Manual Tecnicas de animação

March 20, 2018 | Author: Filipa Joaquim | Category: Toys, Learning, Sociology, Creativity, Dolls


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Técnicas de Animação Vivemos numa sociedade que continua a transformar-se com uma profundidade e a um ritmo nunca visto, graçasa acções realizadas por vários agentes (sociais, económicos, políticos, culturais…). Os empregos são cada vez mais absorventes, visto que existe uma maior competitividade, bem como um alargamento da carga horária, o que origina uma redução do tempo passado em família e, por consequência, um afastamento das crianças do seio familiar desde uma idade muito precoce. As crianças da actualidade nascem em hospitais (instituição). Ainda na idade latente, vão para o infantário (instituição), na infância continuam a frequentar o infantário e o ensino básico (instituições). Podemos concluir que, na sociedade actual, as crianças tem uma vivência em permanente afastamento de laços e afectos e, desde muito cedo, passam por sistemas agressivos de grande competitividade, tendo que provar que são detentoras de diversas competências, pois, socialmente, são-lhe impostas exigências. Neste contexto torna-se premente não só encarar a educação como algo mais que um meio de proporcionar/transmitir conhecimentos, mas também e acima de tudo como um meio de ligação do indivíduo à comunidade, um meio para comunicar, para promover a expressividade, a criatividade e a confiança. A concepção de educação limitada no tempo está condenada, pois na realidade o ser humano está em constante aprendizagem, tal como é referido por Lopes (2008) ao parafrasear Cardeira: ninguém é suficientemente culto que não tenha nada para aprender, por outro lado, ninguém é tão ignorante que não tenha nada para ensinar. Na actual sociedade, onde a educação deve ser permanente e comunitária, o processo educativo rejeita o modelo de escola/armazém, valorizando a partilha de saberes entre os diferentes contextos de aprendizagem, assim como a interacção com o meio envolvente. Deve existir uma íntima relação entre o plano educativo e o plano social, uma vez que e educação é condicionada e condiciona a sociedade. É nesta interacção entre sociedade e educação que o acto de animar deve assumir um papel de participação/acção, o que vai também ao encontro do defendido por Ander-Egg (2000), que afirma que a educação permanente, para construir uma acção válida, deve ser complementada por acções de animação. Ser animador é ser Educador e há que estar consciente desta acção educativa. Há que querer ajudar no crescimento de uma pessoa de uma maneira criativa. 1/41 Animação Breve História da Animação A animação Sócio Cultural, evidencia-se na Europa em meados dos anos 60 do século XX e, em particular em Portugal, a partir da segunda metade dos anos 70 . Tentativa de resposta à anomia social e às desigualdades de oportunidades sociais, consequência das transformações sociais da época. A Animação contempla duas vertentes: a Sócio cultural e a Sócio educativa, embora não existam grandes diferenças de conceitos e metodologias, porque “cultura” também é “educação”. A animação Sócio cultural é uma modalidade de intervenção no âmbito da educação social e pessoal, e assenta principalmente numa pedagogia participativa, procurando estimular os sujeitos a desenvolver as suas capacidades e competências, visando o seu bem-estar e o desenvolvimento integral. É um método de intervenção natural porque respeita sempre todo o contexto envolvente, incutindo a integração, comunicação e participação do indivíduo, incutindo a autonomia necessária à construção do seu futuro, adaptando-o à sociedade em que está inserido, desenvolvendo competências, capacidades e auto-estima, que indubitavelmente levarão à mudança e à transformação social. Todas as acções de animação têm uma intenção educativa, direccionada para a necessidade do desenvolvimento pessoal e social do indivíduo. Este é o centro de tudo, é a sua participação, socialização e auto-estima que estão a ser incentivadas, pretendendo-se acima de tudo elevar o indivíduo ou a criança. Todas as pessoas podem ser potenciais destinatários de acções da animação, mas estas também pode ser dirigidas a alguns grupos específicos, como é o caso das crianças, dos idosos ou pessoas com necessidades especiais, tendo em conta o facto de poderem ser desenvolvidas nas mais variadíssimas formas, modalidades ou infra-estruturas. Animar é:  Motivar para uma acção/actividade  Dar ânimo, dar vida     Aceitar uma iniciativa Respeitar o projecto individual definido por cada um Ajudar a pessoa a afirmar-se Apoiar não substituir 2/41  Dar movimento a uma situação onde reina a imobilidade, o aborrecimento “ A Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integrados”. Para José Herrerias (2002), referido em Lopes (2008): “ A Animação sociocultural é uma metodologia para desenvolver a educação. Metodologia essa que assenta nas palavras que a descrevem: animar, potenciar, desenvolver a sociocultura como meio de optimizar o potencial das pessoas”, “ (…) a Animação sociocultural não é manipulação, é um trabalho directo com as pessoas a partir da acção e não de discursos em abstracto. Animação é acção, é vida… Animação na Infância Nunca houve melhor tempo para ser crianças como agora, pois as crianças têm oportunidades, direitos e uma posição como nunca tiveram na comunidade. Em contrapartida, ser-se criança actualmente, pode trazer mais pressões e decisões que nunca. O facto dos pais trabalharem e o acesso a maior variedade de informação através dos mass-media e da internet obrigam muitas crianças a amadurecem mais rapidamente. Brincar, assim como as oportunidades de lazer têm um papel fundamental no desenvolvimento deste processo. É muito importante proporcionar à criança oportunidades de vida que lhes permita proceder à exploração de si, dos outros e dos contextos em que se incluem, para progressivamente procederem à descentração de si, de tal forma que estejam aptos para se situarem como seres únicos no meio dos outros. Poder-se-á dizer que o brincar é um meio que permite fomentar o desenvolvimento da criança e dos sujeitos em geral. A participação dos pais nas brincadeiras dos filhos também é fundamental, sempre que solicitados para tal. É claro que podem também tomar a iniciativa, no entanto, não devem exagerar e por exemplo, fazerem eles a actividade quando a criança só pediu uma pequena colaboração. Toda a criança tem direito a brincar. Ela deve escolher aquilo que lhe dá mais prazer. Cada criança tem os seus gostos próprios e que devem ser respeitados. Normalmente, há uma tendência dos adultos em imporem as suas regras às crianças, não lhes dando oportunidade de escolha. 3/41 As actividades de animação são, assim de extrema importância para a criança, estimulando o seu desenvolvimento quer físico, quer emocional. O brincar, em todos os aspectos, contribui para o desenvolvimento integral das crianças, tornando-as felizes e alegres, sensações que as acompanham durante todas as etapas da vida. Através das actividades de animação desenvolvem a criatividade o que lhes permite resolver os seus problemas, exploram o mundo físico, preparando-se para no futuro serem adultos competentes, responsáveis, sociáveis e tolerantes, contribuindo assim para a solidariedade com os outros como pedras essenciais na construção de um mundo mais feliz e justo para todos. É neste contexto que a animação infantil deve desempenhar um papel primordial. Segundo Lopes (2008) o desenvolvimento da Animação infantil surgiu com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma de Animação socioeducativa. Teve como objectivo central complementar as funções atribuídas tradicionalmente à escola, pela via da Educação Não Formal. A acção da Animação na Infância foi traduzida na execução de actividades de carácter lúdico, destinadas a crianças entre os 8 e os 13 anos de idade, as quais se podem desenvolver independentemente ou em articulação com a Educação Formal. Num primeiro momento (anos 70), a Animação Infantil era encarada como um conjunto de actividades que aconteciam no espaço exterior á escola – Educação Não Formal. Estas actividades consistiam em colónias de férias, passeios e visitas de estudo, permitindo às crianças visitarem e conhecerem lugares e regiões diferentes dos seus locais de residência. Deste tipo de actividades resultavam a partilha e a interacção das crianças entre si e com os seus monitores, criando-se assim uma dimensão intergeracional. Em concordância com esta opinião está Jaume Trilla (1998) quando refere que a Animação Infantil tem como primeiro objectivo permitir à criança que possa brincar, mas sobretudo que o faça em condições que lhe permitam o seu desenvolvimento pessoal e em grupo. Actualmente, a escola não é o único agente educativo, pois, também se educa a partir de muitas outras instituições, meios e âmbitos nem sempre reconhecidos como especificamente educativos. Desta forma, a Animação Infantil é vista não só como um conjunto de actividades escolares (Educação Formal), como também um conjunto de actividades que se podem desenvolver independentemente ou em articulação com a escola (Educação Informal e Educação Não Formal). Estas últimas actividades consistem na realização de acções de expressão dramática, plástica, musical, jogo dramático e jogo simbólico. 