Desta forma propõe-se o seu desenvolvimento em novo sítio aeroportuário. ao contrário do que está previsto. garantindo um programa de ampliações futuras na área patrimonial. como o estimulo das relações econômicas e o intercâmbio de pessoas e mercadorias. rvapc. visualmente e espacialmente ligando as fases de início e término da jornada de um viajante.2. proporcionando estas áreas com uma abundância de espaço aberto e luz natural. Um público.com/Authoring/Images/PROJRCTS/663/663tmp2779. Chegando de viagem. saguão principal.CARRASCO INTERNATIONAL AIRPORT – Montivideo. Uruguai A concepção do edifício enfatiza suas zonas públicas e mais conforto.pdf 6 .rvapc. proporcionando vistas deslumbrantes da pista e do Imagem 01: Fachada Frontal do Terminal Fonte: http://www. por exemplo.0 PROPOSTA CONCEITUAL 2. terraço ajardinado e um restaurante ocupam o segundo andar.pdf Um átrio aberto adjacente à entrada da rua abre-do-chão para o espaço monumental do salão principal. Imagem 02: Cobertura e acessos do Terminal Fonte: http://www.1 . antes de descer para a reivindicação de bagagem e outros serviços.com/Authoring/Images/PROJRCTS/663/663tmp2779. passam por um nível totalmente envidraçada mezanino que ajuda a orientá-los para o espaço do terminal. Ambos os elementos dotam de uma ordem dominante ao traçado heterogêneo do complexo aeroportuário existente não existindo estruturas previas que adaptar-se como no caso de intervenções nos casos urbanos consolidados. saída (intermediário) e espera (superior).TERMINAL DE PASSAGEIROS DE STUTTGART. que mantém um baixo perfil na paisagem.Alemanha Arquiteto Meinhard Von Gerkan O novo terminal de passageiros se articula em dois volumes básicos: um sólido edifício alongado de seções triangulares cortadas e um transparente pavilhão de seção trapezodal.pdf 2. uma utilização estratégica da iluminação natural e vista que os viajantes através de guia de chegada / partida seqüência e um design que destaca os espaços públicos. distinguem seu interior em três níveis o de chegada (inferior). o projeto se pode desenvolver seguindo traços amplos. Imagem 03 e 04: Vista interna do Terminal Fonte: http://www.2 .com/Authoring/Images/PROJRCTS/663/663tmp2779.As principais características incluem um teto curvo.rvapc.rvapc.com/Authoring/Images/PROJRCTS/663/663tmp2779. tanto para os viajantes e família. 7 .pdf Imagem 05: Corte do Terminal Fonte: http://www. Imagem 06: Fachada do Terminal.22 8 . fazem a recordação de um movimento do bosque de Birnam. cujos “troncos” se deixam ver totalmente. seguindo o nível em que se encontram. Barcelona: 1992. New Architecture: Transport Station 8. New Architecture: Transport Station 8. p. Neste aeroporto a grande escala e a distribuição escalonada de seus pilares. dividem em quatro ramos e onde cada uma delas da lugar as outras três que se dividem em mais quatro. com as árvores como suporte. Fonte: Atrium. Fonte: Atrium. de Macheth. Nas juntas das colunas. Imagem 07: Estrutura.21. Barcelona: 1992. Os pilares arborescentes que suportam as 12 zonas em que foi dividido a retícula do grande teto inclinado realizam o desejo de ter o edifício como um bosque. p. 300 metros quadrados.Palmas Arquiteto Sergio Parada O terminal de passageiros possui área construída de 12.Na cobertura.TERMINAL DE PASSAGEIROS BRIGADEIRO LYSIAS RODRIGUES . totalmente transparente por causa do conforto Os seus dispositivos refletores concentram a luz sobre os Imagem 08: Corte esquemático sem escala do Terminal. New Architecture: Transport Station 8. pilares crescentes. Possui um acesso viário de mais de 4 km que liga o Terminal a principal avenida da capital Tocantinense.18 2. Barcelona: 1992. para conseguir o maximo de iluminação foram utilizadas bandas cristalizadas por ser inviável fazer térmico em seu interior. Imagem 09: Planta de Implantação Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada 9 . Fonte: Atrium.3 . p. sendo o desembarque no pavimento térreo e o embarque no pavimento superior. O terminal conta também com entradas de serviço diferenciada. temos um café panorâmico e loja.O aeroporto conta com completa infra-estrutura e segue o mesmo conceito do Terminal de Brasília. Imagem 10: Planta Térreo Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada No pavimento superior. onde os passageiros e também os acompanhantes podem aguardar o vôo nesse espaço. além do embarque. a separação dos serviços de embarque e desembarque. Imagem 11: Planta Superior Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada 10 . No pavimento térreo também estão os serviços das companhias aéreas e um grande saguão na entrada com pé direito duplo. Maranhão Arquiteto Sérgio Parada Barreirinhas é uma cidade que cresce cada vez mais em turismo no Maranhão.ESTUDOS DO TERMINAL DE PASSAGEIROS PARA BARREIRINHAS .Imagem 12: Corte B Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada Imagem 13: Corte A Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada A cobertura curva foi feita em estrutura espacial leve em aço e alumínio. Imagem 14 e 15: Croquis da volumetria do Terminal por Sérgio Parada Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada 2. O arquiteto Sérgio Parada fez um projeto para o Terminal de passageiros para essa cidade porém ainda não foi executado e nem temos previsão para a execução. pois seria um terminal para vôos imediatos (particulares e viação regional). O desenho dessa estrutura surgiu de forma a possibilitar luz e circulação de ar sobre o terminal.4 .100m2. onde estão os “lençóis maranhenses”. 