Monografia Ed fIsica

March 17, 2018 | Author: marcosgmaciel | Category: Learning, Pedagogy, Human Swimming, Homo Sapiens, Adaptation


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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA“JÚLIO DE MESQUITA FILHO” CAMPUS DE BAURU FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO PARA DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS Flávia Cristina Souza Baggini BAURU NOVEMBRO/2008 Flávia Cristina Souza Baggini CARACTERIZAÇÃO DO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO PARA DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS Monografia apresentada à disciplina “Trabalho de Formatura” do Curso de Licenciatura Plena em Educação Física da Unesp – Campus de Bauru. Orientador: Prof. Dr. Milton Vieira do Prado Jr. BAURU NOVEMBRO/2008 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Prof. Dr. Milton Vieira do Prado Jr., por ter sido ótimo orientador, estando sempre disponível quando necessário para ajudar e auxiliar a realização do trabalho. Agradeço meus pais, que durante todo o período de realização do curso de educação física estiveram me apoiando e colaborando financeiramente com a minha permanência na cidade de Bauru. Agradeço aos amigos que fiz nesta cidade, pois sem amigos não conseguiria ficar tanto tempo longe de minha família. Agradeço também aos coordenadores das academias, professores e alunos que aceitaram participar, pois eles foram peças fundamentais para que houvesse a realização deste trabalho. .DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu orientador Prof. Milton Vieira do Prado Jr. que foi um grande colaborador na elaboração desta monografia. que me apoiaram e tornaram possível a realização do desejo de uma filha que parecia impossível. Dr. . Dedico também aos meus pais. pois existem diferenças motoras. adultos e idosos). Para isso. de modo que houve nove sujeitos participantes. Posteriormente foi feita uma entrevista com esses professores. com o objetivo de verificar se houve coerência entre elas. Foram filmadas três aulas em cada. Também foi feita a comparação das observações feitas nas aulas com as respostas apresentadas nas entrevistas. foi solicitada a participação de três academias. A natação pode ser praticada em todas as idades. A análise foi feita de forma qualitativa. uma para cada faixa etária. cognitivas e afetivas entre elas. As principais diferenças encontradas foram quanto à: linguagem. quanto entre as diferentes academias. bem como interesses diferentes quando procuram a natação. Concluiu-se que existem diferenças nas aulas para os três grupos. para três diferentes faixas etárias (crianças. O objetivo desta pesquisa foi investigar nas academias da cidade de Bauru-SP. Palavras-chave: natação. que constava de sete questões a respeito da metodologia utilizada por eles. no processo ensino/aprendizagem desta modalidade. Pessoas com diferentes objetivos interessam-se pela modalidade. posição de ensino do professor e número de alunos nas aulas. de modo que primeiro descreveu-se tudo o que ocorreu nas aulas e depois se analisaram alguns itens considerados importantes. Os professores foram todos diferentes. . que visou identificar a concepção de ensino da natação que cada um tinha. metodologia.RESUMO A natação é uma modalidade esportiva que a cada dia vem se tornando mais procurada. a metodologia utilizada por professores de natação. tanto dentro de uma mesma academia. Acredita-se que os professores de natação adotem metodologias de ensino diferentes para cada faixa etária. adotando-a como prática regular. sem riscos ou restrições. atividades lúdicas. ensino/aprendizagem. recreational activities. in order to ascertain whether there was consistency between them. the methodology used by teachers of swimming.ABSTRACT Swimming is a sport mode that every day is becoming more sought. They were filmed in three classes each. without risk or restrictions. adopting it as a regular practice. one for each age group. from education teacher's position and number of students in class. It was subsequently made an interview with these teachers. It is believed that teachers in swimming adopt different methods of instruction for each age group. for three different age groups (children. so there were nine participants subject. teaching / learning. The main differences were found for: language. Also was the comparison of the remarks made in class with the answers given in interviews. and different interests when trying to swimming. It was concluded that there are differences in class for three groups. People with different goals concern for the sport. The teachers were all different. cognitive and affective between them. because there are differences motor. The analysis was done on a qualitative. . in the process teaching / learning this method. which aimed to identify the design of teaching of swimming that each one had. For this reason it was requested the participation of three academies. Sao Paulo. so that was first described everything that happened in class and then examined some items considered important. as between the different academies. adults and elderly). which consisted of seven questions about the methodology used by them. The swimming can be practiced at all ages. This study aimed at investigating academies in the city of Bauru. methodology. both within the same academy. Key words: swimming. ......................................................................................................................18 4....................................................................................1 2 OBJETIVO....................................................16 4 MATERIAL E MÉTODO.................3 Procedimentos.....1...............3 Idoso.2 Sujeitos..............................2 Academia 2.........................................................5 3................................13 3....................................1 Análise por academias................1............................................39 5....................................................................................................................3 Academia 3.............48 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS..........................................................................................................................................................................................................................2 Descrição das entrevistas................................................................................................................................2 Análise por faixas etárias..........5 3..............................................................................2 Natação para crianças...........................................................20 5 RESULTADOS................................15 3...................................................54 6.............................4 Natação para idosos................................................................................66 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................1...................................56 6.........................................5 Análise e discussão dos resultados.......1 Tipo de pesquisa......................................................29 5............3 Natação para adultos.....................................................................................50 6........2...........................................................................1 Ensino e aprendizagem da natação..........................50 6..........18 4.......................................................................................................4 3 REVISÃO DE LITERATURA..........................................SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.....58 7 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................................1..................57 6................................................60 8 CONCLUSÃO.......................20 4.....................56 6..............21 5............................................................................................................................................21 5................................................................................68 ................................................................................................................................1..2 Academia 2 ................................................50 6.................................................................................................4 Material.........................2......................................................1 Descrição das aulas.......52 6.............1 Criança....3 Academia 3...2 Adulto.1 Academia 1.21 5.....................................................1 Academia 1.............1........................................................................................................................18 4..............................................2.........................18 4................................................................................... .________________________________________ Flávia Cristina Souza Baggini ________________________________________ Orientador: Prof. Dr. Milton Vieira do Prado Jr. o professor deve ter uma boa relação com seu aluno. coordenando: equilíbrio. o que faz ampliar o número de estudos realizados sobre o assunto. lazer e competição são os principais motivos.. metodologia foram surgindo.] têm-no levado a criar constantemente novas formas de se locomover na água”. a utilização da água para beber. Estes fatores foram fundamentais para o homem perceber que teria que aprender a sobreviver no meio aquático. Segundo Catteau e Garoff (1990. Vários são os motivos que levam as pessoas a escolherem a natação como atividade física a ser praticada regularmente. interessei-me pela área. visto que é uma área emergente no mercado de trabalho. 20) “a integração do homem ao meio líquido [. da pessoa que nele está inserido e a busca do domínio corporal no meio líquido. 21) “as origens da natação se confundem com as origens da Humanidade”. saúde. p. além de desenvolver integralmente o indivíduo. trabalhar de forma lúdica e utilizar uma pedagogia que atenda as necessidades do aluno. o aumento no número de professores e pesquisadores interessados em trabalhar com a natação. a criação de pequenas embarcações e fez com que o homem por necessidade entrasse na água e dominasse seu corpo. respiração e propulsão. Para Velasco (1994) a natação deve proporcionar o prazer e gerar boas experiências. A pedagogia de ensino da natação tem como função auxiliar na melhora dos movimentos dentro do meio líquido sem o risco de afogamento. Para Velasco (1994).. Segundo Catteau e Garoff (1990) nadar é praticar atividade física na água. procurada por pessoas de diferentes idades e com diferentes objetivos. sua prática e seus benefícios para a saúde despertam o interesse e a curiosidade das pessoas. propostas de ensino. Mesmo não tendo muita habilidade com a natação. decidi que o tema da monografia seria ensino e aprendizagem da natação. Estudiosos da natação afirmam que é impossível datar seu surgimento. Após ter iniciado a disciplina de natação no curso de Educação Física.1 INTRODUÇÃO A natação é um esporte que vem tendo muita procura. Por ser uma atividade física tão antiga. Isso torna a área cada vez mais específica e atualizada. Verificamos também. Este fato faz com que aprofundemos nossos conhecimentos sobre o processo ensino-aprendizagem. contribuindo inclusive para a melhora do trabalho desses profissionais. A pesca. e para afazeres higiênicos como banho ou lavagem de instrumentos. Santos (1996) comenta que o homem começou a conviver no meio aquático para sua subsistência. p. A pedagogia da natação vai atuar no âmbito de melhorar esses três elementos. Para Damasceno (1992. Assim. Para que isso seja possível. . à forma de ensino da natação deve respeitar tais características para que o objetivo maior. desde bebês até idosos. domínio do corpo no meio líquido. A priori. princípio fundamental para que a aprendizagem ocorra. Sabemos que dentro da água. pessoas em diferentes momentos do seu processo de crescimento e desenvolvimento. Portanto. Assumindo esta concepção. . atividades e postura do professor diferentes. Para Krebs. aprendizagem.Segundo Damasceno (1992) a natação. Ou seja. entendemos que a prática da natação deve ser considerada englobando em sua prática desde: o bebe até o idoso. Porém. Visto que. Damasceno (1992) e Lima (1999) comentam que a natação pode ser praticada em todas as fases da vida sem o risco de restrições. desta forma conseguiríamos adequar a estimulação na natação às características do nosso aluno. é esperado encontrarmos procedimentos. valorizando a adaptação. as forças físicas que agem sobre o indivíduo. Assim. Vieira e Vieira (2005) a iniciação esportiva deve permitir exploração de movimento e aprendizagem perceptivo-motora. aperfeiçoamento e treinamento. mas sim. Ela deve contribuir para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo e de suas relações sociais buscando integrar e estimular a todos. onde o melhor rendimento e o nadar mais rápido são valorizados. Além de estimular o indivíduo a não realizar os movimentos preocupando-se apenas com a técnica. Defendemos. Será que as atividades na água são oferecidas com estratégias diferentes para diferentes clientelas? O que muda de uma aula para criança e adulto? Investigar tais realidades deve auxiliar a entender como ensinar a natação. quando observamos aulas para diferentes faixas etárias. Isto significa que o professor deve dar oportunidade para o aluno explorar o ambiente aquático e diferentes formas de movimentação que seu corpo pode realizar dentro dele. portanto. o autor atenta para o fato de que ela não pode ser vista somente desta maneira. a pessoa com deficiência. como afetivo-social e cognitivo. de diferentes formas de ação corporal. muitas vezes. como gravidade e impacto. A partir desta variedade de possibilidades são esperadas diferentes formas de organização da prática para atender tais diversidades. Na visão de Keberj (2002) a natação é diferente dos quatro estilos. sendo assim uma atividade excludente. tanto físico/motor. a pessoa em processo de reabilitação. valorizando a percepção dos seus movimentos dentro da água e da sensação que a água provoca em seu corpo. aproveitando as propriedades da água e os benefícios que esta proporciona ao ser humano. gestante. seja atingido. reconhecendo que as pessoas são diferentes e estão em momentos diferentes. é comum encontrarmos turmas nas academias. que o ensino e a prática da natação são indicados para todas as faixas etárias baseado nos benefícios que o contato com o meio líquido pode proporcionar nos seres humanos. Assim. está sendo trabalhada como um esporte de competição de alto nível. são reduzidas. Ela deve ser muito mais que isso. adultos e idosos). . como forma de formação continuada do profissional que já está no mercado de trabalho. pois esta atividade deve contribuir para o desenvolvimento das potencialidades de seus praticantes nas diferentes etapas de sua vida. 2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho foi investigar a metodologia utilizada por professores de natação. enfocando as diferenças existentes nas aulas. como também.Identificar a metodologia utilizada e analisarmos na prática deve possibilitar acumularmos informações que poderão ser utilizadas. para três diferentes faixas etárias (crianças. em academias da cidade de Bauru-SP. tanto na formação dos futuros profissionais. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3. pois ele sempre está aprendendo coisas novas na interação com o ambiente.1 Ensino e aprendizagem da natação A aprendizagem existe na vida de um indivíduo desde o nascimento até o fim da vida. Dentro da Educação Física . A prática total consiste em realizar a tarefa completa sem simplificação. 342) aprendizagem é “uma mudança na capacidade da pessoa em desempenhar uma habilidade”. mais facilidade terá o nadador de percorrer uma distância dada. Existem duas formas de prática muito comum no ensino da Educação Física: a prática parcial e a prática total. para depois passar a prática de outra habilidade e assim sucessivamente até ter realizado . que se refere à aprendizagem de novos movimentos. A aprendizagem ocorre por meio da prática. “Por desenvolvimento. entende-se as transformações funcionais que ocorrem nas células e. O desenvolvimento também ocorre durante todo o ciclo de vida. 34). Esse modo pode influenciar no aprendizado das mesmas. enquanto que a prática distribuída consiste numa maior quantidade de repouso do que de prática. Portanto se os professores querem que seus alunos façam a técnica dos estilos corretamente..” (p. é porque querem que eles nadem com maior eficiência e sem apresentar altos níveis de fadiga.usa-se o termo aprendizagem motora. 361). A prática maciça consiste numa maior quantidade de prática do que de repouso. Os autores subdividem a prática a partir das seguintes características: a) Quantidade de prática: refere-se ao número de execuções motoras e período de repouso durante o processo de aprendizagem de uma habilidade motora. subdividindo-a em várias partes e treinando-as separadamente. depois o movimento de pernas e depois a braçada. Na prática em bloco o indivíduo tem um conjunto de diferentes tarefas a serem realizadas.. A primeira tarefa será repetida algumas vezes. por repetidas vezes. pode-se utilizar a prática em blocos ou a prática randômica. O professor deve adequar a prática e o repouso com o tempo disponível do aluno. Para Magill (2000. Outros autores como Catteau e Garoff (1990) dizem que a utilização da prática global. para depois uni-las. A prática parcial consiste em facilitar o aprendizado de uma tarefa. 