Manual de Textos Academicos Da Faculdade FAIFA Vivian Bueno Cardoso

March 20, 2018 | Author: m4r1nn4 | Category: Citation, Science, Books, Scientific Method, Thesis


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SUMÁRIO PREFÁCIO APRESENTAÇÃO 1 A LEITURA PROVEITOSA 2 O RESUMO 3 A RESENHA 4 A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 4.1 O projeto da Dissertação Acadêmica 4.2 A Estrutura da Dissertação Acadêmica 5 O ARTIGO CIENTÍFICO 5.1 O projeto do artigo científico 5.1.1 O tema 5.1.2 O problema 5.1.4 O objetivo geral 5.1.5 Os objetivos específicos 5.1.6 A justificativa 5.1.7 A revisão teórica 5.1.7.1 Citações 5.1.8 A metodologia 5.1.9 O cronograma 5.2 A estrutura do Artigo Científico 6 A MONOGRAFIA 6.1 O projeto da monografia 6.2 A relação entre o orientador e o orientando 6.3 A estrutura da Monografia 6.4 Apresentação oral da Monografia BIBLIOGRAFIA 7 11 15 23 33 49 50 53 69 69 69 70 73 74 74 76 77 81 85 95 127 127 128 129 161 165 7 PREFÁCIO O grande desejo de um educador do Ensino Superior é que os educandos tenham uma aprendizagem eficaz que resulte em competências e habilidades necessárias para atuação, dentre outras áreas, profissional. O desejo de ensinar, a doçura no ensino, a preocupação com as dificuldades dos educandos e o desejo de ajudá-los a superar essas dificuldades é o que move um educador a realizar uma tarefa que, efetivamente, dará resultados positivos. Essa tarefa foi realizada pela professora Vivian Bueno Cardoso. E por meio dela não há dúvidas de que o profissional de Teologia, e outros que porventura venham adquirir este manual, serão capazes de desenvolver bem sua profissão que não dispensa uma boa leitura e uma boa elaboração de textos. Tive a honra de ter a professora Vivian como minha aluna na Universidade Estadual de Goiás e honra maior ainda de tê-la como minha monitora. A professora Vivian está entre os melhores alunos que já tive, além de inteligente é extremamente dedicada em tudo que faz. Quando monitora dedicou-se com afinco e, nessa função, começou a sistematizar com mais clareza a forma de organização de textos. Sua longa caminhada de dedicação ao trabalho e aos estudos resultou neste brilhante Manual de textos acadêmicos da Faculdade Faifa, instituição onde atuou como professora de Metodologia Científica e Língua Portuguesa. O brilhantismo do trabalho da professora Vivian não se refere ao conteúdo em si, pois há inúmeros manuais nesta área que são mais abrangentes que ele. O objetivo central não foi ser abrangente, mas altamente didático. O objetivo foi alcançar os alunos com dificuldades iniciais de leitura e fazer com que esses alunos consigam dar saltos graduais do mais simples, a leitura proveitosa, ao mais complexo para a graduação, o Trabalho de Conclusão de Curso. Mas também, mesmo os a técnica utilizada pela professora é fazer o texto tomar corpo do simples ao complexo. Com uma linguagem simples. então. Dra. a dissertação acadêmica é trabalhada. mas. finalmente. Em seguida. Cada etapa. Posteriormente. Seu percurso é semelhante a um rio que começa a ter existência na sua nascente e vai tomando corpo até alcançar profundidade. a introdução. concordarão com minhas afirmações quando adquirirem e lerem este manual. nesse sentido. é trabalhada a resenha e o caminho continua o mesmo: demonstração teórica e exemplo concreto. não tenho dúvidas de que o manual da professora Vivian deve ser lido por todos aqueles que anseiam por escrever de forma mais clara e eficiente. por meios de exemplos concretos que realmente farão com que o aluno tenha êxito na sua caminhada. foi trabalhada teoricamente. Profa. Depois da resenha. Cada etapa é mostrada teoricamente. efetivamente. o desenvolvimento e a conclusão. Assim inicia. foi trabalhado o projeto de dissertação acadêmica completamente contextualizado às discussões teológicas dos alunos da Faifa. Por todo o exposto. mas também apresentada por meio de exemplos concretos que.8 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA PREFÁCIO 9 alunos que não têm tantas dificuldades encontrarão prazer em organizar melhor seus textos por meio dos caminhos traçados pela professora. como tudo no manual. leitores. o caminho para a produção monográfica é iniciado. o percurso da professora Vivian: a leitura proveitosa. a dissertação acadêmica é ampliada para o artigo científico que segue a mesma lógica. Antes de chegar à dissertação em si. muito bem elaborada. Também não tenho dúvidas de que vocês. Depois de trabalhar o artigo científico a professora apresenta as normas de referências e citações todas exemplificadas e. Depois da leitura proveitosa vem a elaboração do resumo. Alessandra Grangeiro. . O passo a passo evidencia a estrutura da dissertação acadêmica de modo que o aluno tem condições de seguir o modelo e elaborar a sua dissertação com o mais alto rigor estrutural e sequência lógica de ideias que são essenciais num bom texto acadêmico. ao mesmo tempo. resultam na compreensão do aluno e servem para ele como modelo para que ele próprio construa seu caminho. Todo o trabalho realizado anteriormente foi aproveitado e. o rio alcança a profundidade máxima da graduação que é o Trabalho de Conclusão de Curso. mas também. Ainda. o texto da ABNT (NBR 14724:2011) cita as informações que . por que as IES desenvolvem os seus próprios manuais/guias? Porque há lacunas (omissões) nos textos da ABNT e divergências nas obras de MPC. garantem uma diversificada e ampla seção relacionada ao assunto. Comumente. Tanto a ABNT quanto as obras de Metodologia da Pesquisa Científica oferecem instrumentos necessários para a feitura do trabalho acadêmico. podemos perceber o quanto são objetivas e práticas.11 APRESENTAÇÃO Criamos este manual com o objetivo de padronizar os trabalhos orientados e realizados pelos docentes e discentes da Faculdade da Igreja Ministério Fama. NBR 14724:2011 (Trabalhos acadêmicos). A respeito de como fazer uma capa de trabalho acadêmico. NBR 6024:2012 (Numeração progressiva das seções de um documento escrito). Então. daqueles que já tiveram contato com o ensino superior. geralmente. NBR 6028:2003 (Resumo). NBR 15287:2011 (Projeto de pesquisa) e NBR 12225:2004 (Lombada). IES. visamos facilitar a vida acadêmica daqueles que ingressaram no ensino superior pela primeira vez e. Os trabalhos técnico-científicos (podemos. as bibliotecas das Instituições de Ensino Superior. NBR 6034:2004 (Índice). ABNT. As normas relacionadas a esses trabalhos são as seguintes: NBR 6023:2002 (Referências). Por isso. NBR 10520:2002 (Citações em documentos). também. FAIFA. porém não oferecem o conhecimento suficiente para a produção de um trabalho. Após a leitura dessas normas. mas continuam com dificuldade em produzir textos acadêmicos. podemos recorrer a livros e manuais de Metodologia da Pesquisa Científica (MPC) que tratam dos trabalhos acadêmicos. assim chamar os trabalhos acadêmicos) obedecem às instruções determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6027:2003 (Sumário). também. c) título. utilizando uma didática que facilite o seu aprendizado. podendo algumas incluir modelos de trabalhos. não é o mesmo que saber como fazer um artigo científico. g) ano de depósito (da entrega). A LEITURA PROVEITOSA . bem como orientar o acadêmico. f) local (cidade) da instituição onde deve ser apresentado. algumas mais amplas e outras mais objetivas. Acerca das obras de MPC. mas saiba como colocar esse conhecimento em prática. Apesar dessas informações podemos nos perguntar: colocamos ou não o nome da instituição? Qual o espaço entre as informações? Podemos negritar alguma informação? Podemos usar caixa alta/maiúsculas? Esse exemplo ilustra a necessidade de cada IES possuir um documento que. Na maioria dessas obras. o que é um artigo científico. e) número do volume: se houver mais de um. mas todas com o mesmo intuito: abordar sobre a pesquisa e a produção científica. b) nome do autor. existem inúmeras. observamos a preocupação em conceituar e explicar o vocabulário técnico relacionado aos trabalhos científicos. é necessária uma fonte de pesquisa em que o acadêmico não apenas apreenda os conceitos e os padrões dos trabalhos acadêmicos. d) subtítulo: se houver. bem como a sua ordenação: a) nome da instituição (opcional). por exemplo. Saber. No entanto.12 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA 13 deverão estar contidas. respeitando as normas da ABNT. Dessa forma. determina uma série de regras que uniformiza os seus trabalhos acadêmicos. o conteúdo desenvolvido neste manual buscará conceituar e explicar os diferentes tipos de trabalhos acadêmicos. são necessários alguns cuidados e técnicas para que o leitor consiga fazer uma leitura proveitosa. ou seja. quem entende do assunto: 1. a escolha . 3) a marcação do texto. por meio da leitura proveitosa. é uma das formas do Homem se situar com o mundo de forma a dinamizá-lo). estrutura e desenvolvimento). Leitura está intimamente relacionada com o sucesso acadêmico do ser que aprende. p. o texto não deve ser lido de forma mecânica e irrelevante. se precisamos fazer um resumo de um capítulo de um livro. à evasão escolar. 2005. É importante salientar que o primeiro tópico citado. Resumidamente. Estar com e no mundo pressupõe. 42). e. é importantíssimo termos ciência que todo trabalho inicia-se pela leitura. devemos fazê-la de uma forma que apreendamos o máximo de seu conteúdo. Leitura é uma atividade essencial a qualquer área do conhecimento e mais essencial ainda à própria vida do Ser Humano. 2) a pesquisa de termos desconhecidos. Por exemplo. Para Marconi e Lakatos (1994). então. A leitura. (SILVA. Com a palavra. Não somente a leitura que trata especificamente de determinado tipo de trabalho. contrariamente. por ser uma via de acesso a essa herança. atos de criação e recriação direcionados a essa herança. mas a leitura necessária para maior abordagem do tema que será desenvolvido na produção do trabalho científico.15 1 A LEITURA PROVEITOSA Antes de abordarmos o trabalho acadêmico (conceito. (O patrimônio simbólico do homem contém uma herança cultural registrada pela escrita. 2. são eles: 1) a escolha do texto. mas de forma profícua. porém decifrar palavras para acontecer a leitura? Como explicaríamos as expressões de uso corrente ‘fazer a leitura’ de um gesto. ou seja. seu conteúdo passam a ter sentido. diante de uma batida causal. um vaso. Por exemplo. também. de uma situação. histórias em quadrinhos. o ridículo ou adequação. deveremos dar prioridade aos textos que nos despertam o desejo de leitura. ou de franca defesa. diante de um empurrão proposital. O formato. E consideramos sua beleza ou feiúra. a cor. aquelas partes do texto que representam a sua essência e que. podemos escolher o primeiro capítulo do livro O que é leitura. Outra coisa: às vezes passamos anos vendo objetos comuns. 1. a fazer sentido para nós. ela deverá dar preferência aos textos voltados para essa área. às vezes essa questão nos ocorre por um segundo. indicando que o ato de ler vai além da escrita? “Se alguém na rua me dá um encontro. Perguntamo-nos por que não tínhamos enxergado isso antes. temos uma noção do todo. O material e as partes que o compõem. não importa com que intensidade. da Maria Helena Martins. noutras ela é douradora. Falando em leitura. E quando se diz que uma pessoa gosta de ler. ao ambiente em que se encontra. com as quais . A segunda leitura: é nessa fase da leitura que iremos analisar com mais crítica o conteúdo do texto. a figura que representa. ‘ler o olhar de alguém’. mas o mais comum é pensarmos em leitura de livros. e o leitor visto como decodificador da letra. somente será aplicado quando o acadêmico possuir liberdade para a escolha de textos no desenvolvimento de determinado trabalho. o trabalho de sua realização. fotonovelas. minha reação pode ser de mero desagrado. “Só então se estabeleceu uma ligação efetiva entre nós e esse objeto. via de regra estuda muito. sem jamais tê-lo de fato enxergado. o ato de ler é usualmente relacionado com a escrita. podemos ter em mente alguém lendo jornal. revista. Bastará. ‘ler o espaço’. Podemos mesmo pensar a sua história. ‘ler o tempo’. Nessa fase. A primeira leitura: essa fase da leitura é importante. depois de pronto aquelas ligadas a ele e as que o ignoram ou a quem desagrada. se uma pessoa gosta de estudar e pesquisar sobre Teologia. limitamo-los à sua função decorativa ou utilitária. vamos destacando as palavras que nos são desconhecidas para buscarmos os seus significados no dicionário. encontramo-nos diante de um deles como se fosse algo totalmente novo. mas dificilmente voltamos a olhá-lo da mesma maneira. um cinzeiro. melhor. assuntos que nos servirão para determinados propósitos. ‘vive lendo’. por motivos os mais diversos. Um dia. as circunstâncias de sua criação. lendo-as novamente. talvez seja rato de biblioteca ou consumidor de romance. A primeira leitura: “Falando em leitura. partindo de uma hipótese: A escolha do texto: tendo em mente a vontade de aprender mais sobre a leitura. folheto. pois iremos verificar se o texto é bom ou não e se ele realmente acrescenta conteúdo para a área que escolhemos obter mais conhecimento. tentando fazer comparações com outros textos e destacando as suas passagens mais importantes. assim ampliará o seu conhecimento sobre a área que deseja dominar. Se ‘passa em cima de livros’. as pessoas que o manipularam no decorrer de sua produção e. Sem dúvida. Vejamos um exemplo. “O que acontece? Até aquele momento o objeto era apenas algo mais na parafernália de coisas ao nosso redor. Minha resposta a esse incidente revela meu modo de lê-lo. 3. 2.16 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A LEITURA PROVEITOSA 17 do texto. A escolha do texto: quando couber a nós a escolha do texto. as intenções do autor ou fabricantes ao fazê-lo. uma conversa. estamos exercitando a nossa interpretação de texto. mas porque houve uma conjunção de fatores pessoais com o momento e o lugar. as imagens. podemos fazer uma terceira leitura apenas das passagens que marcamos. surdos. Se o texto é visual. por economia ou preguiça. ou seja. também. percebê-lo enfim. impossível dar-lhe sentido porque ele diz muito pouco ou nada para nós. fica um mote que agradeço a Paulo Freire: ‘a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquela’. Um discurso político. Sentimo-nos isolados do processo de comunicação que essas mensagens instauram – desligados.18 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A LEITURA PROVEITOSA 19 temos familiaridade sem dar atenção. Sobretudo se esses sinais não se ligam de imediato a uma experiência. Nada de sobrenatural. Esse é um exercício importante para aumentar a nossa capacidade de análise e. tudo ocorreu talvez de modo casual. um livro. um modo especial de vê-lo. Podemos anotar os significados no próprio texto. a pensar a questão da leitura. De repente se descobre um sentido. sem intenção consciente. então a nossa leitura foi proveitosa. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais. Se é sonoro. à capacidade de interpretar um texto e de formular uma crítica (opinião) sobre ele. Podemos dizer que afinal lemos o vaso ou o cinzeiro. até uma revelação. uma necessidade nossa. como se diz. com as circunstâncias. fizemos uma segunda leitura e sublinhamos as partes que achamos essenciais do texto. Quando fazemos a leitura de um texto e conseguimos encontrar as suas passagens essenciais. porque não dizem nada em particular. em ler superficialmente. ficamos cegos a ele. Apenas nossos sentidos. não o sentido. Para saber se as partes são realmente importantes. um quadro. “Isso pode acontecer também com relação a pessoas com quem convivemos. uma surpresa. uma aula expositiva. não o compreendemos. ao começarmos. ou das quais temos uma visão preconcebida. Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. .” Em negrito estão algumas palavras que poderiam nos ser desconhecidas e. enxergá-lo. nossa psique. buscamos os seus significados no dicionário para melhor compreensão do texto. uma peça musical. A síntese liga-se a capacidade de expressar o pensamento sobre o que foi lido e interpretado. uma breve leitura que nos fornece uma ideia sobre o assunto que o texto trata. hipoteticamente. Quer dizer: não o lemos. A segunda leitura: percebendo que o texto pode nos informar sobre o que buscávamos. uma fantasia. “Por essas razões. E a tendência natural é ignorá-las ou rejeitá-las como nada tendo a ver com a gente. Será assim também que acontece com a leitura de um texto escrito? “Com freqüência nos contentamos. ainda que nossos olhos continuem a fixar os sinais gráficos. mas apenas uma maneira de ser desse objeto que nos provocou determinada reação. causando um impacto. uma linguagem estrangeira. nossa razão responderam a algo para o que já estavam potencialmente aptos e só então se tornaram disponíveis. de síntese. A análise está ligada à leitura. ‘passar os olhos’. a lápis preferencialmente. Se as passagens nos apresentar um resumo do texto. ambientes e situações cotidianas. Para fazermos os trabalhos acadêmicos é necessário o constante exercício de análise e síntese. p. MARCONI. deixando de lado tudo o que for secundário e acessório. procedendo-se ao resumo dos aspectos essenciais. (LAKATOS. para iniciarmos esse processo de aprendizagem.20 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA 21 Com a palavra. Essas habilidades. vão progredindo de acordo com a complexidade exigida dos trabalhos. sem perder a seqüência lógica do pensamento. o Resumo é o mais indicado. quem entende do assunto: Análise – divisão do tema em partes. 1994. Síntese – reconstituição das partes decompostas pela análise. E. análise e síntese. determinação das relações existentes entre elas. seguidas do entendimento de toda sua organização. O RESUMO . 19). O mais comum é o resumo indicativo que. de maneira objetiva e sucinta. O que acontece? Até aquele momento o objeto era apenas algo mais na parafernália . Abaixo. é um instrumento que auxilia a memória. A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. passamos anos vendo objetos comuns.23 2 O RESUMO O resumo é o resultado da análise e síntese de um texto. 138). p. mas não dispensa a leitura do original”. O resumo também pode ser entendido como uma das formas de documentação de um texto para consultas futuras. limitamo-los à sua função decorativa ou utilitária. temos dois exemplos de resumo indicativo. porém decifrar palavras para acontecer a leitura? Às vezes. Assim. encontramo-nos diante de um deles como se fosse algo totalmente novo. não apresenta dados qualitativos e quantitativos. afirma que o resumo é a “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto” (NBR 6028). podendo apresentar-se de três modos: indicativo. o artigo científico ou a monografia. Só então se estabeleceu uma ligação efetiva entre nós e esse objeto. é a materialização de um produto intelectual que estará disponível a qualquer tempo para o seu produtor. “indica apenas os pontos principais do documento. Bastará. pois poderemos utilizar o conteúdo resumido para desenvolver outros trabalhos como a resenha. segundo Medeiros (2006. crítico e informativo. o resumo. feitos a partir da leitura proveitosa do primeiro capítulo do livro O que é leitura. Um dia. da Maria Helena Martins: Resumo 1 (com o vocabulário da obra original): O ato de ler é usualmente relacionado com a escrita e o leitor visto como decodificador da letra. além de trabalhar a análise e a síntese textual. Dessa maneira. 2) Coesão (articulação das orações e períodos) e coerência (sentido do todo). ele deve ser um texto inteligível. ao finalizarmos o resumo. Cita diferentes tipos de objetos de leitura. 5) Fonte: Times New Roman ou Arial.5. é o mais solicitado pelos docentes. nome da IES. Será assim também que acontece com a leitura de um texto escrito? Com freqüência nos contentamos em ler superficialmente. por isso ele é ainda mais sucinto. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. Aponta a diferença entre o ato de decodificar as palavras e o ato de ler. não usar caixa alta. Podemos perceber que o primeiro resumo foi feito por meio da junção harmoniosa das partes grifadas durante a leitura proveitosa.5.7. mas apenas uma maneira de ser desse objeto que nos provocou determinada reação. as palavras são do acadêmico. se houver subtítulo. 2) Folha de rosto (espaçamento entre linhas 1. Resumo 2 (com o vocabulário do resumidor): Texto que propõe uma reflexão sobre o conceito de leitura. Esse tipo de resumo. cujo texto é organizado pelo acadêmico. Não podemos esquecer que. Também. colocálos em itálico). direita e inferior. mas as ideias são da Maria Helena Martins. De repente. mas pelo produtor do trabalho acadêmico. pois os fragmentos (partes grifadas) precisam ser unidos de forma coerente.0. 