Matos & Tomanari - 2002 - Analise Do Comportamento No Laboratorio Didatico
        
        
        
        
        
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    Sumário     I.     A presentação.........................................................................................              1   II.    Por um a ciência natural: A Análise Experimental do       Comportamento ....................................................................................                   5   III. O laboratório didático como oportunidade de iniciação       científica para alunos de graduação em Psicologia .....................                                             13   IV.    Como estudar o comportamento ....................................................                                  19   V.     Com quem trabalhar: O sujeito experimental ............................                                            35       ANEXO 1: Breve nota sobre a manutenção de um biotério de       ratos ...........................................................................................................   49       ANEXO 2: Princípios norteadores para o trabalho e o cuidado       com anim ais de laboratório ................................................................                        56   VI.    Onde trabalhar: O ambiente exp erim en tal...................................                                      59       ANEXO 3: Notas adicionais sobre o ambiente experimental ....                                                        67   VII. Como m edir e como representar a medida. Como inform ar       sobre o trabalho re a liz a d o ...................................................................                 69       ANEXO 4: Sugestões sobre como elaborar relatórios       científicos ................................................................................................        87 M   B   A ANÁLI SE D O C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O     V III. Práticas de laboratório com o rato albino: Instruções                      prelim inares .........................................................................................           97                  a. “As conseqüências do que fazemos são importantes para o                      nosso fazer?” ........................................................................................            103                      Prática 1. Mensuração do nível operante da resposta de                      pressão à b a r r a .....................................................................................         105                      Prática 2. Treino ao bebedouro ......................................................                             107                      Prática 3. Modelagem da resposta de pressão à barra .............. 109                      Prática 4. Reforço contínuo da resposta de pressão à                      barra (CRF I) ........................................................................................            112   b. “ Somente conseqüências filogeneticamente importantes                      podem atuar como reforçadores?” .................................................                                 117                      Prática 5. Reforço contínuo da resposta de pressão à                      barra (CRF II) ......................................................................................             118                      Prática 6. Extinção da resposta de pressão à barra ...................                                            119                      Prática 7. Reforço secundário ..........................................................                          120                      Prática 8. Recondicionamento da resposta de pressão à                      barra (CRF III) .....................................................................................             123   c. “ Subseqüência ou conseqüência? O comportamento                      supersticioso” .......................................................................................            131                      Demonstração. Reforço independente de resposta (FT) ..............                                                132   d. “ É importante que o fazer tenha sempre um a e m esm a                      conseqüência?” ....................................................................................               141                      Prática 9. Esquema de reforço intermitente em razão f i x a .....                                                 142   e. “O que ocorre antes do fazer é importante para esse fazer?” .. 149                      Prática 10. Controle de estímulos com um esquema múltiplo                      F R -E X T ....................................................................................................   152                      Prática 11. Controle de estímulos com um esquema                      múltiplo FR-EXT ................................................................................                  163   f. “O que fazemos enquanto esperam os?” ou, “ Uma maneira                      alternativa de realizar a Prática 1 1 ” ................................................                          171                      Prática 11a. Comportamento ad ju n tivo .........................................                                 173   g. “ Se aprendermos a fazer algo em um ambiente, só o faremos                      nesse ambiente?” ou, “Quão rígidos somos?” ............................                                           181 s u m á r i o                                                                             H g     Prática 12. Generalização sob e stím u lo s....................................... 184       Prática 13. Reversão de um a d iscrim inação................................. 19 0   h. “Aquilo que fazem os pode ser/criar condição para fazerm os       outra coisa?” ou, “Como se estabelecem seqüências       comportamentais?” .............................................................................               197       Prática 14. Encadeamento de respostas ........................................ 198   i. “Por que observamos um a coisa ou evento?” ............................ 20 9       Prática 15. Resposta de observação.................................................                           2 11   IX. Práticas de laboratório com o estudante universitário ............. 221    a. “ Podemos m udar o modo como um a pessoa fala?” .................                                             223       Prática 16. O uso de pronomes na cultura brasileira ............... 226   b. “O que fazem os quando em conflito?” ......................................... 239       Prática 17. Efeitos de instruções passadas e de instruções       presentes ...............................................................................................     241   c. “Variáveis sociais são importantes?” .............................................                            257       Prática 18. Observando a ocorrência de operantes verbais em       situação de interação s o c ia l..............................................................                258   d. “ Posso afetar o modo como um a pessoa decide ou pensa?” ... 277        Prática 19. A formação de conceitos ............................................. 280   Apêndice I: Obras traduzidas para a Língua Portuguesa .................. 289   Apêndice II: Fichas de apresentação dos estímulos referentes à      Prática 17 .................................................................................................   291 Apresentação   ocê tem em mãos um manual para ser usado nas aulas práticas de Análise Expe rimental do Comportamento, em cursos de graduação. Este manual tem origem nos materiais didáticos desenvolvidos e empregados ao longo dos anos pelos autores na tarefa de introduzir a Análise Experimental do Comportamento aos alunos do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Neste manual, você encontrará textos introdutórios para as práticas de laboratório, exercícios de laboratório com o rato albino (ou qualquer outro animal de pequeno porte) em caixas manuais de condicionamento operante, exercícios com estudantes univer sitários nos mais diversos contextos e também algumas informações comple mentares que o ajudarão no gerenciamento dessas atividades, bem como na manutenção do biotério, do equipamento experimental etc.     As práticas de laboratório aqui descritas devem ser necessariamente prece didas ou acompanhadas por aulas teóricas pois, apesar deste manual lidar com alguns aspectos conceituais da Análise Experimental do Comportamento, não é seu objetivo explorá-los teoricamente. Por meio deste manual, esperamos que os alunos entrem em contato com o comportamento, observem-no, registrem-no, manipulem variáveis ambientais, e verifiquem os efeitos que estas exercem sobre o comportamento e vice-versa.     Uma característica fundamental deste manual diz respeito a sua tentativa de propiciar, no laboratório, condições para que a postura e o pensamento científicos façam parte das atividades diárias dos alunos, ao lidarem com os fenômenos da Psicologia. Acreditamos que o importante para isso é a própria postura, a lingua gem e a estratégia didática do professor. Assim, as atividades no laboratório não poderão se resumir a demonstrações contemplativas de processos comportamen- tais, ao treino de técnicas e procedimentos e, muito menos, à interação do aluno com programas de computador que simulam grosseiramente o comportamento de organismos vivos. Ao contrário, o livro focaliza problemas relativos ao compor tamento e à lógica por trás de uma busca de suas soluções. Em outras palavras, os exercícios propostos neste manual estão apresentados na forma de questões que deverão ser respondidas experimentalmente. Caberá ao professor utilizar essas  Não há. eventualmente. principalmen te. o aluno recebe seu animal no começo das atividades e trabalha em parceria com ele até o fim dessas atividades. . Promover esta situação dá ao professor a oportunidade de discutir com seus alunos sobre a necessidade ética e a impor tância científica de se realizar experimentos com sujeitos infra-humanos. Apesar de cada uma delas tratar de um conteúdo específico. um repertório que seja pré-requisito para outra. os resultados deverão ser tratados e analisados pelos alunos.     A seqüência de práticas com o rato albino é realizada com um único e mesmo sujeito. pois a prática com sujeitos humanos. A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O     questões para promover o contexto investigativo de cada um dos exercícios. será certamente um a tarefa do professor proceder com uma seleção do que irá levar aos alunos em função do programa do curso. interesses envolvidos. a seqüência de prá ticas com ratos. em qualquer uma delas. enriquecem significativamente as discussões em classe.     Aproveitando-se do fato de que cada uma das práticas com sujeitos humanos pode ser realizada em uma única sessão. a despeito da seqüência de práticas apresentada neste manual.     As práticas com sujeitos humanos. ao contrário do que ocorre com as práticas anteriores. é importante atentar para as informações que constam na introdução de cada exercício. os dados coletados com ratos. Em nossa experiência. Concluída. excedem-nos quanto. à variedade de temas tratados. Após a coleta de dados. as práticas são inter-relacionadas na medida em que repertórios comportamentais adquiridos em uma atividade poderão se constituir em requisito para a execução da seguinte. parece aumentar a motivação dos alunos e minimizar eventuais as pectos negativos relacionados com o uso de ratos como sujeitos experimentais. À medida que o curso transcorre. Para isso. embora isso possa ser feito. carga horária. como primeiro contato dos alunos com o laboratório. percorre-se. portanto. quando remetidos aos dados cole tados com os sujeitos humanos. Contudo. o professor deverá mostrar como as conclusões se apóiam na metodologia empregada e como se estendem. e pode ser abordada e discutida em si mesma como uma pequena investigação. sugerimos que as aulas de laboratório sejam iniciadas com um a delas.     As práticas de laboratório aqui apresentadas contemplam os conteúdos mínimos que devem constar em um curso introdutório de Análise Experimen tal do Comportamento e. os alunos vislumbram a multiplicidade de variá veis envolvidas na experimentação com sujeitos humanos da qual decorre uma análise de dados quase sempre complexa. isto é. são relativamente independentes entre si uma vez que não precisam ser realizadas com o mesmo sujeito. Nesse momento inicial do curso. Esta dis cussão seria uma introdução ao início das práticas com ratos. o professor terá a possibilidade de configurar o conjunto de práticas que irá adotar e a sua seqüência. Durante esta discussão. Por essa razão. este planejamento tem sido bem-sucedido. referendando o enfoque conceituai estudado nas aulas teóricas. quando então o professor deverá retomar a questão inicial do exercício. então.  então. os pontos positivos e negativos que encontrar. adapte os parâmetros para as condições específicas de seu laboratório. neste ponto. A importância de se dominar a comu nicação científica. passar para relatórios completos. No desenrolar do curso. não apenas por meio de relatórios mas também de painéis. com o tempo. introdução e método etc. por meio. corrija os relatórios e aponte. agora. resumos etc. quando a habilidade dos alunos ainda é pequena. dar prosseguimento à discussão com os alunos enfo cando. preferencialmente. é evidente. eventual mente. sugerimos ao professor que. ao final da coleta de dados. De modo geral. comunicações orais. os resultados obtidos e discuti-los. pode ter a função de dar condições para o aluno empregar os conceitos aprendidos. à medida que novos relatórios forem sendo elaborados. . da elaboração de relatórios. dar as boas-vindas a professores e alu nos e esperar que este manual propicie as melhores condições de uma aprendizagem cheia de entusiasmo e descobertas. o professor certa mente poderá ou deverá fazer adaptações às especificidades de seu próprio curso. o início de cada uma das práticas traz nossas previsões quanto ao tempo e ao número de sessões exigidas ou recomendadas. podemos considerar que. No entanto. Para uma boa condução destas atividades. expressar-se com clareza e precisão. e interpretação de resultados. compreensão. contando com sessões semanais de laboratório de duas ou. Finalmente. discutir e interpretar dados etc. De modo geral.                         APRESENTAÇAO        Para a realização das práticas propostas no presente manual. descrever os procedimentos. por exemplo. execute-as antes e. permitir aos alunos executar a prática propriamente dita e.) no início das atividades e. em cada um. Consideramos fundamental que o pro fessor. Resta-nos. consideramos essencial que os alunos cheguem ao laboratório tendo lido o material de cada uma das práticas antecipadamente. é importante que o profes sor não valorize aspectos formais em detrimento de habilidades como compreender os objetivos da prática. alertamos o professor para o fato de que a rotina das práticas aqui propostas é baseada nas caixas de condicionamento operan te fabricadas pela FUNBECC. principal mente nos repertórios de análise. A sua realização em equipamentos de diferentes fabri cantes pode exigir que o professor faça pequenas adaptações em parâmetros de procedimento. as exigências devem ser gradualmente aumentadas. o manual já se encontra devi damente apresentado. de três horas cada. Para ajudá-lo nessa tarefa. especialmente nas práticas iniciais..     Nossa experiência tem sido no sentido de solicitar relatórios parciais (só méto do. antes de realizar as prá ticas aqui descritas.     Por fim. sugerimos que a realização das atividades de laboratório conte com a colaboração de monitores. As aulas de laboratório. Em vista disso. método e resultados.     A habilidade de produzir materiais de comunicação científica é essencial na for mação do estudante de Psicologia. o professor terá tempo suficiente para promover a discussão neces sária com seus alunos acerca dos objetivos e dos procedimentos a serem emprega dos (com ênfase na lógica do planejamento e controle experimentais) antes do início de cada uma das práticas. pela primeira vez com seus alunos. elaborar e descrever tabe las e gráficos. o processamento dos dados e/ou a elaboração do relatório.  Sendo o comportamen to e o ambiente eventos naturais e independentes. a relação entre eles pode ser interpretada como um a relação funcional entre variáveis. tal .     A Análise Experimental do Comportamento é um a área da Psicologia que se insere no contexto das disciplinas das ciências naturais. por exemplo). a Química. Os comportamentos são processos naturais.um agente autônomo que causa o comportamento das pessoas e que opera em um construto hipotético denominado mente .     No paradigma da Análise Experimental do Comportamento.a causa de um comportamento. estarem os estudando ex perimentalmente alguns princípios e leis de um a área da Psicologia denominada “Análise do Comportamento” . estaremos propondo um a postura científica para a tarefa do estudo do comportamento.. a Física. nesta área. tais como a Biologia.     Por uma ciência natural:      a Análise Experimental      do Comportamento     este livro. e são dirigidos pelo ambiente . como respirar. Um a instância de explicações m etafísi cas para o comportamento recusada pela Análise Experimental do Com  portamento é atribuir ao self . próprios dos organism os vivos. explicações que recorrem a fatores que não existam nas dim ensões espacial e temporal (não se aceitam explicações metafísicas ou sobrenaturais. não se uti lizam . Porque é um a ciência natural. digerir etc. Especificam ente.não por fatores adimensionais. os orga nism os que se comportam são vistos como produtos naturais de proces sos biológicos evolutivos. Nossa opção se justifica por avaliarmos que esta área da Psicologia é a que m ais sistematicamente tem realizado um programa experimental de investigação dos processos comportamentais.  “des-ensinados” . Nesse      sentido. disponibilizar para nossa cultura um a form a de conhe      cimento e um a tecnologia que possam ajudar a tornar nossa maneira de      viver m ais eficiente. a que não      temos acesso direto. Esse      esforço é parte da responsabilidade social e profissional de todos: pais.            Esse conjunto de ações dos analistas comportamentais é freqüente      mente denominado “controle do comportamento” .      e assim fazendo. Fornece      os princípios e descreve a form a de aplicação destes princípios em um a . não m ais do que procurar      identificar as variáveis e as condições que afetam nosso comportamento.            A Análise do Comportamento é um a disciplina básica que pode dar      suporte científico a várias form as de atuação em diferentes campos nos      quais compreender o comportamento hum ano seja importante. ou eventos do ambiente físi      co e social. eventos comportamentais são descritos e estudados em      suas relações com outros eventos. sejam estes últimos eventos comporta      mentais do próprio ou de outros indivíduos. verbal e emocional) são vistos como modificáveis. o comportamento      não é o produto de algo misterioso. os educa      dores (e a m aioria dos outros profissionais) só são bem-sucedidos se de      fato conseguem mudar o comportamento de seus aprendizes. para o analista do comportamento. e até m ais alegre. políticos. identificáveis e passíveis de controle. m enos arbitrária. podendo ser      ensinados e. Debaixo da rubrica      dessa disciplina. para o analista do comporta      mento. subse      qüentemente. o comportamento é a variável dependente e os fatores      do ambiente são as variáveis independentes. Em Análise Experimental do      Comportamento.      professores. O comportamento é. Leis que descrevem seu desenvolvimento e mudança são      descritas e testadas. enfer      m eiras etc. comportamentos de qualquer tipo      (motor. tecnologias baseadas nestas leis podem ser desenvolvidas      para produzir e/ou para evitar e/ou para modificar esses processos. assistentes sociais. m ais justa. fora de nosso controle. predições baseadas nestas leis são feitas e.A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          como ocorre em qualquer ciência natural. engenheiros. de que nos adiantaria entender um comportamento      se isso não resultasse em form as de melhorá-lo? Por exemplo. Apesar da aparente      hostilidade que possa haver no termo “controle do comportamento” . conseguir controle sobre as variáveis que afetam o comporta      mento é sempre importante para quem tem o objetivo de contribuir de      alguma form a para a melhoria das condições de vida de todos nós. e os vários processos      pelos quais o comportamento pode ser modificado. advogados. até certo ponto. Da pers      pectiva da Análise do Comportamento. Ademais. Ou seja. este      significa.           A Análise de Comportamento privilegia o estudo daquilo que se cos      tuma chamar “aprendizagem ” (embora em outras áreas da Psicologia      esse fenôm eno seja interpretado diferentemente). produto de eventos do ambiente (e aqui se inclui sua história pas      sada).  ou até              m esm o um sentimento de orgulho ou de amor. esses efeitos têm ocorrido há gerações e gerações. políticas e religiosas.              Por meio de um a ciência como a Análise do Comportamento.. tais como sentimentos de liberdade. e              também uma filosofia da ciência. entretanto. como.gover              namentais. Por evidenciar as fontes de controle do comportamento. Envolve várias              tecnologias comportamentais aplicadas. Do m esm o              modo. terapia comportamental. não              apenas os comportamentos observáveis das pessoas. de um tipo              novo de “querer” . o exercício de certos controles pode ser “des-ensinado” . nem seus procedimentos são              ambíguos. de              m aneira alguma. e até em              nossos lares.                   Os resultados obtidos pela Análise do Comportamento não têm. A Análise do Comporta              mento não se limita ao estudo de valores e da ética. os              efeitos que exercem sobre as pessoas envolvidas podem ser discutidos              por todos.              em nossa vida diária e na de nossos antepassados. aos pais definirem como transm i              tir suas experiências de vida a seus filhos. ficamos passivamente submetidos a elas. de pecado ou de vergonha. escolhidos como objetivos a serem alcançados ou a serem evi              tados. Na verdade. artistas. ensi              no programado. um a origem misteriosa. São princípios que permitem a um a enferm eira decidir              como agir em relação a seu paciente. a um líder liderar. no sentido algébrico do termo). Quando desco              nhecemos essas manipulações.              chegar a esses resultados.                   A Análise do Comportamento é um a disciplina inclusiva. esses princípios nos possibilitam compreender e modificar. educa              dores. muitas vezes. muito confiáveis) que podem então ser transpostos para              nossa atuação em hospitais. mas cujo nome tradicional é “Behaviorismo Radical” (Radical signi              ficando fundamental ou raiz. Terapeutas. esta filosofia tem sido              chamada “ Selecionismo” (embora alguns prefiram “ Behaviorismo Materia              lista”). . comunidades.              é possível atuar ativamente sobre os fatores que controlam nosso com               portamento. bem como de culpa. m as tam bém seus              sentimentos e emoções. escolas. empresas. se correta e adequadamente ensinadas. só para citar algum as. Mais recentemente. técnicas de              contra-controle podem ser (e têm sido) desenvolvidas.POR U M A C I Ê N C I A NATURAL: A ANÁLI SE E XP ERI MENTAL DO C O M P O R T A M E N T O                  série de casos (infelizmente ainda em núm ero não muito grande. mas              com certeza. por exemplo. pessoas em qualquer campo que inclua a mudança do              comportamento hum ano podem. a um artis              ta a criar modos para atrair um a audiência. medicina comportamental. a um indivíduo a entender              como um a amizade pode ser fortalecida ou a um a sociedade a como efe              tivar seu com prom isso para com a educação dos jovens. como resultado de              manipulações feitas por certos grupos ou certas agências sociais. independentemente              do nosso conhecimento sobre eles e. ensino individualizado etc. m as objetiva saber              como produzi-los. sob nomes diferentes conforme a              área na qual é praticada.  num a obra mais acessível ao grande publico. Os termos desta unidade são classes funcio                            nais . F. a menos que seja empiricamente verificável” .                            About Behaviorism. “a filosofia da Análise do Comportamento” .                            diante da ciência e diante do conhecimento. que estuda o comportamento dos organism os dentro de                            coordenadas espaço-temporais. a Psicologia é um a ciência natural.                            essa postura foi explicitada e aprofundada. e na sua interação com o ambiente. Não                            se trata. não como uma teoria sobre o conhecimento ou a natureza da realidade. influenciou profundamente as ciências físicas e naturais dos séculos XIX e XX. da análise lingüística e da análise semântica. É dele a frase “em ciência natural.                            posto que sua unidade m ínim a de análise é a relação resposta-conseqüên-                            cia (e não a resposta isolada). nenhuma afirmativa é admissível. portanto. na obra Science and Human Behavior. ramo                            da Biologia. principalmente no                            que se refere ao seu antiformalismo. Seu pensamento conti                            nuou evoluindo e. sua postura filosófica pôde ser melhor compreendida. seu objeto de estudo é a interação comportamento-ambiente. por meio de um estu                            do da linguagem . físico e filósofo austríaco. de 1953. em 1974. Skinner                            (19 04-199 0). nem                            voltada exclusivamente para o indivíduo. filósofo austríaco. Posteriormente. O artigo The Operational Analysis o f Psychological Terms. mostrando-se suas im plica                            ções para o estudo do comportamento humano. só acessíveis ao próprio sujeito. o Behaviorismo                            Radical. É                            radical na medida em que nega ao psiquism o a função de explicar o com                             portamento. por meio da crítica da linguagem.                      A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                                      O Behaviorismo Radical: Bases filosóficas                                   O Behaviorismo Radical é um a postura filosófica diante do mundo.                            Reflete. Nesse                            sentido. e a seu posicionamento inabalavel                            mente empírico-descritivo. embora não negue a possibilidade de. influente no surgimento do positivismo lógico. mas sim voltada para 0 estudo     1 Ludwig Wittgenstein (I889-I95I). também. de um a Psicologia voltada exclusivamente para o                            ambiente (como concluem apressadamente alguns de seus críticos). um a grande influência de Mach2.                                  O Behaviorismo Radical propõe que o objeto de estudo da Psicologia                            deva ser o comportamento dos seres vivos. estudar eventos encobertos. é onde Skinner pela prim eira vez expõe aquilo que passou a ser                            chamado. Considerava a filosofia um compromisso com a clarificação lógica do pensamen to. especialmente do homem. 2 Ernst Mach (I838 -I9I6 ). Suas colocações levaram à uma crítica severa da Física Mecânica de Newton e ao desenvolvimen to da Teoria da Relatividade de Einstein. às suas posições assum idas diante                            do problema da construção de teoria. As bases do Behaviorismo                            Radical encontram-se na obra do psicólogo americano B. Esta postura reflete muito a                            influência da obra de W ittgenstein1 e sua teoria geral da linguagem.                                  Para o behaviorista radical. de                            1945. .e não entidades estruturais                    que se definem mutuamente. tais como o pensamento e                            as emoções.  seleção essa que ocorreria pelas conseqüências desse com                portamento sobre o ambiente e. sobre sua sobrevivência. bem como. todo ser vivo evolui e transform a                seu repertório comportamental continuamente. por sua vez. observável por outros indivíduos).PO R U M A C I Ê N C I A NATURAL: A ANÁLI SE E X P E R I ME N T A L DO C O M P O R T A M E N T O                    das contingências que contatam os dois. suas relações                funcionais com essas condições. Esses conta                tos são bidirecionais: o comportamento m uda o ambiente em que                ocorreu e é. Para entendê-los. modificado por esse novo ambiente que ajudou                a modificar. de contin                gências culturais (atuando no nível das práticas grupais de um a cultura                ou sociedade).                     Por força dessa contínua seleção. por eficazes em garantir a adaptação e a sobrevivência. observável apenas pelo próprio indivíduo). não utilizados como explicações do comportamen                to observável. Esse modelo revela influências                diretas da Teoria da Evolução das Espécies de Darwin. de contingências ontogenéticas (atuando                no nível dos repertórios comportamentais dos indivíduos) e. no que se refere. quanto do m undo privado (e. é necessário conhecer as condições em                que estes pensamentos e sentimentos ocorrem. sobre o próprio indiví                duo em suas relações com esse ambiente. Esta seleção ocorreria em função dos efeitos dessa caracte                rística sobre a adaptação de seu portador ao ambiente existente e. tanto do mundo externo ao organism o (e. alguns                comportamentos são eliminados. por inadequados.                     Para Skinner. como comportamentos. o comportamento está sempre em construção e recons                trução e deve ser compreendido considerando-se que o organism o vivo                sofre influências de contingências filogenéticas (atuando no nível do                banco genético das espécies). o ambiente deve ser entendido de forma                ampla. F. Mais especificamente. m as tam bém as com                 portamentais. em última análise. à maneira como essa teoria descreve os mecanismos pelos                quais um a determinada característica fenotípica de um a espécie é selecio                nada e subsiste. B. Nesse sentido. e para os efeitos desse contato                sobre o modo de agir e proceder de todos nós.                tais transformações são direcionadas pelas conseqüências que tais conta                tos produzem (maior aptidão para a sobrevivência ou não).                conseqüentemente.                principalmente.                     No Behaviorismo Radical.                portanto. Skinner propôs um modelo de seleção do                comportamento. e outros são manti                dos.                não só as características anatômicas e fisiológicas. os                pensamentos e os sentimentos de um a pessoa. Nesse crivo. passam por sucessivos crivos de um a seleção baseada nos                contatos dos organism os vivos com seu ambiente. por                tanto.                     Segundo o Modelo de Seleção pelas Conseqüências de Skinner (1981).                devem ser explicados.                     Como forma de compreender as mudanças que ocorrem no comporta                mento dos organismos. podendo se tratar. .  dizemos simplesmente Análise do Comportamento. tais                           como os de reforço. do sujeito                           como seu próprio controle. Na verdade. Essa metodologia. Mas 0 analis                           ta do comportamento não prescinde da replicabilidade. e não acei                           taria relatos na primeira pessoa. ou apenas questões conceituais estão enfocadas. foi                           adaptada e detalhada para uso na Psicologia.                              A abordagem do analista do comportamento a seu objeto de estudo                           implica em uma sofisticada metodologia de sujeito único. regular e sis                           temática que fazem prescindir da estatística como medida do resultado                           de um a intervenção experimental. apenas para m encionar alguns exemplos.                           Seu programa de pesquisa básica tem o objetivo de produzir conheci-    5 C.                                Historicamente. porém                           questiona a natureza do que está sendo observado. Esta maneira de trabalhar foi descrita pela pri                          meira vez e usada sistematicamente por Claude Bernard3. 4 A designação Análise Aplicada do Comportamento é freqüentemente empregada quando nos referimos ao con junto de pesquisas aplicadas em Análise do Comportamento. em 1865.                              Dentre as múltiplas concepções errôneas sobre o analista do comporta                           mento estão afirmações como a de que ele não usaria auto-observação. esquemas                           de reforço. de operante. não                           estudaria as variáveis que determinassem o auto-conhecimento. Este programa de trabalho pode ser                           sucintamente descrito como sendo a análise das interdependências fu n                           cionais entre o conjunto de variáveis do comportamento e o conjunto de                          variáveis do ambiente antecedente e conseqüente. a prim eira proposta clara deste program a de pesqui                           sa em Psicologia surgiu em 1938 com a obra de Skinner The Behavior o f                           Organisms: An experimental analysis.                                Os procedimentos laboratoriais da Análise do Comportamento envol                          vem técnicas elaboradas. fisiólogo francês. como modelagem. e um a linguagem própria que são usados pelo                          analista do comportamento para compreender empírica e cientificam en                          te o comportamento dos organismos. ele usa. e fazem prescindir do acordo entre                           diferentes observadores externos como critério de verdade. isto é.                                A Análise do Comportamento envolve pesquisa básica e aplicada4. essas                           técnicas e esses conceitos garantem a explicitação do comportamento em                           suas relações com o ambiente. estuda e aceita. conhecido e relatado. Quando a distinção entre pesquisa básica e aplicada é irrelevante. m as devemos reconhecer que este                           programa mudou muito desde então.                    A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                              ■KÃ Análise Experimental do Comportamento:                            A produção de conhecimento básico e aplicado                                 Do corpo filosófico que consiste o Behaviorismo Radical. esvanecimento. . de punição. em 1960. decorrem                          um programa de trabalho. e de equivalência de estím u                           los. de um a form a tão evidente. sua linguagem inclui um a série de conceitos descritivos. por Murray Sidman. pai da medicina experimental. Bernard (1813-1878).  C. M „ FERRARA. F. B. 270-277. Behaviorismo Radical. P.. Tactics o f scientific research. SILVA. MACHADO. Selection by consequences. 137-158. Schliemann.                           SKINNER. M. New York: Knopf. New York: Macmillan.                           SKINNER.                           MATOS. Simpósio Brasileiro de Pesquisa e Inter                               câmbio Científico. A. T. porém. Psi                               cologia: ciência e profissão. Já seu                           programa de pesquisas aplicadas tem um enfoque voltado para a transpo                           sição e adaptação dessas leis para condições específicas ao ser humano. Em geral. L ’Introduction à la médecine expérimentale. A. J. B. (1974)*. H. (1938).     * Obras já traduzidas para a Língua Portuguesa (veja o Apêndice I). no                           contexto de sua interação com múltiplas (e nem sem pre completamente                           identificadas) variáveis. Brasiliense. F. M. 5(2). Psychological                               Review. About Behaviorism. M. geralmente. (1990).                           SKINNER. 501-504. T.            POR UMA C I Ê N C I A NATURAL: A ANÁLI SE E XP ERI MENTAL DO C O M P O R T A M E N T O                               mento acerca das leis gerais que descrevem as relações funcionais entre                           o comportamento e o ambiente. 585-592. 67-91. 52. M. Hutz. The operational analysis o f psychological terms. F. (1960)*. Controle experimental e controle estatístico: a filosofia do caso                               único na pesquisa comportamental. B. FIGUEIREDO. C. 42(8).                           MATOS. The Behavior o f Organisms: An experimental analysis. Science.                                    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                           BERNARD . A „ SÉRIO. F. L. (1982) Consciência e Propósito no Behaviorismo Radical. M. (1945). A Análise Experimental do Comportamento: o estado da arte. C. A. D. 2 e 3). M.. F. B. Ciência e Cultura. 34-39. (1994). (Orgs. pois.                               M. P. Epistemologia e Problemas humanos.. J. n. buscando-se a solução de problemas. isto é.                           ocorrem fora do laboratório. L. A „ HUN-                               ZIKER.fr/claude-bernard/ieme/texte-int. Em B.                           Realizam-se. 14(1. M. Essas pesquisas são.                           LOPES JR. L. 53-66. São Paulo. L„ ANDERY. (19 9 L). Prado                               Júnior (Org.                           SIDMAN. (1989).                                    LEITURAS RECOMENDADAS                           DE ROSE. com todo o                           rigor metodológico deste. no contexto de aplicação e uso dessas leis.). Skinner. M. (1865).                           MATOS. . (1981). A..                               damesme. execu                           tadas em situações de laboratório experimentalmente controladas. A. M.                               Em C.                           SKINNER. O modelo de conseqüenciação de B.cnrs. tanto quanto possível. New York:                               Appleton-Century-Crofts. Porto Alegre: ANPEPP. F.                           SKINNER. A.) Filosofia e Comportamento. (1953)*. 213(31). Science and Human Behavior. New York: Basic Books.cfm. D. B. http://lcp. C. e A. M. Psicologia: Teoria e Pes                               quisa.  a capacidade de oferecer condições ao          pesquisador de controlar e m anipular adequadamente as variáveis de          interesse.          podemos otimizar o controle de variáveis de modo a garantir m aior pre          cisão na observação dos efeitos daquelas que m anipulam os sobre aquelas          que m ensuram os. controle esse possí          vel nas condições de laboratório. O que define          um laboratório é. Em relação a esse objetivo. Nele. o laboratório é o local de produção científica por excelência.              As atividades realizadas em um laboratório didático em Análise          Experimental do Comportamento deveriam se colocar sob controle          de dois objetivos fundam entais. por m ais que sejam os levados a im aginar um laboratório          como um local especial. basicamente. m as sim sua rela          tiva capacidade de gerar conhecimento científico fidedigno. conseguirm os um bom controle das variáveis rele          vantes. isso significa que a sala de aula é um excelente “laboratório” . ou o contrabalanceamento de seus efeitos. um a série de fenôm enos . Por meio do controle de variáveis. tendo em vista um problema de pesquisa a ser respondido. de modo a facilitar a          análise e a identificação de relações funcionais. torna-se viável. Se          tivermos um a pergunta cuja resposta só possa ser obtida em sala de aula          e. no          que diz respeito àquelas variáveis em particular. Um deles é propiciar ao aluno a opor          tunidade de testar e estudar alguns princípios básicos da Análise do          Comportamento. repleto de materiais e equipamentos. em qualquer área das Ciências Natu          rais. ou o seu relativo isola          mento.              Contudo. não é o          local e sua infra-estrutura que definem um laboratório.                                                                             3                O laboratório didático como                oportunidade de iniciação                científica para alunos de                graduação em Psicologia   D ■ I ^ H a r a se trabalhar experimentalmente. se nessa situação.  seja por intermédio de modificações em conheci      mentos previamente adquiridos) m as. es      quem as sim p les e com plexos de reforçam ento. controle do comportamento por estím ulos aversivos etc.      •     O contato do aluno com a metodologia experim ental típica da A ná            lise do Comportamento. reforço secundário. e principalmente. Especifica      mente. pode vir a fazer parte desse processo de construção (Machado e      Matos. diferenciação e indução de respostas. Watanabe. Nesse sentido. Sendo introduzido ao pensamento científico por m eio de exer      cícios de laboratório.            O segundo objetivo para as atividades em um laboratório em A náli      se do Comportamento. estas práticas de laboratório buscam promover:        •     O contato do aluno com um a pergunta (“problema de pesquisa”) a            ser respondida experimentalmente. a utilização da resposta de pressão à barra como paradigma            do operante. Por meio de discussões com os . Cada exercício traz seu delineamento expe            rimental descrito e justificado. extinção. foram elaboradas pensando-se em como elas poderiam      se constituir em condições para que essa iniciação ocorra.      Gom ide e Weber. de atitudes que fazem parte do modo de pensar e de atuar de      um pesquisador. igualm ente importante em se tratando de labo      ratório didático. recomenda-se que o professor promova            um a discussão. As práticas de laboratório. o uso da freqüência de respostas como variável funda            mental. o      aluno.)      podem ser estudados utilizando-se procedimentos básicos descritos em      vários exercícios práticos de laboratório (Guidi e Bauerm eister. principal      mente. 1970.A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          comportamentais (tais como: reforço.            Para tanto. Kerbauy. o uso do delineamento experimental de sujeito único em vez            de um delineamento de grupo etc. podem            ser pontos de discussão 0 uso de ratos ou de seres hum anos como            sujeitos. 1998). o aluno não só aprende que o conhecimento      científico está em constante processo de construção (seja por meio de      novas descobertas. assim como seus procedimentos            específicos. Por exemplo. Nos exercícios propostos há pelo            menos um a questão experimental explicitamente apresentada para            cada um dos exercícios. sobre 0 delinea            mento e os procedimentos nele empregados. 19 9 8 . Lombard-Platet. enca      deamento. d iscrim inação e      generalização de estím ulos. 1974. e      Cassetari. seria o de promover condições para a iniciação científica      do estudante nos modos de pensar e investigar de um a ciência experi      mental. 1990). que ele. tais como as propostas      neste m anual. anterior à execução de cada exercício. a iniciação científica no laboratório didático deve se dar      não só pela aquisição de conhecim entos e habilidades m as.  no                                  sentido de que. as divergên                                  cias que ocorrem entre os resultados de um a observação não siste                                  mática sobre o comportamento de um organism o (feita pelos alunos                                  durante a execução dos exercícios). é                                  possível se identificar as variáveis que controlam um determinado                                  comportamento e modificá-lo. Um a hipótese que não possa. Ao professor. os                                  alunos entram em contato com as noções de previsão e controle em                                  Ciência. baseadas na expe                                  riência passada do pesquisador. em princípio. não é um a hipótese que tenha lugar em                                  ciência. é possível levantar um a discussão sobre a im portân                                  cia dos resultados de um a pesquisa. No laboratório. falseáveis e                                  parcimoniosas. ou até m esm o identificar. com                                  situações em que os dados não confirm am suas hipóteses. qualquer que seja a resposta. Frente à evidência da possibilidade de                                  se intervir desse modo no comportamento de um organism o vivo. se o problema investigado é relevante e a metodolo                                  gia adequada.                            •     O contato do aluno com as representações quantitativas dos dados                                  como meio de analisar comportamento.                            •     O contato do aluno com a observação e o registro do comportamento                                  dos organismos como meio de compreender e eventualmente alterar                                  esse comportamento. m as sim de um a                                  série de análises e escolhas baseadas em um referencial teórico e em                                  dados empíricos produzidos por outros estudiosos. Além disso. e a posterior análise quantitativa                                  dos resultados. e em práticas estabelecidas pela                                  comunidade científica. ser                                  demonstrada como falsa. com a precisão que propicia. um determinado                                  fenôm eno comportamental. esta tem sua significân-                                  cia (afinal. inerentes e essenciais à atividade de demonstração e teste do                                  conhecimento acumulado. cabe apontar aos alunos o papel da                                  replicação em ciência. deve-se privilegiar de antemão a explicação que                                  se mostrar mais econômica e discreta (parcimônia). o professor deve procurar mostrar que a metodologia de um                                  estudo científico não deriva de um a receita pronta. elim inar hipóteses tam bém é um a tarefa relevante em                                  ciência). . isto é. e da importância de que um a explicação seja                                  elaborada em termos tais que permita sua verificação ou não (ou seja.                                  que um a explicação seja elaborada não só em termos empíricos mas                                  que seja falseável). Muitas vezes. Nessa                                  oportunidade.                            •     O contato do aluno com a “frustração experim ental” . quaisquer que sejam eles.O L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O C O M O O P O R T U N I D A D E DE I N I C I A Ç A O C I E N T Í F I C A P A R A A L U N O S                                      alunos. oferecem circunstâncias propícias para se evidenciar                                  a importância do registro sistemático e do tratamento de dados                                  como form a de analisar.                            •     O contato do aluno com a necessidade de explicar o comportamento                                  estudado e de que estas explicações sejam verificáveis.  porque são propostos exercícios de laborató           rio com ratos e seres hum anos. e Bauermeister. D.o que o pesquisador fez..deve ser constante. bem como sob seu julgamento. B. (1998). quan      to para ensinar atitudes científicas. Por isso. Exercidos de laboratório em Psicologia.      LOMBARD-PLATET. idealizado e mantido para isso. Análise experimental do comportamento:         Manual de laboratório. São Paulo: Cairu. R.      GOMIDE. No mais. A. L. com os resultados obtidos no           exercício sobre com portam ento verbal em sujeitos hum anos (Prá           tica 16). São Paulo: Edicon. e Cassetari. a divulgação           do trabalho científico . sem ambigüidades e de form a com           pleta. passíveis de replicação.      KERBAUY. O cientista deve ser hum ilde e reco           nhecer que seu trabalho é um trabalho coletivo. portanto. suas investigações e descobertas devem ser. São         Paulo: EDART. (I974).A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          •    O contato do aluno com a importância de colocar suas descobertas à           disposição da comunidade. P. 4 6 5 ) podem           ser analisados.      •    O contato do aluno com situações em que se discutem as d iferen           ças entre o com portam ento de organism os de diferentes espécies.           No presente m anual. em contextos am plia           dos. os resultados obtidos no exercício de refor           ço da resposta de pressão à barra em ratos (Práticas 3 . Análise experimental do comportamento: Exercícios de laboratório         com pombos. I. V. A ciência avança por meio do contínuo acú           mulo de conhecimento produzido por inúm eros pesquisadores nos           m ais diferentes locais do planeta. Psicologia Expe         rimental: Manual teórico e prático de análise do comportamento. Watanabe. com parativam ente.. M. Por exem plo. C. se possível. e Weber. pois ele se constitui em um ambiente de trabalho especial      mente construído. L. H. Os relatórios feitos pelos alunos são form as de           exercitar a comunicação científica. por qualquer pesquisador. M. N. As comunicações científicas. .             Tanto para ensinar princípios elementares do comportamento. R. podem ser discutidas as sim ilari           dades e as diferenças nos processos com portam entais dessas duas           espécies. Curitiba: Editora da UFPR. e de fazê-           lo com clareza e precisão. (1998). (1970). a ciência necessita de constantes confirmações do           conhecimento adquirido.                REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      GUIDI. L. as condições propícias existem no      laboratório. V. em qualquer laboratório que tenha           condições para tanto. como e com que           resultados .           portanto. O. A. devem oferecer todas as           informações necessárias para que o trabalho realizado possa ser repli           cado.  5. (2000) Maximizando o uso do laboratório didático de Psicologia no                               ensino de conceitos e práticas. G.                                      LEITURA RECOMENDADA                            TOMANARI. M. (1990). Em R. Santo André: Arbytes.                                647-652. .) Sobre comportamento e cog                               nição. M. R. A. L. M. Kerbauy (Org. O laboratório em cursos de                                graduação em Psicologia: buscando m udar atitudes. e MATOS. 42(9). Ciência e Cultura. vol. Y. 79-83. de C.O L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O C O M O O P O R T U N I D A D E DE I N I C I A Ç Ã O C I E N T Í F I C A P A R A A L U N O S                                M ACHADO.  Em ciência. nesse caso. as condições em         que um evento ocorre e as m udanças pelas quais este evento passa         durante ou após essa ocorrência. sejam passíveis de um a descrição e. eles podem ser descritos por leis da nature- . determinados fenômenos relacionados ao modo de         agir destes últimos. explicar é descrever as         características da ocorrência de um fenôm eno.         por um lado. estuda o         comportamento dos animais como um a estratégia antes de investigar. Freqüentemente. ou seja. por outro.         nos seres humanos. Isto é. freqüentem ente.                 Variáveis independentes e variáveis dependentes              Os cientistas possuem certas crenças e/ou atitudes que orientam         seu modo de trabalhar. Os eventos da natureza não são caóti         cos nem ocorrem ao acaso.                                                                           4               Como estudar               o comportamento         B m           Psicologia estuda as ações dos seres vivos. cons         titui um modelo. Um con         junto de leis (descrições de relações entre fenôm enos de interesse) que         sejam confiáveis. e assim possam ser explicados pela descri         ção desta relação. as leis que descre         vem as relações entre essas ações e outros eventos da natureza. ela busca descobrir as         leis que descrevem seu objeto de interesse. um instrumento que nos ajuda a pensar e entender         nosso objeto de estudo. eles supõem que esses fenôm enos possam ser rela         cionados a outros eventos. Como qualquer outra ciência. Eles supõem que os fenôm enos da natureza. válidas e possuam um certo grau de generalidade. não sejam         espontâneos.  a Matemática será m uito útil como instrum ento de descrição                            dessas relações. As relações que o cientista descreve. prever a ocorrência desses eventos comportamentais. Fazem os isso                            manipulando a variável independente (nos term os do exem plo anterior. Nesse                            ponto. e as ocorrências com portam entais variáveis dependentes. isto é. tam bém .                                  Quando um a relação pode ser observada entre mudanças na variável                            independente (condições do ambiente) e mudanças na variável depen                            dente (ações das pessoas). na freqüên cia de episódios de agressão ou de irri                            tação etc. essas m udanças e suas                            relações1. as condições físicas em que                            o trabalho se realiza.                            Se eu verifico que as pessoas consistentem ente fum am m ais e ficam                            m ais irritadas ou agressivas após longas horas de trabalho ininterrupto                            e cansativo.                            se posso descrever certas relações entre o comportamento de um organis                            mo e seu ambiente. deform a sistemática. dem ons                            trar e provar a veracidade e a generalidade dessa relação. que a minha variável dependente está funcionalmente                            relacionada com a variável independente que controlei e m anipulei. dize                            m os que as ações dessas pessoas são um a função daquelas condições                            ambientais. são relações entre variáveis independentes e variáveis                            dependentes.                                  Em Psicologia. e nossa atividade de laboratório visa justamente treinar o aluno naque les métodos e estratégias que permitam descobrir e/ou demonstrar leis sobre o comportamento. métodos e estra tégias que permitam a descrição de relações entre eventos comportamentais e outros eventos da natureza. e sobre as quais                            postula leis. há instru                            ções sobre como realizar certas m anipulações e exercer certos controles                            sobre determ inadas variáveis am bientais. os cientistas supõem que os eventos da natureza                            sejam previsíveis. ela é insuficiente. o tipo de trabalho realizado etc. Contudo. . E há. confiável e replicável. Há instruções sobre que                            aspectos do com portam ento desses organism os deverão ser observa                            dos e m edidos.   1 Esta suposição é um a das bases deste livro.                                  Conseqüentemente. Neste manual.). instruções sobre como identificar p ossí                            veis relações funcionais entre estes dois conjuntos de variáveis.                      A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T O R I O D I D Á T I C O                                za. posso também. denom inam os as ocorrências am bientais variáveis                            independentes. É necessário.) e observando se há                            um a m udança sistem ática na variável dependente (na quantidade de                            cigarros fum ados. tam bém . leis que descrevem essas condições. isto é. os exercícios propostos demonstram que. em bora a descrição dessas relações seja neces                            sária e importante.                            alteram os o núm ero de horas de trabalho. a partir do conhecimento dessas con                            dições ambientais.                                  Nos exercícios de laboratório apresentados neste m anual. eu posso prever a ocorrência desses com portam entos quan                            do observo que “longas horas de trabalho ininterrupto e cansativo”                            estão se passando.  a demonstração pode ser encerrada. inicialmente. há m uito mais concordância sobre as observações dos alunos do que sobre suas inferências. comentará que o animal está privado de comida e que irá colocar na gaiola algumas pelotas de comida.” . Após um período total de 10 minutos. Em geral. apenas pelo docente da disciplina. No caso. "cheirou a bola" etc. Experim entação. "esteve curioso" etc. por meio dos próprios comentários dos alunos.) e os que explicam o que ele fez (ex: "esteve com m edo". A seguir. que a escrevam. e esse fato deve ser apontado. "ficou parado".     O professor dirá aos alunos que eles deverão observar o animal por alguns minutos. retirando-se o animal da sala. Os comentários que descrevam o que o animal fez (ex: "a n d o u ". Antes. A diferença entre esses comentários deve ser apontada e discutida. porém. "u rin o u ".     O professor perguntará então aos alunos o que viram. a atribuição de causação deve ser apontada como uma inferência. em seguida. em caso positivo. dentro da caixa. discutirem em classe essas observações. que as inferências freqüentem ente são explicações. um rato albino privado de comida por cerca de 12 horas. Para tanto.     Ao tratar deste tópico o professor deverá traçar a distinção entre o relato de um com portam ento observado e o relato de uma inferência sobre um com portam ento observado. ou algo semelhante. poderá colocar sobre uma mesa. à vista dos alunos.         C O M O E S T U D A R O C O M P O R T A M ENTO         Mas antes. registrar o que acontece e o que esse animal faz para. deve ser lido. A e B. por estes também). apresentamos algumas sugestões de como um professor pode conduzir uma discussão em classe sobre a questão "observação versus inferência". é uma pergunta com que tan to o cientista quanto o profissional se defrontam em seu trabalho. se isso ocorrer.     O professor pode mostrar.     Passados cerca de cinco minutos mais ou menos. escrevendo na lousa os comentários. Demonstração.   O b s e rv a ç ã o e In fe rê n c ia (sugestões para o professor)     Como devemos estudar um fenôm eno que nos interessa? Observando-o e descrevendo-o? Ou observando-o e fazendo inferências sobre suas causas? Esta é uma pergunta im portante e fundam ental em qualquer estudo. é preciso distinguir entre um a observação e um a inferên cia (o trecho em destaque que se segue até o subtítulo “Controle de variá veis. o professor colocará com cuidado uma bola de ping-pong. em uma caixa grande que tenha a parede frontal feita de material transparente. e não descrevem realmen . o professor perguntará se os alunos têm alguma hipótese sobre o "não com er" e. o animal não come a comida oferecida.) devem ser escri tos em duas colunas separadas. após os alunos terem realiza do as atividades solicitadas. Após alguns minutos. o professor deve pedir aos alunos que descrevam o que acham que o animal fará. Em geral. e então.  A partir daí. senão suas pretensas causas. Ou seja. mais do que elabo      rar inferências. Para facilitar essa discriminação. no pri      meiro caso. precisamos testá-las. defecou. Alguns pro      cedimentos sugeridos pelos alunos podem envolver outras inferências e assim      sucessivamente. sujeitas a outras tantas interpreta      ções. o professor poderá apro      fundar a questão "inferência".      mostrando-se que este é um tip o de inferência. em geral não verificável e. a depender das respostas obtidas. portanto.            Em relação ao segundo caso. e que o teste de variáveis mediacionais      é impossível. não aceitável. e essa diferença deve ser apontada.              IN FERÊN C IAS DEVEM SER VERIFICADAS. Deve apontar que. e sobre que eventos observados os levaram a inferir isto ou aqui      lo. Para ser aceito. freqüentem ente      um processo m ediador foi suposto. o uso de rótulo é uma prática inadequada. . Esta suposição deve ser apontada. não descreve exatamente o que o rato faz. com cer      teza. A discussão deve ser encaminhada de tal modo que      fique claro que o problema não é a inferência sobre uma relação entre variá      veis ambientais e variáveis com portam entais. e quando se trata de uma inferência genuí      na em geral sobre as causas do urinar. mas postula uma      razão pela qual ele está fazendo algo. "urinou. e      se afastou apressadamente de X "). ou o que os levou a explicarem. e sim a não verificabilidade dos fenôm enos sobre os quais      baseamos nossas inferências. um rótulo deve passar por uma definição prévia e sobre      a qual os membros de uma comunidade concordem. e sim sobre uma relação entre      essas variáveis e supostos processos mediacionistas. e deve ser usado apenas      dessa maneira. aquilo que      viram.            Nesse sentido. o problema não      é a inferência.      portanto. É im portante mostrar que. o pro      fessor poderá indagar dos alunos o que querem dizer com a expressão "está      com m edo". IN FERÊN C IAS PASSÍVEIS          DE VERIFICAÇÃO DEVEM SER FORM ULADAS EM TERMOS DE C O M           PORTAM ENTOS E DE EVENTOS Q U E POSSAM SER DIRETAM ENTE          OBSERVADOS. desta ou daquela maneira. defecar etc. a observação do com portam ento e a manipulação de variáveis do      ambiente. o professor poderá escolher algumas inferências levantadas      pelos alunos e perguntar-lhes como essas poderiam ser testadas.A ANALI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          te o que está acontecendo. por empregar      expressões pouco específicas e. distinguindo quando uma expressão tal como      "o animal está com medo de X " é uma expressão ou rótulo que se refere a um      conjunto ou seqüência de comportamentos (tais como. inferência de causação. enquanto os procedimentos mais válidos envolverão. "o rato      está com m edo". Por exemplo.      O professor pode perguntar aos alunos se eles acham que o animal que eles acabaram de observar teria reagido do mesmo modo se ele tivesse joga do a bola de ping-pong na gaiola em vez de tê-la lá colocado gentilmente. No primeiro caso. o problema de inferir con dições dentro do organismo (estados fisiológicos. "ele estava com medo de X porque se afastou de X ". e c) que expliquem brevemente . o professor distribuirá entre os alunos fo  lhas de papel contendo a lista de ações que se segue. "privação de com i da"). b) que definam em term os com portam entais duas palavras den tre aquelas que marcaram como rótulos.     Em seguida a essa discussão. enfatizando a todo m om ento o delicado equilíbrio existente entre "m e d o " como inferência e "m e d o " como um rótulo para uma série de com portam en tos. mesmo quando pudermos medir estados fisiológicos. e a prova da existência do medo pelo afastar-se). pedindo a) que assi nalem aquelas ações que representam inferências (I). enquanto estados emocionais e mentais. descrições (D). será necessário demonstrar se eles são estados correlates ou antecedentes cau sais dos comportamentos observados. suas distâncias relativas em relação ao animal. que se afasta da bola aproximando-se da comida. se eles acham que as reações do animal seriam diferentes se a bola já estivesse na gaiola quando o animal fosse colocado lá etc. Assim como também deve ser apontado o fato que. "m e d o " etc. É im portante enfatizar. está de fato       a) se afastando da bola ('com medo da bola')'.     Uma outra pergunta que exige uma resposta mais complexa.  ou está      c) fazendo as duas coisas?'       Ao discutir as alternativas é essencial introduzir a noção de manipulação das variáveis "b o la " e "com ida" (e o paralelo desta última. ser medi dos. estados mentais. ou rótulos (R).) como explicações para o com portam ento. em determinadas condições.. emoções.          C O MO ESTUDAR O COMP ORTAMENTO         Pode-se pedir que os alunos sugiram definições de "fo m e ". também. O professor deve mostrar que o recurso à manipulação dessas variáveis dispensa o recurso à suposição de variáveis intervenientes. também pode ser colocada: Como poderíamos demonstrar que um rato. Deve ser apontado o fato que estados fisiológicos podem. a explica ção do afastar-se pelo medo. lembranças etc. bem como deixar claro como este segundo recurso possui caráter circular ("ele se afastou de X porque estava com m edo". não. deve-se apontar a natureza das inferências existentes nessas expressões. bem como.  ou está      b) se aproximando da comida ('desejando a comida')'.  é essencial definir esse rótulo.A ANALI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          com o poderíamos testar a inferência suposta no uso de duas palavras mar      cadas como inferências.                   Lista de palavras/frases a serem classificadas como Descrições. ao mesmo tem po em que se mostra que algumas palavras podem ser      usadas ora como inferências ora como rótulos (o que as torna menos desejáveis      que aquelas palavras puramente descritivas). ou em que se baseia. Deve apontar que o risco inerente      ao uso dessas palavras reside no fato de que meu interloculor nem sempre      saberá a que de fato eu me refiro quando as uso.Relatar um sonho                                                         (D)         . embora descrições      sejam mais trabalhosas.Seguir uma instrução lida                                                (D)         . por esta razão. É pos      sível mostrar que.N ão iniciar contatos sociais. A lista não deve conter o gabarito.                                          Inferência« ou Rótulos          .Gostar de Brahms                                                         (l)(R?)         . longas e demoradas.Dormir                                                                   (D)         .Com prar e ouvir discos com músicas de Brahms.Ir bem nas provas.Registros de atividade REM                                               (D)         .           falar sobre a música de Brahms etc. Assim. quando uma palavra é usada como explicação do      com portam ento ela é uma inferência. ser rápido na solução           de problemas. quando é usada como des      crição. caso      ele não seja um term o referendado pelo uso comum. Neste últim o caso. obter um alto Q l em testes           de "inteligência"                                                        (D) .           As respostas a esse exercício de classificação devem ser discutidas com a      classe. têm sido preferidas em ciência.Sonhar                                                                   0)         .Cansaço                                                                  (l)(R ? )         .C om preender                                                            (0(R?)         .Andar                                                                    (D)         .Andar rapidam ente                                                       (D)         .Recusar-se a continuar a andar                                           (D)         . são mais claras e      específicas e. em geral.Timidez                                                                  (l)(R?)         . em geral.Estar com pressa                                                         0)(R?)         . a longo prazo. não responder           a contatos sociais sutis ou breves                                       (D)         .Ler                                                                      (D)         . ela é um rótulo.                                      (D)         -A g ir com inteligência                                                   (0(R?)         . e. Se uma palavra é um rótulo      ou é uma inferência depende de como é definida.  do com  portamento do rato e das alterações em seu ambiente. mas registramos extensivamente as ocorrências dos fatores que com ele se relacionam (tanto ambientais como comportamentais). Para demonstrarmos a existência de um a relação funcional entre dois eventos.     Intervenções em fenômenos naturais. se depender somente dessas obser vações e registros. um a vez que há um a sistematicidade entre os dois eventos. A depender da metodologia que utilizamos. precisamos fazer algo mais do que observações e registros sistemáticos. em que deixamos o fenômeno ocorrer à revelia. Por exemplo.então”).        CO MO ESTUDAR O COMP ORTAMENTO         Controle de variáveis. que precisamos exercer algum grau de controle sobre o fenômeno. podemos verificar possíveis relações entre esses eventos. Por exemplo. a seqüência em que aparecem. A partir de medidas como essas. podemos em pregar diferentes metodologias de estudo..     Para investigarmos o comportamento dos organism os. o fenôm eno de interesse pode ser acessado quer por observações sistemáticas acompanhadas por registro dos dados. por meio do planejamento de nossas intervenções e do controle de variáveis. esperar as ocasiões em que as intervenções deseja das ocorram naturalmente) e avaliar os efeitos dessa intervenção sobre o comportamento. Isto significa. o tipo de informação obtida possui diferentes qualificações. não poderia ser qualificada como sendo um a relação funcional (“se. então. A ocorrência sistemática desses eventos. Demonstração. No entanto. isto é. poderia ser qualificada como sendo um a correlação (relação “quando. quer pela manipulação explícita e planejada das circunstâncias em que o fenôm eno aparece. por exemplo). se fizer m os observações sistemáticas sobre as ações de um rato albino na caixa em que vive. entre outras possíveis). seja um controle das variáveis que o compõem (uma intervenção no fenôm eno por meio de produção de variações no ambiente.então”).     Experimentação. fazem parte do que chamamos de experimentação. um a relação de dependência entre eles. Para entender m os o que é experimentação e como. o acender da lâmpada e o limpar-se. que tenham como objetivo identificar relações funcionais entre eventos ambientais e comportamen tais. podemos demonstrar a . digam os que obser vamos que sem pre que um a lâmpada na caixa-ambiente do rato se acen de o anim al emite comportamentos de limpeza. sua distribuição no tempo. A ssim como em qualquer campo da ciência natural... em outras palavras. precisamos intervir no ambiente em que o organismo se encontra (ou. poderemos registrar as alterações que ocorrem no am bien te (caixa viveiro) e no comportamento do anim al (a freqüência de ocorrên cia de certas respostas.. seja um controle em termos de registro. Essa relação. indica a existência de um a relação entre eles.  em diferentes dias da semana ou do ano. dependem de (ou m antêm um a relação      funcional com) um terceiro evento não identificado. um a vez que as duas medidas aumentam      e dim inuem sistemática e correspondentemente. e vice-versa). ambos.            Ao descrevermos os fenôm enos naturais por meio de leis ou funções. podemos tentar provocar alte      rações em um evento (variável independente) que acarretem um a conse       qüência prevista e desejável em um outro (variável dependente). por exemplo).      controlar um fenôm eno natural significa. Nesse caso. pre      dizer o valor da temperatura a partir de um valor de pressão. efeitos da alti      tude do local onde fizem os nossas medições. ou se ambos. basicamente.      além de sermos capazes de fazer previsões. em caso afirmativo. De posse de instrumentos para m edir tanto a temperatura      (termômetro) como a pressão (barômetro). nesse caso.      um a de temperatura e outra de pressão que poderiam ser submetidas a      cálculos. de que      forma. não poderíamos afirm ar se esta variação sistemática decorre      dos efeitos de um evento sobre o outro e qual afeta qual (ou seja. vamos tomar um exem      plo da Física. conhecê-lo de tal      modo que identificamos m inim am ente as variáveis que o compõem e. se há      um a relação de dependência entre eles e. o que nos permitiria      predizer o valor de um a a partir de um valor da outra (por exemplo. e fazer. teríamos duas séries de medições. demonstrar um a relação funcional entre even      tos tem um importante papel no que se refere a dois objetivos centrais      em ciência.      a cada dia e em cada lugar. um a série de medições desses dois fenôm e      nos.      aumentos na pressão e na temperatura podem ser. Em ciência. Em      outras palavras. poderíamos nos dirigir a dife      rentes pontos na Terra.            Em termos científicos. Após termos tratado nossos dados. de posse de um a lei (descrita por um a função matemáti       ca. podemos vir a form ular leis que o descrevam. talvez eles nos perm itissem      identificar um a correlação entre nossas duas séries de m edidas tal como      “a valores crescentes de pressão. na função y = x + 1. Queremos saber se m edi      das de temperatura e pressão se relacionam e. fosse de nosso . Digamos que. Ao final dessa coleta de dados. qual a direção desse      efeito).A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          existência de relações funcionais entre eventos.      No entanto. o controle e a previsão dos fenôm enos naturais. Por exemplo. correspondem valores crescentes de      temperatura”. na verdade.            Digamos que tenhamos interesse em estudar cientificamente a rela      ção entre temperatura e pressão atmosférica.      com isso. que você já deve ter visto no segundo grau. Um a possibilidade de procedermos com tal avaliação seria por      meio da observação e do registro sistemáticos desses eventos ocorrendo      na natureza. por exemplo. podemos fazer previsões acerca dos fatores que inte       gram essa função. ter-se-ia demonstrado um a cor      relação entre estes dois eventos. ou da velocidade e da força      dos ventos nesse local etc.  Essa alta variabilidade em nossos dados obscureceria a relação alvo do estudo. de atuação sobre o fenômeno. a vegetação local. sabemos que a variável x deverá assum ir o valor 4.      Na ausência de controle experimental. seremos capazes de controlar y. e somente por isso. A esse tipo de manipulações planejadas de variáveis cham am os de “controle experimental”. Porque conhecemos a fun ção que relaciona as variáveis y e x. exercemos algum controle sobre y. controlar/eliminar esses outros fatores. 0 fato de não ter mos demonstrado a existência de uma relação funcional entre pressão e temperatura (e apenas termos verificado sua correlação) impede que pos samos exercer qualquer controle sobre os valores ou estados que um deles assum e em relação ao outro. e nem m esm o sofisticados cálculos estatísticos iriam evidenciá-la precisamente. o que nos impediria de ver que relações mantêm entre si. A m elhor alternativa seria realizarmos intervenções planejadas em nosso fenômeno. na prática. Mantendo-os constantes é como se os estivésse mos eliminando (ou pelo m enos seus efeitos). Poderíamos controlar estes outros fatores mantendo-os constantes (ou eliminando-os se possível). seria extremamente difícil. a hora da medição etc. permite- nos dizer que. o fato de poder fazer previsões. e não deveriam ser ignorados. Fornecer a possibilidade de previsão e. um fato que poderíamos constatar é que elas poderiam ter sido repletas de in  fluências de outros fatores presentes. senão ausente. a presença ou não de ventos. podemos verificar que relações m antêm com os eventos nos quais estamos interes sados. por outro lado. em um a relação correlacionai. a relação entre pres são e temperatura. portanto. principalmente. im agine o quanto nossos registros de temperatura não teriam refletido a um idade do ar. Mesmo quando não possamos alterar x. poderiam se relacionar com pressão e temperatura. também tor nariam im possível esse estudo. ou poderíamos medir exaustivamente todos estes outros fatores em todas as suas variações. medindo-os. a realização de m ensurações exaustivas e repetitivas demandaria um tempo e esforços que.     Em nossas medidas de pressão e temperatura na natureza. Por exemplo. de certa forma.        C O MO ESTUDAR O COMP ORTAMENTO     interesse que o evento y assum isse o valor 5. Esses fatores seriam todos relevantes. encontra-se diminuída. a partir dele. é um a im portan te característica que. nossas medidas de temperatu ra e de pressão poderiam apresentar um a grande variabilidade. Se formos capazes de produzir altera ções em x.     Nas condições de investigação na natureza que hipotetizamos acima. . senão improvável.     Retornando a nosso exemplo hipotético da Física. o que nos possibilitaria demonstrar que pressão e temperatura mantêm um a relação de depen dência entre si. presente em um a relação funcional. sobre y.  introduzir. os demais fatores      (umidade. . aos poucos. uma ciência natural. caminhando para a compreensão dos fenôme      nos em toda a sua complexidade. As próprias características físicas de laboratórios no      mundo todo são relativamente padronizadas. os fundamentos metodológicos para      a investigação do comportamento dos organismos vivos são análogos àqueles      que vimos no exemplo que tomamos da Física. Ou seja. à medida que vai compreendendo como fun      cionam os pedaços desse jogo. Dizemos que o cientista cria um paradig      ma da natureza. mas que. prever e intervir (sobre) o comportamento dos organismos. mas principalmente de intervenção e.           Na Psicologia. modelos e teorias. e estaríamos. é o laboratório. no entanto. Com isso. deixando de lado toda a sua complexidade e      riqueza.). em um      laboratório. vem estabelecendo      seu corpo de conhecimento científico desde mais recentemente. não esque      çamos. e medir as mudanças correspondentes nos      valores de pressão. outros      equipamentos especiais podem detectar mudanças mínimas no fenômeno      de interesse efetuando registros contínuos e isentos. quanto de sua manipulação. poderíamos idealizar uma câmara experimental no interior da      qual pudéssemos intervir sistematicamente nos valores assumidos por      diversos fatores que afetam a relação pressão/temperatura (tais como um i      dade.      poderíamos.A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O               Um local especialmente adequado para o exercício tanto do controle      experimental. de registro. Em um laborató      rio. equipamentos especiais      podem efetuar mudanças nesses ambientes. explicar. reconstrói essa complexidade. vegetação etc. ventos.      já possui um conjunto amplo e sistemático de leis e modelos capazes de des      crever. fazendo-a assumir determi      nados valores preestabelecidos. existem as condições necessárias para que o fenômeno investigado seja      esmiuçado (isto é. e em      particular a Análise Experimental do Comportamento. analisado). para que      relações funcionais entre eventos possam ser identificadas. suas inúmeras leis. Tendo compreendido suficientemente bem esta relação. É verdade que a Física está      estabelecida há muito tempo. vegetação etc. artificialmente. assim. poderíamos manter os outros fatores em      valores constantes. Como o nosso interesse reside na relação fun      cional entre temperatura e pressão. o que se reflete no acúmulo de conhecimentos      sobre a natureza. por exemplo. ambientes especiais podem      ser construídos para isolar variáveis indesejáveis. por      boa medida. manipular os valores de pressão). A Psicologia. e manipular.). mudanças precisas quanto a      sua magnitude e duração e quanto ao momento em que ocorrem. um      laboratório freqüentemente dispõe de condições especiais para a realização      de controle experimental.      para que possamos intervir nos eventos (fazendo-os assumir determinados      valores ou estados) em vez de esperar que variem naturalmente. gradual e planejadamente. procuraría      mos compreender como temperatura e pressão se relacionam a esses outros      fatores. então. para que eventos sejam relativamente isolados. temperatura (e depois. presença de correntes de ar. Por exemplo.  tais como fre                             qüência com que ingeriram bebidas ou alimentos que contivessem cafeína                             durante o dia. não pode ser tão pequeno que comprometa quer a hegemonia dos grupos. Por outro lado. cabe ao experimentador                             procurar identificar as variáveis relevantes ao comportamento a ser estuda                             do. os fatores relevantes para o fenômeno estudado estariam distribuídos igualmente entre esses grupos.. qualquer diferença verificada entre os grupos pode                             ser atribuída a essa variável. nos quais sexo. com amostras suficientemente grandes. estresse etc.                                  Em pesquisas que envolvem o comportamento dos organismos. apenas. uma vez que. solicitaríamos que bebessem. Para realmente conhece-la. emprega o modelo estatístico. mas os submete a todas                             as demais condições pelas quais passam os sujeitos do grupo experimental                             (grupo controle).exceto pela exposição à                             variável independente . Importante nesse momento é a consulta à literatura científica sobre esse                             assunto. o experimentador não introduz este fator.. hora destas ocorrências etc. pediríamos que registrassem um a série de                             eventos que consideramos relevantes para o experimento.. acredita-se. Por exemplo. os sujeitos de ambos os grupos                             são idênticos e passam por condições idênticas . Um delineamento experimental pos                             sível para investigar esta questão consistiria em formar dois grandes grupos                             de sujeitos4. em estudos do                             comportamento. sugerimos consultar textos específicos de metodologia de grupo e de estatística. Inicialmente. probabilisticamente. idade. existem                             diferentes métodos de investigação experimental. nenhum dos grupos teria qualquer fator prepon derante. imagine um experimento em que                             procurássemos saber quais são os efeitos da ingestão de cafeína sobre as                             horas noturnas de sono das pessoas. o pesquisador deve planejar estratégias experimentais que                             permitam manipular sistematicamente as variáveis de seu interesse. a atribuição dos sujeitos em cada grupo é. Este número tem restrições no sentido de que não pode ser tão grande que inviabilize o estudo. Um a vez que. induti                             vamente. este seria nosso grupo experimental. ran- dômica. hábito de tomar café ou chá. . na m esm a quan                             tidade. medica                             mentos ingeridos. (registro de possí-   . . Acredita-se que.                                      C O M O ESTUDAR O C O MP OR TAME NTO                                 Este corpo de conhecimento vem se acumulando ao longo dos anos. Esta explanação sobre a metodologia de pesquisa utilizando grupos de sujeitos é bastante geral e tem. objetivos introdutórios. trabalhando com pelo                             menos dois grupos2 (supostamente idênticos3) de sujeitos. por meio de demonstrações e replicações empíricas. Às pessoas de um dos grupos                             poderíamos solicitar que. Todos eles fundamentam-                             se na noção de controle de variáveis. (variáveis intervenien                             tes) fossem igualmente prováveis em ambos. ao longo de um a semana. A seguir. quantidade.   Para se obter grupos supostamente idênticos de sujeitos. Às                             pessoas de ambos os grupos. Aos sujeitos de                             um deles o experimentador introduz o fator cujos efeitos sobre o compor                             tamento deseja conhecer (grupo experimental). quer a homeosdaticidade das medidas.O número de sujeitos que devem compor grupos experimentais e de controle é objeto de determinação estatísti ca.                             Às pessoas do outro grupo. exercícios realizados. em geral. Aos sujeitos do outro                             grupo. café descafeinado antes de dormir (este seria o grupo controle).                                  Um método freqüentemente usado pelos psicólogos. bebessem um a xícara                             de café diariamente antes de dormir.  um exercício de formular boas questões. os fenômenos que envolvem o estudo de compor      tamento mostram-se quase sempre bastante complexos e raramente permi      tem conclusões categóricas como em nosso exemplo. além da cafeína.dos efeitos      excitatórios da cafeína não poderia ter interferido nos resultados? (para evitar      questões desse tipo. teríamos de pedir.      tanto quanto de procurar respondê-las. Pelo número de      questões que você pode formular. antes de dormir. influenciar os resultados desse estudo. na verdade.. supondo que nossos grupos sejam de      fato comparáveis e que nós conseguíssemos controlar devidamente as variá      veis atuantes no fenômeno. por isso. O ideal seria isolar a substância. A propósito. cafeína. as perguntas verdadeiramen      te científicas são aquelas cujas respostas sejam falseáveis. Verá que procurar      respostas em ciência é. que os sujeitos de ambos os grupos registrassem o núm e      ro de horas dormidas durante a noite. é possível que. aparen      temente simples.           Na prática de pesquisa. os pesquisadores do exemplo acima não deveriam ter      informado aos sujeitos o quê estavam consumindo. Uma afirmação que seja impossível de ser verificada. pode gerar inúmeras outras perguntas. isto é. Portanto.      assim como as perguntas sobre a ingestão de alimentos que contivessem      cafeína. E.. não tem valor científico. prova      velmente.      existem. obtida expe      rimentalmente por meio de uma comparação entre esses dois grupos. . as comparações entre os      grupos são feitas com ajuda da Estatística. sugerimos que você pense em outras variáveis que pode      riam. O fato de os sujeitos do      grupo experimental saberem . além das possíveis variações entre os grupos. mesmo que. Esta seria um a evidência científica.            Uma nota adicional em relação aos estudos que comparam grupos de      sujeitos refere-se ao fato de que. principalmente. uma      explicação científica deve estar sempre aberta para ser desqualificada como      uma explicação. em relação a esta variável. Como um exer      cício de reflexão. sua cor e sabor etc. você verá como esse experimento. Além dessas medidas.      necessariamente. variações entre os sujeitos de cada grupo. estatisticamen      te. por cima de outras res      postas obtidas por outros estudos. e ministrá-la aos sujeitos de      alguma outra maneira que não permitisse sua identificação). é claro. Por causa dessas      variações internas ao grupo. permitiriam sua identificação.como muitas pessoas sabem . este tipo de delineamento experimental apresen      ta uma grande variabilidade de resultados e. perceberá que as      respostas em ciência são construídas gradualmente.na dose contida em uma xícara      de café . haja indícios de que o grupo experimental difere do grupo controle quanto à      variável dependente. Na prática isso é muito      difícil pois o cheiro do café.A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          veis variáveis intervenientes). haja sujeitos no grupo      experimental que não diferem de sujeitos no grupo controle. e por      tanto demonstrada como falsa.           Em nosso experimento hipotético. os efeitos da ingestão de cafeína . uma diferença estatisticamente significativa      entre as médias de horas de sono para cada grupo estaria refletindo.  O comportamento é estudado no nível do indivíduo que se comporta. onde A é uma situação em tudo idêntica à situação B.     Este delineamento é freqüentemente denominado delineamento A-B-A.        C O MO ESTUDAR O COMP ORTAMENTO         Em estudos do comportamento. são dispensadas as análises estatísticas. e não ao nível do grupo a que pertence. ou ainda. Ao ado tar o delineamento do sujeito como seu próprio controle. estando porém ela presente (ou tendo sido removida) na situação B. como referência). momento ou condições. os efeitos de uma variável sobre o seu comportamento são pontuais. Em Análise Experimental do Com portamento. e que ao interagir com as peculiarida des das situações que cada um de nós enfrenta. esse delineamento supõe que só podemos com  parar os resultados do desempenho de um indivíduo com ele mesmo. Por meio do emprego desta metodologia. exceto pelo fato que a variável de interesse não está presente (ou está presente). o analista do comportamento considera uma heresia nivelar essas diferenças por meio de uma média estatística. o analista do com portamento está levando essa idiossincrasia em consideração. devemos analisar o comportamento deste organismo como um a unidade indivi dual. será analisado e comparado pelo pesquisa dor. em outra situação. utiliza-se o método de investigação chamado de “método do sujeito como seu próprio controle” ou “método de sujeito único” . “delineamento N = i” (Sid- man.         O delineamento experimental de sujeito único      O delineamento experimental de sujeito único ou do sujeito como seu próprio controle parte do princípio de que. Como 0 indivíduo se compor ta em cada uma dessas situações. Considerando-se que a história de vida de cada um é altamente idiossincrática. necessariamente. qualquer diferença seria portan to devido às diferenças de situação. uma ação de uma pessoa é um produ to único de uma série de fatores dentre os quais a situação a que esta pessoa está sendo exposta e a história passada dessa pessoa com relação às variáveis relevantes na situação presente. Algo como tomar os salários pagos a mulheres (2X) e homens (5X) para a mesma tarefa. i960). por compa rações estatísticas de grupos de sujeitos. e não um suposto “comportamento grupai”. essa diversificação torna-se ainda maior. a investigação empírica da relação comportamento-ambiente não precisa se dar. que estará usando o comportamento do sujeito como seu próprio controle (isto é. para compreendermos e podermos modificar o comportamento de um organismo vivo. não a variações individuais.     Em outras palavras. não probabilísticos. .     Para o analista comportamental. alternativamente a delineamentos de grupo. calcular sua média (3>5X) e concluir que todos são tratados eqüitativamente. e não um comportamento médio de um grupo de indivíduos.  que. inclusive para você (Condição B). ou a quan      tidade de bebida alcoólica que você próprio tenha consumido etc. uma vez que parece haver uma correspondência entre esses dois fatos. linha de base). outros fatores intrínsecos à situação também podem ter dado sua       contribuição. Nessa Condição B. entre eles. Porém. pela ausência e      pela presença da variável independente. muito provavelmente. respectivamente. comparativamen      te à Condição A. Um a vez que essas duas condições -      linha de base e intervenção .       sem conversar com as pessoas.A ANÁLI S E D O C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                O delineamento de sujeito único comporta algumas variações. à chegada da pessoa alcoolizada na      festa. Durante a tomada de um a linha de      base. Se a reti       rada da variável independente for acompanhada por uma mudança no . supostamen      te. rindo e se divertindo (Condição A. num a segunda      modificação do ambiente experimental (Fase ou Condição A). a passagem do tempo e o avanço da hora.      basicamente.       No entanto. o sujeito seja exposto novamente à condição de linha de base. sem a intervenção do pesquisador. pois. Essa mudança em seu comportamento pode      ria ser atribuída. Ao m esmo tempo faz os registros do comportamento      que está sendo estudado. a um a primeira condição denominada de linha de base (Fase ou Con      dição A). A um a certa hora. Esta demonstração      fica mais forte se.      chega a esta festa uma pessoa alcoolizada. Daí o nome delineamento A-B-A. As medidas      tomadas na fase de linha de base referem-se às variáveis que. o experimentador expõe o sujeito a todas as condições que serão uti      lizadas ao longo de todo o estudo.            