4/41 fruto de uma interacção resultante da acção). alegria na participação num clima de confiança). Jaume Trilla (1998) é da opinião que seria um erro pensar que a Animação Sociocultural no meio Infantil tenta dar resposta unicamente ao reconhecimento alargado do tempo livre Infantil com o espaço educativo. Jogo dramático. A actividade (geradora de dinâmica. Actividades extracurriculares (Clubes). Passeios. motivação e envolvência para o estudo de matérias consideradas pouco atractivas pois. A socialização (envolvência com os outros). Biblioteca. Expressão musical. Educação Não Formal Educação Formal + Não Formal Importa salientar que é na interacção desta variedade de técnicas que a Animação Socioeducativa pode contribuir para o sucesso da educação formal. participação. A liberdade (fruto de acções sem constrangimento e repressões na procura permanente da liberdade). são óptimos recursos e técnicas de incentivo. que considerem formas inovadoras e processos de aprendizagem estimulando a improvisação e a espontaneidade).Actualidade Actividades escolares: Interdisciplinaridade. Anos 70 Actividades exteriores à escola: Colónias de férias. apesar de a maior parte das actividades 5/41 . Qualquer acção a levar a cabo no domínio da Animação Infantil deve obedecer a princípios que contemplem:  A criatividade (envolvimento em áreas expressivas.      A componente lúdica (prazer na acção. Actividades que se podem desenvolver independentemente ou em articulação com as escolas recorrendo a variadas técnicas: Expressão dramática Expressão plástica. A participação (todos são actores protagonistas de papéis principais). Visitas de estudo. pois é nesta pluralidade/diversidade que encontra espaços de acção. Estimular a participação efectiva e real. Não Formal e Informal). Em suma. podem dirigir-se a grupos específicos ou serem abertas a toda a comunidade. Este tem que ser capaz de estimular a participação activa de todos levando-os a adquirirem um maior dinamismo e desenvolvimento possível. O animador é também um membro do grupo. 6/41 . Dar espaço à imaginação. Resumindo. podemos dizer que é o que estimula espiritualmente. Papel do animador e os diferentes tipos de animação O animador sócio – cultural é o agente que põe em funcionamento. o seu papel no seio do grupo é o de facilitar nele os processos de coesão. esperançado e que possui animação e esta revela-se pela sua vivacidade e entusiasmo. O animador é um ser animado. Valorizar a educação nos seus três âmbitos (Formal. Promover a sociabilização. culturais ou desportivas). de modo a que o conjunto de indivíduos envolvidos possa beneficiar da criatividade de cada um. Fomentar a dimensão intergeracional. vivências ou experiências e tomar posições activas sobre o meio em que se realiza a animação. e tem como função não só procurar a autonomia do mesmo. actividades com finalidades educativas (recreativas. corajoso. socialmente… O Animador tem como função promover e desenvolver. Animador é aquele que assume a responsabilidade de coordenar as tarefas e actividades de um grupo. O seu trabalho técnico apoia-se na relação pessoal com os destinatários. fora do quadro escolar. que facilita e dá continuidade à aplicação dos processos de animação. tomando-as de qualidade e enquadrando-as em função das necessidades e aspirações de todos. Dar espaço à criatividade. como também fomentar o enriquecimento das actividades. a animação sociocultural nesta faixa etária deve assumir um carácter lúdico. Estas actividades têm como objectivo uma educação global e permanente.desenvolvidas serem de carácter educativo possuindo um leque de acções muito distintas. tendo como objectivos principais:        Dar prazer/satisfação à criança. Humilde: Não é detentor de todo o saber. Paz de Espírito: Harmonia. O seu estilo deve basear-se na cooperação e na igualdade. comunitárias e 7/41 . execução e avaliação. tomar iniciativa. Atento: Bom observador da realidade. grupais. Sensato: Lidar com as perdas e erros. Perante o Trabalho Persistente: Não deve recuar ao primeiro problema. em que o animador e os membros do grupo decidem em conjunto o que pretendem empreender. Solidário: Compartilhar e valor pelo ser humano. Perspectiva comunitária. Estimulador do grupo que conduza à sua autonomia e maturidade. estimular as forças colectivas.sociais. Conhecer os sujeitos e a sua realidade. Alegre: Alegria de viver contagiante. Corajoso: Enfrentar os desafios. Criar e descobrir valores nos sujeitos. despertador de consciências. Ser tolerante com as formas de pensar sentir e agir. potencialidades e iniciador de processos sociais Formação Adequada: Deve dominar as técnicas necessárias a todas as fases que compõem o projecto: diagnóstico. antecipar. saber-ser e saber. Negociador: Empatia relacional. Dignidade. Ágil: Habilidade para executar alguma actividade com rapidez e destreza. Facilitador: Mobilizador e optimizador de recursos. social. Ter ordem e método. Realista: Exequibilidade. planificação. afectivo. Interventor social e cultural: Agente de desenvolvimento inicial Inter – relação entre estar. Impulsionar à criatividade e à curiosidade Levar o grupo à auto- saber. Prudente: Evitar atitudes precipitadas. Exemplar: Ético de se comportar na sociedade. Função de relações públicas dentro e fora do grupo. Mediador e catalisador: Deve ter a capacidade de intervir. razão e afecto. Flexível: Adaptar-se a qualquer situação. improvisar. Sociável. Problematizador: Ter sentido crítico e reflexivo. Equilíbrio pessoal: intelectual. Profissional Dialogante: clareza nos propósitos. Confiante: Firmeza e entusiasmo. Auto – consciente. inventar. saber diagnósticar as situações individuais. institucionais. Respeitar o grupo. Interactivo.Perfil do Animador Pessoa Simplicidade: livre de preconceitos. Simpatia: Sentido de humor. Dinâmico: Sempre em movimento e com variedade na intervenções. Perante os Sujeitos Promover a participação activa cívica e democrática de pessoas e grupos rumo ao desenvolvimento pessoal e das comunidades. Paciente e compreensivo. familiares. evoluir. Líder Democrático: grupos ou comunidades. apresentar propostas e sugestões. Deve também ter:       Entusiasmo . Capacidade de organização do espaço. Imparcial: Boa capacidade de abstracção. entusiasta. tolerante.Designar quem realiza as tarefas e as actividades. Uma grande variedade de actividades/jogos. Atitude construtiva – ser positivo. Tornar o grupo: lúcido. crítico.Proporcionar momentos de alegria. actividades. respeitar. a ele compete criar movimento. demonstrar seriedade.Responsável.para motivar as crianças. Estar próximo das pessoas e integra-las. Competências para planificar e preparar os jogos /actividades com antecedência. ser bom comunicador. Empatia . . Capacidade de organizar e gerir. . destemido. comunicador. Gerir colectivamente os conflitos.Ter a capacidade de se modificar conforme as situações que lhe vão aparecendo. aberto. Saber trabalhar em equipa. Para que 8/41 . criativo. Crente e motivado: Trabalhar em projectos que se acredita. comentários positivos. objectivo. tem que intervir. sem exercer qualquer tipo de obrigação ou criar um sentimento de obrigatoriedade. . vida. optimista e ter espírito de adaptação. imaginar. colocar-se no lugar delas. Filosofia: Reconhecer a responsabilidade de estar ao serviço dos outros.Actuar como catalisador que desencadeia e anima processos. alegre. .Saber gerir os recursos humanos e materiais necessários e geri-los de acordo com as necessidades. Abertura: Inovação e criatividade. A figura do animador desempenha um papel central no método da animação. No seu dia-a-dia deve: . despertar. Formação ao longo da vida. O animador deve ser activo. aprendizagem. Conscientizar o grupo de seu valor e potencialidades. O animador trabalha em e para o grupo. .Desempenhar papéis diferenciados. etc. activo. acarinhar. influenciar.para compreender as crianças. Cumpridor e Empenhado. É ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo ou da criança. O saber-saber. deverá uma formação adequada. temos o animador que se dedica essencialmente aos acontecimentos e actividades culturais. ou seja. . Seguindo este fio condutor. Ao animador. Em suma. o sentido crítico da vida e de tudo o que a envolve. reporta-se à metodologia que usa para dar vida ao grupo que anima. diante das mais diferentes situações. ter em atenção os métodos que irá utilizar para atingir os seus objectivos através das actividades predefinidas. refere-se aos conhecimentos que deve possuir para desempenhar convenientemente a sua tarefa. Tendo em conta que a animação socioeducativa/sociocultural abrange várias áreas de intervenção. o conhecimento. a responsabilidade e o crescimento do destinatário. um animador. é constituído pela identidade pessoal. saber ser e saber estar. a responsabilidade. o animador tem também ele mesmo várias áreas de intervenção. Além disso. especialmente quando se trata de pessoas mais carentes ou com alguma limitação física ou psicológica). Através das suas atitudes. logo a sua definição vai ser também muito vaga. e com o decorrer do tempo. O animador é muitas vezes o confidente. É 9/41 . compete dar tempo e espaço para que a vida desabroche nos animados. o conselheiro. que o animador deve ter em conta:    O saber-saber O saber ser O saber-fazer . está ligado à actividade de formação. está presente na animação/acção social. O animador é o indivíduo que deve promover da melhor forma o bem-estar. que pode e deve partilhar e. o animador que abarca as suas actividades ao extra-escolar. podemos dizer que o animador é o pilar central de toda a actividade da animação.O saber-fazer.desempenhe eficazmente as suas funções. torna-se em alguém muito próximo (isto é mais notório. existem três áreas de competências fundamentais. pelas nossas características próprias. . a qual é sempre o reflexo do seu ser e do seu saber. ligado à acção cultural. o animador promove a liberdade. dinamizando deste modo as vidas dos “animados”. o amigo. uma vez que é ele quem assume a responsabilidade de promover a vida do grupo. conforme a área específica do seu desempenho. claro. É reagir de forma assertiva e com uma postura exemplar às situações difíceis. por fim o animador que tem como objectivos as causas sociais. Para que o animador possa desempenhar da melhor maneira as funções que lhes estão determinadas devem ter em conta os conhecimentos que possui. a autonomia.O saber-ser. em que utiliza como meios para a sua actuação suportes de índole recreativo e cultural voltados.” O trabalho do animador sociocultural visa a animação dos tempos livres – ATL – e não a ocupação dos tempos livres – OTL. XX que preconizam para o