Memorial de Terraplenagem

March 26, 2018 | Author: JULIOCESARGOMES | Category: Humidity, Soil, Density, Pressure, Trees


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LOTEAMENTO RESIDENCIALVILA MARIA MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO TERRAPLENAGEM OBJETIVO Terraplenagem para a implantação do Loteamento Residencial Vila Maria. IDENTIFICAÇÃO  NOME OFICIAL DO EMPREENDIMENTO Loteamento Residencial Vila Maria  MÚNICIPIO Cajamar / SP  PROPRIETÁRIO Isidoro Carqueijo. CPF: 021.290.948-72 RG: 1.137.697 – SSP/SP  RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO URBANISTICO Engº Rodrigo Bergamo Ruffolo Crea/sp: 5060.813831 / D ART projeto urbanístico: 8210200505017276  RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO DE TERRAPLENAGEM Engº Rodrigo Bergamo Ruffolo Crea/sp: 5060.813831 / D ART projeto de abastecimento de terraplenagem: 92221220060765616  ÁREA DO PROJETO 48.400,00m2  ENDEREÇO DO PROJETO Rua Tiete s/n x Rua Vereador João Cardoso s/n Polvilho – Cajamar / SP  ACESSOS PRINCIPAIS Rua Vereador João Cardoso, alcançada pela Avenida Tenente Marques, na altura do nº 1.700, por sua vez acessada pela Rodovia Anhanguera – SP 330, km 29,5. 1 / 60  CONTATO Engº Rodrigo Bergamo Ruffolo Rua Albuquerque Lins, 537 cj. 168 Higienópolis – São Paulo / SP – cep: 01230-001 Telefone: 11 3662.1552 e-mail: [email protected] CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O Loteamento Residencial Vila Maria será constituído de 127 (cento e vinte e sete) lotes residências com área média de 140m², além de espaços livres de uso público (sistema de lazer e áreas verdes), área institucional e sistema viário. As áreas públicas, sistema viário e áreas verde / sistema de lazer, serão de propriedade da Prefeitura Municipal de Cajamar. O sistema viário do empreendimento será dotado de pavimentação asfáltica. CARACTERIZAÇÃO DO PROJETO  PARTES CONSTITUINTES DO PROJETO Projeto de terraplenagem; Estudo de estabilidade; Memorial descritivo do projeto; Laudo de estabilidade do terreno; Planilhas de calculo de estabilidade do terreno; Investigação geotécnica (sondagem ensaio SPT).  CONCEPÇÃO DO PROJETO O projeto de terraplenagem foi concebido de acordo com as novas premissas ambientas, minimizando as intervenções na vegetação existente, e, com implantação de sistema viário com o mínimo de movimento de terra e, preferencialmente, concordante com as curvas de nível da gleba. Objetiva-se dessa forma a menor intervenção possível no terreno (e vegetação) natural, evitando-se o inicio de processos erosivos. O controle de erosão deverá ser a premissa principal na execução dos trabalhos de terraplenagem, com um rigoroso controle técnico – operacional e execução de obras de drenagem, sempre concomitantemente, evitando-se o assoreamento de rios e outras drenagens naturais. ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS REGIONAIS O agrupamento de grandes formas do relevo definem as Províncias Geomorfológicas, com padrões gerais de topografia, solos e vegetação. Partes menores de cada 2 / 60 província, como escarpas, morros e colinas, formam as Unidades de Relevo. Estas, por sua vez, são compostas por feições particulares variadas, tais como a crista, o flanco e o sopé de uma escarpa, delimitando seus Elementos.  ESBOÇO GEOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO E LOCAL DO EMPREENDIMENTO A1 A2 A3 A4 A5 APP1 C1 C2 C3 M1 M alfa M lâmbda Terrenos contendo granitos e seqüências de rochas verdes Seqüência de rochas verdes Rochas máfica-ultramáficas metamorfizadas Arenitos e folhelhos metamorfizados Gnaisses de origem magmática e/ou sedimentar de médio a alto grau metamórfico e rochas graníticas desenvolvidas durante o tectonismo Terrenos arenosos e folhelhos metamorizados e retrabalhados no paleoproterozóico Sedimentos arenosos e argilosos, podendo incluir níveis carbonosos do Terciário Sedimentos arenosos do Pleistoceno Sedimentos relativos a aluviões atuais e terraços mais antigos do Holoceno Sedimentos argilosos, arenosos e cascalhos Vulcânicas de composição ácida Rochas plutônicas, principalmente diques de composição cálcio alcalinas e corpos circulares de composição alcalina e kimberlítica Arqueano Arqueano Arqueano Arqueano Arqueano Arqueano / Paleoproterozóico Cenozóico Cenozóico Cenozóico Mesozóico Mesozóico Mesozóico 3 / 60 que é definido por uma região de terras altas. principalmente psamíticas.  COMPARTIMENTOS DE RELEVO DO ESTADO DE SÃO PAULO E LOCAL DO EMPREENDIMENTO A área em estudo está situada na provincia geomorfologica denominada de Planalto Atlântico. podendo incluir piroclásticas Sedimentos arenosos e argilo carbonáticos de grau metamórfico fraco a médio Sedimentos arenosos e argilocarbonáticos desde muito pouco até fraco grau metamórfico Rochas magmáticas de composição félsica e máfica Rochas gnáissicas de origem magmática e/ou sedimentar de médio grau metamórfico e rochas graníticas desenvolvidas durante o tectonismo Sequências metamórficas de origem sedimentar de médio a baixo grau metamórfico Rochas magmáticas Mesozóico Paleozóico Mesoproterozóico Mesoproterozóico Mesoproterozóico Mesoproterozóico Neoproterozóico Neoproterozóico Neoproterozóico Paleoproterozóico Paleoproterozóico Paleoproterozóico A área do empreendimento está localizada sobre o Complexo Cristalino. especificamente Rochas Magmáticas de Composição Félsica e Máfica de origem na era Neoproterozóico. que apresenta desde planícies até as escarpas das serras que se 4 / 60 . com grandes variedades topográficas.Mß P1 PM1 PM2 PM3 PM4 PN1 PN2 PN3 PP1 PP2 PP3 Vulcânicas de composição básica Sedimentos argilosos. arenosos e cascalhos Rochas gnássicas de origem magmática e/ou sedimentar de médio aalto grau metamórfico Sequências sedimentares e vulcanossedimentares de grau metamórfico baixo a médio Associações de rochas de origem vulcânica e plutônica e composição félsica até máfica (posicionadas no final ou após o tectnismo) Sequências sedimentares. classe faixas de dobramentos e coberturas metassedimentares associadas. na gleba em estudo podem ser observadas características típicas de áreas de montanhas. PVA Distrófico + CX Tb Distrófico. sub-classe de faixas de dobramentos do Sudeste / Sul.  CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICO – GEOTÉCNICAS DO LOCAL DO EMPREENDIMENTO Complexo Cristalino 5 / 60 . caracterizada pelo relevo de maior energia. agrupando topografias semelhantes. com declividades predominantes acima de 30% e amplitudes locais acima de 100m.  SOLOS DO ESTADO DE SÃO PAULO E LOCAL DO EMPREENDIMENTO O solo encontrado na área do empreendimento é da classe PVA.localizam nesta província. Argilossolo Vermelho – Amarelo. A área do empreendimento está localizada na Região de Reversos e Escarpas da Serra do Mar. Desta forma é subdividido em várias zonas e sub zonas. com relevo de declividades predominantes acima de 30% e amplitudes locais acima de 300m. com grande complexidade nos tipos de rochas. chegando a atingir centenas de metros.  CONCEPÇÃO DA VERIFICAÇÃO DE ESTABILIDADE DO EMPREENDIMENTO 6 / 60 .Relevos mais acidentados. .. . . devido a situações e problemas encontrados no decorrer dos serviços. e escorregamento circular nos solos de alteração mais espessos. decorrentes da execução de cortes no pé do depósito. à má compactação do aterro e à geometria desfavorável do corpo do aterro (altura e inclinação do talude).Acompanhamento das obras por profissional habilitado pelo CREA.Escorregamentos. do tipo xistos. sendo que mais freqüentes os que ocorrem por descontinuidades (xistosidade e fraturamento da rocha ou pelas estruturas reliquiares do solo de alteração). em geral com grande espessura.Escorregamentos em tálus. a aplicação de modelos matemáticos para a analise da estabilidade do terreno e conseqüências das obras de terraplenagem. que variam de morros a escarpas serranas. . de aterros no seu corpo e de modificações no sistema de drenagem.Execução de obras em períodos de estiagem.Erosão em sulcos e diferenciada. . migmaticos estromatíticos e filitos. e adoção das medidas preventivas e/ou corretivas necessárias. .Formado essencialmente por rochas magmáticas e metafóricas do embasamento cristalino. sendo sob responsabilidade deste a avaliação quanto da necessidade ou não de estudos mais aprofundados. apresentando xistosidade bem preservada. características da topografia da gleba e características do projeto de implantação do empreendimento. . desde o sopé até as partes médias das vertentes. com solo saporilítico predominantemente siltoso. sendo adotas as seguintes premissas: . AVALIAÇÃO TÉCNICA E DIRETRIZES BÁSICAS Pela analise dos aspectos geomorfológicos regionais.O sistema de drenagem deverá sem completamente implantado conforme projeto especifico elaborado por profissional técnico habilitado pelo CREA. Principais Problemas . escorregamentos devido a evolução de processos erosivos. verifica-se a necessidade de analise detalhada com investigações geotécnicas (sondagens).Corpos de tálus com ocorrência comum. eventualmente se apresentando na forma de morretes. ainda assim. sendo que nas condições de relevo acentuado as rupturas mais comuns devem-se à deficiência do sistema de drenagem.Rochas com estruturas xistosas. bem como a obediência ao projeto e memorial de terraplenagem.Ruptura de aterro. nas situações de aterro localizados em linhas de talvergues. . estruturais e metamorfismos. compatível com os aspectos geomorfologicos levantados. e o STP aumenta gradualmente conforme a profundidade do maciço. adotou-se os valores típicos encontrados na literatura técnica: Índices Físicos d N (%) e  sat 7 / 60 . Em analise ao perfil apresentado pelas sondagens. e por meio de correlações definidos os parâmetros de coesão (C) e ângulo de atrito (). Ainda apartir das sondagens definimos a linha de lençol freático (linha de água) e densidades esperadas para os solos encontrados. As sondagens em campo. para prévio conhecimento das características esperadas para a área de estudo. nível d’água e SPT (resistência e compacidade das camadas atravessadas). pode-se considerar o maciço drenado.  PARÂMETROS DE ANALISE Densidades Especificas Como não foram realizados ensaios de laboratório para a determinação das densidades dos solos encontrados. em função da implantação do empreendimento. a base do maciço é de sedimentos silto-argilosos. Não se podem observar fragilidades em camadas inferiores. devido às características do solo (siltoso). Com base nas sondagens são estimadas as características esperadas do solo. formado por faixas bem definidas de solos. após realização de obras de terraplenagem e sobrecarga.). Quanto a condição de lençol freático. pois não foi encontrada água (NA). sendo que a relação entre elas definem o Fator de Segurança (F.S. definindo-se o tipo de solo. aspecto. estando abaixo da unidade demonstra um talude instável e acima o talude estável. e não é de se esperar recalques e adensamentos lentos.) do talude apresentado.  PERFIL GEOTÉCNICO DO SOLO O perfil encontrado apartir da interpolação dos dados obtidos nas sondagens caracteriza o subsolo como sendo homogêneo. Porém. é possível que o talude assuma a condição saturada em épocas de chuvas intensas. drenada. Primeiramente é feita uma caracterização geomorfológica regional. Os cálculos são feitos por meio de metodologias que comparam as forças atuantes e as forças resistentes do solo. nos fornece as características pontuais do talude em estudo. compacidade. apartir dos quais são realizados os cálculos de estabilidade. que. encomendadas a empresa especializada.Os trabalhos desenvolvidos visam a determinação do Fator de Segurança (F.S. principalmente argila siltosa. 22 0.22 14-21 13-18 14-18 13-19 13-20 kN / m³ 18-23 16-21 15-21 15-21 15-22 19-24 18-21 18-21 18-22 14-23 Parâmetros de coesão (C) e ângulo de atrito () Os parâmetros C e  foram obtidos por correlação apartir do SPT.49-0. 8 / 60 .82 0.48-1.33-0. Em analise a solo encontrado.22-0. durante o perfil geotécnico traçado pelo talude: SPT adotado = 17 Apartir do gráfico de corelações encontramos C = 100 kN/m² e  = 37o.Solos Areia c/ pedregulho Areia média a grossa Areia fina e uniforme Silte Argila 18-42 25-45 33-48 30-50 30-55 0.48-1.82 0. a favor da segurança C = 75 kN/m³ e  = 18.72 0. adotamos. Consideramos o SPT de ruptura e seção critica aquela que dá inicio a um aumento mais acentuado da residência do solo.5o. Modificado de De Lima (1983). 9 / 60 . 92. etc.25  planilha de cálculos em anexo (corte AA) Quanto a Estabilidade do Maciço Apartir da analise das condições do solo. adota uma superfície de deslizamento de forma cilíndrica e compara os momentos das forças resistentes com os momentos das forças atuantes. principalmente por se poder especificar exatamente qual a região do maciço que se pretende sobrecarregar. e permite uma analise minuciosa dos esforços que agem em todo talude e não somente em uma seção (seção critica).S.S. A relação entre as forças nos dá um coeficiente chamado de fator de segurança (F.S. Quanto a Condições Locais de Estabilidade e Drenagem Embora a conclusão seja de que o talude é estável para a implantação do empreendimento. principalmente em aterros e cortes de alta declividade. podem ocorrer situações de instabilidade local. Assim. de Fellenius ou das Lamelas Este método desenvolvido na Suécia por Petterson e posteriormente por Fellenius. global saturado = 1. global saturado = 1. o valor de 1. o método de Fellenius se mostrara mais adequado a condição estudada.57  planilha de cálculos em anexo F. adotamos como coeficiente de segurança F.S. F. para maciço completamente saturado. Método Sueco. As instabilidades locais devem ser minimizadas através da implantação de um projeto de drenagem 10 / 60 . para a situação geométrica e de carregamento que se objetiva. variação de resistências em uma mesma camada. de pequena magnitude. CÁLCULOS DE ESTABILIDADE Os cálculos de estabilidade foram elaborados apartir de modelos matemáticos.S. considerando-se as hipóteses de pressão neutra do terreno drenado (situação encontrada) e do terreno saturado (chuvas intensas).92  planilha de cálculos em anexo F.) que é o parâmetro de analise da estabilidade do maciço.. global drenado = 2. mínimo saturado = 1. O método apresenta a flexibilidade de analise de problemas com diversas camadas de solos com propriedades diferentes.S. sempre se comparando as forças atuantes e as resistentes de atrito e coesão.92  planilha de cálculos em anexo  CONCLUSÕES Quanto ao Fator de Segurança Calculado e Adotado Em analise as características do solo e declividade do talude. e resultados obtidos pelo modelo matemático atesta-se a estabilidade do talude para a sobrecarga objetivada. admitimos a superfície de ruptura cilíndrica. F. Nos trechos em curva. Através do projeto. para a esquerda e para a direita. a locação pode ser feita somente com balizas e cruzetas.00 m na horizontal dos seus pés. um topógrafo deverá nivelar todos estes "off-sets". que sejam reproduzidas as seções transversais da estrada e que se determine onde será necessário cortar e aterrar. Geralmente se colocam estas marcas a cada 20 metros e. com um rigoroso controle da umidade ótima de compactação. uma vez marcado. para melhor se visualizar a rua. A partir da qual se que podem marcar os serviços sub seqüentes. através de piquetes e estacas que chamamos de “off-sets”. com os taludes e cristas de corte e de aterro. Esses “off-sets” orientarão os operadores das máquinas e é através deles que podemos saber se será necessário cortar ou aterrar aquela parte da estrada. A marcação do eixo deve ser feita por um topógrafo utilizando-se aparelho apropriado. além da construção de aterros conforme projetos e especificações recomendadas. além de trenas e balizas. cravando um piquete e uma testemunha nas cristas dos cortes e pés dos aterros. eliminando a condição de saturação do solo.  MARCAÇÃO DOS “OFF-SETS” A partir da locação do eixo são marcadas as laterais da estrada. Em seguida. por isso. está marcada a plataforma das ruas e perfis de quadras. Em serviços de menor importância. permite fazer o resto das marcações. procede-se a marcação dos “off-sets”.  RELOCAÇÃO DE EIXO DE “OFF-SETS” Depois de feita a limpeza do terreno e o desmatamento. se colocam os piquetes e estacas a cada 10 metros (meia estaca). prefere-se marcar estes “off-sets” afastados 1. separando os da esquerda e da direita. e são mais fáceis de marcar. a principal locação se refere ao eixo.superficial adequado e uma cobertura vegetal de proteção. a partir do eixo. podendo-se "fechar" esse nivelamento com as cotas indicadas nos perfis de projeto. EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM  LOCAÇÃO A locação é o primeiro serviço a executar. Os trechos retos são chamados "trechos em tangente". Nos aterros. por melhores que sejam os cuidados na execução desses serviços. para que essas marcações não sejam danificadas. o topógrafo se encarregará de marcar essas distâncias no campo. pois ele é o mais importante e. a distância entre duas estacas se chama também uma estaca. No sistema viário. Nos desenhos de projeto. sempre acontecem danos às marcações 11 / 60 . Depois de marcado o eixo. onde os alinhamentos sejam retos (sem curva). Para que se tenha uma perfeita marcação de “off-sets” é indispensável que a locação pelo eixo esteja convenientemente nivelada. A marcação do eixo é feita colocando-se piquetes e estacas distanciadas entre si. para conferência dos “off-sets” de projeto. Maiores cuidados devem ser tomados com a conservação das referências de nível (RN’s). Isto deve ser feito com a maior atenção. É importante que se tenha em mão os projetos de perfis para conferencia dos serviços e esclarecimentos de eventuais duvidas.havendo. e sempre que não se fizer o levantamento de seções transversais. a altura de corte ou de aterro. pois os erros de marcação podem causar defeitos tão grandes em terraplenagem que sua correção custará muito caro. com atenção para as marcas de altura. pois se eles forem abalados ou removidos durante o trabalho. também. Além das marcas de “off-sets” costuma-se. Quando o “off-set” está marcando um corte. quando marca um aterro marca-se nele a letra “a” e a altura que o aterro deve atingir quando pronto. Pode-se. Esta nova marcação se chama de relocação. fazer uma marca de tinta ou se usar uma cruzeta. também usando uma vara.visto pelas marcas de corte e aterro . pois os “offsets” são sempre dados pela distância ao eixo. por pessoa conhecida e experiente. A marca de “off-set” dá a que distância do eixo fica a crista do corte ou a saia do aterro. pois se elas não forem bem conservadas tem-se que refazê-las freqüentemente. com perdas de tempo.  