1992. Schmidt e Wrisberg (2001. p. 190) definem aprendizagem motora como “mudanças nos processos internos que determinam a capacidade do indivíduo para produzir uma tarefa motora”. c) Seqüência de realização das tarefas: em uma mesma sessão de treinamento podemos praticar várias tarefas diferentes ou praticar apenas uma única tarefa. p. Acredita-se que muita prática e pouco repouso sobrecarregam o aluno física e mentalmente. Para se praticar diferentes tarefas. Por exemplo. deve garantir melhor aquisição de movimento para o aluno e a prática parcial deve garantir a aquisição da técnica do estilo e que “quanto mais adequado for o gesto na forma e no ritmo. Schmidt e Wrisberg (2001) fazem diversas considerações a cerca da prática de habilidades motoras. p. b) Formas de prática: referem-se ao modo como as habilidades motoras são aprendidas. quanto mais o indivíduo pratica mais ele aprende. ou seja. as trocas qualitativas” (DAMASCENO. conseqüentemente nos diferentes sistemas do organismo. por fim o aluno tentaria realizar todos os elementos juntos. na natação poder-se-ia praticar primeiro a respiração de um determinado estilo. Duas formas de visualizarmos esta variável são: a prática maciça e a prática distribuída. ou seja. mas isso o ajuda numa aprendizagem futura). qual o local onde ele deseja realizar a habilidade-alvo aprendida (ex. Se as experiências anteriores contribuem para o aprendizado de uma nova tarefa. depois a do costas. porém em qualquer uma delas tais variáveis deveriam ser consideradas. correr. d) Diferenças individuais . sempre na mesma velocidade. para auxiliar no aprendizado de uma nova habilidade.objetivos do aluno: o professor deve respeitar os objetivos e a individualidade de cada um de seus alunos. qual o comportamento-alvo que o aluno deve possuir. qual é a tarefa que o aluno quer ser capaz de realizar (ex. saltar. etc. essa transferência é positiva. Além é claro de saber como passar informações e corrigir as execuções. Na natação o aluno poderia ficar um longo período de tempo realizando a braçada de cada um dos nados: primeiro a do crawl. Na prática constante o indivíduo treina apenas uma tarefa sem nenhuma variação de intensidade. arremessar. Na prática randômica.: o indivíduo pode ter aprendido a nadar sem a técnica correta. sem uma ordem definida.: em uma competição. receber.todas as tarefas programadas. ela pode ser considerada próxima ou para longe. o professor deve utilizar uma metodologia adequada à sua turma de alunos. o aluno deve executar durante a realização da habilidade-alvo (ex. porém com variações de intensidade.: na braçada a mão deve entrar na água de lado e é a primeira parte a entrar na água. depois a do peito e a do borboleta. O aluno poderia realizar pouquíssimas braçadas de cada um dos nados. se as experiências anteriores não contribuem para o aprendizado de uma nova tarefa. sem repetir consecutivamente nenhuma tarefa. e qual o contexto-alvo que o indivíduo deseja atuar. devendo ser utilizado respeitando as características qualitativas da execução e o nível de compreensão do aluno. ou em um clube junto com os amigos. os ombros são os últimos). e) Transferência de aprendizagem: refere-se ao aproveitamento das experiências anteriores que os indivíduos possuem com prática de outras habilidades motoras. rolar. O aluno ficaria praticando somente o nado crawl. o indivíduo irá realizar as diferentes tarefas aleatoriamente. Ocorrendo transferência positiva. Na prática variada o indivíduo treina apenas uma única tarefa. Para se praticar uma única tarefa.: nado crawl). pode-se utilizar a prática constante ou a prática variada. Na natação o aluno ficaria praticando somente o nado crawl. Deve conhecer qual a habilidade-alvo que o aluno quer realizar. respeitando o nível de . Portanto. ou seja. ou em casa com a família).) que poderão ser utilizadas futuramente em um tipo de esporte. ou seja. porém com variações de velocidade. essa transferência é negativa. quais as ações necessárias à bem-sucedida realização da tarefa. A aprendizagem da natação deve estar fundamentada numa pedagogia de ensino. A transferência próxima é quando um indivíduo adapta uma única tarefa a diferentes situações (ex. A transferência para longe é quando o indivíduo aprende uma gama de habilidades motoras (chutar. Segundo Magill (2000) o feedback é um fator importante no processo de aquisição de uma habilidade motora. do indivíduo. a pedagogia deve contribuir para aprendizagem dos movimentos. Os autores dizem que este tipo de treinamento é importante para desenvolver a capacidade de resistência. Isto se torna inviável. A pedagogia global caracteriza-se pela ausência de professor. importante para um futuro nadador profissional. através da observação ou imaginação dos movimentos que foram executados por outras pessoas. visto que a água é um meio estranho. Palmer (1990) diz que a primeira atividade a ser ensinada na piscina é a sobrevivência. pois as forças que agem sobre o indivíduo dentro e fora do meio líquido são diferentes. Catteau e Garoff (1990. historicamente. é introduzida a aprendizagem dos movimentos da natação fora do meio líquido. p. Ou seja. ressalta a importância da articulação da teoria e prática. 361) ainda citam que “o treinador deverá ter um programa de trabalho adaptado ao nível dos alunos com que trabalha e determinar seus objetivos de acordo com esse nível”. primeiramente. a partir de diferentes formas. A pedagogia analítica caracteriza-se pela existência do professor que ensina através de uma seqüência pedagógica e metodológica. A pedagogia da natação. para depois iniciar a aprendizagem dos estilos. pode ser caracterizada de três formas: pedagogia global. ou alta velocidade na execução dos exercícios). Nesta linha atender aos objetivos dos alunos é fundamental para que a aprendizagem ocorra com mudança de comportamento permanente. Xavier Filho e Manoel (2002) argumentam que o profissional deve permitir que a criança. Nem sempre os movimentos são executados corretamente e a ausência do professor dificulta a aprendizagem correta. Entende-se por pedagogia os métodos e estratégias que os professores utilizam em suas aulas para que os alunos incorporem eficientemente os conteúdos. É comum observarmos aulas que tenham o objetivo de aprendizagem (ensinar as técnicas dos estilos para os alunos) e variação de volume e intensidade (grande quantidade de exercícios.desenvolvimento de cada um. Além disso. do meio em que está inserido e dos materiais que podem auxiliar o processo pedagógico. Aproveita os aspectos positivos das outras duas: atividade dentro do meio líquido a partir de uma seqüência pedagógica organizada do simples para o complexo. descubra várias formas de locomoção na água. Porém. identificar o nadar como a locomoção com segurança dentro do meio líquido. Utilizaremos Catteau e Garoff (1990) para listar as principais características de cada uma delas. pois os movimentos rudimentares das crianças são fundamentais para a futura movimentação eficiente e consistente e complementam que “a aplicação dos conhecimentos acerca . A pedagogia moderna é a mais recente e atual. O aluno aprende a nadar sozinho. pedagogia analítica e pedagogia moderna. No ensino dos esportes. conhecendo características do movimento. a imersão na água ocorre facilmente. nariz. entusiasmo e imaginação. olhos e ouvidos. O professor deve iniciar pelo qual o aluno tiver mais afinidade. Uma delas é que a pedagogia da natação procura através de métodos de ensino eficientes. Palmer (1990) e Santos (1996) dizem que todas as aulas devem ser planejadas antes de serem aplicadas e cada uma das aulas deve ter um objetivo. Segundo a autora o processo de adaptação deve ser iniciado com a ambientação. dentro de seus limites. 2) a pedagogia moderna divide o aprendizado da natação em etapas: “adaptação ao meio líquido. sem sobrecarregar e confundir o aluno com tantas informações. Segundo Schmidt e Wrisberg (2001) existem duas técnicas diferentes de apresentação das habilidades. Existem ainda elementos importantes como saídas. As instruções são verbais e nelas os professores devem dar as principais características da tarefa. costas. Depois. que complementam a prática dos estilos. o aluno observa e tenta realizar igualmente. fizeram uma vasta revisão de literatura e puderam elaborar algumas conclusões a respeito de pedagogia da natação. realizando-o . fazer com que os alunos dominem a natação.do desenvolvimento aquático constitui um passo importante para a estruturação de programas com sólida base científica” (p. instruções e demonstrações. 1994). flutuação. crawl. 92). Segundo Machado (1978. A próxima etapa é a adaptação polissensorial. propulsão e mergulho elementar”. Assim. vem o processo respiratório no qual a inspiração ocorre fora da água e a expiração ocorre dentro da água. Portanto “a habilidade nadar faz parte de um contexto mais amplo de possibilidade de realização de atividades no meio líquido” (p. 91). podendo-se passar para flutuação e sustentação. A última etapa é a propulsão de braços e pernas. Esse objetivo pode ser atingido através de uma seqüência pedagógica adequada. peito e borboleta. Para que o aluno tenha uma boa aprendizagem de todos esses conteúdos. A adaptação ao meio líquido é uma fase muito importante e deve respeitar o momento de desenvolvimento do aluno (VELASCO. fazendo com que o aluno adquira várias competências aquáticas. Palmer ainda ressalta que o professor deve conhecer os conteúdos e os métodos de ensino da natação e saber transmiti-los aos alunos. No estudo realizado por eles. As demonstrações são tarefas realizadas pelo professor ou por uma pessoa que saiba executar corretamente e também deve conter as principais características da tarefa. respiração. a fim de melhorar a locomoção do aluno na água. sempre com humor. que não precisam ser ensinados necessariamente nessa ordem. Outra conclusão é que a natação pode contribuir para a aprendizagem de atividades além dos quatro estilos. No caso da natação é comum que o professor fique dentro da piscina e demonstre os exercícios de forma completa. onde o aluno irá conhecer e explorar o espaço físico. Quando essas etapas estiverem bem assimiladas passa-se para a aprendizagem dos quatro estilos. A forma com que o professor comunica-se com seus alunos é fundamental para que eles entendam o que devem realizar. p. viradas e chegadas. feita através da boca. os autores defendem a utilização da brincadeira espontânea e não dirigida. como modelo”. Porém.com todas as partes envolvidas no movimento. Pimentel (2005. Eles podem e devem ser utilizados no ensino de todos os esportes. Tanto que Palmer (1990) defende a demonstração fora da piscina e diz que se feita de maneira correta pode contribuir para a aprendizagem do aluno. p. quanto fora da piscina. A pesquisa realizada por Cornélio (1999) teve o objetivo de demonstrar a importância das atividades lúdicas no processo ensino e aprendizagem da natação infantil. contribuiu com mudança do comportamento motor dessas crianças. tornar a aula divertida e agradável e repreender quando necessário. eles devem ter um objetivo que contribua para atingir o objetivo geral da aula. 374) dizem que para que uma atividade seja considerada como brincadeira. mesmo a natação sendo um esporte individual. brincar. p. dentro da água. o conhecimento sobre a modalidade. que foram observadas participando de quinze aulas onde foram utilizadas atividades lúdicas para o ensino dos estilos crawl e costas. pois o efeito será o mesmo. Para os autores. elogiar. deve encorajar. .: o professor explica que o aluno deve fazer propulsão de pernas de crawl e demonstra somente a braçada com respiração 3X1. especialmente pela criança. são determinantes para caracterizar o tipo de relação que haverá entre o professor e os alunos. parado no lugar). a autora defende a demonstração realizada dentro da piscina. a complexidade do exercício e a capacidade do aluno. na forma de jogos prédesportivos ou simplesmente na forma de brincadeiras. Para Palmer (1990) o professor deve ser firme sem ser exigente e sem desprezar seus alunos. diferentemente de outros autores já citados. Para Corrêa e Massaud (2004) o professor deve criar situações de desafio e superação e tentar alcançar o objetivo do aluno. é preciso que seja “espontânea e não receba seus objetivos das disciplinas educativas”. Uma boa relação professor/aluno é indispensável para o bom andamento da aula. porém observa-se um grande número de professores que demonstram somente a parte mais importante do exercício (ex. Isto não significa que este tipo de demonstração não é suficiente para que o aluno entenda a execução e faça corretamente. Já para Velasco (1994. o professor deve criar atividades recreativas que auxiliem na sociabilização dos alunos e deve oportunizar vivências aquáticas que são importantes para facilitar o domínio do esporte. E para Catteau e Garoff (1990) o constante comportamento do professor. Concluiu-se que a utilização dessas atividades. Já Catteau e Garoff (1990. p. Os sujeitos foram seis crianças de 7 a 9 anos. principalmente para as crianças. “nada é mais importante do que o professor junto ao aluno. melhorar a relação entre os alunos e entre professor e alunos. que imitam os movimentos que observam. 85). 17) argumenta que “os jogos são importantes meios de aprendizagem social”. ou seja. Neste tipo de demonstração o professor pode estar tanto dentro. esses jogos não devem ser aplicados sem nenhum propósito. o que mostra que diferentemente de Palmer. além de proporcionar maior variabilidade de movimentos. Portanto.dentro do meio líquido. de forma lúdica. Macedo et al. ele não será capaz de realizar uma determinada tarefa. Porém. Uma piscina muito funda não é favorável à aprendizagem de um indivíduo de baixa estatura. Quanto mais complexa é a tarefa. quando comparada com os outros dois fatores. o professor deve considerar os princípios da aprendizagem motora e utilizar estratégias para organizar a prática de modo coerente com a aptidão dos alunos. O nível sete corresponderia à utilização da natação de variadas formas e com vários fins. respeitando-se os objetivos da educação física escolar. A tarefa. é o agente que causa maior dificuldade na aprendizagem. mais difícil é aprendê-la. elaborar uma possível pedagogia para o ensino da natação. Organismo. depois os professores dão maior importância para a aprendizagem dos quatro estilos. Os níveis de três a seis corresponderiam às mudanças graduais no padrão de locomoção aquática. Os pesquisadores testaram quatro escolas e concluíram que em duas escolas as atividades lúdicas estão presentes durante o ensino de todos os conteúdos da natação e nas outras duas as atividades lúdicas estão presentes só no início da aprendizagem. (2007) realizaram uma pesquisa com o objetivo de investigar se a natação está sendo ensinada em escolas de ensino fundamental. coordenação e concentração por parte do indivíduo. Quando o indivíduo ainda não atingiu a maturação necessária. ambiente e tarefa. além de melhorar a relação entre os alunos e entre o professor e os alunos. constatou-se que o professor deve ter conhecimentos sobre aprendizagem motora e psicologia infantil. pois seus músculos ainda não atingiram certo grau de força. na parte de adaptação ao meio líquido. em seu estudo. coordenação e equilíbrio. Segundo eles os professores devem ter conhecimento sobre: crescimento e desenvolvimento humano (organismo). ambiente e tarefa formam uma tríade que pode nos explicar um fator muito freqüente nos esportes: os erros. além de estar preparado para possíveis mudanças que poderão ocorrer durante a aula. . talvez pelo não entendimento da explicação ou simplesmente pelo fato de não estar apto a realizar. Fernandes e Lobo da Costa (2006) tentaram. Xavier Filho e Manoel (2002) fizeram uma possível divisão de sete níveis do desenvolvimento do comportamento motor aquático. A não aptidão resulta das características do próprio indivíduo. O ambiente também pode influenciar na realização de uma tarefa. Eles são a demonstração de que o aluno não aprendeu a executar corretamente determinada tarefa. baseada na interação organismo. sendo que os dois primeiro níveis corresponderiam à transição entre o reflexo de nadar e o controle postural voluntário. Algumas tarefas exigem muita técnica. características do ambiente aquático (ambiente) e mecânica dos movimentos dos quatro estilos e de todas as tarefas aplicadas (tarefa). do mesmo modo que uma piscina muito rasa não é favorável à aprendizagem de um indivíduo de alta estatura. 15). deve-se ter cuidado com a freqüência de utilização desse método. mas sim. Na maioria das vezes. ao invés de se dedicar o tempo inteiro a um único aluno. através dele o aluno pode saber como executou o movimento e vai obter do professor a informação sobre como deveria ter feito. O professor deve estimular seu aluno a utilizar o feedback intrínseco. informações sobre o padrão de movimento que realizou. o que é prejudicial para a aprendizagem. Segundo Palmer (1990) existe vantagens e desvantagens quanto à utilização de materiais. o intrínseco e o extrínseco. pois a dependência dele faz com que o aluno nunca seja capaz de detectar seus erros. O feedback intrínseco origina-se de fontes internas ao corpo e é o meio pelo qual o indivíduo consegue detectar e talvez corrigir seu próprio erro. Quando se fala em erros. pois o professor tem mais facilidade do que o aluno em detectar o erro. são utilizados para a prática parcial dos exercícios (ex. sendo que o professor não precisa ficar o tempo inteiro auxiliando fisicamente alunos que não conseguem fazer os exercícios sem ajuda. que terá que convencer o aluno da importância de fazer exercícios sem . Existem dois tipos de feedback. flutuador para exercícios de propulsão de braços). quando realizam uma tarefa e que podem ser usadas para a correção do erro. fazendo com que o aluno não se sinta seguro sem o material e não queira retirá-lo para executar outros exercícios. O feedback é amplamente utilizado nos esportes. Isso já dificulta o trabalho do professor. Os autores fazem várias considerações a cerca de feedback. ou seja.: palmar ou caneleira para a prática dos estilos completos). definido por Schmidt e Wrisberg (2001) como informações que os indivíduos obtêm de seus movimentos. Já duas desvantagens são que se os materiais não forem colocados corretamente podem atrapalhar a execução do aluno e se utilizados com muita freqüência podem causar dependência. como diagnóstico.: aprendizagem somente da braçada ou da pernada de algum estilo. Uma vantagem descrita por ele é o fato de o material “dar mobilidade e liberdade imediata na água” (p. O feedback extrínseco é o mais utilizado em aprendizagem motora. temos que falar de feedback. Através deles os professores devem corrigir seus alunos e ajudá-los na execução correta. portanto facilita o trabalho do professor.Uma consideração muito importante a cerca dos erros é que eles não podem ser considerados como fracasso. O feedback extrínseco origina-se de fontes externas ao corpo e é o meio pelo qual o professor detecta e corrige o erro do aluno. Quando o aluno errar ele deve perguntar onde foi que ele errou e fazê-lo propor uma possível correção. Eles podem ser utilizados para alunos de todas as idades com diferentes objetivos (ex. Uma delas é que a função do feedback é fornecer ao praticante.: prancha ou tubo para exercícios de propulsão de pernas. porém alguns podem ser utilizados para a prática global (ex. que pode dar mais atenção a todos. Outro aspecto a ser descrito é quanto à utilização de materiais. Porém. treinamento somente de propulsão de pernas ou de braços). para que os alunos entendam perfeitamente o que ele diz e que executem os movimentos corretamente. para crianças o ideal é seis alunos e para adultos o ideal é dez alunos. Temos que considerar que esse número pode variar de acordo com o nível de aprendizagem dos alunos da turma e de acordo com o número de professores. da forma como observaram. Eles afirmam que os programas têm que levar em consideração as características do desenvolvimento motor do grupo de crianças. se forem adaptados de acordo com a faixa etária. a estruturação da prática da habilidade de nadar e o nível de demanda da tarefa. visto que algumas turmas têm aproximadamente vinte alunos. caso contrário ele nunca terá autonomia para nadar sozinho. portanto o professor deve ser visual e oralmente correto. que em piscinas com profundidade maior que a altura dos alunos. No presente trabalho abordaremos a faixa etária de 06 a 12 anos. A infância é uma fase muito importante na vida de uma pessoa. Palmer (1990) que diz que o número ideal de alunos numa aula. livre e criativa. um determinado estilo de ensino e a organização das tarefas. p. porém existe pelo menos dois ou três professores. é de seis a doze alunos. um para cada nível. As autoras concluíram que programas estruturados dessa forma podem ser utilizados não só para o ensino de crianças. Machado (1978) diz que o número ideal é dez alunos. 