séc. existem diferentes perfis de Animadores Socioculturais. Este. Podemos. Considerava-se que esta formação deveria incidir no apelo constante à criatividade. afirmar que um animador é um Educador Social que trabalha nos campos: Social.necessário que o animador tenha muita estabilidade afectiva e emocional. o Sabre Fazer e o Aprender a viver juntos (…) Queremos uma animação (…) que valorize o Ser pessoa e que o Ser seja sempre mais importante que o ter (…). mas sim “Com”. ainda. XXI o Ser. actividades interculturais. cinema. que nos processos de aprendizagem e de formação dos Animadores Infantis se deve ter presente a especificidade deste escalão etário. os animadores distribuem-se por uma tipologia muito diversificada e o seu perfil é difícil de definir. Perfil do Animador Sociocultural Infantil Em Portugal. vencer medos e inibições. Nesta faixa etária o animador deve ter uma formação voltada para o âmbito socioeducativo. música. É preciso o animador estar disponível e propor actividades adaptadas ao gosto e desejos dos participantes. para poder desempenhar este papel de disponibilidade e presença. visto tratar-se de uma figura abrangente e ambígua. Cultural e Educativo. no entanto. Embora o trabalho de grupo seja muito importante. deve centrar-se não no produto mas sim no processo. O referido documento manifesta. Se houver uma única que goste muito de fazer uma determinada coisa. Deste modo. Lopes (2008) refere que em 1979 – Ano Internacional da Criança – a Revista “Intervenção nº9” demonstra preocupações constantes sobre o rumo a dar à preparação de Animadores para intervirem junto da Infância. que lhe é exigida. à imaginação e à capacidade expressiva dos animadores. interagir. Como referido em Lopes (2008) “ (…) Que se projecte um sistema educativo de acordo com os quatro pilares da educação criados e defendidos pela UNESCO no séc. o que fazemos? É preciso apoiar e facilitar essa opção. sociabilizar. que passa pela envolvência no sentido de levar as pessoas a: participar. atenção e afecto. dependendo dos vários âmbitos de intervenção de cada Animador (teatro. 10/41 . …). na animação a criança enquanto ser único e distinto é também muito importante. Podemos assim dizer que o Animador não faz “Para”. de forma a estimular as pessoas para o SER e não para o TER. com vista a melhorar o seu desenvolvimento integral. tendo em conta o serviço em que está integrado e as necessidades do grupo e dos indivíduos. Actividades de animação 11/41 .Planear. lúdico. turístico e recreativo. da capacidade expressiva e da vivência colectiva da criança. desportivo.Planear e implementar em conjunto com a equipa técnica multidisciplinar. projectos de intervenção sócio-educativa. em contexto institucional ou na comunidade. Os seus objectivos devem estar direccionados para o desenvolvimento integral da personalidade. situações de risco e áreas de intervenção sob as quais actuar. . Principais actividades do Animador As actividades principais a desempenhar por este técnico são: .Diagnosticar e analisar.  Estabelecer um clima de confiança. .  Quebrar hábitos errados das crianças. Compete ao animador motivar as crianças:  Criando condições que orientem a sua vontade para a participação nas actividades propostas.  Conhecendo-as muito bem. relativas ao grupo alvo e ao seu meio envolvente. para o estímulo da criatividade. promover e avaliar actividades de carácter educativo. organizar. propondo actividades adaptadas aos desejos delas. ajudando-as a vencer os medos ou inseguranças. ajudando-as a melhorar a sua confiança e valorização.fundamentalmente. às necessidades de desenvolvimento assim como aos objectivos por ele delineados. em equipas técnicas multidisciplinares.Elaborar relatórios de actividades desenvolvidas.  Percebendo que a recusa de uma criança revela muitas vezes medo ou insegurança. social.  Utilizando um vocabulário adaptado e apresentando os seus projectos e explorando os seus conteúdos e objectivos. favorecendo o dinamismo. . cultural. todas as pessoas atravessam oito momentos. Para tal. que cada indivíduo molda a sua vida de acordo com as suas experiências. E as crianças também são assim. é fundamental:  Criar lugares e ocasiões de encontro (creche. ou grupos específicos. uma criança necessita de ser estimulada através de um quotidiano rico e diversificado de situações de aprendizagem. temos que 12/41 . é importante saber e constatar que temos necessidade de adquirir novos conhecimentos. Nunca nos devemos contentar apenas com o que adquirimos anteriormente. pode não o ser para outra. é acerca do porquê das actividades nos programas de animação. a criança viverá uma das mais complexas fases do desenvolvimento humano. os adultos ou as crianças reagem de maneira diferente. continuadamente. for fazendo a actualização dos seus conhecimentos. de acordo com as marcas e os conhecimentos que adquiriram ao longo da vida. Para este autor. Normalmente o que faz uma criança se não brincar? Até aos 6 anos. vá acumulando experiências. que levam a que o indivíduo. emocional. que defende. mas também com outras crianças)  Constituir um ponto de partida para depois empreender tarefas de maior amplitude  Criar espaços e lugares para a participação intergeracional. planeadas para desenvolver as linguagens e as emoções e estabelecer os pilares para o pensamento autónomo. nos aspectos intelectual. É evidente. podem ser adaptadas a todas as faixas etárias. familiar e social. Para o mesmo problema. escola. ou seja. A animação apresenta actividades diversificadas que podem servir como complemento para a educação e desenvolvimento de uma criança. com a fase dos porquês e sempre a quererem saber tudo… Todo o desenvolvimento psicológico ocorre sempre num contexto sociocultural. se o indivíduo. Para isso. Erikson baseia-se na teoria psicossocial do desenvolvimento. espicaçar para que as crianças “aumentem” o seu esforço. Como tal. que ao trabalhar com crianças ou com idosos. e isso pode ser um ponto a seu favor. social e motor. jardim. o que nos leva a perceber que nos desenvolvemos em conjunto com o contexto onde nos encontramos inseridos e que o que pode ser importante para uma dada cultura. as suas capacidades e o seu entu siasmo para realizar tarefas de interesse comum. favorecer os contactos humanos e. na medida do possível .A primeira questão que devemos formular. a maior parte das dinâmicas que se utilizam na animação de crianças ou idosos. a animação deve ser intergeracional e não sectária. que será tanto mais rica quanto mais qualificadas forem as condições oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam. Do que se trata é de tentar alternativas contra a passividade e o individualismo. consecutivamente. A animação deve centrar-se sempre. ninguém pode ficar de fora ou estamos a contrariar precisamente aquilo que serve de base à animação. compreende o papel dos adultos. criatividade e à aquisição dum sentido crítico. É através da actividade lúdica que a criança se prepara para a vida. Além de estar a conhecer o mundo. em que as actividades podem promover a auto-imagem. Materiais lúdicos e brinquedos Às vezes. De facto. incitando a uma melhor participação e inserção na comunidade ou no grupo. É dessa forma que ela se estrutura e conhece a realidade. enriquecem e estimulam o desenvolvimento da criança. Ao propor qualquer actividade. cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser social. a auto-estima. idade.ter em consideração o seu grau de autonomia. fantasia. os desejos e os problemas vividos por cada membro do grupo. É importante proporcionar um ambiente rico para a brincadeira e estimular a actividade lúdica no ambiente familiar e escolar. entre outros aspectos que ajudam a moldar as suas vidas. corporal. como adultos. Ela descobre. É a brincar que aprende o que mais ninguém lhe pode ensinar. física ou afectiva. existe uma relação entre o jogo e o material que se vai usar. mas fazer com que elas explorem as diferentes linguagens que a brincadeira possibilita (musical. adaptando os exercícios. etc. escrita). como crianças e. quer seja mental. O acto de brincar pode incorporar valores morais e culturais. aprende a comportar-se e a sentir-se como eles. integrando-se nele. fazendo com que desenvolvam a sua criatividade e imaginação. no jogo utilizam-se alguns elementos que o completam. para começar) o animador tem primeiro que avaliar as condições físicas e psicológicas dos animados e perceber as suas capacidades e motivações. assimilando a cultura do meio em que vive. está-se a conhecer a si mesma. adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir. sempre que necessário. (o que é preciso ter em conta. já que o lúdico conduz à imaginação. A animação pode actuar em todos os campos. Estes elementos podem ser: 13/41 . sobre as necessidades. gestual. Animação Lúdica A criança precisa ter tempo e espaço para brincar. futuramente. lembrando que rico não quer dizer ter brinquedos caros. a cooperação. Assim. pedras. de maneira a que esta não perca a imaginação e não a impeça de se expressar. Estes elementos são os brinquedos. e oferece a cada idade o elemento que mais se ajusta aos interesses e capacidades das pessoas. Nem todos os brinquedos cumprem os seus objectivos nem apresentam as mesmas possibilidades lúdicas e educativas. a partir de materiais quotidianos. Este sistema predomina desde a Antiguidade até à Idade Média. no Egipto. em Roma. entre muitos outros exemplos. como também os adultos. 14/41 . os adultos julgam que no geral. entre outros. na cultura Persa. Jogos como damas e xadrez foram introduzidos em Espanha pela civilização árabe e da Idade Média chegaram-nos os cavalos e cavaleiros feitos de argila. ossos. trapos. é fazer com que o brinquedo seja visto pela criança como um objecto de jogo. cordéis. caixas. quanto menos estruturado e complexo é um brinquedo. folhas. -Existiu um período em que o brinquedo era fabricado em casa e manualmente.