Manual Ressonancia Magnetica

March 24, 2018 | Author: amra26 | Category: Magnetism, Magnet, Magnetic Resonance Imaging, Books, Postgraduate Education


Comments



Description

A ressonância magnética é uma das ferramentas mais sofisticadas de imagem utilizadas rotineiramentena prática clínica. O aparelho de RM consiste em dois componentes principais: o ímã em si (além de outros sistemas de hardware) e o software usado para operar o sistema. O software gera muitas diferentes sequências de pulsos que os radiologistas e técnicos manipulam de acordo com cada paciente. A fim de fornecer diagnósticos ideais aos pacientes, a compreensão completa das sequências de pulso em RM faz-se necessária. Além disso, a relação entre as sequências de pulso/física no contexto de segurança do paciente colabora de maneira significativa para o resultado final, além de oferecer ao médico e ao técnico imagens de alta qualidade e com maior precisão diagnóstica. A RM é o único método de diagnóstico por imagem em que os parâmetros de imagem podem ser facilmente alterados de paciente para paciente. O poder desta tecnologia depende, essencialmente, do conhecimento e da aplicação adequada de seus fundamentos. O domínio do tema é um desafio, e auxiliará no atendimento de pacientes que se submetem a este exame. David A. Bluemke, MD, PhD Director, Radiology and Imaging Sciences, Clinical Center Senior Investigator, National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering National Institutes of Health, Bethesda, MD A obtenção de diagnósticos clínicos precisos por meio de imagens por ressonância magnética, como todo processo radiológico, consiste em inúmeras atividades bem definidas, executadas por diferentes profissionais ou sistemas, em diversos serviços de RM. Além dos conhecimentos teóricos e práticos, outros importantes tópicos como treinamento, qualidade e segurança dos procedimentos, dos profissionais e dos pacientes, bem como manuseio adequado dos equipamentos e controle de qualidade são desenvolvidos neste livro de maneira clara e didática. O Manual de Técnicas em Ressonância Magnética, fruto do conhecimento e da vivência profissional dos autores, representa uma importante contribuição para a literatura médica radiológica brasileira. Destinado a técnicos e tecnólogos, a estudantes de radiologia e, certamente, de grande interesse para médicos-radiologistas e físicos especializados na área médica, este manual traz, além dos fundamentos e das técnicas básicas, as tecnologias e os conhecimentos mais recentes na área. Os autores Manual de Técnicas em RM.indd 1 1/10/2010 19:23:54 MTRM CADERNO 0.indd 30 2/10/2010 00:36:51 MTRM CADERNO 0.indd 1 2/10/2010 00:36:40 Perguntas e Respostas Comentadas de Radiologia e Diagnóstico por Imagem Marcelo Souto Nacif Ricardo Andrade F. Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www. Moron Carlos G. de Mello Perguntas e Respostas Comentadas de Técnicas Radiográficas Antônio Mendes Biasoli Jr. V. V.OUTROS TÍTULOS DE INTERESSE Atlas de Anatomia Radiográfica Antônio Mendes Biasoli Jr. Moron Carlos G.indd 2 2/10/2010 00:36:47 . Prado Vasques Antonio F. Murta Propedêutica da Vitalidade Fetal Flávio A. Murta Radiologia e Diagnóstico por Imagem –– Abdome SBR (Sociedade Brasileira de Radiologia) Radiologia e Diagnóstico por Imagem –– Aparelho Respiratório SBR (Sociedade Brasileira de Radiologia) Técnicas Radiográficas Antônio Mendes Biasoli Jr. Manual de Técnicas em Tomografia Computadorizada Edvaldo Severo dos Santos Marcelo Souto Nacif Manual Prático de Ultra-sonografia em Obstetrícia e Ginecologia Flávio A. Diagnóstico de Neuroinfecção –– com Abordagem dos Exames do Líquido Cefalorraquidiano e Neuroimagem Marzia Puccioni-Sohler Manual de Posicionamento Radiográfico Antônio Mendes Biasoli Jr. Prado Vasques Antonio F.com.br MTRM CADERNO 0.rubio. indd 3 2/10/2010 00:36:47 .Editores Fernanda Guimarães Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif MTRM CADERNO 0. Brasil) Manual de técnicas em ressonância magnéƟca / editores Fernanda Guimarães Meireles Ferreira. Bibliograa. ISBN 978-85-7771-076-8 1.07548 Editora Rubio Ltda. Vários colaboradores. É expressamente proibida a reprodução desta obra.rubio.indd 4 2/10/2010 00:36:48 .com. Imagem de ressonância magnéƟca 2. no todo ou em partes.br www. ISBN 978-85-7771-076-8 Todos os direitos reservados. Franklin Roosevelt. I. –– Rio de Janeiro : Editora Rubio. Ferreira. Ressonância magnéƟca : Técnicas : Medicina 616. Av. 3.com. Ressonância magnéƟca –– DiagnósƟco. 2011. Fernanda Guimarães Meireles.br Impresso no Brasil Printed in Brazil MTRM CADERNO 0.Manual de Técnicas em Ressonância MagnéƟca Copyright © 2011 Editora Rubio Ltda. II. Marcelo Souto Nacif . Nacif. SP. Marcelo Souto. Ressonância magnéƟca –– Técnicas.07548 Índices para catálogo sistemáƟco: 1. 194 s/l 204 –– Castelo 20021-120 –– Rio de Janeiro –– RJ Telefax: 55 (21) 2262-3779 •• 2262-1783 E-mail: rubio@rubio. 10-10584 CDD 616. Produção e Capa Equipe Rubio Editoração Eletrônica Trio Studio Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro. sem a autorização por escrito da Editora. João A. que sempre alimentaram minha mente e coração e conƟnuam a cuidar muito bem de ambos. Ao Centro Universitário Serra dos Órgãos (FESO). Gustavo Aor. David A. revisão. que me insƟgam a estudar. Por m. Luís Antonio de Andrade Mendonça. Lima. E dedico este livro aos meus pais. entre eles: Alexandre Ferreli. por me receber na Radiologia do NaƟonal InsƟtutes of Health –– Bethesda (EUA) e me apoiar na minha solidicação como pesquisador. explicação. Ao Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Bluemke. agradeço à Dra. Flávio Leandro Gomes. Fernanda Tovar-Moll e a toda a equipe do InsƟtuto D’’Or. também. para a realização deste livro. bem como pelo constante apoio. pelas inúmeras horas de discussão. por me receber na Cardiologia da Johns Hopkins School of Medicine –– BalƟmore (EUA) e me garanƟr conhecimentos atualizados e sólidos em imagem cardiovascular. Ao Dr. em especial. por me concreƟzar como professor Ɵtular da insƟtuição após esta longa jornada de dedica- MTRM CADERNO 0. C. Márcio Bernardes. por me proporcionar tempo para dedicação aos pós-doutorados no Exterior. aprender e crescer prossionalmente. Fernanda Meireles Ferreira Ao Dr.indd 5 2/10/2010 00:36:48 . Moacyr Nunes e o querido professor Ney Vernon Vugman. Mary Kleinman. responsável pelo meu primeiro contato com a ressonância magnéƟca. Sou grata. de alguma forma.Agradecimentos Agradeço. a todos que me incenƟvaram e contribuíram. ao grande amigo Fernando Fernandes Paiva. por me valorizarem nas pequenas coisas e no dia a dia. amigo e incenƟvador da minha jornada internacional. Aos Professores Alair Augusto S. Ao Professor Carlos Eduardo RochiƩe. Marcelo Souto Nacif MTRM CADERNO 0. em especial. amigos e principais moƟvadores da minha caminhada acadêmica. M. À minha família e à Carolina Benvegnu Nahime. dos Santos e Edson Marchiori. D.ção ao estudo como aluno e ao ensino como professor.indd 6 2/10/2010 00:36:48 . ao Professor Léo de Oliveira Freitas. Minha graƟdão. RJ. Mestre (Ângio-RM) e Doutor (RM Coração) em Medicina/Radiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). RJ. Auxiliar de Pesquisa em Ressonância MagnéƟca do InsƟtuto D’’Or de Pesquisa e Ensino. Marcelo Souto Nacif Professor Titular de Radiologia do Curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (FESO) –– Teresópolis. Professor-Assistente do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) –– Niterói.indd 7 2/10/2010 00:36:48 . Bolsista da CAPES/DAAD no Programa UNIBRAL na Technische Fachhochschule –– Berlim. Alemanha (2004/2005). MTRM CADERNO 0. Bolsista da CNPq como Auxiliar de Pesquisa em Ressonância MagnéƟca do Centro Nacional de Bioimagem (CENABIO) do InsƟtuto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (INBEB) da UFRJ. RJ. Subcoordenador da Pós-Graduação em Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (Lato Sensu) do InsƟtuto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC). RJ.Editores Fernanda Guimarães Meireles Ferreira Graduada em Física com Habilitação em Física Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Vice-Presidente (Cardiovascular) da Sociedade Brasileira de Radiologia (SBR) (2008/2010). RJ e da Plani –– São José dos Campos. Médico-Radiologista do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) e da Pro Echo Niterói. MTRM CADERNO 0. EUA. EUA.VisiƟng Fellow (Cardiac MRI and CT) do Texas Heart InsƟtute –– Saint Luke’’s Episcopal –– Houston –– Texas. Post Doc Fellow (Cardiac MRI and CT) do NaƟonal InsƟtutes of Health –– Clinical Center –– Bethesda –– Maryland. Membro da Society for Cardiovascular MagneƟc Resonance (SCMR). Post Doc Fellow (Cardiac MRI and CT) da Johns Hopkins University –– Cardiology Division –– BalƟmore –– Maryland. SP. Membro da Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT). EUA. Membro da Radiological Society of North America (RSNA).indd 8 2/10/2010 00:36:48 . MBA ExecuƟvo em Saúde pelo InsƟtuto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Coppead) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (CBR). Professor Adjunto e Chefe do Serviço de Radiologia do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) da