INICIO DOS TRABALHOS Para inicio dos trabalhos de terraplenagem a primeira providência é a verificação das marcações. ou risco de cometer erros. pois se “amarrar” essas marcações de modo a se poder rápida e facilmente refazê-las. perde-se muito tempo até colocá-los novamente em ordem. marcar nas estacas de eixo. A relocação dos "off-sets" só pode ser feita depois de relocado o eixo. Nos terrenos que não sejam excessivamente acidentados. com uma “cota” conhecida e que é usada como referência na implantação das diversas cotas de terraplenagem. a necessidade de verificar a marcação do eixo e dos “off-sets”. uma observação visual é o bastante para evitar erros grosseiros. Ainda em relação às marcações de eixo e “off-sets”. que deverão ser relocados. geralmente em concreto. escreve-se nele a letra “c” e quanto deve ser cortado. É comum. Nos projetos elaborados a partir de levantamentos realizados com Estação Total. Quando a marcação for feita cuidadosamente. O RN é um marco. somente percorrer as linhas de eixo e bordos. é preciso que se tome o maior cuidado com as mesmas durante a execução do serviço. antes do inicio dos serviços. essas seções devem ser levantadas.como as linhas de “off-sets” são “suaves” e não podem ser bruscamente “quebradas”. principalmente dos eixos e “off-sets”. à altura que o aterro deve atingir. é suficiente. se for o caso. pois tanto o perfil das ruas . Eventualmente pode ser necessário corrigir a posição dos “off-sets” em caderneta apropriada. O lugar em que esta marca é enterrada no terreno é onde deve passar a crista do corte ou a saia do aterro. pois.  INSTALAÇÃO DA PATRULHA DE MÁQUINAS 12 / 60 . Quando as árvores têm troncos mais grossos e raízes profundas é preciso fazer também o destocamento. Quando se termina de marcar os “off-sets”.Enquanto se cuida de fazer a limpeza do aterro já se deve também estar cuidando das providências para colocar a patrulha em ordem. em terraplenagem. Quando as árvores são de porte pequeno são usados apenas os tratores de esteiras. No apoio aos serviços de terraplenagem. manutenção e pequenos reparos. quando a vegetação removida é rala. a escolha do lugar para fazer o acampamento deve ser cuidadosa. desde o desmatamento até o encoivaramento (operação de juntar a vegetação para remoção ou queima). será necessário o uso de moto-serras. Sempre que possível deve-se ter uma fonte de água potável por perto. as instalações que vão garantir este funcionamento devem também estar prontas. principalmente. limpeza e uso nas máquinas (radiaqores). nos deslocamentos e na execução dos serviços. evitando. conforme a altura e a quantidade de árvores (densidade). consiste na remoção da vegetação de modo a permitir a perfeita execução dos serviços. As oficinas de campo devem ser colocadas um pouco afastadas para facilitar o estacionamento das máquinas e dar conforto ao pessoal. para ser usada na higiene do pessoal. Deverão ser feitos canteiros de obras que devem servir para as finalidades de pequeno escritório de apoio. O diâmetro das árvores deve ser medido a uma altura de um metro do solo. a presença de raízes que. Chama-se limpeza. Nesses casos. normalmente. quando a potência do trator de esteiras não é suficiente para derrubáIas. É comum classificar a operação em três tipos. preparo de alimentação. apodrecendo. a patrulha deve estar pronta para começar a trabalhar. Um acampamento de terraplenagem deve dispor de todo material e homens capazes de garantir o funcionamento normal da patrulha: abastecimento. entre 20 e 40cm de diâmetro e finalmente o desmatamento de árvores com diâmetros maiores que 40cm. Apesar de ser para usar por pouco tempo. que pode ser leve ou pesado. para início do trabalho. alojamento de pessoal. podem causar abatimentos. Portanto. Quando existe vegetação de maior porte a limpeza é chamada desmatamento. Os locais que servirão de apoio à terraplenagem (canteiros de obras). será necessário localizar o canteiro central em pontos estratégicos que permitam um rápido apoio e não dificultem a movimentação de veículos e equipamentos.  LIMPEZA. etc. pequeno almoxarifado oficina de apoio. após a derrubada 13 / 60 . que executam todas as tarefas. Na operação de limpeza e desmatamento são usados tratores de esteiras e motoserras. de fácil acesso e bem drenados. pois isto facilita o abastecimento de água para o canteiro. de acordo com o porte das árvores: até 20cm de diâmetro. devem se arejados. Com as árvores de maior porte. DESMATAMANETO E DESTOCAMENTO A limpeza. no máximo. Quando permitido.da árvore. como em qualquer serviço feito com um trator trabalhando com lâmina. lsto pode ser feito com o uso de pás carregadeiras e caminhões. fora casos especiais onde pode ser preciso trabalhar com a lâmina em ângulo para melhor produção. Toda vez que se limpa grandes áreas é preciso remover a vegetação que foi derrubada. pode-se proceder à queima do material vegetal. depois que ele seca. entre eles: 1º) 2º) 3º) 4º) Distância de transporte. deixando apenas uma pequena folga entre o fim do desmatamento e a crista do corte. será necessário executar o destocamento. vale a pena fazer uma separação manual para limpar os galhos e facilitar o fogo. Numa limpeza normal. nem é preciso fazer remoção. O rendimento da limpeza depende de vários fatores. Há certas árvores que demoram muito a secar (a carnaúba. pois. transporte 14 / 60 . Pedaços de 3 a 6 metros são mais facilmente movimentados. ou entre ele e a saia do aterro. Compreende. Na limpeza. Tipo de vegetação. Topografia do terreno (acidentado ou não). quando a queima é bem feita. Para se ter uma boa queima. as operações de escavação. demora seis meses para secar) e nesses casos não se pode esperar pela queima para retirar o material. Estes cortes são feitos normalmente com o uso de moto-serras. o material deve estar seco e é importante que não esteja muito sujo de terra. Quando se precisa remover grandes troncos deve-se cortá-los de maneira a facilitar o manuseio. pois isso atrasaria a terraplenagem. trabalhar sempre de cima para baixo e nunca ao contrário. de 20 a 40m de cada vez. Quando o material está muito misturado com terra. carga. carga e transporte. Clima (ou mais ou menos chuvoso).  EXECUÇÃO DE CORTES E ATERROS A terraplanagem se resume em escavar (cortar) o solo de um local para depositar (aterrar) em outro. que consiste em remover o toco que ficou. o trator trabalha sempre com a lâmina reta e não em ângulo. 2º) A distância certa de trabalho é aquela em que a lâmina fica cheia. para se ter a 11faior produção é preciso observar principalmente duas regras importantes: 1º) Quando o terreno for inclinado. essa distância é de 20 a 40m. por exemplo. A queima diminui muito o volume do material a retirar e às vezes. A maior ou menor rapidez na execução da limpeza depende diretamente da distância de transporte do trator. Quando a área tiver grandes dimensões é importante dividi-la de modo a fazer o trator andar. Os desmatamentos deverão ser sempre feitos na menor área possível. Na limpeza. somente destinando ao aterro materiais de boa qualidade. devem ser escolhidos criteriosamente. e. quando não indicados no projeto.e descarga. Empréstimos Quando os volumes de solo não são compensados. Durante a execução do corte. Os locais de bota-fora. os serviços de escarificação. Procura-se fazê-lo de tal maneira que venha a beneficiar as condições do empreendimento. No caso de existir material de má qualidade. Concluído o corte. manter sempre a plataforma de trabalho com caimento suficiente para garantir uma boa drenagem em caso de chuva. Em trechos de rampa forte podem ser necessários drenos tipo espinha de peixe. seja melhorando as condições topográficas ou de visibilidade. se o material de cima do corte tem qualidade para ser colocado no aterro e também se o corte requer algum cuidado especial para ser trabalhado. ainda. carga e mesmo o transporte sejam feitos aproveitando as descidas. onde é difícil o acesso dos equipamentos. pode ser necessário executar uma camada de material drenante (areia) ou drenos ptofundos latetais. jogando-o fora. não se faz um empréstimo num local onde o material é de má qualidade e não pode ser aproveitado. O empréstimo nada mais é do que se ir buscar solo em outros locais. Deve-se expurgar (remover) toda camada de material imprestável. Em alguns casos. Fazem parte. este deve estar com bom acabamento e perfeitamente drenado. seja garantindo uma melhor drenagem. De um modo geral. não se deve tomar empréstimo de um material mais duro quando se pode fazer um empréstimo em material de primeira categoria. finalmente. manter os caminhos dos equipamentos de terraplenagem bem conservados e regularizados para garantir um bom rendimento destes. lança-se mão de empréstimos. Trabalho em Cortes Antes de começar a trabalhar num corte deve-se verificar se há alguma limpeza complementar a executar. isto é. Bota-foras 15 / 60 . também não se faz um empréstimo na crista de um corte alto. os cuidados principais a observar são os seguintes: verificar se estão marcados convenientemente os “offsets” e acompanhar a descida dos taludes com gabarito para garantir um bom acabamento. quando se dispõe de material em local de acesso fácil. ter muito cuidado para que as operações de escarificação. visando mantê-los bem regularizados. para evitar danos ao meio-ambiente. este se destinará a local de bota fora. os volumes dos cortes não são suficientes para a realização dos aterros. finalmente. manter a motoniveladora freqüentemente dando acabamento nos taludes. espalhamento e compactação. Os projetos apresentam os locais de origem e de destino do material a escavar. nem se deve fazer um empréstimo com distância de transporte longa quando se pode ter um bem perto do aterro. sendo indicados também os locais de empréstimos e de bota-foras. a melhor solução é remover todo o material ruim e só então iniciar o aterro. ou retro-escavadeira. Há casos em que a camada de material ruim é tão espessa que não pode ou não deve ser removida. o expurgo da base do aterro é feito geralmente com trator de esteiras. é muito importante uma verificação do terreno natural que vai suportá-Io. seja transformando uma obra de grota em obra de greide. melhorando sua estabilidade pela execução de bermas. onde a camada de materiais moles é de grande espessura.Melhoria das condições locais pelo alargamento de aterros. Esse material deverá ser removido para local de bota-fora. é preciso “tratá-Ia”. Toda vez que isto acontece deve-se procurar dar um destino útil ao material. por razões econômicas. é preciso jogar fora esta sobra de material. .Quando os volumes de terraplenagem não são compensados e há excesso de material dos cortes em relação aos de aterros.Reforço das saias dos aterros. A essa sobra de material se dá o nome de bota-fora. Quando o terreno é de má qualidade. a remoção pode ser feita com o uso de explosivos. Quando a camada de material a remover é muito espessa. com scrapers rebocados por trator de esteiras ou com moto-scrapers ou então.Aterro de pequenas bacias nas proximidades. melhorando as condições de drenagem. . ou pela melhoria do greide. Em alguns casos especiais. quando em terrenos acidentados. além do cuidado de verificar se a limpeza foi suficiente. Além dos cuidados com a base do aterro. Os usos principais dos materiais de bota-fora são os seguintes: . combinado ou não com estacas de areia. Quando a base do aterro é mole e a espessura da camada é pequena. com o uso de escavadeiras ou retro-escavadeiras e caminhões. seja eliminando a obra. distribuindo melhor a carga do maciço e conseqüentemente reduzindo a pressão sobre o solo. de modo a garantir que ele “suporte” o peso do aterro. Nesses casos. para garantir o aterro. 16 / 60 . Esse escalonamento consiste em construir degraus na largura da lâmina do trator para evitar que o aterro desmorone. para definir se é preciso tomar alguma providência especial. Execução de Aterros Antes de iniciar um aterro. Também quando há presença de água ou lençol freático muito superficial é comum o uso de colchão drenante de areia. evitando que venham ocorrer recalques. o equipamento utilizado é a escavadeira equipada com “drag-line” ou “clamshell”. é muito importante a execução de “escalonamento” a fim de garantir um apoio perfeito para o aterro. Durante a execução dos aterros é importante manter as superfícies das camadas ligeiramente inclinadas, visando facilitar a drenagem por ocasião de chuvas inesperadas. Outro cuidado importante a observar é o acompanhamento do talude, para mantê-lo na inclinação certa conforme definido no projeto. Outro cuidado é evitar que grandes volumes de água das chuvas corram pelos taludes, impedindo com isso erosões indesejadas. Podem ser feitos escoamentos provisórios com calhas de concreto para proteger os taludes, quando o material local é muito arenoso. Apesar de não ser esta uma solução para ser usada freqüentemente, pois é muito cara, existem outras que podem ser adotadas como a execução de banquetas provisórias nos bordos com o próprio solo dos aterros. Bermas de Equilíbrio O emprego de bermas é recomendado quando o aterro possui uma altura considerável. Com a berma se alivia a pressão na base do aterro. A berma consiste na execução de aterros adicionais, lateralmente ao aterro principal. Deve ser observada, durante a construção, a seqüência abaixo, visando evitar ruptura total ou parcial do aterro: 1º) executar o aterro na largura total, inclusive berma, até o nível do patamar desta; 2º) executar o aterro do corpo principal até a altura definitiva. O aterro deve ser feito em camadas horizontais, não sendo conveniente que um lado ou trecho tenha uma diferença de nível muito grande para evitar possível desequilíbrio na distribuição das pressões. A altura da berma é calculada em função da resistência ao cisalhamento do solo do aterro e do seu peso especifico. O uso de bermas de equilíbrio elimina apenas a possibilidade de ruptura do aterro, interferindo pouco no processo de adensamento. Quando há água livre deve ser prevista a execução de um colchão drenante e / ou drenos. Tem sido cada vez mais freqüente a utilização de mantas geotexteis na distribuição de pressão sobre o solo, substituindo outros tratamentos mais onerosos. Adensamento Lento do Aterro Quando não compensa economicamente a execução do aterro pela remoção do solo mole da fundação, pode-se executá-lo por etapas, de maneira a permitir, com o aumento lento de carga, um adensamento lento, porém contínuo. O carregamento do aterro deve ser calculado para não provocar a ruptura da camada mole pelo aumento das tensões de cisalhamento. O adensamento é acompanhado através de medições diretas. Drenos Verticais de Areia Outra forma de executar um aterro sobre solo mole é o da cravação de estacas verticais de areia, através de um tubo de diâmetro variável de 20 a 60cm, até atingir a camada resistente, para depois ser cheio de areia à medida que o tubo de proteção é retirado. A areia utilizada deve ter granulometria adequada para facilitar a percolação da água, e o seu adensamento juntamente com o maciço do aterro. 17 / 60 O seu funcionamento prevê o fluxo de água verticalmente pelas, estacas de areia, devido às pressões provocadas pelo peso do aterro, que vão expulsando a água de saturação, com conseqüente adensamento da camada mole. Esta água sairá pela camada horizontal de areia que é colocada à altura do pé da saia do aterro. O processo de adensamento com utilização dos drenos verticais de areia é mais rápido que os demais e exige controle para evitar possíveis desequilíbrios que provocariam ruptura interna, interrompendo os fluxos d’água. Aterro em Meia Encosta A implantação de aterros em meia encosta reveste-se de muita importância, sob o aspecto da estabilidade, que por sua vez está ligada a outros, tais como: inclinação da encosta, altura do aterro, natureza do solo de fundação, presença de água subterrânea, sistema de drenagem, etc. Feita a limpeza da vegetação e do solo superficial, antes do início do aterro deve ser feito um escalonamento procurando criar patamares na direção das curvas de nível do terreno a receber o aterro, que servirão de apoio às primeiras camadas. O escalonamento deverá ser feito simultaneamente à subida do aterro, conforme ilustra a figura. Entre os objetivos principais deste escalonamento podemos citar: - Realizar o engastamento do aterro com o terreno natural, para evitar possíveis deslizamentos pela falta de aderência ou diminuição da coesão interna pelo efeito lubrificante da água; - Adotar medidas de prevenção para a drenagem, caso venha a ser verificada a ocorrência de água subterrânea; - Criar condições de trabalho para a operação mais eficiente do equipamento; - Permitir o controle geométrico do talude do aterro, especialmente nos de grande altura. Compactação de aterros Compactação de aterros é o processo manual ou mecânico de aplicação de forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a densidade máxima. Entre outras razões, a diminuição do volume deve-se a: - Melhor disposição dos grãos do solo, permitindo aos menores ocupar os espaços deixados pelos maiores; - Diminuição do volume de vazios pela nova arrumação do solo; - Utilização da água como lubrificante. No tocante à compactação, existem dois grandes grupos de solo: Solos Coesivos - são solos muito finos, com predominância de silte e argila. São abundantes nas regiões tropicais úmidas, e escassos nas regiões áridas. Pela sua natureza coloidal, retém na sua estrutura quantidade de água maior que outros solos. 