-Materiais de natureza tais como a água. jogos de pratos de barro e mármores. estão presentes desde os tempos remotos através da sua estética e dos valores da sociedade. Para que servem os brinquedos? O primeiro objectivo dos brinquedos é conseguir que a criança jogue. bonecas de marfim e jogos de mesa. barro. -Criações artesanais ou industriais especialmente desenhados e confeccionados para um fim. entre outros. maiores são as probabilidades de interacção. -Objectos quotidianos que se transformam automaticamente em brinquedos com a ajuda da imaginação e criatividade da criança: um desses exemplos pode ser o facto de uma vassoura se converter num cavalo. A evolução dos brinquedos através do tempo Os brinquedos estão directamente ligados ao universo infantil. encontram-se pequenas figuras de pedra ou de barro. se divirta. tais como cortiças. na Grécia. Entre outros aspectos. a terra. -Objectos e materiais variados destinados a ser usados como objectos lúdicos. bonecas de trapo e esferas de papiro. Os brinquedos acompanham não só as crianças e adolescentes. O brinquedo faz com que a criança se entretenha. também segundo os aspectos da personalidade que desenvolvem. a metade das quais são pequenas empresas com menos de dez trabalhadores.Sensorial ou de desenvolvimento da criatividade Este tipo de brinquedos facilita o conhecimento e domínio do próprio corpo e ajuda a criança desde a primeira infância a entrar em contacto com o que a rodeia a partir da estimulação dos sentidos. bijutaria. -Com a fabricação industrial dos brinquedos. Em seguida. os jogos de pinturas. classificam-se algumas delas: Segundo a idade A maioria dos catálogos de brinquedos baseia a sua classificação na idade de quem o usa. etc. Aparecem soldados de ligação do séc. XIII. entre outros. criações de moda.-O segundo período de fabricação artesanal e manufactura. incorpora-se um terceiro período e o actual. É na metade do séc. outras baseadas no tipo de jogo que proporcionam. são os brinquedos que são elaborados para vender. motricidade. Existem classificações concentradas no brinquedo. também surgem bonecas de madeira e posteriormente de porcelana. Jogos tais como: moldar plasticina. . Todos os fabricantes são obrigados a indicar de forma visível em etiquetas. aparecem brinquedos de lata e em muitos casos com mecanismos incorporados que deram lugar aos autómatos. cognitiva social ou emocional. Classificação dos brinquedos Existem várias formas de classificar os brinquedos. comportando uma fabricação industrial de grande escala. XX quando se generaliza o acesso aos brinquedos por parte das crianças nas sociedades industrializadas. chamados agora.Motricidade ou de desenvolvimento da mesma 15/41 . Espanha é um dos países pioneiros na indústria de brinquedos com uma larga tradição de indústrias concentradas em Alicante e Valência. os brinquedos tecnológicos. outras segundo o seu valor educativo. O acesso generalizado aos brinquedos traduz-se no desenvolvimento da fabricação industrial. . a idade mínima de referência a que o seu produto se destina. com a seguinte frase: “Brinquedo recomendado a partir de… anos” Segundo o âmbito de desenvolvimento que fomentam A variável em que se baseia esta classificação é: sensorial. favorecendo o descobrimento e o prazer de novas sensações. maquilhagem ou até mesmo os jogos de disfarce. outras que se apoiam na etapa evolutiva. cavalos e bonecas de cartão. Mais à frente. desejos. jogos de linguagem. -Motricidade fina e habilidade manual: yo-yos. no raciocínio. também os jogos desportivos. ganhando destreza. lojas. etc. na lógica. etc. coordenação. Formam parte desta tipologia todos os brinquedos que colaboram com jogo simbólico: bonecas e bonecos. entre outros. exercitada através dos jogos. favorecendo o intercâmbio de ideias. promovem a expressão e manifestação de sentimentos. cordas. experimentando diferentes papéis que ajudam a configurar a própria personalidade. triciclos. materiais ou experiências. hospitais. cozinhas…). jogos de perguntas e respostas. diz que a prática melhora qualquer habilidade de maneira a que haja uma forma estupenda de dominar o próprio corpo. jogos de cartas. permitem representar e imaginar diversas situações do mundo adulto. Este âmbito pode dividir-se em motricidade global (coordenação de movimentos de todo o corpo) e motricidade fina (exercitação precisa das mãos e dedos). medos e emoções. entre outros. montar e desmontar. malabares. Também os brinquedos que requerem acordos entre diferentes jogadores ajudam na assimilação de normas sociais. veículos.Outro tipo de jogos como os de peluche. no respeito pelos outros e na aceitação de regras.A experiência. equilíbrio. escolas. -Motricidade global: bicicletas. Brinquedos de construção. dominós. na atenção. garagens. bolas.Os disfarces e as representações em miniaturas de elementos do mundo real (carros. recortar. Cognitivos ou de desenvolvimento da inteligência Estes brinquedos ajudam no desenvolvimento intelectual. Desenvolvimento afectivo e emocional O jogo é uma actividade que deve proporcionar prazer. permita à criança que se expresse livremente e a descarregar tensões. . construções. etc. tecer e tricotar ou vestir os vestidos às bonecas. associações. A participação de mais do que um jogador. alegria e satisfação. Assim como os brinquedos de coser. cozinhas. são alguns exemplos de jogos relacionados com a cognição e de desenvolvimento da inteligência.. patins. no domínio da linguagem. garantido um equilíbrio emocional e afectivo são: . disfarces. Relação social ou de desenvolvimento da sociabilidade São brinquedos que favorecem as relações entre as pessoas. conceitos que integram todos os aspectos básicos das relações interpessoais. de mesa entre outros. fantoches. miniaturas. 16/41 . as bonecas ou as figuras de acção. como puzzles. ajuda a criança a relacionar-se com os outros e a comunicar. através da sua forma e do jogo que compõem. Porquê fomentar que as capacidades como a audácia. educado e cultural. o que interessa é considerar espontâneo e inato algo que é aprendido.Por outro lado. Normalmente levam a cabo esta construção a partir da imitação dos modelos que têm por perto (a mãe. nem forçar nada a ninguém. deve-se ter em conta que as crianças jogam e reproduzem aquilo que vêm. Os desafios que lhes propõem jogos como quebra-cabeças. o sentido da estética ou mesmo a ternura. as amizades. jogos de habilidade ou de mesa. ao dizer que as bonecas são para as meninas e os bonecos para os meninos. atitudes de respeito para com os outros. o/a educador/a e também através da televisão). 17/41 . se elas assim o desejarem. ou as que são pouco respeitosas. e portanto. que é a base da auto-estima. As mensagens sexistas e violentas. favorecem a experimentação do êxito pessoal e social. o pai. vão construindo a sua identidade de acordo com a cultura que lhes é transmitida. podem ser representadas através de objectos que estão destinados ao jogo. reproduzir e representar as actividades de desenvolvimento dos adultos que as rodeiam. de facto. Se aprenderem isso naturalmente. a criança desenvolver-se-á sem ideias de sexismo. O Jogo Sexista Podem-se afirmar que não existem brinquedos sexistas. e assim. O brinquedo como transmissor de valores Os brinquedos são representações em miniatura do mundo real. evitando todos aqueles que transmitam valores não recomendáveis para a sua formação. a valentia e a iniciativa. sendo que o adulto é que pode converter o brinquedo em algo sexista. as crianças gostam de se colocar sobre aprovação. No entanto. É dever dos adultos facilitar às crianças brinquedos que transmitam. não aquilo que lhes é dito que está bem ou não. à educação das crianças. Porque não permitir que os meninos ensaiem e exercitem atitudes como a sensibilidade. são estimulados nos jogos dirigidos a rapazes? Eles são também património das meninas. se não lhe for dito que isso é das meninas ou vice-versa. nem tão pouco proibir. através de jogos considerados tradicionalmente de meninas? Não se trata de impor nada. que brindam as crianças com a possibilidade de imitar. que os próprios pais compram. Do mesmo modo. Por outro lado. Assim. O importante é oferecer-lhes padrões e modelos novos de relação entre géneros. que quando uma criança não tem armas para jogar. e que por vezes nem sabem o que nele contém. ou seja. é conveniente reflectir sobre os brinquedos que suscitam estes jogos. e deixar a dualidade tradicional «isto é das meninas e isto dos meninos». servindo para se libertar da agressividade natural. nas escolas. É indiscutível que todas as crianças têm uma carga de agressividade que é necessária exteriorizar e canalizar. de parte. experimentar e comprovar vivencialmente o quão atractivas podem resultar estas novas actividades. inventa-as convertendo por exemplo. proporcionando uma eficaz válvula de escape a essa energia interior. Seria convincente fomentar o desejo nos pequenos. Os jogos sexistas não existem: é a forma como se usam e o papel que o adulto lhes atribui convertendo-os em sexistas. o cabo de uma vassoura numa espada. os meninos podem brincar com bonecas e as meninas com carros. Também temos que tomar consciência que muitas das imagens violentas a que as crianças assistem também se devem ao faço dos jogos de consola. ou até mesmo o próprio dedo numa pistola. Não há dúvida que as brincadeiras violentas servem de meio para uma conduta violenta. Com recurso a este tipo de jogo. Os brinquedos e os jogos violentos Existem argumentos científicos que defendem a ideia de que o jogo e o brinquedo canalizam a violência e a agressividade. por exemplo. assim como a curiosidade pelo desconhecido. É igualmente importante que os brinquedos sejam jogados por ambos os géneros. Existem muitas maneiras de faze-lo sem que isso implique participar num jogo violento. é certo. onde a igualdade de direitos e oportunidades seja ensinada e estimulada. são influenciáveis na sua conduta. Também é de referir que é preferível a criança criar as suas armas com objectos quotidianos. assumem as suas vivências nas suas próprias casas. que brincar com armas que mesmo sendo de