11 . mas o arquiteto não deixa de separar os serviços de embarque e desembarque. pois precisava vencer grandes vãos e também por causa das vigas curvas. A proposta seria um terminal térreo com apenas 2. ficando estes em lados opostos. que ela cobre. A cobertura é de estrutura metálica com iluminação zenital.Imagem 16: Planta de Implantação Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada Imagem 17: Planta de Implantação Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada A fachada do terminal é marcada por tirantes e pilares treliçados que sustentam os para raios. Imagem 18 e 19: Lado Terra e lado ar do Terminal Fonte: Escritório do arquiteto Sérgio Parada 12 . Calatrava insiste que esta não era a sua origem: "Eu nunca pensei que de um pássaro. o passageiro entra no hall de ligação. França Arquiteto Santiago Calatrava (1989 – 1994) Perfil mais marcante do edifício. a partir do qual as asas espalhadas em cada lado acima dos trilhos. O edifício é o mais expressivo.2.com/buildings/lyonairport/index. os dois arcos principais que vêm junto com o bico da ave. Escadas levam para dentro do saguão principal.galinsky.5 . com base na convergência de dois arcos de aço de 120 metros de comprimento e 40 metros de altura.que é inspirado mais pela forma do olho humano.com/buildings/lyonairport/index. A expressividade da estrutura Calatrava continua dentro do edifício. Imagem 21 e 22: Vistas internas Fonte: http://www.AEROPORTO ESTAÇÃO FERROVIÁRIA – Lyon. em um nível elevado. Imagem 20: Fachada Fonte: http://www.galinsky. mas mais da investigação que às vezes sou pretensioso o suficiente para chamar a escultura ". tanto quanto no seu exterior. chegando à “volta do Pássaro". com escadas rolantes mais baixo para as plataformas. lembrando um pássaro.htm Vindo do aeroporto.htm 13 . os aeroportos e suas edificações sofrem modificações sobre tudo pelo crescimento da cidade e. Em uma maneira mais direta.DEFINIÇÕES 3. preparam-se para o vôo (incluindo todas as suas edificações. portanto. do conseqüente aumento do numero de usuários. equipamentos eletrônicos para as descidas por instrumentos (radar. Realizando. São edifícios altamente tecnológicos. vol. elaborado pela INFRAERO. As construções aeroportuárias se constituem como uma das edificações que sofrem o maior número de mudanças com o decorrer do tempo. pode-se dizer que esse tipo de equipamento representa melhor que qualquer outro. são comumente caracterizados como ante-salas das grandes cidades. embarcam passageiros e decolam”. Em outras palavras. 88 14 . estação de passageiros. etc. Além das necessidades de modernização e constantes adequações tecnológicas e funcionais.3. estação meteorológica.) e muitos outros aperfeiçoamentos técnicos. Estão sempre sofrendo algum tipo de reforma ou ampliação. uma definição mais ampla. O seu aspecto físico varia desde uma simples faixa de pouso aberta à mata até o moderno aeroporto internacional da era do jato. procurando acompanhar as sucessivas inovações tecnológicas e funcionais e atender as novas exigências que lhe são impostas. ect. No que se refere à sua concepção. Devido a isso. e segundo comenta o Plano Diretor Aeroportuário. partidas. instalações e equipamentos). 01. aeroporto é o local de encontro das aeronaves e com a terra e com os passageiros. destinado total ou parcialmente a chegadas. “os aeroportos são os locais onde as aeronaves pousam. edificações destinadas aos órgãos dos serviços de proteção ao vôo (torre de controle.). por outro lado. Possuem natureza extremamente funcional e necessitam de grande domínio de suas diversas questões para que se possa desenvolvê-lo.0 . com seus pátios e enormes pistas pavimentadas. movimentos e serviços de aeronaves”¹. ____________________________________________________________________________ 1. Enciclopédia Barsa. o ideal de comunicação e transporte entre as fronteiras atuais. como sendo uma área definida de terra (incluindo todas as suas edificações. os aeroportos são tidos como um tipo de projetos de difícil resolução. “Aeroporto” pág.1 – AEROPORTO “Aeroporto é entendido em seu conceito. ILS – Instrumento Landing Sistem. instalações e equipamentos). pista de rolamento A área terminal constitui-se de: -pista de aeronaves .controle de trafego aéreo terminal A área de pouso constitui-se de: .terminal de cargas . Para tanto. com destaque e maior importância para as atividades do aeroporto.pista de pouso .estacionamento Mas ainda existem alguns edifícios que obrigam os serviços de apoio. definição dos espaços e etapas de ampliação.casa de força .área terminal . mas sem perder a unidade geral a um organograma.área de pouso .que necessariamente implicará no aumento do seu espaço físico para acomodar melhor os novos contigentes.destacamento de proteção ao vôo . que direcionará o bom funcionamento do aeroporto. elementos diferentes daqueles utilizados nos edifícios principais permitem uma identificação formal quase hierárquica. Estes demais edifícios distribuem-se pela área do aeroporto.hangares . Um aeroporto é constituído de três elementos principais: .terminal de passageiros . nos projetos das edificações. é que se faz: um plano urbanístico para todo o aeroporto acomodando adequadamente novas construções.oficina de manutenção . 