Módulo.1 Filosofia

March 20, 2018 | Author: Paulo Poft | Category: Ancient Greece, Science, Thought, Knowledge, Attitude (Psychology)


Comments



Description

Módulo I – Introdução à filosofiaNeste  primeiro  módulo  da  disciplina  Filosofia  do  Direito  vamos  abordar  as  considerações  iniciais  sobre  a  filosofia  geral  para  que,  após  a consolidação de alguns conceitos essenciais, possamos adentrar no âmbito da Filosofia do Direito. A  palavra  filosofia  é  grega[1].  É  composta  por  duas  outras:  philo  e  sophia.  Philo  deriva­se  de  philia,  que  significa  amizade,  amor  fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. Atribui­se ao filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século V antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia. Segundo Pitágoras, a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os homens podem desejá­la ou amá­la, tornando­se filósofos. A  Filosofia,  entendida  como  aspiração  ao  conhecimento  racional,  lógico  e  sistemático  da  realidade  natural  e  humana,  da  origem  e  causas  do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato tipicamente grego. Por meio da Filosofia, os gregos instituíram para o Ocidente europeu as bases e os princípios fundamentais do que chamamos razão, racionalidade, ciência, ética, política, técnica, arte. Evidentemente, isso não quer dizer, de modo algum, que outros povos, tão antigos quanto os gregos, como os chineses, os hindus, os japoneses, os árabes, os persas, os hebreus, os africanos ou os índios da América não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem. Também não quer dizer que esses povos não tivessem desenvolvido o pensamento e as formas de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois desenvolveram e desenvolvem. A Filosofia surge, portanto, quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera, começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos e as coisas da natureza, os acontecimentos e as ações humanas podem ser conhecidos pela razão humana, e que a própria razão é capaz de conhecer­se a si mesma. Em muitas culturas, a coruja é a ave que simboliza a sabedoria[2]. Isso se deve ao fato de que, na tradição grega, a coruja foi vista como a ave de Athena  (Minerva,  para  os  romanos),  ou  seja,  como  símbolo  da  racionalidade  e  da  sabedoria,  como  a  representação  da  atitude  desperta,  que procura, que age sob o fluxo lunar, e que não dorme quando se trata da busca do conhecimento. Associada à capacidade de enxergar mesmo nas trevas, seus grandes olhos voltados para a compreensão, para a observação, são suficientemente significativos para traduzirem a ideia de que a busca da sabedoria pressupõe um olhar atento para a compreensão do mundo (CHEVALIER, 2005 Os especialistas referem­se a construções de mosteiros e de fortalezas no período medieval como uma outra metáfora para explicar a questão da sabedoria. devemos indagar: para que filosofia? [3] Ao  tomar  distância  da  vida  cotidiana  e  de  si  mesmo. Distancia­se para compreender. observam­se consideráveis distâncias da vida urbana.  se  posta  como  sentinela  e  defensor  da  garantia  de  que  a  razão  será  conservada  na  vida  social  como  um  distintivo fundamental da condição humana. Assim. O filósofo observa diversos aspectos de questões abrangentes. desejando conhecer o porquê de suas crenças e sentimentos. mas a visão geral. esta predisposição de voltar­se para o processo de convívio com o espanto diante do mundo”. as fortalezas num alto penhasco. Sua visão não é a visão local. Nas  palavras  dos  autores. Suas questões são enigmáticas para a condição humana.. Bittar & Almeida (2008) chamam a nossa atenção para o fato de que “uma longa experiência que seja não refletida. A sabedoria realmente evoca experiência e capacidade de absorção reflexiva da experiência mundana.  ora  para  contemplar  tal  qual  o  monge. Essa atitude recebe o nome de .  e  isto  porque.  “ao  usar  o  pensamento  como  força  de  compreensão. de onde se pode ter ampla visão do todo.  acaba  por  agir  sobre  o  mundo. a do cientista. suas observações se dão de modo integral e holístico. paradoxais].  mas  a  de  um  conhecedor  das  diversas  perspectivas  em  que  se  inscreve  a vivência mundana e suas questões.  os sentinelas podem ter ampla visão de tudo para propor o aviso estratégico ou de propor o ataque sobre o perigo iminente do invasor. dedicada a cumprir uma tarefa de fundamental importância para a existência humana” (BITTAR & ALMEIDA 2008. mas mecanicamente vivida.  indagando  sobre  as  crenças  e  os  sentimentos  que  alimentam. propiciam aos monges a condição de serem mediadores entre o mundo humano e o divino.2). Em ambos os casos. Os mosteiros construídos em regiões mais altas. Já  das  fortalezas  no  exercício  de  seu  papel  defensivo  contra  os  inimigos  de  uma  sociedade  vulnerável  a  toda  sorte  de  ataques  e  embates. O filósofo lida com questões aporéticas [dúbias. de ligação com o divino.  ora  para  ter  a  certeza  da  mais  clara  estratégia  defensiva. Assim. Os mosteiros. em geral. abrangente. busca um lugar privilegiado para observação. não é sinônimo de sabedoria adquirida. seus grandes dilemas. p. Como visto até este momento o filósofo volta­se à busca pelo conhecimento. lugares de reclusão. pela sabedoria. 