brincar. corre-se o risco de que esta seja a única estratégia que a criança tem para resolver conflitos em situações reais. o novo. 18/41 . nas ruas e reproduzem-nas fielmente. de romper barreiras. interiorizam a valorização que estes ensinamentos adquirem na sua sociedade.As crianças imitam vias de conduta através dos adultos. É exagerada a obtenção 19/41 . para que possam ser feitos outros novos através de material já usado. O excesso de brinquedos provoca a indiferença da criança. levam alguns consumidores responsáveis a preocuparem-se pela forma como estes são fabricados. por vezes não corresponde às necessidades que de facto a criança pode ter. é importante evitar por parte dos adultos uma rejeição radical pelo brinquedo. -Reutilizar os brinquedos dando a familiares e amigos. e uma grande parte desses materiais é feito de plástico. Os brinquedos e a publicidade O bombardeamento publicitário que liga o mundo infantil e familiar através dos meios de comunicação de massas. mantendo assim uma atitude solidária. provoca nas crianças uma manipulação que em muitos casos. Assim.Apesar destes argumentos. para que as mesmas o depreendam dessa forma. A grande quantidade de brinquedos elaborados pela nossa sociedade de consumo supõe um impacto meio-ambiental importante. brinquedos de funcionamento complicado. brinquedos delicados que restringem a acção. são requeridos pelas crianças e comprados pelos adultos. os brinquedos que só servem para observar. O consumo solidário As condições de trabalho que existe nalguns dos países onde se fabricam muitos brinquedos. e tentar evitar as proibições severas. jogos que tenham modelos pacíficos de brincadeira saudável. brinquedos não adequados à sua idade. oferecendo-os a quem lhe dê utilidade. que podem alimentar caprichos e curiosidades maliciosas (o fruto proibido). -Reduzir o consumo de brinquedos desnecessários. brinquedos que alimentam e exercitam valores não desejados. O consumo sustentável Nem sempre os melhores brinquedos são adquiridos em lojas. É necessário transmitir aos pais das crianças hábitos de consumo sustentável em pró de uma consciência de respeito em torno dele mesmo. Existem peritos que recomendam oferecer às crianças. segundo a regra dos três R’s: -Reciclar os brinquedos. o desejo de se ter aquilo que se anuncia. Orientar a atenção das crianças para os elementos novos da tarefa a aprender. Além disso. enriquece e estimula a imaginação das crianças. Fomentar a participação das crianças. Um adulto. Por isso. Relacionar os conhecimentos e as habilidades a adquirir com os já adquiridos. e no Natal. Dar-se-ão também conta de que a publicidade pode ser enganosa. ao brincar com uma criança. despertando ideias. Estes princípios básicos são um esforço de conciliação entre as várias teorias. é necessário que pais e professores se unam e se informem. questionando-as para que elas próprias procurem soluções para os problemas que surjam. O sujeito motivado está disposto a dispensar esforços para alcançar os seus objectivos. Tão pouco é conveniente comprar todos os brinquedos que as crianças pedem sem selecciona-los. Motivar será o processo de incentivar. procurando estimular as crianças e servir de modelo. desencadeador de impulsos internos da criança. O brincar com alguém reforça os laços afectivos. A participação do adulto na brincadeira eleva o nível de interesse. está-lhe a fazer uma demonstração do seu amor. 20/41 . e juntos possam avaliar que existem muitos outros jogos que normalmente não aparecem nas televisões ou revistas. O Papel dos Adultos O adulto pode (e deve) estimular a imaginação das crianças.de brinquedos em grande quantidade como ocorre em festas de aniversário. ajuda-as a crescer. A importância da motivação no desenvolvimento de actividades A motivação é o processo que se desenvolve no interior do indivíduo e que o impulsiona a agir mental e fisicamente. brincar com elas. de forma de levá-la a interessar-se pela participação nas actividades de animação propostas pelo animador. e que são muito úteis. As novas perspectivas sintetizam uma série de princípios psicopedagógicos comuns a todas as tarefas de ensino-aprendizagem e chamam a atenção para a existência de diferentes tipos de aprendizagem consoante a natureza da tarefa a aprender. funcionando também como estratégias de motivação:     Estabelecer a ideia de conjunto da tarefa a aprender. convém espaçar a oferta de brinquedos durante o ano todo. a fim de permitir que se responsabilizem pela sua própria aprendizagem. será necessário utilizar técnicas que exijam menor atenção e implicação pessoal. SEGUNDO AS CARACTERISTICAS DOS MEMBROS DO GRUPO . Criar um clima afectivo conducente à aprendizagem. Dar feedback desenvolvendo nas crianças a capacidade de se auto-avaliarem. SEGUNDO A MATURIDADE DO GRUPO Quanto menos maturidade tiver o grupo.  Criar condições que desenvolvam a capacidade de transferência de conhecimentos e habilidades para novas situações.Interesses . TÉCNICAS E ACTIVIDADES    Critérios Para a Selecção das Técnicas SEGUNDO OS OBJECTIVOS Existem técnicas para: • • • • • Promover a participação.Necessidades SEGUNDO A CAPACIDADE DO ANIMADOR As técnicas exigem conhecimento teórico e experiência. Tomada de decisões. mas retirar progressivamente essa orientação. Desenvolver a criatividade. Facilitar a compreensão vivencial de uma situação. Estimular as atitudes positivas.Personalidade .Qualidades Humanas 21/41 . Nos primeiros momentos da aprendizagem orientar as crianças.Sexo .Idade . SEGUNDO O TAMANHO DO GRUPO Existem actividades mais adequadas para grupos pequenos e outras para grupos maiores. . Avaliar as aprendizagens das crianças e a eficácia do desempenho do educador/animador. Por interagirem e se influenciarem mutuamente. Nas crianças isto é ainda mais notório. dos indivíduos entre si. as finalidades. mas poucas vezes paramos para observar o que está a acontecer num grupo e reconhecer qual é o nosso comportamento grupal. desenvolvimento. mas sim estas e os seus objectivos. O Homem é um ser social. têm o seu estilo próprio de comunicação. como as escolas. relações. e estes são usados para nos definirmos. os grupos desenvolvem vários processos dinâmicos que os separam de um conjunto aleatório de indivíduos. que não é só um conjunto de pessoas. OS Grupos podem ser classificados como sendo de REFERÊNCIA E DE PERTENÇA. um grupo são duas ou mais pessoas que estão mutuamente conectadas por relacionamentos sociais. Membros e grupos são indissociáveis e não existem dois grupos iguais. 22/41 . As dinâmicas de grupo são uma ferramenta de estudo de grupos e também um termo geral para processos de grupo. Em psicologia e sociologia. desaprovam quem desrespeite as suas regras e desenvolvem sistemas de hierarquização. devido a problemas de relacionamento. Ser membro de um grupo é uma relação de influência recíproca entre um indivíduo e o grupo. e também do grupo com outros grupos. exigindo uma grande interdependência. O campo da dinâmica de grupo preocupa-se fundamentalmente com o comportamento de pequenos grupos e um conjunto de outros indivíduos. A dinâmica de grupos estuda o funcionamento do grupo. Os membros de um grupo têm objectivos comuns. por vezes a integração não acontece de forma perfeita. As pessoas passam a maior parte do tempo em grupo.Adaptação ao grupo Técnicas de animação de grupos Segundo estudos. Todas as pessoas pertencem a grupos. A maioria das nossas actividades são realizadas em grupo. a coexistência é a estrutura das relações humanas. necessidade de pertencer. etc. instituições sociais e até o trabalho. reconhecem quem pertence ou não ao grupo. os interessses. que acontecem onde existe mais de uma pessoa..Criatividade . influência social e efeitos sobre o comportamento. No entanto. nascemos e vivemos em pequenos grupos mas a educação e a socialização normalmente ocorre em grupos maiores. Estes processos incluem normas. clubes. o comportamento do indivíduo é diferente quando está sozinho e quando está acompanhado. papéis sociais. A dinâmica de grupos pretende criar um clima de relações verdadeiramente humanas do indivíduo com o grupo e vice-versa. Sem comunicação não é possível fazer qualquer avanço. de acordo com os objectivos que se pretendam alcançar. “Eu uso este estilo porque o tipo dos Morangos também usa”. mas podemos adquiri-la através da vivência e da convivência. quero ser como eles…” Em suma um grupo é um conjunto de indivíduos que partilham os mesmos valores. colagens. Estas são instrumentos de ajuda para conseguir o que nos propomos. Técnicas grupais de participação/cooperação 23/41 . mas este influencia as suas atitudes. necessitando da ajuda dos demais. Na primeira vez há sempre nervosismo. Devemos ter sempre presente que somos um SER para os demais. O clima afectivosocial que se cria nas primeiras sessões é fundamental e definitivo na futura marcha do grupo.Grupo de pertença: Pertence-se a um grupo. Técnicas de animação Existem diferentes técnicas que permitem animar os grupos. teatro. Estas técnicas permitem a integração no seio do grupo. “Aquele grupo é uma referência para mim. Dinamizar uma comunidade exige um grande esforço criativo por parte do animador. que depende dos demais e que está feito para os demais. porém esse algo nem sempre aparece claro nas nossas actuações. por isso estas actividades para além da dinamização têm que apostar na comunicação. mas sim se a globalidade dos membros desse grupo nos reconhecer como um dos seus. não só por o dizermos. Disto temos muito pouca consciência. utilizando áudio-visuais. mas não existem técnicas infalíveis que resolvam todos os problemas. assim como sensibilizam os membros para os valores de cada membro. Técnicas de sensibilização e integração grupal Destinada a todas as pessoas que se integram como novos membros na vida de um grupo. o que acontece quando respeitamos todas as normas e regras desse grupo. um SER em relação. música. ansiedade e insegurança. posters. etc. Técnicas grupais de dinamização e comunicação Todos nós nos movemos motivadas por algo. Grupo de referência: O sujeito não pertence ao grupo. que têm objectivos comuns e em que todos interactuam para alcançar esses objectivos. desprender-nos do individualismo que tem minado as relações humanas. que promovam a sua autonomia e qualidade de vida. da participação dos membros. avaliar o clima social do grupo. hábitos. imaginativa e capaz de improvisar. Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) O que é o PDI? É um instrumento que visa os serviços prestados ao cliente. a insegurança pessoal. é o melhor termómetro para indicar como temos caminhado. Técnicas grupais de avaliação de aprendizagens e da vida intra-grupal A avaliação do grupo. Objectivos Conhecer o utente e definir áreas de intervenção a desenvolver de acordo com as suas necessidades e vivências. a passividade e a comodidade. buscando novas alternativas para o grupo. este poderá ser realizado como forma de construir um projecto de desenvolvimento para cada uma das crianças. Participar com os demais é sempre uma renúncia à opinião pessoal em favor do bem do grupo. que tipo de dificuldades surgiram e como é que se resolveram. A avaliação da vida do grupo e de cada um dos seus membros. na medida em que este é um ser único e individual. interesses e expectativas. Podem avaliar-se os conhecimentos apreendidos e também o clima social na vida interna do grupo.Implica maturidade nas relações humanas no grupo. hábitos. Elaboração do PDI A elaboração do PDI deve ser adequada às necessidades. confidencialidade e privacidade. 24/41 . das atitudes e dos interesses demonstrados em todas as actividades que se executaram. sendo por isso necessário. respeitando o seu projecto de vida. ou seja. inibe muitas vezes. Deve-se lutar contra o conformismo. gostos. O temor do ridículo. para que sejam capazes de colaborar em assuntos comuns mesmo que as opiniões sejam diferentes. No caso das crianças. Técnicas grupais para o desenvolvimento da criatividade A criatividade exige abertura à novidade. O animador deve ser uma pessoa criativa. da sua integração. É o papel desta técnicas desenvolver a criatividade e a imaginação. uma dramatização.  O seu desgaste. a participação num jogo. Várias técnicas de animação 25/41 .  E o número suficiente de material face ao grupo. pelo que se deve ter em conta: • A idade do grupo a quem se destina. Tempo – A duração das actividades deve ser prevista antecipadamente de modo a que se ajuste às necessidades do grupo. aquando do momento de reflexão que o grupo deve fazer periodicamente. A planificação de actividades deve ser flexível de modo a proporcionar reestruturações ou até reorientação sempre que necessário. ao trabalho e aos conteúdos. • O tempo disponível para a sua execução. • Todos os recursos exigidos e disponíveis. para concretizar um ou vários objectivos. às suas capacidades. para ocupar positivamente um determinado período de tempo. Material – Para a realização de qualquer actividade é necessário material para a executar. etc. • O material que a actividade exige. Devem ser sempre escolhidas em função das pessoas e não do educador.  O grau de perigosidade. Esta poderá ser a leitura de uma história. ao material a usar e à idade dos membros do grupo.  A sua manipulação.  A idade de quem o vai usar. mediante os obstáculos ou dificuldades encontradas. • Os objectivos a que nos propomos. a realização de uma pintura. As actividades não são mais do que estratégias para se trabalhar /ensinar um assunto. a visualização de um filme.Actividade – É a estratégia escolhida para expor ou vivificar um determinado tema. Logo devemos ter em conta:  O tipo de material. • Onde vão decorrer os trabalhos. • Os interesses desse grupo. Dar as mãos às mais inibidas e ajudá-las a movimentarem-se ao ritmo da música. para que.Existem várias técnicas de animação capazes de proporcionar o desenvolvimento integral das crianças. Desde o princípio deve ir aprendendo que as pessoas são diferentes.Dar a mão à criança para a auxiliar nos primeiros passos descontrolados que der e estimulá-la a apoiar cada pé devagar no chão. oferecer à criança um brinquedo atado a uma corda. distribuir e canalizar a energia para actividades que exercitam e mexem com o corpo: ginástica. cor do cabelo. se trabalham através de actividades de animação. é importante que vá adquirindo consciência das potencialidades motoras que lhe oferece o seu corpo. etc. será através dele e do movimento que. Andar arrastando um brinquedo . Exemplos de actividades que podem ser dinamizadas: Dançar . Dar passos com ajuda . evidentemente. O educador ajudará a arrastá-lo. Dado que o jogo é a actividade por excelência nesta fase. dancem livremente. bem como das limitações que ele mesmo tem. Andar transportando objectos .Em posição de pé. jogos rítmicos. da cadeira para a mesa. sensorial. mas que todas devem ser respeitadas e aceites por igual (o educador deve vigiar para que em nenhum momento apareçam indícios de discriminação). outras incidem mais no desenvolvimento sensitivo como é o caso das actividade de expressão plástica e outras poderão desenvolver a criança a nível físico/motor.) e formando uma imagem positiva do seu corpo. mental e social. enquanto a criança anda. altura. 26/41 . dança. a criança irá adquirindo tanto o conhecimento e o controlo do seu corpo como os restantes aspectos da sua personalidade que se incluem nos diferentes âmbitos de experiência destas fases e que. etc. Desenvolvimento físico e movimento – Expressão corporal Neste âmbito de experiência a acção educativa estimulará a criança a que vá conhecendo o seu corpo. com mais facilidade. Por outro lado. nomeadamente as técnicas de expressão corporal. umas têm maior incidência no desenvolvimento fisco/motor.Enquanto a criança está de pé. entregar-lhe um pequeno objecto e pedir que lho leve até um local próximo (de uma cadeira para outra. mímica. imitando o educador. que ela deve agarrar com a mão.). como é exemplo a expressão dramática. O objectivo é experimentar os sentidos.Pôr às crianças música de diferentes ritmos do folclore popular. etc. identificando progressivamente as suas qualidades (género. com um instrumento suave (marcador grosso. sempre a imitar. guiando-lhes a mão nas voltas. as crianças devem ser ajudadas. 27/41 . Após repetidos ensaios sem que receba ajuda. Repetindo. cartolinas. etc). O educador dará a mão à criança para que esta. Noutros momentos. Mostrar-lhe como se encaixam e pedir que seja ela a fazêlo. que depositarão num cesto. pedir-lhe que suba os degraus para ir conseguindo chegar aos diversos objectos que antes foram colocados no 1º. Subir as escadas a gatinhar ou em pé com apoio – Colocar a criança junto da escada e.Estender papel contínuo no chão e. lápis de cera. aprenderão a enroscar com uma mão enquanto com a outra seguram no parafuso ou a garrafa. Ensinar-lhes como se abrem e estimulá-las a que sejam elas a fazê-lo e a meter objectos nos recipientes. realizará a mesma acção com o outro pé. Em seguida. Pouco a pouco. Rasgar e colar . imitando o educador.Descer escadas exige maior equilíbrio postural. mostrar às crianças como fazer garatujas. criando assim uma obra vistosa.Lançar bolas . aumentar o número de encaixes em cada placa. para que. Usando o indicador e o polegar em jeito de pinça. etc. Enroscar – Oferecer às crianças parafusos gigantes de plástico ou garrafas de água vazias. ambos descerão a escada degrau a degrau. ensiná-las a apanhar os pedacinhos de papel que estão no cesto e a colá-los num suporte impregnado de cola. imitando o educador. papel de jornal.Entregar às crianças pedaços de papel de seda para que. Fazer garatujas (rabiscos) . 2º. prestando as ajudas necessárias. diminuir as ajudas. Pedir que as façam sozinhas. imitando o educador. em posição de gatinhar ou em pé. plástico. Abrir e fechar recipientes – Pôr à disposição das crianças caixas e recipientes de cartão. Amarrotar – Entregar às crianças pedaços de papel. degraus. Encaixar figuras – Oferecer à criança placas perfuradas nas quais possa encaixar duas figuras ou formas geométricas. os rasguem fazendo pedaços pequenos. diminuir a grossura das folhas. madeira. No início. ajudando e segurando na mão daquelas que não se decidam. prestando-lhe muita ajuda de início. giz). Observando o educador. Progressivamente. Passar folhas – Oferecer às crianças histórias pequenas com folhas grossas de cartão. Descer escadas . utilizar um tipo de suporte diferente (encerado. Ensinar-lhes como devem passar as folhas para ver as imagens. 3º…….Em posição de pé. oferecer à criança uma pequena bola para que a lance para a frente. os amarrotem formando grandes bolas que serão guardadas num cesto. coloque um pé no degrau inferior mais próximo. papel. Desenvolvimento dramática/musical As crianças são chamadas a participar em todas as fases de uma peça de teatro: a criação de um argumento. papel contínuo de cor branca. experiências com utensílios do quotidianos). Elogiar as criações e deixar os frisos a adornar a sala. a distribuição dos papeis. furar balões. cartolina. Jardinagem – Permitir às crianças explorar a terra e em simultâneo compreenderem como as plantas vivem. giz. a elaboração do guarda-roupa. tais como molduras. (…) Desenvolvimento sensorial e exploração do mundo – Expressão plástica As crianças irão estabelecer contacto com diferentes materiais e texturas (gesso. marcadores. Vários: Passeios temáticos. realização de jogos populares (saltar à corda.. fantoches. quadros.Colocar no chão ou na parede. à altura das crianças. a fala. massas de cor. entre outras. O esforço em manter a criança intelectualmente activa e corporalmente passiva implica uma atenção especial. plasticina. A necessidade de actividade física e jogo espontâneo nesta fase de emocional e representação mental – Expressão 28/41 . tecido. ciência divertida (magia.Estampagem (com batatas.Visitas à comunidade (verem alguma actividade que não seja comum para a maioria das crianças . cujas aplicações tão distintas serão convertidas em objectos divertidos e úteis. e