Como uma forma mais efetiva de demonstrar que as alterações no com       portamento de um organismo são causadas por uma mudança ambiental       específica . você nota mudanças no seu comportamento. o delineamento de sujeito único requer. no início do experimen      to. qualquer modificação no compor      tamento do sujeito pode ser atribuída a essa diferença. após a condição experi      mental. falando coisas inconvenientes para      todos. exceto pelo fato que a variável de inte      resse estará ausente. ao se remover a variável de interesse. sério. interferem ou dizem respeito àquelas que o investigador está particu      larmente interessado em analisar. imagine-se numa festa em que você está conversando com as      pessoas. Na condição seguinte (Fase ou Condição B). o      investigador introduz um a modificação no ambiente experimental e regis      tra os efeitos dessa intervenção sobre o m esm o tipo de comportamento      medido durante a linha de base. este consiste em submeter o sujeito.diferem. O objetivo da fase de linha de base é obter medidas do      comportamento em um a situação que representaria o estado de funciona      mento de um indivíduo. a medida do      comportamento voltar a valores próximos daqueles observados durante a      linha de base.e não por uma outra variável não identificada pelo experimentador       .          Para exemplificar o princípio do delineamento de sujeito como seu pró      prio controle.. Você deixa de      conversar e brincar com os outros e passa a ficar quieto em um canto.  Em que situações esses delineamentos são úteis?                                REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA                         SIDMAN.                              Evidentemente. D. usan                         do a m esm a lógica A-B-A. A. N. Diseno experimental sin estadística. pesquise no livro de Sidm an (1960) as estratégias de                         utilização do delineamento de sujeito único em situações em que não é                         possível ou desejável o retorno à fase de linha de base. (1974). Lattal (Orgs). R. Obra já traduzida para a Língua Portuguesa (veja o Apêndice I). Se ela                         assim fizesse. Trillas. R. Voltando a nosso exemplo. H. De fato! Pare agora e. Am s                            terdam. 585-592. e SOLSO. 42(8). C.                         JOHNSTON. Dizemos que o efeito daquela pessoa (variável independente)                         ficou demonstrado duplamente: pelas mudanças produzidas com a sua intro                         dução e pelas mudanças produzidas com a sua retirada. e PENNYPACKER. Tatics o f scientific research. New York: Pergamon Press. M. (1990). isto é. H. m esm o com a saída dela da festa.                         MATOS. M. M. J. como uma forma de se                         certificar do papel exercido pela chegada da pessoa alcoolizada sobre a sua                         mudança de comportamento. Elservier. Ciência e Cultura. O.. Una introduccion al metodo cientifico en Psicologia. (1975). e você então voltasse a rir e a conversar com as pessoas. ainda. pois sempre se                         poderia dizer que “o estrago já fora feito” com os comentários inconve                         nientes daquela pessoa. Controle experimental e controle estatístico: a filosofia do caso                            único na pesquisa comportamental.                         BAYÉS. S.                         CASTRO. Além disso. H. H..                         JOHNSON. S. e NELSON. (I99I).                               LEITURAS RECOMENDADAS                         BARLOW. México: Ed.: Lawrence Erlbaum. . (I960)*. Iversen e K. M. e que “jam ais eu poderia m e sentir à vontade                         outra vez” . Experimental Analysis o f Behavior (Part I). L. R. C. podería                         mos dizer que ficou demonstrada a influência daquela pessoa sobre seus com                         portamentos.                                  CO MO ESTUDAR O COMP ORTAMENTO                                                            33                             comportamento do sujeito. Barcelona: Ed. HAYES. A. Hillsdale. intermediar diferentes condições experimen                         tais (A-B-A-C-A). Em                            I.                         PERONE. (1975). (1980). H. situações muito                         freqüentes em contextos clínicos e aplicados de modo geral. (1975). Fontanella. pense e proponha maneiras de contornar esse                         dilema. The scíentistpractioner: Research                            and accountabilíty in clinicai and educational settings. São Paulo: EPU. o ideal seria que a Condição A fosse restabeleci                         da no que se refere à variável independente que estamos considerando.Introdução ao planejamento experimental em                            psicologia: estudo de casos. o experimentador estará confirmando os efeitos da                         variável que manipulou. nunca a situação é tão sim ples assim . Procure                         saber também dos casos experimentais em que um a condição de linha de                         base pode intermediar um a ou m ais repetições da condição experimental                         (A-B-A-B-A) ou pode.J. New York: Basic Books. Strategies and tatics ofhuman beha                            vioral research.                         que a pessoa alcoolizada pudesse ser convencida a se retirar da festa. Experimental design in the analysis o f free-operant behavior. no sentido de se assemelhar com aquele descrito                         na linha de base inicial. espécie que utilizaremos em alguns exercícios deste manual                          . pelo   1 E não só em laboratórios de estudo do comportamento senão também em laboratórios de fisiologia. o comporta                          mento de animais não-humanos é estudado como referência ao compor                          tamento humano. o que elimina. Isto é possível porque. algumas                          formas de interação são específicas de cada espécie. testes de substâncias farmacológicas são sem pre realizados                          extensivamente em sujeitos que não pertencem à espécie hum ana antes                          de serem utilizados com seres humanos. como psicólogos e biólogos vêm                          relatando há décadas. Entre algum as destas vanta                          gens estão: i) a possibilidade de controle genético.                               Ratos . submeter pessoas a procedimentos expe                          rimentais necessários para o avanço do conhecimento científico. No entanto. freqüentemente. Por                          exemplo. e por isso. . genética etc. as trans                          posições do conhecimento obtido em estudos com sujeitos não-humanos                          devem ser cuidadosas e sempre baseadas nas devidas comprovações                          empíricas. muitas formas de interação organismo-ambiente                          são básicas e comuns às diversas espécies animais. Entretanto. são muito usados em estudos de comportamento em laboratórios no                          mundo todo por propiciar um a série de vantagens para o experimentador                          no que se refere a controle experimental1.                                                                                                    5                                 Com quem trabalhar. Em Análise Experimental do                          Comportamento não é muito diferente. por m oti                          vos éticos e/ou metodológicos. farmacolo gia. nem sempre é possível.                                 O sujeito                                     jf                                           experimental                                             I                     B            si                   K J U P s i c o l o g i a tem como um dos seus principais objetivos compreender o                          comportamento humano.. A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T O R I O DI D Á T I C O          menos parcialmente. os organism os da nossa própria espécie. 3)      a possibilidade de acompanhar a história experimental do sujeito da pes      quisa. experim en      tos realizados com seres hum anos enfrentam necessariam ente dois      tipos de dificuldades: a) devem lidar intrinsecam ente com a com plexida      de comportamental própria dos processos de aprendizagem envolvidos      no comportamento hum ano (processos esses que incluem . de manutenção relativamente      barata. em outras circunstâncias.      o comportamento verbal). de serem anim ais      pequenos de fácil cuidado e manuseio. São ratos albinos (linhagens Wistar ou Sprague-Dawley) ou pig- . Entretanto. o que nos perm i      te trabalhar com anim ais homogêneos quanto à sua bagagem e história      genética. e b) envolvem a vasta e desconhecida (para o      experimentador) história pré-experimental que as pessoas inexoravel      mente levam à situação experimental e que.      ou seja. No entanto. afinal de contas.          A seguir. A história experimental reflete-se no comportamento atual de qual      quer organismo.            Algum as pesquisas de laboratório envolvem trabalhos com o ser      hum ano. conhecer esta história permite que o pesquisador      compreenda m ais amplamente 0 fenôm eno comportamental estudado. de algum a form a. ou com sujeitos hum a      nos. interage      com as contingências vigentes no experimento.               O rato albino             Os ratos que mais comumente empregamos em estudos de laborató      rio são originários de linhagens genéticas selecionadas. apesar des      sas dificuldades. vamos tratar de algum as particularidades que devemos co      nhecer sobre os sujeitos com os quais estaremos trabalhando nos exercí      cios propostos neste manual.      Além disso. existem questões em píricas a serem investigadas cujas      respostas são obtidas somente por meio da experimentação direta com      seres hum anos. e de se reproduzirem com facilidade em biotério. Neste m anual. as diferenças comportamentais que poderiam ser      derivadas de diferenças genotípicas. a este conjunto de vantagens. desejam os conhecer melhor. de viverem tempo suficiente para que possam      participar de experimentos relativamente longos. entre outros. o que nos possibilitará que trabalhemos diretamente      com os organism os que. há exercícios que serão realizados com estudan      tes universitários. não seria viável. Sem um controle adequado das variáveis ambientais      que atuam sobre o comportamento dos organism os. dificilmente um      experimentador pode descrever suficientemente bem o seu fenôm eno. 2) a possibilidade de controlar variá      veis ambientais que. soma-se o fato de os ratos      serem m am íferos e dóceis.  os ratos devem encontrar água e comida constantemen te disponíveis em suas gaiolas.     Quando se estuda o comportamento de organism os em laboratório. após o qual podem vir à luz entre 7 e 10 filhotes. evidentemente. Nesta condição. entre estados lum inosos (luzes piscando intermitente mente em diferentes freqüências. o peso do rato é chamado . São m am íferos e se reproduzem com facilidade em biotério. quando estes já atingiram a maturidade. Isso é muito im por tante para o bem-estar dos animais. são utilizados ratos machos. contate a pessoa responsável pelo biotério. a velocidade com que cresce é m enor após tornar-se adulto.o bioterista (pessoa responsável pelo biotério). pois esses afetam diretamente o repertório de comportamento dos organism os. Outra form a de acompa nhamento é pela observação do comportamento e da aparência geral dos animais. mas percebem diferenças entre intensidades lum inosas e. Caso observe algum a anomalia. C O M QU E M TRABALHAR: O SUJ EI TO E XPERI MENTAL                            37     mentados (linhagem Long-Evans) descendentes do rato norueguês. os anim ais são mantidos sob rígido controle de higiene e saúde.     No biotério. professores. para a realização adequada do trabalho experimental. em estudos de comportamento. pesquisadores. apresentam sensibilidade visual à luz. umidade e luminosidade. um rato privado de alimento ou de água se comporta de modo diferente de um rato saciado.     U m laboratório que estudasse o comportamento de anim ais não poderia existir sem que houvesse um local adequado para o alojamento dos sujeitos experimentais. Não enxergam cores. espé cie Rattus norvegicus. No biotério.e. existe um a série de fatores relacionados ao alojamento e à manutenção dos anim ais que precisam ser cuidadosamente controlados. os anim ais devem ficar alojados sob condições controla das de temperatura. por serem albinos. Esses anim ais possuem um sistema auditivo acura do e. no entanto. Desde que não estejam em experimentação. é importante ficar atento a alterações no comportamento dos ratos. Um a form a de acompanhar o estado de saúde dos anim ais se dá por m eio da medição freqüente de seu peso. Duran te sua vida. assim como um rato sadio versus um enfer mo. Por exemplo. deve-se estar atento a possíveis variações de compor tamento. alunos . Durante a execução dos exercícios de laboratório. igualmente. por exemplo). assim como a seu estado físico e limpeza. um rato nunca deixa de crescer. os experimentos em pregam ratos com 10 0 a 120 dias de idade. um biotério. Quedas acentuadas de peso podem sinalizar a existência de enfermidades. Seu período de gestação é de cerca de 20 dias. decorrentes de alterações no ciclo horm onal do animal. Normalmente. para a saúde das pessoas com as quais os anim ais entram em contato . Duran te os prim eiros 90 dias de idade. isto é. Quando são uti lizadas ratas fêm eas. o desenvolvimento biológico do rato é bastante acelerado. Muito freqüentemente.  não é a todo m om ento que                                    água e comida exercem função reforçadora (pense no que ocorre com                                    sua fom e logo após você ter ingerido um farto almoço). precisarem os con                                    tar com um a conseqüência relevante para o animal. os ratos deverão estar em                                    regim e de privação.                                    você deverá transportá-lo para o laboratório. É importante que isso seja feito com tranqüilidade. irão                                    se conhecer. ao início e ao                                    fim dos exercícios.■                              A A NÁ L I S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                                       de peso ad libitum2 (abreviado como peso aã lib. de tal m aneira que será altamente provável que a                                    substância da qual estiverem sendo privados. de um rato                                    de laboratório é maior.                                        Nos exercícios de laboratório com ratos. o biotério. No transporte do animal. como as conseqüências do                                    comportamento de um organism o podem afetar o modo como este se                                    comporta. Adiante. e vice-versa. atue como reforço para determinados com portam en                                    tos do sujeito. assim qualificados por aum entarem a probabilidade de ocor                                    rência do com portam ento que os produzem . assim como para reti                                    rá-lo da caixa experimental e recolocá-lo na gaiola. um a vez que tem comida constantemente dispo                                   nível e m enor gasto de energia.                                    estaremos observando.                                          Como seu anim al fica alojado em um ambiente especial. No entanto. o peso ad lib.que são                                    conseqüências biologicamente importantes para os organism os vivos                                    são usadas como reforçadores. que visa estabelecer                                    o papel reforçador da água ou da com ida no m om ento da experim en                                    tação. Para que durante os exercícios possam os conseqüenciar efe                                   tivamente o comportamento que querem os estudar. Em nossos estudos. água ou comida . Nesse prim eiro encontro (esperamos que ele seja o mais                                    amigável possível). Para par                                    ticipar dos exercícios descritos neste m anual.). e de m esm a idade. este devida e individualmente identificado por um núm ero. existe                                    um a operação. você pegará o animal                                    com suas mãos. você e seu respec                                    tivo rato. Por isso.                                    irem os utilizar conseqüências denominadas reforçadores primários                                    positivos. Em estudos de com                                     portamento com anim ais em laboratório. mantenha o máximo silên                                    cio possível e evite fazer movimentações bruscas. apontaremos algumas poucas regras de m anuseio                                    que podem garantir um bom relacionamento entre vocês. à vontade. Basicam ente. Em comparação com                                   um rato solto na natureza. denominada privação experimental. . ao ser apresentada duran                                    te o experimento. Para retirar o rato de                                    sua gaiola-viveiro e colocá-lo na caixa experimental.                                          Previamente ao início dos exercícios de laboratório. a form a de conhecer o sujeito experimental será m a                                    nuseando-o. apresentados neste m anual. entre outras coisas. Lem-       2 Do latim. a privação consiste em restringir o acesso de um                                    organism o à substância que se pretende usar como reforçador.  garantindo haver espaço de livre movimentação do braço com que vai                          pegá-lo. m ante                          nha o ambiente tranqüilo. aproxime sua mão lentamente na direção do rato. você deve tomar alguns                          cuidados bastante sim ples ao pegá-lo. Para evitar que isso ocorra. uma eventual mordida ou arranhão do rato não requer outros cuidados além de uma adequa da desinfecção da área atingida com água corrente abundante e sabão. pois os movi                          mentos bruscos assustam o animal (Figura V-i). Em situação de perigo. Basicamente. é com um colocarmos                          e tirarmos a mão da caixa repetidas vezes. sem                          fazer movimentos bruscos. A seguir. livre de sons altos. Coloque a                          gaiola onde o animal está alojado nas proximidades da caixa experim en                          tal.     3 Tendo ratos de procedência confiável. “ata                          cando” por cima. alguém muitas                          vezes maior do que ele e. Não faça isso. o rato pode procurar se defen                          der e escapar3.                           COM   QUEM TRABALHAR:      O SUJEITO   EXPERIMENTAL                                  39                              bre-se de que ele deve estar mais assustado do que você. risos e gritarias. e sendo estes mantidos em um biotério dentro dos padrões de higiene e controle de zoonoses. Em caso de hesitação. como outros predadores de sua espécie.                                                     I FIGURA V -l|     Forma inadequada de se aproximar do animal. .                               Existem formas adequadas de se pegar o rato.  sobre as costas do                      animal próximas ao pescoço deste. ajuste a descrição). .                                                                                         71/                                                                       \ V'                                              À A . pois você deverá envolver                      o rato com seus dedos. deixe-a parada aí por alguns instantes e. espalmada. ■/                                                  — ■        tçy                                                      | FIGURA V-2| Aproximar-se do animal com as costas da mão.                           Atente para o posicionamento de sua mão.                A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                               Em vez disso. apoie a palma de sua mão nas cos                      tas do anim al (Figura V-3). Imaginando que você seja destro (caso                      seja canhoto. o seu polegar direito deverá ser coloca                      do abaixo da pata esquerda do rato. coloque sua mão contínua e lentamente dentro da                      caixa. facilita o manuseio do animal. Aproveite a oportunida                      de e. encoste as                      costas de sua mão no dorso do animal. Apóie a sua mão.                              Fazendo assim . lenta e carinhosamente. o rato tende a se imobilizar. com firmeza. mas suavemente. fazendo-lhe algum carinho (Figu                      ra V-2). Seu dedo médio deverá estar                      abaixo da pata direita do rato (Figura V-4). vagarosamente. Seu dedo indicador deverá ser posi                      cionado entre a cabeça e a pata direita.                     COM Q U E M TRABALHAR: O SUJEI TO E XPERI MENTAL                                            | FIGURA V-3| Posicionamento adequado dos dedos ao aproximar a mão para segurar o animal.                                             FIGURA V-4 Forma adequada de segurar o animal. .                A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                               Segurando o rato dessa forma. tome cuidado para que ele não esteja com                     as unhas presas em algum lugar (na grade da gaiola. você poderá                     quebrar as unhas do anim al ou até m esm o arrancá-las. mas gentilmente. nas bordas da caixa                     de experimentação etc.                           Quando for erguer o rato. empurre-o para dentro se                     necessário. ao menos por curtas distâncias. . para                     não machucá-lo (Figura V-5). Se estiverem presas e você puxá-lo. Após colocar 0                     rato na caixa experimental. Segure-o com firmeza. pois isso mantém o anim al m enos agitado (Figura V-6). ao fim do                     experimento. tomando cuidado                     para não prender o rabo do animal na porta.                              Para transportá-lo. sem apertá-lo.                     Agora você poderá colocá-lo na caixa de experimentação ou. trazê-lo de volta para a gaiola-viveiro.                                                      FIGURA V- Forma inadequada de segurar o animai. apoie-o sobre sua                     mão esquerda. feche a porta desta caixa. você praticamente imobiliza o pesco                     ço dele evitando que ele possa virá-lo e também impedindo que você o                     machuque.).  . você deverá preparar e manter no                       laboratório fichas de registro como mostra a Figura V-7.                       COM Q U E M TRABAL HAR: O SUJEI TO E XP ERI MENTAL                                                                      \                                                  | FIGURA V-é    Forma adequada de segurar o animal. para manter a identificação dos ratos e registrar as etapas do                       trabalho que você realizará no decorrer dos exercícios de laboratório (con                       trole da história experimental do rato).    Rato N9:  Nom e d o aluno:                                                              Turma:  Data                               Prática                           !      O b se rv açao     Visto                                                                          i                                                  FIGURA   Modelo de ficha de identificação e acompanhamento dos exercícios de laboratório com ratos. fornecendo apoio a suas patas.                               Por fim .  complete a ficha com a data de realização do exercício do dia. em ser sujeito da pes      quisa. provavelmente não poderíamos      dizer isso a elas. No      entanto. A ssim que tiver sido feita a dis      tribuição dos ratos devidamente identificados entre os alunos. nem sempre isso é completamente possível até que 0 experimen      to esteja encerrado. o      nome do exercício. fatores éticos. veja qual é      o núm ero e o peso do seu animal e preencha o cabeçalho da ficha. pois esta informação pode prejudicar. imediatamente após 0 término de cada sessão experi      mental. Este consentimento é.A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O               Adquira e traga para o laboratório um a ficha pautada de cartolina nas      dimensões aproximadas de 20 x 10 cm. A cada      aula de laboratório. Como regra geral. Por exem plo. verbal. os participantes      devem ser voluntários e consentir. O professor ou o monitor dará um visto em seus registros. que se atinja o objetivo da investigação.           Caso queira saber maiores detalhes sobre o cuidado com os ratos e      com a manutenção do biotério. caso      estivéssemos interessados em estudar a freqüência com que as pessoas      piscam seus olhos em situação natural. explicitamente. um a pesquisa não pode ser desenvolvida apenas com base em seu      objetivo científico.            Convocar sujeitos que consintam em participar de um a pesquisa      implica em esclarecê-los devidamente sobre os objetivos do trabalho. essas considerações devem permear todo o processo de experimen      tação. O objetivo da pesquisa é.                O participante humano            Todo e qualquer trabalho científico que envolva a experimentação      com organism os vivos é norteada por diversos fatores que precisam ser      considerados pelo experim entador ao planejar e executar a sua pesqui      sa. bem como eventuais observações de ocorrências não      previstas.            A obtenção de participantes para um a pesquisa é um dos aspectos      que antecede a experimentação e deve ser cuidadosamente planejada em      conformidade com os seus objetivos. não raro. você poderá encontrá-los no Anexo 1.      Quando se trata de estudos com crianças ou pessoas portadoras de defi      ciência mental. muitas vezes. Em se tratando de experimentação com pes      soas. se não inviabili      zar. no entanto. incluindo o procedim ento que antecede e o que segue à      experimentação em si. pois essa informação eliminaria a naturalidade da situa . No entan      to.      solicita-se que o participante ateste 0 seu consentimento por escrito. obviamente. por exemplo. um dos fatores centrais que      norteia o delineamento e a execução de qualquer investigação. devem fazer parte de um      conjunto de considerações. o consentimento é obtido por meio de seus pais ou res      ponsáveis.  outras informações devem ser fornecidas ao sujeito previamente ao início do experimento.   A própria necessidade de que.   A possibilidade de participar ou não do experimento. o experimentador deve fornecer ao participante as instruções ou diretrizes sobre o funcionamento da sessão. em notas. a qualquer momento. podendo deixá-      lo. Sob nenhum pretexto devem ser dadas informações falsas.   1. sem a necessidade de fornecer qualquer ju s      tificativa.”. no momento da sessão experimental. em cré      ditos. Ao final do estu do.) à participação do sujeito. Entre elas. 5.      Juntamente com os objetivos da pesquisa. é costumeiro explicar que questões adicionais serão respondidas após a realização do estudo. assim como sobre o esque      m a em que esta será oferecida. . contudo.   A inexistência de qualquer conseqüência danosa. para os resultados da pesquisa. 6. informações genéricas e m ínim as. para que o experimentador as leia ao sujeito. em qualquer meio de divulgação.. em pagamento de transporte para chegar ao local da      pesquisa etc. havendo retribuição.. 2. Estas instruções devem. 4.   A provável duração e 0 núm ero de sessões do experimento. nesse caso. ou para que ambas as possibilidades sejam executadas. portanto. todos os esclarecimentos devem ser fornecidos aos sujeitos. 3. Durante um a sessão experimental. deve-se. que o estudo possa trazer ao participante. certamente.        No momento que imediatamente antecede 0 início de um experi mento. o sujeito      deve ser informado sobre sua existência. dispensá-lo como sujeito do estudo.   A garantia acerca de seu anominato por ocasião da divulgação dos re      sultados da pesquisa pois. devem ser apresentadas ao sujeito para que ele m esm o as leia. a identifi      cação dos participantes deverá ser sempre codificada. Se o participante insistir.   A existência ou não de retribuição (em dinheiro. suas questões podem ser respondidas. caso o participante tenha questões acerca de algum aspecto sobre 0 qual não podem ser fornecidas informações antecipadas. Essas instruções são elabora das de acordo com o procedimento do estudo e. psicológica. for necem os esclarecimentos necessários para o momento. COM Q U E M TRABALHAR: O SUJEI TO E XPERI MENTAL     ção. como “este estudo tem o objetivo de saber como as pessoas agem em diferentes situações que lhes sejam apresentadas. exercem um a importante influência na m aneira como a pessoa vai interagir com as condições experimentais. intervindo no objetivo de nossa pesquisa. contudo. de qualquer natureza      (física. em objetos. ser redigi das antecipadamente pelo experimentador e. moral). algu      mas informações mais específicas sobre o estudo terão de ser omiti      das até a completa realização do experimento. Em geral.  Seria o      caso. este sujeito teria resultados diferenciados da população      em geral em decorrência de sua história pré-experimental particular. para a sessão experimental. que é o comportamento auto-instruído. como vere      mos adiante. o participante tem todo o direito de receber as      informações acerca de sua participação no experimento e ter todas as      suas dúvidas esclarecidas. tais como a história de vida do sujeito. Por exemplo. é      desconhecida e que.A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O               Ao final da pesquisa. as      individualidades genotípicas. inform ar os resultados obtidos. estão envolvidos na realização de estudos com sujeitos      humanos. fornecer detalhes do procedimento e.      até mesmo.      assim postos. à ses      são experimental. este tipo de comportamento pode se referir a comporta      mentos que ocorrem em função de regras formuladas pelo próprio parti      cipante acerca das contingências em vigor na sessão experimental. nesse sentido. Como parte da rotina do experimento. manifesta-se no experimento. sua experiência passada com testes psicológicos no      sentido de acreditar que a pesquisa deva se tratar de testes de inteligên      cia ou de personalidade. mas pode não ser nossa variável      de interesse e. a história de vida      do sujeito experimental pode afetar os resultados de um estudo. vamos im aginar um procedimento de      discriminação em que o participante receba pontos todas as vezes que . No entanto.           Alguns outros aspectos. o modo como realiza a tare      fa experimental (o que em si não é mal. Essas      formulações estão estreitamente relacionadas com a história pré-experi      mental do participante e podem ser incoerentes com aquilo que é propos      to no experimento. prejudicar o entendimento de como esta      atua).            Um desses aspectos refere-se ao fato de que um a pessoa que partici      pa de um experimento traz.            U m outro aspecto relevante à experimentação com participantes      hum anos diz respeito a um tipo de comportamento. caso seja de interesse do sujeito.      esclarecer o objetivo da pesquisa. o expe      rimentador deve estar à disposição para. Por      exemplo. podem afetar. ao participarem de um a      pesquisa feita por psicólogos ou estudantes de psicologia. por exemplo. Durante um      experimento. para o experimentador. A despeito de qualquer crença que seja levantada. de submeter um a pessoa poliglota ou um estudante      de lingüística a um a investigação sobre comportamento verbal. inevitavelmente. tragam. A participação em um      experimento de um a pessoa com preocupações como essas. é muito com um que pessoas leigas.      sua rica e muito individual história de vida que. inteligência e personalidade não seriam o foco de um estu      do em Análise Experimental do Comportamento). nem todos os testes psicológicos      referem-se à medida de inteligência ou de personalidade (na verdade. de algum a forma. a princípio tipica      mente humano. Muito      provavelmente. e o estado motivacional na tarefa experi      mental proposta. de alguma forma.  A ssim sendo. Reforçadores desse tipo são ditos generalizados porque normalmente funcionam como reforço para a maioria das pessoas. Por exem plo. u m elogio. sejam eles ratos.         Ética e experimentação com organismos vivos:     Considerações finais      Em se tratando de experimentação com organism os vivos. tendo em vista sua história de vida específica.     Em estudos com animais mantidos em biotério. para si. pombos. deve evitar procedi mentos que os submetam a sofrimento desnecessário. princípios éticos. pode ser constrangedor e até aversivo para um a pessoa muito tímida. durante o experimento. para um a determinada pessoa. de dinheiro. A obtenção de pontos. deve procurar utilizar sempre o m enor número possível de sujeitos. de elogios.     Ao desenvolvermos um a pesquisa. Se o participan te formular. sejam eles seres humanos ou não. a despeito de privações ou necessidades específicas. de brin quedos (quando os sujeitos são crianças). sua função reforça- dora generalizada pode e deve ser confirmada na situação experimental. Isso ocorrerá não porque o participante não possa distinguir cores. estabele cem que o pesquisador. ou estudantes universitá rios. crianças. o procedimento de privação é empregado como um meio de se tornar altamente provável que certos elementos exerçam. mas porque não as julga relevantes. pois. eventualmente. devemos nos guiar sempre por princípios éticos que garantam que os sujeitos tenham seus direitos res guardados. ele nunca receberá pontos. deve mantê-los em . Por exemplo. No entanto. operações de privação não são utili zadas por razões éticas óbvias. a hipótese de que o importante para a execução da tarefa são as formas das figuras e não suas cores. função reforçado- ra. COM Q U E M TRABALHAR: O SUJ EI TO E XPERI MENTAL     relaciona corretamente duas figuras considerando sua cor. é possível que um desses elementos não exer ça função reforçadora. ao trabalhar com animais. são empregados reforçadores generalizados de natureza social. mas não rece ba pontos quando as relaciona considerando sua forma. que para a m aioria das pessoas é um reforçador. Em experimentos com humanos. como form a de manter os participantes hum anos engajados nas tarefas experimentais propostas pelo experimentador. em vigor nos Estados Unidos e seguidos pela maioria dos laboratórios de Psicologia no Brasil. são exemplos de reforçadores sociais generalizados. de demonstrações de aprova ção. temos sempre que estar atentos às questões de natureza ética que envolvem o respeito à integridade física e psicológica dos participantes. na maioria das situações. e agir segundo ela.  (APA.. Guidelines for Ethical Conduct in the Cart and Use o f Animais.5a. (1998).         http: //www.      assim como cursos de pós-graduação.      encontram-se descritos os princípios norteadores para o trabalho e o cuida      do com animais de laboratório. H. Ethical principies in the conduct o f research with human participants. A. H.) Experimental Analysis o f Behavior .      APA (1992).. (1974). estabelecidos pela American Psychological      Association (APA). I. Iversen e K. CA: Brooks/Cole. N. a APA também estabelece princípios      éticos a serem seguidos (APA. N.         Belmont.A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          condições adequadas de saúde e higiene etc.Exercícios de laboratório em Psicolo         gia. 1999).html. 47.                REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS      APA (1999. C.      LANE. Curitiba: Editora da UFPR. os transcreveremos neste manual. New York.apa. estão elaborando um código de      ética para regulamentar o trabalho com seres hum anos em pesquisas de      campo e de laboratório.org/sdence/anguide. 15 9 7 -16 11. (1991). M. H. Em relação a      estudos e pesquisas com humanos. A. Edição. 1992). instruções fornecidas.      GUIDI. P. A. Diversas sociedades científicas e profissionais.Part I.         American Psychological Association. Em I. Lattal         (Orgs. L. B. A. e BEM. Análise Experimental do Comportamento:         Manual de laboratório . A laboratory manual for the control and analysis of behavior. São Paulo: Edart.      GOMIDE. Elsevier.                LEITURAS RECOMENDADAS      ATOR. D. (1965). No Anexo 2. e WEBER. . No Brasil existe um código de ética para a atuação      profissional do psicólogo.           Os exercícios de laboratório com ratos e humanos apresentados neste      manual levam em consideração os princípios éticos existentes.Subjects and instrumentation. procedimentos empre      gados etc. Por serem menos conhecidos os princípios éticos para      o trabalho com animais. novembro). e todas as pessoas que venham a estar envolvidas de alguma      forma com estes exercícios deveriam igualmente assum ir o compromisso      de respeitar e divulgar tais princípios. no que se      refere às variáveis estudadas. D. American Psychologist. porém esses são mais conhecidos e      dispensam transcrição. e BAUERM EISTER.  evitando-se condições estres- santes para estes. deve haver um bioterista especialmente treinado para o exercício desta função. o que pode levar a um m anuseio inadequado que cause desconfor to ao animal.     Por motivo de higiene e saúde. preferencialmente. no biotério deve ser proibido o consu mo de alimentos e bebidas. Contudo. seria recomendável que luvas de borracha fossem utilizadas durante a lim peza de gaiolas de anim ais e de bandejas de detritos. Um deles refere-se à localização do biotério que.Breve nota sobre a manutenção de um biotério de ratos     lgun s cuidados especiais devem ser tom ados com relação à m a n u  tenção de u m biotério para ratos e aos cuidados para com esses sujeitos experim entais. o transpor te dos anim ais pode ser feito rapidamente. A ssim . Tam bém por razões de saúde dos anim ais e das pessoas que entram em contato com eles. deve estar próximo do laboratório. todo biotério deve estar sempre sob a responsabi lidade e supervisão de um docente. Tam bém para evitar o estresse dos anim ais. os locais onde estes permanecerem algum tempo (no laboratório ou no biotério) devem ser silenciosos e arejados. Não é recomendável o uso de luvas de qualquer espécie no m anuseio destes anim ais pois estas dim inuem a sensibilidade de nossas mãos. .     Para o cuidado dos anim ais e a manutenção e lim peza geral do bioté rio. assim como deve ser terminantemente proi bido fumar.  Não recomendamos bicos de vidro uma vez                              que esses quebram-se com facilidade. o que os torna m ais ativo à                              noite. cuja composição básica é balanceada (milho. os animais adultos ficam normalmente acomodados em                              gaiolas individuais onde recebem água e comida. fósforo bicálcico. e umidade relativa do ar entre                              40 % e 70% .                                   A comida dos ratos deve ser balanceada. farelo de trigo. A troca de água das garrafas deve ser diária. adequada para mantê-los                              em condições saudáveis1. muitas vezes. ferindo animais e/ou quem os manu                              seia. carbonato de cálcio. Este arejamento deve ser feito por exaustores comerciais.                        A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D ÁTI C O                                       Condições ambientais do biotério                                    As dependências do biotério devem ser mantidas à temperatura                              ambiente entre 18 e 27 graus centígrados.                                      Alojamento                                    No biotério. O bio                              tério deve ter um bom sistema de arejamento do ambiente que garanta a                              troca de ar. têm alta sensibilidade à luz). dentro do biotério. tanto em sua intensidade (os ratos usados são                              albinos e. quer para a lavagem de garrafas de água e gaiolas. sob baixa luminosidade. farelo de soja. A água forneci                              da deve estar em garrafas plásticas de aproximadamente 200 ml de                              capacidade. marca PURINA. por exemplo). No entanto. esses podem ser de 14 e 10 horas. No biotério. os períodos de dia e noite (estes                              são. A luminosidade tam                               bém deve ser controlada. Os ciclos                              claro-escuro são um a variável muito importante em estudo de ritmos cir-                              cadianos. . para se ajustar aos trabalhos de                              um laboratório. A garrafa de água deve receber 0 mesmo número de identificação que                              consta da gaiola. de 12 horas de luz acesa intercaladas com 12 horas de                              luz apagada. quanto ao ciclo claro-                              escuro que determina. e deve ser tomada acessível aos animais através de bicos inseri                              dos na parte frontal das gaiolas. normalmente. é necessário haver pelo menos um a pia com                              água corrente disponível quer para higiene pessoal das pessoas que utili                              zam o biotério. farelo de arroz cru. prote-   1 Existe atualmente no mercado a ração comercial Labina. e guardada em reservatórios fechados. Os ratos são organism os noturnos. farinha de carne.                                   As janelas devem ser protegidas por persianas de alum ínio que pos                              sam manter 0 biotério livre de claridade excessiva. para evitar-se uma eventual propagação de doenças entre os                              animais. Cada gaiola deve ser clara                              mente identificada por um número em etiqueta metalizada. uma                              vez que as janelas devem permanecer fechadas para evitar a entrada de                              insetos e outros animais. sal e pré-mix) e enriquecida com vitaminas. portanto.  Nesse caso. pois. a sua gaiola deve                            ser lim pa e desinfetada antes de receber um novo animal. eventualmente. Esta forração deveria ser trocada                            freqüentemente (três vezes por semana seria o ideal).                            fungos e odores). por exemplo). seria bastante recomendável que os ratos recebessem periodicam en                            te suplem entos vitam ínicos (Vitagold. pois m ateriais porosos . As garrafas de   2 Autoclave é um equipamento que lava e esteriliza materiais em condições de pressão e temperatura elevadas. As gaiolas devem possuir chão vazado que permita                            que os dejetos caiam em um a bandeja logo abaixo. o fundo da caixa é forrado                            com serragem de madeira autoclavada2.                                     Higiene do biotério                                  U m fator muito importante para a m anutenção das condições sau                            dáveis aos anim ais é a higiene do biotério. A ração colocada no                            chão de um a gaiola fatalmente entrará em contato com urina e dejetos. é essencial que as bandejas de                            detritos localizadas sob as gaiolas sejam forradas com papel e que este                            seja trocado diariam ente. deve-se evitar colo                            car mais do que seis ou sete pelotas de ração por dia em cada gaiola.                            quanto mais espaço ocuparem.perm item o acúm ulo de sujeira e proliferação de bactérias. . os procedimentos de lim peza e desinfeção das suas                            gaiolas (e. Nesse caso.                            tornando-a inútil do ponto de vista nutricional). Quando um rato for eliminado. não perm anecendo                            em contato com o anim al.m adeira. Além da ração balancea                            da. No caso de haver animais doentes ou com suspeita de                            alguma enfermidade.                                 É recomendável que a ração que vai ser colocada nas gaiolas o seja em                            recipientes suspensos nas paredes laterais destas. por                            exemplo . das gaiolas próximas) devem ser executados                            com maior freqüência. Em m uitos biotérios. livre de um idade e de luz direta do sol (umida                            de e luz direta degradam os m inerais e vitam inas existentes na ração. as                            gaiolas são gavetas que se encaixam em estantes.                            Se o uso de um recipiente suspenso não for possível. am bas de aço inoxi                            dável (a propósito. estas devem ser lavadas fre                            qüentemente e banhadas em solução desinfetante (Obanol ou Marcosol)                            diluída em água.                                 Existem biotérios em que os ratos ficam alojados em caixas de poli-                            propileno com fundo não vazado.                                 Quaisquer que sejam as gaiolas usadas. dentro de um biotério é recom endável que o m obi                            liário seja sem pre de metal. tanto m aior a probabilidade de serem                            contaminadas. principalm ente                            quando submetidos a períodos longos de experimentação (acima de oi                            to meses).BREVE N O T A S O B R E A M A N U T E N Ç Ã O DE U M B I O T É R I O DE R A TO S   51                                gida de outros anim ais.              A N E X O > .  Por isso. As informações referentes a cada . estes podem. para prom o      ver a adaptação dos animais que chegam ao novo local de alojamento. ser incor      porados ao biotério. de outros centros      de pesquisa ou de fornecedores particulares. antes. e animais      de diferentes espécies devem estar em salas separadas. livre de      m anuseios.caso haja condições físicas e pessoas habilitadas para isso. geralmente.            O biotério. portas e janelas do biotério devem ser lavadas com produto      bactericida. idealmente.            U m a vez por ano. aquisição. todas as gaiolas devem ser esterilizadas e as      paredes. assim como os recipientes de comida devem também      ser lavados e desinfetados.. Caso sejam encontrados animais nessas      condições. é um local em que as zoonoses encontram-se      controladas.                Criação. é aconselhável deixá-los cerca de cinco ou      seis dias em adaptação ao novo ambiente (sala de quarentena). logo após a chegada de ratos pro      venientes de fornecedor externo. além de outros eventuais fatores mais      específicos (sazonalidade do fornecedor.            Quando for necessário introduzir no biotério animais vindos de fora. caso isso seja necessário. eles não devem ser usados como sujeitos experimentais. por exemplo). então. deve-se      examinar os animais procurando-se verificar ocorrências de anomalias      físicas bem como de doenças.      Após terem passado pela quarentena e ter-se garantido que os animais      recém-chegados encontram-se saudáveis. como o início do semestre letivo.            No período que inicia a quarentena. o período de quarentena ou      adaptação ao biotério (veja abaixo). A entrada de ani      m ais estranhos ao biotério deve ser terminantemente proibida. Passado esse período. quarentena             Os ratos albinos usados em laboratório podem ser criados no próprio      biotério . e      para submetê-los a um tratamento preventivo. A quarentena é importante      para prevenir que os animais que chegam tragam doenças. os ratos devem ser pesados e esta informação anotada ao      lado de seu núm ero de identificação. com água e comida à vontade. a idade que os animais      deverão ter (10 0 -120 dias) no início das aulas. passar por um período de isolamento (quarentena).      estes deverão.      em um a sala específica para esta finalidade. Quando adquiridos externa      mente.A ANÁLI S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T O R I O D I D Á T I C O          água e seus bicos.            A seguir. ou podem ser adquiridos externamente. deve-se tomar um especial cuidado em relação ao      contato dos anim ais do biotério com animais externos. um a      vez que a criação de animais para pesquisa exige conhecimentos técnicos      . eles deverão ser encomendados com antecedência considerando-      se vários fatores.  pode ser tratada com              soluções de Neguvon diluído em água. Cuidado deve ser              tomado para não molhar o focinho.                                       Núm ero de identífícaçao dos animais e seus pesos                  Data        01        02         03         04          05          06         O bservação                        A saúde dos animais                     A manutenção adequada do biotério previne o surgim ento de enfer              midades nos animais. Um modelo de folha de pesagem para uso diá              rio é apresentado abaixo. data de chegada ao biotério (caso              tenham procedência externa). um              tratamento para essa doença. Ao pri              meiro sinal de anormalidade.              é a labirintite.A N E X O 1 . deve-se solicitar ajuda especializada. as pessoas que m anuseiam os anim ais devem estar              atentas ao comportamento e ao estado físico geral dos m esm os. com a ajuda de um algodão. porém rara. Esta solução deve ser aplicada na              região da pele afetada. corrimento nasal e respiração obstruída..devem ser anotadas              em um diário de biotério.origem. O animal passa a andar com a cabeça inclinada lateralm en              te.              A prevenção da sarna requer a manutenção da lim peza no biotério.doença de pele estreitamente correlacionada com am bien              tes sem higiene e com alimentação inadequada . e observações acerca do              desenvolvimento e eventuais problemas de saúde . pois não há. Expô-los a alterações bruscas de temperatura pode              facilitar o aparecimento de doenças respiratórias cujos sintomas freqüen              tes são espirros. urina e restos de alimento de um anim al não              entrem em contato com outro. os ratos devem receber              água e comida à vontade. É alta              mente recomendável que o biotério conte com serviços de um médico              veterinário com experiência no trato com estes animais. maior              cuidado para que dejetos.                    Como regra.               Este animal deve ser eliminado imediatamente. quando suspenso pelo rabo dobra-se formando um ângulo com este.                    A sarna . Durante a quarentena.BR E VE N O T A S O B R E A M A N U T E N Ç A O DE U M B I O T É R I O DE R A T O S                  rato . ainda. data da pesagem. data de nascimento.                                 Exemplo de folha de diário de biotério para                               controle de peso e do estado geral dos ratos. de rápida propagação.                    Um a doença altamente infecciosa. a execução do procedimento de quarente              na. e o fornecimento de alimentação balanceada aos ratos. olhos e conduto auditivo dos animais. .  trabalharemos com privação                          de água. com seu medo. Quedas bruscas de peso podem indi                          car presença de enfermidades. em que as sessões                          experimentais ocorrem um a ou duas vezes por semana. pois. seus                          pesos devem ser registrados. pegar o animal pelo cangote. 0 m anuseio é um a oportunida                          de para um a inspeção do estado geral de saúde dos ratos. por meio do controle do peso. diante de um animal agressivo.                    A A N Á L I S E D O C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                                    Controle de peso dos animais                                 Durante sua estada no biotério. o esquem a de                          privação recomendável seria controlar o acesso dos anim ais à água dei                          xando-a disponível por apenas 15 minutos diários. pelo menor tempo possível (e nunca                          para transportá-lo). como se pega um gato. os ratos devem ser pesados diaria                          mente. a                          pesagem diária é um controle experimental. pela sua mansidão. Durante períodos de experimentação. Algumas dessas formas são. No diário de biotério. Isto não deve ser feito pelo aluno. Ratos que estejam muito agressivos e que apresentem                          dificuldades de manuseio podem. provocar reações de ataque por parte                          desses animais. deve chamar o professor3.                                Se a natureza das manipulações experimentais exigirem. Nesses   3 Recomendamos que fora do período de aula o professor e/ou o bioterista manuseiem adequadamente o animal para que ele volte a seu estado de mansidão. Com isso. Além disso. entre                          outras. pelo                          m enos.                                Após os exercícios.                          algum aluno pode. o que facilitará mais                          tarde o trabalho dos alunos. 50 minutos.                                    Manuseio dos animais: Informações adicionais                                 Cinco ou seis dias após a chegada dos animais ao biotério. Para ratos utilizados em laboratório didático. Contudo.                          Ratos albinos foram selecionados no mundo inteiro como sujeitos experi                          mentais ideais. pode-se                          acompanhar a saúde dos animais. ser pegos pelo rabo. em regime de priva                          ção. de preferência nos m esm os horários. enquanto durar o experimento. entre outras características. os anim ais acostumam-se a                          ser manipulados e ficam mais m ansos e dóceis. os anim ais devem ter livre acesso à água por. Nos exercícios propostos neste manual. ou pelo rabo.                                Formas inadequadas de se pegar o rato provocam desconforto e agres                          são e devem ser evitadas a todo custo.                          que. Nas 24 horas que ante                          cedem 0 início das sessões experimentais os anim ais não devem receber                          água (recomendamos o aumento desse período para 36 horas antes da                          sessão de modelagem). é recom en                          dável iniciar seu m anuseio diário. . o animal                          deverá permanecer.  é importante. o rato costuma              ficar menos agitado. enquanto o professor corrige erros de manuseio              e apresenta modelos adequados. enquanto ele é mantido              firme. colocando-o              na palma da mão ou no braço. Após apresentar o rato albi              no para a classe. o professor demonstrará como manuseá-lo corretamen              te. nunca pelo meio ou pela extremidade.A N E X O 1 . ter a oportunida              de de pegar seu animal. para que se evite quebrar o rabo do animal e machu              cá-lo ainda mais. Com essa segurança extra. explicando detalhadamente a maneira adequada de pegar e transportar              esse animal.BREVE N O T A S O B R E A M A N U T E N Ç Ã O DE U M B I O T É R I O DE R A T O S                  casos.                    Recomendamos que antes de os alunos começarem a trabalhar com o              animal experimental o professor reserve um dia para ensiná-los a forma              correta de pegar e transportar esses animais. Um a dica para              facilitar o manuseio do animal é dar-lhe apoio para as patas. Cada aluno individualmente deveria. procurar segurar o animal pela parte do rabo mais próxi              ma ao corpo. então. junto ao corpo. . preso pela outra mão.  Se a natu                                 reza de um estudo requer a sobrevivência do animal. I962.   Os cuidados pós-operatórios dispensados a anim ais devem m inim i                                 zar seu desconforto durante a necessária convalescência. adotando-se                                 para tanto práticas aceitáveis. devem ser utili                                 zadas técnicas adequadas para evitar infecções.   1 Texto traduzido do original “Guiding principles for the humane care and use o f animals” .   Procedimentos cirúrgicos devem ser feitos sob anestesia adequada.                            4.                            2. Um a pesquisa que submeta anim ais a desconforto deve                                 ser conduzida apenas se o pesquisador estiver convencido de que tal                                 desconforto é necessário. American Psychological Association. Se o estudo não                                 requer a sobrevivência do animal. elaborado pelo Comittee on Precautions and Standards in Animal Experimentation.                                 sendo que os procedimentos m ais invasivos devem ser realizados sob                                 anestesia geral. desconforto aos anim ais expe                                 rimentais.                                 e condições ambientais higiênicas.   Os cuidados e a alimentação de todos os anim ais experimentais                                 devem ser feitos de acordo com práticas de laboratório aceitáveis e                                 devem levar em consideração conforto físico. ao final da cirurgia.                                                                                                       AN EXO                                                                                                               2                            Princípios norteadores para                            o trabalho e o cuidado com                            animais de laboratório1                                1.                            5. na medida do possível. e a importância da pesquisa o justifica.   Deve-se evitar. sob anestesia local. . e os menos invasivos.   Todos os anim ais submetidos à experimentação devem ser adquiri                                 dos dentro da lei. tratamento respeitoso. este deve ser eliminado de um a                                 form a humanitária.                            3. sua manutenção deve ser feita estritamente de acor                                 do com as leis e regulamentações locais e federais.  quer visando                                        sua formação quer o avanço da ciência.                                  8. a respon                                        sabilidade de sanar a situação e evitar que ela se repita.    Violações das regras acima devem ser imediatamente comunicadas                                        ao responsável pelo laboratório.P R I N C Í P I O S N O R T E A D O R E S P AR A O T R A B A L H O E O C U I D A D O C O M A N I M A I S DE L A B O R A T Ó R I O                                      6. se                                        assim considerar necessário. bem como. a quem cabe.    U m a cópia dessas regras deve ser afixada em todas as salas em que                                        estejam alojados anim ais e onde sejam conduzidos experimentos                                        com animais. por sua vez.                                  7. . de comunicar a outras autoridades ad                                        ministrativas o ocorrido.                                        As regras para a condução desse tipo de trabalho devem ser as m es                                        m as para a condução de pesquisas.    No caso de anim ais serem utilizados por estudantes.A N E X O 2 . seu trabalho deve ser super                                        visionado diretamente por um professor ou pesquisador experiente.                          mas. é o laboratório. Como                         estamos trabalhando com seres vivos.                              Para estudarmos o comportamento dos organism os não hum anos na                          situação controlada de laboratório. luzes intensas. odores fortes são alguns exemplos de inter                         ferências que não devem existir em um laboratório. . Um ambiente onde deva                          ser possível manipular. As caixas operantes caracterizam-se por serem suficiente                          mente sim ples e por permitirem que as unidades mais básicas da relação                         funcional entre as ações do organism o e seu ambiente sejam evidencia                         das. estuda-se o comportamento operante. 1938). movimentação. F. a Análise Experimental do Comporta                         mento faz uso de equipamentos muito particulares da área. caixas                         operantes1. Skinner. seu idealizador. as chamadas                         caixas de estudo do comportamento operante ou. Nelas.                         calor ou frio. deve ser feito em um ambiente especial. Esse local. em I938). sim plesm ente. as variáveis que                         fazem parte do estudo do fenômeno de nosso interesse. suas leis e seus princí                         pios. excesso de ruídos. sistemática e planejadamente. o estudo científico desse comportamento.                                                                                                  6                                Onde trabalhar:                                O ambiente experimental                             estudo do comportamento pode e deve ser feito em qualquer situação. o local que serve como laboratório                         deve ser livre de interferências indesejáveis aos nossos estudos. que é o comportamen                         to que opera sobre o ambiente modificando-o e que é modificado pelo                         resultado dessa operação sobre o ambiente (Skinner. tipica                         mente. De modo geral.     1 As caixas de estudo do comportamento operante são também denominadas caixas de Skinner (uma referência a B.    Barra de respostas                   11. Argola     3.                                   sons. e as variáveis relativas às ações dos organis                                   m os são medidas em função das nossas manipulações no ambiente. No                                   interior de um a caixa de condicionamento operante. do tipo mais                                   freqüentemente encontrado no Brasil2.   Porta e teto transparentes            7.   "Concha” d'agua                                12.   Unidade de controle do bebedouro               14.   Lâmpadas     5. as caixas operantes permitem a identificação.   Fio de energia elétrica              10. Alto-falante     2. seguem o protótipo das caixas norte-america     nas dos anos 6o. A Figura V I-1 ilus                                   tra um a caixa de condicionamento operante para ratos.   Mecanismo do bebedouro                     intensidade luminosa                                                             | FIGURA VI-1|            Caixa de condicionamento operante para ratos contendo acessórios que podem fazer parte            do equipamento utilizado em práticas específicas descritas neste manual. Cronômetro     4.) e para a mensuração dos efeitos que essas m ani                                   pulações têm sobre o comportamento dos organismos.   Bandeja de detritos                   8. o con                                   trole e a manipulação de variáveis experimentais.São Paulo. originalmente fabricadas pela FUNBECC .   Assoalho engradado                    9. há recursos para a                                   manipulação de eventos ambientais (apresentação e retirada de luzes. água etc. comida. as variáveis                                   ambientais são m anipuladas.   Reservatório d'agua                            13. .         1.       2 Estas caixas. Em geral.   Unidade de controle da     6.■                              A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                           Por constituírem um ambiente relativamente sim ples para o estudo                                   do comportamento.  Na situação de                           repouso. quando sofre um a                           força em sua parte superior. que são de material transparente (vidro ou acrílico) e permitem                           observar o anim al (Item 1 na Figura VI-1).                               Quando estudos envolvem o comportamento humano. seja claro. mas exigem um a filmadora ou um                           observador hum ano. sua latência. que não seja ambígüo                           quanto à sua ocorrência.                              ONDE TRAB ALHAR : O AMB IENTE EXPERIMEN TAL                                   Um a caixa de condicionamento operante padrão tem as dimensões                           aproximadas de 25. de metal (aço anodisado fosco ou alumínio) exceto a porta e o                           teto. à disposição do animal.0 cm. sua força. A depender da espécie de organis                           mo estudada.0 cm x 20 . ou                           “bicar” . no caso da barra dos ratos. é um disco de acrílico iluminado. Em caixas de ratos. inclina-se.                               Em um a caixa operante. apontar e clicar com o mouse ou um joystick. Suas paredes laterais são. localizado na parede                           lateral da caixa. tais como. tocar o                           monitor de vídeo equipado com um a tela sensível ao toque etc. gesticular etc. por sua duração. sua forma. Alguns componentes das caixas ope                           rantes dependem de energia elétrica para funcionar.0 cm x 20 . de modo que os dejetos dos                           anim ais passem por entre as barras (Item 2) e se depositem em um a ban                           deja localizada logo abaixo (Item 3). sua fre                           qüência etc. e um a variedade de respostas pode                           ser empregada. . por exemplo. no caso dessas respostas. Em caixas de pombos. este manipulando tem form as e m ecanism os de atuação                           diferentes. a caixa                           operante precisa ser conectada a um a tomada elétrica (Item 4). manipulandum (plural: manipu- landa) e operandum (plural: operando). 4 Com equipamentos tecnologicamente avançados. a função de qualquer manipulando é dispo                           nibilizar ao organism o a possibilidade de emitir um comportamento que. em latim. como falar. o principal manipulando é um a barra                           situada a cerca de 6 cm do assoalho da caixa (Item 5).                              As ações de um organismo vivo podem ser medidas de diferentes                           maneiras. usando um computador. olhar. Outras                           respostas podem ser registradas. Por isso. e que possa ser facilmente mensurado. o m anipu                           lando. bem definido. encontra-    J Outros termos usados para se referir ao manipulando de respostas são. O chão da caixa é formado por                           barras cilíndricas dispostas paralelamente. a barra mantém-se paralelamente ao chão. um                           ou m ais m anipulandos3 de respostas.                           em geral.4. onde os pombos podem bicar. A caixa operante é construída para avaliá-las em termos de                           sua freqüência de ocorrência.                               No interior de um a caixa operante existe. hoje em dia é possível registrar respostas que não têm efeito mecânico sobre o ambiente tal como. pressionar diferentes                           teclas do teclado. no caso do disco dos pombos) são derivadas do tipo de m ecanis                           mo do m anipulando empregado que.                           para o experimentador. Tais                           características da resposta (“pressionar”. em geral. um a saleta é                           usada como ambiente experimental.  enquanto o m anipulando é mantido presssionado.   5 Um micro-interruptor é um a pequena chave eletromecânica situada do lado de fora da caixa que. o m ecanism o elétrico passa m omentaneamente ao estado                          ligado. Nas caixas operantes de ratos.                     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                              se acoplado a um micro-interruptor5 (Item 5 na Figura VI-2). acende e apaga uma lâmpada. quando mecanicamente acionado. um a função atribuída ao                          micro-interruptor ligado à barra de respostas é controlar o acionamento                          do m ecanism o do bebedouro (Item 6 na Figura VI-i). Em sua posição normal. Porque se                          trata de um componente mecânico. A função básica deste micro-inter                          ruptor é atuar como um a chave liga-desliga.  Unidade de controle do                                            bebedouro                                        5. . ele mantém-se                          no estado ligado. desligado.  Barra de respostas                                       2. Solenóide                                                     \ FIGURA Vl-2|     Mecanismo de acionamento do bebedouro em visão frontal detalhada.  Reservatório d'água                                       4. liga um mecanismo elétrico.  “Concha" d'água                                       3.                          Quando é acionado por meio da resposta do sujeito ao manipulando den                          tro da caixa. o acionamento do micro-interruptor                          é acompanhado por um clique sonoro. Uma chave com uma função semelhante a um micro-interrup- tor é o interruptor de luz que. sob efeito de uma força mecânica.                                           1. Micro-interruptor                                        6. este                          componente mantém o m ecanism o elétrico a ele conectado.    ONDE TRABALHAR : O AMBIENTE EXPERIMENTAL         Nas caixas operantes. Figura VI-2). e enquanto ela lá permanecer. ruído sonoro gerado pelo acionamento do micro-interruptor. quando o bebedouro é desativado. colocada a chave na posição M. basicamente. tem efei tos importantes sobre o comportamento dos sujeitos. o acionamento do bebe douro permanecerá no modo automático.     As caixas operantes devem possibilitar duas form as de ativação do bebedouro. tornando a água acessível ao rato. A ativação do bebe douro é acompanhada por um ruído sonoro que. quando energizado pela corrente que deixa passar o micro- interruptor. Figura VI-2).     O m ecanism o do bebedouro localiza-se na parte externa da caixa operante. o bebedouro permanecerá des ligado (D). Assim . elas podem variar em alguns aspectos de sua aparência. Um a delas é aquela acima mencionada. isto é. enche a “concha” com água e. pelo animal. encaixando-se na abertura do chão da caixa. porém esta quantidade pode variar em diferentes caixas a depender do fabricante. de um a gota d’água produzida pelo acionamento do bebedouro. Esta concha é acessível de dentro da caixa operante através de um a pequena abertura no chão da caixa experimental. e acionamento do bebedouro). Este pistão está ligado a um a haste a qual é. o braço do bebedouro m ergulha m omentaneamente no reservató rio. como conseqüência. Quando o bebedouro é ati vado. por meio de um a resposta de pressão à barra.     A chave de controle externo do bebedouro pode ser colocada em três posições. Se colocada posição “para cim a” (A). a gota d’água fica à disposição do rato. Figura VI-2). Abaixo da haste há um reservatório de água (Item 3. no interior da caixa. Figura VI-i e Item 2. como se verá. retorna à posição anterior. há um a peque na “concha” (Item 7. Por exemplo. Se colocada na posição central. Na extremidade desta haste. o bebedou ro permanecerá mergulhado no reservatório de água. a maio- . no interior da caixa. ao passar para a posição A ou D. Outra form a de acionamento do bebedouro se dá externamente pelo experi mentador pelo acionamento de um a chave na unidade de controle do bebedouro (Item 9. Entre as alterações ambientais derivadas da resposta de pressão à barra. O tamanho desta concha é variável. O ideal é que ela comporte de 0. a principal delas é a apresentação.02 a 0 . então. Desse modo. respostas de pressão à barra emitidas pelo rato produzem. Figura VI-i e Item 4. a haste do bebedouro voltará à sua posição norm al e a “concha” cheia de água se elevará até o chão da caixa operante.     Existem diferentes modelos de caixas operantes e.0 6 m l de água. ocorrerá cada vez que a barra no interior da caixa operante for pressionada. Se colocada na posi ção “para baixo” (M). movimenta um pistão. movimentada. por isso. alterações ambientais (deslocamento da barra. É composto. o acionamento do bebedouro será m anual. isto é. por um solenóide (Item 6 na Figura VI-2) que.  Figura VI-i). ou fre    qüências (Item 12.        Além das caixas operantes que fornecem 0 ambiente experimental    com que vamos trabalhar. fazem parte do material necessário para a rea    lização dos exercícios propostos neste manual. o    qual.        As caixas de condicionamento operantes de ratos. os sons de um a caixa    podem interferir em outra e vice-versa.        Em algumas caixas operantes. planilhas de registro de . pode haver outros m anipulandos. já foi dito. em qualquer    caixa operante você irá encontrar as m esm as características funcionais    básicas.        Em relação aos estím ulos lum inosos. é possível empregar estímulos sonoros    de diferentes naturezas (som contínuo e pulsante). A barra de respos    tas.    podem também possibilitar a apresentação de outros eventos em seu    interior. você    pode utilizar um relógio que seja de fácil leitura e que marque segundos. No entanto. Os valores interm ediários 2 . a lâm pada se    acendará com a m enor intensidade possível. a    m aior intensidade.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        ria é fabricada em alumínio. que o rato pode tocar ou passar pelo seu interior    (Item 13. em um laboratório didático    em que mais de um a caixa é usada ao m esm o tempo. Por isso. Alguns laboratórios usam um    cronômetro (Item 14.        No interior da caixa.    m as todas efetuam as m esm as operações matemáticas básicas. a argo    la não é conectada ao bebedouro. Estes eventos são. Variam-se os modelos. as caixas operantes podem ter    um a lâm pada presa externam ente a seu teto (Item 10 . m as algum as são de aço. é retangular e achatada. apertando-se o botão 5. comprometendo os exercícios de    todos. além da barra. Apesar    das diferenças que possam existir entre diferentes modelos. 0    controle manual externo do bebedouro (M) deverá ser usado.    Figura VI-i). é cilíndrica. A argola é colocada no centro da caixa por uma    fixação no teto à qual fica dependurada. Figura VI-i).    será necessário contar a passagem do tempo. a não ser que se garanta um adequado isolamento acústi    co. para isso. respostas à argo    la podem ser conseqüenciadas por um a gota de água mas. é transparente.    tal como um a argola. em outras. A caixa de controle padrão possui cinco botões    (geralmente num erados de 1 a 5). Figura V I-i). Caso seja de interesse. 3 6 4 geram intensida    des interm ediárias. Por m eio de um a caixa de controle que    altera a resistência da corrente elétrica que passa pela lâm pada (Item 11. além de contarem    com um a barra na qual respostas produzem a apresentação de água. estímulos lum inosos ou sonoros. Caso o seu não disponha de um. Apertando-se o botão 1. intensidades.    O m esm o acontece em relação a um a calculadora. Diferentemente da barra. em geral. o uso de sons como estímulos é desaconselhado nesses laboratórios. pode-se gerar lum inosidade em diferentes intensidades    no interior da caixa.        Para a realização de alguns exercícios propostos no presente manual. Figura VI-i). em alguns modelos.  disponíveis comercial                                   mente. e o compu                                   tador. repassa as instruções. Acreditamos que. o aluno observa mais atentamente o                                   comportamento do m esm o e entra em contato direto com as contingên                                   cias experimentais e os efeitos da manipulação das variáveis ambientais                                   sobre o comportamento do organismo. Informações complementares.                                             Existem caixas de condicionamento operante...                                          No Anexo 3 você encontrará notas adicionais sobre o equipamento                                   básico de condicionamento operante.                     N E de pressões à barra                            Freqüência   Freqüência          Ns de                                                                                  absoluta    acum ulada         reforços      1                         X X X ///X / / X X // / // / X X X                    20           20                  9       2                         //////X ///X //X ////X ///                            22           42                  4       3                         ! 11X1 í i 111IX X X I11X11111                        23           65                  5       4                            /1/X/// / X/X/ / ÍXI I I/                          1?           84                  4       5                         ///X //////X //X /X X /////                           22           106                 5       6                          X X X / / 1X11X I I X ! 1111! 1                      20           126                 6       7                                                                               . aconselhamos que os professores auto                                   m atizem apenas parcialmente a coleta de dados e m antenham o registro                                   manual. por sua vez.. Nas caixas operantes computadorizadas. no entanto. ao controlar as contingências na caixa e ao                                   registrar as respostas do animal. O experimentador dá a instrução ao                                   computador sobre a tarefa que este deve executar (programa).                . nas quais a manipulação dos eventos ambientais é feita por meio                                   de um computador ligado à caixa.          .                                   Para fm s didáticos. Nas planilhas de registro iremos m arcar as ocorrên                                   cias do comportamento de interesse..  Data:      /       /                                         Anim al Ne                      Privação:    h         _______ Aluno:  Prática: Início:        h       min                                  Fim:    h     min                Duração:         min     M in . sob a form a de sinais elétricos.                                         ONDE TRABALHAR : O A MBIENTE EXPERIMENTAL                                       dados (Figura VI-3). in- .                                   à caixa..                                                                      | FIGURA Vl-3| Modelo de uma folha de registro semelhante às que serão usadas para coleta de dados nas práticas de laboratório descritas neste manual. a ocorrência de determinados even                                  tos ambientais. e a passagem do tempo.. o registro do comporta                                   mento do animal também pode ser um a tarefa atribuída ao computador.  New York: Appleton-Century-Crofts. A.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        cluindo a descrição de equipamentos utilizados m ais freqüentemente em    laboratórios de pesquisa (registrador de respostas acumuladas. Experiments in operant behavior. (1991). Iversen e K.    SKINNER. Em I. A.Part I. New York: Elsevier. .) Experimental Analysis o f Behavior . F. caixas de    condicionamento para pombos. (1938). B. “ Subjects and instrumentation”.           REFERg N C|A5 BIBLIOGRÁFICAS     ATOR. N. entre outros). New York: Appleton-Century-        Crofts. (1967). H. você poderá encontrar mais    informações em Ator (1991) e Reese (1967). P. The Behavior of Organisms. Lattal        (Orgs. E.    REESE.  sua lim peza deve ser feita com um a esponja de aço. o interior da caixa.                               As caixas também devem passar por uma vistoria periódica para se detec                           tar qualquer mau funcionamento das mesmas. Especial cuidado                           deve ser dado à lim peza das barras que constituem o chão da caixa expe                           rimental.São Paulo.                           Aos leitores interessados em adquirir equipamentos. são bem mais sofisticados que os nacionais. . Isto é especialmente importan                           te de ser feito antes do início do semestre letivo.                           um a certa quantidade de limo poderá se formar. contando                           por vezes com recursos que os tomam aptos para a realização de pesquisas. Mello Moraes.05508-900. O papel toalha que forra a bandeja de dejetos deve ser                           descartado e a bandeja deve ser lavada diariamente. as caixas de condicionamento operante deverão ser lim                            pas e higienizadas.                               Existem fabricantes nacionais e estrangeiros de equipamentos para estu                           do do comportamento operante. as paredes e as barras cilíndricas que com põem o chão da                           caixa devem ser lim pos com sabão neutro ou álcool. O reservatório de                           água sob o bebedouro deve ser esvaziado e guardado seco. como na parte inferior das barras.                                                                                                  AN E XO                                                                                                          3                           Notas adicionais sobre                           o ambiente experimental                     A       pós a utilização. SP . o bebedouro. caso contrário.                               Periodicamente. O mecanismo de bebedouro                           das câmaras operantes freqüentemente apresenta desajustes mecânicos gera                           dos pela sua própria utilização . os m anipulandos                           de respostas. colocamo-nos à disposi                           ção1 para indicar aqueles que recomendamos e aqueles que sugerimos evitar. normalmen                           te computadorizados. Av. O aperto de parafusos que prendem a barra de respos                           tas é um outro item que deve ser freqüentemente revisado.a propósito. que deve                           ser passada tanto na parte superior. Em                           geral. Departamento de Psi cologia Experimental. Os equipamentos estrangeiros. Prof. os ajustes necessários no equipamento são feitos regulando-se a pressão                           de parafusos e porcas. todo laboratório deveria contar                           com ferramentas básicas como chaves de fenda e alicate de ponta e corte. I72I .   1 As pessoas interessadas podem enviar correspondência para o Instituto de Psicologia USP.  tendo em vista determinadas características da situação. 10/30=0. medidas. ajudando-nos a prever e possivelmente a controlar o fenôm eno de interesse. Algum processamento das medidas brutas pode ser necessário ou para “cor rigi-las” .     As observações feitas e suas medidas são denominadas dados brutos. no início do ano letivo. Se as duas professoras trabalharam com classes de 30 alunos.      Como informar sobre      o trabalho realizado        Contando e processando a contagem      Qualquer form a de conhecimento científico só avançou significativa mente. em si nada significam . antes de m ais nada. Eu preciso verificar. como que o evento. . por meio de procedimentos confiá veis que garantam tanto que a contagem efetuada seja verdadeira. ou seja. ou para torná-las comparáveis a outras medidas em diferentes situações. mas. se a prim eira trabalhou com um a classe de 30 alunos e a segunda com um a classe de 20 alunos.                                                                     7      Como medir e como      representar a medida. então a prim ei ra realmente reprovou m ais do que a segunda (15/30=0. sendo contado. se esses alunos tinham. quando suas observações puderam ser quantificadas.33) e pode ser considerada mais ineficiente. com quan tos alunos cada professora trabalhou e.50. isto é. Por exemplo: se um a professora de inglês reprova 15 alunos e outra reprova apenas 10. repertórios comparáveis. em segundo lugar. contudo. seja de fato aquele que estamos tentando estudar e compreender. que núm eros são representações dos eventos. não posso sim plesm ente concluir que a prim eira é m enos efi ciente que a segunda. É preciso ter claro. precisam ser obtidos de form a aceita pela comunidade científica. A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O     então eu devo concluir que ambas reprovaram um núm ero igual de alu                           nos (15/30=0,50; 10/20=0,50) e são igualmente ineficientes. Este proces                            so de “levar em consideração o núm ero total de alunos em cada classe”                           representa um a correção dos dados brutos em relação ao núm ero de alu                           nos reprovados; e é um processamento necessário para tornar esses                            núm eros comparáveis. Um a medida processada é denominada sim ples                            mente dado, ou ainda resultado.                               U m outro exemplo de processam ento da m edida da eficiência das                            professoras de inglês deveria levar em conta a possível diferença no                            conhecimento de inglês que os alunos de cada classe já possuíam no in í                            cio das aulas. Se os alunos de um a das turm as estivessem muito mais                            avançados que os da outra turma, e possuíssem muito m ais conheci                            mentos da língua inglesa do que essa outra turma, eu deveria levar isso                            em conta no m eu cálculo das notas desses alunos. Eu poderia conside                            rar as notas em um pré-teste inicial e em um pós-teste final; m inha                            medida de eficácia seria, então, o índice de m udança de um teste para o                            outro, e não sim plesm ente o valor absoluto na prova final. Com esta                            consideração, a m inha medida de desem penho fm al teria sido corrigida                            pelo nível de entrada dos alunos, o que torna, agora, os resultados des                            tas duas classes comparáveis (evidentemente que, para efeitos de apro                            vação ou de classificação dos alunos, esta consideração não se aplica; ela                            se coloca apenas se eu pretendo avaliar a eficácia do método de ensino                            das duas professoras).                                 Um tipo de transform ação de medidas são as estatísticas descritivas.                            Elas são úteis para sum ariar um a grande quantidade de dados, e, por                            tanto, facilitam a comunicação dos dados quando estes são muitos                            (embora nem sem pre perm itam ver as relações funcionais existentes                            pois, ao sum ariar, elas agregam os resultados). Para m ostrar que esta                            tísticas são um a form a de comunicação, ou seja, um a linguagem , im a                            gine se eu perguntasse a um a classe de 4 0 alunos quantas horas                            gastaram no último fim de sem ana navegando pela internet, e quantas                            horas dedicaram ao estudo. M esm o que eu escrevesse as respostas na                            lousa, lado a lado, seria arriscado tirar algum a conclusão sobre elas.                            Mas se eu calcular a média, a mediana, e a moda destes nú m eros1 será                            m ais fácil um a comparação entre eles. Diante da possibilidade de calcu                            lar m édias, m edianas e modas, alguém poderia se perguntar: Mas por                            que três m edidas, não bastaria um a só? E nesse caso, qual delas? É reco                            m endável que, aqui, o aluno interrom pa esta leitura e reveja suas   1 Seria adequado que aqui o professor discutisse essas estatísticas como medidas de tendência central, isto é, como sumários que permitam caracterizar o desempenho geral de uma classe de fenômenos - horas na internet - , em comparação com outra classe de fenômenos - horas estudando para uma prova. COMO    MEDIR   E COMO    REPRESENTAR A MEDIDA. COMO           INFORMAR     SOBRE O TRABALHO        REALIZADO     noções de Estatística Descritiva, especialm ente aquelas relativas à distri                            buição de freqüência e a medidas de variabilidade2. A escolha de um a                            ou outra estatística depende da representatividade dessa m edida em                            relação aos dados brutos, isto é, depende da variabilidade desses dados.                            Em outras palavras, qual processam ento de m edida em pregar, depende,                            até certo ponto, dos próprios dados!                                 Outro tipo de transformação dos dados leva em conta certas peculia                            ridades das condições em que eles foram obtidos, como nos dois exem                             plos acima sobre as professoras de inglês. Se a um a criança forem                            apresentadas 10 palavras para ela decorar, e a outra criança, apresentadas                            15 palavras, não será possível um a comparação direta entre o desem pe                            nho destas duas crianças para decidir qual delas decorou mais palavras.                            A primeira criança tem um limite superior de 10 palavras (só poderá                            aprender até 10 palavras), enquanto a segunda tem um limite de 15 pala                            vras. Isso implica que seja necessário, de algum a maneira, relativizar                            esses dados brutos no que concerne à memorização, para torná-los com                             paráveis. A proporção entre o núm ero de acertos e o núm ero total de                            oportunidades de acertar (número de palavras decoradas dividido pelo                            núm ero de palavras apresentadas), ou porcentagem de acertos (o produ                            to do núm ero de palavras decoradas dividido pelo núm ero de palavras                            apresentadas, multiplicado por 100) representam o núm ero de acertos                            corrigido ou, m ais propriamente, relativizado, e é o índice de acertos que                            deve ser utilizado na comparação entre essas crianças.                                 Em Psicologia, este processamento de medida é dos mais com uns e                            valioso: a freqüência de ocorrência de um evento (ex: núm ero de alunos de                            inglês aprovados ou núm ero de palavras decoradas) relativamente à fre                             qüência total de observações efetuadas (número total de alunos na classe ou                            núm ero total de palavras apresentadas). Dizemos que esta proporção (ou                            freqüência relativa de ocorrência por oportunidade), sob certas condições,                            permite inferir sobre a probabilidade futura de ocorrência do evento que                            está sendo estudado. Como qualquer medida, ela está sujeita a um a série                            de erros e variações. Contudo, quanto m ais repetimos nossa medida do                            fenômeno, ou quanto melhores forem as condições sob as quais realiza                            m os essas medidas, m enos erros e m enos variações ocorrem; quando                            sucessivas medidas da freqüência relativa de um fenômeno atingem sua                            assíntota, dizemos que atingimos as condições para um a inferência con                            fiável sobre esse fenômeno.    