Curso de Ciências AtuariaisMANUAL DE ACOMPANHAMENTO DE AULA DA Disciplina ASPECTOS DE MICROECONOMIA 2º SEMESTRE DE 2010.II Manual de Acompanhamento de Aula Nº 001/2010 – Rev 0 – 13/07/2010 Conteúdo: Material a ser utilizado em sala de aula + cinco exercícios com um total de treze questões sobre a matéria, a serem resolvidos em casa pelo aluno(a). Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.:2de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3,0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. Campus: Sala: Sumário 1.1 - Introdução 1.2 - Conceitos Básicos 1.2.1- Conceito de Economia 1.3 - Origem do nome Economia 1.4 - Noções sobre a Evolução do Pensamento Econômico 1.5 - Divisão da Economia 1.6 - Os lados da Economia (real e monetário) 1.7 - Os sistemas econômicos 1.8 - As necessidades humanas ou econômicas 1.9 - Conceito e classificação dos bens e serviços 1.9.1 - Conceito 1.9.2 - Classificação 2.1 - Visão geral de uma Economia de mercado 2.2 - O problema econômico 2.2.1- Escassez 2.2.2 - Escolha 2.2.3 - Curva de possibilidade de produção 2.2.4 - Custo de oportunidade I - NOÇOES DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA II - FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO 3.1 - Introdução 3.2 - O mercado sob o enfoque do consumidor e do produtor 3.2.1 - Análise da demanda 3.2.2 - Análise da oferta 3.2.3 - Preços e quantidades de equilíbrio 3.2.3.1 - Mudança no ponto de equilíbrio 3.2.4 - Elasticidade 3.2.4.1 - Conceito e objetivo 3.2.4.2 - Elasticidade preço da demanda 3.2.4.3 - Elasticidade preço da oferta 3.2.5 - Análise das estruturas de mercado 3.2.5.2 - Tipos de estrutura de mercado 3.2.6 - Função de produção 3.2.6.1 - Caracterização dos recursos econômicos 3.2.6.2 - Classificação e representação dos recursos econômicos 3.2.6.3 - Exemplo ilustrativo do processo de produção 3.2.6.4 - Destino da produção 3.2.6.5 - Produção e o curto prazo 3.2.6.6 - Como mensurar a produtividade da mão-de-obra e dos bens de capital 3.2.7 - Os custos de produção (uma noção vista sob a ótica econômica) 3.2.7.1 - Introdução, conceito e classificação de custos 3.2.7.1.1 - Introdução 3.2.7.1.2 - Conceito 3.2.7.3 - Importância de uma boa gestão de custos 3.2.7.4 - Má gestão de custos 3.2.7.5 - Classificação dos custos em relação ao produto ou serviço produzido (alocação) 3.2.7.6 - Classificação dos custos quanto a variabilidade 3.2.8 - Noção de despesa 4.1 - Introdução 4.2 - Noção de formação de preços 4.2.1 - Noção de formação de preços de venda em empresa industrial 4.2.2 - Noção de formação de preços de venda em empresa comercial 4.2.3 - Noção de formação de preços de venda em empresa prestadora de serviços III – NOÇÕES DE MICROECONOMIA IV - SISTEMA E FORMAÇÃO DE PREÇOS V - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.:3de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3,0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. Campus: Sala: I - NOÇÕES DE INTRODUÇÃO À ECONOMIA 1.1 - Introdução A Economia faz parte do cotidiano das pessoas, das empresas, das entidades públicas, dos governos (nas três esferas), independentemente de elas (pessoas físicas ou jurídicas) serem trabalhadores, consumidores, produtores, prestadores de serviços, governos, em qualquer parte do mundo. Portanto, é sumamente importante que você estude Economia, não somente para entender melhor o mundo, o seu país, as relações de consumo, de trabalho, de preços, do papel do governo, do papel das empresas, etc. mas, para que você possa aprender a tomar as melhores decisões enquanto profissional e gestor (não importa se você é engenheiro, administrador de empresa, contador, atuário, advogado, economista,...) na empresa em que você trabalha, assim como, na sua própria casa 1. Estudar Economia irá ajudá-lo a ter subsídios para alocar os recursos existentes (que na maioria das vezes são escassos) da melhor forma possível, ou seja, saber escolher, dentre muitas variáveis, aquela que realmente deve receber os recursos e/ou investimentos 2. 1.2 - Conceitos básicos 1.2.1 - Conceito de Economia Trata-se de uma Ciência Social que estuda como o indivíduo e a sociedade, decidem utilizar os recursos produtivos, na produção de bens e serviços de modo a distribuir entre os vários segmentos da sociedade, cujo objetivo é o de satisfazer as necessidades humanas3. Segundo Sandroni, Economia é a Ciência que estuda as relações sociais de produção, circulação e distribuição de bens materiais. Pode ser ainda, a Ciência Social que estuda e trata de assuntos pertinentes a Economia no que tange a alocação dos recursos, que normalmente são escassos, utilizados na produção de bens e serviços para o atendimento das necessidades humanas4. 1.3 - Origem do nome Economia A origem do nome Economia (OIKONOMIA) vem do grego Oikos e nomos (oikos quer dizer casa) e (Nomos quer dizer norma, lei). Adaptando para o nosso idioma ficaria “Administração da Casa”, ou “Administração da Coisa Pública” 5 - Gastaldi, J.P. Elementos de Economia Política. Saraiva, 2005. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009. 3 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 4 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson, 2009. 5 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 1 2 4 . deixando a agricultura num segundo plano. para a qual deveria existir uma capacidade de pagamento como contrapartida. através das quais eram defendidas: . Robert Jacques Tourgon.A Teoria do Desenvolvimento Econômico. . Aristóteles. Direito. .XI e XIV) Nobreza e Clero Mercantilismo (Séc.Foram os precursores da moderna Teoria Econômica. crises economias mundiais . que: . Xenofonte. . Surgiu então o FEUDALISMO. baixar a taxa de juros e estimular os investimentos. . em função dos graves problemas econômicos naquele momento.O Estado deveria cuidar somente da manutenção da ordem. que teve o seu ponto alto entre os Séc.A micro-economia (através de estudo do comportamento dos consumidores e dos produtores). . composta de um conjunto científico e sistematizado (a economia adquiriu caráter científico integral.controle da nobreza e clero.XVI-XVIII) Jean Batiste Colbert. entre outros Período Neoclássico (Escola Neoclássica .Noção sobre a Evolução da Economia e do Pensamento Econômico Grécia Antiga (a. de uma balança comercial superavitária. . Uma organização social e política. Defendia. Tratava-se de um conjunto de idéias e práticas econômicas.C) Platão. vividos pela economia. Divid Ricardo.O Estado deveria atuar de forma ativa para ajudar criar empregos. entre outros Pensavam e discutiam sobre a Economia. grande estudioso e economista Inglês. Stuart Mill. de forma branda.O livre comércio e livre empresa fora do controle governamental. a partir daí). que tornou-se muito mais conhecido a partir do início dos anos trinta. e .:4de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.XI e XIV. . e para a . Alfred Marshall. distribuição da justiça. incremento da tributação. Malthus.Deveria ser baseado nas leis de mercado e que o Estado não deveria intervir nas leis desse mercado e nem na prática econômica. tanto positivas quanto negativas. através de seus estudos ajudou a destaque para: Keynesianismo (1936) (John Maynard Keynes) Desenvolvimento Recente da Economia (1970 para cá) John Maynard Keynes.Priorização das exportações.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. entre outras coisas: Fisiocracia Francesa (Séc XVIII) François Quesnay. tendo em vista a uma série de questões e problemas.A alocação ótima dos recursos. dependia da demanda por bens e serviços. que a Economia.O controle do Estado na Economia.. . . Jean Bodin. Defendiam.Controle governamental sobre a economia.O nível de emprego numa economia capitalista.. Houve grande transformação no campo econômico a partir dessa década.O fortalecimento do Estado por meio de riqueza (acumulo de divisas em metais preciosos). crises financeiras mundiais. assim como. no sentido de corrigir as eventuais deficiências da atividade privada. do comércio e da indústria. onde a terra era o maior símbolo de riqueza e poder. discutiam também sobre: Filosofia. . O tempo passou e manifestou-se a necessidade de reorganização por parte dos povos. Sociologia e Outras Ciências.1900) Alfred Marshall . Josiah Child. entre outros. Jean Batiste Say. controlar as despesas públicas.A Teoria do Capital e dos Juros. Du Pont de Nemours.Um imposto único que deveria incidir sobre a propriedade. Campus: Sala: 1. entre esses problemas: Negativos: Crises do petróleo.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. entre outros Escola Clássica (Séc XVIII ) Adam Smith.. A Economia era de subsistência (produção para o consumo da comunidade) .Combatiam as idéias mercantilistas. .. entre outras coisas. Fisiocracia vem da palavra Grega phisis (natureza) e cratos (poder) = GOVERNO DA NATUREZA)) Defendiam. . entre outros outros Feudalismo (Séc. nível de emprego. .Vasconcellos. deu nome a sua divisão de “Divisão Tripartida”. Bolsas de Mercadorias (ou Commodityes). a microeconomia pode auxiliá-las nas questões.Vasconcellos. e Garcia.A. a Economia se divide em microeconomia. Fundamentos de Economia. . alternativas de produção.S. de. Positivas: Desenvolvimento da informática. pode ser incluso nesse contexto: novos modelos de desenvolvimento econômico. Repartição.Divisão da Economia Cada autor divide esta Ciência de uma forma. Estuda também a determinação e o comportamento dos grandes agregados.. vejamos: O lado real analisa e cuida dos mercados de bens e serviços e do mercado de trabalho. 7 etc. 6 7 .S. são extremamente importantes para o conjunto da Economia. 2006. M. cujas variáveis determinantes são: produto nacional..E. M. 9 . Macroeconomia: estuda a economia como um todo. 8 .S. empresas e governo) 6. Incorporação de técnicas e conceitos de equilíbrio de mercado.S. que é conhecida também como teoria dos preços. produto interno bruto.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. é possível encontrar uma série de outras divisões da Economia.E. 11 . M. poupança.A. M. economia internacional e as relações entre capital e trabalho. Fundamentos de Economia.S. 1. ampliação da empresa. Saraiva. Atlas.S.Os lados da Economia: “lado REAL” e “lado MONETÁRIO” A economia possui dois lados. nível geral de preços. com a mesma finalidade. 2008. e salários nominais 11. desemprego.:5de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. como por exemplo. 2008.A. Saraiva. J.Vasconcellos.6 . Houve também uma evolução na direção de estudos sobre o comportamento dos “agentes econômicos” (famílias. 2006. de. M. Para Vasconcellos. A microeconomia. M.Vasconcellos.5 .E. As relações entre capital e trabalho: estuda o comportamento dos vários setores da atividade produtiva ou capital e trabalho 10. 10 . Atlas. de. Evolução dos mercados financeiros (Bolsas de Valores. Um é conhecido como lado real e o outro como lado monetário. Atlas..A. Ambos. M. macroeconomia. Fundamentos de Economia. ou seja. M. e Consumo. Micro e Macro.Vasconcellos.A. e Garcia. 1. 2006. Micro e Macro. como por exemplo: previsões de demanda. que é didática e metodológica. política de preços da empresa. e outros 8. Economia internacional: objetivo é o de estudar as relações de troca entre os países e seus fluxos financeiros 9.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.Batiste Say. por exemplo. de qualquer forma.A. Campus: Sala: que passaram por períodos de recessão muito forte. Saraiva. 2008.. etc. por exemplo. M. No que diz respeito às empresas. Entretanto.Vasconcellos. e Garcia. Micro e Macro. para ele a economia deveria se dividia em Produção. Investimento agregado. Produzem bens serviços para a sociedade (para satisfazer as suas necessidades). ou seja. os financiamentos de aquisição de bens e serviços para as pessoas físicas e jurídicas.:6de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3..T. . 2009. entre outras coisas: o tipo de gestão da economia o tipo de propriedade (privada ou estatal) os níveis de desenvolvimento econômico e tecnológico os níveis de consumo Etc. Pearson. tecnologia. estoque de moeda. 12 13 . etc. renda. por sua vez. ou por sua maioria. 