2008. p.  silenciosamente. (. (Que é ser? Qual é a natureza humana? Qual o sentido da vida? Qual a melhor forma de governo? Como se pode definir justiça?)..) A filosofia exerce uma verdadeira vigília dirigida a si mesma e ao mundo circundante. 2008).  como  o  guerreiro  (BITTAR  & ALMEIDA.  nossa existência. A capacidade de os monges orientarem resulta da sua condição de ver muito além do que os homens conseguem ver. Em sua obra: “Curso de Filosofia do Direito”.  a  visão  de  um  filósofo  não  é  a  de  um  especialista.4). Para  os  autores. o homem estaria interrogando a si mesmo.  ao  utilizar  o ferramental  da  razão. 1.apud BITTAR & ALMEIDA.  O cientista parte delas como questões já respondidas. correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência. isto é. aos pré­juízos. nós mesmos. procedimentos especiais para conhecer fatos. o patrono da Filosofia. ou a ideia. aos fatos e às ideias da experiência cotidiana. ao que “todo mundo diz e pensa”. o filósofo Aristóteles. A Filosofia pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma coisa.atitude filosófica. acreditava que a Filosofia começa com o espanto. as ideias. é. e precisássemos perguntar também o que somos. É também uma interrogação sobre o porquê disso tudo e de nós. amigos. aos pré­conceitos. uma interrogação sobre o que são as coisas. são questões filosóficas. e uma interrogação sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira. olhando­o como se nunca o tivéssemos visto antes. os valores. os fatos.  de  procedimentos  corretos  para  bem  usar  o pensamento. o grego Sócrates. um dizer não ao senso comum.  portanto. porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados. A face negativa e a face positiva da atitude filosófica constituem o que chamamos de atitude crítica e pensamento crítico. Para o discípulo de Sócrates. afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é dizer: “Sei que nada sei”. por que somos e como somos. professores. a Filosofia começa com a admiração; já o discípulo de Platão. os comportamentos. Verdade.  começa  dizendo  que  não  sabemos  o  que imaginávamos saber; por isso. relação entre teoria e prática. ou o valor. na tecnologia como aplicação prática de teorias. O que é? Por que é? Como é? Essas são as indagações fundamentais da atitude filosófica. A segunda característica da atitude filosófica é positiva. Características da atitude filosófica que independem do conteúdo investigado: ­ perguntar o que a coisa. por que é e como é o mundo. A  Filosofia  começa  dizendo  não  às  crenças  e  aos  preconceitos  do  senso  comum  e. ATITUDE CRÍTICA = NEGAR O PRÉ­ESTABELECIDO (1° PASSO) PARA PODER PROVOCAR. isto é. livros e outros meios de comunicação que nos tivessem dito o que o mundo é; como se estivéssemos acabando de nascer para o mundo e para nós mesmos e precisássemos perguntar o que é. ao estabelecido. INDAGAR (2° PASSO). mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas. . por meio de nosso pensamento. o filósofo grego Platão. pensamento. A primeira característica da atitude filosófica é negativa. ATITUDE FILOSÓFICA = APRECIAÇÃO DISTANCIADA DO OBJETO DE REFLEXÃO. Admiração e espanto significam: tomamos distância do nosso mundo costumeiro. na racionalidade dos conhecimentos. as situações. como se não tivéssemos tido família. Todas  as  pretensões  das  ciências  pressupõem  que  elas  acreditem  na  existência  da  verdade.  a Filosofia se realiza como reflexão. a ideia ou o valor. uma ideia ou um valor; ­ perguntar por que a coisa. . para indagar como é possível o próprio pensamento. o pensamento interrogando­se a si mesmo. fazermos o que fazemos? 2. A reflexão filosófica organiza­se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões: 1. Quais os motivos.  por  que  há  o  pensar?  Por  ser  uma  volta  que  o pensamento realiza sobre si mesmo. as razões e as causas para pensarmos o que pensamos.  como  é  pensar. A Filosofia indaga qual é a estrutura e quais são as relações que constituem uma coisa. cada vez mais. das ideias e dos valores. A Filosofia. um conhecimento? A atitude filosófica inicia­se com perguntas sobre a essência. artísticos e culturais; com a compreensão das causas e das formas da ilusão e do preconceito no plano individual e coletivo; com as transformações históricas dos conceitos. As  perguntas  da  Filosofia  se  dirigem  ao  próprio  pensamento:  o  que  é  pensar. Qual é a intenção ou a finalidade do que pensamos. Qual é o conteúdo ou o sentido do que pensamos. dizermos o que dizemos. ou o valor. ocupa­se com as condições e os princípios do conhecimento que pretenda ser racional e verdadeiro; com a origem. dizemos e fazemos? Crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro.  aos  seres  humanos  no  ato  da  reflexão.  São  perguntas  sobre  a  capacidade  e a finalidade humanas para conhecer e agir. A Filosofia torna­se. A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer­se a si mesmo. A Filosofia pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa. de um valor.  dirige­se  ao  pensamento. A  reflexão  filosófica  indaga. a significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas. ou a ideia. políticos.não importa qual; ­ perguntar como a coisa. existe e é como é. a forma e o conteúdo dos valores éticos. é. de uma ideia. então. dizemos ou fazemos? 3. Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo.  reflexão e crítica. da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes.  da  moral).  memória. história.  compreensão  e  reflexão  sobre  a  origem. subjetividade.  da  religião. Conhecimento do conhecimento e da ação humana. conhecimento da mudança das formas do real ou dos seres; a Filosofia sabe que está na História e que possui uma história. mundo.  da  arte.  a  Filosofia  se  interessa  por  aquele  instante  em  que  a  realidade  natural  (o  mundo  das  coisas)  e  a  histórica  (o  mundo  dos homens) tornam­se estranhas. natureza. da cultura. Além de análise.  mas  interpretação.  Não  é  sociologia  nem  psicologia. contradição. espantosas.  experiência. Em  outras  palavras.  imaginação. Não é religião: é uma reflexão crítica sobre as origens e as formas das crenças religiosas. inteligência. das formas.  estando  essas  três atividades (análise.  linguagem.  das  teorias  e  práticas  científicas.  o  sentimento  e  a  ação)  e como  crítica  (das  ilusões  e  dos  preconceitos  individuais  e  coletivos.  desejo  e  paixões;  procurando  descrever  as  formas  e  os  conteúdos  dessas modalidades de relação entre o ser humano e o mundo. conflito.  Não  é  história. diferença. A Filosofia visa ao estudo e à interpretação de ideias ou significações gerais como: realidade. como  reflexão  (isto  é.  comportamento. cultura. reflexão e crítica) orientadas para elaboração filosófica de significações gerais sobre a realidade e os seres humanos. repetição. qual sua permanência e qual a necessidade interna que as transforma em outras.  mas  a  interpretação  e  a  avaliação  crítica  de  conceitos  e  métodos  da  sociologia  e  da psicologia. Traçadas  as  delineações  gerais  do  que  vem  a  ser  a  filosofia  é  importante  retomarmos  algumas  considerações  a  respeito  do  seu  surgimento  na Grécia para que possamos. nas ciências e na política for útil; se dar a cada um de nós e à nossa sociedade os meios para serem conscientes de si e de suas ações numa prática que deseja a liberdade e a felicidade para todos for útil. semelhança. indagando o que são. incompreensíveis e enigmáticas. conhecimento da transformação temporal dos princípios do saber e do agir. objetividade. O que é o ser e o aparecer­desaparecer dos seres? A Filosofia não é ciência: é uma reflexão crítica sobre os procedimentos e os conceitos científicos. Essa  descrição  da  atividade  filosófica  capta  a  Filosofia  como  análise  (das  condições  da  ciência.  reflexão. então podemos dizer que a Filosofia é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.  vontade. mudança etc. Se abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum for útil; se não se deixar guiar pela submissão às ideias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo. dessa forma.A  Filosofia  volta­se  também  para  o  estudo  da  consciência  em  suas  várias  modalidades:  percepção.  mas interpretação do sentido dos acontecimentos inseridos no tempo e compreensão do que seja o próprio tempo.  políticas  e  artísticas).  Não  é  política.  a  natureza  e  as  formas  do  poder. quando o senso comum já não sabe o que pensar e dizer e as ciências e as artes ainda não sabem o que pensar e dizer. . pontuar algumas fases que são importantes ao estudo desta disciplina. a Filosofia é a busca do fundamento e do sentido da realidade em suas múltiplas formas. das significações das obras de arte e do  trabalho  artístico.  volta  da  consciência  para  si  mesma  para  conhecer­se  como  capacidade  para  o  conhecimento. Não é arte: é uma interpretação crítica dos conteúdos. do ser humano consigo mesmo e com os outros.  separar.. Megara. são diferentes quando examinados pela  razão. 3. podia ser conhecida por todos por meio de operações mentais de raciocínio. Ilíada e Odisseia; 2. ao contrário. considerando esse momento de questionamento e consequente surgimento da filosofia podemos delimitar. quando os gregos criam cidades como Atenas. Tendência à argumentação e ao debate: nenhuma solução pode ser aceita sem que tenha sido demonstrada. ciência. que são as mesmas em todos os seres humanos. A da Grécia arcaica ou dos sete sábios. mas. desse modo. 4. técnica e arte. ética. os gregos instituíram para o Ocidente europeu as bases e os princípios fundamentais do que chamamos de razão. a considerar que o pensamento e a linguagem definem a razão. isto é. racionalidade. 2.A Filosofia surgiu quando alguns pensadores gregos se deram conta de que a verdade do mundo e dos humanos não era secreta e misteriosa. Esparta. A da Grécia homérica. correspondente aos 400 anos narrados pelo poeta Homero. alguns traços da atividade filosófica desde o seu nascimento: 1. Descobriram que a linguagem respeita exigências do pensamento. 5. baseada no artesanato e no comércio; . em seus dois grandes poemas. porque sob a aparência da diversidade e variação. na verdade.. fusão de várias coisas numa união íntima para formar um todo). os conhecimentos verdadeiros podem ser transmitidos e ensinados a todos. Samos etc. Capacidade de diferenciação: mostrar que fatos ou coisas que parecem iguais ou semelhantes. Com a Filosofia. do século VII ao século V a. que precisasse ser revelada por divindades a alguns escolhidos. o que. Capacidade de generalização: mostrar que uma explicação tem validade para muitas outras coisas diferentes ou muitos fatos diversos.  