3.material. pois muitos acontecimentos que se dão nessa fase influenciarão decisivamente na criação da personalidade do futuro adulto. Gama e Carracedo (2003) realizaram um estudo com o objetivo de propor a elaboração de programas de ensino de natação para crianças. Para Palmer (1990) as crianças imitam os movimentos que observam. Eles enfatizam também.2 Natação para crianças Bee e Mitchell (1986) dividem a infância em duas fases. a utilização de materiais. E por fim podemos falar do número de alunos nas aulas. para crianças o ideal é três alunos e para adultos o ideal é seis alunos e em piscinas onde a profundidade não é maior que a altura dos alunos. mas também. uma que vai dos 18 meses aos 06 anos de idade e outra que vai dos 06 aos 12 anos. O autor atenta para o fato de que crianças não são adultos e têm o direito de viver intensamente a infância de forma lúdica. para adultos e idosos. Santiago e Tahara (2007) realizaram uma pesquisa com o objetivo de investigar como os . E Lima (1999) diz mais especificamente. Freudenheim. pois fica muito difícil para o professor conseguir ensinar e corrigir a execução de todos. 35) a criança deve ser considerada “um ser que constrói suas relações com o mundo através de suas próprias atividades cotidianas”. para apenas um professor. Para Santos (1996. que não pode ser muito alto. excesso de atividade e falta de tempo. Conclui-se que os professores falam da importância da ludicidade nas aulas. Mais um trabalho muito importante a respeito das atividades lúdicas é o de Barbosa (2007). Eles também investigaram como os pais caracterizam os profissionais que trabalham a natação com seus filhos. a estruturação da prática da habilidade de nadar e o nível de demanda da tarefa. segurança contra afogamentos e prevenção de doenças respiratórias. Os autores ressaltam que uma metodologia autoritária. Isso mostra que o profissional não deve se restringir apenas a ensinar os quatro estilos. Os programas têm que levar em consideração as características do desenvolvimento motor das crianças. A maioria das respostas foi: desenvolvimento da criança. já alcançou o objetivo de aprender a nadar. As respostas estão listadas de forma que as primeiras foram as que tiveram maior incidência: atividade monótona e cansativa. falta de afinidade com o grupo. Como a maioria dos motivos para a desistência foi relacionada com a prática pedagógica. a responsabilidade e a inovação são características desses profissionais. A permanência dessas crianças na natação deve continuar até o fim da vida. ficando evidente a falta de direcionamento de objetivos e propostas adaptadas para esta faixa etária. Magri (2005) investigou quais os motivos que levavam crianças na faixa etária de nove a doze anos a desistirem das aulas da natação. na prática não estão aplicando adequadamente este conteúdo. foi aplicado questionário a professores de natação e feita análise das atividades aplicadas nas aulas e feita uma comparação. Novamente podemos citar o estudo de Freudenheim. e o método de ensino é crucial para a permanência delas nas aulas. qualidade de vida.pais justificam a aderência dos filhos às aulas de natação. clima frio ou calor. problemas de saúde. Gama e Carracedo (2003) que teve o objetivo de propor a elaboração de programas de ensino de natação para crianças. Na mesma pesquisa também foi investigado os motivos pelos quais. Para isso. diferentes níveis de habilidade entre os grupos e piscina e profundidade. Corrêa e Massaud (2004) dizem que os professores devem respeitar o nível de desenvolvimento e maturação das crianças. além de identificar se brincadeiras e/ou atividades lúdicas estavam sendo utilizadas pelos professores como estratégias motivacionais. . Muitos pais disseram que a dedicação. para que a saúde seja preservada. a pesquisadora concluiu que os professores devem repensar seus métodos de ensino e entender a importância de um trabalho bem estruturado. a especialização precoce e o não desenvolvimento integral das crianças vêm causando muita evasão no esporte. falta de interesse pela modalidade. insatisfação com o professor. os pais matriculavam seus filhos em aulas de natação. Alguns pais comentaram que as atividades lúdicas contribuem para a aderência de seus filhos em aulas de natação. porém. O objetivo do trabalho foi verificar e analisar como estava ocorrendo o processo ensino/aprendizagem da natação para crianças de 6 a 12 anos nas academias da cidade de Bauru-SP. é difícil fazer com que o aluno sinta confiança no professor e nele próprio. Um trabalho que pode ser citado é o de Mariani (1997). Através das respostas obtidas. às vezes por influência dos pais ou por algum trauma sofrido na infância. pois isso pode retardar a evolução do aluno e fazê-lo desistir de praticar a natação. Muitas pessoas têm medo de água.3 Natação para adultos Segundo Gallahue e Ozmun (2005) a fase adulta vai de 20 a 59 anos. por exemplo. para que ele aprenda a nadar. para investigar os motivos que levavam pessoas adultas a praticar natação mostra que a maioria das pessoas tinha como objetivo: segurança contra afogamentos. Para alunos que querem apenas relaxar. Atualmente fala-se muito em estresse. encontravam-se muito satisfeitas. porém todas as pessoas observaram melhora no condicionamento físico. mesmo aquelas que não tinham esse objetivo e por isso. reabilitação médica para problemas respiratórios e posturais. O objetivo do trabalho foi identificar os motivos pelos quais pessoas procuravam a hidroginástica. Surgem agora novas atividades que ocupam a maior parte do tempo de uma pessoa adulta como trabalho e vida familiar. visando a melhor forma de aprendizagem. o que exige que o professor crie uma nova proposta de trabalho.4 Natação para idosos . Acredita-se que muitas pessoas que praticam a natação querem se livrar do estresse. 3. Muitas vezes. considerado uma doença da era moderna que atinge pessoas que trabalham excessivamente. recuperando-se física e mentalmente. Machado (1978) fala que o medo e a insegurança do aluno atrapalham o trabalho do professor e o bom andamento da aula. Um fator importante que pode ser lembrado quando se trabalha com adultos. pois também estamos tratando de atividades aquáticas e podemos relacionar tais atividades. Surgiram poucas respostas relacionadas à competição e perda de peso. que apesar de ter sido feito com alunas de hidroginástica. É nessa fase da vida que a pessoa deve assumir maior responsabilidade. a pesquisadora concluiu que os principais foram: problemas de saúde e questões sociais. realizar uma atividade física para ocupar o tempo livre ou para ter qualidade de vida. é a questão do medo e da influência que isso causa no processo de aprendizagem. portanto o professor precisa encontrar estratégias para convencer o aluno da importância da perda do medo.3. o professor deve utilizar uma metodologia diferente daquela utilizada para aqueles que querem competir ou emagrecer. Uma das formas de combater esta característica é a prática regular de atividade motora. A pesquisa realizada por Moisés (2006) em academias. pode ser encaixado neste trabalho. contribuindo para uma presença mais significativa dessas pessoas nesses programas. realizado por Bento et al.São consideradas idosas as pessoas que têm idade igual ou superior a 60 anos (GALLAHUE. As capacidades avaliadas antes depois do período de . através da RCQ. tanto os que praticavam três vezes por semana. O estudo de Rosa et al. Santos (2005) diz que a aprendizagem de novas habilidades motoras gera plasticidade cerebral. por no mínimo 6 meses. ou seja. A amostra foi constituída por 31 idosos do sexo feminino. mas sim. Isso mostra-nos que os idosos têm consciência dos benefícios que a atividade física ocasiona no organismo. aumenta o número de neurônios centrais e periféricos e aumenta o número de sinapses entre os neurônios. e os professores de educação física devem criar atividades que desenvolvam as potencialidades dessas pessoas. praticantes de hidroginástica (23) e natação (8). teve o objetivo de investigar a relação da freqüência semanal em aulas de natação. OZMUN. arteriosclerose. pulmonar e renal e lentidão cognitiva e motora. (2007). Há certo tempo vem crescendo no Brasil essa parcela da população. Outro estudo. com os níveis de adiposidade. 2005). através do IMC e o perfil de distribuição de gordura corporal. diabetes. Mas. Andreotti e Okuma (2003) realizaram uma pesquisa com o objetivo de investigar os motivos que levavam idosos a ingressarem em um programa de atividade física. pois aumenta sua capacidade cognitiva e motora. Para o idoso isso é benéfico. O processo de envelhecimento acarreta várias mudanças no organismo e aumenta o risco de incidência de doenças. osteoporose. quanto os que praticavam seis vezes por semana. McArdle. As mais comuns são: hipertensão arterial. como uma fase de adaptações. Os sujeitos foram 76 atletas nadadores com mais de 50 anos. Katch e Katch (2003) também salientam alterações endócrinas e redução da massa muscular e óssea. seguida de perda de força muscular. Os autores argumentam que a prática regular de atividade física retarda os efeitos do envelhecimento e promove longevidade. Trindade (2005) lista possíveis alterações que podem ocorrer nessa fase da vida. o autor ressalta que o envelhecimento não pode ser considerado um período da vida onde só ocorre declínio das capacidades físicas e redução das funções corporais. É necessário que haja também diferentes atividades relacionadas à saúde e entretenimento dessas pessoas. Conclui-se que os atletas apresentaram valores desejáveis de IMC e RCQ e que a freqüência semanal não influenciou na melhora desses valores. obtiveram bons resultados. (2008) teve como objetivo verificar a influência do período de interrupção de 12 semanas na aptidão funcional de mulheres idosas. As duas respostas mais freqüentes foram: indicação de amigos e melhorar a saúde e a qualidade de vida. redução das funções cardiovascular. obesidade. praticantes de atividades aquáticas. onde através da observação e aplicação de questionários buscamos descrever os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores de natação no processo ensino/aprendizagem desta modalidade.interrupção foram: flexibilidade.1 Tipo de pesquisa A pesquisa se caracterizou por ser de campo e qualitativa. aptidão. Para que sejam obtidos resultados satisfatórios. em academias. visto que elas podem atuar como importantes estratégias de aprendizagem. para todas as idades e para todo tipo de atividade aquática. não só para crianças ou somente para a fase de adaptação ao meio líquido. aumentou o número de idosas com a aptidão funcional considerada fraca. Concluiu-se que o IAFG e a coordenação das idosas tiveram perdas durante o período de interrupção de 12 semanas. 4. coordenação. força dos membros superiores. Aqui se mostra a importância da pesquisa realizada por Moisés (2006). Esse resultado mostra-nos que é imprescindível repensar-se a utilização das atividades lúdicas em aulas de natação. capacidade aeróbia. 4 MATERIAL E MÉTODO 4. que não atingiu os interesses e necessidades dos alunos. ou tirarem seus filhos dos cursos. A pesquisadora concluiu que algumas pessoas não estão satisfeitas com a metodologia utilizada pelas academias. A desistência das aulas na fase infantil ou adulta pode levar o aluno a nunca mais praticar o esporte. visto que alguns podem ter algum tipo de receio com relação à água como medo de se afogar ou ter algum trauma de infância. O autor investigou os motivos que levavam pessoas adultas a desistirem dos cursos de natação. para diferentes faixas etárias. Na natação. ou seja. agilidade e IAFG (Índice de Aptidão Funcional Geral). é necessário que a prática seja constante e permaneça até a fase idosa. o método de ensino utilizado pelo professor é crucial para a permanência do idoso nas aulas.2 Sujeitos . mas sim. A análise foi feita de modo que nessas aulas somente os idosos foram considerados. O estudo-piloto foi realizado para que pudéssemos avaliar a viabilidade das filmagens. 03 (três) de cada faixa etária.3 Procedimentos Entramos em contato com quatro academias para explicar a elaboração do trabalho. A entrevista foi gravada e analisada posteriormente. adulto e idoso. uma para cada faixa etária (crianças. 4. os procedimentos metodológicos utilizados pelos professores. 06 (seis) e 04 (quatro) alunos. em três diferentes academias de natação da cidade de Bauru-SP. 07 (sete) e 08 (oito) alunos nas turmas de criança. sendo que o idoso estava inserido nas aulas de adulto. sendo que tudo o que ocorreu na aula. todas as academias foram contatadas para participação na pesquisa. Todas as academias aceitaram. Portanto. sempre com um único professor. somente 01 (um) aluno era idoso. que consistiu na filmagem de uma aula de criança. adulto e idoso. pedimos autorização para filmarmos 03 aulas. 02 (dois) e 07 (sete) alunos nas turmas de criança. Na segunda academia houve respectivamente 03 (três). para verificar se existe consenso entre os resultados obtidos e as respostas apresentadas. relacionado a adultos. Quanto às aulas de idoso. A priori. foram filmadas aulas de adulto que continham a presença do idoso. na prática. A intenção da entrevista foi compará-la com a análise da aula. além de encontrar a melhor posição de filmagem. somente 03 (três) eram idosos. Houve o mesmo número de professores que atuavam com crianças. foi descartado. Também pedimos autorização para entrevistarmos os professores responsáveis pelas aulas filmadas. no I Semestre de 2008. adultos e idosos. com perguntas sobre a metodologia utilizada por eles. Quanto à entrevista havíamos elaborado primeiramente as seguintes questões: . adultos e idosos) visando identificar. através da análise feita posteriormente. Na primeira academia houve respectivamente 06 (seis). Para as outras três academias. Todas as aulas tinham duração de 50 minutos e a entrevista continha 07 perguntas semi-estruturadas. ou seja. sendo que na aula de idoso.A população do estudo se constituiu de 09 (nove) profissionais de Educação Física que atuavam com o ensino da natação para diferentes faixas etárias. Assim. observamos que nenhuma das academias trabalhava com turmas específicas de idoso. somente 02 (dois) eram idosos. Em uma das academias foi realizado somente o estudo-piloto. sendo que na aula de idoso. sendo que as filmagens e as entrevistas foram feitas de acordo com a disponibilidade dos professores. sendo que na turma de idoso. realizamos primeiramente a filmagem e posteriormente a entrevista. Na terceira academia houve respectivamente 05 (cinco). 1) Você teve a disciplina de natação no curso de educação física? 2) Você fez cursos de natação extracurriculares? 3) Existe um planejamento do processo ensino/aprendizagem da natação nesta academia? Esse planejamento é diferente para as diferentes faixas etárias? 4) Na sua prática profissional, qual a diferença em ministrar aulas para crianças, adultos e idosos? 5) Aponte as principais dificuldades e/ou facilidades em ministrar aulas para crianças, adultos e idosos. 6) Você modifica as atividades, os materiais e a linguagem para as diferentes faixas etárias? 7) Em sua opinião, qual o número ideal de alunos para o processo ensino/aprendizagem da natação nas diferentes faixas etárias? Após a realização da primeira entrevista houve algumas modificações. A primeira pergunta foi acrescida de mais uma pergunta. Perguntava-se: “Você teve a disciplina de natação no curso de educação física? E você acha que só a disciplina é suficiente para dar aulas?”. Na segunda pergunta, quando o professor respondia que havia feito cursos extracurriculares, era pedido para que ele falasse rapidamente sobre os cursos. Na terceira pergunta, quando ele falava que havia um planejamento do processo ensino/aprendizagem, era pedido para que ele falasse rapidamente sobre esse planejamento. Percebeu-se que dessa maneira os entrevistados apresentavam respostas mais completas. Portanto, o primeiro entrevistado, que foi o professor da aula de adulto da academia 1, apresentou respostas restritas para as três primeiras perguntas. Antes de iniciar a entrevista, as perguntas eram mostradas para os professores, para facilitar o andamento da entrevista. As entrevistas foram realizadas, de forma que, somente quando era necessário, havia interferência por parte da entrevistadora, sendo que isto ocorreu em poucos momentos. 4.4 Material Para a realização das filmagens foi utilizada primeiramente uma câmera que necessitava de fitas VHS. Essa filmadora foi utilizada nas três primeiras aulas, filmadas em uma das academias. As outras aulas foram filmadas com uma câmera digital, que utilizava fitas DV. Para fazermos a descrição das aulas da primeira academia, foi utilizada uma televisão, onde foram conectados os cabos da câmera. As outras aulas foram assistidas na própria câmera, não necessitando de televisão. Para a realização das entrevistas foi utilizado um mp3 e fones de ouvido, para gravá-las e transcrevê-las. 4.5 Análise e discussão dos resultados A análise dos resultados encontrados nas aulas e nas entrevistas foi feita de forma qualitativa. Primeiramente foi feita a descrição de tudo o que ocorreu na aula, as atividades aplicadas, os materiais utilizados e partir da descrição pudemos detectar e analisar as diferenças, comparando-as com a literatura. Buscamos sintetizar os conteúdos aplicados e verificar se ocorreram diferenças nas aulas para os três grupos, enfatizando os seguintes critérios: a) atividades / complexidade; b) seqüência; c) tipos de práticas; d) estrutura da piscina (tamanho e profundidade) / materiais; e) posição de ensino / demonstração / linguagem; f) número de alunos na aula / relação entre alunos / relação entre professor e alunos; g) feedback do professor; h) atividades lúdicas. As entrevistas foram transcritas e posteriormente foram analisadas, de modo que tentamos observar ligação dos eventos ocorridos nas aulas, com as respostas apresentadas. 