2006. de. etc. O estoque de recursos produtivos. pagam impostos. cujas variáveis determinantes são: taxa de juros. capacidade empresarial. Campus: Sala: O lado monetário.Sistemas Econômicos Um sistema econômico é uma “estrutura econômica e política” que é escolhida por uma sociedade. Em fim. isto é. e taxa de câmbio 12. distribuição de bens e serviços. criam emprego.7 . Mercado de Bens e Serviços -----------------------------Mercado de Trabalho Produto Nacional Nível Geral de Preços ----------------------------Nível de Emprego Salários Nominais LADO REAL LADO MONETÁRIO Mercado Financeiro (monetário e títulos) -----------------------------Mercado de Divisas Taxa de Juros Estoque de Moeda ---------------------------Taxa de Câmbio 1. é a forma de como a sociedade irá se organizar para desenvolver as atividades econômicas relacionadas à: produção.S. circulação.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. e as instituições 13. disponibilizar recursos para compor ou recompor o capital de giro das empresas. financiar as empresas em geral. Atlas. diz respeito à própria atividade econômica. são unidades produtoras integrantes do aparelho produtivo.Vasconcellos. Micro e Macro. etc. M.. onde são assumidos. empresas.A.Mendes. capital físico. qual seja: estoque de recursos produtivos.G. As empresas. analisa e cuida do mercado financeiro (tanto o mercado monetário quanto o de títulos) e do mercado de divisas. J. . etc). Um sistema econômico é formado por um conjunto de organizações que pode ser traduzido em três grupos básicos. inclui os recursos produtivos em geral (recursos humanos. Economia Fundamentos e Aplicações. O lado monetário é muito importante para que sejam determinadas as transações econômicas. J. por exemplo. pouca eficiência produtiva. Economia Fundamentos e Aplicações. Nesse sistema é defendida a organização de uma sociedade igualitária e livre das relações de exploração entre as classes sociais. Mas há pontos muito importantes nesse sistema. O sistema capitalista possui muitos críticos. controla os custos da produção. dizem respeito a um conjunto de “instituições de ordem jurídica”. (segundo essa teoria o interesse coletivo deve se sobrepor sobre o individual). Atlas.Vasconcellos.Mendes. pode-se listar: sistema de saúde e de educação com acesso irrestrito. dependendo do país. não leva em conta os reais anseios da sociedade. 2009. Um deles é o sistema capitalista e o outro e o sistema socialista. que administra e controla o funcionamento da economia. existentes para estabelecer e delimitar direitos. etc. “econômicas” e “políticas”. ► Capitalista: Sistema Econômico e Social.8 . da produção de bens e serviços. os preços dos produtos. os meios ou fatores de produção pertencem à iniciativa privada. determina seus meios. 2009. das famílias.. desenvolvimento de tecnologias voltada para melhorar o nível de vida da sociedade. diferença extrema entre as classes sociais. nível de consumo limitado.A. e organiza a distribuição dos bens produzidos para os mercados interno e externo normalmente de acordo com os seus interesses.G. má distribuição de renda). J. grande competitividade entre as empresas e melhoria no nível de vida das sociedades. Economia Fundamentos e Aplicações. das empresas e do próprio governo. ► Socialista: Sistema Econômico e Social voltado para os interesses dos trabalhadores. Pearson. . Assim. Micro e Macro. e algumas dessas críticas diz respeito. como no capitalismo.T. Atualmente são reconhecidos dois tipos de sistemas econômicos. na maioria das vezes. foram consideradas como o fator motivador e o ponto de partida para as atividades econômicas 16. controla. Neste sistema. M. possui um método próprio de se regular onde a interferência do governo num todo tende a ser pouca.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. estão sempre voltados para a maximização do lucro 14.G. geração de riqueza. deveres e responsabilidades dos agentes econômicos. eficiência na alocação dos recursos produtivos. determina seus meios (meios de produção). Quando se fala em qualidade. Pode-se agregar ao contexto. predominante na maioria dos países industrializados ou em industrialização. por exemplo. objetivos e prazos. os custos da produção. 2006.S.:7de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. 14 15 . Campus: Sala: As instituições. o Estado. distorções no funcionamento do sistema de preços. e é regido pela ECONOMIA DE MERCADO. objetivos e prazos. etc. as necessidades humanas desde os primórdios.T. lazer.. Pearson. o socialismo também apresenta qualidades e problemas.Mendes. controla os mecanismos de distribuição. O Estado (governo) é quem administra: a produção. dimensiona o consumo. pobreza extrema. Esse sistema. segundo alguns autores 15 a exploração da mão-de-obra pelo capital. de. e esses interesses. 16 .Necessidades Humanas ou Necessidades Econômicas Trata-se do “elemento-chave” da atividade econômica.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. determina os métodos de emprego dos fatores de produção. ou seja. etc. determina os métodos de emprego dos fatores de produção. . vejamos alguns desses problemas: falta de liberdade política (Estado autocrático). concentração de renda (portanto. eficiência produtiva. ou seja. 1. nos grandes centros urbanos. SERVIÇOS: São produtos que se derivam das atividades ligadas ao setor terciário da Economia e são produtos intangíveis. Primárias. podem ser atendidas de forma gradativa 18. por um administrador. Os bens são escassos e demandam trabalho humano na sua elaboração e produção 19. aeroviário.Gastaldi.P. Princípios de Economia. por um pedreiro. isto é.Conceito Os bens são primordiais para o atendimento das necessidades dos diversos segmentos de uma sociedade. educação. seguros. Saraiva. 2005. etc.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. Economia Fundamentos e Aplicações. Exemplo. hidroviário. Em função da grande demanda. publicidade 20.1 . J.. Manutenção da ordem pública.9. É que para viver. etc. lazer. vestuário. por contador. saúde. devem ser atendidas imediatamente.Conceito e Classificação de Bens e Serviços 1. 2001. 2009 Setor Terciário 57% Setor Secundário 33% Setor Primário 10% .. governos. Destinam-se direta ou indiretamente a satisfazerem as necessidades humanas. cultura.Passos e Nogami. se desenvolvem principalmente. educação.. necessários para satisfazerem as necessidades individuais ou coletivas da sociedade. Campus: Sala: As necessidades se derivam do desejo do HOMEM 17(referência a ambos os sexos) e se apresentam de várias formas.. É justamente nas grandes capitais que se encontra uma disponibilidade maior de serviços. vestuário. 20 ..Referência a ambos os sexos . Adquirir um carro.. moradia.Mendes.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.T.. 2009. lazer. moradia. Participação Média dos Setores da Economia no PIB do Brasil Fonte: Mendes.. saúde. ferroviário. Elementos de Economia Política.. cabeleireiro. J.. enquanto outras. Algumas necessidades têm pressa. 17 18 . Pioneira.. beber um copo de cerveja. por um advogado. comércio (atacadista e varejista). higiene.G. E o que vem ser bem e serviços? BEM : É tudo aquilo que tem utilidade e pode satisfazer as necessidades humanas. básicas ou biológicas Secundárias Terciárias ou coletivas ou sociais Alimentação. transportes (rodoviário..: Serviços prestados por um atuário???.9 .. 1. O que vem ser uma “Necessidade Humana”? São exigências. transporte. o HOMEM (referência a ambos os sexos) tem que suprir suas necessidades ligadas à alimentação. Pearson. marítimo.:8de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. podem esperar. 19 . ou seja.existem tipos de necessidades: Exemplo de necessidades. carências ou falta de bens e serviços (públicos ou privados). os bens se classificam em: Quanto ao DESTINO.:Serviços.A. ou bens de produção.altura. etc. utilizados para produzir outros bens. etc. Consumo:Duráveis (eletrodomésticos. Campus: Sala: 1.1 . . e as famílias com base nas necessidades das empresas.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.equipamento s e instalações fabris.9. Quantidades maiores ou excesso de oferta ou escassez de demanda Excesso de demanda (ou falta de oferta) Trazem como conseqüência a diminuição dos preços de mercado. M. fornecem bens e serviços de consumo para essas famílias. de.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. 23 . Atlas. podem ser estocados. os bens se classificam em bens de: Os bens podem se classificar também em: INTERMEDIÁRIOS Livres Existem em quantidades ilimitadas. É necessário esforço humano para sua produção.comprime nto (forma). baseadas nas necessidades das famílias. Pioneira. utilizados na indústria automotiva. Micro e Macro.G. 21 . 22 . São conhecidos também como: capital físico. 2001. carro) (gêneros alimentícios). não podem ser estocados Ex. Economia Fundamentos e Aplicações. Pearson. Bens de consumo Não duráveis: Capital: intangíveis. II – FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO 2. J. possuem peso. Máquinas.Passos e Nogami. Trará em conseqüência um aumento de preços em função da demanda crescente De qualquer forma essa é uma visão geral da economia. Isto significa dizer que maior oferta de bens ou serviços o preço tende a cair e menor oferta de bens ou serviços o preço tende a subir 22.2 . que permite entender que as empresas.: luz do sol e o ar Econômicos = São escassos (em alguns casos são relativamente escassos). . possuem um preço ($) Materiais Imateriais ou serviços = São São tangíveis. Princípios de Economia. os bens se classificam em: Quanto a NATUREZA.Vasconcellos. fornecem fatores de produção. 2006. Exemplo: Chapa de ferro. 2009. em especial a força de trabalho 23. podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforço humano.Visão Geral de uma Economia de Mercado Uma das características de uma economia de mercado é que os preços dos bens e serviços tendem a ser formados segundo a uma correlação entre a oferta e a demanda.S.Classificação dos bens e serviços 21: SEGUNDO O(S) AUTOR(ES) Martins Passos e Otto Nogami Quanto a RARIDADE ou CARÁTER. Ex.:9de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.T. borracha. Neste caso eles necessitam de transformação para atingirem sua forma definitiva.Mendes. 2. Campus: Sala: MERCADO DE BENS E SERVIÇOS DEMANDA BENS E SERVIÇOS (DIVERSAS MERCADORIAIS.S. e de milhares de pessoas por todo o mundo. Em função dessa questão quando se produz um bem em maior quantidade os países ficam “obrigados” a produzirem um outro bem em quantidades menores 24. O quadro abaixo mostra como a sociedade.1 . . através dos seus diversos segmentos sociais. interferem nesta questão. ETC) OFERTA BENS E SERVIÇOS FAMÍLIAS FORNECE FATORES DE PRODUÇÃO (POR EXEMPLO: MÃO-DE-OBRA.. fica claro que as sociedades dos países não dispõem dos recursos em quantidades suficientes para produzir os bens e serviços que atenda ao desejo de todos. Micro e Macro.:10de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. SERVIÇOS. como produzir e para quem produzir.Escassez Um dos grandes problemas enfrentados pela Economia é a questão da escassez.T. quanto produzir. em função de vários fatores: do desejo ilimitado dos diversos segmentos populacionais aptos e dispostos a consumir bens e serviços cada vez mais.2.Vasconcellos.Escolha Tendo em vista o que foi visto no parágrafo anterior sobre a escassez de recursos. ... ALIMENTOS. 2006. SERVIÇOS. de. mesmo nos países ricos. J.G. da elevação do padrão de vida de segmentos sociais nos países ricos e países emergentes.2. financeiros.2 . Pearson. 2009. etc que permitem produzir outros bens para o consumo das famílias). ETC) (VÁRIAS MERCADORIAS. humanos. Atlas. Economia Fundamentos e Aplicações. M. E o que vem ser escassez? Diz respeito a uma situação que retrata a limitação de recursos (recursos materiais..2 . A escassez de recursos é um fenômeno presente em todos os países. Surge então.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. .. o grande dilema que é o da escolha: o que produzir. ALIMENTOS.O Problema Econômico 2.Mendes. 24 25 . EMPRESAS DEMANDA DE FATORES DE PRODUÇÃO (POR EXEMPLO:MÃODE-OBRA. MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO Fonte: Vasconcelos (2006) 2. que se inserem no mercado através do efeito renda 25.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.A. 2009. Economia Fundamentos e Aplicações. 