2 O professor poderia rever com os alunos o cálculo e o significado da estatística desvio padrão. Ao discutir com os alunos quais as relações entre as três transformações (média, mediana e moda) entre si, e sobre qual delas infor ma melhor sobre os resultados da classe, o professor deve mostrar que essa segunda questão só pode ser respon dida analisando-se a medida de variabilidade. A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Um a outra medida relativa importante em Psicologia é o cálculo da    freqüência de ocorrência de um fenôm eno por tempo. Se eu observo uma    criança por 10 m inutos na escola e registro 10 ocorrências de comporta    mento de birra, e depois a observo em casa por 10 minutos e registro 25    ocorrências desse m esm o comportamento, eu devo ponderar m eus regis    tros pelo tempo de observação: 10 respostas/10 minutos = 1,0 resposta    por minuto; 25 respostas/10 minutos = 2,5 respostas por minuto. Ao pon    derarmos nossas medidas dessa forma, dizemos que calculamos a taxa    de ocorrência desses comportamentos.        Um a medida de ocorrência por oportunidade é um a medida discreta    do fenômeno de interesse. Em pregam os esta medida quando concebe    m os o fenôm eno de interesse como um processo descontínuo ou quan    do efetuamos m edidas esporádicas do fenômeno. U m a m edida de    ocorrência por tempo concebe o fenôm eno de interesse como um proces    so contínuo, ou seja, toma o comportamento como um a interação inin    terrupta entre organism o e ambiente. Esta segunda postura cam inha lado    a lado com o estudo de organism os individuais por meio de medidas    repetidas de um m esm o comportamento em um m esm o indivíduo (em    oposição ao estudo de um grupo de indivíduos como se fossem um a uni    dade, ou seja, por meio de medidas de um m esm o comportamento em    vários indivíduos).        O principal foco de interesse neste m anual é o estudo da aprendiza    gem, concebida como produto da interação do indivíduo com seu meio    ambiente. Podemos estudar e descrever processos de aprendizagem    observando e registrando mudanças na topografia das respostas de um    organismo. Por exemplo, quando registramos como um jogador de bas    quete atira a bola de diferentes maneiras, empregando diferentes partes    do corpo e diferentes grupos de m úsculos, podemos estudar a evolução    desses movimentos até atingirem um padrão mais ou m enos estável de    desempenho (ou, dentro de outros interesses, poderíamos estudar a rela    ção destes movimentos com a eficácia do arremeso do jogador, com sua    força, ou com seu gasto de energia etc.). Um a outra m aneira de m edir a    aprendizagem deste jogador seria em relação ao produto desses m ovi    mentos, isto é, registrando a diminuição no núm ero de erros ou o    aumento no núm ero de acertos (“cestas efetuadas”). A medida de erros    (ou de acertos) deveria ser relativizada pelo número de tentativas (ou seja,    deveríamos calcular sua freqüência por oportunidade), ou deveria ser    ponderada pelo tempo do jogador em campo (taxa da resposta). Um a    outra medida de aprendizagem seria quase que puramente temporal: a    latência ou o tempo que o jogador demora para passar um a bola (ou para    arremessá-la), após tê-la recebido. COMO   MEDIR E COMO   REPRESENTAR A MEDIDA. COMO      INFORMAR   SOBRE   O TRABALHO   REALIZADO     Representando a contagem  Dados podem ser representados como gráficos para um a apreensão                       m ais rápida de sua evolução e de suas tendências.                           Em qualquer estudo experimental, em geral se m edem mudanças                       no fenôm eno de interesse à medida que m udanças em algum outro                       fenôm eno ocorrem tam bém (em geral as m udanças neste segundo fenô                       meno são planejadas ou até m esm o provocadas pelo pesquisador. Em                       estudos ditos correlacionais, não m anipulam os e, freqüentem ente, não                       podemos controlar as variáveis independentes, e assim nos lim itam os a                       medi-las em suas variações. O problema é que, não manipulando-as,                       não podemos de fato dem onstrar se é X que afeta Y ou vice-versa, pois                       as m udanças em ambas, em geral, ocorrem paralelamente. Estudos                       experimentais caracterizam-se exatamente pelo fato de m anipularm os a                       variável que supomos causal, enquanto observamos (medimos) as                       m udanças que porventura ocorram no fenôm eno de interesse. Estudos                       experimentais dão m aior segurança na identificação de relações funcio                       nais entre eventos naturais.                           De qualquer modo, é praxe representar as medidas de mudanças nas                       variáveis estudadas, sejam elas correlacionais ou não, em gráficos de                       coordenadas cartesianas (é útil aqui que os alunos revejam suas aulas                       sobre funções matemáticas). Freqüentemente, a variável dependente (ou                       a de m aior interesse, no caso de estudos correlacionais), é representada                       no eixo vertical ou da ordenada, e a variável independente, no eixo hori                       zontal ou da abscissa. A cada valor da variável independente eu confiro                       para verificar qual foi a mudança produzida na variável dependente (ou,                       em estudos correlacionais, a cada valor de um a variável eu confiro o valor                       da outra) e assinalo o ponto de interseção nas coordenadas. As funções                       assim geradas podem ser representadas por um a linha unindo esses pon                       tos de interseção.                           Quando as diferenças entre um ponto de interseção e seu subseqüen                       te imediato são sempre zero, dizemos que a função é linear e a relação                       entre as variáveis estudadas é representada por um a linha reta. Quando                       as diferenças entre cada ponto de interseção e seu subseqüente são nega                       tivas, dizemos que a função é positiva; quando as diferenças são positivas,                       dizemos que são funções negativas. Isto é, conforme os valores assum i                       dos pela variável dependente (indicadas no eixo da ordenada) aumentem                       ou dim inuam em valor absoluto, dizemos que as funções são positivas ou                       negativas (ver curvas a/b /f e c/d/g, respectivamente, na Figura VII-i a                       seguir). Por outro lado, dizemos que essas funções são positivamente ou                       negativamente aceleradas, conforme o ritmo dessas mudanças (seu valor                       relativo) aumente ou dim inua (ver curvas a/c e b/d, respectivamente, na A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Figura VII-i abaixo). Nesse sentido, dizemos que as curvas f e g abaixo,                     têm aceleração constante, e a curva e tem aceleração nula (descubra você                     m esm o as razões dessas afirmativas).     i FIGURA V ll-l| Tipos de curvas simples representando diferentes funções.     Um a função pode, portanto, ser analisada quanto à sua linearidade                     (reta ou curva), quanto à direção de sua inclinação (positiva, quando o fenô                     meno aumenta; negativa, quando diminui; e de inclinação zero quando o                     fenômeno não muda), e quanto à aceleração de sua inclinação (isto é, a                     velocidade com que o fenômeno muda: aceleração positiva, quando muda                     progressivamente cada vez m ais depressa; aceleração negativa, quando                     este muda progressivamente cada vez mais devagar; aceleração constan                     te, quando o fenômeno m uda sempre por incrementos iguais, e acelera                     ção nula quando o fenômeno não muda).                         Todas as funções descritas e representadas até aqui apresentam um a  não                       importa a sua natureza) assum iriam as funções representadas pelas cur                       vas mostradas nas Figuras V II-1 e VII-2 e. Curva em U Invertido).COMO MEDIR   E COMO   REPRESENTAR   A MEDIDA. respectivamente (o                       reverso desta última. sociais. advinhe. Contudo. respectivamente. Aliás. alguns fenômenos podem apresentar um tipo de função                       no início de nossas observações e depois m udar para um outro tipo de                       função (por exemplo. serem positivamente aceleradas e depois m udarem                       para negativamente aceleradas. as curvas h e i. essas curvas                       têm nom es próprios. em seguida. se chama. Curva em S e Curva em U. . confira com o                       gabarito a seguir.                               Tente im aginar que fenôm enos (comportamentais. na                       Figura VII-2 a seguir). ou podem ser funções negativas que se                       transform am em positivas como.   COMO   INFORMAR   SOBRE   O TRABALHO   REALIZADO                           determinada tendência desde o início até o fim das observações efetua                       das. exatamente por causa disso.  para            depois passar por um período de crescimento cada vez mais lento até            quase não mais ocorrer. m onotôníca negativam ente acelerada.■     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   N O L A ß O K A T O RI O D I D Á T I C O                  G abarito das Figuras V II-1 e VI1-2           a) função não linear. de inclinação zero (paralela ao eixo da abscissa). para            ob ter moedas. Indica um fenôm eno que cresceu lenta            m ente em seus primeiros momentos. Ex: o            número de poltronas vagas em uma sala de cinema diminui com o fun            ção linear do número de ingressos vendidos para aquela sessão. negativa. positiva. à medida que a variável independente cresce            tam bém . m onotôníca negativam ente acelerada. positiva e em segui            da negativam ente acelerada. negativa. m onotôníca. Indi            ca um fenôm eno que diminuiu lentam ente em seus primeiros m om en            tos e depois cada vez mais rapidam ente à medida que a variável            independente cresce tam bém . em seguida mais rapidam ente. positiva.          h) função não linear. Ex: o número de roubos e assaltos com o função            do número de desempregados.          i) função não linear. . com o função do tem po despendido na tarefa.         f) função linear. positiva. bidirecional em U. Ex: o número de casos novos d e dengue            com o função do número de dias desde o primeiro caso observado. Ex: ao            abastecer o carro. m onotôníca positivamente acelerada.         e) função linear. Ex: fre            qüência de quadros por segundo apresentados durante a exibição de            um film e com o função da duração do filme.         b) função não linear. Indi            ca um fenôm eno que cresceu lentam ente em seus primeiros m om entos            e depois cada vez mais rapidam ente à medida que a variável indepen            dente cresce tam bém . Ex: a resistência a infecções com o função            do grau de anemia. Ex: o intervalo entre respostas de puxar uma alavanca. não-m onotônica em S.         d) função não linear.         c) função não linear. negativa. de aceleração constante.            Indica um fenôm eno que diminuiu rapidam ente em seus primeiros            m om entos e depois cada vez mais lentam ente à medida que a variável            independente cresce tam bém . positiva. de aceleração constante. passando depois por um período de quase não mudanças. Indi            ca um fenôm eno que cresceu rapidam ente em seus primeiros m om en            tos e depois cada vez menos rapidam ente à medida que a variável            independente cresce tam bém . negativa e em seguida positiva. m onotôníca. a quantia a ser paga ao frentista aum enta com o fun            ção linear do volum e de combustível colocado no tanque. m onotôníca positivamente acelerada.            Indica um fenôm eno que diminuiu rapidam ente em seus primeiros            momentos.         g) função linear. Ex: o número de roubos e assaltos com o            função do número e qualidade dos em pregos ofertados.  a natureza da variável dependente. antes de elaborar um gráfico.                                     Por exemplo: estou medindo o tempo que estudantes dem oram para                               resolver um problema de Física quando em silêncio. C O M O I N F O R M A R S O B R E O T R A B A L H O R E A L I Z A D O                                        para novam ente mudar rapidam ente aum entando.C O M O M E D I R I. se isso for desejável. Ex: o número total de apostas na                                     m ega-sena com o uma função da variável "classe social do apostador". ou com                               a ocorrência de um outro fenômeno B. eu registrasse separadamente o tempo consu                               mido na tarefa. no exemplo acima.                                       Na verdade.                                     Um dos gráficos m ais com uns é aquele em que se mede a freqüên                               cia com que um fenôm eno A ocorre com a passagem do tempo.                                                                                                                   ta re fa                                                                                                           H om ens                                                   Silêncio                  05 min 10 s                  05 min 50 s                                                  Orquestra                  05 min 3 0 s                 08 min 00 s                                                  M etaleiros                 10 min 30 s                 06 min 14 s                                       Um a vez dispostos os dados em um a tabela é muito m ais fácil elabo                               rar um gráfico. para estudantes do sexo fem inino e do sexo masculino. a temperatura em cada dia do m ês seria representada por um                               gráfico no qual a temperatura estaria no eixo vertical e o dia do m ês no                               eixo horizontal. deveríamos montar uma                               planilha com os dados coletados. Nas                               linhas de um a tabela. à medida que a                                    variável independente cresce tam bém .                               isto seria indicado como um a subdivisão da segunda coluna (variável                               dependente).                               os dados poderiam ser apresentados como na tabela abaixo:                                                                                                                o                                                       i           '■ ■                                                                  Silêncio                    05 min 30 s                                                                Orquestra                    06 min 45 s                                                               M etaleiros                   08 min 2 2 s                                       Se. Neste caso. C O M O RF P R I:S E M A R A M F D 1 D A . Outro exemplo: o núm ero médio de horas para elaborar                               um determinado trabalho escolar para alunos de cinco diferentes faculda . O fenômeno A é representado na                               ordenada (ou eixo do Y) e o fenômeno B na abcissa (ou eixo do X). e quando ou uma                               orquestra sinfônica ou um grupo de metaleiros está tocando. indicamos os parâmetros da variável                               independente (ou daquela variável que possui mais categorias observa                               das) e nas colunas da tabela. nas case-                               las da tabela anotamos os valores assum idos pelo fenômeno observado. esta planilha é denominada tabela. Por                               exemplo. em geral. .         Como exercício. pois    as diferentes escolas são unidades discretas.         Um a figura deve manter um a certa proporção entre o tamanho de     sua abscissa e sua ordenada. quan     do for o caso. Em seguida. Veja nos exemplos dados    anteriormente como isso foi feito.     identificar a unidade de medida etc. Você deve ficar atento para dar nom es às variáveis. represente esses     dados em gráficos. No primeiro exemplo. em geral essa proporção é de 3/3 para 2/3. quando isso for necessário as diferentes curvas devem ser diferen     ciadas por traçados e símbolos. isto     é. Por fim . que serão identificados por um a legenda. ou formas combinadas     das duas. no exemplo dado acima). a tabela deveria ter um comprimento m aior que sua largura). pois estaríamos trabalhando com duas variáveis quantitativas    contínuas. curvas) são traçados    unindo-se os pontos assinalados pela interseção das coordenadas.         Curvas e tabelas seguem certas normas estéticas e/ou práticas.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        des (nesse caso as horas estariam na ordenada e as faculdades na abcis-     sa). No segundo exemplo. usando-se um a escala logarítmica. bem como aos aspectos estéticos das     tabelas e dos gráficos.         Usam os polígonos para unidades contínuas e recomenda-se o uso de     histogramas quando a variável independente é um a variável qualitativa ou    de categoria. usar a página de papel como a usaríam os normalmente para escrever     (portanto. as barras devem ser diferenciadas    por sombreamentos ou cores diferentes. em um histograma. não deveríamos usar um polígono.         Do m esm o modo. do conteúdo da    tabela propriamente dito (isto é. deve-se construir um a tabela usando o papel na vertical.    As unidades de medida devem ser assinaladas nos eixos de form a linear     (com incrementos iguais para as unidades num éricas iguais). monte duas tabelas com dados im aginários. quando m ais de um a barra se    referir à m esm a variável qualitativa (ex: média de horas para executar um    trabalho em inglês e média de horas para fazê-lo em português para cada     faculdade. representaríamos os dados por um a linha poli    gonal. você deve redigir nom es para essas tabe     las e gráficos. De    preferência. um a     contendo os dados relativos à temperatura medida dia-a-dia durante um a     sem ana na cidade de São Bento do Sapucaí e a outra contendo o tempo     médio gasto pelos alunos de cinco cursos de Psicologia para resolverem    um a determinada prova de Estatística. Deve-se evitar colocar muitas curvas em um m esm o eixo carte     siano. das caseias). Polígonos (ou como se diz comumente. e essa diferença tam bém deve     ser devidamente identificada por legendas. Esses nomes devem permitir a um estranho compreender . histo     gramas são linhas retas unindo esses pontos ao eixo da abcissa (costuma-     se engrossar estas linhas de m aneira que pareçam verdadeiros retângulos     ou barras). ou.     Destaque os títulos de linhas e colunas de um a tabela.  como duas variáveis se relacio                         nam e são um poderoso instrumento de análise dos dados em um estu                         do científico. quanto mais precisa um a medida. na                         tabela apresentada anteriormente um bom título poderia ser: “Tempo                         médio para a realização de um problema de Física por estudantes secun-                         daristas sob diferentes condições de estimulação auditiva” .                         não necessariamente mostra que ela é válida. As variáveis A e B têm um a relação direta e positiva? Ou são                         inversamente proporcionais? Sua relação m uda com o núm ero de ocor                         rências?                             Um a outra pergunta que o cientista freqüentemente se faz é: “Quão                         estreitamente essas variáveis se relacionam?” . ao sujeito ou população de onde os dados provêm (por exemplo. aumenta dia-a-dia com a repetição do teste.                             Gráficos e funções mostram. analisando uma                         variável. o fato de um a medida ser confiável. poderemos. A ssim como. Contudo. Um a única                         medida do fenômeno. m ais con                         fiável ela é. Se medirm os o número de                         horas consumidas para elaborar um relatório num domingo ensolarado                         em que há um jogo do Brasil contra Argentina. portanto. isto é. Isto é. na verdade. Por exemplo: a freqüência                         com que um rato acerta as entradas em um labirinto múltiplo. porém. Anotando seu                         desempenho ao longo de vários dias. discutir o resulta                         do do jogo. precisa. Para isso. e elaborar o relatório” . Um a medida é válida quando ela mede                         realmente o fenômeno que intentamos medir. e este m esmo                         título poderia ser empregado se os dados fossem apresentados sob forma                         gráfica). e sim o                         “número de horas para assistir ao jogo.                                 Outra forma de representação dos dados:                             Curvas acumuladas                              A freqüência com que um fenômeno ocorre é um a medida de sua                         força bem como de sua probabilidade de ocorrência futura. os títulos de                         tabelas e gráficos devem se referir às variáveis dependente e independen                         te.                         estar medindo não o “núm ero de horas para elaborar relatório” . posso prever em quantas sessões ele                         deixará de cometer erros. Necessitamos de medidas repetidas ao longo do tempo                         (ao longo de várias sessões de observações). com que grau de certeza ou precisão posso prever a ocorrência da                         outra variável? Obviamente.                             A velocidade com que esse animal percorre o labirinto também é                         um a medida da força desse comportamento. é insuficiente para um a boa predição acer                         ca de seu futuro.    COMO IN FO RM A R   SOBRE   O TRABALHO   REALIZADO                             o que está sendo medido e em que circunstâncias. até atingir                         a câmara final. beber cerveja. e não outro. o número de                         acertos (que ao aumentar a cada sessão experimental nos diz que esse .COMO   MEDIR   E COMO   REPRESENTAR A MEDIDA.  as taxas de C l e C2 na primeira metade de nossa      observação são diferentes. A e B. enquanto a taxa de C2 cai da prim eira para a segunda m eta      de de nossa observação. a diminuição no tempo      que o anim al gasta para percorrer esse labirinto em sessões sucessivas.9 e 2. m as seu ritmo varia a depender da hora do dia. correlacionadas. Se quisésse      m os fazer um a extrapolação sobre a ocorrência desses comportamentos      nos próximos minutos.      como exemplificado na tabela a seguir. Um padeiro faz 300 pãezi      nhos por hora. a expectativa é que C l continue a aumentar. suas taxas são respectivamente 1. Um a medida das ocorrências desses fenô      m enos realizada minuto a minuto nos daria um a segurança ainda maior      em nossas descrições e predições. a proporção de acertos e a velocidade do desempenho são      medidas. Um a forma de tratar esses      dados. E      se quiséssem os descrever a evolução desses comportamentos ao longo do      tempo. enquanto C2. por exemplo. mas sua taxa local terminal (nos últimos 5 m inutos. No .            Vejam os um a aplicação do que dissem os.      também nos inform a sobre sua aprendizagem. quer a freqüência de toques por m inu      to que é capaz de executar (evidentemente que a taxa pode ser calculada      por qualquer unidade de tempo. Contudo. quer a freqüência de      palavras por minuto que ela digita. a taxa para C l é      relativamente constante da prim eira para a segunda metade de nossa      observação. Se fôssem os      fazer um a extrapolação com base nessas duas medidas (o que é in sufi      ciente) diríamos que C l continuará no m esm o ritmo. até certo ponto. que permanecerá estável. enquanto a de C2      não se altera. em Psicologia usa-se mais freqüente      mente a taxa por minuto). Na Situação A. por exemplo). a      taxa terminal de C l é quase o triplo de sua taxa inicial. mas não na segunda metade. posso levantar      a hipótese de que de manhã está sonolento e demora para acordar. Na Situação B. e que incorpora num a única medida tanto a freqüência do fenô      meno quanto sua distribuição no tempo é a chamada taxa de ocorrência      de um fenômeno (a que já nos referim os anteriormente).            Um comportamento ocorre 30 vezes em 16 minutos.A A N Á L I S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO          anim al está aprendendo o caminho do labirinto). é possível que a distribuição ao longo destes 16 e 20      minutos tenha sido diferente de momento para momento. isto é. caso contrário. continuará caindo até ficar abaixo de C l. posso dizer que está cansado. pro      vavelmente.            Observemos dois comportamentos C l e C2 em duas situações. ultrapassando      C2. do      núm ero de horas que já trabalhou./m in. deveríamos observá-los e medi-los minuto a minuto.3      resp.            Na verdade. enquanto outro      ocorre 46 vezes em 20 minutos. A taxa de res      postas de um a datilografa poderia ser. durante todo      0 tempo. Se sua taxa é m aior no início do dia      que no final. deveríamos levar em conta não apenas sua taxa      total.  Ou ainda. no final do dia eu consul                       taria os marcadores de registros de produção e de tempo. ou . e a Freqüência de ocorrência                       do fenômeno (variável dependente) na ordenada. isto signifi                       ca que. Posso ter um aparelho que conte                       os pães à medida que estes são produzidos e jogados em um a esteira                       (essa esteira.                           O papel se desloca para a esquerda e a caneta para cima. desenvolvido nos Estados Unidos por Ralph                       Gerbrands. o contrataria para                       o turno da tarde. quando o fenômeno não ocorre por um tempo.1                                                     11-20 min         21 respostas        2.                       é o Registrador Cumulativo.0                                   Cl                01-10 min         25 respostas        2. um segundo padeiro tem um a produção que                       se altera em função de um a nova máquina de fazer pão que seu patrão                       recém adquiriu.1                               Situação B                                   Cl                01-10 min         08 respostas        0. Se sua taxa (produção de pães) aumenta com o passar                       dos dias. se sobrepuserm os um eixo cartesiano à curva resultante teremos                       o Tempo (variável independente) na abcissa.0                                   C2                01-10 min         31 respostas        3. A Figura VII-3. Em cim a do papel há                       um a caneta que inscreve um a linha no papel à medida que este é puxa                       do. Do                       m esm o modo. digo que ele está aprendendo a utilizar a nova máquina.       COMO   INFORMAR   SOBRE O TRABALHO   REALIZADO                              C o m p o rta m e n to      Tempo           Ocorrências         Taxa                                                                                         (R/m)                               Situação A                                   Cl                01-08 min         14 respostas        1. que correria a um a velocidade constante. abaixo representa 0 que foi dito. no segundo. ele consiste em um motor que puxa um form u                       lário de papel contínuo a um a velocidade constante.8                                                      11-15 min        10 respostas        2. esta caneta é deslocada para cima cada vez que o fenôm eno que está                       sendo registrado ocorre. Devido a essas características dize                       mos que a curva assim traçada é um a curva de registros cumulativos. poderia ter um dis                       positivo que acionasse um contador de tempo). a linha tra                       çada fica paralela ao eixo da abscissa.6                          primeiro caso. É importante observar                       que a caneta não volta a posições anteriores quando a freqüência cai: os                       valores anteriores são sempre somados aos valores subseqüentes. o patrão deveria optar por um intervalo de descanso                       durante o qual o padeiro pudesse dormir. Basicamente.5                                                     11 -20 min        13 respostas        2. Um aparelho                       como esse já existe para uso nos laboratórios de pesquisa em Psicologia. Mas eu                       não preciso ficar de relógio em punho contando a quantidade de pães que                       nosso padeiro produz ao longo do dia.COMO MEDIR   E COMO   REPRESENTAR A MEDIDA.9                                                     09-16 min         16 respostas        2. A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     |FIGURA VII-3 Representação esquemática de um sistema automático para geração de curvas acumuladas.   curva de freqüências acumuladas. Como supomos que a aprendizagem é                    um processo cumulativo e contínuo, esta é um a maneira ideal de repre                    sentar o fenôm eno da aprendizagem.                        Na tabela a seguir indicamos um a possível produção de pães, por                    minuto, por parte de nosso padeiro.   Tempo                Produção:                    Operação               Produção:                         em                 freqüência                      de                  freqüência                       minutos                simples                   acumulação              acumulada                            1                       0                          Z ero                0                            2                       0                         0+0=0                 0                            3                       4                         0+4=4                 4                            4                       0                         4+0=4                 4                            5                       3                         4 + 3= 7              7                            6                        1                        7 + 1= 8              8                            7                       1                         8 + 1= 9              9                            8                       0                         9+0=9                 9                            9                       0                         9+0=9                 9                           10                       3                        9 + 3= 12              12   Na Figura VII-4 abaixo, esses dados seriam representados por uma                    curva de freqüência simples mais ou menos como no gráfico à esquerda,                    e por um a curva de freqüência acumulada como no gráfico à direita. C O M O ME D I R E C O M O REPRESENTAR A ME D I D A. C O M O I N F O R M A R SOBRE O T R AB AL HO R E A L I Z A D O   83     P r o d u ç ã o d e P ã e s  14                                                                 T3                                                                 -2      a ^                                                         3       c                                                         3                                                                  E 10      c.0 3                                                      O       m                                                         <       ô                                                         .2      so 2                                                       '5                                                                  c       or                                                        o                                                                 <®  0)   1                                                     O                                                                 ffl-      LU  DD                 10  T em po (mim)                                            T em po (min)     I FIGURA VII- Produção de pães ao longo de 10 minutos de observação. O gráfico à esquerda mostra os dados repre sentados por freqüências simples de ocorrências, o da direita p or freqüências de ocorrências acumuladas.    A vantagem de um a curva de freqüência acumulada é que ela mostra                            o desenvolvimento do comportamento como um processo contínuo de                            interação com o ambiente. Coerentemente, curvas acumuladas desse tipo                            só são elaboradas para organism os individuais (medidas repetidas ao                            longo do tempo de um m esm o fenôm eno comportamental para um                            m esm o indivíduo).                                 É importante observar que, em um a curva acumulada:   a)   quando não ocorre o fenômeno de interesse, a curva é um a linha reta                                 paralela à abscissa; quando ocorre, a curva é sempre positiva;                            b)   quanto mais freqüente o fenômeno, maior a aceleração da curva;                            c)   quanto m enos freqüente o fenômeno, m enor a aceleração da curva.   Ou seja,   1.   quanto mais rápido o fenômeno, tanto m enores as pausas entre suas                                 ocorrências e tanto menores os trechos das linhas horizontais parale                                 las à abscissa;                            2.   quanto m ais freqüente o fenômeno, tanto maior a inclinação da linha                                 para cima e, quanto menos freqüente o fenômeno, tanto m enor a                                 inclinação da linha para cima;                            3.   do m esm o modo que no caso das relações funcionais já descritas, dá-                                 se o nome de aceleração positiva a um aumento na freqüência de                                 ocorrência do fenômeno; e de aceleração negativa a um a diminuição                                 na sua freqüência; A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T O R I O D I D Á T I C O     4.    a inclinação de um a curva acumulada indica sua aceleração, e esta            pode variar de um trecho para outro da curva. Portanto, mudanças de            inclinação em um a curva acumulada indicam mudanças na freqüên            cia de ocorrência do fenômeno de interesse.   Ao realizar os exercícios descritos neste manual, muito freqüente      mente você estará trabalhando com curvas acumuladas. A seguir, um      exercício para você testar sua aprendizagem do que foi dito sobre este      tópico. Você deverá traçar um a curva de freqüência acumulada, a partir      dos dados da tabela abaixo e elaborar um título para a m esm a (decida o      que está sendo medido e em que circunstâncias e use essas informações      para criar o título). Complete a tabela e trace um a curva acumulada cor      respondente aos dados desta. Depois, confira a sua curva com 0 gabarito      ao final deste capítulo.   EXERCÍCIO      Título:     Tempo em             Freqüência           Freqüência            Ponto                     minutos               simples            acum ulada                          01                   5                                      a                          02                   0                          03                   0                          04                   0                          05                   0                                      b                          06                   3                                      c                          07                   0                          08                   0                                      d                          09                   6                                      e                           10                  6                           11                  0                                      f                           12                  0                           13                  1                           14                  1                           15                  1                                      R                           16                  4                           17                  4                           18                  4                                      h                           19                  3                          20                   3                          21                   3                                      i COMO MEDIR   F. C O M O R E P R E S E N T A R A M E D I D A . C O M O I N F O R M A R S O B R E O T R A B A L H O R E A L I Z A D O     Trace a curva acumulada, identificando os eixos (nome das variáveis                         e seus valores) e responda por escrito às questões a seguir.   QUESTÕES RELATIVAS AO EXERCÍCIO                                 1. Q ual a freqüência de ocorrência por minuto entre os minutos 1 e                           5? E entre os minutos 6 e 10? Entre 11 e 15 ? Entre 16 e 2 1 ? O que isso                           indica?                                 2. Verifique se sua curva se assemelha à curva apresentada no final                           deste capítulo, se a resposta for sim, prossiga com as questões; se a respos                           ta for não, verifique onde e por que ocorrem as diferenças, e corrija-as.                                 3. Q ual é a taxa inicial (trecho ab) e a final (trecho hí)? Com pare a                           inclinação da curva nestes trechos. O fenôm eno ocorre mais ou menos fre                           qüen tem ente no início do que no fim da observação? O que isso indica?                                 4. Com pare os trechos bc e de. H ouve mudança na aceleração da                           curva? Em que sentido? O que isso indica?                                 5. Descreva e com pare os trechos ef, fj» gh e hi. H ouve m udança na                           aceleração da curva? Em que sentido? O que isso indica?                                 6. N o geral, a curva tem uma aceleração positiva ou negativa? Justi                           fique.     Informando a comunidade acerca de seu trabalho  Não basta realizar seu trabalho. Freqüentemente esse trabalho nos                         foi solicitado por alguém e devemos enviar um relatório sobre o trabalho                         para esse alguém, seja ele um chefe de seção, seja um colega de uma                         equipe interdisciplinar, seja um cliente etc. No caso de um a pesquisa, a                         divulgação do resultado é condição sine qua non para avaliar a qualidade                         do trabalho e aferir sua confiabilidade. Todo trabalho de pesquisa é, por                         definição, criativo e inovador, revolucionário mesmo. Nesse sentido, ele                         precisa ser aferido constantemente. Sua apresentação em congressos                         científicos e por meio de artigos publicados em revistas científicas garan                         te esta verificação.                               A divulgação de um trabalho, científico ou profissional, se faz prece                         der pela elaboração de um texto que o descreva, um artigo a ser submeti                         do à com unidade. Em um curso ou estágio esse texto pode ter                         características mais simples, em geral é feito sob a form a do que se pode                         ria denom inar “um relatório”. No Anexo 4, apresentamos algum as suges                         tões sobre como elaborar um relatório com finalidades didáticas. A ANÁL I S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O     LEITURAS RECOMENDADAS                                 EDWARDS, A.L. (1985). Experimental design in psychological research. New York: Harper                                    & Row.                                 MILLENSON, J.R. (1967)*. Principles o f Behavioral Analysis. New York: MacMillan Co.                                    (Especialmente a secção 2.6 do Capítulo 2, e a secção 3.6 do Capítulo 3).                                 APA (1994)''. Publication Manual of the American Psychological Association. Washington,                                    DC: APA, 4a. ed. revista.     Gabarito do exercício: curva acumulada     Freqüência acumulada     Tempo (min)     " Obras traduzidas para a Língua Portuguesa (veja 0 Apêndice I). o cuidado com o estilo. a descrição das con                            dições em que o trabalho se realizou e de como os registros foram pro                            cessados deve ser feita sem ambigüidade ou omissões. Ligia Maria de Castro M. em termos dos comportamentos de quem edita e de quem lê. trechos do Manual de Publicação da American Psychological Association. deve ser                            capaz de entender o procedimento utilizado e de replicá-lo. ao minis trarmos uma disciplina de pós-graduação no Departamento de Psicologia Experimental da USP. juntamente com a Profa.                            portanto. Maria Lúcia Dantas Ferrara realizamos uma adaptação daquela tradução. Ao longo destes anos observamos que esta última versão tem sido utilizada em várias disciplinas em vários cur sos do país. mais do que apresentar regras. são lidos por pessoas ocupadas e. sem indicação de sua origem. em geral. simplificando as instruções e adaptando-as às necessidades de nossa pós-gradua ção. não as dis                            cutiremos aqui. Por isso. por volta de 19 8 1. é necessário aprender a ser conciso. Evidentemente.    1 Nota explicativa sobre a origem do texto “Sugestões sobre como elaborar relatórios científicos”: Em I970. Aproveita mos para agradecer a Lourenço Barba por sua cuidadosa revisão gramatical desta versão das instruções. verificando                            ou ampliando os resultados de seu estudo. procuramos mostrar sua razão de ser. e com a ortografia são essenciais . porém. as                            regras do bem escrever devem ser seguidas. Relatórios científicos.                            com a gramática. juntamente com a Profa. Finalmente. ser levada ao extremo em que a clareza de com unica                            ção seja prejudicada.. A economia no escrever                            não deve contudo. em alguns manuais de exercícios de laboratório. Posteriormente. adaptando-as para uso do aluno de graduação. por volta de I978. Machado. selecionamos e tra duzimos.                                                                                                       A NE XO                                                                                                                4                            Sugestões sobre como                            elaborar relatórios científicos1                8                  ^ ^ K ü ^ a fin a lid a d e prim eira de um relatório de pesquisa é inform ar o leitor acer                            ca das circunstâncias em que um experimento foi realizado e seus resul                            tados. Sentimo-nos felizes em ver que essas instruções têm sido tão úteis e as reproduzimos atualizadas aqui. pois isso fugiria aos objetivos e extensão deste manual. Um a pessoa. simplificamos ainda mais radicalmente aquelas instruções. lendo o relatório de alguém. . . por outro lado. e inclusive foi publicada. juntamente com os alunos daquela disciplina.  envolve pelo m enos três partes: um a    descrição dos organismos estudados. um a discussão ou apreciação    desses resultados. Um a prática recomendada na elabora    ção de um bom título é verificar se ele identifica as variáveis envolvidas . isto é.        Um bom relatório científico se compõe de algum as partes que des    crevem os passos que 0 cientista seguiu desde quando “pensou” o seu    problema. em geral. é    razoavelmente longo e detalhado. o(s) nome(s) de seu(s) autor(es) e da instituição    onde 0 trabalho foi realizado (no caso de relatórios realizados como parte    das atividades de um a disciplina. passan    do por como ele buscou sua resposta. Assim . com o seu nome apresentado como um    subtítulo. informações suficientes para que    ela possa distinguir um artigo do outro. desde quando perguntou algo para a natureza. é óbvio) um a introdução ou apresentação do problema que está    sendo investigado.            Identificação do trabalho         U m a folha de rosto protege o texto e apresenta o trabalho. até. isto é.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            Um exame dos periódicos em Psicologia dos últimos anos revela uma    evolução no estilo e conteúdo dos relatos de pesquisa. em Psicologia.. em uso cor    rente nos Estados Unidos. bem como identificar se o artigo    em questão de fato lhe interessa. um relatório científico inclui (além de sua identifica    ção. analisaremos sucintamente os objetivos de cada um a des    sas partes e daremos algum as sugestões de como cada um a delas deveria    ser organizada e redigida.o qual pode ser u m questio    nário ou um equipamento por exemplo . um a descrição dos resultados obtidos.        O título da maioria dos artigos de revistas científicas. lembrando que cada um a dessas partes deve    ser devidamente identificada. um a descrição do material utilizado . e um a descrição de como o    cientista procedeu na sua investigação. e no qual iremos nos basear para a atualização    das regras que devem nortear a elaboração de um relatório científico. Um bom guia para a preparação desses relatórios é o Publica    tion Manual o f the American Psychological Association (1994). esses deveriam conter o nome da disci    plina e 0 do docente responsável). certas convenções acabaram por se    estabelecer. a resposta que ele    conseguiu. Com os limites im     postos pela clareza e pela brevidade. A idéia por trás é fornecer à pessoa que    está folheando um a revista científica.        A seguir. os Sujeitos ou participantes da pes    quisa. por sua vez. um a descrição do método empregado nesta investiga    ção (que. e um a referência às obras lidas que ajudaram o cien    tista nessa caminhada. que procedimentos em pre    gou). e finalmente. Deve con    ter o título do trabalho.  um a descrição               dos procedimentos que produziram estes resultados é absolutamente               necessária. é essencial apresentar um conjunto de dados e de pesquisas               relevantes para entender a relação. ela apresenta a rationale do estudo. ou              então. talvez com outro referencial teórico.                    É m uito pouco provável que um problem a de pesquisa já não tenha               sido abordado por outro cientista. Se o               experimento foi planejado para investigar um a certa relação empírica já               postulada. ou do experimento. ou como se diz. Um exemplo de um título              com essas características seria “X COMO U M A FUNÇÃO DE Y ” . O propósito do estudo. X refere-se à variável dependente (o comportamento estudado) e Y              à variável independente (as condições ambientais controladas ou m ani              puladas pelo pesquisador). porque ela coloca               para a comunidade a pergunta formulada. e não um artigo científico.                    Em geral.               Em geral. a lógica que permitiu a colocação da hipótese. principalmente.A N E X O 4 . “O EFEITO DE Y SOBRE A A Q U ISIÇÃO DE X ” . um título nesse estilo contém tam bém um grau              indubitável de informação. bem como as razões para for              m ular essa pergunta. se os dados das pesquisas que estamos               revendo e apresentando são inconclusivos ou conflitantes. um a boa Introdução ambienta o leitor com o problema aborda              do pelo experimento.                        Introdução                     A prim eira parte de um relatório é um a introdução a esse relatório. algum as pesquisas e dados relativos a esse problema.                    Ela deve conter um a revisão da literatura científica relevante para               acompanhar a colocação do problema e a evolução no modo de tratá-lo. Freqüentemente pode ser importante               acrescentar também a descrição dos procedimentos destes trabalhos e              pesquisas anteriores. é im por              tante que a Introdução apresente um background teórico sobre o qual se              baseia a hipótese. na maioria dos casos. A Introdução              é um a parte muito importante do relato do trabalho.S U G E S T Õ ES S O BJR E C O M O E L A B O R A R R E LA T Ó R I O S CI E N T í FI COS   89                  no trabalho: dependentes e independentes. Embora essa convenção produza um certo              grau de estereotipia. essa inconsistência é fruto de               peculiaridades no procedimento. deve ser               claramente definido ou ao final ou no início da Introdução. não estimamos              como essencial que o aluno elabore um resum o de seu relatório. que permite ao leitor um rápido contato              com o trabalho como um todo.               e. Considerando que o relatório a que nos              referim os neste manual é um relatório de atividade realizada no âmbito              de um curso de graduação. .               Se o estudo foi planejado para testar um a determinada hipótese. já que. um artigo científico se faz acompanhar de um resumo de              2 0 0 palavras mais ou menos. Em ambos os              casos. Contudo. .”. dão à comunidade condi    ções de avaliar a validade do estudo. dependendo de    como você construiu a frase (“os autores interpretaram . Em ciência os meios são tão importantes    quanto os fins.    aumentando a generalidade de suas conclusões. e um    esquem a da seqüência das condições experimentais às quais os organis    mos foram expostos. ou quem sabe até da m esm a m aneira que agora está    sendo estudado.        Como já foi dito.. com outros controles etc.        Ao se referir aos procedimentos da literatura você deve usar os verbos    no passado (“os estudos investigaram .A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        talvez com outros procedim entos. sua confiabilidade.            Método         O propósito dessa seção é dar ao leitor informações sobre como o    cientista estudou o fenômeno que lhe interessava.”). Algum as vezes.    dando sua identificação completa (como isto é feito. será objeto de dis    cussão m ais adiante). ao    problem a ou ao procedim ento em questão. ou não.. seguido da data de publicação dos m esm os.    e deve permitir que outros pesquisadores repliquem o trabalho relatado. A replicação de um tra    balho é um a parte essencial do construir o conhecimento científico. retoma esses artigos e livros. são introduzidas novas variáveis. freqüentemente. bem como. do equipamento e do material empregados no estudo. na Introdu    ção. Um a descrição completa e correta de como fazemos algo    é a única m aneira pela qual alguém tem condições de realmente enten    der o que fizem os. O(s) sobrenome(s) do(s)    autor(es) desses trabalhos. inclui-se nesta parte um a descrição . devem ser feitas referências aos trabalhos que trataram anterior    mente desse problema. aos estudos relevantes às hipóteses. A lista de referências    bibliográficas. Em    replicações.    e de replicar o que fizemos.    basta como referência no corpo do relatório. pois ela permite    que outros pesquisadores entendam o trabalho e assim o aceitem ou não. “os dados    m ostram ”). Esta parte do relato é    muito importante e deve ser feita com todo o cuidado. e assim . de interpretar e avaliar os resultados do que fizemos.. os resultados dos estudos cita    dos podem vir indicados no presente ou no passado. ao final de cada trabalho. ou novos    parâmetros das variáveis e assim verifica-se também a generalidade do    estudo anterior. isto é. esta parte do relato científico se divide em pelo    menos três outras partes: um a descrição dos organism os estudados. por    que permite verificar se os resultados são. produto de alguma    peculiaridade do método empregado. A ssim . talvez de form a indireta ao estudar    outro fenôm eno. porém. das    condições.  Aqui também           se descrevem os estímulos empregados.               A descrição dos organism os com quem o estudo foi feito é identifica           da com o subtítulo “ Sujeitos”.).           no caso de animais. especificando a seqüência das fases           experimentais).). sua seqüência           e interação com o comportamento dos organism os estudados.               ISÍResultados                Nesta parte do relatório devem ser apresentados os resultados do           experimento. você deve indicar o esquema de privação ao qual o           animal foi submetido (“com privação de comida por 24 horas” .               Em “Material ou Equipamento” deve-se indicar com o quê o trabalho           foi feito e suas características principais. explicita-se           o critério para form ar os grupos. Além disso. Esta descrição deve permitir a identificação dos           organismos pela sua espécie (ex. “sob pri           vação de água por 12 horas”). bem como. descreve-se 0 material utilizado e seus critérios de elaboração           (Ex. sua história de vida           experimental deve ser brevemente descrita (“o sujeito tinha sido exposto           anteriormente a um esquema de condicionamento em caixa de Mowrer           com som e choque como estímulos e saltar como resposta”). Se 0 experimento envolve grupos de sujeitos.           as técnicas de coleta dos dados. experiência prévia com a situação de trabalho (“ingênuo”.A NEXO 4 . se não           padronizados. “estudante universitário” . se o experimento é com seres humanos. O ideal é organizar essas informações em           ordem cronológica (por exemplo. se           estes são seres humanos. “rato W istar”). modelo e marca. “com trei           no prévio em X ”.           sexo. idade. se estes são animais. Usam-se tabelas para apresentar dados numé- .           transcrevem-se as instruções fornecidas aos participantes. figuras abstratas etc. se não padronizado. Se os sujeitos não são ingênuos.: “caucasiano” . se foi usado um           questionário.               Em “ Procedimento” deve-se descrever em detalhe todas as operações           realizadas duramente o estudo. sob form a quantitativa. e “ Participantes”. “crianças sem treino de alfa           betização” etc. Se foi utilizado algum equipamento padroni           zado dar seu nome. descrevê-los.: listas de sílabas sem sentido. dar sua referência. descrevê-lo           (apenas as características importantes para o controle das variáveis e que           possam afetar 0 comportamento do organism o estudado).               A seção de Método deve ser escrita com o verbo no passado (pois o           estudo se refere a um a ação acabada) e na voz ativa. Se o experimento envolve seres           humanos. fundamentando-os com a apresen           tação de gráficos e tabelas.SUGESTÕES SOBRE C O M O E LA BORAR REL ATÓR I O S CI ENTÍ FI COS               de tratamento de dados. teste ou escala padronizados. Por exemplo. se esse tratamento apresenta algum a peculiari           dade ou inovação. os estímulos empregados.  elas deverão ser colocadas ao final do relatório. no texto. o seu local de inserção deve ser indicado. Ambos devem ser numerados                            (em arábico) e identificados por títulos que se refiram às variáveis m ani                            puladas e observadas. represen                            tando diferentes variáveis. Fase II.                                 Figuras . fotografias destes. Figuras devem ser numeradas consecutivamente. as medidas das quais elas se derivam. Se não for possível inserir a                            figura no texto. um a após a                            outra e. Se                            dois polígonos ou histogram as são desenhados no m esm o eixo.). A m on                            tagem das tabelas e gráficos deve seguir a m esm a lógica ditada pelo pla                            nejamento dos procedimentos experimentais: ela deve se referir ao                            problema sob investigação. latência. A representação de um a variável contínua se faz com um polígo                            no.                            O título deve identificar as variáveis envolvidas.) e separadas por linhas sólidas. fluxogramas etc. use símbolos diferentes para identificar cada   2 Para maiores detalhes ver o Capítulo VII a que este anexo se refere. e cada eixo deve ser devidamente identificado com um                            nome. polígonos. porcentagem etc. Porcentagem de                            acerto etc.                            na ordem em que elas são referidas no texto. um a variável discreta. histo                            gramas.Esse termo é aplicado a uma variedade de representações grá                            ficas incluindo diagramas de aparelhos. m assa em gram as etc.                      A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                                ricos conglomerados e/ou processados. a tarefa m aior aqui é o tratamento de dados que facilitem                            a visualização dos resultados e a elaboração de gráficos e tabelas. é representada por histogramas.                                 Tabelas . e com a variável indepen                            dente na abscissa. usando a con                            venção abaixo:                                                        Inserir a Figura x aproximadamente aqui                                    Gráficos devem ser construídos em um sistema de eixos cartesianos. Marcas num eradas em cada eixo devem indicar a esca                            la do desenho. as condições sob as quais                            estas mensurações foram feitas. e acompanhadas de um título que deve aparecer acima da tabela.Dados puramente num éricos são apresentados em tabelas                            num eradas consecutivamente de form a independente da numeração das                            figuras. As colunas e                            as linhas devem ser identificadas (Fase I. bem                            como.                            com a variável dependente no eixo da ordenada. Os dados que aparecem no                            corpo de um a tabela indicam as categorias das medidas efetuadas (fre                            qüência.) e as unidades devem ser indicadas                            (tempo em minutos ou segundos. Média.                                 Na verdade. . em geral. e as estatísticas apresentadas. usam-se gráficos para facilitar a                            visualização de tendências nos resultados2.  ou qualificando interpretações anteriores por           outros autores.                Se resultados inesperados são obtidos. um a consideração dos resultados           obtidos no estudo. deve-se procurar característi           cas do delineamento ou da execução do experimento que possam justifi           car esses resultados. bem planejado e bem executado. . Em geral. freqüentemente. e decodifique esses símbolos em um a legenda. nesta parte do relatório retoma-se           a pergunta que motivou 0 trabalho e tenta-se respondê-la. as implicações           destas sobre estudos anteriormente citados. juntamente com a           descrição desses resultados.               Tabelas e gráficos não devem ser simplesmente enfileirados. Esta descrição deve seguir a ordem de realiza           ção das fases ou da seqüência do estudo. Orga           nize sua seção de Resultados de tal maneira que os dados sumariados nas           figuras e tabelas sejam apresentados de maneira coesa. essencialm ente. você deve se guiar pela sua apresentação da           seção de Resultados. freqüentemente. novas perguntas são           levantadas e sugestões decorrentes para novas pesquisas são colocadas. Contudo. álibis desta natureza não são substitutos           para um procedimento bem pensado. Eles devem ser apresentados e descritos. e com pa           rando esses resultados com os obtidos em estudos anteriores conside           rados relevantes. bem como as implicações teóricas e/ou aplicadas do           trabalho. e descritas as relações entre as variáveis apresentadas. tal como apresentada na subse           ção de Procedimento.A N E X O 4 . Dados           apresentados devem sempre ser descritos no tempo presente. ou sobre hipóteses form ula           das. Indique as conclusões a que chegou. isto ocorre principalm ente quando o procedi           m ento utilizado é bastante complexo e/ou o estudo envolveu m uitas           fases.           Isto é muito importante de ser feito. No texto. Este é o momento em que. apresentan           do um a posição nova. os autores extrapolam seus dados ao elaborarem suas           inferências. um           bom gráfico mantém certas proporções entre seus eixos: 2/3 (ordenada)           e 3/3 (abscissa).                Para elaborar esta seção. pois.                   Discussão                Freqüentem ente esta parte do relatório pode vir escrita junto com           a seção de Resultados. Toda e qualquer interpretação deve ser fundamentada nos           dados existentes.           Deve-se apontar aqui qualquer aspecto do trabalho que limite a generali           dade das conclusões. tendo em vista os objetivos da pesquisa.cada figura ou tabela deve ser referida pelo           seu número.SUGESTÕES SOBRE C O M O ELABORAR REL ATÓRI O S CI ENTÍ FI COS               um a delas. Esta seção é. um atrás           do outro em um relatório. Em outras palavras. levados pelas           suas suposições.  E para experimentador. c) no caso de capítu      los de livros. Certas abreviações são de uso      com um como S para sujeito. etc. R para resposta. FI para intervalo fixo etc. Quando um autor      tem vários trabalhos em co-autoria com outras pessoas.A ANÁ L I S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                Referências Bibliográficas             Nesta seção deve ser colocada a lista de referências relativa aos      artigos e livros citados no trabalho. estas devem ser apresentadas em      parênteses logo após a palavra a que se referem.          ^ITnformações Gerais             Se abreviações forem utilizadas. Contudo. Ao fazer referência a artigos.      SD para estímulo discriminativo. usa-se o sobre      nom e dos colaboradores para ordenar os trabalhos. e elas também      deveriam ser consultadas. deve ser em ordem      alfabética por sobrenom e do autor. CS para estímulo condicionado. menciona-se o título do livro. livros e capítulos de livro. Quando um m esm o autor tem vários traba      lhos. maiúsculas.      IET para intervalo entre tentativas. US      para estímulo incondicionado. ou      seja. o nome da cidade onde este foi publicado e o da casa edi      tora. o nome      da cidade onde este foi publicado e da casa editora. usam -se as iniciais do prim eiro nom e para orde      nar os trabalhos citados.            Um relatório deve ser conciso. menciona-se o título do artigo segui      do pelo nome do periódico. O para organismo. e a seguir o      título do livro. A única      parte do relatório em que se permite um a certa redundância é a subseção . O m anual da APA deveria ser consultado para m aiores detalhes de      pontuação. A maioria dos periódicos científicos      publicados no Brasil têm instruções sobre essas normas. após      o(s) nome(s) do(s) autor(es). quando o termo a que ela se refere for de fato freqüentemente      empregado. A seguir. suas páginas. a) no caso de artigos. em parênte      ses. espaços.o autor deve      se colocar na posição de um cientista objetivamente analisando o com      portamento do sujeito. Não se num eram      as referências. menciona-se o nome do capítulo.            Nomes de livros e de periódicos devem aparecer em destaque (itálico      ou grifos). o núm ero do volume e as páginas em que o      artigo aparece.      um a abreviação só deve ser utilizada quando ela for necessária e útil. estes são ordenados pelo ano de publicação. Esta listagem . Usam-se o pronome im pessoal e a voz passiva . coloca-se o ano da publicação. b) no caso de livros. sem prejuíso de sua clareza. RT para tempo de reação. e isso deve ser feito antes      de usar a abreviação propriamente dita. Quando vários autores têm o      m esm o sobrenom e.  assim como explicações que          recorram a causas não observadas.SUGESTÕES SOBRE C O M O ELABORAR R ELATÓRI OS CI ENTÍ FI COS              de Procedimento e. Publication Manual of the American Psychological Association.A NEXO 4 .          Antropom orfísm os devem ser evitados.              i^ F E R E N C I A BIBLIOGRÁFICA          APA (1994). se certa forma. revista. os títulos das figuras e tabelas. Washington. ed. APA: 4a.             DC. .  estaremos levando em conta tanto as condições ambientais presentes como as passadas. manipular algumas variáveis (as indepen dentes) e registrar os efeitos dessas alterações sobre o comportamento do sujeito (variável dependente).. Esta remos trabalhando com mudanças comportamentais comumente deno minadas A PREN D IZAG EM . Isto significa que as observações e registros ocorrerão ao longo do tempo. A análise dos resultados mostrados por esses registros permitirá entender o fenômeno comportamental estudado... aquelas que fazem parte da história individual de cada sujeito.            Instruções preliminares      O laboratório de estudos operantes com animais tem a finalidade de permitir ao aluno observar diretamente as alterações produzidas no com portamento do rato albino em função de mudanças em um ambiente experimentalmente controlado. ou seja..em suas relações com o que ocorre no meio ambiente. nós esta remos interessados em analisar o comportamento. as ações de nosso sujeito experimental . Estaremos identificando processos básicos que nos ajudam a compreender como eventos do meio ambiente podem estar relaciona dos com o comportamento dos indivíduos em geral.o rato albino .. será importante que o aluno esteja atento para identificar: . Nesse sentido.                                                                   8             Práticas de laboratório             com o rato albino    .     Em todas as sessões de laboratório propostas neste capítulo. isto é.. e assim um a prática poderá implicar em várias sessões experimentais. Nessa análise.. o aluno terá a oportunidade de utilizar o método experimental. inclusive o do ser humano. Além de observar diretamente o comporta mento do seu sujeito experimental.. isto é.  e principalmente.      b)   o que ocorre no meio ambiente após esse fazer (ou seja. e uma sugestão de análise de dados) deve ser cuidadosamente lido pelo      aluno antes das sessões nas quais os exercícios serão realizados. a resposta do sujeito. O bioterista será o responsável pela manutenção e privação      dos animais. Por isso. . estarem os utilizando sujeitos      com um a relativa semelhança entre si do ponto de vista genético. o que      este modo permite evitar de erros de interpretação. O pro      fessor deverá discutir também.A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          a)    o que o sujeito faz em um determinado momento ou circunstância (o            que o sujeito faz. se possível. vale a pena lem       brar que elas também são importantes para a compreensão da relação      Organismo-Ambiente. do docente responsável pela disciplina e. como este modo se relaciona com a pergunta. e deverá auxiliar os alunos no m anuseio dos ratos. com a presença      de monitores. Docente      e monitores terão a função de orientar os alunos nas atividades desenvol      vidas no laboratório.            Não é suficiente que o professor discuta com os alunos os detalhes do      Procedimento a ser seguido para a realização do exercício do dia.           Todas as práticas de laboratório animal serão realizadas em um      ambiente experimental especialmente planejado para m inim izar interfe      rências indesejáveis e m axim izar a oportunidade de observação e registro      dos comportamentos de interesse. como este modo per      mite um bom controle das variáveis relevantes etc. será considerada uma            amostra de um a classe m ais ampla de comportamentos).            As práticas de laboratório deverão ocorrer com a presença do bioteris-      ta. a Apresentação do exer      cício em questão. Nossa experiência tem mostrado que quanto mais os      alunos entendem as razões para se fazer aquele exercício (qual é a pergun      ta cuja resposta estamos buscando. senão o seu fracasso. Vale      também lembrar que iremos trabalhar com um animal que não terá tido      acesso a água por algum as horas antes da sessão experimental. o que se pretende conhe      cer sobre o comportamento) e a lógica do delineamento proposto (por que      fazer deste modo. ou melhor. além de estarmos lidando com animais      supostamente íntegros organicamente.            O material relativo aos exercícios (sua apresentação.              Apesar de não manipularm os variáveis fisiológicas. seus procedimen      tos.      c)    em que circunstâncias ele faz o que faz (ou seja. A não leitura prévia do material de instrução acarre      tará um a maior dificuldade na realização da prática. ou seja. É impor      tante ressaltar que essa leitura prévia é indispensável para a realização do      experimento proposto. quais as            mudanças ou conseqüências produzidas por essa resposta). quais as condições            ou os antecedentes dessa resposta).) mais corretamente      eles realizam a tarefa e com mais envolvimento.      A realização dos exercícios propostos para um a sessão experimental.     Esta discussão preliminar pode tomar de 30 a 60 minutos no início do curso mas. à medida que 0 aluno vai dominando os conceitos e procedi mentos da área. sobre as relações entre o pro cedimento e os possíveis resultados. deverá ser feita um a discussão conjunta sobre todos os resultados e as implicações conceituais dos m es mos.. toma cerca de duas horas. adaptativa- mente falando. ou ainda. e algum as respostas já podem ser levantadas pelos alun os. essa discussão deverá ser retomada na sessão subse qüente. sobre m aneiras alternativas de se realizar o exercício etc. em geral na m esm a sessão. questões sobre como organizar os dados. e 0 sig nificado do que fo i feito. A ssim .     Após 0 térm ino de cada sessão experim ental. m as também como forma de estimar o tempo necessário para desenvolver seu curso. Comportamento controlado por contingências é m ais maleável e mais eficaz. 0 tempo necessário para essa discussão vai diminuindo. após um a m aior elaboração dos dados. N esse sentido fo ram in c lu í das neste m anual. bem como suges tões de como estes resultados poderão ser objeto de um a Discussão. como fo i feito.     Ao final de um a fase do trabalho. antes da discussão das instruções acerca do novo exercício a ser realizado naquele dia. Algum as destas questões. após as instruções para a realização do exercício. outros tomam duas ou três sessões. contudo.. os alunos deverão re ceber instruções sobre como processar os Resultados. O professor pode usar essas e outras questões para instigar no aluno 0 pensar sobre 0 que fo i feito. Questões relativas ao uso do método experimental nesse tipo de . incluindo o transporte dos anim ais do biotério no início das atividades. O professor deverá realizar ele m esm o todos os exercícios não só como form a de se fam iliarizar com os possíveis problemas que podem surgir. Nossa experiência tem mostrado que im ediatam ente após a realização de cada sessão de exercício é o m om ento m ais eficaz para discutir o que foi feito. até m esm o a discussão de alguns resultados im ediatam ente visíveis deve ser iniciada. em vez de sim plesm ente obedecerem instruções.. só poderão ser devidamente apreciadas e respondidas após um a m aior reflexão por parte do aluno.  P R Á T I C A S DE L A B O R A T Ó R I O C O M O R A T O A L B I N O         Essa discussão prelim inar é importante para que os alunos com  preendam as contingências experimentais e participem do seu desven dar. Quando isso for possível. deverão ser elaborados gráficos e tabelas. e para o biotério ao final delas. as razões para se fazer 0 experimento acabaram de ser discutidas. do que o comportamento controlado por regras. alguns são feitos isoladamente. Ao final de um a série de práticas. algum as vezes. e discutidas as implicações dos resultados para os objetivos pro postos. outros são feitos em seqüência. Alguns exercícios são feitos num a única sessão.            Ao chegar. enfim . Ocorrendo qualquer problem a. poder-se-ia solicitar um relatório completo. ao chegar ao laboratório.       Posteriormente. todo o mate       rial que os alunos. muitas delas se interpenetram e seus resultados ficam      m ais claros se analisados comparativamente. seria conveniente que ele       chegasse com antecedência para organizar seu ambiente de trabalho. num a      etapa final.            Todo dia. Assim . deixando para reali      zar em classe.      m esm o porque. o aluno deve cham ar im ediatam ente o professor buscan       do ajuda. b) um a descrição do método utilizado      para resolver o problema (sujeito. e um a discussão desses resultados. c) um a descrição dos principais resultados alcançados (inclusive      com tabelas e gráficos). ou havendo qual       quer dúvida. houvesse um es       paço para a colocação de sacolas. a discussão dos dados. a bande       ja de detritos da câmara experimental deve ser forrada com um a folha de . Após cer       tificar-se de que as tom adas e plugues estão ligados. pode-se solicitar um a descrição dos procedimentos utili      zados e a elaboração de algum as tabelas ou gráficos. Somente então.            Finalmente. deve-se solicitar apenas a descrição dos sujeitos e material      empregado (isto pode ser feito após os alunos terem sido introduzidos ao      laboratório e terem aprendido a m anusear os ratos com que trabalharão). e procedi      mento).A A N Á L I S E D O C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          investigação em Psicologia poderão ser levantadas para am pliar o âmbito      da discussão. Inicialmente. pastas. a cuba de água       do bebedouro deverá ser enchida com água limpa. por ser demasiadamente complexa. Em seguida. com um a colocação dos objetivos do      trabalho e sua lógica experimental. equipamento e/ou material.      Atrasos sem pre implicarão em movimentação e barulho. carregam consigo e que não serão utilizados       nos exercícios de laboratório. com ponentes fundam entais na realização de       qualquer exercício. por      exemplo. Especial atenção deve ser dada ao       funcionam ento correto da barra de respostas e ao m ecanism o de acio       nam ento do bebedouro. redigir um      relatório das atividades realizadas. a critério do professor. em geral.            Nossa experiência tem apontado que essa habilidade deve ser ensina      da gradualmente.           Após certificar-se de que tudo está funcionando bem. o aluno se sentará à sua bancada de trabalho. o aluno deverá seguir um a peque      na rotina preparatória do seu trabalho. e isto deve ser       evitado para não perturbar os alunos que já estiverem com o exercício em       andamento. o qual deverá conter a) um a introdu      ção à questão ou problema proposto. oralmente. tendo em      vista os objetivos do trabalho. casacos etc.. Não acreditamos      que seja necessário elaborar um relatório para cada prática realizada. fora do laboratório. os alunos poderão. Seria conveniente que. deverá testar o fu n        cionam ento de seu equipam ento.  este é o momento para apresentar essas dúvidas ao professor. recolher o papel que cobre a bandeja de detritos. os alunos devem solicitar ajuda ao professor (e não de um colega). o aluno deve lembrar-se de que seus colegas também estão trabalhando e.  P R Á T I C A S DH L A B O R A T Ó R I O C O M O R A T O A L B I N O     papel. Sobre a bancada de trabalho deverão estar um lápis. intato. os inevitáveis resíduos deixados sempre atrairão outros animais. Se alguém precisar falar. assim . já que deverá sofrer nova privação de água. Se tiver qualquer dúvida sobre como proceder em relação a qualquer aspecto de sua atividade. não m udar a posição da bancada. folhas de instruções e de registro.     Durante a realização de seu trabalho. .     Se surgirem problemas. esvaziar a cuba de água do bebedouro.. NÃO É PERM ITIDO FU M A R NO LABORATÓRIO. se o anim al apre sentar indícios de não estar bem ou se estiver agindo de m aneira estra nha. não anestesiado etc. criando problemas de higiene geral. cronômetro.     A ssim como atrasos. um a vez que as atividades são cumulativas. deve fazê-lo em um tom de voz baixo e suave. as faltas às sessões experimentais de laboratório devem ser fortemente desencorajadas. levantando um braço. para que não haja um descompasso no andamento dos trabalhos da classe. para o animal. Todas as faltas devem ser repostas antes da realização da prática seguinte. Não recomendamos trazer qualquer form a de lanches para o recinto do laboratório. não arrastar a cadeira. o aluno permanecerá em seu lugar aguardando a instrução para começar o trabalho. e apresentar-se ao professor para um visto na ficha de reali zação de atividades (v. um estresse a m ais. se o equipamento falhar. e nada m ais. qualquer coisa que per turbe o ambiente afetará o trabalho de todos e deve ser evitado: não der rubar coisas no chão. Não devemos nos esquecer de que estamos trabalhando com um organism o vivo. os alunos deverão devolver o animal com que trabalharam ao biotério. Toda reposição implica em trabalho extra para todos e. e colocá-lo no lixo. e em um ambiente relativa mente poroso (a câmara não tem isolamento acústico e visual).     Ao final de cada dia de trabalho no laboratório. Figura V-7). Se tudo estiver em ordem. .. Esta sessão                                deve ser precedida de um a cuidadosa discussão sobre o procedimento de                                modelagem... . As Práticas 5 e 6 serão executadas na segunda sessão experimental..... .    à medida do nível operante da resposta de pressão à barra. no m ínim o.                                referem-se:                                   1.     ao reforço contínuo dessa resposta. atingem m elhor seus objetivos didáti                                cos e experim entais se realizadas no m esm o dia. quanto para dar condições para a realização das Práticas 7 e 8 que procurarão responder à questão seguinte.                               a) As conseqüências do que fazemos                                   são importantes para o nosso fazer?                                    (Práticas 1 a 6 )1                 ■ .. A ssim .                                         Programamos essas quatro práticas para ocorrerem num a única e                                primeira sessão experimental de... 6o minutos.     ao treino do controle discriminativo pelo som do bebedouro. As Práticas l a 4 serão executadas nesta primeira sessão experimental....     à m odelagem da resposta de pressão à barra. tanto para com plementar a resposta a esta questão... e                                4...                                       Essas quatro práticas se interdependem do ponto de vista da ló g i                                ca experim ental e.                                           PRIM EIRA SESSÃO EXPERIMENTAL                                        ( PRÁTICAS 7 A 4 )                                        As quatro prim eiras práticas de laboratório. na verdade.                                3. .. em bora cada     A questão aqui colocada será respondida no conjunto das Práticas l a 6.                                2.. programadas em qual                                quer curso introdutório de Análise Experimental do Comportamento..  7 e 8) e. tam bém serão realizadas quatro      práticas (Práticas 5. quanto na sua interpretação de resultados. a principal pergunta a ser respondida pelo conjun      to dessas quatro prim eiras práticas será:              EXISTE RELAÇÃO ENTRE AQUILO Q U E UM O RGAN ISM O VIVO FAZ E            AS CO N SEQ Ü ÊN CIAS Q U E ESSE ATO PROVOCA N O A M BIEN TE?               Na verdade. As Práticas 7 e 8. por se      dirigirem a um a problem ática ligeiram ente diferente.    verificar se a resposta de pressão à barra continua presente no reper             tório do sujeito após o intervalo de vários dias decorridos desde a ses             são anterior. pode ser feita em conjunto.             Cada prática tem por objetivo responder a um a ou m ais perguntas      específicas. estabelecem as condições necessárias      para a realização e a discussão da Prática 7. seu registro. e sua análise de      dados. 2. agora. Na verdade. serão constantem ente feitas referências cruzadas a um a ou a      outra prática. a saber. Sua discussão. submeteremos novamente os anim ais ao procedimento             de reforçamento contínuo e. de novo. e por isso serão      introduzidas e brevemente discutidas a seguir.      e 4. as duas prim eiras práticas da segunda sessão experim en      tal (Práticas 5 e 6) também se dirigem a esta pergunta. serão introduzi      das m ais adiante.      2.          A Prática 5 (Reforço Contínuo. tanto      em sua lógica experim ental. Para isso. as Práticas 5 e 6 p erm i      tem com pletar a discussão das questões levantadas nas Práticas 1. enquanto isso. Contudo. 3. sim ultaneam ente. enquanto. Contudo. um a depende da outra. cada um a tem seu procedim ento e o processam ento de      dados será feito separadam ente para cada prática. a análise será      feita pelo procedimento oposto: o evento reforçador será removido para . o aluno vai poder verificar de um a outra      m aneira aquilo que foi verificado na Prática 4. a probabilidade de ocorrência dessa respos             ta. isto é.     aumentar a força.A A N Á L I S E D O C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          um a delas tenha seu procedim ento.      Não obstante. qual é o efeito do      reforçamento sobre o comportamento. registraremos a freqüên             cia dessa resposta. 6.               Na Prática 6 (Extinção). CRF II) tem como objetivos:         1. con      tudo.                 SEGUNDA SESSÃO EXPERIMENTAL              Na segunda sessão experim ental.  a freqüência da resposta diminui.                   principalmente no ambiente externo. ou seja. Para                   melhor evidenciar o efeito de nossa eventual intervenção experimental                    sobre esta resposta. você poderá verificar como se comporta                   um rato ao entrar pela prim eira vez em um a caixa de condicionamento                   operante. esse tipo de controle (por                    medida) nos permitirá dizer se nossa intervenção tem efeitos específicos . você terá a oportunidade de observar e registrar                   o comportamento do seu sujeito antes que ele passe por qualquer m ani                   pulação experimental. e que são afetados pelas mudanças                    que nele produzem) no seu nível basal (isto é. você terá em m ãos dados suficientes para                   comparar o desempenho de seu sujeito antes e depois de sua intervenção                   experimental (isto é.                    seu sujeito experimental já apresenta o comportamento de interesse.                   comportamentos que produzem mudanças substanciais no ambiente. do nível em que o sujeito opera sobre o ambiente antes                    de qualquer intervenção experimental. No                   caso. inequivoca                   mente.                            Prática Número 1                          M EN SU RAÇÃO DO NÍVEL O PERANTE DA RESPOSTA                         DE PRESSÃO À BA RRA                          APRESENTAÇÃO                          Em sua primeira prática de laboratório com anim al (M ENSURAÇÃO                   DO NÍVEL OPERANTE). no seu nível pré-experi                   mental). Esta observação é importante porque aferirá se. na                   ausência do reforçador. poderíamos posteriormente comparar as                   mudanças que porventura ocorram nessas diferentes respostas com aque                   las que ocorrerem quanto à de pressão à barra.AS C O N S E Q Ü Ê N C I A S D O Q U E F A Z E M O S S ÃO I M P O R T A N T E S P A R A O N O S S O F A Z E R ?                       que se possa verificar se o efeito de sua ausência sobre a freqüência de                   respostas é o oposto ao de sua presença. assim demonstrar.                         Como estaremos observando comportamentos operantes (isto é. verificar-se-á se.                         O registro do nível operante consiste em se observar e anotar a fre                    qüência com que um organismo emite um ou mais comportamentos. denom inam os esta prática de M ENSU RAÇÃO DO NÍVEL OPE                    RANTE. seria importante medir o nível operante de outras res                   postas também. ou seja. durante a observação do nível operante e do desem                    penho sob reforçamento contínuo). o efeito dessa intervenção. estamos interessados na freqüência com que seu animal pressiona a                   barra de resposta que se encontra no interior da caixa experimental. Assim . A ssim fazendo. e. e em que nível. Pos                   teriormente (após realizar as práticas de M ODELAGEM e de REFORÇA-                   MENTO CONTÍNUO).  A cada três esfregadelas conte um a nova ocor      rência. enrugando-o e movimentando as      vibrissas.Considere um a ocorrência deste comporta      mento quando o animal tocar a barra com um a ou mais das patas dian      teiras ou com a cabeça. para efeitos de comparação.           Farejar (FA).    Seque a concha do bebedouro. portanto.      4.   Verifique o funcionamento da sua caixa experimental. do piso ou das paredes da caixa experimental.      3.           ao lado da caixa experimental.        1. Verifique se de fato a taça do bebedouro está           se enchendo após o funcionamento do m ecanism o que controla o           bebedouro. conte um a nova ocorrência.   Preencha o cabeçalho de sua folha de registro e deixe-a sobre a mesa.Considere um a ocorrência deste comportamento      quando o anim al esfregar as patas dianteiras na cabeça e/ou focinho e/ou      corpo.      2.           Levantar-se (LE)— Considere um a ocorrência deste comportamento      quando o anim al levantar-se nas patas traseiras aproximando o focinho      do teto ou do topo das paredes da caixa experimental.    Deixe a chave de comando da caixa de controle na posição “Desligado” .Considere um a ocorrência deste com portam en      to se o rato apenas tocar a barra com um a ou duas patas dianteiras ou      com o focinho. Verifique o           nível da água na concha.           Tocar a barra (TB) .A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O          (ou não) e. sem contudo      levantar-se nas patas traseiras. porém sem produzir depressão da m esm a e/ou o “clique”      já mencionado.Considere um a ocorrência deste comportamento quan      do o animal aproximar o focinho. produzindo um a depressão na barra de tal forma      que se ouça o “clique” característico do m ecanism o da barra em funcio      namento. Quando o anim al for colocado na           caixa.           Assim .           Limpar-se (LI) .              PRO CEDIM ENTO            Durante a prática de Nível Operante (NO) você vai precisar da folha      de registro referente à Prática 1 e de duas folhas de papel milimetrado. duas ou três vezes. se deve (ou não) ser introduzida contingentemente      (ou não) a um a determinada resposta. . nenhum a gota de água deve estar disponível nessa concha. estaremos registrando a freqüên      cia com que ocorrem os seguintes comportamentos:             Pressionar a barra (PB) . A cada dois segundos de duração deste      comportamento. Verifique se a barra de respostas está bem firm e e funcio           nando.  defecar. em cada caseia das colunas assinaladas NO.AS C O N S E Q Ü Ê N C I A S D O Q U E F A Z E M O S S ÃO I M P O R T A N T E S P A R A O N O S S O F A Z E R ?                        5. “tensão fisiológica”). por 10 minutos. Essa associação                    “ruído-água” é indispensável para a fase de modelagem. deve fazê-lo de form a sistemática e com                          critérios definidos. Estamos                    treinando o anim al a se aproximar do bebedouro porque este é o recurso                    que temos a nossa disposição para liberar água para o animal. Contu                    do. Coloque seu anim al na caixa experimental e dê início à m edida                             do                          Nível Operante. utilizando a folha de registro apropriada. Você pode desconsiderar os                          outros comportamentos que seu anim al vier a apresentar. mas. para rea                    lizarmos a Prática 3. isto é. afastar-se da barra e do próprio bebedouro.                          Explicando melhor.                             Prática Número 2                           TREINO AO BEBED O U RO                          APRESENTAÇÃO                           O Treino ao Bebedouro (TB) é um a etapa intermediária. Ao funcionar.    Terminados os dez minutos de nível operante. Como você aprenderá m ais tarde. à prática de Treino ao Bebedouro (veja instruções para a Prá                          tica 2). na qual você estará ensinando seu anim al a pressio                    nar a barra de respostas localizada logo acima da abertura para a concha                    do bebedouro. o fato de o anim al encontrar um a gota de água cada vez que o bebe                    douro for acionado.                          minuto a minuto.                    7. dê início. gradualmente. Tem como objetivo fazer                    com que o anim al se aproxime do bebedouro quando ouvir o ruído de                    funcionamento deste. se o fizer.                    por incompatibilidade entre as reações produzidas pela água (“ aproxima                    ção” . preparatória                    à m odelagem da resposta de pressão à barra. Zere seu                          cronômetro e registre. o bebedouro produz um som (algo                    como um “clanckt”) que pode produzir reações indesejáveis no animal                    como urinar. água esta                    que podemos considerar um a conseqüência filogeneticamente im portan                    te para um organism o vivo privado de água. isso ocorre quan                    do este ruído adquire propriedades de controle discriminativo. reduzirá a magnitude dessa reação.                    6. “relaxamento”) e pelo ruído (“afastamento”. ou pode                          registrá-los. imediata                          mente. Retire seu anim al do biotério e traga-o para o laboratório. o que estamos fazendo é emparelhar (asso                    ciar) o som do bebedouro com a presença da água. a ocorrência de cada resposta (de                          acordo com as definições anteriores). .                    Em termos de procedimento.  Se ele não beber. 10 segundos para o rato encontrar e beber a água. realizando o treino de bebedouro. ao ouvir o som             do bebedouro funcionando. o afastamento de cabeça seja                   maior ou por m ais tempo.                   Nessa fase é importante que você não deixe o anim al se afastar do                   bebedouro. Faça isso                   m ais três vezes exigindo que. Repita isso m ais três vezes. Após 0 Passo 2.    Imediatamente após o término do registro do Nível Operante.    Mude novamente seu critério de acionamento do bebedouro. Libere                   um a gota de água apenas quando o anim al estiver longe do bebedou- . Contudo. o anim al se volta imediatamente para o bebedouro                   (isso indica que a associação ruído-água está funcionando). os efeitos imediatos da apresentação de água             sobre a resposta. acione-o                   novamente deixando nova gota de água disponível para o animal. e então passe para o Passo 2.    Como não queremos que seu sujeito fique lambendo o bebedouro 0                   tempo todo.             3.                     PRO CEDIM ENTO              1.             4. inicie                   o procedimento de Treino ao Bebedouro. aum en                   tando o intervalo entre um acionamento e outro do bebedouro. principalmente no início da modelagem. conseqüentemente. no m áxi                   mo. ao                   ocorrer o ruído. acione o bebedouro novamente várias vezes e aguarde que o                   anim al dele beba antes de passar para o Passo 2.                   acione o bebedouro a cada três segundos até ele encontrar e beber a                   gota de água. Se isso não                   ocorrer. Para isso. Espere. assim . a cada vez. Neste momento.    Enquanto o anim al estiver ainda lambendo o bebedouro. da barra de respostas que se situa logo acima da             abertura para a concha do bebedouro.                  