Universidade Federal Fluminense (UFF).indd 9 2/10/2010 00:36:49 . Presidente da Sociedade Brasileira de Radiologia (biênios 2004-2005 e 2006-2007). Coordenador da Pós-Graduação em RM e TC Cardiovascular do InsƟtuto do Coração (InCor) da FMUSP. Carlos Eduardo RochiƩe Livre-Docente e Doutor pela Universidade de São Paulo (USP). Antônio Carlos Pires Carvalho Professor do Departamento de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/Hospital Universitário ClemenƟno Fraga Filho (HUCFF). MTRM CADERNO 0. Livre-Docente pela Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO). Mestre e Doutor em Medicina (Radiologia) pelo Departamento de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/Hospital Universitário ClemenƟno Fraga Filho (HUCFF). Membro do Conselho ConsulƟvo da Sociedade Brasileira de Radiologia (SBR) e das Comissões de Ensino e Telerradiologia da SBR e do Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (CBR).Colaboradores Alair Augusto Sarmet Moreira Damas dos Santos Mestre e Doutor em Radiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). CrisƟna Asvolinsque Pantaleão Fontes Professora-Assistente do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) –– Niterói. Mestre em Medicina/Radiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). RJ. Professora da Pós-Graduação em Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (Lato Sensu) do InsƟtuto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC). Membro da Radiological Society of North America (RSNA). Médica-Radiologista do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN). MTRM CADERNO 0. RJ. Membro Titular do Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (CBR) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Professor-Gestor de Ressonância MagnéƟca da UNESA. Pós-Graduação em Docência ao Ensino Superior pela Universidade Estácio de Sá (UNESA). Bolsista da CNPq como Auxiliar de Pesquisa em Ressonância MagnéƟca do Centro Nacional de Bioimagem (CENABIO) do InsƟtuto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biologia Estrutural e Bioimagem (INBEB) da UFRJ. Especialista em Aplicação de Ressonância MagnéƟca. RJ. da Pro Echo Niterói e do Lab’’s Niterói.indd 10 2/10/2010 00:36:49 . Alemanha (2004/2005). EUA. Fernanda Guimarães Meireles Ferreira Graduada em Física com Habilitação em Física Médica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). RJ. Auxiliar de Pesquisa em Ressonância MagnéƟca do InsƟtuto D’’Or de Pesquisa e Ensino.Post Doc Fellow (Cardiac MRI and CT) da Johns Hopkins University –– Cardiology Division –– BalƟmore –– Maryland. Bolsista da CAPES/DAAD no Programa UNIBRAL na Technische Fachhochschule –– Berlim. Coordenador do Curso de Extensão em Ressonância MagnéƟca da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Flávio Leandro Gomes Técnólogo em Radiologia. RJ. RJ. Vice-Presidente (Cardiovascular) da Sociedade Brasileira de Radiologia (SBR) (2008/2010). RJ. RJ. Especialista em Aplicação de Ressonância MagnéƟca. Marcio Bernardes Gerente Técnico de Ressonância MagnéƟca da Clínica de DiagnósƟco por Imagem (CDPI). EUA. RJ. EUA. MTRM CADERNO 0.Herick Savione Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior. RJ. Professor-Assistente do Departamento de Radiologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) –– Niterói. Coordenador do Curso de Extensão em Ressonância MagnéƟca da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduação em Tecnologia em Radiologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Marcelo Souto Nacif Professor Titular de Radiologia do Curso de Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (FESO) –– Teresópolis. EUA. Post Doc Fellow (Cardiac MRI and CT) do NaƟonal InsƟtutes of Health –– Clinical Center –– Bethesda –– Maryland. VisiƟng Fellow (Cardiac MRI and CT) do Texas Heart InsƟtute –– Saint Luke’’s Episcopal –– Houston –– Texas. Mestre (Ângio-RM) e Doutor (RM Coração) em Medicina/Radiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).indd 11 2/10/2010 00:36:49 . ApplicaƟon em RM e TC da Siemens Medical Brasil e Coordenador do Curso de Qualicação em RM e TC do Centro Tecnológico Novo Rumo. Subcoordenador da Pós-Graduação em Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (Lato Sensu) do InsƟtuto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC). RJ. Post Doc Fellow (Cardiac MRI and CT) da Johns Hopkins University –– Cardiology Division –– BalƟmore –– Maryland. João Paulo Kawaoka Matushita Junior Pós-Graduando em Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (Lato Sensu) do InsƟtuto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC). Staī da Pós-Graduação em Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (Lato Sensu) do InsƟtuto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC).Médico-Radiologista do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) e da Pro Echo Niterói. Membro da Radiological Society of North America (RSNA). Teresa CrisƟna Sarmet dos Santos Professora da Pós-Graduação em Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (Lato Sensu) do InsƟtuto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC). Médica-Radiologista do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) e da Pro Echo Niterói. RJ. RJ. Membro da Society for Cardiovascular MagneƟc Resonance (SCMR). Michelle Tannus Lima Médica-Radiologista do Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) e da Pro Echo Niterói. SP. Médica-Radiologista do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) da Universidade Federal Fluminense (UFF) –– Niterói. RJ. RJ.indd 12 2/10/2010 00:36:49 . RJ e da Plani –– São José dos Campos. RJ. MTRM CADERNO 0. Membro da Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT). O crescimento dessa especialidade no Brasil está relacionado com o bom ensino da radiologia nas universidades e nos serviços voltados para a educação e formação médica e.indd 13 2/10/2010 00:36:49 . muitos com qualidade superior aos importados ou traduzidos disponíveis no mercado nacional. revelando maior projeção do País e melhorando. sendo evidente a preferência dos leitores por obras de autores médicos brasileiros conhecidos na especialidade em detrimento das obras importadas. Na área de livros didáƟcos especializados. atualmente fellow no Johns Hopkins e no NIH. com o interesse dos prossionais em buscar aperfeiçoamento no Exterior. e a İsica Fernanda Ferreira –– demonstraram MTRM CADERNO 0. além de claro e objeƟvo. a presença do autor nacional é muito destacada. também. O texto. Pode-se observar a quanƟdade e a qualidade das publicações cienơcas brasileiras nas revistas de maior impacto. é enriquecido por ilustrações de alta qualidade. e certamente tornar-se-á uma referência para a realização de exames de ressonância magnéƟca no País. Os autores –– o médico-radiologista Marcelo Nacif.Prefácio O livro Manual de Técnicas em Ressonância MagnéƟca representa uma importante contribuição para a literatura médica radiológica brasileira. sua posição na produção cienơca nesta úlƟma década se comparado a outros países. assim. Este livro é rico pelo seu conteúdo voltado para radiologistas e prossionais da área de diagnósƟco por imagem com interesse em ressonância magnéƟca. É com grande saƟsfação que observamos um número crescente de livros editados por autores nacionais em nossa especialidade. MTRM CADERNO 0. essencial para que esta obra seja acolhida pelo mercado editorial. Giovanni Cerri Guido Professor Titular de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).conhecimento profundo do tema. Diretor-Geral do InsƟtuto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Presidente do Conselho Diretor do InsƟtuto de Radiologia (InRad). A Editora Rubio realizou um trabalho de alta qualidade na apresentação do texto e na reprodução das imagens e ilustrações. Cumprimento os autores e a Editora Rubio pelo esforço realizado em disponibilizar obra com conteúdo de tamanha qualidade. bem como das necessidades dos prossionais que atuam em clínicas e hospitais.indd 14 2/10/2010 00:36:49 . cujo propósito é orientar os prossionais da área quanto à execução bem-sucedida dos exames de ressonância magnéƟca. sublinhando nossa capacidade como humanos de confiar e agir com base no que vemos. dispõe da versatilidade necessária para a exploracão diagnóstica completa de órgãos do corpo humano.indd 15 2/10/2010 00:36:49 . como também a estrutura de seus tecidos e. ortopedia. a composição bioquímica de seus componentes. que é identificado por médicos norte-americanos como um dos progressos tecnológicos mais importantes desde a década de 1990.Apresentação O poder das técnicas de imagem em medicina aumenta a cada dia. a ressonância magnética ocupa um lugar único. pneumologia e gastrenterologia têm seus processos clínicos centrados no diagnóstico feito por imagem. inclusive os sistemas cardiovascular e nervoso. morfologia e função. Entre todas as modalidades de imagem. A combinação de métodos de imagem e espectroscopia cria a possibilidade de visualização de processos extremamente complexos para a detecção de neoplasia e de medidas do fluxo de sangue e do movimento do coração. A ressonância magnética funcional habilita a