2009. deve ser produzido mais bens de consumo ou mais bens de capital O QUE PRODUZIR Mais BENS de CONSUMO ou mais BENS de CAPITAL?. quais os setores que devem ser mais mercado externo. por exemplo. por sua vez. Ou seja.3 . por exemplo: . não leva em conta as reais necessidades e anseios da sociedade. Os segmentos sociais com bom nível de renda ou com melhor renda são os segmentos a quem serão destinados os bens e serviços produzidos. COMO PRODUZIR São também os detentores dos fatores de produção (empresários) que irão decidir como produzir PARA QUEM PRODUZIR Cabe também ao segmento empresarial a decidir para quem serão distribuídos os bens e serviços produzidos A sociedade também pode decidir ou Segmento de mercado interno ou segmento de influenciar nesta questão.Demanda de mercado.. J. como também. É natural que pela ótica do empresário está questão esteja ligada a RENTABILIDADE dos bens e serviços. O Que. . beneficiados num dado momento. incrementar a produção dos bens e serviços baseado naqueles bens e serviços que proporcionem uma maior rentabilidade 27. como funciona em uma economia de países socialistas (economias planificadas ou centralizadas)? Nesses países essa decisão é tomada pelo Estado.. .:11de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. para o mercado externo.Mendes. a sociedade deve decidir ou influenciar.. ou seja. e procura também. Ela (CPP).G. O segmento empresarial. mostra 26 27 .2.T. Esta questão está ligada ao desejo da sociedade. .. Campus: Sala: As famílias ou consumidores.Meios de produção.. . Conforme já foi visto os recursos disponíveis são na maioria das vezes limitados ou escassos.T. .Tecnologia utilizada (nível tecnológico). Essa questão está ligada à eficiência produtiva das empresas de cada país.. procura captar os sinais da população.G.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. se num dado momento. maior tendência e possibilidade de maior produção. Quanto. Isto vale para o mercado interno. QUANTO PRODUZIR São os detentores dos fatores de produção (empresários) e em que quantidades produzir que vão decidir. Esta questão pode ser decidida pelos detentores dos fatores de produção (empresários) que irão decidir o que produzir Há entretanto. Como e Para Quem Produzir. baseados na. -Mendes.Curva de Possibilidade de Produção (CPP) ou Fronteira de Possibilidade de Produção ou Curva de Transformação A Curva de Possibilidade de Produção (CPP) também conhecida como fronteira de possibilidade de produção ou curva de transformação.Na capacidade instalada para produção. ou seja. Economia Fundamentos e Aplicações. se deve ser produzido mais bens de consumo ou mais bens de capital 26. traduz o limite máximo que uma economia pode produzir.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.Métodos de produção avançados. fazem valer sua soberania (soberania do consumidor) e influenciam no que deve ser produzido em maiores quantidades em dado momento.. que na maioria das vezes.. dados os recursos produtivos disponíveis. quanto maior for o preço desses bens ou serviços no mercado. isto é. e .Recursos produtivos disponíveis. Pearson. ao voto e a própria soberania do consumidor. 2. .Disponibilidade dos recursos produtivos (fatores de produção em quantidade e em qualidade). J. uma outra visão sobre esta questão. Pearson. ao poder de escolha e pressão dessa sociedade. 2006. de. configurando queda na produção de bens(exemplo abaixo) 30. como um todo. 30 . Por outro lado.Vasconcellos. isto quer dizer que se houver 29(entre outros): • Aumento na disponibilidade dos recursos produtivos. Princípios de Microeconomia. caso haja queda na disponibilização dos fatores de produção.S. .A.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. Poderá fazer com que haja ganho na produção econômica. a CPP poderá se deslocar para a direita e para cima (configurando esse ganho). de.. • Desenvolvimento e implementação de novas tecnologias. Atlas.A.4 . M.Custo de Oportunidade Esse conceito mostra também a questão do sacrifício que a sociedade necessita fazer para a escolha de um produto “X” (digamos mais feijão) em relação ao produto “Y” (mais caminhões). M.B. Campus: Sala: também as alternativas de produção de uma sociedade. 2007.. Neste caso. Micro e Macro.Vasconcellos. Micro e Macro.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. Curva de Possibilidade de Produção (Ex) (Feijão em mil/ton) CPP 10 0 15 (Tratores em mil/unid) 2. J. Atlas. supondo os recursos disponíveis plenamente empregados 28.2. Ática.Taylor. 28 29 .:12de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.S. 2006. e • Melhoria na eficiência produtiva. . DESCRIÇÃO DO BEM FEIJÃO (Em MIL TON) TRATORES (Em MIL UND) ALTERNATIVAS OU POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO A 0 15 B 3 14 C 6 12 D 8 10 E 9 7 F 10 0 Gráfico e Curva de Possibilidade de Produção (Feijão em mil/ton) 10 9 8 6 3 2 1 f e d CPP c b a 0 1 2 4 7 8 10 12 14 15 (Tratores em mil/unid) O conceito da CPP refere-se a um dado momento. significa dizer que a CPP poderá se deslocar para a esquerda e para baixa. Micro e Macro. Estuda. III . 39 . a microeconomia tem como função. Atlas. mercados. A microeconomia pode ajudar na tomada de decisões do tipo: política de preços.P.1 .A. M. 1 ANÁLISE DA DEMANDA ou PROCURA 1.Rossetti.1. 2003.2.OFERTA INDIVIDUAL 2 ANÁLISE DA OFERTA 2. custos de produção.2 .2. e Garcia.OLIGOPSÔNIO 3.:13de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.S.1 . ainda. localização da empresa.MERCADO DE BENS E SERVIÇOS 2. 2006.Estuda o comportamento de um ofertante de bens e serviços individualmente 35 . em análise da demanda. de. 38 .E. A microeconomia se divide para facilitar seu estudo.MONOPÓLIO 3.1 . renuncia um desses produtos (ou parte de um deles) para obter uma maior quantidade do outro. J.CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA 3.MERCADO DE INSUMOS E FATORES DE PRODUÇÃO . política de subsídios as empresas. Princípios de Microeconomia. Estudar também o comportamento dos produtores (através da teoria da oferta.1.TEORIA DA PRODUÇÃO e 2. Ática.OFERTA DE MERCADO 3.2.Introdução Microeconomia vem do grego mikros (quer dizer pequeno) e trata-se da parte ou ramo da Teoria Econômica Neoclássica. pode contribuir para que este saiba os efeitos dos impostos sobre mercadorias. previsão de demanda. M. J.TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO - 3 ANÁLISE DAS ESTRUTURAS DE MERCADO 3.Vasconcellos. e do mercado no qual eles (consumidores e produtores) se encontram e interagem para transacionar bens e serviços 36.DEMANDA INDIVIDUAL (Teoria do Consumidor) 1. Campus: Sala: isto é.S.1 .1.B.2 .2.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. Isto deu origem ao conceito de custo de oportunidade ou.Demanda individual é a demanda de um só consumidor por bens e serviços 33 .1. M. como é chamado também.NOÇÕES DE MICROECONOMIA 3. etc39. Micro e Macro. M. entre outros.3 .3 .CONCORRÊNCIA PERFEITA 3.2 . Junto ao governo. Fundamentos de Economia. que por sua vez.Demanda de mercadol (conhecida também como demanda global ou agregada) é o somatório de todas demandas individuais por um determinado bem ou serviço.Estudo o comportamento do conjunto de ofertantes de bens e serviços 36 . estudar o comportamento dos consumidores (através da teoria do consumidor que se divide em demanda individual 32 e demanda de mercado ou global ou demanda agregada 33).0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.1.Vasconcellos.MONOPSÔNIO 3.1 .DEMANDA DE MERCADO 2. etc38. .1. Atlas.1 . 2008. É conhecida também como teoria dos preços.Taylor.OLIGOPÓLIO 3.4 . análise da oferta.CONCORRÊNCIA PERFEITA 3. a formação e determinação dos preços e quantidades de mercado de bens e serviços 37. Estudar a teoria dos custos de produção dos bens e serviços. análise das estruturas de mercado. se divide em oferta da firma individual 34 e oferta de mercado 35). Atlas. etc. 31 32 .Vasconcellos.A.1. 2006.2 . Saraiva.S. 2007. 34 . Além disso. 37 . de custo alternativo 31.A. Introdução à Economia. de.2 . no que diz respeito à política econômica. . MacGraw-Hill. está disposto e apto a adquirir. 2003. os principais fatores que efetivamente podem determinar que um consumidor adquira quantidades maiores ou quantidades menores de bens ou serviços. 2004. Pearson. As condições do produto ou serviço A propaganda do produto ou serviço (conforme acima mencionado) A expectativa de variação de preço do produto ou do serviço A moda (está na moda ter.Toster e Mochón.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.Vasconcellos. M. A demanda é fundamentada no conceito de utilidade. E o que vem ser utilidade? Trata-se do grau de satisfação e do bem-estar que o consumidor atribui ao bem ou ao serviço consumido 40. são eles45: Gosto e preferência pelo produto ou serviço Facilidade de aquisição do produto ou serviço (facilidade de crédito:taxa de juros mais baixa. 40 41 . Micro e Macro. demanda é a quantidade de um bem ou serviço.T. 2009. Introdução à Economia.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.G.A. um consumidor disposto e apto (considerar principalmente preço do bem ou serviço e renda do consumidor. Essa relação entre o preço e a quantidade do bem ou serviço adquirido é chamada de função demanda 44. 45 . além daqueles que já foram listados acima (preço do bem ou serviço e benefício ou utilidade que o bem poderá trazer). prazos mais longos Aumento do poder de compra (aumento de renda) do consumidor (conhecido como efeito-renda).) As estações do ano. Economia Fundamentos e Aplicações.. J. 2006. de. Sem esquecer. Outros fatores que podem determinar ou influenciar que um consumidor compre quantidades maiores ou quantidades menores de bens ou serviços. por um determinado preço e em determinado momento (esse é um conceito de demanda individual). conforme já acima mencionado.Rossetti.Mendes. 46 . Atlas. W.G. pois está agindo de forma racional. Campus: Sala: 3. P. J.. Por que o consumidor age dessa forma? É natural que o consumidor se comporte assim. Micro e Macro. 42 . 44 . Atlas.Análise da Demanda Segundo Sandroni. 2009. Introdução à Economia.Mendes.Vasconcellos. que o consumidor deseja. defendendo os seus interesses e buscando a maximização de sua satisfação 43. . e Nordhaus.1 .P..) tende a adquirir as maiores quantidades possíveis do bem quando o seu preço estiver acessível 46. Demandar maiores quantidades quando o preço está baixo.T. Makron Books.2.. etc A curva de demanda individual pode ser exemplificada e construída conforme a tabela e o gráfico abaixo. Economia. Atlas... em dado momento. de.A. Economia Fundamentos e Aplicações. M.2 .S. 43 .S. Pearson.O mercado sob o enfoque do consumidor e do produtor 3. Por exemplo.:14de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. menores quantidades quando o preço está alto e conhecer o benefício que o bem ou serviço poderá trazer faz parte do dia-adia e do comportamento de um consumidor racional 42.Samuelson. J. A utilidade pode ser considerada também como o benefício ou a satisfação que o consumidor obtém derivado do consumo de um bem e serviço 41. 2002. 2006. 00 30.00 200. A demanda agregada ou global ou de mercado. Esses bens geram automaticamente a demanda do outro.00 400. há aqueles que só conseguem atender as necessidades do consumidor.00 300.00 3 5 10 20 25 4 5 15 25 35 15 30 20 15 54 2 5 10 10 43 24 45 55 70 157 Gráfico da Curva de Demanda GLOBAL $ 500.00 300. Ou seja.00 200.00 40.00 a b c Curva de demanda (ou procura) individual d e 0 100 200 300 400 500 Q (quantidade) 10.:15de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. conforme os números aleatórios do quadro abaixo. é o somatório das demandas individuais por um determinado bem ou serviço. pode ser construída e exemplificada graficamente. Pode ser . é conhecida como “demanda agregada” (segundo Sandroni).00 Qde 100 200 300 400 500 Gráfico da Curva de DEMANDA INDIVIDUAL $ 50. se complementados por outros bens.