15 . No caso dos espaços internos podemos projetar edificações que possam continuamente crescer sem desfigurações.corpo de bombeiros Alguns destes podem ou não estar ligados ao edifício do terminal de passageiros. Para evitar as desconfigurações físicas e formais dos espaços construídos (externos e internos). de acordo com as necessidades de localização estratégica.parque de abastecimento . Nestes. e estes são: . e a crescente utilização do transporte aéreo no mundo. em entrevista realizada no dia 02/04/09 no Departamento de Arquitetura da PUC Goiás. Isso tornou o projeto das estações ainda mais complexo. Definição feita pelo Arquiteto Sérgio Parada. Empresas especializadas em infra-estrutura aeroportuária foram constituídas e sob orientação do Ministério da Aeronáutica. que consistem num edifício ou conjunto de edifícios que dispõem também de salões de espera. farmácias. devido à manifestação tecnológica das aeronaves.3. restaurantes. exigem dos terminais de embarque e desembarque dos grandes aeroportos uma grande capacidade de atendimento e fluxo de passageiros e bagagens. O advento dos aviões de grande porte. O desenvolvimento e a modernização dos aeroportos tornaram-se uma tarefa inadiável.2 – TERMINAL DE PASSAGEIROS “O terminal de passageiros de um aeroporto é aquele edifício que serve de estação intermodal entre o sistema terrestre e o sistema aéreo. trens. ² O embarque e desembarque de passageiros. O sistema terrestre que se liga ao aeroporto é denominado “lado terra”. As dimensões dos aeroportos dependem de fatores como por exemplo. lojas. 16 . sistemas elevados. O sistema terrestre pode ser feito via transporte coletivo. passaram a elaborar os planos diretores. bem como coordenar pesquisas para implantação de novos aeroportos ou ampliação daqueles já existentes. etc. carros e os mais variados meios de transporte terrestre. sendo complementado por planos compatíveis com o plano diretor e que conterão os anteprojetos e/ou projetos individualizados das obras e serviços de acordo como os critérios e prioridades estabelecidos. a performance e ____________________________________________________________________________ 2. ao aumento na demanda de transportes de carga e de passageiros e também em conseqüência do aumento na freqüência de vôos. e o sistema aéreo é denominado “lado ar””. O sistema aéreo é feito através das aeronaves. a expedição de bagagens e muitas vezes a compra e a confirmação de passagens são efetivados nas estações de passageiros. capazes de transportar mais de 300 passageiros. bancos. O plano Diretor aeroportuário é constituído por um conjunto de normas que apresenta a orientação para a implantação ou desenvolvimento de um aeroporto. dimensões das aeronaves. volume de trafego previsto. 4. prédios de administração. necessidade de instalações especiais ou não. altitude do local.0 . depósitos de carga. alem de pequenas edificações auxiliares. porém. é perfeitamente possível e aconselhável o agrupamento de tais instalações numa única edificação. condições meteorológicas predominantes. a área do terminal pode chegar a compreender diversas instalações separadas. como estação de passageiros.ANÁLISE GERAL DO TERMINAL DE PASSAGEIROS 17 . Neste nível. Em grandes aeroportos. Este conceito é adaptado a aeroportos de pequena movimentação onde normalmente o estacionamento da aeronave se dá com o nariz para dentro comportando a zona de estacionamento de 3 a 6 aeronaves comerciais.Conceito de "Finger" A interface neste caso se processa através de "corredores" ("fingers"). Este tipo de interface é o geralmente encontrado nos nossos aeroportos.Conceito de Satélites Este tipo de interface que consiste de um prédio.CONCEPÇÃO DO TERMINAL DE PASSAGEIROS As concepções que seguem. As aeronaves normalmente estacionam radial ou paralelamente ao “prédio interface”. sempre observando as limitações de separação exigidas.1 . A. Por vezes somos levados a conceber duas vias de acesso em separação para cada "finger" procurando minimizar esta interferência. de maneira isolada ou como combinações.Conceito Simplista Neste caso o terminal é composto simplesmente de uma sala de espera e área de compra de passagens com saída para o onde se encontram as aeronaves. a interferência em termos de ocupação e movimentação que é provocada sobre um pela utilização do outro. salvo em poucos de concepção mais moderna que detém maior nível de atividades. As aeronaves estão estacionadas ao lado destes "fingers" num dos procedimentos já anteriormente descritos para estacionamento. conectado ao prédio principal do terminal ou por meio de acesso subterrâneo. O acesso a aeronave se dá através de um percurso pelo pátio. no caso de mais um "finger". terminal-aeronave. projetados no prédio terminal principal. Ao longo de cada "finger" podemos ter um número variável de boxes. Neste "prédio interface" e comum 18 . C . devem ser analisadas no desenvolvimento do projeto. B. sobre o solo ou elevado. Elas representam a interface de ligação. onde efetivamente se processa o embarque de passageiros. Deve-se também observar detalhadamente.4. E . separação das atividades do serviço do terminal de passageiros. No estudo da Alitalia a ligação terminal aeronave se dá através de um duto com sentido único de percurso permitindo uma transferência passageiro-terminal para passageiro-aeronave rápida e segura. motivo de estudo por companhias aéreas. D . As características deste conceito são a flexibilidade de expansão da área de estacionamento. grande capacidade de manobra das aeronaves que podem realizar todo o procedimento de estacionamento. 