Milagre Na Cela

March 25, 2018 | Author: Camila Damasceno | Category: Universe, Love, City, State (Polity), Liberty


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MILAGRE NA CELAJORGE ANDRADE PREFÁCIO No tempo em que os críticos procuravam descobrir qual seria a “faculdade mestra” de um escritor, talvez dissessem que a de Jorge Andrade é a tensão, a crispação apai onada com que afronta os problemas! num universo dram"tico onde o #umor e a leveza mal se mostram! $ondo entre par%nteses Os ossos do Barão, o que fica é de fato um mundo de intensa gravidade, construído por um autor que transforma a cada instante o relato em testemun#o e a cena em conflito! $ara Jorge Andrade as coisas t%m um grande peso, que d" a cada gesto o timbre dos momentos decisivos! &aí os temas obsedantes que recorrem no seu teatro e caracterizam os seus diferentes produtos! 'obretudo a terra e a família, marcados pela dimensão do passado! J" foi dito que ele é o primeiro grande escritor do mundo rural paulista, isto é, da decad%ncia das classes rurais dominantes, correspondendo ao arcabouço tem"tico do romance brasileiro dos anos () e *)! A sua obra nasce das relaç+es de av,s, tios, primos- nasce do fato de alguém ser parente de alguém, num universo onde o parentesco define o lugar no espaço da sociedade! .as o espaço da sociedade pressup+e um espaço físico, que aqui é a terra, como posse e como finalidade da vida! “/s bens e o sangue”, 0 eis uma epígrafe possível para o seu teatro, que, não cronol,gica, mas logicamente, começaria com O sumidouro, numa etapa quase mítica, para encontrar um marco real em Pedreira das almas, onde se prop+e a #ist,ria de uma família fazendeira de .inas, que vem para 'ão $aulo buscar terras férteis e liberdade de agir, pela altura de 12*3! A moratória mostra o momento da queda, quase um século depois, e as outras variam, cada uma a seu modo, sobre o tema ostensivo ou implícito da perda do paraíso paternalista e rural, até o confinamento de A escada 0 quando as glebas de cultura e os campos de caça se evaporam e se transp+em no confinamento de um modesto prédio de apartamentos! .undo de donos da terra e seus descendentes, amargurados pela mudança de vida! .undo até certo ponto sen#orial, descrito 4s vezes com uma amplificação de tom que faz pensar em sentimento de classe dominante! .as, se passou por aí, a obra de Jorge Andrade não ficou aí! .ostrou que, por cima da aparente visão de classe, tencionava penetrar com maior amplitude na vida de todos os #omens! Aquela casta de fazendeiros era um mundo, não o mundo, /s seus dramas podiam ser pungentes e tocar a todos n,s, mas não resumiam os trabal#os do #omem! $or isso, no meio do painel sen#orial veio se engastar Vereda da salvação, ou se5a, o mundo dos sen#ores visto pelo avesso, pelo lado dos trabal#adores miser"veis que, não encontrando saída na iniq6idade do sistema da terra, procuram uma abertura para o sistema do céu! 7sta peça patética e forte, ao mesmo tempo que completa, desvenda a intenção de testemun#ar sobre o #omemé uma contraprova que inverte a perspectiva, passando da casa de fazenda para a 3 casa de colono! 8omo Moleque Ricardo no ciclo de José 9ins do :ego, ela amplia o panorama, acrescentando ao rico o pobre, ao dominador o dominado! $areceu então que Jorge Andrade encerrara a necessidade de falar sobre o mundo, por esgotamento do que tin#a para dizer, a partir da e peri%ncia de um certo mundo! A edição do seu teatro completo como que materializou um estado de ;nimo desse tipo, ao enfei ar num s, volume tudo quanto tin#a escrito até então, e que p<de organizar com tal coer%ncia que a sua produção ficou parecendo rigorosamente programada! $rogramação apenas em parte consciente, regida por uma misteriosa ordem das profundidades, que denotava o peso das obsess+es ligadas ao seu universo de origem! A seguir, ele passou pela e peri%ncia nem sempre feliz da telenovela! Numa primeira peça, recozendo as fases mais pitorescas de suas cr<nicas da decad%nciadepois, tentando, com O grito, mudar de craveira e tem"rio! =oi quando abordou o #omem da selva urbana e os atal#os do dia>a>dia no nosso tempo de cidade grande! ?alvez o resultado não ten#a sido perfeito@ mas para o escritor, foi fundamental! Auem acompan#ava a sua carreira sentiu logo que ele estava, ao seu modo, liquidando uma fi ação e tentando confusamente definir outra, / resultado s, veio aparecer aqui, nesta peça admir"vel sob qualquer aspecto que é Milagre na cela, onde o grito da telenovela desigual aparece de outro modo e d" forma a um 5eito renovado de encarar as coisas! / passado est" arquivado e Jorge Andrade, refeito por ele mesmo, se instala pela primeira vez no presente puro, para ver o nosso mundo sob alguns dos seus aspectos mais cruciantes! BBB /grande personagem desta peça talvez não se5a nen#um dos figurantes, apesar da sua grande força- mas a tortura, abordada pela primeira vez entre n,s como um fato com o qual é preciso conviver! ?endo sido durante quase toda a #ist,ria do #omem um procedimento policial e 5udici"rio normal, ela acabou formalmente proscrita no século CDEEE! .as essa proeza da filosofia ilustrada parece esbarrar com tend%ncias profundas da nossa animalidade, que a trou eram de volta oficiosamente e quase em triunfo nos dias que correm! F #orrível o fato de ela ser admitida e organizada, porque, isso posto! pode surgir, de todos e de cada um, o torturador tornado necess"rio! 9audisi diante do espel#o, em Cosí è se vi !are", de $irandello- “io dico- “tu”, e tu col dito indic#i me”! $ode #aver um torturador onde menos se espera@ reciprocamente! em cada um deles pode restar alguma coisa de #umanidade mel#or, que também #" em todos! A peça de Jorge Andrade é retrato de época e denGncia do mal@ mas também estudo do #omem! Não #" monstros e an5os! H" #omens e mul#eres col#idos na rede do mal, organizado e imposto conscientemente, vivendo as suas vidas através das mal#as! / agente da brutalidade se degrada ao degradar a vitima! 7ste é o preço mínimo! .as dentro do esquema podem surgir as mais inesperadas complicaç+es! ( usu"rio da viol%ncia como forma de dever. mas aquilo que a Autoridade quer que signifique o que ela fez! A certa altura. que acaba modalidade de auto> realização e de prazer! 8onforme os usos. em qualquer nível! . abrangendo um dos dramas maiores da nossa condição. impedir a natureza #umana de se tornar escrava do orgul#o e da licença”! A conseq6%ncia foi que “cada um começou a demonstrar * . natural na sua desnaturalidadeO apro ima os dois seres. para liberar o contacto direto entre dois seres! 7st" obrigando o policial a ser pelo menos um monstro #umano.Aqui.em casa.ou se5a. passando o tempo. surgindo dois c#efes eleitos cada ano Nos c<nsulesO! 8om isso. uma freira é presa e acusada de ser subversiva. ao abalar o . no Lrasil. assim concentrada. a inteireza da tortura. semeando perturbação nos seus desígnios de aniquilamento pela força! A entrada do relacionamento natural desfigura. pai e marido perfeito. obrig">la a recon#ecer que o que fez não é o que quis fazer. resiste! Im policial afeito ao e ercício da brutalidade leva uma dupla vida. limitando a autoridade. portanto.a vítima descobre por meio da viol%ncia carnal uma dimensão de e peri%ncia que não tin#a vivido! Nesse processo. ou para se livrarem deste estado! 8ostumamos considerar piores os regimes que criam possibilidades de arbítrio. comenta o #istoriador democrata. é bom lembrar que no fundo de cada #omem #" sempre a possibilidade do pior vir para fora e se espraiar. não um monstro mec. quando é solicitado pelos que o manipulam como Gtil instrumento de domínio! Narrando a formação de :oma. 'alGstio e plica que a função de rei surgiu para manter a ordem e a liberdade.pria #umanidade e converte em parte o carrasco a uma conduta #umana. que é a tend%ncia para p<r o #omem sob o arbítrio do #omem! A Hist. porque é realmente #umana! Dilipendiada! mac#ucada.ria é em grande parte #ist. porque na verdade o que ela est" provocando é a supressão dos elementos intermedi"rios.rica e terrível de Jorge Andrade vai mais longe e mais largo.as a peça #ist. ele resolve JJfazer confessarKK 4 freira o que ela obviamente não fez. “esperava>se. de brutalidade sistem"tica de uns sobre outros! 8ostumamos considerar mel#ores os que as atenuam! 7 em qualquer regime. essa realidade sinistra dos nossos dias tin#a encontrado e pressão liter"ria em nível tão alto@ ou mesmo.as não suprime nem 5ustifica o sistema da viol%ncia organizada! / epis.nimo do torturador! .dio se enquista 4 margem de um processo que continua! Nunca. ameaça violent">la com um pedaço de madeira! F nessa cena culminante.ria disso@ dos esforços que os #omens fazem para reduzir o semel#ante ao seu dispor.nico! A conseq6%ncia é que o ato brutal Nmas apesar de tudo. a freira l#e diz para usar o membro que &eus l#e deu para esse fim! Lravata ou reptoM :epto admir"vel.no serviço. pois o rei e ecutava a lei mas também a obedecia! No entanto. que decide todo o significado da peça. torturador e torturado! / carrasco se apai ona pela vítima. ela aumenta parado almente a sua pr. a sua autoridade se transformou em “tirania insolente” e foi preciso mudar o regime. ao contr"rio do famoso verso de Laudelaire.ncia patética! R . mas também a seguem. da dominação e da submissão e. reina um estado de coisas que permite a cada um tirar de si o mel#or! 'e a tirania se instala.em conseq6%ncia. tudo vira do avesso e. os maus impulsos são contidos. para dizer tudo numa palavra.as o fato de descrever a realidade presente l#e d" maior gravidade e uma resson. como o da “8ol<nia penal” de PafQa. estreitamente entrançados! / leitor gostaria que o mundo descrito nela fosse incerto no tempo e no espaço. porque o orgul#o e o arbítrio NlicençaO não predominam. e sua prodigiosa m"quina de torturar! Aue fosse apenas uma f"bula! . em cu5o subsolo se 5ogam os dramas da tirania e da liberdade. do #umano e do desumano. do an5o entorpecido surge o bruto! 7ssas coisas perpassam na peça de Jorge Andrade.mel#or as suas qualidades pessoais e os recursos de seus talentos”! 7sta passagem e emplar da Con#uração de Catilina mostra como os Antigos con#eciam bem o mecanismo da dominação! 'e os c#efes imp+em a lei. #" equilíbrio. um carcereiro Jupira.iguel.7ogo de!ois entra (aniel&ANE79 8 3ntrando" Lom dia. +u0inas.. um delegado 8ícero.alas. corredores e celas de uma !risão que lem+ra uma construção medieval. menos nas celas.uando se a+re o !ano.arina. doutor &aniel! &ANE79 8 ?udo em ordem com os presosM T . latidos de cães !oliciais e gritos indistintos. +arul'o de !essoas !raticando o 1arat2. um criminoso . assemel'a/se a uma catedral. uma !rostituta . '4 sem!re um cruci&i5o. mas não se distingue as !alavras.A televisão deve &icar ligada durante todo o desenrolar da !eça.uando inteiramente iluminado. enquanto l2 uma revistin'a de quadrin'os. a!enas a sala do carcereiro est4 iluminada3le assiste televisão. a não ser c'egando muito !ertoA!arecem ainda a sala da casa de (aniel e a do conventoPRIMEIRO ATO C36A 0 .As !aredes da cela de %oana são inteiramente ra+iscadas.3m todos os lugares. mul'er de (aniel Bis!o )reiras *omens ?r%s 8rianças.PERSONAGENS $rmã %oana de %esus Cruci&icado &aniel. so+rin'as de Cícero CENÁRIO .Ao longo da !eça ouvem/se sons de sinos. 8ícero! 8S87:/ 8 Lom dia. mas faltava esta pessoa! 7stou atr"s dela #" muito tempo! Agora caiu nas min#as garras! 8S87:/ 8 Aue foi que ela fezM &ANE79 8 7ntre outras coisas.s.8S87:/ 8 7u sei trazer essa gente como é preciso! &ANE79 8 8laroU Doc% 5" foi um deles! 8S87:/ 8 Não gosto que me lembrem isto! &ANE79 8 Ho5e é um grande dia! 8S87:/ 8 $or qu%M &ANE79 8 8onseguimos pegar uma peça c#ave da subversão! &eve c#egar logo aqui! 8S87:/ 8 3s&rega as mãos" Aue bomU Esto estava ficando quieto demais! &ANE79 8 A resist%ncia tin#a sido silenciada.as vou ensinar a ela quem é que é esperto! 7 vai aprender que o sapateiro não deve ir além do sapato! (e re!ente" Aquela prostituta ainda est" aquiM 8S87:/ 8 JupiraM &ANE79 8 Aquela bem ordin"ria! 8S87:/ 8 F a Jupira! .ora mais aqui do que l" fora! &ANE79 8 7st" sozin#a numa celaM V .ais ordin"ria não pode ser! . vestia #"bito e agia como verdadeira religiosa! 8S87:/ 8 IaiU F freira e não vive no conventoM 8omo pode serM &ANE79 8 $ra voc% ver! 7ssa gente pensa que é muito esperta! . passou para fora do país documentos que dep+em contra n. tentando provar que não respeitamos os direitos #umanos! Dive enrolada com padres e bispos da tal igre5a progressista! 8S87:/ 8 $adresU $ra mim são os piores! &ANE79 8 7la se diz freira! HummmU 'e fosse vivia no convento. Cícero se volta !ara a televisão. era aqui o “aparel#o da 2 . &icando !reso a ela$lumina/se a sala do escritório de irmã %oana de %esus Cruci&icado%oana est4 !arada.3le arrom+a. es!al'a montes de coisas e as !isa no seu camin'ar. tira e arranca coisa das !aredes.9 como se tudo &osse li5o.lança dos arm4rios e das mesas livros e !astas !ara o c'ão.as por que estou sendo presaM H/.8S87:/ 8 7st"! &AN79 0 . a+re. 'irta.(aniel se a!ro5ima da cela de %u!ira e a o+serva. 0 7sta pergunta não tem resposta! 7ntão. e eles ficam mansos como carneiros! &ANE79 8 7 elaM 8S87:/ 8 .%u!ira est4 deitada e com a saia com!letamente levantada. o+servando um 'omem revirar sua sala. sacode. revelando certa ligação" A Jupira me serve pra amansar certos presos! F se prometer uma noite com ela.7.orri maligno" $on#a a freira de araque 5unto com ela! F por aí que vamos começar a dobrar a “peça”! Deremos até que ponto é religiosa mesmo! 8S87:/ 8 9ogo de cara esta puta vai esquentar o lombo dela! &ANE79 8 7m que cela est"M 8S87:/ 8 Na primeira! &ANE79 0 7 por que est" sozin#aM 8S87:/ 0 (is&arça.(aniel sorri e desa!arece entre as celas. a+rindo as !ernas. rasga.orri malicioso" Wosta muito de cooperar! &ANE79 8 $or que est" presaM 8S87:/ 8 8ortou o cacete de um ga5o com naval#a! &isse que o su5eito não funcionava! &ANE79 8 =oi feita sob medida para o que eu quero! (aniel sai.ó &ica iluminada a sala de %oanaJ/ANA 0 Con&usa" .%u!ira v2 (aniel e se e5!:e mais ainda.. 7. 0 Aparel#oM 9ugar onde voc%s tramam a subversão! Ol'a a sua volta" &evia ter pelo menos um crucifi o pra disfarçar mel#or! J/AN A 0 F apenas u um escrit. isso não bastava! H/. onde ensino e rezo também! H/. 0 Esto voc% vai e plicar pro doutor &aniel! Não pra mim! J/ANA > .gica! H/. rezando! J/ANA > / meu " aqui.rio de orientação pedag.7.7. isso! H/. as coisas são diferentes! . 0 7sta conversa eu não entendo! J/ANA 0 &urante séculos rezamos em nossas celas! . não éM 'abemos muito bem pra qu%! 7 c#ega de conversa que não entendo! J" ac#ei o que queria! DamosU Não X . s.7.0 'ei qual é a tua reza! J/ANA 0 Ho5e. 0 &e orientação subversiva! J/ANA 0 Nunca fiz subversão! 'ou freira e professora! H/.7.as eu não fiz nada! &ou apenas orientação educacional para alguns colégios! Disito favelas e a periferia da cidade para levar orientação espiritual! A penas isto! H/. 0 A5udar comoM =azendo subversãoM J/A NA 0 Nunca tive a menor intenção! H/.as com isto não a5udamos a resolver os problemas aqui fora! 7ntão.7. 0 =reira precisa rezar.7. 0 9ugar de freira é no convento e na igre5a.7. 0 Disita favelas e a periferia. saímos para a5udar a resolver! F o que faço! H/. isto! J/ANA > 8oncluímos que s.igre5a! J/ANA > Não sei o que . #omens como voc%! H/.7.uitos religiosos como eu ac#aram que deviam sair para o mundo e ver como os #omens viviam. 0 3m!urra %oana" ?rate de andarU 3nquanto %oana e o 'omem saem.ul#erM 8S87:/ 8 Esto mesmo! JI$E:A 0 Não gosto de mul#er! 8S87:/ 8 &esta vai gostar! Doc% tem muita coisa que ensinar pra ela! JI$E:A 0 Aue é istoM Ima concorrenteM 8S87:/ 8 Ninguém pode concorrer com voc% JI$E:A 0 . simpatia! ?razU 8S87:/ 8 7le não pode! 7st" na solit"ria! JI$E:A 0 7u amanso ele pra voc% mel#or que a solit"ria! 8S87:/ 8 F uma mul#er que vem pra ca! JI$E:A 0 At<nita" .alta no c'ão.A televisão !ermanece ligada.Cícero o+serva %u!ira e sorri8S87:/ 8 JupiraU JupiraU JI$E:A 0 /# meuU D% se não enc#e o saco! 8S87:/ 8 'abe que vai ter compan#iaM JI$E:A 0 .precisa levar nada! 9" dão de tudo! J/ANA 0 Não me separo do meu livro de oraç+es! H/. a!ro5imando/se da cela de %u!ira que continua deitada e com o vestido levantado.7.Cícero levanta/se e sai. e5citada" AuemM / negrãoM 8S87:/ 8 Não! JI$E:A 0 ?raz o negrão pra mim.ensual" Não pode mesmo! 