Alguém poderia se perguntar “Qual a razão de todos estes cuidados             prelim inares” ? No início de qualquer treinamento é indispensável que as             conseqüências produzidas pelo comportamento de interesse se façam             sentir IM ED IATA E CO N SISTENTEM ENTE. libere um a nova gota de água enquanto ele ainda                   estiver bebendo a segunda gota. o anim al provavelmente se aproximará deste             e. espere que ele afaste a cabeça do bebe                   douro e acione o m ecanism o de liberação de água. Como há um a certa distân             cia física entre a barra e o bebedouro. senão inviabilizar.1 08   A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                      Após ser exposto a essa associação entre ruído e água. é preciso m udarm os novamente nosso critério de libera                   ção de água. acione o bebe                   douro deixando-o com um a gota de água disponível. pode enfra             quecer. o som que             este produz (e que está associado à água) poderá atuar como um efeito             imediato e sistemático.             2. subseqüente ao pressionar da barra de resposta. estaremos em             condições de iniciar a Prática 3. Verifique se. o tempo entre a pressão à barra e o             consum o de água.  usarem os um a técnica denominada modelagem. anote na folha de registro o número                          de gotas de água efetivamente consumidas pelo seu animal.                          O método de aproximações sucessivas toma. Como                    parte dessa técnica.                      NOTA:                    1. ou quando o sujeito a quem preten                    demos ensinar algo tem dificuldades especiais. Reforçar diferencial-                    mente consiste em conseqüenciar algum as respostas (aquelas que dese                    jam os fortalecer) e não reforçar outras (aquelas que são incompatíveis                    com o desempenho desejado). Se isto ocorrer. Neste método.                             Prática Número 3                          M ODELAGEM DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BA R R A                           APRESENTAÇÃO                           Esta prática tem como objetivo EN SIN A R o rato a pressionar a barra                    de respostas que se encontra no interior da caixa experimental. o critério de qual classe de respostas será refor                    çada) é mudado gradualmente. O nom e é em pre                    gado porque dá bem a idéia do que estamos fazendo: moldando.Modelagem da Resposta de Pressão à Barra. ou quando os próprios pré-                    requisitos necessários para aquilo que pretendemos ensinar estão ausen                    tes do repertório do sujeito. isto é. dê início à Prática 3                          .                    2. seu anim al se dirige a ele.    Não deixe de anotar a hora de início e término desta prática para                          depois calcular sua duração. As prim eiras aumentarão em freqüência e . este                    método parte do nível operante do organismo. o comportamento do nosso sujeito experimental. Isto pode                          ser importante se quiserm os avaliar o estado de privação/saciação de                          água do rato.    Durante o Treino ao Bebedouro. de tal form a que ele incida sobre respos                    tas que. o critério                    de reforçamento (ou seja.                          O procedimento por meio do qual realizaremos essas aproximações                    sucessivas é denominado reforçamento diferencial. Este método é empregado sempre que desejamos                    ensinar um desempenho complexo. ao ocorrer o ruído do bebe                          douro. Para                    tanto.                    respostas mais simples porém que existem com alguma força. Faça isso por três vezes.AS C O N S E Q Ü I . você usará o método de aproximações sucessivas ou                    mudanças graduais. Verifique se. N C I A S D O Q U E F A Z E M O S S AO I M P O R T A N T E S P A R A O   NOS SO 1 AX I H T                              ro. cada vez m ais. como                    um escultor. como problemas de                    desenvolvimento ou déficit de repertório. como ponto de partida. se aproximem da resposta desejada.                 A escolha das respostas que deverão ser ou não conseqüenciadas          depende do repertório que seu anim al estiver apresentando no momento          em que você iniciar seu trabalho.                  PRO CEDIM ENTO            1.                Quando o anim al aprender a pressionar a barra. Mudando gradualmente o critério de          reforçamento. ou seja. não é o mais importante para                nossos objetivos. inicialmente. e passar a reforçá-la liberando água imediatamente após a          sua apresentação. suficiente para acionar o mecanismo                do bebedouro (você ouvirá o “clique” da barra sendo deslocada). seria conveniente que você.8      A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O              as últimas entrarão em extinção. Você deverá selecionar a resposta mais          próxima da resposta de pressão à barra que seu sujeito emitir (isto pode          ser sim plesm ente “olhar para a barra” . “permanecer próximo à barra. Observe que a forma final da resposta que esta                mos tentando instalar é emitida ficando o rato sobre as patas traseiras                e pressionando a barra com um a ou ambas as patas dianteiras até pro                duzir um a depressão da m esma. Por exemplo: “cam inhar ou permanecer em local afastado da          barra” . Prática 4 .          Assim . porém com as quatro          patas no piso e o focinho abaixo do nível da barra” . antes de ir para o laboratório. ou m ais sim plesm ente “ficar pró          ximo a ela”). Passe a liberar água (acio                nando a chave de comando da caixa de controle para a posição                Manual) somente para aqueles comportamentos que m ais se aproxi                m em da resposta de pressão à barra desejada. A topo                grafia dessa resposta.Reforço Contínuo. “voltar-se em direção oposta à barra” e. ou          “tocar a barra com as patas ou com o focinho” são comportamentos indis          pensáveis para que a resposta de pressão à barra eventualmente ocorra. “ficar          próximo à barra e nessa situação levantar-se sobre as patas traseiras” . m as sim o seu efeito no meio ambiente. você conseguirá conduzir seu sujeito a desem penhos bem          diferenciados daqueles que ele apresentava inicialmente. num estágio m ais avança          do do treinamento. seguindo a seqüência                que você imaginou.                Note que alguns comportamentos são incompatíveis com essa res          posta.   Anote o horário de início do procedimento.                que a pressão à barra seja forte o suficiente para acionar o mecanis- . Esta seqüência deveria ser um          bom guia para você determinar as etapas a serem utilizadas como crité          rio durante seu processo de modelagem. será dado início im e          diato à prática seguinte. Por outro lado. im agi          nasse a seqüência de posições e movimentos que um rato deve apresen          tar para poder finalm ente “pressionar um a barra cilíndrica localizada na          parede frontal da câmara experimental” .                Alguns poucos anim ais pressionam a barra com o focinho. AS C O N S E Q Ü Ê N C I A S D O Q U E F A Z E M O S S AO I M P O R T A N T E S P A R A O N O S S O F A Z E R ?   111     mo do bebedouro e, conseqüentemente, produzir a liberação automá                                    tica da água. Você notará que aqueles anim ais que pressionam com                                    o focinho ou com o corpo eventualmente passarão a pressionar com                                    a pata (isto se dá possivelmente devido ao efeito combinado de duas                                    variáveis: “atraso de reforçamento2” e “custo de respostas3” , já que                                    essas respostas, a longo prazo, são m enos eficazes).                              2.    Quando a resposta inicial que você escolheu para ser reforçada                                    aumentar em freqüência, passe a exigir um a resposta um pouco mais                                    próxima da resposta terminal. Novamente, espere essa resposta ser                                    fortalecida antes de aumentar a exigência de seu critério de reforça                                    mento; isto em geral significa quatro ou cinco reforços consumidos                                    em cada etapa. (Anote a resposta que está reforçando em cada etapa                                    de seu procedimento de aproximações graduais, escrevendo o nome                                    da m esm a e a quantidade de gotas de água consum ida a cada etapa).                                    Procure não liberar m ais que cinco reforços em cada etapa para evi                                    tar que o sujeito sacie (ou que se fixe demasiado num a etapa interm e                                    diária) antes de aprender a pressionar a barra.                                    A TEN Ç Ã O : Não modifique bruscamente sua exigência, dando gran                                    des saltos em seu critério de reforçamento diferencial! Às vezes, o ani                                    mal está sendo treinado em um a etapa N e apresenta um a resposta de                                    um a etapa mais avançada N+3, e o aluno decide passar a reforçar                                    somente as respostas N+3. Por exemplo, a resposta sendo treinada é                                    “aproximar a cabeça da barra” e, num determinado momento, o ani                                    mal pressiona a barra com um a das patas. A tendência dos alunos é                                    considerar isso um a evidência de que podem saltar etapas intermediá                                    rias (“passar a cabeça por cima da barra”, “levantar-se nas patas trasei                                    ras” etc.) e assim passam a exigir a resposta de pressão à barra. Isto                                    poderá produzir a extinção da resposta N sem garantir a resposta N+3.                              3.    Outro aspecto a ser lembrado: é im portantíssimo que o evento refor-                                    çador ocorra imediatamente após a resposta que pretendemos forta                                    lecer, ou cuja freqüência buscam os aumentar. Essa seqüência                                    temporal “ Resposta>Reforço” é importante e deve ser empregada de                                    m aneira precisa e imediata, pelo m enos nos prim eiros dias de nosso                                    trabalho com esse animal. Evite reforçar respostas incompatíveis                                    (quanto m aior o intervalo entre um a resposta e sua conseqüência,   2 Atraso de reforçamento se refere ao intervalo entre a emissão de uma resposta e 0 acesso à conseqüência reforça- dora; quanto maior esse intervalo, menos eficaz a operação de conseqüenciação. 3 Custo de resposta refere-se ao «sforço total que um organismo deve despender para obter acesso a um reforçador. É medido em termos de energia gasta (deslocar uma barra de l versus lo gramas, emitir 1 versus 15 pressões, per correr uma distância de 10 versus 40 cm etc.) ou de efeitos colaterais indesejados (0 focinho do rato é uma parte muito sensível e delicada de seu corpo, usá-lo para pressionar uma barra de metal pode, com a repetição do ato, produzir uma inflamação na área ou até lesões). ■                   A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O     m aior a probabilidade de que outras respostas, algum as incom patí                               veis, ocorram nesse intervalo).                               Diz-se que modelar é um a arte, pois além de não possuir regras fixas,                               exige um observador atento, preciso e rápido na tomada de decisões,                               bem como um a pessoa bastante familiarizada com todas as etapas da                               resposta que deseja ensinar.                          4.   O critério para o encerramento da m odelagem é a emissão de cinco                               respostas consecutivas de pressão à barra (sem outras respostas inter                               mediárias). Atenção: nesse estágio, reforce apenas as respostas em                               que a pressão à barra for executada com um a ou ambas as patas dian                               teiras. Quando isso ocorrer, coloque a chave de comando da caixa de                               controle na posição Automático, para que as respostas de pressão à                               barra passem a ser reforçadas automaticamente.                          5.   Imediatamente após a m odelagem ter sido finalizada, dê início à Prá                               tica 4 - Reforço Contínuo (CRF I) e anote o horário de término da                               Modelagem.   IMPORTANTE: A qualquer momento, durante a Modelagem, se você                          tiver alguma dúvida, ou se seu animal ficar parado muito tempo, ou pas                          sar a dormir, ou se você não conseguir passar de um a etapa da modela                          gem para outra, não hesite em chamar o professor; não corra o risco de                          colocar um a resposta adequada em extinção, ou de estabelecer um a res                          posta inadequada.    Prática Número 4  REFO RÇO CO NTÍN UO DA RESPOSTA DE PRESSÃO À                               B A R R A (C R F I)  APRESENTAÇÃO  O Reforço Contínuo (CRF4) tem como efeito imediato fortalecer a res                          posta de pressão à barra, e com isso mantê-la em alta freqüência no reper                          tório comportamental de seu sujeito. Na Prática 4, toda resposta de                          pressão à barra será reforçada pela apresentação imediata de um a gota de                          água, e nenhum a gota será apresentada sem que tal resposta tenha sido                          emitida. O nome Reforço Contínuo se origina dessa contingência: cada                          resposta é reforçada, não há solução de continuidade.   - Esquemas freqüentemente são designados por siglas cuja origem está em sua denominação em inglês, assim rercTco contínuo origina-se da expressão correspondente em inglês Continuous Reinforcement. AS C O N S E Q Ü Ê N C I A S D O Q U E F A Z E M O S S A O I M P O R T A N T E S P A R A O N O S S O F A Z E R 5   113     O reforço contínuo da resposta de pressão à barra encerra a prim eira                   sessão experimental (Prática 4, CRF I) e é retomado na Prática 5 (CRF II)                   quando inicia a segunda sessão.   PR O C EDIM ENTO (CRF l)  Imediatamente após o critério de m odelagem ter sido alcançado, você                   deve colocar a chave de comando da caixa de controle na posição Autom á                   tico. Durante a Prática 4, você vai utilizar a m esm a planilha de registro                   usada durante a Prática 1. Nas caseias das colunas denominadas CRF I,                   você deve anotar a freqüência das m esm as respostas anteriormente defi                   nidas e observadas (ver Prática 1 - Nível Operante).   1.   A chave de comando da caixa deve ser mantida na posição Autom áti                         co durante toda a duração desta prática, para garantir o reforçamento                         automático e imediato de cada resposta de pressão à barra.                    2.   Anote a freqüência das m esm as respostas registradas durante a Prá                         tica 1 - Nível Operante, m inuto a minuto.                    3.   Periodicamente, observe se o nível de água na cuba localizada abaixo                         do bebedouro está adequado para o bom funcionamento do aparelho.                   4.    Encerre esta prática após o anim al ter pressionado a barra 2 0 0 vezes                         ou após 15 minutos, contados a partir do início do CRF, o que ocor                         rer primeiro. Se, durante a prática, seu anim al parar de responder,                         notifique o professor.                    5.   Ao final da prática, retire o anim al da caixa, reconduza-o ao biotério,                         e anote o horário de término da sessão.                    6.    Execute os procedimentos de lim peza da caixa e de higiene pessoal. A ANÁLI SE DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O     Folhas de Registro:                                       Práticas í, 2, 3 e 4  PRÁTICA 1 : NÍVEL O PERANTE (NO)                                              PRÁTICA 4 : REFO RÇO CO NTÍN UO (C R F l)  Data:        /       /             Início:    h     min.                      Término:       h        min.               Anim al Ns  Alunos:    Pressionar                Tocar                    Farejar      ;        Levantar           ;        Lim par-se  Min.                   NO      CRF 1        NO         CRF 1        NO         CRF 1   :       NO          CRF 1   ^     NO         CRF 1  1                                                           i                       ;                           ;  2  3  4   5  6                                                                                   j                           ;  7  8                                                                                   1                           |   9                                                                                                               1   j                           !     10  i                           !   T o ta l     PRÁTICA 2 : TREINO AO BEBED O U RO  Início:          h        min.                Término:     h         min.                    Duração:         min.     Número de gotas de água consumidas pelo sujeito: AS C O N S E Q Ü Ê N C I A S    DO Q U E F A Z E M O S     SÃO IM P O R T A N T E S       PARA O NOSSO FAZER?                          115     PRÁTICA 3 : MODELAGEM  Início:        h       min.                       Término:      h      min.                      Duração:       min.    Etapas da modelagem: (nome e total de gotas)  1)                                                                     2)           3)                                                                     4)                                                 ...................           5)                                                                     6)           7)                                                                     8)     TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES ÀS                                              PRÁTICAS I 2, 3, E 4  1.    A partir dos dados de freqüência das diferentes respostas observadas                                              durante os exercícios de Nível Operante (NO) e Reforço Contínuo (CRF                                              I), calcule a taxa de respostas (respostas por minuto, Resp/min) em cada                                              prática e preencha a tabela abaixo, elaborando um título para a mesma.   T a b e la 1 ~ ...............                   ............ ....  Freqüência das respostas observadas                                                          Respostas                    N ível o p e ra n te                 C RF 1  observadas               Total           Resp/m in        Total        Resp/m in  Pressionar                                                              Tocar                                                              Farejar                                                          Levantar                                                          Lim par-se     2.    Faça um histograma representativo dos dados acima (analise e esco                                              lha qual destas medidas é m ais representativa: a freqüência total ou a                                              relativa?). Elabore um título para esse histograma.                                        3.    Quais as respostas mais freqüentes durante o NO (identifique duas e                                              dê suas taxas)? Por que estas respostas seriam as mais freqüentes?                                              (Para o momento, procure responder em termos de aquisição filoge-                                              nética).                                       4.     Descreva o procedimento de Treino ao Bebedouro e explique por que                                              esta etapa foi necessária.  entre a fase de                       NO e a de CRF?                 7. na ordenada. na abscissa. Qual a freqüência da resposta de pressão à barra                       durante o NO? E qual a freqüência desta resposta durante o CRF? Há                       um a diferença? A que ela pode ser atribuída? Por quê?                 8. Descreva a evolução da freqüência da resposta de pressão à barra.0   DI J D Á T 1C O                     5a.                  11. b) some cumulativamente esses totais                       lançando os resultados num a nova coluna (Freq. A partir destes resultados. Isto é. some                       o total do minuto N ao total no minuto N +i e coloque este valor na                       linha correspondente ao m inuto N +i. ao                       longo do tempo.). . Absol. deverão ser                       representados os minutos de duração da Prática 4 e. Entre os dados                       da coluna Freq. o total de respostas de pressão à barra emitidas a cada minu                       to e coloque os dados num a coluna de freqüência absoluta de respos                       tas (Freq.1:      116   A A N Á L 1S E D O C O M P O R T A M E N T O N O L A B O R A T Ó R   1. finalizando a curva.).                 6. c)                       Construa um espaço cartesiano em que. Acum. Se a seqüência que você efetivamente empregou diferiu da idealiza                       da. baseando-se na curva que você acabou de desenhar.    Volte à Tabela 1. descrevendo o critério de reforçamento                       em cada uma. Justifique a escolha dessas etapas e dessa seqüência. Em seguida. e assim sucessivamente. num a folha                       à parte. como você responderia à pergunta: “ Exis                       te relação entre o que o sujeito faz e as conseqüências que sua ação                       produz no meio am biente?”                         Esteja preparado para discutir estas questões em classe e apresentar                 seus dados (tabelas e gráficos) para o professor. Enumere as etapas que você im aginou para realizar a m odelagem da                       resposta de pressão à barra. em termos de procedimento. a                       freqüência acumulada de respostas de pressão à barra. explique o porquê em termos do comportamento do animal. e una os pontos.    As respostas mais freqüentes durante o Nível Operante continuam                       com a m esm a freqüência durante o CRF? Qual a sua nova freqüên                       cia? Por que esta mudança?                 9.    Faça um gráfico de freqüência acumulada para as respostas de pres                       são à barra durante a Prática 4. Dê um                       título para esse gráfico.                 5b.    Qual a diferença básica. Para tanto a) some antes.                  10. Acum.  tornarem-se reforçadores ao longo do desenvolvimento ontogenético de um indivíduo dessa espécie. Dizem os que a água é um evento filogeneticamente importante. não obstante. ou como conseqüência significativa. porém de um a maneira ligeiramente diferente. preparam as condições necessárias para que possamos colocar a pergunta acima. 6. As Práticas 5 e 6 estão ligadas. Obviamente.      Nas Práticas 1 a 4. um a questão digna de . em relação ao qual fomos selecionados ao longo de nossa evolução biológica. independentemente de qualquer aprendiza gem. A esse respeito. Nelas. O que indagamos agora é se eventos que não adquiriram propriedades reforçadoras ao longo da evolução de um a espécie. previamente à realização daquela sessão. nosso sujeito experimental havia sido privado de água. independentemente de qualquer experiência ou característica indi vidual dos organism os vivos. metodologicamente. e. à pergunta coloca da na sessão anterior sobre a importância das conseqüências de nossos atos. e essa substância é um compo nente vital de nosso organism o biológico sem a qual não podemos sobre viver.b)      Somente conseqüências         filogeneticamente importantes         podem atuar como reforçadores?         (Práticas 7 e 8)          SEGU ND A SESSÃO EXPERIMENTAL      ( PRÁTICAS 5 A 8 )       Esta segunda sessão será composta por quatro práticas (Práticas 5. 7 e 8). podem. conceitualmente. essas duas práticas tam bém estão ligadas às práticas anteriores com relação à questão da conse- qüenciação de nossos atos. trabalhamos tão somente com água como evento reforçador. Dizemos que a água atua como evento reforçador.  como o nome diz.                     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                              nos colocarmos é se somente eventos filogeneticamente importantes                          podem atuar como eventos reforçadores. volta à mesma freqüência anterior). nesta Prática 8. última prática desta segun                           da sessão. ou seja. o que demonstraria a ductibili-                           dade do comportamento operante e a reversibilidade de nossas intervenções. se tornou um reforçador                           secundário. iremos trabalhar com                           um esquem a de reforçamento intermitente1 e. então decorre que existe u m segun                           do nível de seleção comportamental. . Podemos                          aprender um a dependência a eventos que não são filogeneticamente                           importantes? Se a resposta é positiva.                               Na Prática 8 (CRF III. na próxima sessão de laboratório. e podendo N ser variável ou fixo. como foi dito. os alunos reinstalarão a água como evento conseqüente à respos                           ta de pressão à barra. podem se tornar reforçadores. dependendo de certas condições (que serão des                           critas e demonstradas na Prática 7). vai poder                          verificar como este som. assim não entraremos em detalhes sobre sua   1 Reforço intermitente é aquele. verificando se este comportamento recupera sua força                           (ou seja. isto é. provavelmente devido à sua associação (empare-                          lhamento) com a água (reforçador primário). o aluno vai poder responder ã questão                           colocada acima sobre a exclusividade ou não do controle.                               O recondicionamento da resposta de pressão à barra (Prática 8) será                           necessário pois. a resposta preci                           sa estar presente no repertório do animal com um a freqüência inicial                           alta. que não ocorre regularmente. A propósito. já iremos dar início ao procedimento de                           reforçamento intermitente. 0 aluno vai poder verificar de form a m ais conclusiva aquilo que foi                           dito na Prática 2 sobre os efeitos do som do bebedouro.                           O aluno terá executado aquilo que em termos de delineamento experimen                           tal se denomina “Delineamento A-B-A-B” (onde A representa ausência da                           operação “água contingente à resposta de pressão à barra” e B representa                           a presença dessa operação. Recondicionamento). podendo ocorrer a cada N respos tas ou a cada N segundos. de eventos filogeneticamente importantes.                                   Prática Número 5                                REFO RÇO CO NTÍNUO DA RESPOSTA DE PRESSÃO À                               BA RRA (C R F II)                                A Prática 5. nossa intervenção experimental). Eventos peculiares e                           específicos a nossa vida.                               Na Prática 7 (Reforço Secundário) desta segunda sessão experim en                          tal. a ontogenética. sobre nossos                          comportamentos. Ao m esm o tempo. é essencialmente um a continuação/repeti                           ção da Prática 4 (CRF I). para isso. resposta ocorreu no meio do minuto.                                          PROCEDIMENTO                                  1. Fazendo isso. estamos realizando um procedimento denominado EXTIN                                  ÇÃO.                                           Prática Número é                                         EXTINÇÃO DA RESPOSTA DE PRESSÃO À BA RRA                                         APRESENTAÇÃO                                         O objetivo desta prática é confirmar. continue reforçando                                 até o final do minuto m esm o que.     Coloque-o na caixa e dê início ao reforçamento contínuo.     Retire seu animal do biotério e traga-o para o laboratório. a concha do bebedouro                                        está sendo enchida após o funcionamento do m ecanism o que contro                                        la o bebedouro. Verifique se a barra de respostas está bem firm e e                                        funcionando. bastando dizer que ela mantém o procedimento de reforça-                                 mento contínuo utilizado anteriormente. de fato. você ultrapasse as 2 0 0 res                                 postas previstas. Zere seu                                        cronômetro e registre minuto a minuto o núm ero de respostas de                                        pressão à barra emitidas (cada resposta deve estar sendo automatica                                        mente reforçada.S O M E N T E C O N S E Q Ü Ê N C I A S F ILOG E N E T I C A M E N T E I M P O R T A N T E S P O D E M A T U A R C OM O R E F O R Ç A D O R E S ?   119                                     constituição. Para esta confirmação. Quando procedemos                                 dessa forma.                                 7. ao iniciar o próximo minuto. se a resposta de pressão à barra é mantida                                 pelas suas conseqüências. veja instruções                                        específicas a seguir).     Prepare a folha de registro que será utilizada nas Práticas 5 a 8. com isso. Considerando que este procedimento é o oposto daquele de refor- .     Deixe a chave de controle da caixa na posição Automático. coloque a chave                                        de comando da caixa na posição Desligado. iremos rom per a rela                                 ção de contingência entre a resposta e o reforço.     Verifique o funcionamento da sua caixa experimental. você estará                                        dando início ao procedimento de Extinção (Prática 6. Verifique se. atente para o seguin                                 te: se a 200.     Após.                                 4. mude o controle                                 para Desligado para dar início à Prática 6. no m ínim o. 2 0 0 respostas reforçadas em CRF.                                 2.                                 3. caso isso não ocorra.                                 5.     Deixe um a gota de água disponível na concha do bebedouro. chame o professor).                                 6.                                          Para facilitar seus cálculos de taxa de resposta. Verifique o                                        nível da água na cuba. por meio de um procedimento                                 oposto ao de reforçamento. Contudo. Reforço Secundário.        3. como ocorre        com a água. o sexo. agora reaparecem). seria de se esperar que seu efeito também fosse o oposto. você vai precisar dela             novamente. como visto em        nossas práticas anteriores. o calor.        6.   Após o encerramento do quinto minuto.   Continue anotando na folha de registro a freqüência de resposta de             pressão à barra. Você pode também observar a freqüência de outras             respostas. aquelas observadas durante a prática de nível operante e             modelagem. m ais tarde.             e que haviam sido “deslocadas”. isto        é. respostas anteriormente eficazes.        4. para não produzir barulho nas proximidades do bebedouro.               PRO CEDIM ENTO         1.   Encerre esta prática após o anim al permanecer 5 minutos consecuti             vos sem emitir a resposta de pressão à barra.   Utilize a m esm a folha de registro usada na Prática 5. e principalm en             te. vamos        verificar se isto de fato ocorre. o descanso etc. Deixe             a cuba cheia ao lado de sua caixa experimental.        5. para verificar se elas ressurgem (este é um efeito comum             do procedimento de extinção. remova a cuba de água.   Coloque a chave de comando da caixa na posição Automático e dê iní             cio à Prática 7 . Nesta prática. ou após 15 minutos a             partir do início do procedimento de Extinção (seu professor apontará             a opção a ser seguida). Os estímulos reforçadores nem sem pre têm        um a relação óbvia com nossa sobrevivência como espécie. Faça um sinal ao             lado do minuto no qual você deu início ao procedimento de Extinção.                Prática Número 7              REFO RÇO SECU N D ÁRIO              APRESENTAÇÃO              Você já deve ter pensado que muitas das coisas que fazem os não são        conseqüenciadas por estímulos reforçadores facilmente identificados ou        que estejam relacionados a funções biológicas básicas.        2. Pro             ceda com cuidado para não derramar água na m esa. Esses eventos têm        um a função importante filogeneticamente falando.   Coloque a chave de comando da caixa na posição Desligado. isto é. Ela deve             rá permanecer nesta posição ao longo desta prática. a comida. que é a de m anter o . que produzisse um a diminuição no responder.■     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T O R I O   DIDÁTICO            çamento.                            Ao longo de nossas práticas você deve ter percebido que o “clankt”                       característico do funcionamento do bebedouro esteve associado temporal                       mente à apresentação de água. ou                       seja. o bebedouro. conseqüen-                       ciaremos cada resposta de pressão à barra com o ruído característico do                       funcionamento do bebedouro.” . isto é. com                       um reforçador primário). isto é. ou seja.                       isto é. Durante a Prática 7. ele precedia a toda apresentação de água e. m as ao                       fato de que esses foram aprendidos.                       adquiridos primariamente. Mas. isto é. Portanto. ou até m esm o com outro reforçador condiciona                       do já fortemente estabelecido. por um elogio. e dos quais os outros se originam). se ele pode realmente ser considerado um reforçador condicionado. nenhum a gota de água será . era simultâneo à emissão da resposta de pressão à barra. mas. não se refere à sua importância. na ausência do som do bebedouro este. pelo contato                       visual com outras pessoas etc.. Estu                       dos mostram que.                           Na Prática 6.                       Por outro lado.                           Certos estímulos não funcionam originalmente como reforçadores. como a cuba de água do bebedouro foi                       removida na Prática 6 e assim a manteremos. por pedaços de papel marcados “R $. O objetivo da Prática                       7 é investigar se esse ruído de fato adquiriu propriedades reforçadoras. um importante fator que permite                       a um estímulo “neutro” tornar-se reforçador secundário é a sua apresen                       tação temporalmente próxima de um estímulo reforçador primário. um a aquisição                       filogenética (donde advém a expressão “reforçadores prim ários” .SOMENTE CON SEQÜÊN CIA S FILOGENETICA MENTE IM PORTANTES PODEM ATU AR COMO R E F O R Ç A D O R ES ?                           equilíbrio homeostático de nosso corpo. o estímulo neutro deve preceder o                       reforçador estabelecido. Isto é.                       m as adquirem propriedades reforçadoras. reforçadores secundários. e estudam                       como estímulos inicialmente “neutros” tornam-se reforçadores sob o tó                       pico de Reforço Secundário.. ao contrário dos reforçadores primários.                       praticamente. tornam-se reforçadores                       condicionados (este é um outro nome dado para reforçadores secundários)                       se forem emparelhados com um reforçador incondicionado (isto é. você expôs o seu animal ao procedimento de extinção e                       provavelmente observou que a freqüência da resposta de pressão à barra                       claramente dim inuiu em relação à freqüência registrada durante a vigên                       cia do reforçamento contínuo (Prática 5). como explicar o fato de que                       algum as pessoas possam ter seus comportamentos reforçados por sorri                       sos. sur                       gidos depois). por exemplo).. são um a aquisição ontoge-                       nética (donde advém a expressão “reforçadores secundários” . nesta apresentação. e este processo é maximamente eficaz se a apre                       sentação do estímulo neutro preceder também a resposta que produz o                       reforçador já estabelecido e durar até a apresentação deste último. o                       som do bebedouro funcionando preenchia as condições para que ele se                       tornasse um reforçador secundário ou condicionado. A denominação dada a esses reforçadores. não                       funcionava (durante o procedimento de Extinção.?                           Os analistas do comportamento também notaram isto.  e não 0 momento em    que você ligou o bebedouro vazio. pois. poderemos observar o efeito deste som    sobre a freqüência da resposta que o produz. o rato não         “sabe” que você ligou o bebedouro em automático!).Recondicionamento da Resposta de         Pressão à Barra. Você deve continuar anotando.      NOTA:    Ao analisar os dados da Prática 7. o    momento em que ele emitiu sua prim eira resposta. Assim . acione o bebedou         ro manualmente duas ou três vezes a intervalos de 5 segundos. minuto a minuto.   Encerre esta prática 5 minutos após a prim eira resposta que seu ani         m al apresentar nesta etapa. isto é. Antes de iniciar    esta prática. a fre         qüência da resposta de pressão à barra. produzindo seu ruído característico. se não         ocorrerem respostas de pressão à barra (afinal de contas. Discuta com seu professor por que    essa correção no cálculo da duração desta prática é importante.    2.   Coloque a chave de comando da caixa de controle na posição Automá         tico: 0 bebedouro será acionado automaticamente após cada resposta de         pressão à barra. a cuba de água         foi deslocada para fora do bebedouro logo após o quinto minuto da prá         tica anterior. com cuidado. porém a gota de         água não será apresentada ao animal. a cuba de água sob o bebedouro.   Recoloque. . lembre-se. Após três minutos contados do início desta prática. certifique-se de que realmente retirou a cuba do bebedouro.           PRO CEDIM ENTO     1.    3. Acione o bebedouro duas ou três vezes         e dê início à Prática 8 (CRF III) . Assinale na folha de registro o momento no qual foi dado início         a essa prática. leve em conta o momento em que de    fato o animal entrou em contato com a nova contingência. sem que esse efeito fique    contaminado pela produção paralela de um a gota de água. Verifique         se o nível de água é adequado.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        apresentada ao animal.    4.   A folha de registro da Prática 7 será a m esm a utilizada nas Práticas 5         e 6.  A lém disso.   Continue utilizando a m esm a folha de registro que você vem usando                                 nas Práticas 5 a 7 assinalando. inicialmente em CRF e. é necessário fortalecer novamente a res                           posta de pressão à barra que se encontra em franco processo de extinção. Para isso. como em CRF).                                   PRO CEDIM ENTO                             1. e assim cada resposta seria                            reforçada.                                                                                                                           m  SOMENTE C O N SE Q Ü ÊN CIA S FILOGE N ETICAMENTE IMPORT ANT ES PODEM A TU A R COMO REFORMADORES?                   123                                     Prática Numero 8                                  RECO N D ICIO NAM EN TO DA RESPOSTA DE PRESSÃO                                 À BA RRA (C R F III)                                  APRESENTAÇÃO                                  O objetivo desta prática é preparar o anim al para o trabalho a ser rea                           lizado na Prática 9. em seguida. o momento em que teve                                 início a Prática 8. porém na                            ausência de outros reforçadores subseqüentes. refere-se a Fixed Ratio. ela não foi conseqüenciada                           pela apresentação de água. tornan                           do 0 seu efeito bastante passageiro. A sigla usada para indicar o procedimento de Razão Fixa. se um reforçador secundário é apre                            sentado repetidamente como conseqüência de um a resposta. conseqüenciaremos a resposta de pressão à barra                            com água. 0 reforçador secundário teve                           um a curta história de pareamentos com o reforçador prim ário.                           Esta resposta certamente está enfraquecida no repertório comportamen-                           tal do anim al pois.    . em vez de após cada resposta (evidentemente                            que poderíamos fixar este núm ero em um . Quando um esque                           m a de FR está em vigor. FR 5 indica que a quinta resposta                            será seguida de reforço. apresentando água a cada duas                            respostas de pressão à barra. Assim . Indicamos este núm ero fixo por um dígito                            após a sigla FR. . na m esm a.                                 Esta mudança de CRF (ou FR 1) para FR 2 visa apenas habituar o ani                           m al ao procedimento a ser empregado na próxima prática experimental. em um esquem a de refor-                           çamento intermitente denominado Razão Fixa (FR2). seu equivalente em inglês. o organismo é reforçado após a em issão de um                           núm ero fixo de respostas. durante as Práticas 6 e 7. Dessa form a. ele tem sua efetividade                           diminuída.                                 Durante a Prática 8. por exemplo. FR.                            Na prática de hoje usarem os um FR 2. Estudos m ostram que a eficácia de                           um reforçador secundário depende de seu pareamento periódico com                           outros reforçadores.  Alternativa             mente.        4. coloque a             chave de controle na posição Desligado.        9.                       para as res             postas não seguidas de água. Ao fazer isso.   Mantenha este procedimento por 10 minutos.■      A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            2.        6. chame o professor. ser um pouco m ais demorada.   Anote o horário de término da sessão e retire o animal da caixa e             reconduza-o ao biotério. Se. assim. Durante o FR 2. passe a chave para a posição Automático de form a que             após a resposta seguinte de pressão à barra seu anim al tenha acesso             a um a gota de água automaticamente.   Continue anotando a ocorrência de respostas de pressão à barra. após o próximo reforçamento.   Anote a ocorrência de respostas de pressão à barra. Esta             opção poderia.        8. porém.   Execute os procedimentos de lim peza da caixa e de higiene pessoal.             minuto a minuto. volte para a             posição Desligado. e assim sucessivamente. você poderia simplesmente colocar a chave de controle na posi             ção Automático e esperar seu animal eventualmente responder. e um “X ” para aquelas reforçadas (daqui             por diante use sem pre esse recurso para anotar respostas reforçadas             e não reforçadas). . após dois minutos.        5. m inuto a m inu             to.   Em seguida. seu anim al não tiver apresentado pelo             m enos 10 respostas durante esse período.   Após três minutos em CRF. proceda do             seguinte modo (você deverá ser rápido e estar muito atento ao com              portamento de seu animal): após o último reforçamento.   Inicie esta prática acionando manualmente o bebedouro duas vezes             com cinco segundos de intervalo entre os acionamentos. utilizando um sinal como este. após um a resposta. optamos             por acionar manualmente o bebedouro e acelerar o processo.        3. coloque-             a na posição Automático.        7. diferencie as respostas reforçadas             das não reforçadas. inicie o esquem a de FR 2 assinalando             este momento na folha de registro.  separadamente) . 6. 7 a S   Data:     /   /                Início:     h      min.                     Término:        h      min. escrevendo o respectivo nom e/núm ero da m esm a. 7 e 8. para cada um a das práticas.                  Anim al N°  Alunos:     (Assinale na m argem esquerda o momento em que iniciar as Práticas 5. Não se esqueça de reiniciar a partir do zero a contagem de respostas quando for preencher as colunas de Freqüência Absoluta e Freqüência Acumulada. 6. S O M E N T E C O N S E Q Ü Ê N C I A S F 1 L O G E N E T 1 C A M E N T E I M P O R T A N T E S P O D E M A T U A R C O M O RE F O R Ç A D O R E S 5                                       Folha de Registro:                                   Práticas 5.              Freqüência da resposta de pressão              à   barra             j       F.             16             17             18             19            20                                                                                                        !              21            22                                                                                    1              23            24     |                                                                              j                   |            25            26                                                                                    i                   I              27            28            29     j               30                                                                                       j               31                                                                                       \             32                                                                                        !               33    j               34                                                                                       |             35                                                                                       l       |               36             37    i                                                                                  . Absol. Acum .                                                                                                                         !                                                                                                                         j                38                                                                                       :             39             40             41 .           F.■     126              A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T O R I O   DIDÁTICO               Min.    48                                                                                                             1                 !          '                                                                                                      i                 !                                                                                                                 i  49      .          i                                                                                                      . No entanto. 6.                 j   45                                                                                                             1           :                                                                                                     i                 !   46       . Acum .    Na ocasião da análise dos dados referente às Práticas i a 4.                                                                                                                       !   47                                                                                                                               .   52   53                                                                                                             i                 j   54       :                                                                                                     i                 j   55       :                                                                                                     !   56    57      '                                                                                                     í    58                                                                                                            .                                        Portanto.                                           TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES ÀS                                        PRÁTICAS 5. 7.                                                                                                      .    60      j                                                                                                     . Absol. sua resposta baseou-se nos dados coletados nas qua                                        tro prim eiras práticas. com base nos dados obtidos no conjunto das Práti                                        cas 1 a 6.     !                            Freqüência da resposta de pressão à barra                                     F.         F. realizadas nesta segunda sessão. avaliando a resposta .                 í  44      !                                                                                                      i                 !          .   50      :    51     .    59      . responda novamente à questão acima. você deve ter notado. E 8                                  1.   42                                                                                                             1                 . agora.S O M E N T E C O N S E Q Ü Ê N C I A S F I L O G EN E T I C A M E N T E I M P O R T A N T E S P O D E M A T U A R C O M O RE F O R Ç A D O RE S ?   127     Min.   43      :                                                                                                      . você foi                                        solicitado a responder à pergunta: “ Existe relação entre o que o sujei                                        to faz e as conseqüências que sua ação produz no m eio ambiente” ?                                        Naquela ocasião. esta pergun                                        ta abrange também as Práticas 5 e 6.  Use.                                             aplica)         aplica)      Prática 8)        3.   Descreva as tendências da curva grafada.    Preencha a tabela abaixo com os dados referentes à taxa de resposta          por minuto durante: a) o total de duração de cada prática. e c) nos cinco últimos m inutos de          cada prática.          um a seta para indicar o ponto de mudança e escreva o nome ou sigla          do procedimento empregado. b) nos cinco          prim eiros minutos de cada prática.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO              que você havia dado anteriormente. o m o          mento em que cada procedimento foi introduzido.    4. 7 e 8 indicando. Atente particularmente para os seguintes          pontos: . Os dados das Práticas 5 e 6          m udam as conclusões a que você havia chegado anteriormente? Eles          fortalecem-nas ou enfraquecem-nas? Explique.    2. por exemplo. 6.    Faça um gráfico da freqüência acumulada das respostas de pressão à          barra ao longo das Práticas 5.          A resposta de pressão à barra.               Procedim ento                    Taxa geral             Taxa inicial   Taxa term inal                                              (Resp/min)             (5 minutos)     (5 minutos)       CRF 1 (Prática 4)       C R F II (Prática 5)       Extinção (Prática é)       Reforço      secundário (Prática 7 )       C R F III                                                        (não se         (não se      (Recondicionam ento.     6. ainda faz parte          do repertório comportamental do rato na ocasião do início da Prática          6? A passagem de tempo é um a variável necessária para que ocorra          esquecimento? Justifique sua resposta com seus dados. aprendida na Prática 5. no gráfico. e relacionando estes resultados com os pro          cedimentos empregados.          Compare também a taxa terminal do CRF I com a inicial do CRF II.    Compare as taxas iniciais e terminais no CRF I (Sessão 1) e no CRF          II (Sessão 2). Essas taxas estavam aumentando ou dim inuindo ao          longo de cada um a dessas práticas? E ao longo das duas práticas?          Você diria que seu anim al já havia estabilizado seu desem penho ou          que estava ainda aperfeiçoando-o?    5. completando sua descrição          com os dados da tabela.    Compare a taxas geradas em CRF I (Sessão 1) e CRF II (Sessão 2).  6. Os estímulos associados à liberação da água adquiriram algu                             m a propriedade reforçadora? (Ou seja. são suficientes para alterar                             a probabilidade de ocorrência de um a resposta em extinção. (Para serm os m ais precisos. ele se mantém indefinidamente. 7. urinar. pressionar a barra violenta                           e rapidamente. A resposta de                             pressão à barra depende de reforçamento para ser fortalecida/                             mantida no repertório de um indivíduo? Após ter havido aprendi                             zagem de um comportamento. você verificou a ocorrência de respostas ditas emocionais (por                           exemplo. essa compara                             ção deveria ser feita com os prim eiros cinco minutos após a                             primeira resposta emitida durante a prática de Reforço Secundá                             rio). defecar etc.                             m esm o sem reforçamento? O efeito da retirada do reforçamento é                             imediato? Justifique. Você poderia dizer que seu                              anim al reaprendeu?                      7.   Observando o comportamento do anim al durante a Extinção (Prática                           6). respostas como morder a barra.                           você notou em seus dados um aumento no responder à barra nos pri                           meiros momentos da extinção antecedendo à diminuição gradual em                           sua freqüência? Analise e discuta esses dois fatos procurando identi                           ficar possíveis relações entre eles. se                             apresentados contingentemente a essa resposta?)                           e) Compare as taxas terminais em Extinção e em Reforço Secundário                              (que poderia ser denominado tam bém Extinção II).) acompa                           nhando a diminuição da freqüência de respostas à barra? Além disso. Compare ago                             ra com a taxa de Recondicionamento.                           d) Compare a taxa de respostas obtida nos últimos cinco minutos de                              Extinção com a taxa obtida nos primeiros cinco m inutos de Refor                             çamento Secundário. coçar-se fortemente. e em seguida com a taxa terminal em Extinção.SOMENTE CONSEQÜÊNCIA S F ILOGENETICAMENTE IMPORTANTES PODEM ATU AR COMO R E FO RÇ A D O RES?       129                               a) Ocorreu alteração na freqüência de respostas de pressão à barra                             nas Práticas 5. e 8?                           b) Qual foi o sentido dessa alteração ao longo dessas práticas? A fre                             qüência aumentou ou dim inuiu? Essa alteração acompanhou                             algum tipo de intervenção experimental?                           c) Compare a taxa terminal em CRF II com a taxa inicial em Extin                             ção. .  . observando 0 comportamen to de um rato privado de água. para cada um a das duplas de alunos. várias respostas de um único rato serão objeto de registro e análise por parte de todos os alunos. apresentações que não requerem a emissão de qualquer resposta por parte do rato.       Durante esta demonstração. conforme fizemos nas práticas anteriores. A critério do professor. cada dupla de alunos poderá ter seu próprio animal. em termos de conjun ções de histórias de reforçamento entre 0 presente exercício e as outras práticas propostas neste manual afetariam a continuidade de nosso traba lho. este sujeito não poderá ser o m esmo que vem sendo utilizado. a demonstração proposta tem como objetivo propi ciar condições para que os alunos verifiquem. sejam estas reforçadores prim ários (Práticas l a 6) ou secundários (Práticas 2 e 7). é possível transform ar este exercí cio de demonstração em um a prática de laboratório bastando que. Este exercício se articula com os dois con juntos de práticas realizadas até o momento e permite enriquecer a análise e a discussão acerca do papel das conseqüências sobre o com por tamento dos organism os. no entanto. contudo. providencie-se um novo rato ingênuo. A realização desta demonstração deve requerer entre 9 0 e 120 minutos. os efeitos produzidos neste comportamento por apresentações repetidas de água.  \           1     •* A   *                      *» c/      Subsequencia ou consequencia/         âP>             O comportamento supersticioso     presente exercício é um a sugestão ao professor de atividade de dem ons tração no laboratório didático. para isso.       Em linhas gerais. Obviamente. específico para esta atividade. pois as interferências.  após terem demonstrado no laboratório a        importância. estabelecemos um a rela        ção de contingência resposta-reforço em que a liberação de água dependia        do anim al emitir o comportamento de pressionar um a barra de metal. separadamente. isto é. a resposta e a conseqüência        mantinham. a resposta de pressão à barra passou a predom inar no        repertório comportamental do anim al após esta resposta ter sido m odela        da.        Sob estado de privação de água. o aumento na fre        qüência de respostas de pressão à barra foi atribuído. de proximidade temporal. a uma. comparativamen        te aos demais comportamentos registrados em nível operante (farejar. nas práticas de Mo        delagem e Reforço Contínuo (Práticas 3. fortalecemos esta constatação ao verificar        que a interrupção da relação de contingência durante períodos de extin        ção foi suficiente para dim inuir a freqüência do comportamento de pres        sionar a barra. por oposição. então. para a        manutenção do comportamento de pressionar a barra?” Seria a proxim i .            A partir desses resultados. Na Prática 6. isto é.■      A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            Nota ao Professor            Sugerim os a realização desta atividade após os alunos terem executa        do as Práticas 1 a 8. relação de contingência entre esta resposta e a apresentação        de água (conseqüência). natural        mente. podemos agora proceder com um a análi        se complementar acerca dos fatores responsáveis pela eficácia do reforço.). como temos enfati        zado. O conteúdo dessas práticas iniciais é pré-requisito importante para se        discutir e explicar conceitualmente o comportamento supersticioso. disso decorre a questão: “Quais teriam sido. para o comportamento de eventos que lhe são conseqüen        tes. pudemos observar que. além desta relação de contingência. podemos legitimamente argum en        tar que. um a forte relação de contigüidade entre        si.        levantar-se etc.        Nas condições experimentais das práticas anteriores. a apresentação de água        dependia da emissão de um a resposta de pressão à barra (relação de con        tingência) e a seguia imediatamente (relação de contigüidade). Ou seja.                Exercício de Demonstração             REFORÇO INDEPENDEN TE DE RESPOSTA (FT)             APRESENTAÇÃO             As Práticas 1 a 6 demonstraram o papel fundamental da conseqüên        cia reforçadora para a instalação e a manutenção do comportamento de        pressionar a barra pelo rato albino. ao m esm o tempo. Especificamente. No entanto. os papéis        exercidos pela contingência e pela contigüidade. E. 4 e 5).  havíamos afirmado que. afinal.         diferentes comportamentos. Com isso. foi demonstrado o papel facilitador do som do bebedouro no         processo de m odelagem da resposta de pressão à barra. independentemente do que o anim al fizesse?         Nesta situação. Para expressar esta relação. no entanto. não haveria qualquer relação de contingência necessária         entre as respostas desse animal e a apresentação de água. além da relação fundamental de contingência         (conseqüência).SUBSEQÜÉNCIA   OU C O N S E Q Ü Ê N C I A ? O C O M P O R T A M E N T O   SUPERSTICIOSO   133             dade temporal entre a resposta e a apresentação de água. antes m esm o do anim al abaixar-         se e lam ber o bebedouro). m aior a sua efetividade como reforçador. Dito de outra forma: Como se comportaria um rato ingênuo e pri         vado de água quando colocado em um a situação em que o m ecanism o do         bebedouro fosse freqüentemente acionado. respectivamente). é útil         e m ais eficaz apresentar a conseqüência reforçadora o m ais próximo pos         sível da ocorrência do comportamento em questão (na Prática 2. independente         mente da contingência entre esses eventos. pois.         dizemos que o atraso do reforço é um parâmetro de sua eficiência. esta justaposição é um a forma . quanto mais imediata a con         seqüência.             Quando se instala um comportamento cuja freqüência de ocorrência         é muito baixa (ou um comportamento cujo custo de em issão é alto). a resposta seria “sim ” . embora         um a relação de conseqüênciação (contingência) seja importante. vamos expor nosso sujeito experimental a um a condição em         que iremos apresentar-lhe água repetidamente. em m omentos distintos. O         exercício de demonstração a seguir ajudará a entender por que. porém na ausência de         qualquer relação sistemática entre essas apresentações e seu comporta         mento. a proximidade temporal entre um comportamento e o         evento que o segue também desem penha um papel importante (subse-         qüência) na manutenção do comportamento. suficiente para aumentar a         freqüência desse comportamento?             Ao discutirmos o Treino ao Bebedouro e a Modelagem (Práticas 2 e         3. Esta justaposição seria suficiente para afetar o comportamento do         nosso rato? Pelo que vim os nas práticas anteriores. À medida que o comportamento se instala e se         estabiliza. a proxi         midade temporal comportamento-conseqüência também parece sê-lo. em intervalos m ais ou menos         curtos porém regulares.         estes diferentes comportamentos estariam sendo afetados por esta justa         posição entre resposta e água. pois este era apre         sentado imediatamente após a resposta. estariam sendo ju s         tapostos temporalmente com o acionamento do bebedouro carregado de         água.             Para avaliarmos o papel da contingência na relação “pressão à barra”         e “água”. por         exemplo. estávamos         apontando para o fato que.         embora em m enor grau. esta relação temporal deixa de ser tão importante. m as é verda         de que continua havendo um a relação entre a eficácia do reforço e sua         proximidade temporal da resposta reforçada.  em um ambiente mais        rico. denom inam os esses com portamentos de su        persticiosos.            Explicando de outra forma. eles podem entrar        em extinção. Em um a situação de atraso de reforço regular. Esta relação seria acidental e não contingencial. Por outro lado. um a variedade m aior de respostas acabaria por ocorrer em ju s        taposição ao acionamento do bebedouro: a cada acionamento. E estaria demonstrado        que não basta a proximidade temporal. poderia ser classificada        como um a relação de contingência já que esta pequena gama de respos        tas aumentaria em freqüência. porém de        form a m ais ou m enos sistem ática em termos temporais. Neste último caso. eles sem pre        acabam competindo com os comportamentos de interesse. pois somente esta relação        de dependência garante a sistematicidade e a repetitividade necessárias        para a seleção do comportamento de interesse. Tecnicam ente. na situação de reforçamento indepen        dente de resposta. E esse efeito seria tanto maior quanto mais freqüen        temente esta justaposição ocorresse. funcionalmente. é possível que um a gama pequena de res        postas acabasse sendo freqüentemente justaposta à apresentação da        água. Arranjos experimentais que propiciam        condições para a ocorrência de com portamentos supersticiosos são        aqueles nos quais vigoram apresentações atrasadas do reforço. Em um ambiente restrito (como        nossa caixa experimental). e os definim os como sendo aqueles que são m odificados        ou mantidos por relações acidentais entre respostas e reforço. em        contraposição a relações de contingência implícita ou explicitamente        program adas (Catania. quando é possível a justaposição repetida de um        determ inado com portam ento e um evento fílogeneticam ente im p or        tante. mas é importante a relação de        dependência entre “pressão a barra” e “água” . e isso expli        ca porque dissem os acima que “o atraso do reforço é um parâmetro de        sua eficiência” . um a res        posta diferente estaria acabando de ocorrer. usando intervalos m ais longos e/ou irregulares entre apresentações        de água.»      A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            de conseqüenciação. mas atuaria como        um a relação de conseqüência e.            O trabalho de Skinner (1948) sobre o comportamento supersticioso        no pombo exemplifica esse conceito e pode servir ao professor como        m aterial de apoio no que diz respeito à definição de comportamento . usando intervalos curtos entre os sucessivos        acionamentos do bebedouro. na m edida em        que não há um a relação de contingência verdadeira. Com porta        m entos supersticiosos podem ser extremamente voláteis. 1998). bem        como arranjos em que os eventos reforçadores são apresentados inde        pendentem ente de qualquer comportamento do organism o. é altamente provável a ocorrência de com portamentos m antidos        por relações acidentais entre esse comportamento e esse evento subse        qüente. nenhum a        resposta em particular aumentaria em freqüência.  o professor deverá apresentar                              brevem ente aos alunos um a rápida introdução sobre os objetivos desta                              demonstração. seqüencialmente. neste exercício.                              baseados nas categorias de comportamentos listadas abaixo. os alunos deverão pre                              parar a folha de registro referente ao presente exercício e ter lápis e bor                              racha à mão. os alunos deverão observar e registrar o com                              portamento do anim al por 10 minutos contados a partir da introdução do                              sujeito na caixa experimental. discutindo o trabalho de                              Skinner (1948). O procedimento seguirá os três passos descritos a seguir:                                       1.                                 Após a breve introdução feita pelo professor.                                      PROCEDIMENTO                                     O exercício de hoje consistirá basicamente em um a atividade de                              demonstração. . privado de água por 36 horas1 antes do início da                              atividade no laboratório. descrito abaixo). O anim al deverá ser colocado no interior de um a                              caixa de condicionamento operante cuja localização. os alunos                              deverão registrar.                                    Previam ente ao início do exercício. A seqüência e o local (próximo ou distante                              da região do bebedouro) em que os comportamentos ocorrem são dados                              importantes para a questão que queremos responder. Mais tarde.               S U B S E Q Ü Ê N C I A OU C O N S E Q Ü Ê N C I A ? O C O M P O R T A M E N T O   SUPERSTICIOSO     135                                  supersticioso. permita                              aos alunos visualizar o anim al de form a fácil e direta. preferencialm ente instigando-os com questões como as                              colocadas acima. haverá ocasião para um a retom ada dessas                              questões. Durante parte do exercício (Passo 2. a densidade de reforço na sessão é bastante alta. sugerim os ao professor dar prosseguim ento                              à discussão relativa ao tema. por                              cerca de 60 m inutos os alunos não estarão com prom etidos com ativi                              dades de observação e registro sistem áticos do com portam ento do ani                              mal.     1 Recomendamos a privação por 36 horas porque. o professor                              deverá colocar o animal na caixa experimental e registrar a hora de início                              da sessão. O procedimento a ser executado utilizará um rato experi                              mentalmente ingênuo. Sendo assim. no recinto. O recipiente de                              água do bebedouro deverá estar cheio. os comportamentos emitidos pelo                              anim al na folha de registro. Observação e Mensuração do Nível Operante                                     Neste primeiro passo. por exemplo. Durante esse tempo. e discus                              são de resultados. A ssim que todos os alunos estiverem prontos. análise da metodologia tipicamente empregada. o que pode levar o animal rapidamente à saciação. Consi                                     dere um a ocorrência deste comportamento quando o anim al esfregar as                                     patas dianteiras na cabeça e/ou focinho e/ou corpo. deverá ser considerado aquele lado em                                     que a resposta predominar (espacial ou temporalmente).                                          Limpar-se no lado direito ou esquerdo da caixa (LI-D ou LI-E) . das paredes ou do teto de cerca da metade da caixa experimental.                                     um a pessoa (um m onitor ou auxiliar) deverá sentar-se atrás da caixa                                     experim ental (isto é. isto é.                                     do piso. trace uma linha imaginária que a divida nas metades esquerda (inclui a parede           oposta do bebedouro) e direita (inclui a parede do bebedouro).                                          Lamber o bebedouro (LAB) .                                     próxima à barra (FAR-D) ou distante da m esm a (FAR-E)2.Considere um a ocorrência deste compor                                     tamento a cada dois segundos que o animal passar lambendo ou m orden                                     do a concha do bebedouro. os alunos não efetuarão qualquer registro do com-             2 Tendo uma visão frontal da caixa. cam inhar para longe do m esm o.                                     por 6 o m inutos contados a partir do encerram ento do passo anterior.                                          Afastar-se do bebedouro pelo lado direito ou esquerdo (AF-D ou AF-E) -                                     Considere um a ocorrência deste comportamento quando o animal. Identifique                                     espacialmente onde se encontra localizado o anim al no momento da res                                     posta. trata-se do esquem a FT 15 s (Tempo Fixo). Tecnicam ente. conte um a nova ocorrência deste comportamento. Nos casos                                     am bíguos quanto ao lado da caixa. Para isso.                                     Durante este passo. predominantemente na metade direita (LI-D) ou esquerda                                     (LI-E) da caixa experimental. A cada três esfrega                                     delas. levar a chave de controle do                                     bebedouro para a posição Manual) em intervalos fixos e regulares de 15                                     segundos. respectivamente.Considere um a ocorrência deste comporta                                     mento quando o anim al pressionar a barra produzindo nela um a depres                                     são acompanhada pelo som “clique” do relê.                                          Farejar do lado direito ou esquerdo da caixa (FAR-D ou FA R -E)—C on                                     sidere um a ocorrência deste comportamento a cada dois segundos que o                                     anim al aproximar o focinho. pelo                                     lado direito e esquerdo da barra. Identi                                     fique por AF-D e AF-E quando o anim al afastar-se.                                            2. Liberação de água em Tempo Fixo a cada                                              1 5 segundos (FT 1 5 s)                                           Este segundo passo do exercício consiste em expor o sujeito experi                                     m ental a um a fase de liberação de água independentem ente de um a                                     resposta específica (ou como dizem os. sem que esta pessoa possa ver o rato) e deverá                                     acionar o m ecanism o do bebedouro (isto é.■     136                         A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                              Pressionar a Barra (PB) . que                                     se encontra junto ao bebedouro. . enrugando-o e movimentando as vibrissas. de “reforço grátis”).  A análise dos regis         tros feitos pelos alunos pode ser realizada por meio de um a média da         classe. os alunos deverão repetir a observação e         registro dos comportamentos do anim al exatamente como o fizeram no         prim eiro passo deste exercício. com         seus alunos. contudo. m as acom panharão a explanação do assunto pe         lo professor. o auxiliar         continuará acionando o bebedouro a intervalos regulares de 15 s. Registro dos comportamentos observados no Passo 1              Neste terceiro passo. O professor que estiver familiarizado com caixas experimentais         automatizadas poderá aproveitar esta oportunidade para discutir. Para tanto. por 10 minutos contados a partir do 6o° m inu         to após encerrado o FT 15 s. na seqüência de ocorrência.               3. . o professor deverá retom ar o ani         mal ao biotério e dar prosseguim ento à discussão sobre o tópico         Comportamento Supersticioso com os alunos. Durante o Passo 3. agora.         adicionalmente ao registro dos comportamentos emitidos. Assim . será importante um a compa         ração dos registros efetuados durante os Passos 1 e 3. os alunos         deverão anotar.SUBSEQÜÊNCIA   OU C O N S E Q Ü Ê N C I A ? O C O M P O R T A M E N T O   SUPERSTICIOSO             portamento do anim al. nos         dados observados e registrados. as vantagens desse tipo de equipamento sobre o registro e         controle m anuais. todas as instâncias de apre         sentação de água. baseando-se. Encerrado este passo. NÍVEL OPERANTE    Min.                      A ANÁLISE       DO C O M P O R T A M E N T O      NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                               Folhas de Registro:                           Exercício de d e m o n s t r a ç ã o  Data:     /       /    Início:    h       min.                      Término:       h      min.                                                     Com portam entos      1         1       2       3       4       5       6       7         !       8         '       9     10 . Alunos:                               Pressionar a barra           =   PB                           Lamber o bebedouro               =       LAB                           Afastar-se do bebedouro pelo lado direito ou esquerdo                               =   AF-D ou AF-E                           Farejar do lado direito ou esquerdo da caixa =FAR-D ou FAR-E                           Limpar-se no lado direito ou esquerdo da caixa                             =   LI-D ou LI-E                           Apresentação de água                 =   SR                                    PASSO 1 .  Você verifica em seu registro alguma rela                         ção entre os comportamentos emitidos pelo anim al nos Passos 1 e 3                         com o local do bebedouro (lado direito da caixa) ?                    4.   Identifique quais comportamentos no Passo 3 foram seguidos pela                         apresentação de água.Nível                         Operante? E durante o Passo 3 .FT 15 s? Quais comportamentos apre                         sentaram queda de freqüência? Quais apresentaram aumento?                    2.APRESENTAÇÃO DE ÁGUA                         INDEPENDENTE DE RESPOSTA  Min. .   Existe um a (ou mais) seqüência de comportamentos que se repete                         m esm o que com pequenas variações? (Essa análise deve ser feita                         separadamente para o Passo 1 e para 0 Passo 3).   Que comportamentos foram mais freqüentes durante o Passo i .   Analise os comportamentos que você registrou quanto ao local da                         caixa em que ocorreram. Você verifica alguma relação sistemática                         entre determinados comportamentos que apresentaram queda de                         freqüência (ver Questão 1) e o funcionamento do bebedouro? E entre                         os comportamentos que apresentaram aumento de freqüência?                    3. Conte a freqüência com que cada comporta                         mento foi seguido de água.                                             Com portam entos   1   2    3   4     !   5     i    6     |   7    8   9   10                             TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES AO                         EXERCÍCIO DE DEMONSTRAÇÃO                     í.           SUBSEQÜÈNCIA   OU C O N S E Q Ü Ê N C I A ?   O COMPORTAMENTO   SUPERSTICIOSO      139                             PASSO 3 .                                    38. o sinal de                                       chamar surge sem pre apenas cinco segundos depois.■                           A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                   5. como você avalia o papel da contingência e da contigüida-                                    de para a modificação e manutenção do comportamento?                               7.                                    a) Um a pessoa telefona para casa. C. .                                        REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS                               SKINNER.   A partir do tema de hoje. “ Superstition” in the pigeon. o comporta                                    mento.                                    b) Ao longo de um curso os estudantes fazem provas no m eio do se                                       mestre letivo.                                    analise-as. 4 e 5). em que a liberação de água dependia da resposta de                                    pressão à barra. New Jersey: Prentice Hall.                                 9. F.                               6.                                    c) da variedade de comportamentos que possam ser emitidos em                                       função da riqueza do ambiente. discuta o comportamento supersticioso em                                    termos:                                      a) do papel da repetitividade da justaposição resposta-reforço. Esta justaposição tem                                     poral foi suficiente para fortalecer a ocorrência desta resposta? Justi                                    fique. em ambas. bem como tendo observado hoje o comportamento                                    do animal. (1948). Journal of Experimental Psychology.                                    b) do tamanho do intervalo entre seguidas apresentações do reforço.4h Edition. Com base no que você aprendeu no exercício de hoje. a conseqüência. porém os professores somente lhes entregam o re                                       sultado da prova após o encerramento do semestre. as relações de contingência e de contigüida-                                    de existentes. Tendo realizado as práticas de Modelagem e Reforço Contínuo (Prá                                    ticas 3.   Você poderia cham ar alguns dos comportamentos observados no                                    Passo 3 de “comportamentos supersticiosos” ? Por quê?                               8.       * Obra já traduzida para a Língua Portuguesa (veja o Apêndice I). Leaming . Que comportamentos poderíamos esperar que ocorres                                    sem com pessoas expostas a cada um a dessas situações? Poderíamos                                    esperar comportamentos supersticiosos? Poderíamos prever quais                                    seriam esses comportamentos? Justifique.   Em esquem a FT.   Leia as duas situações a seguir e identifique.                                    d) da variedade de comportamentos que possam ser emitidos em                                       função da riqueza do repertório comportamental do organismo. A. 168-172. é possível que algum as apresentações de água                                    tenham sido antecedidas por pressões à barra. B.                               CATANIA. Após discar o núm ero. (1998)*.  em vez de um a seqüência de respostas dife rentes. às vezes. erguer-se e descer produzem mudanças no campo visual. Tem os.). porque. cada um a des sas respostas é. mais ou m enos cinco deles. mantida por um a conseqüência. como se verá na Prática 14.. como os gregos já diziam. Cada um a des sas conseqüências acaba sendo emparelhada com a gota de água. seqüências inteiras de respostas aparentemente mantidas por um a única conseqüência: o anim al se aproxima da barra.d)      É importante que o fazer tenha         sempre uma e mesma conseqüência?     já vimos que não é necessário que ocorra sempre a m esm a conseqüência para que um a resposta se mantenha. lamber. Já vimos. e aproxima-se do bebedouro. A diferença é que aqui as variações nas conseqüências são m ais sutis. no campo auditivo. pressiona a barra. e . aqui. ergue-se nas patas traseiras. do nível em que realizamos nossa análise. A pergunta que nos colocamos agora é sobre a necessidade de que haja sempre um a conseqüência para cada ocorrência do comportamento.      O m esm o ocorre quando. um a gota de água. pressio nar. no campo gustativo etc. na verdade. u m estímulo reforçador secundário. nas práticas anteriores. desce. no campo tátil. às vezes. tocar e pressionar. ninguém se banha no m esm o rio duas vezes. A resposta a essa questão depende. um exemplo de um a seqüência de diferentes atos. eu tenho a repetição de um a m esm a resposta (se bem que. Aproximar-se. ser seguida por um a gota de água e. direta ou indiretamente. certa mente. e um a única conseqüência programada. pelo som que a acompanha. D isse mos “aparentemente” . a resposta de pressão à barra que vimos estudando pode.. toca a barra com a(s) pata(s) dianteira(s). lambendo-o. de modo sistemático ou variável.  aumentando o valor do FR.                                       Uma recomendação ao professor: Se seu curso tem uma duração restrita. em que o valor de                                     FR aumenta ou dim inui conforme o desempenho do animal. se                                     reforçarmos intermitentemente as respostas observadas. recomendamos encurtar a Prática 9.■     142                        A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                         quase todas no campo proprioceptivo (e. elas passarão a apresentar muito maior resistência à                                     extinção e/ou às interferências e interrupções.Recondicionamento. nas obras de Ferster & Skinner (1957) e Gilbert & Keehn (1972). esta sessão terá um a fase inicial de CRF. demonstraremos que não é necessário refor                                     çar com água cada e todas as respostas de pressão à barra de um organis                                     m o para que ele se mantenha apresentando-as. em seguida.                                         A prática desta sessão experimental tem a ver com esta questão: o que                                     acontece se.                                             Prática Número 9                                           ESQUEMA DE REFORÇAMENTO INTERMITENTE EM                                          RAZÃO FIXA                                           APRESENTAÇÃO                                           Nesta etapa do trabalho. Estaremos trabalhando                                     com um esquema de Razão Fixa (FR) ajustável. este aumen-             ! Uma excelente revisão destas questões pode ser vista. estare                                     m os reforçando as respostas de pressão à barra intermitentemente. Como todo cuidado é pouco quando um organis                                     mo está aprendendo algo difícil. é muito importante. em nível introdutório. em vez de reforçarmos cada emissão de um determinado                                     tipo de comportamento. . reintroduziremos o FR 2. variáveis). um a vez que                                     tenham ganho controle sobre nosso comportamento.                                          No final da Prática 8 . você já introduziu seu ani                                     m al ao esquema FR 2.                                     e. em           um nível bastante mais avançado. iremos                                     m udar o critério de reforçamento. por isso m esmo. gradualmente. feito na Prá                                     tica 10. que na verda                                     de passaria a ser apenas uma preparação inserida dentro da Prática 10. esse controle é                                     muito mais forte e difícil de ser rompido do que com seqüências hetero                                     gêneas. após um certo                                     núm ero de reforços. em                                     um esquem a de Razão Fixa.                                     aconselhamos instruir seus alunos a passarem para a Prática 10 após atin                                     girem pelo menos FR 12. isto é. no artigo de Machado (1986) e. liberarmos o reforçador apenas para grupos de                                     em issões desse comportamento1? Para responder a esta questão. Então. mas toma algumas sessões. Se a carga horária                                     de seu curso é pequena. Pelo contrário. O exercício de controle de estímulos.                                   Distensão de razão é um fenômeno semelhante à extinção.                             2. Assinale na folha                                  quando isso ocorreu. esta passagem de FR 2 para FR 25                            deverá ser introduzida gradualmente. volte a chave para Desligado. após a resposta N-i.   Mantenha seu animal em CRF por 10 ou 15 respostas (a depender de                                  seu desempenho) e em seguida passe para FR 2. . Estaremos                            tentando levar o sujeito experimental a apresentar 25 respostas antes de                            liberarmos um a gota de água. após a Nesima resposta e o seu conseqüente                                  reforço. por meio de estágios intermediá                            rios.).. ao colocá-lo na caixa. e assim sucessivamente. contudo. . quando você passou de FR 2 para                             FR 3 etc. anote o horário                                  de início da sessão. marcando com “ /” a ocorrência de                            um a resposta não seguida por reforçamento e com “X ” aquela seguida                            por reforçamento.                             5.   Pegue seu animal no biotério e. a em is                            são da resposta de pressão à barra. também. cin qüenta e dois. Utilize a folha de registro disponível ao final desta prática.   Mantenha o FR 3 por oito reforçamentos e observe se seu animal está                                  apresentando pausas de 5 segundos2 ou mais entre um a resposta e                                  outra. até cinqüenta e cinco”. Assim . Preencha o cabeçalho da folha de registro. você deverá usar 0                                  m esm o procedimento empregado no final da Prática 8.                             3. mude o critério para FR 3. sem o correspon                            dente aumento na magnitude do reforço). mude a                                  chave para Automático.   J Uma maneira simples e prática de contar o tempo em segundos é dizendo pausadamente “cinqüenta e um. Quando não ocorrerem m ais pausas.                            4. deixe                                  a chave de comando na posição Automático com um a gota de água                                  no bebedouro.                                                                                                                              K              É I M P 9 R T A N T E Q' U E O F A Z E R T E N M A S E M P R E U M A E M ES M A C O N S E Q Ü F N C J A ?   143                               to (ou diminuição) dependerá da quantidade e da duração das pausas que                            cada animal apresentar durante a execução do FR em vigor. para atingir FR 25 você                            deverá estar empregando os m esm os princípios e cuidados que em pre                            gou durante a m odelagem da resposta de pressão à barra.. a fim de se evitar aquilo que se chama “distensão de razão”. minuto a minuto. Alterne a                                  posição da chave de controle de Automático para Desligado: Desliga                                  do durante a emissão de N-i respostas.   Depois de verificar 0 funcionamento da sua caixa experimental.                                     PROCEDIM ENTO                              1. o momento em que ocorreram as                            mudanças no valor do FR (por exemplo.   Após cinco reforços. associado                            a um a passagem muito rápida de valores baixos de FR para valores altos                             (ou associado a um valor muito alto da razão exigida.                                       Durante toda a Prática 9 você registrará.                             6. Anote.    Enquanto o esquem a de FR estiver em vigor. passe para FR 5.  .A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        7. retire seu anim al da caixa. ou até         que ele tenha recebido 10 0 reforços neste valor.   Mantenha o esquem a FR 5 por cinco reforços. reconduza-o para o bio-         tério. Ao registrar as respostas em FR 18.      NOTA 2:    Em qualquer momento.    12. tente estimar a pausa após refor         ço (o tempo entre a i8 â resposta de um FR e a i? resposta do FR sub         seqüente).   Mude novamente para FR5 e m antenha por dois reforços. até parar de beber         e/ou de pressionar a barra. Contu    do.      NOTA 1:    Lembre-se de que você não deve aumentar o valor do FR se o seu animal    estiver com baixa taxa de respostas (respondendo lentamente e apresen    tando pausas). talvez você tenha de voltar    a um valor mais baixo de FR. Se isso ocorrer repetidas vezes. e execute os procedimentos de lim peza da caixa e higiene pes         soal. Cham e o professor se isso ocorrer). Reforçar uma    resposta após um a longa pausa pode fortalecer o comportamento incom     patível que ocorreu durante a pausa. Mude para FR 9. Registre essa estimativa após cada resposta reforçada. em FR 12. seu anim al já apresentou 11 res    postas e você m udou o controle do bebedouro para Automático. Usando os critério acima. de FR 12 para FR 9. Volte. mude para FR 15.    