19 . permite acesso relativamente fácil e pequenas distâncias de caminhada desde que o passageiro desembarque de um sistema de transporte em pontos da interface que possibilite alcançar o outro sistema de transporte nas vizinhanças da interface paralela. O estudo argumenta que apesar da ocupação de maior área necessita-se de menos área tratada para receber as aeronaves e conseqüentemente o sistema resulta em menor investimento.Conceito por transporte O ponto de estacionamento e os serviços de terra das aeronaves neste caso estão localizados em pontos afastados do terminal e o acesso a estes se faz através de um veículo de superfície. Todas as facilidades de apoio as aeronaves se encontram desvinculadas do prédio terminal assim como também o terminal de carga possui enfoque próprio. que desenvolveu um vasto estudo sobre sua funcionalidade e praticabilidade. e demais facilidades aeroportuárias se bem que estas podem também estar situadas no prédio principal do terminal. acompanhando o crescimento das aeronaves. O crescimento das aeronaves e o surgimento de novas combinações no "mix" de aeronaves usando o aeroporto acarretam em contínuo aperfeiçoamento em sua concepção. inclusive. redução nas interferências tais como ruídos e jatos de exaustão das turbinas no prédio terminal. redução nas distâncias percorridas. etc. Os sistemas descritos podem ser usados em combinação e com variações continuadas ao longo de sua vida útil.encontrarmos as salas de embarque e desembarque. resultando também em menor gasto administrativo.Conceito Linear Aqui as aeronaves estão estacionadas ao longo do prédio do terminal. como por exemplo: a Alitalia. por seus próprios meios. Este conceito é o que vem merecendo maior destaque atualmente sendo. Este conceito. Os aeroportos não-desenvolvíveis são quase sempre resultado de um zoneamento e uso do solo inadequados ou mal administrados. evitando-se problemas e gastos futuros. pelo Ministério da Aeronáutica.desenvolvíveis – “Quando já se encontram envolvidos pelo crescimento urbano de maneira irreversível. pistas especiais.Não. tanto no comprimento quanto na estrutura. etc. a INFRAERO classifica os aeroportos em dois grupos: . isto para que haja receptividade do peso de tais aeronaves. pequenos táxi-aéreos. Pequenos aeroportos para escalas aéreas regulares ou não. V 2550 m Aeroportos especiais (pavimentados) Os aeroportos da classificação V “especiais” são em menor número e concentramse nas principais cidades do país. em cinco categorias: CATEGORIA COMP.SISTEMA DA ESTRUTURA DOS TERMINAIS DE PASSAGEIROS Os aeroportos brasileiros foram classificados.” .2 .aéreo. I II 900 m III 1200 m IV 1800 m Grandes aeroportos (pavimentados ou não).Desenvolvíveis – “quando localizados em áreas que permitem sua expansão para facilitar o atendimento da demanda de trafego para a região. de empresas de tranposrte aéreo ou de táxi.” 20 . Além da classificação feita pelo Ministério da Aeronáutica. Médios aeroportos (pavimentados ou não). daí a importância que as orientações do Plano Diretor Aeroportuário sejam convenientemente transformadas em leis de zoneamento e de uso do solo eficientes e bem aplicadas. DA PISTA 500 m FINALIDADE Campos de pouso servindo para atividades aeroesportivas. Estes aeroportos recebem vôos internacionais e aviões de grande extensão. assim. impossibilitando a ampliação do terminal aéreo.4. requerendo. de policia. .Boas condições de acesso.Disponibilidade de serviços de utilidade publica. de acordo com sua função.Possibilidade de ampliação. onde são satisfeitas formalidades de alfândega. não sendo. de saúde pública e demais serviços análogos.Distancia dos centros geradores de tráfego. . que apresentam demanda por transporte aéreo regional regular. sendo sua existência condicionada a vários fatores como: .Proximidades de outros aeroportos. . em ligações com grandes centros metropolitanos e capitais. indicados pelo estudo de hierarquização dos municípios. Aeroporto Regional Consiste nos aeroportos destinados a atender as regiões de interesse estadual. . . 21 . A seguir. Aeroporto Internacional Internacionais são os aeroportos caracterizados como portões de entrada e saída do trafego aéreo internacional. Os aeroportos são classificados pela função que desempenham no sistema e pelo porte das aeronaves que estão previstas na operação em cada um deles. Os aeroportos internacionais e nacionais são objetos de planejamento especifico.De uma maneira geral os aeroportos requerem uma localização especial. .Ausência de obstáculos nas vizinhanças.Economia de construção/retorno do investimento. relativamente afastada dos centros urbanos. bem como aqueles com potencial sócio-econômico compatível. serão caracterizadas as diferentes classes de aeroportos. portanto.Boas condições meteorológicas do local escolhido. objeto de considerações referentes ao porte das aeronaves. . .Correto zoneamento das áreas vizinhas. Aeroporto Nacional Nacionais são os aeroportos de capitais ou grandes centros metropolitanos com características adequadas às operações de aviação doméstica. 