8E87:/ 0 Doc% a5udou a dobrar o negrão! 'e a5udar a dobrar esta! trago o negrão pra voc%! / negrão ou qualquer outro! 1) . acom!an'ada !or (aniel.Cícero sorri.%oana &inge não !erce+er a intimidação.MU Não sabia que freira também escondia a idade! J/ANA 0 F a que ten#o! &ANE79 0 =inalmente a ilustre educadora est" em min#as mãos! / que ninguém conseguiu provar.%oana entra na sala do carcereiro.JI$E:A 0 Aualquer outroM 8S87:/ 0 Aualquer! JI$E:A 0 7 voc% dei a eu ver tudo pelado pra medir o calibreM 8E87:/ > Ri" &ei o! JI$E:A 0 =ec#adoU Cícero se volta e sai.(aniel a+re uma !asta e ol'a &i5amente %oana.3sta ol'a = sua volta com serenidade.Cícero o+serva %oana com um sorri0in'o de!reciativo&ANE79 0 'eu nomeM J/ANA 0 .Cícero entra e o+serva %oana. vou provar agora! 11 .(aniel senta/se e acintosamente coloca o revólver so+re a mesa.em entender" 8omoM &ANE79 0 >rita 4s!ero" 7stou perguntando o seu nome! J/ANA 0 Ermã Joana de Jesus 8rucificado! 8E87:/ 0 (e!reciativo" ErmãU '. esta que faltava! &ANE79 0 $rofissãoM J/ANA 0 $rofessora e freira! &ANE79 0 EdadeM J/ANA 0 ?rinta e cinco anos! 8S87:/ 0 '. mas !erce+e/se o seu temor. esmurrando a mesa" Não vou procurar fil#o da puta nen#um! Dou provar que voc% não é freira coisa nen#uma.as como esta nunca vi! J/ANA > AualM Não contei nen#uma #ist. até mesmo o que nunca se son#ou! J/ANA 0 . sabem contar muito babado e #istorin#as safadas! . sou uma freira! .ria! &ANE79 0 =ingir que é freira! J/ANA 0 $ode procurar min#a congregação ou o sen#or Lispo! &ANE79 >rita.J/ANA 0 $rovar o qu%M &ANE79 0 ?s!ero" Aue é uma subversiva! '.as não sei o que est" querendo insinuar! 13 . é verdade. admitirei a verdade! &AN179 0 $ois é a verdade mesmo que queremos! 'em força e sem tortura ninguém fala nada! 'abe o que é torturaM J/ANA 0 'ei! 9i muito sobre a inquisição e a vida dos santos martirizados! 8S87:/ 0 Ri" Dida dos santosU &ANE79 0 Doc%s subversivos são muito espertos. isto! Ac#a que não bastaM J/ANA 0 Não vai conseguir! &AN179 0 $r<nico " NãoM $nsinua" ?en#o meios especiais para isto! J/ANA 0 Não vai conseguir! porque não vou admitir o que nunca fiz! &ANE79! 0 Aqui.erena" '. c#ega>se a admitir tudo. é! J/ANA 0 $ertenço 4 igre5a. como 5" provei que pelo menos uns dois não eram padres! Não vai ser tão difícil! J/ANA 0 $osso saber pelo menos qual o motivo da min#a prisãoM &ANE79 > Doc% é um elemento ativista da dita igre5a progressista! J/ANA > 7 isto por acaso é crimeMU &ANE79 0 $ra mim. ninguém pode querer voar! Não sabia distoM 7 voc% vai raste5ar! J/ANA 0 Meio retesada" Deremos! &ANE79 0 Esto mesmo! santin#a! DeremosU Wosto dos que resistem!!!porque me dão mais prazer quando começam a raste5ar A Cícero" $ode levar! 7 vai pensando em tudo que pode acontecer! 7 ten#a bastante imaginaçãoU!!! porque aqui tudo est" além da imaginação! Cícero anda em volta de %oana e5aminando/a.erena" 7 estão respeitando.rio não passa de um “aparel#o”! Aparel#o usado para enviar ao estrangeiro documentos contra o nosso governo! &ocumentos mentirosos que nos acusam de não respeitar os direitos #umanos! J/ANA > .verde por fora e vermel#a por dentro! &esta vez ninguém vai escapar porque começamos a operação rapa igre5a! 8S87:/ > Ri" Damos levantar muita saia de freira e de padre! Até que vai ser divertido! J/ANA 0 .(e!ois ol'a !ara (aniel. e responder a verdade admitindo a culpa! J/ANA 0 :eviraram o meu escrit.rio e nada encontraram! / que querem maisM &ANE79 0 Aquele escrit. prendendo>me sem nen#uma acusaçãoM &ANE79 0 &e subversiva! Ac#a poucoM J/ANA > Não tem nen#uma prova! &ANE79 > Esto é a coisa mais f"cil de arrumar! J/ANA 0 &irme" Waranto que não é! Não vai conseguir que eu admita o que nunca fiz!&ANE79 0 Na #ora certa vai ficar sabendo como é f"cil! /nde todo mundo tem que raste5ar.&ANE79 0 >rosseiro" Damos dei ar de muito babado! Doc% não engana mais! F do tipo melancia.as o que foi que eu fizM &ANE79 0 Aqui quem pergunta é a autoridade! Ao preso cabe apenas responder. malicioso" 1( . " J/ANA 0 $or favorU $ode me arran5ar um sanduic#eM 8S87:/ 0 Arran5ar o qu%M J/ANA 0 Im sanduíc#e! 7stou sem comer até agora! 8S87:/ 0 $ensei que freira não sentia fome! JI$E:A 0 3rgue/se" / que foi que disseM 8S87:/ 0 =reira! =reira e professora! JI$E:A > NãoMU 7ra s. a+re/o e c'eira//o.%u!ira se volta no catre e ol'a %oana.(aniel &ica um instante !ensativo(e!ois. traz uma freira!!! e ainda professoraM J/ANA 0 .Cícero a+re a cela e em!urra %oana !ara dentro. !ega o livro de %oana.8E87:/ > Não dei a de ser bem apan#adaU &ANE79 0 FU Não dei a mesmo! Aue é issoM J/ANA 0 .e arran5e um sanduíc#e! 7stou com muita fome! JI$E:A 0 &eve ser cagaço! Ys vezes.eu livro de oraç+es! &ANE79 0 $on#a em cima da mesa! J/ANA 0 A&lita" $or favorU Não me tire o livro! &ANE79 0 N @oma o livro com +rutalidade" Dou tirar muito mais do que isto! Aue é que est" pensandoM Aue isto aqui é igre5a e vai fazer retiroM J/ANA 0 Ansiosa" Ainda não compreendi porque fui presaU &igaU!! $or favorU &AN179 0 Doc% vai acabar confessando por qu%U $ode levar 8ícero!! %oana sai acom!an'ando Cícero. a+rindo as !ernas sem nen'um !udor.stias pro bispo! ?"M 1* . o que faltava! 7m vez de trazer o negrão. parece fome! 8S87:/ > Dou mandar pedir umas #. não vai ag6entar meia dGzia de palavr+es! Nada como um bom palavrão. mas desiste.!6ervosa.Cícero senta/se e &i5a os ol'os na televisão. incomodada. meio desorientada.eu &eusU 7ntrego meu destino em suas mãos! Emploro que a5ude a me manter fiel a mim mesma até o fim! &%>me forças para ag6entar tudo o que acontecer! JI$E:A 0 A#U &isto voc% vai precisar!!! de muita força! %oana. Ima noite no c#ão frio.%oana encosta o rosto na grade e murmura-" J/ANA 0 . ol'a %oana. vai !egar no +raço de %oana" 1R .Cícero entra em sua sala" 8E87:/ 0 Dai apertar a santin#a ainda #o5eM &ANE79 0 Não! 8E87:/ 0 $or que nãoM $ra que perder tempoM &ANE79 0 Não estou perdendo tempo! ?en#o muito tempo pela frente! 'ei a #ora certa. ainda encol'ida no canto da cela.%u!ira sai do catre e anda !ela cela.(e ve0 em quando !4ra e ol'a %oana.rios! . entre baratas e ratos.3la senta/se no catre.orri" 7la é educada! parece sensível. torna a se levantar e vai se encostar na grade.(e re!ente.Cícero se volta e sai. mas sem sa+er o qu2.timas pra quebrar esta gente! Wente que nunca passou fome nem sede! Não dei e a Jupira dar o catre! Auero que durma no c#ão! 8S87:/ 0 7st" bem! &ANE79 0 Aman#ã começo os interrogat. &a0 menção de di0er alguma coisa.(e re!ente. vai amolecer esta freirin#a do pau oco! 8S87:/ 0 7la pediu um sanduíc#e! $osso darM &ANE79 0 Não d% nada! A fome e a sede são . um insulto grosseiro. pra quebrar um preso de natureza sensível! (aniel sai. %u!ira camin'a como se quisesse &alar.-$u!íra ergue/se no catre e ol'a %oana. encol'endo/ se. senta/se no c'ão. por que foi presaM .A&:7 0 $recisamos ter muita prud%ncia! Não conversem com ninguém que não con#eçam.A&:7 0 Aman#ã falarei com o 8ardeal! Não precisam ficar com medo! =:7E:A 0 .uito obrigada! JI$E:A 0 /raU %oana deita/se no catre. Ermã :os"rio! =:7E:A 0 7ntão. madreM .$lumina/se a sala do convento.(esa!arece a cena.A&:7 0 Ainda não ficamos sabendo! =:7E:A 0 8om a vida que levava s. nem citem o nome de Ermã Joana! =:7E:A 0 Aterrori0ada" A sen#ora ac#a que o convento pode ser devassadoM =:7E:A 0 Ben0e/se" &eus nos livreU .A&:7 0 Ermã Joana não é uma criminosa. madre! =:7E:A > ?en#o pavor do mundo l" foraU =:7E:A 0 A sen#ora não devia ter dado autorização para ela sair e continuar 1T . onde meia dA0ia de &reiras estão reunidas" =:7E:A > $resa.JI$E:A 0 &eitaU J/ANA 0 7u fico aqui mesmo! JI$E:A 0 &ei a de frescuraU &ormir aqui é muito importante! 7 voc% não sabe o que te espera! &eitaU J/ANA 0 (elicada" .A&:7 > Esto mesmo! =:7E:A 0 8omo uma criminosa qualquerM .as eu ten#o. podia dar nisto! . rio dela a colégios e entidades cat. fazer alguma coisa pelo pr.A&:7 0 Esto.s não fazemos. de sinos tocando na cidade!!! como se esta estivesse c#amando>a! =:7E:A 0 $elo menos foi o que sempre disse.A&:7 0 7la queria fazer de maneira diferente! $or isto freq6enta a periferia da cidade. s. o bispo pode fazer! =:7E:A 0 Ainda bem! =:7E:A 0 Angustiada" .s! =:7E:A 0 Nunca se sacrificou realmente! =:7E:A 0 Divia son#ando com o mundo l" fora! Nosso mundo é aqui! =:7E:A 0 Ainda devem estar em sua cela as marcas de suas orel#as e un#as nas paredes! Divia agarrada 4s paredes ouvindo sons de passos e de vozes que passavam e se distanciavam.A&:7 0 7la pediu autorização ao bispo e ele concordou! Ermã Joana se comprometeu a respeitar o espírito da congregação em qualquer trabal#o que viesse a fazer! 8ostuma prestar contas dos serviços que realiza.A&:7 0 Ermã Joana queria agir. imo! =:7E:A 0 7 n. participa de nossos encontros religiosos e tem comparecido uma vez por ano ao retiro espiritual! =:7E:A 0 7 a sen#ora ac#a que isto bastaM .A&:7 0 Aue foiM 1V .eu &eusU .como freira da nossa congregação! . madreM .licas! =:7E:A 0 7la não é freira como n. madre! . trabal#ou em #ospitais e até em!!! em!!!U =:7E:A 0 Rete0ada" $rostíbulosU $rostíbulos e antros ainda piores! =:7E:A 0 A sen#ora vai intervir a favor dela!M . o sen#or 8ardeal tem recomendado o escrit.A&:7 > $ara mim basta! Além disto. obrigada! JI$E:A 0 /raU Não vamos agora ficar boque5ando sobre isto! J/ANA 0 $or que est" aquiM JI$E:A 0 8astrei um broc#a que andava me enc#endo o saco! Homem que não levanta o mastro pra que serveM $ra falar a verdade.in#a mãe era lavadeira e meu pai trabal#ava num frigorífico! Num quarto. ainda deitada no c'ão.eu pai tin#a umas parte de errar de cama e dormia com min#a tia! J/ANA > 7 sua mãeM JI$E:A 0 Loque5ou.A&:7 0 8laro que vão proteger! 7la é uma freira. estou aqui desde que tin#a quinze anos! Esto pega a gente e não larga mais! J/ANA 0 Antes. fora as visita que aparecia! . uma das visita errou 12 .Cícero est4 sentado no mesmo lugar.%oana se a!ro5ima de %u!ira. não de mul#er. menor do que isto aqui.As &reiras desa!arecem quando se ilumina a cela de %oana e %u!ira. perdeu dois dente e pronto! Im dia." J/ANA 0 /brigada por ter dei ado que eu dormisse em sua cama! ?en#o #orror de ratos e baratas! JI$E:A 0 $ncomodada" ?ira essa mão daqui! Wosto de carin#o de mac#o. e !assa a mão em seus ca+elos carin'osamente. vendo televisão. e não estamos no tempo da inquisição! Não se usa mais martirizar ninguém! &evemos nos voltar para &eus e rezar! A5oel#em>se e rezem comigo pela Ermã Joana de Jesus 8rucificadoU @odas se a#oel'am e começam a re0ar. o que é que faziaM JI$J:A 0 Nada! . muito menos de freira! J/ANA 0 Doc% dormiu no c#ão por min#a causaU JI$E:A 0 Meio irritada" Wrande coisaU J" dormi até na sar5eta! J/ANA 0 &e qualquer maneira. dormia mais de dez.=:7E:A 0 Aue gente #orrível ela não vai encontrar na prisãoU 'er" que as autoridades podem proteg%>laM . depois vivi de um lado pra outro e vim acabar aqui! J/ANA 0 7 seu fil#oM JI$E:A 0 Não sei onde foi parar! Aue podia fazer com um fil#oM =il#o é trambol#o! =iquei s. o que mais gosto é de uma geladin#a com pastel! J/ANA 0 F assim que usa a liberdadeM JI$E:A 0 IaiU / que mais podia fazerM 9iberdade é pra isso! Ac#a que posso ter tudo isso aquiM '.as um dia ele pode me soltar! Auer preço mel#orM 7 de vez em quando me traz uns mac#o! Não sei viver sem um mac#o entre as perna! J/ANA 0 Wosta da liberdadeM JI$E:A 0 Aue conversa é estaM Auem é que não gostaM J/ANA 0 Aue faz com sua liberdadeM JI$E:A 0 Ando pelas ruas.também de cama e me empren#ou! Amiguei com quinze anos. na nota! ?ambém pode ser uma cerve5in#a! J/ANA 0 / carcereiro paga alguma coisaM JI$E:A 0 8laro que não! . sento nas praça. bebo uma cerve5in#a bem gelada! paquero uns mac#o pra forrar o est<mago!! !e coisas assim! &epois de um mac#o bem calibrado e que sabe funcionar. tem esse carcereiro frou o. com um instrumento deste tamain#o e ruim de barriga pra danar! F um bostaU (e re!ente" 'abeM Wostei 1X . com a min#a buceta!!!e é com ela que ten#o me virado!! !que dobro esse carcereiro fil#o da puta! J/ANA 0 &efendendo a vidaM JI$E:A 0 Esto mesmo! 8omo sabeM J/ANA 0 ?rabal#ei muito tempo como fa ineira num bordel! JI$E:A 0 7u vendo o meu corpo e ten#o o que quero! J/ANA 0 8obrandoM JI$E:A 0 Ali. 0 &esamarre as mãos dele s. ruim como o tin#oso.3le !u5a Miguel !ela !onta da corda que amarra suas mãos. mas faz bem! Agora. com a buceta! A#U J" ia me esquecendo.de voc%! Dou te ensinar uns macete pra ag6entar a parada! A barra aqui é pesada! 8omece fazendo gin"stica pra ag6entar as porrada! Win"stica é muito importante! 'e oferecerem pra tomar sol.eu rosto est4 inc'ado e &erido-" 8S87:/ 0 Auem é a “peça”M H/.Miguel !4ra no meio da sala e ol'a a sua volta.7. atarracado.7. mas %u!ira continua aconsel'ando %oana3ntra um 'omem na sala do carcereiro. 0 F o marginal que quebrou os vidros das viaturas policiais! 8S87:/ 0 Auebrou ondeM H/. 0 ?ome cuidadoU F capaz de estrangular até uma pedra! ?em força de vinte cavalos! 3) . revelando mente o+tusa.. pra me defender. com!letamente con&uso.7.as que atrevidoU H/. 0 Aqui em frente! 8E87:/ 0 . s. se tem amor na vida! J/ANA 0 C'ocada" . #" muito tempo! J" amansei su5eito fera.7. depois que estiver dentro da cela! F elemento perigoso! 7st" sendo procurado #" muito tempo.palavrão também é muito importante! D" tratando de su5ar a boca! J/ANA 0 $or qu%M JI$E:A 0 $orque é a conversa que eles entende! /l#a!!!U As vo0es desa!arecem. desde que violentou uma menor na favela! 8E87:/ 0 LandidoU H/.9 um 'omem ainda #ovem. não in5eite! F um solzin#o de merda.as!!!U JI$E:A 0 Não tem mais nem menos! Doc% pode ser professora l" fora! Aqui dentro eu é que sou! 7stou nesta de dar. importante mesmo é trepar! 'aber treparU F o que quer esses fil#os da puta! 7 é o que precisa fazer. EWI79 0 Não sei. não sen#or! 8S87:/ 0 Auem criou voc%M Não lembraM . não sen#or! 8S87:/ 0 Nome do paiM .EWI79 0 . mas não tive.rio! 31 .logo aparece “presunto” por aí! O *omem sai.EWI79 0 Não ten#o! 8S87:/ 0 ?odo mundo tem pai! .orri in&antil" 'empre tive vontade de ter uma. .EWI79 > '.EWI79 0 .i!!!.Cícero segura a !onta da corda e anda em volta de Miguel-" 8E87:/ 0 'eu nomeM .EWI79 0 '.EWI79 0 Não con#eci o meu! 8E87:/ 0 Nome da mãeM . 0 .iguel! 8E87:/ 0 .7.orri" ?omou umas liç+es de Qarat%! F pra colocar sozin#o numa cela! 'e não!!!5" viu.8S87:/ 0 'e facilitar eu solto os cac#orro em cima dele! $or que est" mac#ucado assimM H/. animalU .iguel! 8E87:/ 0 EdadeM NWritaO Auantos anos temM .EWI79 0 NAl#eioO HeinM 8E89:/ 0 'eu nome. lembro do reformat.iguel de qu%M . por isso diz que é =reira! Cícero sai !u5ando Miguel.%u!ira nota-" 33 .EWI79 0 7u gosto de cac#orro! 8E87:/ 0 .em entender" =reiraM 8S87:/ 0 7la diz que é! .%oana recua ligeiramente. o+servando %oana.ac#o é comigo! 8E87:/ 0 8ala a bocaU JI$E:A 0 Dã tom" no fiof. ol'ando !ara tr4s.EWI79 0 No reformat.EWI79 0 Ol'ando &ascinado !ara %oana" $or que est" aquiM 8E87:/ 0 $orque é vigarista. eu trago os cac#orro! 8ompreendeuM .iguel! JI$E:A 0 $or que est" amarradoM 8S87:/ 0 F muito perigoso! JI$E:A 0 F dos que eu gosto! $ode p<r aqui mesmo! 8S87:/ 0 A!onta %oana a Miguel" 'e voc% se comportar bem esta noite.rio também tin#a! JI$E:A 0 7#%%%U 7 euM Não entro nesta 5ogadaM .as destes eu aposto que não vai gostar nada! Cicero sai !u5ando Miguel e !4ra quando !assa en&rente 4 cela de %oana-" JI$E:A 0 /baU 8omo é que c#ama a “peça”M 8S87:/ 0 . revelando certa a!reensão.EWI79 0 .3ste anda.8E87:/ 0 8ompreendoU Den#aU 'e fizer qualquer movimento suspeito. aman#ã eu dei o voc% dormir com aquela freira ali! .! =rescoU . +em arrumada.%oana se a!ro5ima da !arede e começa a ler o que est4 escrito nela.uitos não vestem mais batina. como eu não uso meu #"bito! JI$E:A 0 $ncisiva" .as continuam não funcionando! Auanto #omem perdido.(esa!arece a cena quando se ilumina a sala da casa de (aniel. de !a0 e amor-" 3( . revelando ter alguma coisa a di0er.Marina entra com um vaso de &lores e vai colocar em cima de um móvel. o #"bito não faz o monge! JI$E:A 0 . é servido e não funciona! Passada" 7u não entendo como pode serU J/ANA 0 . meu &eusU %u!ira se volta no catre.as e iste #omem que é pior que animal! 8omo os que vivem aqui! J/ANA 0 Consigo mesma" $ara mim!!! &eus est" em todos! JI$E:A 0 &eusMU Num bic#o daqueleM Doc% diz cada coisaU Nem parece que é freira! (e re!ente" Doc% é freira mesmoM J/ANA 0 'ou! JI$E:A 0 8omo é que t" vestida assimM J/ANA 0 $orque fica mais f"cil de ser aceita onde preciso trabal#ar! &epois.JI$E:A 0 Não precisa ter medo! 7u tomo conta dele pra voc%! J/ANA 0 Não estou com medo! ?en#o pena! '. revelando em tudo um am+iente essencialmente &amiliar.