muito mais.ver a fazer pão. «tinta de dedos». . etc). . . rolhas de cortiça. os gestos. para que destaquem melhor os traços.. cartão.) – dar às crianças vários tipos de estampagem e ajuda-las a fazerem criações em várias folhar ou numa de tamanho gigante. a mímica. esponjas. pasta de papel. álbuns. etc). ímanes.Oferecer às crianças diversos instrumentos grossos e de cores: ceras macias. a construção do cenário. Guiar a mão das que não queiram fazê-lo espontaneamente. Exemplos de actividades que podem ser dinamizadas: Realizar pequenas obras plásticas . a exploração das personagens. por exemplo).De início. culinária (confecção do bolo de aniversário sempre que uma das crianças faça anos). moldar. . madeira. máscaras. por exemplo. etc. pedir que imitem o educador e façam garatujas ou linhas verticais. montagem de puzzles). algodão.Modelagem: barro. “obrigando-as” as cuidar cada uma da sua planta. actividades na mesa (construção com legos. produtos de higiene. evitando os demasiado fortes. contribuindo desta forma para o desenvolvimento integral do indivíduo. colónia. como doce. . com agrado ou com rejeição. pela forma como controla o seu corpo. deve ter-se a preocupação de lhes oferecer materiais variados de diferentes texturas: macios (balões pouco cheios algodão. com um conteúdo positivo para ela. tecido de serapilheira). . vaca). pai. limão. Enquanto a criança contempla as imagens. gato. pêra) ou ácidos (laranja. se não mesmo decisiva na delimitação de hábitos saudáveis para uma vida activa. Estimulação sensorial do olfacto .).Gravar vozes de pessoas próximas da criança (mãe. revela o seu desenvolvimento físico. auxiliar de educação . as crianças já ingerem todo o tipo de alimentos. o corpo assume um papel preponderante como principal instrumento dessa expressão. duros (blocos de madeira. Accionar o gravador e comprovar se manifesta alguma reacção ao ouvir as vozes e se as identifica. Devemos habituá-las a uma grande gama de cheiros.As crianças reagem a cheiros conhecidos (a comida. guia o seu grafismo e executa certos trabalhos. Ajudar a que.A partir dos 2 anos. . que possam produzir alguma irritação na pituitária. amargo. o adulto emite a onomatopeia correspondente. tijolo de plástico). Não se trata de saberem a qualidade táctil dos materiais.Preparar. mas o corpo no seu todo. mas sim de se irem apercebendo das diferentes texturas. os pais.Nos jogos e actividades que as crianças diariamente realizam. lisos (papéis de todo o tipo). A educação artística exige não só a cabeça. sumo de laranja.As frutas são-lhes dadas em pedacinhos. plasticina). através da sua capacidade de coordenação visual e motriz. Partindo da ideia de que através das actividades artísticas se proporciona a comunicação e a expressão. pouco a pouco. médicos. rugosos (cartões canelados. Para além de serem necessárias e saudáveis nesta idade.). Estimulação sensorial do ouvido . Estimulação sensorial do gosto . em frascos. O trabalho criativo realizado pela criança. são poderosos estimulantes graças a seus variadíssimos sabores doces (banana.desenvolvimento [na infância] é crucial. produtos que tenham cheiros peculiares: vinagre.Mostrar livros com imagens de animais (cão. etc. para evitar que se engasguem. Por exemplo: dar-lhes uma colherzinha de algum alimento conhecido da criança e pedir-lhe que identifiquem o sabor. a estimulação do gosto consistirá e proporcionar-lhes sabores muito diferenciados. etc. a diferentes temperaturas e com distintas consistências. etc. morango). 29/41 . Portanto. etc. os vão identificando Estimulação sensorial do tacto . para que sigam os movimentos desses objectos com o olhar. objectos a uma certa altura. pouco a pouco. mesa. para que os emparelhem. com uma corda.Estimulação sensorial da visão .As crianças gostam muito das canções ou lengalengas acompanhadas de gestos e movimentos simples. que o educador. se possível calma. ATELIERS A programação dos ateliers procura a integração e o desenvolvimento das crianças em diferentes áreas: Ateliers e actividades grupais:  Histórias Enfeitadas (teatro de fantoches. para que as crianças procurem o reflexo na parede. .Visualização de filmes . Fazer com que oscilem como um pêndulo (bolas brilhantes). irão tentar imitar os gestos e. lhes cantará ou recitará.Lançar feixes de luz breves e intermitentes com uma lanterna. chupeta) e «fotos» desses mesmos objectos. . a pronúncia dos sons finais das palavras e da palavra final de cada verso . ou em forma circular (avião com motor). após a realização de uma actividade motora e sempre que o educador julgue oportuno. contos através de objectos e através de imagens)  Atelier de Artes Plásticas (decoração de objectos com colagens e pinturas em relevo)  Atelier de Esponjas Mágicas (construções com colagem de esponjas mágicas e coloridas)  Jogo Humano (jogo de equipas onde as crianças são os próprios peões.Realização de Karaoke para crianças com musicas que elas conheçam e adoram. 30/41 .Pendurar. posteriormente.Apresentar desenhos de objectos de uso habitual realizados em cartolina (bola. . depois das refeições. tendo de realizar diferentes tarefas para alcançar a meta)  Danças com coreografias diversas  Pinturas Faciais  Caça ao tesouro as crianças adoram revirar o parque ou o jardim à procura de pequenos tesouros em forma de guloseimas. pois é a que mais costuma agradar às crianças. para pôr fragmentos de música clássica.Imitar canções (Expressão musical) .Aproveitar os momentos de descontracção. . boneca. no início. a reconhecer os alimentos e as suas propriedades.  Os filmes: altura para o visionamento de um filme cuidadosamente escolhido em função do seu conteúdo lúdico-didáctico e das preferências das crianças. adereços e vestuário)  Escultura de Balões (cães.  Hora do faz-de-conta: aqui as crianças podem ser o que quiserem. bebidas coloridas. o enredo e as características das personagens. 31/41 . modelação de cabelos e adereços)  Aprendizes de culinária: as crianças poderão ter oportunidade de aprender como utilizar alguns utensílios de cozinha.  Corpo Humano: mostrar como se constitui a pele. os pés). faz-se maquilhagem e pinturas. Os diferentes géneros musicais. criam-se trajes e adereços. a boca.  Foto-mania: contar uma história por meio de imagens.  Momentos musicais: aprender os sons. Os cuidados de higiene e alimentação. Entre monstros e fadas. Os nossos instrumentos (sons que fazem as mãos. de reflectir sobre os significados. as ferramentas e muito mais curiosidades sobre este tema. higiene e cuidados de saúde. no qual se estimula a elaboração de desenho e pintura livre ou orientada para determinado tema.  Jardinagem: as diferentes espécies. o seu tratamento. Construção de instrumentos com diferentes materiais.  Riscos e rabiscos: um momento criativo. super-sandwiches. a plantação. decoração de bolos)  Educação ambiental: conhecer os recursos da terra. trancinhas e totós e enfeitam-se as unhas das meninas. reis e rainhas. Recolher fotografias sobre um tema será um desafio para as crianças. sobremesas deliciosas.  Os animais nossos amigos: aprender sobre as características e hábitos dos animais domésticos e selvagens. Técnicas de reciclagem e bons hábitos de defesa do ambiente. flores e espadas são um sucesso garantido junto de todas as crianças)  Festa temáticas (caracterização dos participantes através de pinturas faciais. o calendário.  Conto um conto: o gosto pela leitura surge muitas vezes através da arte de saber contar uma história seja ela fantasia ou realidade. penteados radicais. Princesas e Piratas (as crianças são caracterizadas de princesas e piratas através de pinturas. de reinventar as histórias. a sua importância e aproveitamento. e a realizarem e criarem algumas receitas (bolachas artesanais. saladas. o esqueleto. os órgãos e como funcionam os diferentes sistemas que o compõem. Cada criança terá oportunidade de ouvir e contar. As actividades propostas pelo animador.  Jornalinho: em grupo poderemos criar um jornalinho interno com histórias. anedotas e adivinhas e muito mais. colares. ou deveriam ter. Quando pretendemos realizar actividades com crianças sejam elas de estimulação cognitiva ou física estas têm sempre. porta-chaves. por conseguinte. etc. teatro ou outras. o que fazem os familiares. dança. As lúdicas. cintos. curiosidades. essas actividades e esses objectivos têm de ser pensados. receitas. são actividades manuais e artísticas onde dão largas à imaginação.  As profissões: conhecer os diferentes ofícios. O programa operacionaliza um plano mediante a realização de acções orientadas para alcançar as metas e os objectivos propostos num determinado período. alfinetes. missangas e outros materiais irão ser convertidos em pulseiras. o que não quer dizer que não sejam também educativas. trabalhados ou planeados atempadamente. um objectivo. que seja ao gosto dos participantes. passeios ou actividades ao ar livre. lengas-lengas de pequenas coisas.  Actividades ao ar livre: Ao longo do ano poderão ser organizadas algumas visitas. anéis.  Poesia: aprender a fazer poesia. rimas. Construção de Bijutaria: para usar ou oferecer. os seus povos e raças. notícias locais. E as actividades comunitárias são aquelas que criam e dinamizam as relações interpessoais e sociais dos mais pequenos com a comunidade. técnicas de ilustração. o seu clima e os seus costumes. Uma forma de preparar as actividades de uma forma utilitária passa pela 32/41 . Plano de Actividades (PA) Elaboração de um Plano de Actividade (PA) Plano: conjunto de programas. Planear – É usar procedimentos para introduzir uma organização e racionalização a acção com vista a alcançar determinadas metas e objectivos. As actividades cognitivas ou mentais visam desenvolver o cérebro e o sistema nervoso activo. As expressivas.  