0 .ASPECTOS OPERACIONAIS E AMBIENTAIS 5. Itajá. Baliza. São também unidades que desempenham a função de absorver o trafego da aviação geral de outros aeroportos onde este segmento provoque interferências indesejáveis.1 . Itumbiara. Niquelândia e Rio Verde Aeroporto Local: Alto Paraíso de Goiás. Formosa. Piracanjuba. Posse. Porongatu. Ceres. induzida pela atividade econômica local. São Miguel do Araguaia Aeroporto Complementar: Aruanã. Mineiros. Catalão. Quirinópolis. Cristalina. de qualquer natureza. Chapadão do Céu. inclusive a atividade turística. incluindo os aeroportos administrados pela INFRAERO. Caldas Novas. Goiás. Jataí. mas desempenham a função de apoio a localidades de difícil acesso e a projetos de desenvolvimento. São Luiz dos Montes Belos 5. Classificação do Sistema As unidades selecionadas para compor o sistema do estado de Goiás. Aeroporto Complementar São aqueles aeroportos que não apresentam demanda por transporte aéreo regular.IMPLANTAÇÃO DOS AEROPORTOS 22 . forma classificados da seguinte forma: Aeroporto Nacional: Goiânia – Aeroporto Santa Genoveva Aeroporto Regional: Anápolis. Luziânia.Aeroporto Local Trata-se de aeroportos caracterizados pela operação exclusiva da aviação regular (pequeno porte ou charter). Iporá. Crixás. Minaçu. Caiapônia. São Domingos. Identificações de serviços e instalações (água. 8. 5. Direção em relação aos ventos predominantes. matas naturais. ambientais e de acessibilidade. movimentação das terras. 3. . 5. Caracterização do valor de terras. 7.. aterros sanitários. obedece 04 etapas descritas na NSMA nº 58-146.A coleta de dados para a caracterização do sítio deve operações aos seguintes requisitos: 1.2 .). pela unidade aeroportuária. influência da localidade em estudo (50km). 9. aeroporto. esgoto. 23 Etapa 02 – Estudos preliminares: Mensura o potencial do mercado do transporte aéreo da localidade onde se situa o aeroporto. Dados meteorológicos (temp. 2. Identificação de aeroportos existentes ou previstos. como Identificação de áreas de preservação ambiental. Identificação das possíveis implantações de natureza perigosa. 12. visando evitar ou minimizar possíveis impactos decorrentes da construção e do desenvolvimento de um aeroporto. telefone. Principais características sócio-econômicas da região a ser atendida Distância da área do centro urbano e outros centros próximos. e vento) históricos de pelo menos 5 anos. bem como de suas operações aeronáuticas. Caracterização preliminar geológica do tipo de solo.. 10. lixo. luz. 13. − como seu entorno.. − Etapa 01 – Coleta e análise de instalações básicas: O início do processo de planejamento é dedicada as questões urbanas. 11. na área de Vias de acesso. 6. com potencial para atender ao lixões. culturais. 4. Tipo de ocupação do solo: edificações. vazadouros e outros que possam atrair pássaros. bem Topografia.PLANO DIRETOR AEROPORTUÁRIO Para a elaboração e/ou revisão do PDIB. parcelamentos. igrejas. devendo. hospitais nessas localidades.A REGIÃO DE ESCOLHA PARA O PROJETO 24 . São restritas também atividades de matadouros. ocorrendo a redução na produtividade. depósitos de lixo.0 . que deverão se adequar às necessidades de expansão. atividades que exijam precisão. capazes de agravar possíveis acidentes de queda de aeronaves.3 . Além disso os ruídos aeronáuticos podem causar problema fisiológicos nos indivíduos a ele submetidos por períodos prolongados ou a determinadas frequências sonoras.ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL Na elaboração do Plano de uso do solo são observadas as relações entre aeroportos e o meio urbano. verifica. Também a relação às alturas das edificações há restrições.− Etapa 03 – Estudo de alternativas: Alternativas de desenvolvimento do aeroporto. em função de que o choque de pássaros com aeronaves tem causado um grande número de acidentes. de máxima utilização do sítio. aterros sanitários e certas culturas agrícolas que atraem pássaros. visando. ` 6. Inclui diretrizes para o uso do solo na área interna do aeroporto e o orçamento para a implementação do plano. concentração e permanência prolongada no local – por exemplo – são mais sensíveis.se evitar portanto a instalação de escolas.se proteger tanto as aeronaves quanto a comunidade. − Etapa 04 – Planejamento geral do aeroporto: Proposta para o estabelecimento dos limites patrimoniais e o zoneamento do sítio aeroportuário. residências. devido aos frequentes vôos e decolagens. 5. A sensibilidade ao ruído é mais ou menos perceptível de acordo com o tipo do solo. sobretudo em vista do transtorno causado pelo ruído das aeronaves.se que o desempenho nestas atividades pode ser afetado. de forma harmonizada com o desenvolvimento do meio urbano e o bem-estar das comunidades. Há restrições quanto a depósito de explosivos e produtos infamáveis. tendo em vista a infra-estrutura estabelecida e as possíveis medidas de gerenciamento de tráfego eventualmente necessárias. por contar com uma importante cooperativa agrícola (COMIGO) e com importantes unidades industriais que agregam valor à sua produção agrícola. milho.6. O município mais populoso da região é Rio Verde. Sua população foi estimada em 2006 pelo IBGE em 386.Instituto de Aviação Civil. algodão.1 – CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO A microrregião do Sudoeste de Goiás é uma das microrregiões do estado brasileiro de Goiás pertencente à mesorregião Sul Goiano. soja. No recente crescimento do agronegócio brasileiro. girassol e vem se destacando na cultura de tomate.818 habitantes. Fonte: Plano Aeroviário do Estado de Goiás.668 habitantes e está dividida em dezoito municípios. Imagem 23: Mapa de Góias e seu entorno. avícola e suíno. É produtor de arroz. Conta ainda com importante plantel bovino. a região tem se destacado. 