(aniel est4 sentado = mesa.3nquanto &a0 isto. com!letamente di&erente do que a!arece na !risão. corro léguas! F #omem e veste saia.as serve pra indicar o ga5o que é! Auando ve5o padre.A atmos&era na sala . isto! JI$E:A 0 $enaM &aquele bic#oM J/ANA 0 $ara mim é um #omem! =il#o de &eus! JI$E:A 0 Esto eu sei! .A sala . escrevendo. o+serva (aniel.(aniel !arece ser um outro 'omem. A:ENA 0 Lasta estudar! '.A:ENA 0 F ele quem precisa resolver. mas sempre foi mole com seus fil#os! &ANE79 0 Meio em guarda" Auem disse que sou rigoroso no trabal#oM /uviu algum coment"rioM . diga logo! .arina! .orri" F a “rapa do tac#o”! .A:ENA 0 'ua fil#a Adriana est" gr"vida! &ANE79 0 J"MU NãoU 3* .A:ENA 0 Não! .atem"tica é muito importante! Ac#o que precisa de professor particular! . &an! &ANE79 0 8ulpa de qu%M .A:ENA 0 (e re!ente" ?en#o uma novidade pra voc%! Dai gostar muito! &ANE79 0 3screvendo" 7ntão.A:ENA 0 9uís =elipe est" ficando malandro! 7 a culpa é sua.A:ENA 0 Doc% protege demais seu fil#o! &ANE79 0 . isto sim! &ANE79 0 .as todo mundo sabe! /s 5ornais 5" comentaram tanto que ninguém brinca com voc%! &ANE79 0 Apenas cumpro o meu dever! $ara isto sou pago! . isto! &ANE79 0 Doc% é muito severa com ele. não voc%! &ANE79 0 Não custa! .A:ENA 0 7st" mal acostumado. .A:ENA 0 Doc% é rigoroso no trabal#o.A:ENA 0 Aue est" fazendoM &ANE79 0 :esolvendo alguns problemas de matem"tica para 9uís =elipe! .. arina! F uma criança ainda! .A:ENA 0 'e comentasse comigo.A:ENA 0 Carin'osa" Auem é que vivia son#ando com um netoM &ANE79 0 7u. mas não queria tão cedo! Dai dar trabal#o pra Adriana! F tão 5ovem. não cansaria tanto! &ANE79 0 3m guarda" 8omentasse o qu%M 3R .A:ENA 0 ?em dezoito anos e est" casada! &ANE79 0 7u bem que não queria que se casasse tão cedo! .A:ENA 0 Doc% sempre teve ciGme de Adriana! 7sta é a verdade! Ali"s.A:ENA 0 .A:ENA 0 $assou #o5e aqui s. voc% tem de todos os fil#os! &ANE 79 0 Não é ciGme! 7la podia aproveitar mais a vida.orri" 7st" aborrecido porque vai ser av<M &ANE79 0 /ra..A:ENA 0 Doc% sempre gostou do trabal#o! Ys vezes. .arina! 8laro que não! . tem dezoito anos. mas cansa! . para depois pensar em fil#os! Agora. não vai parar mais! .A:ENA 0 Amorosa" / av< mais 5ovem que eu con#eço! &ANE79 0 JovemU 7stou com quarenta e seis anos! . pra contar! &ANE79 0 8oitadaU .as sem nen#um fio de cabelo branco! &ANE79 0 7 não sei como!!! trabal#ando como trabal#o! .A:ENA 0 8oitada por qu%. &anM 7st" casada #" um ano! J" era tempo! 7la nasceu dez meses depois que casamos! Não se lembraM &ANE79 0 Adriana s. coitadaU .A:ENA 0 . c#eguei a ter ciGme! &ANE79 0 8laro que sempre gostei. . A:ENA 0 Doc% é tudo pra Adriana e ela é o seu od. &an! Doc% não fala nunca sobre ele! &ANE79 0 $orque não ten#o nada a falar! 7le não tem nada com nossa vida particular! .! &ANE79 0 .orri" Doc% ac#a que se for #omem vão p<r o meu nomeM No netoM .Alas este seZomem/r(ç(/ particInem6r5çii6 particular! Marina +ei#a a ca+eça de (aniel !ara sair.A:ENA 0 7st" certo! 7ntão. faltava adivin#ar o que ela queria! 'empre fez de voc% o que quis! $ai coru5a.A:ENA 0 J" sabia! $ra tudo vem uma comemoração particular! &ANE79 0 Bei#ando/a com dese#o" 7 voc% gosta! .orri amoroso" $orque sempre foi muito carin#osa comigo! . não fale! &ANE79 0 .ensual" 7 n.orri !ensativo" Dov<U .A:ENA 0 ?ambémU!!! voc% s..A:ENA > 8onvencidoU &ANE79 0 3s&regando/se em Marina" 'empre gostou! 3T .A:ENA 0 ?en#o absoluta certeza! &ANE79 0 .A:ENA 0 / seu trabal#o.A:ENA 0 Emagino o que este neto não vai fazer de voc%! Wato e sapato! &ANE79 0 Damos dar um almoço pra comemorar! 8onvide todo mundo! .Mas este segura Marina e a !u5a !ara si-" &ANE79 0 .A:ENA 0 7st" certo! sara sair.s vamos ter uma comemoração particular! Auero ver se é diferente sendo av<! . é o que voc% sempre foi! &ANE79 0 .atis&eito" $or qu%M . não procure saber nada do meu trabal#o! F um mundo que eu não quero que entre nesta casa! .$lumina/se a cela de %oana.aindo" J" é av< e com este fogoU &ANE79 0 7 não se esqueça.A:ENA 0 Preocu!ada" Algum trabal#o perigosoM Doc% vive envolvido com criminosos! &ANE79 0 Não! 'erviço de rotina! (aniel +ei#a Marina e sai.oltando/se" Doc% é insaci"vel. acariciando/a-" J/ANA 0 JupiraU J" leu o que est" escrito nas paredesM JI$E:A 0 7u não! $ra qu%M J/ANA 0 H" coisas lindas escritas aí! JI$E:A 0 ?entei mas não man5ei nada! '.A:ENA 0 . li os palavr+es! J/ANA 0 Passa a mão na !arede" F o que tem me a5udado a suportar esta cela! JI$E:A 0 Auem ser" que escreveuM J/ANA 0 Não sei! Algum prisioneiro que esteve aqui! 7 era poeta! Im grande poeta! JI$E:A 0 8omo sabeM 3V .A:ENA 0 7st" certo! Não toco mais no assunto! &ANE79 0 =oi o que combinamos #" muitos anos! 7st" na #ora! $reciso ir! Ho5e ten#o muito serviço! .A:ENA 0 Nunca entrou! &ANE79 0 Nem vai entrar! 7ntendidoM . #einU Não bastou a noiteM &ANE79 0 Não! Não bastou! .%u!ira continua deitada.A:ENA 0 .%oana ol'a a !arede como se estivesse lendo ainda..(e!ois !assa as mãos !ela !arede. por causa dos escritoM Doc% tem cada uma! J/ANA 0 . consigo ver um #omem depois que ele t" na min#a frente! 7 s.U J" decorei algumas! Auando pensei que estava completamente abandonada. antes o sobressalto. fr"gil. a imprevista solidão!” H" pelo menos umas trinta poesias! JI$E:A 0 7screveu tudo isto aíM A troco de qu%M J/ANA 0 F um grito que ele queria que fosse perpetuado!!! para os outros ficarem sabendo que esteve nesta cela por causa de ideais! /s criadores de idéias que triunfam costumam morrer obscuramente! JI$E:A 0 $ois perdeu tempo! Auem é que vai saberM Lasta pintar esta porcaria e tudo desaparece! J/ANA 0 9endo!!! comecei a não me sentir tão s.J/ANA 0 Lasta ler o que escreveu! ?ente lerU H" recados muito importantes! JI$E:A 0 Não gosto de poeta! J/ANA 0 $or qu%M JI$E:A 0 Não sei! Não é o meu tipo! J/ANA 0 'into a presença dele de maneira quase físicaU JI$E:A 0 '. encontrei voc%!!! e ele vive nestas paredes! JI$E:A 0 Meio ansiosa" Wosta de mimM 8omo freiraM 32 . barba e ol#os que são nin#os de bondade! Emagino que tem um livro na mão. cabelos compridos. ve5o no duro mesmo depois que tira a roupa! J/ANA 0 Emagino que ele é magro. um sorriso no rosto e uma promessa de amor em cada gesto! JI$E:A 0 Não é o meu tipo! Wosto de #omem parrudo! J/ANA 0 'abe por que penso assimKM $orque escreveu na parede“Wuardo teu nome nas paredes da cela! Nas cartas escritas!” 7 acrescenta“Não serei a tua paz.orri" 'abe como o ve5oM JI $E:A 0 7u s. Jupira! 8ala a bocaU 7u quero dormirU Auem é este .“quer me dar a sua vaginaM” Não combinaU As duas riem distantes do mundo que as cerca. JupiraU &orme comigoU 3X .iguelU .J/ANA 0 Acaricia o rosto de %u!ira" Doc% é uma das mel#ores pessoas que con#eci em min#a vida! JI$E:A 0 7uM Ima puta da boca su5aM J/ANA 0 As palavras não su5am nada! 7las não t%m mais nen#um significado no mundo de #o5e! / que su5a é o que fazem aqui! Dagina. viol%ncia.Cícero a+re a !orta da cela-" 8S87:/ 0 Den#aU J/ANA 0 7uM 8S87:/ 0 Doc% mesma! J/ANA 0 /nde vai me levarM 8S87:/ 0 Não faça perguntas! &outor &aniel quer ter uma conversin#a com voc%! FU F isto mesmo! / samba vai começar! $ensou que ia ficar aqui nesta vida mansaM Cícero tira %oana da cela e desa!arece !elo corredor. preconceito e desamor! 7ntende a diferença! JI$E:A 0 Lunda eu sei o que é! .as que é vaginaM J/ANA 0 F o que voc% usa pra gan#ar a vida! JI$E:A 0 DaginaM Aue nome mais besta! J" imaginou um negrão c#egando pra mim e dizendo.Ol'a &i5amente !ara a &rente !arecendo não ouvir a vo0 de %u!ira-" JI$E:A 0 >rita" . seco!!! são mais limpas do que opressão.ue v2m de todos os lados" 7u quero! &orme comigo.iguelU Doc% não escutaM 'e vier aman#ã eu durmo com voc%! AuerM D/[7' 0 .3le est4 sentado no canto da cela e encol'ido como um animal.iguelM $or que não responde este putoM 7u quero.$lumina/ se a cela de Miguel. bunda. JI$E:A 0 7st" bem! 7u durmo com todos! %u!ira sorri carin'osa enquanto desa!arece a cena..3la .omente (aniel se movimenta. +em mais nítidos.m/se serena e segura de si mesma. erecta na cadeira. os sons de latidos de cães e de !essoas !raticando 1arat2. se estou cansada de perguntar por que estou presa e ninguém respondeM &ANE79 8 7sta pergunta não tem resposta! J/ANA 0 )irme" Até agora não me mostrou nen#um documento que determinasse a dilig%ncia em meu escrit.as este é um direito elementar! &ANE79 0 Aqui.$lumina/se a sala do interrogatório. assinado por autoridade policial ou 5udicial! &ANE79 8 ?s!ero" Não preciso mostrar merda nen#uma! A autoridade sou eu! J/ANA 0 . um enorme cruci&i5o.Ouvem/se agora. onde est4 sentada %oana ! 6uma das !aredes. mant.rio! J/ANA > / que éM &ANE79 0 :ecortes de 5ornais! &ezenas de recortes de 5ornais! J/ANA 0 Aue tem isto demaisM () . voc% não tem direito nen#um! J/ANA 0 J" percebi! &ANE79 8 Mostrando" Esto foi encontrado em seu escrit.rio e min#a prisão.eis 'omens estão !arados em volta da sala e não &a0em nen'um movimento.. inteiramente +ranca com uma Anica cadeira no centro.%oana.@em/se a im!ressão de que os sons v2m das salas vi0in'as-" &ANE79 8 >rosso" Dai falandoU J/ANA 0 =alar o qu%M &ANE79 0 Doc% sabe muito bem o qu%! J/ANA 0 8omo posso saber.3les mant2m os ol'os &i5os em %oana. saGde pGblica. mais ainda dos educadores! &ANE79 0 Ninguém l% 5ornal e recorta! J/ANA 0 :ecortamos o que interessa aos trabal#os que desenvolvemos! &ANE79 8 $or eles podemos calcular que tipo de trabal#o desenvolve! J/ANA 0 $or qu%M &ANE79 8 Mostrando recorte !or recorte" =avela. problema do desemprego. da sociedade a que pertencemos! ?odos precisam ficar sabendo do que se passa. assim um cidadão pode a5udar a vencer esses problemas! Não é o dever de todosM &ANE79 0 &as autoridades.as são eles que serão as autoridades aman#ã! &ANE79 8 F assim que pessoas como voc% fazem subversão. para terem consci%ncia da realidade que nos cerca. que contaminam os 5ovens! &epois. dos problemas que nos afligem! '.rio de educação ten#a esse tipo de material! J/ANA 0 9er 5ornal é obrigação de todo cidadão. periferia. não de fedel#os! J/ANA 0 .contaminando a nossa 5uventude! J/ANA 8 Esto nunca me passou pela cabeça! 7 se são assuntos publicados pela imprensa. a imprensa é também um nin#o de comunistas! J/ANA 0 Não sei se é! 7u não sou! 'ou uma freira educadora! Nada mais! &ANE79 8 N (e re!ente" 7 o documento que mandou para o estrangeiroM (1 . in5ustiça social e por aí afora ! J/ANA 0 'ão problemas que os alunos analisam em 7studos 'ociais =azemos o levantamento dos locais para determinar estudos do meio! &ANE79 8 $or que um aluno precisa ficar sabendo distoM J/ANA 0 $orque são problemas da nossa cidade. é porque podem ser tratados e discutidos! &ANE79 8 F pela forma com que tratam.&ANE79 0 Ac#o muito estran#o que num escrit. undial de Egre5as! Apenas isto! &ANE79 8 $rritado" 8onsel#o .undial de Egre5as uma porraU &ocumentos de igre5a.Os latidos dos cães tornam/se mais evidentes como se stivessem se a!ro5imando-" &ANE79 8 'abe o que é istoM J/ANA 0 .O rosto dos 'omens são m4scaras odientas.s e !un'os na direção do rosto de %oana. do mesmo dragão.Os !.m/se &irme na cadeira.. ouvindo.(aniel ol'a !ara eles como se &ossem &eras domesticadas. ao mesmo tem!o em que gritam.andei um trabal#o que foi solicitado pelo 8onsel#o .!AumentaBse o som dos que gritam !raticando o 1arat2. manifestos de bispos!!! tudo servindo pra esconder a subversãoU!!! (aniel !ara de re!ente.Ol'am %oana co um dese#o assassino.A luta simulada se trans&orma num +ailado sinistro.erena" 9atidos de cac#orro! &ANE79 8 7 os outros sonsM J/ANA 0 Não sei do que se trata! Nunca ouvi antes! &ANE79 8 Nossos lutadores de Parat%! A!onta os 'omens em volta de %oana" 7sses aqui também são! 7 são os mel#ores! $nsinua" 8om meia dGzia de golpes transformariam voc% numa pasta! $asta para os cães! J/ANA 0 )irme" Não vai me infundir medo! &ANE79 8 $ois vou fazer voc% sentir! Auer verM (e re!ente.3sta.(e re!ente.3les saltam no ar%ogando os !.s e os !un'os &ec'ados !assam a um !almo do rosto e do cor!o de %oana. est4ticos. que tin#a sete cabeças e dez corpos. os 'omens começam a simular uma luta de Darat2 em volta de %oana. como se &ossem ca+eças da mesma 'idra. e que ameaçou Nossa (3 .(aniel $aC uni sinal.eus gritos. em+ora temerosa mant.(aniel sorri-" &ANE79 8 7ntãoM J/ANA 0 'irta.J/ANA 0 . os 'omens !aram e voltam aos seus lugares. so&redora" $or um momento!!! me fizeram lembrar o grande dragão vermel#o.$nstantaneamente. sons !rimitivos. disp+e de força animal. meu &eusU (( .3nquanto rodo!ia. sem guarda pessoal.as eu temiU 7u temi. (aniel &a0 sinal a um dos 'omens.3n&urecida. até mesmo uma pasta! 'ou a parte fraca e não posso reagir! . como se &osse !eteca..Os 'omens em!urram %oana. o+servada !or %u!ira " J/ANA 0 . neste instante. sem armas e sem estar cercado de policiaisM Doc%s tem medo de tudo e de todos! ?%m até uns dos outros! .3le a+re a cela e em!urra %oana%oana anda meio desorientada.3ste se adianta e d4 uma +o&etada em %oana. tentando devolver a +o&etada.'en#oraU 8omo ela. tra0ida !or um dos 'omens. não pudeU 'ei que preciso aceitar tudo com coragem e não temer a tortura! )r4gil" .7ogo em seguida.dio que senti! &evia ter oferecido a outra face. um !ara o outro.eu &eusU $erdoe>me pelo . como esta sendo agora comigo! 3n&irecido. por que não sai a rua sozin#o.u+itamente cai a#oel'ada. %oana investe valente contra o 'omem.as eu não ten#o medo de nada! 7stou disposta. santin#aM J/ANA 0 Acredito! 8om o uso da força pode fazer comigo o que dese5ar. também não senti medo! Doc% s.as medo não pretendo sentir! 'e me trou e aqui para isto. não pude. pode me mandar de volta para a cela! (e re!ente" Doc% tem medoM &ANE79 8 8laro que não! J/ANA 0 7ntão. entre os 'omens que se divertem. a responder perante &eus! &ANE79 0 Retesado" 8omo sabe que saio assimM J/A NA 0 Di fotografias num 5ornal! Ataca" Esto é ter medo e ser covarde. %oana surge no corredor das celas. me lembrado de seu martírio!!! mas não pude. mas nada vai destruir min#a liberdade interior! &ANE79 8 Ri" Acredita mesmo nisto. %oana grita sem temor-" J/ANA 0 8ovardesU F a Gnica força que voc%s t%m! 'oltem os cãesU Não são piores do que voc%s! Não vou admitir nunca o que não fiz! Auero saber porque estou presa!!!U (esa!arece a cena. as eu quero ter o prazer de dobrar pouco a pouco. pela fome e pelo sono! A+ai5a a vo0" 7u guardo um pouco da sopa de ab.(aniel agitado.%u!ira se volta !ara o canto.JI$E:A 0 =icou assim com a primeira investidaM Doc% não sabe até onde eles podem c#egar! 8omece a fazer gin"stica e prepare o corpo! :eza aqui não adianta! 'e adiantasse!!! muitos não teriam comido o que o diabo amassou com o eu! %oana continua re0ando.as se for. nada! 8S87:/ 8 7la não deu o “serviço”M &ANE79 8 No começo é sempre assim! . é mul#er como outra qualquer! 'ofre. doutorM &ANE79 8 Nada. não sei nãoU 'e for mesmo freira. de mansin#o! 8E87:/ 0 Ac#o que vai perder tempo! &ANE79 8 Não ten#o pressa! Auanto mais lentamente sai o grito. deve ser dura na queda! &ANE79 8 $ode ser que sela freira! . mais profunda a dor !!!e mais satisfação eu sinto de conseguir o que quero! Dou começar pela f. grita e geme da mesma maneira! .as ela vai confessar! 8omo freira não pode estar preparada para o que vai enfrentar! Ainda não nasceu aquele que eu não possa dobrar! 8E87:/ 0 $nsinua" 7ssa aí.rmula 1! 7 não dei e ela dormir! 9eve>a para a sala de interrogat.bora! (* .Cícero se dirige !ara a cela de %oana-" 8S87:/ 8 Doc% aí! Den#a comigo! JI$E:A 0 /utra vezM 8S87:/ 8 7 vai ter muitas outras! JI$E:A 0 E#iiiU J" sei! A %oana" 7les sempre começam pela formula 1! Dão tentar vencer voc% pelo cansaço. entra na sala do carcereiro" 8S87:/ 0 Aue foi.rio! (aniel sai. cansada. não vai ag6entar! J/ANA 0 Meio al'eia" Auando começaram com a f.%oana a!arece no corredor. acom!an'a Cícero.Cícero a+re a cela e introdu0 %oana.uando aca+a de se deitar.(e!ois sai. !ouco a !ouco.%u!ira encosta/se 4 !arede e adormece. acom!an'ada !or Cícero.8S87:/ 8 DamosU / doutor est" esperando! :"pidoU %oana sai acom!an'ando Cícero e desa!arece no corredor.As lu0es a+ai5am e tornam a se elevar. Cícero volta-" 8S87:/ 8 DamosU Abra os ol#osU Doc% não pode dormir! %oana levanta/se e.Perce+e/se que ela anda com certa di&iculdade.Cícero a+re a cela e em!urra %oana.%u!ira encosta/se = !arede e. adormece.