carac- MTRM CADERNO 0. Várias áreas da medicina dependem diretamente da nossa capacidade de representar não só a morfologia e função de sistemas de órgãos do corpo humano. com seus desafios próprios em termos de estrutura. Neurologia. tem o histórico de seu progresso ligado diretamente ao desenvolvimento de métodos de imagem que propiciaram o advento de revascularização com base no desenvolvimento de angiografia coronariana por raios X para orientar a conexão de artérias e o posicionamento de balões e stents no caso de intervenção por cateter. mesmo. Além de não requerer uso de radiação ionizante. por exemplo. A medicina cardiovascular. O radiologista que usa a ressonância magnética para o diagnóstico de uma miríade de situações clínicas encontrará neste manual um guia lógico de métodos.indd 16 2/10/2010 00:36:49 . Em razão de sua flexibi- MTRM CADERNO 0. oportuno para o preenchimento de um vácuo atual de informação importante. mas para o diagnóstico clínico e o acompanhamento de pacientes com processos mentais patológicos. médicos que requerem o exame e dependem dos seus resultados para o manejo clínico dos seus pacientes terão aqui uma abordagem compreensível e. ambos brasileiros. Além de radiologistas.terização das fibras que conectam diferentes partes do cérebro e. com dedicação ao ensino. sobretudo. não apenas para fins de investigação científica como é aplicada no momento. um trabalho de referência e será utilizado primariamente como fonte atualizada de conhecimentos específicos sobre o significado e as técnicas envolvidas na ciência e na arte de imagem por ressonância magnética. Muito importante também. mas é de particular valor para o estudante que deseja um conhecimento maior sobre métodos de imagem e para o residente em radiologia ou outras especialidades que dependem da ressonância magnética. O fato de ter sido concebido pela associação de uma física e de um radiologista. este manual serve não apenas como referência para aqueles já estabelecidos profissionalmente. que aborda uma tecnologia de ponta. técnicas e princípios físicos necessários para a compreensão do que constitui e de como esse exame deve ser utilizado na prática médica contemporânea. ao conhecimento técnico e à capacidade científica já amplamente documentados em tantos outros trabalhos anteriores adiciona uma dimensão nova e interessante ao livro. poderão utilizá-la para a compreensão maior das técnicas e dos princípios envolvidos na aquisição de imagens por ressonância magnética. poderá ser utilizada para avaliar mecanismos intrínsecos da mente humana. Este manual revela-se. da maneira como deve ser usada em nossa realidade. mas. em um futuro não tão distante. mesmo sem um treinamento mais profundo de técnicas radiológicas. portanto. Marcelo Nacif e Fernanda Meireles Ferreira organizaram um livro pioneiro. Lima. João A. de acordo com a sequência lógica de seus capítulos. Deve ser lido e estudado conforme sua estrutura. o método cria uma margem significativa que permite criatividade ao lado do rigor técnico. C.lidade e potencial. FACC Division of Cardiology. BalƟmore. ou seja. MD.indd 17 2/10/2010 00:36:49 . MD MTRM CADERNO 0. Johns Hopkins University School of Medicine. indd 18 2/10/2010 00:36:50 .MTRM CADERNO 0. MTRM CADERNO 0.indd 19 2/10/2010 00:36:50 .Abreviaturas J: razão giromagnéƟca ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas ACR: American College of Radiology ADC: coecientes de difusão aparente –– apparent diīusion coeĸcient AFOV: campo de visão assimétrico –– assimetric eld of view AI: ângulo de inclinação ALNICO: liga de alumínio. deixamos muitas abreviaturas com o signicado apenas em inglês. níquel e cobalto Ângio-RM: angiograa por ressonância magnéƟca Anvisa: Agência Nacional de Vigilância Sanitária AP: anteroposterior ARM: angiograa por ressonância magnéƟca ARM-PC: ângio-RM por contraste de fase –– ARM phase contrast ARM-SD: ângio-RM por subtração digital ARM-TOF: ângio-RM com tempo de voo –– ARM Ɵme of ight ATM: arƟculação temporomandibular AVE: acidente vascular encefálico AVEi: acidente vascular encefálico do Ɵpo isquêmico B0: potência do campo magnéƟco BOLD: contraste dependente do nível de oxigenação do sangue –– blood oxigen level-dependent contrast BPM: baƟdas por minuto –– beats per minute *Como não há ainda no Brasil um consenso para tradução de termos nessa área. indd 20 2/10/2010 00:36:50 .CA: agente de contraste –– contrast agent CBR: Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem CCIP: cateteres centrais de inserção periférica CHM: UK Commission on Human Medicines CHMP: CommiƩee for Medicine Products for Human Use Cho: colina Cine-RM: cinerressonância magnéƟca Cr: creaƟna CSI: imagem do deslocamento químico –– chemical shiŌ imaging CTE: comprimento do trem de ecos dB: decibel dB/dt: taxa de mudança no campo magnéƟco DIL: declínio (ou decaimento) de indução livre DP: densidade de prótons DRC: doença renal crônica DTI: imagem do tensor de difusão –– diīusion tensor imaging DTPA: dieƟlenotriamino pentacéƟco marcado com tecnécio-99m DWI: imagem ponderada em difusão –– diīusion weighted imaging ECD-99mTc: dímero eƟlcisteinato marcado com tecnécio-99m ECG: eletrocardiograma EDR: limite dinâmico estendido (parâmetro que permite operar com 32 bits) –– extended dynamic range EPI: técnica de imagem ecoplanar –– echo planar imaging EPO: eritropoeƟna ET: trem de eco –– echo train ETL: espaçamento do trem de ecos –– echo train lenght FASTCARD: gaƟng cardíaco rápido –– fast cardiac gaƟng FAT SAT: saturação de gordura –– fat saturaƟon FAT SUP: supressão de gordura –– fat supression FC: compensação de uxo –– ow compensaƟon FDA: Food and Drug AdministraƟon FEM: força eletromotriz FFE: GRE ultrarrápida –– fast eld echo MTRM CADERNO 0. FFT: transformada rápida de Fourier –– fast Fourier transform FGRE: gradiente-eco rápido –– fast gradient-echo FID: decaimento da indução livre –– free inducƟon decay FIESTA: fast imaging employing steady state acquisiƟon FLAIR: inversão-recuperação com atenuação líquida –– uid aƩenuated acquision in inversion recovery FLASH: sequência gradiente-eco rápida com pequenos ângulos de excitação –– fast low angle shot fMRI: ressonância magnéƟca funcional –– funcƟonal magneƟc resonance imaging FOV: campo de visão –– eld of view FSE: spin-eco rápida –– fast spin echo FSN: brose sistêmica nefrogênica FT: transformada de Fourier –– Fourier transform FWHM: largura máxima a meia altura –– full width at half maximum G: Gauss Gd: gadolínio GD-DOTA: gadoterato de meglumina –– gadoterate meglumine GD-DTPA: gadopentetato de dimeglumina –– gadolinium diethylene triamine pentaaceƟd acid GD-DTPA-BMA: gadodiamida –– gadodiamide GEMS: gradiente-eco de mulƟdetectores –– gradiente echo mulƟ slice Gln: glutamina Glu: glutamato GRASE: gradiente-eco e spin-eco –– gradient and spin echo GRASS: gradient recalled acquisiƟon in steady state GRE: gradiente-eco H2: hidrogênio HASTE: sequência rápida spin-eco de acionamento único –– half fourier single shot turbo spin echo He: hélio IEC: InternaƟonal Electrotechnical Commission IEP: imagem ecoplanar INMETRO: InsƟtuto Nacional de Metrologia.indd 21 2/10/2010 00:36:50 . Normalização e Qualidade Industrial IR: inversão-recuperação –– inversion recovery MTRM CADERNO 0. indd 22 2/10/2010 00:36:50 . single phase imaging MT: transferência de magneƟzação –– magneƟzaƟon transfer mT: militesla NAA: N-aceƟlaspartato NEX: número de excitações Nf: número de codicações de fase NP: não envolvimento da imagem na direção da fase –– no phase PACS: sistema de comunicação e arquivamento de imagens –– picture archiving communicaƟon systems PC: contraste de fase –– phase contrast MTRM CADERNO 0. mulƟ-phase imaging MSSP: obtenção de imagens mulƟcorte e de fase única –– mulƟ-slice.IRC: insuciência renal crônica IT: tempo de inversão –– inversion Ɵme LAVA: liver acquisiƟon volume acceleraƟon LCR: líquido cafalorraquidiano MAV: malformação arteriovenosa MC: meio de contraste MCBO: meios de contraste de baixa osmolalidade MC-Gd: meios de contraste à base de gadolínio MERGE: mulƟple echo recombined gradient echo MESS: mulƟple echo single shot MHz: mega-hertz ML: magneƟzação longitudinal mI: mioinositol MIP: projeção de intensidade máxima –– maximum intensity projecƟon MOTSA: angiograa com cortes nos múlƟplos superpostos –– mulƟple overlapping thin-slab acquisiƟon MPGR: (sequência de pulsos que representa a combinação de sequência gradiente-eco com spin-eco e adquire dados sequencialmente e não de corte a corte) –– mulƟ-planar gradient recalled acquisiƟon in the steady state MPRAGE: magneƟzaƟon prepared rapid gradient echo MRS: espectroscopia por ressonância magnéƟca –– spectroscopy magneƟc resonance MSMP: obtenção de imagem mulƟsseção e mulƟfase –– mulƟ-slice. indd 23 2/10/2010 00:36:50 .PCA: angiorressonância por contraste de fase –– phase contrast angiography PD: densidade de prótons –– proton density PE: codicação de fase –– phase encoding PET: tomograa por emissão de pósitrons –– positron emission tomography Pmax: intensidades de pixel máximas Pmin: intensidades de pixel mínimas PMRS: espectroscopia de prótons por ressonância magnéƟca –– proton magneƟc resonance spectroscopy ppm: partes por milhão