25 . sorgo. feijão. sendo que sua população em 2008 era de 158. segundo o IBGE. Imagem 25: Mapa de acessibilidade Fonte: Google Maps 26 . que encontra com a GO 164.gov. sua topografia é plana e a vegetação do seu entorno é rasteira.br/sepin/pub/microreg/013.seplan. essa área foi aprovada a pouco tempo pela ANAC (Agencia Nacional da Aviação Civil)e está sendo executado uma nova pista de pouso e decolagem pela sobre AGETOP (Agência Goiana de Transportes e obras públicas).jpg 6. A área possui estudo de proteção e ruído. sentido a cidade de Santa Helena de Goiás.2 – A ACESSIBILIDADE E O SÍTIO O sítio escolhido fica à 20Km do muniçipio de Rio Verde e a 5 Km do município de Santa Helena.go. O acesso para esta área patrimonial é através da BR 060.Imagem 24: Mapa do Sudoeste Goiano Fonte: http://www. Imagem 26: Mapa de localização Fonte: Google Earth Imagem 27: Planta Topográfica Fonte: Agetop (Agência Goiana de transportes e obras públicas) 27 . Instituto de Aviação Civil. podem acarretar variação significativa na utilização dos aeroportos. MOVIMENTO ANUAL DE AERONAVES AVIAÇÃO DOMÉSTICA REGIONAL Fonte do Gráfico: Plano Aeroviário do Estado de Goiás.A DEMANDA DE PASSAGEIROS A demanda.965 passageiros/ano em 2008 e a previsão para 2018 é de 2.Instituto de Aviação Civil. alterando o volume de movimentos de passageiros e os grupos de aeronaves em operação. nesses aeroportos. etc. de difícil quantificação e precisão. mineradoras. tiveram que ser desativados e substituídos devido a entrada em operação de aeronaves a jato (ditada pela necessidade de suprir a demanda). etc). distribuição de terras. Diversos são os casos de aeroportos que. 28 . Através desse gráfico concluímos que a média de passageiros no município de Rio Verde é de 44. Ocorrências específicas como construção de estradas.290 passageiros/ano em 2008 e a previsão para 2018 é de 59. implantação de projetos especiais (usinas hidrelétricas.6.750 passageiros/ano e nos demais municípios é de 1. projetados para operação de pequenas aeronaves. MOVIMENTO ANUAL DE AERONAVES AVIAÇÃO GERAL Fonte do Gráfico: Plano Aeroviário do Estado de Goiás. depende de diversos fatores particulares e aleatórios. indústrias de base. migrações.283 passageiros/ano.3. 7.O PLANEJAMENTO A infra-estrutura do aeroporto a ser planejado deve ser definida a partir de seu tipo ou função. A sua formulação incorpora o conceito de zoneamento.2. É fundamental que qualquer aeroporto a ser planejado ou aperfeiçoado.O PROGRAMA DE NECESSIDADES Os dados para o planejamento do Terminal foi estabelecido através da apostila de elaboração do Modelo Básico para Aeroportos de Pequeno e Médio Portes. por exemplo. adota-se a aeronave de maior solicitarão como equipamento crítico de planejamento. venham a ser utilizados.1 . se planejar cuidadosamente a ocupa cão de seu entorno. 29 . As características dessa(s) aeronave(s) serão os parâmetros para dimensionamento da infra-estrutura do aeroporto. É o caso. com o objetivo de promover as diretrizes da filosofia de planejamento. tenha possibilidades concretas de expansão. Isto implica em se definir valores para as dimensões da área do aeroporto e principalmente. Isto significa que essas devem ser providas de elevada flexibilidade (o que conduz ao uso de sistemas modulares) e independentes. ou seja. a nível de filosofia de planejamento. Dentro desses grupos. Isto significa. de aeroportos de aviação regional sendo este o Terminal de passageiros do Sudoeste goiano. é provável que grupos de aeronaves inicialmente ali não operados. são determinados os grupos de aeronaves que nele irão operar. a expansão de uma dada instalação não impede ou prejudica o desenvolvimento de outra.7. adotar-se duas diretrizes básicas: a) Resguardar o espaço necessário às futuras ampliações. Durante o desenvolvimento das atividades do aeroporto. a fim de orientar a elaboração dos modelos específicos adequados aos grupos de aeronaves que visam atender ao Sistema Estadual de Aeroportos de Goiás. De acordo com este. b) Planejar as instalações e facilidades do aeroporto de modo que sejam expansíveis.0 - O AEROPORTO DO SUDOESTE GOIANO: TERMINAL DE PASSAGEIROS 7. Isto significa que. numa primeira implantação. de modo a não apresentar qualquer limitação ao desenvolvimento ou construção de novos hangares ou terminais independentes em horizontes superiores ao deste Plano.pátio de aeronaves (aviação geral e regional) .Área de Movimento . este limite não coincide necessariamente com a edificação.área destinada ao Núcleo de Proteção ao Vôo (NPV).O zoneamento do aeroporto consiste na definição de três áreas específicas – áreas de movimento. entre outros.pista de pouso e decolagem .Esta linha é o limite de afastamento do eixo da pista para a construção das edificações que compõem as áreas terminal e secundária do aeroporto. A área de estadia deve ser localizada ao lado do pátio de aeronaves da aviação geral.Área Terminal Sistema Terminal .pista de táxi (ligação e rolamento) . mesmo quando da implantação de órgãos mais sofisticados. terminal e secundária – e na adoção do conceito de linha de edificações. localizada entre a área de hangaragem e o terminal de passageiros. Centro de Controle de Aproximação. 30 . respeitando os mesmos afastamentos. A expansão da área de hangaragem deverá ocorrer no sentido contrário à do sistema terminal.Esta área constitui-se no Sistema de Aviação Geral. Sistema de Apoio . que abrange as áreas de hangaragem (hangares e pátios associados) e estadia. com espaço superior ao previsto para as edificações. como Torre de Controle (TWR). Área Secundária . Seção Contra-Incêndio (SECINC) e Posto de Abastecimento de Aeronaves (PAA).