18 / 60 Os solos coesivos possuem partículas coloidais, que tem a capacidade de "absorver" a água, dando origem à coesão entre as mesmas. A absorção é um fenômeno molecular diferente da capilaridade e da água livre. Solos Granulares - são solos com predominância de grãos de rocha de tamanho variável. A parte fina destes solos pode ser arenosa ou siltosa. Na compactação dos solos coesivos (argilas), a função da água é envolver as partículas mais finas de solo, dotando-as de coesão. Qualquer acréscimo de água superior ao necessário fica entre as partículas, separando-as; o esforço de compactação, neste caso, é utilizado para expulsar a água, procurando a aproximação das partículas. Nos solos granulares (arenosos), há predominância de partículas sólidas que entram em contato entre si transmitindo o esforço que recebem. A água funciona como lubrificante, facilitando a movimentação e o entrosamento. O excesso de água é facilmente eliminado por drenagem ou evaporação. Na compactação dos solos granulares, o esforço aplicado é transmitido pelas partículas sólidas, que se movimentam com menos atrito, pela ação lubrificante da água. Mecânica da Compactação Para a diminuição dos vazios de um solo, pela arrumação dos grãos, é necessário: equipamento adequado que forneça a energia de compactação (compactadores) e água natural ou adicionada para servir como lubrificante entre as partículas sólidas. A energia de compactação é fomecida pela ação dos rolos compactadores, destinados a modificar o estado de suporte do solo. A quantidade de energia de compactação necessária para estabilizar um solo está relacionada com a natureza do solo e a função que vai desempenhar (aterro, sub-base, base, etc); portanto, a natureza do solo, o teor de água, a energia de compactação e o processo de compactação, são os fatores que intervém na compactação dos solos. São conhecidos quatro processos fundamentais de compactação: 1º) Por Compressão - o esforço é proveniente da aplicação de uma força vertical, de maneira constante, o que provoca o deslocamento vertical do solo. Este deslocamento permite uma melhor arrumação das partículas, objetivando sempre a diminuição do volume de vazios. 2º) Por Amassamento - consiste na aplicação simultânea de forças verticais e horizontais provenientes do equipamento utilizado. Esta ação simultânea de forças é consegui da pelos rolos compactadores rebocados ou autopropulsores, onde os esforços horizontais da tração são somados aos verticais do peso do rolo. Este amassamento permite uma acomodação mais rápida das partículas com menor número de passadas (ex. rolos pé de carneiro, de pneus, etc.). 19 / 60 para que isto aconteça é necessária ação de uma determinada quantidade de energia. a densidade encontrada em cada amostra será também variável. Com o excesso de água o solo fica plástico e aparece o fenômeno chamado de "borrachudo". não haverá coesão. ocasionando uma quantidade mínima de vazios. se um determinado tipo de solo compactado com uma energia de compactação constante tiver sua umidade variada. a este estado chama se de ressonância. Parâmetros da Compactação Sendo a compactação o processo destinado a diminuir o volume do solo pela ação de um esforço externo. chamada “energia de compactação”. Igualmente. dependendo do tipo de solo. quer lubrificando. A densidade de um solo aumenta à medida que o teor de água vai aumentando. sapos compactadores). que consiste em: 20 / 60 . 4º) Por Vibração .3º) Por Impacto . quer provocando a coesão entre as partículas. Havendo falta de água. além da freqüência. O rendimento máximo é obtido quando o solo está vibrando na mesma freqüência do equipamento. o solo atinge uma “densidade máxima”. Nesta situação. uma parte cheia de ar e outra de água. Para que o solo possa ser bem compactado é necessário se obter a umidade a mais próxima possível da ótima. que é a altura da queda da massa.consiste na aplicação de forças verticais provocando impacto sobre a superfície em que é aplicada. com repetição até de 500 vezes por minuto (ex. No equipamento vibratório deve-se considerar. Ensaio de Compactação A determinação experimental dos valores da densidade máxima e umidade ótima de um solo para uma determinada energia de compactação são feitos no laboratório através do “Ensaio de Compactação”. auxiliada pela ação da água. obtém-se valores diferentes para a densidade máxima e a umidade ótima. A faixa de aplicação é de 900 a 2000. Submetendo-se várias amostras de um determinado tipo de solo à ação de energias de compactação diferentes. Por outro lado. esta diminuição se dá até o ponto em que a maior parte das partículas entra em contato umas com as outras.quando a aplicação das forças verticais se dá com uma freqüência de repetição acima de 500 golpes por minuto. o solo fica solto. A densidade aparente seca se define como sendo: o peso por unidade de volume. passando por um valor máximo para depois diminuir. Os impactos do equipamento de compactação provocam no solo uma vibração que possibilita o deslizamento de umas partículas sobre as outras. considerando-se os vazios. A umidade que corresponde à quantidade mínima de água necessária para atingir este ponto chama-se de “umidade ótima”. a amplitude da vibração. e o teor de umidade. pois seu resultado tem influência direta na estabilidade.Cálculo da densidade aparente seca Densidade de Campo  Peso do solo seco Volume do furo Para determinação do volume do furo existem vários métodos. . com determinação do peso e da umidade do solo extraído. onde são determinados. determinando-se. calculado em percentual (%) indica se o solo foi compactado a mais ou a menos da densidade especificada.Submeter. que é definido por: CG  Densidade aparente seca (campo) x100 Densidade máxima seca (laboratório) O grau de compactação. Uma compactação mal conduzida.Execução de um furo na camada controlada. Controle da Compactação Determinado no laboratório os valores da densidade máxima e umidade ótima. dentro de um cilindro. . então. a um esforço de compactação pela aplicação de determinado número de golpes por camada. Determinação da Densidade de Campo A determinação da densidade de campo compreende as seguintes operações: .Determinação do volume do furo feito. para a energia de compactação especificada. a compactação é a operação mais importante.Em cada caso. provocará tempo improdutivo nas patrulhas de terraplenagem. merecendo uma especial atenção. até a ruptura.. ou executada com equipamento insuficiente. . desenha-se um gráfico relacionando a densidade e a umidade. o “grau de compactação”. determinar: a densidade aparente seca. separadamente. várias camadas de solo. sendo os principais os seguintes: 21 / 60 . baixando a produtividade e elevando os custos. Um aterro que tenha deficiência de compactação irá apresentar um recalque que poderá ir desde a simples deformação. os valores da densidade máxima e da umidade ótima para aquela energia de compactação. a compactação obtida no campo deve ser comparada com essa. . com um soquete de peso conhecido caindo de uma altura determinada. Na construção dos aterros.Realizar o ensaio em amostras com umidades diferentes partindo do solo seco para o úmido.Com os valores das densidades e umidades obtidas. . .Cálculo do peso seco do solo. é um aparelho simples que permite em poucos minutos conhecer o teor de umidade do solo. o do frasco de areia. de preferência a parte fina. Deve-se tomar muito cuidado com a qualidade do álcool que. Para seu funcionamento é necessário o uso de determinada quantidade de “carbureto de cálcio”. Álcool .consiste em deixar o solo. tem o inconveniente de só fornecer o resultado no dia seguinte. esta operação é repetida três vezes. provido de um manômetro comunicado com o seu interior. No caso do solo conter matéria orgânica. maior a quantidade de gás e conseqüentemente a pressão no manômetro. é posto em combustão. reage quimicamente.consiste em utilizar determinada quantidade de álcool que.Método com utilização de um líquido viscoso (óleo). Determinação da Umidade A determinação da umidade é o ponto que mais atrasa o cálculo da densidade. que depois será quebrada por duas esferas de aço que também serão introduzidas no frasco. pela sua praticidade. pois é de toda conveniência o conhecimento rápido do grau de compactação para que se possa prosseguir com os serviços de terraplenagem. . à prova de pressão. com a finalidade de secar completamente o solo. Colocados o solo. porém. deverá ser absoluto. o método não é recomendado pela possibilidade da sua queima. mesmo assim deve-se agitar ainda mais o frasco para que todo o carbureto possa entrar em contato com o solo. as esferas e o carbureto dentro do frasco. em presença da água do solo. falseando os resultados. A quantidade de solo a ser introduzida no frasco varia entre 3 e 20 gramas (tabela). Existem três processos para determinar a umidade do solo: Estufa . é o mais utilizado e difundido. durante um tempo superior a 12 h numa estufa com temperatura entre 105 e 110 graus centígrados. Juntamente ao solo é introduzida cuidadosamente uma ampola de carbureto. de preferência. o que se percebe pela movimentação da agulha do manômetro. Consiste num frasco de aço. Este processo é considerado um dos mais rápidos e é muito usado no campo.. ou seja. O carbureto de cálcio. misturado ao solo. fecha-se este para depois agitar até quebrar a ampola. produzindo gás. “Speedy” . .Método do frasco de areia. Este processo é o mais adequado para se obter resultados precisos. quanto maior a umidade.Método com utilização de balão de ar. Para estes solos usa-se a estufa. Destes métodos. 22 / 60 . que vem em ampolas de vidro para um único uso. A quantidade de gás produzido é diretamente proporcional à quantidade de água existente no solo. desmanchando-se com facilidade à mais leve pressão dos dedos. para expor ao sol a camada inferior. Para isto utiliza-se o “Speedy”. conhecidos o peso da amostra e a pressão registrada.Liso. complicando ainda mais a situação. Pela rapidez do ensaio é recomendável o uso constante do “Speedy” na execução de terraplenagem. Admite-se estar o solo com umidade em torno da ótima. garantindo assim uma umidade uniforme em todo o aterro. Equipamentos de Compactação Os principais tipos de rolos compactadores utilizados são: . Deve ser observada com atenção a situação da camada inferior. Para isto devem ser levados em consideração outros fatores. fatalmente. O uso de motoniveladora para essa mistura deve ser reduzido ao mínimo. Esta maneira de avaliação do teor de umidade pode levar a erros grosseiros. A duração deste processo é de menos que três minutos.Pé de carneiro. à formação de “borrachudos” nos dois casos. o torrão torna-se facilmente deformável sem apresentar fissuras. 23 / 60 . cuidando antes de regularizar a superfície para evitar empoçamentos de água que poderão ser a causa de futuros “borrachudos”. . quando o torrão ao ser pressionado permite uma certa deformação. Não tendo o aparelho disponível pode ser feita uma avaliação empírica moldando-se com mão um pouco de solo de maneira a formar um torrão. quando comparado à grade de disco. estático ou vibratório. . tais como a existência de outras áreas de trabalho e a urgência de terminar a camada. Verificada a necessidade de água. estático ou vibratório. Por isto recomenda-se sempre o uso do “Speedy” (ou do álcool). Em alguns casos em que a umidade chega a saturar o solo. a primeira verificação a ser feita é a umidade existente. a grade de discos. Havendo excesso de umidade. neste caso a camada de cima deve ser enfileirada. é mais vantajoso a retirada total da camada para substituí-Ia por outra. facilitando o trabalho da grade. Estando o solo seco. providencia-se a molhação com o caminhão-pipa. Havendo excesso de umidade. O uso da grade de discos deve ser abundante até a completa homogeneização do solo. Chama-se a atenção de que uma mistura mal feita com zonas secas e outras molhadas levará. para a determinação do teor de umidade. A motoniveladora deve ser usada para soltar o solo. possibilitando conhecer rapidamente a umidade de uma camada controlada em mais de um ponto. deve ser feita a aeração do solo. que pode ter absorvido umidade. pelo alto custo operacional desse equipamento. porém com o aparecimento imediato de fissuras.Cada aparelho possui uma tabela de aferição onde é obtido diretamente o teor de umidade. Controle da Umidade Após o espalhamento da camada de solo a ser compactada.De pneus com pressão fixa ou variável. utilizando-se para isto. de preferência. o torrão formado não possui coesão. a compactação é realizada de baixo para cima.25 t) e pesados (26 . Devido a esta característica. a profundidade em que a pata penetra vai diminuindo.12 t). pois seu efeito é praticamente nulo. o número de passadas necessárias deve ser verificado no campo. improdutiva a sua utilização. denominadas de “patas”.são rolos com peso variável de 1. com a particularidade de deixar a superfície totalmente fechada (selada). com as patas penetrando na parte mais profunda da camada. A camada solta pode ter uma espessura até 25% maior do que a altura da pata. pelas vantagens do efeito de amassamento dos pneus. À medida que o solo é compactado. para aumentar a energia de compactação. Devido à ação resultante da distribuição de pressões pelos pneus e o efeito do amassamento. o que possibilita aos pneus acompanhar as deformações da superfície. A eficiência do rolo termina nos últimos 5cm sendo. daí em diante. possibilitando um grau de compactação uniforme em toda a espessura. em conseqüência. o rápido escoamento da água superficial. Os rolos pé de carneiro são mais eficientes em solos argilosos e siltosos nos quais é necessário aplicar. O uso do rolo de pneus deve ser farto na eminência de chuvas para possibilitar a selagem da superfície e. Os rolos pé de carneiro não devem ser utilizados na compactação de solos granulares ou de pouca coesão. A solução recomendável para compactar solos com umidade abaixo da ótima seria a utilização de rolos mais pesados. A pressão transmitida é variável dependendo da área de contato da pata e do peso do rolo. 24 / 60 . Tanto os rolos rebocados como os de tração própria possuem sistema de rodas oscilantes. a compactação se dá em toda a espessura da camada. Este tipo de rolo é o mais versátil e pode ser utilizado desde a compactação de solos coesivos até massas asfálticas. o que não invalida o seu uso em outros solos. com um ou mais tambores que podem ser lastreados com água ou areia molhada. altas pressões para vencer a coesão do solo. Para os rolos acima citados.5 a 20 toneladas. as principais características são: Rolos pé de carneiro . O número de pneus e a área de contato são de grande importância no valor da pressão efetiva de compactação. médios (13 .podem ser classificados em leves (9 . até o ponto em que o rolo praticamente passeia. Em todo caso é muito importante que seja sempre verificado o teor de umidade do solo.50t). Feita a determinação do número médio de passagens necessário. Rolo de Pneus . que é da ordem de 20 cm. desde que se leve em conta a redução do rendimento. aumentando a eficiência da compactação. o acompanhamento da compactação torna-se mais fácil. A parte do rolo que entra em contato com o solo é constituída por saliências soldadas ao tambor.Cada tipo de rolo tem características específicas que são próprias para determinado tipo de solo. São rolos metálicos dotados de um sistema vibratório que permite aplicar ao solo determinado número de golpes por minuto (freqüência).Especial atenção para o controle de umidade. Com o aumento gradativo da densidade. Este tipo de rolo é de alta eficiência na compactação de todo tipo de solos. turfosos e solos muito micáceos. . Os rolos lisos estáticos são de pouca aplicação em terraplenagem. O seu emprego. porém. destorroados e homogeneizados. . O efeito de compactação destes rolos é dado de cima para baixo. o equipamento venha a receber de volta toda a vibração aplicada. no mínimo. e sua eficiência se traduz numa rápida arrumação dos grãos atingindo em pouco tempo a densidade máxima. evitando utilização desnecessária do equipamento. de tal forma que possa tornar o aterro menos erodível e mais fértil em suas camadas superficiais e também para recuperação da área de empréstimo. e retirada de solos com matéria orgânica. com sérios prejuízos para sua estrutura e para o sistema vibratório especificamente. volume a ser extraído e localização. eventuais entulhos ou "bota-foras".limpeza do terreno no preparo da fundação. a energia vibratória é totalmente absorvida pelo deslocamento das partículas sólidas vencendo o atrito e pela coesão provocada na parte fina. . englobam as seguintes etapas: . . A sua ação de compactação se dá de baixo para cima.estocagem do solo superficial e do solo com matéria orgânica para futura utilização na fase final da execução do aterro. ESTABILIDADE DE TALUDES  CONSTRUÇÃO DE ATERROS A maioria dos problemas de terraplenagem podem ser sanados simplesmente adotando-se as práticas adequadas na execução dos aterros que. é importante o controle do número de passadas a fim de se evitar que após certo tempo de compactação. Inicialmente.Rolos Vibratórios . com remoção da vegetação e suas raízes. 