PRESS: espectroscopia com resolução pontual –– point resolved spectroscopy PROBE: exame do cérebro por espectroscopia de prótons –– proton brain examinaƟon PSD: base de dados de uma sequência –– pulse sequence database PSIR: inversão-recuperação sensível à fase –– phase sensiƟve inversion recovery PWI: imagem ponderada por perfusão –– perfusion weighted imaging rCBF: uxo sanguíneo cerebral relaƟvo –– relaƟve cerebral blood ow rCBV: volume sanguíneo cerebral relaƟvo –– relaƟve cerebral blood volume RF: radiofrequência RFG: ritmo de ltração glomerular RL: direita/esquerda –– right/leŌ RM: ressonância magnéƟca RMC: ressonância magnéƟca cardíaca RMf: ressonância magnéƟca funcional rMTT: tempo de trânsito médio relaƟvo –– relaƟve mean transit Ɵme RNM: ressonância nuclear magnéƟca ROI: região de interesse –– region of interest ROPE: codicação de fase ordenada da respiração –– respiratory ordered phase encoding RSR: relação sinal-ruído rTTP: tempo de pico relaƟvo –– relaƟve Ɵme to peak SAR: taxa de absorção especíca –– specic absorpƟon rate SAT: saturação SE: spin-eco –– spin-echo SENSE: sensiƟvity encoding MTRM CADERNO 0. indd 24 2/10/2010 00:36:50 .SI: superior-inferior SPAIR: seleção espectral atenuada de sequência IR –– spectral selecƟon aƩenuated inversion recovery SPECT: tomograa por emissão de fóton único –– single photon emission computed tomography SPGR: gradiente-eco reduzido –– spoiled gradient recalled SPIR: spectral presaturaƟon inversion recovery SSFP: precessão livre no estado estacionário –– steady state free precession SSTSE: sequência spin-eco de acionamento único –– single shot turbo spin echo ST: espessura de corte –– slice thickness STIR: inversão-recuperação com tempo de inversão curto –– short TI inversion recovery SUS: Sistema Único de Saúde T: tesla T1: tempo 1 de relaxação T1WI: imagem ponderada em T1 T2*: tempo 2 estrela de relaxação T2: tempo 2 de relaxação T2WI: imagem ponderada em T2 TC: tomograa computadorizada TE: tempo de eco TEef: tempo de eco efeƟvo TFE: gradiente-eco rápida –– turbo eld echo TFG: taxa de ltração glomerular TI: tempo de inversão TOF: tempo de voo –– Ɵme of ight TOF-2D: tempo de voo bidimensional –– Ɵme of ight bidimensional TOF-3D: tempo de voo tridimensional –– Ɵme of ight tridimensional TR: tempo de repeƟção TRF: parâmetro de ajuste do pulso de radiofrequência –– tailored radio frequency TSE: turbo spin-eco U: uniformidade da imagem US: ultrassonograa VBw: largura de banda variável –– variable bandwidth MTRM CADERNO 0. indd 25 2/10/2010 00:36:50 .VE: ventrículo esquerdo VENC: velocidades de codicação do sinal –– velocity encoding VIBE: volumetric interpolated breath hold examinaƟon VIBRANT: volume imaging for breast assessment VME: vetor da magneƟzação efeƟva Voxel Ɵckness: espessura do corte W0: frequência de precessão WL: frequência de Larmor MTRM CADERNO 0. indd 26 2/10/2010 00:36:50 .MTRM CADERNO 0. indd 27 2/10/2010 00:36:51 . 5 Antônio Carlos Pires Carvalho Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif 3 Princípios Básicos. 1 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif 2 Histórico.Sumário 1 Introdução. 41 Michelle Tannus Lima CrisƟna Asvolinsque Pantaleão Fontes Fernanda Meireles Ferreira Teresa CrisƟna Sarmet dos Santos Marcelo Souto Nacif 5 Instrumentos e Equipamentos. 15 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif 4 Meios de Contraste e Reações Adversas. 73 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif MTRM CADERNO 0. 215 Marcelo Souto Nacif Fernanda Meireles Ferreira MTRM CADERNO 0. 181 Marcelo Souto Nacif Fernanda Meireles Ferreira Carlos Eduardo RochiƩe 11 Avanços em Neuroimagem. 159 Marcelo Souto Nacif Fernanda Meireles Ferreira Alair Augusto S. dos Santos 10 Ressonância MagnéƟca Cardíaca e suas Principais Técnicas.6 Qualidade da Imagem. D. 91 Fernanda Meireles Ferreira Flávio Leandro Gomes Marcio Bernardes Marcelo Souto Nacif 7 Como Lidar com Artefatos. M.indd 28 2/10/2010 00:36:51 . 113 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif 8 Segurança. 127 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif 9 Angiograa por Ressonância MagnéƟca. 195 João Paulo Kawaoka Matushita Junior Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif 12 Protocolos Básicos. 261 Marcelo Souto Nacif Fernanda Meireles Ferreira Herick Savione Anexo –– Acrônimos em Ressonância MagnéƟca. 415 Índice Remissivo.indd 29 2/10/2010 00:36:51 . 421 MTRM CADERNO 0.13 Miniatlas de Planejamento dos Exames e Anatomia Aplicada à Ressonância MagnéƟca. MTRM CADERNO 0.indd 30 2/10/2010 00:36:51 . Capítulo Introdução 1 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif MTRM_TRIO-01.indd 1 01/10/2010 14:24:01 . INTRODUÇÃO Desde 1982, o uso da imagem por ressonância magnéƟca (RM) cresce de maneira exponencial e migra rapidamente de um contexto de pesquisa para um contexto clínico, superando a rapidez de evolução de qualquer outra técnica de aquisição de imagens. Em 1997, o American College of Radiology (ACR) introduziu a cerƟcação para as instalações de serviços de RM nos EUA com base nas exigências conƟdas em suas publicações e, somente em 2001, criou um documento de orientação para práticas seguras em RM. Este documento foi revisado, modificado e atualizado em 2007 em decorrência de relatos detalhados de incidentes adversos envolvendo pacientes, equipamentos e funcionários de diversos serviços de RM. No Brasil, não há normas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou pelo InsƟtuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) acerca de assuntos perƟnentes à qualidade da imagem e à segurança em RM. No entanto, de acordo com o Programa NormaƟvo Brasileiro, na ausência de normas nacionais publicadas são válidas as normas internacionalmente reconhecidas. O Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem (CBR), seguindo a tendência de cerƟcação promovida pelo ACR, lançou um programa de qualicação dos serviços de diagnósƟcos de RM no Brasil que requer o cumprimento de uma série de exigências para aprovação, tais como: exigências a respeito do MTRM_TRIO-01.indd 3 01/10/2010 14:24:03 4 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética corpo clínico, do corpo técnico e da avaliação de exames, mais especicamente de crânio (incluindo espectro, difusão e perfusão), de angiorressonância, de İgado, de ombro e de coluna cervical, todos com os respecƟvos laudos e com os parâmetros das sequências bem discriminados. Além disso, a aprovação ainda conta com o cumprimento de exigências feitas pela Vigilância Sanitária, ou seja, o Selo de Qualidade concedido pelo CBR reconhece apenas a estrutura do serviço de RM –– clínica ou hospital ––, bem como as imagens e os laudos dos exames. Não há critério estabelecido em relação a testes para avaliação do equipamento de RM nem regulamento para segurança, não somente do paciente, mas igualmente dos acompanhantes e dos prossionais do serviço, mesmo aqueles que, ocasional ou raramente, se encontram sobre os efeitos do campo magnéƟco. Assim, observando a importância atribuída à segurança no cenário internacional e a insipiência desta preocupação na realidade brasileira, ca evidente a necessidade de sistemaƟzar procedimentos de segurança em nosso país. No intuito de oferecer um panorama da uƟlização desta tecnologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, os dados obƟdos pelo Ministério da Saúde (2001) evidenciam aumento de mais de 200% (de 22.421 para 83.943) na realização de procedimentos de RM no período de 1998 a 2000. Segundo dados do InsƟtuto Brasileiro de Geograa e EstaơsƟca (IBGE), em 1999 havia 289 equipamentos de RM instalados no Brasil; em 2005, este número aumentou para 549, sendo a região Sudeste a detentora da maior quanƟdade de equipamentos de RM (311), seguida pelas regiões Nordeste (88), Sul (87), Centro-Oeste (45) e Norte (18). Esses dados comprovam que a ressonância magnéƟca está ganhando destaque na área de diagnósƟco por imagem; portanto, é fundamental conhecer as propriedades İsicas deste exame e os cuidados básicos em um serviço de RM. LEITURA RECOMENDADA American College of Radiology (ACR). MRI AccreditaƟon Program requirements. ACR Technical Standart for DiagnosƟc Medical Physics Performance Monitoring of MagneƟc Resonance Imaging (MRI) Equipment, 1999 (hƩp://www.acr.org). Colégio Brasileiro da Radiologia. Normas básicas para inscrição no programa de selo de qualidade em ressonância magnéƟca. InformaƟvo do Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem. 2002, 177(nov.). São Paulo. MTRM_TRIO-01.indd 4 01/10/2010 14:24:03 10 Figura 2.1 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética (A e B) Felix Bloch (A) e Edward Purcel (B) receberam o Prêmio Nobel de Física em 1952 pelo desenvolvimento de novos métodos de medição precisa do magnetismo nuclear O mais anƟgo experimento biológico em RM de que se tem noơcia foi realizado na Universidade de Stanford (EUA), logo após a descoberta do fenômeno, quando Bloch obteve um forte sinal de RM ao inserir o dedo na bobina de radiofrequência de seu espectrômetro. No período entre 1950 e 1970, a RM foi desenvolvida e uƟlizada para análises moleculares İsicas e químicas. Em 1970, o médico norte-americano