%oana a!arece no corredor..As lu0es a+ai5am e tornam a se elevar.eu &eusU Até onde o #omem pode c#egarU (R .Perce+e/se que est4 cansada. mas ainda determinada.bora! 8oma alguma coisa! J/ANA 0 Não quero comer! JI$E:A 0 'e não comer.%u!ira !ula do catre-" JI$E:A 0 /l#a a sopa de ab.(e!ois sai-" JI$E:A 0 R4!ida" &eitaU &eitaU J/ANA 0 Não quero! JI$E:A 0 F preciso! J/ANA 0 7u sei que eles vão voltar! JI$E:A 0 $or isto mesmo! Im minuto de sono aqui vale por dez #oras l" fora! &eitaU 7scute o que estou falando! A5ude seu corpo a resistir! %oana deita/se.rmula 1M JI$E:A 0 /ntem de man#ã! 8ostuma durar de tr%s a quatro dias! $or isso precisa comer! J/ANA 0 (eses!erada" 7stou com o est<mago embrul#ado com tanta sordidezU . acom!an'ada !or Cícero. R4!ida.JI$E:A 0 &ei e isto pra l" e pense no est<mago! F importante. a!oiada em Cícero. trocando alguns !assos.%oana a!arece no corredor.%u!ira senta/se no c'ão e coloca a ca+eça de %oana em seu colo-" JI$E:A 0 Alisa os ca+elos de %oana" &ormeU Não vão voltar mais! Doc% (T .%u!ira esconde o !rato8E87:/ 0 DamosU Não . me lembro de tr%s! JI$E:A 0 Doc% est" nesta de ir e vir #" tr%s dias! Noite e diaU Doc% é dura na queda! #einM . compan#eira! J/ANA 0 '. compan#eira! ?ão importante quanto dormir ou fazer gin"stica! J/ANA 0 &isseram coisas #orríveisU JI$E:A 0 Não falei que é a conversa delesM $ensa que isto aqui é o qu%M 8onventoM $alavra não arranca pedaço! Não foi voc% que disse que elas não valem mais nadaM 8omaU F preciso ter resist%ncia pra ag6entar! /u voc% quer entregar os pontoM J/ANA 0 Retesa/se" Não! Não quero. pra dormir nem pra comer! JI$E:A 0 Coc'ic'a" 7u guardo pra voc%! 8S87:/ 0 DamosU &epressaU %oana sai acom!an'ando Cícero.3ste a+re a cela e introdu0 %oana. coma! 7stou #" trinta anos nesta merda de vida! 'ei o que é preciso! %oana começa a comer com certa so&reguidão.(e!ois sai. não possoU JEE$E:A 0 7ntão.Cícero !4ra diante da !orta.Parece al'eia a tudo-" J/ANA 0 35austa" Auantas vezes 5" me levaramM JI$E:A 0 Até perdi a conta! F preciso deitar.As lu0es a+ai5am e tornam a se elevar.%oana vacila como se não sou+esse !ara onde ir.u+itamente %oana cede e cai desmaiada. não a noite inteira! &ANE79 0 $recisava obter uma confissão! '. se preocupando com criminosos! &ANE79 0 Damos mudar de assunto! Não gosto de falar do meu trabal#o! Arran5ou o professor particular para 9uís =elipeM . .A:ENA 0 Den#a dormir. &anU &ANE79 0 . enquanto %u!ira acaricia a ca+eça de %oana$lumina/se a sala da casa de (aniel.A:ENA 0 $assa aqui todos os dias! 7st" feliz com o fil#o! 7la sempre gostou muito de crianças! (V .arina! . incontrol4vel-"E . isto! .A:ENA 0 'erviço de rotina é durante o dia.(urante a cena e5!lode em (aniel um dese#o animal.as estudar não é o forte dele! &ANE79 0 Acariciando a !erna de Marina" 9 um bom garoto! Dai estudar! Adriana apareceuM .Marina entra !reocu!ada.A:ENA 0 Não fique s.A:ENA 0 H" tr%s dias que não dorme! Assim não é possível! &ANE79 0 Meio retesado" $reciso dobrar uma pessoa! 7 vou dobrar! . &an! $arece tão cansado! &ANE79 0 (istante" J" vou.3le entra e5austo e cai numa cadeira.A:ENA 0 Arran5ei! .A:ENA 0 Aue est" acontecendoM Anda atr"s de algum criminosoM &ANE79 0 J" disse que é serviço de rotina! .A:ENA 0 A+raça (aniel" &eve pensar um pouco em voc%.gan#ou a primeira parada! F preciso dormir! 35amina o rosto e o cor!o de %oana" Ac#o que voc% é freira mesmo! ?ão brancaU!!! e com um corpo que não foi feito pra ag6entar a dureza da vidaU A+raça %oana" 8oitadaU Doc% ainda vai sofrer muitoU As lu0es vão a+ai5ando.entindo o cor!o de Marina" 7u penso! . as !!! U &ANE79 0 Atormentado" '. ilumina/se a solit4ria.tima mãe! . voc% consegue me aliviar de tudo que sou obrigado a fazer! (aniel. meu bemM 8onfessar o queM &ANE79 0 (escontrolado" 7u te violento!!!se for precisoU .Cícero (2 . entesado.F um cu+ículo de um metro !or dois.Perce+e/se que ela se sente su&ocada. (aniel sai arrastando Marina.3sta se es!anta e tenta resistir-" .3nquanto a cena desa!arece.como voc%! .%oana est4 encostada no canto.&ANE 79 0 Passando o rosto nos seios de Marina" 7u sei! Dai ser .A:ENA 0 Não precisa fazer assimU &aniel!!!por favor!!!U Com viol2ncia.A:ENA 0 'abe que não dormi direitoM A cama fica tão fria sem voc%! &ANE79 0 35citado" =ica mesmoM Ho5e.A:ENA 0 Fntima" Acordo toda #ora pensando que voc% vai entrar no quarto! &ANE79 0 .3le lem+ra um animal c'eio de dese#o.A:ENA 0 Antes!!!ven#a comer alguma coisa! &ANE79 0 Agarra Marina com certa +rutalidade" Não! Não quero! Damos para o quarto! .A:ENA 0 . onde só e5iste uma !rivada. começa a +ei#ar. vou esquentar pra voc%! . +rutal.A:ENA 0 Aue é isto.ensual" Nesta noite vou entrar em voc%! Auantas vezes quiser! .A:ENA 0 &anielU &ANE79 0 Como se Marina &osse %oana" Doc% vai confessarU ?em que confessarU . morder Marina.A:ENA 0 8omo euM &ANE79 0 Acaricia o ventre de Marina" Esto mesmo. fique respirando o ar fresco! J/ANA 0 &% descarga!!!pelo amor que tem em &eus! 8E87:/ 0 Não sou muito amigo dele. quero ver! 8S87:/ 0 7st" entupida! J/ANA 0 =azem isto pra me torturar! 8S87:/ 0 :esolveu confessarM J/ANA 0 Não ten#o nada a confessar! 8S87:/ 0 7ntão.6ão aguentando mais. es!erando. %oana começa a esmurrar a !orta-" J/ANA 0 $or favorU Abram a portaU 7stou sufocadaU 8S87:/ 0 Volta/se em e5!ectativa" J/ANA 0 7u sei que tem alguém ai! AbraU 8S87:/ 0 Aue querM J/ANA 0 $or favorU &% descarga na privada! 8S87:/ 0 7st" entupida! J/ANA 0 F mentiraU 8E87:/ 0 7st" entupida. não! J/ANA 0 Angustiada" 7u sei que não est" entupida! $or favorU 8S87:/ 0 F merda sua mesmo.est4 encostado na !orta do lado de &ora. portanto pode ag6entar! J/ANA 0 Não #" nen#uma 5anela!!!U / mau c#eiro é insuport"velU 8S87:/ 0 Aue é que queriaM Im aparel#o de ar condicionadoM 8onfesse e eu dou descarga! 'ão ordens do doutor! (X . 5" disse! J/ANA 0 A descarga fica do lado de fora! 7 perimente. " 8S87:/ 0 3s&regando as mãos com !ra0er" ?omouM 7nc#a ele de bala até virar peneira! Landido fil#o da puta! 8uidadoU /l#a no tel#adoU 7le est" l"! AíU AíU Joga ele pra bai o! &ei a esborrac#ar no c#ão! (aniel entra na sala. a privada entupida não deu resultado! $nsinua" 7ra uma boa #ora pra interrogar! $or que não veioM &ANE79 0 Meio nervoso" ?ive compromissos! 8E87:/ 0 Ca!cioso" $erdeu uma .as confessar o qu%M / qu%M 8S87:/ 0 Doc% é que sabe! Cícero se volta e sai-" J/ANA 0 . onde ele est4 assistindo televisão.Cícero se volta !ara (aniel-" 8S87:/ 0 ?omou pelo menos uns trinta tiros. um dese#o se5ual não satis&eito. o que merecia! A televisão ensina muito.tima oportunidade! &ANE79 0 (e re!ente" 8íceroU ?ire a prostituta da cela! &ei e Joana sozin#a! 8E87:/ 0 $or qu%M &ANE79 0 3nervado" $orque eu quero! Esto bastaU A presença da prostituta não deu resultado! $elo contr"rio.Cícero ri e5citado.dioM Aue mais não inventarão em nome deleU Aue fizestes com os #omens.Ouvem/se tiros e gritos que v2m da televisão. angustiada.Jupira est" a5udando ela a resistir! (is&arça" *) .$lumina/se a sala de Cícero. doutorU A turma é uma naval#a pra tratar criminoso! 'abem cada golpeU Não escapa umU &ANE79 0 /nde est" elaM 8E87:/ 0 Doltou pra cela! &ANE79 0 $assou os dois dias na solit"riaM 8E87:/ 0 $assou! .eu &eusU $or que todo este . go0ando com as viol2ncias que assiste.as s.Perce+e/se que '4 alguma coisa di&erente em (anielC uma certa ansiedade. meu &eusUM!!!sua maior criaçãoU %oana encosta o rosto na !orta.J/ANA 0 . orri com certa malícia" / sen#or não costuma perder nen#uma presa! Ninguém resiste o sen#or mais do que dois diasU 'er" porque é freiraM &ANE79! 0 $rritado" &ei e de falar besteira! 7la vai confessar! 8E87:/ 0 $nsinua" 'ei de um meio que ela confessaria f"cil. dois na solit"ria e não confessou nadaM $nsinua" Aue est" acontecendo.3ste encol'e/se e ol'a &i5o !ara (aniel. doutorM &ANE79! 0 3m guarda" $or qu%M 8E87:/ 0 .Auero esta mul#er completamente sem defesa! 8S87:/ 0 ?r%s dias de interrogat. um animal! &ANE79 0 ?ire a Jupira de l"! '.Cícero &ica ol'ando e retesa/se c'eio de *1 .as qualM 8E87:/ 0 ?iro a Jupira e coloco o marginal l" dentro! &ANE79! 0 Violento" Não se atreva a fazer istoU 8S87:/ 0 $or que nãoM &eu resultado no filme da televisão! 8om ela daria mais ainda! Não é freiraM 8om o marginal l" dentro!!!ela fica com medo de ser violentada! =reira tem pavor disto! 7 ele violenta mesmo.rios. f"cil! &ANE79 0 AualM 8E87:/ 0 Di na televisão! &ANE79 0 . isto! 8S87:/ 0 (escon&iado" Não estou entendendo! &ANE79 0 Não é mesmo pra entender! =aça o que estou mandando! 8S87:/ 0 /u est" querendo entrar no lugar do marginalM A freira é bem apan#ada! (aniel d4 uma +o&etada em Cícero. revelando seu adio-" &ANE79 0 =ec#a esta boca su5a! D" tirar a JupiraU (aniel se volta e sai. ressentimento- $lumina/se a cela de %oana- %u!ira est4 sentada no c'ão %oana acorda e senta/se no catre-" !JI$E:A 0 &escansouM J/ANA 0 $arece que sim! Auantas #oras dormiM JI$E:A 0 /uvi o sino da igre5a bater! &eve ter dormido umas tr%s #oras! J" t" bom! .uito bom! J/ANA 0 Na solit"ria não tin#a lugar pra deitar!!!e o mau c#eiro era #orrívelU JI$E:A 0 7u sei! .as dei a isto pra l"! Damos fazer um pouco de gin"sticaM 8S87:/ 0 A+re a !orta" DamosU JI$E:A 0 Dai começar tudo outra vezM 8S87:/ 0 Não é ela, é voc%! 'aiaU JI$E:A 0 /nde vai me levarM 8E87:/ 0 $ra outra cela! 7 não faça perguntas! JI$E:A 0 / negrão 5" saiu da solit"riaM 8S87:/ 0 J"! JI$E:A 0 Dai me levar pra eleM &iga que vai! 8E87:/ 0 F 8apaz! Ol'ando &i5o !ara %oana" 7u vou ; levar outro!!! mas em outra cela! Den#aU JI$E:A 0 Retesado, ol'a %oana" / que que voc% est" querendo dizerM 8S87:/ 0 Nada! D" andando! JI$E:A 0 A %oana e saindo" Não esqueça da gin"stica e coma tudo que vier, se5a l" o que for! %u!ira sai acom!an'ando Cícero, desa!arecendo no corredor ,ó as !aredes da cela de %oana &icam iluminadas- 3las t2m uma !resença *3 estran'a como se &ossem vivas, !al!itantes- %oana a!ro5ima/se da !arede e l2-" J/ANA 0 lendo" “'obre meus ol#os, min#a pele, se tece esta mural#a de sil%ncios! 'ei que se faz #o5e mais espessa#" um nome a mais gravado em sua noite! H" nomes que não cicatrizam, sangram de sua sombra lentas gotas de aman#ã!” %oana continua re!etindo as !alavras, tentando decor4/las- $lumina/se a cela de Miguel que continua sentado no mesmo lugar- Cícero entra e o+serva Miguel que não d4 sinal da !resença do carcereiro-" 8E87:/ 0 .iguelU .iguelU .EWI79 0 Ol'a Cícero como se não o en5ergasse-" 8E87:/ 0 'abe que tem se comportado muito bemM .EWI79 0 )a0 um gesto de de&esa-" 8E87:/ 0 Não vou te fazer mal! 7stou dizendo que tem se comportado muito bem! Auer sair um pouco daquiM .EWI79 0 Auero! 8S87:/ 0 9embra do que eu prometiM .EWI79 0 Não! 8S87:/ 0 Aue levava voc% naquela cela, se comportasse bem! Não foiM .EWI79 0 Ac#o que foi! 8E87:/ 0 Auer irM .EWI79 0 7evanta/se-" 8S87:/ 0 Den#aU *( A cela desa!arece- %oana tira o avental de !ro&essora e começa a gin4stica- 3nquanto &a0 a gin4stica, vai re0ando uma oração-" J/ANA 0 “$adre Nosso que estais no céu, santificado se5a o vosso nome, ven#a a n,s o vosso reino, se5a feita a vossa vontade assim na terra como no céu! / pão nosso de cada dia (e re!ente, ela !4ra !ensativa" $erdoai>os, 'en#or, porque não sabem o que fazemUKK Retesada" NãoU Não é verdadeU Aqui todos sabem muito bem o que estão fazendo! F o sadismo a serviço de ob5etivos definidos! 'ão dem<nios, agentes da morte, do ,dio, do preconceito e da indignidade!!!U %oana !ara quando v2 Cícero e Miguel- Cícero a+re a !orta e introdu0 -Miguel, revelando em seu ar de de+oc'e o que es!era que Miguel &aça- %oana !erce+e, &icando 'irta- Cícero &ec'a a !orta e sai%oana e Miguel &icam &rente a &rente- %oana e5amina Miguel e, ao mesmo tem!o, como se &osse uma de&esa, veste seu avental- (urante a cena, !erce+e/se que ela !rocura um meio de se de&ender, conquistando/o- Miguel !ega na gola do avental de %oana, e5aminando-" J/ANA 0 Recua ligeiramente" $or que veio aquiM .EWI79 0 Ol'ando/a &i5o" ?" com medo de mimM J/ANA 0 Procurando esconder seu temor" Não! .EWI79 0 Ameaçador" ?odo mundo tem medo de mim! J/ANA 0 &irme" 7u não ten#o! Miguel lava a mão e toca o rosto de %oana- 3la agGenta o contato, sem nen'um movimento de de&esa- 3la sa+e que não !ode, !orque seria !ior-" .EWI79 0 7les falam!!!que eu sou muito ruim! J/ANA 0 'irta" 'er" mesmoM Não acredito! .EWI79 0 8omo é que voc% pode saberM J/ANA 0 Não sei! 7u sinto que não é! .EWI79 0 Ol'ando/a &i5o" J" fiz muita coisa ruim, dona! ** EWI79 0 8om aquelas porrada na caraMU J/ANA 0 F! Aueriam que eu sentisse medo e confessasse o que não fiz! 'altando e gritando 4 min#a volta.3nquanto %oana &ala.iguel foi o an5o salvador de Nossa 'en#ora! .a+endo que !recisa &alar !ara distraí/lo" 7les me ameaçaram também! .iguelM .EWI79 0 An5oM 7uM J/ANA 0 .EWI79 > F! J/ANA 0 'abe que tem nome de an5oM . gritava. em toda parte do corpo! J/ANA 0 Com!reende" $raticaram o Qarat% em cima de voc%.ria pra mim! J/ANA 0 .EWI79 0 Im mundo de su5eito.EWI79 0 Não sei o que é isto! 'ei que doeu pra danar! J/ANA 0 . lembravam o dragão que tentou devorar!!!U P4ra de re!ente.egura e #4 sem temor.EWI79 0 Ben0e/se" 8omo era eleM J/ANA 0 7ra um an5o de asas imensas que podiam cobrir o mundo! .EWI79 0 Meio in&antil" 8omo foi que salvouM 8ontaU Nunca contaram uma #ist. não éM . lem+rando/se" 'eu nome não é .EWI79 0 =alam que fiz!!!por isto 5udiaram de mim! J/ANA 0 $or que o seu rosto est" mac#ucado assimM . com voc% e com outrosM . não sei quanto.EWI79 0 Aue é #idraM J/ANA 0 Ima cobra enorme com muitas cabeças! Na sua dança sinistra. pulava e sentava os pé na min#a cara. ouvem/se latidos de *R .J/ANA 0 $iores do que fazem aqui comigo. pareciam cabeças de uma #idra odienta! Na sua dança!!! . cães !oliciais e gritos de quem !ratica o 1arat2" Nossa 'en#ora apareceu no céu vestida de sol. apareceu um enorme dragão vermel#o.(e!ois senta/se e !ega no avental de %oana-" J/ANA 0 F meu avental de trabal#o! Disto quando dou aulas! =oi a Gnica coisa que dei aram comigo! .orri in&antil" 8arro da políciaU J/ANA 0 $or que fez istoM *T . con#eço o dragão de 'ão Jorge! ?in#a na parede do Enstituto! J/ANA 0 'ão todos da mesma família! /u são apenas um.iguel! Houve uma grande batal#a no céu!!!e o an5o . aparecendo em formas diferentes! $or que foi presoM .Perce+e/se que ele tenta com!reender a 'istória.EWI79 0 $nconscientemente" / dragãoM J/ANA 0 . mas sem grandes resultados.EWI79 0 Não sei!!!ac#o que porque quebrei o vidro de uns carro! . que tin#a sete cabeças e dez cornos! 7ra o fil#o das trevas! 7le pode tomar qualquer forma! Nossa 'en#ora estava gr"vida.EWI79 0 '. salvando Nossa 'en#ora! Miguel anda meio agitado !ela cela. +ondosa-" J/ANA 0 'ente>se aqui ao meu lado! Não querM .EWI79 0 AuemM J/ANA 0 7sta gente que praticou Qarat% em cima de voc%! .3le ol'a %oana tentando entender%oana sorri. não! Doc% tem nome de an5o.orri maternal" Não! Agora.orri" FU F uma espécie! .iguel.EWI79 0 Não tem mesmo medo de mimM J/ANA 0 . Hma confusão de sentimentos estam!a/se em seu rosto. venceu o dragão e os an5os da maldade. não de dragão! Miguel vacila. e o dragão queria devorar seu fil#o! =oi quando surgiu o an5o . com a lua debai o dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça! Dindo das profundezas do inferno. com a espada c#eia de labaredas de fogo. EWI79 0 Im dia assaltei uma casa!!!e nos quarto tin#a fron#a bordada!!!brinquedoU!!!tudo limpin#oU Nunca mais esqueci! J/ANA 0 Dou bordar uma pra voc%! .orri in&antil" ?" vendo.EWI79 0 8omo é que sabeM J/ANA 0 'ou educadora e me interesso muito pelos problemas dos menores abandonados! . não éM Ima mãeM .EWI79 0 7ntão. carin'osamente.3sta.EWI79 0 'abe aqueles sacos que enfiam travesseiroM J/ANA 0 =ron#aM . é por isto que est" presa aqui! Ninguém quer que a5udem a gente! J/ANA 0 /nde estão seus paisM . !assa a mão !or seus ca+elos Miguel a#eita/se como *V . podia mesmo andar por este camin#oU . porque vivo enc#endo a cara.. donaM ?odo mundo tem pelo menos mãe! 7u não ten#o nada! J/ANA 0 Perce+endo" F o que mais gostaria de ter. fumando macon#a e roubando! J/ANA 0 Amarga" '.EWI79 0 (e re!ente" $osso!!!deitar no seu coloM J/ANA 0 &eiteU $ode deitarU Mansamente.EWI79 0 7stavam me perseguindo.EWI79 0 Não con#eci! . me batendo!!! s.EWI79 0 Ac#o que sim! (e re!ente" 7 depois!!!U J/ANA 0 / qu%M &igaU $ode dizer! . Miguel deita a ca+eça so+re as !ernas de %oana.EWI79 0 Não sei! Ac#o que é! Wostaria de ter uma bordada com flores! J/ANA 0 Ima fron#a com floresM . Antes de sair.andaram soltar voc%! . ameaçador-" 8S87:/ 0 Damos andando! Auer que eu v" buscar os cac#orrosM $or aí.EWI79 0 Pondo/se diante da cela de %oana" Auero ficar aqui! 8S87:/ 0 Auer que c#ame a turma do Qarat%M Com relutIncia. Miguel se volta e ol'a na direção de %oana.9 como se &osse a!enas um cor!o comandando sete ca+eças e quator0e +raços. Miguel segue Cícero.m.EWI79 0 /nde vai me levarM 8S87:/ 0 . !arados e imóveis.Por.EWI79 0 A do dragão! J/ANA 0 Nossa 'en#ora apareceu no céu vestida de sol e de estrelas!!!U 8E87:/ 0 C'egando diante da !orta" 8omo éM 'erviço prontoM Cícero com!reende a situação.Os movimentos de +raços são lentos lem+rando tent4culos que se agitam-" *2 .ria outra vezM J/ANA 0 Aual #ist.