5 RESULTADOS 5.1 Descrição das aulas 5.1.1 Academia 1 A) Atividades / Complexidade Na aula de criança, quatro alunos (A, B, C e D) estavam no nível de aperfeiçoamento e faziam os mesmos exercícios, que eram mais complexos do que os exercícios feitos pelos outros alunos. Dois alunos (E e F) estavam no nível de iniciação e faziam exercícios diferentes. Portanto houve diferença nas atividades realizadas entre os níveis e dentro dos níveis. Dentro do nível de aperfeiçoamento uma única atividade era realizada por todos, havendo diferença somente no volume, descrito pelo número total de piscinas. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos. • Alunos A e B (aperfeiçoamento / total de 60 piscinas): - 16 piscinas de estilo crawl com virada olímpica; - 8 piscinas de pernada do estilo costas com a prancha abraçada ao peito; - 3 séries de: 2 piscinas de pernada do estilo crawl com mão de palmateio e cabeça fora da água / 2 piscinas de pernada do estilo costas, na ida com o braço direito estendido para cima e o outro junto ao corpo, na volta invertia os braços / 2 piscinas de estilo peito; - 2 piscinas de mergulho; - 6 piscinas de pernada do estilo costas com a prancha em cima do joelho, na ida com a braçada normal do estilo costas, com uma mão segurando na prancha enquanto o outro braço fazia a braçada, na volta com a braçada invertida do estilo costas (de trás para frente), com uma mão segurando na prancha enquanto o outro braço fazia a braçada; - 10 piscinas, na ida estilo crawl, na volta estilo costas; - Brincadeira no final da aula (todos os alunos participaram): Os alunos foram divididos em duas equipes de três pessoas. Uma equipe ficou na raia 1 e a outra equipe ficou na raia 4. O objetivo da brincadeira era acertar a bola na borda da piscina do time adversário, a fim de marcar pontos. Cada acerto valia um ponto. Ao mesmo tempo eles tinham que defender a sua própria borda, para evitar o ponto da equipe adversária. Vencia quem marcasse mais pontos. • Alunos C e D: (aperfeiçoamento / total de 42 piscinas): - 10 piscinas de estilo crawl com virada simples; - 6 piscinas de pernada do estilo costas com a prancha abraçada ao peito; - 2 séries de: 2 piscinas de pernada do estilo crawl com mão de palmateio e cabeça fora da água / 2 piscinas de pernada do estilo costas, na ida com o braço direito estendido para cima e o outro junto ao corpo, na volta invertia os braços / 2 piscinas de estilo peito; - 2 piscinas de mergulho; - 4 piscinas de pernada do estilo costas com a prancha em cima do joelho, na ida com a braçada normal do estilo costas, com uma mão segurando na prancha enquanto o outro braço fazia a braçada, na volta com a braçada invertida do estilo costas (de trás para frente), com uma mão segurando na prancha enquanto o outro braço fazia a braçada; - 8 piscinas: na ida estilo crawl; na volta estilo costas; - Mesma brincadeira descrita acima. • Aluno E (aprendizagem / total de 26 piscinas): - 8 piscinas de estilo crawl (rústico); - 6 piscinas de pernada do estilo costas com o tubo nas costas; - 6 piscinas de pernada do estilo crawl com braçada do estilo peito; - 6 piscinas de estilo crawl com uma mão segurando na prancha enquanto o outro braço fazia a . visto que no momento de atividade livre os exercícios realizados foram muito diferentes em relação ao ritmo e ao volume. porém ficou evidente que um aluno possuía melhor condicionamento físico do que o outro.Mesma brincadeira descrita acima. Enquanto um realizava atividades de descanso. afundar e soltar o ar pelo nariz. somente nos momentos em que o professor permitia atividades livres.Mesma brincadeira descrita acima. . • Aluno F (aprendizagem / total de 20 piscinas): . que tinha por objetivo intercalar exercícios de hidroginástica com exercícios de natação. . o outro mantinha executando os estilos e alguns educativos.Com o tubo nas mãos. é que havia diferença.4 piscinas de cachorrinho (pernada de crawl e braçada submersa com a cabeça fora da água. . A aula de adulto foi de hidro swimming. . mexendo os braços juntos para frente e para trás e as pernas chutando alternadamente para os lados. . . Eles estavam no mesmo nível. . deslocando-se para frente).4 piscinas de canguru (saltar.4 piscinas correndo.6 piscinas de pernada do estilo crawl com o tubo nas mãos e os braços estendidos.4 piscinas de pernada do estilo costas com o tubo nas costas.Aquecimento: .Com o tubo nas mãos. .braçada.5 minutos livre: o aluno A só fez mergulho e o aluno B nadou todos os estilos e fez alguns exercícios educativos dos estilos crawl e costas (somente pernada ou somente braçada). mexendo os braços juntos para frente e para trás e as pernas chutando alternadamente para frente.2 piscinas de mergulho. . Os dois alunos fizeram os mesmos exercícios. como mergulho. Como eles faziam exercício por tempo. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos. .Com o tubo nas mãos. . porém a aluna fez com a cabeça na água). . mexendo os braços juntos para frente e para trás e as pernas chutando alternadamente para trás. repetidas vezes.Alongamento: os alunos fizeram um rápido alongamento de braços e pernas por conta própria. não foi contado o número total de piscinas.5 minutos de exercícios de hidroginástica: . 5 minutos de exercícios de hidroginástica: .Alongaram peitorais direito e esquerdo com o braço encostado na parede e a palma da mão voltada para a parede. depois inverteram a perna. braços juntos ao corpo. qualquer outro estilo que não fosse o estilo costas. braços alternados cavoucando a água de baixo para cima com as palmas das mãos voltadas para cima. . livre. .Alongamento: . mas apresentava algumas dificuldades. flexionavam os cotovelos para cima com as palmas das mãos voltadas para cima. . joelhos flexionados na superfície da água.Em pé. . fazendo virada olímpica ou simples.Estendiam alternadamente as pernas para frente e encostavam o pé na parede.5 minutos nadando. O outro aluno estava no nível de aprendizagem.Com as mãos encostadas na borda da piscina. estendiam perna esquerda para frente e encostavam o pé na parede. .Abdominal com o tubo nas costas. estilo medley (respectivamente os estilos borboleta.Estenderam tríceps direito e esquerdo atrás da cabeça. .5 minutos de exercícios de hidroginástica: . estilo costas. .Estenderam ambos os braços para frente e para cima. corriam no lugar. estenderam a perna direita e encostaram o pé na parede. na ida. um aluno estava no nível de aperfeiçoamento e possuía melhor condicionamento físico do que o outro. peito. porém agora flexionavam os joelhos alternadamente.5 minutos nadando. .Em pé. flexionavam o tronco próximo aos dois joelhos.Mesmo exercício.5 minutos de exercícios de hidroginástica: .Em pé. . na volta. estendiam perna esquerda para trás. levantando bastante o calcanhar. na ida. afastando os joelhos e colocando as mãos nos pés. porém não era iniciante. . Na aula de idoso.Mesmo exercício. faziam três braçadas do estilo peito e três alongamentos de braços estendidos para trás. costas. estendiam perna direita para trás. crawl).Estendiam perna direita para frente e encostavam o pé na parede. .Puxaram perna direita e esquerda para trás para estenderem quadríceps. . . .Com as mãos apoiadas na borda.5 minutos nadando o estilo crawl sem parar e sem colocar os pés no chão. estendiam os cotovelos para baixo com as palmas das mãos voltadas para baixo.. . sem colocarem o pé no chão. na volta. . realizando maior volume de exercícios. . canguru. feita .Exercício em pirâmide: 1 piscinas de estilo crawl / 2 piscinas de estilo costas / 3 piscinas de estilo peito / 4 piscinas de estilo crawl / 5 piscinas de estilo costas / 6 piscinas de estilo peito (a aluna não terminou as 6 piscinas de peito). C. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos. • Aluno B (total de 58 piscinas): . para os alunos A. B) Seqüência Na aula de criança.Exercício em pirâmide: 1 piscina de estilo crawl / 1 piscina de estilo costas ou peito (de acordo com a preferência do aluno) / 2 piscinas de estilo crawl / 2 piscinas de estilo costas ou peito / 3 piscinas de estilo crawl / 3 piscinas de estilo costas ou peito / 4 piscina de estilo crawl / 4 piscinas de estilo costas ou peito / 5 piscinas de estilo crawl / 5 piscinas de estilo costas ou peito / 6 piscinas de estilo crawl / 6 piscinas de estilo costas ou peito.Exercício em pirâmide: 6 piscinas de estilo crawl / 5 piscinas de estilo costas / 4 piscinas de estilo peito / 3 piscinas de estilo crawl / 2 piscinas de estilo costas / 1 piscina de estilo peito. para o aluno F). sendo que o primeiro exercício que cada aluno realizou. D e E.Exercício em pirâmide: 1 piscina de estilo crawl / 1 piscina de estilo costas ou peito (de acordo com a preferência do aluno) / 2 piscinas de estilo crawl / 2 piscinas de estilo costas ou peito / 3 piscinas de estilo crawl / 3 piscinas de estilo costas ou peito / 4 piscina de estilo crawl / 4 piscinas de estilo costas ou peito / 5 piscinas de estilo crawl / 5 piscinas de estilo costas ou peito / 6 piscinas de estilo crawl / 6 piscinas de estilo costas ou peito. que era diferente para os dois níveis (aperfeiçoamento e aprendizagem) e a brincadeira no final da aula era o encerramento da aula. podia ficar em pé para respirar e dar outro impulso para deslocar-se para frente). . podia ficar em pé para respirar e dar outro impulso para deslocar-se para frente). . foi observada a diferenciação das partes inicial. • Aluno A (total de 86 piscinas): .Exercício em pirâmide: 1 piscina de estilo crawl / 1 piscina correndo / 2 piscinas de estilo crawl / 1 piscina correndo / 3 piscinas de estilo crawl / 1 piscina correndo / 4 piscinas de estilo crawl / 1 piscina correndo. .2 piscinas de flutuação (quando acabasse o ar. foi considerado aquecimento ou atividade introdutória (crawl. principal e final da aula. Os exercícios da parte principal expressavam o objetivo da aula. . Somente o primeiro exercício foi o mesmo para ambos os alunos. .como a respiração lateral do crawl. B.2 piscinas de flutuação (quando acabasse o ar. com o objetivo de treinamento. Os adultos. para os alunos A. Na parte principal. o tipo de prática parcial utilizado. porém com pouca ênfase na natação. Os idosos só realizaram a prática global e em alguns momentos um aluno realizou exercícios de corrida. .bola: para uma brincadeira realizada no final da aula. porém. 2 piscinas de outro estilo. Na aula de idoso. que mais uma vez enfatizavam a melhora do condicionamento utilizando as propriedades da água e como forma de quebra de ritmo da aula. Também foi observada uma atividade no meio da parte principal. corrida e crawl).: 1 piscina de um estilo. Os primeiros exercícios foram para o aquecimento (alongamento. foi a fracionalização. . a prática global (estilos completos) foi mais realizada (maior número de piscinas) do que a prática parcial dos exercícios (exercícios de propulsão de pernas. que contrastava com os outros exercícios (mergulho. Na aula de criança. atividade contrastante. com o objetivo de auxiliar a execução. não houve parte inicial. E todas as turmas utilizaram a prática em blocos. principal e final. 3 piscinas de outro estilo e assim sucessivamente até um número determinado) e a parte final foi um exercício de descanso (flutuação). intercalando exercícios localizados de condicionamento físico. C) Tipos de práticas Na aula de criança.tubo: para exercícios de propulsão de pernas para os dois alunos iniciantes. D e F). ou exercícios que uniam propulsão de pernas de um estilo com propulsão de braços de outro estilo).prancha: para exercícios de propulsão de pernas para os quatro alunos do nível de aperfeiçoamento. Em todas as turmas. realizaram mais a prática global (maior número de piscinas) do que a prática parcial. C. . utilizando as propriedades da água. D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais A piscina desta academia tinha 12.5 metros de comprimento por 08 metros de largura e 1.40 metros de profundidade e ficava dividida em quatro raias. houve a diferenciação de parte inicial. foram utilizados os seguintes materiais: .com todos os alunos. para que houvesse uma quebra de ritmo e um possível descanso antes da continuação. A parte final foi o alongamento. por exemplo. nos momentos em que eles nadavam. foram intercalados 5 minutos de exercícios de hidroginástica com 5 minutos de exercícios de natação. a não ser quando flutuavam para realizar o abdominal. B. A parte principal consistia na realização de pirâmides (ex. Na aula de adulto. Número de piscinas com os respectivos materiais utilizados na aula de criança. para um aluno. para auxiliar a execução (segurando nas mãos para exercícios de braços e colocado em volta das costas para exercícios de abdômen).tubo: para os exercícios de hidroginástica. O aluno E mesmo apresentando dificuldade.prancha: para exercícios de propulsão de pernas. Desta forma. não foi contado o número de piscinas. com o objetivo de treinamento. no momento de natação. A partir dos dados observamos que ocorreu a diferença no número de atividades devido ao nível de aprendizagem. foram utilizados: . no momento de natação. Somente a bola não foi considerada. c e D) fizeram mais exercícios sem material do que com material. por ter sido utilizada de maneira diferente. Figura 1. pois não necessitavam de auxílio. . Pela observação do gráfico observa-se que os quatro alunos de aperfeiçoamento (A. pois era iniciante. E a aluna F realizou o mesmo número de exercícios com e sem material.Abaixo está a figura 1 que apresenta os números de piscinas feitas com cada um dos materiais. maior ênfase nas atividades sem material e maior volume de aula (quantidade de piscinas) na aula dos alunos de aperfeiçoamento. nem quantas . B. realizou maior número de exercícios sem material do que com material.flutuador: para exercícios de propulsão de braços. para cada um dos alunos. Na aula de adulto. ou seja. para um aluno. . Os alunos permaneceram executando uma atividade por um tempo e posteriormente faziam atividades de hidroginástica. com o objetivo de treinamento. o professor ficou a aula inteira fora da piscina para demonstrar os exercícios de hidroginástica e os exercícios de natação eram explicados verbalmente. não foi utilizado nenhum material. havia seis alunos para uma professora. somente no final da aula em que houve uma brincadeira ocorreu maior integração entre os alunos. Os alunos só conversaram um pouco no início e no fim da aula e a relação do professor com os alunos era amistosa. G) Feedback do professor Na aula de criança. pois só houve a prática global dos estilos e os materiais são comumente utilizados para a prática parcial. Os dois alunos idosos só conversaram um pouco no início e no fim da aula e a relação da professora com os alunos era amistosa.piscinas foram feitas com cada material. explicando verbalmente os exercícios da parte inicial. Na parte final ela ficou fora da piscina e a brincadeira foi explicada verbalmente. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos Na aula de criança. sendo observadas conversas durante vários momentos da aula. Na aula de idoso. Em um momento a professora ajudou um dos dois alunos idosos a ajustar os óculos de natação. Os alunos quase não conversavam durante a aula. a professora iniciou a aula fora da piscina. sempre explicando os exercícios verbalmente. sendo que somente dois eram idosos. Na aula de idoso. explicando verbalmente o exercício da parte principal. além das orientações verbais no início da prática das atividades o . havia sete alunos para uma professora. logo depois ela entrou na piscina e ficou durante toda a parte principal. Em dois momentos a professora precisou adaptar sua linguagem com um aluno quando pediu para que ele fizesse “canguru” e “cachorrinho”. logo depois ela entrou na piscina e permaneceu até o fim da aula. Na aula de adulto. Todos os exercícios foram explicados verbalmente. Não houve necessidade de adaptação de linguagem. Na aula de idoso. havia dois alunos para um professor. sendo que somente em um momento a professora precisou falar um pouco mais firme com dois alunos que estavam conversando. A relação entre a professora e os alunos foi amistosa. a professora iniciou a aula fora da piscina. Na aula de adulto. Em nenhum momento houve necessidade de adaptação de linguagem. Em nenhum momento houve demonstração dos exercícios. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem Na aula de criança. porém sem muita conversa. feedback corrigindo movimentos e posturas dos alunos durante as atividades propostas foi apresentado em apenas três momentos da aula.2 piscinas de pernada do estilo crawl com os braços estendidos a frente e uma mão em cima da outra. com a mão esquerda na prancha e braço direito junto ao corpo. . o feedback foi apresentado em apenas dois momentos. inverteram-se os braços e o lado da respiração. fazendo braçada do estilo crawl com respiração 3X1 (respiração a cada três braçadas). com a cabeça na água. de forma verbal. na parte final da aula. . respirando lateralmente para a direita.4 piscinas de estilo costas. . de forma verbal e demonstrativa. 5.2 Academia 2 A) Atividades / Complexidade Na aula de criança.2 piscinas de mergulho. para correção de postura. H) Atividades lúdicas As atividades lúdicas só estiveram presentes na aula de criança. na ida. nos exercícios de hidroginástica.2 piscinas de pernada do estilo crawl com os braços juntos ao corpo. . Na aula de idoso. Os alunos fizeram um total de 27 piscinas e algumas atividades em que não completavam uma piscina. parados no lugar. . pois apresentou dificuldade).Saída do estilo costas (os alunos A e B fizeram duas vezes e o aluno C fez três vezes. na volta.Em pé. na ida.4 piscinas de estilo crawl.2 piscinas de pernada do estilo crawl com a prancha. . . . A professora estava fazendo uma avaliação. de forma verbal. foi apresentado em apenas um momento.Flutuação. fora da água. Na aula de adulto. . Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos.1. os três alunos estavam no mesmo nível e realizaram os mesmos exercícios. de modo que davam um impulso com os pés na parede e deslizavam flutuando com o corpo estendido até que acabasse o ar (os alunos A e B fizeram duas vezes e o aluno C fez três vezes. respirando . na qual os alunos realizavam exercícios básicos da natação e a professora avaliava a execução e verificava se os alunos estavam aptos a mudar de nível. pois apresentou dificuldade). Os três alunos de aperfeiçoamento realizaram os mesmos exercícios. .2 piscinas de ondulação com os braços juntos ao corpo.lateralmente para a direita. .1 piscina do estilo costas com saída. tentando chegar primeiro do outro lado. então ele ficava fazendo exercícios por conta própria sem que houvesse interferência por parte da professora. segurando nela com as mãos. . foi relatado que o próprio aluno não queria ser orientado pela professora.2 piscinas de pernada do estilo costas com os braços juntos ao corpo.2 piscinas de pernada do estilo crawl com os braços estendidos a frente e uma mão em cima da outra. pois ele apresentava um tipo de deficiência nos membros inferiores e não gostava que a professora passasse algum exercício para ele. faziam braçada do estilo peito. pois apresentou dificuldade).2 piscinas de cachorrinho (pernada do estilo crawl e braçada submersa com a cabeça fora da água). . tentando chegar primeiro do outro lado. C e F) e também tinham melhor condicionamento físico e três (B. .Cambalhota para frente (todos os alunos fizeram uma vez).Atravessar a piscina por cima da raia.1 piscina do estilo peito com saída. Porém. na volta. . e os outros realizaram todos os exercícios diferentes.Plantar bananeira (apoiando as mãos no chão e erguendo as pernas estendidas. . . nadando rápido. porém não eram iniciantes e apresentavam similar condicionamento. . D e) que estavam no mesmo nível de aprendizagem e coordenação geral dos estilos. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos. por motivo de insegurança. seria fundamental a participação da professora para efetivar a inclusão da pessoa com deficiência em aulas regulares de natação. Na aula de adulto. Havia ainda um aluno que não foi considerado nesta pesquisa. justamente para este aluno.2 piscinas de pernada do estilo peito com os antebraços apoiados em cima da prancha que ficava a frente e a cabeça fora da água. nadando rápido. . os alunos B e C fizeram uma vez e o aluno A fez duas vezes. nadando rápido. na hora de respirar. pois apresentou dificuldade). . .Saída do estilo crawl (todos fizeram uma vez). tentando chegar primeiro do outro lado. ele tinha preferência por praticar aquilo que ele sabia ou gostava de fazer. Este fato pode demonstrar duas hipóteses: ou existe despreparo do profissional para trabalhar com esta clientela ou o próprio aluno se auto-exclui da aula. .1 piscina do estilo crawl com saída. respirando lateralmente para a esquerda. havia três alunos que estavam no nível de aperfeiçoamento (A. Neste caso. .Cambalhota para trás (os alunos A e B fizeram uma vez e o aluno C fez duas vezes. ainda com a prancha / 6 piscinas. • Aluno B (aprendizagem / total de 48 piscinas): . com pausa de 40 segundos entre cada estilo (durante as pausas a professora marcava 6 segundos no cronômetro e pedia para que os alunos verificassem a freqüência cardíaca que deveria se manter entre 14 e 18 bpm. pernada do estilo crawl. . para descansar). peito. C e F (aperfeiçoamento / total de 94 piscinas): . . . crawl). na volta.6 piscinas. na volta pernada do estilo crawl com os braços estendidos a frente e uma mão em cima da outra. respectivamente os estilos borboleta. na ida. pois a professora pediu para que eles fizessem lentamente. pernada do estilo costas com as mãos segurando na prancha que ficava estendida para trás (o aluno F preferiu fazer as 6 últimas piscinas sem a prancha).4 piscinas livres. . na ida.3 séries de: 6 piscinas de estilo crawl com pausa de 40 segundos entre cada série (durante as pausas a professora marcava 6 segundos no cronômetro e pedia para que os alunos verificassem a freqüência cardíaca que deveria se manter entre 14 e 18 bpm).5 séries de estilo medley (um estilo por piscina.1 série de: 6 piscinas de estilo crawl / 6 piscinas de estilo peito / 6 piscinas de estilo crawl / 6 piscinas de estilo peito. somente nas últimas 6 piscinas de peito não foi preciso verificar a freqüência cardíaca.2 piscinas livres.6 piscinas. pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. pernada do estilo costas.6 piscinas.10 piscinas livres. pernada do estilo borboleta com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. . . costas. .8 piscinas. ainda com a prancha.4 séries de: 2 piscinas de tiro (nado com alta velocidade) do estilo crawl / 1 piscina andando. .• Alunos A. na volta. na ida. na ida. na ida. na volta. • Aluno D (aprendizagem / total de 36 piscinas): .2 séries de: 2 piscinas de ondulação com os braços juntos ao corpo / 2 piscinas de estilo crawl / 2 piscinas de estilo costas / 2 piscinas de estilo peito. ondulação dorsal (de barriga para cima). ondulação com os braços juntos ao corpo.Alongamento rápido de braços e pernas. . .2 séries de: 2 piscinas de pernada lateral do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço junto ao corpo / 2 piscinas livres. com as mãos segurando na prancha que ficava estendida para trás. . tiro do estilo borboleta. estilo peito lento. na volta. . mas ao invés de nadar o estilo borboleta eles deviam fazer mergulho. feito por conta própria. .6 piscinas.Alongamento rápido de braços e pernas. fazendo uma braçada com o braço direito com a cabeça na água e uma braçada com o braço direito respirando lateralmente para a direita. na ida. mergulho. . depois o braço direito segurava na prancha e o braço esquerdo fazia a braçada. . • Aluno A (aprendizagem. na volta. . na ida. estilo costas. . mais de 60 anos / total de 32 piscinas): . . pernada do estilo costas e braços juntos ao corpo. na ida. na volta.8 piscinas. . fazendo respiração lateral para a direita.6 piscinas de estilo crawl.4 piscinas livres. porém não eram iniciantes e apresentavam similar condicionamento.2 piscinas de estilo crawl com as mãos fechadas.6 piscinas de pernada do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço junto ao corpo. na volta. na ida. Os três idosos estavam no mesmo nível de aprendizagem. Eles realizaram exercícios voltados para aprendizagem e coordenação geral dos estilos. . na volta. . havia sete alunos. estilo borboleta (adaptado).4 piscinas de mergulho (o aluno não conseguia afundar e ficava nadando na superfície da água). . .Alongamento rápido de braços e pernas.6 piscinas de pernada do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço junto ao corpo. . na ida. .6 piscinas de estilo crawl. . .2 piscinas de estilo crawl. • Aluno E (aprendizagem / total de 34 piscinas): . . feito por conta própria. fazendo respiração lateral para a esquerda. estilo costas com braçada dupla. invertiam-se os braços e o lado da respiração.4 piscinas. Na aula de idoso.4 piscinas de pernada do estilo costas com os braços juntos ao corpo. pernada do estilo costas e braços juntos ao corpo. sendo que em alguns momentos fizeram exercícios iguais e em outros momentos fizeram exercícios diferentes um do outro. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos.4 piscinas de pernada do estilo crawl com a prancha em cima do joelho e braçada da seguinte maneira: o braço esquerdo segurava na prancha e o braço direito fazia a braçada.8 piscinas de pernada do estilo costas com a prancha abraçada ao peito. sendo que somente três eram idosos. feito junto com a professora.4 piscinas de estilo peito. na volta. na ida. . . mais de 50 anos / total de 24 piscinas): .4 piscinas de estilo costas. na volta.6 piscinas. mais de 50 anos / total de 26 piscinas): . . . . . .2 piscinas de estilo crawl. • Aluno C (aprendizagem. .4 piscinas de pernada do estilo costas com os braços juntos ao corpo (o aluno utilizava pequenos movimentos dos braços para ajudar na locomoção e flutuação). .4 piscinas de mergulho (o aluno não conseguia afundar e ficava nadando na superfície da água). .2 piscinas de pernada lateral do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço junto ao corpo.2 piscinas de estilo costas com os dedos abertos (o aluno não entendeu e fez 4 piscinas de crawl). . . • Aluno B (aprendizagem. pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente.2 piscinas de estilo crawl com as mãos fechadas.4 piscinas.2 piscinas de estilo crawl.4 piscinas de pernada do estilo peito com os antebraços apoiados em cima da prancha que ficava a frente e a cabeça fora da água.2 piscinas de pernada lateral do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço junto ao corpo. estilo crawl. na volta. .4 piscinas de estilo costas com os dedos abertos. na ida.2 piscinas de mergulho. . .2 piscinas livres. estilo crawl.2 piscinas de pernada do estilo costas com as mãos segurando na prancha que ficava estendida para trás (o aluno apresentou dificuldade porque não conseguia estender completamente os braços).2 piscinas de pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. . . . ainda com a prancha. . pernada do estilo costas.O alunos pediu para fazer 4 piscinas de estilo peito para treinar e a professora deixou (o aluno apresentava muita dificuldade na pernada e braçada e não respirava em todas as braçadas).4 piscinas de pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. . na volta. .4 piscinas de estilo costas.2 piscinas livres. .2 piscinas livres.4 piscinas..4 piscinas de mergulho (o aluno não conseguia afundar e ficava nadando na superfície da água). na ida. estilo peito. estilo costas. só foi utilizada a prática parcial (observado pelos exercícios aplicados pela professora. E todas as turmas utilizaram a prática em blocos. C) Tipos de práticas Na aula de criança. Para os alunos A. Para o aluno C. para os alunos A. os exercícios seguiam uma seqüência pré-determinada numa lista. costas e peito rápidos). sendo que o primeiro exercício foi a parte inicial (mergulho). Na parte principal. houve a prática parcial e a global quase na mesma proporção (observado pelos exercícios aplicados pela professora. sendo que eles já iniciaram o exercício da parte principal (5 séries de medley). o tipo de prática parcial utilizado. a prática parcial foi mais utilizada (maior número de piscinas) do que a prática global. principal e final somente para os alunos B. Na aula de adulto. A parte final foi o último exercício (última série de peito lento). Para o aluno D. A parte final consistiu nos três últimos exercícios (crawl. foi observada parte inicial. a professora avaliava e logo em seguida. não houve parte inicial. A parte principal não foi muito diferente entre os alunos. nos momentos em que a professora deixou livre não foi observado se houve mais a prática parcial ou a global). A . D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais A piscina desta academia tinha 15 metros de comprimento por 08 metros de largura. nos momentos em que a professora deixou livre não foi observado se houve mais a prática parcial ou a global). nos momentos em que a professora deixou livre não foi observado se houve mais a prática parcial ou a global). Na aula de idoso. nos momentos em que a professora deixou livre não foi observado se houve mais a prática parcial ou a global). houve parte inicial. D e E. foi utilizada muito mais a prática global 9maior número de piscinas) do que a parcial. Em todas as turmas. Na aula de adulto. C. C e F. E e F. Para o aluno B.B) Seqüência Na aula de criança. porém a forma de realização dos exercícios foi diferente. As crianças realizavam um exercício. sendo que na parte inicial realizou-se exercício de mergulho e na parte final a professora deixou livre. foi a fracionalização. principal e final. houve a diferenciação de parte inicial. para os alunos A e B. eles realizavam outro. foi mais utilizada a prática global (observado pelos exercícios aplicados pela professora. principal e final. houve a prática global e parcial quase na mesma proporção (observado pelos exercícios aplicados pela professora. Na aula de idoso. nas aulas de criança. o único material utilizado foi a prancha. respectivamente. Nas aulas de criança e idoso.profundidade na parte rasa era de 1. Na aula de adulto. A piscina ficava dividida em quatro raias. Figura 3. tinha o objetivo de treinamento e para os demais alunos. verificando a aptidão deles para possível mudança de nível. a utilização do material tinha o objetivo de auxiliar a execução dos exercícios. Pela observação do gráfico observa-se que a maioria dos exercícios foi realizada sem material. adulto e idoso. também está expresso o número de piscinas feitas livremente. visto que sem ela a realização seria muito deficiente. Nos gráficos com os materiais utilizados nas aulas de adulto e idoso. Isto ocorreu pelo fato de a professora ter realizado uma avaliação com os alunos. portanto os exercícios deviam ser feitos sem prancha. Abaixo estão as figuras 2. . pois nesses momentos não foi analisado se os alunos utilizaram algum material e qual foi. Número de piscinas de exercícios com e sem material na aula de criança.40 metros. C e F. tinha o objetivo de auxiliar a execução.10 metros e na parte funda. Somente nos exercícios em que os alunos apresentavam maior dificuldade e ainda estavam em processo de aprendizagem (respiração lateral do estilo crawl) é que houve utilização da prancha. para que não houvesse auxílio que melhorasse a execução. Número de piscinas de exercícios com e sem material na aula de adulto. para os alunos A. 1. para exercícios de propulsão de pernas. Em todas as turmas. 3 e 4 que representam o número de piscinas de exercícios feitos com e sem material. Figura 2. pois estava aprendendo a respiração lateral do crawl e a prancha servia como auxílio à execução. pois só realizou a prática de estilos completos ou exercícios que uniam propulsão de pernas de um estilo com propulsão de braços de outro estilo. Número de piscinas de exercícios com e sem material na aula de idoso. Acredita-se que isto tenha ocorrido pelo fato de o aluno apresentar pior . quanto os que estavam no nível de aprendizagem. não necessitando de prancha para a execução. Um aluno só fez exercícios sem material.Pela observação do gráfico observa-se que a maioria dos alunos realizou mais exercícios sem material do que com a prancha. Pela observação do gráfico observa-se que os alunos A e B fizeram muito mais exercícios sem material do que com a prancha. tanto os que estavam no nível de aperfeiçoamento. que fez duas piscinas a mais com a prancha. Figura 4. Um aluno fez mais exercícios com a prancha do que sem ela. em comparação com o aluno C. Isto ocorreu porque os exercícios já eram conhecidos pelos alunos e a professora queria identificar se os alunos sabiam reconhecer as instruções e realizar os exercícios. havia oito alunos. Na aula de idoso. A relação da professora com os alunos era muito boa. explicando os exercícios verbalmente e demonstrando poucas vezes. apenas dois alunos conversavam entre si. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos Na aula de criança. Na aula de idoso. portanto pode-se reduzir esse número para seis alunos. porém essa demonstração não era completa. Também não houve necessidade de adaptação de linguagem. Algumas vezes. quando a professora pediu para que eles nadassem “cachorrinho”. porém um dos alunos fazia uma aula livre. Os três alunos idosos conversavam bastante entre si e a professora também conversava bastante com eles. havia sete alunos para uma professora. a professora ficou a aula inteira fora da piscina e explicava os exercícios verbalmente. fora da piscina mesmo. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem Na aula de criança. havia três alunos para uma professora. Na aula de adulto. pois era nela que estavam presentes as crianças da faixa etária abordada. . sendo que ela conversava com todos durante a aula. visto que para ser completa ela precisaria estar dentro da piscina. sem a intervenção da professora. pois eram amigos. ou como forma de correção. mesmo esta não sendo a situação ideal para tal aluno. Na aula de adulto. a professora ficou a aula inteira dentro da piscina. Ela só utilizou demonstração nos momentos em que houve necessidade de correção. Os alunos não conversavam. Somente uma das turmas foi considerada na pesquisa. A demonstração só foi utilizada quando algum aluno teve dificuldade de realizar determinado exercício. Em apenas três momentos houve necessidade de adaptação de linguagem. de acordo com o nível de cada turma. Neste horário havia professores. ela tentava demonstrar algum exercício. a professora ficou a aula inteira dentro da piscina e explicou os exercícios verbalmente e às vezes com demonstração. necessitando realizar a prática parcial para aperfeiçoar o movimento. Os alunos conversavam e brincavam durante a aula e a relação da professora com os alunos era amistosa. fizessem “cambalhota” e “plantassem bananeira”. Não houve necessidade de adaptação de linguagem.condicionamento físico do que os outros dois e apresentar dificuldade de realizar a prática dos estilos completos. sendo que três eram idosos. sendo que somente em dois momentos a professora precisou falar um pouco mais firme com eles para que realizassem o exercício. pois existiam quatro aulas diferentes. 2 piscinas de canguru (saltar. . Os três alunos de aprendizagem ficavam com uma professora que já era formada e realizaram os exercícios mais complexos. para não deixá-los constrangidos com o fato de estarem repetindo sempre o mesmo erro.2 piscinas de cavalinho (colocar o tubo entre as pernas e ficar sentado nele. Na aula de idoso. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos.2 piscinas de pernada do estilo crawl com o tubo em baixo dos braços. .Fazer 10 bolhas segurando na borda da piscina (afundando a cabeça e soltando o ar pelo nariz). • Alunos A e B (iniciação / total de 14 piscinas e meia): .G) Feedback do professor Na aula de criança. . A aula era regida pela professora formada. de forma verbal e demonstrativa. havia dois alunos no nível de iniciação (A e B) e três alunos no nível de aprendizagem (C. . .1.2 piscinas de cachorrinho com o tubo embaixo dos braços.Fazer 10 bolhas sem segurar na borda. para correção de exercícios feitos de forma incorreta.2 piscinas de pernada do estilo crawl com os braços estendidos a frente e uma mão em cima da .3 Academia 3 A) Atividades / Complexidade Na aula de criança. afundar e soltar o ar pelo nariz. deslocando-se para frente). pelo fato de os alunos apresentarem limitações. mesmo percebendo que eles estavam fazendo incorretamente. havendo diferenças nas atividades realizadas entre os níveis. o feedback apareceu em quatro momentos da aula. o feedback apareceu em seis momentos da aula. Os dois alunos de iniciação ficavam com uma professora estagiária e realizaram exercícios simples. a professora não costuma corrigi-los freqüentemente. D e E). 