Raymond Damadian observou que havia em ratos diferenças signicaƟvas na resposta à excitação magnéƟca entre os tecidos normais e aqueles com tumores malignos quando ambos eram bombardeados por um pulso de RF ressonante, já que emiƟa dois Ɵpos de sinais diferentes à medida que os momentos dos dipolos magnéƟcos dos tecidos relaxavam para o equilíbrio. Esses sinais variavam em suas caracterísƟcas de contraste na imagem, na dependência de o tecido ser saudável ou não, pois a célula saudável é menos permeável ao uxo de água que a célula doente, com movimentos de água mais abruptos, de modo que as taxas de relaxamento são mais curtas. Já a célula doente é relaƟvamente maior e tem uma membrana mais na e mais permeável à água. O uxo de entrada e saída da água é geralmente livre e MTRM_TRIO-02.indd 10 01/10/2010 14:25:11 e ʘ0 corresponde à frequência de Larmor em unidades de megahertz (MHz).5) Além do valor de ʘ0. é a direção na qual está Figura 3. como mostra a equação 3.indd 19 01/10/2010 19:48:06 . MTRM_TRIO-03.5 indica que o senƟdo da precessão é o mesmo do campo magnéƟco. corresponde à alteração da velocidade do movimento giratório.2 1 Precessão de Larmor Precessão de Larmor: demonstrada pelo İsico irlandês Joseph Larmor.2). temos: ʘ0 = ɶ × B0 (equação 3. ParƟndo para conceitos quânƟcos. SubsƟtuindo a úlƟma equação. a direção do campo magnéƟco estáƟco. a razão entre as grandezas vetoriais é a constante escalar ɶ.4) em que. arbitrada como a direção z do sistema de coordenadas.Princípios Básicos 19 ʘ0 = (ʅ/L) × |B| (equação 3. Este fenômeno é conhecido como Precessão de Larmor1 (Figura 3.1. a equação 3. 7). portanto. em seguida. o sinal de RF detectado pela bobina será muito menor do que se esƟvesse em fase.Princípios Básicos Figura 3. em que alfa = flip angle (ângulo de inclinação) e B0 = campo magnético externo 01/10/2010 19:48:07 . as não homogeneidades dos campos magnéƟcos locais produzirão frequências precessionais ligeiramente diferentes.7 MTRM_TRIO-03. Todos os núcleos giram inicialmente em fase (como indicado pela posição similar das faixas escuras na parte inferior de cada círculo). Essa perda de coerência traduz-se na perda da corrente induzida na bobina receptora de RF. portanto. para uma mesma DP. movimentam-se fora de fase (com as faixas escuras em posições diferentes) Pela relação de Larmor. ocasionando perda de coerência ou defasagem transversa (Figura 3.6 25 O decaimento do T2 corresponde à deterioração da magnetização transversal em razão da interação dos campos magnéticos individuais dos núcleos. Figura 3. o campo de indução magnéƟca experimentado pelos prótons determina a frequência de precessão.indd 25 A deterioração de T2* é o decaimento da magnetização transversal por causa da heterogeneidade do campo magnético. ou seja. Por denição.8 MTRM_TRIO-03.26 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Como esse declínio depende de imperfeições do campo magnéƟco e não do paciente. em outras palavras. durante o pulso de 90 graus.indd 26 Recuperação do vetor da magnetização longitudinal (pulso de 180 graus) 01/10/2010 19:48:07 . perde-se a magneƟzação longitudinal. T2 (ms) é o tempo necessário para reduzir a magneƟzação transversa (plano xy) a 37% de seu valor original após o pulso de RF de 90 Figura 3. o comportamento é inverso. Como dito anteriormente. ganha-se magneƟzação transversa (Figura 3. esse efeito T2* contém poucas informações úteis a respeito da amostra e é eliminado com a aplicação de um pulso de RF de 180 graus após a aplicação do pulso de RF de 90 graus.8) e. recupera-se a magneƟzação longitudinal. Esta é uma das razões para a necessidade de se manter alta homogeneidade no campo magnéƟco principal. após o pulso de 180 graus. 2. Ele deve ser respondido e assinado pelo paciente ou responsável e com visto do médico responsável. Risco de brose sistêmica nefrogênica com o uso de contraste à base de gadolínio em doença renal crônica. Fonte: adaptada de Karam MAH. MTRM_TRIO-04.3 apresenta o quesƟonário para administração de MC em RM. Linear Magnograf® Renal Não Iônica Sim Gadopentato de dimeglumina MulƟHance® Linear 97% renal 3% biliar <5% Iônica Não Ácido gadoxéƟco Primovist® Linear 50% renal 50% biliar <15% Iônica Não Gadofosveset Vasovist® Linear 95% renal 5% biliar >85% Iônica Não Gadoteridol ProHance® Cíclico Renal Não Não iônica Não Gadobutrol Gadovist® Cíclico Renal Não Não iônica Não Gadoterato de meglumina Dotarem® Cíclico Renal Não Iônica Não * O OpƟmark® só é uƟlizado nos EUA. FSN: brose sistêmica nefrogênica. J Bras Nefrol 2008.Meios de Contraste e Reações Adversas 69 O conhecimento atual sobre as propriedades dos diferentes agentes de gadolínio e a incidência da FSN quando são usados em pacientes de risco estão sumarizados na Tabela 4. 30(1):66-71. QUESTIONÁRIO PARA A ADMINISTRAÇÃO DOS MEIOS DE CONTRASTE EM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A Tabela 4. Tabela 4.indd 69 01/10/2010 14:27:36 .2 Quelatos de gadolínio autorizados pela União Europeia para uso clínico Nome Genérico Comercial Gadodiamida Omniscan® Estrutura Vias de Ligação química eliminação Carga proteica Relato de FSN Linear Renal Não Não iônica Sim Gadoversetamida OpƟmark®* Linear Renal Não Não iônica Sim Gadopentato de dimeglumina Magnevist®. Capítulo Instrumentos e Equipamentos 5 Fernanda Meireles Ferreira Marcelo Souto Nacif MTRM_TRIO-05.indd 73 01/10/2010 14:28:11 . ɷ Transmissor e receptor de radiofrequências (RF). os instrumentos têm os mesmos subsistemas básicos (Figura 5.1).indd 75 Componentes básicos e a “arquitetura” de um sistema de ressonância magnética 01/10/2010 14:28:13 . Figura 5. Apesar da variedade de sistemas de obtenção de imagem por RM disponível.1 MTRM_TRIO-05. que podem ser divididos em: ɷ Magneto principal. ɷ Sistema de computadores.INTRODUÇÃO Neste capítulo são descritos os equipamentos necessários para completar o processo de produção de imagens por ressonância magnéƟca (RM). ɷ Bobinas de gradientes de campo magnéƟco. ɷ Processador de imagens. Magnetos permanentes Os magnetos permanentes são consƟtuídos por grandes blocos de material ferromagnéƟco. (2) magnetos resisƟvos e (3) magnetos supercondutores (Tabela 5. o tipo e a força do magneto principal são apenas alguns dos fatores que contribuem para a qualidade final da imagem.3T Baixo Baixos ResisƟvos Horizontal 0. dispõe-se de três principais Ɵpos de magnetos para a geração do campo magnéƟco principal: (1) magnetos permanentes. Tabela 5.1). É um equívoco supor que a dimensão do campo magnético define completamente o desempenho de um sistema de RM. conhecida como ALNICO. níquel e cobalto.76 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Cada um desses componentes desempenha um papel especíco e fundamental na RM. com aspecto semelhante ao de uma ferradura simples. dispondo de parâmetros e opções de desempenho parƟculares. Atualmente. sobre o qual se superpõem os gradientes do campo magnéƟco e os pulsos de RF necessários para a obtenção das imagens. no caso dos modernos instrumentos de RM. De fato. O material mais comumente uƟlizado para a sua produção é uma liga de alumínio. que conservam o magneƟsmo após serem expostos a outro campo magnéƟco.2T Médio Médios Supercondutores Horizontal 3T ou mais Alto Altos T: tesla (unidade do Sistema Internacional para medidas de indução magnéƟca e de densidade de uxo magnéƟco.indd 76 01/10/2010 14:28:13 . os demais componentes podem prestar maior ou menor contribuição em algumas situações. MAGNETO PRINCIPAL A função deste componente é formar um campo magnéƟco estáƟco uniforme.1 Características dos principais tipos de magnetos Magnetos Eixo do campo Limite do campo Custo Campos marginais Permanente VerƟcal ou horizontal 0. MTRM_TRIO-05. Embora influencie objetivamente o desempenho das máquinas. 5T (aparelho do Hospital de Clínicas de Niterói – RJ) (A).Instrumentos e Equipamentos Figura 5. (Imagens cedidas pelo Departamento de Radiologia do National Institutes of Health/Clinical Center [Bethesda. Verio® da Siemens de 3T (B) e Achieva® da Phillips de 3T (C). EUA]) 01/10/2010 14:28:15 .4 MTRM_TRIO-05.indd 81 81 (A a C) Modelo Symphony® da Siemens 1. 88 Figura 5.indd 88 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética (A a C) Bobinas de arranjo de fase são bobinas múltiplas que trabalham de forma conjugada reproduzindo o sinal de uma região com melhor RSR 01/10/2010 14:28:17 .7 MTRM_TRIO-05. conjugadas de forma que se obtenha simultaneamente o sinal de uma mesma região. Unidade de controle de pulsos As bobinas de gradiente são aƟvadas e desaƟvadas muito rapidamente e em momentos precisos durante o procedimento de exame do paciente.indd 89 (A e B) Exemplos de bobinas de quadratura para exames de crânio 01/10/2010 14:28:17 .8 MTRM_TRIO-05. Figura 5.8). Apresentam RSR melhor se comparadas às bobinas de superİcie comuns.Instrumentos e Equipamentos 89 Bobinas de quadratura São duas ou mais bobinas de superİcie (Figura 5. 