2. Apresenta a descoberta de sentido do objeto e a sua interação com o leitor como essenciais para ocorrer a leitura. apresentação do trabalho com recuo de 8 cm.5. fonte 12. . deverão seguir a seguinte apresentação textual: 1) Folha: A4. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta.1. Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. 3. espaçamento simples entre linhas e justificado). ao fazê-lo devemos observar os seguintes pontos: 1) Respeito à ordenação do texto (início. Além de atentarmos para as particularidades desse tipo de trabalho. nome do aluno. as palavras que o formam não foram organizadas pela autora. não usar caixa alta. do curso. 4) Referência bibliográfica (verificar 5. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta. tamanho 12.0. 2) Margens: esquerda e superior.1 Citações). desenvolvimento e conclusão). ou seja. Podemos notar que. se houver subtítulo. 3) Linguagem objetiva e formal. as palavras que aparecem no resumo são as palavras da autora do texto.24 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O RESUMO 25 de coisas ao nosso redor. 3) Espaçamento entre linhas: 1. apesar das afirmações contidas no Resumo 2 estarem de acordo com as ideias expressas pela autora do texto original.25. da Maria Helena Martins. 6) Texto justificado. 4) Recuo do parágrafo: 1. colocá-los em itálico. não o sentido. do aluno. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais. 3) Texto. O segundo resumo é realizado a partir da leitura do primeiro. Os resumos produzidos pelos acadêmicos da FAIFA deverão conter: 1) Capa (espaçamento entre linhas 1. se descobre um sentido. do curso de Bacharelado em Teologia.26 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O RESUMO 27 FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA NOME DO ALUNO NOME DO ALUNO RESUMO: O QUE É LEITURA Falando em leitura RESUMO: O QUE É LEITURA Falando em leitura Trabalho apresentado à disciplina de Língua Portuguesa. sob a orientação da professora Vivian Bueno Cardoso. GOIÂNIA 2012 GOIÂNIA 2012 . da Faculdade da Igreja Ministério Fama – FAIFA. 1994. 19. Maria Helena. Ed. Apresenta a descoberta de sentido do objeto e a sua interação com o leitor como essenciais para ocorrer a leitura.28 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O RESUMO 29 Texto que propõe uma reflexão sobre o conceito de leitura. Cita diferentes tipos de objetos de leitura. . O que é leitura: falando em leitura. Aponta a diferença entre o ato de decodificar as palavras e o ato de ler. REFERÊNCIA MARTINS. São Paulo: Brasiliense. 31 A RESENHA . Com a palavra. ed. pois é por meio delas que se toma conhecimento prévio do conteúdo e do valor de um livro [. p. exigindo do resenhista uma maturidade literária. titulação acadêmica. de Humberto Eco.33 3 A RESENHA A resenha costuma ser chamada de resumo crítico. à apresentação do autor e apontamento das características que lhe dão credibilidade: formação acadêmica. 2006. da ABNT: ECO. é preciso conhecer o assunto.]. Humberto. (RAMPAZZO.. além da capacidade de análise e síntese. precisamos demonstrar poder de crítica. outras . O autor enfatiza que para valorar uma obra. São Paulo: Perspectiva. O primeiro passo é indicar a referência da obra. Assim. 20. Nessa modalidade de trabalho acadêmico. para exprimir um juízo de valor sobre determinada obra. pois em sua estrutura constam o resumo e o parecer da obra. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. esse tipo de trabalho é desenvolvido quando possuímos uma bagagem de leitura e de conhecimento que nos permite julgar uma obra. passamos às credenciais do autor. conforme a NBR 6023. 131). Suponhamos que a obra que iremos resenhar seja Como se faz uma tese. ou seja. quem entende do assunto: As resenhas têm um papel importante na vida científica. Como se faz uma tese. ou seja. 2005.. Após a referência da obra que desejamos resenhar. forma o plano de trabalho. Também. ensaísta. fontes de pesquisa acessíveis e manejáveis. são apresentados diferentes tipos de fichamen- . enquanto a segunda pode ser entendida como um trabalho de reunião de textos sobre determinado assunto. e a monográfica. em 1932. Qualquer que seja a escolha do pesquisador. observando a bibliografia disponível para facilitar o seu desenvolvimento. Membro do Fórum Internacional da UNESCO (19921993). o armazenamento de dados em fichas e as citações bibliográficas. é preferível que o pesquisador utilize-as em sua versão original. Professor. Também. Seja qual for o tipo de tese escolhido. partindo de um índice hipotético que. crítico literário e romancista italiano. sendo. trata das fontes de pesquisa. a panorâmica. cujo tema é extensivo e pouco delimitado. neste capítulo. O terceiro capítulo. o pesquisador necessita dominar o idioma das obras e autores que pretende consultar. cujo tema é bem preciso.34 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A RESENHA 35 produções científicas etc. professor na Universidade de Bolonha. A pesquisa do material. explicando sobre o uso da biblioteca. cujo último refere-se às conclusões do autor. juntamente com o título e a introdução. O plano de trabalho e o fichamento. somando os títulos honoríficos. intitulado Que é uma tese e para que serve. incluindo o Prémio Médicis Étranger pela obra O nome da rosa que ficou mundialmente famosa após a sua adaptação para o cinema. núcleo e periferia. conforme o exemplo abaixo: Umberto Eco é um intelectual reconhecido internacionalmente. nasceu em Alessandria. O quarto capítulo. Para o seu bom desenvolvimento é necessário observar alguns pontos sobre a escolha do tema: interesse do pesquisador. Como foi dito. desta última disciplina. Caso sejam necessárias obras estrangeiras para o desenvolvimento do tema. apresenta dois tipos de tese. é apresentada a diferença entre as fontes primárias e as fontes secundárias (ou literatura crítica) do trabalho científico. aborda sobre a autenticidade e credibilidade das fontes. Membro do Conselho de Assessores da Biblioteca Alexandrina (2003) e Membro estrangeiro da Academia Polonesa de Artes e Ciências (2006). detém mais de trinta títulos acadêmicos. podemos apresentar o resumo da obra: A obra é composta por sete capítulos. Sobre o conteúdo. apresenta dois tipos de tese: a de pesquisa e a de compilação. O primeiro capítulo. o pesquisador poderá optar por temas antigos ou contemporâneos. tendo interesse especial pela estética e pela semiótica. No segundo capítulo. dentre algumas destacam-se: Curador Honorário da Associação de James Joyce (1965). A primeira apresenta um conteúdo original sobre determinado tema e exige tempo e maturidade do pesquisador. e metodologia da pesquisa de acordo com a experiência do pesquisador. É detentor de diversas nomeações científicas. a resenha é também chamada de resumo crítico. o seu desenvolvimento dará ao pesquisador experiência de organização de ideias e de trabalho que lhe proporcionará mais desenvoltura na feitura de trabalhos posteriores. são exploradas as diferentes formas de abordar o tema de pesquisa. chamado A escolha do tema. diferenciando as fontes de primeira e de segunda mão. Destaca a importância do pesquisador em saber sobre o local em que se encontram e a sua acessibilidade. a segunda são os materiais que tratam do objeto de pesquisa. A escolha do tipo de tese depende de alguns fatores: tempo. Membro Honorário da Academia Americana de Artes e Letras (1998). A primeira configura-se como o próprio objeto de pesquisa. há um extenso subcapítulo que disserta sobre a pesquisa bibliográfica. Primeiramente. no que diz respeito ao tema. ele deverá dispor-se de tempo para desenvolvê-lo a fim de produzir um trabalho sério. Possui formação em filosofia. Neste capítulo. Sobre a delimitação. após as credenciais do autor. capacidade de trabalho e condição financeira do pesquisador. e mais de vinte prêmios literários. Também. Outros elementos são dispostos para que plano de trabalho seja completo: pergunta. orienta o leitor na preparação de uma espécie de roteiro ou projeto para o desenvolvimento da tese. Assim. portanto. pela sua didática e sua linguagem incomuns a outros tantos manuais e guias de metodologia. Em sua grande maioria. por isso compara a tese com o porco. Ainda. o leitor pode ficar perdido. não é um autor de livro de Metodologia da Pesquisa Científica que expõe inúmeros conceitos e fórmulas para desenvolver o trabalho científico. especialmente aos critérios gráficos.36 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A RESENHA 37 tos (de leitura. não aborda sobre a facilidade da internet e do computador no trabalho científico. com clareza e objetividade. o autor segue os mesmos conselhos que sugere aos seus leitores/ pesquisadores: clareza e objetividade. é fácil perceber o primor da obra de Umberto Eco que se destaca. por autores. justificado por sua grande destreza na escrita. orienta o leitor quanto aos últimos detalhes que deverão ser observados pelo produtor da tese. podemos apontar as nossas críticas sobre a obra resenhada. Também. é necessário um professor para fazer a mediação entre as obras e os futuros produtores de textos acadêmicos. por exemplo. A área da Metodologia Científica é permeada por inúmeras obras que propõem ser um guia para aqueles que precisam de orientação na feitura de trabalhos científicos. . Trata-se de um guia prático para estruturar a redação final da tese. acessível e ético. A redação definitiva. Atenção: não devemos apontar as críticas de forma pejorativa ou ofensiva. No capítulo intitulado A redação há uma preocupação com a maneira pela qual o pesquisador irá se expressar para dissertar sobre a sua pesquisa. pois ela poderá ser a etapa inicial para outros estudos. No capítulo final. Finalmente. uma síntese do autor de todo o conhecimento que ele desenvolveu ao longo da obra e uma retomada desse conteúdo pelo resenhista. cada um atendendo a determinado objetivo de pesquisa. É necessário que o produtor do texto acadêmico leve em consideração o leitor. apresentamos as conclusões do autor acerca do tema que ele desenvolveu na obra. é. Acerca da linguagem. Também. possui um estilo único e raro de se observar em outras obras da área. quando trata das fichas e da pesquisa bibliográfica. uma vez que o trabalho de conclusão de curso mais utilizado no Brasil para esse nível acadêmico é a monografia. Para isso. sendo publicada em 1977. após a apresentação das conclusões do autor. Por isso. Possuindo familiaridade com as obras dessa área. mostrando o que é mais prático. por conta do caráter científico do trabalho. aos apêndices e ao índice. Neste tópico. principalmente. cujas partes são todas aproveitadas e nada se desperdiça. de citações e de trabalho). o autor aponta uma série de observações. o autor conclui que o desenvolvimento de uma tese precisa ser feita com gosto. na verdade. Assim. O sexto capítulo. Após o resumo da obra há um tópico destinado às conclusões do autor. o que pode parecer uma continuação do resumo. incluindo as leituras e as fichas. Este capítulo ainda trata das citações. poderá ser aproveitado como material de consulta para outros trabalhos. parece não oferecer a prática mais fácil para o pesquisador. apresentando dez regras para citar. direcionando para este todas as informações possíveis para um bom entendimento do conteúdo da tese. Quanto à didática. afirma que o processo de feitura da tese. A obra. e das notas de rodapé. mas de maneira formal e polida. à bibliografia. mas um professor experiente que orienta o leitor/pesquisador em suas escolhas. em algumas passagens. entre elas: não exceder nas subordinadas. abrir parágrafos com freqüência e utilizar a linguagem formal. temático. por isso. quando inicia explicando sobre a tese na graduação. podendo ser verificados em várias passagens da obra um tom de ironia e uma proximidade com o leitor. cujo título é Conclusões. as obras apresentam os mesmos conteúdos de uma forma descontextualizada e distante da realidade e maturidade do leitor. mais parecido com o conceito de “tese de compilação”. por meio do resumo e da crítica. Nesse tópico. Abaixo. 3) Espaçamento entre linhas: 1. não usar caixa alta. se houver subtítulo.5. colocá-los em itálico. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta. 2) Folha de rosto (espaçamento entre linhas 1. do aluno. Indicação.25. As resenhas produzidas pelos acadêmicos da FAIFA deverão conter: 1) Capa (espaçamento entre linhas 1. direita e inferior.38 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A RESENHA 39 A editora do livro poderia ter sido mais atenciosa quanto às credenciais do autor. ao fazê-lo devemos observar os seguintes pontos: 1) Coesão e coerência. Crítica. por sua projeção e sua importância internacional.0. um exemplo: A obra poderá auxiliar todo e qualquer aluno que objetiva desenvolver uma pesquisa acadêmica ou que esteja em fase de desenvolvimento. 2) Margens: esquerda e superior. 4) Credenciais do autor. Também. 5) 6) 7) 8) Resumo. 5) Fonte: Times New Roman ou Arial.5. 3. . se houver citação de títulos e subtítulos de obras. 3) Referência bibliográfica. nome da IES. fonte 12.5. do curso. 4) Recuo do parágrafo: 1. nome do aluno. espaçamento simples entre linhas e justificado).0. apresentação do trabalho com recuo de 8 cm. 2. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta. deverão seguir a seguinte apresentação textual: 1) Folha: A4. partindo da especificidade do conteúdo da obra. 6) Texto justificado. não usar caixa alta. se houver subtítulo. 2) Linguagem objetiva e formal. passamos ao último tópico da resenha: Indicação. A obra também oferece um rico conteúdo para aqueles que se interessam em aprofundar na área da metodologia da pesquisa científica. Além de atentarmos para as particularidades desse tipo de trabalho. Depois de demonstrarmos conhecimento da obra resenhada. colocá-los em itálico). apontamos os seus possíveis interessados. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. tamanho 12. pois oferece orientações nas diferentes fases do processo da pesquisa. Conclusão do autor. do curso de Bacharelado em Teologia. da Faculdade da Igreja Ministério Fama – FAIFA. GOIÂNIA 2012 GOIÂNIA 2012 . sob a orientação da professora Vivian Bueno Cardoso.40 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A RESENHA 41 FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA NOME DO ALUNO NOME DO ALUNO RESENHA: COMO SE FAZ UMA TESE RESENHA: COMO SE FAZ UMA TESE Trabalho apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica. professor na Universidade de Bolonha. no que diz respeito ao tema. O terceiro capítulo. a panorâmica. São Paulo: Perspectiva. A primeira apresenta um conteúdo original sobre determinado tema e exige tempo e maturidade do pesquisador. Sobre a delimitação. Para o seu bom desenvolvimento é necessário observar alguns pontos sobre a escolha do tema: interesse do pesquisador. Primeiramente. O primeiro capítulo. detém mais de trinta títulos acadêmicos. A primeira configura-se como o próprio objeto de pesquisa. cujo tema é bem preciso. são exploradas as diferentes formas de abordar o tema de pesquisa. Membro do Fórum Internacional da UNESCO (1992-1993). 20. nasceu em Alessandria. fontes de pesquisa acessíveis e manejáveis. Caso sejam necessárias obras estrangeiras para o desenvolvimento do tema. Destaca a importância do pesquisador em saber sobre o local em que se encontram e a sua acessibilidade. tendo interesse especial pela estética e pela semiótica. Possui formação em filosofia. é preferível que o pesquisador utilize-as em sua versão original. Também. chamado A escolha do tema. é apresentada a diferença entre as fontes primárias e as fontes secundárias (ou literatura crítica) do trabalho científico. Humberto. portanto. Sobre o conteúdo. ed. aborda sobre a autenticidade e credibilidade das fontes. o pesquisador poderá optar por temas antigos ou contemporâneos. 2006. e mais de vinte prêmios literários. crítico literário e romancista italiano. desta última disciplina. 2 CREDENCIAIS DO AUTOR Umberto Eco é um intelectual reconhecido internacionalmente. No segundo capítulo. Membro Honorário da Academia Americana de Artes e Letras (1998). há um extenso subcapítulo que disserta sobre a . Professor. É detentor de diversas nomeações científicas. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. intitulado Que é uma tese e para que serve. somando os títulos honoríficos. A pesquisa do material. em 1932. Qualquer que seja a escolha do pesquisador. incluindo o Prémio Médicis Étranger pela obra O nome da rosa que ficou mundialmente famosa após a sua adaptação para o cinema. o pesquisador necessita dominar o idioma das obras e autores que pretende consultar. e metodologia da pesquisa de acordo com a experiência do pesquisador. a segunda são os materiais que tratam do objeto de pesquisa. Como se faz uma tese. Neste capítulo. ele deverá dispor-se de tempo para desenvolvê-lo a fim de produzir um trabalho sério. e a monográfica. o seu desenvolvimento dará ao pesquisador experiência de organização de ideias e de trabalho que lhe proporcionará mais desenvoltura na feitura de trabalhos posteriores. Seja qual for o tipo de tese escolhido. dentre algumas destacam-se: Curador Honorário da Associação de James Joyce (1965). ensaísta.42 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A RESENHA 43 1 REFERÊNCIA ECO. enquanto a segunda pode ser entendida como um trabalho de reunião de textos sobre determinado assunto. apresenta dois tipos de tese. Também. Membro do Conselho de Assessores da Biblioteca Alexandrina (2003) e Membro estrangeiro da Academia Polonesa de Artes e Ciências (2006). capacidade de trabalho e condição financeira do pesquisador. 3 RESUMO A obra é composta por sete capítulos. A escolha do tipo de tese depende de alguns fatores: tempo. observando a bibliografia disponível para facilitar o seu desenvolvimento. cujo último referese às conclusões do autor. diferenciando as fontes de primeira e de segunda mão. sendo. trata das fontes de pesquisa. apresenta dois tipos de tese: a de pesquisa e a de compilação. cujo tema é extensivo e pouco delimitado. possui um estilo único e raro de se observar em outras obras da área. O quarto capítulo. justificado por sua grande destreza na escrita. quando trata das fichas e da pesquisa bibliográfica. neste capítulo. Trata-se de um guia prático para estruturar a redação final da tese. sendo publicada em 1977. por isso. mostrando o que é mais prático. aos apêndices e ao índice. não aborda sobre a facilidade da internet e do computador no trabalho científico. de citações e de trabalho). é necessário um professor para fazer a mediação entre as obras e os futuros produtores de textos acadêmicos. A obra. 4 CONCLUSÃO DO AUTOR No capítulo final. por autores. parece não oferecer a prática mais fácil para o pesquisador. direcionando para este todas as informações possíveis para um bom entendimento do conteúdo da tese. A redação definitiva. partindo de um índice hipotético que. em algumas passagens. Este capítulo ainda trata das citações. Também. o autor segue os mesmos conselhos que sugere aos seus leitores/ pesquisadores: clareza e objetividade. 5 CRÍTICA A área da Metodologia Científica é permeada por inúmeras obras que propõem ser um guia para aqueles que precisam de orientação na feitura de trabalhos científicos. orienta o leitor na preparação de uma espécie de roteiro ou projeto para o desenvolvimento da tese. o autor conclui que o desenvolvimento de uma tese precisa ser feita com gosto. incluindo as leituras e as fichas. à bibliografia. é fácil perceber o primor da obra de Umberto Eco que se destaca. por exemplo. não é um autor de livro de Metodologia da Pesquisa Científica que expõe inúmeros conceitos e fórmulas para desenvolver o trabalho científico. o armazenamento de dados em fichas e as citações bibliográficas. são apresentados diferentes tipos de fichamentos (de leitura. abrir parágrafos com freqüência e utilizar a linguagem formal. as obras apresentam os mesmos conteúdos de uma forma descontextualizada e distante da realidade e maturidade do leitor. núcleo e periferia. Possuindo familiaridade com as obras dessa área. pela sua didática e sua linguagem incomuns a outros tantos manuais e guias de metodologia. poderá ser aproveitado como material de consulta para outros trabalhos. podendo ser verificados em várias passagens da obra um tom de ironia e uma proximidade com o leitor. temático. Por isso. cada um atendendo a determinado objetivo de pesquisa. O plano de trabalho e o fichamento. especialmente aos critérios gráficos. Quanto à didática. Outros elementos são dispostos para que plano de trabalho seja completo: pergunta. juntamente com o título e a introdução. É necessário que o produtor do texto acadêmico leve em consideração o leitor. No capítulo intitulado A redação há uma preocupação com a maneira pela qual o pesquisador irá se expressar para dissertar sobre a sua pesquisa. entre elas: não exceder nas subordinadas.44 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A RESENHA 45 pesquisa bibliográfica. Também. explicando sobre o uso da biblioteca. e das notas de rodapé. por isso compara a tese com o porco. Também. com clareza e objetividade. Para isso. Ainda. forma o plano de trabalho. Em sua grande maioria. apresentando dez regras para citar. cujo título é Conclusões. afirma que o processo de feitura da tese. O sexto capítulo. mas um professor experiente que orienta o leitor/pesquisador em suas escolhas. acessível e ético. principalmente. o autor aponta uma série de observações. quando . orienta o leitor quanto aos últimos detalhes que deverão ser observados pelo produtor da tese. cujas partes são todas aproveitadas e nada se desperdiça. pois ela poderá ser a etapa inicial para outros estudos. Acerca da linguagem. 