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. é conhecida também como demanda global ou demanda de mercado. A demanda por esse tipo (ou esses tipos de bens) é conceituada como demanda conjunta ou demanda complementar.00 40.00 100.00 0 Dentro do contexto dos bens demandados por uma sociedade.00 Quantidades agregadas de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores está disposta e apta a adquirir.00 10.00 a b c Curva de demanda (ou procura) global d e 24 45 55 70 157 Q (quantidade) 100. A demanda agregada. Campus: Sala: Preço ($) 50.00 30.00 400.00 20. da seguinte forma: QUANTIDADES DEMANDADAS DE UM PRODUTO “X” Preço $ Demanda do Consumidor 1 Demanda do Consumidor 2 Demanda do Consumidor3 Demanda do Consumidor4 Demanda Global dos Consumidores 500. por um determinado produto ou serviço.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. resulta do somatório horizontal de todas as demandas individuais (de cada consumidor).00 20. ” que teve o seu preço elevado no mercado.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. como por exemplo. Assim como acontece com a demanda. J. Pioneira. entre eles. aumentando também o fluxo dos produtos para o mercado consumidor48. 2001. Ou seja. em aumentar suas quantidades de mercado. “carro e pneu”. Princípios de Economia.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. Isto irá permitir que os seus custos de produção sejam mais baixos.Passos e Nogami. Existem outros conceitos de demanda. Economia Fundamentos e Aplicações. 3. por um determinado preço e em um determinado período de tempo.T. J. o que é natural. . resolveram produzir também o produto “agrícola x.Análise da Oferta Para Passos e Nogami. Pioneira. Pearson. por exemplo: PREÇO DO BEM PREÇO DOS FATORES DE PRODUÇÃO TECNOLOGIA PREÇO DE OUTROS BENS CLIMA PREÇO DO BEM: é natural que quanto mais alto o preço do bem no mercado. competitividade e lucratividade melhor 50. AUMENTO DE PREÇO DE OUTROS BENS: a oferta de um certo produto no mercado com aumento de seu preço. maior tendência de aumento das quantidades de mercado dos bens ou serviços produzidos pelo produtor. 52 . a oferta de bens e serviços. 51 . o produtor é estimulado a aumentar sua produção. “lapiseira e grafite”. e por isso.G. O objetivo do produtor. 2009. caracterizado pela introdução de máquinas e equipamentos de ponta. etc.Mendes. softwares. seus produtos ou serviços sejam competitivos. será sumamente importante porque permitirá que as empresas possam aumentar sua produção. 2001.Passos e Nogami. técnicas de produção.T.Passos e Nogami. Campus: Sala: exemplificada por: “lâmpada e energia”. Na visão de Sandroni. Princípios de Economia.Passos e Nogami.2 .:16de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. 2001. e em conseqüência. os produtores do produto “agrícola y”. 2001. poderá afetar um outro ou outros bens 51.” Conclusão. Pioneira. Economia Fundamentos e Aplicações. etc. a demanda efetiva ou demanda solvente. trata-se da demanda por bens e serviços para a qual existe uma capacidade de pagamento como contra partida. está relacionado à possibilidade de maximizar os seus lucros. 50 .Mendes. a oferta trata-se de uma quantidade de um bem ou serviço ofertado no mercado. Como exemplo pode-se citar o caso de um produto “agrícola x. Princípios de Economia. Pearson. PREÇO DOS FATORES DE PRODUÇÃO: é muito importante que esses preços estejam acessíveis para o produtor (produtor do bem ou serviço). houve queda na produção do produto “agrícola y” e o seu preço aumentou muito 52. Exemplo: a redução nos preços das matérias-primas 49 e de outros fatores de produção terá influência no preço final do produto. também pode variar de acordo com alguns fatores. Princípios de Economia. 47 48 . . 2009. 49 . novas metodologias. reduzir seus custos e apresentarem um nível de eficiência.2. TECNOLOGIA: um bom nível tecnológico. Pioneira.G. “fósforo e cigarro” 47. 00 20. Atlas.00 500 400 300 200 q 50.Vasconcellos.2.Preços e quantidades de equilíbrio E o que vem ser preços e quantidades de equilíbrio? São condições estabelecidas no próprio mercado de bens e serviços.A. não existe nessa hipótese. o que significa dizer que os preços também tendem a permanecerem estáveis e equilibrados 55.00 40. deve considerar que em caso de aumento de preço maiores quantidades tendem a ser postas no mercado. 53 54 . Economia Fundamentos e Aplicações. 2003. A tabela e o gráfico abaixo servem como exemplo para a oferta.00 10. Dados para construção da Curva da Oferta Gráfico da Curva da Oferta $ Preço $ 50.G. visto que esse produtor objetiva maximizar seus lucros. Campus: Sala: O CLIMA: pode prejudicar a safra de certos produtos agrícolas. Micro e Macro.00 10. Nessa teoria supõe-se que os consumidores desejam comprar uma quantidade “X” e os fornecedores desejam vender as mesmas quantidades “X”. Princípios de Economia.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. Preço e quantidade de equilíbrio (de mercado) É justamente onde a curva de demanda e a curva de oferta se juntam.Mendes. Micro e Macro. no sentido de estabelecer. Pearson. de.00 30. 56 . poderá ocorrer uma queda na produção. . . 2006.S. Neste caso. nas quais a oferta e a demanda são consideradas iguais 54. 55 .00 30.Vasconcellos.00 20. M.00 a b c d e 100 200 300 400 500 Curva de Oferta 100 0 Q (quantidade) 3. de que modo os preços e as quantidades de equilíbrio são determinadas 56.A.3 . J. A sua construção (tabela e gráfico). O que é natural. de. Atlas. Isto poderá ocasionar um aumento no preço desses produtos 53.S. 2006. e em conseqüência. escassez de oferta ou mesmo escassez de demanda.00 40. M. as condições permanecem inalteradas.:17de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. Isto é. 2009. pelos produtores.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.T.Passos e Nogami. Pioneira. 00 1.00 30.000 .:18de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.000 + 10.S. Atlas. M.000 9.000 11.2.000 DESCENDENTE DESCENDENTE DESCENDENTE DESCENDENTE DESCENDENTE NENHUM ASCENDENTE ASCENDENTE ASCENDENTE ASCENDENTE $ Oferta 50.000 + 8.000 + 6.000 9. e Garcia.00 80.000 + 4. M.00 20.00 Ponto de equilíbrio entre a OFERTA e a DEMANDA Demanda 0 6. . congelamento de preços e salários.000 2.000 4. 2008. Fundamentos de Economia. problemas relacionados com a renda do consumidor.Mudança no ponto de equilíbrio Alguns fatores podem provocar uma mudança no ponto de equilíbrio entre a oferta e a demanda. 2006.000 EQUILÍBRIO .000 3.000 3.4. entre eles.000 6.00 10.00 60.000 .0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. etc 57.1 .000 7.2. Campus: Sala: EXEMPLO DE ESCALAS DE OFERTA E DE DEMANDA DE MERCADO DE UM PRODUTO X PREÇO UNITÁRIO ($) Qde DEMANDADA DO PRODUTO X/MÊS QUANTIDADE OFERTADA DO PRODUTO X/MÊS EXCESSO DE OFERTA(+) EXCESSO DE DEMANDA (-) PRESSÃO SOBRE O PREÇO 100.00 40. 3. fixação de preço mínimo para produtos agrícola.4.Vasconcellos. interferência governamental na formação do preço de mercado.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.2. Outros fatores podem também influenciar.3.6.000 + 2. Saraiva.000 7.8.1 .000 8.000 2.4 .A. M.00 90.000 8.Conceito e objetivos Trata-se da relação entre as diferentes quantidades de oferta e de demanda de certas mercadorias. 57 58 . aumento ou diminuição dos impostos sobre determinados produtos.000 10.00 50. considerando tudo o mais constante (coeteris paribus)58.000 6.2. Isto ocorre em função das alterações verificadas em seus respectivos preços (preços das mercadorias).000 5.Vasconcellos. de. . Micro e Macro.Elasticidade 3.000 5.000 4. Esta mudança acontecerá quando houver mudança na demanda (por exemplo aumento da demanda ou retração) ou na oferta (por exemplo aumento da oferta ou sua retração) do bem ou serviço.A.00 70.000 . reajuste de salários (no caso do Brasil o salário mínimo).000 Q (quantidade) 3.000 10.E.S. 62 .S. por exemplo. Introdução à Economia. 59 60 . assim como. A elasticidade é interessante para as empresas. Saraiva. Pearson.E. na medida em que pode ser utilizada para 60: Nas empresas: conhecer a reação dos consumidores frente às alterações de preços (tanto aumento quanto diminuição). neste caso. G. M.G.Mendes. Variação % da quantidade demandada Variação % do preço EpD = -------------------------------------------------------- Exemplificando o acima exposto.S. considerando tudo o mais constante (coeteris paribus) 61. a variação das quantidades demandadas são duas vezes maior do que a variação de preço. 2009. observa-se. Introdução à Economia. e Garcia. M. Governo (órgãos públicos): saber qual seria o impacto que um aumento da taxa de juro causaria frente a investidores internacionais. baixar o preço de seu produto como o consumidor irá reagir 59.Vasconcellos.Elasticidade-preço da oferta Trata-se da variação percentual na quantidade ofertada.A. ou seja.2 .A. Para se calcular a elasticidade-preço da demanda. que quanto maior o preço.Elasticidade-preço da demanda Representa a variação percentual nas quantidades demandadas de um bem qualquer. Economia Fundamentos e Aplicações.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.4. dividi-se a VARIAÇÃO PERCENTUAL DA QUANTIDADE DEMANDADA PELA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PREÇO. Como você calcularia sua elasticidade preço da demanda 63? 20% Elasticidade-preço da demanda = ---------= 2 (elástica) 10% O resultado da operação acima são 2.:19de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. em relação a uma variação percentual em seu preço.E. como o consumidor (comprador da mercadoria ou do serviço) pode reagir frente às mudanças na variável preço.Mankiw. 2009. . M. e Garcia. e o reflexo desse aumento. 2008. Afugentaria os investimentos ou não e que tipo de investimento? 3. J. M.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. G. Se uma empresa X qualquer decidiu.T. 2008.2. Fundamentos de Economia. Saraiva. supondo que tenha ocorrido um aumento de 10% no preço de um bem X qualquer. tenha causado uma redução nas quantidades demandas desse produto da ordem de 20%. 61 .3 . resultado igual a um demanda unitária (= 1 unitária) 62. Learning. Resultado maior que um demanda elástica (>1 elástica).2. 2009. Fundamentos de Economia.Mankiw. por exemplo. resultado menor que um demanda inelástica (< 1 inelástica). Learning. maiores as quantidades o empresário estará disposto a ofertar no mercado .4. Campus: Sala: Um dos objetivos da elasticidade é exatamente medir a sensibilidade do consumidor. 3.Vasconcellos. o que significa dizer que. 63 . para o governo. M.000 unidades/mês para 11. 2009.00 x 100 = 10% A mesma metodologia deverá ser utilizada para o aumento nas quantidades produzidas.65 A elasticidade-preço da oferta é calculada da seguinte forma: VARIAÇÃO PERCENTUAL DA QUANTIDADE OFERTADA DIVIDIDA PELA VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PREÇO 66.0 (elástica) 10% O resultado da operação acima nos mostra que uma elasticidade-preço da oferta de 2. G. caso as quantidades ofertadas responderem de forma branda ou tímida a essas mudanças nos preços. a aumentarem sua produção de 9. Learning.S.Mankiw. supondo um aumento do preço do abacaxi de $ 2. .000 unidades/mês.15 por unidade.Ponto médio dos preços do abacaxi = $ 3. Campus: Sala: (coeteris baribus).000 – 9. Learning.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. e esse aumento tenha estimulado os produtores de abacaxi. Variação % da quantidade de ofertada EpO = -----------------------------------------Variação % do preço Dando exemplo a esta questão. maior o preço maiores quantidades tendem a ser ofertadas no mercado por esse(s) produtor(s) 64. . 67 . de. A oferta de um certo bem é chamada elástica. G..Ponto médio das quantidades de abacaxi = 11.Mankiw. Introdução à Economia. resultado igual a um demanda unitária (= 1 unitária).85 / 2 = $ 3. 2009.000 x 100 = 20% A partir deste momento dispõem-se dos elementos necessários para o calculo da elasticidadepreço da oferta: 20% Elasticidade-preço da oferta = ---------= 2. Introdução à Economia.15 – 2.15 + $ 2. Learning.. 64 65 ..000) / 10.Variação percentual do preço = (3.Vasconcellos. 2006. Introdução à Economia. Por exemplo. . Micro e Macro.85) / 3. responderem de forma substancial as mudanças no preço desse bem. resultado menor que um demanda inelástica (< 1 inelástica). Resultado maior que um demanda elástica (>1 elástica). Como poderemos efetuar o calculo para poder chegar no que pede a fórmula acima 67? Processando os cálculos. Introdução à Economia. G. Atlas.00 . 