2. sobrepondo-se a esta úlƟma. é trocar a direção da frequência e da fase. artefato de deslocamento químico). como mostra a Figura 7. o FOV é menor do que a imagem a ser estudada.indd 116 Imagem de artefato de dobra 01/10/2010 14:30:08 . este método também também pode produzir outros artefatos (imagens fantasmas. A vantagem é que essa orientação possibilita a uƟlização de uma matriz retangular com menos codicações de fase e com a mesma resolução espacial. as regiões fora do campo de visão são erroneamente codicadas e aparecem ““dobradas”” e em cima da estrutura examinada. mas também criar um Ɵpo de interferência conhecido como artefato de moiré ou de franja. No entanto. Em especial no plano coronal.1 MTRM_TRIO-07. A homogeneidade do campo principal sobre o FOV degrada as bordas. Uma segunda maneira. causando uma Figura 7. Uma das maneiras de se suprimir o artefato de dobra é tornar o FOV sucientemente grande para incluir toda a área a ser estudada.116 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Dessa forma. para que a fase seja codicada na menor direção da dimensão da área de estudo.1. mostrada na Figura 7. e isso pode causar não só o artefato de dobra. o que limita a sua uƟlidade. com fases mal combinadas. como os gradientes da imagem ecoplanar. O ponto de ruído geralmente ocorre em razão da perda de conexões elétricas ou do rompimento das interconexões em uma bobina de RF. do inglês fast Fourier transform) resulta em listras escuras na imagem. Artefato de ponto (herringbone) Gradientes aplicados em um ciclo muito elevado. ou um ponto de ruído no espaço-k com intensidade muito alta ou muito baixa. MTRM_TRIO-07. normalmente é um artefato transiente.2 117 Resultado das trocas de direção da frequência e da fase em artefato de dobra diferença de fase nas mesmas. produz o artefato de moiré. ao passo que a intensidade do ponto determina a rigidez do artefato. O deslocamento do ponto de ruído do centro do espaço-k determina a formação angular das faixas e a distância entre as mesmas. podem gerar pontos de dados ruins. A sobreposição dos sinais de um lado ao outro do corpo. que pode se tornar crônico se não for reparado.Como lidar com Artefatos Figura 7.indd 117 01/10/2010 14:30:09 . A convolução desse ponto com toda a informação restante da imagem durante a transformada de Fourier (FFT. O artefato de susceƟbilidade magnéƟca.Como lidar com Artefatos Figura 7. MTRM_TRIO-07. sendo chamada diamagnéƟca. No segundo caso.3 121 Exemplo de artefato de excitação cruzada o campo magnéƟco resultante.4. e pode estar associada à distorção da anatomia dos tecidos circunjacentes.indd 121 01/10/2010 14:30:09 . é comumente encontrado na presença de ar. Vários métodos podem reduzir ou modicar os artefatos de susceƟbilidade magnéƟca: ɷ Sequências spin-eco são menos propensas a esses artefatos do que as sequências gradiente-eco e sequências ecoplanares. aparece como hipointensidade focal de sinal envolvida por um halo hiperintenso. mostrado na Figura 7. cálcio ou meio de contraste gadolínio concentrado. tem susceƟbilidade magnéƟca negaƟva e enfraquece o campo magnéƟco resultante. ɷ Modicar a direção da codicação da frequência e da fase provoca modicação também na direção dos artefatos de susceƟbilidade magnéƟca. metal. sendo chamada de paramagnéƟca. mas sem os eliminar. Quando o movimento é periódico MTRM_TRIO-07.122 Figura 7. Além disso. e leva a uma reconstrução da imagem ao longo do eixo de fase.4 ɷ Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Exemplo de artefato de suscetibilidade magnética Um curto TE resulta em menos tempo para a defasagem do sinal e reduz perdas. Artefatos de movimento A movimentação do paciente durante a aquisição da imagem geralmente produz um artefato considerável na imagem. Os artefatos de movimento resultam principalmente de dois efeitos: view-to-view e within-view. largura de banda maior. que aparece como um borrão ou como a formação de outra imagem no sentido da codificação da fase. O primeiro efeito (view-to-view) decorre da movimentação que acontece durante a aquisição de níveis de codicação de fase.indd 122 01/10/2010 14:30:10 . podem ser empregados um voxel menor. Fantasmas (ghost) ou borrões (blurring) nas imagens são os mais frequentes artefatos em RM. e até mesmo realizar o exame em equipamento com campo magnéƟco de menor intensidade. 5. como mostra a Figura 7. como baƟmentos cardíacos e pulsação arterial. Movimentos siológicos que costumam resultar em artefatos fantasmas incluem movimentos respiratórios.5 MTRM_TRIO-07. e outros. Figura 7.indd 123 Exemplos de artefato de movimento 01/10/2010 14:30:11 .Como lidar com Artefatos 123 (ou seja. ocorre de maneira regular) o resultado é completa ou incompleta replicação dos tecidos em movimento. sendo este artefato comumente chamado de fantasma. A intensidade dessas imagens fantasmas torna-se mais extrema com a intensidade e a amplitude dos movimentos. ɷ Nível 2: pessoal de limpeza.Segurança Figura 8. MTRM_TRIO-08. técnicos de tomograa computadorizada (TC) e de radiologia.indd 141 01/10/2010 14:31:17 . prossionais de enfermagem.6 141 Pacientes com queimaduras resultantes de acidentes em exames de RM Os treinamentos devem ser realizados por um İsico médico ou por engenheiros do próprio fabricante do aparelho de RM. ɷ Nível 3: médicos. Funcionários de diferentes níveis devem ser treinados de acordo com as seguintes especicações: ɷ Nível 1: todos os funcionários de uma filial onde haja equipamento de RM. anestesistas. de manutenção e de recepção. provocando o efeito míssil.Segurança Figura 8.indd 145 01/10/2010 14:31:18 . que geralmente exige um cabo condutor ou outro equipamento que. pode ser uma fonte potencial de queimaduras para o paciente.8 145 A falta de orientação do pessoal do serviço de RM pode causar acidentes envolvendo aparelhos e objetos presos no magneto distância adequada do sistema de RM pode ser suciente para proteger a operação do aparelho e ajudar a evitar que o mesmo seja atraído. Uma fonte primária de interações adversas entre o sistema de RM e os monitores siológicos tem sido a interface entre o paciente e o equipamento. Em virtude MTRM_TRIO-08. próximo ao sistema. ɷ Posicionar todos os cabos e os de derivações dos aparelhos de monitoração que façam contato com o paciente de tal modo que não formem alças condutoras. Fazer uso de acolchoamento não condutor com espessura mínima de 0. Figura 8.9.6cm entre a pele do paciente e o oriİcio do magneto. ɷ Usar somente bobinas de RF aprovadas que não estejam danicadas e vericar a integridade do isolamento elétrico dos componentes ou dos acessórios do disposiƟvo.146 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética disso. ɷ Posicionar o paciente de modo a impedir o contato direto de sua pele com o oriİcio do magneto ou com uma bobina de superİcie de RF.9 MTRM_TRIO-08. ɷ Digitar o peso correto do paciente para prevenir exposição excessiva à RF. podem ser seguidas algumas recomendações para se evitar a ocorrência de possíveis acidentes: ɷ Remover quaisquer disposiƟvos do oriİcio do magneto não necessários para o procedimento. evitando queimaduras e mantendo o paciente em uma posição correta 01/10/2010 14:31:19 . ɷ Posicionar os cabos de RF descendo pelo centro e diretamente para fora do oriİcio. como mostra a Figura 8.indd 146 Coxins utilizados para prevenir o contato direto do paciente com o orifício do aparelho. sem enrolá-los nem dobrá-los. possibilitando a observação de vasos em qualquer direção. A técnica 2D proporciona tempos de aquisição de imagens aceitáveis (1 a 3 minutos) e informações sobre a direção do uxo. a ARM-PC aplica-se tanto à aquisição bidimensional quanto à tridimensional. Como o contraste do uxo sanguíneo e do tecido estacionário é relacionado com a velocidade do sangue. conơguos ou sobrepostos.6) induzidos pela velocidade para disƟnguir-se o uxo sanguíneo do tecido circundante (tecido estacionário). e depois reconstruídos. Assim como a ARM-TOF. Já a técnica 3D é uƟlizada para planos nos. com completa supressão do fundo da imagem. este método possibilita supressão dos tecidos estacionários e condições para medidas quanƟtaƟvas da velocidade do sangue. mais do que com o tempo 1 de relaxação (T1) desse tecido. mas as imagens de aquisições em 3D podem ser reforma- MTRM_TRIO-09.5 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Técnica MOTSA. o que reduz a defasagem intravoxel.indd 168 01/10/2010 14:32:05 . As aquisições 2D às vezes não podem ser reformatadas e vistas em outros planos de imagem. diminuindo a saturação indesejada PC usam-se os desvios de fase (Figura 9.168 Figura 9. Vários volumes do tecido de interesse a ser estudado são excitados separadamente. em sequência. A Tabela 9. Outra forma seria a uƟlização de meio de contraste paramagnéƟco.2 resume as vantagens e desvantagens da ARM-PC. para se obter uma melhora na qualidade das imagens. funcionando como um sistema de resultantes.indd 169 01/10/2010 14:32:06 . MTRM_TRIO-09. Velocidades de codicação altas enfaƟzam estruturas arteriais. a grande desvantagem da ARM-PC em 3D é o tempo de exame que pode ser de 15 minutos ou mais. e velocidades baixas enfaƟzam estruturas venosas. A ângio-RM por PC pode ser sensível ao uxo vagaroso em pequenos vasos. representados pelo sangue. Nos spins móveis (A).Angiografia por Ressonância Magnética Figura 9. do inglês. é acumulada uma série de mudanças de fase ou defasamento. Um parâmetro importante já mencionado é o VENC.6 169 (A e B) Princípios