chama­ se análise (palavra grega que significa ação de desligar. A capacidade racional chama­se síntese (palavra grega que significa reunião. que o homem é um ser dotado de razão e que a racionalidade é um traço distintivo em relação a todos os outros seres. com predominância da economia urbana. por esse mesmo motivo. pode­se descobrir semelhanças e identidades.C. Tebas. provada racionalmente em conformidade com princípios e regras do pensamento verdadeiro. política. No tocante a história da Grécia [4] é válido salientar que essa costuma ser dividida pelos historiadores em quatro grandes fases ou épocas: 1. Recusa de explicações pré­estabelecidas: cada fato exige uma explicação racional como resultado de investigação.  A  capacidade  racional  de  compreender  diferenças  em  coisas  nas  quais  parece  haver  identidade  e  semelhança. Assim. resolução de um todo em suas partes). Tendência à racionalidade: os gregos foram os primeiros a definir o ser humano como animal racional. Pode­se perceber que os dois primeiros períodos da Filosofia grega têm como referência o filósofo Sócrates de Atenas. Período helenístico ou greco­romano.C. Estabelecida a divisão em períodos da história da Grécia cumpre estabelecermos a divisão. de onde vem a divisão em Filosofia pré­socrática e socrática. Anaxímenes de Mileto. E.  quando  a  democracia  se  desenvolve. do conhecimento humano e das relações entre o homem e a natureza e de ambos com Deus.  Período  socrático  ou  antropológico.C.3. da filosofia grega. do final do século VII ao final o século V a. Escola Eleata: Parmênides de Eleia e Zenão de Eleia; .  a  vida  intelectual  e  artística  entra  no  apogeu  e  Atenas domina a Grécia com seu império comercial e militar; 4. Esse período alcança Roma e o pensamento dos primeiros padres da Igreja. a da época helenística. para as mãos do Império Romano. Período pré­socrático ou cosmológico.. do final do século III a.. a partir do final do século IV a. até o século VI d. durante a Grécia clássica. também em períodos.C.C.  desde  que  as  leis  do  pensamento  e  de  suas  demonstrações  estejam firmemente estabelecidas para oferecer os critérios da verdade e da ciência. finalmente. No  tocante  ao  período  pré­socrático  ou  cosmológico  é  importante  que  nos  atentemos  às  seguintes  escolas  filosóficas  e  aos  filósofos  que  as integraram: 1. 2. sobretudo. Escola Jônica: Tales de Mileto. Entretanto. Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso; 2.. Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento; 3. Período sistemático. o apogeu da Filosofia acontece durante o apogeu da cultura e da sociedade grega; portanto.. 1. 3.  ­  a  ética. A Filosofia se ocupa. ­ a origem do mundo e as causas das transformações na natureza.C.  ântropos = homem. Escola Itálica: Pitágoras de Samos. 4. depois. ­ busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e  a  antropologia;  busca  mostrar  o  objeto  do  conhecimento  filosófico.  nos  séculos  V  e  IV  a. com as questões da ética. já que ela não existe na Grécia homérica e só aparece nos meados da Grécia arcaica. do final do século IV ao final do século III a.C. Os períodos da Filosofia não correspondem exatamente a essas épocas. terminando a história de sua existência independente.  do  final  do  século  V  e  todo  o  século  IV  a.  A  da  Grécia  clássica.C. período antropológico). quando a Grécia passa para o poderio do império de Alexandre da Macedônia e.  a  política  e  as  técnicas  (em  grego..  ou na natureza. fazer nascer. A mudança ­ nascer. da qual os seres humanos fazem parte. o longe fica perto.physis = fazer surgir.. Obedece a leis determinadas pela physis ou pelo princípio fundamental do mundo. Isso significa: a) que o mundo. segundo a qual Deus cria o mundo do nada. o branco amarelece.  claro­escuro. perene. o quente esfria. imortal. enegrece; o novo envelhece. de onde tudo nasce e para onde tudo volta é invisível para os olhos do corpo e visível somente para o olho do espírito. O  movimento  do  mundo  chama­se  devir  (vir  a  ser. ao contrário do princípio gerador.  Afirma  que  todos  os  seres. acinzenta. como acredita a religião judaico­cristã. a ordem e a transformação da natureza. ao explicar a natureza.  além  de  serem  gerados  e  de  serem  mortais. a passagem contínua de uma coisa ao seu estado contrário.  são  seres  em  contínua  transformação. a Filosofia explique a origem e as mudanças dos seres humanos. o dia se torna noite. Busca explicação racional e sistemática sobre a origem. de modo que. a criança cresce etc. Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera.  e também no sentido inverso. isto é. 5. o saudável adoece. Portanto. o mundo está em mudança contínua. fazer brotar. perene.) e mudando de quantidade (o pequeno cresce e fica grande. Entende que o mundo eterno. noite­dia.  ela  dá  origem  a  todos  os  seres  infinitamente  variados  e diferentes do mundo. para o pensamento. Com relação à cosmologia é oportuno observar as seguintes características: 1.  transformar­se. é eterno; b) que no mundo. sem por isso perder sua forma.  embora  a  physis  (o  elemento  primordial  eterno)  seja  imperecível. Uma passagem que não é caótica. Por isso diz: “Nada vem do nada e nada volta ao nada”.  um­muitos  etc. Anaxágoras de Clazômena.  