25 / 60 . provocando em certos casos o aparecimento de uma camada superficial compactada deixando a parte mais profunda parcialmente solta. estando o solo solto. uma parte da energia vibratória começa a ser "devolvida". Da mesma maneira são de pouco uso em terraplenagem os rolos de pneus.tratamento prévio dos solos na jazida. está condicionado à correta utilização das vibrações transmitidas ao solo. . Para solos pedregulhosos não há nada melhor. os solos devem apresentar umidades próximas à faixa especificada. Por isso. ou seja.Deve-se evitar a vibração do rolo quando parado. para não provocar o efeito de devolução e esgotamento do solo. que deve ser função do tipo de solo.escolha da jazida de solo. Além dos aspectos normalmente considerados na construção de um aterro. por exemplo. liso vibratório. ou seja.. Os mais utilizados são: 26 / 60 . proteger o pé dos aterros com enrocamento ou gabiões "tipo manta". controle geométrico de acabamento e um controle que permita medir o desvio de umidade (h) e o grau de compactação (G. Da mesma maneira. . . se esta água não for interceptada por drenos profundos. Além de destorroar. ou seja. Na construção de aterros sobre solos moles. quando inclinado (inclinação da superfície superior a IV: 3H) em forma de degraus (endentamento). . alguns dos quais aplicados desde a Antiguidade.). quando um aterro transpõe uma linha de talvegue.controlar a qualidade das camadas compactadas. Na execução dos aterros.preparação da superfície de contato entre o terreno natural e o novo aterro. sua geometria.além da geometria apresentada em projeto. quando este está localizado em contato com cortes ou encosta natural com nível d’água próximo à superfície. . controle visual.implantação de uma drenagem de base sempre que existirem surgências d’água. deve-se dar preferência aos solos mais arenosos para a base e o núcleo (maiores ângulos de atrito na zona de maiores tensões confinantes) e aos solos mais argilosos para a superfície (maiores coesões nas zonas de baixo confinamento). nível d’água elevado ou a possibilidade de infiltrações significativas pelo aterro.implantar o sistema de drenagem superficial e a proteção vegetal. tamping. drenagem e proteção superficial. o aterro deve inicialmente ser construído com uma sobre largura de aproximadamente 0. O mau dimensionamento ou inexistência de bueiros e galerias determina a saturação do corpo do aterro.C. é freqüente a saturação de seu corpo.próximo aos córregos. Nestes casos. vários processos foram desenvolvidos. geralmente não superior a 25 cm e espalhada ao longo de toda a camada. . compactação. trincheiras drenantes. que pode constar basicamente de 3 itens. de modo a permitir uma perfeita aderência. compactando-se o solo em camadas de espessuras adequadas ao equipamento utilizado (rolos "pé de carneiro". . impedindo a formação de superfície preferencial de escorregamento.). Assim. conduzindo a água de maneira tal que não provoque a saturação de alguma parte do aterro. para posterior raspagem.execução do aterro. o que garantirá uma boa compactação nas suas bordas.5 m ao longo de todo o talude. de pneus etc. este intercepta o fluxo normal das águas superficiais concentradas neste local. devem ser utilizados. composição (tipo de solo). deve-se homogeneizar o solo. é necessária a análise da sua influência no meio em que este se encontra. Este procedimento é limitado a pequenas espessuras (no máximo 4 a 5 m). recorre-se às obras de contenção. antes de lançar qualquer material. se necessário. aplicação de sobrecargas temporárias e instalação de drenos verticais de areia ou "estacas de brita".remover parcialmente ou totalmente o solo mole. ou então casos que para alcançar essa área. Nestas situações. Além do fator estético e do assoreamento a jusante do local."estivar" com galhos de árvores ou tramas de bambu (técnicas antigas). visando melhorar as suas propriedades geotécnicas de resistência e deformabilidade. Para que boa parte dos problemas sejam evitados. que reforçam a base do aterro. o loteamento pode ser afetado com a evolução de erosões e rupturas remontantes no próprio bota-fora. . ou através do lançamento de mantas geotêxteis (técnica recente).5 a 1. se tal for o caso. pode-se evitar grande parte dos problemas. em qualquer condição de ocorrência e sob a ação de quaisquer esforços. proteger o dique com enrocamento. e substituí-Io por solo de melhor qualidade. caso seja viável (pequenas espessuras). Evidentemente. Para qualquer tipo de solo ou rocha. . há casos em que tal geometria exige área excessiva. ou com explosivos. com material razoavelmente compactado e. principalmente enencostas. o que facilita tanto a colocação da primeira camada (0.o restante do bota-fora deverá receber uma certa compactação. devido à sua simplicidade e eficácia. os cortes são as mais utilizadas. Outro problema importante é o relacionado aos "bota-foras". procurando não apoiar o aterro sobre solo mole. introduzindo nesta posição um elemento resistente à tração..deixar preparado o pé do bota-fora em forma de dique. além da proteção e drenagem superficial. ou utilizando uma obra de contenção que não permita o apoio do aterro sobre o solo mole. .lançar os aterros em ponta sobre o terreno natural e sobre a vegetação natural. com dragas. sempre existirá uma condição geométrica de talude que oferecerá estabilidade ao maciço.  CONSTRUÇÃO EM CORTES Dentre as obras de estabilização de taludes. . Em encostas. ou às obras de drenagem. através de escavação mecânica. 27 / 60 . algumas providências devem ser tomadas na escolha e no preparo de um bota-fora: . Das várias técnicas utilizadas. os trabalhos de terraplenagem são muito caros. Uma das maneiras de contornar o problema é remover o solo mole. principalmente os aterros de maior porte.0 m) como a drenagem de topo (primeira camada deve ser arenosa). quando próximo a cursos d’água.implantar um sistema de drenagem para captação de surgências d’água. pode-se citar: construção por etapas. .tratamento do solo mole. em camadas. assim como respeitando as reservas florestais e áreas de proteção de mananciais. A gravidade como fator instabilizante de um talude está associada não só à inclinação do talude. expor uma superfície suscetível aos processos de erosão e assoreamento. para a exploração de jazidas. devem ser observadas as seguintes etapas de trabalho: . caso não sejam tratadas devidamente. associam-se aos cortes. em muitas ocorrências. canaletas. Geralmente. muitas vezes. inibindo os processos erosivos. . é reduzir a altura do talude. visto que tendem a destruir toda a cobertura vegetal e. Um dos processos mais antigos e mais simples de estabilizar taludes é a remoção de parte do material do talude. antes de se proceder à escolha daquela julgada mais adequada. e por isso deve ser realizada com o máximo de cuidado.final dos trabalhos: estabilizar a área explorada. obras de controle da drenagem superficial (bermas. para situações de uma potencial ruptura global. Outro processo de estabilização por alteração geométrica de um talude é aquele no qual o abrandamento da inclinação é obtido por reaterro da região basal. assim como a produção de taludes íngremes. dissipadores. associado ou não a cortes nas porções mais elevadas. de mais fácil execução e de menor custo. comparando-se algumas outras alternativas possíveis. sujeitos a escorregamentos. visando à cubagem do material disponível e à coleta de 28 / 60 . utilizando o material orgânico estocado no início. evidentemente. pelo menos um breve estudo de viabilidade há de ser conduzido. A pesquisa das áreas de empréstimo inicia-se geralmente com sondagens a trado e / ou com abertura de poços. de modo a reduzir a infiltração d'água no terreno e disciplinar o escoamento superficial. o que resulta em uma benéfica alteração do estado de tensões atuantes no maciço.inicio dos trabalhos: estocagem dos materiais orgânicos para serem utilizados no final da exploração. procurando não interferir no aspecto paisagístico. suavizando sua inclinação. mas também à sua altura. Portanto. Outro meio de se obter uma melhoria na estabilidade.  EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS A exploração de jazidas alteram significativamente os taludes originalmente existentes. A exploração de uma jazida deverá se dar de modo a minimizar os impactos negativos ao meio ambiente.No entanto. . escadas d’água e tubulações) e de proteção superficial. a simples alteração geométrica de um talude aparece como a solução mais imediata. Para que se possa concluir desta forma. As jazidas situadas dentro ou fora da área do empreendimento podem agredir gravemente o meio ambiente.durante a execução: evitar carreamento e assoreamento nas áreas circunvizinhas. resultando gastos desnecessários e nenhum benefício. às vezes. cisalhamento direto.amostras para a sua identificação tátil visual. ou pelo menos uma causa importante. Mesmo nestes últimos casos. mais sofisticados. utilizadas de maneira inconveniente. umidade natural. tanto nos casos em que a drenagem é utilizada como único recurso. tais como: triaxiais. retaludamento ou proteções diversas. basicamente. Os ensaios de laboratório normalmente solicitados para caracterizar uma jazida são: granulometria. da sua instabilidade. Esta premissa é lembrada. A execução destas obras representa um dos procedimentos mais eficientes e de mais larga utilização na estabilização de todos os tipos de taludes. bem como a execução de ensaios de laboratório. utilizado conjuntamente com obras de contenção. OBRAS DE DRENAGEM As obras de drenagem têm por finalidade a captação e o direcionamento das águas do escoamento superficial. compactação. podem ser necessários. A drenagem só poderá ser um processo eficiente de estabilização quando aplicada a taludes nos quais o regime de percolação é a causa principal.  DRENAGEM SUPERFICIAL Com a drenagem superficial pretende-se. 29 / 60 . quanto naqueles em que ela é um recurso adicional. apesar de serem comumente denominadas “obras complementares” ou “auxiliares”. valetas. assim como a retirada de parte da água de percolação interna do maciço. resultando uma diminuição dos efeitos danosos da saturação do solo sobre a sua resistência. uma vez que mesmo obras de drenagem profunda são. densidade dos grãos. realizar a captação do escoamento das águas superficiais através de canaletas. para que se possa utilizar os processos corretivos mais adequados. permeabilidade. limites de Atterberg (LL e LP). Através da drenagem superficial evitam-se os fenomenos de erosão na superfície dos taludes e reduz-se a infiltração da água nos maciços. conduzir estas águas para local conveniente. adensamento. as obras de drenagem são de fundamental importância. em seguida. sarjetas ou caixas de captação e. Outros ensaios. visando reforçar o conceito da necessidade do bom entendimento dos mecanismos de instabilização de taludes. De trechos em trechos. os sistemas de drenagem superficial são associados a serviços de proteção superficial dos taludes e das bermas. em geral. qualquer que seja a seção. Canaletas Transversais de Berma 30 / 60 . as obras de drenagem superficial são constituídas por canaletas ou valetas de captação das águas do escoamento superficial. desta forma. retangulares ou triangulares. para garantir o acesso da água as canaletas. As canaletas longitudinais devem ter uma inclinação de modo a facilitar o escoamento das águas captadas. Deve-se salientar que. Essa inclinação é. os cuidados devem ser redobrados na sua implantação para evitar defeitos ou possibilidades de desconexão nos rejuntes e defeitos no assentamento). para evitar que a água escoe sem ser coletada pela canaleta (a transversal deve ser sempre maior que a longitudinal). Comumente. objetivando reduzir a força erosiva das águas. são instados dissipadores de energia ou elementos de proteção. e portanto das canaletas. igual à da berma. A posição relativa das bermas. evitando. a erosão dos taludes e limitando a infiltração nas bermas. deverão ser executadas canaletas transversais. em toda sua extensão. argamassamento ou aplicação de concreto projetado) ou revestimentos vegetais (principalmente por gramíneas). evitar o transbordamento dos condutos e impedir a formação de bloqueios ou obstruções. geralmente com seção em meia cana (neste último caso. Pode-se utilizar também canaletas pré-moldadas de concreto. Os sistemas de drenagem superficial são imprescindíveis nos taludes de corte e aterro recém implantados. Os valores de infiltração são função da área.De uma maneira geral. As canaletas podem ter seções trapezoidais. assim como nos locais de mudança do fluxo o de conexão de linhas. deve ser tal que a velocidade das águas superficiais que escoam pela superfície do talude não atinja valores excessivos. Canaletas Longitudinais de Berma São canais construídos no sentido longitudinal das bermas (patamares) dos taludes de corte e aterro. quando a inclinação longitudinal não puder ser menor que a inclinação transversal. ou revestidas com material betuminoso ou com pedra rejuntada. Porém. tais como revestimentos impermeabilizantes (imprimação asfáltica. podendo ser executadas em concreto moldado in loco. deve existir compatibilidade entre a inclinação longitudinal e transversal da berma. O valor "crítico" da velocidade de escoamento é função do tipo e da erodibilidade do material no qual foi executado o talude. “escadas d’água” ou tubulações para sua condução até locais adequados. Sempre que possível. e têm por finalidade coletar as águas pluviais que escoam nas superfícies destes taludes. da inclinação e do material do talude. na medida em que reduzem ou até impedem a evolução dos processos erosivos superficiais a que estes tipos de taludes estão especialmente sujeitos. as abas das canaletas deverão estar abaixo do nível do terreno natural. tendo por objetivo interceptar as águas das canaletas e encaminhá-Ias para as drenagens naturais ou superficiais. que podem vir a descalçá-Ios e instabilizá-Ios. ou mesmo causar a ruptura do talude. para coletar as águas superficiais provenientes da superfície destes taludes. evitando que este fluxo atinja a superfície do talude de corte. Excepcionalmente. podem ser executadas canaletas de crista sem revestimento (valetas). Geralmente. Estas canaletas impedem que se iniciem processos erosivos junto ao pé dos taludes. o que pode provocar o aparecimento de sulcos de erosão. para interceptar o fluxo de água superficial proveniente do terreno a montante. Canaletas de Crista São canais construídos próximos à crista de um talude de corte. conseqüentemente. Canaletas de Pista (Sarjetas) São canais construídos lateralmente à pista. Tal fato é bastante comum em bermas onde a inclinação longitudinal é bastante significativa. e não pela canaleta longitudinal. Canaletas de Pé (Base) São canais construídos no pé (ou base) dos taludes de corte ou aterro. Saídas Laterais (ou Bueiros / Bocas de Lobo) São canais construídos junto e perpendicularmente às canaIetas de pista (sarjetas). Os cuidados na execução e tipos de seção são iguais aos citados anteriormente para as canaletas longitudinais. de forma a evitar que a água escoada provoque erosões. todo o sistema de drenagem. Os cuidados na execução e tipos de seção são os já descritos nos itens anteriores. com o objetivo de captação das águas superficiais provenientes do próprio sistema viário e / ou quadras. Escadas Hidraulicas 31 / 60 . têm seção em “L” e são executadas em concreto extrudado in-loco ou pré moldado.São canais construídos no sentido transversal das bermas de equilíbrio dos taludes de corte e aterro. Além dos cuidados mencionados anteriormente. assim. em solos pouco erodíveis. a erosão nesta superfície. e. e têm por finalidade evitar que as águas pluviais que atingem a berma escoem longitudinalmente. o que pode causar graves conseqüências ao tráfego. Tais sulcos podem danificar ou até destruir as canaletas longitudinais. deve-se lembrar que nos locais de descarga das canaletas devem ser tomadas precauções quanto à dissipação de energia. acompanhando a declividade longitudinal da rua ou avenida. Calcula-se seu espaçamento para evitar um acúmulo de água nas canaIetas de pista. em inteIvalos que variam em função do tamanho e declividade da pista. ou inicie processos de rupturas remontantes. evitando. Além dos drenos profundos. geralmente segundo a linha de maior declive do talude. velocidades elevadas de escoamento. nas mudanças bruscas de direção de escoamento. utilizam-se outros processos para drenar o fluxo de água do interior dos maciços terrosos e rochosos. Caixas de Dissipação São caixas. visando coletar e direcionar esse fluxo de água drenado do interior do maciço. No caso de aterros deve ser armado. tais como trincheiras drenantes executadas junto ao pé de uma massa instável e galerias de drenagem. A drenagem profunda pode ser realizada por drenos sub horizontais (também conhecidos por "drenos horizontais profundos" . também. A retirada de água do maciço estarão associadas. até a completa inutilização da escada d’água por descalçamento. a redução de velocidade.  