Países do mundo: abordar de uma forma divertida as características de cada país. pode ser divertimento puro e simples. Massa de moldar. a nível físico. as profissões de antigamente e as de hoje. devem estimular a motricidade. como por exemplo visitas a monumentos. O objectivo é uma intenção em relação à modificação que se pretende que a pessoa tenha. Deve conter uma série de elementos de fácil interpretação para quem lê e para quem o utiliza. semanal. Os objectivos gerais devem ser acompanhados pelos objectivos específicos. Os objectivos podem ser divididos em gerais – mais abrangentes e pouco prático e específicos – mais direccionados para a acção e práticos. Elementos da planificação Um Plano poderá ser um instrumento muito útil quer no domínio da organização do tempo quer na definição dos objectivos das actividades. a responsabilidade de cada interveniente e por fim a avaliação da sua aplicabilidade. O objectivo deve ser o mais específico possível de modo a que qualquer pessoa perceba o que se pretende. mensal. O plano semana só deverá ser um complemento do plano anual e não como a única planificação. é a descrição de um conjunto de comportamentos que a pessoa deverá manifestar depois da actividade. semestral. os objectivos. Este plano poderá ser diário. Isto é. estes distinguem-se dos gerais pois não indicam uma direcção a seguir. os objectivos específicos exprimem os resultados que se espera atingir e que detalham os objectivos gerais. materiais.elaboração de um plano de actividades. semanal e diário. os objectivos gerais descrevem grandes orientações para as acções (…). institucionais e mesmo pessoais. mas as etapas a alcançar. Um plano poderá ser anual. o local. ainda que inconscientemente. pois só este permitirá uma estruturação do trabalho que se pretende realizar com o público-alvo. financeiros. os recursos – humanos. descrevendo as grandes linhas de trabalho a seguir. não seria adequado construirmos um plano sem termos em conta este dado. O plano anual é o plano que está mais sujeito a alterações por diversos factores. funcionando como a sua operacionalização. No entanto é importante que haja um plano anual ainda que se saiba que poderá sofrer constantes alterações. trimestral. mensal ou anual e deverá conter os dados mais importantes – a data. 33/41 . nomeadamente imprevistos temporais. Elaboração de um plano de actividades Objectivos: Para Quê…? Quando planeamos executar qualquer tarefa ou actividade. temos sempre um objectivo. neste caso as crianças. como tal. o tipo de actividade. como por exemplo um museu ou outra instituição essa necessidade será. Metodologia: Como…? De que forma irá ser realizada. instrumentos. Neste dado deverá constar o nome da actividade. e uma breve descrição da mesma. Exemplo: 5 de Março – terça-feira de tarde e a duração de cada actividade. Local: Onde…? Este dado é importante e terá de ser definido com alguma antecipação. quer na execução do mesmo. Recursos Outro dado imprescindível na construção de um plano e na execução do mesmo são os recursos. etc.  Recursos financeiros – serão as verbas disponíveis para a execução das actividades planeadas. pois por vezes o nome da actividade nem sempre é suficiente para a descrição da mesma. Os recursos têm de ser suficientes para todos os participantes. Podem desempenhar tarefas muito distintas. Recursos materiais (logísticos) – são todos os materiais necessários para a execução das actividades: equipamentos. tendo todas um papel imprescindível. pois nem sempre o espaço está disponível ou adaptado Se por outro lado for um espaço público a visitar. ainda mais. (Se for um passeio ao exterior.. obejctos. Exemplo: Comemoração do dia da Mãe – realização de um ramo de flores com papelão e de um postal para juntar ao ramo. ele deverá indicar o mês ou o dia em que irá ser realizada a actividade.Os Objectivos devem ser definidos em função do/s destinatário/s e não do Educador . Actividades e Tarefas: o que se pretende desenvolver. evidente. Calendarização Este dado é imprescindível na construção do plano. Que métodos vão ser usados para a realização ou planificação da actividades/das actividades. Estes podem dividir-se em:  Recursos humanos – referem-se às pessoas intervenientes quer na elaboração do plano. infra-estrutura físicas. e atempadamente requisitados e adquiridos.. é necessário requisitar um 34/41 . Quais os recursos disponibilizados pelos parceiros. numa perspectiva de mudança. próxima e alargada? . relativamente a este assunto. formais e informais? Avaliação A avaliação é uma componente do processo de planeamento.É preciso recorrer a parceiros externos? . ir conhecendo os resultados e os efeitos de intervenção e corrigir as trajectórias caso sejam desejáveis.autocarro e motorista). Critérios de avaliação: Eficácia – perceber em que medida os objectivos foram atingidos e as acções/ actividades foram realizadas. Todos os projectos contêm necessariamente um “plano de avaliação” que é acompanhado de mecanismos de auto controle que permitem.Existem recursos necessários? . A responsabilidade É importante uma definição do papel de cada elemento interveniente no plano. Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu igualdade de oportunidades de participação de todos os intervenientes na acção/ actividade. Adequabilidade – avalia em que medida a acção/actividade foi adequada face ao contexto e à situação na qual se pretendia intervir. é saber qual a disponibilidade da instituição. Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento técnico da acção. algumas perguntas se impõem: . desta forma será indispensável atribuir a cada elemento a sua responsabilidade nas actividades a desenvolver. de forma rigorosa. A avaliação é algo de extrema importância para a compreensão do sucesso ou insucesso das actividades planeadas. destina-se a avaliar em que medida a acção/actividade contribuiu para a melhoria da situação. Muito importante também. Para actividades de maior envergadura. Impacto – utilizado numa perspectiva de médio ou longo prazo.Quais os recursos disponíveis na comunidade. resultados obtidos relativamente aos recursos utilizados. Planificação 35/41 .  Despertar a curiosidade e a vontade.  Reforçar a autonomia.  (…) 36/41 . descontraído e aberto às experiências.  Criar um ambiente sereno. com vista a alcançar determinadas metas e objectivos. explicar o que vão fazer e porquê. manipulação e experimentação. motivações dos participantes.  Motivar.É usar procedimentos para introduzir a organização e racionalidade à acção. A execução das diferentes técnicas devem ser aproveitadas para trabalhar alguns temas básicos:  Trabalhar os hábitos de higiene e limpeza.  Estimular a actividade cognitiva através da observação directa.  Utilizar diferentes materiais e técnicas.  Dar importância aos interesses. . para a criança. destrezas. Antoine Exupéry diz: “No momento em que sorrimos para alguém. obriga sobretudo a reflectir se o que hoje investimos na criança é suficiente para garantir o melhor do seu desenvolvimento. simultaneamente. a falta de espaços na rua e as casas demasiado pequenas. atitudes. É cada vez maior a importância que se atribui ao “brincar” e é relevante o papel pedagógico desta acção que se reflecte na aprendizagem da criança em todos os seus níveis de desenvolvimento. As crianças brincam e isso constitui para elas uma actividade normal. É através das actividades de animação que a criança explora o mundo e se conhece a si mesma. Desta forma é importante transmitir às minhas crianças conhecimento. as actividades de animação são. qualquer que seja a dimensão considerada. a construção da sua personalidade. valores e costumes de todas as culturas. obriga a pensar na criança. pois ninguém pode forçar uma criança a brincar. para além de explorar o mundo ao seu redor. é um comportamento auto-motivado. são factores que diminuem as oportunidades de brincar. e a resposta do seu sorriso quer dizer que nós também somos pessoa para ele”. é como que uma auto-expressão para o próprio prazer da criança. do mundo físico e social e dos sistemas de comunicação. comportamentos. fantasias. é um comportamento muito habitual em períodos de desenvolvimento do conhecimento de si próprio. reflexo e estímulo do seu desenvolvimento motor. constituindo a base das suas actividades futuras. Defender a importância da educação ao longo da vida é pensar no futuro e pensar no futuro. resolver problemas. a partilha. mas mais que isso. a socialização. revelando-se nas suas futuras actividades culturais. pode ser um assunto sério. Brincar é fundamental. valores e um grande sorriso. Longe de serem meros passatempo. aperfeiçoar o pensamento e desenvolver potencialidades. descobrimo-lo como pessoa. O facto de os pais trabalharem fora de casa deixando os filhos entregues a amas ou instituições. pois permite à criança enfrentar desafios. 37/41 . e saber sorrir é algo muito importante. a criatividade. Porque o poder do sorriso é grande. o uso excessivo da televisão. desde a afectividade. indispensáveis ao desenvolvimento integral da criança. fundamental. a inexistência de egoísmo. cognitivo e afectivo. ideias.Conclusão Brincar tem moldado as normas. é uma força maior na qual todas as culturas participam. contudo. brincar. A criança ao realizar actividades específicas para a sua idade. também comunica sentimentos. ). Ezequiel. Guia do Animador: Animar uma actividade de formação (3ª Edição). María Jesús Morata (1998). Uma caixa cheia de emoções. 2000. Animación Sociocultural. Sara (1995). Lisboa: MULTINOVA . BADESA. S. de Ediciones. 765–799. (coord. GARCÍA. Metodologias y Práticas de la animación sociocultural. Marina e tal. Brasil: Editora Perspectiva. Yvone (1976). FERREIRA. Educación Comunitária. São Paulo. BERGE. FAURE. Madrid: Narcea. (2004). In: BERNET. José Antonio Cieza (2006). Gérard&LASCAR. J. Lisboa: Editoral Estampa.A. GARCÍA. 339. Serge (1982). HUIZINGA. Para uma pedagogia de movimento. Madrid: Editorial CCS.A. T. Barcelona: Editorial Ariel. O jogo dramático na Escola Primária. Viver o corpo. Paulo (1999). S. 38/41 . Perfil del Animador Sociocultural.Bibliografia ANDER-EGG. Lisboa: Estúdio Didáctico.União Livreira e Cultural S.: 297-303.A. Lisboa: Biblioteca de Pedagogia. KOG. 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