13. mude para FR 18. então. Mantenha o esquem a de reforçam en         to em FR 18 até que o sujeito entre em saciação (se isso ocorrer.    14. a    chave para Desligado e espere que ocorram duas respostas com um a    pequena pausa entre elas antes de liberar o reforço devido. Usando os critérios combinados de cinco reforços e         ausência de pausas de 5 segundos ou m ais.   Volte para FR 3 por dois reforços.    11.    9. ele agora não responde e já se passaram 5 segundos. evite liberar o reforço após um a longa pausa (5    segundos). por exemplo. m ude para FR 12. Usando os critérios de oito reforços e ausência de pausas de 5 segun         dos ou m ais.    8. Faça isso    e chame o professor para que ele possa verificar se sua decisão foi correta.    10. Ao final da sessão. Suponhamos que. seu         anim al provavelmente começará a beber menos.                   É.         Animal Ne Alunos:                                 (Identifique o momento em que mudou cada valor de FR)      Min. Absol..            Término:           h       min.    F.      1      2      3      4      5      6      7                                                                                                      !     8                                                                                                     i     9     10     11     12     13     14     15     16     17     18     19     20 . Acum ..u m a ^ e m e s m                                   Folha de Registro:                               Prática 9  Data:     /   /            Início:     h         min.                               Freqüência da resposta de pressão à barra                          F.IM PO RTAN TE    q u e   o   FAZER TENHA   s e m p r e   .            A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Min.   F. Acum .  21  22   23  24  25  26  27  28   29   30     |    31   32  33   34   35  36   37   38   39  40   4!   42  43   44   45   46 . A b s o l.             F re q ü ê n c ia d a re s p o s ta d e pressão à barra               F.  Faça o mesmo para as cinco últimas respostas re- . e seu animal pode ter atingido esses crité                                 rios em diferentes momentos.                           Freqüência da resposta de pressão à barra                  F.     Calcule a média das pausas pós-reforço das cinco prim eiras respostas                                 reforçadas em FR 18. Qual a maior? Explique. A bsol.    Faça um gráfico de freqüência acumulada de respostas de pressão à                                 barra para esta prática.           É I M PO R T A N T E QUE O F A Z E R T E N H A   SEMPRE   UMA   E MESMA CONSEQÜÊNCIA?                        147     Min.                          3.  47     i                                                                              !  48     1  49     !  50                                                                                    j                i                                                                                       !                j  51                                                                                   !  52  53     . A cum . e com a proporção de reforço por resposta em CRF e FR 18.     Observando as possíveis variações na inclinação da curva. Qual é a maior? Compare as proporções refor                                 ço/resposta em CRF e FR 18. Assinale nesta curva os momentos aproximados                                 em que introduziu cada valor de Razão Fixa.                                                                              j  54     !  55                                                                                    !   56    '   57    ï   58    i   59    :  60     !                                     TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À                                 PRÁTICA 9                            1. Como nossa unidade tem                                 poral de medida é o minuto.                          4.       F. essa marcação será apenas aproximada. descreva essas varia                                 ções e reladone-as com as variações nos critérios de desempenho em FR.     Monte um a tabela com as taxas de resposta por minuto em CRF e em                                 FR 18.                          2.                                 Compare essas taxas.  B. (1957. }. C. R. (1986). p. . Schedule effects: Drugs.). Toronto: University o f Toronto Press.) Schedules o f reinforcement. drinking and            aggression. Esquemas de reforçamento positivo: Esquemas simples. M. em seguida. D.   A literatura científica descreve um padrão típico (pausa após reforço             e. 1-15. B.        MACHADO. F. & SKINNER. As pausas após o reforço em FR 18 m udaram ao longo da             permanência desta contingência? Por quê?        5. (1972) (Orgs. M. 12(2).■     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                 forçadas. C. New York: Appleton-            Century-Crofts.            Psicologia. & KEEHN. um jorro de respostas) para o desempenho em Razão             Fixa. Você obteve esse desempenho? Por quê?                 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        FERSTER.        GILBERT. L.  .                 .                             e)             O que ocorre antes do fazer                                             é importante para esse fazer?1                ■I       .                                       Se as contingências forem iguais (“ausência de guarda rodoviário em                              toda a estrada” e.. .                                       O que determina essa variação no comportamento de nosso amigo                              motorista? A resposta a essa pergunta está na análise das contingências                              reforçadoras presentes nessas diferentes situações.. Veja Suges tões ao professor ao final da Prática 11.... ^ ^ ^ ^ J e s t a nova etapa de nosso de trabalho no laboratório.... estaremos tentando              í               responder à seguinte questão: “ Por que um m esm o indivíduo se compor                              ta de diferentes m aneiras frente a diferentes situações?” ... Por exemplo.. ... baixíssim a probabilidade de ser multado). freqüente                              mente se atrasa quando vai a festas em casa de amigos? Ou por que ele                              dirige seu carro a 140 km /h na estrada. Mas se as contingências forem diferentes (presença de guarda                              rodoviário em trechos longos com descidas e ausência do guarda em tre                              chos cheios de árvores e curvas.                              por que um indivíduo que é pontual quando vai ao cinema.. reduzindo a velocidade apenas                              quando se aproxima de pontos onde existe vigilância rodoviária? Respon                              der que isso ocorre porque as situações são diferentes não é um a boa res                              posta.. alta e baixa probabilidade de   1 Daremos ao professor a oportunidade de optar entre estudar o comportamento sob controle de estímulos da maneira tradicional. e portanto. nosso amigo agirá de modo igual em                              todas elas.. a                              despeito das diferenças físicas entre essas situações (diferentes paisagens                              nos diversos trechos da estrada). e estudar também o possível desenvolvimento de um comportamento adjuntivo. pois então a próxima pergunta seria “Por que as situações/eventos                              são diferentes?” . portanto.  as contingên          cias são apresentadas não simultaneamente e cada um a delas é sinaliza          da por mudanças no ambiente. Alguém poderia argum entar que           a própria conseqüência da resposta sinalizaria o esquem a em vigor: sem            pre que o sujeito recebe reforço em CRF. pára. o que define um Esquema Múltiplo de          Reforçamento. Associada a cada nível de ilum inação (ou circunstância          antecedente ao comportamento).               O processo com portam ental básico relacionado a esses com porta          m entos será investigado nas duas práticas que se seguem . ele dem ora m ais tempo          para se instalar. nosso motorista provavelmen          te agirá de modo diferente nesses diferentes pontos da estrada.           m as não sob controle dos estímulos antecedentes e. estará em vigor          durante um certo tempo um a contingência de reforçamento em Razão          Fixa (FR). mas          tam bém das circunstâncias pré-existentes).               Essa situação. a probabilidade de que continue           a recebê-lo por outras respostas é alta.          A idéia é verificar se. os estím ulos antecedentes (a luz ambiente) tam bém          passaram a controlar a probabilidade de em issão do comportamento          desse organism o. por m eio da conseqüen-          ciação diferencial. trabalharemos com um          esquem a múltiplo de dois componentes. e. no outro. é um          exemplo de Esquem a Complexo de Reforçamento. quatro ou N compo          nentes? Sim. sim. ele está respondendo discriminativamente. poderíamos. continua a responder. dos conseqüen .               Poderíamos trabalhar com um Múltiplo CRF-Extinção? Não! Ou          melhor. em outras palavras. quando recebe reforço. Nessas           condições. em que mais de um a contingência está em vigor. o sujeito experim ental agirá de          modo diferente quando a luz estiver acesa e quando a luz estiver apa          gada. no componente de extinção. Por se tra          tar de u m comportamento m ais complexo do que sim plesm ente          pressionar a barra continuam ente (afinal. No caso. tudo dependeria de nossa habilidade e do tempo que dispu           séssem os para realizar essa tarefa. mas nossa demonstração de controle pelo estí          mulo antecedente ficaria enfraquecida.150   A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO              multas. nós direm os que ele discri          m ina as contingências e está sob controle do estím ulo lum inoso que as          sinaliza. direm os que. quando um a res          posta não é reforçada.               Poderíamos trabalhar com um múltiplo de três. sim . Nas práticas que se seguem . duas situações diferentes. respectivamente. por outro lado. terem os um a contingência diferente. um a contingência de Extinção (EXT). nesses trechos). U sarem os como analogia para os dois trechos de          estrada. Se o seu desem penho for diferente. dois níveis de iluminação na caixa          experimental. em um deles. esse desem penho depende          não só de relações entre o comportamento e suas conseqüências. há um a alta probabi           lidade de que as respostas subseqüentes também não o sejam. nessas condições. um organismo. ou.           e quando não o recebe.  sem dúvida. essas opções implicariam em um maior        número de sessões de treino. desviam nossos objetivos de pesquisa quando não se transfor        m am eles próprios. ou em seres hum anos que têm dificuldade de         comunicação. São esquemas muito usados em Psicologia Sensorial e Percepção. a combi        nação FR-EXT é bastante eficaz para produzir resultados rápidos e. um esquem a de reforçamento        intermitente! No caso de esquem as intermitentes.FR 30? Sim. cognitivos etc. estamos abrindo um a porta para o estudo de processos denominados        atencionais. o que seria denominado um Esquema Complexo de        Segunda Ordem). não seguida de reforço. para efeito de demonstração experimen        tal do fenômeno que está sendo estudado. enfatizam        variáveis do sujeito e/ou processos internos não acessíveis. dizemos que o desempenho do sujeito está sob con        trole do esquem a de reforçamento.              É por essa razão que se usa. tanto antecedentes como conseqüen        tes. a expressão Controle de Estímulo é preferível por        que enfatiza variáveis do ambiente que podem ser estudadas e controla        das. e m esm o discriminação.         especialmente quando se quer estudar funções psicofísicas e fenômenos        de percepção em animais. percepção. perceptivos. Contudo.controle do comportamento pelo estímulo antecedente        . Poderíamos trabalhar com um         Múltiplo FR 15 .               Recomendamos a leitura dos textos listados nas Referências Biblio         gráficas ao final da Prática 11 para 0 acompanhamento deste tópico. nem m esm o será possí        vel dizer que a ocorrência de reforço sinaliza qual o componente em        vigor. de termos denominativos em termos explicativos. freqüente        mente. cognição. Atenção. Quando a        probabilidade de reforçamento deixa de ser um a propriedade exclusiva do        comportamento e passa a ser um a propriedade da relação entre o com por        tamento e as condições ambientais. . um a resposta seguida        de reforço não sinaliza necessariamente que outras serão seguidas tam         bém. tem essa função. O fenômeno sendo estudado nas        Práticas 10 e 11 . Contudo.              Voltando à nossa prática de hoje.O QUE O C O R R E A N T E S DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?            tes. Dado o tempo de que dispomos. não sinali        za necessariamente que outras também não serão seguidas de reforço. prin         cipalmente. que demonstram o processo de desenvolvimento do controle        pelo estímulo antecedente. Nessa situação. do m esm o modo. assim como com qualquer        outra combinação de esquemas sim ples (ou com combinações de esque        mas complexos. contudo.              Esquemas múltiplos são particularmente úteis quando se deseja in s        talar um a discriminação simples sob controle de estímulos exterocepti-        vos.também é conhecido com o nome m ais tradicional de Discriminação de         Estímulos. A mudança na luminosidade. Se        os componentes tiverem um a duração variável. um a resposta. luminosidade . Segundo. Verifique o funciona                           mento da unidade de controle nessas intensidades2. mantendo o                            sujeito. independentemente da                            contingência de reforço a que está associada.                                Como nosso sujeito é um rato albino.em si m esm a. tem algum efeito somatório. em vez de luz acesa na intensidade l ou 5. Primeiro. e os desempenhos em Extinção também sob                            efeito das duas intensidades lum inosas. Contudo. deveremos instalar o estimulador lum inoso em cim a do teto da                           caixa e testar o funcionamento do controle de luz.                                A m aneira m ais sim ples de program ar um esquem a múltiplo é esta                           belecer um a duração padrão para cada esquem a e random izar suas apre                            sentações.                                O primeiro controle será feito no início da Prática 10. seria importante verificar (isto                            é. como e                           quanto (o que nos permitirá “deduzir” esse efeito colateral do efeito prin                           cipal que estamos estudando). ainda assim esta prática e a subseqüente poderão ser realizadas: basta instalar uma lâmpada (6 watts é suficiente) no teto da caixa e acioná-la com um interruptor comum de luz. você estará trabalhando com um                            esquem a M ULT FR-EXT. como vínhamos fazendo. A depender do compo                           nente do múltiplo. verifi                            car se a mera introdução de luzes na situação já não é suficiente para afe                           tar o desempenho de nosso sujeito experimental e. Nesse caso. A Turm a A trabalha                           rá com FR sob I-i e Extinção sob I-5. essa lâmpada deverá estar acesa ou na intensidade 1                           ou na 5 (que passarem os a indicar como I-i ou I-5).                            Para isso. será possível estim ar o efeito                            desta variável . Comparando os desempenhos em FR num a e noutra                            condição de luminosidade. no qual os componentes do múltiplo serão                            sinalizados por diferentes níveis de luminosidade na caixa experimental. FR sob I-                            5 e Extinção sob I-i. verificar se o pareamento da                           intensidade 1 ou da intensidade 5 com Extinção (ou com reforçamento                           em FR). A Turm a B fará o oposto. Só então será introduzida a                            contingência de Extinção sob um a das luzes. ora                            em I-5 e medindo o desempenho do sujeito.                      A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                     Prática Número 10                                 CONTROLE DE ESTÍMULOS COM UM ESQUEMA                                MÚLTIPLO                                  APRESENTAÇÃO                                 Nas próximas duas práticas (10 e 11). se for o caso. controlar) dois aspectos de nossa situação de trabalho. como nosso sujeito já vem trabalhando sob o nível    2 Se 0 laboratório não dispuser desse material. . em FR e colocando a luz ora em I-i. O segundo controle será                           feito dividindo-se a classe em duas turmas (A e B). o exercício será realizado com “luz apagada” e “luz acesa”.  retardaria a ocor                           rência da saciação e permitiria que trabalhássemos por m ais tempo. os componentes do múltiplo serão apresentados em ordem                           quase randômica. um a alternativa m elhor seria estabelecer a duração do componente                           de Extinção m aior do que a de FR. o pro                           cedimento de extinção pode ficar em efeito por 6o.                                 Tente agora explicar por que os componentes devem ser apresenta                           dos em ordem aleatória. trabalhando                           com um FR 10. dois. Isso vai contaminar                           nossos resultados e dificultar nossa análise. para im aginar o que acon                           tecerá: no início do componente EXT o sujeito pára de responder.                           A ssim sendo. ele começa a responder.                           A ssim . elaborou seqüências para reforçamento que cumprem critérios entre os quais estão aqueles que utilizaremos no esquema múltiplo. além do m ais. ao final de um certo tempo em                           extinção.                                 O componente de extinção terá um a duração de 6o segundos. ou três reforços. A ssim . representado pelo Esquem a de Reforça-    3 L.                           Como o tempo de exposição ao componente de FR será m enor que ao                           componente de Extinção. qualquer organism o começa a discrim inar que                           após um certo intervalo de tempo as contingências m udam ou de FR                           para EXT. em vez de sim plesm ente serem alternados (na                           verdade. um novo procedimento. portanto. dim inuirem os o critério de desempenho em FR                           para evitar o risco de que a resposta de pressão à barra entre em extinção                           também durante o componente de FR. deve ser evitado. sob um esquem a múltiplo como o que esta                           m os usando (e antes de ficarem completamente sob controle discrim i                           nativo da luminosidade). em I933. a depender do sorteio mencionado. como estabelecemos que um componente não pode ocorrer mais de                           três vezes em sucessão. Como                           estabelecemos que um componente não pode ocorrer m ais de três vezes                           em sucessão. essas respostas serão seguidas da eliminação                           da lum inosidade associada a EXT e da apresentação da lum inosidade                           associada a FR. em vez de manter os dois esquem as com a m esm a dura                           ção.                                 Depois de algum tempo. isto. Estaremos. 120 ou 180 segundos. pois não permitiremos que um componente se repita                           a si m esm o por m ais do que três vezes consecutivamente). Se esse m om ento coincidir com o                           final do componente EXT. nossa tarefa mais                           difícil será a de extinguir o responder sob um a das intensidades da luz. o esquem a de                           FR pode ficar em efeito até um . talvez tam bém sobre encadeamento.                   O Q U E O C O R R E A N T E S DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?   153                               de estimulação lum inosa característica do laboratório. Gellerman é um pesquisador que. a depender de um sorteio pelas séries de Gellerm an3. novam en                           te. Você já aprendeu o suficiente sobre reforçadores secun                           dários e. mas                           retoma esse desem penho nos m om entos finais. . W. portanto.                           O componente de FR dura até que tenha ocorrido um reforço. ou de EXT para FR.  o uso da contingência de                                 DRO significa que respostas de pressão à barra durante o componente                                 EXT não serão seguidas por água e/ou m udanças de lum inosidade (isto                                 é. espera-se que as                                 respostas de pressão à barra nessa situação sejam elim inadas.                                       Repetindo:                                    1. Como o                                 nom e diz.                                 clínicas. se nossa análise estiver correta.                                 se comparada com as mais recentes evoluções na tecnologia comporta-                                 mental disponíveis hoje e que estão sendo empregadas em laboratórios. Portanto. o que foi dito no                                 parágrafo anterior sobre as durações de EXT na verdade refere-se a dura                                 ções m ínim as. exceto “aque                                 la” específica. a partir do 55o                                 segundo entra em efeito a contingência DRO 5. e se para durar 180 segundos. como o que estaremos usando. reiniciando a contagem de 5 segundos. nem por reforçadores prim ários nem por secundários). FR 10 e                                 Extinção. recomendamos o uso de um esquema        de intervalo variável. Na verdade.                                     Está achando complicada a prática de hoje? Ela parece complicada ape                                 nas porque estamos juntando vários conceitos e procedimentos que até                                 aqui havíamos estudado isoladamente. A contingência de DRO será introduzida nos últim os 5                                 segundos de duração do componente EXT se 0 componente seguinte for                                 um FR (na folha de registro. escolas e indústrias por analistas do comportamento. O reforço                                 secundário somente ocorrerá para outras respostas que não as de pressão                                 à barra. será utilizado. você mudará o nível de intensidade lum inosa da caixa                                       a intervalos. Com isso. pois este permite uma transição para o componente de extinção de forma mais suave. cada resposta zera o reló                                 gio.   Inicialmente. ela é bastante simples.                                 a partir do 115° segundo. as tarefas de controle e registro são        múltiplas e complexas e a probabilidade de ocorrência de erros de execução é maior. você poderá verificar se essa mudança na lum inosi                                       dade da caixa afeta o desempenho de seu anim al quando as contin-           J A sigla DRO corresponde à expressão em inglês Differential Reinforcement o f Other Responses. Não        recomendamos o emprego de VI com equipamento controlado manualmente. esses componentes de EXT estão indicados                                 por um asterisco). A ssim . um esquem a múltiplo de dois componentes. é escrito de m aneira abreviada                                 como se segue: M ULT FR 10-EXT (DRO 5 s)5. se program ada para 120. e assim . Enquanto 0 DRO estiver em efeito.1 54                        A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                     mento Diferencial de Outras Respostas (DRO4).                                       A propósito. . nesse esquem a reforçamos qualquer resposta. a partir do 175o                                 segundo. mantendo 0 m esm o esquema de reforçamento 0 tempo                                       todo.        5 Em laboratórios com equipamento de controle totalmente automatizado.                                 se a extinção está programada para durar 6 0 segundos. Dentro da prem issa que o estímulo discriminativo                                 que sinaliza FR pode se tornar um reforço secundário (o que explicaria                                 o responder ao final do componente EXT).  duas folhas de papel        milimetrado (por aula).               Mude a iluminação e as contingências de acordo com o programado               para sua turma. de               form a que a resposta seguinte (a décima) seja automaticamente               reforçada. colo               que a chave de comando na posição Desligado e apenas após a em is               são de mais nove respostas coloque-a na posição Automático. Em seguida.         5. Preen               cha o cabeçalho da folha de registro.           1. será empregada a contin              gência D RO 5 s.               deixe a chave de comando na posição Automático.                                                                                                         Pt  O Q U E O C O R R E A N T E S DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?                  gências são iguais nas duas situações. Em seguida.    Mantenha seu anim al em FR 10 por seis minutos. ao colocá-lo na caixa.    Depois de verificar 0 funcionamento da sua caixa experimental               (inclusive a iluminação sobre ela). anote o horário               de início da sessão. para a Turm a B. 0 FR ocorrerá na              intensidade I-5 e a EXT na I-i. traga para o laboratório: um cronômetro ou        relógio com marcador de segundos.    Nos prim eiros 30 minutos em esquem a múltiplo. com um a gota de               água no bebedouro e a luz da caixa acesa na intensidade I-i.    A classe será dividida em duas turmas: para a Turm a A. m udando a lum i               nosidade da caixa conforme assinalado na folha de registro. e o nível de água no bebedouro.         3.                 PRO CEDIM ENTO                Para realizar esta prática.         4. Prepare com antecedência a        folha de registro relativa a esta prática. um a calculadora. Verifique o funcionamento de seu relógio.    Nos 5 segundos fm ais do componente EXT.         2. você introduzirá              contingências diferentes para cada nível de iluminação e verificará se              o desempenho de seu sujeito continua o m esm o ou se modifica-se              conforme a luminosidade da caixa. . assinale na folha as respectivas intensidades lum inosas para evitar        dúvidas durante a realização do experimento. confira a turma para qual você               foi designado.    Pegue seu anim al no biotério e.        2.    Inicie o procedimento para a instalação de controle de estímulo. Continue marcando res        postas não reforçadas com o sinal                           e respostas reforçadas com o “X ” . reforce a primeira               resposta emitida após o início do componente FR. lápis e borracha. Após saber a qual turm a você per        tence. o FR ocorre              rá na intensidade I-i e EXT na I-5. Imediatamente após a liberação do reforço. Não se esqueça de alternar a posição da chave de con               trole do bebedouro de Automático para Desligado conforme o desem                penho do animal. volte a chave               para a posição Desligado e assim sucessivamente.        3.  pro          ceda da seguinte maneira: a cada resposta que ele apresentar.    Prossiga até que pelo m enos 6o componentes de extinção tenham se          passado.A prim eira resposta de pressão à barra no com           ponente FR. sem          pressionar a barra.    c)    Contagem em FR .          deve ser reforçada e.    Ao final da sessão. assinalando na folha esses          acréscimos. zere o          relógio e conte 5 segundos de espera. ou até que seu animal tenha mostrado indícios de saciação. reconduza-o para o bio-          tério.Ao final de um componente EXT e antes de passar para FR. os com ponen          tes de FR antecedidos por um componente de EXT encontram-se          indicados por asterisco duplo. você verá programada um a seqüência semi-          randomizada de 6 0 apresentações de cada componente.    b)    DRO . Na folha de registro. retire seu animal da caixa.            Em classe. portanto. após sua designação a um a das turmas.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        6.          No desenrolar do exercício. apenas a última pode ter dura     ção m aior que 6 0 segundos). Se ele responder nesses últimos momentos. você deverá alterar a luminosidade da caixa no momento e          para os valores indicados na folha de registro.    8. ape     nas à última se aplica o DRO e. a contagem das respostas para a próxi          m a razão de FR deve ser iniciada.Na folha de regis          tro relativa a esta prática.          certifique-se de que 0 anim al está há 5 segundos. então.Durante todo o tempo em que o esquem a múltiplo estiver          em vigor.    7. no m ínim o. ao passar de EXT para FR. a intensidade correspondente. e execute os procedimentos de limpeza da caixa e de higiene          pessoal.     d)   Folha de registro e de controle das contingências . .            OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:     a)    Luzes . aí. inicie seu proces          samento dos dados. assinale na coluna Duração o tempo que    o componente de fato ficou em efeito (em um a seqüência de EXTs. Não mude de linha para não alterar a randomização. e somente nesta passagem . na colu     na Luz da folha de registro. assinale.    Enquanto aguarda que os outros colegas terminem.                     Término:          h      min.       A cum .                                   Mantenha a duração m ínim a dos componentes de EXT em 60 s.            Luz                       Respostas/Reforço                                 Resp. e de reforçar a prim eira resposta que se seguir à                                   mudança de EXT para FR (**).     Min.                                                                                                1-1            1-5          1-1          1-5      1             1-1      2             1-5      3             1-1      4             1-5      5             1-1      6             1-5                                           b)      Nos próximos 30 minutos. reforce também a prim eira resposta                                   emitida no componente de FR e encerre imediatamente o componente.FR       I-5 = EXT                    Turma B: I 5 = FR            1-1 = EXT_____________ __              ____      ______  Data:     /   /             Início:    h     min.                        O Q l.                 Anim al Na Alunos:                                                                                                            Turma                                          a)      Inicie o procedimento mantendo o esquema FR lo por seis m inu                                   tos e alternando as intensidades lum inosas no interior da caixa como                                   indicado abaixo.        Com p.      A cum .l    OCORRI   AN IÍS   !)ü J A / h R   I.      Luz                                 Respostas/Reforço                                                 Duração (s)      1         FR **      2             FR       3         EXT*      4         F R **      5         EXT* .      Seq. I M P O R I A N I I   PARA   : SSí   IA / IR r                                       Folha de Registro:                                   Prática 10  Turma A: 1-1 . Não se                                   esqueça do DRO 5 s (*).          Resp.   19     EXT  20     EXT*   21    FR **  22       FR  23     EXT*     !   24    FR **    j  25      EXT  26      EXT     j         i                                                                          j                 i         |                                                                          i    27    EXT*   28    F R **                 ■         i                                                                          i  29      FR     |   30    EXT* .                                                                          .       Luz                             Respostas/Reforço                                    Duração (s)   6     FR * *    7       FR   8      EXT   9      EXT   10    EXT*   11    FR **   12      FR                            I                                                                          |  13    EXT*   14    FR **              .   Com p.                    A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Seq.   15     EXT               I    16    EXT*                                                                                                      !  17    FR **                                                                                         i    18      FR                                                                                                      .    Com p. mantenha 0 procedimento anterior. po                         rém. passe agora a reforçar apenas a 10 a resposta emitida no com ponen                         te de FR.     Luz                                   Respostas/Reforço                                      Duração (s)  31       FR  32       FR  33      EXT  34     EXT*  35       FR  36       FR  37     EXT*  38       FR  39      EXT   40     EXT*  41       FR  42       FR  43      EXT  44     EXT*  45       FR  46       FR  47      EXT  48     EXT*  49       FR    50    EXT*   51      FR   52      FR   53     EXT .   Seq.                O Q U E O C O R R E A N T E S DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?                                  c)        A partir do 3 1o minuto. ■_____   1GO                        A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO              Seq.       Luz                             Respostas/Reforço                                Duração (s)           54     EXT*           55       FR           56     EXT*           57       FR           58       FR           59      EXT           60     EXT*            61      FR           62       FR           63      EXT           64     EXT*            65       FR           66      EXT            67    EXT*            68      FR           69       FR            70    EXT*            71      FR            72      FR            73     EXT     I            74     EXT            75    EXT*            76      FR            77      FR            78     EXT*            79      FR .   Com p.                          t>   q   : H O C O R R E A N T E S D O F A Z E R.        Luz                                     Respostas/Reforço                                       . J M P O R T A N T E   PA RA ES S E F A Z ER ?     Seq.        Com p.   .   D uração (s)        |             1  80     ji   EXT*     |                      !                                                                                                        í  81            FR  82            FR  83           EXT     i                      |  84           EXT     !                      i   85         EXT*     :     86           FR   87         EXT*     i     88           FR   89           FR                                                                                                                                í 90          EXT*   91           FR                                                                                                              |                                                                                                                                j  92           FR     1   93          EXT   94         EXT*   95           FR                                                                                                              |    96         EXT*                                                                                                              j     97           FR                                                                                                              |    98           FR    99          EXT  100         EXT*  101           FR                                                                                                              ! 102           FR                                                                                                              i   103          EXT  104         EXT*  105           FR .j .  c) no total da sessão.   Comp.   A partir da tabela com as freqüências de respostas em FR com I-i e                           com I-5 durante os seis minutos iniciais desta sessão.               A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Seq. recomendamos que as taxas de . Caso positivo.   Calcule as taxas de respostas de seu sujeito em cada componente do                           múltiplo: a) nas prim eiras 10 exposições a cada componente. m inuto a m inu                           to. elas são maiores no início ou no                           fim do treino?                        Observação: Nesta e nas práticas subseqüentes. Exis                           tem diferenças? Em caso afirmativo. esse efeito se manteve ao longo dos 3 minutos                           de cada estado luminoso?                      2. b) nas                           últimas 10 exposições a cada componente. a unidade de registro de                      tempo raramente será 1 minuto. verifique se o nível de luminosidade teve algum efeito sobre o res                           ponder.   Luz                              Respostas/Reforço                                Duração (s)  106     EXT  10 7   EXT*  10 8    FR  10 9  110    EXT*  111     FR  112     FR  113     EXT  114     EXT  115    EXT”  116     FR  117  118    EXT*  11 9    FR         EXT*                               TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À                           PRÁTICA 10                       1. Assim .  6o segundos de duração. pois a pergunta a que se dirigiam já foi respondi     da. onde permanecia. Estes com portam en          tos se alteraram ao longo do tempo?     5. com os m esm os valores. ou seja 59. para o componente EXT.   Faça um gráfico de respostas acumuladas de pressão à barra minuto          a minuto. escreva um a apresentação (Introdução) para a prática de          hoje. Na Prática 11. tanto para FR como para     EXT. Descreva. Você estará em pre     gando o m esm o esquem a múltiplo. cada componente. espere que ele termine o FR 10. Na folha de registro. e um a seção de Método (sujeito. como havia na Prática 10. pois a instalação de um controle do comportamento     por estímulos antecedentes é um processo demorado. o que fazia etc.     devem ser eliminados. equipamento e procedimento).          A m aneira de trabalharmos com 0 FR m udará ligeiramente. Exemplo: um sujeito emitiu 64 respostas em 1     m inuto e 5 segundos.     4 . como seu anim al agia durante FR e          durante EXT.1 resp/min. Como     agora os componentes têm a m esm a duração pode acontecer que o ani     m al esteja respondendo em FR e os 60 segundos (ou 120 . ou 180 segun     dos) se esgotem antes que ele tenha terminado a exigência de 10     respostas. O controle do responder por reforçamen-     to secundário continua em efeito (DRO 5 s). O que fazer neste caso? Se ele estiver respondendo rapidam en     te. cada linha representa. ficará em efeito por 6o segundos (com a possibilidade     de ocorrerem repetições como na sessão anterior).98 resp/seg.O QUE OCORRE ANTES   DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?   163         respostas sejam calculadas pela unidade segundos e depois convertidas     para a unidade minuto. porém em     condições ligeiramente diferentes.       3. mas o reforçamento da pri     m eira resposta em FR seguindo-se a mudança de EXT para FR será     descontinuado. sem pausas entre respostas. Para facilitar seu trabalho. libere o . os prim ei     ros 6 minutos de exposição contínua a FR.             Prática Número 11           CONTROLE DE ESTÍMULOS COM UM ESQUEMA          MÚLTIPLO FR-EXT           APRESENTAÇÃO           O exercício desta sessão nada m ais é do que um a continuação do     exercício anterior. Além disso.   Em casa. de m aneira geral. seja     de FR ou de EXT. suge          rim os que faça um a interpolação da taxa quando ocorrer um a exten          são da duração deste componente por efeito do DRO. ou seja 0.         Até agora você analisou o desempenho de seu anim al nos com ponen    tes do múltiplo verificando se o desempenho em FR se mantinha e aque    le em extinção diminuía. pois é isso que    ele indica: o grau de discriminação dos dois níveis de luminosidade. Se ele estiver pausando.        Faça o registro do comportamento do anim al da m esm a form a que    na sessão anterior. Nos dois casos. c). como estamos trabalhando com durações    iguais de componente. Ou seja. mude a intensidade e o componente (você estará refor    çando o padrão de “responder sem pausas”). a duração da sessão será de cerca de 90 minutos. b. Pro    ceda da seguinte forma: a) some o total de respostas durante todas as    apresentações do componente FR 10.          PROCEDIM ENTO         Antes de começar a sessão. b)    faça o m esm o para as respostas durante o componente de extinção.      NOTA:    Existe um outro procedimento empregado para estabelecer controle de    estímulos que produz um desempenho diferencial muito m elhor e mais    rapidamente do que o procedimento clássico empregado nas Práticas 10    e 11. denominado Treino de Discriminação sem Erro    (Terrace. deno    minando esse valor RC2. então.A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        reforço e. Esse    índice. contudo.    verifique se ele o está desempenhando com ou sem pausas e proceda    como indicado acima. Hoje. é denominado índice Discriminativo (ID). 1963a. No componente EXT. apenas muito gra- . no caso. Existe um a m aneira de    fazê-lo na qual você funde os dois valores num índice comparativo. tentaremos fazer um a análise comparando os    valores de taxa de resposta em cada um deles. assinale na folha de registro a duração do    componente de FR. Note que a folha de registro da Prática 11 apresenta 45 compo    nentes de FR 10 e 45 componentes de EXT dispostos em seqüência semi-    randômica. o controle do responder por    reforçamento secundário continua em efeito (DRO 5 s). Esse procedimento. Se seu animal iniciou um FR mas não o terminou. prepare a folha registro com 0 preenchi    mento do cabeçalho e da seqüência de apresentação dos níveis de lum ino    sidade que correspondem aos componentes do esquema múltiplo para    sua turma. A duração do componente de extinção    é inicialmente muito curta. c) calcule o ID usando a fórm ula ID =    R C i /(R C i + R C 2) (até duas casas decimais). m ilésim os de segundos e.    espere a próxima pausa (de no máximo 3 segundos) e mude a intensida    de e o componente (você estará extinguindo/punindo o comportamento    de pausar). deve ser iniciado quase imediatamente    após um a resposta ser modelada. denominando esse valor R C i.  A reação dos sujeitos                                     que passaram por este procedimento. leia um dos artigos do Prof. vibração                                     da caixa etc. Nessas                                     condições. Se você quiser saber qual é esta                                     diferença. A depender do desempenho do sujeito.               Anim al NQ Alunos:                                                                                                               Turma                                                                                                                                      (*) DRO 5   s. Terrace mencionados acima. ela é aumentada.    Min. ocorrem diferenças de intensidade ao                                     longo de mais de um a dimensão de estímulo (iluminação.        Com p. isto é.).                                        Folha de Registro:                                     Prática 11  Turma A: I.          Luz                                   Respostas/Reforço                                         I Duração ($)      1             FR      2             FR                    i                                                                                     j       3             EXT                                         i                                                                                     i                                                                                                                               j       4         EXT*                                                                                                                                i     5             FR      6             FR                                                                                                          |      7         EXT*                                                                                                            |       8             FR    .                                                                                                                                                   m                             O Q U E O C O R R E A N T E S DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?                                         dualmente.                                     sem respostas durante o componente de extinção.                    Término:       h       min. o controle de estímulo se estabelece quase sem “ erros” .               |                                                                                     ! . As condições antecedentes para os dois                                     componentes são muito diferentes. som. essas diferenças vão                                     sendo reduzidas ou eliminadas e apenas um a é mantida ao final. é muito diferente daquela dos animais                                     submetidos ao procedimento clássico. quando submetidos a drogas e/ou                                     a um a extinção da discriminação.1 = FR          I-5 = EXT                      Turma B: I-5 = FR          1-1 = EXT  Data:     /   /                 Início:     h      min.       9             EXT       10        EXT*       11            FR                    !       12            FR    .  .   Com p.          i                                                                           Í           14    EXT*       I          I           15               .           34     EXT*      :          .           17     EXT       i          I           18    EXT*       i           If      FR       :                                                                                      i           20    EXT*       i          ■           21      FR                  ..          37    EXT*       i          !                           i          :          38      FR .                                                                           i           22      FR       :           23     EXT       :          !                           !          :          24    EXT*       !                           ■          !          25      fr       :          I                            !          !          26    EXT*       .          .        Luz   j                          R espostas/R eforço                                  D uração ($)           13     EXT       .          :           27      fr       :          :                                                                                                                   i          28      fr       i          :           29     EXT       :          :                                                                           I           30    EXT*       i          I                                                                           I                           T   ..                                                                                                                  I          35      FR       .a                                A ANALISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO             Min.     -.          I           36     «     r   :          :     I                     .                           I                                                                                      i          31      FR       :          :                                                                           :           32      FR       :          '                                                                           '                                      I                           :          33     EXT       :          ..           lé      FR       I          .   46       fr   .          »  50    EXT*   .   56      FR                                                                                            !   57    EXT*   !            j                                                                           j               i  58      FR   :                            !                                                                           !  59      FR   .                  0 Q U E O C O R R E ANTES DO F A Z E R É I M P O R T A N T E PARA ESSE F A Z E R ?     Min.   63     EXT   :   64    EXT*   .  47       FR   .   Com p.                                                                                        i .            .            !                                                                           j   51      FR   j                                                                                        !   52      FR   :            .                                                                           !   60    EXT*   s            1   61      fr   .            j                                                                           .     Luz                              Reipostas/Reforço                                     D uração (s)  39      FR    :            :                                                                           j  40     EXT*  41       FR                                                                                            j   42       fr   :  43      EXT   !                                                                                        !                                                                                                         ! 44      EXT   j  45     EXT*   .                                                                           !   53     EXT                i                                                                           i               :            .               i  62      FR   .                                                                           i               1            i                                                                           :  54     EXT                                                                                            !   55    EXT*   .                                                                                        !  48     EXT*   i            !  49                                                                                                     . .                     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O N O L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Min.   71      FR               !   72     FR  73      EXT   74    EXT*  75       FR   76     EXT   77    EXT*   78      FR                            i  79      FR   80     EXT*               j    81      FR                           i   82      FR   83     EXT   84     EXT   85    EXT*   86      FR     !   87      FR     |         j   88    EXT*   89      FR   90     EXT .                                                                         !    69     EXT               !   70    Ex t *   .   Com p.         .       Luz                              Respostas/Reforço                                  Duração ( s )  65       P*  66     EXT*   67      FR                           1                                                                         !  68      FR     .     Para enriquecer a discussão em classe.              Compare a curva de EXT das Práticas 10 e 11. minuto a              minuto.        9.    Considerando as questões anteriores. Monte um a tabela com os dados das Práticas 10 e               11.        6.        2.        2. você diria que a aprendizagem              é um processo gradual ou súbito?        5. o que os dados sugerem?              Compare as curvas de EXT e FR da Prática 11. os dados e a              discussão relativos à Prática 11. A depender dos índices alcançados. tendo em vista o que sabe sobre              controle de estímulos. no mesmo eixo de coordenadas.    Ao final da Prática 11. E se não tivéssemos empregado a contingência              de D RO para o componente de Extinção?        8. O que os dados indicam?        4. bem como sua evolução ao longo das práticas. Com esses dados.    Esteja preparado para responder a essas questões durante a discussão              geral em classe.    Releia a pergunta apresentada no início da Prática 10 e veja como os              dados e as análises acima podem contribuir para você respondê-las. o que os dados sugerem?        3. Identifique as duas curvas. o professor pode coletar os              dados (taxa de resposta em cada componente. para os 10 prim eiros e               10 últimos minutos de cada sessão e/ou índices discriminativos da               Prática 11) de cada sujeito e apresentá-los em um a tabela.   Reveja as questões 2 e 4 relativas à Prática 10 e estenda-as aos dados              da prática de hoje. o professor pode solicitar aos alunos que cal              culem o índice discrim inativo nos 10 últim os m inutos da sessão.    Redija um a discussão desses dados. separada              mente para os sujeitos da Turm a A e da Turm a B.    Você acha que se usássem os CRF em vez de FR os resultados seriam              os m esm os? Discuta. Compare os desempenhos nas duas práticas.               Pode colocar esses índices em um a grande tabela no quadro negro              e discuti-los com a classe.    Atualize seu relatório acrescentando o procedimento.O Q U E O C O R R E A N T E S DO F A Z E R É I M P O R T A N T E P A R A E S S E F A Z E R ?                   TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À               PRÁTICA 11          1.    Calcule 0 índice discriminativo do seu anim al para os 10 primeiros e              outro para os 10 últimos minutos de M ULT FR 10-EX T para a Prática               11.    Faça um gráfico de respostas acumuladas para FR e EXT.              pode-se então conduzir um a discussão para verificar quais os efeitos              das diferentes combinações entre os dois componentes e os dois              níveis de iluminação.        7.                 SUGESTÕES AO PROFESSOR          1. pode- .  (1933). Os alunos dessas         duas turmas deveriam registrar.   Uma outra maneira de conduzir este exercício de controle de estím u         los é combiná-lo com um exercício sobre comportamento adjuntivo         (“O que fazemos enquanto esperam os?”). morder.W. cheirar. (1963c). O controle dos estímulos sobre o comportamento.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO             rá repetir esta sessão visando alcançar graus de discrim inação m ais         elevados. 140. A2. (1992). 6. especialmente durante o componen         te de Extinção. os alunos das sub-turmas A2 e B2 introduziriam um segun         do manipulando na caixa experimental (a argola). A discussão poderá ser dirigida para um a comparação         entre o desempenho dos sujeitos. 42(1). S. Em E.) Novas contribuições da Psicologia aos processos de ensino e de aprendiza        gem. A. 318-319. ou UM A M ANEI         RA ALTERNATIVA DE R EALIZA R A PRÁTICA 1 1 ” . S. Discrimination learning with and without “errors”. Journal of        the Experimental Analysis of Behavior. além da resposta de pressão à barra. B2 (a manter-se a divisão ante         rior pelo nível de iluminação usado.     TERRACE. Science. H. Psicologia.         por exemplo).    3. . porém.        Alencar (Org. São Paulo: Cortez.     TERRACE. Chance orders of alternating stimuli in visual discrimination        experiments. Análise de Contingências no Aprender e no Ensinar. S.         respostas em relação ao novo manipulando (tocar.     MATOS. 6. Errorless discrimination learning in the pigeon: Effects o f        chlorpromazine and imipramine. (1963a). M. H. dependendo das preferências do         professor).            REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS     GELLERMAN. (1963b). (1981).        Journal of the Experimental Analysis of Behavior. Cada turma seria então divi         dida em duas sub-turmas A i. 223-232. 206-208. 1 . quando da realização da         Prática 11. B i. A. S. 141-163. Errorless transfer o f a discrimination across two continua. H. 1 -27. leia o Exercício f deste capítulo          “O QUE FAZEM O S ENQUANTO ESPERAM OS?. L. M. Journal o f Genetic Psychology.1 5 -     MATOS. Todos os alunos fariam o exercício de controle de estím u         lo tal como programado na Prática 10.     TERRACE. Para maiores detalhes.        7(2).  .f)      O que fazemos enquanto esperamos?         ou. estaremos introduzindo um a mudança em nossa caixa experimental de form a a podermos analisar m elhor o que ocorre durante a extinção da resposta de pressão à barra.         Uma maneira alternativa de realizar         a Prática 11     aso você opte por realizar a Prática 11 desta m aneira alternativa (Prática 1 1 -A). Esse manipulando. basicamente estaremos continuan do a analisar o efeito de variáveis antecedentes sobre nosso comporta mento. além disso. esta rem os introduzindo um segundo manipulando na caixa experimental.      Nesta nova sessão experimental. ainda assim deve ler cuidadosamente e até o fim as instruções rela tivas à pergunta “O que ocorre antes do fazer é importante para esse fa zer?” (Práticas lo e 11).      Apesar da inoperância desse segundo manipulando. porém. Contudo. daqui por diante denominado “m anipulando alterna tivo”. Para isso. pode ser a argola. que será presa ao teto da caixa pela sua haste. a mensuração da freqüência de respostas a ele nos servirá a dois propósitos. U m deles será tentar responder à questão “ Um a contingência que atua sobre um comportamento (por exemplo. O outro propósito será utilizar esta medida como linha de base para a Prática 14 (“Aquilo que fazem os pode ser um a condição para fazermos outra coisa?”). a contingência de extinção para resposta de pressão à barra durante o M ULT FR-EXT) pode afetar indiretamente outro comportamento (por exemplo. o comportamento de tocar ou chei rar um a argola?)” . as respostas a esse segundo m anipulando não terão qualquer conseqüência programada pelo experimentador. A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            Com a introdução de um segundo manipulando de respostas no inte    rior da caixa operante durante a segunda sessão de esquem a múltiplo. em     outras palavras. Encontraríamos diferenças no comportamento do animal    em relação ao m anipulando alternativo ao com pararm os estas duas con     dições? Ou seja. afinal. Por isso.    390). respectivamente) e as respostas emitidas ao manipulando    inoperante? E para completar nossa análise. Enquanto esperam os que este    tenha condições de ocorrer.        Em nossa prática de laboratório.    seja reforçada. Quando trabalhamos sob um esquem a de intervalo (FI ou VI). em termos m ais práticos: Quando estamos no aero    porto esperando a chamada para o embarque. haveria um a relação sistemática entre a disponibilidade    ou não de reforço na barra principal (componentes de reforçamento ver     sus extinção. Por exemplo. O    comportamento principal (aquele que será reforçado com a viagem e    suas conseqüências) é o de embarcar. emitimos outros comportamentos. os adjun-    tivos. conform e define Catania (1998). Ou. trata-se    do “responder que acompanha fidedignamente algum a outra resposta    produzida ou ocasionada por um estímulo. especialmente com estím u    los apresentados de acordo com esquem as temporalmente definidos” (p. encontraríamos diferenças no comportamento do ani    mal em relação à aquisição de um operante sob controle discriminativo     quando houvesse ou não a possibilidade de em issão de um outro ope    rante em um segundo m anipulando? . muito freqüentemente    vamos à lanchonete tomar um cafezinho. embora tenhamos trazido na sacola livros e    revistas exatamente para essa finalidade. poderem os avaliar instâncias de comportamento adjuntivo dire    cionados ao segundo manipulando. m esm o que tenhamos acaba    do de tomar um antes de sair de casa. Daí seu nome “Adjuntivo”. na qual as respostas de pressão    à barra do rato encontram-se sob controle de um esquem a M ULT FR-     EXT. em duas condições: quando se    encontram em vigor as contingências de FR.        Comportamento adjuntivo.    Prática 11.    basicamente. podemos    conduzir um exercício de controle de estímulos combinando-o com um    exercício sobre comportamento adjuntivo. ou compramos um livro ou revis    ta para ler na viagem. estamos também esperando que a resposta principal. podemos proceder    com um a análise de dados que nos forneça elementos para tentar respon    der à questão “O que fazemos enquanto esperam os?”. poderíamos perguntar    como a presença desse m anipulando alternativo afeta o próprio curso de    aquisição do controle de estím ulos que vínham os estudando. comportamentos adjuntivos ocorrem m ais fre    qüentemente com esquem as temporalmente definidos. e quando vigoram aquelas    de extinção. e o registro das respostas emitidas a ele. Ou seja.  deve-se fazer um a leitura cuidadosa e completa                           de todas as instruções e considerações sobre as Práticas 10 e 1 1. . A m esm a seqüência descrita para a Prática                           11 tradicional será usada aqui. A2.VÊ F A Z E M O S E N Q U A N T O ESN.                                ALT 2 . As turmas A i e B i continuarão a realizar a Prática 11 da m aneira                           tradicional.                                   PRO CEDIM ENTO                                 Antes de começar a sessão marque.                           com um a ou duas patas dianteiras. no interior da caixa. Contudo. A PR ÁTI CA 11   173                                    Prática Número 11 -A                                 COMPORTAMENTO ADJUNTWO                                 APRESENTAÇÃO                                 Antes de mais nada.Farejar: Considere um a ocorrência deste comportamento                           quando o anim al aproximar o focinho de qualquer parte do manipulando                           alternativo.LI Z A R.R A M O S ? ou.. dividiremos novamente as turmas. os níveis de luminosidade que correspondem aos compo                           nentes do esquem a múltiplo.Tocar a barra: Considere um a ocorrência deste comporta                           mento se o rato apenas tocar qualquer parte do manipulando alternativo. já que seu                           pleno entendimento é pré-requisito para a realização desta prática. A cada dois segundos de duração desse comportamento.Morder: Considere a ocorrência deste comportamento quan                           do o anim al morder qualquer parte do m anipulando alternativo. foi introduzido o segundo                           manipulando de resposta e que ele esteja firm em ente preso ao teto da                           caixa.                                Assegure-se que. U M A M AN EI R A A L T ER N A T I V A D E R EA.                           Para facilitar seu trabalho. sugerim os o uso de siglas e o registro das                           seguintes respostas alternativas à resposta de pressão à barra no m anipu                           lando principal:                                  ALT 1 . para                           podermos analisar os efeitos da introdução de um segundo manipulando                           na caixa experimental. tal como descrito anteriormente. as turm as A2 e B2 introdu                           zirão em suas caixas experimentais um manipulando alternativo e regis                           trarão também as respostas emitidas em relação a esse manipulando. continuaremos                           a manter a divisão da classe em duas turmas. na folha de registro referente a                           esta prática. A e B..                                Para prosseguirm os com nossa análise comparativa dos efeitos de                           diferentes níveis de iluminação sobre a aquisição e desenvolvimento do                           controle de estímulos sobre um operante discriminativo. agora. Bi                           e B2.                           conte um a nova ocorrência. em A l.                                ALT 3 .  as respostas ao segundo manipulando (ALT 1.        Luz    ■                Respostas ao manipulando                               Respostas ao 2®            Duração                                                         principal/reforço                                   m anipulando   j             (*)                                     j                                                                  i                           j      1            FR    I       2             FR    .     3             EXT   |       4         EXT*      |          |      5             FR    j                                                                                                        i                           i     6             FR    I      7         EXT* .                                   ALT 2. bem como a som a das                                   três. Adicionalmente. Todas as respostas devem ser registradas à medida que                                   ocorrem. bem como as apresentadas mais adiante.                                        Em relação à análise do comportamento adjuntivo.                                      Folha de Registro                                   Prática 11-A  Turma A1: 1-1 = FR.        Com p.                            A ANÁLISE       DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O       DIDÁTICO                                            Hm termos da resposta de pressão à barra (manipulando principal. no                                   que for possível e cabível.                         Turma A2: idem + m anipulando alternativo  Turma B1: I-5 = FR.                                        Em relação à análise da discriminação do responder à barra.                         Turma B2: idem + m anipulando alternativo  Data:     /   /              Início:    h       min.                                                                             1                           1                                                                                                       j                           . durante cada componente do                                   múltiplo. Utilize as sugestões para a análise da Prática 11. o controle do responder por reforçamento secundário continua em                                   efeito (DRO 5 s). registre. I-5 = EXT. verifique se ele o está desempenhando com                                   ou sem pausas e proceda-eomo indicado anteriormente.    Min. ALT 3).                    Anim al Ne  Alunos:                                                                                                              Turma                                                                                                                                          (*) DRO 5 s. minuto a minuto (ver folha de registro). separadamente. 1-1 = EXT.                                   PB). durante a vigência do componente FR e durante a vigência do com                                    ponente de Extinção. Se seu animal iniciou                                   u m FR m as não o terminou. proces                                   se seus dados e discuta-os de acordo com as instruções da Prática 11. mantenha as contingências e faça o registro do comportamento do                                   anim al da m esm a form a que na sessão anterior.                   Término:       h      min. No componente                                   EXT. processe seus                                   dados considerando cada resposta separadamente.          24        EXT*         25          FR                  .                                                                           I                            I           i                                                               i                            !           !                                                               i        23         EXT      1                                                                           .      Com p. U M A M A N E I R A A L T E R N A T I V A DE R E A L I Z A R A P R Á T I C A 11   175           Min.         Luz                     Respostas ao manipulando                            Respostas ao 2a           Duração                                                            principal/reforço                                m anipulando                (*)          8          FR          t         EXT                                        í        10        EXT*         11          FR                  :         12          FR         13         EXT         14        EXT*         15          FR         16          FR         17         EXT         18        EXT*         19          FR                                                                                                            j          20        EXT*         21          FR      i                                                                           i                            :           :                                                               1        22          FR      .    O Q U E F A Z E M O S E N Q U A N T O E S P E R A M O S ? ou.   '      26        EXT*                  I  i      27          FR         28          FR                                                                                  1         29         EXT                                        1        30        EXT*         31          FR                                                                                  I                                                                                                        !        32          FR .           i                                                               .176                       A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O       DIDÁTICO           Min.                                                                          i                      !          i                                                               I        55    EXT*         56     FR         57    EXT*                                                                                                      | .        Luz                 Respostas ao manipulando                               Respostas ao 2e       Duração                                                   principal/reforço                                   manipulando            (*)                                                                                                 j       33      EXT         34    EXT*         35     FR     !!        36      EXT    j         37    EXT*        38      FR     \         39     FR     |        40     EXT*         41     FR     I        42      FR     I          !         43     EXT    I          í                                                               !                      .        44      EXT        45     EXT'    :          46     FR     :         4?     FR     j         48    EXT*          49     FR                      í        50    EXT*         51     FR     |                                                                          i                      i        52     FR                                                                                !         53     EXT         54     EXT    .   Comp.  EXT*       . i       Luz     !               Respostas ao m anipulando                       ! Respostas ao 2 a            Duração                                                            principal/reforço                              m anipulando                  (s)         58     :     FR     !                                                                          |                         j          59     .     FR     . U M A M A N E I R A A L T E R N A T I V A DE R E A L I Z A R A P R Á T I C A 11           Min.    EXT     .         64     . Com p.     FR                                                                                |                         I         60          EXT"    :                                                                                                        :                        í         61           FR                                                                                .     FR         69     :    EXT     .    O Q U E F A Z E M O S E N Q U A N T O E S P E R A M O S ? ou.    .                                                                           |                                                                                                        :                         | •      70          EXT *   :  :      71     :     FR         72      :    FR         73          EXT         14          EXT'*                                                                               !         75     i     m         76     i    EXT         77     : EXT*       .         68     .                                                                           í                        j         78     !     FR     .                         I                                                                                                       !                         |         62           FR                                                                                                          i         63     .         66     i EXT*         67           FR                                                                                 i                         .                                                                           j                        i         65     .     FR         80     : EXT*         81     :     FR     i           !                                                                                                        i                        L        82     :     FR .         79     .  em FR e em EXT                                para cada um a das Turm as A i.                             b)     idem nos 10 minutos iniciais da Prática 1 1 -A.   Com p. B i. dependendo se a contingência para                             PB.A : SUGESTÕES A D IC IO N A IS                         1. 0 que eles indicam?                        4.   Compare os resultados de b) com d).   Compare os resultados de b) com c). e B2.                        2.                             c)     idem nos 10 minutos finais da Prática 1 1 -A. nos 10 minutos fi                                   nais da Prática 10. FR ou EXT? .                             d)     para o manipulando alternativo separadamente em FR e em EXT                                   para cada um a das Turm as A2 e B2.   Compare c) com e). o que eles indicam?                        5.   Calcule e coloque em um a tabela a taxa de respostas (Resp. 0 que eles indicam? Houve diferenças no respon                             der ao manipulando alternativo. nos 10 minutos iniciais da                                   Prática 11a.   Como você não tem um a contingência explícita e diferencial para as                             respostas no m anipulando alternativo.   Luz                     Respostas ao manipulando                        Respostas ao 2*   Duração                                              principal/reforço                            m anipulando       (s)   83      EXT   84      EXT   85     EXT*   86      FR   87       FR   88     EXT*   89       FR   90      EXT                                 TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À                             PRÁTICA 11./min.):                             a) para o manipulando principal. o que eles indicam? Houve dife                             renças no responder ao manipulando alternativo dependendo se a                             contingência para PB era FR ou EXT?                        6.                             e) idem nos 10 minutos fm ais da Prática 1 1 -A. separadamente. é possível que estas apresen                             tem muita variabilidade de animal para animal.   Compare os resultados de a) com b).                        3.                 A ANÁLISE       DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     M in. Sugerim os que os                             dados sejam tratados em termos de médias para cada turma. A2.  FI).                                 8. New Jersey: Prentice Hall. você acha                                       que os resultados seriam diferentes? Para verificar sua resposta expe                                       rimentalmente.    Considere as respostas dadas acima e discuta as questões levantadas                                       nas apresentações desta prática.     '' Obra já traduzida para a Língua Portuguesa (veja o Apêndice I). C.A.4'h Edition.    Atualize seu relatório acrescentando o procedimento.O Q U E F A Z E M O S E N Q U A N T O E S P E R A M O S ? ou. um esquem a de intervalo fixo. U M A M A N E I R A A L T E R N A T I V A DE R E A L I Z A R A P R Á T I C A 11                                     7. Learning . no lugar do esquema de razão fixa.   Caso tivéssemos utilizado. por que você não pede ao professor para deixá-lo                                       fazer o teste no laboratório?                                           REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA                                 CATANIA. (1998)*. um                                       esquem a temporal no qual o reforçamento dependesse da passagem                                       do tempo (por exemplo.                                  9. . os dados e a                                       discussão relativos à prática de hoje.  e a fazer outra coisa (afinal não existe vácuo comportamental!) quando sob a intensidade I-i. terei condi ções de trabalhar com um paciente fóbico?” Em outras palavras: “Quão rígidos som os?”      Nosso sujeito experimental aprendeu a pressionar a barra sem pau sas durante a apresentação de um a determinada intensidade lum inosa. empregamos técnicas de reforçamento diferencial sob diferen- . “Ter aprendido como modelar um rato no laboratório m e ajudará a ensinar um a criança a escrever?” . O que acontecerá se agora apresentarmos a esse sujeito outras intensidades de luz? Vam os supor que ele aprendeu a trabalhar em FR quando sob a intensidade I-5. o que ele fará? E se apresentarmos intensidades intermediárias. estudamos como se desenvolve um comportamento diferenciado sob controle de estímulos. assim como eu espero que vocês trans firam o que aprenderam neste laboratório para a sala de aula e/ou para um a atuação clínica?      Nas duas práticas anteriores (Práticas 10 e 11 ou 11-A). e confundo-a com um amigo m eu?”. I-4 e I-3. ou ainda. assim como confundo outras pessoas na rua com m eus amigos? Ele conseguirá transferir aquilo que aprendeu sob a intensidade I-5 para as intensidades 1-6 e I-4.g)     Se aprendermos a fazer algo em um        ambiente. “Tendo aprendido sobre as técnicas de controle de estímulo.        Quão rígidos somos?     pergunta acima pode soar um pouco confusa. o que ele fará? Ele confundirá as intensidades. Se apresentarmos agora intensidades mais elevadas. 1-6 e I-7. ao longe. ou então. e a fazer alguma outra coisa (inclusive dormir) sob outra intensidade lum i nosa. só o faremos nesse ambiente?        ou. O que estamos perguntan do é “Por que às vezes vejo um a pessoa na rua.  estaremos apresentando intensidades intermediárias    de luz.    portanto. Se continuássemos a reforçar a    resposta de pressão à barra sob estas novas intensidades. quer quando a discrim i    nação não foi completa.        Dizemos que ocorreu um a discriminação quando um organismo    reage de m aneira bem diferente. dizemos que ocorreu um a generalização    quando um organismo reage de maneira mais ou menos igual na presen    ça de dois ou mais estímulos antecedentes. não estaremos usando reforço para o res    ponder sob os novos valores de estímulo. porém semelhantes. não precisaremos treinar a generalização. talvez o fenôm eno não    fosse tão facilmente observável. e apropriada. e com razão. por assim dizer. digamos I-5 e I-4 ou I-3.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        tes condições ambientais antecedentes e observamos um processo deno    minado Discriminação de Estímulos. é necessário realizar a Prática 12 em extinção. na presença de dois ou    mais estímulos antecedentes. com a m esm a dimensão de estímulo com que trabalhamos    anteriormente: a intensidade de um a luz ambiente. Na Prática 13.        Como em qualquer teste. Na verdade. Se apresentássem os uma    intensidade muito diferente. ora em Extinção. discriminação e    generalização são verso e reverso da m esm a moeda. Para mostrar que realmente a    generalização. agora. tendo ensi    nado um a discriminação entre I-i e I-5 nas práticas anteriores. o “mundo vira de ponta cabeça” . Trabalhando na m esma    dimensão de estímulo e com valores não muito diferentes daqueles    empregados anteriormente. isto é. garantimos a ocorrência de um a transferên    cia de funções entre. alguém poderia    dizer.        Na Prática 12. ou a transferência de função de estímulo. quer quando os estímulos antecedentes parti    lham de certas propriedades. Na Prática 12. ocorre após um    treino discriminativo. intermediárias em relação àquelas sob as quais nosso sujeito    aprendeu a trabalhar ora em FR. estaremos vendo o que ocor    re quando revertemos completamente as contingências associadas a dife    rentes condições ambientais. Denominamos este segundo processo de    Generalização de Estímulos. Estaremos lidando. estaremos vendo um    outro efeito do controle de estímulos que ocorre. estaremos verificando o que ocorre    quando. por exemplo. Algo semelhante talvez ocorresse se apre    sentássemos um outro estímulo. na m esm a caixa expe    rimental etc. tudo depende dos    estímulos com que trabalhamos e de como m edim os o comportamento. podere    mos sim plesm ente testar se ocorre um a generalização daquele treino    para condições novas. um a campainha tocando    em vez de luzes.        Na Prática 12. utiliza    mos um a variedade maior de estímulos.    m ais discriminação implica em m enos generalização e vice-versa. que sim plesm ente estaríamos continuando nosso    treino discriminativo anterior. com a única diferença que. Con . I-20 por exemplo.                                       I-3 ou I-2. talvez a resposta de pressão à barra desaparecesse antes de con                                      seguirm os obter dados conclusivos. na Prática 12. esse desempenho não pode ser atribuído ao reforçamento des                                      sas respostas. 14 ou 15 após a Prática                                             12. Se o laboratório não dispõe desta                                            unidade.                                        NOTAS AO PROFESSOR:                                      1. é possível que a resposta de                                      pressão à barra passe a ocorrer em freqüências tão baixas que não seja                                      possível detectar variações em sua ocorrência (efeito “chão”).                                            Como estaremos trabalhando com quatro valores de intensidade                                      lum inosa em extinção e apenas um em FR. Para isso. cinco valores. se sub                                      metêssem os o animal a um a sessão de um a hora ou mais de completa                                      extinção. e sim a um a transferência das funções controladoras exer                                      cidas por I-5 (ou por I-i) sobre elas. . Portanto.     Caso 0 professor decida realizar as Práticas 13. sob a m esm a                                      intensidade de luz com que essa resposta vinha sendo reforçada.                                             será necessário recuperar suficientemente o desempenho do sujeito                                             no esquema múltiplo FR EXT. com um a freqüência maior com que cada um a das demais será apre                                      sentada. continuare                                      m os a reforçar a resposta de pressão à barra em FR. A ssim . como nosso treino discriminativo foi relativamente curto. Para isso. será necessário recuperar o desempenho do sujeito no esquema                                            múltiplo FR EXT.     Caso o professor decida realizar as Práticas 14 ou 15 após a Prática 13. pelo menos. o procedimento utilizado nos 10 minutos                                            finais da Prática 12 deverá ser o m esmo utilizado na Prática 11. mas não                                      reforçaremos essa resposta (ou qualquer outra) sob as dem ais intensida-                                      des apresentadas. recomendamos substituí-la pela realização da Prática 13. se nosso sujeito apresentar respostas para I-4. Assim .S E A P R E N D E R M O S A F A Z E R A L G O E M U M A M B I E N T E . tam                                       bém para evitar um a extinção completa e muito rápida.                                      2. sugerim os retomar o proce                                             dimento utilizado na Prática 11 nos 30 minutos finais da Prática 12. A Prática 12 só poderá ser realizada se o equipamento disponível no                                            laboratório possuir um a unidade de controle de intensidade lum ino                                             sa de. S Ó O F A R E M O S N E S S E A M B I E N T E ? ou. estaremos apre                                      sentando a intensidade lum inosa em que originalmente trabalhamos em                                      FR.                                      3. Q U A O R Í G I D O S S O M O S ?   183                                          tudo. A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Prática Número 12  GEN ERALIZAÇÃO SO B ESTÍMULOS  APRESENTAÇÃO  A fim de verificarm os se nosso sujeito se comporta como eu, confun    dindo estímulos, sejam eles pessoas ou intensidades de luz, a primeira    coisa que devemos fazer é am pliar o núm ero de estímulos que estaremos    apresentando ao nosso sujeito. Assim , você deverá verificar se a unidade    de controle de intensidade lum inosa da luz, que está sobre o teto da caixa    experimental, está funcionando para as cinco intensidades que estaremos    empregando: I-i, 1-2, I-3, I-4, e I-5.        Você estará apresentando essas intensidades em um a ordem, mais    ou m enos ao acaso. Um a apresentação inteiramente ao acaso seria dese    jável, para elim inar os possíveis efeitos de seqüência (1-2 sem pre antes de    I-4, ou I-3 sempre depois de I-i), ou de contraste (uma luz I-3 depois de    um a luz I-i pode produzir um a reação na retina, denominada “contras    te” , cuja magnitude é muito m aior do que a que seria produzida se a    mudança fosse de 1-2 para I-3. A conseqüência disso pode ser um a reação    ao primeiro I-3 como se este estímulo fosse, de fato, de intensidade muito    maior). Isto representa a interferência de variáveis que, no momento, não    estamos interessados em investigar, mas que, se não controladas, produ    ziriam variabilidade nos resultados, mascarando as possíveis relações    funcionais a serem descritas. Contudo, um a apresentação inteiramente    ao acaso supõe igual probabilidade de ocorrência dos eventos e, já vimos    anteriormente, que um a probabilidade de reforçamento em FR 10 em 1/5    do tempo pode produzir um a extinção muito rápida do desempenho de    nosso sujeito. Assim , num a seqüência de seis componentes, a intensida    de associada ao esquem a FR será apresentada duas vezes e cada um a das    demais intensidades será apresentada um a vez.        Os alunos da Turm a A continuarão a dispensar reforço em FR 10    durante a luz I-i (e utilizarão a contingência de extinção sob todas as    demais intensidades de luz); os alunos da Turm a B continuarão a dispen    sar reforço em FR 10 durante a luz I-5 (e utilizarão a contingência de    extinção sob todas as demais intensidades de luz). Cada intensidade será    apresentada por 6 0 segundos, e nenhum a intensidade será apresentada    duas vezes sucessivamente.        A contingência de D RO estará suspensa durante esta prática, nova    mente para evitar um a extinção muito rápida.        Se o seu anim al não tiver completado as 10 respostas exigidas em FR    e o tempo de duração deste componente tiver expirado, m ude a lumino- ........ m S E A P R E N D E R M O S A F A Z E R A L G O E M U M A M B I E N T E , S Ó O F A R E M O S N E S S E A M B I E N T E ? ou. Q U Ã O R Í G I D O S S O M O S ?    185    sidade de acordo com o programado. Na próxima apresentação do com                                       ponente FR, comece a contar a partir da enésim a resposta apresentada                                      anteriormente. Por exemplo: a) em FR o sujeito apresentou 10 respostas                                      e recebeu reforço, em seguida apresentou m ais 4 respostas e o tempo aca                                     bou; b) a próxima intensidade programada foi apresentada com a contin                                      gência de extinção etc.; c) eventualmente, a contingência de FR entra em                                     vigor novamente; como o anim al já emitiu 4 respostas anteriormente,                                     você deve exigir apenas m ais 6 respostas para liberar o reforço, e assim                                     por diante.                                            Prepare a folha de registro referente a esta prática. Note que há 60                                      linhas de registro, correspondendo a 6 0 apresentações de diferentes                                      intensidades lum inosas1. Escreva, na coluna correspondente, as intensi-                                      dades lum inosas a serem apresentadas, usando a seqüência de apresen                                      tação das intensidades a seguir, conforme a turma à qual você pertence.                                      Note que, na folha de registro, já se encontram assinaladas as intensida                                      des lum inosas com uns às Turm as A e B.   Turma A , I-:                                                             1, 3,      5, 1, 4, 2, 1, 2, 4, 5,                                                             1, 3,      5, 4,1 , 2 , 3,   1, 2, 1,                                                             4,      3, 1, 5, 1, 4, 2, 1, 5, 3,                                                             4,      1, 3, 5, 1, 2, 3, 5, 1, 2,                                                             4,      l 5, 1, 3, 4, 1, 2, 1, 3,                                                             2,      \,4, 5, 3, 1, 5, 4, 2, 1.   Turma B, I-:                                                             5 3-'/ 1 1/5-'/4 ■/2 5 ■'/2 *-/4 1/1 1/                                                             5 3 1 1/4 *i5 t 2 3 -O5 2 5-//                                                             4 3 5 1 5 4 2 5 1 3                                                             4 5 3 1 5 2 3 1 5 2                                                             41 / 5 1 151 3*'/ 4 '/5 2 fc/                                                                                        5 3-'/                                                             2 5 4 1 3 5 1 4 2 5   Tradicionalmente, os resultados de um desempenho sob um teste de                                      generalização são apresentados na form a de um gráfico denominado                                      Gradiente de Generalização. Neste gráfico, as taxas de respostas são assi                                      naladas na ordenada e, na abscissa, são colocados os valores dos estím u                                      los testados; o gráfico é um a curva sim ples, isto é, não cumulativa. Se a   1Observação: Se o professor pretende realizar as Práticas 13, 14 ou 15, é aconselhável reduzir a duração da Prática 12 para apenas 50 minutos, reservando os últimos lo minutos para a reintrodução das contingências em vigor durante a Prática 11. ■  A ANÁLISE         DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     curva resultante é paralela ao eixo da abcissa, diz-se que a generalização                                     é total; se a curva apresenta um a inclinação em relação a esse eixo, diz-se                                     que houve generalização, e a medida da generalização é a medida do                                     ângulo dessa inclinação.   