69 . e assim. calcular a elasticidade-preço da oferta 68. G. 2009. Isso indica que as quantidades ofertadas variaram proporcionalmente duas vezes mais que o preço 69. O objetivo da elasticidade preço da oferta é medir como o produtor (vendedor de mercadorias) pode reagir frente às mudanças no preço dos produtos.Variação percentual da quantidade ofertada = (11. 68 . . Learning.Mankiw. E é chamada de inelástica.000 / 2 = 10. 66 .85 para $ 3.A. é importante utilizar o método do ponto médio para que seja possivel obter os elementos necessários.000 + 9. 2009. 2009.:20de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. se as quantidades ofertadas desse bem.. Learning.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. Introdução à Economia.Mankiw.Mankiw.000 . G. Atlas.Aquele que demanda bens e serviços (peça chave no sistema de economia de mercado).Análise das Estruturas de Mercado 3.000 unidades/mês para 21. além de consumidores.5 . por exemplo. 70 71 .1 . 2006. aumentando a produção de 19.T.15 por unidade.000 unidades/mês.Conceito e generalidades Estrutura de mercado diz respeito a certas características assumidas por certos mercados.Vasconcellos. 73 . sistema de concorrência. Sendo assim. etc. calcule a elasticidade-preço da oferta? Resp.A. A concorrência.2.Explique quais são os objetivos da elasticidade? 3 . de. Pearson. Campus: Sala: Exercício Nº 1/5 – 5 questão(s) 1 . 72 .Conceitue elasticidade? 2 . No sistema de economia de mercado devem existir alguns fatores fundamentais. J. M. e nenhuma deve ter supremacia. é um fenômeno característico de economia aberta. 2009.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.5. onde as empresas devem competir entre si. através das quais são determinadas e explicitadas as relações entre os consumidores 70.G.2. Micro e Macro. e esse aumento tenha o estimulado os fabricantes a produzirem mais cadeiras.Supondo um aumento de 15% no preço de um bem Y e isto tenha causado uma redução nas quantidades demandadas desse bem da ordem de 30%.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.85 para $ 383.: Elasticidade-preço da demanda = -----.= 5 .Mendes. . privilégios ou exclusividade 73. as empresas71 e os próprios mercados onde eles (consumidores e fornecedores) se encontram para a compra e venda de bens e serviços 72. Economia Fundamentos e Aplicações.S.Explique o que você entende por elasticidade-preço da demanda e elasticidade-preço da oferta? 4 . Com base nesses dados calcule a elasticidade-preço da demanda? Resp. sistema de preços.Unidade produtora de bens e serviços (as empresas produzem bens e serviços e os comercializam também). .Supondo um aumento nos preços das cadeiras escolares da empresa em que você é o gerente de $ 362.:21de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. Nessas condições os preços devem ser formados segundo a uma correlação entre demanda e oferta.: 3. exerce influência sobre os preços de mercado. 2006.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.. As hipóteses entre outras.Pearson. 74 75 . 76 . ou seja. Esse modelo deve satisfazer algumas condições ou hipóteses. b) temporário trata-se de dumping praticado no âmbito dos mercados internos. P. permite a introdução de sobretaxas de importação como forma de eliminar os efeitos do dumping. . por exemplo. 2007. e foi criado pela economia clássica. Trata-se de um dumping utilizado para afastar os concorrentes de determinados mercados (dumping no mercado interno).A.2 . 2009.Mendes.. Publicidade Dumping (*) Diferenciação de produto Redução da produção Redução do nível de consumo Deixando de consumir certo produto Empresa Empresa Empresa Empresa Consumidor Consumidor (*) Dumping é caracterizado pela venda de mercadorias a preços abaixo do custo de produção.:22de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. G.Tipos de Estruturas de Mercados MERCADO DE CONCORRÊNCIA PURA ou PERFEITA: Pressupõe a existência de um grande número de empresas (vendedores) e consumidores (compradores). Existe. Micro e Macro.Taylor. Economia.Economia Fundamentos e Aplicações. onde nenhum desses agentes. 2004.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. M.Samuelson . Introdução à Economia. McGraw-Hill.. Princípios de Microeconomia.5. através da 78. Atlas. Essa estrutura se caracteriza também por pequenos controles de preços (quando se faz necessário) 77. A OMC (Organização Mundial do Comércio).Vasconcellos. são 75: Atomicidade de mercado Homogeneidade do produto A não existência de barreiras Transparência de mercado Significa um grande número de empresas atuando nesse mercado Significa que não deve existir diferença entre os produtos Significa que as empresas podem ingressar nesse mercado a todo momento Significa que todas as informações relativas a esse mercado devem ser conhecidas por todos os seus participantes MERCADO DE CONCORRÊNCIA IMPERFEITA ou MONOPOLÍSTICA: É uma situação de mercado caracterizada por muitas empresas e produtos diferenciados embora similares76. entretanto. Os tipos de dumping são: a) persistente que é um dumping voltado para o mercado externo e caracterizado pelos subsídios as mercadorias exportadas. Ática. No contexto geral deve prevalecer a formação dos preços segundo a uma correlação entre a oferta e a demanda. de. 78 . J.2. a possibilidade de as empresas e também o consumidor influenciarem os preços e a própria demanda de bens e serviços. .. Learning. 77 . J.G. e Nordhaus W. é aquele em que nenhuma empresa é suficientemente grande para influenciar ou afetar os preços de mercado 74.S.T.B. O objetivo do dumping é eliminar os concorrentes e/ou conquistar fatias do mercado. Campus: Sala: 3. 2009.Mankiw. Fundamentos de Economia. . M. Esta prática ou modelo não é uniforme em todos os países. Precisa entretanto.S. conhecer a estrutura de custo desse monopólio o que não é fácil. porcos…).0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.. 2009.Mendes. Economia Fundamentos e Aplicações. G. Exemplo: Em certa região que possui uma única empresa beneficiadora de tomate onde os produtores são “obrigados” a negociarem 82 . O tipo mais comum de CARTEL é o de empresas que produzem ou vendem artigos ou produtos semelhantes.Economia Fundamentos e Aplicações. 2009. marcado por um grande número de vendedores.E. pela fusão entre elas. gás natural. b) Oligopsônio bilateral. 2008. CARTEL: Não deixa de ser uma estrutura só que contra a lei.. Como trata-se de organização onde há um domínio de oferta de bens. aço. Nessa estrutura de mercado. petróleo bruto. Introdução à Economia.. e Garcia. 2009. J. 83 . ou seja. 79 80 . Será incluso neste contexto.T. através de acordo.T. o governo pode fazer o controle de preços do monopólio. poucas empresas detêm o controle da maior parcela do mercado. cacau. 82 ..Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. Exemplo.Mankiw. para efeito de informação: MONOPÓLIO ESTATAL (monopólio permitido por lei): Trata-se de monopólio exercido pelo Estado. alumínio. onde as empresas se unem. compram também de grandes empresas. . lavra. OLIGOPÓLIO: Estrutura de mercado típica de economia capitalista em que.Mendes. onde poucas empresas (grandes empresas). Campus: Sala: MERCADO MONOPOLISTA (o monopólio puro é raro): Trata-se de organização de mercado típica de economia capitalista onde uma empresa (normalmente uma grande empresa) domina a oferta de determinado(s) produto(s) ou serviço(s). Esse controle pode ser feito também através da tributação sobre o lucro e do imposto sobre as vendas 80.A.. Isto é.. O objetivo deste tipo de monopólio é desenvolver e explorar atividades consideradas estratégicas como por exemplo. Saraiva.Pearson. Pearson.. aves. petróleo. J.G. Do outro lado. mercado comprador também muito concentrado. Reflete uma concentração de propriedade na "mão" de poucas empresas de grande porte 81. incorporação ou compra de pequenas empresas do mesmo ramo. 2009. processamento.:23de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. Exemplo: Indústrias alimentícias comprando de pequenas empresas fornecedoras (leite.. MONOPSÔNIO: Estrutura de mercado caracterizada por um único comprador de certo produto ou de certos produtos. Learning. M. OLIGOPSÔNIO: Estrutura de mercado. compram determinadas matérias-primas.. determinados sistemas/equipamentos de comunicação utilizados em guerra 79.G. em que poucas empresas de grande porte. Exemplo: Certas patentes. automóveis . a) Poucas empresas (grandes empresas) comprando de muitos pequenos produtores. Isto se dá geralmente com mercadorias ou serviços que não tem substituto..Mankiw.: Montadoras automotivas comprando de empresas de siderurgia 83. porém. para estabelecer um preço comum (trata-se de um preço artificial). enriquecimento de minérios e minerais nucleares e seus derivados. funciona de acordo com a legislação de cada país. Learning. transporte marítimo de petróleo e derivados. mercado com múltiplos compradores controlados por um único vendedor. 81 . podem ser encontradas duas formas de oligopsônio. isto é. G. Exemplo: empresas dos setores cimento.Vasconcellos. Introdução à Economia. Economia Fundamentos e Aplicações. são controlados pelo Estado (governo). delimitando território para operar. Os recursos produtivos. J. de.G.E. Pearson. etc. entre outros.Vasconcellos. A verdade é que a empresa compra os insumos. 87 . Pearson... reúne e combina todos eles (matérias-primas. J. e Garcia. bens e serviços os quais são disponibilizados no mercado para a comercialização e o atendimento dos consumidores 86. SISTEMA DE CONCORRÊNCIA NUMA ECONOMIA CENTRALIZDA: Nesse tipo de economia observa-se a ausência de concorrência. . 2009. O objetivo do CARTEL é maximizar lucro.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. M.S.Mendes. Campus: Sala: As empresas envolvidas com essa prática agem fixando e controlando os preços entre os seus membros. Pearson. (repetindo o já visto acima) a produção. J.Função de produção Trata-se da transformação dos recursos produtivos (recursos econômicos ou fatores de produção) em bens finais. traduz menor grau de concentração. Refletindo. Fundamentos de Economia.. 2006. Economia Fundamentos e Aplicações.T.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.:24de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. a base de qualquer economia uma vez que são os meios utilizados pela sociedade (ou por determinado segmento dessa sociedade) para a produção de bens e serviços.G. Quanto mais próximo de 100% (cem por cento) maior grau de concentração do setor e quanto mais próximo de 0% (zero por cento). M.S. Economia Fundamentos e Aplicações. 84 85 . controla os custos. já que os meios de produção e a própria economia. são elementos utilizados no processo de fabricação dos diversos tipos de mercadorias ou na prestação de serviços 87.G. tecnologia. Saraiva.T. 86 . os preços dos produtos.Vasconcellos. máquinas e equipamentos. 2009. 2009. M. 2008. se constituem na realidade.T. Deriva-se desse processo (da combinação dos recursos produtivos). no grau de concorrência entre as empresas dos diferentes setores da atividade econômica 84.A. Atlas. A propósito desta questão o grau de concentração na econômica brasileira. etc) 85.Mendes. GRAU DE CONCENTRAÇÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA (Dados:1990) 46% 43% 20% Fonte: Vasconcellos (2008) 100% 94% 88% 91% AÇOS PLANOS FUMO FIAÇÃO E TECELAGEM CONFECÇÃO MATERIAL DE TRANSPORTE AMIANTO E GESSO PETROQUÍMICA 3. que administra.6 .A.. se comporta conforme o mostra o gráfico abaixo. mão-de-obra. cuja finalidade conforme acima mencionado. é o de satisfazer as necessidades humanas (necessidade dos consumidores) 88. os mecanismos de distribuição e dimensiona o consumo. . Conforme pode ser visto acima os recursos produtivos (recursos econômicos ou fatores de produção). Micro e Macro. 88 .Mendes. Exemplo: Setor de combustíveis.2. assim. Exemplos do Processo Produção de bens e serviços Um exemplo resumido de um processo de elaboração de bens e serviços desde a primeira etapa..Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. distribuição e venda desses bens e serviços. Inclui toda a atividade humana (esforço humano físico e mental) empregado na produção de bens e serviços.1 . São máquinas. 2008. etc. a energia do sol... recursos minerais. Saraiva.