metamorfosear­se)  e  segue  leis  rigorosas  que  o  pensamento conhece. seres que. 6. produzir).  que  mostram  que  toda  mudança  é  passagem  de  um  estado  ao  seu  contrário:  dia­noite. um rio aumenta de volume na cheia e diminui na seca etc. portanto. 2. mudar de qualidade ou de quantidade ­ chama­se movimento e o mundo está em movimento permanente. tudo se transforma em outra coisa sem jamais desaparecer.4. imortal e imperecível de onde tudo brota e para onde tudo retorna é o elemento primordial da natureza e chama­se physis (em grego.  cheio­vazio. 3. sua ordem e sua estabilidade. a primavera cede lugar ao verão. 4. mas não sua matéria. Nega que o mundo tenha surgido do nada. . são perecíveis ou mortais. O devir é.  Considera  que.  tornar­se.  mudando  de  qualidade  (por exemplo. A physis é a natureza eterna e em perene transformação. morrer.). Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento. ou a natureza. embora a forma particular que uma coisa possua desapareça com ela. Afirma que o mundo é eterno.  quando se desligam da Filosofia a biologia. diante do que é novo e ainda não foi compreendido. o campo da Filosofia diminuiu quando as ciências particulares que dela faziam parte foram­se desligando para constituir suas próprias esferas de investigação. frequentemente. num diálogo permanente com a sociedade e a cultura de seu tempo. Veja­se. Está na História: a Filosofia manifesta e exprime os problemas e as questões que. seja aproveitando o passado filosófico. A Filosofia teve seu campo de atividade aumentado: No século XVIII.  como  também  podem  diminuir  esses  campos. a filosofia da arte ou estética; No século XIX. a Filosofia está na História e tem uma história.Alguns filósofos gregos. oferecendo caminhos. já neste primeiro módulo de estudo.  porque  alguns  de  seus  conhecimentos podem desligar­se dela e formar disciplinas separadas.  as  soluções  e  as  novas  perguntas  que  os  filósofos  de  uma  época  oferecem  tornam­se  saberes  adquiridos  que outros filósofos prosseguem ou. . o que pensavam alguns dos filósofos: Tales dizia que o princípio era a água ou o úmido; Anaximandro considerava que era o ilimitado sem qualidades definidas; Anaxímenes. uma visão holística sobre os caminhos que percorremos nos módulos seguintes. a física e a química; No século XX. a filosofia das ciências ou epistemologia e a filosofia da linguagem. E assim por diante. em cada época de uma sociedade. Além disso. propondo novas perguntas. De se registrar que foi dada maior atenção à Filosofia Grega uma vez que é daí que partem os demais filósofos. inclusive aqueles que realizarão. Tem  uma  história:  as  respostas. por exemplo. Como todas as outras criações e instituições humanas. por exemplo. teremos. seja criticando­o e refutando­o. no século XVIII. foi o berço de seu nascimento. da qual ela faz parte. as transformações nos modos de conhecer podem ampliar os campos de investigação da Filosofia. Após  essas  considerações  imprescindíveis  a  respeito  do  surgimento  da  Filosofia. sobretudo. história). do período pré­socrático. acreditavam na existência de um princípio eterno e imutável do qual teria resultado a natureza e pelo qual a natureza permaneceria em constante transformação.  Por outro lado.  notadamente  no  que  tange  à  Filosofia  Grega. na Idade Média. antropologia.  pois  a  Grécia. respostas e. uma releitura dos filósofos que sucederam Sócrates. as chamadas ciências humanas (psicologia. É o que acontece. Dessa forma. os homens colocam para si mesmos.  fazendo  surgir  novas  disciplinas  filosóficas. A Filosofia procura enfrentar essa novidade. tornam­se novos problemas que outros filósofos tentam resolver. como visto. que era o ar ou o frio; Heráclito afirmou que era o fogo; Leucipo e Demócrito disseram que eram os átomos. vamos agora traçar algumas delineações gerais a respeito da filosofia na história[5]. a filosofia da história; No século XX.   entre  verdades sobrenaturais  e  verdades  naturais. pois somente com tal conciliação seria possível convencer os pagãos da nova verdade e convertê­los a ela.  Clemente.  isto  é. A patrística foi obrigada a introduzir ideias desconhecidas para os filósofos greco­romanos: a ideia de criação do mundo. mencionados linhas acima.  entre  verdades  reveladas  ou  da  fé  e  verdades  da  razão  ou  humanas. pelo qual o homem se torna responsável pela existência do mal no mundo. Divide­se em patrística grega (ligada à Igreja de Bizâncio) e patrística latina (ligada à Igreja de Roma) e seus nomes mais importantes foram: Justino. os padres da Igreja as transformaram em verdades reveladas por Deus (através da Bíblia e dos santos) que. e. já que tudo foi criado por Deus.  Filosofia  Medieval. A patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros padres da Igreja para conciliar a nova religião ­ o Cristianismo ­ com o pensamento filosófico dos gregos e dos romanos.  Eusébio. da consciência moral e do livre­arbítrio.  Santo  Ambrósio. irrefutáveis e inquestionáveis. a ideia de “homem interior”. Precisou também explicar como o mal pode existir no mundo.  superior  ao  simples conhecimento racional.  as  primeiras  introduzindo  a  noção  de  conhecimento  recebido  por  uma  graça  divina.  