PROCEDIMENTO  O procedimento de hoje é semelhante àquele empregado nas Práti                                     cas 10 e li, com as mudanças já discutidas anteriormente. Prepare sua                                     folha de registro com cuidado, assinalando as intensidades de luz, con                                     form e as seqüências dadas.                                           Na Prática 13, você não deverá empregar a contingência de DRO. Se                                     seu animal apresentar evidências de estar entrando em extinção total                                     (para todas as intensidades) alerte o professor. É possível que seu profes                                     sor mude as contingências nos últimos minutos desta prática. Verifique                                     com ele qual prática será realizada na próxima sessão experimental para                                     se certificar do procedimento correto a adotar. Você trabalhará até com                                      pletar 60 minutos de exposição às contingências programadas acima, ou                                     m udará as contingências antes disso, de acordo com o estabelecido pelo                                     seu professor.     Folha de Registro:                                     Prática 12  Turma A: 1-1 = FR       I-3/4/5 = EXT                       Turma B: I-5 = FR         I-1/2/3 = EXT     Data:     /   /             Início:     h       min.                  Término:        h      min.                Anim al Na  Alunos:                                                                                                          Turma     Min.        Com p.      Luz                                                Respostas/Reforço  1             FR  2             EXT     1-3  3             EXT  4             FR  5             EXT     1-4  6             EXT     1-2 S E A P R E N D E R M O S A F A Z E R A L G O E M U M A M B I E N T E , S Ó O F A R E M O S N E S S E A M B I E N T E ? ou, Q U Ã O R Í G I D O S S O M O S ? A ANALISI:   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Mio.  3.2           FR  33         EXf            - .j  34             Ví   35            fft  36        £XT            t-f  37  38         .f: y'jr   39            «í  40        :   ..  41        EXT            ■~4            M '«t*    v.     43        EXT  f;(í  45        EXT            S-i  46                   ;   í-’s          1          1 ^ 1   .fv,  .Cs; i                 1     j  !  J     4-S       £.x r  Fft  50        EXT     Verifique, neste ponto, se você deve continuar com o teste de genera                                  lização nos próximos 10 minutos. Neste caso, continue o registro como                                  abaixo. Caso você deva retomar o esquem a M ULT FR Ext de linha de                                  base, continue o registro na tabela (B). S E A P R E N D E R M O S A F A Z E R AL G O EM UM A M B I E N T E .      60           feKT .                       Lu*      51             M?      52      ■      53            FXT      54           CXT      85           EXT*      56             m      57      ' EXT*   ------.---------..Retomada do Esquem a Múltiplo FR EXT (linha de                                     base)      Min. SO O F A R E M O S N F S S L A M B 1 E N I T ? o u.      59             fP.--------     58             ffí.    Exr          S-3      56           rp       57           feXT      58           EXT          1-4      59           EXT          S~?      60           FR                                              Registro (B) .          Comp. Q U Ã O R Í G I D O S S OMOS ?       Min.        Luz                                                  k-ií sp *>st as. Hf torvo      51           EXT          í~2      52           FR      53                        S-4      54           EXT      55      .          e) a pessoa foi reforçada no passado por conversar com seu amigo. Será que isso é possível? A prática de hoje    verifica exatamente essa possibilidade por meio do procedimento de . de relance. você usou o total de respostas ou a         taxa de respostas? Por que usou um a e não outra?    6.            Prática Número 13          REVERSÃO DE UMA DISCRIMINAÇÃO          APRESENTAÇÃO          Você ensinou seu anim al a discriminar.         Às vezes.   Quando um a pessoa “confunde” alguém que vê na rua. isto é.   Calcule o índice Discriminativo entre I-i e I-5.   Em relação à pergunta anterior. a agir de m aneira dife    rente a depender da iluminação na caixa experimental.   Calcule a taxa de respostas de pressão à barra em cada intensidade de         iluminação (resp/min). o que na verdade está se passando?         a) a pessoa é confusa.         b) a pessoa enxerga mal. O que ele         indica?    4.         f ) a pessoa foi reforçada no passado por conversar com estranhos na              rua.   Calcule a taxa de respostas em cada intensidade para os lo p ri         m eiros e para os lo últim os m inutos e coloque os resultados na         m esm a tabela da questão anterior. e queremos que essa pessoa passe a fazer exatamente o oposto    daquilo que lhe ensinam os. H ouve m udança ao longo do         tem po? Em que sentido? À que essa m udança pode ser atribuída?    3.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO             TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À PRÁTICA 12     1.   Desenhe um gradiente de generalização para seus dados.    2.         d) a pessoa foi reforçada no passado por confundir outras pessoas              com amigos. nós ensinam os coisas aos outros e depois m udam os de    idéia. e parava de trabalhar na presença de um nível de ilum ina    ção que sinalizava um a probabilidade de reforçamento zero. Houve mudança em         relação ao desempenho na Prática 11? Por quê?    5. Lance estes dados em um a tabela. Ele trabalhava bas    tante na presença de um nível de iluminação que sinalizava reforçamento    intermitente.         c) 0 amigo e a pessoa vista na rua têm algum as características em              comum.         com um amigo.                                              Lembre-se de que os componentes têm a m esm a duração e.                                          Você vai proceder exatamente como na Prática 11.                                             PRO CEDIM ENTO                                            Prepare a folha de registro da Prática 13 considerando a seqüência das                                    contingências.    A-Turma A vai passar a reforçar em FR 10 durante a luz de inten                                                sidade I-5 e usará um procedimento de extinção durante a luz de                                                intensidade I-l. Q U A O R Í G I D O S S O M O S ?                                       reversão de discriminação.                                    libere o reforço.S E A M B I E N T E ? ou. Nos dois casos. aplique a con                                    tingência de DRO 5 s. espere a próxima pausa (de no máximo 3 segundos) e                                    m ude a intensidade e o componente. com atenção à reversão das                                    condições luminosas. Se ele esti                                    ver pausando.    A Turm a B vai passar a reforçar em FR 10 durante a luz de inten                                                sidade I-i e usará um procedimento de extinção durante a luz de                                                intensidade I-5. ' OS A I A / : .                                           Faça 0 registro do comportamento do anim al da m esm a form a que                                    na Prática 11. verifique se ele está desempenhando com ou sem pau                                    sas e proceda como indicado acima. ou 180 segundos) se esgotem antes que ele tenha ter                                    m inado a exigência de 10 respostas. No componente EXT. pode acontecer que 0 animal esteja respondendo em FR e os 60                                    segundos (ou 120 . Assinale. porém as contin                                    gências estarão revertidas:                                            . . se o seu animal iniciou um FR mas                                    não o terminou.FAREMOS NE S.                                          .\V W H i l i A I . ' . Se ele estiver respondendo rapida                                    mente. SO O . como                                    antes. e então m ude a intensidade e 0 componente. em seguida.R A : (><) I M >. qual a condição de iluminação em                                    cada componente de acordo com a sua turma. Não se esqueça de marcar a duração efetiva de cada                                    componente. sem pausas entre respostas. assinale a duração                                    do componente de FR na folha de registro. espere que ele termine o FR 10.                                           O controle do responder por reforçamento secundário durante os                                    componentes de EXT seguidos por FR será mantido em efeito (DRO 5 s). No componente de FR.:• A R R T N D l R\ .        3         |       EXT   |              I      4         I EXT*        I       5         . Duração (s)      1         .                                A ANÁLISE          DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O    DIDÁTICO                                            Folha de Registro:                                        Prática 13  Turma A: 1-1 = EXT              I-5 = FR                       Turma B: I-5 = EXT           1-1 = FR Data:     /       /                Início:     h       min.                   Término:         h       min.       FR                                                                                                                                   •     6         j       FR    í      7         j EXT*        !                                                                                                    j                                            j      8                 FR      9         |       EXT   !      10        !' EXT*       .      18            EXT*                                                                                                               i      19        {       FR    i     20         ! EXT* . .        Luz                                   R e s p o s ta s /R e fo rç o                             .              Animal N2 Alunos:                                                                                                                  Turma                                                                                                                                            (*) DRO 5 s.        ! C om p.                                                                                                    j       13                EXT   j       14        : EXT'        I      15        !       FR    I                                                                                                        ■         lê        i       FR    .      12        j       FR    .      11        i       FR    |                                                                                                    .       FR                   j      2         I       FR    .      17                EXT   .     Min.       44          EXF       :                                                                                                             i       45         EXT*                                                                                                                     i      46           FR       .     38           FR                                                                                                                                         J     39           FR       i                                                                                                             j      40         EXT*                                                                                                                         |       41           FR       .S E A P R E N D E R M O S A F A Z E R A L G O E M U M A M B I E N T E . S Ó O F A R E M O S N E S S E A M B I E N T E ? ou.      30         EXT*       1      31           FR       1      32           FR       i                                                                                                             j      33          EXT       .      42           FR       i      43          EXT       .      27           FR       .            :                                                                                                    !      28           FR      29          EXT       .        Com p. !         Luz     1                                R espostas/R eforço                                                     Duração (s)      21           FR       .      23          EXT       :      24         EXT*       ^      25           FR       . Q U Ã O R Í G I D O S S O M O S ?   193       Min.      26         EXT*       .      22           FR       .            :                                                                                                                                              j     34         EXT*                                                                                                                                             !     35           FR       :      36          EXT       j      37         EXT*       1                                                                                                                                             . .                               Se a resposta for positiva. considere a Prática 13                              encerrada. (           .   .  51         FR     .   53    :   EXT     . . verifique com 0 seu professor se você deve recuperar 0                              desem penho do sujeito no esquem a múltiplo FR EXT como na Prática ll.        Lu*                              Respostas/R eforço                                .. Duração ($)                                                                                                           \ 47          FR     :  48     : EXT*      .                                                     .        .  49     '    FR   50        EXT*    . replique o procedimento Mult FR EXT de acor                              do com a folha de registro a seguir.   52         FR     .                       A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     Min.   54        EXT     :                                                                                                           j  55    : EXT*   56    1    FR     :                                                                                                           |  57        EXT*'   i   58         FR     :                                                                                      |    59         FR     :                                                                                      j    60        EXT*    :                                                                                      i                                      Neste ponto.          . Comp.                               . Caso contrário.       Luz         i                     Respostas / R eforço                                 Duração (s)      1             FR      2             FR      3             EXT      4         EXT*                I       5             FR      6             FR              j                                   i      7         EXT*      8             FR              j                                                                          !       9             EXT             l     10         EXT*                                    í     11             FR      12             FR                                                                                         i      13             EXT     14         EXT*     15             FR                                   !    16             FR      17             EXT      18         EXT*                                                                                           !     19             FR     20         EXT* .M^                                          só o   F AR EMOS NESSE AMBI ENTE? ou .LAPMNDMM9S.        Com p.    Min.5.                  Término:      h        min.A.. QUÃO r í g i d o s SOMOS?                                     Folha de Registro: Recuperando a                                 discriminação de linha de base  Turma A: 1 1 = FR       I-5 = EXT                    Turma B: I-5 = FR         1-1 = EXT Data:     /   /             Início:       h   min.      Animal N" Alunos:                                                                                              Turma                                                                                                                      (*) DRO 5 s.. Extinção?                        2. 11 e 13.       O que o seu sujeito fez quando a resposta que vinha sendo reforçada                                 deixou de sê-lo? Este desempenho é semelhante aquele que ele apre                                 sentou durante a Prática 6 . de FR. você diria que                                 as mudanças no responder sob as diferentes condições de iluminação                                 são imediatas ou não? Essa comparação permite dizer que um a con                                 tingência. Redija um a discussão                        geral envolvendo as Práticas 10. Compare seus dados com o que a                        literatura sobre o assunto relata. você diria que é possível                                 reverter o comportamento de um organismo? Como isso pode ser                                 alcançado?                        3.   Com p.                          1. pode afetar também o responder sob outras contingências                                 (interação comportamental)? .                 A ANALISE        DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO     M in. que atue sobre o responder em certas                                 condições.       Analisando o desempenho em FR e EXT nos 10 prim eiros minutos                                 da Prática 11 e nos 10 prim eiros minutos da Prática 13.   26     EXT*                                                                                           i   27       FR   28       FR   29      EXT   30     EXT*                                     TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES Á PRÁTICA 13                                  Processe seus dados de maneira que seja possível um a comparação                        entre os dados desta prática e aqueles da Prática 11. Atualize seu relatório.       Comparando os dados das Práticas 11 e 13. por exemplo.   Luz                                  Respostas/Reforço                                i Duração (s)   21      FR                                                                                                        :                                                                                                        1  22      FR   23      EXT   24     EXT*                                                                                           !   25      FR                 .  O que fará agora? Você não pode se diri                              gir diretamente ao portão de embarque. descrevemos um a possibilidade de seqüência                              bem-sucedida do ponto de vista do passageiro. Por exemplo. Feito isso. o valor 0. Ela confere a passagem e seus documentos e. o comprovan                              te de bagagem e. sem o cartão de embarque. tem que passar antes pelo balcão                              da companhia aérea e apresentar a sua passagem à funcionária que vai                              lhe atender. de                              cadeias comportamentais. após dirigir-se ao portão cujo núm ero lhe                              tiver sido indicado. é importante que o índice discriminativo nos dez últimos com ponentes do MULT FR EXT tenha alcançado. sem se apresentar no bal                              cão da companhia com sua passagem . Malas e passagem em punho.                                   Esse episódio ilustra um a seqüência relativamente sim ples de com                               portamentos que.                                       Como se estabelecem seqüências                                      comportamentais?1              |||||                        |H ^ ^ |o c ê está saindo de férias. que pelo menos 80% das respostas naquele período tenham sido emitidas nos componentes de reforçamento). em seguida. caracteriza-se pela dependência de                              um comportamento em relação a condições produzidas pelo comporta                              mento anterior. pelo menos. não se pode                              passar pelo portão de embarque. portando                              o qual você poderá embarcar.                              despacha sua bagagem. Seqüências desse tipo são denominadas. Caso não se tenha atingido esse grau de discriminação. desce do táxi na                              área de embarque do aeroporto. só então.                                   No exemplo anterior.                             h)     Aquilo que fazemos pode ser/criar                                     condição para fazermos outra coisa?                                      o u . você receberá o cartão de embarque.80 (isto é. o passageiro não obtém o cartão de                              embarque. Por sua vez. . tecnicamente. Dependendo das circuns-   1 Nota ao professor: Para a execução desta prática. entre outras coisas. recomendamos ao professor que proponha repetição(ões) da Prática 11 imediatamente antes do início da Prática 14. ela devolve a passagem .  por m eio dos cham ados esquem as        encadeados. fundam entalm ente. nossas vidas estão repletas de        cadeias claramente mais longas e complexas. a visão do balcão de sua companhia        aérea (Estímulo Discriminativo 1) fez com que você apresentasse a baga        gem e os documentos no balcão dessa companhia aérea (Comportamen        to i) e não de outra. De posse do comprovante de        pagamento. se        você. o rato albino. emitimos        um a série de comportamentos com um a certa regularidade e previsibili        dade. ao se apresentar no balcão da companhia aérea foi notificado de que        a taxa de embarque não está paga. esta notificação deve ser a condição (isto é. No exemplo do viajante.            Em esquem as encadeados.1     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            tâncias. você deverá. Esse comportamento tem como conseqüência a        obtenção do cartão de embarque (Conseqüência l). Ao longo desses anos.        ir ao caixa efetuar o pagamento devido. realizar uma        seqüência diferente. Considerem os nossa vida        acadêmica. Como seqüências de tal longevidade e complexidade se estabele        cem e se mantêm no repertório de um indivíduo?               Prática Número 14             ENCADEAM ENTO DE RESPOSTAS             Na prática que realizarem os hoje. Ingressam os na prim eira série do primeiro grau aos sete anos        de idade. pela dependência        de um comportamento em relação aos efeitos do anterior. retom ar ao balcão da companhia e retirar        o seu cartão de embarque. utilizando os recursos de labo        ratório. aos vinte e três anos de idade. torna provável que você vá        até o portão de embarque onde se encontra o avião no qual você em bar        cará. então. e depois. em vez de ir ao portão de embarque. diferentes seqüências de comportamentos podem se estabelecer.        vam os tentar instalar um a cadeia de com portam entos no repertório de        nosso colaborador. você deverá. e não a outro portão qualquer (Comportamento 2).        o estímulo discriminativo) para você.        term inam os nosso curso universitário. a ocorrência de um comportamento é pré-        requisito e estabelece a oportunidade para a ocorrência do comportamen        to seguinte.            Comparativamente a esses exemplos. Este cartão de em bar        que (Estímulo Discriminativo 2). Sem grandes interrupções. Por exemplo. por sua vez. então. Ou seja. nós nos graduamos no segundo        grau em torno de dezesseis anos.        cada um a sob controle de seus estímulos específicos. essa ação tem        como conseqüência o defrontar-se com 0 referido portão (Conseqüência . vam os analisar e procurar com preender seqüências compor-        tam entais que se caracterizam . Para isso.  hoje. dependendo da Turm a A                 ou B à qual o sujeito pertença. Já ensinamos a nosso rato que somente quando a luz                 está acesa. .2 |ü                       Diagrama da cadeia de respostas que deverá ser estabelecida no laborató                 rio durante a prática de hoje. o pressionar a barra será seguido de água (Figura XIV-2). tem função                 dupla: como foi dito. Na presença da luz.A QU ILO QUE F A Z E M O S PODE S E R / C R I A R C O N DI Ç Ã O P ARA F A Z E R M O S O UT R A COISA?                     do Comportamento 2 e discriminativo para o Comportamento 3). é m ais provável que você passe por ele (Comporta                 mento 3) e tenha acesso ao avião (Conseqüência do Comportamento 3).ou Turm a B). esse comportamento deverá ser conseqüenciado                 pelo acender da luz nas Intensidades I-i ou I-5.ou Turm a A                    e em intensidade forte para a outra                 metade . ela pode atuar como estímulo reforçador secundá                 rio para o comportamento ao qual se seguiu e como estímulo discrim ina                 tivo para o comportamento que se seguirá.l H H                       Diagrama de uma cadeia de respostas. Hoje                 vamos introduzir um segundo manipulando em nosso ambiente experi                 mental. Estan                 do diante do portão.                 Em uma cadeia.                         Na situação de laboratório. a conseqüência (SR) do comportamento anterior (Ri) atua como                 estímulo discriminativo (SD) para a emissão do comportamento seguinte (Ri+1). um a argola presa ao teto da caixa experimental. em um a determinada condição (em intensidade fraca para                 metade da classe . seja esta conseqüência natural ou artificial.                        Visão do balcão da companhia aérea (SD1) ~* Apresentar bagagem e docu                     mentos (R 1)         Obtenção do cartão de em barque (SR 1/SD 2)                 Dirigir-se                     ao portão de em barque (R2)            Visão do portão de em barque (SR2/SD3)                     Passar pelo portão de em barque (R3)               Acesso ao avião (SR3)                                                      ■ ■ F IG U R A X I V . Note que a conseqüência de um                 comportamento. iremos tentar estabelecer um a cadeia                  semelhante a essa. um a resposta de pressão à barra libera água. A                 Figura XIV-i mostra essa seqüência. É essa dupla função que                 mantém as respostas de um a seqüência comportamental unidas e na                 ordem m ais eficaz para produzir o reforço final. como anteriormente                  (Prática 11). Cada uma das unidades Estímulo Discri-                 minativo-Comportamento-Conseqüência que compõem a cadeia é chamada de elo. Quando nosso                  sujeito tocar a argola.                        Escuro ( S D í )      Tocar a argola ( R I )       A presentação d e luz (R 1 /SD 2)                                         4 Pressionar a barra (R 2) 4 Agua (SR2)                                                      ^ ■    f í GURA   X iV .  Como devemos proceder        para instalar um a seqüência comportamental.        Antes de iniciar a Prática 14. adicionalm en        te à barra de respostas. o aluno deverá garantir que. lápis e borracha.            A prática de hoje se constituirá de duas partes. para estabelecer um novo comportamento. de tal m aneira que seus elos se orga        nizem em um a cadeia com portam ental. recomendamos enfaticamente que o índice        discriminativo calculado com base nos dez últimos componentes do        M ULT FR Ext seja superior a 0. Adicionalmente. como um pedaço de madeira. Caso não seja. ao m esm o tempo que introduz um novo        conceito. o tocar a        argola. Em linguagem técnica. em virtude de sua associação        com a água. uma        tira de couro presa ao teto etc.m     A ANÁLISL    DO C O M P O R T A M HN T O N O L A B O R A T O R I O   DIDÁTICO                Note que. tal como a esquem atiza        da na Figura XIV-2. ao discutirm os que a apresentação        do som do bebedouro após a pressão à barra aumentava a freqüência        dessa resposta (que estava em extinção). A prática de hoje procurará        dem onstrar essa explicação. o de encadeamento de respostas. é aconselhável m an        ter os sujeitos sob treino discriminativo até que tal índice seja obtido. . Iremos executar exa        tamente o m esmo procedimento da Prática 11. exceto pelo fato de que. a argola esteja afixada no interior da caixa de con        dicionamento operante. diríam os que o som do bebedouro        era um estímulo discrim inativo para a resposta de procurar e lam ber o        bebedouro. e era tam bém u m estímulo reforçador secundário para a        resposta anterior de pressionar a barra.80. A primeira terá o obje        tivo de propiciar.        é im portante que o rato tenha passado anteriorm ente . um desempenho de linha de base no        esquem a múltiplo FR Ext na presença de um a argola. atribuím os esse aumento a um a        função reforçadora adquirida pelo som.pelas Práticas 10 e 11 (treino discri        minativo). Caso um a argola não esteja disponível. no repertório de nosso rato? Como dem onstrar que        nossos comportamentos não ocorrem ao acaso m as se constituem de        form a organizada?               PRO CEDIM ENTO             A Prática 14 consistirá no estabelecim ento da seqüência de respos        tas diagram ada na Figura XIV-2. estaremos trabalhando com um reforço secundário.        o acender da luz. qualquer        outro manipulando pode ser usado. Naquela prática. aos sujeitos.            Ao apresentarm os a Prática 7.m esm o que não        tenha sido im ediatam ente antes . agora. serão usados um cronô        metro ou relógio com marcador de segundos.            Para realizar a Prática 14. Para realizar a prática de hoje. já havíam os sugerido esta dupla fu n        ção dos estím ulos que precedem os estím ulos reforçadores filogenetica-        m ente importantes.  ao                    colocá-lo na caixa experimental. deverá ser inserida a argola no interior da caixa               experimental. separadamente). as respostas de tocar a argola deverão               ser anotadas.   Linha de Base em Mult FR Ext .                    A segunda parte consistirá no estabelecimento da cadeia de respos               tas. ou seja. a                    duração deste passo será de cerca de 10 minutos. uma pressão à barra é seguida de um a apresentação de               água.AQUILO QUE FA ZE M OS PODE SE R/ C RI A R CONDIÇÃO. Você utilizará duas folhas de registro. Contudo. um a para a linha de                    base em esquema múltiplo e outra para o encadeamento. inicialmente. Se o ani               m al tocar ou cheirar a argola. anote o horário de início da sessão                    na folha de registro referente ao esquem a múltiplo FR 10 Ext.                      Para a execução da prática de hoje.. irão vigorar.              nesta. Verifique o funcionamento de                    seu relógio ou cronômetro. acenderemos a luz naquela intensidade               associada a FR. A chave de controle do bebedouro deve                    estar. Considere                    um a ocorrência da resposta de tocar sem pre que o rato encostar                    parte do corpo (seja ou um a pata. o registro de respostas de tocar a argola. siga os seguintes passos:                1. Deixe a chave de comando                    de luz na posição apagada. minuto a minuto (isto é. Esta primeira parte terá a duração de 10 minutos. Na folha de registro específica                    para o esquem a múltiplo. acres                    centando.   Inicie as atividades verificando o funcionamento da sua caixa experi                    mental (inclusive a iluminação sobre ela). sendo que. dar-se-á início ao procedimento de encadeamento              propriamente dito.               5 componentes de reforçamento (FR 10) e 5 componentes de Extinção. complete as condições lum inosas (I-i e I-5)                    nos componentes correspondentes. e o nível de água no bebe                    douro.PARA FA ZER M O S   O U T R A   COISA?   201                para todos os sujeitos. Nos componentes de EXT . Certifique-                    se acerca da turma a que seu rato pertence (Turma A ou B) e.               2. Respostas à argola não terão qualquer efeito previamente              programado. a este. na presença desta. em seqüência semi-aleatória (cada componente de              um minuto não poderá se repetir por mais do que três vezes consecutivas). ou as duas. após o que a luz é apagada e tudo recomeça. para               cada componente.               Encerrada esta parte. passa a vigorar o esquem a               de CRF. nesta folha de registro. Ou seja.Pegue seu anim al no biotério e. na posição Desligado. na folha de registro. porém. verifique a intensidade lum inosa que tem acompanhado a                    apresentação do componente de FR. para isso. em                    especial. Note                    que. Utilize. ou 0 focinho etc. Faça o registro do                    comportamento do anim al da m esm a form a que na Prática 11. Esta será iniciada no escuro. um a condição ambiental nova.) na                    argola. há 5 componentes de FR 10 e 5 com po                    nentes de EXT dispostos em seqüência semi-randômica. a notação “a” .  contada a partir         da apresentação do estímulo discriminativo. especialmente porque respostas exploratórias em         relação a esse m anipulando sofreram extinção durante os 10 minutos         do Passo 2. acenda imediatamente a luz da caixa usando para isso a inten         sidade que. Atenção: Na presença         da luz acesa. o registro de respostas (de         pressão à barra e de toque na argola) deverá ser feito.           Observação: Após o início do Passo 3. marque as respostas no momento em que efetivamente ocorre         ram.         na seqüência em que forem sendo emitidas. e que não foram. Entre a apresentação da         luz e uma resposta A. no entanto.         o esquem a DRO 5 s deverá estar em vigor. deverá ser sem pre seguida de         água. Para instalarmos esta resposta. tocar a argola imediatamente. então. na fase anterior. A ssim que ocorrer a prim eira pressão         à barra. um a res         posta de pressão à barra. também.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO             antecedidos por FR (identificados por asterisco na folha de registro). A luz         deverá permanecer acesa até que ocorra o acionamento do bebedouro         como conseqüência de uma pressão à barra. ser desligada. minuto a minuto. acompanhou 0 componente de FR. Caso o seu sujeito não emita esta resposta até 3 minutos         depois de iniciado o passo de encadeamento. e que         não foram. A ssim que o bebedouro         for acionado. execute a modelagem         desta resposta conforme descrito no Passo 4 abaixo.         inicie imediatamente a fase de treino do encadeamento de respostas         (Passo 3 a seguir). um a resposta à argola deverá ser registrada. o encadea         mento de respostas tem início com a luz da caixa apagada. utilizando a notação         “B ”. Caso a execução de uma         cadeia coincida com uma mudança na marcação de minutos na folha de         registro. logo após acender a luz. mas não         produzirá qualquer conseqüência previamente programada. coloque o controle do bebe         douro na posição Automático. anote o tempo transcorrido.   Encadeamento .    3. necessariam en         te. Anote as respostas à argola         que foram seguidas pelo acender da luz utilizando a notação “A ”.             Nem todos os sujeitos emitirão respostas à argola logo após inicia         do este Passo 3.Tanto para a Turm a A quanto para a B. o rato não irá. este tempo indica a         latência da nova resposta sendo instalada (tocar a argola). Por isso. Em esque         m a de reforçamento contínuo. se o rato emitir um a resposta de tocar         a argola. as respostas à         barra que foram seguidas pela apresentação de água. Registre. tal         vez seja necessário se proceder com um a m odelagem desta resposta . a luz deverá. utilizando a notação “a”. mesmo que isso implique em ter A e B em linhas distintas. Ao final dos 10 minutos.             Na folha de registro destinada ao Passo 3. utilizando a notação “b”. retorne imediatamente o controle para a posição Desligado         enquanto apaga a luz da caixa.    A prática de hoje deverá ser finalizada após 50 cadeias terem sido                   completadas. Na folha de registro.                   acenda a luz quando o rato emitir um a resposta de olhar ou voltar a                   cabeça na direção deste manipulando. Mantenha a luz acesa até que                   um a resposta à barra ocorra e seja conseqüenciada pela apresentação                   de água. retire seu animal da caixa. Vá sim plesm ente alterando a exigência da resposta dirigida                   à argola (após a resposta de olhar. considere a m odelagem                   encerrada. para efeito de m odelagem da resposta de tocar a argola. inicie seu proces                   samento dos dados. além de reforçar a resposta de tocar. reconduza-o para o bioté-                   rio.              6. e execute os procedimentos de limpeza da caixa e higiene pessoal. A conseqüência de tocar a argola será a apre                   sentação da luz que. reforce aproximar-se.AQUILO QUE FA ZEM OS PODE SE R/ C RI A R CONDIÇÃO PARA FA Z ER M O S OUT RA COISA?            203                       usando a técnica já conhecida de aproximações sucessivas (reveja. anote se houve necessidade de se pro                   ceder com a m odelagem da resposta de tocar a argola e o momento                   em que esta teve início e fim .   Ao final da sessão. a Prática 3). A ssim que o rato esti                   ver tocando consistentemente a argola. se                   necessário.              5. . deverá atuar                   como um estímulo discriminativo para a resposta de pressão à barra.              4. depois chei                   rar e assim por diante) enquanto mantém as m esm as contingências                   para 0 restante da seqüência comportamental.                   Portanto.   Enquanto aguarda que os outros colegas terminem.  .                                         Prática 14      Turma A: 1-1 = FR           I-5 = EXT                       Turma B: I-5 = FR         1-1 = EXT      Data:     /   /                 Início:     h       min.                  Término:        h       min.           Anim al N°     Alunos:                                                                                                              Turma                                                                                                                                     (*) DRO 5 s.        Com p.          4         EXT*      j           5             FR    !          6             FR    I          7         EXT*      i          8             FR    I          9             EXT   i                             .         10        EXT*      .*                                    A ANÁLISE         DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                             Folha de Registro.        Min. |        Luz                                                Respostas/Reforço          1             FR    j          2             FR                    i          3             EXT   .                AQUILO QUE FA ZEM OS     PODE SE R/C RIA R CONDIÇÃO PARA FA ZE R M O S OUT RA C O I S A 5     Inicie agora © procedim ento de encadeamento  A .Resposta de tocar a argola seguida pelo acender da luz a.Resposta de pressão à barra seguida pela apresentação de água b.  Resposta de tocar a argola na presença da luz acesa B .  Resposta de pressão à barra no escuro          Períodos de                                        Tocar a argola (A/a)                               Total de       1 minuto                                        Pressionar a barra (B/b)                             cadeias                                                              Latência de B           11           12           13           14           15            16           17           18            19           20           21           22           23           24           25           26           27           28            29           30 .  plote no eixo da abscis- . os comportamentos intermediários                              reforçados. comparando-os com os                              dados do Passo 3. Complete a análise de dados acima com os registros de latência de res                              posta.                        4. e o número de cadeias completadas com cada um deles.   Descreva se você teve de fazer um a modelagem por aproximação                              sucessiva do tocar na argola. Se sua resposta é positiva. Para cada um a das 50 cadeias emitidas. inform e quan                              to tempo esta modelagem durou. Faça um gráfico                              acumulado representando os dados da tabela construída. Descreva e                              analise os dados mostrados nesse gráfico. para as respostas de                              pressão à barra e tocar a argola (quatro colunas).                        3.                        2.    Considerando-se que cada reforço liberado (água) indica que uma                              cadeia foi completada.                        5.    Faça a m esm a coisa com relação ao Passo 2. faça um a tabela de freqüência acu                              mulada na luz e no escuro. calcule o núm ero de cadeias completadas nos                              10 primeiros minutos do Passo 3 e nos 10 minutos finais. Utilizando os dados do Passo 3. Descreva e analise                              os dados desse gráfico. Construa                              um gráfico de colunas representando esses dados. separadamente.206                 A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO           Períodos de                                  Tocar a argola (A/a)                              Total de        1 m inuto                                 Pressionar a barra (B/b)                            cadeias                                                       Latência d e B            31            32            33            34            35            36            37            38            39            40                                  TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À                              PRÁTICA 14                          1.    Responda.   Dê exemplos de cadeias de respostas identificáveis no comporta                       m ento hum ano. às questões que tínhamos colocado inicialm en                       te nesta prática. ou dirigir um carro.                  7. finalmente. . Esquematize as cadeias                       e aponte todos os comportamentos. Identifique as cadeias de respostas envolvidas no                       escrever. Descreva e analise os dados                       mostrados nesta figura. estím ulos discrim inativos e con                       seqüências envolvidos.                  6.A QU IL O QUE F A Z E M O S PODE S E R / C R I A R C ON D IÇ Ã O P ARA F A Z E R M O S O U T R A COISA?                           sa o valor da latência correspondente. tocar violão.  a perda do negócio. Equipamento e Pro cedimento. sabendo-as. Sob con                              trole das horas. olhemos as horas m esm o sabendo que isso não                              muda absolutamente em nada a passagem do tempo. com isso.                             i)      Por que observamos uma coisa                                      ou evento?1                    { ■ T     l                íj^ ^ ^ ^ J u i t o s de nós usam os relógios no pulso.     Nota ao Professor: a) A Prática 15 pode ser realizada nos moldes um pequeno trabalho de investigação que encerra os exercícios de laboratório com ratos.                              podemos alterá-la. Nessa situação. pelo menos.                                   É verdade que. pode ser alterada em função das horas (estí                              mulos discriminativos) visualizadas no momento em que foi emitido o                              comportamento de olhar o relógio (comportamento de observação).80. subdivida por seções Sujeito. pode telefonar para a sua secretária pedindo-lhe que peça                              que as outras pessoas o esperem para dar início à reunião e. a relação específica entre o                              comportamento de se atrasar ou perder a reunião e sua possível conse                              qüência. o que torna possível e provável                :             que. a seção de Método desta prática está sendo apresentada sob a forma característica de um projeto de investigação científica. freqüentemente. ele                              pode evitar perder o negócio. em algum as situações. referindo-se ao forte con                              trole que um mostrador de relógio exerce sobre o seu comportamento. 0. Por exemplo. é importante que 0 índice discriminativo nos dez últimos componentes do MULT FR Ext tenha alcançado. um executivo preso em um congestiona                              mento de trânsito tem um a reunião na qual deverá estar presente para                              garantir um importante negócio. saber as horas afeta diretam en                              te um a determinada relação resposta-conseqüência. . Há até m esm o                              quem se auto denomine “escravo” do relógio. Sob tais circunstâncias. Por esta razão. b) Para a execução da Prática 15. pois. isto é. olhar o relógio                              permite ao executivo saber se e por quanto tempo está atrasado.  entretanto. Saber as horas não o permite acelerar o fluxo de carros na rua ou    alterar a passagem do tempo. Esta condição será semelhante àquela descrita na Prá    tica 11. im agine o m esm o executivo preso no trân    sito. Por exemplo. o que manteria o comportamento das pessoas de olhar os pon    teiros do relógio?        Tecnicamente. As respostas de tocar a    argola irão produzir somente os estímulos discriminativos associados aos    esquem as de reforçamento e de extinção. pois produz 0    estímulo reforçador a ser consumido (água). podemos argum entar que nem    todas as relações resposta-conseqüência podem ser alteradas pela verifi    cação das horas. nestas condições. 1983). e a resposta de tocar a argo    la é denominada Resposta de Observação. todas as luzes serão    apagadas.    nas quais estão presentes condições que não são afetadas pela verificação    das horas. a resposta    de pressão à barra é denominada Resposta Consumatória.    vamos m anter inicialmente a contingência M ULT FR Ext para a resposta    de pressão à barra.    comportamentos mantidos pela produção de estímulos discriminativos. talvez ele não pudesse nem m esm o evitar que as pes    soas iniciassem a reunião sem a sua presença.    são chamados de respostas de observação (Dinsmoor. estaremos investigando algum as condições que m antêm respos    tas de observação emitidas por nosso sujeito experimental. A propósito. Para isso.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            Dada a m esm a situação. As respostas de observação não alteram a    programação de reforços na barra de respostas. Após 20 minutos. mas não conseqüênciadas). isto é. se o executivo em questão não    dispusesse de um telefone por perto ou se seu celular estivesse sem bate    ria. e o esquem a em vigor nos com ponen    tes de reforçamento será FR 5. comportamentos como o de olhar as horas. por exemplo. Na prática    de hoje. exceto que a argola deverá ter sido introduzida no interior da caixa    de todos os sujeitos (as respostas a esse manipulando deverão ser regis    tradas. um a resposta específica a um segun    do manipulando (tocar a argola) permitirá um breve acesso ao estímulo    discriminativo relativo ao esquem a em vigor. Em situações como essa. Nesta situação. Entretanto. m as os esquem as FR e EXT continuarão em vigor (MISTO FR    EXT). pois produz o estímulo discri    minativo (Luz I-i ou I-5). . Encadeamento. isso já foi feito. Em outras palavras. como foi o caso na Prática 11. também. ao contrário. estaremos ensinando nosso rato a produ zir estímulos discriminativos em seu ambiente e. reforçam ento e extinção. Para realizarmos essa prática. nossos sujeitos experimentais deverão ter passado pelo treino discrim ina tivo descrito na Prática 11.   POR Q U E O B S E R V A M O S U M A C O I S A OU E V E N T O ?         Prática Número 15     RESPOSTA DE OBSERVAÇÃO      IN T R O D U Ç Ã O      Na presente prática. o estímulo reforçador água. a resposta de tocar a argola produzirá somente o discriminativo associado ao reforçamento. suas emoções. ao m esm o tempo. ou à extinção da resposta de pressão à barra e. quer mudando as condições ambientais. vigoram apresentações. permitirá investigar mais especificamente a função dos estímulos discri minativos. não . Na prática de hoje. quer mudando o seu comporta mento. fundamentalmente. ao identificar as contingências. nas palavras de Skinner (1953). esta remos estudando como isso pode ser feito.     Durante o procedim ento de treino da resposta de observação esta rá em vigor um esquem a m isto. de diferentes com ponentes. Em am bos. por exemplo. porém com um a diferença. vamos procurar investigar comportamentos cuja conseqüência é. no caso das Práticas 10 e 11.     Em nossa prática de hoje.     Você consegue im aginar a relevância do comportamento de observa ção em um contexto clínico no qual o terapeuta deva ajudar o seu pacien te a atentar (observar e registrar) para os seus próprios comportamentos. a longo prazo. o paciente estaria produzindo SDs úteis para a análise e modificação do seu compor tamento ou. ao contrário do que ocorre em esquem a m últiplo. Na Prática 14 . úteis para encontrar uma solução ao problema em questão. durante o esquem a m isto. O esquem a m isto é m uito sem elhan te ao esquem a m últiplo. os diferentes com ponentes (FR e Extinção) eram acom panhados por diferenças nos níveis de ilu m in a ção no interior da caixa. a apresentação de estímulos discri minativos das contingências em vigor. Ou seja. A resposta de tocar a argola durante a ausência de luz sem pre produzia o estímulo discriminativo que controlava a contingência de reforço para a resposta de pressão à barra e. No entanto. em seqüência sem i-aleatória. seus sentimentos? Fazendo isso o terapeuta m axim iza a probabilidade de o cliente discrim inar contingências e se adaptar a elas. por isso. no esquem a m isto os estím ulos discrim inativos exteroceptivos perm anecem ausentes.  por m eio da resposta de tocar                                   a argola. é necessário que o sujeito tenha                                   passado anteriormente pelas Práticas 10 e 11. Em outras palavras: Organismos em i                                   tiriam comportamentos específicos cuja única conseqüência seria a pro                                   dução de “inform ação” ?                                          M É TO D O                                          Sujeito                                         No presente experimento. os compo                                   nentes de reforçamento da resposta de pressão à barra. qualquer objeto que atue como um segundo mani           pulando de resposta pode servir aos nossos propósitos. Contudo. uma segunda barra. isto                                   é. Para a realização deste. Em ambas.                                        As condições para o estabelecimento e a manutenção de respostas de                                   observação pela apresentação de estímulos discriminativos exteroceptivos                                   serão nosso objeto de estudo hoje. um a argola presa ao                                   teto2. É imprescindível também                                   que a divisão em turmas realizada nas Práticas í o e 11 seja mantida.                                          Equipam ento                                         Será utilizado o m esm o equipamento que estamos empregando em                                   nossas práticas de laboratório. Este segundo m anipulando será utilizado para as respostas de                                   observação. será utilizado o m esm o rato albino das prá                                   ticas anteriores.                                          Procedim ento                                         A Prática 15 será constituída de duas partes. . um segundo m anipulando de resposta. isto é. uma tira de couro. que os ratos da Turm a A (FR na intensidade I-i e EXT na I-5) e os da                                   Turm a B (FR na intensidade I-5 e EXT na I-i) sejam mantidos em seus                                   grupos originais. produzindo estím ulos discrim inativos extero-                                   ceptivos. em esquem a de              2 Um trapézio. Isto garante que a m esm a correlação entre a intensida                                   de lum inosa dos estímulos discriminativos e as contingências vigentes                                   em cada componente do múltiplo seja aqui mantida. Para a realização desta prática. enfim.■      212                       A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                       existirá essa diferença nas intensidades lum inosas quando F R e/ou                                   Extinção estiverem em vigor. o esquem a m isto poderá ser temporariamente transformado                                   em esquem a m últiplo. é necessá                                   rio que seja colocado no interior da caixa operante. antes de iniciar a ses                                   são.  Os componentes terão sempre um minuto de duração. situação temporária produ      zida por resposta de observação). o m esm o procedimento da      Prática 11. serão alternados aleatoriamente com componentes de extinção. devem ser anotadas.   1. na seqüência      em que ocorrerem. A luz no interior da caixa pode      rá estar apagada (esquema misto. . o bebedouro      será acionado ao final da 5â resposta. b) se o componente de Extinção      estiver em vigor.          Durante esta segunda parte da Prática 15. c) deverá      ser inserida um a argola no interior da caixa experimental (respostas      à argola não terão qualquer efeito previamente programado. os esquem as de FR 5 e Ext para a res      posta de pressão à barra estarão em vigor conforme a seqüência pré-      estabelecida na folha de registro.      Encerrada esta parte. como será detalhado abaixo. Lembre-se que as contingências      programadas na barra de respostas e na argola são independentes. irão vigorar. bem como as respostas de tocar a argola (A). o      esquem a Mult FR 5 Ext será substituído pelo esquem a Misto FR 5      Ext. b) o uso do esquem a D RO 5 s ao final dos      componentes de Ext seguidos por FR será descontinuado. caso o sujeito toque a      argola (resposta de observação). independentemente da con      dição lum inosa no interior da caixa um a entre duas coisas poderá      acontecer: a) se o componente de FR estiver em vigor. sendo que. A despeito da luz no interior da      caixa estar ausente ou presente. os estím ulos exteroceptivos que acom pa      nham os componentes de FR e Extinção estarão norm alm ente au      sentes. em seqüência semi-aleatória (cada componente de      um minuto não poderá se repetir por m ais do que três vezes conse      cutivas). Contudo. Iremos executar. o estímulo discrim inativo corres      pondente ao componente em vigor deverá ser tem porariam ente      apresentado. 10 componentes de reforçamento (FR 5) e 10 componentes      de Extinção.Na segunda parte da prática de hoje.      nesta. 2.     POR QUE O B S E R V A M O S U MA C OI S A OU EVENTO?     FR 5. Na folha de registro.      Portanto. três condições lum ino      sas poderão vigorar a cada momento.   Linha de base em esquema Mult FR 5 Ext .   Respostas de Observação . No esquem a misto. basicamente. nada ocorrerá.A prim eira parte desta      prática terá como objetivo estabelecer um a linha de base em múltiplo      FR 5 Ext. as respostas de pressão à barra reforçadas (B) e      não reforçadas (b). porém      serão registradas). dar-se-á início à parte 2.          Esta prim eira parte terá a duração de 20 minutos. situação original) ou acesa na      intensidade I-5 ou I-i (esquema múltiplo. exceto pelos seguintes fatores: a) o esquem a FR 10 deverá      ser substituído por FR 5. Cada componente terá a duração fixa de 6 0 s. se o anim al pressionar a barra.               respostas de tocar a argola deverão tão somente ser registradas.                   Quando a luz no interior da caixa estiver apagada. quando este será seguido por um              componente de outro tipo.214   A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O N O L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                       Em seu estado original. na ausência do toque na argola. a luz deverá ser acesa. serão realizados 25 componentes de FR 5 e 25 componentes de              Extinção.                A segunda parte da Prática 15 terá duração total de 50 minutos. anote as respostas de pressão à barra e de              tocar a argola. na linha correspon              dente. ". Ao final de 10 s. O tempo máximo de cada apresen              tação de luz (I-l ou I-5) será de 10 s. se ele estiver pausando. a duração da apresentação da luz será m enor do que 10 s. b).              nesse caso. na seqüência em que ocorrerem. isto é. se o rato tocar a argola. Luz (A. . como os componentes FR e EXT. use o m esm o critério anterior..              Nesse caso. Estas respostas deverão ser registradas              juntamente com a indicação da condição lum inosa sob a qual ocorre              ram.              estiver em vigor (FR ou Extinção).”                   Lembre-se que. mude o com               ponente. Sob a luz apaga              da. porém as contingências em vigor para              a resposta de pressão à barra deverão ser mantidas até o final da dura              ção prevista para esse componente..              isto é.. pode acontecer              que o anim al esteja respondendo em FR e os 6 0 s (ou 120 ou 180 s)              se esgotem antes que ele tenha terminado a exigência de 5 respostas. b. espere que ele termine o FR 5 e. Nesse caso. por exemplo.. a luz que esti              ver acesa deverá ser apagada. a              luz no interior da caixa deverá permanecer apagada. o rato poderá              tocar a argola faltando menos de dez segundos para o encerramento              e mudança de componente (isto é. mudança de FR para Ext ou              de Ext para FR). Portanto. b. no momento dessa resposta. você deverá acender a luz de intensidade              correspondente ao componente que. então. Você deverá anotar com um código diferente as respostas de              pressão à barra reforçadas (B) e não reforçadas (b). Escuro (A) . Se ele estiver responden              do rapidamente. Por exemplo. bem como as res              postas de tocar a argola (A). espere a próxima pausa e mude o              componente.                   Na folha de registro. Na presença das luzes I-i e I-5. m as ela deverá ser              apagada juntamente com o encerramento do componente. .             |           4               EXT   |            5               FR                    |            6               FR    |            7               EXT            8               FR    l            9               EXT   j           10               EXT           11               FR           12               FR    !  ...           Toque na argola          Min.            Pressão à barra não seguida de apresentação de água A .....                   Término:       h       min.                                                    P O R Q U E O B S E R V A M O S U M A C O I S A OU E V E N T O ?                                                 Folha de Registro:                                             Prática 15 Turma A: 1-1 = FR                   I-5 = EXT                        Turma B: I-5 = FR         1-1 = EXT  Data:           /     /                 Início:       h      min.               Anim ai N2 Alunos:                                                                                                                       Turma   B......            Com p.. |        Luz                                                       Respostas            1               FR    i            2               FR    j            3               EXT     .               i          18               EXT                                 |               i                                                                      ....        13               EXT           14               EXT   |           15               FR    |           16               FR    j           17               EXT   !               I                                 .            Pressão à barra segida de apresentação de água b.          19               FR    |           20               EXT                                 ! ..           29        EXT    .     Luz      i                            Eventos: Luz/Escuro (B.          44    :   EXT . Com p.Presença de 1-1 ou I-5           Min. . b» A)         21         FR     .   EXT                 j          24    :   EXT                 !          25    i   FR     .         22     .   FR         23     .          27    !   FR     :            í          28    :   FR     .          37    ■ EKT      .   FR     i          42        FR     .          38    :   FR          39    :   FR          40    :   EXT    :          41    .          26        EXT    .          43    :   EXT    .          30        EXT    .Ausência de 1-1 ou I-5     Luz .    .■                               A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO         Inicie agora a Parte 2. Respostas de Observação      Escuro .          31    !   FR          32    :   FR     :          33        EXT    j          34    .   EXT    ‘          35    :   FR          36    ■ EXT      .                             P O R Q U E O B S E R V A M O S U M A C O I S A OU EVENTO?     Min. j   Luz                                   Eventos: Luz/Escuro (B.   Com p.   57     EXT  58       FR  59       FR   I  60      EXT               !  61      FR   1  62       FR   I   63     EXT   64     EXT  65       FR   I   66     EXT   !   67      FR   68      FR   69     EXT   Í   70     EXT   i . b.  56       fr   . A )  45      EXT   í         i  46       FR   i  47       FR   j  48      EXT  49       FR   I   50     EXT   !         j   51      FR  52       FR   I         1  53      EXT   1               i         ! 54      EXT   :         1  55      EXT   .  Sob qual condição            lum inosa as respostas à barra e à argola ocorreram com m aior fre            qüência? Em qual condição ocorreu m aior freqüência de reforça-            m ento das respostas B? Com o esses dados ajudam a entender o            comportamento do rato?      5. planeje e elabore tabe      las e/ou gráficos que descrevam os resultados que você obteve de forma a      procurar responder à questão levantada na introdução deste estudo.    Como esses resultados podem ser analisados?      4.    Compare as respostas na barra na prim eira e na segunda parte desse            exercício.      3.A A N Á L I S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À            PRÁTICA 15             No ponto do curso em que nos encontramos. Abaixo      estão algumas sugestões que poderão ajudá-lo nessa tarefa. Como se encontrava o índice discriminativo ao final da            prim eira parte e o que ocorreu após a mudança para a segunda?      2.    Elabore um a form a de analisar a seqüência de respostas à barra e à            argola em função do componente em vigor.        1.      tendo em vista os objetivos do presente experimento. analise as respostas B.    Faça o m esm o em relação às respostas à argola.    Como seus resultados ajudam a responder à questão: Estímulos dis            criminativos mantêm respostas de observação? . Sendo assim. b e A            em função da presença e da ausência das luzes.    Em relação à segunda parte do estudo. O que você pode concluir            desta análise?      6. é esperado que a experiên      cia que você vem acumulando nas atividades realizadas no laboratório até o      momento tenha propiciado condições para que você possa tratar e analisar      os resultados da presente prática com relativa autonomia.  (1983). A. 6. Science and human behavior. The                               Behavioral and the Brain Sciences. J. 693-704.     * Obra já traduzida para a Língua Portuguesa (Veja o Apêndice I) . B.                           SKINNER. Observing response and conditioned reinforcement.                                                                                                                &                                POR Qí   1 O BS E R V A M O S U M A C O I S A O U E V E N T O ?             219                                   M    f e r ê n c ia s b ib l io g r á f ic a s                            DINSMOOR. New York: Macmillan. F. (1953)*.  evidentemente. embasa todo o curso. Evidentemente que algum as cautelas devem ser tomadas quanto ao conhecimento prévio que os alunos que atuarão como sujeitos possam ter dos objetivos e procedimentos envolvidos nessas práticas.     Recomendamos começar o semestre com a prim eira dessas novas práticas. a Prática 1 6 . verifica-se o conflito entre história passada e condições presentes sobre o comportamento de “nomear a cor com que um a palavra está escrita quando essa palavra . caso contrá rio. todas as variáveis e objetivos envolvidos nessas práticas dizem respeito a questões tipicamente hum anas.                                                                      9       Práticas de laboratório       com o estudante universitário     s quatro últimas práticas de laboratório deste m anual são propostas para serem feitas com um participante especial. alguns como sujeitos e outros como experimenta dores.     Com exceção da Prática 18 . nossa experiência anterior. hábitos esses instalados de longa data pela comunida de verbal a que a pessoa pertence. por abordar a questão da conseqüencia- ção do comportamento. todas podem ser realizadas com os pró prios alunos servindo. contaminados. os resultados serão. evita-se um contato prévio do aluno com seu conteúdo. Sendo a prim eira. Um a terceira razão: começar o curso com esta prática é um fator motivacional adicional. Na Prática I7. A ssim sendo. na determinação de nossos atos presentes. já que ela. o ser humano.     As duas primeiras práticas desta série de quatro trazem à baila explici tamente a questão de quão importante é nossa história passada. já que os alunos “adoram ” estudar seus próprios comportamentos. Na Prática 1 6 o que se procura demonstrar é que se pode mudar os hábitos lingüísti cos de um a pessoa.  podem afetar nossas práti          cas verbais). porém. um a que pode          ser realizada como um exercício escrito de análise de trechos da literatu          ra ficcional.          como variáveis tais como a classe social a que pertencem os participantes. adequados para fins didáticos. ao reforçar diferencialmente o comportamento das          pessoas de identificar instâncias de um conceito. que nos permitirão          demonstrar a formação de conceitos como um fenômeno comportamen-          tal que se estabelece na história de contingências pela qual passa o indi          víduo. é um a proposta para se estudar como          form am os conceitos abstratos. Tendo por base          um a análise do comportamento verbal conforme as categorias verbais          propostas por Skinner ( 1957 ). Esse exercício é apresentado em duas versões. em outras palavras. a) aquelas sobre os comporta          mentos respectivamente de nomear cores e textualizar palavras.222   A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO              nomeia outra cor diferente daquela com que está escrita” (explicando: es-          rever a palavra “azul” com um a caneta de cor vermelha e pedir que alguém          diga o nome da cor com que se escreveu a palavra). Será que. estaremos lidando com conceitos           sim ples. conseguiríam os estabe          lecer este conceito em seu repertório comportamental? . Nesta. finalmente. e outra a ser realizada como exercício de observação (ativida          de de campo) extra-classe.          ou a detenção de informações sobre alguém.              Na Prática 18 trabalhamos com variáveis sociais. procura-se verificar como o equilíbrio das          chamadas “forças sociais” afeta nosso discurso (ou. b) e o          conflito entre antigas regras de leitura e regras atuais e recentes. Duas fontes de contro          le sobre o comportamento são manipuladas.              A última prática.  elege o seu estudo como tema pri                          vilegiado. dar-lhes instruções. as relações funcio-   1 Este texto e as instruções que o seguem foram elaboradas sob orientação da prim eira autora por duas alunas de Pós-graduação do PSE-IP-U SP. Maria de Lourdes Passos e Katia Damiani e testadas em nosso laboratório (Matos... da Filolo                          gia e da Psicologia.                          compreendendo o quanto o hom em está im erso num a cultura sustenta                          da predominantemente na linguagem . ”                          . F. do CD Chico Buarque. A lista pode tornar-se                          infindável. seu autor....para emocionar as pessoas. 1989)                            linguagem desempenha um papel especialmente importante na vida hu                          mana. literária etc. I9 9 5) a partvt de um a idéia de Skm ner  y 37V .                         a )           Podemos m u d a r o          m o d o      c o m o                                         uma pessoa fala?1                                                                                “Palavra minha                                                                            Matéria. ler sobre o que queremos aprender. palavra. da Gramática. a Análise Experimental do Comportamento. Dam iani e Fiochtengaíten...                                      (Umapalavra. . estabeleceu um quadro teórico e metodológico inovador para o                          estudo do comportamento verbal.                           Skinner. Passos. poética. Citm o. buscando identificar os aspectos do                          ambiente físico e cultural que o determinam.... de uso                          cotidiano.                          “bater papo”. palavra                                                                            Que me conduz                                                                            Mudo                                                                            E que me escreve desatento. como é o caso da Lógica. da Lingüística. isto é. Várias disciplinas buscam deslindar sua natureza e funciona                          mento.. minha criatura. Com a publicação de Verbal Behavior (1957). Usam os as várias form as da linguagem .                                                                           de Chico Buarque...técnica. B.                              Dentro da Psicologia.  de qualquer maneira. obras literárias etc. será a aprovação social. resolução de                                 problemas. que se acha disponível em CD ROM. Como bem disse o poeta. tais como.                                     Nosso experimento insere-se nesta linha. Esta versão do       exercício é muito mais flexível já que permite um a maior escolha do comportamento verbal a ser conseqüenciado:       o uso de pronomes. é interessante                                 notar. em relação a ela. eles       passam a agir em oposição a ela. A conseqüência foi o alar                                 gamento das possibilidades de investigação da Análise do Com portam en                                 to. Vamos realizar um a investi                                 gação experimental para tentar responder à questão: ‘As conseqüências                                 daquilo que dizemos podem alterar como falamos?’. independia de o falante ter ou não percebido que                                 estava recebendo aprovação2. utilizando . mas. No decorrer de nossa                                 investigação. um sorriso. também somos “escritos” por elas. o uso de pronomes3. esta conseqüência diferencial consistia em alguma forma de                                 interação social sinalizadora de aprovação. A construção das frases é feita por seleção de um dos componentes. que passou a se ocupar de objetos de estudo tais como o pensamento                                 (inclusive sob as formas de pensamento lógico e científico). aplicada contingentemente           2 Na verdade. um a parte delas tendo como objetivo demonstrar                                 que este era susceptível de alterações em função de suas conseqüências. nossa experiência mostra que. e alguns o fazem. pedia-se ao sujeito experimental que falas                                 se alguma coisa.224                        A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                     nais entre este ambiente e o comportamento. Os resultados mostravam                                 que. isto é. aquela                                 que vamos manipular. Este aumento revela que a conse                                 qüência empregada pelo experimentador funcionou como um estímulo                                 reforçador e que 0 comportamento a ele contingenciado foi positivamente                                 reforçado. a fala do sujeito era                                 seguida por um a conseqüência diferencial (diferencial porque tratava-se de                                 um a conseqüência aplicada a um comportamento específico e não a outro). Matos. independia de o sujeito estar ou não “consciente” do fato de estar                                 sendo reforçado. tipicamente. 1958). um                                 “hum -hum ” ou um aceno positivo com a cabeça. efeito de instrução.       3 Baseados nos procedimentos propostos neste exercício. Pavão e Benassi (1999) elaboraram       um a versão informatizada (VERBAL 1. ocorria um aumento na freqüência com que                                 esta expressão se repetia (Krasner. conseqüenciando um a determinada expressão verbal do sujeito desta                                 forma e com estes elementos. palavras no                                 plural. Tomanari.                                 Nessas pesquisas.                                 Geralmente. por exemplo. Se o que ele dissesse se encaixasse dentro de um critério                                 previamente estabelecido pelo experimentador. quando os alunos discriminam essa relação.51) deste experimento. A verificação de tal processo de reforçamento. a utilização de um complemento verbal. o uso da flexão do tempo verbal. um tipo de pronome ou uma classe de verbos. procuraremos verificar os efeitos de aplicar conseqüências                                 sociais diferenciais sobre a freqüência de emissão de um a classe de ope                                 rantes verbais. ou de uma combina       ção de pronomes e tempos verbais.                                     O        livro de Skinner desencadeou um a série de pesquisas relativas ao                                 comportamento verbal. Nossa variável independente. não apenas escreve                                 mos as palavras.                          então poderemos concluir que a aprovação social não teve efeito sobre o                         comportamento de escolher este ou aquele pronome.                         PODEMOS   MUDAR   O MODO COMO     UMA P ESS O A FALA?                             a nossa variável dependente. na formulação de frases. a conseqüência diferencial usada pelo experimenta                         dor funcionou como reforço na utilização daquele pronome específico.                         será iniciada a fase que realmente nos interessa. podemos                         concluir que. a conseqüência diferencial inibiu o comporta                         mento. Finalmente. não serão aplicadas conseqüências dife                         renciais ao uso de qualquer pronome. de um de seis                         pronomes do caso reto ‘eu. investigaremos a freqüência com que o sujeito for                         mula frases empregando um pronome previamente selecionado por nós.                         essa freqüência for maior na Fase I do que na Fase II. O primeiro momento é o de Linha de Base. o uso. aquela em que manipula                         remos a variável independente para observar seus efeitos sobre a variável                         dependente. em dois m omentos diferentes de                         nossa sessão experimental:                              I .Condição de Reforçamento: Imediatamente após a Linha de Base. diz respeito a um a medida do comportamento obti                         da durante o período de apresentação de nossa variável independente. Nesta fase. que nos fornecerá                         um a medida do comportamento anterior à manipulação de nossa variá                         vel independente. na Condição de Linha de Base (Fase I). As conseqüências também podem ser manipuladas (pontos. vós.                              II . Se.Condição de Linha de Base: Como o nom e sugere. ele(ela). nós. Se     o mouse do computador para acionar menus.                         contrariamente ao esperado. figuras ou frases). apenas serão registradas as frases                         tal como form uladas pelo participante para que. possa                         mos avaliar a freqüência com que usa cada pronome. .                               O delineamento experimental utilizado será o de sujeito único. Estaremos medindo a fre                         qüência com que o sujeito usa cada um dos seis pronomes. a freqüência do pronome sele                         cionado for igual àquela observada na Condição de Reforçamento (Fase II). já que                         iremos comparar m omentos diferentes do desempenho de um m esmo                         sujeito. se a freqüência em I for menor que em II. isto é. eles(elas)’ (pronome esse                         previamente escolhido pelo experimentador). posteriormente. empregadas em contingências de reforço e/ou punição positivas. de fato. é um a fase na                         qual a freqüência do comportamento de interesse (nossa variável depen                         dente) é registrada para ser usada na avaliação dos efeitos da variável                         experimental.                         Se. Durante essa fase. especialm en                         te aquele sobre o qual a operação de reforçamento estiver atuando.                             Vamos comparar a freqüência com que o participante de nosso estu                         do emprega o pronome selecionado. por outro lado. tu. O segundo momento corresponde à manipulação                         experimental. isso sugeriria que.  os dados de linha                            de base já nos mostram que a freqüência de escolha dos diferentes prono                            mes não é a mesma. sujeitos experimentais. para cada experimentador. experi                            mentadores e. Neste caso. Inicialmente. um delineamento de grupo. Metade da classe tra                            balhará com um pronome e a outra metade trabalhará com outro pronome. algumas preparações a fazer. deverá                            haver um sujeito correspondente. e pode mesmo variar de região para região do país. e se a                            única diferença relevante entre os dois momentos é que na Fase I não for                            necemos nenhum a conseqüência para a emissão de qualquer pronome. . o                            que refletiria práticas culturais diversas).                            Nesse caso. Os alunos                            trabalharão em duplas de forma que. Os alunos que servirão como sujeitos                            do experimento não poderão ler antecipadamente o texto referente a esta                            prática. Nesse caso. portanto. em um segundo nível de análise dos dados. corres                            pondente à opção feita. os alunos poderão trabalhar em trios.                                    Prática Número 16                                  O USO DE PRO N O M ES NA CULTURA BRASILEIRA                                  APRESENTAÇÃO                                  Nesta prática de laboratório. Antes de iniciarmos o tra                            balho. um deles será o sujeito e dois serão experimen tadores.                                Se quisermos contudo comparar os efeitos de contingências reforçado-                            ras aplicadas sobre diferentes pronomes (como se verá. Um                            grupo de alunos será de experimentadores e outro de sujeitos4. temos. estaremos nos referindo a esta segunda opção. Nas instruções que                            se seguem mais adiante.                            Caso o professor decida o contrário. o professor deverá explicar as instruções do exercício   4 Opcionalmente. dividindo entre si as tarefas (um deles executará o procedimento e o outro fará o registro das respostas do sujeito). basta selecionar um dos dois pronomes                            sugeridos e seguir as instruções para um dos grupos. alguns. estaremos compa                            rando os dados desses dois grupos de sujeitos entre si. se ela ocorrer. se m antemos constantes todas as outras variáveis                            que poderiam estar relacionadas com o comportamento observado. outros.                      A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                o sujeito é o m esmo. a                            classe será dividida em dois grupos com número igual de alunos. as instru                            ções para o tratamento de dados também deverá sofrer uma seleção. os próprios alunos serão. usaremos.                            ao passo que na Fase II apresentamos um a conseqüência diferencial                            depois de um certo pronome dito pelo sujeito. então podemos atribuir a                            esta conseqüência a diferença entre os dois desempenhos. Além disso. acoplado ao delinea                            mento de sujeito único.  para que sejam de fácil com                            preensão para os sujeitos. cada um deles com os seis pro                           nomes do caso reto. utilizando 0 mesmo material. A realização desta prática                          requer que o professor planeje-a antecipadamente. inibidora ou                          facilitadora. terem os evidências de que                           os resultados de nosso estudo serão de fato derivados do reforço dife                          rencial e não de um a. diferen                          tes pronom es a serem reforçados. por exemplo. 0 material de experimentação: cartões contendo                          pronomes. cada um . e folhas de                          registro. antecipadamente. Os verbos foram arbitrariamente                           escolhidos entre os usados na vida cotidiana. e outro para                           o qual vigora o reforçam ento do uso do pronom e “ N Ó S” (Grupo B).                               2.                               Nosso objetivo com este experimento é verificar os efeitos de se                          reforçar diferencialm ente o uso de um determinado pronom e. e as duplas isoladas entre si5. de um pronom e específico. A3. vam os atribuir. cartões contendo. Com isso. No procedim ento aqui apre                           sentado. verbos concretos ou abstratos. um verbo e folhas de registro6.                                 1. esses verbos se referem a situações   5 Como este é um experimento de curta duração (cerca de 30 minutos). eventual característica. Cada dupla deve retirar com o                           monitor um cartão de pronomes.                          A2. aí permanecendo até o fmal do experimento. conforme descritos a seguir). Cartões com pronomes: Serão utilizados cartões em folhas tama                           nho A-4 para apresentação dos pronomes. em cada um deles. Além disso. a diferentes sujeitos. Esse cartão deverá ser colocado na fren                           te do sujeito. e a disponibilidade de locais ade                          quados para a realização do experimento de tal form a que ele possa ser                          feito sem interferências. A4 e assim por diante. estará im presso um verbo. As                           duplas que com põem o Grupo A serão num eradas e cham adas de A l. sendo                           que. cartões com verbos.                          PODEMOS    MUDAR    O MODO COMO      UMA PESSOA    FALA?                               227                              aos experimentadores na ausência dos sujeitos. Para                           avaliarm os esta questão. deverá ter sido confeccio                          nado. Cada cartão                           conterá um a seqüência aleatória de pronomes para controle da variável                           “ordem de aparecimento do pronom e” . .                               Para realizarmos esta prática de laboratório. im pressos em fonte e tamanho que facilitem sua                          visualização a mais ou menos 80 centímetros de distância. Cartões com verbos: Cada dupla trabalhará com 80 cartões. o número de conjuntos de material de                          coleta disponíveis (cartões com pronomes. os sujeitos deverão form ar dois grupos. B2 etc. as duplas do Grupo B serão denom ina                          das B i. sem ruídos. Os 80 verbos que                           serão apresentados aos sujeitos são ou da prim eira ou da segunda conju                           gação. considerando o núm e                          ro de duplas a serem formadas. 6 Veja-se em anexo exemplos de seqüências de pronomes e uma lista com os verbos. um grupo para o qual                          vigora o reforçam ento do uso do pronom e “ E U ” (Grupo A). a classe pode ser dividida em equipes que realizarão 0 experimento uma após a outra.  e apresentar o cartão seguinte. deve estar a folha de    registros. Este    é o caso de verbos irregulares ou defectivos que. Procurou-se não selecionar verbos que pudessem induzir os    sujeitos a usar preferencialmente um pronome em relação a outros.        O experimentador controlará a apresentação dos cartões de verbos. No final destas    instruções apresentamos um modelo da folha de registro que deverá ser    utilizada para cada experimentador.        3. o que dificulta sua distribuição    balanceada nas fases experimentais. o experimentador    deve retirar o cartão da sua frente colocando-o de lado. O experimentador deve anotar. A cada cartão exposto ao sujeito. a distribuição dos tipos de verbos foi balanceada entre a    fase de Linha de Base e a de Reforçamento: cada um a das duas fases deve    ter proporcionalmente o m esm o núm ero de verbos das duas conjugações    e de verbos com sentido concreto e abstrato. m anter a    folha de registro fora da visão do sujeito. marcar no espaço corresponden    te o pronome usado pelo sujeito em cada um a das 80 tentativas e anotar    as respostas às perguntas feitas no final do experimento. O experimentador deverá preencher o cabeçalho. portanto. Assim que o sujeito finalizar uma frase. Na frente do experimentador. por razões éticas. virados de cabeça para baixo. utilizando os números    presentes na margem superior direita no verso de cada cartão. colocada    de modo a não permitir a sua visualização pelo sujeito.           PRO CEDIM ENTO         Antes de chamar o sujeito experimental para dar início aos trabalhos.    começando do cartão numerado #1.        Folha de Registro: A folha de registro contém núm eros correspon    dentes aos 80 verbos (e por isso a manutenção de sua ordem de apresen    tação é importante) e espaços para registro da freqüência do uso de    pronomes. ao retirá-los.    o experimentador deve conferir se a sala está arrumada com duas cadei- . o pronome utilizado pelo sujeito para cada verbo a ele    apresentado. Para    tanto. Deve-se manter um ritmo de    apresentação dos cartões que permita a construção de cada frase pelo sujei    to e o seu respectivo registro pelo experimentador. Nessa disposição. na    folha de registro. com o verbo voltado    para baixo. O experi    mentador deverá sentar-se à frente do sujeito e manter a pilha de cartões à    sua frente. Tam bém foram excluídos verbos que evocam situações aversivas ou    constrangedoras. este deverá permanecer na sua    frente até que ele complete um a frase. Não foram usados verbos da    terceira conjugação porque eles são raros. poderá virar um    cartão por vez de modo a colocá-lo em posição de leitura defronte o sujeito. ele deverá verificar se os 8o verbos estão ordenados.        Em seguida. Esta    ordenação deve ser realizada de forma decrescente. foram elim ina    dos.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        variadas.  deve-se apresentar ao sujeito. estaremos garantindo que todos os sujeitos. folhas de instrução. o experimentador deve perguntar ao sujeito se ele entendeu o que está sendo pedido e. com exceção daquele cartão que o experimentador estiver apresentando ao sujeito. . V O C Ê PODE USAR O VERBO EM QUALQUER TEMPO. o experimentador se limitará a apresentar o car tão com o verbo seguinte depois que o sujeito acabar de emitir a frase e o respectivo registro for realizado. NÃO DESANIME.     N Ã O IMPORTA Q UE A FRASE SEJA LONGA OU CURTA.    N Ã O IMPORTA Q UE A FRASE SEJA LONGA OU CURTA. PORTANTO. o experimentador deve se lim itar a ler novamente as instruções sem fazer qualquer outro comentá rio. Desta forma. lápis e borracha. cartão com pronomes. O sujeito deverá sentar-se à frente do experi mentador. deverá ser lida. VOCÊ PODE ACHAR A TAREFA DIFÍCIL MAS LOGO    ELA PARECERÁ MAIS FÁCIL. portanto.    V O U MOSTRAR A VOCÊ CARTÕES CONTENDO. cartões com verbos ordenados. deve continuar. A PRINCÍPIO. se positi va a resposta."       O experimentador vai apresentar os 8o cartões com verbos da pilha ordenada anteriormente. embora estejam trabalhando com experimentadores diferentes. ou construir frases sem pronome. É im portan te frisar que. todos os cartões de verbos esta rão com o verso em branco visível.     Se durante o trabalho o sujeito fizer perguntas. começando pelo cartão de verbo #1.PODEMOS        MUDAR O MODO COMO             UMA PESSOA       FALA?                                229     ras. V O C Ê PODE USAR O VERBO EM QUALQUER TEMPO. pausadamente. Ao iniciar-se a sessão. a seguinte instrução ao sujeito:    "O    PROPÓSITO DESTE EXPERIMENTO É VERIFICAR CO M O AS PESSOAS CONSTROEM    FRASES E ELE NÃO ENVOLVE AVALIAÇÃO DE INTELIGÊNCIA OU DE PERSONALIDADE.     Fase I . SIM     PLES OU CO M PLEXA. não importa qual o prono m e utilizado pelo sujeito.Os 2o prim eiros verbos deverão ser utilizados para a coleta de dados relativos à Linha de Base. mesa. o cartão com   os pronomes e deixá-lo diante dele durante todo o experimento)                         E QUE    UTILIZE O VERBO EM QUESTÃO. VERDADEIRA OU FALSA. o experimentador deve interrompê-lo e dizer:     "LEM BRE-SE DE Q UE VOCÊ DEVE CONSTRUIR UMA FRASE Q U E COM ECE CO M UM     DOS PRONOMES DESTE CARTÃO              (aponta o cartão com pronomes) E Q UE             UTI     LIZE O VERBO EM QUESTÃO. UM VERBO N O INFINI    TIVO. D i g a   em   v o z alta u m a    frase q u e   co m ece   com   um   dos   pro no m es    d e st e   CARTÃO   (nesse momento. Ao final da leitura das instruções. VERDADEIRA OU FALSA. SIM    PLES OU COMPLEXA. recebam as m es m as instruções. CADA UM . durante a experimentação. V O C Ê ENTEND EU?"        