é composto pelo terminal de passageiros (TEPAX) e pela área de estacionamento de veículos localizada próxima à via de acesso ao TEPAX. Linha de Edificações . mantendo-se a independência das instalações e do seu desenvolvimento: . A linha de edificações define o afastamento mínimo em relação ao eixo da pista das implantações que deverão ocorrer até o último horizonte de planejamento. O zoneamento proposto utiliza preferencialmente o sentido longitudinal (paralelo à pista e a localização mais próxima da cabeceira de maior utilização) para o desenvolvimento dos componentes aeroportuários. suporte técnico.CENTRAL DE UTILIDADES (A= 270.7.4 – ATIVIDADES SETOR DE POUSO DE DECOLAGEM: . . decolagens e pouso das aeronaves.800M2): garagem para aeronaves.500M2): para manobras. mecânico e de limpeza das aeronaves.SETORIZAÇÃO E FLUXOGRAMA DO TERMINAL CIRCULAÇÃO DOS PASSAGEIROS E BAGAGENS PORTA DE SEGURANÇA E EMBARQUE CHEGADA DO VOO RETI RADA DAS BAGAGENS COMODIDADES DO SETOR TERRESTRE COMODIDADES DO SETOR TERRESTRE REGISTRO CHECK-IN ESTACIONAMENTO DE VEÍ CULOS CHEGADA AO TERMI NAL 7.PÁTIO AERONAVES (A= 13.00M2): serviço de comida nos voos.3 .HANGARES (A= 4. . serviço de remoção de bagagem. 31 .POSTO DE ATENDIMENTO DAS AERONAVES (A= 1. .200M2): armazenamento de combustíveis e abastecimento das aeronaves. -CONTROLE RAIO X (A= 6. .00M2): para a retirada da bagagem. serviço de objetos perdidos. FEMININO E MASCULINO (A= 30. 32 .00M2): sala para acomodoção dos passageiros durante a espera do voo.00M2): transição das bagagens para as aeronaves.DESEMBARQUE (A= 245.EMBARQUE (A= 320.S.00M2): controle da aviação civil. . SETOR DE DESEMBARQUE: .ADMINISTRAÇÃO DO TERMINAL (A= 10. SETOR ADMINISTRATIVO: .CHECK OUT (A= 25. bagagens de mãos e raio x antes de entrar para sala de embarque. .I.00M2): controle dos bilhetes aéreos.. com cabines adpatadas para portadores de necessidades especiais.00M2): serviços de informação aeronáutica e de controle aéreo.00M2): para necessidades fisiológicas.DEPARTAMENTO DE CONTROLE (A= 10.00M2): controle do acesso terrestre as instalações do setor aéreo. com cabines adpatadas para portadores de necessidades especiais. destinados ao sexo.S. . acomodações para funcionários. destinados ao sexo. . SETOR TÉCNICO: . realizações de reuniões administrativas. dos vôos e dos outros departamentos. .00M2): para necessidades fisiológicas.00M2): para a reestituição de bagagem.CONTROLE DE PÁTIO (A= 10. depósito de limpeza e geral.MANUSEIO DE BAGAGEM (A= 65. .TORRE (A= 176. FEMININO E MASCULINO (A= 30.DEPARTAMENTO DAS EMPRESAS DE LINHAS AÉREAS (A= 35. . -DEPÓSITO (A= 10.00M2): para refeições rápidas.00M2): departamento de serviços particulares e tercerizados e acomodamento para os tripulantes.ESTEIRA (A= 50.00M2): controle do terminal.CAFÉ (A= 15.I.71M2): controle das aeronaves.00M2): serviço de limpeza do terminal. SETOR DE EMBARQUE: . .00M2): serviço rápido de atendimento médico aos passageiros e funcionários.I.BALCÃO DE INFORMAÇÕES (A= 10.00M2): para necessidades fisiológicas.S. alimentação. .00M2): espaço onde os passageiros desfrutam de serviços como de telefonia.POLÍCIA (A= 8. com cabines adaptadas para portadores de necessidades especiais. FEMININO E MASCULINO (A= 30. . leitura.00M2): vendas de bilhetes aéreos e informações aos passageiros.00M2): para necessidades fisiológicas.00M2): serviço de comércio.GUICHÊS DAS COMPANHIAS AÉREAS (A= 35. com cabines adpatadas para portadores de necessidades especiais.00M2): serviço de segurança e controle dos passageiros e bagagens que passam pelo terminal. .00M2): serviço geral de alimentação destinado aos passageiros do terminal. FEMININO E MASCULINO (A= 30. .150M2): serviço de garagem para os veículos dos visitantes e passgeiros do terminal.S.. refeições e escaninho dos funcionários. destinados ao sexo.CHECK-IN (A= 16.00M2): controle dos passageiros que são menores de idade.LOJAS (A= 12. .00M2): conferimento de bilhetes aéreos de destinação da sala de embarque dos passageiros presentes no terminal para o voo e recebimento das bagagens dos passageiros para destinar a aeronave.LANCHONETE (A= 800. .I. comércio e acomodações.00M2): serviço de informações gerais aos passageiros do terminal. destinados ao sexo.00M2): acomodações. SETOR DE APOIO: .0 – O PROJETO 33 . . .JUIZADO (A= 8.00M2): serviço de comércio. .SAGUÃO (A= 735. . 8.DEPENDENCIAS COMUNS (A= 5. . informações dos voos.CENTRO MÉDICO (A= 8.REVISTARIA (A= 12.ESTACIONAMENTO PARA VEÍCULOS (A= 6. se deve ter uma correção temântica. qual o partido para dar início a esse projeto? Sergio Parada: “Primeiramente. sendo assim eu não posso imaginar que eu vou fazer um prédio hoje para atender daqui vinte anos com aquela mesma arquitetura vamos dizer. curvas de ruídos. porque quem faz o plano diretor não são só arquitetos e sim uma equipe multidisciplinar. então em função daquilo que você tem na mão. lado terra) chama-se aeroporto. Depois da entrevista com o arquiteto Sérgio Parada. lado ar. o que o planejamento da área aeroportuária define como horizonte.1 – PARTIDO ARQUITETÔNICO Quando se pensa em projetar um aeroporto. nós vamos ter provavelmente X milhões de passageiros/ano.8.” Fonte: Entrevista feita em abril de 2009 com o arquiteto Sérgio Parada. vai depender na minha forma de pensar. se você tem um horizonte de planejamento para vinte anos e para capacidade final do sítio. Quando você chega no partido. todas essas questões técnicas e no plano diretor tem esses indicativos. ou