Isidoro  de Sevilha. de Deus como trindade una. de pecado original. quando teve início a Filosofia medieval. A Filosofia Patrística (século I ao século VIII) inicia­se com as Epístolas de São Paulo e o Evangelho de São João e termina no século VIII. A Filosofia patrística liga­se. Assim.  São  Gregório  Nazianzo.  São  João  Crisóstomo.C. seriam dogmas. que é pura perfeição e bondade. de juízo final ou de fim dos tempos e ressurreição dos mortos etc. os períodos em que os historiadores dividem a História da sociedade ocidental. havia três posições principais: . A  Filosofia  Antiga  (século  VI  A. Santo Agostinho. isto é. Beda e Boécio.  os  principais  períodos  da  Filosofia  são:  Filosofia  Antiga. Surge  uma  distinção. às vezes de maneira mais distante. isto é.  ao  século  VI  D.  Filosofia Moderna. de encarnação e morte de Deus. à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos. Introduziu. O grande tema de toda a Filosofia patrística é o da possibilidade de conciliar razão e fé. Filosofia da Ilustração ou Iluminismo e Filosofia Contemporânea.  Atenágoras.Pelo fato de estar na História e ter uma história.  Tertuliano.  Orígenes. sobretudo com Santo Agostinho e Boécio. às vezes de maneira mais próxima.  Filosofia  Patrística. por serem decretos divinos. portanto. a Filosofia costuma ser apresentada em grandes períodos que acompanham.  indo  dos  pré­ socráticos aos grandes sistemas do período helenístico. Para impor as ideias cristãs.  desconhecida  pelos  antigos.  Filosofia  da  Renascença.C)  compreende  os  quatro  grandes  períodos  da  Filosofia  greco­romana. a esse respeito.  e o Aristóteles que conhecessem fosse aquele conservado e traduzido pelos árabes. Platão.  uma  ideia  é  considerada  verdadeira  se  for baseada nos argumentos de uma autoridade reconhecida (Bíblia. costuma­ se  dizer  que.  conhecida  como  disputa: apresentava­se uma tese e esta devia ser refutada ou defendida por argumentos tirados da Bíblia. .1. um santo). 2. A diferença e a separação entre infinito (Deus) e finito (homem. Por causa desse método de disputa ­ teses. à volta das catedrais. No tocante à Filosofia Medieval (século VIII ao século XIV) saliente­se que essa abrange pensadores europeus. demonstrações racionais da existência do infinito criador e do espírito humano imortal. anjos. É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa. Conservando e discutindo os mesmos problemas que a Patrística. a diferença entre razão e fé (a primeira deve subordinar­se à segunda). do século VI d. de Aristóteles.  uma  ideia  era  considerada  uma  tese  verdadeira  ou  falsa  dependendo  da  força  e  da  qualidade  dos  argumentos  encontrados  nos  vários autores. animais. a diferença  e  a  separação  entre  corpo  (matéria)  e  alma  (espírito). Aristóteles. sofreu uma grande influência das ideias de Santo Agostinho. a tudo o que se refere à salvação da alma e à vida eterna futura).  isto  é. Os que julgavam fé e razão irreconciliáveis e a fé superior à razão (diziam eles: “Creio porque absurdo”). que é. Um de seus temas mais constantes são as provas da existência de Deus e da alma. isto é. alma.  Os  que  julgavam  razão  e  fé  irreconciliáveis. árabes e judeus. minerais). Outra  característica  marcante  da  Escolástica  foi  o  método  por  ela  inventado  para  expor  as  ideias  filosóficas. na verdade. a teologia. A Filosofia medieval teve como influências principais Platão e Aristóteles. arcanjos. além de Platão e Aristóteles. Os que julgavam fé e razão conciliáveis. Assim. a Filosofia medieval acrescentou outros ­ particularmente um. 3. refutações.  na  Idade  Média. a Filosofia medieval também é conhecida com o nome de Escolástica. corpo. defesas. organizava Cruzadas à Terra Santa e criava. a subordinação do poder temporal de reis e barões ao poder espiritual de papas e bispos: eis os grandes temas da Filosofia medieval. conhecido com o nome de "Problema dos Universais" ­ e.  em  que  os  superiores  dominam  e governam os inferiores (Deus. vegetais.). as primeiras universidades ou escolas.  O  universo  como  uma  hierarquia  de  seres.  mas  afirmavam  que  cada  uma  delas  tem  seu  campo  próprio  de  conhecimento  e  não  devem misturar­se (a razão se refere a tudo o que concerne à vida temporal dos homens no mundo; a fé.  o  pensamento  estava  subordinado  ao  princípio  da  autoridade. conclusões baseadas em escritos de outros autores ­. um papa. mas subordinavam a razão à fé (diziam eles: “Creio para compreender”). de Platão ou de outros padres da Igreja. por ter sido ensinada nas escolas. Durante esse período surge propriamente a Filosofia cristã. embora o Platão que os medievais conhecessem fosse o neoplatônico (vindo da Filosofia de Plotino.C. A partir do século XII. ungia e coroava reis. respostas. mundo).  tanto através dos conhecimentos (astrologia. Santo Anselmo. O Iluminismo afirma que: pela razão. é marcado por três grandes mudanças intelectuais: Aquela conhecida como o “surgimento do sujeito do conhecimento”; O ponto de partida é o sujeito do conhecimento como consciência de si reflexiva. isto é.  arquitetura.  navegação)  e  das  artes  (pintura. que valorizava a vida ativa.  Do  lado  árabe:  Avicena.  conhecido  como  o  Grande Racionalismo Clássico. a política.  