6 INDICAÇÃO A obra poderá auxiliar todo e qualquer aluno que objetiva desenvolver uma pesquisa acadêmica ou que esteja em fase de desenvolvimento. A obra também oferece um rico conteúdo para aqueles que se interessam em aprofundar na área da metodologia da pesquisa científica. por sua projeção e sua importância internacional. A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA . o leitor pode ficar perdido. pois oferece orientações nas diferentes fases do processo da pesquisa. mais parecido com o conceito de “tese de compilação”. uma vez que o trabalho de conclusão de curso mais utilizado no Brasil para esse nível acadêmico é a monografia. A editora do livro poderia ter sido mais atenciosa quanto às credenciais do autor.46 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA 47 inicia explicando sobre a tese na graduação. ] a Dissertação é a forma de redação mais usual. Assim. “o que”. tentando convencer o leitor da veracidade de seus argumentos. Cada tipo de texto possui características que estão relacionadas ao objetivo do seu produtor e à recepção do leitor. “por que” e “para quem” escrever. tendo em vista que a dissertação é um texto que trabalha com a linguagem referencial (cuja função é informar sobre fatos da realidade. Isso porque para cada um desses textos houve um produtor que objetivava alcançar o seu leitor de maneiras diferentes. Geralmente. diferentemente da ficção). Com a palavra. Comércio. 1993. predominante nos textos de trabalhos escolares. etc. p. ensaios. uma crônica de jornal é diferente de uma resenha e um romance é diferente de uma receita de bolo. quando quisermos expor. A prosa dissertativa é. fatos e dados reais. artigos e relatórios técnico-científicos) e nos textos técnico-administrativos. (CAMPOS.. discutir e/ou argumentar sobre determinado assunto. A dissertação é um tipo de texto com o qual temos contato durante o ensino básico. poderemos utilizar a dissertação. quem entende do assunto: [.. analisar e/ou discutir sobre um assunto. 5). SOARES. ou seja. com a administração e produção de pesquisas em Instituições que fazem Ciência. Um poema é diferente de um conto. nos textos de produção e divulgação científicas (monografias. argumentar e/ou defender uma ideia. com a administração e execução técnico-burocráticas de serviços ligados à Indústria. . ela é utilizada quando o seu produtor tem o objetivo de expor. assim. Com mais frequência é a forma de redação solicitada às pessoas envolvidas com a produção de trabalhos escolares.49 4 A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA Os textos possuem as suas peculiaridades. devemos ter o domínio da estrutura dissertativa. características necessárias num texto dissertativo. Antes de iniciar esse trabalho. chamado também de argumentativo ou expositivo. “Teologia sistemática”. é fundamental propormos objetivos para o desenvolvimento do texto. objetivos e fundamentação teórica. chegamos ao tema da dissertação acadêmica. o número de autores e obras sobre o assunto seria enorme. se assim o fizermos. pois podemos responder a questão “Sobre qual assunto você irá dissertar?”. 4. Se decidíssemos escrever sobre Teologia. argumentos ou reflexões sobre determinado tema. construiremos os argumentos/ exposições de nossa dissertação acadêmica. precisamos desenvolver um projeto. Facilitaria. Para chegar ao tema da dissertação acadêmica é necessário delimitar o assunto. podemos escolher uma fonte específica para ser o assunto a ser dissertado: “as Escrituras”. Ainda. A dissertação acadêmica mantém a estrutura do texto dissertativo. Vejamos um exemplo: Teologia ↓ Teologia Sistemática ↓ Fontes da Teologia ↓ As Escrituras Hipoteticamente. Dissertar sobre um assunto que conhecemos e dominamos é tarefa mais fácil e prazerosa. no entanto. o texto perderá a credibilidade e a seriedade. Não há possibilidade de discorrermos sobre um assunto que não conhecemos. Por isso. da pesquisa bibliográfica. Os objetivos . ao expor. se escolhêssemos uma área específica da Teologia. do desenvolvimento e da conclusão. ainda mais. caracteriza-se por apresentar discussões.1 O projeto da Dissertação Acadêmica Sobre qual assunto você irá dissertar? Quais os pontos específicos serão abordados sobre o assunto? Quais fontes de pesquisa serão utilizadas? Essas questões são respondidas no projeto por meio dos tópicos: tema. o produtor da dissertação deverá conhecer o assunto tratado. dos tipos de citação e de referências bibliográficas. o nosso tema será as Escrituras como fonte da Teologia. Não é viável desenvolvermos um assunto amplo. as provas de concursos são tão temidas. a partir deles. da argumentação. pois não sabemos sobre qual assunto teremos que dissertar. a partir de uma área específica da Teologia. isto é. para a sua feitura. pois podemos nos perder na pesquisa e na escrita. Dessa forma. se escolhêssemos um assunto abordado por determinada área específica da Teologia. Por isso. Esse projeto nos orientará na pesquisa e na escrita da dissertação acadêmica. Objetivos O texto dissertativo. chegamos a um assunto abordado pela disciplina: “fontes da Teologia”. Por esse motivo. pois é necessário traçar um plano antes de começarmos a produzi-la definitivamente. pois. Iremos dissertar sobre as Escrituras como fonte da Teologia. discutir e/ou argumentar sobre determinado assunto. poderíamos delimitar o nosso campo de trabalho. O tema O tema diz respeito ao assunto que será dissertado. mais a fundamentação teórica pautada na pesquisa bibliográfica. com a apresentação da introdução.50 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 51 Logicamente. Por isso é importante ter a orientação de algum professor da área do conhecimento em que se insere o tema que pretendemos dissertar. feita por meio de parágrafos articulados com coesão e coerência. 2. durante o desenvolvimento do trabalho. passamos para a leitura proveitosa. Essa consulta ou pesquisa que faremos para levantar informações sobre o tema é chamada de pesquisa bibliográfica.52 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 53 respondem à questão “Quais os pontos específicos serão abordados sobre o assunto?”. Após a escolha do material que iremos utilizar. ou seja. dando-lhe maior credibilidade e.2 A Estrutura da Dissertação Acadêmica A estrutura da dissertação é formada por introdução. Assim. Para ilustrarmos essa estrutura. Abordar a inspiração das Escrituras. desde que confiável. mas juntamente com a razão. da faculdade FAIFA. Fundamentação teórica Escolhidos o tema e os objetivos que serão dissertados. de que forma podemos apresentar os argumentos/exposições ao leitor? Precisamos traçar ações para organizar e ordenar as nossas ideias. Comentaremos o Antigo e o Novo Testamentos. para a leitura e marcações dos textos. 5. se assim o fizermos. Destacaremos as Escrituras como a “Palavra de Deus” para enfatizar o seu caráter divino. A fundamentação teórica acentua o caráter científico da dissertação acadêmica. para tanto. utilizaremos e analisaremos a dissertação de um graduando do primeiro período do curso de Bacharelado em Teologia. devemos começar a leitura de textos sobre o assunto. 3. “as Escrituras como fonte da Teologia”. isto é. disciplina que é guiada não unicamente pela fé. 4. pois. mostraremos a importância das Escrituras como fonte da Teologia. Finalmente. num texto único. pois cada objetivo deverá se configurar em unidade ou ideia central de parágrafo. é preciso citar os autores e as obras que colaboraram para o nosso aprofundamento no tema. . também. também. 4. Se tomarmos como exemplo o tema citado acima. A delimitação do assunto e a escolha dos objetivos ajudam a. pois elas oferecerão subsídios para a nossa fundamentação teórica. O parágrafo de introdução deverá ser composto pelos Iremos conceituar as Escrituras para que o leitor entenda o conceito adotado no trabalho e. para acentuar o seu caráter divino. estaremos comprometendo a organização e a clareza do texto. também. sem tópicos. pois são eles que formam as Escrituras. desenvolvimento e conclusão. ou seja. podemos propor os seguintes objetivos: 1. Comentar o Antigo e o Novo Testamentos como Escrituras. possa entender melhor o texto. Conceituar as Escrituras. delimitar a nossa leitura. Mostrar a importância das Escrituras como fonte da Teologia. Sendo assim. Destacar as Escrituras como a “Palavra de Deus”. A pesquisa bibliográfica pode ser feita por meio de qualquer tipo de texto. Cada objetivo será desenvolvido em um ou mais parágrafos. temos que prestar atenção a sua origem e à credibilidade do autor. ajudam a limitar o número de obras disponíveis para serem consultadas. Nunca poderão ser desenvolvidos dois objetivos em um parágrafo. Abordaremos a inspiração das Escrituras. Apresentação do tema: “O presente trabalho tem por finalidade apresentar as Escrituras como fonte da Teologia. Fontes de pesquisa (fundamentação teórica). A base do Novo Testamento é Cristo. instruir e governar toda a igreja em ação. Fontes de pesquisa (fundamentação teórica): “utilizando como referências a Bíblia Sagrada e os autores Alister McGrath. comentar o Antigo e Novo Testamento. Elas não representam apenas um objeto de estudos acadêmicos formais no cristianismo. bem como de que maneira irá ordená-lo e fundamentá-lo. Apresentação do tema. por meio das boas novas (os evangelhos). 2. Citação dos objetivos. Franklin Ferreira e Alan Myatt. Também. Para tanto se faz necessário conceituar as Escrituras. Este trabalho adota o termo Escrituras. Exemplo: Os termos Escrituras e Bíblia são sinônimos e aplicados. dessa maneira (assim como por meio de sua palavra viva). Franklin Ferreira e Alan Myatt. ao conjunto dos livros sagrados do Antigo e do Novo Testamento. 2. Judas e João. Vejamos: 1. e. A síntese da lei são os Dez Mandamentos. destacar as Escrituras como a ‘Palavra de Deus’. Citação dos objetivos: “Para tanto se faz necessário conceituar as Escrituras. As expressões Antigo e Novo Testamentos são tipicamente cristãs e de natureza intensamente teológica. A base do Antigo Testamento é a Lei. concluir sobre a importância das Escrituras como fonte da Teologia”.54 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 55 itens que utilizamos no projeto: 1. que expõe nosso pecado e traz em si a justiça. ao passo que o Novo Testamento apresenta a figura de Jesus Cristo cheio de graça e verdade. pois houve uma pesquisa formal que comprova aquilo que estamos expondo. Podemos perceber que o acadêmico seguiu corretamente o esquema acima para desenvolver o seu parágrafo de introdução. 206): Toda a Bíblia é ditada pelo Espírito de Deus para. 3. comentar o Antigo e Novo Testamento. abordar a inspiração das Escrituras. informando ao seu leitor exatamente sobre o assunto que ele irá dissertar. O desenvolvimento será composto por parágrafos que estarão de acordo com os objetivos apresentados na introdução. Ela compõe-se de duas partes. Segundo McGrath (2005. mostrando para o leitor que o nosso pensamento possui base teórica e cientificidade. é durante o desenvolvimento que introduzimos a fundamentação teórica. Exemplo: O presente trabalho tem por finalidade apresentar as Escrituras como fonte da Teologia. As Escrituras designam um conjunto de textos com credibilidade e autoridade reconhecidas pelo pensamento cristão. aquele que perdoando os pecados. das cartas do apóstolo Paulo aos gentios (não judeus) e das outras cartas gerais dos discípulos Pedro. até os confins do mundo. os Antigo e Novo Testamentos. Assim. encerra em si a graça. e. mas também são lidas nos cultos públicos. cada objetivo citado deverá ser abordado nos parágrafos do desenvolvimento da dissertação. ao final.”. p. ao final. abordar a inspiração das Escrituras. destacar as Escrituras como a “Palavra de Deus”. 3. concluir sobre a importância das Escrituras como fonte da Teologia. As polêmicas teológicas entre essas expressões surgem em função do Antigo Testamento retratar as leis. conceitualmente. mostrados de forma mais detalhada . utilizando como referências a Bíblia Sagrada e os autores Alister McGrath. entendendo-o como equivalente à Bíblia.”. sendo ainda objeto de meditação e devoção individual pelos cristãos. os profetas e os salmos como caminhos para a salvação eterna em Deus. nem sequer uma parte dela. Portanto. Em sentido geral a “Palavra de Deus” é usada para designar as Escrituras como um todo. Conforme 2 Timóteo (3. 18): Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito. Finalmente. p. aprouve a Ele vir do seu próprio fôlego. para alcançar sua justiça mediante o sacrifício de seu Filho por nós: para que. ela também é composta por mais duas partes: a pré-textual e a pós-textual. segundo a nossa natureza. Conforme McGrath (2005.. crítica.. de forma inerrante e suficiente.. especialmente. terra. corretores de texto e gramáticas. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo.16. a fim de que registrassem. morte e ressurreição de Cristo. a conclusão deverá apresentar uma síntese.56 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 57 na Lei e interpretados pelos Profetas [. enviar seu próprio Filho como um de nós. Segundo Franklin Ferreira e Alan Myatt (2007.. tendo em vista que homem algum foi capaz de cumprir a Lei. pensar que na ausência de algo maior que Deus. Para auxiliar na escrita da dissertação acadêmica. podendo ser utilizada também para designar o evangelho de Cristo e. Segundo João (3.16): “Toda a escritura é inspirada por Deus [. o padrão formal/culto da língua. conforme sua origem grega: theopneustos. 116): Podemos definir a inspiração das Escrituras como sendo a influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os homens escolhidos por ele mesmo. os propósitos e a natureza de Deus se manifestam na história por meio da pessoa de Jesus Cristo”.]. por ser um trabalho acadêmico. A parte pós-textual é composta pelas A importância das Escrituras como fonte da Teologia é patente a todos os homens de boa vontade e sensatos na face da . e devem ser articuladas intelectualmente para alcançar o maior mistério da humanidade: a vida eterna. pudéssemos ser (ao menos) salvos pela fé. devemos nos lembrar que. 207): “Ao referir-se a Cristo como a ‘Palavra de Deus encarnada’. mas para que o mundo fosse salvo por ele. uma vez que não pudemos ser salvos por nossas obras. a teologia cristã tentou expressar a idéia de que a vontade. podemos recorrer a dicionários. Além da estrutura da dissertação acadêmica. o que não crê já está julgado. As Escrituras Sagradas têm outro importante sinônimo como a “Palavra de Deus”. aprouve a Deus em sua infinita bondade e sabedoria. ou seja. vida. mas pela atividade intelectual de pensar Deus Pai. p. Razão e Experiência são consideradas as fontes principais da Teologia. Percebemos que a linguagem utilizada no texto é a linguagem formal. mas tenha a vida eterna. para que todo o que nele crê não pereça. ou seja. porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. Deus Filho e Deus Espírito Santo. Contudo.]”. solução ou reflexão do que foi abordado nos parágrafos do desenvolvimento. capacitando homens especiais para a missão de registrar sua Palavra. toda a vontade de Deus em relação à salvação e à vida do homem. não para que julgasse o mundo. Vejamos como o acadêmico finaliza o seu texto: As Escrituras ao lado da Tradição. constituindo-se esse registro na única fonte e norma da fé e prática cristã. não movidos pela fé cega. Quem nele crê não é julgado. em toda sua extensão. a base da Lei da Graça encontra-se nas histórias do nascimento. que é a sua parte textual. Não podemos utilizar gírias. nem a linguagem coloquial. A parte pré-textual é formada pela capa e folha de rosto. A inspiração das Escrituras por Deus deve ser compreendida a partir da fé seguida da razão. para designar o próprio Jesus Cristo que se tornou carne. soberania e plenitude. as referências bibliográficas ficam isoladas da parte textual da dissertação acadêmica. apresentação do trabalho com recuo de 8 cm. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta.58 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 59 referências bibliográficas.5. São Paulo: Shedd Publicações. bíblica e apologética para o contexto atual. colocálos em itálico). 1997. Teologia sistemática: uma análise histórica. Franklin. do aluno. Português. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. logo após o texto. São Paulo: Vida Nova. As dissertações acadêmicas produzidas pelos acadêmicos da FAIFA deverão conter: 1) Capa (espaçamento entre linhas 1. 2) Folha de rosto (espaçamento entre linhas 1. 2. tamanho 12. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. por isso devem estar numa folha separadamente. se houver subtítulo. Alan. De acordo com a dissertação analisada acima. ou seja.0. 3) Espaçamento entre linhas: 1. Também. A. FERREIRA. A configuração das referências deverá seguir a ABNT. pela exposição dos materiais que foram fontes de pesquisa para o desenvolvimento da dissertação acadêmica. 3) Texto. MCGRATH. fonte 12. nome do aluno. . estas são as suas referências bibliográficas: BÍBLIA. São Paulo: Vida Nova. Assim como a capa e a folha de rosto. 3. 6) Texto justificado. histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã. conforme demonstra o modelo a seguir. 5) Fonte: Times New Roman ou Arial. 4) Referências. 2) Margens: esquerda e superior. Bíblia Sagrada. MYATT. espaçamento simples entre linhas e justificado). de Siqueira Lopes.5. colocá-los em itáli- co. Teologia sistemática. deverão seguir a seguinte apresentação textual: 1) Folha: A4. 2005.0. se houver subtítulo. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta.25. não usar caixa alta. nome da IES. 4) Recuo do parágrafo: 1.5.. Tradução de Marisa K. Alister E. citados no texto. direita e inferior. do curso. 2007. Tradução de João Ferreira de Almeida. especificamente a NBR 6023 (conferir o tópico sobre o artigo científico). não usar caixa alta. do curso de Bacharelado em Teologia. GOIÂNIA 2012 GOIÂNIA 2012 . sob a orientação da professora Vivian Bueno Cardoso. da Faculdade da Igreja Ministério Fama – FAIFA.60 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 61 FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA NOME DO ALUNO NOME DO ALUNO AS ESCRITURAS COMO FONTE DA TEOLOGIA AS ESCRITURAS COMO FONTE DA TEOLOGIA Trabalho apresentado à disciplina de Língua Portuguesa. até os confins do mundo. aprouve a Ele vir do seu próprio fôlego. os Antigo e Novo Testamentos. A inspiração das Escrituras por Deus deve ser compreendida a partir da fé seguida da razão. A síntese da lei são os Dez Mandamentos. A importância das Escrituras como fonte da Teologia é . pensar que na ausência de algo maior que Deus. A base do Antigo Testamento é a Lei. As Escrituras designam um conjunto de textos com credibilidade e autoridade reconhecidas pelo pensamento cristão. ou seja. a teologia cristã tentou expressar a idéia de que a vontade. As polêmicas teológicas entre essas expressões surgem em função do Antigo Testamento retratar as leis. Conforme 2 Timóteo (3. instruir e governar toda a igreja em ação. Ela compõe-se de duas partes.. os propósitos e a natureza de Deus se manifestam na história por meio da pessoa de Jesus Cristo”.62 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 63 O presente trabalho tem por finalidade apresentar as Escrituras como fonte da Teologia. Judas e João. tendo em vista que homem algum foi capaz de cumprir a Lei. ao conjunto dos livros sagrados do Antigo e do Novo Testamento. podendo ser utilizada também para designar o evangelho de Cristo e. para alcançar sua justiça mediante o sacrifício de seu Filho por nós: para que.. 116): Podemos definir a inspiração das Escrituras como sendo a influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os homens escolhidos por ele mesmo. abordar a inspiração das Escrituras. ao final. e. mas também são lidas nos cultos públicos. Conforme McGrath (2005. Contudo. p. constituindo-se esse registro na única fonte e norma da fé e prática cristã. pudéssemos ser (ao menos) salvos pela fé. de forma inerrante e suficiente. 