(aniel .3le a+re a !orta da cela e tira Miguel com +rutalidade-" 8S87:/ 0 A %oana" Doc% pra mim é #omemU A Miguel" 7 voc% é uma bic#aU J/ANA 0 'omos mais gente do que voc%! Cícero em!urra Miguel.EWI79 0 Ol'a %oana" Não quero! 8E87:/ 0 Doc% não tem querer! Dai sair! .EWI79 0 $ode contar a #ist.3ste se volta.riaM . ansioso. o Anico que se movimenta. os movimentos de ca+eça e de +raços de (aniel são re!rodu0idos e5atamente iguais !elos seis 'omens que o rodeiam.um garoto no colo de sua mãe-" .$lumina/se a sala do interrogatórioOs 'omens continuam em volta da sala. não! $or aqui! . 0 &aquele 5eitoM &ANE79 0 &aquele 5eito! H/. 0 $móvel" .H/. em!urrado !ara dentro-" 8E87:/ 0 Aue foiM $or que voltouM H/. 0 $or que nãoM '. 0 F o Gnico meio! 7sta mul#er precisa ser dobrada! H/. 0 'e for.as até agora não deu resultado! &ANE79 0 Aue mais devo fazerM H/.7.7.7.7. 0 ?raga aqui e interrogue como fez com a universit"ria! &ANE79 0 $rre&letidamente" NãoU H/. mel#or ainda! 7la confessa! &ANE79 0 Doc%s ac#amM H/.A!aga/se a cena. porque diz que é freiraM H/.A !orta da sala .7. 0 F pra ficar aqui até ser enviado para o presídio! $on#a na cela! 8S87:/ > Den#aU *X .7. 0 'aiu e quebrou a primeira viatura que viu! 8S87:/ 0 /utra vezM H/.7.7. a+erta com viol2ncia e Miguel .7. 0 8omo foi com a universit"riaM &ANE79 0 Esto mesmo! 'aiam todos! Não quero ninguém presente! Os 'omens saem em &ila como aut<matos.7.Cícero assiste televisão.$lumina/se a sala do carcereiro. 0 Não pode continuar desafiando a autoridade! &ANE79 0 Resolve" ?raga ela aquiU H/. &icando a!enas os dois na sala%oana est4 quase nua. segura de si mesma.Alguma coisa de muito !ro&undo modi&icou/se nela.%oana não !arece mais a mesma.A !orta se a+re e %oana . tra0endo a!enas a calcin'a.A !orta se &ec'a. Miguel corre e ol'a !ara dentro-" . surgindo uma mul'er sensual. de grande +ele0a e &orça. em!urrada !ara dentro. mas por todos que estão sendo #umil#ados no mundo! ?u que estiveste sempre comigo!!! não me abandones agora! (aniel anda = volta de %oana.(aniel &ica &ascinado !elo cor!o de %oana. em !lena agonia.uando !assam !ela cela de %oana..3le anda de um lado !ara outro. onde (aniel est4 so0in'o.Hm !ro!ósito e uma determinação transcendentes !arecem di/ rigir seus !assos.Hm dos 'omens entrega a (aniel as rou!as de %oana.EWI79 0 Aliviado" $ensei que tin#am levado embora! 8S87:/ 0 Dai ser interrogada de maneira muito especial! 7u também queria assistir. um dese#o !ro&undo vai se re&letindo nos ol'as de (aniel-" J/ANA 0 Com !ro&unda intensidade" . mas o delegado não dei ou! 'ei muito bem o que ele est" pretendendo! A mim ele não engana! (e re!ente" Doc% quebrou a viatura s. estam!ando/se em seu rosto. não foiM 7st" querendo ficar perto dela. não por mim. !arando no meio da sala.Cícero sai com Miguel.rio! 9ogo estar" de volta! .eu &eusU /fereço o meu martírio. pra voltar.ilumina/se a sala do interrogatório.EWI79 0 A&lito" /nde est"M $or que não est" aquiM 8E87:/ 0 =oi para a sala do interrogat. como se a nude0 não signi&icasse nada%oana camin'a.(urante a cena. e5aminando/a e segurando suas rou!as%oana. não éM $nsinua" 8on#eço mais alguém que também sente tesão por ela! Ri" Damos ver no que vai dar! . quase tudo da &reira desa!arece.O *omem sai.3la sustenta a ol'ar dele com serenidade. !rocura não demonstrar o que sente&ANE79 0 Malicioso" Não devia ser freira! Esto é que é pecadoU R) .3la não !rocura esconder o cor!o com os +raços. como se estivesse inteiramente vestidaPouco a !ouco.EWI79 0 @enso" AuemM 8S87:/ 0 Na #ora certa eu digo! Den#aU Miguel acom!an'a Cícero. com e5!ressão de angAstia" &ANE79 0 O&erecendo" Auer suas roupasM Lasta que confesse! J/ANA 0 Não ten#o nada a confessar! &ANE79 0 7sta resist%ncia é inGtil! Dai acabar raste5ando! J/ANA 0 Não posso admitir o que não &i0&ANE79 0 J" con#eço este papo furado! ?odos começam assim e acabam dando o serviço! J/ANA 0 'e dissesse alguma coisa estaria mentindo! 8omo freira não posso mentir! &ANE79 0 Auer que eu mande meus #omens entraremM 7les 5" fizeram uma demonstração de Qarat% pra voc%! 7 obedecem como feras amestradas! J/ANA 0 $ode mandar entrar! J" ofereci meu martírio a &eus.orri meio de+oc'ado" F pena não terem tirado toda a roupa! 3 a ordem era pra tirar tudo! . coisa que posso dar 5eito! J/ANA 0 Contrai/se.J/ANA 0 *irta" .as sou! &ANE79 0 Doc% é uma mul#er! J/ANA 0 'ou freira. e aminando seu corpoM J/ANA 0 )irme" Não! &ANE79 0 Não sente uma puta vergon#aM J/ANA 0 Não ten#o de qu%! &ANE79 0 . a todos que sofrem neste mundo! &ANE79 0 3n&urecendo/se" &ecida logo. antes que eu arranque o resto da sua roupa! 7 isto nem &eus poder" impedir! $nsinua" Nem outras coisas que podem te acontecer! R1 . ligeiramente.as isto . mas também mul#er! &ANE79 0 Im mul#eraçoU Ca!cioso" Encomodo. J/ANA 0 /s camin#os de &eus são insond"veisU 'e for da vontade &ele. e outros resistirem as torturas! R3 . vista sua roupa e saia daqui enquanto é tempo! J/ANA 0 Mais segura" AgoraU no ponto em que o mundo e os #omens c#egaram.as s. depois que confessar! J/ANA 0 Não estou pedindo pra sair! &ANE 79 0 $arece que gosta de ficar pelada na frente de #omem! Esto prova que não é freira coisa nen#uma! J/ANA 0 Armando o laço" 'ou freira. saio desta sala como entrei!!! ou como 7le dese5ar que eu saia! &ANE79 0 Dontade dele uma porraU Aqui quem tem vontade sou eu! Dai sair s. não a mim! &ANE79 0 Meio sensual" &eus não pode fazer nada com ele! 7u possoU J/ANA 0 7u sei! Doc% pode descer até o fundo da sua indignidade! .edir o qu%M / qu%M J/ANA 0 Até que ponto uns podem torturar. assim eu posso conseguir o que é preciso! &ANE79 0 Meio retesado" 8onfesse.eu corpo pertence a &eus. o tempo é para medir cada um! &ANE79 0 >rita" . mas também mul#er! 7 quantas voc% não trou e nuas nesta salaM $osso sofrer o que sofreram! &ANE79 0 =reira não sabe o que é ser mul#er! $nsinua" 7 é um #omem que ensina a ser! 7 não é muito difícil de aprender!!! e é muito gostosoU J/ANA 0 @omando uma decisão interior" Agora sei que ninguém vai sair desta sala!!! até que cada um consiga o que quer! Não foi para isto que me trou e nua aquiM &ANE79 0 Esto mesmo! $ara admitir que não passa de uma subversiva disfarçada de freira! J/ANA 0 $ensa que a nudez vai me fazer confessar o que nunca fizM A nudez nada significa pra mim! $elo menos nesta situação! . voc% me fez sentir a beleza do meu corpo! 7le agora e iste e deve ser usado! &ANE79 0 IsadoMU J/ANA 0 Esto mesmo! . me d" maior prazer! J/ANA 0 (e re!ente. insinua" 'omente #o5e percebi que ten#o corpo bem feito! / corpo de uma mul#er. como estou disposta a suport">la! 7stamos aqui para nos medirmos! ?en#a coragem de ser o que é.&ANE79 0 F voc% mesma quem vai determinar a medida das torturas. não de uma freira! Im corpo para dar vida! . a da sua resist%ncia e a sua pr. santin#a do pau oco! Não sabe de que sou capaz! J/ANA 0 $ois eu quero saber! Assuma a sua viol%ncia.atou a pessoa que entrou nesta prisão do inferno! . como eu. como eu ten#o de ser o que sou! Doc% também não sabe até onde posso ir! &ANE79 0 Meio e5citado" Doc% é uma boa parada pra mim! Wosto de quem sabe resistir! A resist%ncia me e cita. não posso escol#er lugar pra morrer.andando tirar a min#a roupa. nem forma mel#or de morte! R( . não morreram aquiM Não sou mel#or do que os outros.as bem usado! Auantos corpos como o meu 5" não #umil#ou.ncia! '.eu corpo não tem import.as quantos.pria sorte! J/ANA 0 Não sei até onde pode ir min#a resist%ncia! Damos ver até que ponto voc% vai na torturaU &ANE79 0 8onfesseU!!! enquanto não fica sabendo até onde posso ir! Doc% não me con#ece. não um corpo para ser torturado! &ANE79 0 Não me provoque. magní&ica" Doc% 5" me matou! . freirin#a de merda! J/ANA 0 Esto! =ale bastante palavrão! F a sua linguagem! $ode ol#ar a vontade! . dei ando de usar como um verdadeiro #omemM Im #omem que ama e dese5a o corpo de uma mul#er. a min#a consci%ncia! Não me sinto nua! Não estou nua! $elo menos não estou nua como voc% com toda esta roupa! F assim que nascemos!!! e assim muitos morrem! =oi como 8risto morreu numa cruz! ?ambém posso morrer! &ANE79 0 $r<nico" Não precisa ter medo! Ninguém vai matar voc%! Não queremos m"rtires! 7les são inc<modos! J/ANA >rita. seus ca+elos se des!rendem co+rindo/l'e !arte dos seios e tornando/a mais +ela. ainda mais dese#4vel-" J/ANA 0 Provocante" Ise o seu instrumento natural para istoU &ANE79 8omoMU J/ANA 0 Esto mesmo! / instrumento que &eus l#e deu! Aquele que faz nascer a vida! $rove que entende de vida e não somente de morte! &ANE79 0 35citado" Doc% me dese5aU Passando a mão no se5o" J" percebeu que sou bem servido.pria morteM &ANE79 0 $osso mostrar agora mesmo que não estou morto! 8omo voc% também não est"! /s mortos não gritam de dorU J/ANA 0$ois mostreU 8omoM $nsinua" Diolentando>meM &ANE79 0 Retesado" $osso violentar voc% com um cabo de vassoura. nãoU &ANE79 0 7 é isto que vou fazer! (aniel &a0 menção de sair.e dese5ou desde o começo.%oana corre e se !:e em &rente = !orta.Ao correr. que é a vida pra voc%M Aue entende de vida.&ANE79 0 35aminando/a" Doc% est" bem vivaU 'e est"U J/ANA 0 3nigm4tica" $orque matou uma!!! para que nascesse outra no lugar! &ANE79 0 Nunca matei ninguém! J/ANA 0 Começa a rir descontroladamente" &ANE79 0 $areU $are 5" disseU J/ANA 0 Ainda rindo" Nunca matou ninguémU 7ntão. com um instrumento qualquer! J/ANA 0 3rgue os +raços" NãoU $or favor. não a morte! R* . como dese5ei voc%! J/ANA 0 &ese5o agora!!! porque escol#i a vida. não é mesmoM Doc% também é! 'e éU . se vive mortoM 'e anda pelo mundo como a pr. não éM J/ANA 0 Y causa de &eus neste mundo abandonado! Ise o seu instrumentoU Não um cabo de vassoura! 'e fizer isto. !ossessivo. um instrumento da vida.as como freira também posso dar vida! / que não posso é dar morte! ?ome o meu corpoU 7le não me pertence mais! Agora!!! deve pertencer a uma causaU &ANE79 0 Y causa da subversão. a todos que agonizam nesta prisão! Den#aU!!! e prove que ainda pode ser um #omem! .eu &eusU F o Gnico camin#o!!! o GnicoU Os dois caem no c'ão CORRE A CORTINA RR . não da morte! &ANE79 0 (ominado !elo dese#o" Dou fazer voc% gemer. gritar de prazerU J/ANA 0 'e eu o transformar num #omem!!! terei feito muito a &eus. (aniel agarra os ca+elos de %oana e a +ei#a com viol2ncia.&ANE79 0 &ei e de conversa fiada! 7st" é querendo saber o que é ter um mac#o entre as pernas! J/ANA 0 Im #omemU Apenas um #omemU &ANE79 0 &esistiu de ser freiraM /u nunca foiM J/ANA 0 Não desisti! .Angustiada. no corpo da mul#er que dese5a! 'e5a um #omem.u+itamente. %oana se entrega-" J/ANA 0 . ser" a pr.pria morte! Nunca poder" c#egar a ser um #omem! Den#aU ?ransforme meu corpo de freira. A&:7 0 &epende! =:7E:A 0 &epende do qu%M =:7E:A 0 @emerosa" Ac#a que seria possívelM . madreM .SEGUNDO ATO 3nquanto se a+re a cortina.A&:7 0 Não sabemos os métodos que usam para fazer uma pessoa admitir!!! até o que nunca fez! =:7E:A 0 Auanto mais a irmã Joana que fez tanta coisa! =:7E:A 0 Aue foi que ela fezM =:7E:A 0 Andava envolvida com gente tão esquisita! .s! Nunca se sacrificou! 'on#ava com o mundo l" fora! Divia agarrada 4s paredes da cela ouvindo sons de passos e de vozes que passavam e se distanciavam. de sinos tocando como se a cidade estivesse c#amando>a- RT .A&:7 0 Nen#uma! =:7E:A 0 . ilumina/se a sala do convento onde estão a Madre e as mesmas &reiras-" =:7E:A 0 Nen#uma notícia.A&:7 0 Ermã :os"rioU Aue é que tem contra irmã JoanaM =:7E:A 0 Não é freira como n.A&:7 0 Não procurei saber! 'eria perigoso para todas! =:7E:A 0 ?ambém ac#o! =:7E:A 0 Ac#a que irmã Joana envolveria a congregaçãoM .as 5" faz dois mesesU . A&:7 0 =alarei com o sen#or Lispo! Não se esqueçam que a oração pode remover montan#as! &evemos nos voltar para &eus e orar! A5oel#em>se e rezem comigo pela Ermã Joana de Jesus 8rucificadoU @odas se a#oel'am e começam a re0ar. (aniel do+ra o #ornal. 5" teriam aparecido aqui! =:7E:A 0 Não podemos ficar sabendoM $recisamos nos defender! . !:e de lado e ol'a as mãos..adreU $eça pra ele dizer que não temos nada com a irmã Joana! Nossa igre5a. tentando ler #ornal.D:7E:A 0 8#amados do dem<nioU =:7E:A 0 *irta" A sen#ora ac#a que ela 5" envolveu a congregaçãoM .Marina anda !ela sala varrendo o c'ão. rezamos para a #umanidade! 8asos assim não servem para resolver nada! . irmã! =:7E:A 0 A&lita" .u+itamente.(e re!ente.As &reiras desa!arecem quando se ilumina a sala da casa de (aniel.A&:7 0 7le nos dir" como devemos proceder! =:7E:A 0 8oitado do sen#or LispoU Er num lugar daquele! . meio atormentado.tenta !egar os ca+elos de Marina como &e0 com %oana.A&:7 0 / sen#or Lispo vai visit">la na prisão! =:7E:A 0 DaiMU .orri" 7u.7evanta/se e anda !ela sala. o colégio!!! são muito mais importantes! =:7E:A 0 $ensamos.A:ENA 0 &" muito trabal#o! &ANE79 0 Meio distante" ?udo que d" trabal#o é bom! . por RV . mas não consegue-" .(e!ois &ec'a os ol'os.A:ENA 0 Não me atrapal#e! &an! $reciso limpar o tapete! &ANE79 0 $or que não dei a crescer seus cabelosM .3le est4 sentado.3le contrai os dedos como se estivesse segurando os ca+elos de %oana.A&:7 0 F um santoU 7 os santos podem ag6entar tudo.A&:7 0 'e tivesse envolvido. A:ENA 0 Auer que dei e crescer os meusM &ANE79 0 Auero! .A:ENA 0 Nunca disse isto! &ANE79 0 Meio irritado" /ra.A:ENA 0 Não me ac#a mais dese5"velM &ANE79 0 8laro que ac#o! Não torça as coisas! 7u disse que ficam mais dese5"veis.A:ENA 0 =oram as irmãs do colégio! &ANE79 0 &essas que usam #"bitoM . além do que 5" são! .e emplo.ele também precisa fazer! F ruim ser diferente dos outros! . muitas não usam! R2 .A:ENA 0 Não con#eço freira que não use #"bito! &ANE79 0 Ho5e.A:ENA 0 Ac#a que ficaria mel#or pra mimM &ANE79 0 &eve ficar! Meio evocativo" As mul#eres com cabelos longos são mais dese5"veis! . &anielU 7le 5" est" com quinze anos! =ez #" muito tempo! &ANE79 0 Auem preparou 9uís =elipe para a primeira comun#ãoM =reira ou padreM . porque disse que gosto de cabelos compridosM LomU Damos mudar de assunto! (e re!ente" 9uís =elipe 5" fez a primeira comun#ãoM ?odo mundo &a0--. .A:ENA 0 Wosta de cabelos compridosM &ANE79 0 Wosto! . gosto de quem sabe resistir! .A:ENA 0 8laro.arina! H" sempre uma primeira vez! .A:ENA 0 (escon&iada" Doc% est" diferenteU &ANE79 0 $rritado" 'anto &eusU '. . &anielM &ANE79 0 $rritado" Nada. . as freiras.A:ENA 0 Aue est" acontecendo.A:ENA 0 $or qu%M &ANE79 0 Não #" nada que me irrite mais do que barul#o de vassoura em tapete! . 4s freiras! &ANE79 0 (is&arça" Auero dizer todos! Aqui fora precisam passar o que os outros passam.A:ENA 0 Não s.arinaU 9eve esta vassoura pra l"! . querendo se convencer" ?ambém ac#o! 'aíram para o mundo.A:ENA 0 $reciso limpar o tapete. porque não gosto de barul#o de vassouraM RX .A:ENA 0 Não! Doc% est" se referindo s.arina! &eve estar acontecendo alguma coisa s. sofrer o que todos sofrem! Não saíram pra ser gente como todo mundoM $ra comer o que o diabo amassou!!!U (e re!ente" . portanto devem aceitar tudo o que o mundo tem de pior! / lugar delas é no convento.A:ENA 0 8laro que ac#o! ?odo mundo não ag6entaM &ANE79 0 7u digo ag6entar tudoU!!! tudo mesmoU Diver não é f"cil e elas precisam aprender isto! . &an! /s padres também! &ANE\9 0 $rritado" 7 não é o que estou falandoM . &anU &ANE79 0 9impe depois que eu sair! Assim não podemos conversar! Arrume esta casa em outra #ora! .A:ENA 0 $ra mim não são mais freiras! &ANE79 0 $ncisivo. rezando! /u fazendo caridade nos #ospitais! 'e escol#eram viver aqui fora.A:ENA 0 Admirada" /raU Aue novidade é estaMU &ANE79 0 Não gosto! $ronto! . devem ag6entar a vida como ela é! Doc% não ac#aM . e istem #omens que precisam ser salvos! Agora ve5o que viver l" fora é muito f"cil.A:ENA 0 F a Gnica #ora que ten#o pra varrer! Não posso!!! (aniel arranca a vassoura das mãos de Marina e a que+ra no #oel'o(e!ois ol'a o !edaço em sua mão e o #oga longe.