das  técnicas  (medicina. Duns Scoto. Escoto Erígena. dentre elas podemos elencar as seguintes: Proveniente de Platão. de novas obras de Aristóteles. A Filosofia da Renascença (século XIV ao século XVI) é marcada pela descoberta de obras de Platão desconhecidas na Idade Média. Santo Tomás de Aquino. do neoplatonismo e da descoberta dos livros do Hermetismo;  nela se destacava a ideia da natureza como um grande ser vivo; o homem faz parte da natureza como um microcosmo; Originária dos pensadores florentinos. isto é. e defendia os ideais republicanos das cidades italianas contra o Império Romano­Germânico. teatro).  São  Boaventura. bem como pela recuperação das obras dos grandes autores e artistas gregos e romanos. isto é.  Alfarabi  e  Algazáli. o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política; a razão é capaz de evolução e progresso. A  respeito  da  Filosofia  Moderna  (século  XVII  a  meados  do  século  XVIII)  esclareça­se  que  esse  período.  Roger  Bacon.  Do  lado  judaico: Maimônides. o nome Iluminismo). Nahmanides. .  escultura.Os teólogos medievais mais importantes foram: Abelardo. Yeudah bem Levi. Com  relação  à  Filosofia  da  Ilustração  ou  Iluminismo  (meados  do  século  XVIII  ao  início  do  século  XIX)  pode­se  afirmar  que  esse  período também crê nos poderes da razão. Nesse período predominaram algumas linhas de pensamento. literatura. magia. Santo Alberto Magno. alquimia). e o homem é um ser perfectível; o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações; há diferença entre natureza e civilização. quanto através  da  política  (o  ideal  republicano). contra o poderio dos papas e dos imperadores; Propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino. como consciência que conhece sua capacidade de conhecer; A resposta à pergunta anterior constituiu a segunda grande mudança intelectual dos modernos e essa mudança diz respeito ao objeto do conhecimento; Essa concepção da realidade como intrinsecamente racional e que pode ser plenamente captada pelas ideias e pelos conceitos preparou a terceira grande mudança intelectual moderna. chamada de "As Luzes" (por isso.  engenharia.  Guilherme  de  Ockham.  Averróis.  com relação à Filosofia Contemporânea registre­se que essa abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século XIX e chega aos nossos dias. Ed.B.  portanto.  preocupa­se  com  as  questões  morais  e . São Paulo. Editora Ática. Capítulo 1 Origem da Filosofia da autoria de Marilena Chauí. Unidade 1.  das  ideias.  das  crenças. da autoria de Eduardo C. Unidade 1.  Fichte  e  Schelling  (embora  este  último costume ser colocado como filósofo do Romantismo). [4]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia. A Filosofia. A Filosofia. Bittar & Guilherme Assis de Almeida. A Filosofia. Capítulo 1  Origem da Filosofia da autoria de Marilena Chauí. Editora Ática. [5]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia. Capítulo 3  Campos de investigação da Filosofia da autoria de Marilena Chauí. Por derradeiro. 2000. Editora Ática. São Paulo. São Paulo. parece ser o mais complexo e o mais difícil de definir. Esse período. 2008.  dos  comportamentos. 2000. São Paulo.Os  principais  pensadores  do  período  foram:  Hume. Editora Ática.   Exercício 1: Exercício 1 Considere as assertivas abaixo e assinale a alternativa que contenha apenas as assertivas que são corretas. 6ª Ed.  Diderot. [2] Texto adaptado da obra Curso de Filosofia do Direito. Capítulo 1 Origem da Filosofia da autoria de Marilena Chauí.  D’Alembert.  Rousseau. A Filosofia. pois as diferenças entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes porque as vemos surgir diante de nós. Unidade 1. 1)  A  Filosofia  se  volta  para  as  questões  humanas  no  plano  da  ação.  Voltaire.  dos  valores  e. 2000. por ser o mais próximo de nós. Unidade 1. Atlas.  Kant. [1]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia. [3]Texto adaptado da obra Convite à Filosofia. 2000. São Paulo.  O pensamento deve oferecer a si mesmo caminhos próprios..     A ­ A) Apenas as alternativas 2 e 4 estão corretas.  tendo  como  objeto  central  de  suas  investigações  a  moral  e  a  política;  isto  é.] se em vez de afirmar que gosta de alguém porque possui as mesmas ideias. capaz de reflexão. 2) O ponto de partida é a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional.] Ao tomar essa distância.  estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo [.. preferências e valores. 2 e 3 estão corretas. alcançando o conceito ou a essência delas. por que sentimos o que sentimos e o .. estaria interrogando a si mesmo. critérios próprios e meios próprios para saber o que é o verdadeiro e como alcançá­lo em tudo que é investigado. 4)  A  Filosofia  está  voltada  para  a  definição  das  virtudes  morais  e  das  virtudes  políticas. 3) A preocupação se volta para estabelecer procedimentos capazes de permitir ao homem encontrar a verdade. preferisse analisar: O que é um valor? O que é um valor moral? O que é um valor artístico? O que  é  a  moral?  O  que  é  a  vontade?  O  que  é  a  liberdade?  Alguém  que  tomasse  essa  decisão.políticas. Reflexão é a volta que o pensamento faz sobre si mesmo para conhecer­se; é a consciência conhecendo­se a si mesma como capacidade para conhecer as coisas. capaz de conhecer­se a si mesmo e. portanto.    C ­ C) Apenas as alternativas 1. desejando conhecer por que cremos no que cremos.  D ­ D) Apenas as alternativas 2 e 3 estão corretas.  as  ideias  e as práticas que norteiam os comportamentos dos seres humanos tanto como indivíduos quanto como cidadãos.    