206): Toda a Bíblia é ditada pelo Espírito de Deus para. Franklin Ferreira e Alan Myatt. aquele que perdoando os pecados. segundo a nossa natureza. p. sendo ainda objeto de meditação e devoção individual pelos cristãos. As expressões Antigo e Novo Testamentos são tipicamente cristãs e de natureza intensamente teológica. Portanto. os profetas e os salmos como caminhos para a salvação eterna em Deus. 207): “Ao referir-se a Cristo como a ‘Palavra de Deus encarnada’. Este trabalho adota o termo Escrituras. enviar seu próprio Filho como um de nós.16): “Toda a escritura é inspirada por Deus [. destacar as Escrituras como a “Palavra de Deus”. por meio das boas novas (os evangelhos). dessa maneira (assim como por meio de sua palavra viva). das cartas do apóstolo Paulo aos gentios (não judeus) e das outras cartas gerais dos discípulos Pedro. para designar o próprio Jesus Cristo que se tornou carne.]. utilizando como referências a Bíblia Sagrada e os autores Alister McGrath. a base da Lei da Graça encontra-se nas histórias do nascimento. conceitualmente. encerra em si a graça. As Escrituras Sagradas têm outro importante sinônimo como a “Palavra de Deus”. concluir sobre a importância das Escrituras como fonte da Teologia. Elas não representam apenas um objeto de estudos acadêmicos formais no cristianismo. Para tanto se faz necessário conceituar as Escrituras. p.. comentar o Antigo e Novo Testamentos. ao passo que o Novo Testamento apresenta a figura de Jesus Cristo cheio de graça e verdade.]”. Em sentido geral a “Palavra de Deus” é usada para designar as Escrituras como um todo. a fim de que registrassem. A base do Novo Testamento é Cristo. conforme sua origem grega: theopneustos. que expõe nosso pecado e traz em si a justiça. aprouve a Deus em sua infinita bondade e sabedoria. Os termos Escrituras e Bíblia são sinônimos e aplicados. uma vez que não pudemos ser salvos por nossas obras. entendendo-o como equivalente à Bíblia. Segundo McGrath (2005. morte e ressurreição de Cristo. vida. Segundo Franklin Ferreira e Alan Myatt (2007. nem sequer uma parte dela. especialmente. toda a vontade de Deus em relação à salvação e à vida do homem.. mostrados de forma mais detalhada na Lei e interpretados pelos Profetas [. capacitando homens especiais para a missão de registrar sua Palavra. 64 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A DISSERTAÇÃO ACADÊMICA 65 patente a todos os homens de boa vontade e sensatos na face da terra. Teologia sistemática. não para que julgasse o mundo. 2007. MCGRATH. São Paulo: Vida Nova. Teologia sistemática: uma análise histórica. Português. Bíblia Sagrada. porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. para que todo o que nele crê não pereça. Alister E. A. 1997. FERREIRA.. Franklin. não movidos pela fé cega. MYATT. 18): Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito. soberania e plenitude. As Escrituras ao lado da Tradição. Deus Filho e Deus Espírito Santo. em toda sua extensão.16. mas para que o mundo fosse salvo por ele. e devem ser articuladas intelectualmente para alcançar o maior mistério da humanidade: a vida eterna. Tradução de João Ferreira de Almeida. histórica e filosófica: uma introdução à teologia cristã. Alan. Segundo João (3. Tradução de Marisa K. mas pela atividade intelectual de pensar Deus Pai. REFERÊNCIAS BÍBLIA. São Paulo: Vida Nova. mas tenha a vida eterna. de Siqueira Lopes. . bíblica e apologética para o contexto atual. 2005. Razão e Experiência são consideradas as fontes principais da Teologia. Quem nele crê não é julgado. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo. São Paulo: Shedd Publicações. o que não crê já está julgado. 67 O ARTIGO CIENTÍFICO . São eles: 1) Tema. 3) Hipótese. 7) Metodologia.1.1 O projeto do artigo científico Os elementos que compõem o projeto de pesquisa para o desenvolvimento de um artigo científico são os mesmos utilizados para compor o projeto de uma monografia. 8) Cronograma. 6) Revisão Teórica. 5) Justificativa. 5.69 5 O ARTIGO CIENTÍFICO O artigo científico é um texto que segue a mesma lógica da dissertação acadêmica. um projeto que norteará a pesquisa e organizará a escrita do texto. Também. é importante verificarmos se há um . Assim como a dissertação acadêmica. Vejamos cada elemento com os seus respectivos exemplos. 5. 4) Objetivos (geral e específicos). para desenvolvermos um artigo é necessário traçar um plano. É importante escolhermos um tema com o qual tenhamos familiaridade e vontade de estudá-lo.1 O tema O tema está relacionado ao assunto que será pesquisado e desenvolvido no artigo científico. pois é um texto mais complexo e exige mais atenção em sua organização. ou seja. no entanto. acrescidos mais alguns elementos. 2) Problema de pesquisa. se assim quiséssemos. detectamos uma questão que será respondida ao longo do trabalho. Nesse caso. a esfera pública (municipal ou estadual). Assim o tema ou assunto “A adoção de criança” [. No projeto. citado por Lakatos e Marconi: . Assim. segundo ano. e transformando em problema. Com a palavra.1. em outras estruturas. Depois de escolhermos o tema é necessário delimitálo. quem entende do assunto: O problema implica: ser dificuldade. especificando o estado ou a cidade. Partindo do exemplo citado. ser expressão de pensamento interrogativo (dúvida curiosidade. o ano de ensino (primeiro ano.] pode ser convertido no seguinte tópico [ou delimitação]: “o perfil da mãe cedente no processo de adoção”. da fundamentação teórica e da argumentação durante a produção do artigo. alunos e pais.problema: quais condições exercem mais influência na decisão das mães em dar os filhos recém-nascidos para a adoção? (SALOMON. . No caso da referida disciplina. . Poderíamos. delimitar ainda mais o tema. consciente ou inconscientemente.tema: o perfil da mãe que deixa o filho recém-nascido para adoção. parte-se de um tema/assunto geral para um tema/assunto específico. verifica-se que a sua implantação está ligada a uma série de desafios e dificuldades para o seu bom desenvolvimento. A delimitação do tema é importante para que não nos percamos nas pesquisas. 5. terceiro ano e assim por diante) etc.. colocar limites na expansão do seu assunto. admiração.70 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 71 número significativo de obras e autores que tratam do tema. Qualquer implantação educacional exige organização e tempo para que as partes envolvidas possam adequar-se à novidade.). Quais são os problemas enfrentados pelos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil? A resposta a esse problema será respondida por meio da pesquisa. 219). O problema também delimita o tema e impõe um caminho a ser percorrido pelo pesquisador.2 O problema Quando escolhemos um tema. também. Os problemas não foram diagnosticados apenas na escola. pode-se ligar o tema a uma questão ou problema a ser respondido. “Os desafios da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil”. necessidade. 2004. ao se focalizarem as condições mais preponderantes no processo de decisão que levam mãe a ceder o filho à adoção. ou seja... para facilitar a pesquisa e a fundamentação teórica. Exemplo: Tema Geral: Educação Religiosa Tema Delimitado/Específico: Os desafios da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil.. mas. o problema poderia ser o seguinte: A implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas brasileiras foi uma surpresa para muitos professores. Ou como fez Bardavid (1980). o acadêmico deverá apresentar apenas o tema delimitado. p. ser delimitação. mas correta. Todas as disciplinas são ministradas por profissionais da área. Elementar. Os professores são contratados e pagos por suas aulas. sempre há um objetivo. Diagnosticar os problemas da implantação da Educação Religiosa no ensino público brasileiro. Todas as disciplinas. uma intenção. Com a palavra. A partir do problema citado anteriormente (Quais são os problemas enfrentados pelos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil?). Por meio da nossa familiaridade com o tema. salvo o professor de Educação Religiosa. Dessa maneira. temos competência para sugerir uma ou mais hipóteses. 2004. (SALOMON. bem como as suas fontes geradoras. . quem entende do assunto: Hipótese e problema formam um todo indivisível. Como é a “solução” indicada e que precisa ser comprovada pela pesquisa – daí a coleta de dados e sua análise se fazerem em função da (s) hipóteses (s) – sua formulação está intimamente relacionada com o problema. podemos sugerir a seguinte hipótese: A Educação Religiosa foi implantada no Brasil. 5.. no ensino público.1. mostrar.. apontar.72 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 73 5. EU PRETENDO. a saber. Vamos fazer um exercício. É importante ressaltar que o objetivo geral sempre iniciará com um verbo no Infinitivo: diagnosticar. gerando uma série de fatores que dificultam a sua execução. pensese no projeto quer metodológica. um propósito. p.4 O objetivo geral O objetivo geral está ligado diretamente ao tema.PCN. o objetivo geral do projeto será “Diagnosticar os problemas da implantação da Educação Religiosa no ensino público brasileiro.1. é a definição da hipótese como resposta provisória ao problema. para melhor chegarmos ao objetivo: A partir do tema "Os desafios da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil". são integrantes de um documento que norteia o seu processo de ensino. sem uma organização adequada como as demais disciplinas. Parâmetros Curriculares Nacionais . quer teoricamente. etc. conforme o exemplo. 219). A hipótese também orienta a pesquisa do trabalho acadêmico. salvo a Educação Religiosa. bem como as suas fontes geradoras”. salvo a Educação Religiosa. Não escolhemos um tema para desenvolvermos um trabalho acadêmico por acaso. Partindo desses fatores verifica-se a inadequação da implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil.3 A hipótese Chamamos de hipótese uma possível resposta ao nosso problema de pesquisa. pelo menos. oferece subsídios para sanar os conflitos existentes nessa fase do educando e. Este projeto foi idealizado para entender e apontar os motivos das dificuldades encontradas pela Educação Religiosa no que se refere a sua organização e implantação no ensino fundamental das escolas pública brasileiras. A Educação Religiosa.6 A justificativa Neste tópico. Se a partir da leitura do objetivo geral temos uma visão ampla do objetivo do projeto. Vincula-se diretamente à própria significação da tese [assunto. de forma mais detalhada. Essa disciplina. devemos expor os motivos e interesses que nos levaram a escolher o tema proposto no projeto. o que se deve fazer para atingi-lo. Os resultados buscados pelo estudo proposto oferecerão um diagnóstico acerca da Educação Religiosa no Brasil. Novamente. quer dos fenômenos e eventos. área muito importante para a formação do indivíduo. Em seguida. desenvolveremos um texto justificando a escolha do tema. b) Verificar o perfil do professor de Educação Religiosa. Dessa forma. Por último. bem como as suas condições de trabalho. como componente do ensino básico. citamos as possíveis contribuições da pesquisa do projeto. tema] proposta pelo projeto. dade específica e/ou para a sociedade. é importante desenvolvermos. Tendo em vista que o projeto está vinculado ao curso de Bacharelado em Teologia. Os conteúdos citados nas alíneas “a” e “b” são exemplos de objetivos específicos. sendo um importante instrumento de transformação positiva desse cidadão em processo de desenvolvimento. Para melhor organização do texto. mas também para toda a sociedade. A formação dos jovens de um país é de interesse de toda a sociedade. A partir 5. (LAKATOS. 219). quando organizada e valorizada. primeiramente. mostramos a importância do estudo do tema para uma comunidade específica e/ou para a sociedade. A pesquisa envolvida em qualquer contexto da Educação é de suma importância não apenas para os envolvidos diretamente no processo de ensino e aprendizagem. objetiva a formação global do aluno. é importante lembrar que os objetivos específicos também se iniciam com um verbo no Infinitivo. 1991. quer das ideias estudadas. juntamente com as demais disciplinas. há que se ter maior preocupação.1. os objetivos específicos mostram. pode oferecer ao aluno a oportunidade de refletir sobre os seus valores e comportamento em sociedade.74 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 75 Com a palavra. como o exemplo abaixo: O tema apresentado neste projeto está relacionado à Educação. o tema vincula-se à Educação Religiosa. um parágrafo para cada parte da justificativa.5 Os objetivos específicos Os objetivos específicos são desdobramentos do objetivo geral. MARCONI. componente do ensino fundamental brasileiro. momento em que os alunos estão em fase de desenvolvimento físico e cognitivo. p. Explicamos: para “Diagnosticar os problemas da implantação da Educação Religiosa no ensino público brasileiro.1. Relaciona-se com o conteúdo intrínseco. é uma disciplina que. bem como a sua relevância para uma comuni- . bem como as suas fontes geradoras” será necessário: a) Comparar a implantação da Educação Religiosa com as demais disciplinas. quem entende do assunto: O objetivo geral está ligado a uma visão global e abrangente do tema. Tratando-se da Educação que permeia o ensino fundamental. 5. ideias que já existem e pertencem a outrem. Por isso. lembramos de um pensamento de Maria Helena Martins que está relacionado ao assunto. citação é a “menção de uma informação extraída de outra fonte”. com nossas palavras. ou seja. deveremos fazer citações referentes a essas obras. necessariamente integradas à proposta pedagógica. Vale lembrar que os autores citados em nosso projeto deverão ter estudado sobre o nosso tema. a partir da quinta série do ensino fundamental (art. serão utilizados os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs da primeira fase do ensino fundamental. pode ser encontrada a seguinte informação: Em linha de síntese. o texto da Revisão Teórica deverá ser estruturado. Há três tipos de citação: indireta. 1994). deve obrigatoriamente propiciar oportunidades para o estudo da língua portuguesa. direta e citação de citação. pois ela não está impregnada apenas de letras. da mesma forma. desenvolvimento e conclusão. (PCN. ao longo do texto da Revisão Teórica. Exemplo: Para fazer a comparação da implantação da Educação Religiosa com as demais disciplinas do ensino fundamental. tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio. poderemos seguir os objetivos.1 Citações Segundo a NBR 10520. p. um exemplo de citação indireta (hipótese: estamos escrevendo um texto sobre o ato de ler. 33).1. 5). reproduzimos o pensamento com as nossas palavras e indicamos a fonte original do pensamento): Fazer a leitura de um texto não requer apenas a sua decodificação. outras pesquisas poderão ser desenvolvidas no intuito de sanar as dificuldades apontadas. Revisão Bibliográfica.7 A revisão teórica A Revisão Teórica também pode ser chamada de Fundamentação Teórica. § 5o). pois é uma reprodução da ideia de um autor pesquisado. Revisão de Literatura etc. da matemática. 26. enfatizando-se o conhecimento do Brasil.76 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 77 desse resultado. constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas. 5. No volume de introdução do referido documento. que oferecerão sustentação científica para o nosso trabalho. Também. mas de conhecimento de mundo (MARTINS. Quanto ao ensino religioso. Quando fazemos um resumo. a LDB manteve a orientação já adotada pela política educacional brasileira. ao . do mundo físico e natural e da realidade social e política. estamos fazendo um tipo de paráfrase porque reproduzimos. é apresentar os autores e obras que fundamentarão a nossa pesquisa.7. Citação indireta A citação indireta é também chamada de paráfrase. 1997. no projeto. da ABNT. assim. na contemporaneidade. 5. Para facilitar o trabalho. respeitadas as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis (art. Referencial Teórico. ou seja. O ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna passa a se constituir um componente curricular obrigatório. precisamos lembrar que todo texto possui introdução. É necessário que tenhamos conhecimento dos autores e das obras que serão utilizadas. por exemplo. Também são áreas curriculares obrigatórias o ensino da Arte e da Educação Física. mas é de matrícula facultativa. sem onerar as despesas públicas. explicando mais amplamente sobre cada um e utilizando passagens de alguma obra para fundamentar o seu pensamento. O objetivo desse tópico.1. Abaixo. pode-se afirmar que o currículo. pois. Sobretudo se esses sinais não se ligam de imediato a uma experiência. A expressão apud pode ser entendida como “citado por”. mas de conhecimento de mundo. espaçamento simples e com o tamanho da fonte menor (10): Fazer a leitura de um texto não requer apenas a sua deco- Citação de citação É a citação direta ou indireta de um texto em que não temos acesso ao original (NBR 10520). diferentemente da citação curta. Citação direta A citação direta é a transcrição do texto que foi consultado durante a pesquisa acadêmica. como se diz. pois “a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele” (FREIRE. pois ela não está impregnada apenas de letras. dificação. A citação curta deve ter no máximo três linhas e ser colocada entre aspas duplas (hipótese: estamos escrevendo um texto sobre o ato de ler. transcrevemos essa passagem no trabalho acadêmico e indicamos a sua fonte original): Fazer a leitura de um texto não requer apenas a sua decodificação. mas de conhecimento de mundo. 1994. devemos consultar a NBR 10520. mas de conhecimento de mundo. 10). precisamos interagir com ele. p. da ABNT. pois ela não está impregnada apenas de letras. como se diz. que trata sobre citações em documentos. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais. escutá-lo para entender o que ele quer nos comunicar. Ela pode ser curta ou longa. ou seja. uma necessidade nossa. pois ela não está impregnada apenas de letras. a inserção de um fragmento textual. 1978 apud MARTINS. A citação longa possui mais de três linhas e. Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. conforme afirma Maria Helena Martins (1994. 9): “Com freqüência nos contentamos. queremos dizer que Maria Helena Martins fez uma citação de Paulo Freire na obra em que estávamos consultando. mas não tivemos acesso ao original de Freire. a citação pertence a um autor citado por outro autor. ‘passar os olhos’. 9): Com freqüência nos contentamos. Diversos fatores podem contribuir para que não consigamos fazer uma leitura. uma fantasia. Diversos fatores podem contribuir para que não consigamos fazer uma leitura. por economia ou preguiça. em ler superficialmente. por economia ou preguiça. p. Exemplo: Fazer a leitura de um texto não requer apenas a sua decodificação. lembramos de uma passagem do texto de Maria Helena Martins que está relacionado ao assunto. deve ser indicada por meio de um espaçamento antes e depois da citação. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais”. ‘passar os olhos’. . Para maiores informações e detalhamentos sobre as citações. recuo de 4 cm da margem esquerda. ou seja. em ler superficialmente.78 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 79 lermos um texto. no trabalho acadêmico. p. tal qual ele se apresenta na fonte de pesquisa. conforme afirma Maria Helena Martins (1994. Com essa citação. 8 A metodologia Metodologia é a disciplina que estuda as etapas do processo da pesquisa científica. de Eva Maria Lakatos e Marina de A.. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar os sinais [. Marconi. A supressão e a adição de palavras deverão ser indicadas entre colchetes “[ ]”. pois ela não está impregnada apenas de letras.]”. conforme afirma Maria Helena Martins (1994. 174-213). uma necessidade nossa”. Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar [decodificar] os sinais”. Diversos fatores podem contribuir para que não consigamos fazer uma leitura. conforme afirma Maria Helena Martins (1994. 9): “Com . ‘passar os olhos’. pode ser considerada como o conjunto de instrumentos utilizados por nós para desenvolver a nossa pesquisa científica. ‘passar os olhos’. freqüência nos contentamos.1... 5.. Quando suprimimos palavras. por economia ou preguiça. o texto explicativo a seguir é formado por fragmentos da obra Fundamentos de Metodologia Científica (1994. Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. p. Também. Fazer a leitura de um texto não requer apenas a sua decodificação. É muito importante perceber que a parte omitida não comprometeu o sentido da citação. também devemos proceder quando adicionarmos alguma (s) palavra (s). como se diz. como no exemplo abaixo. Para abordar o assunto.].]” indica que o seguinte fragmento foi retirado da citação: “Sobretudo se esses sinais não se ligam de imediato a uma experiência. Diversos fatores podem contribuir para que não consigamos fazer uma leitura. uma fantasia. O sinal “[. mas de conhecimento de mundo. Assim. o fazemos para esclarecer o sentido da citação para o leitor: Fazer a leitura de um texto não requer apenas a sua decodificação.. como se diz. p. indicamos essa ação com reticências. em ler superficialmente. mas de conhecimento de mundo. “[. podemos suprimir ou adicionar uma ou mais palavras quando julgarmos necessário. p. por economia ou preguiça. em ler superficialmente.80 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 81 Supressão e adição de informações na citação Durante a transcrição do texto da citação.. 9): Com freqüência nos contentamos.93-112. incluindo os métodos e técnicas de pesquisa. pois ela não está impregnada apenas de letras. do formulário. g) Dedutivo: partindo de dados gerais.82 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 83 Método É o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que. A pesquisa pode desenvolverse por meio de: Documentação Indireta a) Pesquisa Documental (arquivos públicos ou particulares. ao comparar fenômenos sociais complexos. Toda ciência utiliza inúmeras técnicas na obtenção de seus propósitos. Alguns métodos: a) Histórico: consiste em investigar acontecimentos. Observação Direta Intensiva: realizada por meio de duas técnicas. que permite comprovar as relações dos fenômenos entre si. f) Indutivo: partindo de dados particulares. traçando o caminho a ser seguido. etc). documentos jurídicos. políticos. instituições. infere-se uma constatação específica. meios audiovisuais. por meio de uma exploração intensiva de uma única unidade de estudo). a parte prática. realmente existentes. suficientemente constatados. particular. é a habilidade para usar esses preceitos ou normas. etc a termos quantitativos e a manipulação estatística. c) Monográfico: consiste no estudo de determinados indivíduos. Documentação Direta a) Pesquisa de Campo (está voltada para o estudo de indivíduos. material cartográfico. por meio de coleta de dados. mas servir de modelo para a análise e compreensão de casos concretos. infere-se uma verdade geral ou universal. condições. permite alcançar o objetivo. observando e registrando fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente). a característica principal do tipo ideal é não existir na realidade. observação e entrevista. publicações). porém mais exato. de medidas de opinião e atitudes e de técnicas mercadológicas. b) Comparativo: realiza comparações. ocorrência ou significado. com a finalidade de verificar similitudes e explicar divergências. grupos. grupos ou comunidades. estatísticas de órgãos governamentais. com a finalidade de obter generalizações. . profissões. suficientemente constatados. Técnica Conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte. c) Estudo de Caso (está relacionado à pesquisa de campo. construídos a partir da análise de aspectos essenciais dos fenômenos. processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje. detectando erros e auxiliando as decisões do pesquisador. d) Estatístico: significa redução de fenômenos sociológicos. e obter generalizações sobre sua natureza. instituições e outros campos. b) Pesquisa de Laboratório (é um procedimento de investigação mais difícil. com maior segurança e economia. comunidades. realização de uma pesquisa sobre um fenômeno em seu contexto real. b) Pesquisa Bibliográfica (imprensa escrita. visando à compreensão de vários aspectos da sociedade. descreve e analisa o que será ou ocorrerá em situações controladas. econômicos. o pesquisador observa sem tomar parte pessoalmente). e) Tipológico: apresenta certas semelhanças com o método comparativo. Observação Direta Extensiva: realiza-se por meio do questionário. o pesquisador cria tipos ou modelos ideais. um exemplo de cronograma: Ano 2012 Mês/Atividade Elaboração do projeto Levantamento de Dados Produção textual Entrega do Artigo Fev. 1991. nunca se utiliza apenas um método ou uma técnica. pesquisas.84 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 85 Com a palavra. Segundo Marconi e Lakatos: A pesquisa bibliográfica. e nem somente aqueles que se conhece. X X X X X X Mar. É importante lembrarmos que o cronograma é um instrumento que nos auxilia a não exceder o prazo de entrega do trabalho acadêmico. (LAKATOS. pois ela se fará por meio de textos impressos ou digitais. Exemplo: A metodologia adotada para realizar este trabalho será a pesquisa bibliográfica. Na maioria das vezes. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. p. Abr. jornais. Observação: o espaçamento entre linhas do cronograma é simples. quem entende do assunto: A seleção do instrumental metodológico está [. Jun.9 O cronograma Neste tópico. no entanto. não usar caixa alta.5. do curso. os recursos financeiros. composto de: 1) Capa (espaçamento entre linhas 1. a equipe humana e outros elementos [..]. colocálos em itálico).]. Abaixo.] relacionada com o problema a ser estudado. ou de fontes secundárias. mas todos os que forem necessários ou apropriados para determinados caso. usados concomitantemente. do aluno. 163-164). A seguir. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta. devemos traçar um tempo para cada etapa da realização do trabalho acadêmico. a natureza dos fenômenos. No tópico “Metodologia”. p.] e audiovisuais [. ele poderá ser modificado conforme a nossa necessidade. com o intuito de melhor aproveitarmos o tempo disponível para realizá-lo. boletins. Mai. teses.. nome da IES. deveremos mostrar quais os instrumentos que serão utilizados para nortear a nossa pesquisa. 183). desde publicações avulsas. dito ou filmado sobre determinado assunto [... monografia.. Nas investigações.1. os meses e as marcações centralizadas. abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. até meios de comunicação orais [. MARCONI. se houver subtítulo.. a escolha dependerá dos vários fatores relacionados com a pesquisa. Podemos utilizar citações de autores que tratam sobre os métodos e técnicas de pesquisa na redação deste tópico. revistas. Devemos verificar qual/quais o(s) método(s) e técnica(s) mais apropriados para desenvolver o nosso tema e objeto de pesquisa.]. livros. ou seja. em geral... há uma combinação de dois ou mais deles. um exemplo de projeto de pesquisa que pode ser utilizado tanto para o desenvolvimento do artigo científico quanto para o da monografia.. 5.. . material cartográfico etc. (1991.. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito. o objeto de pesquisa. 3) Sumário.5. apresentação do trabalho com recuo de 8 cm. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta. FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA NOME DO ALUNO OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO BRASIL GOIÂNIA 2012 . 9) Revisão Teórica. Os projetos de pesquisa da FAIFA deverão seguir a seguinte apresentação textual: 1) Folha: A4. 4) Recuo do parágrafo: 1. 3. 7) Objetivos (geral e específicos).0. 11) Cronograma.25. não usar caixa alta. 2) Margens: esquerda e superior.0.86 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 87 2) Folha de rosto (espaçamento entre linhas 1. 5) Fonte: Times New Roman ou Arial. 4) Tema. 7) Paginação: iniciar a contagem a partir da folha de rosto e numerar a partir da primeira página da parte textual. fonte 12. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. 6) Texto justificado. 12) Referências. nome do aluno. 8) Justificativa. se houver subtítulo. tamanho 12. direita e inferior. colocálos em itálico. espaçamento simples entre linhas e justificado).5. 6) Hipótese. 3) Espaçamento entre linhas: 1. 5) Problema de pesquisa. 2. 10) Metodologia. da Faculdade da Igreja Ministério Fama – FAIFA. sob a orientação da profª. Vivian Bueno Cardoso. do curso de Bacharelado em Teologia. GOIÂNIA 2012 .1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 5 JUSTIFICATIVA 6 REVISÃO TEÓRICA 7 METODOLOGIA 8 CRONOGRAMA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO BRASIL REFERÊNCIAS Projeto de artigo científico apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica.88 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 89 NOME DO ALUNO SUMÁRIO 1 TEMA 2 PROBLEMA 3 HIPÓTESE 4 OBJETIVO GERAL 4. Partindo desses fatores verifica-se a inadequação da implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil. Essa disciplina. b) Verificar o perfil do professor de Educação Religiosa. Tendo em vista que o projeto está vinculado ao curso de Bacharelado em Teologia. Os problemas não foram diagnosticados apenas na escola. 4 OBJETIVO GERAL Diagnosticar os problemas da implantação da Educação Religiosa no ensino público brasileiro. momento em que os alunos estão em fase de desenvolvimento físico e cognitivo. Todas as disciplinas são ministradas por profissionais da área. bem como as suas condições de trabalho. Tratando-se da Educação que permeia o ensino fundamental. em outras estruturas. A pesquisa envolvida em qualquer contexto da Educação é de suma importância não apenas para os envolvidos diretamente no processo de ensino e aprendizagem. Parâmetros Curriculares Nacionais . salvo a Educação Religiosa. verifica-se que a sua implantação está ligada a uma série de desafios e dificuldades para o seu bom desenvolvimento.PCN. área muito importante para a formação do indivíduo. alunos e pais. o tema vincula-se à Educação Religiosa. 4. componente do ensino fundamental brasileiro. bem como as suas fontes geradoras. mas também para toda a sociedade. gerando uma série de fatores que dificultam a sua execução. são integrantes de um documento que norteia o seu processo de ensino. Qualquer implantação educacional exige organização e tempo para que as partes envolvidas possam adequarse à novidade. Quais são os problemas enfrentados pelos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem na implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil? 3 HIPÓTESE A Educação Religiosa foi implantada no Brasil. salvo o professor de Educação Religiosa. Os professores são contratados e pagos por suas aulas. Este projeto foi idealizado para entender e apontar os motivos das dificuldades encontradas pela Educação Religiosa no que se refere a sua organização e implantação no ensino fundamental das escolas pública brasileiras. salvo a Educação Religiosa. Todas as disciplinas.90 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 91 1 TEMA Os desafios da Educação Religiosa nas escolas públicas do Brasil.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Comparar a implantação da Educação Religiosa com as demais disciplinas. também. há que se ter . 2 PROBLEMA A implantação da Educação Religiosa nas escolas públicas brasileiras foi uma surpresa para muitos professores. No caso da referida disciplina. a saber. sendo um importante instrumento de transformação positiva desse cidadão em processo de desenvolvimento. mas. sem uma organização adequada como as demais disciplinas. pode oferecer ao aluno a oportunidade de refletir sobre os seus valores e comportamento em sociedade. no ensino público. 5 JUSTIFICATIVA O tema apresentado neste projeto está relacionado à Educação. 92 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 93 maior preocupação. A Educação Religiosa, como componente do ensino básico, é uma disciplina que, quando organizada e valorizada, oferece subsídios para sanar os conflitos existentes nessa fase do educando e, juntamente com as demais disciplinas, objetiva a formação global do aluno. A formação dos jovens de um país é de interesse de toda a sociedade. Os resultados buscados pelo estudo proposto oferecerão um diagnóstico acerca da Educação Religiosa no Brasil. A partir desse resultado, outras pesquisas poderão ser desenvolvidas no intuito de sanar as dificuldades apontadas. 6 REVISÃO TEÓRICA Para desenvolver o tema deste trabalho foi preciso a abrangência nacional, uma vez que, se a delimitação especificasse um estado ou um município, não havia bibliografia suficiente para a sua fundamentação teórica. Ainda, haverá a possibilidade de a pesquisa, se necessário for, abarcar a pesquisa de campo. No entanto, inicialmente, a pesquisa bibliográfica norteará este trabalho. Para fazer a comparação da implantação da Educação Religiosa com as demais disciplinas do ensino fundamental, na contemporaneidade, serão utilizados os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs da primeira fase do ensino fundamental. No volume de introdução do referido documento, pode ser encontrada a seguinte informação: Em linha de síntese, pode-se afirmar que o currículo, tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio, deve obrigatoriamente propiciar oportunidades para o estudo da língua portuguesa, da matemática, do mundo físico e natural e da realidade social e política, enfatizando-se o conhecimento do Brasil. Também são áreas curriculares obrigatórias o ensino da Arte e da Educação Física, necessariamente integradas à proposta pedagógica. O ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna passa a se constituir um componente curricular obrigatório, a partir da quinta série do ensino fundamental (art. 26, § 5o). Quanto ao ensino religioso, sem onerar as despesas públicas, a LDB manteve a orientação já adotada pela política educacional brasileira, ou seja, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas, mas é de matrícula facultativa, respeitadas as preferências manifestadas pelos alunos ou por seus responsáveis (art. 33). (PCN, 1997, p. 5). Para Verificar o perfil do professor de Educação Religiosa, bem como as suas condições de trabalho, serão utilizados os autores Sérgio Rogério Azevedo Junqueira e Raul Wagner que abordam a formação de professores no Ensino Religioso e os desafios encontrados na escola por esses profissionais. Ao longo do desenvolvimento do trabalho, outros autores poderão ser incluídos. 7 METODOLOGIA A metodologia adotada para realizar este trabalho será composta pela pesquisa bibliográfica, pois ela se fará por meio de textos impressos e digitais. Segundo Marconi e Lakatos: A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografia, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais [...] e audiovisuais [...]. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto [...]. (1991, p. 183). Havendo necessidade, será feita a pesquisa de campo, acompanhando o dia a dia de alguns professores de Ensino Religioso, em algumas escolas dos municípios de Goiás. 94 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 95 8 CRONOGRAMA Ano 2012 Mês/Atividade Elaboração do projeto Levantamento de Dados Produção textual Entrega do Artigo Fev. X X X X X X 5.2 A estrutura do Artigo Científico A estrutura do artigo científico é composta por três partes: pré-textual, textual e pós-textual. Mar. Abr. Mai. Jun. Pré-textual 1) Capa (espaçamento entre linhas 1,5; nome da IES, do curso, do aluno, do título e do local com fonte 12 e em caixa alta; se houver subtítulo, não usar caixa alta; se houver citação de títulos e subtítulos de obras, colocálos em itálico); 2) Folha de rosto (espaçamento entre linhas 1,5; nome do aluno, do título e do local com fonte 12 e em caixa alta; se houver subtítulo, não usar caixa alta; se houver citação de títulos e subtítulos de obras, colocá-los em itálico; apresentação do trabalho com recuo de 8 cm, fonte 12, espaçamento simples entre linhas e justificado); 3) Resumo; 4) Abstract; 5) Sumário. Textual 1) Introdução; 2) Desenvolvimento ou revisão de literatura; 3) Conclusão ou considerações finais. Pós-textual 1) Referências. A seguir um modelo da estrutura do artigo científico, com orientações para a escrita de cada elemento. Após o modelo, REFERÊNCIAS BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. JUNQUEIRA, Sérgio Azevedo. Um ideal, um caminho, uma proposta. Curitiba: Champagnat, 2011. JUNQUEIRA, Sérgio Azevedo; WAGNER, Raul (Org.). O ensino religioso no Brasil. 2. ed. rev. e ampl. Curitiba: Champagnat, 2011. 96 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 97 um exemplo prático baseado no artigo “Trânsito religioso: uma revisão exploratória do fenômeno brasileiro” (2009), da teóloga e professora Lázara Divina Coelho. Os artigos científicos da FAIFA deverão seguir a seguinte apresentação textual: 1) Folha: A4; 2) Margens: esquerda e superior, 3,0; direita e inferior, 2,0; 3) Espaçamento entre linhas: 1,5; 4) Recuo do parágrafo: 1,25; 5) Fonte: Times New Roman ou Arial, tamanho 12; 6) Texto justificado; 7) Paginação: iniciar a contagem a partir da folha de rosto e numerar a partir da primeira página da parte textual; 8) Número de laudas (tratando-se da parte textual): no mínimo 8; no máximo 15. FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA NOME DO ALUNO OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO BRASIL GOIÂNIA 2012 98 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 99 NOME DO ALUNO RESUMO O Resumo deve seguir as recomendações da ABNT, especificamente a NBR 6028. Deve conter tema, objetivo, metodologia, resultados da pesquisa e ser construído num parágrafo único, por meio de frases e não de tópicos. Os resumos de trabalhos acadêmicos podem conter de 150 a 500 palavras. Logo abaixo do resumo, devem ser inseridas as palavras-chave que são palavras representativas do conteúdo do trabalho. O número máximo de palavras-chave é 5. Palavras-chave: Palavra-chave. Palavra-chave. Palavra-chave. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO RELIGIOSA NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO BRASIL Artigo científico apresentado à disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica, do curso de Bacharelado em Teologia, da Faculdade da Igreja Ministério Fama – FAIFA, sob a orientação da profª. Vivian Bueno Cardoso. GOIÂNIA 2012 Keywords: Keyword.2 SUBTÍTULO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 00 00 00 00 00 00 00 00 . Para construí-lo basta passar todo o conteúdo do resumo que está em Língua Portuguesa para a Língua Inglesa. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 TÍTULO 1.100 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 101 ABSTRACT O abstract é o Resumo em Língua Inglesa. Keyword. Keyword.1 SUBTÍTULO 2.1 SUBTÍTULO 2 TÍTULO 2. hífen. Devemos destacar gradativamente os títulos das seções. 4.. a justificativa da pesquisa e a metodologia.1. constando o tema. o problema. Por isso. o desenvolvimento é a “parte principal do artigo. Segundo a ABNT (NBR 6022). 2.1. 6.1.1 e 1.1. 2. 1. dele separado por um espaço. precedendo o título. 5.1. 2. podemos dividir uma seção em cinco partes. [.1. seguido do número que lhe for atribuído na seqüência do assunto e separado por ponto.1. Não podemos utilizar ponto. conforme apontado pelos objetivos.1. é comum que cada tópico (título) do desenvolvimento esteja relacionado a um objetivo de pesquisa.1. O indicativo de seção é alinhado na margem esquerda.1. que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. sem subtítulos. 1 DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento é formado pela exposição do que foi verificado durante a pesquisa. Sobre a formatação das seções (títulos) e subseções (subtítulos). Exemplo: 1. a hipótese. São empregados algarismos arábicos na numeração. itálico ou grifo e redondo. travessão ou qualquer sinal após o indicativo de seção ou de seu título.102 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 103 INTRODUÇÃO A introdução do artigo científico deve ser escrita em um texto dividido em parágrafos. da NBR 6024. Repete-se o mesmo processo em relação às demais seções.1. 1. O título das seções . os objetivos da pesquisa. 3.1.1.1 ou 2. utilizando os recursos de negrito.1. Devemos limitar a numeração progressiva até a seção quinária. 2. Divide-se em seções [títulos] e subseções [subtítulos]. devemos verificar as seguintes observações: 1. O indicativo de uma seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence.1. ou seja. 7.1. 1. O indicativo das seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1.] que variam em função da abordagem do tema e do método”.1.1 e 2. caixa alta ou versal e outro.. 1. sem subtítulos e sem citações. devemos apresentar as conclusões correspondentes aos objetivos da pesquisa.5.1. É recomendado que façamos uma síntese dos capítulos relacionando com os objetivos propostos na introdução do artigo científico. dele separado por um espaço.1.1 Seção Terciária 1. Todas as seções devem conter um texto relacionado com elas. .1 SEÇÃO SECUNDÁRIA 1. construímos um texto composto por parágrafos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nessa parte do trabalho. Para isso.1 Seção Quaternária 1. Exemplo: 1 SEÇÃO PRIMÁRIA 1.) deve ser colocado após sua numeração. As subseções (subtítulos) não precisam iniciar uma página. Cada seção (título) deve iniciar uma página.1. O texto deve iniciarse em outra linha.1. devem isolar-se da seção por dois espaços de 1. A apresentação textual das seções e a das subseções devem apresentar-se da mesma forma no sumário.104 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 105 (primárias. secundárias etc.1.1 seção quinária 8. Sylvio. Sem o local e não podendo identificá-lo. separadas por dois espaço simples e padronizadas conforme a NBR 6023. Constituição de uma matriz de contabilidade social para o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras. AL. 2. Belém. 