$lumina/se a cela de %oana. !ouco a !ouco.pria casa deleM LE'$/ 0 Doc% est" diferente. &ica ol'ando. min#a fil#aU J/ANA 0 &iferente. sobretudo aqui. sen#or Lispo! LE'$/ 0 $or qu%M Não compreendoU J/ANA 0 Aqui. irmã Joana! Não bastaM J/ANA 0 =icarei quantos forem necess"rios.9 que. saindo da salaMarina. e5tremamente admirada.O Bis!o est4 !arado diante de %oana.. é que #o5e eu me sinto como um animal entre animais! T) .*4 nela qualquer coisa di&erente que o Bis!o não entende. sen#or LispoM LE'$/ 0 8on#eço! J/ANA 0 Nem eu me con#eço mais! /u mel#or!!! ac#o que estou começando a me con#ecer! LE'$/ 0 Aue quer dizerM J/ANA 0 A verdade. a mul'er vai &a0endo a &reira desa!arecerLE'$/ 0 J" est" aqui #" dois meses. comoM LE'$/ 0 Não sei! Não parece ser a irmã Joana que con#eço tão bem! J/ANA 0 8on#ece mesmo. principalmente vivendo como vivia! / difícil é viver aqui e não se transformar em agente do dem<nio! LE'$/ 0 Não pronuncie este nomeU J/ANA 0 8omo não pronunciar se estou na pr.A:ENA 0F a primeira vez que ouço falar nisto em dezenove anos de casadaU &ANE79 0 LomU Não vamos passar a man#ã inteira falando em vassouras! . as agora!!! sou uma freira gr"vida! LE'$/ 0 Recua" Aue disseMU J/ANA 0 Ima freira gr"vida.nico e odiento!!! a livre decisão também e iste! Auis provar que sou capaz de criar situaç+es que dese5o.prio instrumento do #omem! $elo menos não foram dor e viol%ncia T1 .as não a con#ecia! Não sabia do que era capaz! LE'$/ 0 Doc% sempre foi uma freira acima de tudo! J/ANA 0 (e re!ente" .as é. de que ten#o necessidade! 7ra o Gnico camin#o para conseguir o que era preciso! LE'$/ 0 8onseguir o qu%M J/ANA 0 Aue o meu torturador se transformasse num #omem! LE'$/ 0 Passado" Doc% não resistiuMU J/ANA 0 :esistirU $ara ser violada com um cabo de vassoura. preferi ser pelo pr.LE'$/ 0 Não diga istoU J/ANA 0 Não ten#o direito de ser diferente dos que estão aqui! LE'$/ 0 . a viol%ncia toma todas as formas. Doc% . sen#or Lispo! LE'$/ 0 7st" loucaM J/ANA 0 =ui violentada! LE'$/ 0 At<nito" 8omoMU J/ANA 0 Esto mesmo! Aqui. adquire requintes que vão além da imaginação! 7 fui porque quisU LE'$/ 0 Aue est" dizendoM J/ANA 0 Neste mundo mec. uma freiraU J/ANA 0 =oi aqui que con#eci a mul#er que e iste nesta freira! LE'$/ 0 F a mesma que sempre e istiu! J/ANA 0 . meu sangue se enc#e de agul#as envenenadas!!! e ainda não sei se envenenadas pelo . irmã JoanaU J/ANA 0 Nem eu! Auando me lembro do que aconteceu.prio destino! Ho5e em dia!!! pra que servem os m"rtiresMU LE'$/ 0 'ão e emplosU J/ANA 0 EnGteisU LE'$/ 0 Passado" J" não a con#eço mais!. porcos!!! todo o ser vivo que precisasse de alimento para sobreviver! LE'$/ 0 8onfesseU Doc% sentiu prazer se ual! Doc% est" em pecado! J/ANA 0 =oi na agonia que aprendi que eu era também uma mul#er! Não se T3 .dio ou pelo prazer! LE'$/ 0 &eus perdoe voc%. gatos.vel quanto um santo num altarU $referi perder>me e tornar>me agente do meu pr.vel diante das coisas!!! tão im. teria continuado im. não a morteU LE'$/ 0 &evia ter resistido até a morte! Assim procederam os santos! J/ANA 0 'e tivesse feito o que o sen#or diz. Ermã JoanaU J/ANA 0 =iz tudo por 7le! C'eia de dAvidas" ?eria sido mesmoM Agitada" 7ste pensamento começa a entrar em mim como um espin#o dilacerando min#a mente! LE'$/ 0 7ste #omem contaminou voc%U J/ANA 0 J" não recon#eço tantas coisas em mimU 8oisas que parecem tão fortes quanto a vidaU 8oisas que eu não sabia que e istiam!!! e que aquelas mãos fizeram brotar em meu corpo! LE'$/ 0 $or e emplo. cac#orros. irmã JoanaM F preciso confessar! J/ANA 0 'into meus seios 5" se enc#endo de leite e gostaria que viessem mamar neles.inGteis! LE'$/ 0 $ois era preferívelU J/ANA 0 $referi a vida. da min#a dorU &a dor do mundoU LE'$/ 0 3n.rgico" Aue est" querendoM J/ANA 0 Auero mergul#ar até o fundo de tudo que não é con#ecido. sen#or LispoU LE'$/ 0 8ompreendo muito bem! F um fil#o de prazer. que estão sempre presentes!!! e que levam ao aman#ã! / que é certo não é certo. os cristais são est"ticos! LE'$/ 0 $ensa que com seu fil#o vai conquistar seu carrascoM /s carrascos são inconquist"veis! J/ANA 0 @ensa" Dou conquistar o meu!!! com meu corpo! LE'$/ 0 *irto" 8onquistar pra qu%M T( . de e ist%ncia ou não> e ist%ncia! LE'$/ 0 Recua" Não posso absolv%>la. não do martírio! J/ANA 0 F um fil#o da dor. para encontrar e compreender o que é novo! 'e para isto for necess"rio a morte. foi uma questão de vida ou de morte. sen#or Lispo! As coisas não ficarão como estão nem como estarão! '.al contaminou voc%. sen#or Lispo! =oi muito mais profundo. min#a fil#a! J/ANA 0 $ode ser! .as esta força que sinto em meu ventre! vem de um fil#o meu e de meu carrasco! =il#o de contradiç+es que acompan#am o #omem.tratou de prazer se ual. que ela guie meus passos! LE'$/ 0 / . irmã Joana! J/ANA 0 $or que nãoM LE'$/ 0 7st" gr"vida pelo prazer e não pela viol%ncia! 'omente esta poderia absolv%>la! J/ANA 0 8ompreenda. mais grave e aterrorizador do que uma simples relação carnal!!! mesmo lembrando que o prazer ten#a sido tão intenso! LE'$/ 0 Aterrori0ado" Aue est" dizendoMU J/ANA 0 $ara mim. por isso ficaram tão amigas! &ANE79 0 $nsinua" &epois!!! começo a desconfiar que ela não tem culpa de nada! '. que se re&lete em seus ol'os em &orma de ansiedade. dezenas de interrogat.A cena desa!arece enquanto se ilumina a sala do carcereiro no momento em que entra (aniel. não teria deitado com o sen#or mais vezes! T* . solit"ria. para falar com Jupira! &ANE79 0 Doc% dei ouM 8S87:/ 0 &ei ei! 7stão 5untas! &ANE79 0 =ez bem! &eu a ela a t"bua que pediuM 8S87:/ 0 &ei! 7 sei que o sen#or deu lin#as e agul#as! Esto não é proibidoM &ANE79 0 7la quer apenas trabal#ar! 8S87:/ 0 $ode querer se matar! &ANE 79 0 =reiras não se matam! 8S87:/ 0 Retesado" =reiraU F puta como a Jupira.*4 qualquer coisa de !ro&undamente di&erente em (aniel.prio corpoMU J/ANA > 'imU!!! se for preciso! O Bis!o se volta e sai 'orrori0ado.riosU 8S87:/ 0 7st" esquecendo de uma! &ANE79 0 3m guarda" AualM 8S87:/ 0 Não violentou essa mul#erM 7 parece que ela gostou! 'e não tivesse gostado. pode não ter! Não é possível ag6entar as torturas que ag6entou sem confessar! Nudez.3le anda !ela sala o+servado !or Cícero-" &ANE79 8 (e re!ente" 7la pediu alguma coisaM 8E87:/ 0 '.J/ANA 0 @rans&igurada" ?alvezU!!! para destruí>loU A viol%ncia no mundo precisa ser vencida e destruídaU LE'$/ 0 *orrori0ado" Isando o pr. orri" Não tem preconceitoU JI$E:A 0 Não sei o que é isto! 'ei que precisa ser bem servido de cacete e que saiba fazer o serviço! F o que importa! TR .&ANE79 0 )urioso" 8omo sabeM 8S87:/ 0 Não sou o carcereiroM Não ten#o obrigação de saber de tudo que se passa aquiM 7ntãoU &ANE79 0 /rdin"rioU Doc% não faz isto por obrigação! F dos tais que gostam de ver. %oana +orda uma toal'a-" JI$E:A 0 '.$lumina/se a cela de %oana. é! $ode ser alto ou bai o. voc% volta para o presídio! Dai direto para a solit"ria! 7 fica l" até apodrecer! 7ntendeuM Cícero senta/se lentamente.! com dente ou desdentado! Não pergunto no que trabal#a. feio ou bonito. biquin#a. Jupira! JI$E:A 0 $ra mim.(aniel se volta e sai.3nquanto conversa. s. compan#eira! Homem é a mel#or coisa que &eus esqueceu neste mundo fil#o da puta! 8on#eci cada um que vou te contarU 7 os mel#ores encontrei aqui dentro! ?em um negrão que é uma paradaU J/ANA 0 Homem não é s. posição eu con#eço umas trintaU ?obogã. gordo ou magro. não me importo com a religião e pode ser gringo ou nacional! ?anto fazU J/ANA 0 . sem pelo ou cabeludo. porque seu lugar é no presídio! =ui eu que permiti que esperasse sua condicional como carcereiro! Den#aU!!! e ser" mais um “presunto” de criminoso! 'e me espionar mais uma vez. frango assado. pra ver o que aconteceM 7 o que se passava entre voc% e os outros prisioneiros quando vivia na celaM 8E87:/ 0 3rgue/se tenso como se tosse !ular em cima de (aniel" &ANE79 0 @ira o revólver" Auer ficar com a testa estreladaM Não se esqueça que est" aqui por min#a vontade. beirada da cama. dois patin#os na lagoa!!!U )a0endo o gesto c'ulo" Doc% nunca mesmo!!!M Nem com um padre gostosãoM J/ANA 0 7u me dediquei a outras causas. cata> cavaco. coqueiro. porque não conseguem fazer! =rou o! $ensa que não sei que gosta de 5ogar prisioneiros na cela da Jupira.sessenta e nove. pra isto. não ve5o cor. Jupira !!! consigo mesma"!!! antes de entrar nesta prisão! JI$E:A 0 Não sabe o que est" perdendo. bola na caçapa. me er pra segurar um mac#o entre as pernas! . porque é ele que defende sua vida! JI$E:A 0 ?rato ele com muito carin#o! J/ANA 0 'e ele defende voc% da morte. o que precisava aprender. Jupira! TT . onde quer que ela se manifeste! 8risto não nasceu!!! %oana !ara quando v% (aniel c'egar diante da cela-" &ANE79 0 A+rindo a !orta" $ode voltar para a sua cela. era s.J/ANA 0 Com!reensiva" =oi o que a vida ensinou a voc%! JI$E:A 0 Ainda bem! ?rabal#ando na #orizontal como trabal#o.orri vaidosa" 'abe que todos me c#amam de c#upetaM J/ANA 0 8#upetaM / que é istoM JI$E:A 0 'eguro o mac#o e não solto até o infeliz cair desmaiado! Orgul'osa" Não é qualquer uma que sabe fazer isto. no que eu pensava ser a suprema #umil#ação. que é em nosso corpo que a vida nasce!!! e vida é presença de &eus. restou o corpo e a arte de fazer amor! JI$E:A > 7 daíM J/ANA 0 7stou querendo dizer que esse corpo precisa ser respeitado. ele é o seu mel#or amigo! Diver é o que importa! 3nigm4tica" 7u também usei o meu para continuar a viver! JI$E:A 0 =ez muito bem! J/ANA 0 7 vou viverU Consigo mesma" Aprendi aqui. não! J/ANA 0 F a forma que usa pra defender a vida! JI$E:A 0 7 ten#o defendido muito bem! J/ANA 0 &efender a vida é a primeira obrigação de cada um! JI $E:A 0 Não dei a de ser um bom trabal#o! J/ANA 0 $orque para voc% s. na dor e na tortura. revelando sua atração !or %oana.7NEN/ 0 $arecem os bic#os do zool. durante a cena.(e ve0 em quando uma delas levanta/se.Pro!ositadamente. pra vir me ver! .$lumina/se a sala de Cícero.(aniel o+serva. %oana est4 colocando uma t4+ua e uma toal'a em cima da !rivada.3le est4 diante de tr2s crianças de cinco a oito anosPerce+e/se que ele sente um grande carin'o !or elas.JI$E:A 0 A conversa t" tão boaU &ANE79 0 $or #o5e c#ega! %u!ira sai acom!an'ada !or (aniel.uando ele c'ega.7NEN/ 0 Auero ver os presos. sensual e lasciva- TV .7NENA 0 A gente não vai ver as celas.%oana do+ra a toal'a.gico! 8S87:/ 0 &epois que o doutor sair.gico s.7NEN/ > $or qu%M 8S87:/ 0 $orque é proibido vir aqui! $rincipalmente crianças! &eitem no c#ão e façam seus desen#os! . corre a mesa de Cícero e !ega outro !a!el.gico ontem.7NENA 0 N. tioM ..Cícero distri+ui !a!el e l4!is !ara as crianças" 8S87:/ 0 'abem qual o dia que mais gostoM .s fomos no Jardim [ool. tio! . eu dei o voc%s irem! Agora.(aniel volta = cela de %oana. tioM 8S87:/ 0 &omingo! 'abem por qu%M $orque 4s vezes voc%s dei am de ir no zool.7NEN/ 0 Aual. tio! 8S87:/ 0 Ainda bem! &esen#em sem fazer barul#o! / doutor est" numa das celas! 7le não pode perceber que estão aqui! . %oana vai se trans&ormando de uma !er&eita religiosa em uma mul'er !rovocante. desen#em e não façam barul#o! As tr2s crianças deitam/se no c'ão e começam a desen'ar. #" pessoas que rezam em lugares piores! F diante dele que o pão seco e o caldo ralo da sopa se transformam em e peri%ncia litGrgica! &ANE79 0 Doc% não sabe o que dizU J/ANA 0 F com a sobra da sopa de ab. respeite seu T2 .neo de ferroM &ANE79 0 $oderia ter um altar verdadeiro se cooperasse! J/ANA ] 8ooperasse. pessoas rezam pela paz! pelo fim do sofrimento!!! porque onde o #omem não est" sofrendo ou sendo perseguidoM Ho5e não é domingoM /u 5" perdi a noção do tempo neste subterr. a agul#a e a lin#a! $recisava bordar uma toal#a para ele! Ol'a a !rivada" 7le est" sobre uma privada entupida e mal>c#eirosa. comoM &ANE79 0 Admitindo pelo menos uma das acusaç+es! J/ANA 0 Não posso admitir mentiras! 'ou uma freira! &ANE79 0 $rritado" &ei e distoU Doc% não é mais uma freira! J/ANA 0 'ou mais do que nunca! &ANE79 0 JoanaU Den#a aquiU Doc% é min#a! J/ANA 0 &ei e>meU 'e não consegue me respeitar como religiosa.erena" Arrumando meu altar! &A NE 79 0 AltarMU J/ANA 0 F! &ANE79 0 =oi para isto que pediu a t"buaM J/ANA 0 7 o pano.as e este o meu sacr"rio! &ANE79 0 Doc% reza diante distoMU J/ANA 0 :ezo! No mundo de #o5e.bora de s"bado que celebro min#a liturgia! 7 neste momento me lembro que no mundo inteiro. eu sei! .&ANE79 0 Aue est" fazendoM J/ANA 0 . o açoite!” &ANE 79 0 Dou mandar apagar essas besteiras! J/ANA 0 J" decorei quase todasU Justamente quando mais impura me sinto. mas ao mesmo tempo. pela primeira vez.fil#o! &ANE79 0 $or que não age como qualquer mul#erM J/ANA 0 $orque não sou uma mul#er qualquer! &ANE79 0 Doc% não é uma religiosa! 'abe muito bem como se entregou a mim!!! gemendo de prazer! J/ANA 0 7stou como o poeta que passou por esta cela e escreveu nas paredes! &ANE79 0 7screveu o qu%M J/ANA 0 A!onta" De5aU 72" “?rago as mãos enegrecidas pelo vento podre dos por+es. terrível" TX . imo mais do que a mim mesmaM .s dois! J/ANA 0 Mais !rovocante ainda" 'ou uma freira! &ANE79 0 Ima mul#er gr"vida não pode ser freira! Admita sua culpa e tudo ficar" f"cil! J/ANA 0 8ulpa de qu%M &e amar o pr. o riso das algemas. é que começo a perceber o que é sagrado! 'ou uma mul#er de quem todos devem se afastar com #orror. se 5" foi min#a tantas vezesM J/ANA 0 Meio !rovocante" $orque seu ol#ar lembra os ol#os de um agonizante! &ANE79 0 JoanaU Admita sua culpa e darei 5eito no seu processo Den#a comigo para o mundo e se5a min#a mul#er! 7u arran5o um apartamento para n. a fagul#a dos dínamos. sou digna de respeito! &ANE79 0 JoanaU J/ANA 0 NãoU &ei e>meU &ANE79 0 Meio ansioso" $or que voc% tem tanto medo de mim.ensual" &e dese5ar até mesmo o meu torturadorM (e re!ente. como um animal. Miguel grita e !ronuncia !alavras descone5as. o taman#o para todos os sofrimentos! DemU =ique nu diante de mim. seu se oU &ANE79 0 Não fale assimU Doc% não é a Jupira! J/ANA 0 Atin5a a perfeição da maldade!!! s. arautos de um sistema que oprime.Os dois caem no c'ão As lu0es a+ai5am e tornam a su+ir. %oana est4 de #oel'os diante de seu altar.Revela em seus movimentos. assim eu poderei atingir a perfeição do martírio! DemU $enetre>me com todas as maldades do mundo! fil#as do prazer e da lu GriaU %oana re+ola. como 5" fiquei diante de voc%! . sensual. ser uma grande !assista Miguel. se atira contra as !aredes da cela. pode vencer pela viol%ncia. diante de (aniel" &ANE79 0 Aue é istoM 7st" loucaM J/ANA 0 Jupira me ensinou! &ANE79 0 Não faça istoU J/ANA 0 $or que nãoM 7sta é a mul#er que descobriu embai o do #"bito! / que est" esperandoM Doc% s.as este é o Gnico camin#oU!!! que pode me libertar para a lutaU 3nquanto vemos %oana re0ando e os so+rin'os de Cícero desen'ando. canta um sam+a.uando a cela . magní&ica. lA+rica.%u!ira dança &reneticamente.3nquanto se atira. iluminam/se as celas de %u!ira e de Miguel. c'eio de dese#o.Doc% é belo como o dem<nioU 7le toma mesmo todas as formas! Doc% tem a perfeição da maldade. degrada e #umil#a seus fil#os no mundoU!!! como estou #umil#ada e degradada agora! . que nunca fiz. a+raça %oana. e eu também! =oi voc% mesmo quem ensinou! 'e um dia sair daqui. iluminada novamente.ostre seu corpo.eu &eusU &ai>me paci%ncia. porque é de paci%ncia que preciso! $aci%ncia para vencer a viol%ncia.^ J/ANA 0 . mas que agora ve5o que é necess"rio fazer! Bela. (aniel est4 deitado no c'ão e dorme !ro&undamente. dobrar os dem<nios. &icando iluminada a!enas a sala de CíceroV) .3ste.3nquanto dança..As celas de %u!ira e Miguel desa!arecem. vou fazer aquilo de que me acusa. %oana solta os ca+elos e e5!:e seu cor!o diante de (aniel. revelando sua solidão e deses!ero. tioM 8S87:/ 0 Auando vão no zool.uas vo0es.7NENA 0 &eus me livre! 8S87:/ 0 7ntão! F a mesma coisa! .7NEN/ 0 $or que. tioM 8S87:/ 0 Im #omem muito ruim! .7NENA 0 Aue bom.7NENA 0 Lom dia! !J/ANA 0 8omo é que voc% se c#amaM V1 .Brincando.gico. meus bic#in#osM .7NENA 0 8omo c#amaM 8S87:/ 0 .iguel! ..*4 qualquer coisa de maternal em sua e5!ressão-" J/ANA 0 Lom dia! .