básicos das aquisições da técnica de PC: são emitidos dois pulsos de saturação opostos um ao outro. Pode-se dizer genericamente que. levando a um vetor que corresponde a um desvio de fase. Já no tecido estacionário (B) a resultante é igual a zero (ilustração idealizada pelo autor) tadas em vários planos. Existem várias estratégias técnicas para se alterar a representação do sinal nas ângio-RM. quando os prótons têm velocidades de uxo diferentes em um mesmo voxel. além de servir para enfaƟzar estruturas arteriais. velocity encoding). a resultante é diferente de zero. A escolha do sistema vascular a ser estudado se faz a parƟr da escolha de diferentes velocidades de codicação do sinal (VENC. que pode variar em cenơmetros por segundo. Por isso. e na fase pré-contraste das imagens em T1. é a técnica mais adequada para o estudo de ângio-RM. MTRM_TRIO-09.indd 170 01/10/2010 14:32:06 . que demonstra o lúmen do vaso. pois o uso de tempos de repeƟção extremamente baixos determina melhor supressão do sinal tecidual e maior velocidade de aquisição. o que possibilita a seleção de uxos lentos e rápidos Tempo de eco longo Excelente supressão no fundo da imagem Efeitos de turbulência Intensidade de sinal relacionada com a velocidade de uxo Sensibilidade a movimentos Artefatos e distorção (susceƟbilidade) Ângio-RM com gadolínio É a principal forma de estudo vascular uƟlizada atualmente. Em T2. A aquisição mais rápida torna possível a obtenção dos dados em formato volumétrico tridimensional. todavia. A necessidade de estudo do parênquima de um órgão ou da perfusão. o córtex renal é discretamente hiperintenso em relação à medula. Sendo assim. sendo bastante diferente da angiograa convencional. Para o estudo arterial. Esse sinal elevado. aparece discretamente hiperintensa. podem levar a tempos de repeƟção de aproximadamente 3ms. faz com que alguns conceitos básicos sejam xados para que se detecte a presença de lesões focais. as GRE são especialmente úteis. a técnica de imagem em T1 com supressão de gordura é atualmente a preferida. além do estudo arterial. depende da idade do paciente e do seu estado de hidratação. pois tem maior acuidade na detecção de pequenas lesões renais. representa a imagem do uxo sanguíneo dentro do vaso. A potência ou a capacidade dos gradientes disponíveis e a intensidade do campo magnéƟco interferem na redução do tempo de repeƟção (TR). com grande beneİcio nas reconstruções de pós-processamento. por conter mais água do que o córtex. a medula renal. como a fast eld echo (FFE). Equipamentos mais modernos. no exame dos rins. com gradientes ecientes.170 Tabela 9. Uma sequência tridimensional GRE ultrarrápida.2 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Vantagens e desvantagens da angiorressonância por PC Vantagens Desvantagens Codicação de inúmeras velocidades. por exemplo. O realce miocárdico tardio transformou-se no melhor método não invasivo para avaliação de brose ou necrose miocárdica causadas por infarto do miocárdio. a sequência tardia no estudo do miocárdio após injeção de gadolínio pode não apenas detectar e quanƟcar a brose miocárdica. IR flash segmentado (B). As imagens B e C mostram um infarto no território da coronária descendente anterior com sinais de obstrução microvascular 2/10/2010 14:35:25 .7 MTRM_TRIO-10. a sequência de pulso em que se usa IR demonstra as diferenças de intensidade do sinal na imagem RM. como também avaliar a viabilidade do miocárdio. e IR de pulso único (single shot) (C). 25% a 50%. nas imagens em eixo curto em realce tardio. Na associação com as diferenças de concentração do contraste. ou por outras doenças não isquêmicas (Figura 10. IR sensível à fase (PSIR) no eixo curto de um coração normal (A). Uma análise semiquanƟtaƟva é uƟlizada para avaliação da transmuralidade do realce tardio no modelo do segmento padrão 17 do VE. subepicárdico e transmural. agudo ou crônico. A análise quanƟtaƟva por planimetria pode ser executada a m de se obter em massa do VE e a extensão total do realce tardio. apresentadas como porcentagens da massa do VE.Ressonância Magnética Cardíaca e suas Principais Técnicas 191 demora a lavar. criando uma concentração diferencial elevada entre os dois tecidos. mesocárdico. A transmuralidade miocárdica do realce é geralmente classicada como menor que 25%. gerando uma excelente relação contraste-ruído do miocárdio normal e do miocárdio lesionado.indd 191 (A a C) Três diferentes imagens de realce tardio.7). 50% a 75% e menor que 75% da área visual de cada segmento que é realçado. Além disso. Em seres humanos com infarto do miocárdio. cada segmento pode ser classicado como tendo um de quatro Ɵpos padrões predominantes do realce miocárdico: subendocárdico. Figura 10. Isso pode antever a recuperação funcional das anormalidades contráteis da parede do VE após a revascularização. Os pacientes com doença cardíaca podem beneciar-se com esta técnica. é úƟl para se quanƟcar a gravidade do regurgitamento valvar e da estenose. parƟcularmente para medidas do volume regurgitante valvar e da via de saída do VE (Figura 10. e avaliar a gravidade da estenose vascular arterial.8 MTRM_TRIO-10. usada para medir diretamente o uxo. Figura 10.8).192 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Mapa de velocidade Uma variante do gradiente eco –– a técnica de contraste de fase (PC) ––. esƟmar o tamanho da derivação.indd 192 Imagem de fluxo mostrando as variações entre o fluxo na aorta ascendente e na aorta descendente 2/10/2010 14:35:25 . O histórico da RM está focado no estudo espectral.4 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Perfusão cerebral por RM.204 Figura 11. Através desses mapas podemos calcular os volumes sanguíneos que passam pelo encéfalo e compará-los entre as diversas regiões do parênquima. que é uma propriedade determinada pelo ambiente químico dos prótons em questão. ganharam o Nobel de Física em 1952.indd 204 2/10/2010 14:38:54 . com a teoria do magneƟsmo. Esta sequência é muito útil na análise de tumores e do acidente vascular encefálico (AVE) ESPECTROSCOPIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (ERM) A ERM mostra a distribuição dos metabólitos cerebrais com base no desvio químico dos prótons em seu interior. Felix Bloch (da Universidade de Stanford). como podemos observar nestes breves comentários: ɷ Com estudos realizados desde 1946. Observar o mapa com padrão de perfusão normal e simétrico em ambos os hemisférios cerebelares. com a análise química por espectroscopia. Com seus estudos iniciaram-se as pesquisas e os avanços que hoje são tão MTRM_TRIO-11. e Edward Purcell (Harvard). 2ppm (Figura 11. seu traçado espectral estará elevado. Espectroscopia mostrando redução do NAA e elevação do MI. esse traçado encontra-se localizado em 3. Figura 11.206 Figura 11. Em casos de tumores ou doenças infecciosas.6 MTRM_TRIO-11. Taxa MI/NAA elevada 2/10/2010 14:38:56 .5 ɷ Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Espectroscopia por RM normal Colina (Cho): é um marcador de proliferação celular. Na curva.7).indd 206 Paciente do sexo feminino com doença de Alzheimer. In: Weickert J. Vinitski S. 2008. Carlos RC. Leung G. MR pulses sequences: what every radiologist wants to know but is afraid to ask. 4:53-73. 3-52. EUA: Elsevier 2006. Tadros S. Clinical magneƟc resonance imaging. Laidlaw D. Hagen H (eds. Perng R.Avanços em Neuroimagem 213 CONSIDERAÇÕES FINAIS A neuroimagem é um tópico em constante ebulição e crescimento. Crues III JV. MTRM_TRIO-11. Observação: ler o manual dos aparelhos. LEITURA RECOMENDADA Bitar R. Burk DL Jr. 149:831-7. 5. Brant WE. Regional metabolite concentraƟons in human brain as determined by quanƟtaƟve localized proton MRS. ed. 39:53-60. 2006. No entanto. Vilanova A. Mitchell DG. Edelman RR. Pouwels PJW. Maly-Sundgren P. J Magn Reson Imaging 2004. Dong Q. Frahm J. Guiberteau MJ. AJR Am J Roentgenol 1987. 6(19):6-18. et al. já dispomos de dados que podem ser uƟlizados no dia a dia com precisão. EssenƟals of nuclear medicine imaging. Sarrazin J. p. An IntroducƟon to VisualizaƟon of Diīusion Tensor Imaging and its ApplicaƟons. Philadelphia: Saunders Elsevier. Zhang S. Gomez-Hassan DM.. Radiographics 2006. 26:513-37. RiŅin MD. Muitos dados são oriundos de pesquisas iniciais e precisam ser validados. Helms CA. MeƩler Jr FA. Zlatkin MB. p. Moody AR. Chenevert TL.et al.indd 213 2/10/2010 14:39:00 . 3 ed. Clinical applicaƟons of diīusion tensor imaging. The biophysical basis of Ɵssue contrast in extracranial MR imaging. VisualizaƟon and image processing of tensor elds. 2006. Hesselink JR. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.). o que torna diİceis a compreensão e o acompanhamento de sua evolução. Welsh RC. Kindlmann G. Springer Verlag. Philadelphia-PA. Magn Reson Med 1998. Fundamentos de radiologia e diagnósƟco por imagem. 