3. Com autor desconhecido. Com mais de um autor. Brasília. 2. pois a citação não é obrigatória. devemos nomear o conteúdo do texto. Regina Toledo. Com mais de um local para uma editora. acrescentamos o nome do estado ou do país para evitar ambiguidade: Belém. DF: ABDF. et al. indicamos somente o primeiro e usamos a expressão “et al”: URANI. 1994. Com título e subtítulo. LAZZARINI NETO. DF: IPEA. Sobre o título 1. Sem a existência do título. Com mais de três autores. HENRIQUES. As obras consultadas.): DAMIÃO. Sem o local.). Curso de direito jurídico. Catalogação e descrição bibliográfica: contribuições a uma teoria. 1980. História dos jovens 2. Sobre o local 1. utilizamos a expres- . 3. separá-los com ponto e vírgula (. devemos separá-los por dois pontos. indicamos a primeira ou a que estiver em destaque. São Paulo: Câmera Brasileira do Livro. [São Paulo]: SDF Editores. mas não citadas no texto do artigo. 4. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências. Brasília.). Com homônimos de cidades. As referências devem ser dispostas em espaçamento simples.106 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 107 REFERÊNCIAS Nessa parte do artigo científico. Jean-Claude. indicamos o nome do organizador/coordenador seguido da abreviatura de sua função: SCHMIDT. 1987. Cria e recria. 108 p. nome da obra. A. O título da obra deve ser destacado em negrito ou itálico (não é necessário destacar o subtítulo). PA. devemos ordenar as obras que citamos ao longo do texto. sem destacar o subtítulo: DUBY. São Paulo: Atlas. citados pela NBR 6023): Sobre a autoria 1. Outras obras podem exigir diferentes apresentações como os exemplos a seguir (em sua maioria. nome da editora e ano de publicação: MEY. entre colchetes: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE AQUICULTURA. 1994. (Org. Eliane Serrão Alves. todo em caixa alta (conforme o exemplo acima). Com vários autores em que há um organizador/coordenador. indicamos entre colchetes. caso queiramos citar o subtítulo. local de publicação. 1996. PB. 1995. Antônio. O nome do autor deve iniciar pelo último sobrenome. São Paulo: Companhia das Letras. 2. mas podendo identificá-lo. indicamos o nome da obra no lugar do nome do autor: DIAGNÓSTICO do setor editorial do brasil. 4. [Trabalhos apresentados]. 1990. não compõem as referências. Belém. George (org. 1993. História da vida privada: da Europa feudal à Renascença. Geralmente é composta por nome do autor. ed. Processo Penal. 1990] [199-] [199-?] [19--] [19--?] Significado Data certa não indicada no conteúdo Data provável Um ano ou outro Use intervalos menores de 20 anos Data aproximada Década certa Década provável Século certo Século provável Além dos elementos básicos que constituem as referências. atual. Sem a editora. 1995. [Rio de Janeiro]: Colégio Curso Tamandaré. Carlos A. indicamos as duas com os seus respectivos locais: MAIA.]. Olympio. podemos indicá-lo seguido da abreviatura de volume (v. Dicionário prático de regência nominal. São Paulo: Ática. 500 p. F. Sobre a editora 1. 3. 2. podemos indicar essa característica: SISTEMA de ensino Tamandaré. 1994.): TOURINHO FILHO. 3. podemos indicá-los de forma abreviada: LUFT. Jean. Sem nenhum tipo de data. São Paulo: Saraiva.l. 2. São Paulo: EDUSP. 2.): LUFT. Descrição física 1. ed. indicamos a primeira ou a que estiver em destaque. ed. Celso Pedro. outras indicações poderão ser adicionadas: Edição 1. devemos adicionar entre colchetes uma data aproximada: Exemplo [1990] [1990?] [1990 ou 1991] [entre 1990 e 2000] [ca. Não paginado. 5. 1980. Com emendas ou acréscimos da edição. 5. 1993.): PIAGET. indicamos a expressão sine nomine abreviada e entre colchetes [s. Podemos registrar o número total de páginas ou folhas do documento (p. . Data 1. 7. 2010. História da Ciência: o mapa do conhecimento. devemos adicioná-la seguida da abreviatura da palavra edição (ed. Rio de Janeiro: J. 4 v.108 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 109 são sine loco abreviada e entre colchetes [s. 2. C. devemos indicar a data de distribuição ou copirraite ou impressão ou outra que possa identificar o conteúdo.n. ou f. Sem a data de publicação. e não podendo identificá-la. Com duas editoras. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura. Com mais de duas editoras. 16. Quando o documento for constituído por mais de um volume. Quando houver a indicação da edição. ed. rev. Dicionário prático de regência nominal. Para onde vai a educação. Celso Pedro. São Paulo: Ática. Sem paginação ou com paginação irregular. rev. 2010.]. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Fundação escola de sociologia e política de São Paulo.110 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 111 Séries e coleções 1. edu. 9. 1994. Documentos eletrônicos 1. Disponível em: < http://www.br/revista/index. 1986. devemos indicar o endereço eletrônico entre os sinais < > e a data de acesso: COELHO. 2012. Em caso de consultas online. Teatro Completo. 5. Nelson.). que aqui não foram expostos. M. editora. Ordenação das referências 1. A. 256 p. São Paulo: Ática. Quando o documento é um periódico. volume e/ou data. Quando o documento é traduzido. Quando o documento é um artigo de periódico. Lázara Divina. São Paulo. 102 f. São Paulo: Editora 34. p.faifa. Dicionário prático de regência nominal. Quando o documento pertencer a séries e/ou coleções. devemos indicar a descrição física do meio eletrônico: KOOGAN. NBR 6023. 2010. 148. Goiânia. Máscaras inteiriças Tukúna: possibilidades de estudo de artefatos de museu para conhecimento do universo indígena. numeração do fascículo. podemos indicá-las entre parênteses. nesse caso. Tradução de Paulo Bezerra. informação de períodos e datas da publicação e o total de páginas. devemos indicar o título da publicação. o nome do autor poderá ser substituído por um traço sublinear de seis espaços: LUFT. v. O sinal . São Paulo: Delta. título do artigo. devemos indicar autor. No caso de haver mais de uma obra do mesmo autor. devemos pesquisá-los diretamente no documento da ABNT. devemos indicar o (a) tradutor (a): DOSTOIÉVSKI. título e local da publicação. Notas 1. Fiódor. 1. o local e a data de defesa: ARAUJO. local da publicação. devemos indicar o tipo de trabalho. rev. Vox Faifae. 2011. As referências dos trabalhos acadêmicos da FAIFA deverão ser dispostas em ordem alfabética. ed. 2. 4. 131-148. quando necessário: DINHEIRO: revista semanal de negócios. 1134 p. poderão ser incluídos nas referências. 1998. Celso Pedro. rev. Quando o documento é um trabalho acadêmico. n. V. O duplo. o grau. a vinculação acadêmica. um exemplo prático de artigo científico. 4. Outros tipos de materiais pesquisados. 544 p. U. 98 p. 2. 550 p. ______. Rio de Janeiro. Em caso de CD. 2000. Em Pauta. 12.ROM. 1985. v. paginação inicial e final: COSTA. Dicionário prático de regência verbal. após a referência: RODRIGUES. R. CD. Enciclopédia e dicionário digital 98.ROM. 28 jun. 2010.php/voxfaifae/article/view/53 > Acesso em: 15 dez. n. São Paulo: Ática. Série brasileira). São Paulo: Editora Três. A pedagogia teológica de Comenius: um olhar em favor da educação eclesiástica. fascículo ou número. 1998. (Biblioteca Luso-brasileira. 3. 2. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. À margem da lei. HOUAISS. ed. A seguir. André. Antônio (Ed. 2012. numeração do ano e/ou volume. O texto completo pode ser acessado pelo link da revista eletrônica da FAIFA. Isso significa que o texto não será exposto integralmente. FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA LÁZARA DIVINA COELHO TRÂNSITO RELIGIOSO: UMA REVISÃO EXPLORATÓRIA DO FENÔMENO BRASILEIRO GOIÂNIA 2009 .edu.112 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 113 “[.br/revista/index..]” é a supressão de partes do texto.. Vox Faifae: <http://www.faifa.php/voxfaifae/ index>. 114 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 115 LÁZARA DIVINA COELHO RESUMO O trânsito religioso é um dos temas transversais mais relevantes da atualidade da religião no Brasil. quando começou a fazerse perceptível no êxodo progressivo e cada vez mais acelerado do Catolicismo Romano para o Protestantismo. Protestantismo. exploratoriamente. É objeto de estudo de órgãos reflexivos dos movimentos sociais da religião bem como das academias de ensino superior espalhados por todo o país. pois está gerando um novo cenário religioso. Religião. visando à publicação. e. Palavras-chave: Trânsito religioso. nessa investigação.FAIFA. Esses movimentos são perceptíveis a partir da análise de pesquisas demográficas oficiais. Catolicismo. O objetivo desse artigo é investigar o cenário em questão e o faz. TRÂNSITO RELIGIOSO: UMA REVISÃO EXPLORATÓRIA DO FENÔMENO BRASILEIRO Artigo científico apresentado à revista eletrônica da Faculdade da Igreja Ministério Fama . produzindo vasta literatura acadêmico-científica disponível em seus órgãos de publicação oficial. GOIÂNIA 2009 . sociólogos e religiosos em geral que pesquisam o fenômeno desde a década de 1980. As análises advêm de variado campo teórico que fundamenta cientistas políticos. identifica dois movimentos distintos e complementares entre si: uma intensa circulação de pessoas e uma não menos intensa circulação de ideias dentro do próprio mosaico cristão. para a avaliação da equipe editorial. Vox Faifae. de missão ou pentecostal. antropólogos. que visam entender o campo religioso nacional. 2 REPERCUSSÃO DOS DADOS OFICIAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 00 00 00 00 00 00 . It is object of study by reflexives departments of social activities of religion and as academy of superior teaching all over the country. Key-words: Religion Transit. sociologists and religions in general that research the phenomenon since 1980 decade. Catholicism. anthropologists. explore it. Protestantism.116 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 117 ABSTRACT The religion transit is subject transversals more relevant in nowadays in the Brazilian religion. it is producing a vast academic-scientific literature available in departments of publication official. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 REVISÃO DA LITERATURA 1. The objective this article is investigate the setting in the question e what it do. when started to do the perceptivity in the progressive exodus more and more speeded up of Catholicism Roman to the Protestantism. of mission or Pentecostal. that look for understanding the field religious national. These movements are perceptible starting analyze of demographic officials research. that motive Scientifics. The analyzes come of varied theoretical field. Religion.1 PESQUISAS OFICIAIS 1. so it is producing a new setting religion. We identify it two different movements and complementary between them: a circulation intense of people and a no less circulation intense of ideas into own mosaic Christian. articulase na área dos movimentos sociais da religião. Essa nova forma de manifestação do sagrado resulta de uma recomposição do campo religioso que vem experimentando. são oferecidos sob os títulos: revisão da literatura.118 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 119 INTRODUÇÃO A primeira década do século XXI fecha suas cortinas com uma certeza acadêmica: um novo fenômeno instalou-se no campo social e. assim. de natureza exploratória. Isso se deve a dois fatores: o apocalipse do sagrado nas sociedades contemporâneas preconizado por pesquisadores sociais do século XIX não aconteceu e uma nova forma de manifestação desse sagrado está se instalando. lenta e paulatinamente. No caso do Brasil. publicados em órgãos oficiais das instituições patrocinadoras dos mesmos. reconfigurando o cenário religioso do país. processos sazonais de mutação religiosa têm ocorrido. Seu objetivo é revisar a tese do trânsito religioso como movimento de mão dupla. seus reflexos religiosos têm sido perceptíveis e objeto de estudos. há várias décadas. no século XIX. portanto. Portanto. no caso em pesquisa. dentro das antigas formas religiosas. pois desde que o processo de modernidade se instalou no Continente. gerando um novo perfil religioso. revisão da história. a América Latina e. Os resultados. A situação é recorrente. esse artigo. revisão do perfil religioso e revisão da análise. ainda que nos limites do Cristianismo. as Ciências Sociais redescobriram o mundo da religião. das crenças e práticas reelaboradas nesse processo de justaposições. Tais estudos foram alavancados com a percepção do êxodo progressivo e acelerado do Catolicismo Romano para o Protestantismo. esse perfil é caracterizado pelo fenômeno que a literatura especializada convencionou denominar trânsito religioso. Enfim. . pela qual se pretende obter dados oficiais e análises credenciadas por critérios científicos. a abordagem do objeto se dá mediante revisão bibliográfica. como também as transformações daí decorrentes no tempo e no espaço de diversas pertenças religiosas. o Brasil. em estudo desde a década de 1980. e a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2003 também do IBGE.. Dentre esses órgãos está o ISER que. 1993. Outro órgão é a CNBB que. 1. é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).] . com a Coleção Estudos da CNBB sob o título geral A Igreja Católica diante do pluralismo religioso no Brasil (1991. 2003). Quanto ao órgão oficial responsável pelos recenseamentos realizados no país a cada dez anos. 1960-2000 (2002). os estudos e as conclusões desse artigo são feitos com base em duas classes gerais de fontes: nas pesquisas oficiais e na repercussão dos dados concluídos pelo IBGE nos órgãos reflexivos dos movimentos sociais da religião. ademais. a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB). cuja Amostra. Segundo Bastian. e através de seu Setor de Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso. com cobertura geográfica completa e tradição estatística que se destaca pela qualidade dos dados produzidos. 1989b e 1990c). cujos dados resultam de uma pergunta do questionário da Amostra feita a certo número de recenseados sobre religião ou culto. quando surgiram os primeiros sinais de maior circulação de fiéis pelas instituições religiosas. contribuiu com dois estudos: Retratos das religiões do Brasil (2005). especialmente o de 2000. no qual a pergunta aberta. 1994). através do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS). Há também o CPS do IBRE/FGV. pelo qual dá continuidade à linha de pesquisa lançada anteriormente e disponibiliza amplo banco de dados na rede mundial de computadores (internet) sobre o tema religião. com base no Censo 2000 e na POF 2003. Isso se deu na década de 1980. fez as primeiras tentativas de retratar a religiosidade brasileira com a publicação dos três Cadernos do ISER sob o título geral Sinais dos tempos: tradições religiosas no Brasil (1989a. porém essencial para se conhecer a realidade religiosa dos povos que vivem no país. no qual traça um panorama da diversidade religiosa brasileira na medida em que analisa a evolução das diferentes crenças desde a segunda metade do século passado e algumas das principais características sóciodemográficas dos respectivos adeptos. e Economia das religiões (2007). esses dados estatísticos refletem uma tendência.1 PESQUISAS OFICIAIS Essas pesquisas estão disponíveis em instituições governamentais como os últimos Censos Demográficos do IBGE. identificam o fator religioso e constituem indicadores preciosos ao conhecimento dessa realidade (1997 apud JACOB. o Centro de Pesquisa Social (CPS) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) e outras repercussões engendradas nas academias brasileiras através de pesquisas divulgadas em suas publicações de produção científica. [. como o Instituto Superior de Estudos da Religião (ISER). deu ao interrogado liberdade para declarar seu credo ou credos religiosos. Dessa forma. 1.120 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 121 1 REVISÃO DA LITERATURA A relação entre filiação religiosa e pesquisa demográfica é recente no Brasil. as pesquisas demográficas no Brasil têm caráter exaustivo. representativa do país inteiro e extraída diretamente do Censo de 2000..2 REPERCUSSÃO DOS DADOS OFICIAIS As conclusões são feitas também mediante repercussão dos dados concluídos pelo IBGE nos órgãos reflexivos dos movimentos sociais da religião. juntamente com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC). faz uso do mesmo tipo de pergunta e especificação do questionário censitário. que. contribuiu com os estudos religiosos mediante a análise Dinâmica populacional e Igreja Católica no Brasil. “Qual é a sua religião ou culto?”. as idéias. Esse fenômeno tem dimensão também dupla: a primeira é evidenciada no novo cenário religioso desenhado pelos últimos Censos Demográficos (IBGE). num primeiro momento. que representam o olhar das diversas ciências envolvidas na pesquisa. e consequente redirecionamento da prática religiosa. Há intenso trânsito de pessoas caracterizado por infidelidade institucional. deve ser pesquisada. de um sincretismo religioso. que. certamente. em favor de uma heterodoxia.6%). as pessoas. ainda que pese a permanência e resistência das instituições tradicionais nos seus credos e sistemas de governo eclesiástico. nas discussões. filosóficos etc. e. em matéria de crenças.] . deve-se considerar aqui a urgência de investigação de outros itens que emergiram na exploração. conversão etc. Enfim. Isso significa que as pessoas e crenças transitam indiscriminadamente através das várias instituições. o Protestantismo (15.9%) sobre o segundo grupo colocado na escala ordinal das religiões no Brasil. em processo constante tanto de ir.. [. do conceito de pertença religiosa e do conceito cristão-protestante de conversão. Contudo. ainda que pese a vantagem numérica do Catolicismo (73. e a ausência dos elementos fé. Essa temática. quanto de vir. A segunda dimensão pode ser sintetizada na nova identidade religiosa do brasileiro. alguns temas envolvidos na questão do fenômeno explorado chamam a atenção: o extenso interesse das Ciências Sociais e da ICR pelo fenômeno e o evidente desinteresse das igrejas protestantes de todas as vertentes. item a item. são dignos de crédito e devem ser investigados com maior profundidade.122 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA O ARTIGO CIENTÍFICO 123 CONSIDERAÇÕES FINAIS O trânsito religioso é um fenômeno de mão dupla. sem culpas ou constrangimentos. católica e protestante. num segundo. não pode mais ser dita católica. sistemas de governo e gestão administrativa etc. sorrateiramente. Trata-se das causas do trânsito religioso.. a presença de fatores sociais. em matéria de pertença religiosa. dogmas. a certeza da relação trânsito de pessoas-trânsito de crenças e a incerteza da relação ética cristã-ética eclesial (clerical evangélica) no fenômeno.. Há intenso trânsito de ideias caracterizado por um distanciamento da ortodoxia cristã. cuja síntese é que a identidade religiosa do brasileiro. inclusive da Teologia Apologética. ruptura definitiva com a religião em si e até dupla pertença. salvação. não pode mais ser dita ortodoxa. out. Ronaldo de. CAMPOS. Coleção Estudos da ABHR.scielo.pucsp. _____. 2008. São Paulo: Paulinas. dinâmicas e abordagens. J.org. 15. p. 03. Petrópolis: Vozes. 1994.130/nepp/ index. Acesso: 15 mai.br/scielo. GIL. Revista de Estudos da Religião (REVER). Disponível em: http://200. 1997. p. BUDKE.] A MONOGRAFIA . 2008. 3. Em: SIEPIERSKI. p. templo e mercado. Leonildo Silveira. Trânsito religioso no Brasil. MONTEIRO. 2008. 2003.html>. n. set.br/ rever/rv4_2004/index.. México: Fondo de cultura económica. 2005.. Dissertação de Mestrado. 15-27. Paulo D. Acesso: 10 mai. ALMEIDA. Karina Kosicki. Disponível em: <www.248. Religião na metrópole paulista. v. v.-dez. (Orgs. Acesso: 24 mai. Mídia. Leila.124 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA 125 REFERÊNCIAS AMARAL.htm. Deus é pop: sobre a radicalidade do trânsito religioso na cultura popular de consumo. Mídia e religião: das peregrinações ao universo das telecomunicações. php?script=sci_arttext&pid=S010288392001000300012&lng=pt &nrm=iso&tlng=pt>. religião e história cultural. Disponível em: http://www. A universalização do Reino de Deus. São Paulo: UMESP. 56. [. BELLOTTI. n. ano 04. São Paulo em Perspectiva. Teatro. São Paulo. Sidnei. n. Número 4 – Ano 4 – 2004. Protestantismo em Revista. jul. do curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião – PUC-São Paulo.. 97-108. Campinas. IFCH/Unicamp. Revista Brasileira de Ciências Sociais. 