Maturação de sementes

April 2, 2018 | Author: Guilherme Felisberto | Category: Seed, Natural Environment, Time, Matter, Botany


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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” CÂMPUS DE REGISTRO CURSO DE AGRONOMIAMATURAÇÃO DE SEMENTES Revisão bibliográfica enviada à disciplina de Produção e tecnologia de sementes como parte da avaliação. Discentes: Guilherme Felisberto João Rossi Neto Patrícia A. de Carvalho Tales Giorgeto Pereira Docente: Elza Alves REGISTRO – SP NOVEMBRO / 2011 2. trabalhando-se com a mesma cultivar Tatu. O teor de água entra em equilíbrio com o ambiente. INTRODUÇÃO Em tecnologia de sementes. inicia-se lento processo e desidratação. Esse ponto de máxima qualidade fisiológica (entendido como ponto em que a semente apresenta o máximo de germinação e vigor) é também chamado de ponto de maturidade fisiológica. para cada espécie. é geneticamente controlado que envolve uma sequência ordenada de alterações. Grau de umidade Após formada a semente possui elevado teor de água. também chamado de desenvolvimento. 1979). Essas alterações são muito importantes para o sucesso na germinação. ortodoxas ou recalcitrantes. 2000). 2000). que a planta mãe já não exerce controle algum sobre o teor de água da semente (CARVALHO e NAKAGAWA. porém em condições ambientais diferentes encontram momentos de maturidade fisiológica distintos (CARVALHO et al. Para caracterizar a maturação de sementes há alguns parâmetros que são levados em consideração como grau de umidade. fortemente influenciada por condições climáticas. podendo ser observado assim. que ocorrem a partir da fecundação até as sementes se tornarem independentes da planta mãe.. variável com a espécie. cultivadas nas mesmas condições (MARCOS FILHO. garantindo assim a propagação da espécie. Segundo Marcos Filho (2005) o processo de maturação de sementes. Parâmetros que caracterizam a maturação das sementes 2. 2000). 2 . então. GODOY et al. Já na cultura do Amendoim. Na cultura da soja. tamanho. Santa Rosa e UFV-1.1. de palha. como e quando ele é atingido (CARVALHO e NAKAGAWA. após entra em uma fase de rápida desidratação. visando à produção e a qualidade das sementes (CARVALHO e NAKAGAWA. 1976. massa de matéria seca.1. o estudo da maturação é feito com o objetivo de se determinar o ponto ideal de colheita.. foi encontradas diferenças no momento da maturidade fisiológica entre as cultivares Bragg. e o estudo da maturação das sementes visa justamente determinar. Este tipo de comportamento é variável para frutos carnosos. germinação e vigor. há aumento de no máximo 5%. cultivar e condições climáticas.1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2. Poucos dias depois.1. podendo variar entre 70 a 80%. 1978). 2. atingindo o máximo num período de tempo curto em relação à duração total do período de maturação. Massa de matéria seca Para Marcos Filho (2005) o início do desenvolvimento das sementes há um lento acúmulo de massa de matéria seca. Para Carvalho e Nakagawa (2000) a grminação de uma semente é de difícil avaliação. Marcos Filho (2005) reconhece que é lícito considerar que a percentagem de sêmentes aptas a germinar seja crescente durante a maturação. podendo. Este parâmetro tem sido apontado como o melhor índice de estádio de maturação da sementes. Este rápido crescimento em tamanho da semente é resultado da multiplicação e desenvolvimento das células que constituem o eixo embrionário e o tecido de reserva (cotilédones. O tamanho. como resultado de perdas pela respiração da semente. 2000). é mantido por certo tempo para.3. O acúmulo de matéria seca é mantido por algum tempo. atingindo o nível máximo em época próxima à da paralisação do fluxo de matéria seca da planta mãe à semente. uma vez que a dormência pode interferir acentuadamente nos resultados do teste de germinação. 2. que é a única maneira de se avaliá-la.2.1. sendo o ponto de máximo acúmulo adotado como o marco em que a semente atinge sua maturidade fisiológica (CARVALHO e NAKAGAWA.etc. no final do período.3. para espécies que não são sujeitas a dormência causada pelo desequilíbrio de substâncias promotoras e inibidoras da germinação. sofre um pequeno decréscimo. no final do período. Marcos Filho (2005) afirma que no milho. 