%oana o+serva as crianças e sorri carin'osa. gritos e risadas in&antis dão uma nota insólita a !risão som+riaA garotin'a menor leva o seu desen'o.7NEN/ 0 A gente não c#ega perto! DamosU As crianças saem e correm entre as celas.orri amoroso" J" acabaram os desen#os. que bomU 8S87:/ 0 .7NEN/ 0 Auem est" l". tio! .7NEN/ 0 $odemos brincar nas celasM 8S87:/ 0 Agora podem / delegado saiu! .7NENA 0 7u 5". +rincando de !egador.8E87:/ 0 . ela se a!ro5ima da cela de %oana.as não c#eguem perto da cela quatro! /uviramM . voc%s se apro imam da 5aula do leão ou do tigreM . não tem sol! ?en#o muita saudade dele! .7NENA 0 Doc% não come criança.7NENA 0 Doc% não merece! J/ANA 0 Ac#a que nãoM V3 .7NENA 0 / tio disse que é perigoso! J/ANA 0 $erigoso por qu%M .ais ou menos! &evia ter uma "rvore.7NENA 0 &aniela! J/ANA 0 &anielaM Aue nome bonitoU .7NENA 0 .7NENA 0 / tio disse que voc% é comunista e que comunista come criança! J/ANA 0 Não sou nem nunca fui comunista! Aue é istoM .7NENA 0 Nem podia ter! J/ANA 0 $or que nãoM .7NENA 0 7u não gosto! $refiro 7laine 8ristina! J/ANA 0 8#egue mais perto! . mas não tem! No meu desen#o tem! J/ANA 0 7stou vendo! A min#a devia ter um 5ardim.7NENA 0 A!ro5ima/se" .7NENA 0 $or qu%M J/ANA 0 Wosto muito de criança e voc% é linda! . onde estou morando. comeM J/ANA 0 8laro que não! ..eu desen#o! J/ANA 0 . mas também não tem! / sol que voc% fez é muito bonito! Aqui.ostre para mim! Pega o desen'o" F sua casaM 7la é assimM . &anielaM DamosU 7ntrega o desen#o da min#a sobrin#a! J/ANA 0 A#U F voc% o tioU '. divertido.3nquanto dança.gico! 'e tivesse um pedaço de pau eu tin#a cutucado ele.Cícero &ica vigiando. se disse isto.Cícero ri..orri" Ainda bem que não tin#a! .eu &eus! $on#a um #omem na min#a cela! $ode ser até este puto do carcereiro! Aualquer um! Ao mesmo tem!o ilumina/se a cela de Miguel. iluminada.3la arranca a rou!a e nua continua sua dança.7NENA 0 Ac#o! Doc% quer fazer mal pro c#efe do meu tio! J/ANA 0 /l#e bem pra mimU Ac#a que eu seria capaz de fazer o malM .eus grito.7NENA 0 F o que o sen#or falouM .3le continua se atirando contra as !aredes e gritando.As crianças correm entre as celas.7NEN/ 0 $arece aquele bic#o que a gente viu no zool. tio! 8S87:/ 0 . agora.As crianças c'egam correndo-" . atingindo um verdadeiro &renesi. lem+ram uivos de um animal.7NENA 0 Ac#o! Wente ruim deve ficar na cadeia e sem sol! =oi o que o meu tio disse! 7le é muito bom e.7NENA 0 7 um #omem batendo a cabeça na parede! . ou feito coisa pior! V( . podia ser! 8S87:/ 0 D" brincar com seus irmãos! A garotin'a sai correndo.A cela de %u!ira . é porque é verdade! Cícero entra e !u5a a so+rin'a de !erto de %oana" 8S87:/ 0 Não disse pra não c#egar perto.7NEN/ 0 ?ioU ?em uma mul#er pelada dançando! ..7NEN/ 0 $or qu%M 8S87:/ 0 7le teria mac#ucado voc%. a!arecendo em todo o cen4rio. grita-" JI$E:A 0 7u quero #omem! 7u preciso de um #omem! . 7NENA 0 Late. vamos l"! Late nele pra gente ver! . tioU 8S87:/ 0 Agora. se quiser! .7NENA 0 $elada parece a macaca do zool. não! 8#ega! NE9NEN/ 0 7ntão.7NEN/ 0 Late nela.gico! 8S87:/ 0 F o que são.7NEN/ 0 Auero ver como é! Nunca vi bater em gente grande! J/ANA 0 'aia daqui com seus monstrin#osU J" revelaram o que vão ser aman#ã! (e re!ente" 7spere aíU Dou dar a eles uma lição! 8S87:/ 0 @enso" Aue liçãoM J/ANA 0 Começa a tirar a rou!a" Ima lição de anatomia #umana. revoltada" F assim que criam e ensinam suas criançasM 8S87:/ 0 8ala a bocaU J/ANA 0 'ão seres #umanos. sobre coisas feias! V* .7NEN/ 0 7ntão.gicoU J/ANA 0 >rita. tioU LateU J/ANA 0 $odem ser bic#os!!! porque são crias do que voc% representa. sofredores.bic#osU 7 cala a boca.. senão é voc% que apan#a! .7NENA 0 / sen#or pode bater neleM 8S87:/ 0 $osso. bate nela! 7la t" peladaU!!! mostrando coisa feiaU . fil#o da putaU Doc%s fedem mais do que aquela privada entupidaU 8E87:/ 0 7 mente que é freiraU =reira não fala palavrão! J/ANA 0 Até 8risto falaria diante disto! . bate. tioU LateU . não bic#os do zool.7NENA 0 Late nela. (aniel se volta !ara Marina.A:ENA 0 8laro! 'empre se casam no final da novela! Acaba tudo bem! &ANE79 0 Não me refiro a isto! . !resta atenção." J/ANA 0 De5amU 7sse é o corpo #umano!!!com pés para camin#ar e não para agredir. voltando a si. a+rindo ligeiramente os +raços. um se o para dar a vida e não para corromper!!! e a cabeça onde est" o cérebro. 3la &ica imóvel. . nem tem coisas feias! 8E87:/ 0 Não se atrevaU As crianças se a!ro5imam.eu rosto é uma mascara de tormento-" &ANE79! 0 'er" que eles casam. mãos para trabal#ar e não para torturar.arinaM . nunca mais estar"s sozin#o!” Com determinação" Nunca mais estar"s sozin#oU Murmura" Agora eu sei que não vou estarU 3nquanto %oana di0 sua Altima &rase.Cícero sai atr4s. e5!ondo o cor!o.A:ENA 0 A quem.. ilumina/se a sala da casa de (aniel. a protestar!!! 8S87:/ 0 Pu5ando os so+rin'os" 7la é a pior de todos porque é loucaU Damos embora! :"pido!U As crianças saem correndo e desa!arecem. não !erce+endo nada do que se !assa no vídeo. com seios para alimentar e não para deboc#ar. de c#agas.(e re!ente. acaricia a !arede com as mãos" “As mãos sedentas de gritos. entãoM &ANE79 0 /s padres e freiras que abandonam a igre5aM VR .rgão que ensina a pensar. boca para educar e não para acusar. &a0endo tric<.%oana encosta/se = !aredeJ/ANA 0 3nquanto &ala.ó Marina.%oana se coloca diante delas quase nua e &ala com naturalidade. . sem &a0er nen'um gesto !ara indicar. ol#os para observar e não para espreitar. mas !erdido em si mesmo. de pris+es.rio da treva! .as não est"s sozin#o.8E87:/ 0 )urioso" Aue quer dizerM J/ANA 0 $recisam aprender que o ser #umano não é bic#o.3le est4 diante da televisão. arrastam teu corpo ao territ. curiosas. pode trepar pior que uma vagabunda..A:ENA 0 ?ambém não ve5o! .as nunca ouvi falar que uma freira ten#a se casado! &ANE79 0 F mul#er como outra qualquer! 'e sai para o mundo é porque est" querendo #omem! WarantoU . elas também! Não ve5o qual a diferença! .A:ENA 0 Doc% anda grosseiro comigo! Aue foiM &ANE79 0 Não foi nada.A:ENA 0 7ste assunto novamente. nunca ouvi dizer! &ANE79 0 Meio irritado" 'e eles casam. .arina! Doc% é que est" com a sensibilidade " flor da pele! .A:ENA 0 $or que anda tão preocupado com freiras e padresM H" dois meses que não fala em outra coisa! &ANE79! 0 $orque não são diferentes dos outros! &ebai o da batina e do #"bito!!! é #omem e mul#er que e iste! 7u ainda vou provar a voc% que uma VT . &anielU &ANE79 0 Meio violento" 'e é freira é freira! 7 é porque quis ser! 'e abandona a igre5a é porque est" querendo saber!!! o que é ter um #omem entre as pernas! Não um #omem qualquer! Im mac#o que sabe fazer o serviço! . &anMU Até parece uma obsessão! &ANE79 0 8asam ou não casamM .A:ENA 0 . nas favelas! &ANE79 0 Retesado" 8onversaU 'e um #omem pegar uma a força e levar para cama.uitos padres se casaram! =reira. virar mul#er>c#upetaU $rre&etidamente" 8oisa que voc% nunca foi comigo! .A:ENA 0 C'ocada" Aue linguagem.A:ENA 0 Não se5a maldoso! $ode ser por outro motivo! J" ouvi dizer que muitas saíram para trabal#ar entre os pobres.A:ENA 0 $or que est" bravoM 7stamos apenas conversandoU &ANE79 0 Não estou bravo coisa nen#uma! . as eu digo pra voc%.A:ENA 0 Magoada" &anielU &ANE79 0 35!lode" D% se não me enc#e com suas insinuaç+es! .uma freira solta no mundo é mul#er como outra qualquer! 7 pode ser até mais ordin"ria do que uma puta! . concentrado em si mesmo. oraU .A:ENA 0 (escon&iada" Doc%s prenderam alguém da igre5aM &ANE79 0 Não! 8laro que não! .$lumina/se a cela de Miguel.A:ENA 0 7 que se5aU / que isto pode nos afetarM &ANE79 0 7m nada. isto! :eprimir a subversão não é nada f"cil! A noite. amedrontada-" &ANE79 0 )urioso" Não se atreva a falar comigo assim! (aniel se volta e sai.A:ENA 0 7 daiM Aue importa istoM &ANE79 0 'ou um #omem da lei e preciso desconfiar de todos! '.freira pode casar!!! ou até amigar! . brota corno erva danin#a! 7les são capazes de tudo. todos os gatos são pardos! Bate na ca+eça" 'ubversão é idéia que se esconde aqui! Auando voc% pensa que e terminou.A:ENA 0 7spero que não ten#a aprendido a ser criminoso também! (aniel d4 uma +o&etada em Marina.A:ENA 0 )erida" 7sta maneira de falar voc% aprendeu na prisãoM &ANE79 0 Aprendi! 7 daíM .Cícero entra e o+serva Miguel-" 8S87:/ 0 .Marina esconde o rosto nas mãos e começa a soluçar.A:ENA 0 $ois est" parecendo que pode! &ANE79 0 ?s!ero" Não diga asneiras! .3sta encol'e/se.3le esta sentado num canto.iguelU VV . até de usar batina ou #"bito! . mesmoM .EWI79 0 Não quero conversa! 8S87:/ 0 Wostou de ter ido na cela da =reiraM .EWI79 0 Meio retesado" &efender do qu%M 8E87:/ 0 9embra que eu disse que alguém est" apai onado por elaM .EWI79 0 .orri in&antil" $assou a mão na min#a cabeça! Nunca ninguém fez isto comigo! '..EWI79 0 ?en#o ficado quieto! 8S87:/ 0 7u sei! Doc% voltou por causa dela.EWI79 0 Aueria ter uma mãe!!! como ela! 8S87:/ 0 Ca!cioso" 7la tem sofrido muito! =ica sozin#a na cela e precisa de muita força pra se defender! ?em dia que quase não ag6enta! . não foiM .EWI79 0 Auem est" fazendo ela sofrerM 8E87:/ 0 $nsinua" 'ei do que é capaz um delegado! V2 . levei porradaU 8E87:/ 0 Mente" 7u não gostava dela.EWI79 0 F! 8E87:/ 0 $or queM .EWI79 0 Ansioso" Dai me levar l" outra vezM 8S87:/ 0 F prov"vel! .EWI79 0 N7evanta/se meio ansioso" 8S87:/ 0 7la tratou voc% com carin#o.EWI79 0 @enso" AuemM 8S87:/ 0 ?ambém 5" estive numa cela e sei o que um preso sofre! Ainda mais uma mul#er! . não . mas agora gosto muito! . contrai o cor!o como se &osse saltar !ara matar-" 8S87:/ 0 . EWI79 0 &ei a eu ir na cela da freira! $or favor! 8E87:/ 0 Aman#ã.orri maligno" Ys vezes!!! ac#o que merece mesmo morrer! Retesado" 7le pensa que vai me mandar para o presídio.EWI79 0 NuaMU 8S87:/ 0 Nuazin#a! $or isto est" com uma puta tesão por ela! .EWI79 0 &ei a mesmoM 8S87:/ 0 &ou min#a palavra! Aman#ã ou outro dia qualquer! $nsinua" .EWI79 0 Concentrado" 7u mato!!! eu mato eleU 8S87:/ 0 . quando for levar voc% pra tomar sol.as se o delegado &aniel estiver l". mas é uma mul#er muito bonita! Alguém est" querendo trepar com ela! .EWI79 0 Passado" ?reparMU Numa freiraMU 8S87:/ 0 $ra voc% ver do que .EWI79 0 Auem est" querendo istoM 8E87:/ 0 / delegado &aniel! Miguel &ec'a os !un'os.EWI79 0 &iga logo quemU 8S87:/ 0 Joana é freira.as!!! não é o que t" querendo fazer mal pra elaMU 8S87:/ 0 F VX . mas est" muito enganado! .as ela é valente! :esiste como uma verdadeira santa! 'abe o que ele &e0 para torturar essa coitadaM Aue é uma freiraM .. eu dei o falar com ela! . não entre! .andou arrancar sua roupa e a interrogou completamente nua! . capaz um su5eito mau! .EWI79 0 . eu acabo com ele! 8S87:/ 0 $nsinua" '.. que v2m de todos os lados.irmã Joana de Jesus 8rucificado é inocente! D/[ 0 (e mul'er" 7 meu fil#o que ela desencamin#ou 5ogando na subversãoM &ANE79 0 J" esclareci isto! 'eu fil#o acusou>a porque foi reprovado! D/[ 0 7 os documentos que mandou para o estrangeiroM &ANE79 0 . mul'eres e crianças.%oana acom!an'a a cena &a0endo gin4stica e sorrindo com determinação-" D/[ 0 Aue foi que disseM &ANE79 0 Aue não ten#o mais dGvidas.7E/' que usou para tentar lev">la 4 confissão! &ANE79 0 ?odos os meios são v"lidos quando se trata de dobrar agitadores 2) .(aniel est4 so0in'o no meio da sala e res!onde =s VOJ3.7ogo em seguida.(urante a cena ouvem/se.andou documentos religiosos! F uma freiraU D/[ 0 (e mul'er" 'abemos muito bem o que se passou na prisãoU &ANE79 0 Aue quer dizerM D/[ 0 7stamos informados de tudo. ilumina/se a sala de interrogatório.(aniel !arece acuado. f"cil! .as ele é perigoso! 7strela a testa de um su5eito f"cil.Vo0es de 'omens.$lumina/se a cela de %oana. !assos e conversas de muitas !essoas. a+a&ar a vo0 de (aniel.EWI79 0 )Aria concentrada" 'e tivé l".Os sons dos lutadores de 1arat2 e os latidos dos cães !oliciais dominam tudo no &inal.3la est4 &a0endo gin4stica com energia do+rada.EWI79 0 &ragãoU Cícero sorri e sai.3sses ruídos devem &a0er &undo a cena e vão num crescendo at. dos .EWI79 0 7ntão! 8E87:/ 0 . mesmo assim ela ficar" livre daquele!!! . indistintamente. prio corpo! 8aiu na armadil#a dela! &ANE79 0 $ensei que como é freira!!! esta seria a pior tortura! D/[ 0 =reira que vive no mundo é mul#er como outra qualquer! D/[ 0 =reira vive nos conventos e nas igre5as! D/[ 0 F uma mul#er e est" dobrando voc%! D/[ 0 9eve>a na represaU A "gua apaga todos os vestígios! &ANE79 0 Esto nãoU Não possoU 21 . se voc%s não cumprem com o deverM D/[ 0 $odemos multiplicar os guardas e assim mesmo nossas casas serão invadidas! &ANE79 8 (eses!erado" AcreditemU Nada dobra essa mul#er porque é inocente! D/[ 0 'er" que nãoM D/[ 0 7m vez de empregar a tortura.perigosos! 7sses meios 5" foram empregados e deram resultado! Não consegui agora porque ela não tem nada a confessar! D/[ 0 (e mul'er" Doc% é pago para nos defender! D/[ 0 $ara defender a sociedade! D/[ 0 (e mul'er" &efender nossas famílias! D/[ 0 (e mul'er" Nossos fil#os! D/[ 0 (e criança" A mul#er tava pelada e dançavaU D/[ 0 Aueremos dormir em paz! D/[ 0 (e criança" &ançava mostrando coisa feiaU D/[ 0 Aue adiantam os muros em volta das casas. o que foi que empregouM D/[ 0 'eu pr. ilumina/se a cela de %u!ira e de Miguel.3nquanto canta. 7 sobreviveremos $ara o aman#ã que vir"! Não importa o cerrar da boca. Miguel e Cícero ouvem a vo0 de %oana que invade toda a !risão-" J/ANA 0 Canta" F preciso sobreviver.D/[ 0 $recisa poder! D/[ 0F seu dever! &ANE79 0 .erena" 7st" escrito aí! 8E87:/ 0 Ai.as isto eu não faço! D/[ > Doc% s. ouvindo o +arul'o dos e5ercícios de 1arat2%oana começa a cantar.Pouco a !ouco eleva a vo0. ondeM 23 . pensa em deitar com esta mul#erU D/[ > &iga se não e verdadeU D/[ 0 &igaU O +arul'o do 1arat2 e dos cães a+a&am as vo0es.%oana senta/se e começa a +ordar uma &ron'a.(e ve0 em quando ol'a !ara cima. #o5e proibidoU F preciso sobreviver! $ara o aman#ã que vir"! Cícero interrom!e o canto a+rindo a cela" 8S87:/ 0 Aue musica e estaM J/ANA 0 .%u!ira. ou que a voz camin#e incerta na garganta dolorida! se aman#ã o protesto sair" da boca de mil#+es! =icou a crença no aman#ã. e começou a cantar! F preciso dar um 5eito nela! Dinte dias na solit"ria vai quebrar esta mul#er! &ANE79 0 $nsinua" F mel#or aplicar a f..J/ANA 0 Na parede! 9eiaU 8S87:/ 0 Não vou ler coisa nen#uma! =oi aquele poeta fil#o da puta que esteve aqui! J/ANA 0 Retesada" =il#o da puta e voc%! 8S87:/ 0 =rou oU Não ag6entou e se atirou do terceiro andar! J/ANA 0 /u foi atiradoM 8E87:/ 0 8om um pano mol#ado vou apagar toda esta merda! J/ANA 0 Não adianta! J" est" escrito na alma. Cícero se a!ro5ima e &ica o+servando.(e re!ente. na carne e no sangue! 8E87:/ 0 Dou mostrar se adianta ou não adianta! Cícero sai %oana continua +ordando e sorri. coisa rabiscada por aquele poetin#a. (aniel tam+.rmula (! 8S87:/ 0 Maravil'ado" Esto mesmoU 8omo não pensei nisto! Amedrontar com a "gua da represa! &ANE79! 0 F o que vou fazer! A noite volto para lev">la! (aniel sai.m entra.(urante a cena.Cícero &ica ol'ando descon&iado.%oana continua +ordando(aniel se a!ro5ima e a contem!la longamente. escondido-" &ANE79 0 A+re a !orta da cela" Aue est" fazendoM 2( .uando Cícero entra em sua sala. %oana se volta e encara (aniel. !ressentindo.Perce+e/se que (aniel !rocura dis&arçar sua agitação8S87:/ 0 F preciso fec#ar a boca desta mul#er! &ANE79 0 Aue foi que ela fezM 8S87:/ 0 7ncontrou uns escritos na parede da cela. agressiva" Aprendi nesta prisão o que deveria ter feito e que nunca fiz! Divia alienada.iguel me pediu! &isse que seu maior son#o é dormir numa fron#a bordada! &ANE79 0 'e pensa que isto vai fazer esquecer dos crimes que praticou. sem nen#uma acusação! 7u sou inocente! &ANE79! 0 Não percebe que est" seriamente ameaçadaM $rocure compreender! J/ANA 0 8ompreendo que eu não fiz nada! Auero sair daqui como entrei. não aconteciam. se tivesse dormido numa fron#a bordada! &ANE79 0 NMeio ansioso" JoanaU 7scuteU 7ncontrei um meio de tirar voc% daqui! 7 s. aplicar a f. não podiam acontecer! Ho5e. estarei admitindo uma culpa que não ten#o! &ANE79 0 $ense em seu fil#o! J/ANA 0 F porque penso nele que não posso confessar o que não fiz! =ui presa sem nen#uma culpa! (e re!ente.rmula (!M &ANE79 0 9evamos o prisioneiro na represa e ameaçamos afog">lo! J/ANA 0 A imaginação de voc%s não tem limites. sou um produto da sua viol%ncia! Cícero se a!ro5ima e se esconde. o+servando-" &ANE79 0 Meio a&lito" =ale bai oU As paredes escutamU 2* .J/ANA 0 Lordando uma fron#a! . quando se trata de matar! &ANE79 0 Y noite eu levo voc% e poder" fugir! &igo que me irritou demais e que atirei voc% na "gua! J/ANA 0 )irme" Não faço isto! &ANE79 0 Doc% se esconde! &epois darei um 5eito para que saia do país! J/ANA 0 '.rmula (! J/ANA 0 7 o que é e atamente a f. est" muito enganado! J/ANA 0 7le nem tem consci%ncia deles! ?alvez não tivesse praticado nen#um. mentindo a mim mesma que os #orrores que acontecem aqui.dona de mim mesma! Não pretendo viver como fugitiva! 