2004.anpocs. 92-100.235. 2001. Disponível em: <http://www. P. Paula. Religião no Brasil: enfoques. ALMEIDA.br/portal/content/ blogcategory/14/67/. Protestantismos y modernidade latinoamericana: história de umas minorias religiosas activas en América latina. Ronaldo de.). Benedito M. São Paulo./set. BASTIAN. 19. 1996. pois o seu texto é mais extenso. quem entende do assunto: [A monografia é] um estudo sobre um tema específico ou particular. como querem alguns autores. Com a palavra.A MONOGRAFIA 127 6 A MONOGRAFIA O trabalho de conclusão de curso da FAIFA (TCC). MARCONI. 1991. 235). [. p. é constituído por uma monografia. o nível da pesquisa. 6. porém exige mais profundidade na pesquisa e maior atenção à exposição do assunto.1 O projeto da monografia De maneira análoga ao artigo. mas o caráter do trabalho (tratamento de um tema delimitado) e a qualidade da tarefa. O .] A característica essencial não é a extensão. (LAKATOS. devemos fazer um projeto que norteará a pesquisa e organizará a escrita do texto. do curso Bacharel em Teologia. A monografia é um trabalho acadêmico cuja estrutura é parecida com a do artigo científico.. Será por meio da monografia que o acadêmico de Teologia mostrará se teve um bom aproveitamento do seu curso e se está apto para obter o título de bacharel. com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia.. isto é. que está intimamente ligado aos objetivos propostos para a sua elaboração. ]. Assim. da organização da parte estrutural e da fundamentação teórica. da organização da parte estrutural e da fundamentação teórica.128 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 129 projeto da monografia é o mesmo do artigo científico. 5) Apresentar a organização da apresentação oral da monografia ao orientador. quem entende do assunto: Antes de ir embora [do encontro de orientação]. textual e pós-textual. portanto. sempre que necessário e mediante a disponibilidade do orientador. entre orientador e orientando. quando eles sentaram-se para trabalhar. indicando. 2) Solicitar. tenha um plano de ação por escrito. WILLIAMS.3 A estrutura da Monografia A estrutura da monografia é composta por três partes: pré-textual. 3) Anotar os apontamentos do orientador durante os encontros de orientação. Para isso. Para que dessa relação possa surgir um bom trabalho acadêmico é essencial que tanto o orientador quanto o orientando saibam e cumpram com as suas responsabilidades. sendo pontual com os prazos estipulados para essas tarefas.2 A relação entre o orientador e o orientando Após a escolha do tema e a feitura do projeto. 6.. 2) Informar a sua disponibilidade. Você precisa ter um plano que entenda e consiga seguir. Desse encontro. enquanto estavam falando com o orientador. 258) 4) Cumprir com as solicitações do orientador no que diz respeito à adequação da linguagem. Muitos alunos descobrem que. tenha um plano por escrito [. Por outro lado. a adequação da linguagem. procurando ser presente e pontual. p. 4) Acompanhar o desenvolvimento da monografia. COLOMB. antes de sua efetiva avaliação pela banca examinadora. pensavam que haviam entendido o que fazer em seguida. esperando a sua avaliação para iniciar o desenvolvimento da monografia. observando os seguintes apontamentos: 1) Apresentar o projeto monográfico ao orientador. 3) Documentar os encontros de orientação. quando necessário. Se o orientador não recomendar ações específicas. os encontros de orientação. conforme as exigências da faculdade. podemos iniciar o desenvolvimento da monografia. (BOOTH. indicando os locais e horários para se fazer a orientação. Com a palavra. orientandos. ou pela faculdade. devemos estar cientes e atentos para os nossos compromissos.. podemos contar com a ajuda de um orientador que poderá ser indicado por nós. 5) Auxiliar o orientando em sua apresentação oral da monografia. nasce uma relação baseada em respeito e responsabilidade entre ambos. 6. 2005. podemos esperar do orientador os seguintes compromissos: 1) Analisar e avaliar os elementos do projeto monográfico do orientando. Antes de despedir-se do orientador. pergunte. mas que o plano evaporou-se algumas horas depois. . não usar caixa alta. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta.5. do título e do local com fonte 12 e em caixa alta. com orientações para a escrita de cada elemento. um exemplo prático com base na monografia do teólogo Valquirio Fernandes Barros Junior. apresentação do trabalho com recuo de 8 cm. 3) Errata (elemento opcional). Anexo (elemento opcional). Índice (elemento opcional). se houver citação de títulos e subtítulos de obras.0. Textual 1) Introdução (elemento obrigatório).. 2.130 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 131 Pré-textual 1) Capa (elemento obrigatório): espaçamento entre linhas 1. Glossário (elemento opcional). 2) Folha de rosto (elemento obrigatório): espaçamento entre linhas 1. . 3) Conclusão (elemento obrigatório). 11) Sumário (elemento obrigatório). não usar caixa alta.]” é a supressão de partes do texto. no máximo 60. Isso significa que o texto não será exposto integralmente. Pós-textual 1) 2) 3) 4) 5) Referências (elemento obrigatório). 6) Agradecimentos (elemento opcional).5. O sinal “[. 6) Texto justificado. tamanho 12. do curso. 3.. nome da IES. 7) Epígrafe (elemento opcional). Logo após. 2) Margens: esquerda e superior. do aluno. Apêndice (elemento opcional). 3) Espaçamento entre linhas: 1. espaçamento simples entre linhas e justificado. se houver subtítulo. 9) Abstract (elemento obrigatório). fonte 12. nome do aluno. colocá-los em itálico. 8) Número de laudas (tratando-se da parte textual): no mínimo 45. 4) Recuo do parágrafo: 1. 4) Folha de aprovação (elemento obrigatório).0. se houver citação de títulos e subtítulos de obras. 2) Desenvolvimento (elemento obrigatório). 5) Dedicatória (elemento opcional).5. 5) Fonte: Times New Roman ou Arial. colocá-los em itálico. direita e inferior. se houver subtítulo. O texto completo está disponível na biblioteca da FAIFA.25. 7) Paginação: iniciar a contagem a partir da folha de rosto e numerar a partir da primeira página da parte textual. 10) Listas (elemento opcional). A seguir um modelo da estrutura da monografia. 8) Resumo (elemento obrigatório). As monografias da FAIFA deverão seguir a seguinte apresentação textual: 1) Folha: A4. Wellington Cardoso de Oliveira. GOIÂNIA 2012 GOIÂNIA 2012 . apresentado à Faculdade da Igreja Ministério Fama FAIFA. sob a orientação do Prof. Ms. como requisito final para obtenção do título de bacharel em Teologia.132 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 133 FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA NOME DO ALUNO NOME DO ALUNO TÍTULO TÍTULO Trabalho de conclusão de curso. Ms. O número máximo de palavras-chave é 5. sob a orientação do Prof. Palavras-chave: Palavra-chave. por meio de frases e não de tópicos. Logo abaixo do resumo. Palavra-chave. DATA DE APROVAÇÃO: _____/_____/_____. Wellington Cardoso de Oliveira. BANCA EXAMINADORA: ________________________________________ Orientador Faculdade da Igreja Ministério Fama ________________________________________ Examinador I Faculdade da Igreja Ministério Fama ________________________________________ Examinador II Faculdade da Igreja Ministério Fama .134 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 135 NOME DO ALUNO TÍTULO Trabalho de conclusão de curso. Os resumos de trabalhos acadêmicos podem conter de 150 a 500 palavras. Deve conter tema. RESUMO O Resumo deve seguir as recomendações da ABNT. devem ser inseridas as palavras-chave que são palavras representativas do conteúdo do trabalho. apresentado à Faculdade da Igreja Ministério Fama FAIFA. como requisito final para obtenção do título de bacharel em Teologia. objetivo. especificamente a NBR 6028. metodologia e resultados e ser construído num parágrafo único. Palavra-chave. 1 SUBTÍTULO 2 TÍTULO 2. Para construílo basta passar todo o conteúdo do resumo que está em Língua Portuguesa para a Língua Inglesa.1 SUBTÍTULO 2. Keyword. Keyword.136 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 137 ABSTRACT O abstract é o Resumo em Língua Inglesa. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 TÍTULO 1. Keywords: Keyword.2 SUBTÍTULO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 00 00 00 00 00 00 00 00 . conforme apontado pelos objetivos. a hipótese. os objetivos da pesquisa. o problema. Divide-se em seções [títulos] e subseções [subtítulos].138 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 139 INTRODUÇÃO A introdução da monografia deve ser escrita em um texto dividido em parágrafos. Segundo a ABNT (NBR 6022). é comum que cada tópico (título) do desenvolvimento esteja relacionado a um objetivo de pesquisa. [... constando o tema.] que variam em função da abordagem do tema e do método”. que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. 1 DESENVOLVIMENTO O desenvolvimento é formado pela exposição do que foi verificado durante a pesquisa. o desenvolvimento é a “parte principal do artigo. . Por isso. sem subtítulos. a justificativa da pesquisa e a metodologia. devemos apresentar as conclusões correspondentes aos objetivos da pesquisa. local de publicação. Para isso. Geralmente é composta por nome do autor. .140 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 141 CONSIDERAÇÕES FINAIS Nessa parte do trabalho. REFERÊNCIAS Nessa parte da monografia. É recomendado que façamos uma síntese dos capítulos relacionando com os objetivos propostos na introdução da monografia. As obras consultadas. nome da editora e ano de publicação. nome da obra. separadas por um espaço simples e padronizadas conforme a NBR 6023. As referências devem ser dispostas em espaçamento simples. não compõem as referências. mas não citadas no texto da monografia. sem subtítulos e sem citações. construímos um texto composto por parágrafos. devemos ordenar as obras que citamos ao longo do texto. como requisito final para obtenção do título de bacharel em Teologia.142 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 143 FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA – FAIFA CURSO DE BACHARELADO EM TEOLOGIA VALQUIRIO FERNANDES BARROS JUNIOR VALQUIRIO FERNANDES BARROS JUNIOR A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA PARA COM OS POBRES A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA PARA COM OS POBRES Trabalho de conclusão de curso. GOIÂNIA 2012 GOIÂNIA 2012 . apresentado à Faculdade da Igreja Ministério Fama FAIFA. Lázara Divina Coelho. sob a orientação da Profª. Ms. com uma roupagem evangélica. Dessa forma. Os resultados dessa investigação apontam para o seguinte: a sociedade atual vive de acordo com seu pensamento característico de sua época. mas. ao dar ao homem responsabilidades no mandato cultural. A solução dessa deficiência encontra-se nas Escrituras. Responsabilidade Social. BANCA EXAMINADORA: ________________________________________ Orientador Faculdade da Igreja Ministério Fama ________________________________________ Examinador I Faculdade da Igreja Ministério Fama ________________________________________ Examinador II Faculdade da Igreja Ministério Fama . que apontam princípios de transformação de pensamento e mudança de atitudes.FAIFA. o que faz a igreja cristã querer absorver as mesmas práticas. como quando estabelece o ano do Jubileu que nada mais é que uma forma de impedir que haja injustiça social entre o povo. DATA DE APROVAÇÃO: _____/_____/_____. da mesma forma. apresentado à Faculdade da Igreja Ministério Fama . Igreja. Lázara Divina Coelho. sob a orientação da Profª. social e espiritual. a igreja cristã necessita compreender nesses princípios a soberania de Deus. As Escrituras mostram que Deus. As leis bíblicas. mostram um Deus zeloso. o faz para que viva em paz e livre para obedecê-lo. A justificativa é a grande dificuldade que a igreja cristã tem hoje de entender sua responsabilidade e consequentemente sua atitude frente essa terrível situação de ordem econômica. Palavras-chave: Bíblia. Ms. a justiça divina e o perdão. Dessa forma será feita uma análise sociológica da sociedade atual.144 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 145 VALQUIRIO FERNANDES BARROS JUNIOR RESUMO O tema desse trabalho de final de curso é sobre “A responsabilidade social da igreja para com os pobres” e convida a igreja a repensar biblicamente sua atitude em meio aos conceitos e ações da sociedade pós-moderna. A RESPONSABILIDADE SOCIAL DA IGREJA PARA COM OS POBRES Trabalho de conclusão de curso. como requisito final para obtenção do título de bacharel em Teologia. a graça de Deus. uma pesquisa sobre a realidade da igreja cristã atual e uma análise teológica numa perspectiva da Teologia reformada que defende a Bíblia como sendo única regra de fé e prática e que Deus é soberano em todas as esferas. Scripture shows that God give man the mandate responsibilities in cultural. Keywords: Bible. as it establishes the year of jubilee that is nothing more than a way to prevent that there is social injustice among the people. makes for living in peace and free to obey him.1 MANDATO CULTURAL CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS 00 00 00 00 00 00 00 00 . The biblical laws. the grace of God.2 IGREJA CRISTÃ 2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA COM OS POBRES NO ANTIGO TESTAMENTO 2.146 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 147 ABSTRACT The theme of this work is the final course on “The social responsibility of the church to the poor” and invites the church to rethink its attitude biblically among the concepts and actions of postmodern society. which makes the Christian church will absorb the same practices. Social Responsibility. pointing principles of transformation of thought and attitude change. Church. but with an evangelical garb. a survey on the current reality of the Christian church and an analysis theological perspective of Reformed theology that defends the Bible as the only rule of faith and practice and that God is sovereign in all spheres . Thus there will be a sociological analysis of modern society. show a jealous God. the Christian church needs to understand these principles the sovereignty of God. Thus. The justification is the great difficulty that the Christian church today has to understand their responsibility and hence their attitude toward this terrible situation of economic order. The solution of such a defect is found in Scripture. social and spiritual. divine justice and forgiveness. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 A SITUAÇÃO ATUAL DA SOCIEDADE E IGREJA PÓS-MODERNA 1. The results of this research point to the following: the current society lives according to their thinking characteristic of his time. likewise.1 SOCIEDADE 1. se faz necessária uma contextualização para a geração pós-moderna. é em Jesus Cristo que todas as promessas de libertação da escravidão do homem e da criação se tornam possíveis (Lc 4... o qual tem seu enfoque na administração do homem com os recursos do planeta. quando se preocupa com os pobres que viviam em Jerusalém e faz uma coleta na Igreja de Corinto. consequentemente com a pobreza. Tanto o Jubileu como os mandatos revelam um Deus que cuida dos pobres e ordena ao seu povo que faça o mesmo.26 e 2. acabar com a desigualdade social. Trata-se de uma lição de como o homem pode.] O tema “A responsabilidade social da igreja para com os pobres” tem como objetivo mostrar que a igreja atual tem aceitado como modo de vida os valores de nossa sociedade pós-moderna.. Sttot (1989) e T. Esse enfoque será demonstrado através de três autores principais: Zygmunt Bauman (1999). [. a começar do Antigo Testamento nos mandatos ordenados por Deus em Gênesis 1. principalmente. Sine (1999).16-21). um estudo dos princípios bíblicos que resgate a responsabilidade social da igreja para com os pobres. Isso se vê. mas ao contrário disso. no que diz respeito ao mandato cultural. Entretanto. mas por amor. a pesquisa será limitada aos cristãos de modo geral e aos pobres. A pesquisa que se segue trará em seu conteúdo uma análise sociológica da sociedade pós-moderna seguida de provas escriturísticas dos princípios cristãos e propostas à luz da Bíblia que mostra qual é a responsabilidade da igreja cristã frente os menos favorecidos economicamente. O apóstolo Paulo ressalta essa união entre o evangelho e a prática social em 2 Coríntios 8 e 9. levando as boas novas de Cristo juntamente com a ajuda social. Por isso.148 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 149 INTRODUÇÃO [. portanto. valores que incentivam o individualismo e o consumismo.8-38. Dessa forma. aqueles que não possuem recursos materiais suficientes para uma vida igual aos seus semelhantes. . olhar para o pobre com os olhos de cristão. e que de forma direta afeta também o comportamento dos crentes que estão inseridos nela.] O enfoque proposto nessa monografia é de mostrar que esse comportamento da sociedade é real. devem estar atentos em não copiar as atitudes da geração do “eu mereço”. em suas ações. pelo qual Deus libertava o homem e a terra da escravidão. Paulo se preocupa com os pobres exortando aos irmãos ricos a contribuírem não por obrigação. que é uma forma exagerada de consumir algo e que tem sido colocada no lugar de princípios cristãos como o do amor ao próximo. ajudando a sair dessa situação miserável. Ao analisar a Escritura como um todo. W. E por isso. através da obediência a Deus.. A encarnação de Cristo é o principal motivo para a igreja de Cristo levar as boas novas de salvação sem desvincular-se da responsabilidade social. o presente trabalho monográfico insere em seu último capítulo as implicações e algumas propostas que visam uma atitude de inconformismo e luta por parte da igreja pela classe pobre do país. A problemática dessa pesquisa é a falta de entendimento por parte dos cristãos de sua responsabilidade social que consequentemente assumem uma atitude de indiferença em relação aos que sofrem por falta de recursos materiais. John R.25. afetando diretamente o pobre. com esses pobres. Torna-se necessário. Outro conceito relevante ensinado pela Bíblia é o princípio do Jubileu em Levítico 25. combates e debates. o máximo que encontram é a resposta de que depende de cada pessoa. SOCIEDADE O Titanic somos nós. cada um escolhe como. verdade. 113). hipócrita. porque para eles o passado. 1988. escondido em algum lugar no futuro nebuloso. 2000. a facilidade das grandes empresas de se moverem se tornou o fator principal da criação das camadas sociais: mas foi no final do século XX. 173). Uma direção que por mais que os grandes sociólogos tentem. xviii). caracteriza-se exatamente pela incredulidade perante o metadiscurso filosófico-metafísico. 1998 apud BAUMAN. O grande aliado da sociedade pós-moderna é o fenômeno da globalização ou vice versa.[T]odos nós supomos que há um iceberg à nossa espera. como também de forma assustadora do transporte de informação através da rede mundial de computadores. Uma dessas mudanças é analisada pelo sociólogo Zygmunt Bauman (1999. exceto os meios de prever. dando início à implantação de uma nova ordem que ficou chamada de “pós-guerra” na Europa (JEZZINI. 24-29). Para o futurólogo Tom Sine (2001. p. individualizadas. p. Essa capacidade de se mover se destacou através dos meios de transporte de maneira rápida e radical. presente e futuro se fundem no aqui e agora.. p. 123). p. nacionais e não . criando suas “tribos” que na geração moderna chamava-se “sociedade”.. 1999. que apresenta uma diferença entre o espaço “próximo” que é algo que interage no dia-a-dia com o espaço “longe” que pouco ou nada se sabe sobre ele. quando terminou a chamada Guerra Fria no ano de 1990 que. como Deus. p. cega. 24). solidariedade. 84-92). isto é. pela primeira vez na história. etc. Uma breve leitura no jornal ou uma rápida análise do que se passa na televisão é o bastante para se ter uma noção da direção à qual a sociedade pós-moderna caminha.1. conhecimento. 22). deixa de pertencer à esfera pública (geral) para se adequar ao privado (particular). que eliminou a noção de espaço longe-perto. é coisa do passado. 2001. 2001. (ATTALI. com suas pretensões atemporais e universalizantes. A nova geração anda na direção de “ideais privatizados” (BAUMAN. pelo fato dos espaços se tornarem artificiais e não naturais. que a propósito. Pode ser definida como um movimento intelectual e uma visão de mundo que acredita não haver discursos universais. agora são aceitas de forma parcelada. (LYOTARD. xvii). p. p. p. todas as nações do planeta entraram na corrida capitalista em direção ao topo (SINE. quando e em quê deve acreditar. autocongratulante. p. Com isso. 20-29). p. relatividade é característica dessa sociedade “pós”. 