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. até a elaboração do produto final.. Fundamentos de Economia. empregados nos processos de produção de bens e serviços.Os recursos econômicos podem ser caracterizados da seguinte forma: Escassos Versáteis Combinados São aqueles limitados(escassos) quando utilizados na produção de certo(s) bem(ens) em maior(s) quantidade(s).. ....6. e Garcia...2.. O empreendedor deve assumir (o empresário).A. o esforço e a capacidade de reunir. Tecnologia (técnicas de produção). desde o momento em que os fatores de produção são adquiridos pela empresa.. M.. conhecimento técnicos e administrativos.Quanto a sua classificação e representação os recursos econômicos podem ser: RECURSOS NATURAIS (para muitos autores conhecido também como TERRA) RECURSOS HUMANOS (conhecido também como TRABALHO) BENS de CAPITAL ou BENS de PPRODUÇÃO ou CAPITAL FÍSICO TECNOLOGIA Diz respeito aos recursos obtidos da natureza: florestas (madeira). (T) MATÉRIAS-PRIMAS. os riscos que envolvem esse processo de produção. (Mp) PROCESSO DE PRODUÇÃO (I)INSUMOS (II) (III) (IV) PRODUTO(q) 89 . instalações prediais (a serviço do processo produtivo)... CAPACIDADE EMPRESARIAL (ou EMPREENDEDORISMO (considerado por alguns autores): 3.2 .:25de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. certamente irá faltar para a produção de outro(s) bem(ens) em maior(s) quantidade(s).6.S. Conforme foi visto acima.2. solo para fins agrícolas.. equipamentos.6. M... a questão dos custos inerentes ao processo de produção.3 . energia dos ventos. (N) CAPITAL FÍSICO.. Campus: Sala: 3. Significa dizer que um determinado recurso pode ser utilizado na produção de uma infinidade de bens ou serviços Significa dizer que o(s) recurso(s) pode(m) ser combinado(s) em proporção(s) variada(s) ou mesmo substituído(s) 3. como também...2. (Ciência) É o ato. instalações fabris. A tecnologia é obtida através da Pesquisa. recursos hídricos. MÃO-DE-OBRA . em que os fatores de produção se combinam.Vasconcellos. transformados e distribuídos para serem comercializados no mercado 89. combinar e coordenar todos os recursos produtivos acima em benefício da produção de bens e serviços.E. (K) TERRA .... um exemplo de uma “linha de produção” de uma empresa que utiliza um bom nível de tecnológico.6.2. bens de capital.. Introdução à Economia.4 . instalações fabris. (2).Produção e o curto prazo Conforme vimos acima quando se produz bens ou serviços são empregados na produção recursos econômicos. entre eles.A.:26de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.6.Destino da produção a) Atender o consumo das famílias. equipamentos e instalações fabris 90. ou seja. por várias razões. existe uma flexibilidade maior para que se possa mexer com os fatores de produção variáveis.È muito difícil aumentar os fatores de produção fixos pois são de difícil incremento a curto prazo.. e Garcia.E. máquinas. que são caracterizados por mão-de-obra e matérias-primas. M. 3.2. (1) (2) (3) Legenda (1).Toster e Mochón. e (3): setor de produção da empresa. CONSUMO DAS FAMÍLIAS BENS SERVIÇOS e INTERNO MERCADO ATENDE AS NECESSIDADES humana PROMOVE O BEM-ESTAR EXTERNO MERCADO QUALIDADE DE VIDA CONSUMO DE CAPITAL 3.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. etc (estes fatores só são alterados a longo prazo). Fundamentos de Economia.Por outro lado. tecnologia.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. fica muito complicado aumentar de imediato a produção. Saraiva.5 . M. Na hipótese de um aumento de demanda rápida. O nível de tecnologia implementado nas corporações normalmente difere de empresa para empresa. . 2008. Estar-se falando justamente das máquinas e equipamentos de produção. atender a demanda final do consumo de capital. . entre elas91: a) . 90 91 . b) . e assim.S. operários (mão-de-obra direta) fabricando bens. Campus: Sala: Para ilustrar. 2002. Makron Books.Vasconcellos. b) Alimentar o processo produtivo em curso (produto intermediário). G. Economia Fundamentos e Aplicações. tanto da mão-de-obra quanto das máquinas e equipamentos são utilizados como medida de eficiência. Desse modo. onde PT = produto total (quantidade do produto) K = capital físico (número de máquinas e equipamentos) PMek = produtividade média do capital físico Exercício Nº 2/5 – 1 questão(s) 1.= telefone p/ trabalhador.G.:27de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.Mendes..= telefone p/ máquina. Em fim. 2009. Pearson. Desse modo. econômico-financeiro. 2009. 3. pesquisa. comércio. PMek=----------.Como mensurar a PRODUTIVIDADE MÉDIA por TRABALHADOR e PRODUTIVIDADE dos BENS DE CAPITAL (máquinas e equipamentos) A produtividade média.1.Mendes. das fábricas de uma cidade. e até mesmo de um país 93..2.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. foram utilizadas 10 máquinas e 34 empregados. Entre os fatores de produção empregados na fabricação desses telefones.T. Pearson.Produtividade média do capital (máquinas e equipamentos de produção) A produtividade média das máquinas e equipamentos também resulta da divisão da quantidade do produto fabricado (PT) pelo número de máquinas (K).T. Resp.7. pode ser calculada a produtividade média das máquinas e equipamentos de uma fábrica.2.Produtividade média da mão-de-obra (trabalhadores do setor produtivo) A produtividade média do trabalhador resulta da divisão da quantidade do produto fabricado (PT) pelo número de trabalhadores (N).2.6. de um Estado. prestação de serviços. pode ser calculada a produtividade média dos trabalhadores de uma fábrica. das fábricas de uma cidade.6 . de um Estado. a) . e até mesmo de um país 92.133 telefones. . . etc.7 . Não importa o porte da empresa tão pouco a atividade econômica em que ela esteja enquadrada: indústria.2.1 – Introdução e Conceito 3.7. onde PT = produto total (Qde do produto) N = mão-de-obra (número de trabalhadores) PMen = produtividade média da mão-de-obra b) . Com base nas informações calcule a produtividade média da mão-de-obra de do capital físico.: PMen =-------. um quantitativo total da ordem de 2.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.Os custos da produção (uma noção vista sob a ótica econômica) 3.Certa empresa produziu durante o ano de 20X9.Introdução Todas as decisões tomadas no âmbito da empresa os custos estão presentes. J. qualquer que 92 93 . Economia Fundamentos e Aplicações. J.1 . Campus: Sala: 3. 2 .7. Pearson. elas se tornam mais fortes para enfrentar a competitividade acirrada que existe entre suas concorrentes num cenário econômico globalizado.G. vigilância. Atlas.S. adquirir novos estoques de matérias-primas. na sua capacidade para produzir mais. 2006.2. etc. mas que são importantes na medida em que garantem a manutenção da estrutura e das instalações para que a empresa possa produzir seus bens ou serviços: aluguel da fábrica. Não se pode esquecer. tratar sobre esta questão na empresa é algo feito cotidianamente (tratar sobre os custos de produção. G.). na aquisição e novas máquinas e equipamentos.4 . Exemplo de custos que não fazem parte do sistema de produção numa empresa.Mendes. Micro e Macro. J. IPTU. aluguel dos escritórios da empresa. faxina. M. Por quê? Porque receita menos custos é igual a lucro e quanto menor o custo maior será o lucro.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. se adicionado a outras medidas consideradas inadequadas para essa empresa.T. Ficam mais propensas a maximizarem seus lucros. 2009. . J. de. 2009.7. 96 .0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. pode não sobrar dinheiro para novos investimentos e podem proporcionar falta de competitividade de mercado. 3.7. contabilidade. de. deixar de incluir ou de mensurar os custos de manutenção da estrutura e instalações da empresa 96. Portanto. ficam menos dependentes financeiramente junto às instituições financeira (juros altos no Brasil) e tem mais possibilidade de expansão e de investir em novos produtos. .3 .Conceito de Custo Trata-se da soma de todos os valores agregados ao bem ou serviço produzido pela empresa. Há outras vantagens para a empresa que nutre um custo enxuto e controlado. embalagem e impostos que incidem sobre o processo de produção 97. envolve custos para sua elaboração e/ou produção 94.G. ajudar os seus proprietários e administradores a fazerem investimentos na incorporação de novas tecnologias. 98 . Atlas.Vasconcellos.. encargos sociais relacionados a esse pessoal) 98. 3. os custos de manutenção. telefonia. Economia Fundamentos e Aplicações. Micro e Macro. encargos sociais da mão-de-obra direta. teoricamente mais recursos disponíveis. receita e lucro têm uma ligação muito importante 95. Learning. 97 . e portanto. sobre os lucros ou prejuízos. Porém.:28de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. energia elétrica gasta ou ligada ao processo de produção. Introdução à Economia. os custos não se resumem somente aos valores desembolsados na produção de bens ou serviços. Custos considerados como custo de produção em uma empresa: o custo das diversas matériasprimas. Campus: Sala: seja a atividade humana desenvolvida ou a ser desenvolvida.S. custo da mão-de-obra direta (mão-de-obra ligado ao processo de produção da empresa).2.2. ou memo. 2006.Vasconcellos. energia elétrica gasta na iluminação dos ambientes da empresa. M. consultoria.Má gestão de custos Uma má gestão dos custos na empresa.Mankiw. Economia Fundamentos e Aplicações.A. mão-de-obra indireta (pessoal da administração..Importância de uma boa gestão de custos Em princípio custo enxutos e controlados na empresa vai permitir sobra mais recursos (dinheiro). e assim.A. 3.T. Pearson. 94 95 . por exemplo. já que custo.Mendes. 2009. água e esgoto. J. É importante salientar. Atlas.5 . aluguel da fábrica. . 3. COFINS. 2009.Vasconcellos. Economia Fundamentos e Aplicações. Custos Variáveis (CV): São custos que a empresa terá que efetuar pela utilização dos fatores de produção. de. e Garcia. telefonia.7. consideram alguns dos itens abaixo como uma despesa. 103 . 2006. os seus custos fixos serão os mesmos (não se alteram em relação às quantidades do bem ou serviço produzido).Energia elétrica (que move máquinas e equipamentos ligados ao setor produção). que é difícil ligá-los ao produto ou ao serviço produzido).Classificação dos custos em relação ao produto (ou seja. M.A. Pearson.2. energia elétrica que não esteja associada ao bem ou serviço produzido (energia elétrica que ilumina os ambientes da empresa).0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. Saraiva.T. eles podem ser classificados em 99: CUSTOS DIRETOS ou CUSTOS INDIRETOS Custos Diretos(D): São aqueles que podem ser identificados ou apropriados diretamente ao bem ou serviço produzido.E. Assim.Mão-de-obra direta utilizada no processo de produção dos bens ou serviços. Isto significa dizer que. Campus: Sala: 3. M.Impostos ligados ao produto. Micro e Macro. a ser classificada de acordo com o seu tipo).Material de embalagem e acondicionamento dos produtos produzidos pelas empresas. 101 .. M. Podem ser variáveis e fixos. -Vasconcellos.2.Vasconcellos. 102 .. PIS. Saraiva.7. etc100. pois estes custos são perfeitamente mensuráveis do ponto de vista econômico. Custos Fixos (CF): Não se alteram em relação às quantidades do bem ou do serviço produzido pela empresa.. 99 100 . M. energia elétrica que move máquinas e equipamentos ligados ao setor de produção dos bens que a empresa produz.A.. sua variação em relação ao produto ou serviço produzido). M.S.A..Classificação dos custos quanto a sua variabilidade (ou seja. M.S. Tanto faz produzir uma ou mil unidades de bens ou serviços. Exemplo de custo variável: .Matérias-primas utilizadas no processo de produção dos bens ou serviços. Exemplo de custos que não podem ser alocados diretamente (custo indireto) ao bem ou serviço produzido: salários dos vigias. que os custos fixos são indiretos (é bom ressaltar que muitos autores com visão mais voltada para a contabilidade. 2008. encargos sociais sobre comissões (do ponto de vista contábil os impostos são considerados despesas tributárias) 102. pois estes custos são de difícil mensuração do ponto de vista econômico (digamos.:29de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.S.Vasconcellos. .A. Saraiva. e Garcia. com relação ao bem ou ao serviço produzido. IPI.