seja. cones de aproximação. houve várias pesquisas sobre como fazer um Terminal de Passageiros que atendesse de maneira satisfatória as pessoas e sua região e dentro de todo esse estudo começou a surgir o projeto para o Terminal de Passageiros para o Sudoeste Goiano. sistemas viários. não é um aeroporto. num prédio que tenha unidades independentes e a partir desse momento eu começo a conceituar aquilo que eu quero naquele terminal. ou seja. respeitando-se toda a normativa internacional. são pessoas especializadas nessas áreas. você vai fazer uma obra de arquitetura dentro de um espaço chamado sítio aeroportuário e que todo esse conjunto (edifícios. chamamos isso de “ultimate”. que o planejamento indicativo vai dizer que daqui à vinte anos. eu tenho um território e qual é o máximo de aproveitamento que eu posso ter usando aquele território como um todo. então no nosso caso estamos tratando especificamente do terminal de passageiros. 8. eu vou ter que pensar num prédio modular. que tenha sistemas satélites.2 – MEMORIAL DESCRITIVO 34 . através de uma iluminação natural e também captação da água da chuva. As escadas de acesso e o elevador panorâmico estão no centro da saguão com o intuito de ficar próximo de todos os serviços. e a parte da frente com a “varanda” de alimentação e lojas. onde ao seu redor seriam módulos de outros setores. Assim. No grande saguão do terminal foi criado um espaço de convivência. buscando uma sensação mais prazerosa e menos angustiante aos passageiros. assim surgindo a idéia inicial da criação de um saguão central. e logo depois do saguão os serviços de check. A cobertura curva do edifício se deu através da forma que foi formando sua planta. uma “varanda”. foi concluído que precisaria de uma estrutura para apoiar as laterais da cobertura. palmeiras e bancos. embarque remoto e desembarque. inclusive a laje impermeabilizada para receber a água da calha. praças de alimentação com níveis diferenciados. O pavimento superior foi pensado de uma forma que o usuário tivesse uma visão de todas as áreas externas do terminal.in. estes em lados opostos. A idéia inicial foi fazer uma estrutura que apoiaria ao nível zero (chão). porém através dos estudos esta idéia não deu certo por causa da grande extensão desnecessária que ficaria a cobertura do edifício. principalmente nas laterais.Ao pensar nesse Terminal de Passageiros. tanto na chegada e na saída do avião através do espaço panorâmico. com uma abundância de espaço aberto nas laterais onde o passageiro tem acesso ao jardim que é composto por um espelho d’água. terminando em um espelho d’água do 35 . Além deste saguão encontramos também no pavimento térreo. nas laterais onde tem a visão para o jardim e o espelho d’água. surgiu uma preocupação na separação dos setores e no conforto dos passageiros. A idéia buscou usar recursos de redução de energia. A climatização e a iluminação artificial ficaram restritas as salas de embarque e desembarque. acompanhando a grande estrutura. Também foi pensado em uma iluminação natural para o saguão interno. escritórios e espaços comerciais. Os materiais escolhidos para esta estrutura foram o concreto e o metálico. trazendo conforto aos passageiros e também na questão do conforto térmico. 36 . Para o jardim receber a luz solar e a chuva nas plantas foi pensado na malha treliçada. isso se percebendo nitidamente nos pilares.jardim e armazenando a água nas caixas d’água subterrânea por baixo deste. O espelho d’água tem como objetivo amenizar o ruído do carro e do avião. A cobertura é de estrutura metálica por causa de sua forma curva e as paredes são todas de concreto para amenizar o ruído das aeronaves. marcando esse pé direito duplo. ou até mesmo pela pequena praça nas laterais. por causa da forma do terreno. a abertura nas laterais do terminal tem como principal objetivo. desenvolvendo esse projeto sempre pensando na futura expansão sem perder a identidade da forma.O Futuro Além dos condicionantes térmicos e da integração com a área verde. permitindo uma futura expansão através de uma esteira subterrânea ligando de um edifício a outro. o de não limitar esse edifício.BIBLIOGRAFIA 37 . para quem não quer sair do edifício.0 . 9. houvesse uma extensão e que essa seria pelas laterais. A forma também foi pensada de forma que com o passar dos anos e de acordo com a demanda desse terminal. Pearman Aeropuertos: Um siglo de Arquitectura.htm Fonte:http://www. 4.jpg http://everythingspossible. 2008 [Coleção Arquitetura Comentada. H Kliczkowski.Internet: http://upload. 2.pdf 7.0 .com/Authoring/Images/PROJRCTS/663/663tmp2779. II 2005 10.1-Porto.Manual de Implementação de Aeroporto IAC 5.files. Ed. Barcelona: 1992.cmic. D.Ministério dos TransportesDemanda Detalhada dos Aeroportos Vol.com/2009/02/charles-de-gaulle-airportterminal-1.jpg www. Claudia Estrela Sergio Parada: Aeroporto Internacional de Brasília: Terminal Aeroportuário.galinsky.com/buildings/lyonairport/index.rvapc.org/wikipedia/commons/1/13/Terminal_1_of_CDG_Airport .org/memoriasvivienda/16octubre/sustentabilidad/Terminales20de20Pasa jero20de20Aeropuertos20Experienciais-Mexico-Sergio20Parada.wikimedia. 11]. Londres.Hugh.pdf Fonte: http://www.Mills. São Paulo: C4.Manual do Gerênciamento do Uso do Solo no entorno de Aeródromos 6. Editorial Gustavo Gili 3.ANEXOS 38 . Edward La Gestión del Proyecto en Arquitectura.wordpress. MAQUETE FÍSICA 39 . MAQUETE ELETRÔNICA – VISTAS EXTERNAS 40 . MAQUETE ELETRÔNICA – VISTAS INTERNAS 41 . 42 .