5. talvez. também para correção de execução. repetidas vezes. .2 piscinas de cavalinho sentado no tubo. . H) Atividades lúdicas Em nenhuma das turmas foi observada a utilização das atividades lúdicas. Na aula de adulto. locomovendo-se pela piscina com a ajuda de pernas e braços). que passava o que fazer nas atividades para a estagiária. não foi observado feedback em nenhum momento. pois nenhum aluno pediu-o e a professora não corrigiu nenhum deles. que são normais para essa faixa etária. de forma verbal e demonstrativa. na volta. ainda com a prancha e com a cabeça fora da água. tentando derrubá-los.2 piscinas de pernada do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço junto ao corpo. pois tinha ido ao banheiro). • Alunos C. invertiam-se os braços e o lado da respiração.2 piscinas de estilo crawl com respiração 3X1 (o aluno E não fez esse exercício. na volta. subiam. . . . batiam o pé no fundo da piscina. . rápido. D e E (aprendizagem / total de 18 piscinas): . pernada do estilo crawl. na ida.Antes de ir embora.½ piscina de flutuação dorsal com pernas e braços abertos e estendidos. respirando para o lado direito. . com braços e pernas estendidos. com a cabeça na água e braçada com o braço esquerdo.4 piscinas. todos jogaram as mãos para cima e gritaram “tchau”. respirando lateralmente para a esquerda. .2 piscinas de mergulho. Os alunos tinham que passar correndo por cima dos colchonetes e saltar no final do percurso.outra. pois não conseguia realizar quatro braçadas sem respirar. depois. . na volta. afundavam. a professora pegou uma bola e jogava nos alunos enquanto eles passavam. com a cabeça na água e braçada com o braço direito.2 piscinas de mergulho. fazendo uma braçada com o braço esquerdo. . com a cabeça na água e uma braçada com o braço esquerdo. na ida.Cada aluno pegou um colchonete e tinha que atravessar a piscina fazendo pernada do estilo crawl.Brincadeiras no final da aula (todos os alunos participaram e houve mudança de piscina): . com pernas e braços abertos e estendidos.2 piscinas. .2 piscinas de estilo crawl com respiração 4X1. o aluno E não fez esse exercício. pois ainda não tinha voltado do banheiro). alternavam flutuação ventral com flutuação dorsal. pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente e cabeça fora da água. todos juntaram as mãos e cada um tinha que falar o nome de algum ingrediente de um sanduíche. Depois. na ida. tentando chegar primeiro do outro lado.2 piscinas de pernada do estilo crawl com uma das mãos na prancha e o outro braço fazendo a braçada. .Foi feito um corredor com vários colchonetes. . respirando lateralmente para a esquerda. na ida. . que começava na borda e ia até o meio da piscina. respirando para o lado direito (o aluno D fez respiração 2X1. braçada com o braço direito. respirando lateralmente para a direita. respiravam e ficavam na posição de flutuação ventral. . braçada com o braço esquerdo. na volta.Fazer 10 bolhas segurando na borda. estilo costas (o aluno se confundiu e fez somente pernada do estilo crawl. . O aluno de aperfeiçoamento realizou um maior volume de exercícios do que os outros dois. . na ida. feito por conta própria. .20 piscinas livres (o aluno só mergulhou).6 piscinas de pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. .2 piscinas de estilo costas com o palmar nas mãos.Mesma brincadeira descrita acima.3 piscinas de pernada do estilo crawl com braçada do estilo peito e com o palmar nas mãos. Todos os alunos realizaram atividades diferentes.20 piscinas livres (o aluno nadou crawl e mergulhou). porém não eram iniciantes. na volta. na ida. . Na aula de adulto. ainda com a prancha / 4 piscinas. mas a aluna fez: . na volta. • Aluno A (aprendizagem / total de 79 piscinas): . braçada do estilo crawl com o flutuador na perna.2 piscinas de estilo crawl com o palmar nas mãos.3 séries de: 1 piscina de estilo crawl / 1 piscina de estilo costas com braçada dupla / 1 piscina de pernada do estilo crawl com braçada de peito.2 piscinas de estilo peito com o palmar nas mãos.1 piscina de estilo crawl. um aluno estava no nível de aperfeiçoamento (C) e ficou evidente que este apresentava melhor condicionamento físico que os outros dois. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelos alunos. . .Não consegui entender o que a professora pediu.Alongamento rápido de braços e pernas. pernada do estilo costas.1 piscina de estilo crawl com o palmar nas mãos. • Aluno B (aprendizagem / total de 88 piscinas). na ida. braçada do estilo costas. nas duas séries). ainda com o flutuador na perna / 4 piscinas.2 séries de: 4 piscinas. dois alunos estavam no nível de aprendizagem (A e B). pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente.1 piscina de estilo costas com o palmar nas mãos. . estilo crawl. .. . esquecendo-se de fazer pernada do estilo costas na volta.2 piscinas: ½ piscina de pernada do estilo crawl com os braços estendidos a frente e uma mão em cima da outra / ½ piscina de pernada do estilo costas com os braços estendidos para trás e uma mão em cima da outra.6 piscinas de braçada do estilo crawl com o flutuador na perna. . . .2 piscinas de estilo crawl com o palmar nas mãos. . . na volta. . ainda com o flutuador na perna / 4 piscinas. estilo costas (o aluno cometeu o mesmo erro descrito acima. na ida.16 piscinas.3 séries de: 4 piscinas. na volta. ainda com o flutuador na perna / 4 piscinas. na ida. feito por conta própria.Alongamento rápido de braços e pernas. .40 piscinas livres (o aluno só nadou crawl). .8 piscinas de pernada do estilo crawl. pernada do estilo crawl com os braços estendidos a frente e uma mão em cima da outra (o aluno se confundia e errava a ordem de execução dos exercícios. braçada do estilo crawl com o flutuador na perna. na volta. . ainda com a prancha / 4 piscinas. na volta. braçada do estilo crawl com o flutuador na perna. • Aluno C (aperfeiçoamento / total de 120 piscinas): .Alongamento rápido de braços e pernas. na ida. . ainda com a prancha / 4 piscinas. .40 piscinas livres (o aluno fez: na ida crawl. .2 séries de: 2 piscinas de pernada do estilo costas com a prancha abraçada ao peito / 2 piscinas de estilo costas. na volta.2 séries de: 4 piscinas de estilo crawl com o palmar nas mãos / 4 piscinas de pernada do estilo crawl com braçada do estilo peito com o palmar nas mãos / 4 piscinas de estilo costas com o palmar nas mãos. feito por conta própria. . fazendo duas piscinas do mesmo exercício). na volta.20 piscinas de estilo crawl. na ida.5 séries de: 1 piscina de estilo costas com braçada dupla / 1 piscina de estilo crawl / 1 piscina de estilo costas com braçada dupla / 1 piscina de pernada do estilo crawl com braçada do estilo peito. . na volta. na ida. braçada do estilo costas. pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. Abaixo estão descritas as atividades realizadas pelo aluno. braçada do estilo costas. na ida. mergulho. estilo crawl. estilo costas. .2 séries de: 4 piscinas. cometido pelo aluno A). Na aula de idoso..32 piscinas de braçadas livres com o flutuador na perna (o aluno fazia sempre a mesma seqüência: . só havia um aluno que tinha mais de 60 anos. na volta. pernada do estilo crawl com as mãos segurando na prancha que ficava a frente. pernada do estilo costas. estilo crawl. na ida. . na volta. na ida. Ele estava no nível de aperfeiçoamento e fez um total de 80 piscinas. pernada do estilo costas. invertiam-se os braços e o lado da respiração. . na volta costas). braço direito estendido a frente e braço esquerdo fazendo a braçada e respirando lateralmente para a esquerda. tubo: para as crianças sentarem em cima dele. A parte principal expressava o objetivo da aula. a prática global foi mais utilizada do que a parcial. A parte final consistiu de alongamento. para os alunos A e B. Na parte final. o tipo de prática parcial utilizado.1 piscina de braçada do estilo crawl / 1 piscina de braçada do estilo costas / 1 piscina de braçada do estilo crawl / 1 piscina de braçada dupla do estilo costas). D e E). O objetivo de aula para os alunos A e B foi adaptação ao meio líquido e para os alunos C. também considerado como prática global.5 metros de comprimento por 08 metros de largura e 1. para os alunos C. D e E foi respiração lateral do estilo crawl. E todas as turmas utilizaram a prática em blocos. o aluno nadou estilos completos. A parte principal apresentou exercícios de respiração lateral do crawl e braçadas dos estilos crawl e costas. foram utilizados os seguintes materiais: . a prática parcial foi mais utilizada do que a prática global. C) Tipos de práticas Na aula de criança. houve diferenciação de parte inicial. houve diferenciação de parte inicial. Na aula de idoso. Na aula de idoso. porém o aluno C realizou maior volume de exercícios. mergulho.Alongamento rápido de braços e pernas. principal e final. A parte final consistiu de uma brincadeira realizada no final da aula com todos os alunos. . que não foi muito diferente entre os alunos. Em todas as turmas.45 metros de profundidade e ficava dividida em seis raias. Os exercícios da parte principal expressaram o objetivo da aula. principal e final. Na aula de adulto. a parte inicial também consistiu de atividade livre. sendo que o primeiro exercício foi a atividade introdutória (cavalinho. B) Seqüência Na aula de criança. todos realizavam alongamento. Não foram consideradas as dimensões da piscina onde houve a brincadeira. Na aula de adulto. visto que nos momentos de atividade livre. visto que nos momentos de atividade livre. D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais A piscina desta academia tinha 12. sendo que na parte inicial a professora sempre deixava livre. existiram exercícios praticados parcialmente e globalmente na mesma proporção. Na aula de criança. feito por conta própria. os alunos nadaram estilos completos ou fizeram mergulho. que era diferente para os dois níveis. foi a fracionalização. ou colocado em volta do peito para exercícios de . bola: para uma brincadeira realizada no final da aula. com o objetivo de auxiliar a execução. sendo que para os dois .tapete (um tipo de colchonete grande que flutua na água): para uma brincadeira realizada no final da aula. que talvez não conseguiriam a mesma eficiência com a prancha. visto que o tubo seria inconveniente e utilizaria muito espaço na raia. o tubo foi o material mais adequado a ser utilizado. . .prancha: para exercícios de propulsão de pernas. Número de piscinas com os respectivos materiais utilizados na aula de criança. por terem sidos utilizados de maneira diferente. com o objetivo de auxiliar a execução. sendo que para os dois alunos de aprendizagem. para todos os alunos. Na aula de adulto. pois dá mais segurança e mobilidade para crianças neste nível. Como os alunos A e B estavam no nível de adaptação. D e E a prancha foi usada para auxiliar os exercícios de respiração lateral. para os três alunos de aprendizagem. O tapete e a bola não foram considerados. Figura 5. teve o objetivo de treinamento. para cada um dos alunos. . .propulsão de pernas e também para o nado cachorrinho. Abaixo está a figura 5 com o número de piscinas feitas com cada um dos materiais. Para os alunos C. Pela observação do gráfico observa-se que os alunos A e B utilizaram o tubo como material auxiliar. foram utilizados: . para os dois alunos de iniciação. teve o objetivo de auxiliar a execução e para o aluno de aperfeiçoamento. D e E utilizaram a prancha. enquanto que os alunos C.flutuador: para exercícios de propulsão de braços para todos os alunos.prancha: para exercícios de propulsão só de pernas e para exercícios de propulsão de pernas e braços com respiração lateral. foi observado que ele realizou somente exercícios sem material. para todos os alunos com o objetivo de auxiliar a propulsão de braços. Na aula de idoso. Houve momentos em que o aluno nadou livremente. para exercícios de propulsão de braços. Este material. Figura 6. só foi utilizado flutuador. teve o objetivo de treinamento. foi observado que todos os alunos fizeram exercícios sem material. Houve momentos em que os alunos nadaram livremente. Número de piscinas com os respectivos materiais utilizados na aula de adulto. com o objetivo de auxiliar a execução. quando utilizado auxilia no fortalecimento da braçada.alunos de aprendizagem. o palmar. porém nesses momentos.palmar (colocado nas mãos): para a prática dos estilos completos. teve o objetivo de auxiliar a execução e para o aluno de aperfeiçoamento. Abaixo está a figura 7 com o número de piscinas de exercícios feitos com e sem material. . para cada um dos alunos. porém nesses momentos. Sua utilização indica que os alunos já estão na fase de aperfeiçoamento. visto que o nadador acelera sua velocidade por maior deslocamento de água. . Pela observação do gráfico observa-se a utilização de um novo material que até então não havia sido utilizado por nenhum professor. Abaixo está a figura 6 com o número de piscinas feitas com cada um dos materiais. Em alguns momentos ela precisou adaptar sua linguagem. Na aula de adulto. visto que para ser completa ela precisaria estar dentro da piscina. “cavalinho” e “canguru”. a professora ficou a aula inteira fora da piscina e explicou os exercícios verbalmente e em alguns momentos também tentou utilizar a demonstração fora da piscina. esse material foi o flutuador. Número de piscinas de exercícios com e sem material na aula de idoso. também explicou os exercícios verbalmente e em alguns momentos utilizou demonstração incompleta. Essa professora. A professora dos alunos de iniciação (estagiária).Figura 7. quando pediu para que as crianças fizessem “bolha”. Pela observação do gráfico observa-se que a maioria dos exercícios foi feita sem material e nos momentos em houve a utilização. fazendo somente as braçadas e o giro do pescoço na respiração lateral do estilo crawl. A professora dos alunos de aprendizagem. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem Na aula de criança. também tentava demonstrar algum exercício. necessitando que ela explicasse de forma bem clara o exercício. Na aula de idoso. explicou os exercícios verbalmente e sem demonstração. fora da piscina mesmo. porém em alguns momentos. porém essa demonstração não era completa. A professora não precisou modificar sua linguagem. algumas vezes. . ou queria que ele melhorasse a resistência dos membros superiores. criando-se duas hipóteses: ou o professor queria que o aluno aperfeiçoasse a técnica da braçada. um dos alunos apresentava dificuldade em entender o que ela pedia e às vezes se confundia. descrita acima. ambas as professoras ficaram a aula inteira dentro da piscina. a professora ficou a aula inteira fora da piscina e explicava os exercícios verbalmente. Os três alunos de aprendizagem só precisaram de feedback da professora em quatro momentos da aula. somente três alunos foram considerados nessa aula.F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos Na aula de criança. Outro aluno tinha 12 anos de idade e não foi considerado nessa aula. quando realizavam incorretamente a respiração lateral do crawl e a professora queria corrigi-los. Eles só não precisaram de auxílio nos exercícios onde eles seguravam na borda (afundar a cabeça e soltar o ar pelo nariz). Os alunos conversaram no início e no fim da aula e a professora tinha boa relação com eles. 5. havia seis alunos para uma professora. mesmo com a utilização de materiais. Um aluno fazia aula livre. havia quatro alunos. Outro aluno tinha mais de 60 e também não foi considerado nessa aula. Na aula de adulto. H) Atividades lúdicas As atividades lúdicas só estiveram presentes na aula de criança. G) Feedback do professor O feedback só foi observado na aula de criança. Os alunos tinham uma relação amigável. pois está na faixa etária dos idosos. porém só um aluno era idoso. dois alunos iniciantes ficavam com a professora estagiária e três alunos do nível de aprendizagem ficavam com a professora que já era formada em educação física. de duas maneiras diferentes. sem a intervenção da professora. na parte final da aula. sendo que em vários momentos ela conversava com eles. porém quase sem conversas durante a aula.2 Descrição das entrevistas Pergunta 1: “Você teve a disciplina de natação no curso de educação física?” Todos os professores responderam sim. Todos os outros responderam sim. Os dois alunos iniciantes necessitavam de auxílio físico em todos os exercícios. Pergunta 2: “Você fez cursos de natação extracurriculares?” Somente a professora de idoso da academia 2 respondeu não. havia cinco alunos. Durante a aula os alunos conversavam e brincavam entre si e a relação das professoras com os alunos era amigável e lúdica e em nenhum momento elas precisaram chamar a atenção deles por motivo de comportamento. porém conversavam pouco durante a aula e a relação da professora com eles também era muito boa. de forma verbal e demonstrativa. . Na aula de idoso. pois está na faixa etária das crianças. Portanto. medo. doenças. ou mesmo que este planejamento mesmo se existir não estava sendo seguido. aprendem rápido quando não têm medo. o histórico familiar e atingir os objetivos dos pais). As facilidades com idosos foram: linguagem. Todos responderam que o planejamento é diferente para as faixas etárias. materiais. alguns não querem praticar um determinado estilo. doenças. o que demonstra uma contradição nas respostas. linguagem. pois um novo estava sendo elaborado. As diferenças apontadas foram: objetivos de aula. atividades lúdicas (importantes nas aulas de criança) e ritmo (respeitar o ritmo de cada aluno). porém para idosos o planejamento é o mesmo dos adultos. Nas outras academias. Já as outras professoras desta academia responderam sim. Pergunta 6: “Você modifica as atividades. linguagem. Pergunta 7: “Em sua opinião. indisciplina. atenção. As facilidades com adultos foram: linguagem.é fácil ministrar aula quando já são adaptados. insegurança. Não houve destaque em que se diferenciavam os planejamentos. é fácil dar aula quando já são adaptadas. trauma. quando perdem o medo aprendem rápido. As dificuldades com adultos foram: medo. falta de materiais e piscina adequados. não exigir cobranças quanto à técnica e ritmo.Pergunta 3: “Existe um planejamento do processo ensino/aprendizagem da natação nesta academia? Esse planejamento é diferente para as diferentes faixas etárias?” Somente a professora de criança da academia 3 respondeu que no momento não havia um planejamento. comportamento. alguns não querem aprender a técnica dos estilos. As facilidades citadas com crianças foram: linguagem. qual o número ideal de alunos para o processo . qual a diferença em ministrar aulas para crianças. questionamentos por parte dos alunos (quanto ao trabalho que o professor está realizando). limitações. os professores responderam que existia o planejamento. Pergunta 5: “Aponte as principais dificuldades e/ou facilidades em ministrar aulas para crianças.” As respostas quanto às dificuldades com crianças foram: atenção. perfil (determinar o perfil de cada aluno. comportamento de alunos. pois trabalhava somente com crianças. os materiais e a linguagem para as diferentes faixas etárias?” Todos os professores responderam sim. medo (principalmente de adultos e idosos). A professora de adulto da academia 2 disse que teve dificuldade em modificar sua linguagem com adulto. limitações. adultos e idosos. Pergunta 4: “Na sua prática profissional. As dificuldades com adultos foram: medo. A maioria dos professores disse que se devem utilizar mais brinquedos e brincadeiras com crianças. quando perdem o medo aprendem rápido. é fácil dar aula quando já são adaptados. adultos e idosos?” Todos os professores deram respostas diferentes. comportamento. mudando de criança para adulto. Os professores de adulto das academias 1 e 3 disseram que não modificam muito os materiais. os adultos são conscientes (sabem o motivo pelo qual estão praticando natação). 