Se o sujeito pedir m ais esclarecimentos. ou frases sem o verbo apresentado.  Ao                                 term inar o experimento. sempre que o sujeito acabar                                 de dizer a frase que contém o pronome selecionado. Se o                                 sujeito errar e em seguida se corrigir. inclusive. estaremos dando um a “dica” do que estamos conseqüencian-                                 do. Use essas expressões de forma                                 aleatória e de m aneira natural e aprovadora. “Muito Bom” etc. se não empregar um pronome                                 no início da frase. Coloque um “X ” ao lado do número da                                 tentativa na qual isso ocorreu para que você possa se lembrar depois.Quanto ao registro dos pronomes utilizados pelo sujeito. um                                 aceno suave com a cabeça podem estar funcionando como conseqüências                                 sem nos darmos conta disso. Além disso.E possível que o sujeito. . Temos que estar atentos. Ao reforçar use expressões tais como: “Certo” . além do uso dos pronomes ELE e ELES. o experimentador deve fazer algumas perguntas                                 e anotar as respostas no verso da folha de registro:                                  1.   O que levou você a escolher este ou aquele pronome?         7 Não escolhemos os pronomes “Tu” e “Vós” porque têm utilização muito pequena em nossa vida cotidiana. formas                                 sutis de reforço social. “Ótimo”. o experimentador                                 deve anotar o segundo pronome. o que dificultaria a comparação de seu uso com 0 uso de pronomes que não apresentam for       mas femininas.                                      Registro . se o sujeito for do grupo A e o uso do pronome “ NÓ S” se                                 o sujeito for do grupo B7. se ele disser um a frase com um pro                                 nome e logo em seguida utilizar um outro pronome. A probabilidade de que se construam frases com eles é muito baixa e seria       até mesmo possível que os sujeitos não emitissem uma única resposta com eles. ou não utilizar o verbo apresentado. também. Do m esmo modo. para cada sujeito. o experimentador                                 deve riscar. o experimentador deverá reforçar positivamente a utilização do                                 pronome “ E U ”. ao elaborar suas fra                                 ses.A partir. Evite o sorriso arti                                 ficial e o “muito bem ” automático e seco. com       exceção de comunidades no sul do país. a linha referente àquela tentativa. um olhar de aprovação. do verbo andar (vigésimo primeiro                                 verbo).230                        A ANALISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                          Fase II . para não emitirmos um a con                                 seqüência inadvertida para outros desempenhos. o experimentador deve anotar a                                 segunda resposta.                                      Após o experimento .                                 Aceita-se. É importante deixarmos que o                                 sujeito complete toda a frase para só então apresentarmos o elogio. devemos estar atentos para não apresentar um elogio                                 para frases que não iniciem com pronome. tais como um sorriso. Muitas vezes. ou sem o verbo apresentado. Os pronomes “ Ele” e “Eles” têm formas femininas (“ Ela” e       “ Elas”) relacionadas. se                                 o sujeito não empregar qualquer pronome. por essa razão também não foram escolhidos. as variações ELA e                                 ELAS.   O que você achou do experimento?                                 2. se este teria sido o caso. Seria inte                                 ressante tentar investigar.                                 “Muito Bem”. na folha de registro. de maneira que o experimenta       dor não poderia manipular sua variável experimental.   Como você construiu suas frases? Você se baseou em algum critério?                                      Qual ou quais ?                                 3. Caso                                 contrário. esteja seguindo alguma hipótese relativa ao experimento.    j     j       .        í    5 i>     !        :         :       1                                                                                     1     :     i        1             í        :                 :    17                                                  37     j             .       j      23                   !       :     !                   43                                                                             í       .    1     1     !      :       !      «                                  ^              1    49                !                 ^     :       !                                                                                                                                                   .     *!     30                           1     :              1    50    11           i                       .       .     7                i     1            i       i      27                                                     47                i         .         .     :     2           i                i              j      22     j                                               42                                                .       j      25                   1       i     .     4           :    i           j      !       j      24                   [       :                         44     5                1           !      . ele i nós       vós i eles                                                                                                                                                                 s     1                                   :       1      21     I             i       ■     ■     i             41                                                                             !       .                   45                              .     r     .                                                                                           :     i     8                j     i     í      .     .   !     6                                   !       j      26                                                     46                              .       !      31                   I                   :        j    si                1         ■       í     í       :    12           !                1              j      32                           !                    j    52    13                1j          í:     ':       !i    33                   .    10           .Folha de Registro .             48     9           .           í    .     i       .    .!    1     .     !       .                                  í                                         1.      :        j    34                   !       j     i     !        1    54                 .       .       ■       1    15           :    !:    1:    .       i  Total          i    i     i     j      :             Total                         :     :     :        j Total       j        |         .Prática 16 .       !     :     i        j    53    14                 1      :    .     .      3                      I     1      .             .       .       1      28                   !       í     j     .Comportamento verbal como um operante Equipe:                                                                                                                                  Data:  Sujeito: Nome                                                                                 Sexo                 Idade                 Grupo  Pronome reforçado      Verbo     eu 1 tu   j ele j nós i vós ! eles         Verbo       eu   tu   j ele   I nós i vós .                    j    6§       J        .    19           i    i           !      !              39     !                     !                    j    59       j        !                 i    20                                                  40                   .:     :       }1     35                   !       !     i     i        !    55       I        .        j    57       j        :         i       j                      i     1     :    18                                                  38     j             !       j     . .         !       i    16                                                  36                   ï       !     :     .       . elas       Verbo         eu   !   tu    .              j    58       1        i         .         Preencha sua tabela e em seguida responda as questões abaixo. Faça a m esm a coisa com os dados da Fase de Reforçamento. vamos analisar os dados de todos os par        ticipantes em seus diferentes grupos. nos dizem                sobre o uso de pronomes na cultura brasileira? O que os dados com                 parativos das Fases I e II nos dizem sobre a questão se podemos ou                não m udar o modo como um a pessoa fala? .Pré e pós-intervenção                Fases             Eu             Tu           Ele/a       Nós     i   Vós   Eles/as   Total     :                             F   .      Durante a Fase de Reforçamento os pronomes apareceram com a                m esm a freqüência observada na Linha de Base? Quais pronomes                subiram e quais abaixaram em freqüência?        5. %]       F        %       F       %   F j % : F i %     F 1 %     F       % . Na segunda.■     A ANALISE    DO C O M P O R T A M E N T O       NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                    TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES                À PRÁTICA 16                Tendo coletado os dados.      Discuta esses resultados em termos do possível papel do reforço. Linha de Base.                  Exemplo para Tabela 1 . considere os títulos                desta prática.        6.  1       :      j        \       \       j                            I                                                                                              1               m ento    j       j      1        1       j       \             1. vamos tratar e analisar os dados de        cada participante. Dê um        título à tabela. indicam alguma característica dos hábi                tos lingüísticos regionais?        3.                  PRIMEIRA ETAPA: ANÁLISE DOS DADOS DE CADA SUJEITO                IN D IV ID U A LM E N T E                 Com os dados da folha de registro. você deverá construir um a tabela        (Tabela 1) como a seguinte. O que os dados da Fase I.      Estas freqüências m udaram ao longo das 20 tentativas?        4.      As diferenças. Na primeira. Conte o núm ero de vezes que o sujeito utili        zou os diferentes pronomes nas prim eiras vinte tentativas e calcule a por        centagem. precisamos.      Ao se colocar essas questões para dados grupais. agora. Nosso tratamento e análise de        dados terão duas etapas. se ocorreram.     Os diferentes pronomes foram utilizados com freqüências diferen                ciadas na Linha de Base? Qual deles é o m ais e o m enos freqüente?        2.              Linha de                                                     1                             |                base                                                                          !               Reforça. organizá-los para que        possam os compreendê-los e interpretá-los.           .                    !    41-60      !         . . Abaixo damos um mode lo para a Tabela 3 e a partir dela você deve elaborar um modelo para a Tabela 4.       Exemplo para Tabela 2 . apresentando os resultados em blocos de 20 em 20. a porcentagem relativa à Fase de Reforçamento. Faça a m esm a coisa para os dados da Tabela 2. você fará duas colunas para cada um deles.          .     !         .     :          . vamos construir a Tabela 3 para agruparmos os dados de todos os sujeitos da classe em rela ção aos dados da Linha de Base (verbos de 1 a 20).     j          !         Com base em cada um a das tabelas acima. e os dados da Fase de Reforçamento (verbos de 2 1 a 80) na Tabela 4. Um a análise global.     |                              I    2 1-4 0              . Se isto ocorreu. Desenhe um eixo cartesiano. Para isso. na abcissa. Desta forma. independentemente da variável manipulada.         .            :    61-80      :         .   :        :         i          .     :         :            :         :          . você vai construir um grá fico de barras para o sujeito da sua dupla.Aquisição                í       E u     . não mostraria este fato.       SEGUNDA ETAPA: ANÁLISE DOS DADOS DOS GRUPOS A E B      Esta é um a tarefa que deve ser compartilhada entre todos os alunos com a supervisão do professor.         .   :        .PODEMOS      MUDAR          O MODO COMO             UMA        PESSOA          FALA?                                              233         É possível que o sujeito tenha mudado o uso do pronome ao longo do experimento. construa um a segunda tabela (Tabela 2) como a primeira.         i   I        I                    I     . tal como esta mostrada na Tabela 1.         .       T u   j   E le / a       :       N ó s            V ó s   E le s / a s   j       T o ta l  Tentativas       F     ' %       F     1% i    F    . considerando os blocos de ten tativas analisados. faça a coluna correspondente à porcentagem de uso do pronome “E U ” durante a Linha de Base e. Para os dados da Tabela 1.               . junto a ela. coloque os seis pronomes. porém. poderemos avaliar o fenôm eno analisando as respostas em blo cos de tentativas.     %       F      : %       F     ! %   F         %    1 F            %    0-20       . Na ordenada coloque os dados relativos à porcentagem de uso dos prono m es e. Dê um título à tabela.     . Deixe um espaço e repita a m esm a coisa para os outros pronomes. A partir da Tabela 1. .    Nós                 •     Vós       ! Eles/as i                 Nulo    I GRUPO A .PRONOME "NOS"      j                 LB%             j    I                 REF.PRONOME "E U "____ __ _                                                                                                 _                 _      __    I    _______L B                                  [               j                    ]                   . Para        isso..               B 1               B 2               B        i |                              !                            j                   . % _ :    i       Difer. %                 I                     I           |            :                       ... %                  i          Nota: A linha denominada “Difer... .LINHA DE BASE            Equipe                              Eu       1   Tu          Ele/a        j           Nós     ]       Vós          j Eles/as ....                      :                 B n                . 7   ~   [                  _               REF.                                 _                               .T " .                    !                      [         ___           Difer.. vamos agrupar esses dados para os dois Grupos A e B.                      ]                                                                                      í                   :                    :                      :                  Agora.                      :        GRUPO B .                    .            j                        I                       J        .                . vamos construir a Tabela 5.                 Exemplopara a Tabela 5     í         Equipe j                          Eu   j       Tuj   Ele/a . % ” refere-se à diferença entre as porcentagens obser        vadas durante a Fase I e a Fase II.. para cada um dos grupos experimentais.. %               1                      j           |                                  _ :                    ......          __ !                     {               ..                    .                    Nulo              A 1              A 2               A i              A n             Total          P ercen t.                      i                            :                   i                    :                      :           Porcent..                      \             Total                .            I    I       REF. a partir dos        dados das Tabelas 3 e 4. [       ..        _               i               :                    i                      _              _            REF. conforme o modelo a seguir.A ANALISE            DO C O M P O R T A M E N T O                 NO L A B O R A T Ó R I O             DIDÁTICO                  Exemplo para a Tabela 3                                                               FASE 1 .  .. .                                                                                                                                                                          1                                                                                                                                                                                                                                                                               .. r                - .Fase Sí                           l           .. .. .         F a s e                        li                    1                                                                                          í                                                                                                                                                                              i                                                                         '            !                                                                                                                                                                                                                                                                                                               ■                             ■                                                                                                                                                                                                                                                                  .. ..... .... para todos os sujeitos.. vamos...                                 Exemplo para as Tabelas 6A e 6B                                                               ..                         V e r b o s      d e         4 1        a    6 0    ...                                 ...       ..                               As m esm as questões que se referiam aos dados individuais de cada  sujeitos (referentes às Tabelas 1 e 2) podem... .. PODEMOS                                               MUDAR                             O MODO COMO                                             UMA                     PESSOA                            FALA5                                   Por fim . < ... .. A 2 etc...                                                                                                                                                                                                                                                                          ____                                                  __       : _________                           :                                                                             :            i                                                                                                                                                                              '                                                                                                                                                                                                     . construir a Tabela 7.         i                                                  V e r b o s         d e   6 1       a        8 0             . para a Tabela B...—                           . . Compare esse nível de análise com aquele refe  rente aos dados de seu sujeito.           -. . ...fa se !                                                                                                      Verbos de 2 1 a 4 0 ...          F a s e                       II                                                                                                                                                                                                                   .. .. ~ .. ser formuladas em relação aos dados gerais da classe.. para a Tabela A e o nom e da equi pe B 1................                                                                                      i                                                                         '                           !            í                                                                                                                                                                                                                     .Fase II                           tq u íp e                                                                                                                                                                                       k..          . "       N     í r     "   . sum ariar nossa análise do desenvolvim en to do fenômeno estudado..... vamos analisar o desenvolvimento do fenômeno de 20 em 20 tentativas para todos os sujeitos... .     n                           Total                              i                                                                            Verbos de 4 ! a 6 0 ..........                                                ' !V:                                          TV ■ Fk' . Vamos construir as Tabelas 6A e 6B a partir dos dados da Tabela 2. Você deve escolher 0 nome da equipe A 1.....■                                                          t íi :          Nv...              . usando os m esm os cuidados e critérios que usam os na montagem das Tabelas 3 e 4..... ..... . ...... ...'N u io                      A i/B!                                   .                             '                         .                  .. Veja os exemplos a seguir.U   ?     <   rf      4 0              ... ........ .       T u    ...... Analise os dados nesse nível e veja 0 que você pode concluir. agora... ....   E S e         !    N    ó s       :     Vó$ <          E l e s         : N    u l o                  E u      :      'T u           E l e         Hós                     V ó s                              E        l «               N       u i o                             G       r u p o                                                 V e r b o s       d e        1     a       2 0                         1                                                      V e r b í       *   ... a partir das Tabelas 6A e 6B...                                 Exemplo da Tabela 7                                                                i      E u         ... ..... .......                           G r u p e s                         .... .                              Totaí                                  Finalmente.... ....                  ” •*' 2 .i . .. ... . ou a mudança gradual nos hábitos linguís ticos de nossos sujeitos. agora... No< : VÓ! | Ele'......... .                 Verbos de 1 a 20 .. B 2 etc.. ... .. Isso nos permitirá estudar a aquisi ção do novo comportamento.. L'c           Nos : Vos : fcles 'N u !                      Aí/BI                                                                                         ■                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         .....                                                     ..... conforme o modelo a seguir... . . ...... . Elabore títulos para cada tabela.    f a s e ....... .......Fase 11                                                                                                       Verbos de 61 a 80 . Vamos. ..:... '                                                            ~.<.....  deve-se escrever u m número                       em ordem seqüencial. no canto superior. negrito.■                    A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO LA B O R A T O R I O   DIDÁTICO                               LISTA DE VERBOS A SEREM UTILIZADOS NA                           CONSTRUÇÃO DOS CARTÕES COM VERBOS                        Nota: Recomendamos que se escreva cada verbo em fonte A R I AL tama                       nho 6o. No verso                       de cada folha ou cartão. usando um a folha ou cartão para cada verbo.       REPRESENTAR                   ANDAR                               GANHAR                       RESTAURAR        MANDAR                       RODAR                          PERMANECER                         ACHAR        GOSTAR                     ENGANAR                             ESCOLHER                       TENTAR        LEMBRAR                     VOLTAR                            APRENDER                        MOSTRAR        INDICAR                     VENDER                               NOTAR                        DANÇAR       FAVORECER                    ACABAR                               LAVAR                       DETERMINAR       DEFENDER                  ADMINISTRAR                          LOCALIZAR                       LEVANTAR        ESTUDAR                     AJUDAR                             COLOCAR                        IMAGINAR       VERIFICAR                     PARAR                          INTERROMPER                       ANOTAR        ESPERAR                  APRESENTAR                             REVELAR                      PROCURAR        ESCREVER                   FABRICAR                             COPIAR                        ALUGAR        RELATAR                     TRATAR                            ESCONDER                         FECHAR      ACONSELHAR                  TELEFONAR                             CHEGAR                         PASSAR       CONVIDAR                    CHAMAR                                v ia ja r                   ENTREGAR        PLANTAR                  CONTINUAR                             ENFEITAR                        AMAR         FALAR                    ENTENDER                            AUMENTAR                         COLAR        PRECISAR                  DERRUBAR                               PULAR                       PERGUNTAR        BUSCAR                      CONTAR                            PRETENDER                      COLABORAR       DESENHAR                  CONFIRMAR                            TRABALHAR                       AMPARAR      EXPERIMENTAR               DESMONTAR                              CANTAR                        ENSINAR .  M.. São Paulo: PSE-IP-USP. Studies o f the conditioning o f verbal behavior. M. T. (1958). PASSOS. 5. K. L„ DAMIANI. Verbal I. B. Verbal Behavior.                               CD-ROM. A „ PAVÃO. (1957)*. Frochtengarten. I.                           SKINNER.                           TOMANARI. Resumos de                               Comunicação Científicas.  148.                               O comportamento verbal como operante: uma experiência didática. (1999). Psychological Bulletin. (1995). L. F.     * Obra já traduzida para a Língua Portuguesa (veja o Apêndice I). A. 5I. vol.                                55. 461. M. S.                                                                                                                          m                            PODEMOS       MUDAR   O MODO COMO       UMA   PESSOA    FALA?                                    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                           KRASNER. BENASSI.. F. G. CIRINO. C.170-                           MATOS. . M. New York: Apleton-Century-Crofts.. Y „ MATOS.                                     impedindo seu avanço etc....-   1 Nota ao Professor: Se pretende trabalhar com os próprios alunos como sujeitos estes deverão ser alertados de que não deverão ler antecipadamente estas instruções. . isso é especialmente verdade para as medidas temporais..... Em linguagem                                    comum. embora muito provavelmente o conhecimento prévio da tarefa não altere substancialmente os resultados. Isto é. da sala... R3 etc. essas alternativas de resposta vão entrar em “competição” . Na verdade o ideal seria dividir a classe em duplas “experimen- tador-sujeito” e retirar os alunos que atuarão como sujeitos...... R3=telefonar para a polícia                                    pedindo socorro........ mas existem outras                                    alternativas: R2=seguir as leis de tráfego..                                    R5=pegar o m eu rodinho de lim par 0 parabrisa e tentar “varrer” a lava.. Minha pri                                    meira reação é atravessar 0 farol vermelho (Ri). que já adquiriram uma força relati                                    vamente alta de emissão..                                    estou no m eu carro diante de um sinal vermelho quando noto pelo retro                                    visor que a lava de um vulcão avança rapidamente sobre mim.                                    b)           O que fazemos quando em conflito1                 m ... ao instruir os que atuarão como experimenta dores.. R4=sair do carro para avisar os outros motoristas. por meio da experiência passada. que o sujeito emita um a resposta Ri que se opõe (“entra                                    em conflito”) a respostas R2. . Estas diferentes alternativas se estruturam                                    segundo o que Catania (1998) denomina “um a hierarquia comportamen-                                    tal” e que reflete a força relativa (vide. probabilidade de ocorrência) desses                                    diferentes comportamentos no repertório do indivíduo.. Esta é uma boa medida.                     ■ L A A J u i t a s experiências de laboratório sobre o fenômeno denominado “interfe                                    rência” ou “conflito” envolvem tarefas que requerem que o sujeito emita                                    um a resposta que se opõe ou ao comportamento prescrito pelas instru                                    ções vigentes ou a um a resposta que já foi aprendida em relação àquela                                    situação... Por exemplo. os valores absolutos dos resultados podem ser afetados mas não suas diferenças relativas.  Dizemos          que há um conflito nessas situações porque um comportamento com          um a alta probabilidade de ocorrência (responder na Intensidade X e não          responder na Intensidade Y). pelo m enos no início da Prática 13. água vs com ida etc. duração             do treino anterior. as técnicas          de eliminação de um comportamento indesejável. novamente. Em oposição. havia um          conflito entre o controle exercido pelas contingências até então presentes          e o controle exercido pelas novas contingências agora presentes. Assim . m agnitude e tipo do reforço (0. Variáveis que eventualm ente poderão ser a explicação             dos fenôm enos com portam entais observados.              Provavelmente.).. Esta é um a estratégia que. tem po e tipo de privação. isto é. peso relati             vo da barra etc. nos perdem os de vez. etc. Enfim.               Façamos aqui um parênteses para um com entário sobre linguagem e             clareza.). e se. constatando seu efeito (em bora             freqüentem ente as pessoas usem estes termos com o explicações do             fenôm eno). .240   A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                  No laboratório de estudos com anim ais foram estudadas situações          como a que acabamos de descrever (ver Práticas 10. nos             satisfizermos com explicações nominalistas.          com baixa probabilidade de ocorrência. A o falarmos em variáveis controladoras im ediatam ente nos             ocorrem coisas com o custo da resposta (ex: FRIO vs FR 30. quando discutiu.06             cc de água. o professor. além de descrever o          procedimento de extinção também deve ter mencionado a técnica de          “reforçar comportamentos incompatíveis com aquele considerado inde-          sejado” . 11 e 13). ao em pre             garmos termos com o "co n flito " ou "interferência" estamos denom inan             do o produto dessas variáveis. enquanto um novo e incompatível compor          tamento (responder na Intensidade Y e não responder na Intensidade X). O problem a é que aos nos centrarmos no produto e não             no processo perdem os de vista como estudar o fenôm eno. em classe. nos ocorrem variáveis que estão             atuando na situação e que poderem os manipular testando seu efeito             sobre a estruturação do repertório com portam ental de nosso sujeito             experim ental. não m ais é seguido de reforço (ou represen          ta um a economia de energia). agora é seguido de reforço. Alguns ani          m ais foram submetidos a um esquem a de FR 10 na presença de uma          intensidade lum inosa X e a um de Extinção na presença de outra intensi          dade Y (Práticas 10 e 11). etc.02 cc de água vs 0. recorre à noção de oposi          ção entre variáveis controladoras do comportamento. posteriormente essas condições foram reverti          das (Prática 13).  Assim . . no qual nossas experiências passadas (ou treino escolar) resultaram em uma regra com as quais as instruções atuais para realizar a tarefa entram em “conflito”. de palavras que norm alm ente não                           estão associadas a cores (até podem se referir a objetos que tem cores. o nome da cor da tinta em                           que as palavras estão escritas. Nomear a palavra                           (textualizar ou ler a palavra) ou nom ear a cor da palavra (tactar ou dizer a                           cor com que a palavra foi escrita) estão em conflito.                           m as não necessariamente esta ou aquela cor). a palavra VERM ELHO pode estar escrita em                           tinta azul. isto é. conflito de desejos. 3 Este exercício também pode ser discutido no âmbito de comportamento controlado por regras. Um adulto pode pra                           ticar esta tarefa por muitos dias e ainda assim não conseguir evitar com                            pletamente os erros. demorará muito m ais tempo                           do que normalmente gastaria para simplesmente ler palavras. isto é. Estaremos comparando                           o a) desempenho de um a pessoa em um a tarefa adaptada do teste de                           Stroop com o b) desempenho em um a tarefa de nomeação de cores de                           desenhos de objetos neutros. mas nesse caso o peso maior da análise dos dados deve recair sobre variáveis temporais. Ele deve ignorar as palavras e responder                           somente às cores. o professor pode também realizar este exercício com alunos que tenham conhecimento prévio do procedimento. O teste de Stroop original    2 Nesse sentido.                                   O QUE F A Z E M O S Q U A N D O EM CONFLI TO?                                    241                                    Prática Número 17                                 EFEITOS DE IN STRUÇÕ ES PASSADAS E DE                                IN STRUÇÕ ES PRESENTES                                 APRESENTAÇÃO                                 Há muito tempo a Psicologia estuda situações de conflito: conflito                           entre forças sociais. conflitos                           entre grupos e nações. o sujeito é defrontado com palavras que nom eiam cores.                           porém estas palavras estão escritas em tinta colorida diferente daquela cor                           que a palavra nomeia. ou para                           dizer o nome de objetos coloridos2.                                Nossa prática de hoje envolverá três tarefas. No laboratório um a tarefa de conflito foi im agina                           da por J. A tare                           fa do sujeito é dizer. a palavra A Z U L pode estar escrita em tinta amarela etc. Este é basicamente o problema que                           estaremos estudando hoje: em que medida nossa história passada de                           aprendizagem interfere ou facilita novas aprendizagens3. ou. evitando os erros. No teste de Stroop. e isso é muito difícil devido à nossa experiência passa                           da com leitura de palavras (provavelmente um a criança recém-alfabetiza-                           da não cometeria tantos erros quanto um adulto). conflito de interesses. como é conhecida                           essa tarefa. sucessiva e rapidamente. Ridley Stroop em 1935. que normalmente não tem cores (ex:                           asteriscos coloridos) ou com o c) desempenho em um a tarefa de nom ea                           ção de cores de palavras neutras.     Os m em bros dos pares deverão sentar-se um em frente ao outro e              longe dos demais pares.            Em term os m ais sim ples. qual dim en        são de estímulo controla a atenção do sujeito.        revela um tipo de controle de estímulo que pode ser atribuído à história        passada dos sujeitos. Na verdade. De quebra estarem os controlando a rela        ção “cor-palavra” .   Os alunos trabalharão em pares. controle        determinado pela situação presente). Deverão falar em voz baixa para não atrapa              lhar o trabalho do par ao lado.              A análise dos efeitos dos diferentes tipos de estímulos.        o que se observa é o “conflito” entre o efeito do controle por palavras escri        tas (“palavras são para serem lidas”. É importante que o sujeito não seja daltônico. interferência. diante de palavras etc.    O material do exercício consiste de: . trabalhando quer com palavras que nom eiam cores.K     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            se refere tão somente à nomeação de cores de palavras referentes a cores. de efeito de história passada e/ou        de controle instrucional. isto é.        quer com palavras que nom eiam objetos neutros no que diz respeito a        suas cores. A dimensão que controla mais (ou aquela a qual        reagimos com maior freqüência. à sua familiaridade com cores e palavras (reve        lada pela sua reação diante de cores.        em nosso estudo estaremos controlando duas outras dim ensões do        desempenho envolvido no teste de Stroop (a nomeação da cor de dese        nhos neutros e a nomeação de cores de palavras neutras) e assim podere        m os avaliar melhor seus resultados. bem como a relação “palavra-ícone” .        3. Mais        importante. o conteúdo da palavra ou a        cor da palavra? Este exercício possibilita. permite que esses problemas sejam vistos de um a outra pers        pectiva: no contexto de aprendizagem. ou aquela a qual “prestamos atenção”) é        aquela com a qual temos maior experiência conseqüenciada. que se recoloquem        vários problemas clássicos da Psicologia para discussão em classe (mas        principalmente para discussão sobre o modo como essa Psicologia clássi        ca aborda essas questões): conflito. Isto é. foco de atenção.        2. portanto. trabalhando com pala        vras e com desenhos (asterisco).                PROCEDIM ENTO          1. neste exercício.). controle esse determinado pela nossa        experiência cultural passada e o efeito do controle pelas instruções presen        tes do experimentador (“diga o nome das cores das palavras”. um servirá como sujeito e outro              como experimentador. estarem os com parando os efeitos de trei        nos e/ou instruções anteriores (“diante de palavras > ler palavras”) com        contingências e/ou instruções atuais incom patíveis (“diante de palavras        > nom ear a cor da palavra”). Este assunto também é discutido em        algumas áreas da Psicologia sob o título de “atenção”.  As folhas      a serem utilizadas com os estímulos Palavras Neutras são denomina      das Folhas de Registro FR-lN.      c) Visores ou “janelas” : tiras de cartolina com um recorte para visua         lização de um estímulo (asterisco ou palavra) de cada vez. Todas as      cores. NCC-2. PAU SA.   Como o exercício será feito usando a estratégia do sujeito como seu      próprio controle será necessário controlar 0 efeito da ordem de apre      sentação dos estímulos NCC. PNC e AST. e as que serão utilizadas com os estímulos Nomes de Cores em      Cores. As fichas de palavras colo      ridas que nom eiam cores são denom inadas Nomes de Cores em      Cores (NCC-l.      NCC-2.      Grupo III— PNC-i. As fichas contendo a série de dese      nhos sem sentido são denom inadas Asteriscos em Cores (AST-i. NCC-l. NCC-l.         Os estímulos (palavras e asteriscos) estão dispostos em cada ficha      em ordem semi-randômica. NCC-2. PAU SA.        O Q U E F A Z E M O S Q U A N D O EM C ON F L I T O?                   243          a) Fichas de Apresentação dos Estímulos: folhas de papel contendo         ou um a série de asteriscos coloridos. aparecem com igual freqüência      de ocorrência (N=44). .A ST-i. esta aleatorização se aplica tanto à cor do      estímulo quanto ao conteúdo da palavra (uma determinada cor e/ou      palavra nunca aparecem m ais de duas vezes seguidas). idem FR-2C.      d) Cronômetros com marcador de segundos. AST-l. idem      FR-2A. NCC-2. Nenhum nome de cor será escrito em tinta      daquela cor. NCC-2). N CC-l. ou um a lista de palavras         coloridas (nomes de palavras e nomes de objetos).      b) Folhas de Registros: folhas de papel contendo as respostas corre         tas e espaço para assinalar as respostas do sujeito (cor nomeada)         e anotar o tempo de realização da tarefa. 4. AST-2. as Folhas de Registro (ver modelos ao final desta      prática) compõem três conjuntos de duas ou quatro folhas. PNC-2). os pares “ sujeito-      experimentador” serão divididos em quatro grupos.      NCC-2.NCC-i. assim como todas as palavras. com a seguinte      seqüência de apresentação dos estímulos para cada grupo:      Grupo I . NCC-2. AST-2. Assim .      PNC-2. Ex: VERM ELHO nunca será escrito em cor vermelha. As fichas de palavras coloridas que nom eiam      objetos neutros quanto a suas cores são denom inadas Palavras Neu      tras em Cores (PNC-i. A ST-i. PAU SA. PNC-i. PNC-i.      Grupo II . de Folhas de Registro FR-iC.         As Fichas de Estímulo (ver modelos ao final deste manual) são      três conjuntos de duas ou quatro fichas. idem FR-2N. NCC-l. PNC-2.      AST-2). AST-2. PNC-2. aquelas a serem utilizadas      com os Asteriscos são denominadas Folhas de Registro FR-lA. NCC-i.         Do m esmo modo.  deverá             verificar o funcionamento do cronômetro. AST-i e 2. FR -iA e FR-2A.    Enquanto os sujeitos estão nomeando as cores dos estímulos.        9.        7. e um visor             de papelão.   A apresentação dos estímulos será feita em duas etapas.             AST-2. colocará as Fichas de              Estímulos na seqüência em que serão utilizadas.        6. E). PNC-2. Para tanto deve disparar o cronômetro e dar a ordem Comece.). o experimentador deve anotar tam               bém o tipo de erro cometido. Se o              sujeito persistir no erro. NCC-2. Você . gaguejar. E. os              experimentadores devem ir conferindo suas respostas com aquelas              im pressas na folha de respostas. Em seguida. o experimentador deverá ler as instruções              (ver abaixo) para seu sujeito e. natureza do estím u              lo. grupo. colocar na sua              frente o primeiro conjunto de Fichas de Estímulo e dar início ao exer              cício.    Quando o sujeito terminar a leitura de um a Ficha de Estímulos o              experimentador deve anotar na folha de respostas o tempo (em m inu              tos e segundos) que 0 sujeito gastou para executar a tarefa. A ST-i.■      A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                 Grupo IV . Quando o sujeito cometer um erro              o experimentador deve marcá-lo (E) m esm o que o sujeito se corrija. NCC-i. praguejar etc. e um visor) necessário para a rea             lização da tarefa. de m odo que o que está escrito ou desenhado fique visível. se este as entendeu.N CC-l. C o lo q u e o visor sobre a primeira             linha.              aliás. PAU SA. PNC-l. entre a apre              sentação das prim eiras quatro Fichas de Estímulos (Primeira Etapa)              e das últimas quatro (Segunda Etapa) deve haver um a pausa de             alguns poucos segundos para descanso. uma de cada vez. bem como qualquer form a de compor              tamento pouco esperado (Ex: rir. FR-iN e FR-2N. Após conferir todas as folhas cuidadosamente. Do m esm o modo. ou seja.    O aluno que atuará como experimentador em cada dupla deverá veri             ficar a que grupo pertence e retirar o material (Fichas de Estímulo              NCC-l e NCC-2. este deve ser marcado tantas vezes quantas              for repetido (E. Se possível. hora de início do exercício. em tinta colorida. NCC-2. Nas linhas de cada folha estarão escritas palavras ou dese             nhados asteriscos.    Quando estiver pronto. PNC-l e 2. se o sujeito não se corrigir o experimentador deve cham ar sua              atenção para o erro solicitando que o corrija antes de prosseguir. nome do sujeito. e depois colocá-las na ordem da              execução do experimento.        5. Folhas de Registro FR -iC e FR-              2C.         10.        8.              deverá preencher o cabeçalho das Folhas de Registro com as inform a              ções relevantes. IN STRU ÇÕ ES PARA SEREM LIDAS AO SU JEITO PELO EX PER I              MENTADOR:               "V ocê vai receber várias folhas de papel.  transcreva seus dados para a FOLHA DE REGISTRO        GERAL. RESUM O S DAS INSTRUÇÕ ES PARA O EXPERIM ENTADO R (Itens     6. dê a ordem de começar. prepare as        Folhas Registro preenchendo-as e colocando-as na ordem correta. 9 e io acima):    . Não acrescen    te mais nada às instruções. 7.  li. Se errar. am arelo. Q uan do   eu disser C O M EC E.    . A o chegar ao fim de uma folha rem o   va-a e repita o procedim ento com a folha seguinte. Anote o tempo de início da tarefa na        Folha de Registro. Tendo nom eado todos os estímulos da pri   meira linha.  Anote o tempo de início da segunda tarefa na respectiva Folha de        Registro.  Prepare as Fichas de Estímulos na ordem correta.    . corrija   seu erro antes de prosseguir.  Anote os acertos e erros na Folha de Registro.    .  Leia as instruções ao sujeito. Você en ten d eu ?"        Se o sujeito não entendeu as instruções leia-as novamente. a não ser para apontar-lhe um erro (“Você    errou”) e pedir que o corrija (“Corrija”).       O QUE F A Z E M O S Q U A N D O EM CONFLI TO?                         245       vai trabalhar da esquerda para a direita.  Ao final.. Apresente ao sujeito o primeiro conjunto de        Fichas de Estímulos.. diga o nom e das cores das palavras ou desenhos na   ordem em que aparecem (as cores são: verm elho. Apresente ao sujeito o segundo conjunto de Fichas de        Estímulos. 8.    .  Quando o sujeito term inar com o prim eiro conjunto. e        assim sucessivamente. conforme instruções abaixo.  Entre a prim eira e a segunda etapa. Faça isso o mais rapidam ente possível. permita que seu sujeito des        canse por alguns segundos. Sem pre corrija seus erros. e de cima para baixo. anote o        tempo transcorrido. .    demonstrando a colocação e a movimentação do visor.        prepare o cronômetro. DIGA APEN AS A C O R DE CADA ESTIMULO. Não converse com seu sujeito durante a    realização do exercício. azul e   verde). dispare o cronômetro. mova o visor para a linha de baixo e proceda do mesmo   m odo. dê a ordem de começar (“Comece”) e dispa        re o cronômetro.    . indo da esquerda para a   direita.    . .       s                 verd e                 azul                    laran ja               verm elh o           azul               v e rd e               azul                    laranja                 laranja             v erm elh o               v erm elh o            v e rd e                laran ja               v erm elh o          verd e               azul                   verm elh o              azul                    laranja             v e rd e               v e rd e               laran ja                v erm elh o             azul                v e rd e               v erm elh o            azul                    v e rd e                laran ja            azul               laran ja               v e rd e                azul                    laranja             v erm elh o               laran ja               v erm elh o             v erm elh o             v e rd e            azul               azul                   v e rd e                azul                    laranja             v erm elh o               v e rd e                laran ja               v e rd e                verm elh o          azul               laran ja                laran ja               v erm elh o             v erm elh o         v e rd e               azul                    azul                   verm elh o              verm elh o          v e rd e               azul                    laran ja               laranja                 verm elh o          azul               laran ja               v e rd e                v e rd e                verm elh o          v e rd e               azul                    laran ja               v erm elh o             laranja             laran ja               v erm elh o            v e rd e                azul                    azul                azul               v erm elh o            v e rd e                laran ja                verm elh o          azul               v erm elh o             laran ja               v e rd e                v e rd e            azul               azul                   v e rd e                laranja                 laran ja            laran ja               azul                   v e rd e                v erm elh o             v e rd e            v erm elh o               azul                    azul                   v e rd e                laran ja            v erm elh o               azul                   v erm elh o             verm elh o              azul                laran ja               laran ja               v e rd e                v e rd e                verm elh o          laran ja               azul                   v e rd e                azul                    v erm elh o         laran ja               v e rd e               v e rd e                v e rd e                verm elh o          azul               laran ja                laran ja               laranja                 azul                v erm elh o               v erm elh o             verm elh o             v e rd e                azul                laran ja               v erm elh o             azul                   v e rd e                azul                v e rd e               laran ja                laran ja               v e rd e                azul                v e rd e               v erm elh o            v erm elh o             v e rd e                azul                laran ja               laran ja               v erm elh o             v e rd e                laran ja            v e rd e               laran ja               v erm elh o             azul                    azul                laran ja               v erm elh o            v e rd e                azul                    verm elh o          v erm elh o               azul                    laranja                v e rd e                azul                laran ja               v e rd e               v erm elh o             azul                    verm elh o          laran ja               v e rd e                 Total de erros:                                   Duração em segundos: .m   .              A ANÁLISE     DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                  Folha de Registro FR-1C               para uso com a Ficha NCC-I               Alunos:                                                                           Grupo:                Hora de início:        h       min..       s                Hora do térm ino:         h     min.. .                                                                                                        ff            O QUE F A Z E M O S Q U A N D O EM CONFLI TO?                                          247    Folha de Registro FR-2C para uso com a Ficha NCC-2 Alunos:                                                                   Grupo: Hora de início:     h          min... .                             Duração em segundos:...       s   laranja              verm elh o           v e rd e             verm elh o          azul azul                 laran ja             v e rd e             verm elh o          laranja v e rd e             v e rd e             azul                 azul                laran ja verm elh o           v e rd e             v erm elh o          azul                verm elh o v e rd e             laran ja             verm elh o           laran ja            azul v e rd e             azul                 azul                 laranja             laran ja v e rd e             v erm elh o          verm elh o           azul                v erm elh o verm elh o           azul                 azul                 v e rd e            v e rd e laran ja             laranja              laran ja             ve rd e             azul v e rd e             v erm elh o          verm elh o           laran ja            laranja azul                 laranja              verm elh o           v e rd e            v erm elh o azul                 azul                 v e rd e             laranja             verm elh o azul                    laranja           v e rd e             azul                verm elh o laranja                 laranja           v e rd e             azul                v e rd e verm elh o           laran ja             azul                 verm elh o          azul v e rd e                laranja           v erm elh o          laranja             verm elh o v e rd e             azul                 v e rd e             azul                azul laranja              v erm elh o          v e rd e             laranja             v e rd e laran ja             v erm elh o          laranja              azul                v e rd e verm elh o           verm elh o           azul                 verm elh o          azul laran ja                laranja           v e rd e             azul                verm elh o azul                 v e rd e             laranja              v e rd e            verm elh o laranja              v e rd e             v erm elh o          laranja             v e rd e v e rd e                laran ja          azul                 verm elh o          azul v e rd e             azul                 v erm elh o          azul                v e rd e laran ja             azul                 v erm elh o          v e rd e            verm elh o laran ja             v e rd e             laran ja             v e rd e            v e rd e verm elh o              azul              verm elh o           verm elh o          laran ja azul                    laran ja          azul                 v e rd e            laran ja verm elh o           v e rd e             v erm elh o          v e rd e            azul v e rd e                azul              laran ja             azul                v e rd e laranja              verm elh o           v erm elh o          laran ja            laran ja azul                 v e rd e             azul                 azul                v erm elh o v e rd e             v e rd e             v erm elh o          azul                verm elh o v e rd e                laran ja          laran ja             azul                v erm elh o laran ja   Total de erros....   s              Hora do térm ino:      h      min. .       s         v erm elh o             laran ja               v erm elh o             azul                v e rd e        laran ja               v e rd e                laranja                 v e rd e            azul        laranja                 azul                   v e rd e                azul                v e rd e        v erm elh o            v e rd e                v erm elh o             laran ja            azul        v erm elh o             azul                   v erm elh o             v e rd e            azul        laran ja                azul                   laranja                 verm elh o          azul        v e rd e                azul                   v erm elh o             v e rd e            azul        v e rd e                   laran ja            azul                    verm elh o          laran ja        v e rd e                   laran ja            verm elh o              v e rd e            verm elh o        v erm elh o             azul                   v e rd e                laran ja            azul        laran ja                v erm elh o            azul                    azul                verm elh o        v e rd e                azul                   v erm elh o             laran ja            azul        v e rd e                verm elh o             laran ja                azul                verm elh o        laran ja                   laranja             v e rd e                laranja             azul        v e rd e                verm elh o             laran ja                verm elh o          azul        v erm elh o             v erm elh o            v e rd e                azul                laran ja        v e rd e                   laran ja            v e rd e                verm elh o          azul        azul                    v erm elh o            azul                    v erm elh o         laran ja        v e rd e                verm elh o             v e rd e                laran ja            verm elh o        v e rd e                   laranja             v e rd e                laranja             v erm elh o        v e rd e                verm elh o             azul                    v e rd e            azul        v e rd e                   laran ja            v erm elh o             laran ja            azul        v erm elh o             azul                   v erm elh o             laran ja            laran ja        laran ja                v e rd e               azul                    v e rd e            azul        azul                    v e rd e               laran ja                v e rd e            laran ja        verm elh o              v e rd e               azul                    azul                v e rd e        v erm elh o                laran ja            v e rd e                azul                v e rd e        v erm elh o                laran ja            v e rd e                azul                laran ja        azul                    verm elh o             laran ja                v e rd e            azul        laran ja                v erm elh o            laran ja                v erm elh o         v e rd e        laran ja                verm elh o             azul                    verm elh o          v erm elh o        v e rd e                v e rd e               laran ja                v e rd e            azul        laran ja                   azul                azul                    v e rd e            v erm elh o        laran ja                   laran ja            v erm elh o             v e rd e            azul        v erm elh o             v e rd e               azul                    laran ja            v erm elh o        laran ja          Total de erros. .                                  Duração em segundos:...■      A ANÁLISE     DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO           Folha de Registro FR-1N        para uso com a Ficha PNC-1        Alunos:                                                                           Grupo:         Hora de início:        h          min.......    s                Hora do térm ino:         h     min..                                                                                              *             O QUE F AZ E M OS QUANDO EM CONFLITO?    Folha de Registro FR-2N para uso com a Ficha PNC-2 Alunos:                                                              Grupo: Hora de início:   h       min.   s              Hora do térm ino:       h     min.       s  laran ja           v e rd e          azul                 v e rd e            azul v erm elh o        laran ja          laran ja             v erm elh o         v e rd e laran ja           azul              verm elh o           v e rd e            azul v e rd e           laranja           v e rd e             azul                v erm elh o laranja            v e rd e          verm elh o           laran ja            v erm elh o azul               laran ja          laran ja             azul                v erm elh o verm elh o         azul              laran ja             v erm elh o         v e rd e v e rd e           laran ja          azul                 laran ja            v erm elh o v erm elh o        laran ja          azul                 v erm elh o         azul azul               verm elh o        azul                 azul                laran ja verm elh o         v e rd e          laran ja             laran ja            laran ja azul               v erm elh o       verm elh o           azul                laran ja v e rd e           v erm elh o       v e rd e             azul                laranja v e rd e           azul              v erm elh o          laranja             laranja azul               v e rd e          v erm elh o          verm elh o          azul laran ja           azul              verm elh o           v e rd e            laran ja azul               v e rd e          verm elh o           v e rd e            azul verm elh o         azul              verm elh o           v e rd e            azul verm elh o         v e rd e          laranja              v erm elh o         laran ja laranja            azul              v e rd e             v e rd e            laranja v e rd e           v erm elh o       v erm elh o          azul                v e rd e azul               v e rd e          v erm elh o          laranja             azul laran ja           v e rd e          azul                 v e rd e            laran ja verm elh o         v e rd e          laran ja             v erm elh o         v e rd e verm elh o         azul              v e rd e             v erm elh o         azul verm elh o         azul              laranja              verm elh o          v e rd e v erm elh o        azul              v e rd e             azul                v e rd e v e rd e           laran ja          v erm elh o          laran ja            azul v erm elh o        v e rd e          azul                 v e rd e            laranja laran ja           v e rd e          laran ja             v e rd e            azul laranja            verm elh o        laran ja             v e rd e            v erm elh o v e rd e           azul              laran ja             laran ja            azul laran ja           verm elh o        v e rd e             laran ja            azul v e rd e           v e rd e          azul                 v e rd e            verm elh o azul               laran ja          verm elh o           azul                verm elh o v e rd e   Total de erros:                         Duração em segundos: . . ...       s           v erm elh o            v e rd e                azul                    laran ja            v erm elh o          laran ja                laran ja               v erm elh o             v e rd e            azul          laran ja                azul                   azul                    v e rd e            v erm elh o          v e rd e               v e rd e                laran ja                v e rd e            azul          laran ja               verm elh o              azul                    verm elh o          v erm elh o          laran ja               verm elh o              laran ja                verm elh o          v e rd e          azul                    verm elh o             laranja                 v e rd e            azul          v erm elh o             laran ja               v e rd e                azul                laran ja          v erm elh o             laranja                v e rd e                azul                v e rd e          v erm elh o             v e rd e               azul                    azul                v e rd e          azul                   v e rd e                laranja                 v e rd e            laran ja          laran ja               v e rd e                azul                    v e rd e            azul          v erm elh o             azul                   verm elh o              laranja             laran ja          v e rd e                laran ja               verm elh o              laran ja            azul          v e rd e               verm elh o              azul                    v e rd e            azul          v e rd e                laranja                v e rd e                laranja             verm elh o          v e rd e               verm elh o              v e rd e                laran ja            v erm elh o          azul                   verm elh o              azul                    verm elh o          laran ja          v e rd e                laran ja               v e rd e                verm elh o          azul          v erm elh o            verm elh o              v e rd e                azul                laran ja          v e rd e               verm elh o              laran ja                v erm elh o         azul          laran ja                laranja                v e rd e                laranja             azul          v e rd e               verm elh o              laranja                 azul                v erm elh o          verd e                  azul                   v erm elh o             laran ja            azul          laran ja               verm elh o              azul                    azul                v erm elh o          v erm elh o             azul                   v e rd e                laran ja            azul          v e rd e                laran ja               verm elh o              v e rd e            verm elh o          v e rd e                laranja                azul                    verm elh o          laran ja          v e rd e                azul                   verm elh o              v e rd e            azul          laran ja                azul                   laranja                 verm elh o          azul          v erm elh o             azul                   verm elh o              v e rd e            azul          v erm elh o            v e rd e                verm elh o              laranja             azul          laran ja                azul                   v e rd e                azul                v e rd e          laran ja               v e rd e                laranja                 v e rd e            azul          v erm elh o             laran ja               verm elh o              azul                v e rd e          laran ja            Total de erros.250   A ANÁLISE     DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO             Folha de Registro FR-1A          para uso com a Ficha AST-1          Alunos:                                                                           Grupo:           Hora de início:        h       min.                                  Duração em segundos:..       s                Hora do térm ino:         h     min.....    s              Hora do térm ino:       h     min.........       s  azul                   laran ja           v erm elh o          azul                v erm elh o v e rd e               v e rd e           azul                 v e rd e            v erm elh o laran ja               verm elh o         v e rd e             laran ja            azul v e rd e               azul               laran ja             laranja             azul laran ja               v erm elh o        laranja              v e rd e            verm elh o laranja                v e rd e           laran ja             v e rd e            azul verm elh o             v e rd e           azul                 v e rd e            laran ja v e rd e               laranja            v erm elh o          laran ja            azul verm elh o             azul               v e rd e             azul                v e rd e verm elh o             azul               laranja              verm elh o          v e rd e verm elh o             azul               v e rd e             verm elh o          azul v erm elh o            v e rd e           laranja              verm elh o          v e rd e laran ja               v e rd e           azul                 v e rd e            laranja azul                   v e rd e           verm elh o           laran ja            azul v e rd e               v erm elh o        v erm elh o          azul                v e rd e laran ja               azul               v e rd e             v e rd e            laran ja verm elh o             v e rd e           laranja              verm elh o          laranja verm elh o             azul               v erm elh o          v e rd e            azul azul                   v e rd e           verm elh o           v e rd e            azul laranja                azul               verm elh o           v e rd e            laranja azul                   v e rd e           v erm elh o          v erm elh o         azul v e rd e               azul               verm elh o           laranja             laranja v e rd e               verm elh o         v e rd e             azul                laran ja azul                   v erm elh o        verm elh o           azul                laran ja verm elh o             v e rd e           laran ja             laranja             laran ja azul                   verm elh o         azul                 azul                laranja v erm elh o            laranja            azul                 verm elh o          azul v e rd e               laran ja           azul                 laran ja            v erm elh o v erm elh o            azul               laran ja             verm elh o          v e rd e azul                   laran ja           laranja              azul                verm elh o laran ja               v e rd e           verm elh o           laranja             verm elh o v e rd e               laran ja           v e rd e             azul                v erm elh o laranja                azul               verm elh o          v e rd e             azul v erm elh o            laran ja           laranja              verm elh o          v e rd e laranja                v e rd e           azul                 v e rd e            azul v e rd e   Total de erros:.....           O QUE F A Z E M O S Q U A N D O EM CONFLI TO?    Folha de Registro FR-2A para uso com a Ficha AST-2 Alunos:                                                                   Grupo:  Hora de início:       h        min.....            Duração em segundos: ..            ------.!    1    AST-2         ! N CC -2      Suj.2                                                                      !         Total                                                                      !     Grupo IV        NCC-1                     PNC-1            N CC -2           !    PNC-2                    AST-1                 NCC.-------------.     NCC-2         j   PNC-2      Suj.-. j ---------------------.                  !     Grupo IV        NCC-1                     PNC-1            N C C -2               PNC-2                    AST-1           1 NCC-1         j    AST-2         .     NCC-2                  NCC. !      Suj. 1     5      Suj. 2                                                                                                                                                       !                                                                                  í       Total                                                                                                                                    !                                                                                  i .----—             ------------.!                 PNC-1     !    NCC-2        T    PNC-2       Suj. 2                                                                                                                                    ■         Total     Grupo III       PNC-1                     NCC-1            PNC-2             I    N CC -2                 NCC-1            >     AST-1     .i                 A ANÃLISE                    DO C O M P O R T A M E N T O               NO L A B O R A T Ó R I O                    DIDÁTICO                             Modelo de Folha de Registro Geral da Classe                                   ERROS                                                Prim eira E ta p a                                                                    Segunda Etapa     Grupo i          A5T-1                    NCC-1             AST-2                  NCC-2                  NCC-1            i     PNC-1    .. !                           1                                         !       Suj.----------------. 1                                               !                      .    PNC-2         i N C C -2      Suj.--       Tota !                                      TEMPO DE REALIZAÇÃO DA TAREFA (em segundos)                  |                              Prim eira Etapa                                                                       Segunda Etapa      Grupo 1         AST-1                    NCC-1             AST-2            .      1                 1                      'j■       Total                                                                                                                    !               . 2      .I -----------------        Total     G rupo II       NCC-1                      AST-1           N CC -2           j     AST-2                  PNC-1                  NCC-1     .----------------.   N CC -2        1 AST-2      Suj.--------------------.. 2    ---------------------. 2                                               !                                                                    i              '                   1                                     i                     í                      1       Total     Grupo II        NCC-1          "          AST-1       í   N CC -2                  AST-2                  PNC-1            I     NCC-1    i    PNC-2          1 N C C -2      Suj.  . 1                                                                      !      S uj... 1      Suj.       Suj. 1                                                                      I      Suj.---------.     AST-1     .   N C C -2       !   AST-2      Suj. N C C -2      Suj.L                  ----------. 2                  -----. 1      Suj. 2         Total     Grupo 111       PNC-1                     NCC-1            PNC-2                  N C C -2                NCC-1            .-----4--.-------.1---------------..j ----------.  -------------------.       .      . ou seja. 3.  idem das prim eiras apresentações de Nomes de Cores em Cores          (NCC-i).   Usando dados médios dos quatro grupos construir tabelas e histogra      mas que permitam a análise do efeito da ordem de apresentação de      cada estímulo.      . Se você anotou o tempo em      minutos e segundos transforme-os em segundos.      a) erros na prim eira etapa:      .      . em cada etapa      (não esquecer dos títulos das tabelas e dos histogramas). 2.   Há efeito de ordem da prim eira para a segunda apresentação de cada      estímulo? Este efeito depende da etapa do estudo? Depende da natu . no espaço referente a seu grupo.      c) tempo de realização de cada tarefa na prim eira etapa:      .      .      .  idem das segundas apresentações de Palavras Neutras (PNC-2).      .      d) tempo de realização de cada tarefa na segunda etapa:      .      .  idem das prim eiras apresentações de Palavras Neutras (PNC-i).  idem das segundas apresentações de Nomes de Cores em Cores         (NCC-2).      b) erros na segunda etapa:      .  idem aos cálculos feitos em a).  idem das prim eiras apresentações de Palavras Neutras (PNC-1).      .      um a para erros e outra para tempo). 4.  média das prim eiras apresentações de Asteriscos (AST-i). Transcreva os      dados para as Folhas de Registro Geral (atenção! existem duas folhas.média das prim eiras apresentações de Asteriscos (AST-i).  idem das segundas apresentações de Asteriscos (AST-2).  idem das segundas apresentações de Palavras Neutras (PNC-2). em segundos”).      .   Some todos os erros cometidos para cada conjunto de estímulo e      escreva na respectiva Folha de Registro.  idem das prim eiras apresentações de Nomes de Cores em Cores          (NCC-i).  idem das segundas apresentações de Nomes de Cores em Cores          (NCC-2).         O Q UE F A Z E M O S Q U A N D O EM C ONF LI T O?                   253          TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES      À PRÁTICA 17  1. que permitam a comparação dos dados da pri      meira e da segunda apresentação de cada estímulo. Com os dados dos quatro grupos em mãos o professor pode optar por      fazer os cálculos indicados abaixo.  idem aos cálculos feitos em b). ou pode solicitar que os alunos o      façam (é conveniente trabalhar com duas decimais para “erros” e      com um a decimal para “tempo de execução da tarefa.  idem das segundas apresentações de Asteriscos (AST-2).                DISCUSSÃO DOS RESULTADOS              Neste experimento quais foram as duas variáveis controladas?         Quais foram as variáveis independentes controladas? E as dependen        tes? Elas afetaram igualm ente 0 desem penho dos sujeitos? Com o 0         “conflito” foi afetado pelos diferentes tipos de estím ulos empregados?         Que outra m edida (estatística) seria necessária para poderm os avaliar        esses resultados? Que tipo de comparação é m ais relevante para a dis        cussão do problem a “conflito” ? A natureza das variáveis envolvidas na         situação de “conflito” é importante? . Isso ocorre em am bas as etapas? Isto ocorre igual             m ente para todos os estím ulos? Para as duas m edidas? O que isso             significa?        7. porém separe as médias considerando a             prim eira ou segunda apresentação dos estím ulos.             Os sujeitos cometem m ais erros quando dizem as cores de desenhos             neutros. ou de palavras que nom eiam cores?             Isto se m antém da prim eira para a segunda etapa? O que isso indi             ca? O m esm o acontece quando se mede o tempo gasto na tarefa? O             que isso indica?        6.■      A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                 reza do estímulo? Depende da natureza da medida (erro ou tempo)?             O que isso indica?        5. em cada etapa. Faça isso sem levar em conta se trata-se da prim eira ou da             segunda etapa do exercício.   Considerando-se ainda os dados do Item 3. verifique se o núm ero             de erros (ou o tempo gasto) dim inui ou aum enta de um a apresen             tação para outra. quatro grupo e duas apresentações por eta             pa). e Nomes de Cores em Cores versus Palavras Neutras em             Cores. de palavras neutras. O núm ero de erros durante a             nomeação de Nom es de Cores em Cores é igual a depender da na             tureza da outra tarefa sendo feita? Isso m uda da prim eira para a             segunda apresentação? O que acontece com o tempo gasto? O que             isso indica?          ATENÇÃO: Como você vai estar comparando todo tipo de medida entre         si.         ou   seja. use sempre a m esm a escala para seus gráficos! Não se esqueça dos        títulos dos gráficos e das tabelas. Construa tabelas e histogram as (com títulos) que perm itam a             comparação do desem penho sob os três estím ulos.   Calcule a média geral para todos os grupos para cada etapa e cada             estímulo (N=4. Monte tabelas             e/ou histogram as com esses dados.   Recalcule agora todas as médias gerais de modo a poder analisar 0             desem penho diante dos estím ulos Nomes de Cores em Cores versus             Asteriscos.  (1935) Studies o f interference in serial verbal reactions. A.                                Por que apresentar mais de um a lista de cada estímulo? Por que as                           condições experimentais e de controle (identifique-as) neste experimento                           foram alternadas? Por que fazer o experimento em duas etapas em vez de                           apenas uma?                                    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                           CATANIA. C. E.                           STROOP. um a vez que a                           variabilidade grupai pode obscurecer este fenômeno). Journal of                              Experimental Psychology. (1998)* Learning .                                   O QUE F A Z E M O S Q U A N D O EM CONFLI TO?                                 255                                    A magnitude dos resultados com um m esm o tipo de estimulo é dife                           rente de um a ordem de apresentação para outra? É diferente de uma                           etapa para outra? Há um efeito de familiarização (o desempenho m elho                           ra com a repetição)? (Talvez os dados individuais do seu sujeitos sejam                           m ais adequados para se responder a esta última questão.4th edition. New Jersey: Prentice Hall.     " Obra já traduzida para a Língua Portuguesa (veja o Apêndice I). 18. . 643-662. J.  por universitários.. ele não introduziu ou retirou características da situação. Skinner a clas                           sificaria como um a variável de terceiro nível (1981). e algo que poderíamos                           denominar “difamação” ou melhor. escolheu ou não analisá-la. estaremos selecionando a classe socioeconomica a que pertencem os                            interlocutores (ou dizendo de maneira mais direta e transparente.                                A prática de hoje pode ser realizada com duas fontes de dados: ou cole                           tamos nossos dados de comportamento verbal observando em situação                           natural1 como duas pessoas interagem socialmente. se a disponibilidade de tempo e circunstâncias. ou coletamos nossos                            dados analisando diálogos extraídos de um a obra literária2.                          c)       Variáveis sociais são importantes?                               a Prática 16 já vimos como o elogio de um a pessoa pode funcionar como                           um reforço para o uso. estaremos observando situações e                           registrando o comportamento verbal das pessoas presentes nessas situa                           ções. O elo                           gio. de diferentes pronomes. assim o determinar. diferentemente da água. um de observação do comportamento. Trata-se de um reforço secundário adqui                           rido no contexto lingüístico-cultural de um a comunidade. Na análise e interpretação desse comportamento verbal. Talvez a expressão “situação natural” devesse ser substituída por “situação do dia-a-dia” .. No primeiro                            caso. 0 professor pode decidir realizar apenas uma das atividades propostas. . recorrere                           m os a variáveis sociais. status. “ameaça de difam ação” . mas este já é assunto para um outro curso. No exercício de hoje                           não estaremos manipulando variáveis. apenas iden tificou-as e. como classe social. da comida ou do sexo não é um a variável                           filogeneticamente importante. em função disso. ou a habilidade dos alunos em termos de observação. estare-    1 Por situação natural aqui estamos nos referindo a um a situação sendo analisada que não foi construída pelo experimentador. se poderia discutir até que ponto a presen ça de um observador em uma situação já não é um fator de intervenção. e sim selecionada por ele. Na verdade. 2 Na verdade.  realizados em                           laboratório. No segundo caso. sua análise será parcial. Você estará registrando e analisando parte do repertório                            verbal de a) pessoas de diferentes profissões e classes sociais em b) dife                            rentes situações. havendo tempo e disponibilidade. com anim ais e seres humanos). Você fará isso. Por meio dessa análise. por outro lado. nesta prática estaremos fazendo                           um a tentativa de análise sistemática e objetiva de relações interpessoais                           por meio do estudo das categorias de comportamento verbal observado                            durante essas interações. Em outras palavras. na feira ou no açougue. sem aces so a “patroas e empregadas”. nem sempre                            você poderá categorizar adequadamente o comportamento verbal das per                            sonagens lidas e observadas. analisando diálogos                            extraídos de um a obra prim a da literatura portuguesa (O Primo Basüio.                            na realização dessa análise funcional. portanto. Katia Irie Teruya teve a excelente idéia de sugerir a análise da obra O Primo Basüio. o que foi feito.                      A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                               m os identificando quem detém o poder de compra e quem vende sua                           mais-valia).                                Como se verá ao final dos exercícios.                                    Prática Número 18                                  OBSERVANDO A O CO RRÊN CIA DE O PERANTES                                 VERBAIS EM SITUAÇÃO DE INTERAÇÃO SOCIAL                                  APRESENTAÇÃO                                  Nesta prática. em seguida. sociais e econômicas . portanto. Para evitar esta limitação em nossa análise. . de                            Eça de Queiroz) e. por exemplo. obser                            vando e registrando a interação de um a empregada com sua patroa e com                            um vendedor. 1957).controlam o comportamento                            verbal dessas pessoas. Evidentemente que. você deverá inferir quais dessas                            variáveis . antes e depois de uma                            delas descobrir um fato difamante sobre a outra3.    3 Em 19 9 9 . As categorizações de comportamento verbal                            que estaremos usando (Skinner.físicas. inicialmente. ao tentarmos realizar esta primeira atividade em nosso curso na USP. você deverá realizar a atividade de coleta de dados fora                            do laboratório. estaremos analisando a interação verbal                           entre duas pessoas (de classes sociais distintas). Uma de nossas alunas. ao estudo do discurso das                            pessoas. nos defrontamos com uma série de dificuldades advindas do fato que a maioria dos alunos morava em “repúblicas estudantis” e. você não terá à disposição o conhe                            cimento de todas as variáveis atuando sobre o comportamento em ques                            tão e. representam um a                            aplicação dos princípios e conceitos da Análise Experimental do Com por                           tamento (extraídos portanto de estudos experimentais.  É importante notar que falante e ouvinte possuem (devem possuir) um repertório verbal comum. em que ordem). Vale lembrar que. em sua velocidade e duração.      O M an d o .Numa dada comunidade verbal. "Esperei" é seguido pela espe- . 35-146]. isto é. Primeiro há diferença nos estímulos que controlam    0 com portam ento verbal.Skinner (1957). sobre o comportamento do outro. o ecóico e   0 tato. New York. para Skinner.F.       Apresentaremos a seguir um breve levantamento de alguns operantes ver bais. sobre o tom de voz empregado etc. e aguardar as instruções do professor sobre qual das duas realizará (ou se realizará ambas e. Segundo. 0 propósito desse levantamento é descrever relações funcionais possíveis entre o com portam ento verbal do falante (como uma variável dependente) e 1) os estímulos discriminativos que o antecedem e 2) as conseqüências que o seguem (como variáveis independentes). o mando. e mais detalhes sobre a vida pregressa dessas pessoas. Dito em palavras m ais sim ples. o comportamento verbal de alguém só é reforçado pela intermediação de um ouvinte (pessoa ou grupo).       VARIÁ VEIS SOCIAIS SÃO IMPORTANTES?     necessitaríamos de registros mais prolongados. na form a ou topografia do com portam ento. A leitura do texto é essencial para você poder desen volver um instrumento de categorização das verbalizações registradas. há diferença no sistema de resposta envolvido (vocal ou motor). Este não é o objetivo manifesto nesses exercícios. o comportamento verbal se distingue dos demais apenas porque seu efeito ocorre principalmente sobre o ambiente social. na unidade mínima de resposta. é este “outro” o responsável por prover 0 reforço para aquele que em itiu o com portamento verbal sob análise. sobre o próprio ambiente físico e social no qual vivem. Aliás. Appleton-Century-Crofts. apenas aquelas míni mas necessárias para a identificação básica de algumas categorias verbais. pp. embora talvez m enos precisas.     Após ler o texto a seguir. você deverá ler as instruções das duas atividades recomendadas para esta prática. de B. Quando     0 leitor observa os diferen tes tipos de com portam ento verbal. nota diferenças em dois aspectos princi pais. na m agnitude ou intensidade do operante. nesse caso.         "ALGUNS TIPOS DE COMPORTAMENTO VERBAL      [resumido e adaptado de Verbal Behavior. Não abordaremos aqui todas essas diferenças. especialmente treinado por um a comunidade verbal. F. 1957. Skinner. sobre algumas das categorias de operantes verbais descritas por B. certas respostas são caracte risticamente seguidas de certas conseqüências.  Isso        deve ser feito apontando todos os eventos relevantes nos com portam entos de        ambos . empregare        mos o term o M ando. é seguido pela saída de alguém. e nós podemos aum entar a probabili        dade de sua ocorrência criando tal condição. "D o c e !". ainda. e as contingências reforçadoras devem explicar        a origem e a manutenção do com portam ento de ambos. pode ser definido com o a) um        operante verbal em que a resposta é reforçada por uma conseqüência espe        cífica e b) que ele está sob controle de determinadas condições de privação        ou de estimulação aversiva que atuam sobre o falante. então.. Em uma análise com-        portam ental. "Passe o sa l\" específica uma ação (passar) e um        reforçador (o sal). isto é. esquivar-se de prováveis conseqüências        aversivas por não fornecer o pão. é caracteristi        camente seguido por uma conseqüência.. ou pode obter um eventual reforço por        parte do falante por entregar o pão (SR°).■      A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   N O L A B O R A T Ó RI O D I D Á T I C O            ra de alguém e "S h. podemos concluir que o mando.falante e ouvinte . Quando um        com portam ento é reforçado de uma determinada maneira.. reconhecendo a existência de certos determinantes. O mando do falante ("Pão p o r favor". tem o mesmo        efeito que abrir uma porta e empurrar a pessoa pela porta afora. ou seja... Algumas vezes é        conveniente se referir a esta relação dizendo que um mando "especifica" seu        reforçador (ou o estímulo aversivo a ser evitado ou rem ovido).             Quando um operante verbal. Existem paralelos não-verbais:        "F o ra l"..Sh\" é reforçado por meio        da redução de uma condição aversiva. O primeiro intercâm bio tem        lugar quando a mera presença do ouvinte proporciona a ocasião (SDF) para o        mando de um falante fam in to ("Pão p o r favor").. Um mando.         "Sh. entre a form a desse operante e o com por        tam ento do ouvinte que produzirá este reforçador)."Espere!". não basta considerar somente a resposta inicial do falante. dando o pão (R°). O mando. No caso        do mando. especificam o com portam ento do ouvinte e o reforçador        para o falante. de uma determinada form a. Consideremos um        episódio em que uma pessoa pede pão à outra. a privação ou estimulação aversiva responsável pela força de cada        evento deve ser especificada. sua probabilidade        de ocorrer no com portam ento do falante é função da privação associada com        este reforçador.Sh!'. Grande parte do com portam ento ver        bal de crianças pequenas é dessa espécie. "Sh. fazendo barulho. RF) fornece uma ocasião em que        o ouvinte pode. em geral. precisamos analisar o episódio        total da fala. (d) atua princi        palmente em benefício do falante. O efeito do com portam ento do .S h\". O operante verbal "D o ce !" terá maior probabilidade de ocor        rer depois de um período de privação de doce.        que um mando é caracterizado pela relação peculiar entre a form a da respos        ta e o reforçador recebido (isto é. por silêncio. c) Pode-se dizer. dizemos em análises sintáticas e        gramaticais que ele representa o "m od o im perativo". Portanto. que.             