B ­ B) Apenas as alternativas 1 e 3 estão corretas.    E ­ E) Todas estão corretas. gostos..  Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários  Exercício 2: Exercício 2 “[.   os  fatos.que  são  nossas  crenças  e  nossos  sentimentos.  Esse  alguém  estaria  começando  a  adotar  o  que chamamos de atitude filosófica. uma primeira resposta à pergunta “O que é Filosofia?” poderia ser:  A  decisão  de  não  aceitar  como  óbvias  e  evidentes  as  coisas. M. política.  os  comportamentos  de  nossa  existência  cotidiana;  jamais  aceitá­los  sem  antes  havê­los investigado e compreendido” (CHAUÍ.  as  ideias. racionalidade.  lógico  e sistemático da realidade natural e humana. das ações humanas e do próprio pensamento. Assim. qual das seguintes atitudes seria uma atitude filosófica?   A ­ A) Fico sentado diante de uma flor para observar cada detalhe.  os valores. de suas transformações. Convite è Filosofia. . Introdução).  as  situações.    C ­ C) Espero o ônibus ouvindo música clássica no meu MP3. II  ­  Foram  os  gregos  que  instituíram  para  o  Ocidente  europeu  as  bases  as  bases  e  os  princípios fundamentais do que chamamos razão. que se ocupa da origem e das causas do mundo.     E ­ E) Saio de casa correndo logo cedo de manhã.  Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários  Exercício 3: Exercício 3 Quanto  a  Filosofia  como  um  fato  tipicamente  grego  considere  as  assertivas  abaixo  e  assinale  a alternativa que contenha apenas as assertivas que são incorretas.    B ­ B) Leio um livro para me distrair e não entendo o que o autor quer dizer com a palavra “altruísmo”. técnica. para não me atrasar. I  ­  A  antiga  Grécia  deu  origem  a  Filosofia  como  aspiração  ao  conhecimento  racional. arte.    D ­ D) Olho­me no espelho de manhã e me pergunto “o que eu sou”. ética. De acordo com o texto. ciência.  tão antigos quanto os gregos. como os chineses.  os  hindus.  os  japoneses.       A ­ A) Apenas a I. os hindus.  os hebreus.    B ­ B) Apenas a II..  os  árabes.    D ­ D) Apenas a IV. como possuem até os dias de hoje.  os  hebreus.  mas  não evoluíram quanto às formas de conhecimento de Natureza e dos seres humanos. IV  ­  É  sabido  que  povos  antigos  como  os  chineses.  E ­ E) Todas são corretas.    C ­ C) Apenas a III. I ­ admirados e espantados com a realidade.  os  africanos  ou  os  índios  da  América  não    possuíam sabedoria. a frase a seguir: “A Filosofia surge quando alguns gregos. começaram a fazer perguntas e buscar respostas para elas.”.. .  os  africanos  ou  os  índios  da  América  também  desenvolveram  o  pensamento. corretamente. os  japoneses.  Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários  Exercício 4: Exercício 4 Considere  as  assertivas  abaixo  e  assinale  a  alternativa  que  que  contenha  as  assertivas  que complementem.  os  persas.  os  árabes.III ­ Não podemos dizer que outros povos. insatisfeitos com as explicações que a tradição lhes dera.  os  persas.  os comportamentos. IV ­ Romperam com as explicações mitológicas sobre o cosmo.  Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários  Exercício 5: Exercício 5 Quanto à atitude filosófica. e a IV.    B ­ B) Apenas a I e a II. uma interrogação sobre o que são as coisas. ao que "todo mundo diz e pensa".    C ­ C) Apenas I. não podemos dizer que: I ­ A primeira característica da atitude filosófica é negativa.  os  acontecimentos  e  as  coisas  da  natureza  e  as ações humanas não podem ser conhecidos pela razão humana.     A ­ A) Apenas a I. nós mesmos. II ­ A segunda característica da atitude filosófica é positiva. aos pré­conceitos.    E ­ E) Todas estão corretas.     D ­ D) Apenas a III e a IV. aos fatos e às ideias da experiência cotidiana. um dizer não ao senso comum. isto é. os fatos. as ideias. a III.II  ­  demonstram  que  o  mundo  e  os  seres  humanos. os valores. aos pré­juízos. . ao estabelecido. as situações. III ­ demonstram que a própria razão é capaz de conhecer­se a si mesma. isto é.     E ­ E) Apenas a IV. IV  ­  A  face  negativa  e  a  face  positiva  da  atitude  filosófica  constituem  o  que  chamamos  de  atitude realista e pensamento realista.    B ­ B) Apenas a II.   A ­ A) Apenas a I. uma interrogação sobre  como  tudo  isso  é  assim  e  não  de  outra  maneira.  Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários  Exercício 6: Exercício 6 Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta: I – O termo filosofia foi cunhado pelo filósofo grego Pitágoras de Samos PORQUE I – Esse filósofo professava que embora a sabedoria plena pertenciam aos deuses era possível que os homens a alcançassem em sua plenitude   .  O  que  é?  Porque  é?  Como  é?  Essas  são  as indagações fundamentais da atitude filosófica.III ­ É permitir­se a uma interrogação sobre o porquê de tudo de sobre nós mesmos.    C ­ C) Apenas a III.    D ­ D) Apenas a II e a IV. A ­ A) A primeira assertiva é verdadeira e a segunda assertiva é falsa.  Comentários: Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários  .    E ­ E) As duas assertivas são falsas.     B ­ B) A primeira assertiva é falsa e a segunda assertiva é verdadeira.    C ­ C) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.      D ­ D) As duas assertivas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.