DRENAGEM PROFUNDA A drenagem profunda objetiva. conseqüentemente. que ocorram desgastes excessivos no concreto. geralmente de pequeno diâmetro e executados em grande número. possibilita a dissipação da energia hidráulica e. As abas das escadas d’água devem ser executadas acompanhando o perfil do terreno. previamente compactado em uma faixa de 50 cm de cada lado da escada. fazer acertos neste terreno. assim. além de provocar desgaste acentuado do material de revestimento. em geral de concreto. obras de drenagem superficial.São canais construídos em forma de degraus. desta forma. o piso de concreto das escadas d’água. que podem provocar erosão do solo no ponto de lançamento da água. promover processos que redundem na retirada de água da percolação interna do maciço (do fluxo através dos poros de um maciço terroso ou através de fendas e fissuras de um maciço rochoso ou saprolítico). moldado in loco. construídas nas extremidades das escadas d’água e canaletas de drenagem. pois é comum um certo acomodamento do aterro ao longo do tempo. sem que atinjam velocidades de escoamento elevadas. Caixas de Transição São caixas. nos taludes de corte ou aterro. Servem para coletar e conduzir as águas superficiais captadas pelas canaletas. pois. construídas nas canaletas e escadas d’água. essencialmente. de modo a garantir que a água seja conduzida à escada. e na união de canaletas de seções transversais distintas. em geral de concreto. para dissipação da energia hidráulica das águas coletadas. se houver extravasão.DHP). impedindo. uma vez formados sulcos de erosão paralelos à escada. Drenos Sub Horizontais Profundos (DHP) 32 / 60 . ou às margens da canaleta. cujo funcionamento se dá por fluxo gravitacional. As abas das escadas d’água devem ser executadas em concreto armado. necessariamente. evitando. de forma a permitir a entrada de água em toda sua extensão. o fenômeno se desenvolve rapidamente. Além de direcionar melhor o encaminhamento das águas. Deve-se garantir uma altura mínima de 50 cm entre o degrau e o terreno natural e. reduzindo a vazão de percolação e as pressões neutras intersticiais. também. instalados em perfurações sub-horizontais (NX ou BX). deve-se evitar. em caso contrário. geralmente de PVC rígido. Atualmente. impedindo a ocorrência de erosões ou de rupturas superficiais que.A. OBRAS DE PROTEÇÃO SUPERFICIAL As obras de proteção superficial desempenham um papel extremamente importante na estabilização de taludes de corte ou aterro.São tubos de drenagem. utilizados tanto para captar a água que percola pelo maciço de solo como para conduzir esta água até pontos de captação e / ou lançamento à superfície. tanto quanto possível. Os tubos devem ter a extremidade interna obturada e a extremidade externa livre com pelo menos 1 m para fora da superfície do terreno ou estrutura de contenção. utilizam-se geotêxteis como elemento filtrante. costumam ocorrer. atrás das estruturas de contenção. para coletar águas subterrâneas dos maciços situados a montante dos muros. Barbacãs São tubos sub-horizontais curtos instalados em muros de concreto ou de pedra rejuntada. Trincheiras Drenantes São drenos enterrados. evitando a colmatação e o carreamento do solo. e têm por finalidade a captação de parte da água de percolação interna de aterros ou cortes saturados. as trincheiras captam a água percolada pelo maciço. Antigamente as trincheiras drenantes eram executadas com núcleo de brita ou cascalho envolto com areia (material de filtro). O trecho perfurado dos tubos deve ser envolvido com geotêxtil ou tela de nylon. com o objetivo de impedir a subida do nível d’água (N. Podem também ser utilizados como saída de drenos existentes. rebaixando o nível do “lençol freático” junto ao muro e reduzindo o desenvolvimento de sub pressões nas paredes internas do muro. 33 / 60 . evitando que ela aflore e escoe na superfície e. longitudinalmente junto às bordas do pavimento. com diâmetros entre 25 e 76mm. Utmzam-se trincheiras drenantes com freqüência associadas aos sistemas viários. com bastante sucesso. e como drenos auxiliares em obras de contenção onde o processo construtivo não permite a execução de barbacãs (com a utilização de filtros de transição). que funciona como flltro. Nestes casos. Em taludes de cortes e no preparo da fundação de aterros também são usadas freqüentemente em trechos úmidos ou com surgências d’água. Também são utilizados. por conseguinte. desvios no alinhamento previsto em projeto. na estabilização de massas de tálus. pois sua função é impedir a formação de processos erosivos e diminuir a infiltração de água no maciço através da superfície exposta do talude. devido â camadas mais resistentes ou presença de matacões. Durante as perfurações.) no subleito do pavimento. o que torna o processo construtivo muito mais rápido e eficiente. Para que esta cobertura vegetal realmente cumpra suas funções. .adaptar-se às condições climáticas locais e ser de fácil obtenção. mais econômicas. constituindo formação arbórea de médio a grande porte e revestindo o terreno durante todas as estações. materiais de construção) que induzam ao acesso e à utilização da área e degradação da proteção. . proteger estas camadas contra a erosão superficial e reduzir a infiltração da água no solo através dos troncos. resultantes da intemperização de rochas metamórficas.ser composta por mais de uma espécie. De maneira simplificada. devem ser privilegiadas as soluções que utilizam materiais naturais. em especial as que utilizam materiais abundantes na própria região. 34 / 60 . lenha. são especialmente suscetíveis aos fenômenos erosivos. além de ambientalmente mais corretas. galhos e folhas. que são em geral. seja no comércio ou por reprodução local. deverá atender aos seguintes requisitos mínimos: . Cobertuta Vegetal com Gramíneas O fenômeno da erosão superficial passa a ser muito grave em aterros mal compactados e em taludes de cortes ou cicatrizes de escorregamentos. Neste caso. o efeito da vegetação deve ser o de travar os solos a pequenas profundidades (10 a 20 cm).não apresentar maiores atrativos (frutos. quando os solos são mais erodíveis. . . Sempre que possível. o que diminuirá o escoamento da água diretamente sobre o solo.  PROTEÇÃO SUPERFICIAL COM MATERIAIS NATURAIS Cobertuta Vegetal de Médio a Grande Porte Em trechos de encostas em que a vegetação natural tenha sido removida e que mostrem alto risco de ocorrência de escorregamentos. oferecendo-lhes uma cobertura a mais densa e homogênea possível. a cobertura vegetal tem como funções principais: aumentar a resistência das camadas superficiais de solo pela presença das raízes. uma solução bastante interessante é a implantação de uma cobertura vegetal funcionalmente similar àquela anteriormente existente.desenvolver raízes resistentes e que formem uma trama bem desenvolvida e de longo alcance.Os tipos de proteção superficial são subdivididos de acordo com a utilização de materiais naturais ou artificiais.apresentar crescimento rápido. por vezes muito micáceos. para evitaras desvantagens de formações monocuIturais (comportamento sazonal homogêneo e eventual ataque destrutivo de pragas). Os solos siltosos. Revestimento com grama em placas: processo muito utilizado para o revestimento de taludes de cortes e aterros. fixadas por grampos. quando se deseja uma rápida cobertura. geralmente. A aplicação nos taludes é feita. as águas das chuvas provocam o escorrimento do material de cobertura (taludes de até lV : 2H). Desta forma. Proteção com “Pano de Pedra” Constitui-se basicamente no revestimento do talude com blocos de rocha talhados em forma regular e tamanho conveniente para o transporte e colocação manual. que contém ainda um elemento fixador (adesivo) e nutrientes ( adubos). protegendo-o assim da erosão. Sua eficiência depende muito das condições climáticas (chuvas excessivas “lavam” as sementes do talude e condições muito secas não permitem sua geminação / crescimento) e das características de fertilidade do solo (pois não é implantada nenhuma camada adicional de solo fértil no talude). inclinação do talude e condições climáticas. sua execução deve ser feita imediatamente após a conclusão dos serviços de terraplenagem. A aplicação fica restrita a inclinações brandas.Plantio de mudas: no caso de revestimento de taludes com gramíneas. devem ser instalados drenos tipo barbacã. recortada em placas com cerca de 30 a 50cm de largura e cuja espessura inclui o solo enraizado (cerca de 5 a 8 cm). . sendo posteriormente objeto de acompanhamento e manutenção. caso contrário. podendo-se também utilizar telas plásticas. Neste caso. Quando os blocos forem rejuntados com argamassa. Em taludes com inclinações superiores a 1V : 2H. Estes blocos são arrumados sobre o talude e geralmente rejuntados com argamassa. com a máxima eficiência. posteriormente. o que garantirá o sucesso esperado. Qualquer que seja a técnica adotada. Dentre estas técnicas destacam-se: . atingem-se maiores áreas em curto espaço de tempo e a custos relativamente baixos. sobre uma delgada camada de solo fértil (“terra vegetal”) pré-colocada. pois. . O assentamento dos blocos deve ser executado de modo a se conseguir o maior travamento possível na interface pano de pedra / solo. As técnicas de aplicação da cobertura vegetal com gramíneas são bastante diferenciadas. deve-se cravar a face mais aguda do bloco na superfície a ser protegida. assim. 35 / 60 . revestindo se a superfície do terreno com uma camada de solo fértil (“terra vegetal”). costuma-se lançar mão de espécies gramíneas e leguminosas de crescimento rápido. fixam-se as placas pela cravação de estaquinhas de madeira ou bambu.Para esta finalidade. A escolha da espécie de gramínea mais adequada depende de fatores como: tipo de solo. leguminosas ou outros vegetais são lançados sobre o talude em meio aquoso. a grama é obtida em gramados plantados e.Hidrossemeadura: processo pelo qual sementes de gramíneas. de forma que as placas de grama cubram total e uniformemente a superfície. também pode-se usar o processo de plantio de mudas. utilizadas há muitas décadas. Proteção com Tela Consiste na utilização de tela metálica fixada à superfície do talude por meio de chumbadores. e extremamente eficiente para evitar a erosão e a infiltração da água. bem como drenos tipo barbacã. sendo evitada nos locais em que é desejável manter ou recompor uma paisagem agradável. é fixada à superfície do talude por chumbadores e pinçadores. generalizada. ou seja: a área a ser protegida deve estar perfeitamente limpa. no entanto. dois inconvenientes graves: deteriora-se sob influência da insolação. de tela metálica para armação e sustentação da “casca” formada. devem ser executadas juntas de dilatação. evitando-se o desenvolvimento de subpressões localizadas. e apresenta péssimo aspecto visual. em locais onde existe a possibilidade de queda de pequenos blocos de rocha. exigindo reparos e manutenção periódicos. devido ao seu custo relativamente elevado e às dificuldades operacionais de sua aplicação. Quando da sua aplicação. sendo. a superfície do talude deve ser aplainada. que tendem a favorecer o desplacamento da cobertura. Esta tela. qualquer resíduo vegetal ou orgânico e devem ser instalados drenos tipo barbacã. tendo sido removidos todos os vestígios de vegetação. É uma técnica eficiente e que exige pouca manutenção. A mistura de areia. sendo depois projetada a “gunita”. Proteção com Concreto Projetado ou “Gunita” Trata-se de uma técnica evoluída a partir do “argamassamento”. regularmente espaçados por toda a superfície. Apresenta. desde que aplicada corretamente. obtendo maior rendimento. inclusive pela adoção. resultando uma espessura média de 3 a 5cm. Consiste na aplicação manual ou mecanizada de cobertura de argamassa de cimento e areia. quando bem aplicada sobre superfície firme e isenta de material solto. solo orgânico e entulho. como objetivo de operacionalizar sua execução. É de custo bastante elevado. contra a superfície a ser protegida. 36 / 60 . Proteção com Argamassa É uma das técnicas mais antigas. PROTEÇÃO SUPERFICIAL COM MATERIAIS ARTIFICIAIS Proteção com Imprimação Asfáltica É uma das técnicas mais difundidas. por rega ou aspersão. com malha de 5 a 20cm e fios de 2 a 5mm. removendo-se todo o material solto. porém pouco utilizada. cimento e pedrisco (“gunita”) é projetada com o auxílio de bombas. Consiste na aplicação de uma camada delgada de asfalto diluído a quente ou em emulsão. com o conseqüente descalçamento e instabilização das áreas sobrejacentes. sobretudo pela ação das águas de escoamento superficial. formando-se condutos ou cavidades no interior do maciço ou no contato deste com a fundação. como a ruptura de suas bordas. formando as ravinas e podendo chegar a configuração de boçorocas. a erosão é responsável por grande parte dos problemas que ocorrem nas obras de terraplenagem. porém continua e progressiva ao longo do tempo. a erosão pode ainda se manifestar através do carregamento das partículas de solo do corpo do aterro pela água. Este processo pode ter sua magnitude e velocidade intensificadas pela intervenção das obras de terraplenagem. sem formar canais definidos. também envoltos por capas plásticas. à medida que atinge o lençol freático. desagregação superficial. Os processos de erosão apresentam normalmente uma peculiaridade. escorregamento em corte. Cabe ao responsável técnico pela obra avaliar e analisar a ocorrência dos problemas não encontrados em projeto e definir suas medidas mitigadoras. A erosão tanto nas encostas naturais como em taludes de corte e aterro. Sua ação pode se 37 / 60 . Seu poder destrutivo é elevado e envolve outros processos. Dentre os problemas. que é a velocidade lenta. principalmente quando instalada em meio agressivo. A evolução deste processo pode provocar abatimentos e rupturas nos aterros. que podem chegar até a atingir os terrenos adjacentes. escorregamento em aterro. evoluindo para ravinas. Outra maneira é por escoamento concentrado. em conseqüência do solapamento da base do talude. queda de blocos e rolamento de blocos. Caracterizam-se por iniciar em pequenos sulcos. lavando a superfície do terreno como um todo. De maneira geral. esta erosão interna é também conhecida como piping. determinando um alto grau de degradação da superfície da terra. os principais são os de erosão. principalmente quando se formam ravinas ou boçorocas. pode se dar por escoamento laminar. depositando-o em áreas mais baixas do relevo. é usual o emprego de telas com fios galvanizados ou. Principalmente em aterros. recalque em aterro. modernamente. Para tanto.  EROSÃO Entende-se por processo erosivo a destruição da estrutura do solo e sua remoção. com dimensões variadas dependentes das diferentes condições de concentração de água e das características do solo local. EVENTUAIS PROBLEMAS NAS OBRAS E MEDIDAS PREVENTIVAS E/OU CORRETIVAS A analise de diversas obras de terraplenagem em implantação e já implantadas permite o levantamento de problemas que devem ser mitigados no decorrer da execução das obras. Pode-se ainda aplicar telas constituídas por materiais plásticos (polímeros de alta resistência e pouco suscetíveis ao fogo). geralmente de conformação subvertical.A tela deve estar protegida contra corrosão. Devido ao diferente avanço da erosão. superfícies mais frágeis. ora às deficiências comumente resultantes da utilização de material de má qualidade e/ou de uma inadequada compactação das superfícies dos taludes (em aterros). aproximandose. provocam o surgimento de erosão em sulcos e de erosão diferenciada. de um modo geral. e sem proteção superficial. Estes aspectos. é comum ocorrer o descalçamento das partes superiores mais resistentes. associados geralmente à falta de proteção superficial e à inexistência de sistemas de drenagem. presentes normalmente nos taludes de maior declividade. devido. superfícies mais frágeis. A erosão em sulcos corresponde a sulcos aproximadamente paralelos. em conseqüência de uma erosão mais intensa na camada inferior.dar sobressaindo-se aos demais processos ou combinada a outros eventos. ora à exposição dos solos saprolíticos (em cortes). devido. formados pelo escoamento de água superficial. Esses aspectos. cabendo-lhe o papel. ora às deficiências comumente resultantes da utilização de material de má qualidade e/ou de uma inadequada compactação das superfícies dos taludes (em aterros). tais como escorregamentos. da forma de sulcos. A distância entre os sulcos. condição que exige alerta do responsável técnico pelos serviços. provocam o surgimento de erosão em sulcos e de erosão diferenciada. associados geralmente à falta de proteção superficial e à inexistência ou ineficácia de sistemas de drenagem. este tipo de problema é comum nos cortes em solos saprolíticos. presentes normalmente nos taludes de maior declividade. Nos aterros também se constata a ocorrência deste fenômeno. e sem proteção superficial A execução de cortes e aterros em solos origina. de agente predisponente à ocorrência destes escorregamentos. 38 / 60 . ora à exposição dos solos saprolíticos (em cortes). A erosão diferenciada corresponde a processos erosivos que ocorrem em taludes de corte constituídos por materiais com diferentes suscetibilidades à erosão. de uma maneira geral. intensificando-se naqueles com predominância de material siltoso. de forma generalizada. torna-se difícil e oneroso. necessitando de acompanhamento e conservação constantes das soluções adotadas. muitas vezes. Pelas características desse processo. O combate a erosão. comprimento e declividade do talude e ausência ou não de escoamento adequado da água da crista do corte ou plataforma do aterro. de um modo geral. De um modo geral. Erosão em taludes de corte e aterro A execução de cortes e aterros em solos origina. de um modo geral. Este tipo de erosão manifesta-se com intensidades distintas ao longo do talude. sua profundidade e forma decorrem fundamentalmente do tipo de solo. quando o problema se instala. é mais fácil e menos custoso trata-ló no início. A erosão em sulcos corresponde a sulcos aproximadamente paralelos. surgem erosões localizadas. no entanto. sendo mais suscetíveis os arenosos. . quando há concentração de água superficial.Implantação de sistema de drenagem superficial. canaletas. Erosão em plataforma É um processo de erosão longitudinal que ocorre ao longo do leito. Tal situação interfere diretamente na estabilidade dos taludes de corte e aterro da própria rodovia. Situações mais particulares. principalmente de chuva. podem também ser encontradas em solos siltosos. O tipo de solo é um fator preponderante no desenvolvimento destas formas de erosão. proveniente dos taludes e do próprio leito. Erosão associada a obras de drenagem As obras de drenagem em um loteamento. também podem provocar este tipo de fenômeno. onde existem estes cortes de grandes extensões em solos (Solo Arenoso Fino).  