6. portanto. Aqui neste ponto relacionamos as respostas nas entrevistas dos professores e comparamos com os eventos observados nas aulas. Serão destacados o que modificou na aula. observamos também. foi possível observar também que alguns exercícios com ou sem material são comuns em todas as idades.1. a relação das diferenças entre as academias e entre as faixas etárias. Além disso.1 Análise por academias 6. 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS Foram observadas diferenças na metodologia de ensino. A seguir faremos. de acordo com o nível de aprendizagem.1 Academia 1 A) Atividades / Complexidade Os objetivos da aula de criança foram: iniciação e aperfeiçoamento dos estilos crawl e . diferenças de uma academia para outra.ensino/aprendizagem da natação nas diferentes faixas etárias?” Para todas as idades. porém. Isto porque estes estão mais relacionados com nível de habilidade do aluno na água. dentro de uma mesma faixa etária. o número ideal apontado pelos professores variou de um a doze alunos. dentro de uma mesma academia e para as diferentes faixas etárias. que eram mais fáceis de executar do que os exercícios das crianças de aperfeiçoamento. Isso está de acordo com as respostas apresentadas. visto que sua maior utilização foi para treinar e não para auxiliar. Acredita-se que os professores. Já para adultos e idosos a utilização de materiais não dependeu das dimensões da piscina. porém a maior parte dos exercícios foi feita sem material. Quanto à linguagem. Se a piscina tivesse uma profundidade menor. porém na aula de idoso. pois a academia só possuía uma piscina. não foi observada a realização de uma atividade introdutória ou aquecimento antes da realização dos exercícios da parte principal. seguem essa seqüência. mas sim do objetivo das aulas. já que os professores responderam que modificam as atividades de acordo com as faixas etárias. Isso foi observado pelo fato de os alunos já saberem nadar e não precisarem tanto de auxílio de material. e alguns não conseguiam colocar os pés no fundo da piscina e ficar com a cabeça fora da água. somente a professora de criança precisou modificar sua linguagem para facilitar o entendimento das crianças de iniciação. o que seria menos necessário nesse caso. A professora de criança respondeu que a turma com a qual ela mais modifica sua linguagem é a de criança. . As crianças realizaram tanto exercícios muito simples (alunos de iniciação). somente nesta aula filmada. talvez houvesse maior número de exercícios feitos sem material. porém não inexistente. porém mais complexos que os exercícios das crianças de iniciação. Foi observado que as crianças fizeram aula na mesma piscina que os adultos. pois o estilo de aula exigia que assim fosse. Os adultos e idosos fizeram exercícios simples (estilos completos). não houve utilização de materiais.costas. porém com estilos de aula muito diferentes. pois para algumas crianças o material foi utilizado como auxílio. Nas aulas de criança e adulto houve a utilização. não foi utilizada a parte inicial. C) Tipos de práticas Em todas as turmas a prática global foi mais utilizada do que a prática parcial. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem O professor de adulto foi o único que ficou fora da piscina e utilizou demonstração. geralmente. B) Seqüência A única diferença encontrada foi que na aula de idoso não houve parte inicial. Todos os professores falaram da importância da pedagogia e da seqüência de aula. Os objetivos das aulas de adulto e idoso foram: variação de volume e intensidade. exceto para as crianças do nível de iniciação. como exercícios complexos (alunos de aperfeiçoamento). D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais A principal diferença encontrada foi que na aula de idoso. portanto não foi uma brincadeira dirigida. visto que esta professora e todos os outros falaram da importância da utilização das atividades lúdicas nas aulas de criança. para metade dos alunos e aprendizagem. visto que os professores responderam que modificam as atividades de acordo com as idades. para outra metade. foi apresentado de forma demonstrativa. pois a dúvida de um aluno foi em um dos exercícios de hidroginástica. na aula de criança. visto que todas foram consideradas amistosas. observou-se que em todas as turmas houve exercícios simples e complexos. Quanto à relação entre professor e alunos. sendo utilizada somente com o objetivo de divertimento. em comparação com as aulas de criança (06) e idoso (07). H) Atividades lúdicas Somente na aula de criança foi observada a utilização de atividades lúdicas. o qual a melhor forma de demonstração é fora da piscina. sendo que está dentro do número ideal apresentado pelos professores das academias. falaram sobre a metodologia da academia e as avaliações periódicas que eles realizam. foi observado consenso com a entrevista.1. G) Feedback do professor Em todas as aulas foi observado feedback. pois os alunos já conheciam os exercícios e não apresentavam muita dificuldade em executá-los. O feedback quase não foi utilizado. Isto está de acordo com as respostas da entrevista. Isto está de acordo com as respostas apresentadas na entrevista. visto que em todas as turmas os alunos quase não conversavam. . Ainda.2 Academia 2 A) Atividades / Complexidade O objetivo da aula de criança foi avaliar a aptidão dos alunos em mudar de nível. Na aula de criança. sendo que somente 02 eram idosos. porém essa atividade não teve seu conteúdo voltado para o objetivo da aula. 6. Quanto à complexidade. Os objetivos da aula de adulto foram: variação de volume e intensidade. Quanto à relação entre alunos não houve diferença. Novamente observamos consenso com a resposta da entrevista. foi onde mais se observou. visto que esta professora e todas as outras. Somente na aula de adulto. também não houve diferença. O objetivo da aula de idoso era aprendizagem.F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos A aula de adulto foi a que apresentou o menor número de alunos (02). porém não em excesso. A professora de criança foi a única que modificou sua linguagem em alguns momentos. principal e final. Quanto à relação entre professor e alunos todas eram amistosas.B) Seqüência Quanto à seqüência. os alunos quase não conversavam. visto que o número de alunos está dentro do número ideal apontado nas respostas. somente para três alunos da aula de adulto não houve parte inicial. o único material utilizado foi a prancha. em comparação com as aulas de adulto (7) e idoso (8). e sim. que acabou sendo o mesmo observado em todas as turmas. Esta academia também só possuía uma piscina. o objetivo das aulas. Todos os professores responderam que modificam os materiais. no dia-a-dia devem ocorrer variações nesta utilização. As professoras de criança e adulto utilizaram demonstração poucas vezes e a professora de idoso fez demonstração incompleta. C) Tipos de práticas Em todas as turmas a prática global foi mais utilizada do que a prática parcial. porém ela não precisava ter feito este tipo de demonstração. pelo fato de ser professores diferentes e naquele momento o planejamento de aula só exigir a utilização de apenas um material. Outro consenso com a entrevista foi encontrado. Isto também está de acordo com as respostas. Isto também está de acordo com a entrevista. pois para crianças quase não houve utilização de materiais. pois os alunos entendiam perfeitamente o que era para ser feito. visto que os professores falaram da importância da pedagogia da academia e da preparação das aulas com todas essas partes. na parte funda não. porém isso não foi observado. porém isto não foi um fator determinante. Quanto à relação entre os alunos. somente na aula de adulto. pois esta professora e todas as outras responderam que com crianças se deve modificar a linguagem. . por estar fora da piscina. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos A aula de criança foi a que apresentou o menor número de alunos (3). na parte rasa as crianças conseguiam ficar com a cabeça fora da água. Para adultos e idosos a estrutura da piscina também não influenciou a utilização de materiais. D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais Para todas as turmas. porém a maioria dos exercícios foi realizada sem material. observou-se em quase todas as aulas tiveram parte: inicial. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem A professora de idoso foi a única que ficou a aula inteira fora da piscina. Provavelmente. Na aula de idoso houve mais exercícios com material. Novamente observamos consenso com as entrevistas. quase na mesma proporção. o feedback não foi apresentado. O objetivo da aula de adulto foi aperfeiçoamento. Na aula de adulto. onde todos falaram da importância da pedagogia e da estrutura da aula. pois os alunos já conheciam os exercícios e não apresentavam muita dificuldade em executá-los. para um aluno. observou-se que todos os exercícios realizados por todas as faixas etárias foram simples. Todos os professores responderam que modificam as atividades e isto realmente foi observado. Acredita-se que os professores realmente utilizem tais atividades. somente nesta aula filmada. para dois alunos e variação de volume e intensidade. Os objetivos da aula de adulto foram: aprendizagem. Aqui não se observou consenso. 6. pois todos os professores falaram da importância das atividades lúdicas.3 Academia 3 A) Atividades / Complexidade Os objetivos da aula de criança foram: iniciação e aprendizagem do estilo crawl. porém não em excesso. A parte inicial . B) Seqüência As aulas de todas as turmas apresentaram parte inicial. Na aula de adulto. D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais Na aula de criança foram feitos exercícios com e sem material. Nas outras turmas foi apresentado. principal e final. a prática global foi mais utilizada e na aula de idoso houve a prática parcial e global. houve mais exercícios com material. H) Atividades lúdicas Em nenhuma das turmas foi observada a utilização das atividades lúdicas. para dois alunos.G) Feedback do professor Somente na aula de idoso. houve mais exercícios sem material e para um aluno. C) Tipos de práticas Na aula de criança. Quanto à complexidade. a prática parcial foi mais utilizada. quase na mesma proporção. pelo menos em aulas de criança e isto não foi observado.1. estas atividades não foram utilizadas. . porém essa demonstração foi suficiente para que os alunos entendessem a execução e fizessem igualmente. G) Feedback do professor O feedback só foi observado na aula de criança. dentro da piscina para demonstrar o exercício e realizou somente a braçada na execução da respiração lateral do crawl). pois os alunos entendiam perfeitamente o que era para ser feito.e principal da aula de criança ocorreu na piscina de adulto e as crianças não conseguiam ficar com a cabeça fora da água sem a utilização de materiais. talvez a utilização de materiais e o auxílio da professora seriam menores. onde houve somente a brincadeira. principalmente com crianças e com outras faixas etárias. foi onde menos se observou afinidade. desta academia. Nas outras turmas não foi observado. pois os alunos já conheciam os exercícios e não apresentavam muita dificuldade em executá-los. A professora das crianças de aprendizagem utilizou demonstração incompleta (ficou em pé. Quanto à relação entre alunos. foram as únicas que ficaram a aula inteira dentro da piscina. Quanto à relação entre professor e alunos. e sim. para os diferentes níveis dos alunos. mantendo diferentes professoras. A professora dos alunos de iniciação modificou sua linguagem. apesar de estar num processo de mudança de metodologia. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem Na aula de criança. Para os adultos e idosos não houve influência da estrutura da piscina na utilização de materiais. porém elas não precisavam ter feito este tipo de demonstração. principalmente com as crianças menores que eram as que mais precisavam. por estarem fora da piscina (ficaram em pé fora da piscina e demonstraram somente a braçada de alguns exercícios). as professoras. na aula de idoso. somente quando necessário. Outro consenso foi encontrado. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos A aula de criança foi a única onde foi observada a presença de duas professoras. prioriza pela qualidade da aula. pois todos os professores responderam que modificam sua linguagem. O número de alunos nas aulas também está de acordo com o número ideal apresentado nas respostas. do objetivo das aulas. na aula de criança foi onde mais se observou afinidade entre os alunos. Se toda a aula tivesse ocorrido na piscina de criança. O número de alunos foi quase o mesmo em todas as turmas. A presença de duas professoras na aula de criança pode indicar que a academia. para melhor compreensão dos alunos e a professora de adulto modificou algumas vezes sua linguagem com apenas um aluno que apresentou dificuldade em entender os exercícios. As professoras de adulto e idoso fizeram demonstração incompleta. Somente a professora dos alunos de aprendizagem da academia 3 não . porém essa atividade não teve seu conteúdo voltado para o objetivo da aula. B) Seqüência Em todas as academias houve diferenciação de parte inicial. todos os alunos realizaram exercícios de baixa complexidade. principal e final das aulas. D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais Nas academias 1 e 2. foram feitos exercícios com e sem material quase na mesma proporção. Na academia 3. Nas academias 2 e 3.2 Análise por faixas etárias 6. sendo utilizada somente com o objetivo de divertimento. Na academia 1. Na academia 3 foi onde percebeu-se a influência da profundidade da piscina na utilização de materiais e auxílio. C) Tipos de práticas Nas academias 1 e 2. Os objetivos da academia 3 foram: iniciação e aprendizagem do estilo crawl. pois todos os professores falaram da importância das atividades lúdicas para essa faixa etária. os quatro alunos que estavam no nível de aperfeiçoamento realizaram alguns exercícios mais complexos e os dois alunos de iniciação realizaram os exercícios mais básicos da natação. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem Em todas as academias as professoras ficaram dentro da piscina. foram feitos mais exercícios sem material. a prática global foi mais utilizada.2.1 Criança A) Atividades / Complexidade Os objetivos da academia 1 foram: iniciação e aperfeiçoamento dos estilos crawl e costas. Na academia 3. 6. Portanto não foi uma brincadeira dirigida. Também se observou consenso.H) Atividades lúdicas Somente na aula de criança foi observada a utilização de atividades lúdicas. A professora da academia 2 utilizou demonstração e a professora dos alunos de aprendizagem da academia 3 utilizou demonstração incompleta. O objetivo da academia 2 foi avaliar a aptidão dos alunos em mudar de nível. a prática parcial foi mais utilizada. todas as professoras apresentavam ótima relação com os alunos e nas academias 1 e 2. para outra metade. para um aluno. Quanto à complexidade. . observou-se que em poucos momentos. A academia 3 foi a única que apresentou duas professoras para os diferentes níveis dos alunos. os adultos da academia 2 realizaram alguns exercícios complexos. os objetivos foram: aprendizagem. os objetivos foram: variação de volume e intensidade. B) Seqüência Somente para três alunos da academia 2 não houve parte inicial C) Tipos de práticas Em todas as academias a prática global foi mais utilizada.2.2 Adulto A) Atividades / Complexidade Na academia 1. 6. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos A academia 2 foi a que apresentou o menor número de alunos (3). para dois alunos e variação de volume e intensidade. Quanto à relação entre alunos. somente na academia 1 os alunos não conversavam durante a aula. para metade dos alunos e aprendizagem. Todos os outros alunos realizaram exercícios simples. G) Feedback do professor Em todas as academias foi apresentado feedback.modificou sua linguagem. o objetivo da aula foi somente variação de volume e intensidade. H) Atividades lúdicas As atividades lúdicas só estiveram presentes nas academias 1 e 3. em comparação com as academias 1 (6) e 3 (5). Na academia 3. Na academia 2. Quanto à relação entre professor e alunos. com o objetivo de divertimento. as professoras precisaram falar mais firme com alguns alunos para que fizessem o exercício. Na academia 2. não houve parte inicial. H) Atividades lúdicas Não foi observada a utilização das atividades lúdicas em nenhuma das academias. O primeiro utilizou demonstração e a segunda utilizou demonstração incompleta. observou-se que em todas as academias. Em nenhuma academia houve influência da profundidade da piscina na utilização de materiais. Na academia 3. foi onde mais apareceu. o objetivo foi aprendizagem. os alunos quase não conversavam. 6. Na academia 2. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos A academia 1 foi a que apresentou menor número de alunos (2). Em todas as academias foram realizados exercícios simples e de baixa complexidade. o objetivo foi variação de volume e intensidade. A professora da academia 2 ficou dentro da piscina e utilizou demonstração poucas vezes. A professora da academia 3 foi a única que modificou sua linguagem com um aluno que não entendia corretamente o exercício. em comparação com as academias 2 (6) e 3 (3). E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem Os professores das academias 1 e 3 ficaram fora da piscina. Quanto à relação entre alunos. G) Feedback do professor Somente na academia não houve apresentação de feedback.D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais Somente um aluno da academia 3 fez mais exercícios com material do que sem material. B) Seqüência Somente na academia 1.2. Quanto à relação entre professor e aluno.3 Idoso A) Atividades / Complexidade Na academia 1. C) Tipos de práticas . observou-se que todas eram amistosas. o objetivo foi aperfeiçoamento. As professoras das academias 2 e 3 ficaram fora da piscina. 