'e fizer isto. sairei daqui livre. além do qual é preferível a morte! Doc%s sabem matar de muitas maneiras!!! até pelo suicídioU &ANE79 0 @enso" 7stou começando a compreenderU J/ANA 0 Doc% sabe torturar. me bei5ou. violentada em nome de uma intoler. encostando/se = !arede. nem mesmo matando os que pensam! &ANE79 > &urioso" Doc% 5" o con#eciaU 7ra seu compan#eiro de subversão. sabe matar. gemeu!!! dese5ando>me como #omem! 7 ainda me dese5a! &iga que dese5aU @riun&ante. me acariciou. não eraM J/ANA 0 Não! 8on#eci aqui! =elizmente! &AN179 0 7le est" morto e voc% vai ser min#a! J/ANA 0 7u posso ser torturada. (aniel cai de #oel'os.u+itamente.ncia ab5eta! .as não ouse pensar que compartil#aria de sua vida! .(aniel !ermanece de #oel'os-" 2R . %oana se a&asta.J/ANA 0 $ois que escutemU &ANE79 0 7stou apenas tentando salvar voc%! J/ANA 0 $ara saciar seu instinto animal! 7u vou me salvar para o mundo! 7stas paredes me indicaram o camin#o! &ANE79 0 Dou mandar pintar esta merdaU J/ANA 0 Não adianta mais! $elo menos para mim Bate na ca+eça" 7st" tudo gravado aqui! &ANE79 0 $oetin#a de merda que não ag6entou o tranco e se matou! J/ANA 0 7 por que deveria ag6entarM H" um limite para cada um. a+raça as !ernas de %oana e en&ia o rosto em seu se5o. mas #" #omens que sabem pensar! Doc% não pode destruir a idéia. !risioneiro-" &ANE79 0 =oi voc% quem me fez pensar nisto! 7m todas as vezes que se entregou. #umil#ada. intoc"velU &ANE79 0 Doc% dese5a a min#a morte. não tive sensação nen#uma! 7ra apenas a tortura que se prolongava! $ode a $ode afirmar agora que o fil#o é seuM (esa&iante" F meu! 'omente meuU (escontrolado.ncia.Cícero sai correndo-" J/ANA > .(aniel domina %oana e começa a +ei#4/la. (aniel agarra %oana. não torturava os vivosU A tortura é fil#a da mente em decomposiçãoU &ANE79 0 Doc% sabe que estou vivo porque traz um fil#o meu! 7st" presa em mim para sempre! J/ANA > (e re!ente" Naquele dia recebi não sei quantos! &ANE79 0 N 7evanta/se" Aue est" dizendoM J/ANA 0 'aiu da sala e se esqueceu de que voc% e seus #omens são iguais! 8om as pernas abertas como me dei ou.Com um salto Miguel agarra (anie$ e em !ouco tem!o o estrangula. não éM J/ANA 0 Doc% 5" est" morto! 'e não estivesse.Cícero !u5a Miguel at. da vergon#a.Cícero corre !ara a cela de Miguel.evera" $or que fez istoM . a &rente da cela de %oana e mostra a cena.J/ANA 0 Assim como Jupira usa o corpo para sobreviver. a min#a consci%ncia! 7 esta continua limpa. soltando/o. eu usei o meu! 7u disse que ele não tem import.EWI79 0 (esorientado" 7le!!! ele!!! J/ANA > 7u sei me defender! 8omo c#egou até aquiM . como estou agora viva para a vida! &ANE79 0 Possesso " &iga que isto é mentiraU J/ANA 0 8om voc% ainda tive a sensação da dor. da #umil#ação! 8om eles. com elas abertas continuei! 7les apenas entraram!!! e se debruçaram sobre mim com membros da mesma #idra! Não representou nada para mim! 7u estava morta para a morte.EWI79 0 / outro!!! disse que ia me levar pra tomar sol! 8ontou também que o 2T . s. orri in&antil" . 0 $ara n.3la .7.EWI79 0 J" fui preso tanto sem saber porqu%! Agora.in#a mãeU Miguel sai. danificou. esconde o rosto na &ron'a e começa a soluçar. sincera na sua dor.delegado queria!!! queria!!! não me lembro de nada! J/ANA 0 F agora que voc% vai sofrerU .s também foi uma terrível perda! &ei ou um grande vazio! 2V .Cícero e dois 'omens entram correndo-" 8E87:/ 0 Den#a aqui. mas não maltratem! F uma criança infeliz que não tem noção do que faz!! Hm dos 'omens sai levando Miguel. tudo ficava tão frio! 7ra ele quem dava calor #umano a esta casa! 7 agora!!!U 8omo posso viver sem eleU H/.A:ENA 0 3n5ugando as l4grimas" Não posso me conformar! F muito doloroso pra mim H/. estuprou. maravil'ado admira a &ron'a.Antes de sair.Cícero e o outro 'omem carregam o cor!o de (aniel%oana a#oel'a/se diante de seu altar e começa a re0ar.Marina est4 de luto &ec'ado e com e5!ressão so&redora. ele se volta e ol'a %oana com ansiedade.7.A:ENA 0 Auando &an se ausentava por uma semana. agrediu!!! e agora assassinou! J/ANA 0 9evem preso.Hm 'omem +em vestido e de maneiras distintas anda !ela sala.(e re!ente.atei um dragãoU J/ANA 0 3ntrega a &ron'a" 7sconda na camisa! =iz pra voc%! F sua! Miguel.EWI79 0 6um murmArio" .$lumina/se a sala da casa de (aniel. consolando/a" . 0 7u compreendo! . eu seiU . assassino! J/ANA 0 7le não sabe o que fez! 8E87:/ 0 'abe muito bem! J" roubou. .A:ENA 0 Nossa vida não foi nada f"cil! .oramos em lugares #orríveis no começo da carreira dele! Divi sentindo medo de que acontecesse alguma coisa! ', andava atr"s de criminosos, caçando subversivos, envolvido com gente perigosa!!! mas voltava pra mim! 7 quando c#egava, por mais tarde que fosse, tin#a um gesto de carin#o comigo! H/.7. 0 $orque p<s o dever acima de tudo é que fez carreira r"pida e bril#ante! 9utou sempre pela ordem e pela 5ustiça! 'e foi vítima de um marginal é porque estava desprevenido, sem sua arma! 7ra leal, compreensivo e paciente com os presos! Não podia pensar que um deles o odiasse tanto! Divo ou morto, é motivo de orgul#o para a sen#ora e seus fil#os! .A:ENA 0 7le nunca falava do trabal#o! Não gostava de conversar sobre o que fazia! H/.7. 0 Nunca soube nada do trabal#o deleM .A:ENA 0 ', o que os 5ornais noticiavam! ,orri amorosaO 7le ac#ava que nossa casa era uma il#a que não devia ser contaminada! Amava profundamente os fil#os e não queria que eles e eu f<ssemos tocados por coisas su5as e criminosas! H/.7. > Esto prova sua integridade! .A:ENA > 8omo era eleM H/.7. 0 No trabal#oM 7ra um delegado cora5oso, implac"vel e eficiente! 'ubversivos, marginais, todos que não respeitavam a lei, tin#am pavor dele! As autoridades o respeitavam e os criminosos da pior espécie o temiam! .A:ENA 0 Contendo as l4grimas" 7 aqui!!! era religioso, bom c#efe de família, pai afetuoso 0 estava muito preocupado com as liç+es de matem"tica do fil#o e com a gravidez da fil#a! H/.7. 0 7 caiu vítima de um monstroU .A:ENA 0 Retesada" Aue devia ser mortoU H/.7. 0 7st" seriamente ameaçado! 7les não perdoam o criminoso que mata um delegado! 22 .A:ENA 0 $ois é o que merece! $ra que serve um su5eito assim! $ra continuar matandoM H/.7. 0 'e não morrer, vai ficar o resto da vida na prisão! A sen#ora est" vingada! .A:ENA 0 Aue adianta, se nunca mais o meu querido &an vai voltar! Nunca maisU F tão difícil de aceitarU =oram dezenove anos de felicidadeU (e re!ente" .as ultimamente!!!U 'abe se ele prendeu algum padre ou freiraM 7specialmente freiraM H/.7. 0 Mente" Aue eu saiba não! .A:ENA 0 .as os 5ornais noticiaram que o marginal tentava violentar uma freira quando &aniel c#egou na cela! H/.7. 0 F uma presa que se diz freira, mas que não passa de subversiva escondida embai o de um #"bito! .A:ENA 0 Lem que &aniel disse que costumam fazer isto! &epois de tudo que fez e do que foi, pra mim s, resta o consolo de sua mem,riaU H/.7. 0 $ara n,s também! Ima de nossas salas ter" seu nome e seu retrato! .A:ENA 0 Angustiada" .as continuo sentindo sua presença de maneira quase física! Ac#o que a porta vai se abrir!!! ele entra, me abraça e meio atormentado diz- “7stou cansado! ', voc% consegue me aliviar de tudo que sou obrigado a fazer!” .as nunca dizia o que era! 7 4 noite, parecia que seu corpo ficava tomado por dem<nios! As vezes, c#eguei a sentir medo! H/.7. 0 3stran'a" =oi sempre assimMU .A:ENA 0 Não! IltimamenteU 7u tin#a a impressão de que ele tentava se esquecer de coisas sobre as quais não gostava de pensar! H/.7. 0 ,a+endo" 8ompreendo! .A:ENA 0 &epois de satisfeito!!! de repente ficava manso, carin#oso e adormecia nos meus braços! 7 agora!!!U (eses!erando>seO .eu &eusU A5ude>meU Marina começa a c'orar e ; con&ortada !elo *omem- $lumina/se a sala do convento, onde as &reiras estão reunidas-" 2X =:7E:A 0 Auem disse, madreM .A&:7 0 / sen#or Lispo acabou de telefonar! =:7E:A 0 =oi declarada inocenteM .A&:7 0 =oi! =elizmente para n,s! =:7E:A 0 7 a sen#ora vai permitir que ela volte pra c"M .A&:7 0 'e é inocente, não ve5o porque não permitir, irmã :os"rio! =:7E:A 0 'er" mesmo, madreM .A&:7 0 Aue quer dizerM =:7E:A 0 /nde #" fumaça #" sempre fogo! Alguma coisa ela deve ter feito! .A&:7 0 Não se descobriu nada! $ortanto é inocente! =:7E:A 0 Wraças a &eus nen#uma ameaça paira sobre nossa congregação! =:7E:A 0 Curiosa" $odemos pedir a ela que conte tudo que se passouM .A&:7 0 A curiosidade é pecado, irmã! =:7E:A 0 Maldosa" 'e ela viveu l" e não pecou, se é inocente!!! pode contar tudo que aconteceu, madre! .A&:7 0 'ua língua est" c#eia de veneno, irmã :os"rio! 'ua língua e sua alma! =:7E:A 0 F que vivia son#ando com o mundo l" fora! ?en#o curiosidade de saber se é o que ela esperava! .A&:7 0 'e não for, ela voltar" para o nosso meio! 7 ten#o certeza de que vai voltar! Nada aconteceu com irmã Joana! =elizmente não foi martirizada! Afinal, vivemos num pais civilizado! Nosso #omem tem bom coração! 'e é severo, 4s vezes, é porque o povo precisa trabal#ar e viver em paz! 7 devemos agradecer a &eus por isto! Nem devem acreditar em tudo que ela disser! Emaginação é o que nunca l#e faltou! Doc%s con#ecem irmã Joana e sabem que ela sempre foi meio revoltada, querendo consertar o mundo! Esto a &eus pertence! 8antem comigoU X) 0 Não foi apurado nada contra ela! F inocente! ?en#o mandato para solt">la! (e re!ente. !ermanece a#oel'ada diante do altar.Cícero continua vendo televisão.Hm canto religioso se eleva. recon'ecendo" Não .7.%oana.el#orU 9eve>me até ela! Cícero e o 'omem saem e c'egam diante da cela de %oana.7. !ro&undamente concentrada em si mesma.7.evero" Esto mesmo! ErmãU F uma freira e não devia falar assim! 8S87:/ 0 $or que quer saberM H/.%u!ira anda em sua cela como uma &era en#aulada. 0 F a Ermã Joana de Jesus 8rucificadoM J/ANA 0 Ol'a !ara &rente e &inge não ouvir-" H/.7. sem &a0er nen'um movimento-" H/.7.Cícero a+re a !orta e o 'omem entra.7. 0 F aqui que est" encarcerada a Ermã Joana de Jesus 8rucificadoM 8S87:/ 0 (e+oc'ando" ErmãU H/. voc% a testemun#a que prestou depoimento sobre o assassinato do delegado &anielM 8S87:/ > =ui eu mesmo! H/. 0 Res!eitoso" Nada se apurou contra a sen#ora! ?en#o mandato para solt">la! A sen#ora est" livre! J/ANA 0 Contendo/se" 9ivreM X1 . 0 :espondaU F a Ermã Joana de Jesus 8rucificadoM 8E87:/ 0 F ela mesma! Coc'ic'a" F meio louca! H/. 0 .7.As &reiras desa!arecem quando um 'omem entra na sala de Cícero. 0 .%oana continua a#oel'ada.9 o mesmo 'omem que a!arece consolando Marina-" H/. 0 'en#oraU 'en#oraU Não me ouveM J/ANA 0 3rgue/se e se volta com e5!ressão determinada-" H/.7. torturada.7. violentada!!! e tudo por um terrível enganoMU H/. 0 J" disse que se tratou de um terrível engano! J/ANA 0 =ui presa. 0 J" disse que nada se apurou contra a sen#ora! J/ANA 0 Absolutamente nadaM Nada de nadaM H/. se não são #omens e estão além das ferasM H/.as a que espécie voc%s pertencem.7.H/.7. ninguém vai acreditar! Dão dizer que sou louca. aqui não e istem #omens. 0 3stran'a" 'e #ouvesse alguma coisa não poderia solt">laU J/ANA 0 7 como se e plica a min#a prisãoM H/.7. 0 Não precisa levar nada! X3 . 0 Não ten#o nada com o que aconteceu! J/ANA 0 7u seiU No fim ninguém é respons"vel e tudo continua na mesma! /utro ser" preso. 0 ?udo não passou de um terrível engano! J/ANA 0 Dou sair para viver livreM H/. que isto não acontece aqui nem em parte alguma. s. é preciso ser #omem em primeiro lugar! .7.7.7.in#a casa é o mundo! H/. animais que devem ser tratados a c#icoteU 7 se contar l" fora o que se passa nestas celas. que o nosso povo é de muito boa índoleU!!! e por aí afora! $referem não acreditar para não se sentirem culpados .(e re!ente. receber" como resposta uma gargal#ada! /ra.7. torturado e solto sem culpa formada! ?udo por um terrível enganoU 7 se alguém perguntar pelos direitos #umanos. 0 Am4vel" Enfelizmente! J/ANA 0 $ara voc%s o ser #umano não significa nada! 7 por que deveria significarM $ara se respeitar um #omem. determinada" $osso sair agoraM H/. 0 Dim para buscar a sen#ora e lev">la em sua casa! /u prefere o conventoM $nsinua" 8reio que seria o mel#or!!! nesta situaçãoU J/ANA 0 Pega a t4+ua e a toal'a" . #umil#ada. 7. 0 Den#aU J/ANA 0 $ode me esperar l" em cimaM Auero ficar um minuto sozin#a nesta cela! H/.7.iguelMU H/. 0 $ncisivo" &e um marginal que invadiu sua cela! J/ANA 0 . > =oi.7. 0 9" fora e istem muitos altares e verdadeiros! J/ANA 0 . dizendo que nada de anormal aconteceu enquanto esteve aqui!!! entre a sen#ora e uma autoridade! J/ANA 0 Retesada" Nada anormalMU 7ntre outras coisas fui engravidadaU H/.J/ANA 0 $reciso! 'ei que vou armar meu altar em outros lugares! H/. 0 $or isto mesmo! A sen#ora é freira! J/ANA 0 Cortante" Aue devo dizerM Aue foi obra do 7spírito 'antoM H/.7. 0 Volta/se da !orta" A#U J" ia me esquecendo! Antes de sair precisa assinar uma declaração! J/ANA 0 3m guarda" Aue declaraçãoM Não fui considerada inocenteM H/.as este é o meu! H/.7. 0 &eve assinar uma declaração.7. quero me despedir! H/.7.7N 0 $ensei que quisesse sair imediatamenteU J/ANA 0 '.7. 0 Esto mesmo! A declaração 5" est" pronta! Nela fica esclarecido que o delegado &aniel foi assassinado quando tentava defend%>la! Volta/se !ara Cícero" Não foi istoM 8S87:/ 0 =oi! $resenciei tudo! X( . mas!!! J/ANA 0 .as o qu%M H/. é muito f"cil! J/ANA 0 7eva os +raços ao ventre num gesto de de&esa" H/.7. lentas gotas de aman#ã! F por isto que vou assinar a declaração! &escanse em pazU X* . sangrando nas sombras.7. 0 / que resolveM J/ANA 0 7 assim!!! aquele que foi monstro aqui dentro.orri descrente e su!erior" 9" fora. 0 Aual parede que é pra caiarM 8E87:/ 0 7stas aqui! Auero tudo limpin#o! O 'omem se volta e sal acom!an'ado !or Cícero. por e emplo. 0 . 7.J/ANA 0 Contendo sua &Aria" 7 se eu não assinarM H/.O outro 'omem começa a caiar a !arede.7.7.%oana ol'a e sorri-" J/ANA 0 Adeus. l" foraM H/. muito menos! J/ANA 0 Magní&ica" Aqui!!! um an5o fez 5ustiçaU 3ntra um 'omem tra0endo uma lata e uma +roc'a" H/.i. ninguém acredita mais em monstros! 7u a compreendoU A sen#ora é uma freira e isto faz parte da mitologia cristã! Nunca e istiram monstros! An5os 5usticeiros. 0 Derdade e mentira muitas vezes se confundem! &epende do lado em que se est"! 7m todo caso. vai se transformar em #er. poetaU Dou encontrar pessoas como voc% em muitos lugares! Não importa que apaguem seus versos! 7les vão surgir em novas paredes! 'ão como os nomes que não cicatrizam. do que de um monstro! Aprendi aqui que eles podem ser vencidos e destruídos! 9" fora também #" muitos!!! que precisam ter o mesmo fim! H/. 0 ?udoU $rovocar um aborto. 0 Não posso prever o futuro! $nsinua" ?udo pode acontecer! J/ANA 0 Retesada" ?udo o qu%M H/. desa!arecendo.7. a declaração est" pronta e deve assinar se quiser sair! J/ANA 0 Resoluta" 7u assino! $refiro mesmo dizer que o fil#o é do meu an5o salvador. #emM J/ANA 0 $rocure>me quando sair! JI$E:A 0 Passada" No conventoMU ?" loucaM J/ANA 0 Não é l" que vai me encontrar! JI$E:A 0 /ndeM J/ANA 0 Doc% ver"! JI$E:A 0 'e quiser fazer alguma coisa por mim!!! me manda um mac#o bem calibrado! . vo0es que v2m de outras celas.rios. acom!an'ada !or %oana.O coro se eleva cada ve0 mais.O am+iente !arece milagroso.tica.as bem calibrado mesmo! Aquele calibreU J/ANA 0 Acariciando/a atrav.Pouco a !ouco.As duas são !er&eitos !assistas. c'eio de mist.%oana sai e se a!ro5ima da cela de %u!ira-" J/ANA 0 Dou embora.s da grade" Adeus.%u!ira entra numa dança &ren.om+ras dançando surgem em todos os cantos.3la !4ra no meio das celas e a+re os +raços numa entrega total.A mAsica se trans&orma num sam+a com ritmo intenso. Jupira! JI$E:A 0 9ivreM 9ivrin#a da silvaM J/ANA 0 9ivre! JI$E:A 0 8onseguiu.. min#a boa amiga! JI$E:A 0 Comovida" 7#%%%U Não me faça c#orar! 7 não gosto de carin#o de mul#er! %oana se volta com resolução e sai. acom!an'am %oana. uma lu0 estran'a ilumina o cen4rio. ate que se &ec'a a cortina-" J/ANA 0 Canta" F preciso sobreviver XR .K medida que começa a cantar. se aman#ã o protesto sair" da boca de mil#+es! =icou a crença no aman#ã. #o5e proibidoU F preciso sobreviver. $ara o aman#ã que vir"U FECHA A CORTINA XT .7 sobreviveremos $ara o aman#ã que vir"! Não importa o cerrar da boca. ou que a voz camin#e incerta na garganta dolorida.
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