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. Custos Indireto(I): São aqueles que não podem ser identificados ou apropriados diretamente ao bem ou serviço produzido. por exemplo: ICMS. Exemplo de custos que podem ser alocados diretamente (custo direto) ao bem ou serviço produzido: custo das matérias-primas empregadas no processo de produção. material de embalagem para os produtos produzidos.E. ainda. e possuem uma relação direta com os custos diretos. e Garcia. M. Fundamentos de Economia. tanto faz a empresa produzir ou não produzir. quanto a sua alocação) Uma das questões de muita importância com relação aos custos é exatamente saber quando eles (os custos) têm uma relação DIRETA ou INDIRETA.S. gastos com limpeza da fábrica. mão-de-obra indireta (trabalhadores que não estão ligados ao processo de produção da empresa) 101.Mendes. 2008. 2008.G.. Exemplo de custo fixo 103: . etc. mão-deobra direta (empregada e que fazem parte do processo de produção em fábrica). Eles variam (se alteram para mais ou para menos) de acordo com as quantidades dos bens ou serviços produzidos.E. Fundamentos de Economia. .6 . . Fundamentos de Economia. .000.Salários dos vigias. Campus: Sala: .Salários indiretos.000.00 CUSTO VAIRÁVEL (CV) 90. São associados ao custo total.00 180. Telefonia. do custo fixo.00 165. .00 Formação e representação gráfica dos custos representados no quadro acima. ($) Qde PRODUZIDAS (q) 0 1.000.00 120.00 225.Salário do Contador (mesmo que ele seja terceirizado).00 CV CF 135.00 180.000 2.000 4. custo variável e do custo total.00. Custo Total (CT): É a soma dos custos utilizados na elaboração de um ou mais produto ou serviço.000.Encargos sociais sobre os salários indiretos.00 345.:30de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.00 540.00 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 Q (quantidade) 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 q (quantidade) .0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód..00 120.000 6.000.000.000.Gastos com limpeza da fábrica.000.000 CUSTO FIXO (CF) 180.000.00 180.00 360.Água e esgoto. .000.00 165. etc.000.000.000.000.00 $ 180.Aluguel da fábrica e dos escritórios da empresa.000.000..Energia elétrica (que não esteja associada ao bem ou serviço produzido).00 315. IPTU. . os custos de manutenção estrutura e instalações da empresa. .000.00 180.000 5.00 405.000.00 90.000 3.000. Representação gráfica do CUSTO FIXO (CF) Representação gráfica do CUSTO VARIÁVEL (CV) $ $ 360.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. .00 300.00 135.000. .00 CUSTO TOTAL (CT) 180.000.000.000.00 225.000.000.00 270.000. onde CT= custo total CV= custo variável CF = custo fixo CT = CV + CF Quadro representativo abaixo (uma visão econômica e de controle gerencial).00 180.000.00 180.00 180. quanto foi gasto para produzir em média (custo variável médio) cada unidade desse mesmo “bem X”.IOF. descontos sobre mercadorias vendidas. financeiras. por exemplo. e em termos totais (custo fixo meio mais custo variável médio) quanto a empresa gastou.:31de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. Administrativas Financeiras Vendas ou Comercial Tributárias Dizem respeito à estrutura administrativa da empresa.. segundo é feito na contabilidade.. Exemplo:PIS. assim como na própria Economia como um todo. ISS. em termos de custos fixos médios..Noção de Despesa No que diz respeito à microeconomia.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. por sua vez. CTme = 3. fazer uma avaliação e análise gerencial dos valores médios.= q CV --------. As despesas podem ser. por exemplo. ICMS. são consideradas como despesas . Exemplo: Comissões de vendas. do volume de vendas e não do volume de produção. na mobilização da estrutura da empresa para que fosse produzida uma unidade de um “bem X” ou serviço... Tal classificação se dá em função. como variáveis. Exemplo: empréstimos de bancos. CVme = Custo Variável médio (CVme): Resulta da divisão do custo variável pelas quantidades produzidas de bens ou serviços.= q CT --------. Por outro lado..8 . Exemplo: comissões pagas aos vendedores. Em outras palavras.2.. pela empresa. isto é. não é feita uma classificação rigorosa de custos e despesas. IRPJ. pela empresa. de custo variável médio e de custo total médio. publicidade. não utilizados nas atividades produtivas.Exemplo: material de escritório. São as despesas que tem relação com os produtos vendidos pelas empresas.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. as despesas figuram como gastos. receber a classificação de VARIÁVEIS ou FIXAS. No que diz respeito às despesas. tanto em termos fixos. Custo Total médio (CVme): Resulta da divisão do custo total pelas quantidades produzidas de bens ou serviços. COFINS. IPI. quanto foi gasto em média (custo fixo médio). São aquelas derivadas de empréstimos de recursos financeiros para as empresas. São despesas derivadas dos tributos pagos pela empresa. Campus: Sala: Através das fórmulas abaixo se pode encontrar os custos médios dos bens ou serviços produzidos. pela empresa.. estas podem também.. Os resultados obtidos permitem. Quando se vê esta questão pela ótica da contabilidade aprende-se que os custos são gastos que tem uma ligação com a produção de bens e serviços. com bens e serviços. assim como totais na produção de bens ou serviços em relação aos concorrentes. CF --------..= q CFme = Custo Fixo médio (CFme): Resulta da divisão do custo fixo pelas quantidades produzidas de bens ou serviços. o CFMe e o CTMe. Sua produção ano foi de: primeiro semestre 11.Silva.321. a concorrência. São Paulo: Atlas. Diante dos dados acima.Silva.A clínica Radx especializada em exames radiológicos. Por esse motivo. mão-de-obra direta $ 12. Com base nestas informações.F. calcule o CVMe.P. C. aluguel de imóvel onde funciona a fábrica e um escritório no centro da cidade $ 14.00. matérias-primas $ 17. Enquanto que o aluguel do escritório. 31. E.098. Exercício Nº 3/5 – 2 questão(s) 1 . 106 . em relação às quantidades produzidas no primeiro semestre. interdisciplinar visto que envolve conhecimento de economia. cerca de 5. maximizar os lucros da empresa de modo . políticas governamentais (aumento ou diminuição de impostos).Certa empresa fabricante de cadeiras escolares.00. desembolsou no exercício de 20X9. Para muitos autores é um custo variável). as seguintes importâncias: telefonia $ 2. esta terá que ser paga independentemente das vendas se darem ou não ou da empresa produzir ou não. conhecimento de custos e contabilidade gerencial. H.. entre outros 107. Campus: Sala: variáveis (vai variar de acordo com o volume de vendas). dessa empresa.:32de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.980. C.00. Rio de Janeiro: Elsevier.S. e mão-de-obra indireta $ 16.00. devem ser os mais “enxutos possíveis” 106.500. da. 2008. C.00. 2008.. entre custos fixos e variáveis. A. para isso.588 exames e. fixo médio e total médio.A.S. Junior. calcule os custos variável médio.00. Quais são. arcou com os seguintes custos: Custo Fixo $ 112. Ferreira.299. L. 104 105 . energia elétrica para iluminar os ambientes (salas da empresa) $ 3.100.00. 107 .356. A verdade é que os preços de mercado devem atender os anseios do mercado e os interesses do consumidor. etc 104. mas devem também. Preços.778..Costa. Curso Básico Gerencial de Custos. 2 . Exige. embora o custo seja um fator primordial e decisivo na formação do preço de venda qualquer que seja a atividade econômica105. 2003..SISTEMA E FORMAÇÃO DE PREÇOS 4.Padoveze. Orçamentos e Custos.58%. produziu durante o ano de 20X8. R. 2010.00.234. já que. São Paulo: Atlas. principalmente a parte ligada a microeconomia. por exemplo. São Paulo: Thomson. A composição e determinação do preço de venda de um bem ou serviço não deve ser focada somente no custo incorrido na empresa. então.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.1 .321.00.123 cadeiras e no segundo semestre (mesmo ano). além disse. Contabilidade Empresarial para Gestão de Neg. os outros fatores a serem observados: as condições de mercado e este aspecto é muito importante (já que esse preço pode sofre aumento ou queda de acordo com as condições encontradas nesse mercado). . força elétrica para mover os equipamentos do setor de produção $ 2. da. E.00 e Custo Variável $ 76. os custos em sua empresa. água e esgoto $ 1. pode ser considerado (do ponto de vista da contabilidade ) como uma despesa fixa. e a própria lucratividade da empresa. assim como no custo fixo. além disso. Contabilidade Empresarial para Gestão de Neg. IV . antes de tudo.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.Introdução Os preços em uma empresa são considerados por alguns autores como uma questão. a observância de uma série de variáveis as quais podem influenciar o preço do produto ou do serviço (para maior ou menor). 110 ... Essa apuração deverá ser de forma individualizada.2446463 . e material de embalagem $ 2.70.18 30. custos variáveis 59. Assim como. São Paulo: Atlas.. % CV Coef CV = Onde Coef...00 $ 7. 2008.+ 1 100% . Análise de Custos.. pode assumir os seguintes trâmites segundo o exemplo do autor 110: Exemplificando 1 . São Paulo: Atlas. V.18 69.+ 1 = 3.Noções de preço de venda em uma empresa industrial A noção de preço de venda de um bem (bens a serem fabricados / vendidos). 108 109 . custos e despesas fixas $ 271.2.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. materiais secundários $ 1..J. e lucratividade pretendida de 10% (para efeito de nosso exercício a parte relativa aos impostos já está resolvida). C.Carone.69. São Paulo: Iglu.. da capacidade instalada. Campus: Sala: que ela (empresa) possa promover investimentos no aumento da produção. De posse dos dados. 1º Passo: Apurar o custo do produto a ser produzido e vendido pela empresa.00.18% 10% 69.70 $ 2.Silva. então: Custos Variáveis Lucro Desejado Total .0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.. $ 4.Supondo que certa empresa fabrique um “produto X” e tenha disponibilizados os dados abaixo: matérias-primas $ 4. segundo a fórmula abaixo. CV= coefic. numa empresa industrial. Contabilidade Empresarial para Gestão de Neg. Matérias-primas Materiais secundários Material de embalagem Total . cada autor também tem a sua maneira e metodologia de calcular os preços dos produtos. etc 108. Custos para Pequenas e Médias empresas.%CV 69.:33de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. .444. 4. e estabelecida com base nos parâmetros já vistos anteriormente.82 . 2000.custo variável %CV =percentual custo variável ------------.64.Santos. J.. E..1 .. 4.Noções de formulação de preços Cada empresa possui sua política e maneira diferenciada de formular os seus preços109.70 2º Passo: Apurar o Custo Variável (CV) incluindo no contexto.18%. 2000.00.+ 1 = ---------. da. 59..2 . produção 14.. mercadorias e de prestação de serviços.18% 3º Passo: Apurar o coeficiente de custo variável. 100 .18 Como ficaria neste caso: Coef.500 unidades. CV= ----------------. o percentual da MARGEM DE LUCRO pretendida (10%).00 $ 1. e após isto. somar com o custo fixo.2446463 (utilizar sete casas após a vírgula) 4º Passo: Apurar o custo fixo total do produto que a empresa fabrica.:34de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.000 unidades. Custos Variáveis 60%.444.64 5º Passo: Apuração do faturamento total (FT). a de elaborar o preço de venda do produto fabricado. material de embalagem $ 5. Margem de lucro pretendida 20%.CV = 3. Custos Fixos $ 100. entre elas.243.72 14.000. com base nas informações abaixo. Margem de lucro pretendida 13%.64 = CFT = $ 383. Assim.61 PV = ------------------. Dados Matérias-primas $ 15.00 + 271.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. 2 .006. que é igual.00.64 x Coef. Dados Matérias-primas.650.500 = 111. e Total de tubos galvanizados produzidos no mês 10.00.00. Apurar o custo fixo total (CFT).2446463 = FT $ 1.Calcule o preço de venda do produto “X” que a sua empresa produziu neste mês.70 x 14.00. . Custos Fixos $ 150.094. materiais secundários $ 10. CPV = Custo Unit x Qde Produzidas Onde CPV = custo dos produtos vendidas CFT =custo fixo total CF = custo fixo + Custo Fixo CPV = 7. e Total de cadeiras produzidas no mês 13. Custos Variáveis 30%.Sua empresa fabrica tubos galvanizados para navio é uma empresa de pequeno porte. O faturamento total é encontrado a partir da fórmula: FT = CFT x Coef.006. onde o gerente possui inúmeras atribuições.CV CFT = 383.50.094. onde PV = preço de venda Qde.000 unidades.500 Exercício Nº 4/5 – 2 questão(s) 1 . Deverá seguir a seguinte forma: Custo unitário do produto multiplicado pelas quantidades produzidas. calcule o preço de venda do produto que a sua empresa produziu neste mês.61 6º Passo: E finalmente apurar o preço de venda. materiais secundários e material de embalagem $ 10.243.