2. Tamanho As sementes crescem em tamanho rapidamente.1. endosperma e/ou perisperma). A exemplo. Germinação O conceito fisiológico de germinação caracteriza uma semente como germinada pela protrusão radicular.1. ser um pouco reduzido (CARVALHO e NAKAGAWA. 3 . a presença de palha e a proximidade das sementes na espiga impõem maiores restrições à difusão da água para atmosfera que em sementes de soja e trigo. pois nessa etapa predominam a divisão e expansão celulares. uma vez atingido o máximo. após esse período o acúmulo de matéria seca se acentua até atingir seu máximo. 2000). Este mesmo autor ressalta que o status da água não difere acentuadamente entre as partes das sementes nem é afetado pelos outros tecidos da planta permitindo o controle mais apurado do desenvolvimento. Diversas espécies foram objeto de estudo. é claro. O fato de a semente atingir sua maturidade fisiológica. em função da espécie e condições ambientais. vigor e conteúdo de matéria seca chegam ao ponto máximo concomitantemente. Há aqueles que defendam que é quando a semente atinge o ponto de máximo acúmulo de matéria seca. necessáriamente. uma semente atingiria seu máximo vigor quando se apresentasse com o seu máximo peso da matéria seca. 1975). onde verificaram que nessas espécies há a necessidade de realizar a colheita parcelada (ALVES et al.1. máxima germinação. contudo. o acúmulo de matéria seca. Vigor das sementes O vigor de uma semente. haja vista que se colhida mediante teor de água inadequado pode sofrer danos físicos e fisiológicos.2. na dependência de fatores ambientais e do modo e momento da colheita (CARVALHO e NAKAGAWA 2000). Assim. 1976.2. 3. Desse ponto em diante. Maturidade Fisiológica Há muitas controvérsias quanto ao ponto de maturidade fisiológica das sementes. como o algodoeiro e quiabeiro. é uma característica que acompanha. podendo. durante a maturação. outros definem como o ponto em que não há mais acréscimos significativos na matéria seca (MARCOS FILHO. tenderia a se manter no mesmo nível. bem como a determinação de maturação da semente é de suma importância para o acompanhamento do manejo empregado. esta não está no ponto de colheita. isto é. 4 . Marcos Filho (2005) alerta que a capacidade de germinação durante a maturação não está necessariamente associada a formação de plântulas vigorosas. de maneira geral na mesma proporção. ou decresceria. 2. aparentemente. PEREIRA. sobre tudo em razão das características intrínsecas das espécies.4.. potencial produtivo e desenvolvimento da produção. CONSIDERAÇÕES FINAIS A caracterização dos parâmetros da maturação. 2005). a evolução dessa característica se faria de maneira semelhante à da germinação. haver defasagens entre as curvas. O fato é que segundo Carvalho e Nakagawa (2000). Esse problema se intensifica quando se trabalha com espécies de crescimento indeterminado. 129. GODOY. n. et al. Funep. p. Revista Agricultural. 51p. E. C. Jaboticabal..121-130. C.4. 2005. A. 1976. p..53. 4ed. R. Maturação de sementes de amendoim. L. 495p. NAKAGAWA. n.. M. CARVALHO. p. v. 1976. O. 23. 397-406. 180p. MARCOS FILHO. GODOY. Piracicaba. Tese (Livre Docência). CARVALHO.39-42. J. Maturação e qualidade fisiológica da semente de algodoeiro (Gossypium hirsitum L. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. v. Qualidade fisiológica e maturação de sementes de soja (Glycine (L.. R. Piracicaba. J. Universidade Federal de Viçosa. Tese (Mestrado).). 5 .. L. J. MARCOS FILHO.. BUENO. Efeito da idade do fruto e sua localização na planta sobre a qualidade das sementes de quiabeiro (Abelmoschus esculentus (L) Moech). J. Revista Científica.) Merril). J. n. P. 588 p. Piracicaba. SANCHEZ. Maturação de sementes de amendoim (Arachis hypogaea L. 1979. 1975. PEREIRA. 2000.).3. M. Jaboticabal. 1978. MARCOS FILHO. Sementes: Ciência. N. Piracicaba: FEALQ. v.1.4. tecnologia e produção. Revista Ceres. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALVES. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – USP. N.
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