Medidas Preventivas / Corretivas: .Execução de caixa de dissipação de energia nos pontos de lançamento de água. Desagregação superficial em taludes 39 / 60 . siltitos e arenítos) ou horizontes com evolução pedogenética distinta (solos laterizados e solos saprolíticos). caixas de dissipação e bacias de retenção. determina situações para a ocorrência deste tipo de problema.Regularização do talude.Normalmente. . têm a função de disciplinar e conduzir as águas superficiais para fora dos seus limites. tais tomo bueiros. estas ocorrências podem estar associadas a camadas diferentes de solos resultantes de rochas sedimentares (argilitos. Quando estas obras concentram volumes relativamente grandes de água.Regularização da plataforma da rua.  Medidas Preventivas / Corretivas: . ou execução das guias e sargetas. onde a erosão freqüentemente evolui para ravinas ou até boçorocas.Dissipação da energia da água através descidas laterais.  Medidas Preventivas / Corretivas: .Recomposição do aterro ou corte. Esta situação é comum em cortes em caixão de longa extensão e em rampas sem saídas laterais. como diferenciações litológicas remanescentes nos solos saprolíticos. com implantação de proteção superficial. sem as medidas necessárias para a dissipação da energia. . em regiões de solos pouco coesivos. valetas e sangras. e seu lançamento é feito de forma inadequada. com implantação de proteção superficial. além de atingir os terrenos adjacentes. O relevo suave de colinas amplas. características de destruição da estrutura do material e sua posterior remoção. evolução de erosão e presença de corpos de tálus. pode provocar o descalçamento destas últimas. assim denominado por desagregar o material (solo ou rocha sedimentar branda) em pequenos grânulos (ou pastilhas) de tamanho centimétrico. provocando o permanente assoreamento do sistema de drenagem superficial. Este fenômeno. que é função do tipo de solo ou rocha. associados à presença de argilo-minerais expansivos. de cortes ou aterros. E comum. intercaladas em camadas arenosas mais resistentes a este processo. descontinuidades do maciço. fato ao qual estão associados inúmeros escorregamentos. Escorregamentos em cortes A execução de cortes em uma encosta provoca alterações no estado de tensões atuantes no maciço. tendo a água como principal agente deflagrador.Este processo é considerado um fenômeno de instabilidade superficial e apresenta.Por este motivo. são observadas com maior freqüências em períodos chuvosos. através de proteção superficial com tela e gunita ou do confinamento do talude. também. Além da alteração no estado de tensões. as modificações na geometria dos taludes alteram as condições de drenagem e cobertura vegetal. com camada de solo compactado. assim como a ocorrência de diversos processos erosivos. Os escorregamentos em cortes podem ser classificados em função de sua principal causa. saturação. sua ocorrência em regiões tropicais e resulta de uma ação cíclica de umedecimento e secagem dos solos saprolíticos micáceos ou cauliníticos. Apresentam superfície de ruptura bem definida. É comum. aparecerem argilo-minerais expansivos disseminados em camadas sedimentares. da geometria do talude e das condições de fluxo d'água. O resultado disto é o empastilhamento da superfície exposta. Constataram-se também casos em solos saprolíticos de basalto. Ocorrem devido a diversos fatores.Impedimento da ocorrência da ciclicidade (umedecimento / secagem). que podem facilitar a infiltração da água e conseqüente saturação do maciço. sendo por: inclinação acentuada. As tensões de tração que venham a ocorrer poderão provocar o aparecimento de trincas. estas trincas podem ser preenchidas por água. seguido de uma precipitação mais intensa.  ESCORREGAMENTOS Os escorregamentos são movimentos rápidos de porções de taludes naturais. sendo que uma das condições mais críticas é caracterizada por um período contínuo de chuvas. quando acontece em camadas sedimentares siltosas. de alguns dias. reduzindo a resistência dos materiais envolvidos. de maneira semelhante à erosão. que tende a instabilizar a região a montante do talude. o que aumenta substancialmente o desenvolvimento destes fenômenos. Durante a ocorrência de chuvas.  Medidas Preventivas / Corretivas: . 40 / 60 . podendo ser encontrados basicamente de duas formas. É comum ocorrerem ao longo destes planos materiais argilosos de preenchimento. porém afetando o sistema de drenagem do loteamento e lotes em quadras. tornando ainda mais crítica a estabilidade do talude. . permitindo o desenvolvimento de forças de percolação que levam o talude à ruptura. O volume mobilizado atinge alguns metros cúbicos. 41 / 60 .  Medidas Preventivas / Corretivas . É comum este processo estar associado à existência de estruturas residuais da rocha e deficiências no sistema de drenagem. O contato solo / rocha é outra descontinuidade marcante. As estruturas residuais. etc.Proteção superficial (impermeabilização.Adoção de inclinações compatíveis com o material (retaludamento). pode-se avaliar a existência destes planos. A segunda forma de ocorrência é encontrada em taludes de maiores dimensões. como a interdição parcial ou total das vias de circulação e até mesmo desabamento de quadras. não interferindo propriamente na faixa de rolamento. porém a sua identificação é dificultada peja própria ação do intemperismo nos solos saprolíticos. . Em estudos de campo.). Escorregamento em cortes devido à inclinação acentuada São escorregamentos causados principalmente pela não compatibilidade das inclinações dos taludes com as resistências dos solos.  Medidas Preventivas / Corretivas . A primeira. que pode ser resultante de estruturas residuais ou do contato solo / rocha.Sistema de drenagem adequado. de conseqüência menor.  Escorregamentos em cortes devidos a descontinuidades do maciço Estes tipos de escorregamentos ocorrem tendo como superfície principal de ruptura uma descontinuidade do material. A ocorrência destes tipos de escorregamentos é generalizada em todos os materiais que apresentam alguma descontínuidade.Conhecimento prévio das descontinuidades e adoção de inclinações compatíveis e ou obras de contenção. também denominadas reliquiares são planos de fraqueza (fraturas e xistosidades) herdadas da rocha. vegetação. ocorre em taludes de pequenas dimensões. pois determina fundamentalmente uma substancial mudança na permeabilidade e na resistência dos materiais. Face as condições de relevo.que são em geral severas os volumes mobilizados envolvem principalmente o solo saprolítico e geram conseqüências graves. onde é comuns a execução de taludes com forte inclinação (superior a 50%). decorrentes de prolongados períodos de precipitação. criam condições deformação de lençol suspenso. . ou ainda pela atuação da água nos processos erosivos.). por serem remontantes.Execução de obras de contenção. ou devidos à saturação temporária do solo. formando paredes subverticais. quando os cortes de pequena altura interceptam o lençol d’água. quando não são adotadas medidas de drenagem superficial e profunda. Tal situação. como a presença de diques de dibásio. . quer por aumento das pressões neutras. etc. inclusive.  Medidas Preventivas / Corretivas: .Execução de proteção superficial(vegetação. porém. quer pelo efeito da água como redutor da resistência dos materiais desenvolvidos.Execução de obras de contenção pequenas e localizadas. Os casos de saturação temporária do solo. A existência de uma interface entre as camadas (geralmente em rochas sedimentares) de diferentes permeabilidades permite a formação de lençóis suspensos. impermeabilização. Estes casos ocorrem. principalmente.Situação decorrente de saturação temporária: impermeabilização superficial. de pequena espessura. associada ou não a fatores como descontinuidades. em situações de relevo suave. geralmente incompatíveis com a resistência dos solos. Escorregamentos em Cortes Devidos a Saturação Escorregamentos devidos à saturação do solo ocorrem associados à elevação do 1ençol freático.  Escorregamentos em Cortes Devidos à Evolução da Erosão A evolução dos processos erosivos.  Medidas Preventivas / Corretivas: . a estabilidade de todo talude. . provoca rupturas que costumam ser pequenas individualmente. propiciando a saturação do talude. em sulcos ou diferenciada. .Implantação de sistema de drenagem adequado. provocando uma situação precária também no acostamento e no próprio pavimento. Escorregamentos em Corpo de Tálus 42 / 60 . onde situações específicas. decorrente da infiltração durante prolongados períodos de precipitação. Existem casos. com o tempo.Abatimento do talude. . altera a forma do talude. podendo desencadear escorregamentos de grandes proporções. acabam por comprometer. Isto leva à estabilização do material. são encontrados. nos solos laterizados superficiais.Situação envolvendo o lençol freático: drenagem superficial e profunda. Retaludamento e/ou eventual implantação de obra de contenção. como sobrecarga no talude natural. Escorregamentos em Aterros As principais instabilizações observadas em aterros estão associadas a: problemas problemas problemas problemas na fundação. em áreas de baixa declividade. de forma direta.  Medidas Preventivas / Corretivas: . normalmente existentes em regiões de baixada (principalmente os solos moles) e. no corpo do aterro. também. causando recalques no aterro. em travessias de linhas de drenagem. pois o contato solo / rocha é. que condiciona situações mais desfavoráveis e às caractetístiças dos solos siltosos. São geralmente muito instáveis frente a modificações de sua geometria. com os sistemas de drenagem e proteção superficial. freqüentemente. podendo afetar as condições de estabilidade do maciço. e alterações no sistema de infiltração e circulação de água. Problemas também aparecem no caso da existência de surgências d’água no terreno que servirá de fundação para o aterro. Um outro problema está associado à limpeza do terreno no preparo da fundação. Deve-se lembrar que o aterro atua. estas principalmente durante a fase de execução. Caso não se remova a vegetação.Impermeabilização superficial. Neste caso. quando não são detectadas e tratadas. antes do lançamento do material à ser compactado. desfavoráveis a uma eficiente compactação e muito erodíveis. intensificando-se de modo geral em locais de relevo mais acidentado.  Medidas Preventivas / Corretivas: 43 / 60 . encontrando-se nos anfiteatros das encostas. principalmente se não for devidamente tratado. pela implantação de loteamentos. em pequenas planícies encaixadas nas regiões serranas. além dos problemas já citados. Escorregamentos Devidos a Problemas na Fundação Problemas de recalque ou até mesmo rupturas. ocorrem problemas de estabilidade nos aterros assentes diretamente na rocha. . sérios problemas de erosão interna (piping) e condicionando problemas de instabilidade. uma superfície potencial de ruptura. são observados em aterros construídos sobre solos de baixa capacidade de suporte. em geral. a sua decomposição cria um meio poroso que pode ser um caminho preferencial de percolação e originar deformações elevadas. elevada porosidade. . São encontrados comumente em todas as regiões. quando submetidos a cortes ou aterros.Implantação de sistema de drenagem profunda e superficial.Os corpos de tálus são constituídos por uma grande heterogeneidade de materiais e apresentam. Quando a travessia desses talvegues. se também.  Medidas Preventivas / Corretivas . Escorregamentos Devidos a Problemas em Travessia de Linhas de Drenagem As rodovias. ao uso de materiais inadequados. Durante um período de chuva intensa. e inicia-se um processo remontante de trincas. Após este escorregamento. Escorregamentos Devidos a Problemas no Corpo do Aterro As principais instabilizações observadas em aterros estão associadas a problemas no corpo do aterro propriamente dito. na maioria dos casos. Este tipo de obra apresenta. devido à forte inclinação resultante do talude. sendo responsável por incontáveis rupturas destes aterros. Os materiais de maiores dimensões são carregados pelas águas e ficam retidos dentro ou na entrada do bueiro ou da galeria. estando geralmente associada a materiais carreados pelas enxurradas (pedaços de árvores.Reconstrução do aterro com material de boa qualidade. como recalques ou ruptura parcial ou total do aterro. que a prática de se executarem aterros com apenas os ultimos 2 ou 3 metros (camadas superficiais) bem compactados. bem compactado e implantação de sistema de drenagem adequado. e envolvendo pequeno volume de material.recalque excessivos. é extremamente danosa. Observa. a obstrução de um bueiro ou galeria traz. com alguma freqüência. assim como à deficiência inexistência de sistemas de drenagem. elevada vulnerabilidade a eventos de obstrução. permitindo o rápido assoreamento a montante por 44 / 60 . uma solução bastante usual é permitir a passagem das águas sob o aterro. Os escorregamentos de borda ocorrem atingindo geralmente a parte externa não compactada do corpo do aterro. através de bueiros ou galerias. o aterro torna-se instável. conseqüências danosas. Deve-se destacar que as bordas dos aterros são as regiões mais afetadas por escorregamentos. porém. não é feita por obras de arte. resultando em cicatriz com talude sbvertical. que apresentam grandes volumes de água. acabam por interceptar as linhas de drenagem natural (ou talvegues). além de outros problemas. como. e ocorrem devido à sua má compactação ou até mesmo à inexistência desta. geralmente.. que normalmente é ignorado pela sua pequena expressão.Preparo adequado do terreno para a fundação e remoção das camadas das camadas (e solo mole quando ocorrer). que gerará futuras ocorrências de maiores proporções. mas por aterros. troncos e galhos). sendo obras de engenharia contínuas e de longa extensão. produtos da erosão ou de escorregamemos a montante. A obstrução de bueiros e galerias pode ocorrer de várias maneiras. erosão superficial e erosão interna(piping). ao se desenvolverem ao longo de uma encosta. à geometria do talude (incompatibilidade da iclinação com a resistência do material). ao evoluírem. tamponando estas obras de drenagem.Implantação de sistemas de proteção junto às entradas dos bueiros. também podem provocar os problemas descritos. As causas mais comuns deste fenômeno são baixa capacidade de suporte da fundação. poderão provocar erosão interna (piping). . evitando os problemas ou corrigindo-os em sua fase inicial. que por sua vez.materiais de menores dimensões e pelo solo carreado. mesmo livres de qualquer obstrução.  Medidas Preventivas / Corretivas . Os bueiros ou galerias. com dimensionamento adequado nos casos em que os sistemas já foram severamente danificados. escadas d’água ou outros dispositivos. Estes também podem apresentar falhas de execução ou rompimento devido a recalques da fundações. Situação mais grave que as acima mencionadas é aquela em que a travessia dos talvegues é feita por aterros.Manutenção sistemática e freqüente nos sistemas de drenagem. pois neste caso o seu representante é inevitável. que. compactação inadequada. Estes problemas. podem levar à ocorrência de escorregamentos. bem como devido ao seu dimensionamento incorreto. costumam provocar infiltrações nos taludes e na própria plataforma. se tiverem sido incorretamente dimensionados. ocasionando saturação e erosão em sulcos nos taludes dos aterros. Queda de Blocos 45 / 60 .Reconstrução da obra.Recomposição do aterro.Reconstrução. deficiências do sistema de drenagem e rompimento de bueiros ou galerias. sem que se permita a passagem das águas por bueiros ou galerias.  Medidas Preventivas / Corretivas . podendo constituir-se em indícios de escorregamentos. interferindo de maneira substancial no leito carroçável do sistema viário do loteamento. com dimensionamento adequado e incluindo as proteções devidas (nos casos em que já ocorreu ruptura).  Medidas Preventivas / Corretivas . Escorregamentos Devidos a Problemas com os Sistemas de Drenagem e Proteção Superficial O Sistema de drenagem superficial pode apresentar problemas relacionados a danos às canaletas. É comum ocorrerem abatimentos desde poucos centímetros até metros. . remoção de vegetação de maior porte junto a seu acesso e manutenção sistemática (nos casos em que não ocorreu ruptura). associados a deficiências do sistema de proteção superficial. Recalque em Aterros Os recalques são fenômenos que ocorrem em aterros. as camadas de siltito e argilito sofrem o fenômeno de desagregação. descalçando a base dos blocos. Quando o fraturamento do maciço é intenso. ou a penetração e o crescimento de raízes nas mesmas. Neste caso.Remoção manual e individual de blocos instáveis. inclusive com construções. quando camadas de arenito. onde o fraturamento do maciço é desfavorável à estabilidade. as causas básicas são as descontinuidades do maciço rochoso (xistosidades. etc.  Medidas Preventivas / Corretivas 1ª situação: . A ocorrência deste fenômeno é generalizada em cortes em rocha. Ocorrem naturalmente em encostas quando processos erosivos ou pequenos escorregamentos removem o apoio de sua base. pois os blocos podem atingir o sistema viário e lotes. através de proteção superficial com tela e gunita ou do confinamento do talude.Fixação dos blocos instáveis através de chumbadores ou tirantes. Este fenômeno pode se dar em duas situações: Na primeira. condicionando o movimento de rolamento. Rolamento de Blocos Este processo é comum em áreas de rochas graníticas. mobilizando volumes de rocha relativamente pequenos. pois originam blocos de grandes dimensões (l a 2m³) que freqüentemente atingem a pista. . que originam blocos de rocha sã (matacão) isolados e expostos em superfície. com certa facilidade. neste caso com conseqüências de menor gravidade. com camada de solo compactado. Podem ocorrer também em cortes que contenham blocos envolvidos por uma matriz de solo. .  Medidas Preventivas / Corretivas 46 / 60 . provocando o descalçamento de blocos de arenitos da camada superior. siltito e argilito estão intercaladas. associados à erosão ou ao escorregamento dos taludes. Sua conseqüência pode ser grave. pode-se ter a ocorrência de fraturamentos menores (aproximadamente 10 a 30 cm). geralmente em queda livre. 