= PV= $ 85.00.. Campus: Sala: Cof. Prod mensais = Quantidade dos produtos produzidos na fábrica durante um mês FT PV = -------------------------Qde Produzidas mês 1..CV 3.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.000. 00% Total ....28 + 1 = Coef.CV = -------------------.82 (*)Sete casas após a vírgula 4º Passo: Apurar os Custos Fixos Totais (CFT) 111 . 44.80 285.. Exemplificando 1 . e c) Mercadoria azul 180 unidades e $ 285.. ou seja. os seus custos individualizados também. custos fixos $ 64. onde as quantidades e valor líquido dessas mercadorias são as seguintes: a) Mercadoria verde quantidade 250 unidades e $ 202. amarela. Custos variáveis.56..Noções de preço de venda em uma empresa comercial E em uma empresa comercial. dentro das quais.:35de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. São Paulo: Iglu...Carone.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.+ 1 = 1.. os preços de venda de mercadorias devem ser elaborados. os custos variáveis somados a lucratividade desejada.. Iremos trabalhar com a hipótese em que as quantidade de mercadorias a serem comercializadas são conhecidas. como ficaria essa noção de preço 111.376..2 .CV = coeficiente do custo variável %CV = percentual do custo variável % CV Coef CV = ------------..20.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.376. e lucratividade pretendida de 12%.+ 1 = ---------. onde Coef...40. assim como.%CV 56. 2000.600. ou seja.00 51.80..18% (é o custo variável total) 3º Passo: Apurar o Coeficiente dos Custos Variáveis e para isso você terá que utilizar a fórmula abaixo.00 é na verdade o valor total das mercadorias que a empresa pretende vender ou mercadorias vendidas.18 56. V. O autor mostra ainda... Campus: Sala: 4. Custos para Pequenas e Médias empresas..00 $ 154.. 56.. $ 154.80% Lucratividade pretendida... 100 . que existem algumas hipóteses...352. 12.. b) Mercadoria amarela quantidade 300 unidades e $ 174.440.336. 1º Passo: É relacionar os valores líquidos unitários (para efeito de nosso exercício a parte relativa aos impostos já está resolvida) de cada mercadoria e multiplicar pelas quantidades respectivas de cada uma.+ 1 100% .40..376.20 - 50. Então seguindo o exemplo do autor.2.00 52. custos variáveis 44.... 2º Passo: Apurar os custos variáveis totais.... .18 43..CV = 2..18%.00 é o (CMV) custo das mercadorias vendidas.40 174. e azul.18 Coef. MERCADORIAS Qde (unid) VALOR UNIT LÍQUIDO ($) VALOR TOTAL ($) Mercadoria Verde Mercadoria Amarela Mercadoria Azul TOTAL 250 300 180 - 202.Supondo que certa empresa trabalhe com as mercadorias: verde. aquele tipo de empresa que compra mercadorias para a revenda.00 Este valor de $ 154.2820630 (*) . e lucro pretendido de 5%. custos variáveis 30%.15 1 . valor total (CMV) $ 2. .00.000.96 Coef.00.00.000. 2 .40 = CFT = $ 218.151.40 5º Passo: Apurar o Faturamento Total (FT) onde FT = faturamento total CFT = custo fixo total Coef.CV $ 218.00.00 + $ 64. Campus: Sala: onde CMV = custo das mercadorias vendidas CF = custo fixo CFT = custo fixo total CFT = CMV + CF CFT= CMV + CF = $154.00.80 285.233352 3.:36de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. custos variáveis 15%.CV = coeficiente custo variável FT = CFT x Coef. mercadoria Z qde 30 unid a um preço $ 38. custo das mercadorias vendidos (CMV) $ 9.PV PV (Preço Final de Venda($)) Mercadoria verde Mercadoria Amarela Mercadoria Azul Exercício Nº 5/5 – 2 questão(s) 202.352.00 7º Passo: Finalmente apurar o Preço de Venda (PV) CMV Unit x Coef PV = PV MERCADORIAS CMV Unit das Mercadorias Vendidas ($) (Coeficiente do Preço de Venda) (utilizar seis casas decimais após a vírgula) Coef.728.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.233352 3.233352 654.19 922.99 (montante das vendas). mercadoria Y qde 50 unidades a um preço $15. Mercadoria alfa quantidades 30 unidades e preço de $ 130.40 x 2.376.728.40 174.= 3.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. mercadoria beta quantidade de 50 unidades e preço de $ 58. e lucratividade pretendida de 8%.00.800.00.233352 154.00.090. mercadoria mikros quantidade 100 unidades e preço de $ 30.20 3. custos fixos $ 15.43 565.Calcule o preço de venda das três mercadorias que a empresa em questão trabalha. Mercadoria X qde 10 unid a um preço $ 20. custos Fixos $ 30.376.00.00.151. 6º Passo: Apurar o Coeficiente do Preço de Venda FT Coef PV = ------------CMV 499.2820630 = FT = $ 499.PV = ---------------.Com base nos dados abaixo calcule o preço de venda desta empresa. as despesas tributárias e as despesas diretas de vendas do período.Compreende: os materiais diretos utilizados para a prestação do serviço.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. água. D.00 d) Despesas financeiras 3% (índice 0.Supondo que certa empresa tenha desembolsado na prestação de um determinado serviço as seguintes importâncias: a) Materiais diretos $ 1. O preço de venda de um serviço deve englobar também na sua elaboração. o valor do serviço 1 CS = Custo do serviço.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód. 114 .2000. . R.00 . custo com aluguel de imóvel.J.Beulke. 2000. Ou seja. J. e Berthó. combustíveis gasto nos veículos do setor produtivo.Beulke. despesas financeiras de distribuição 1 – (DFG+DTD+DDV) do serviço IDF = Índice de despesa financeira do período e está atrelado ao valor do serviço IDT = Índice das despesas tributárias diretas que incidem sobre o valor do serviço (exemplo: ISS. custos e despesas administrativas. energia que move máquinas e equipamentos do setor de produção.500. Os custos fixos e variáveis existentes nesse tipo de prestador de serviço não diferem muito dos custos fixos e variáveis dos outros tipos de empresa já vistas anteriormente 112.2. as despesas tributárias. PIS. Gestão de Custos e Resultado na Saúde. encargos sobre os salários diretos.:37de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3. Análise de Custos.(IDF+IDT+IDD) Onde PV = Preço de venda. materiais diretos consumidos na prestação do serviço 113 .08) g) Lucratividade pretendida $ 500. é obtendo o resultado em rentabilidade em percentual ou índice sobre o preço 114.3 . as despesas administrativas. e a outra.03) e) Despesas tributárias diretas 9% (índice 0. São Paulo: Atlas. salários indiretos. Campus: Sala: 4.São Paulo: Saraiva.São Paulo: Saraiva.Noções de preço de venda em uma empresa prestadora de serviços A noção e o exemplo que será fornecido é o de uma empresa prestadora de serviços na área médica. A fórmula utilizada para elaborar o preço de venda de um serviço. salário do contador. encargos sociais sobre pró-labore e salários indiretos.00 b) Custos diretos $ 1.00 c) Custos indiretos e despesas administrativas $ 300. mão-de-obra direta e seus encargos sociais.2000. Gestão de Custos e Resultado na Saúde.J... energia dos ambientes da empresa. e Berthó. ou seja. 112 113 . As despesas financeiras.J.09) f) Despesas diretas de vendas 8% (índice 0. D. COFINS) IDD = Índice de despesas diretas de vendas (são as comissões para os profissionais) L = Lucro ou rentabilidade Exemplificando 1 . a mão-de-obra PV = (CS + L) x--------------------------------direta agregada. telefonia. além dos custos fixos e variáveis.. 1 PV = (CS + L) x ---------------------1 . também devem fazer parte desse contexto.Santos.. R.700. Existe duas maneira de se calcular esse preço de venda: uma delas é calculando o preço de venda com o resultado em valor absoluto. com resultado ou rentabilidade em valor absoluto (em dinheiro ($)). 00 c) Custos indiretos e despesas administrativas $ 300. custos e despesas administrativas.:38de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.00 + 500. esta seja estabelecida em número percentuais na base de 10%.03) e) Despesas tributárias diretas 9% (índice 0. em números absolutos.500. a) Materiais diretos $ 1.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág.08) PV = 4.08) Diante do exposto acima calcule o preço de venda do serviço prestado? . as despesas tributárias. PIS.00 d) Despesas financeiras 3% (índice 0.500.(0. Campus: Sala: Diante das informações acima calcule o preço de venda do serviço prestado em valor absoluto? 1º Passo: Adicionar os valores de material direto+custos diretos+custos indiretos e despesas administrativas: $ 1. como calcular o preço de venda de um serviço.00) x -----------------------. com rentabilidade em % (percentual).09+0.00 $ 300.00 $ 1.500.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.= 1.25 = PV $ 5. 1 PV = CS x -------------------------------1 . a mão-de-obra direta agregada.500.03+0.000.00 2º Passo: Substituir os valores na fórmula acima 1 PV = (3.700.Ao invés de estabelecer o valor da lucratividade da empresa.00 b) Salários diretos $ 1.00 Total = $ 3. COFINS) IDD = Índice de despesas diretas de vendas (São as comissões para os profissionais) RENT = índice de rentabilidade sobre o valor da prestação do serviço Exemplificando 2 .09) f) Despesas diretas de vendas 8% (índice 0.Compreende: os materiais diretos utilizados para a prestação do serviço. o valor do serviço CS = Custo do serviço.700.25 1 . despesas financeiras de distribuição do serviço IDF = Índice de despesa financeira do período e está atrelado ao valor do serviço IDT = Índice das despesas tributárias diretas que incidem sobre o valor do serviço (exemplo: ISS. ou seja.000.00 x 1.00 A fórmula abaixo diz respeito ao outro caso.(IDF+IDT+IDD+RENT) Onde PV = Preço de venda. ou seja. Petrópolis. Pearson Prentice Hall. J. L. 17 . 4 .MEGLIORINI. E.CARONE. M.SANTOS.428571 = $ 5. e GARCIA. 2004. Análise de Custos. 2000. A. 2008.E.J.STGLITZ. 2003. P. São Paulo:Atlas. Manual de Formação de Preços. São Paulo: Atlas.. São Paulo: Makron Books.0 Nº 001/2010–Rev 0 – Data: 13/07/2010 Noite/ Horário: Cód.A. 2010. 1 1 1 PV= 3.e NOGAMI. Introdução à Economia.G. 2006. 6 .J. Orç e Custos Industr. São Paulo: Campos. J. C. G.00 + $ 300. 2007 13 .. Economia.500. R. R. D. 2009.2000.Curso: Ciências Atuariais Disciplina: Aspectos de Microeconomia Francisco DE ASEVEDO MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pág. 0.(0.S. A. F. A.HOLANDA.00 x 1. M. fim . São Paulo: Atlas. FERREIRA.OLIVEIRA.MARTINS.03+0. 8 .00 x-----------------------------. J. N. R. J.S.A. São Paulo: Campos. 2 . 14 . e TROSTER. e WALSH. 19 . S. 2002.700. Elementos de Economia Política.H.500.VASCONCELLOS.R. Princípio de Economia. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Contabilidade de Custos para Não Contadores. L.GASTALDI. São Paulo: Learning.S.Rio Janeiro:Elsevier.L.BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1 . Rio de Janeiro: MacGraw-Hill. 2004.P.00 + $ 1.MORGAN. Economia Fundamentos e Aplicações. Custos Análise e Gestão. Introdução à Micro Economia. 21 .BERNARDI. Gestão de Custos e Resultado na Saúde.MOCHON. D. Fundamentos de Economia. e JR.São Paulo: Saraiva.E. 2004.P. 2003. RJ: Vozes.= -----.0. 2009. São Paulo: Saraiva. 20 . 1 .TAYLOR. O.00.DORNBUSCH. Micro e Macro.VASCONCELLOS. 11 . 9 .00 (deixar seis casa após a virgula) V .MANKIW.09+0. E. C. P. Introdução à Economia.30 .2009 15 . 12 . São Paulo: Saraiva.= ---------. FISCHER. W.MENDES.M. E. 5 . 16 .00 = Total $ 3. 2005. Introdução à Economia. São Paulo: Atlas. 18 . Preços.V. Contabilidade Gerencial. e NORDHAUS.B. 3 . 10 .T.70 PV = $ 3.V.BEULKE. L. 2000. Campus: Sala: 1º Passo: relacionar os valores dos custos diretos + custos indiretos e despesas administrativas = $ 1.COSTA. Introdução à Economia.S. 2004. J. 1999.10) 1.SAMUELSON. São Paulo:THOMSON Learning. São Paulo: Iglu.:39de39 Período: C/Horária: 30h/a Crédito: 3.500. São Paulo: Saraiva.000.500. 2007. C. São Paulo: Atlas. M. R.. J. Princípios de Microeconomia.08+0. 7 . Introdução à Economia.PADOVEZE. 2009. e BEGG. São Paulo: Ática. e BERTHÓ.JR.F. Custo para Pequenas e Médias Empresas.