Para entender o com portam ento verbal. em sua seqüência tem poral adequada. Uma estimulação auditiva        que fornece ocasião (SD0) para a resposta não-verbal do ouvinte de passar o        pão.  d) Pergunta .quando o com portam ento do ouvinte é positiva mente reforçado por outras conseqüências além daquelas implícitas no com portam ento do falante. como em "Seja um anjo e dê-me uma bebida". verifica-se que é característica de muitas culturas que o reforçam ento de um mando seja seguido por um operante verbal do falante que aumenta a probabilidade do ouvinte continuar a em itir aquela resposta produtora de reforço para o falante: "O b rig a d o ". reforçadores generalizados não estão associados a um estado espe cífico de privação. O controle de estímulo sobre o com portam ento verbal é exercido em alguns casos por estímulos verbais e. Além disso. b) Ordem . i)Lisonja . eles suplementam nossas suposições a respeito da motivação dos dois indivíduos. g) Per missão .quando o ouvinte está inclinado a agir de uma determinada forma mas é contido por uma ameaça.   Tipos de mando: a) Pedido . o ouvinte escapa de uma estimulação aversiva. ao em itir o com portam ento especificado no mando. quando ouvida pelo falante. nestas circunstâncias. em outros. e) Conselho . até certo ponto. o que explica. h) M ando Implícito .a inclinação do ouvinte em responder pode ser aumentada por lisonja ou elogio. Assim.quando.um mando que especifica uma ação verbal por parte do ouvinte.        VARIÁVEIS   SO CI AI S SAO I M P O R T A N T E S ?     ouvinte sobre o falante é o de reforçar-lhe o mando pela apresentação de pão (SRF).quando o ouvinte já está.uma vez que o com portam en to verbal sob a form a de mando atua principalmente em benefício do falante. mandos repetidos provavelmente geram contra-controle por parte do ouvinte. Esta segunda estimulação auditiva fornece um reforçador para o ouvinte (uma promessa de dívida?). o mando que cancela a ameaça é comumen- te chamado de permissão.Uma grande parte do com portam ento verbal consiste em nomear ou descrever algo ou alguém. Esse estímu lo verbal pode tam bém contribuir para a ocasião de uma resposta verbal por parte do ouvinte ("D e nada") que. Estes dois últimos intercâmbios não são uma parte integral do mando. seu controle antece dente não é tanto por um estado de privação. f) Aviso . o com portam ento de passar o pão. Tendo como critério a semelhança entre a form a do estímulo e a da resposta.       O Ecóico . e seu reforço é um reforçador generalizado. por não-verbais. motivado a reforçar o falante. como por um estímulo discriminativo ambiental. por outras razões. Como sabemos. . o caráter do mando pode ser amenizado: a resposta "Á g u a \" não é tão provável de ser bem-sucedida quanto a resposta "Estou com sede" ou "Posso beber um pouco de á g u a ? ". sendo que este operante verbal não pro duz um reforçamento específico para o falante. reforça a res posta "O b rig a d o ". c) Súplica - quando o com portam ento do falante gera uma disposição emocional no ouvinte.quando o com portam ento do ouvinte é reforçado por reduzir uma ameaça implícita no mando.  a resposta do organismo.a     2t32                        A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                          podemos dividir o com portam ento verbal sob controle de estímulos verbais em                                      cinco categorias: ecóico. Portanto.                                           Sons produzidos pelo próprio falante . cópia. um evento.Na análise de qualquer com portam ento há três eventos a                                      serem considerados: a condição antecedente. Isto acon                                      tece quando um operante ecóico foi freqüentemente pareado com reforço. parece razoável supor                                      que a aquisição pela criança da resposta ecóica " Boneca" seja um evento que                                      atua como reforçador para o com portam ento da mãe. O com portam ento do falante gera um                                      padrão sonoro similar àquele do com portam ento verbal do modelo. o operante verbal Ecói            co. no caso de mandos. e                                      uma condição conseqüente.são ditos auto-produzi-                                      dos.a criança . de                                      maneira que o próprio operante adquiriu valor de reforçador condicionado. eles podem                                      também funcionar como SDs para o falante de maneira que o primeiro som pro                                      duzido controle o segundo som auto-produzido. isto é. ditado e textual4. a mãe como ouvinte                                      está treinando a criança (o falante) a ecoar. na                                      presença do qual a vocalização da criança é reforçada se houver uma corres                                      pondência entre o SD e a R. apresentando um reforçador                                      (“ M u ito bem") contingente à ocorrência da resposta vocal da criança igual à                                      sua resposta vocal. Por meio da estimulação auditiva que estes sons produzem. mesmo que haja uma correspondência ponto por ponto entre                                      o estímulo e a resposta. É im portante notar que quem ecoa é o objeto de                                      nossa análise. e a criança diz "Boneca" e a mãe lhe sorri ou diz "M u ito b em " (refor-                                      çador generalizado). Para uma descrição das demais veja-se Matos (1992). No exemplo anterior.                                      estiver presente durante o episódio verbal sob análise). Uma audiência. e assim por diante. Em operantes ecóicos. para conside                                      rarmos uma resposta ecóica. A vocalização inicial da mãe produz um SD auditivo. podem ser                                      antecedentes (não-verbais) para o com portam ento verbal. é um estado emocional ou m otivacional. o falante. há                                      uma correspondência ponto por ponto entre resposta e estímulo. um animal etc. O com portam en                                      to verbal sob o controle de tais estímulos é tão im portante que é freqüente-              4 Devido aos objetivos da presente prática descreveremos aqui apenas a primeira categoria.                                             O Tato . Temos um                                      exemplo de com portam ento ecóico quando a mãe diz à criança "Diga bone                                      ca" (SD). É                                      importante lembrar que uma resposta pode ser considerada ecóica somente se                                      o estímulo ecoado estiver presente imediatamente antes da resposta (isto é. O operante ecóico é a base para o desenvolvimento poste                                      rior de repertórios verbais mais complexos. Con                                      tudo. não basta que a pessoa repita o que alguém disse                                      há algum tempo.                                           O operante verbal ecóico é o caso mais simples de com portam ento verbal                                      sob controle de estímulos verbais. um objeto. existem operantes verbais que não são controlados por antecedentes                                      verbais. . o estímulo antecedente                                      é verbal. Portanto. ou seja. intraverbal.  ou "descreve" sua variável                           controladora (a única relação funcional útil é expressa na afirmação de que a                           presença de um dado estímulo aumenta a probabilidade de ocorrência de uma                           dada resposta. Grosso modo. o                           estudante de zoologia é reforçado quando diz " Peixe teleóstele". o mando permite ao ouvinte                           inferir algo sobre as condições internas (de privação ou do estado emocional)                           do falante. Entretanto. Dizemos infere porque ele realmente não tem acesso a elas. ou mesmo de uma figura deste. por exemplo). Nesse caso.                           declara. por exemplo). a relação                           essencial entre a resposta e o estímulo controlador é precisamente a mesma                           que no com portam ento ecóico (e nos demais que tam bém são controlados por                           estímulos verbais. ele apresenta uma mnemónica do com portam en                           to "que entra em co nta to" com o m undo físico.                                                                                                                           9                                     Y M . Sinal. a resposta se refere à. . Um tato pode ser definido                           como um operante verbal em que uma resposta específica do falante é evoca                           da por um determinado objeto ou evento.! S.YE. esta                            resposta passará a especificar uma propriedade do estímulo (a propriedade de                           ser um cachorro e não um gato).                                Pode ser tentador dizer que. mas essa é também a essência do tatoI). na presença de um objeto (uma boneca. e. nomeia. O term o "Tato"                           será utilizado em tais casos. cópia.                           ou quando. ou por uma propriedade do objeto                           ou evento.                                O tato emerge com um operante verbal da maior importância devido ao                           controle característico exercido pelo estímulo discriminativo e sua origem: este                           controle é estabelecido pela comunidade verbal reforçadora. Símbolo e outros termos da                            lógica e da semântica levam-nos a esquemas de referência e enfatizam m uito                            mais a resposta verbal em si do que a relação controladora. O                           fato de um tato ser em itido pode depender de outras variáveis. na                           presença de um cachorro. por exemplo) estamos estabelecendo um controle                           discriminativo desse estímulo sobre essa resposta (outra comunidade estabele                           cerá o mesmo controle para a resposta "d o g ". independentemente das circunstâncias externas. uma criança                           freqüentem ente recebe algum tipo de reforço generalizado ao dizer "Boneca". nesse caso. denota. por exemplo). Ao reforçarmos                           uma dada resposta na presença de um dado estímulo (a resposta “ A u-au". enquanto o tato                            permite ao ouvinte supor algo sobre as circunstâncias em que ocorre o com                            portam ento do falante independentemente de suas condições internas5. diante de um peixe teleóstele. o ouvinte infere sobre essas condições. ou descreve seu estímulo.Á. mas. no tato. É improvável                           dizermos que uma resposta ecóica "m enciona".SOCIAís SÃO IMPORTANTHS?                                         263                               mente tratado com exclusividade nos estudos da linguagem e nas teorias de                           significado. Não há um                           term o adequado para esse tipo de operante.. ditado ou intraverbal).                                A contingência de três termos nesse tipo de operante é exemplificada                           quando. menciona. sempre    5 Isso não exclui a possibilidade de que um falante possa emitir um tato acerca de suas condições internas (Estou com fome.1. como o textual.  O        rom ance O Primo Basüio analisa as relações dentro do casam ento e o        comportamento da pequena burguesia lisboeta. antes (Situação 1) e depois (Situação 2) da descoberta das        cartas comprometedoras. ampliando seu contato        com o ambiente. seduzida por        Basílio. decide-se por usar um guarda-chuva ou. recém-chegado do exterior.■      A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            que ele fo r emitido.        durante um a ausência m ais prolongada do marido. do escritor português. mais prudentem en        te. o trai. ficar em casa). há uma ventania forte. Luísa (a patroa do expe        rimento) é um a m ulher romântica e sonhadora. podemos dizer que o com portam ento na        form a de um tato funciona para benefício do ouvinte. sem distor        ções. A trama continua. Eça de Queiroz.        O tato é principalmente útil para o ouvinte por inform á-lo sobre condições às        quais pode não ter acesso (o ouvinte acabou de acordar e. além disso. não torna este exercício inválido. Educada sob influência de frouxos        princípios m orais e religiosos.        que primava por retratar a realidade de form a objetiva. Na adolescência. imaginativa e entediada.            O fato desses dados serem fictícios.        m as para nossas finalidades é suficiente a transcrição dos diálogos entre        Luísa e Juliana. escola literária da segunda metade do século XIX. hom em mais        velho e rico. procurando apontar as falhas nessa realidade como form a de esti        m ular a m udança das instituições e dos comportamentos hum anos. Trocam um a reveladora correspon        dência am orosa e Juliana. seguindo os        padrões burgueses de sua fam ília. Em termos gerais. casara-se com Jorge. isto é. e tal com portam ento é estabelecido na comunidade verbal        por esta razão. Luísa        nam orara seu prim o Basüio. fiel. Trata-se de um a obra perten        cente ao Realism o. digo "U m tem poral se aproxima"). retirados de um a situação        fictícia. a empregada. à sem elhança da perso        nagem na qual foi inspirada. a conselho de um a tia. m as não casara com ele. Em m a Bovary. tendo acesso aos        tatos do falante. apodera-se de algum as das car        tas e passa a chantagear Luísa. apesar de não amá-lo. a sua form a é determinada somente por características        específicas do ambiente (quando nuvens negras se aproximam digo "Vai cho        ver". se.                INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PRIMEIRA            ATIVIDADE             ANÁLISE DE U M A INTERAÇÁO SOCIAL EM U M A OBRA DA            LITERATURA             Você analisará as transcrições de diálogos extraídos da obra O Primo        Basüio. . romântica.  Tra                           balha como empregada doméstica em período integral para a primeira                           participante. estão os diálogos a que nos referim os. O marido goza de boa situação financeira. tanto porque a patroa passa a evitar a em pre                           gada. assinale “Outros” . caucasianas. transcritos a seguir. não chegou a concluir o 1° grau escolar. e tentará categorizar as falas de                           cada um a das personagens nas categorias verbais de mando.. sem filhos. Editora Itatiaia Limi tada. adultas. e pertence                           à alta burguesia. É solteira. A                           prim eira (Pi). Observe                           tam bém que a freqüência de diálogos entre as duas m ulheres dim inui                           após a descoberta das cartas. Não possui atividade de trabalho remunerado. Note que apenas foram                           transcritos os diálogos. de Eça de Queiroz. porém é alfabetizada. naturais de Lisboa. 1987. ecóico e                           tato. consulte as                            sugestões de tratamento e análise dos dados para completar seu trabalho                           relativo a esta atividade. quando em dúvida ou quando a verbalização pertencer a outra cate                           goria. A segunda participante (P2) tem cerca de 47 anos de                           idade.    6 Os diálogos foram extraídos da segunda edição da obra O Primo Basílio. sem filhos.                                   Participantes                                 Duas mulheres.Situação Antes (P2 vem anunciar a visita de uma pessoa consi                                derada indesejável pelo marido )                           P2: .                                A seguir. Juliana! Bem.Está ai a senhora L.                                   VARIÁVEIS SOCIAIS SÃO IMPORTANTES?                                                265                                    Para a realização desta atividade você lerá os trechos selecionados do                           romance de Eça6. vá. foi contratada pelo marido em gratidão pelos cuidados que                           tivera com a tia m oribunda deste. é                           casada. tem aproximadamente 25 anos. Trechos em que o próprio narrador relata um a                           interação verbal entre as personagens não foram transcritos. Após esse processamento inicial. isto é. mais jovem. . e as páginas indicadas correspondem às da referida edição. e um a breve descri                           ção dos “participantes”.. das personagens.                                   Dados                             Página 16 . completou o                           liceu (nosso 2° grau). Portugal.Situação: Antes (Pi cobra de P2 peças de roupa que deveriam                                estar prontas)                           P i: . como porque esta passa a gastar a maior parte do tempo passeando                           e visitando pessoas. Veja como se arranja! Os                                   coletes hão de ficar à noite na mala!                              Página 17 .Tanto lhe recomendei. Situação: Antes (após a primeira viagem do marido)         P i: ..Situação: Antes (após 0 marido saber da visita indesejável)         P i: .           Página 21 . Passei a noite em claro.Está claro que não! Tola! Quem lhe diz que era segredo? E para que                 m andou entrar? Não lhe tenho dito muitas vezes que não recebo a                 senhora L..         Pi: .A senhora dá licença que eu vá logo ao médico?         Pi: . E não se demore. Credo mulher. . mulher. mulher! Estão a bater há um a hora!         P2: .         Pl: .           Página 24 .Aquele sujeito de ontem!         Pi: .Mente! Cale-se!           Página 45 .. mas não se demore. vá!           Página 66 .Hem? A senhora L. já lhe disse.         P2: .? Para que mandou entrar.A senhora não quer luz?         Pr.?         P2: .Para que foi você dizer quem esteve ou quem deixou de estar?         P2: .Está bom. Mais! O que é que                 você tem?         P2: .Juliana! Juliana!         Pl: . hem?           Página 35 .■      A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO             P l: . Você parece a im agem da                 morte.Mande entrar. m inha senhora.Situação: Antes (alguém toca ã porta e P2 demora a atender)         Pi: .         P l: .Todos. vá. . Puxe-me essa saia atrás. m inha senhora.           Página 69 .Enjôos.. m inha senhora.Situação: Antes (P2 vem perguntar algo a Pi)         P2: .A senhora nunca m e disse nada.Vá-se.Você não ouve. não?         Pl: . Mas arranje tudo antes.Pensei que não era segredo. diga-lhe que já vou.Vá.Situação: Antes (Pl devaneia pensando em Basüio e P2 entra no             aposento às escuras)         P2: .O vento abrandou?         P2: .         Pi: . Hão de ficar à noite na mala antes de se ir deitar.. peso no coração..Situação: Antes (P2 se prepara para sair)         Pl: .Pois sim.Que é?         P2: .A senhora não precisa mais nada.Está a noite muito bonita.A senhora sempre quer que engome os coletes todos?         Pl: .Ponha-a no quarto. .  Página 78 ..Quando a senhora quiser o chá.Não.. haviam de ser nove horas.Não. não       disse para onde. . P2 entra) P2: . que entre... Pl: .Situação: Antes (após uma visita de Basílio. Mais tarde  Página 111 .Que lhe disse? P2: .  Página 97 .Não.Credo..A senhora não quer chá? Pi: .. P2: .. Como não sabia. Não quis entrar. Pi: .Situação: Antes (P2 passa mal e Pi vem saber a razão da como     ção) P2: . P i: .Quem tocou há bocado? P2: . Pi: .Veio aí o senhor S. abra as janelas. J Depressa!  Página 138 . Vá pôr um xale para acompanhar a senhora L ... P2: ..Situação: Antes (Pl se arruma.. Esteve a conversar comigo o senhor S.  Página 81 .. mulher. disse que voltava. após uma visita de     Basílio) Pi: .? Mande entrar. Se a senhora não precisa de nada.Ouça.Foi a pontada.O senhor C.Olhe. Mando entrar? Pi: . Esteve a       conversar por mais de m eia hora!.. ou alguém.De certo!  Página 88 . na sala e mais tarde     no quarto) P2: .Vinha saber se queriam luz.Que a senhora tinha saído com a senhora F..Situação: Antes (Basílio vem visitar P i) Pi: .Situação: Antes (ao abrir uma porta Pi depara-se com P2) Pi: .Situação: Antes (Pl devaneia pensando em Basílio.Está ali o sujeito de costume.Vá... se vier o senhor S..Ah..Situação: Antes (Basílio e Pl estão conversando na sala e chega     uma visita) P2: ... vou ao médico. que susto.       VA RIÁVEI S SOCIAIS SÃO IMPORTANTES?     Página 77 .Situação: Antes (P2 comunica que um velho amigo do casal esti     vera na casa) P2: . vá!  Página 135 .. Pi: . Meu primo B....Foi o senhor S... no quarto. P l: .  im aginei que                 nada servia.Situação: Antes (ao acordar Pi recebe uma carta de Basüio)        P2: . diz                 que vem do hotel.Que diz você?         P2: .                 rua.        Pi: .Foi um papel que eu atirei para o caixão.A senhora faz favor? Esta carta.■      A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            Pl: .Como a senhora costuma vir sem pre mais tarde. perdeu-se algum papel?        Pi: . E não querendo.Hei de sair se eu quiser! Se eu quiser! A senhora não m e faça sair                 de mim! A senhora não me faça perder a cabeça! Olhe que nem                 todos os papéis foram para o lixo!         P i: . m inha senhora. sabe que mais? Não estou para a aturar!         P i: .Ah! Deixe ver!          Página 148 .Que as cartas que a senhora escreve aos seus amantes tenho-as eu                 aqui! .        P2: .E está à espera da resposta.Estava agora.Situação: Depois (P i se atrasa e perde um encontro com            Basüio)        Pi: . fazem-se-lhe as contas!         P2: .        P i: .Que estava agora..Quem anda aí?        P2: . como é costume. não tem resposta. sou eu.No barril do lixo.          Página 146 . Muito                 boas noites.Situação: Depois (Pi recebe uma carta de Basüio)        P2: .Que lhe importa a que horas eu venho? Que tem você com isso? A                 sua obrigação é arrum ar logo que eu m e levante. que estive a fechar a sala.. Vão para 0 quar            to. ela amassa ejoga a carta no cesto de lixo. P2 varre 0 aposento.Bem. Pi volta)        P i: .Credo mulher! Não é necessário fazer mistérios!          Página 189 . m inha senhora.Despejei.Saia! Saia imediatamente! Nem m ais um momento nesta casa!         P2: . m inha senhora.        P i: .Então você ainda não arrum ou o quarto?        P2: . Por que.olhe. m inha senhora!          Página 139 .Você despejou o caixão dos papéis?        P2: . Onde 0 despejou você?        P2: . sim .Sou eu. m inha senhora. vejo eu! São três horas da tarde e ainda o quarto                 neste estado!        P2: . Que vem do hotel.        Pi: .Minha senhora! Minha senhora! É um criado com essa carta.Situação: Antes (Pi escrevia uma carta a Basüio quando 0            marido chega. está à porta.         Pi: .        estou farta! Vá buscar o dinheiro onde quiser.A senhora ou me dá seiscentos mil-réis ou eu não largo os papéis! Pi: . aparecer-lhe com tafularias por baixo. Mandei ao hotel esta tarde.Oh mulher. com a       pontada no coração.. Mas a       senhora pensa que me logram? Raios me partam.Que é. se quero um a gota de . todo o dia. é verdade. em vale de lençóis.Que fiz eu para isto. Nem cinco réis de       menos! Tenho passado anos e anos a ralar-me! Para ganhar meia       moeda por m ês. e é logo engraxar.       VARIÁVEIS   SOCIAIS   SAO   I V! P O R T A N T E S ?                      269     Página 212-214 ~ Situação: Depois (Pi conta a Basílio sobre as cartas perdidas     e ele decide viajar. quer ir ver quem lhe       parece. sou um a ladra. m eu Deus? Que fiz para isto? P2: . suja. que por o seu amante se safar. ou tão certo como eu       estar aqui. tudo que lhe apetece. arrum ar.Se a senhora pensa. passar.Seiscentos mil-réis! Onde quer você que eu vá buscar seiscentos       mil-réis? P2: . boas sedas. nem       canseiras.Ao inferno! Ou m e dá seiscentos mil-réis.. P2 vai visitar uma tia que a aconselha como fazer uso     das cartas) P2: . para algum a cousa era!       Queria pedir ao primo da senhora que me ajudasse! Estou cansada       de trabalhar. mulher? P2: . varrer. apanhei a carta no       cesto. e cá a negra. tirei as outras do gavetão.       enquanto a senhora está de pânria! É que eu levanto-me às seis       horas da m anhã. de m adrugada até à noite. labutar. para o inferno! E 0 criado ia à noite com as malas. e quero o m eu descanso. que há de ser falada em Portugal! Pi: . isto há de ficar assim? P i: . a matar-se.Pois que lhe parece? Que eu coma os restos e a senhora os bons       bocados! Depois de trabalhar. H á um m ês que me ergo com o dia para m eter em       goma. e a negra?       A negra a esfalfar-se! P2: . sem cuidados.A senhora faz favor de me dar um a palavra? Então a senhora im a       gina que isto há de ficar assim ? A senhora im agina que por o seu       amante se safar. com 0 ferro na mão! E a senhora       sai a passeios. estafo-me a trabalhar. e a       senhora muito regalada.A senhora diz bem. o que       desejava é que ele me ajudasse. isto há de ficar       em nada? P i: .. É verdade! E foi para isto. O       primo da senhora tinha desarvorado! Tinha ido para o lado dos Oli       vais. tipóias. o seu marido há de ler as cartas! Pi: . Não ia fazer escândalo. engomar! A senhora suja. sua ladra? P2: . sabe que eu guardei as cartas.Senhora. pelo amor de Deus! P2: .. se não houver       um a desgraça nesta casa. para me       pagarem! A m inha vez havia de chegar! Tenho sofrido muito.Quanto você quer pelas cartas.  lá vai... Quer que vá pôr a lamparina.. O que eu quero                  é 0 m eu dinheiro aqui escarrado..        P2: . naturalmente.Não. Eu voltei para fazer 0 meu                  serviço como dantes. se eu não for mostrar a carta ao seu hom em . credo. Quero fazer o                  m eu serviço. m inha senhora?        Pi.. se depois de eu receber o m eu                  dinheiro esta boca se tornar a abrir!        Pi: .Muito boa noite. um                dia levando água para 0 quarto encontra P2)        P2: . se não rua. e até lhe digo. eu já pedi perdão à senhora.Mas. e aqui                  tem os papéis. m inha senhora.Não.         P l: . . . ou 0 papel há de ser falado! Ainda                  este teto me rache. que há de andar arrastada pelas                  ruas da amargura!        P2: . .Situação: Depois (P2 deixa 0 emprego.. m inha senhora. sempre                  espero que a senhora faça o que prometeu. aos                  seus amigos.        P2: .Está o chá na mesa. e de catar frincha por frincha. m inha senhora. e 0 que lá vai. tem                  a negra de desaparafusar a cama. trancada no quarto. quem mo dá? Tenho de o comprar! A senhora já foi ao            .Pois bem.Não. m inha senhora! Por que não chamou?        Pi: .A senhora chora! Tam bém eu tenho chorado muita lágrima! Ai! Eu                  não lhe quero mal. verdade. sem ter seguro o pão da velhice. aqui a criada sou eu.     m eu quarto? É um a enxovia! A percevejada é tanta que tenho de                  dorm ir quase vestida! E a senhora se sente um a m ordedura..■     A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                     vinho. que morta seja                  eu neste instante com um raio.          Página 223 . talvez seja pior                  para todos.                  para o hospital.Situação: Depois (Pi passa a evitar P2. Quem m anda agora                  sou eu!        P2: . certamente que não! Que se                  divirta.Oh.        P2: .          Página 221 . A senhora                  parece que tem medo de me ver. o m eu rico dinheiro. Espere uns dias. eu lhe arranjarei 0 dinheiro.Mas dê-me a senhora o m eu dinheiro. que goze! O que eu quero é 0 m eu dinheiro.                  U m a criada! A criada é o anim al! Trabalha se pode. Verdade.Não tem dúvida. mas depois decide voltar)        P2: . m inha senhora! Isto assim não pode continuar.         P2: . à vizinhança toda. Mas chegou-me a m inha vez. Agora se a senhora não quer saio e. Mas o que se passou foi                  um repente de gênio.Oh..A senhora não precisa de mais nada?        Pi: . E lá largar as cartas                  não largo.  é arranjar quem me ajude. que tem? Vá.O senhor Jorge volta amanhã.]   Página 253..Pois pode estar certa que esta boca.Você vai sair? P2: .Lá isso. P i: . um a série de curtos episódios. em que P2 pressiona Pi para obter (e consegue). e aos poucos vai deixando de cum  prir com suas tarefas na casa.   Página 229 .... Isto quando o senhor voltar é que são os ajustes de contas.Situação: Depois (na expectativa da volta de Jorge) P2: . Pi: .Oh. P2: . Pl: . móveis. Jorge viajando) Pi: ..   [Ocorrem.É 0 que eu vinha dizer à senhora.Eu não estou para aturar o gênio de seu marido..Não! Fico. que era hoje 0 seu dia de folga.Mas. Pi: . primeiro. Pi: . quando Pi está     passando a roupa) P2: . O que peço à senhora é que se for da sua       vontade e me quiser ir ajudando. esteja certa! P2: . a cena seguinte ocorre. vá. Da m inha boca não       há de vir mal a ninguém . O que       eu quero é um bocadinho de pão para a velhice. Não posso deixar de sair.. Pi: .Quer alguma coisa..Situação: Depois (0 marido aborrecido com 0 estado de suas rou     pas chama a atenção de P2 e sai.Mas as camisas.Eu a ajudarei.Situação: Depois (alguns dias depois. m inha senhora. agora.... m inha senhora! Eu não quero dar desgosto a ninguém . P2: . com os diabos. percebe senhora?       Se quer..Eu vou sair. mas eu tinha tanta       precisão de sair também.. P2: ..Então a senhora não decidiu nada? Pi: . Eu hei de       arranjar. O que você quiser.. P2: . quem as engoma? P2: .       V A R I Á V E I S S O CI AI S SÃO I M P O R T A N T E S ?              271     Página 224 .. Se a senhora não lhe custasse ficar só. sim. quem engoma as camisas? P2: ..Que é. depois roupas.Ah! Bem.A senhora J.Juliana! Mas você ao m enos nestes prim eiros dias. a maioria relatada pelo narador..Engome-as a senhora! Olha a sarna! . minha senhora? Pi: . P2: .Ainda não pude arranjar nada.Bem.   P l: . um quarto melhor. Escute Juliana. Se a interação for interrom pida antes dos 10 m inutos.Então em que ficamos?    Pi: . . vai-se. forneça estas in form a    ções em seu protocolo de registro (ver a seguir). já se vê! E a senhora             agora ouça! E a senhora agora é andar-m e direita. É pô-la             na rua!      Página 2gy . Fica ai o rol....É m andar J. ou em outro m om ento do dia. desavergonhada embora..Vem ver se lhe levo alguma coisa? E ainda cá me ficam quatro             camisas.. Por hoje. o consentimento para    o uso desse equipamento. por exemplo). ou entre diferentes participantes (para    o caso de diferentes vendedores. previamente.    No caso de um registro ocorrer ao longo de diferentes m om entos (com    intervalos intervenientes sem a presença das duas pessoas que permita    a observação de sua interação). pois isto alterará a validade de    seus dados. Pi vai ao quarto de P2)    P2: . por razões    éticas. E quero as m inhas contas!    P i: . obter.A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO        Página 2g6 .    P2: .)    P2: . não se vá.Situação: Depois (depois de Pi demitir J..Que saia já! O jantar faço eu.. e está tudo acabado. assi    nale o fato e reinicie a observação e o registro tão logo a interação seja    reiniciada. das pessoas envolvidas. Ao reiniciar um a    observação.            INSTRUÇÕES pARA A REAUZAÇÃO DA SEGUNDA        ATIVIDADE         ANÁLISE DE U M A INTERAÇÁO SOCIAL EM SITUAÇÃO         NATURAL         Para a realização da segunda atividade desta prática você deverá    observar e registrar por 20 m inutos as interações verbais entre duas    pessoas em duas situações distintas (10 m inutos para cada situação é    suficiente). trabalhe apenas pelo período que faltava para com pletar os     10 m inutos.Situação: Depois (P2 briga com a outra criada. pois embora ele    garanta um a maior fidedignidade de registro.        Procure fazer 0 registro de forma discreta de modo a não interferir ou    causar embaraços às pessoas observadas..A J. neste ou em outro ambiente. seria necessário. se não eu lhas             cantarei.. Não recomendamos o uso de um gravador.                   por outras        razões Jorge exige que Pi demita P2. Que quer mais?    P2: ....  Se você necessitou de vários protocolos para um a m esm a                             situação.                                 Ao final dessa atividade prática. afinal nosso “ambiente” para efeitos dessa análise é a classe socioe-                             conômica do outro7). cozinha ou qualquer outro cômodo da                             casa.                                  SITUAÇÃO 2 . m as junte-                             os para montar suas tabelas e análises. entre                             gue seus registros (protocolos). você                             pode registrar as interações da empregada com diferentes feirantes no                             curso de um único dia). açougues ou com vende                             dores ocasionais são em geral muito curtas e unilaterais e você precisará                             de várias sessões de observação para obter um a amostra com duração                             suficiente para sua análise. Isto significa que você deverá preencher                             vários protocolos de registro. apresente-os separadamente para efeito de registro. Não esqueça de m arcar o                             tempo de início e fim da m esma. Interações em padarias. juntamente com seu relatório. Se necessário.     7 Para verificar a veracidade dessa afirmativa seria interessante realizar as observações do fato em diferentes espaços físicos e comparar a freqüência das categorias verbais observadas em cada um. passe a limpo seu regis                             tro colocando cada fala de um a pessoa em um a linha. Nossa experiência é que estas interações                             são m ais ricas e prováveis de ocorrer em feiras de rua (nesse caso. .                                    Preencha um protocolo de registro imediatamente antes ou im edia                             tamente depois de realizar sua observação.                                     V A R I A V E I S SO CI AI S SÃO I M P O R T A N T E S ?                             273                                      SITU AÇÃO l .Interações verbais entre algum(uns) vendedor (es) e                             a m esm a empregada doméstica. no curso de um dia de trabalho                             desta última (pode ser na sala. acompanhados de suas tabelas e análises                             (ver a seguir).Interações verbais entre um a dona de casa (“patroa”)                             e sua auxiliar doméstica (“empregada”). .......... Dê nome às                                                      tabelas....... .................     Conte o núm ero de frases e o número de palavras emitidas por cada                                                      um dos participantes... o aluno poderá comparar os resultados de ambas................. bem como o total da categoria...........      Identifique em seu registro de observação a categoria do comporta                                                      mento verbal observado (mando....H ora: in ic io _______________ __ té rm in o ___ __       Pessoas observadas (id a d e aproxim ada.. Ao final............     Etc............... ... mas sua consecução deve ser feita em separado para cada ativida                                              de....... Calcule um a                                                      razão de proporção S 1/S 2 para frases e para palavras...... ...... . ...... ......       52:         Registro (transcreva a fala de cada interlocutor):       52 ..............       SITUAÇÃO (assinale) ..... 1 .. especifique-as...... ........ Monte um a tabela para a situação 1 e outra para                                                      a situação 2................................... Quando um a categoria possuir várias subcategorias (ou                                                      tipos)....... se quiser..... 2                            Loca!:................ sexo» profissão) (não use nomes.........     SI ..................... ...                                              2...........                                                 1.......... .........       Dia: .... indicando os dados de cada participante. tato........ use os critérios e conceitos de Skinner (1957)..................... ....... Para realizar                                                      esta análise........ use códigos):     S I : .................................... (Dica: pro                                                      cure identificar as condições antecedentes e conseqüentes das verba                                                      lizações)...                                                          TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES À                                                      PRÁTICA 18                                                       Estas instruções valem para as duas atividades que compõem esta                                              prática................ ...........     A tiv id a d e : .■                                      A ANALISE            DO C O M P O R T A M E N T O         NO L A B O R A T Ó R I O        DIDÁTICO                                                    M O DELO DE PRO TO CO LO DE REGISTRO A SER                                            PREENCH ID O PARA CADA SITUAÇÃO DE REGISTRO      N o m e d o A lu n o : .......... outros)........................... ecóico........... .....  pp. para corrigir esta diferença.) e/ ou      características das pessoas envolvidas. Compare-os.          REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOLLAND. 213.) SKINNER. 7.     Anais da X X I Reunião A nual de Psicologia.. pp. vol. Belo Horizonte: Editora Itatiaia lim i     tada. (1981).   Descreva os dados das Tabelas 3 6 4 . SBP. ambiente físico etc. Science. Ribeirão Preto. vol.20 Edição. Seleção pelas conseqüências: um a análise teórica. m as também. é um a tarefa que a Psicologia só poderá realizar usando. 333-341. 7. F.G. SKINNER. Verbal Behavior.   Conte o núm ero de ocorrências. emitidas por cada      um dos participantes. relacionando-as a aspectos ou características da      situação e/ou características das pessoas envolvidas. o núm ero de ocorrências pode variar      de pessoa para pessoa. 501-504. (re     impresso em 1984 no periódico Behavior and Brain Sciences.        VARIÁVEIS SOCIAIS SAO IMPORTANTES?     3. . 4.   Descreva os dados das Tabelas 1 e 2. B.   Identifique os reforçadores que atuam em cada situação. indicando a freqüência (F bruto) de ocorrência para cada      participante. M. vol. As categorias formais de comportamento verbal em Skinner. Como cada pessoa pode ter falas de diferentes durações      em função de suas atividades. Compare-os. A. 195-208. reforçadores. QUEIROZ. (1984). pp. 1974). F. Monte um a tabela para a situação 1 e outra para      a situação 2. G. F. (um behaviorista americano bastan      te conhecido por suas pesquisas e estudos em educação) de que o      estudo das relações de poder.      não só os princípios comportamentais já conhecidos. SKINNER. MATOS. (1992). identi      ficando quem detém o controle dos reforçadores (Holland. Con      tudo. Selection by consequences. Holland. 5. 4. Are behavioral principies for revolutionaires? Behavior     Modífication. (1987). São Paulo: Abril Cultural. calcule a porcen      tagem de ocorrências de cada categoria (F percentual) em relação ao      total de cada participante. B. Explique suas dife      renças ou igualdades. (1957).   Tendo as respostas dadas nos itens anteriores. Em Coleção     Os Pensadores. J. Explique suas dife      renças ou igualdades. New York: Appleton-Century-Crofts. B. deve ser um a tarefa da Psicologia.      principalmente. autoridade e subm issão etc. pp. 477-481. por meio do estudo das relações de produção. o que você diria acer      ca da afirmativa de J. relacionando-as a aspectos ou características da      situação (tipo de atividade. diz ele. O primo Basílio . Identifique      quem detém estes reforçadores. (1974). em cada categoria. 6. E. Dê nome às tabelas. entre indi      víduos e entre classes sociais.  discriminação e generalização de estímulos. analisem os porque a palavra “azul” (tal como usada por nós). o céu hoje está . constitui a base do pensamento científico e filosófico.d)      Posso afetar o modo como         uma pessoa decide ou pensa?     egundo Catania (1998). Esses grupos de instâncias são as clas ses (abstrações ou conceitos) de que Catania fala. m as conseguim os sobreviver nesse m undo porque pensamos abstratamente. Usando e trabalhan do com estes princípios comportamentais. Dizemos. m as os discri mina dos estímulos de outras classes. poderemos ensinar um a pessoa a desenvolver o conceito prescrito nesta prática. estaremos articulando alguns dos tópicos estudados nas práticas de laboratório com ratos. Entender como form am os conceitos é muito importante porque. basicamente. conceito é um a classe de estím ulos tal que um organismo generaliza entre todos os estímulos na classe. Na verdade. esta é um a definição antiga. como os gregos antigos já haviam descoberto. representa um conceito. as características com uns são as dimensões dos estímulos sobre as quais generalizamos. Para tanto. como reforçamento dife rencial. pensar conceitual- mente. desde 1950 Keller e Schoenfeld já a haviam proposto. as características essenciais são aquelas dimensões sobre as quais discri m inam os esses estímulos de outros.      Na prática de hoje. iremos tratar do processo pelo qual as pessoas for m am conceitos. Form ar classes.      Exemplificando melhor. m as podemos aprender as características comuns e essenciais de grupos de instâncias. é entender como pensam os abstratamente. Vivemos em um mundo de instâncias. Não conseguiríam os aprender todas as particularidades de cada instância.  ainda assim. Pare agora esta leitura e tente explicar para alguém                                    porque o próprio termo “cor” representa um conceito. sei muito                                    bem quando um a cadeira é um a cadeira. piscinas e calças. no caso. ou um a banqueta. assim que. ou que a banana é azul.). 1995). ou                                    que a nuvem é azul. ou a calça esta “m arrom de sujeira”. nem uma                                    m esa. o seu formato. a água daquela piscina é azul. ou a piscina está                                    verde limoso etc. O que eu possuo é um a concepção (um conceito) do                                    tipo de objeto que m elhor caberia ali. de ser alta ou baixa. m as reagi                                    m os de modo diferente (empregando outras palavras) a outras proprieda                                    des do céu. Sakamoto.usando o termo azul                   todas aquelas propriedades. material absolutamente inusitado para nós e.                                         Ao lidarmos com conceitos. muitas vezes. e Wakita. não dizemos que o fogo é                                    azul. Como aprendemos                                    a diferenciar um a cadeira de outros objetos ao m esm o tempo que integra                                    m os inúm eros objetos. os fatores responsáveis                                    pela sua integração em um a classe. Tratamos como                                    iguais . Neste tra-             1 Existe uma grande disputa na Psicologia.. mas não escolherei um sofá. m as que é amarela. m as que é branca. ou seja. na classe das cadeiras. de ser usada para sentar ou para colocar coisas. Esta é um a herança infeliz de um a Psicologia menta-                                    lista. em nossos                                    contatos com o ambiente. ao falarmos                                    com um decorador dizemos “Tenho um a idéia do que desejo colocar                                    aqui. “cadeira” também é                                    um conceito.. . Nesse sentido. De acordo com a definição ante                                    rior de conceito. Ao m esm o tempo. se possuir uma linguagem é uma condição ou não para formarmos clas           ses conceituais. A origem dos conceitos está em nossas experiências. Mas hábitos lin                                    güísticos são difíceis de serem abandonados. Ou melhor. Em                                    um a exposição de arte moderna. do jeans e da piscina como um a classe1.                                    o tamanho do objeto. azul é um conceito. sob a m esm a                                    denominação de cadeira? Em outras palavras. Existe um a infinidade de cadeiras diferentes entre as quais                                    provavelmente escolherei uma. da calça e da piscina (como quando o céu está cinza em um                                    dia de tempestade. podemos nos deparar com um a cadeira                                    em forma. com céus. e nem m esm o um a poltrona. ou sua cor. mal parecem ter                                    as m esm as propriedades. feita de m adei                                    ra ou de ferro. cor. esta calça jeans é azul. Independente                                    mente de ter assento estofado ou não. como form am os conceitos?                                         Um a pesquisa realizada por investigadores japoneses procurou                                    estudar esta questão (Watanabe. Não é o material de que é feito. mas que é vermelho.                                    a reconheceremos imediatamente como um a cadeira.m     278                        A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T O R I O   DIDÁTICO                                        azul. é um a palavra com a                                    qual designam os o fato que nos comportamos diante de certas proprieda                                    des do céu. trata                                    m os como azul diferentes estímulos que. muitas vezes bem distintos entre si. um a cadeira!” . freqüentemente falamos em “idéias”                                    como se nossas idéias a respeito de algo fossem a origem dos conceitos                                    que empregamos.  Conform e concluíram     os pesquisadores. de um fe     nômeno de formação de conceitos e não de um a repetição do aprendido. os pombos m ostraram discrim inar as obras de     Monet e Picasso e. Tratava-se.                                                                                           0-  P OS S O A F E T A R O M O D O C O M O U M A P E S S O A D E C I D E OU P E NS A ?   279         balho. poderia dizer que os pom      bos haviam sim plesm ente form ado cadeias ou seqüências comporta-     mentais e não classes de estímulos. os anim ais     “haviam decorado a quais pinturas deveriam responder de um modo ou     de outro”. isto é.. usando este ou aquele disco. que não faziam parte daquele grupo de pinturas utilizadas     durante o treino discriminativo (ver Prática 12).     poderíamos dizer que estes anim ais estavam dando “nom es” às diferen     tes pinturas).. Watanabe e seus colegas realizaram alguns tes     tes adicionais. entre as pinturas expostas. sim plesm ente. Ao     final deste treino.     O controle de estímulos foi suficientemente forte e bem feito para expan     dir os limites particulares das pinturas que com punham as classes origi     nalmente treinadas. Ou seja. É como se os pombos tivessem formado os conceitos     “pinturas de Monet” e “pinturas de Picasso” e. ao m esm o tempo. Seria o caso de alguém se     perguntar se o treino discriminativo com Monet foi significativamente     mais rápido que com Picasso.     aquelas de autoria de cada um desses artistas. o comportamento dos pombos estaria demonstrando     a formação de dois conceitos: “quadros por M onet” e “quadros por Picas     so” . Em um desses testes. ao passearem visitando diferentes m useus     pelo mundo. Em outras palavras. em um a linguagem m ais técnica. Em relação a estas pintu     ras nunca antes vistas. dem onstraram genera     lização entre as pinturas anteriormente conhecidas de cada artista e as     novas pinturas sendo agora mostradas. um procedimento de reforçamento diferencial sob duas     condições distintas de estím ulos antecedentes (ver Práticas 10 e 11).     portanto. os resultados mostraram que os pombos também     escolhiam correta e sistematicamente.           Prevendo esta crítica. realmente. . A lguém poderia discordar dizendo que. m ostraram generalizar entre as     diferentes pinturas de cada um desses pintores. pombos aprenderam a discrim inar pinturas de Monet e de Picas     so após terem sido submetidos a um procedimento de discrim inação     sim ples. os     novos quadros apresentados. fossem capazes de reconhecer. os resultados m ostraram que os pombos bicavam um     disco ilum inado na presença de pinturas de Monet e outro disco na pre     sença de pinturas de Picasso (ao bicar os diferentes discos de resposta. afinal este último passou por tantas fases     e influências ao longo de sua vida. os pesquisadores expuseram os     sujeitos a pinturas de Monet e de Picasso nunca antes apresentadas e. m esm o sem conhecer     todas as obras desses artistas.                              suficientem ente adequado para nossas finalidades didáticas. Os alunos que servirão como sujei tos não poderão ler antecipadamente o texto referente a esta prática. Os cartões                             deverão ser idênticos no que se refere ao desenho da estrela. por m eio de reforçamento diferencial. irem os em pregar um procedim en                             to sem elhante ao utilizado na pesquisa de Watanabe e colaboradores                             í 1 9 9 5 ).). A realização desta prática requer que o professor planeje-a antecipadamente. . estarem os lidando com um conceito sim ples. irem os m ostrar um a série de figuras. ou seja. aplicarem o procedimento proposto em pessoas que não fossem de sua turma de estudan tes. e a outra metade a de sujeitos experimentais. Os alunos trabalharão em duplas de forma que. algum as terão características                             com uns e poderão ser consideradas instâncias de um conceito. A pesar de sim ples. deverá haver um sujeito correspondente. Em linhas gerais. Além disso. para cada experimentador. pode-se estabele                             cer um conceito?                                    MATERIAL                                   Para a realização da presente prática. Para                             cada figura apresentada ao sujeito.                       A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                      Prática Número 19                                   A FORM AÇÃO DE CO N CEITO S2                                   APRESENTAÇÃO                                   Na prática de hoje. metade da classe assumiria a função de experimentador. e a disponibilidade de locais ade quados para a realização do experimento de tal forma que ele possa ser feito sem interferências. Antes de iniciar o trabalho. Será que. e as duplas isoladas entre si. nos perm i                             tirá dem onstrar que a formação de conceitos não é um fenôm eno                             espontâneo. irem os conseqüenciar diferencial -                             mente o seu comportamento de classificar a figura como ‘V erdadeira’                             ou ‘Falsa’ (seja lá qual for a idéia de verdadeiro e falso que o sujeito pos                             suir). o professor deverá explicar as ins truções do exercício aos experimentadores na ausência dos sujeitos. Entretanto. por exemplo). dentre estas. a eles. Uma outra possibilidade seria os alunos realizarem a prática entre eles próprios. na função estri ta de experimentadores.Vam os solicitar a participação de colegas para serem sujeitos de                             nossa prática e. porém deve   2 NOTA AO PROFESSOR: Uma possível estratégia para a realização desta prática seria os alunos. tanto do                             ponto de vista científico como temporal. você deverá ter disponível um                             conjunto de 120 cartões contendo os contornos de um a estrela (do tipo                             ‘dois grandes triângulos equiláteros que se intersectam de tal m aneira que                             qualquer um a das pontas de um deles é cortada pela base do outro’) e um                             asterisco pintado de um a cor de destaque (azul. 0 professor deverá formar os dois grupos e designar suas funções. sem ruídos. o número de conjun tos de material de coleta disponíveis (cartões com figuras. folhas de registro etc. portanto. se estabelece a partir da história de contingências pela qual                             passa o indivíduo. todas dife                             rentes entre si. considerando o número de duplas a serem formadas.  por exem                            plo. A distribuição dos asteriscos nessas dife                            rentes posições deverá ser equiprobabilizada.                       P O S S O A F E T A R O M O D O C O M O U M A P E S S O A D E C I D E OU P E N S A ?           281                                rão diferir entre si quanto à localização e tamanho do asterisco. c. com indicação das regiões em que                            deverão estar desenhados (a. embaixo. pois a predominância de qualquer uma dessas características no material utilizado pode afetar diretamente nos sos resultados de modo indesejado para o propósito da presente prática. por exemplo. metade dos asteriscos que ocupam as posições “a” deveria ter                            tamanho pequeno e metade grande. 5 em cada um dos 6 triângulos). em 6 0 cartões). d). Isto é. em 6 0 cartões) ou grande (9 m m. os cartões irão também diferir com relação ao tamanho do asteris                            co. 30 (a) deverão mostrar o asterisco em qualquer um dos seis triân                            gulos menores formados pela intersecção dos dois grandes triângulos                            (idealmente. em cima.                                                                                   c                                      Localizaçao dos asteriscos na estrela.                            portanto. Além                            disso. o asterisco poderá estar dentro (6o cartões) ou fora da                            estrela (6o cartões). à direita e à esquerda). e 30 (d) nos seis ângulos externos formados pela intersec                            ção dos dois grandes triângulos. mais em cima ou mais embaixo etc. isto é. a exata                            localização do asterisco deverá também variar (afastado ou perto das                            linhas. Em relação aos car                            tões que contiverem um asterisco fora da estrela. Para                            manter a equiprobabilidade destas características no conjunto de cartões3.  3 Manter a equiprobabilidade das características que diferenciam os cartões é um importante controle experimen tal. em                            igual probabilidade.) (ver ilustração adiante). do m esmo modo. e 30 (b) no hexágono central                            (no centro. . o asterisco poderá ser pequeno (3 m m de diâmetro. O m esm o deve ser respeitado para as                            demais posições. 30 (c) deverão mostrar o                            asterisco na ponta externa de qualquer um dos seis triângulos menores já                            mencionados. Em relação aos cartões que contiverem um asterisco                            dentro. b. e                                     tamanhos relativos dos asteriscos . você deverá selecionar. no canto                                     superior direito. com a estrela voltada para baixo.                                          Ao iniciar a sessão. Logo em                                        seguida. asterisco pequeno. os                                     cartões deverão ser numerados. sob orienta                                '    ção do professor. Durante seu uso. Convide. a tarefa pode parecer difícil. que deverá ser um                                     local silencioso. e finalmente ordenados de 120 a 0 1. .                                          Antes de trazer o sujeito experimental para a sessão. no verso. eles deverão ser distribuídos ao acaso                                     pelos dois parâmetros (posições relativas à estrela . Prepare a folha de registro. e o núm ero no                                     verso voltado para o experimentador. de tal form a que                                     não haja m ais do que três cartões sucessivos com o asterisco na m esm a                                     posição. de uma avaliação de inteligência ou de personalidade. Eu vou lhe mostrar uma seqüência de figuras. os cartões deverão form ar um a pequena                                     pilha sobre um a mesa. o sujeito a entrar no ambiente experimental. as seguintes in s                                     truções ao participante:                                         "O objetivo desse experim ento é verificar com o as pessoas se saem em                                        uma tarefa do tipo "Verdadeiro" ou “ Falso". folhas de in s                                     trução. em ordem                                     decrescente. N o inicio. de forma                                        alguma.                                            PRO CEDIM ENTO                                           Previamente ao início da sessão. mesa.■      282                        A ANÁLISE    DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                              Confeccionados os cartões. Cada um deles poderá submeter os           seus sujeitos à formação de um destes quatro conceitos aqui propostos. Tente acertar o máxi                                        mo que vo cê puder. em confirm o se v o cê acertou ou errou. Em seguida. pausadamente. você deverá ler.interior e exterior . asterisco grande. de m aneira discreta. Q uero                                        que v o cê diga "Verdadeiro" ou "Falso" para cada uma delas. a série de cartões ordenados e dispostos sobre a m esa como                                     instruído acima.pequeno e grande). você deverá con                                     ferir se a sala está arrum ada e possui duas cadeiras. A tare                                        fa é muito simples. N ão se trata. lápis e borracha. nem mais do que três cartões sucessivos com o asterisco do                                     m esm o tamanho (a folha de registro traz essa seqüência). Peça à pessoa que se                                     sente à sua frente. asterisco fora da estre                                     la.                                     então. confortável e livre de interrupções. mas pros                                        siga na tarefa independentem ente disso. um a das cinco características seguintes que classificam                                     o conjunto de cartões4: asterisco dentro da estrela. isto é. Você entendeu? Podem os                                        com eçar?"               4 O professor poderá formar quatro grupos de alunos para realizar esta prática.  durante a experimentação. não use expressões faciais ou sorrisos. você     deverá dizer.     diga a ele “Quero que você diga ‘Verdadeiro’ ou ‘Falso’ para cada figura     que eu lhe m ostrar” . Muito bem !’ etc. defronte um     cartão com um asterisco grande. coloque o cartão sobre a m esa. ini     cie com a apresentação dos cartões. considere para regis     tro somente aquela que você conseqüenciou diferencialm ente (ver     procedimento a seguir). dado que a característica asteris     co grande foi selecionada. constituem. ao fmal da leitura das instruções. e assim sucessivam ente. m esm o que traba     lhem com experimentadores diferentes.     Pegue o prim eiro cartão pelo canto superior direito. ou expressões equivalentes. face para o sujeito. A outra ocasião será quando     a pessoa d isser “ F a lso ” para um a figu ra que não corresp ond er ao     conceito a ser form ado (Por exem plo. você deverá reforçar diferencialmente o     desempenho do sujeito logo em seguida a suas respostas. recebam as m esm as instruções. na frente dos cartões     ainda não utilizados. na presente prática. se a pessoa disser “V erdadeiro” . em duas     ocasiões. defronte um cartão com um asterisco     pequeno. se a pessoa disser “ Falso” . todos os cartões     deverão estar com o lado com o desenho da estrela voltado para baixo.     Se. ‘Errado’. desvire o cartão (estrela para baixo) e. ‘Correto’. Você pode     fazer isso dizendo ‘Certo!’. bem como o seu     tamanho (pequeno ou grande). Procure     fazê-lo de modo natural. logo em seguida. apresente o segundo cartão. “ Certo” ). “ Certo”). você deverá dizer. Sendo assim . as qua     tro características dentre as quais um a deverá ser submetida a reforça     mento diferencial.           Você deverá apresentar os 12 0 cartões começando com 0 cartão nQ1. .             A Formação do C on ceito (reforçam ento diferencial)            A localização do asterisco (dentro ou fora da estrela). logo em segu i     da.     evite muita variação de tom de voz. você deve se limitar a ler     novamente as instruções sem fazer qualquer outro comentário. ameno. em     seguida. Se o sujeito não se manifestar.                                                                                             w   P O S S O A F E T A R O M O D O C O M O U M A P E S S O A D E C I D E OU P E N S A ?   283            Se o sujeito pedir mais esclarecimentos. estaremos garantindo que todos os sujeitos. o sujeito disser que as entendeu.     É importante frisar que.     exceto aquele que o experimentador estiver apresentando ao sujeito.           Você deverá dizer “ Certo” .     dado que a característica asterisco grande foi selecionada. Desta     forma. Caso a pessoa dê m ais do que um a resposta. vire-o expondo o     desenho da estrela. Após um a resposta. anote-a na folha de registro     conform e instruções abaixo. U m a será quando 0 sujeito disser “V erdadeiro” para um a     figura que seja um a instância do conceito a ser form ado (Por exem plo. até o últi     mo.  tam bém em        duas ocasiões. logo        em seguida. não tratar-se. isto é. Escreva                   quan        do. em função do conceito que o sujeito deverá formar. defronte um cartão com um asterisco grande. ou expressões equivalentes. você deverá dizer. Durante o experimento.            Acom panhe o exemplo mostrado no modelo de folha de registro        abaixo. acom panhe a seqüên        cia de apresentação dos cartões na folha de registro (para isso. em relação ao cartão correspondente. Basta acompanhar com precisão a seqüência de cartões na        folha de registro. a folha        de registro traz as possíveis respostas do sujeito para cada um dos car        tões. se        a pessoa disser “Verdadeiro” . portanto. o experimenta        dor deverá. Antes de in i        ciar a sessão. dado que a característica asterisco        pequeno foi selecionada. você deverá.        Escreva “+ ” quando. assinalar        a conseqüência que deverá ser dada para cada um a desta duas possíveis        respostas. você deverá dizer. “ Erra        do”). baseado na indi        cação prevista. para cada um a destas possibilidades de res        posta. localize a célula correspondente à        resposta dada pelo sujeito (V ou F) e diga Certo quando houver o sinal        “+ ” e Errado quando houver o sinal . localizar a resposta do sujeito e dizer. se a pessoa disser “ Falso”. tratar-se de        um a instância correta do conceito a ser estabelecido. A outra ocasião será quando a pessoa disser “ Falso” para um a figu         ra que corresponder ao conceito a ser formado (Por exemplo. Quando os cartões forem confeccionados. verdadeiro ou falso. A coluna        “ Suj/Exp” (Sujeito/Experimentador) divide-se nas duas possibilidades        de resposta do sujeito. à posição rela        tiva do asterisco (interna e externa) e ao seu tamanho (pequeno ou gran        de). isto é. a conseqüência que deve emitir. estas características        deverão estar obrigatoriam ente presentes nos cartões. o experimentador não preci        sará analisar a resposta do sujeito para decidir se deve dizer “Certo” ou        “ Errado” . defronte um cartão com        um asterisco pequeno. Antes de iniciar a sessão. A prim eira coluna identifica os cartões e sua seqüência. “ Errado”). escrever o sinal “+ ” ou                     ao lado direito de cada um a delas. Verdadeiro (V) ou Falso (F). dado que a        característica asterisco pequeno foi selecionada. As        segunda e terceira colunas referem -se. Um a será quando o sujeito disser “Verdadeiro” para uma        figura na qual a posição relativa do asterisco não for um a instância do        conceito a ser formado (Por exemplo.■      A ANALISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                Você deverá dizer “Errado”. Durante a sessão. logo em seguida.        aconselham os utilizar um a régua).            Para evitar erros de procedimento durante a coleta de dados. respectivamente. ao contrário.     v.   F-                                    2        I    In    ■   O      :    V+    I   F~                              :      3        |    Ex    I   G      .   I    S u j/E x p                                      1       i    In    I    P     . assim que houver um a     seqüência de dez sinais “+ ” circundados. V -. mas todos os cartões tiverem sido apresentados. e Certo. utilize um a cópia da folha de registro. ou     F .                                  C a rtã o   !   Pos.           A cada resposta do sujeito. o experim en     tador deverá dizer Certo. se o     sujeito disser Falso. e Errado.   . o experi     mentador deverá dizer Errado.                                                                                                m P OS S O A F E T A R O M O D O C OM O U M A P E S S O A D E C I D E OU P E NS A ?         285               Modelo exemplificado da folha de registro e sua utilização. começando     novamente pela prim eira linha.   V'+    .   f+               A folha de registro exemplificada acima refere-se ao estabelecimento     do conceito “Interno” .       F-                              !       5       ^    Ex    . retorne-os à posição     inicial e volte a apresentá-los. Para registrar esta segunda apresentação do     conjunto de cartões. e especialmente suas anotações. isto é.   S T am . por isso. Encerre a sessão assim que o     sujeito acertar dez vezes consecutivas. com relação ao cartão n° 3. coloque-     a em um a prancheta apoiada em seu colo.   O      . Encerre definitivamente a sessão após a     segunda apresentação dos 120 cartões independentemente do núm ero de     acertos apresentado pelo sujeito. é importante que o sujeito não     veja a folha de registro.de acordo com as respostas do sujeito. com relação ao cartão n° l. independentemente de estarem     ou não acompanhados por V ou F.           Enquanto executa o procedimento. se o sujeito disser Verdadeiro. Ao contrário. . Caso o critério não tenha sido atingi     do. se o sujeito disser Verdadeiro. faça um círculo ao redor de V+.                                    4        I    In    i    P     :    y-f   .    \/_   : p-f. Portanto. F+. se     o sujeito disser Falso.                   Término:        h      min.  Alunos (experim entador): .                        A ANÁLISE         DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                                     Folha de Registro:                                 Prática 19 Sujeito (iniciais):         Início:   h       min.                  P OSS O A F E T A R O MODO C OMO UMA P E S S OA DEC ID E OU PENSA?     ... ■"     81          EXT         G      !     V       !     F          104       IN      P      V       F     82          IN          G      :      V       .. Pos... um a vez que a sessão era interrom                             pida assim que o sujeito tivesse lo acertos consecutivos..                            para cada um a das categorias (“ In” .   Some a freqüência das respostas V+.    P                                      113     EXT      P      V                                    . | T am ..     y        '    f          107       IN      P      V     85          !N          G            V        . o                            gráfico relativo ao conceito estabelecido com seu sujeito. separadamente. V -.    F          109      EXT     G       V      F     87          EXT    :    G                                    .     V        i    F           110      IN      P      V      F     88          EXT         G      :     v        j    f           111      IN     G       V      F     89          EXT         P            v        :    f           112     EXT      P      V      p      90          ÍN     . .                       3. .     80          IN          P      :     V       ..   Quais foram as dimensões de estímulo controladas neste exercício?                            Como foi feito esse controle? Qual era a dimensão crítica (dimensão                            crítica = aquela que controla a contingência de reforçamento) ? Com                            que variações esta dimensão poderia aparecer e ainda assim ser asso                            ciada ao reforço?                       2.    F          108      EXT     G       V       F    00    *0                     íN     :    P      :     V        .     v        i    f          101      EXT     G       V      F     79          IN     . Sujeito/Exp !               C artão   Pos.     84          EXT    . mas lembre-se de que o último bloco pode con                            ter um núm ero m enor de cartões.. em particular.V . C artão   . Analise. Faça isso por                            bloco de 20 cartões.     F          103       IN      P      V                                    ■       ..   Tam .    G             V       :    F          102       IN     G       V      F                                                   . F+ e F -..    P      . Descreva o                            desenvolvimento do acerto ao longo da sessão. .    F          105      EXT     G       V       F     83          IN          P                                     106      EXT      P      V       F                                    :.    G            V        !    F           114     EXT     G       V      F     92          EXT         G      . Construa                            quatro gráficos de colunas (número de acertos por blocos de cartões).:—     75            EXT          P         v        :    f           98       IN     G       V      F     76          IN          G            V             F           99       ÍN      P      V      F                             fj     77          íN     :           :      v       .   Sujeito/Exp             --------------..        . L    í ..   Compare os quatro gráficos construídos.    F          100      EXT      P      V      F     78          EXT         G      .                            um para cada categoria. “ Ext” . “ P” e “G ”).     v        !    f     91          IN     .     v        :    f           115      IN     G       V     93          EXT         P            V        í    F           116      IN      P      V      F                                                   i     94          ÍN          P      ■     v        :    f           117     EXT     c       V      F                                                                                    G     »           EXT         G            v        !    F           118      IN     G       V     it          EXT         P             v       :    f           119      IN      p      V      F     97          !N          G             \'      !    f          120      EXT                    F                                                                                     P      v                              TRATAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS REFERENTES                            À PRÁTICA 19                        1.  Pigeons’ discrimination of                       paintings by Monet and Picasso.   Analise separadamente os acertos do tipo V+ e do tipo F+ para o seu                         sujeito.                        165-174. W. 63. Principles o f Psychology. Analise-as em função das características particulares                         de cada um dos conceitos.                             REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS                    CATANIA. Descreva as semelhanças e diferenças que                         você identificar.   A partir dos gráficos que você elaborou..   Caso seu professor tenha decidido form ar grupos de alunos que esta                         beleceram diferentes conceitos. o que você pode dizer sobre                         o processo de formação de conceitos? O procedimento de reforça-                         mento diferencial foi acompanhado por um núm ero crescente de                         acertos?                    5. J. New York:                       Appleton-Century-Crofts. C. Journal o f the Experimental Analysis o f Behavior. A. M. New Jersey: Prentice Hall.     Obras traduzidas para a Língua Portuguesa (veja Apêndice I). e WAKITA.                    WATANABE. e SCHOENFELD. S. SAKAMOTO. S. (1950)*. (1998)*. F. reuna os dados de seus colegas e                         compare os resultados.e F                    6.                    KELLER.               A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                        4. Learning 4* Edition. Faça o m esm o com relação aos tipos V . . N. (1995).  SKINNER. Brasilia: Ed. B. Princípios de Análise do Comportamento. S. Sobre 0 Behaviorismo. (1998/199 9). M. KELLER. A. SKINNER. (1953/1991). (1950/1973). SIDMAN. N. Comportamento verbal. B. Linguagem e Cognição. (1960 /19 76). B. . Porto     Alegre: ArtMed. F. São Paulo: Cultrix. Aprendizagem: Comportamento. W. F.     Porto Alegre: ArtMed. (1957/1978). São Paulo: Brasiliense.Ciência e Comportamento Humano (6a. e SCHOENFELD. (1967/1975).     Coordenada. SKINNER.      APÊNDICE I       Obras Traduzidas para       a Língua Portuguesa     APA (1994 /20 0 1). F. São Paulo:     EPU.R. J. MILLENSON. ed). Manual de Publicação da American Psychological Association. Princípios de Psicologia. São Paulo:     Martins Fontes. C. CATANIA. Táticas da pesquisa científica. São Paulo: Cultrix. F. (1974/1993).                                 APÊNDICE II                                 Fichas de apresentação dos                                 estímulos referentes à                                 Prática 17. no meio de mesma. Para tanto aconselhamos usar uma ficha de cartolina de aproximadamente 15 cm x 21 cm. . deve ser feito um corte de mais ou menos 1 cm x 14 cm de modo a permitir a visão de uma linha de estímulos por vez. Nesta ficha. "Efeitos de                                 instruções passadas e                                 instruções presentes"1     ' O docente deve confeccionar um visor.                 A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                        Estímulos: Nomes de Cores em Cores .NCC-i   V ERM ELH O          V ER D E                     A ZU L                 L A R A N JA          VERM ELH O   L A R A N JA       L A R A N JA             VERM ELH O                    V ERD E                A ZU L   L A R A N JA         AZU L                       AZU L                    V ER D E            VERM ELH O    V ER D E           V ERD E                  L A R A N JA                 V ERD E                AZU L   L A R A N JA      VERM ELH O                     AZU L                V ERM ELH O             VERM ELH O  L A R A N JA      VERM ELH O                  L A R A N JA             VERM ELHO                 V ERD E     AZU L          VERM ELH O                  L A R A N JA                 VERD E                A ZU L  VERM ELH O          L A R A N JA                 V ERD E                    AZU L              L A R A N JA  V ERM ELH O         L A R A N JA                 V ERD E                    AZU L                V ERD E  VERM ELH O           V ERD E                      AZU L                     A ZU L               V ER D E     AZU L             V ERD E                  L A R A N JA                 V ER D E            L A R A N JA   L A R A N JA        V ER D E                     AZU L                    V ERD E                AZU L   VERM ELH O            AZU L                  VERM ELH O                  L A R A N JA          L A R A N JA    V ERD E           L A R A N JA             VERM ELH O                  L A R A N JA             AZU L    V ER D E         VERM ELH O                     AZU L                    V ERD E                AZU L    V ER D E          L A R A N JA                 V ER D E                L A R A N JA          VERM ELH O    V ER D E         VERM ELH O                    V ERD E                 L A R A N JA          VERM ELH O     A ZU L          VERM ELH O                     AZU L                VERM ELH O              L A R A N JA .                                R g s E N T A Ç Ã O D OS E S T Í M U L O S       V ER D E      LARAIUJA          V ER D E                  V ERM ELH O            A ZU L  VERM ELH O      V ERM ELH O       V ERD E                         A ZU L      L A R A N JA     V ER D E      V ERM ELH O     L A R A N JA                V ERM ELH O            A ZU L   L A R A N JA   L A R A N JA      V ER D E                    L A R A N JA     V ER D E      V ERM ELH O     L A R A N JA                      A ZU L     VERM ELH O    V ER D E         A ZU L       V ERM ELH O                    L A R A N JA         A ZU L  L A R A N JA    VERM ELH O          A ZU L                        A ZU L     VERM ELH O                                                                 L A R A N JA    A ZU L   V ER D E       L A R A N JA   V ERM ELH O                       V ERD E    V ER D E       L A R A N JA        A ZU L                  V ERM ELH O       L A R A N JA                                  V ERM ELH O                      V ER D E      A ZU L  L A R A N JA      A ZU L        L A R A N JA                VERM ELH O  VERM ELH O        A ZU L       V ERM ELH O                      V ER D E           A ZU L                    V ER D E      V ERM ELH O                    L A R A N JA  L A R A N JA      A ZU L          V ER D E                        A ZU L         V ER D E  L A R A N JA      V ER D E      L A R A N JA                     V ERD E   VERM ELH O      L A R A N JA   V ERM ELH O                        A ZU L  L A R A N JA .                A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                       Estímulos: Nomes de Cores em Cores .NCC-2                        L A R A N JA            V ERM ELH O                       AZUL               VERM ELH O    V ERD E           V ER D E                     A ZU L                     V ER D E   L A R A N JA      VERM ELH O                    V ER D E                  L A R A N JA                A ZU L    V ER D E            A ZU L                  L A R A N JA                 L A R A N JA                A ZU L  L A R A N JA      VERM ELH O                 L A R A N JA                   V ER D E            V ERM ELH O   L A R A N JA        V ER D E                 L A R A N JA  VERM ELH O          V ER D E                     A ZU L                     V ER D E             L A R A N JA    V ER D E         L A R A N JA             V ERM ELH O                   L A R A N JA                A ZU L   VERM ELH O           A ZU L                     V ER D E                     A ZU L                 V ER D E  VERM ELH O           A ZU L                  L A R A N JA               V ERM ELH O                 V ERD E  VERM ELH O           A ZU L                     V ER D E                V ERM ELH O                   A ZU L   VERM ELH O          V ER D E                 L A R A N JA               V ERM ELH O                 V ERD E  L A R A N JA        V ER D E                     A ZU L                     V ER D E             L A R A N JA    A ZU L            V ER D E                V ERM ELH O                   L A R A N JA                A ZU L    V ER D E        V ERM ELH O               V ERM ELH O                      AZUL                   V ERD E   L A R A N JA         AZUL                       V ER D E                    V ER D E             L A R A N JA  VERM ELH O          V ERD E                  L A R A N JA               V ERM ELH O              L A R A N JA  VERM ELH O           A ZU L                 VERM ELH O                      V ER D E                  AZU L .                      F IC H A S DE A P R E S E N T A Ç Ã O DOS EST ÍM U LO S        A ZU L         V ERD E              VERM ELH O                    V ER D E       A ZU L  LARAIUJA          A ZU L               VERM ELH O                    V ERD E      L A R A N JA     A ZU L         VERD E               VERM ELH O                V ERM ELH O        AZU L     V ER D E        A ZU L               VERM ELH O                  L A R A N JA   L A R A N JA    V ER D E      VERM ELH O                 V ERD E                    AZU L       L A R A N JA     A ZU L       VERM ELH O             V ERM ELH O                    A ZU L      L A R A N JA  V ERM ELH O       V ER D E               L A R A N JA              L A R A N JA   L A R A N JA     A ZU L       VERM ELH O                  AZU L                     A ZU L      L A R A N JA  V ERM ELH O     L A R A N JA                A ZU L               VERM ELH O         A ZU L    V ER D E      L A R A N JA                AZU L                  L A R A N JA   VERM ELH O  V ERM ELH O       AZU L                  L A R A N JA            VERM ELH O         VERD E      A ZU L       L A R A N JA             L A R A N JA                  A ZU L     VERM ELH O   L A R A N JA     V ER D E             VERM ELHO                   L A R A N JA   VERM ELH O    V ERD E       L A R A N JA               V ERD E                     AZU L      VERM ELH O   L A R A N JA      A ZU L              VERM ELH O                    V ERD E        A ZU L  VERM ELH O      L A R A N JA             L A R A N JA            V ERM ELH O        V ERD E   L A R A N JA     VERD E                    AZU L                    V ER D E       AZU L    V ERD E .               A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO                      Estímulos: Palavras Neutras em Cores .PNC-1   PO LTRO N A       JA N E L A               PO LTRO N A                    C A SA               GARFO   JA N E L A       GARFO                       JA N E L A                 G A RFO               C A SA   JA N E L A        C A SA                     GARFO                       C A SA               GARFO  PO LTRO N A       GARFO                    PO LTRO N A                  JA N E L A             C A SA  PO LTRO N A        C A SA                  PO LTRO N A                   G A RFO               C A SA   JA N E L A        C A SA                     JA N E L A             PO LTRO N A               C A SA    GARFO            C A SA                  PO LTRO N A                   GARFO                 C A SA    GARFO           JA N E L A                    C A SA               PO LTRO N A              JA N E L A    GARFO           JA N E L A               PO LTRO N A                   GA RFO              PO LTRO N A   PO LTRO N A        C A SA                      GARFO                    JA N E L A             C A SA   JA N E L A     PO LTRO N A                     C A SA                    CA SA              PO LTRO N A    GARFO            C A SA                  PO LTRO N A                  JA N E L A             C A SA    GARFO         PO LTRO N A                   JA N E L A                  CA SA              PO LTRO N A   JA N E L A       JA N E L A                   GARFO                    JA N E L A             C A SA    GARFO         PO LTRO N A                   JA N E L A             PO LTRO N A               C A SA  PO LTRO N A     PO LTRO N A                    GARFO                      C A SA              JA N E L A    G A RFO         JA N E L A                  GA RFO                 PO LTRO N A               C A SA    C A SA        PO LTRO N A                     C A SA               PO LTRO N A              JA N E L A .                     F I C H AS DE A P R E S E NT A Ç Ã O DOS E S T ÍM U L O S                   297       G A RFO     PO LTRO N A                  GA RFO                    JA N E L A   PO LTRO N A     G A RFO      JA N E L A                  GARFO                     JA N E L A   PO LTRO N A     GARFO       PO LTRO N A                   C A SA                    G A RFO       C A SA     G A RFO      JA N E L A              PO LTRO N A                   JA N E L A     C A SA  PO LTRO N A     C A SA                 PO LTRO N A                   JA N E L A    JA N E L A    JA N E L A     GARFO                       C A SA                    G A RFO       C A SA     C A SA        GARFO                     JA N E L A                  GARFO        JA N E L A   PO LTRO N A     GARFO                       C A SA                     C A SA       GARFO  PO LTRO N A    JA N E L A                  GARFO                       C A SA       GARFO   PO LTRO N A    JA N E L A                  GARFO                       C A SA      JA N E L A     C A SA      PO LTRO N A                 JA N E L A                  GA RFO        C A SA    JA N E L A   PO LTRO N A                 JA N E L A              PO LTRO N A       GARFO    JA N E L A   PO LTRO N A                   C A SA                PO LTRO N A     PO LTRO N A     G A RFO       GARFO                     JA N E L A                  GARFO         C A SA    JA N E L A     C A SA                      C A SA                    GARFO       PO LTRO N A    JA N E L A    JA N E L A              PO LTRO N A                    GARFO          C A SA   PO LTRO N A     GARFO                       C A SA                   JA N E L A   PO LTRO N A    JA N E L A . PNC-2      JA N E L A          GARFO                          C A SA                    G A RFO                   CA SA   PO LTRO N A         JA N E L A                    JA N E L A              PO LTRO N A                   GARFO    JA N E L A            C A SA                  PO LTRO N A                    GARFO                     C A SA     GARFO             JA N E L A                     GARFO                       C A SA                 PO LTRO N A    JA N E L A          GARFO                     PO LTRO N A                   JA N E L A               PO LTRO N A     C A SA             JA N E L A                   JA N E L A                    C A SA                PO LTRO N A   PO LTRO N A            C A SA                     JA N E L A               PO LTRO N A                  GARFO     GARFO             JA N E L A                      C A SA                   JA N E L A               PO LTRO N A   PO LTRO N A          JA N E L A                     C A SA                 PO LTRO N A                   C A SA      C A SA         PO LTRO N A                       C A SA                      C A SA                 JA N E L A   PO LTRO N A          GARFO                        JA N E L A                  JA N E L A               JA N E L A      C A SA         PO LTRO N A                  PO LTRO N A                      C A SA                 JA N E L A     GARFO           PO LTRO N A                      GARFO                        C A SA                 JA N E L A     GARFO                C A SA                  PO LTRO N A                    JA N E L A               JA N E L A      C A SA             GARFO                    PO LTRO N A                 PO LTRO N A                   C A SA    JA N E L A            C A SA                   PO LTRO N A                    G A RFO                 JA N E L A      C A SA             GARFO                     PO LTRO N A                    G A RFO                   C A SA   PO LTRO N A            C A SA                   PO LTRO N A                    G A RFO                   C A SA .              A A N Á L I S E DO C O M P O R T A M E N T O NO L A B O R A T Ó R I O D I D Á T I C O                        Estímulos: Palavras Neutras em Cores . ..A                     ...................-............... N................                                                                     T A Ç Ã O D OS E S T Í M U L O S     PO LTRO N A     GARFO                                       JA N E L A                                 PO LTRO N A             JA N E L A   JA N E L A     C A SA                                       GARFO                                            GARFO            JA N E L A     G A RFO     PO LTRO N A                              PO LTRO N A                                               C A SA         GARFO     C A SA        GARFO                                  PO LTRO N A                                           JA N E L A         C A SA   JA N E L A     GARFO                                           C A SA                                        GARFO            JA N E L A   PO LTRO N A     G A RFO                                     JA N E L A                                 PO LTRO N A              GARFO   PO LTRO N A     C A SA                                        GARFO                                    PO LTRO N A              C A SA   PO LTRO N A     C A SA                                      JA N E L A                                 PO LTRO N A              GA RFO   PO LTRO N A     C A SA                                        GARFO                                              C A SA         GARFO     GARFO        JA N E L A                              PO LTRO N A                                           JA N E L A         C A SA   PO LTRO N A     GARFO                                           C A SA                                        GARFO            JA N E L A    JA N E L A     GARFO                                       JA N E L A                                         GARFO            C A SA    JA N E L A   PO LTRO N A                                   JA N E L A                                        GARFO           PO LTRO N A     G A RFO       C A SA                                      JA N E L A                                       JA N E L A         C A SA    JA N E L A   PO LTRO N A                                     GARFO                                          JA N E L A         C A SA     G A RFO       GARFO                                           C A SA                                         GARFO          PO LTRO N A      C A SA      JA N E L A                              PO LTRO N A                                               C A SA       PO LTRO N A     G A RFO .............                     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F ! C H AS DE A P R E S E N T A Ç A O D O S E STÍ M U LOS                                                                     ES  #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # #   #                          #                            #   # .     A ANÁLISE   DO C O M P O R T A M E N T O   NO L A B O R A T Ó R I O   DIDÁTICO            Estímulos: Asteriscos em Cores .AST-2    #           #                           #                                 #          # #           #                           #                             #              # #           #                           #                             #              # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                             #              # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                             #              # #           #                           #                             #              # #           #                           #                             #              # #           #                           #                             #              # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                             #              # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                                 #          # #           #                           #                             #              # .     FICH AS   dh a   P R ES EN T A Ç A O DOS E S T Í M U L OS     #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # #   #                          #                           #    # . í 384 .Barucri . 4195-1805 Fax 4195 .A ( C o m Filmes Fornecidos Pelo K d ito r ) D ept0 C om ercial A lam ed a A raguaia.                   Im pressão e A cabam ento   O esp G ráfic a S .Taniboró                 fel. 190! . 
    
    
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