7 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS . Em nenhuma academia houve influência da profundidade da piscina na utilização de materiais. a prática global e a parcial foram utilizadas quase na mesma proporção. A professora da academia 1 não utilizou demonstração. D) Estrutura da Piscina (Tamanho e Profundidade) / Materiais Na academia 1. G) Feedback do professor Nas academias 2 e 3. Na academia 2. Quanto à relação entre professor e alunos.Nas academias 1 e 2. H) Atividades lúdicas Não foi observada a utilização das atividades lúdicas em nenhuma das academias. Quanto à relação entre alunos. observou-se menor afinidade entre a professora e os alunos da academia 3. Na academia 3. não houve utilização de materiais. a prática global foi mais utilizada. foram feitos mais exercícios com material. A professora da academia 3 utilizou demonstração incompleta. não foi observado feedback em nenhum momento. F) Número de alunos na aula / Relação entre alunos / Relação entre professor e alunos A academia 3 foi a que apresentou o menor número de alunos (1). em comparação com as academias 1 (6) e 2 (8). O feedback praticamente não existiu. A professora da academia 2 utilizou demonstração poucas vezes. Na academia 3. observou-se maior afinidade entre os alunos da academia 2. E) Posição de Ensino / Demonstração / Linguagem A professora da academia 1 ficou dentro da piscina. foram feitos mais exercícios sem material. Na academia 1 o feedback foi apresentado apenas uma vez. pois os alunos já conheciam os exercícios e não apresentavam muita dificuldade em executá-los. Já na fase do aperfeiçoamento é utilizada como forma de corretivos do estilo exigindo a performance e para aumentar o volume de treinamento específico de um componente do nado. Ou seja. Observamos que Catteau e Garoff (1990) comentam sobre este tipo de treino e sua relação com o esporte de alto rendimento. ou ainda visando a melhora do condicionamento físico dos praticantes. utilizavam os princípios da aprendizagem motora para cada estágio de aprendizagem. o que está de acordo com a consideração de Catteau e Garoff (1990) a cerca da função de cada tipo de prática. um subtipo de prática parcial: a fracionalização. garantindo melhora na execução do aluno. os professores enfatizavam a melhora de um dos componentes da técnica dos estilos. algumas em que a maior parte foi feita sem material e ainda. Isto está de acordo com as afirmações de Palmer (1990). como proposto por Schmidt e Wrisberg (2001) e Magill (2000). Fernandes e Lobo da Costa (2006). não importando a faixa etária.Como era de se esperar. tanto de braçada quanto pernada. Ficou evidente também que o tipo de prática e seu objetivo de utilização estava diretamente relacionado com o nível de aprendizagem dos alunos e não pela faixa etária. Nos momentos de utilização da prática parcial. Estes resultados estão de acordo com as considerações de Schmidt e Wrisberg (2001) e Magill (2000) a cerca dos tipos de práticas utilizados na aprendizagem de exercícios. Foram observadas algumas aulas onde o objetivo foi variação de volume e intensidade. Vale ressaltar que . foram encontradas diferenças entre as aulas para as diferentes faixas etárias. mesmo sem declarar enfaticamente na entrevista. Catteau e Garoff (1990). onde geralmente o material tinha o objetivo de especificar o treinamento. respeitando as diferenças de características. valorizando a idéia de ir do simples para o complexo. global e em blocos. Para exercícios onde o material tinha o objetivo de auxiliar a execução de alunos em nível de iniciação e aprendizagem. essa era uma grande vantagem. Isto porque. Gama e Carracedo (2003) e Xavier Filho e Manoel (2002). pois o material utilizado. Freudenheim. houve aulas em que a maior parte dos exercícios foi feita com materiais. para aqueles alunos de iniciação a prática parcial em blocos é muito utilizada para que o iniciante entenda a idéia do movimento e diminua os erros na execução e construa-se um padrão de movimento. conseguia suprir a necessidade do aluno. Mesmo para alunos de aperfeiçoamento. Essas diferenças nos demonstraram que os professores modificavam sua maneira de trabalhar com cada uma delas. principalmente para aqueles que já estavam numa etapa de aperfeiçoamento. Também ficou evidente que as aulas foram planejadas de acordo com os objetivos propostos e o nível de aprendizagem dos praticantes. Quanto à utilização de materiais. Foi observada a utilização de três tipos de práticas: parcial. qualquer um que fosse. nenhum exercício com utilização de material. e ainda. a sua utilização também foi vantajosa. a prática das aulas observadas pelos professores. Santos (1996). Todos explicaram os exercícios verbalmente. Este é um fato preocupante já que é esperado que a cada aula possamos ir aumentando a complexidade. A proporção de professores que ministraram aula dentro da piscina foi praticamente a mesma de professores que ficaram fora da piscina. utilizaram . As instruções verbais foram bem entendidas pelos alunos. como os que ficaram fora da piscina. novas formas de controle corporal e a motivação na execução de habilidades repetitivas. o autor relata que a utilização exagerada de materiais pode causar dependência e erros na execução. normalmente quando propomos novas habilidades a demonstração sempre é requisitada pelos alunos. bem como não foram introduzidas novas habilidades. Isto também deveria ser repensado nas aulas de diferentes idades. valorizando a motivação e a variabilidade da prática. como no caso da natação. Por outro lado. variáveis importantes para a aprendizagem motora segundo Schmidt e Wrisberg (2001). visto que é o método mais utilizado por professores de Educação Física em todos os esportes e práticas corporais. para tanto o papel desafiador a novas formas de tentativas de movimentos do aluno na água cabe ao professor e. exigindo cuidados dos professores na utilização dos mesmos. Assim. porém. porém em outras situações isso não foi observado. como meta de otimizar o processo ensino-aprendizagem. Destacamos. que principalmente para crianças segundo Cornélio (1999) e Barbosa (2007) deveriam ser utilizados materiais alternativos visando estimular o raciocínio das crianças. principalmente quanto à tensão muscular. desde que estes dominem minimamente o conteúdo anterior.: somente nas aulas de criança foi utilizado o tubo e também nos exercícios de abdômen de uma aula de adulto). a estrutura da aula segundo Palmer (1990) passa de recuperar exercícios feitos nas aulas anteriores e introduzir novos desafios aos alunos. sendo que tanto alunos iniciantes como avançados utilizaram prancha ou palmar. Porém. organizando o processo de aprendizagem a partir da variabilidade da prática e aumentando a adaptabilidade dos alunos conforme proposto por Schmidt e Wrisberg (2001) e Magill (2000). pois todos os professores apresentaram domínio e conhecimento da modalidade enquanto explicavam e não havia alunos novatos nas aulas.Palmer (1990) faz algumas considerações à cerca das vantagens em utilizar os materiais no início do processo de aprendizagem melhorando a flutuabilidade. desafiando os alunos e não apenas repetindo os movimentos. Tanto os professores que ficaram dentro. as demonstrações não foram muito utilizadas. Portanto observamos que em algumas situações o tipo de material utilizado variava de acordo com o nível de cada aluno (ex. Fernandes e Lobo da Costa (2006) enfatizam que o processo de aprendizagem deve ser pensado a partir da diversidade de possibilidades da relação do homem com a água. possibilitando maior mobilidade para o aluno e sensação de segurança. provavelmente porque os alunos já conheciam os exercícios. No presente estudo não foi possível induzir estas desvantagens por termos observados apenas uma aula de cada professor. porém na época em que foram feitas as filmagens. Magill (2000) argumenta que a relação professor aluno necessita ser positiva. principalmente nos horários da manhã. principalmente de crianças. Porém. pelo fato de sentirem frio ao sair da piscina e dos vestiários. o professor dentro da água poderia criar um ambiente mais propício para esta faixa etária. mas sempre de maneira amigável e respeitosa. Além disso. ao lado do aluno. Novamente encontramos um resultado de acordo com Palmer (1990). mas também para ter maior convívio interpessoal. A baixa temperatura faz com que as pessoas não queiram praticar atividades aquáticas. pois nas entrevistas os professores relataram esse fato. o que nos leva a acreditar da baixa procura por esta faixa etária para a prática da natação. Novamente ressaltamos que Palmer (1990) defende a demonstração feita fora da piscina em etapas onde o aluno já domina seu corpo no meio líquido. A participação efetiva do professor nas aulas. como observamos no relato de uma das aulas. No caso dos idosos. Lima (1999) que diz que o ideal é de três a dez alunos. A aula de idosos sempre tinha um número reduzido de participantes. Quanto à relação entre professor e alunos. apenas estar adaptada ao meio líquido e também porque promove maior relação interpessoal entre os participantes. criando um ambiente motivacional para facilitar o processo de aprendizagem e a melhora do desempenho. Velasco (1994) defende que a idéia de que o professor fique dentro da piscina. inclusive dentro do meio líquido é enfatizada por Barbosa (2007) já que promove motivação dos alunos e confiança. Assim. sendo que o menor número foi dois e o maior foi oito. Houve diferença quanto ao número de alunos nas aulas. Acredita-se que a demonstração feita dentro da piscina é mais completa do que a demonstração feita fora. principalmente no início da aprendizagem. a autora coloca que a busca pela hidroginástica ocorre por ter menor exigência fisiológica. que diz que uma boa relação professor/aluno é indispensável para o bom andamento da aula. Isto não significa que as academias não ultrapassem o número de alunos considerado ideal. visto que em uma das aulas . respeitando as individualidades. Isto pode ser explicado segundo Mariani (1997) a maior procura pela terceira idade é para a prática de hidroginástica. alguns com mais afinidade e outros com menos. estávamos no inverno o que pode ter influenciado no número de alunos nas aulas. muitos procuram a academia além dos benefícios da prática para esta faixa etária e perder o medo da água. não necessita que a pessoa saiba nadar os estilos.demonstração. variando de acordo com o nível de habilidade. os dois tipos foram eficazes e bem aproveitados pelos alunos. foi observado que todos tinham uma boa relação. Lima (1978) que diz que o ideal é dez alunos. Apenas uma situação observada foi preocupante neste aspecto. A observação do número total de alunos nas aulas está de acordo com as afirmações de Palmer (1990) que diz que o ideal é de seis a doze alunos. inclusive por indicação médica. número de professores e condições da piscina. um aluno com deficiência executava movimentos por conta própria sem nenhuma intervenção do professor e interação com os demais alunos. Por outro lado. citaram que um dos objetivos das atividades lúdicas é promover socialização entre os alunos. esta independência limita a evolução motora do aluno. não foi apresentado em excesso. Nas aulas em que não foi observado. Só foi observado o feedback extrínseco. necessitando colocar em prática o que já está escrito em forma de lei e Políticas Públicas (CERIGNONI. principalmente na natação. conforme nos apontaram Prado Jr. de fato ainda é muito baixa em diferentes contextos sociais. Nas aulas em que ele foi observado. Observou-se também que todos os professores que o apresentaram tinham domínio da modalidade e sabiam exatamente como o aluno devia corrigir o seu erro. et al. nos dias de hoje. Porém.de adulto. porém. as aulas para este aluno e a atenção dada a ele deveriam estar sob supervisão do professor. visando aperfeiçoar o processo de aprendizagem. Segundo Catteau e Garoff (1990) a auto-aprendizagem pode ser considerada uma metodologia de ensino. o processo de inclusão não significa apenas colocar a pessoa com deficiência em espaços de aprendizagem comum. sendo que foram utilizadas somente como divertimento e socialização. porém não atingiram o objetivo de dirigir a brincadeira para o objetivo . elaborar um programa específico respeitando as limitações e estimulando as potencialidades da pessoa com deficiência. as brincadeiras deveriam estar voltadas para o objetivo da aula (brincadeira dirigida) sendo uma ferramenta no processo ensino aprendizagem. brincadeira molhada como chamou Barbosa (2007). Mas sim. (2004). essas atividades não foram utilizadas como auxílio na aprendizagem mas apenas como forma de recreação. aquele em que o professor apresenta-o para o aluno. Para Cornélio (1999) e Barbosa (2007). que seria o da socialização. não apresentando evolução. Porém. de que o feedback é um fator importante no processo de aquisição de uma habilidade motora. em pelo menos uma academia. Isto não deveria ser permitido. ou porque o professor não corrigiu nenhum aluno. 2006). Foi dessa maneira que todos os feedbacks foram apresentados. de modo que todos os professores que o utilizaram. A utilização das atividades lúdicas esteve presente na parte final de duas aulas de criança. foi porque nenhum aluno pediu-o. Porém houve momentos em que a sua utilização foi necessária e o professor não utilizou. Isso confirma a citação de Magill (2000). Corrêa e Massaud (2004). pode-se dizer que as academias atingiram somente um objetivo. O feedback foi observado em todas as faixas etárias. nas aulas onde houve utilização de atividades lúdicas. além de criar vícios por tentativa e erro na busca de se locomover de diferentes formas no meio líquido. Assim. A inclusão no Brasil. o objetivo das brincadeiras não estava de acordo com o objetivo das aulas. Pimentel (2005). talvez pelo fato de já ter corrigido outras vezes e observar que o aluno persiste com o mesmo erro. tornando essa prática eficaz para a melhor execução do aluno. sabiam exatamente como detectar e corrigir o erro. facilitando o processo de aprendizagem. defendem a utilização da brincadeira espontânea e não dirigida. a partir do aumento da sociabilização entre os participantes. diferentemente de outros autores. Observou-se que a resposta mais apontada foi a questão do medo ou trauma. Esta necessidade fica mais evidente quando não observamos atividades recreativas nas aulas de adulto e idoso. Catteau e Garoff (1990). motivando os alunos. organizar satisfatoriamente o ambiente aquático e propor atividades de acordo com as necessidades dos sujeitos. . sobre a influência do medo no processo de aprendizagem. através de atividades recreativas. Cornélio (1999) encontrou em sua pesquisa resultados satisfatórios quanto à utilização das atividades lúdicas em aulas de natação. pois quando um aluno apresenta esse fator a aprendizagem torna-se lenta e a evolução demora a ocorrer. as resposta apresentadas sobre as dificuldades em ministrar aulas para adultos e idosos. Isto está de acordo com a afirmação de Machado (1978). Por outro lado.das aulas. já que a natação é um esporte individual. Quanto às entrevistas. quando este aspecto surge nestas faixas etárias uma das estratégias deveria ser a utilização do lúdico. Colaborando com esta afirmação Corrêa e Massaud (2004) dizem que o professor deve criar situações de desafio. vale destacar. pois segundo Fernandes e Lobo da Costa (2006) é fundamental conhecer as limitações e potencialidades da pessoa que aprende. Por outro lado. porém a considera fundamental no processo de ensino. tipo de prática.8 CONCLUSÃO A partir do objetivo proposto podemos concluir que existem diferenças nas aulas de natação em academias. materiais comuns e formas de correções semelhantes ocorrendo tanto para crianças. do que nas aulas de adulto e idoso. Vale destacar. que exigia a utilização dessas atividades. mesmo tendo alunos em fase inicial de aprendizagem dos estilos. ocorreu mais em função do nível de aprendizagem que cada aluno se encontrava e as diferenças individuais. adultos de 20 a 54 anos e idosos a partir de 60 anos). porém isto não significou uma relação professor / aluno mais favorável. que as modificações observadas quanto: ao nível de complexidade das atividades. 2) atividades lúdicas. para as três diferentes faixas etárias pesquisadas (crianças de 06 a 12 anos. Entre as diferenças mais significativas estão: 1) linguagem. utilização de material. nas aulas de criança permaneciam mais dentro da água. que só foram observadas nas aulas de criança. Apesar dos professores entenderem que tem diferenças na organização das aulas para . adultos e idosos. porque observamos uma mesma atividade sendo utilizada para diferentes faixas etárias. em função da metodologia utilizada pelos professores. para que houvesse melhor entendimento da atividade por parte dos alunos. 4) o número de idosos nas aulas era menor do que de crianças e adultos. visto que as aulas de adultos e idosos ocorriam no mesmo horário. que foi modificada com maior freqüência nas aulas de criança. 3) posição de ensino do professor. diferentes objetivos e volume e intensidade dos exercícios nas aulas. Isto esta de acordo com a literatura que aponta que existem diferentes formas de ensinar a natação. quando observamos as aulas estas são mais brincadeiras isoladas do conteúdo desenvolvido na aula e sempre utilizada na parte final da aula.diferentes faixas etárias. Um novo estudo enfatizando maior tempo de acompanhamento das aulas e com um maior número de aulas observadas de um mesmo professor. em alguns aspectos. poderia nos fornecer informações sobre a aplicação de um programa de ensino-aprendizagem. sendo que estas devem respeitar as limitações e potencialidades da pessoa que aprende. se ocorre maior variabilidade da prática e modificação na postura do professor. Também foram observadas diferenças entre as academias para as mesmas faixas etárias. visando organizar um ambiente favorável a mudança de comportamento na relação corporal e o domínio do meio líquido. Finalmente apontamos a necessidade de novos estudos sobre natação em academias. bem como se as aulas são repetitivas. O item que mais surgiu foi que para crianças as atividades lúdicas são fundamentais no processo de aprendizagem. buscando as diferenças existentes entre as aulas para alunos de diferentes idades. visto que professores de diferentes academias adotam metodologias de ensino diferentes. Concluiu-se também que as academias fazem distinção de metodologia somente entre turmas de criança e adulto. as respostas de como eles planejam estas diferenças não ficou clara. porém. se os objetivos são alterados progressivamente e em que velocidade e ainda. . se a utilização de materiais é diversificada. cnbb. 1990. GAROFF. C. São Paulo.. N. 2003. p. Disponível em:<http://www. Monografia apresentada à Universidade Estadual Paulista – Campus de Bauru. Bauru.REFERÊNCIAS ANDREOTTI. 1992.uniandrade. 3. padrão de distribuição de gordura e níveis de atividade física em atletas de natação com mais de 50 anos.br/documento_geral/ARTIGOCF 2006. 70 p. Revista Paulista de Educação Física. J.. O ensino da natação. 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