2ª situação: .Proteção com tela metálica com ou sem gunita. a pressão através do acumulo de água nestas descontinuidades. ou a taludes de corte em rochas ou pouco alterada. Este processo está associado a encostas rochosas abruptas.A queda de blocos caracteriza-se por movimentos rápidos.). que propiciam o isolamento de blocos unitários de rocha. A segunda situação de queda de blocos ocorre em rochas sedimentares.Impedimento da ocorrênda da ciclicidade(umedecimento / secagem). As conseqüências deste fenômeno podem ser graves. pés de carneiro. perfurado ao longo do seu comprimento e com as extremidades fechadas é conectado ao registro e preso perpendicularmente ao eixo longitudinal do caminhão. as caçambas comuns devem ser reforçadas internamente com cantoneira de aço em posições apropriadas.Fixação do bloco por chumbadores ou tirantes. Geralmente são carregados por carregadeiras mecânicas ou escavadeiras. A descarga verifica-se automaticamente pelo fundo.Proteção da área de apoio do bloco. Os rolos de pneus podem ser de pressão constante ou de pressão variável. isto é. para evitar o contato direto das pedras com a chapa do fundo. para transportar água para outras finalidades. Existem caçambas próprias para transportes comuns e caçambas para o transporte de pedras. Os primeiros e os últimos podem ser estáticos ou vibratórios. Tendo em vista a pequena área dos. A liberação da água é feita através de um registro colocado na parte traseira para abrir e fechar a sua passagem. Como esses materiais variam nas suas características. mediante a elevação da parte dianteira de caçamba.  COMPACTADORES Equipamentos destinados à compactação dos diversos materiais movimentados em terraplenagem. Podem ainda ser carregados manualmente. A velocidade do caminhão e a descarga de água devem ser coordenadas. O seu enchimento se dá através de bombas localizadas no próprio caminhão ou na fonte de água. também. EQUIPAMENTOS  CAMINHÕES BASCULANTES Equipamentos destinados ao transporte de solos e pedras. preferencialmente superiores a 5km. porém com pouca eficiência. os rolos de pneus e os rolos lisos. os compactadores apresentam diferenças entre si para melhor atender as exigências da compactação de cada tipo de material. efetuada por macacos hidráulicos. quando são superiores a 1. .. Esses caminhões servem. no qual são presas externamente peças metálicas de formatos variados (os pés de carneiro). Os caminhões basculantes são usados com maior eficiência quando as distâncias de transporte são grandes. Existem os rolos pé de carneiro. Os rolos pé de carneiro são indicados para a compactação de materiais argilosos e siltosos. Constam de um cilindro feito de chapa de aço.Desmonte e remoção do bloco. o peso do rolo é transmitido ao terreno 47 / 60 .000m. e for necessário transporta-Ias. para evitar excesso de umidade. com implantação de sistemas de drenagem e proteção superficial. Um tubo grosso de aço. Quando não se dispuser de caçambas de pedras. o que permite essa operação. .  CAMINHÕES PIPA São usados no umedecimento dos solos visando sua compactação. A caçamba basculante é feita de chapas de aço. mais reforçadas. além do motor e partes mecânicas.  ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS Equipamentos destinados a realizar escavações. feito de chapa de aço que vibra mediante um eixo excêntrico. Equipadas com “shovel”. Os rolos de pneus são indicados para a compactação de materiais coesivos e arenosos. São utilizadas. se necessário. etc. Montado no chassi há um compressor ligado aos pneus permitindo variar a pressão desses. sendo este seu emprego específico em terraplenagem. além de outros implementos. Os cilindros de aço são ocos. Seu objetivo principal em terraplenagem e o de homogeneizar a umidade do solo. As de esteiras são mais lentas. e outras aplicações. fracionam blocos de pedra. montados em um chassi. Neles podemos colocar areia e água para aumentar o peso. como guindastes. com os acessórios de escavação. Existem rolos que somente vibram um único tambor e aqueles em que os dois cilindros vibram. com equipamento retro. atoleiros. estão instalados os controles e é onde o operador trabalha. Praticamente podem trabalhar sobre qualquer terreno. lagos. com “drag-line”. atacam os cortes altos. na abertura de valas. cravam estacas. na sua locomoção. com “clamshell” (concha). na regularização de rios e canais.  MOTO . apiloam o solo. também. Equipadas com guindaste levantam pesos. Na cabine. sempre que possível. do que as sobre pneus. durante a operação. Esses equipamentos são normalmente rebocados por tratores de pneus (agrícolas). A maioria das escavadeiras permite a substituição do acessório de escavação mediante a troca da lança e alguns acessórios. Na sua estrutura apresentam espaços vazios que podem ser cheios de material pesado para aumentar o peso. se deve evitar a homogeneização pela utilização da motoniveladora. sendo que para trabalhar em terrenos fracos torna-se necessária uma preparação de meios de suporte. Equipadas com “drag-line”. As escavadeiras podem ser equipadas com “shovel” (colher). se necessário. visando obter boa qualidade e rapidez na compactação. quanto em serviços de terraplenagem. Fundamentalmente constam das esteiras ou pneus. como sobre pneus. Tanto podem ser montadas sobre esteiras. fazendo raspagem em terras pouco consistentes e escavação em nível inferior ao da máquina. no carregamento de materiais soltos. visto que o custo operacional das grades de discos é bem menor.  GRADES DE DISCOS Equipamentos usados tanto na agricultura. Equipadas com “clamshell” fazem o carregamento de materiais soltos. Os rolos pé de carneiro podem ser vibratórios. Os rolos vibratórios lisos são indicados para a compactação de materiais arenosos e pedregulhosos e constam de um cilindro. com guindaste.com pressão mais elevada. assim como carga de materias nos caminhões basculantes. dragam cursos d’água.SCRAPERS 48 / 60 . É importante ter em mente que. sobre o qual vai uma mesa giratória que apóia a cabine e a lança. principalmente se elétricos. que irá trabalhar somente para ele. realizando ainda. O convencional apresenta a vantagem de ter um custo operacional mais baixo em terrenos mais duros e de corte mais difícil. Cada um dos tipos apresenta vantagens e desvantagens sobre os outros. não precisando de “pusher”. Trabalham sobre seis rodas. ficando parado toda vez que o motoscraper estiver transportando ou retomando ao corte. quando passam carregadas sobre o material já descarregado. ele alivia o peso do corte. Moto-scraper “push-pull” O tipo “push-pull” é um moto-scraper com dois motores e tração nas quatro rodas. o auto-carregável e o "push-pull". apresentando melhores desempenhos em distâncias entre 200 e 500 metros. Basicamente constam de' duas partes: a caçamba (scraper) e o trator ou cavalo. sendo duas dianteiras e quatro traseiras montadas em tandem. criou-se um dispositivo em forma de gancho que acopla um moto-scraper a outro. enquanto os outros dois tipos são mais usados na escavação de solos mais fáceis de escavar. além do movimento normal. enquanto que o auto-carregável requer um operador de maior experiência trabalhando com maiores cuidados. apesar de ter motor próprio para a tração. que é acionado por motores hidráulicos ou elétricos. o elevador vai deslocando o material para o interior da caçamba do “scraper”. por exemplo. na ocasião do carregamento necessita de uma força adicional que lhe é dada por um “pusher”. O auto-carregável apresenta um custo operacional mais baixo em certos terrenos de primeira categoria. tem uma operação mais simples. formam ângulos com a 49 / 60 . apresenta a vantagem de poder trabalhar individualmente. que tanto pode ser um trator de esteiras como um trator de pneus pesado. o moto-scraper convencional é muito útil na escavação de solos mais duros.  MOTONIVELADORA Equipamentos destinados ao espalhamento de solos e regularização do subleito. O convencional é um equipamento menos sujeito a quebras e avarias do que o auto-carregável. Conseqüentemente. para trabalhar precisa da ajuda do “pusher”. Já o auto-carregável não pode passar mais de 2 minutos carregando para evitar sobrecarga nos motores dos elevadores. Como a força de tração nas quatro rodas não é ainda suficiente. transporte e descarga de solos. ao passo que. Moto-scraper convencional O tipo convencional. As rodas dianteiras. Por exemplo.Equipamentos destinadas ao corte. Existem três tipos de motoscrapers: o convencional. requerendo menor habilidade do operador. pois além de ter menos componentes frágeis. uma compactação inicial. não permitindo que se acumule na entrada. o convencional. permitindo que o esforço das 8 rodas dos 2 moto-scrapers acoplados seja usado para carregar um dos scrapers e em seguida o outro. A proporção que a lâmina do “scraper” vai cortando o solo. o que é facilitado pela força adicional do “pusher” e pela sua maior robustez de fabricação. dotado de palhetas. O auto-carregável. São equipamentos de grande produção em distâncias pequenas que vão de cem a mil metros. O tipo auto-carregável possui um elevador. Normalmente são montados nas traseiras dos tratores de pneus. não só escavam.vertical. trabalha em posição horizontal ou próxima desta. mas se movimenta em relação a um eixo horizontal. São equipados. As placas de empuxo são acessórios apropriados para empurrar os moto-scrapers convencionais nas operações de carregamento nos cortes. inclusive a vertical. Alguns são equipados também com escarificadores que visam facilitar o trabalho de escavação quando o solo é duro.  RETRO ESCAVADEIRAS Equipamentos que se destinam. possui facilidade de movimentação muito grande e pode ficar em qualquer posição. como também têm equipamento de carga na parte dianteira da máquina. principalmente. também. As pás-carregadeiras são utilizadas na operação de carregamento de material solto. para ambos os lados. Hoje existem modelos mais modernos. se denomina “bull-dozer”. encher-se do mesmo e depois descarregá-lo sobre o caminhão basculante. Quando a lâmina está inclinada em relação ao eixo longitudinal do trator formando ângulos diferentes de 90°. com a única diferença de serem rebocados ou por tratores de esteiras ou por tratores de pneus (é o caso de equipamentos menores. As máquinas montadas sobre esteiras têm um deslocamento mais lento do que as montadas sobre pneus. ou com placas de empuxo. ou realizando pequenas escavações em materiais de pouca resistência. São bem menores que as lâminas de corte e possuem um amortecedor que atenua o impacto na aproximação do 50 / 60 . ficando com uma extremidade mais baixa do que a outra. como os da marca MADAL). Alguns. para operação de “pusher” em moto . Existem pás-carregadeiras equipadas com caçambas de descarga lateral. do lado de fora da máquina. denomina-se “angledozer”. Isso permite uma série de operações especiais inclusive a regularização de taludes. que poderão facilitar o trabalho quando trabalhando em solos mais duros. se denomina “tiltdozer”. Sua ferramenta de trabalho é uma caçamba que apresenta um movimento basculante para frente. Esses tipos de equipamentos estão cada vez mais em desuso.  TRATORES DE ESTEIRAS Equipamentos destinados à escavação de solos.  PÁS CARREGADEIRAS Equipamentos que tanto podem ser montados sobre esteiras como sobre pneus. a fim de atacar o material. à escavação de valas.scrapers. Quando a lâmina se mantém sempre na posição perpendicular ao eixo longitudinal do trator. Quando a lâmina se mantém na posição perpendicular ao eixo longitudinal do trator. de modo que a profundidade de corte possa ser regulada pelo operador. que na maioria das operações. com escarificadores. A lâmina.  SCRAPERS Têm a mesma função dos moto-scrapers. com tração nas quatro rodas. Todas as lâminas podem ser levantadas e baixadas. o que facilita a operação. sendo equipados com lâminas para operação de escavação. grades de discos. Apresentam. Montados sobre quatro pneus. este deve ficar na posição central do escarificador. Visando melhorar a aderência pode-se colocar água dentro das câmaras de ar até ¾ de sua capacidade. Contudo. Em virtude da sua largura e tamanho. tem a desvantagem de sofrer cortes nos pneus. As esteiras constituem verdadeiras estradas para o trator se locomover. sua finalidade é a de puxar pequenas carretas. na qual podem ser montados um. Quando não se dispõe da placa de empuxo e o trabalho deve ser feito com lâmina de corte. podem usar nos pneus traseiros os rodados duplos.  TRATORES DE PNEUS São equipamentos normalmente agrícolas. desmatamento. esses dentes devem ser enterrados no terreno com o trator em movimento. corte. “pusher” para moto-sctapers convencionais e. como puxadores de scrapers (atualmente pouco usado). ou três dentes. Apesar de proporcionarem aos tratores aplicar uma menor pressão e uma melhor transmissão da força de tração no terreno. em trabalhos onde aparecem pedras. as esteiras apresentam a desvantagem de tornar os tratores mais lentos na sua locomoção. escarificação. a pressão exercida sobre o terreno é muito pequena. menor será a quantidade de dentes a se colocar. completando-se o restante com ar comprimido. remoção de pedras. mas também usados em terraplenagem. Quando o terreno está duro e a lâmina tem dificuldade de cortá-Io. Os escarificadores constam de uma estrutura instalada na parte traseira do trator. Quanto mais duro estiver o terreno. terem uma manobra mais fácil. Os principais trabalhos realizados pelos tratores de esteiras são: limpeza.trator com o moto-scraper. sobre os tratores de esteiras. desatolar caminhões. desencravamento de pedras. destocamento. o que torna os tratores de esteiras aptos ao trabalho em terrenos de baixo suporte. OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS  OPERAÇÃO DOS TRATORES DE ESTEIRAS 51 / 60 .  TRATORES “PUSHER” DE PNEUS Existem tratores de pneus que são usados para as mesmas finalidades que os tratores de esteiras. poderem transitar sobre pistas asfaltadas sem danifica-Ias e movimentarem-se dentro do canteiro de trabalho a distâncias um pouco mais longas sem precisarem de carreta para transportá-Io. o que permite uma melhor aderência e tração. dois. e quando se trabalha com dois dentes. é aconselhável reforçar a lâmina com chapas de aço para que esta não venha a se estragar com os impactos. transporte à pequena distância (até 60m). permitindo melhorar o rendimento do conjunto. desatolamento de máquinas. etc. Quando rebocando grades de discos ou outros equipamentos mais pesados. estes devem estar nas posições externas. a vantagem de serem mais rápidos. a fim de desagregá-Io e facilitar o corte posterior com a lâmina. Quando se trabalha com um só dente. e de patinar quando operam em solos escorregadios. Escarificação Quando o solo é muito duro e se torna difícil escavar. Há dois tipos de escarificadores que podem ser montados: o fixo e o móvel. visando a proteção do tratorista. Ao se trabalhar em desmatamento de áreas com árvores de porte mais elevado será necessário usar tratores providos de cabine florestal. Feita somente na faixa entre “off-sets”. 52 / 60 . de escarificação.Os tratores de esteiras são normalmente usados em serviços de desmatamento. que é abaixada o suficiente para penetrar no solo e. A produção na escarificação depende pouco da habilidade do tratorista. A prática é quem dirá melhor quantos dentes devem ser colocados para determinado material. que permite livrar o escarificador das pedras. a produtividade cai. sempre cortando de um lado e depois cortando a outra metade. Nessa operação de desmatamento o trator deve trabalhar do eixo da rua para os bordos. também chamado de “bailarino”. Para se obter bom rendimento do trator. mesmo que a profundidade seja menor. de reboque de scrapers e. já que assim o trator não mais estará escavando e sim transportando o material escavado. Escavações com deslocamentos superiores a 20 metros redundarão em baixa produtividade. realizar a escavação. Escavação Operação mais executada pelos tratores de esteiras. com ligeira folga. O procedimento para essa operação consiste em se escavar próximo ao tronco. É evidente que somente se usará os três dentes se a dureza do solo permitir. Essa operação é realizada com a lâmina. de escavação. Quando se coloca os três dentes. O volume produzido pelo escarificador com um dente é igual ao produto da profundidade vezes o comprimento de escarificação vezes uma largura próxima ao dente. na compactação de areia. Se existem pedras. Desmatamento Retirada da vegetação do local onde se vai fazer a terraplenagem. cortando as raízes e removendo o toco da árvore. Quando se trabalha com um único dente. o emprego de um escarificador montado no trator de esteiras permite desagregar o material para facilitar essa operação. de destocamento. Podem ser ainda empregados em compactação de enrocamentos de barragens e mais. Há materiais mais escarificáveis e materiais menos escarificáveis. este deve ficar na posição central do suporte do escarificador. esse não deverá percorrer grandes extensões. A produção no desmatamento aumenta ou diminui de acordo com a densidade da vegetação. Destacamento Operação de retirada ou remoção dos tocos das árvores que foram desmatadas. eles devem ficar nas posições externas. na operação de “pusher” de motoscrapers tipo convencional. Medido em metros quadrados (m²). com o deslocamento do trator. Quando se trabalha com dois. a largura torna-se muito maior e consequentemente o rendimento será maior. também. Por esse motivo. O mesmo acontece em relação à transmissão. na escavação. Para esse trabalho os tratores devem ser equipados com placa especial.  