121-53. ex.1 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Siglas.218 Tabela 12..indd 218 2/10/2010 14:57:40 . coração) COR coronal coronal CSI chemical shiŌ imaging imagem do deslocamento químico DTI diīusion tensor imaging imagem do tensor de difusão DWI diīusion weighted imaging imagem ponderada em difusão EDR extended dynamic range limite dinâmico estendido (parâmetro que permite operar com 32 bits) EPI echo planar imaging imagem ecoplanar ET echo train trem de eco FAT SAT fat saturaƟon saturação de gordura FC ow compensaƟon compensação de uxo Feet First –– pés primeiro FGRE fast gradient-echo gradiente-eco rápido FLAIR uid aƩenuated acquision in inversion recovery inversão-recuperação com atenuação líquida Flip angle –– ângulo de inclinação FOV eld of view campo de visão FSE fast spin echo sequência rápida Gap –– intervalo (espaço entre os cortes) GD-DOTA gadoterate meglumine gadoretato meglubina GRE gradient-echo gradiente-eco GRASS Gradient recalled AcquisiƟon in steady state –– HASTE half-fourier single shot turbo spin echo Sequência rápida spin-eco de acionamento único Head coil –– bobina de crânio MTRM_TRIO-12. abreviações e termos usuais em protocolos de RM Siglas. abreviações e termos Inglês Tradução e/ou explicação ADC apparent diīusion coeĸcient coecientes de difusão aparente AFOV assimetric eld of view campo de visão assimétrico AP –– anteroposterior Bandwidth –– largura de banda BOLD blood oxigen level-dependent contrast contraste dependente do nível de oxigenação do sangue CINE –– imagens geradas para visualizações dinâmicas da anatomia (p. hidrocefalia. com angulação paralela ao corpo caloso (joelho.400 TI: 2. basta acrescentar outras sequências ao protocolo geral Exemplo: esclerose ƒ FLAIR sagital no (3mm com gap de. depressão. doenças dos corpos de Lewi. fazer nos 3 planos) ƒ Posição: head rst (decúbito dorsal) ƒ Bobina: head coil ƒ Sequências uƟlizadas: axial T1.5mm 2/10/2010 14:57:41 . crise convulsiva. sagital T1. esplênico) ƒ Localizador: 3 planos modo 2D ƒ Espessura de corte: 5mm ƒ Gap: 1mm ƒ FOV: 24 × 18cm ƒ Phase FOV: 1 ƒ Autoajuste de frequência: água (water) ƒ No de cortes: 5 ƒ Tempo de scan: 19s ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ Sequência de pulsos: IR Opções de imagens: FC. sagital T2 (o protocolo será direcionado dependendo do Ɵpo de patologia do paciente) ƒ Planejamento de corte: cobrir todo o crânio. demência. esquizofrenia. doença de Alzheimer. coronal T1 e coronal T2.100 Bandwidth: 15.indd 220 SE T1 axial TSE T2 axial e COR FLAIR axial Difusão axial GRE T2* axial Após contraste: SE T1 axial (caso haja lesão.220 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética CRÂNIO Encéfalo Protocolo geral ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ Observação ƒ Para protocolos especícos de neuroimagem. axial T2. doença de Parkinson. no máximo. auƟsmo. entre outros. 10%) ƒ SE T1 axial e sagital no com MT pós-contraste múlƟpla Aspectos técnicos especícos Axial FLAIR MTRM_TRIO-12. como abuso de drogas ilícitas.63 FOV: 24 × 18cm Espessura de corte: 5mm Gap: 2. Fast TE: 130 TR: 8. VBw. axial com transferência de magneƟzação SPGR. 5mm Matriz: 320 × 224 NEX: 2 Direção de frequência: A/P Phase FOV: 0.75 Autoshim Phase Correct No de cortes: 20 Tempo de scan: 1:17s Coronal T2 FSE ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ Sequência de pulsos: SE Opções de imagens: FC.500 ET: 22 Bandwidth: 31.Protocolos Básicos 221 CRÂNIO Encéfalo ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ Matriz: 256 × 160 NEX: 1 Direção de frequência: A/P Autoshim No de cortes: 20 Tempo de scan: 3:22s Axial T2 FSE ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ ƒ Sequência de pulsos: SE Opções de imagens: FC.75 Autoshim Phase Correct No de cortes: 20 Tempo de scan: 1:17s Axial T1 SE ƒ Sequência de pulsos: SE ƒ Opções de imagens: FC. Fast TE: 102 TR: 4.indd 221 2/10/2010 14:57:41 .5mm Matriz: 320 × 224 NEX: 2 Direção de frequência: S/I Phase FOV: 0. VBw. Fast TE: 102 TR: 4.25 FOV: 24 × 18cm Espessura de corte: 5mm Gap: 2. Fast ƒ TE: minimum Axial FLAIR (conƟnuação) MTRM_TRIO-12. VBw. VBw.500 ET: 22 Bandwidth: 31.25 FOV: 24 × 18cm Espessura de corte: 5mm Gap: 2. O objetivo é ter a imagem do aqueduto como um perfeito círculo.4 Planejamento da imagem transversal ao aqueduto.indd 266 Figura 13.MTRM_TRIO-13. como neste exemplo. Não pode ser uma imagem oval ou oblíqua Fluxo liquórico CRÂNIO 266 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética 01/10/2010 14:33:59 . É necessário utilizar o plano sagital. Figura 13.indd 267 267 01/10/2010 14:34:00 . MTRM_TRIO-13.. Curva vermelha representando a variação durante a sístole e a diástole e.. medida sólida na ponte mostrando não haver correlação Miniatlas de Planejamento dos Exames e Anatomia. em azul.5 Pós-processamento do ƀuxo liquórico. MTRM_TRIO-13. os forames de conjugação e a medula Coluna Torácica (Dorsal) TÓRAX 304 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética 01/10/2010 14:34:45 .indd 304 Figura 13. varrendo os corpos medulares. Cortes orientados paralelamente ao eixo medular.42 Planejamento sagital. indd 324 Figura 13.Manual de Técnicas em Ressonância Magnética MTRM_TRIO-13.62 Planejamento coronal Mão MEMBROS SUPERIORES 324 01/10/2010 14:35:10 . O primeiro. verde. é o quatro câmeras.indd 332 Figura 13. amarelo. O terceito. Baseia-se no eixo curto basal. São realizados quatro planos distintos. O segundo.70 Planejamento radial do coração. com o fígado embaixo e o pulmão em cima (isso significa que o plano cruza os segmentos inferiores e anterolateral da base ao ápex). azul. é o eixo longo duas câmeras verdadeiro com o estômago embaixo e a artéria pulmonar em cima (isso significa que o plano cruza os segmentos inferior e anterior da base ao ápex) CORAÇÃO 332 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética 01/10/2010 14:35:21 . O quarto.MTRM_TRIO-13. vermelho. é o eixo longo duas câmeras verdadeiro. é a via de saída do ventrículo esquerdo. indd 338 01/10/2010 14:35:28 .Manual de Técnicas em Ressonância Magnética Figura 13.76 Planejamento axial MAMA 338 MTRM_TRIO-13. indb 421 01/10/2010 22:11:33 .Índice Remissivo MTRM_BOOK. . 257 . 151 .ocorrido com uma maca pela falta de conhecimento e de preparo do pessoal. 115 Alinhamento. doença de. 243 Acidente(s).aquisição da imagem em múlƟplas fases.gaƟlho uoroscópico. 141 . sedação e.. 144 ..provocado por carrinhos de anestesia deixados nas proximidades do magneto. 188 Angiograa por ressonância magnéƟca.queimaduras resultantes de. 17 Allegra.como uƟlizar. diagnósƟco de.2D.limitações. 163 . 174 . 170 .. 176 .indb 423 American College of Radiology.. 174 ..por efeito míssil ferromagnéƟco.MOTSA..3D.vascular encefálico. 151 . 53 Alzheimer. 48 Aliasing. 203 Acrônimos. 166 Antebraço. 173 .envolvendo aparelhos e objetos presos no magneto.considerações técnicas. 172 .. 151. 165 .. 166 . 173 .. artefato de ou de artefato de dobra. 175 . 3. 208 Agentes de contraste (v..detecção automáƟca do bolo de contraste.provocado por uma cadeira de rodas. 159-179 . Contraste. 152 .arterial crânio.tempo de voo. precessão e ressonância..Índice Remissivo A Abdome..caróƟdas e vertebrais. 240 01/10/2010 22:11:34 . 163 . 255 . 175 .dose-teste..meio de contraste paramagnéƟco.. 166 . 153 .. 149 Anestesia.com gadolínio. 154 .de contraste de fase. 145 . 415-420 Adenocarcinoma de pulmão. 52 Aneurismas..provocado por uma enceradeira deixada nas proximidades do magneto. 206 MTRM_BOOK. 54.técnicas usadas em. meios de) Alergia aos meios de contraste. 147 Consequências da ressonância.abdominal e ilíacas. 106 . 188 Campo(s) ..de zíper.. 89 Bolsa escrotal. meios de contraste através de. 186 Claustrofóbicos.de movimento. 135 . 110 . 236 . 45 Colângio. 261 Bloch.de deslocamento químico. 209.de quadratura.. 118 ... 207 Coluna.sistemas de bobinas de.de volume. 86 .caróƟdas. 94 .cervical. 237.indb 424 Manual de Técnicas em Ressonância Magnética . de radiofrequência.de uxo.de ponto.. 80 . 251 Código de ÉƟca Médica.424 AnƟ-histamínicos. Felix. 86 .de esforço. 258 .transmissoras. 136 .. 106 Artéria(s).. 207 B Bacia. 258 Aparelho urinário.de superİcie. 239 .de zebra. metástases císƟcas no. 65 Cérebro. 209 . 80 CaróƟdas. 34 .. 80 . 98 01/10/2010 22:11:34 .gibbs. 84 .gradiente de.pulmonar. 3 Colina. 120 .ângulo de inclinação.. 257 Carpo. 115 . 85 .e relação sinal-ruído. sistema de. 80 . 246 Colégio Brasileiro de Radiologia e DiagnósƟco por Imagem. 32.como lidar com. 113-125 . 258 . 22 Contraste da imagem. 122 . 151 Câmaras cardíacas.sistema de.unidade de controle de pulsos. 241 Cateteres centrais de inserção periférica.de gradiente do campo magnéƟco.magnéƟco. 36 . 118 . 234 Asma.temporomandibular. considerações sobre segurança para casos de.marginais e magnetos supercondutores. 118 . 89 . 117 .que variam com o tempo. elevação de. processadores de imagem e. 239 Bradicardia. 251 ..ocorrência de..de excitação cruzada ou cross talk. 10 Bobina(s). 63 Broncospasmo. 125 ..estáƟcos. pescoço e.lombar. 44 Astrocitoma de baixo grau. 259 .de susceƟbilidade magnéƟca. 150 Cóccix.receptoras. 90 ConsenƟmento informado. 84 . 62 C Cadeiras de rodas. 208 Cinerressonância magnéƟca acoplada ao eletrocardiograma. 119 . túnel do.aliasing ou artefato de dobra.gradientes.. 36 .de visão.torácica. acidente por efeito míssil ferromagnéƟco provocado por uma. 102. 120 . 258 ArƟculação. 251 Computadores. 135 . 247 Apneia.. 52 Aorta. 238 Artefatos.esternoclavicular. 234 . 106 .de arranjo de fase.. 248 Braço. termo de. 107 .técnicas de redução de. 84 MTRM_BOOK. 47.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.