Cuidados Especiais Quando Trabalhando com Tratores de Esteitas . Quando não se dispõe de placa de “push”. usava-se o trator de esteiras para rebocar os “scrapers”. tomando-se o cuidado de reforçar a mesma para não danificá-Ia. é trabalhar em declive. pode fazer com que aumente 53 / 60 . que deverão ser retirados quando o trator voltar a trabalhar em terrenos mais nivelados. e a segunda é que a placa de “push” dispõe de um amortecedor de molas. “Pusher” Operação onde o trator empurra os moto-scrapers. . recomenda-se cuidados nessas ocasiões. Somente quando a distância de transporte é bem pequena (em torno de 50 metros) justifica-se o trator rebocar scrapers. . O mesmo acontece quando o trator está trabalhando em superfícies rochosas onde existe o risco de o trator deslizar lateralmente.Inclinação em relação à produtividade A posição ideal do trator de esteiras. . pode-se empurrar os motoscrapers com a própria lâmina do trator. Compactação com tratores de esteiras O trator de esteiras pode ser usado também na operação de compactação de areias e enrocamentos. Essa operação é muito simples e consiste em fazer o mesmo passar sucessivamente sobre o aterro de areia ou enrocamento. devendo também ser acrescentados de 10 a 30% de óleo lubrificante.Trabalhando em solos pouco consistentes Nessas ocasiões será necessária bastante atenção. Por essa razão. além de diminuir a produtividade. Hoje praticamente não se usa mais esses “scrapers” rebocados.Inclinação em relação à lubrificação do motor Quando o trator trabalha em terrenos muito inclinados não se verifica uma boa lubrificação. nessas ocasiões devem ser acrescentados 10 a 30% da quantidade normal de óleo lubrificante. pois isto prejudica o equipamento. visto que se um solo ceder somente de um lado onde se apoia uma das esteiras. O trator trabalhando com a placa de “push” tem um melhor rendimento. Deve se evitar a operação com o equipamento trabalhando em aclive. chamada de placa de empuxo ou placa de “push”.Natureza do terreno Aterros novos podem ceder com o peso do trator. que alivia o impacto no fundo do moto-scraper.Reboque Quando não havia moto-scraper. até que se consiga a compactação desejada. Há duas diferenças entre uma lâmina e uma placa de “push”: a primeira é que a placa de “push” é pequena. menor será a produção horária. No trabalho com os moto-scrapers convencionais. chega ao corte. o que permite um excelente rendimento. deve-se antes escarificar. Apresentam a vantagem de trabalharem sem depender dos “pushers”. uma vez que os seus deslocamentos são mais rápidos. provocando acidentes. às vezes não compensa perder tempo para o enchimento total da caçamba. Quanto maior for a distância.demasiadamente o ângulo de inclinação do trator. carrega.  OPERAÇÃO DE TRATORES DE PNEUS EM “PUSHER” Nas operações de “push” também são usados tratores de pneus de grande porte. autocarregáveis e “pushpull”. à semelhança dos tratores de esteiras. o segundo metro cúbico já tem mais dificuldade e assim por diante. pela ação dos quatro motores (cada moto-scraper tem dois motores). A boa conservação do caminho de serviço é da maior importância. São indicadas para trabalhos em solos pouco consistentes. tanto podem ser providos de lâminas.Largura das sapatas Sapatas largas reduzem o “enterramento” das esteiras. Distância de transporte influi na produção dos moto-scrapers. o “pusher” empurra o motoscraper para a operação de carga. Os moto-scrapers autocarregáveis somente podem trabalhar em solos fáceis de escavar. usando para isso um trator de esteiras equipado com escarificador. O acoplamento é feito com placas de “push” adaptados com ganchos que permitem não só empurrar. transporta. sendo preferível “soltar” o moto-scraper para sua viagem. os moto-scrapers podem ser convencionais. como puxar o outro moto scraper. Para distâncias pequenas. a fim de garantir um menor tempo de percurso. o tempo gasto pode não compensar. tornando o trator mais estável. Quando o material a escavar é duro. Esses trabalham um dando “pusher” ao outro. Nos últimos.  OPERAÇÃO DE MOTO . Os moto-scrapers do tipo “push-pull” sempre trabalharão em dupla. visto que o primeiro metro cúbico entra facilmente. e vai de 40 a 60 metros. como de placas de “push”. descarrega e retorna ao corte. Esse dimensionamento vai depender da distancia de transporte. maior será o número de moto-srapers. isso pode provocar um atolamento do equipamento. um 54 / 60 . . como os CAT 824 e CAT 834. Trabalhando em distâncias longas. Extensão para carga é o comprimento que o moto-scraper tem que se deslocar para carregar. ou em solos duros já escarificados. sempre compensará carregar a caçamba do moto-scraper até que fique completamente cheia (caçamba coroada). Na operação. Esses equipamentos. Quanto maior for essa distância de transporte. O tempo de ciclo é o tempo gasto desde quando o motoscraper.SCRAPERS Como vimos. Para um melhor rendimento do conjunto “pusher” / moto-scraper deve-se dimensionar convenientemente o número de moto-scrapers para cada “pusher”. No caso em que as duas esteiras afundem. Para sua realização o operador colocará a lâmina formando um ângulo permitindo fazer a valeta. Espalhamento de solos Na execução desses trabalhos a motoniveladora espalhará os solos que normalmente são transportados em caminhões basculantes e que foram colocados na pista. regularização de subleito. eles serão desacoplados por elevação do gancho. permitindo assim a realização da regularização. preferindo-se os equipamentos de maior porte. o espaçamento entre as pilhas deixadas pelos caminhões basculantes deverá ser aumentado para reduzir a resistência de uma pilha. regularização de taludes. embora sejam cerca de duas vezes mais caras. Às vezes será necessário escarificar o terreno a regularizar. abertura de valetas e na escarificação do subleito. o que será feito com o escarificador da motoniveladora. que. Visando melhorar o rendimento da motoniveladora. Regularização do subleito Nessa operação. Abertura de Valetas Esse é outro serviço que pode ser executado pela motoniveladora. O talude deverá estar marcado na inclinação desejada para orientação do patrolista. a motoniveladora circulará sobre o subleito com a sua lâmina executando a regularização. o que facilitará também a operação de compactação. O espaçamento das pilhas depende da potência da motoniveladora. seguindo os dois suas viagens para o local de descarga. é conveniente usar lâminas mais duras. Trabalhando com materiais duros Quando se trabalha com materiais que desgastam rapidamente as lâminas da motoniveladora. Após a carga. devendo-se nessas ocasiões encher primeiro o equipamento que vai à frente e em seguida encher o que vai atrás. Regularização de taludes Para essa operação. duram perto de cinco vezes mais. com a vantagem de se evitar paradas para trocas. 55 / 60 . O seu rendimento depende fundamentalmente do conhecimento e habilidade do operador e do material com que estiver trabalhando.  OPERAÇÃO DE MOTONIVELADORAS Usadas nas operações de: espalhamento de solos. Conjugado com o uso de caminhões. apoiando a outra nos casos em que são colocadas pilhas juntas.  OPERAÇÃO DE ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS A cada dia que passa. visto que podem ser usados nas operações de escavação e carga. a lâmina da motoniveladora será colocada em posição lateral e na inclinação desejada para o talude. estão sendo mais utilizadas escavadeiras hidráulicas nos serviços de terraplenagem.moto-scraper ficará atrás do outro devidamente acoplado. Havendo necessidade de mais materiais. sem mais a necessidade da utilização de tratores de esteiras na escavação. será preferível fazer o espalhamento em mais camadas. através de cabos de aço. A altura máxima do talude deve ser igual à altura do eixo de articulação do braço do “shovel”. através de um movimento giratório da escavadeira. Ele se constitui de uma caçamba especial. martelo rompedor. guindaste. Nessa operação a caçamba é arrastada pelo solo mole até encher. “Retro-Shovel” É muito utilizada na escavação de valetas de pequena e média profundidade e pouca largura. após o que ela é elevada fechada até o local de descarga. A profundidade ideal de ataque nos barrancos deve ser tal que a frente das esteiras deve facear as laterais do corte. Esse implemento é constituído de uma caçamba tipo “drag-line” que é suspensa pela escavadeira munida de lança. A concha deve ser cheia com movimento frontal e em linha reta. A sua operação é semelhante à do “clamshelI”  Outros implementos para escavadeiras Existem ainda muitos outros tipos de implementos que podem ser usados nas escavadeiras hidráulicas.esses equipamentos estão substituindo inclusive os motoscrapers. fechando-a em seguida. em valas e cavas de fundação. e a sua operação consiste em lançar a caçamba aberta sobre o solo a remover. Os bons operadores combinam o giro com a descarga de maneira a economizar tempo. Contam basicamente com 5 tipos de implementos para trabalhar: “shovel”. O giro da lança da frente de ataque para o local de descarga no caminhão deve ser o mais curto possível. “Drag-Line” É muito utilizado em escavações de solos moles e solos molhados. Entre eles os mais importantes são: bate-estacas. o material escavado é colocado de lado ou carregado em caminhões basculantes que o removerão para o local de descarga. “drag-line”. As esteiras da escavadeira devem ser mantidas em nível ou com a menor rampa possível. Esse material é colocado ao lado da escavadeira ou sobre caminhões basculantes que o levarão a local de botafora. na execução de terraplenagem. “retroshovel”. 56 / 60 . “Shovel” São as melhores máquinas para a escavação em cortes altos. Esse implemento é usado com o equipamento escavando em direção à própria escavadeira. atacados em toda altura. Após a escavação. a caçamba é lançada longe e então puxada por outro cabo de aço. “clamshell” e “garfo”. etc. que pode ser ao lado da escavadeira ou sobre um caminhão basculante. quando. “ClamShell” É o implemento que nos dá um melhor aproveitamento na escavação de cavas de fundação. “Garfo” É utilizado na carga de pedra soltas. é um equipamento auxiliar em terraplenagem. o melhor rendimento será conseguido com a organização da praça de trabalho. É avaliado pela potência na barra de tração. Outro fator importante é fazer com que o próximo caminhão já esteja quase na posição. Esta altura deverá ser aproximadamente igual ao comprimento do braço da escavadeira. ou proceder a hidro-inflação. Os caminhões devem ser posicionados o mais perto possível à linha do centro da máquina. pequenas carretas para transporte de materiais. A escavadeira deverá estar posicionada de modo que o braço esteja vertical quando a caçamba estiver cheia. Para melhorar sua capacidade de aderência. bastando dar uma pequena ré tão.  OPERAÇÃO DE PÁS . substancialmente. Por outro lado. A sua operação é relativamente simples. de tal sorte que se minimize o tempo de percurso da pá carregadeira. o rendimento. O artifício de se posicionar um caminhão de cada lado da pá-carregadeira. deve-se sempre utilizar o equipamento adequado. melhora. dever-se-á utilizar pneus apropriados tipo L-3. que consiste em se colocar ar e água para calibrar os pneus. ou ainda protegê-los com blindagens. quando o braço aproximar-se da posição vertical. tanto servindo para tracionar rolos compactadores. permitindo assim que a carregadeira encha um caminhão de cada lado.CARREGADEIRAS As pás-carregadeiras são equipamentos muito usados em serviços de terraplenagem. grades de discos. Um fator que influencia no rendimento é o operador iniciar o basculamento da caçamba um pouco antes de atingir o ponto final de percurso. O operador deverá começar elevando a lança quando a caçamba terminar 75% do ciclo de escavação.  OPERAÇÃO DE TRATORES DE PNEUS Também chamado de “besouro”. Para uma excelente produção. Ao trabalhar na carga de rochas. mas é necessário observar alguns detalhes para se conseguir um bom rendimento. costumase utilizar o “rodado duplo” que consiste em se colocar pneus adicionais ao lado dos pneus de tração. como para ajudar a desatolar veículos e pequenas máquinas. Por isso é de extrema importância a escolha do equipamento certo para se obter um bom 57 / 60 . a zona de trabalho deverá ser limitada a 15° em cada lado do centro da escavadeira. a melhor posição do caminhão é quando o trilho interior da plataforma do caminhão estiver debaixo do pino de articulação da lança / braço. logo o caminhão carregado saia. Considerando que basicamente o trabalho da pá carregadeira é o de carregar o solo escavado em caminhões basculantes. Melhoria de Rendimento de Grandes Escavadeiras Deve-se escolher a altura ideal do banco e a distancia do caminhão. Se os materiais a escavar são instáveis. será prudente reduzir essa altura. L-4 ou L-S. Para isso acontecer é conveniente que o giro do equipamento até atingir a posição de descarga seja o menor possível. ou seja. não perdendo tempo.  OPERAÇÃO DE ROLOS COMPACTADORES Na operação de compactação. por simples observação. pois dele dependerá um bom rendimento dos equipamentos de compactação. Um operador experiente saberá. Também podem ser usados rolos de pneus. Rolo Vibratório Liso Usado na compactação de materiais mais arenosos. Como regra básica pode-se dizer que em solos mais argilosos deve-se usar um rolo vibratório tipo “pé de carneiro”. O número mínimo de passadas para se obter a compactação desejada será determinado experimentalmente.  OPERAÇÃO DE CAMINHÕES BASCULANTES A operação de caminhões basculantes é relativamente simples. Rolos Tipo Pé de Carneiro Podem ser estáticos e vibratórios. A forma da pata influencia na compactação. Para solos mais arenosos deve-se utilizar rolos vibratórios lisos.PIPA A operação dos caminhões-pipa necessita certos cuidados do profissional de terraplenagem. As formas ideais devem entrar no terreno. sem o que não será possível conseguir o grau de compactação desejado. algumas recomendações são importantes para os motoristas. porém. ou mesmo durante a noite. caberá ao encarregado orientar o pessoal na quantidade de água necessária. porém será necessário ao encarregado de terraplenagem um relativo bom senso visando tirar melhor proveito das situações. Para isso será necessário determinar a umidade do solo e calcular a água necessária a adicionar para se obter a umidade ótima. a de não trafegar em velocidade excessiva e incompatível com a situação da estrada e não bascular em terrenos inclinados. em terraplenagem não são muito utilizados. A sua operação é muito simples e consiste em fazer o rolo circular sobre a superfície a ser compactada. às vezes. Para um bom rendimento dos equipamentos de compactação.rendimento na compactação. deve-se controlar a umidade do solo de sorte a obter um resultado próximo da umidade ótima. LOGÍSTICA DE EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS  PERÍODO DE OBRAS E CICLO DE CHUVAS INTENSAS 58 / 60 . onde a evaporação é muito forte e onde a carência de água é grande. Outro fator importante é o fato de que em climas quentes. Entre elas. Essa melhoria se consegue com uma boa manutenção dos caminhos de serviço. Sua operação é semelhante à do rolo pé de carneiro.  OPERAÇÃO DE CAMINHÕES . se o solo necessita ou não de mais água. valendo as mesmas observações. Como a finalidade do caminhão-pipa é corrigir a umidade do solo para que seja atingida a umidade ótima de compactação. objetivando proporcionar uma maior segurança. com a compactação sendo realizada na manhã do dia seguinte. Nas operações com caminhões basculantes. É usado na compactação de solos argilosos. além de uma boa organização da praça de carga e descarga. é mais conveniente que a molhação seja realizada à noite. para melhorar a sua produtividade. compactá-lo e sair sem escarificá-lo. DESMATAMENTO Área – vegetação rala Área – vegetação média PRODUÇÃO Máquina Trator esteira D-8 Trator esteira D-8 26.333.com Out Nov Dez 24°C 15°C 19°C 26°C 16°C 21°C 26°C 17°C 21°C 239 mm 218 mm 160 mm 124 mm 145 mm 201 mm Preciptações Médias 300 250 200 i (mm) 150 100 50 0 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez  CRONOGRAMA DOS SERVIÇOS fase: serviços 1.053. causando assoreamento de corpos d’água.400 h total 8. 3. 2. 4. 8. evitando-se assim prejuízos com máquinas paradas em função de chuvas.Cajamar / SP Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Máximas Mínimas Média Precip. 7.000 2.61 59 / 60 . 9. 10.00m² Veget. erosão e passivos ambientais por carreamento de materiais. locação de eixos locação de off-sets canteiro de obras limpeza. 27°C 18°C 22°C 28°C 18°C 22°C 27°C 18°C 22°C 25°C 16°C 20°C 76 mm 23°C 13°C 18°C 74 mm 22°C 12°C 17°C 56 mm 22°C 12°C 16°C 43 mm Ago 23°C 13°C 17°C 38 mm fonte: Set 24°C 14°C 18°C 81 mm http://br.00m² 11. evitando-se o período de chuvas intensas.Os serviços de terraplenagem deverão ser executados no período entre os meses de abril e setembro (6 meses).78 4. 6. 5. Temperaturas e preciptações médias . desmatamento e destocamento re-locação de off-sets serviços de cortes serviços de aterro serviços de drenagem acerto de grade final proteção superficial única abr/07 mai/07 periodo jun/07 jul/07 ago/07 set/07  VOLUMES E SERVIÇOS DE TERRAPLENAGEM Volumes de terraplenagem e produção média estimada das máquinas e equipamentos: 1.weather. conforme levantamento do índice pluviométrico anual do região. Rala média m²/h 3. 232.48 38.232.425.84m³ 55.29 630.29 4.30m³ DMT (m) 150 m³/h 76 h total 297.000.89 9.06 horas total 940. 23 de outubro de 2006 Engº Rodrigo Bergamo Ruffolo crea/sp: 5060 813831 / D ART: 92221220060765616 Isidoro Carqueijo CPF 021.948-72 60 / 60 .94 184.31m³ DMT (m) 15.000 m³/h 9.90) PRODUÇÃO Máquina Caminhão basculante 10m³ 5.519.895.06 Máquina Trator esteira D-8 Rolo CA 150 PD Caminhão basculante 10m³ Motoniveladora 120H Cajamar.677. de compactação 0. Aterro Volume – material silte argiloso Tela de Geograde PRODUÇÃO Máquina Rolo CA 150 PD Trator esteira D-8 4.2.00m² DMT (m) 150 m³/h 325 95 h total 184.89 8. Corte Volume – material 2ª categoria PRODUÇÃO Máquina Trator esteira D-8 3. Acerto final de grade Área PRODUÇÃO Máquina Motoniveladora 120H 22.200 RESUMO DA FROTA h total 8.10 h total 4. Transporte (empréstimo) Volume – (coef.13m² m²/h 1.290.07 59.
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