1999. p. RUBIN. Isso significa que as teorias ou crenças que antes eram aceitas em sua totalidade. contra o qual nos chocaremos para em seguida afundarmos ao som de música. A globalização é um fenômeno que se refere a nova ordem da economia mundial (SINE. a nossa sociedade triunfalista. (BAUMAN. O próprio nome pós-moderno já indica que a geração “moderna” com suas grandes ideologias coletivas (NOGUEIRA. Bauman acredita que se permitiu o afastamento dos conflitos. Com isso.Teve inicio após o final da Segunda Guerra Mundial em 1945. 2005) já não existe. A palavra pós-moderna foi criada por Jean François Lyotard em 1979 ao escrever a pedido do governo de Quebec a respeito das sociedades desenvolvidas (LYOTARD. a globalização é a principal causa das mudanças na sociedade pós-moderna: “a globalização é uma das principais forças que vem impulsionando as mudanças nesta nossa corrida rumo ao novo século”. que independe do tempo “O pós-moderno.. 2000. e passado é algo que essa geração “pós” faz questão de apagar de sua história. 1988. impiedosa com os pobres – uma sociedade em que tudo é previsto. enquanto condição da cultura nesta era.150 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 151 1 A SITUAÇÃO ATUAL DA SOCIEDADE E IGREJA PÓSMODERNA 1. o corpo. retirando-se dos espaços urbanos públicos evitando assim. cristãos nessa sociedade “pluralista”. o contato: conversas. no Novo Testamento tem o mesmo significado de povo de Deus no Antigo Testamento. Começa-se pelo conceito de igreja que é de fundamental importância para se delimitar quem são ou não. administrava corretamente os sacramentos e também a disciplina na igreja. que isola-se na vida privada. [.. 374). Igreja vem da palavra grega evkklhsia “para fora de” era uma palavra usada entre os gregos para descrever um corpo de cidadãos“. torna a realidade das pessoas em uma mudança constante e cada vez mais rápida. Com as distâncias não significando mais nada. até mesmo a fé. Imperador romano e seu colega do Oriente. uma definição que expressa o que realmente a Escritura quer falar sobre o conceito de igreja é dada por Robinson Cavalcanti: Igreja. Portanto. Para Calvino e os teólogos reformados. 56). Enquanto as elites escolheram de bom grado pagar um alto preço pelo seu isolamento. 2003. dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo sua cabeça. Um desafio nada fácil.org. de origem divina e composição humana. Aqueles teólogos acreditavam também numa cooperação do Estado-Igreja (BERKHOF. 2001. católica e .br/portal/ arquivospara-download/category/4) afirma que a igreja é “católica ou universal. a Septuaginta é usado como sinônimo de “ajuntamento” de todo o povo de Israel. identificando todos que dizem ter fé em Deus participantes do mesmo credo. YAMAUCHI.152 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 153 locais. o resto da população é forçada a pagar um pesado preço cultural. (CLOUSE. psicológico e político subsistindo em guetos pós-modernos. e invisível. por terem que produzir mais para consumir mais de modo que a igreja se torna uma opção secundária. a igreja era aquela que pregava fielmente a Escritura.] 1. PIERARD. debates. é um mistério. que por sua vez tenta se adaptar nessa geração consumista do mundo globalizado. reunidos com finalidade de discutir os assuntos do estado. a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas”.. um povo e um pacto: una. já na versão grega do Antigo Testamento. passa a existir no Édito de Milão quando Constantino. A Igreja primitiva tinha consciência de sua realidade como verdadeiro povo de Deus. Consequentemente. nos dias atuais em que se relativizam tudo. ela é esposa. Já no século XVI os Reformadores romperam com o conceito católico-romano da igreja. p. Licínio. santa. pois a cada dia o tempo das pessoas é mais escasso. 511-531). essa realidade reflete na igreja de Cristo. concordaram em conceder tolerância aos cristãos e restituir as propriedades que haviam sidas confiscadas. consta do número total dos eleitos que já foram.2. p. desafios públicos do interesse privado com a comunidade desprivilegiada.ipb. A Confissão de Fé de Westminster (http://www. A igreja. IGREJA CRISTÃ A velocidade com que o novo sistema econômico avança. p. Mudanças como essas trazem consigo a necessidade de reflexão sobre algumas questões antes indiscutíveis e desnecessárias. e principalmente. enganando a muitas pessoas e até crentes que apóiam-se sem medir as consequências de tal atitude. ensinavam que a igreja era infalível e hierárquica contendo um sacerdócio especial que concede salvação por intermédio dos sacramentos. 2004. portanto. desfrutando das bênçãos reveladas no antigo Israel (RIDDERBOS. Há vários grupos que possuem uma filosofia de vida parecida com o evangelho de Cristo de tal forma que tornam-se facilmente confundidos. cria-se uma elite que passa a ter uma liberdade diante dos obstáculos físicos e uma capacidade de se mover e agir à distância. como instituição. Os consultantes concordaram que essas duas atividades fazem parte da responsabilidade do povo de Deus. são meros ensinos humanos sem vida a oferecer. Ela não é reino de Deus. na cultura e na conjuntura. a Escritura. Não se pode encontrar resposta onde não tem. no esporte. na justiça.. mas transcende qualquer esforço humano de tentar limitá-la por ser de origem divina. p. 39): Serviço social seria o trabalho de auxílio ou socorro com o propósito de demonstrar misericórdia e aliviar o sofrimento e as necessidades do próximo. diz. ou com ideologias humanas. antecipação e sinal desse mesmo reino. 2 A RESPONSABILIDADE SOCIAL PARA COM OS POBRES NO ANTIGO TESTAMENTO Uma análise da responsabilidade social para com os pobres só é possível à luz da Escritura. O sentimento de bem estar social substitui a verdade como valor regulador. 2009. o Cristianismo contemporâneo tem sua própria “tribo”. A fé reformada acredita que a Escritura é a única regra . 1999. Sendo assim. As análises feitas que deixem de lado ou em segundo plano aquilo que a palavra de Deus. temperamentos e histórias de vida. os cristãos precisam atuar em cada esfera da vida para manifestar o poder redentor do evangelho. as teorias diversas que partem de uma visão a partir do homem são tentativas vãs de explicar aquilo que o homem jamais conseguirá com seu próprio esforço. Segundo o que ficou conhecido como Pacto de Lausane em 1974 (RAMOS. quando se fala de igreja deve-se pensar em algo que vai além das limitações impostas pelos homens. Com isso. pós-moderno. escolas. o único Deus trino criador de todo universo. A igreja do século XXI tem vivido uma época cujos conceitos teológicos são deixados de lado e passa a exigir argumentos racionais e buscar “encontros” que propiciam momentos com o sobrenatural. com uma diferença. um produto a ser comercializado para consumidores crentes. a igreja também faz seus produtos e incentiva seus seguidores a consumi-los.. O Congresso de Lausanne definiu a responsabilidade social cristã como algo que abrange uma ação social efetiva como também um serviço social permanente (VILELA. Isso significa promover uma reforma nas artes. AMORIM. Isso significa que o risco de “substituir a teologia por terapia” (VEITH. livrarias. Faz da religião. A Escritura é a única resposta para o homem que deseja descobrir a solução de seus anseios e os de sua comunidade. na política na família. nas comunicações etc. E assim como o mercado globalizado incentiva o consumo. canal de televisão e até boates. Ela não deve ser identificada com nenhuma cultura em particular ou qualquer sistema social ou político.] A posição calvinista acredita que os cristãos devem atuar em cada área de sua vida demostrando o poder transformador de Cristo (VILELA. vanguarda. a roupagem evangélica. com suas festas. dentro da economia da salvação. O cristão atual segue de forma semelhante o homem ímpio. com o propósito de eliminar as causas da pobreza e da opressão. Portanto.] igreja é a comunidade do povo de Deus e não uma mera instituição. shows gospel. p. [.. na educação. mas expressão.. O conceito de ação social estaria ligado à transformação das estruturas sociais e à promoção da justiça. p. 2009. na ciência. 2000. (CAVALCANTI.154 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 155 apostólica. dos interesses de determinados grupos. p. ela é formada de gente. na economia. discotecas. 17). Criada segundo coração de Deus. CAMARGO. 39): Na percepção calvinista. 21) [. só quem pode explicar o homem e sua relação com os outros é quem o criou. situada no tempo e no espaço. com suas personalidades. p. 2009. 207) se torna uma tentação maior para públicos tão exigentes dessa sociedade pós-moderna. 2. o pós-modernista se ocupa em lugar disso. criou o homem à sua imagem e semelhança. colocando-o no Jardim do Éden. 32). Por isso. Vê-se. de uma ampla diversidade de religiões e de uma ciência cada vez mais avançada. [. MANDATO CULTURAL Em um mundo de tantas diferenças de pensamento. no sexto dia. p. ARCHER. fica mais difícil defender uma verdade..3b: “não só de pão viverá o homem. “fazer” (HARRIS. a busca pela verdade para o cristão. em Gênesis 1. depende de cada pessoa.[]n: é um verbo na primeira pessoa do plural qal que significa “façamos”. que mostram quais são suas responsabilidades diante de Deus. p. Sendo ela revelação da vontade e da pessoa de Deus. cuidar e desfrutar da criação. Porque ela é inspirada por Deus. 2002. com a busca para ‘entender’ o ponto de vista da outra pessoa”. 1998. isto é.156 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 157 de fé e prática para o cristão. 31. 19): “Tendo desistido de conhecer a verdade objetiva.26.] . todo cristão deve viver conforme o que está escrito nela como se lê em Deuteronômio 8. Para essa geração pós-moderna. do pó da terra. vem da raiz hf’[. A palavra hebraica hf. Diante dessa realidade. mostra que Deus. a responsabilidade do homem na área social deve ser fruto daquilo que Deus diz na Escritura. o Deus de mistério. extraindo a partir dela. concedendo-lhe responsabilidades. que os mandatos são princípios divinos para o homem. inerrante e infalível.1. portanto. Deus criou o homem para adorá-lo. A Escritura mostra Deus criando o homem à sua imagem e semelhança. o homem. no caso. mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem”. É também uma indicação do Deus Trino.. Isso só é possível pelo estudo dos fundamentos bíblicos sobre a responsabilidade do homem diante de Deus nessa terra. que é a Escritura. produto da ação sobrenatural do Espírito Santo na vida dos autores bíblicos. e não do que o homem acredita. um Deus pessoal e complexo que cria todas as coisas (GRONINGER. p. A Escritura. Esse verbo significa dar forma ao objeto envolvido. WALTKE. 1180). a verdade é subjetiva. necessários para uma perfeita harmonia entre Criador e criatura. as respostas para o anseio e a necessidade dessa geração. deve ser a prioridade nesse século XXI. como diz John MacArthur Jr. trazer à existência o que não estava presente anteriormente. através do resgate da teologia bíblica que confronta os fundamentos que dominam a atual sociedade. (2000. pois o povo de Deus tinha crescido e vivido como escravo por muito tempo. Criou-o. assim como Deus fora com eles ao tirá-los da escravidão do Egito. mas ser justo. Deus criou o homem para se relacionar consigo. a igreja de Deus precisa cumprir todas as ordenanças. dos mandatos e do Jubileu. Portanto. Então a nação aprende que não devera oprimir seus irmãos. que só é possível na encarnação de Cristo. social e cultural. como se portou o próprio Cristo. Diante dessa realidade. sendo agente de transformação levando as boas novas de Cristo. mas espiritual. com o objetivo de o homem glorificá-lo em tudo quanto fizer. mas por afeto. com seu semelhante e com a responsabilidade de cuidar da terra. Estabelece o ano do Jubileu como uma regra singular a ser cumprida. que libertava o homem de seus pecados. da carne e do mundo. Jesus vem cumprir todas as promessas do ano do Jubileu. dando a ele os mandatos espiritual. Uma encarnação que leve a igreja a se importar com os pobres deste país. Em terceiro lugar. portanto. que pensam somente em seus lucros. é preciso viver a encarnação de Cristo para realizar a missão da igreja na terra. Em Segundo lugar.158 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 159 CONSIDERAÇÕES FINAIS O tema abordado neste trabalho é complexo. . precisava de ordens claras quanto à justiça social. Em primeiro lugar. contudo se faz necessário abordar algumas considerações finais em relação ao tema pesquisado. Não era uma libertação política. a igreja foi instruída por Paulo que deu ênfase na constituição do povo de Deus como igreja. não por pena. Dessa forma. é nesse contexto que ela está inserida para ser luz do mundo e sal da terra. E é nesse tempo que a igreja está presente. para mostrar que sua presença é algo planejado por Deus antes da fundação do mundo. Ao mesmo tempo em que sua pregação revolucionava os corações das pessoas a ponto de levá-las a amar ao próximo como a si mesmas e fazer das atitudes delas uma demonstração de amor transformadas pela regeneração do Espírito Santo em suas vidas. promessas que se tornam permanentes na vida do homem. da escravidão do diabo. O homem deixou de ser humano para ser um produto dos interesses econômicos. uma comunidade baseada no amor em Jesus Cristo. a realidade dos dias de hoje é que a miséria vem aumentando a cada dia com governos injustos e pessoas mais gananciosas. O caminho missionário de Deus.] 6. Leon.160 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 161 REFERÊNCIAS BAUMAN. por isso é recomendável simular e cronometrar anteriormente a apresentação. possíveis atrasos e desordem. Isto É. o país e o mundo. 6) Sobre o vestuário. BOSCH. Viçosa: Ultimato. 3) O texto da apresentação deve ser um resumo do texto da monografia. 1985. n. 2004. 2) É essencial que cheguemos com antecedência à apresentação para a organização do espaço e a verificação dos materiais e recursos que serão utilizados. BERKHOF. MORRIS. Dietrich. a conclusão e as referências. bermuda e tênis. 2001. CAVALCANTI. evitando. John. A. BENTON. os tópicos mais relevantes dos capítulos do desenvolvimento. Douglas J. 1991.. evangelho. optando pelo chamado esporte fino (também conhecido como traje passeio e tenue de ville). O governo Lula é esquizofrênico. São Paulo: Cultura Cristã. R. A Igreja. D. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Viçosa: Ultimato. sem imagens e animações. _____. São Paulo: Cultura Cristã. 1991. São Paulo: Cultura Cristã. 1997. São Leopoldo: Editora Sinodal. Cristão em sociedade de consumo. Frei. Globalização as conseqüências humanas. é permitido utilizar o retroprojetor e o data show. 2000. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. Enciclopédia da Bíblia: Teologia e Filosofia. de 20 minutos. CARRIKER. São Paulo: SEPAL. no máximo. Heber Carlos de. Robinson. São Leopoldo: Sinodal. decotes e transparências. pois. é necessário fazer uma apresentação oral da monografia. 2002. Isso faz com que nos sintamos mais seguros e evitemos exceder o tempo. CARSON. 2008. São Paulo: Candeia. CAMPOS.4 Apresentação oral da Monografia Para obter o título de bacharel em Teologia. redes sociais e economia solidária. Timóteo. Para uma boa apresentação é preciso que estejamos atentos para os seguintes apontamentos: 1) O tempo da apresentação é. Zygmunt. prefira os modelos mais discretos. As duas natureza do Redentor. assim. CHAMPLIN. 5) Sobre os slides. 2000. [.N. Jardim da cooperação. BETTO. 4) É importante um texto bem elaborado. David J. Paulo Roberto B. de Brito et al. na FAIFA. 1999. BONHOEFFER. é recomendável que nos vistamos de maneira formal e discreta. São Paulo: Vida Nova.. Teologia Sistemática. Introdução ao Novo Testamento. BRITO. Devemos incluir a introdução. Em busca da política. de 15 de fevereiro de 2006. As mulheres devem evitar vestidos ou saias muito acima do joelho. Louis. portanto segue a mesma ordenação do assunto. Na FAIFA. 1895. 2000. Os homens devem evitar o traje esportivo: camiseta. teremos maior facilidade na sua organização e exposição. MOO. . Ética. Missão transformadora. ao utilizarmos os recursos de multimídia. título. grampeadas. FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA ALUNO(A) NOME DO ALUNO TÍTULO: SUB TÍTULO TÍTULO 2013 GOIÂNIA 2013 . constando as seguintes informações: nome da instituição. local e data (ano). coladas ou mantidas juntas de outra maneira. devemos deixar duas cópias da monografia para fins de registro na FAIFA: uma impressa e outra em CD. É importante utilizarmos uma linguagem formal. segundo a NBR 12225. devemos primar pela objetividade. também chamada de dorso”. segurança e clareza. 6. sejam elas costuradas.5 Apresentação física da Monografia Após a apresentação oral e posterior aprovação. A lombada e a capa devem ser de cor azul petróleo e a escrita dourada. A lombada. nome do aluno. é a “parte da capa que reúne as margens internas ou dobras das folhas.162 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA A MONOGRAFIA 163 FAIFA 7) Durante a exposição. A versão impressa deverá ser encadernada e possuir lombada. da ABNT. com formatação análoga às capas já referidas. evitando as gírias. conforme o modelo a seguir. Maria Margarida de.br/ downloads/715_abnt_nbr_6022___norma_artigo_cientifico. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.164 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA 165 Após a lombada. A versão entregue em CD deve constar a monografia na íntegra em documento de Word. citações em documentos.mestradoadm. local e data (ano). Disponível em: < http://www. Como escrever teses e monografias. 2003. 2007. Rio de Janeiro: Elsevier. trabalhos acadêmicos. elaboração.br/ cursos/toledo/filosofia/attachments/article/119/NBR%20 6027%20-%202003. br/subsiteFiles/mestenfermagem/arquivos/files/NBR%20 12225%20%20Informa%C3%A7%C3%A3o%20e%20 documenta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Lombada%20-%20 Apresenta%C3%A7%C3%A3o. ed. BIBLIOGRAFIA ALVES. 7. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.br/pdf/abntnbr6023. Rio de Janeiro. 3. elaboração. 2. apresentação. São Paulo: Atlas. ed. 2004. Disponível em: < http:// www. com formatação análoga às capas já referidas. ed. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. deve ser azul petróleo. sumário. cuja formatação é análoga à da versão impressa. lombada.habitus.cch. Rio de Janeiro.ufv. Rio de Janeiro. Magda. a escrita dourada e apresentar as seguintes informações: nome da instituição. Rio de Janeiro. pdf>.br/revista/pdfs/10520-Citas. Introdução á metodologia do trabalho científico.ifcs. apresentação. NBR 10520: informação e documentação. ufrj. rev.ufpi. devemos inserir a contracapa composta pela folha de aprovação impressa em papel timbrado da FAIFA. 174 p. apresentação. Disponível em: <http://www. nome do aluno.pdf>. 2002. conforme o modelo a seguir. apresentação. Rio de Janeiro. 2003. referências.pdf>.pdf>. Rio de Janeiro. título. ANDRADE. um roteiro passo a passo. 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. artigo em publicação periódica científica impressa.pdf>. NBR 6022: informação e documentação. NBR 14724: informação e documentação. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12225: informação e documentação. Disponível em: < http://projetos. NBR 6023: informação e documentação. Disponível em: < FACULDADE DA IGREJA MINISTÉRIO FAMA BACHARELADO EM TEOLOGIA TÍTULO NOME DO ALUNO GOIÂNIA 2013 . Disponível em: < http://www.unir. A capa do CD. NBR 6027: informação e documentação. 2002. 2005. nome do curso.unioeste. 270 p. Iniciação à pesquisa bibliográfica. 1998. 2002. SEVERINO. Tradução de Henriqueta A. Metodologia Científica. 174 p. 1994. ed. O que leitura. 423 p. 134 p. 210 p. ampl. ed. 320 p.. Petrópolis: Vozes. 1993. 170 p. 2006. Domingos. FACHIN. Manual para elaboração de monografias e dissertações. MACEDO. introdução à metodologia científica. São Paulo: Futura. 144 p. rev. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall. Antônio Joaquim. São Paulo: Atlas. 2002. 1982. 289 p. Metodologia do trabalho científico. Luís. Gregory G. ECO. 6. Metodologia científica. Como se faz uma tese. MARCONI. Joseph M. ampl. São Paulo: Edição Loyola. São Paulo: Pioneira Thomson Learning. rev. São Paulo: Atlas. WILLIAMS. 6. ed. Marina de Andrade. 335 p. 2005. 242 p. 4. 3. ed. 5. 3. 1986. 2004. Rio de Janeiro: Ao livro técnico. Metodologia científica. ed. ed. ed. Pedro A. 111 p. Campinas. BERVIAN. 351 p. Metodologia científica. 2004. SANTOS. rev. Eduardo Alfonso Cadavid. Redação científica. São Paulo: Atlas. ______. 2004. 6. 2. PARRA FILHO. OLIVEIRA. Rego Monteiro. Silvio Luiz de. São Paulo: Atlas. Rio de Janeiro: DP&A. 1991. ed. 2000. Introdução ao projeto de pesquisa científica. São Paulo: Brasiliense. 305 p. 2001. Wayne C. 2 ed. São Paulo: Cortez.br/prolam/ABNT_2011. Técnica de redação: as articulações lingüísticas como técnica de pensamento. rev. 17. Metodologia científica. Kate L. 6. 1998. Tradução de Vera Renoldi. RUIZ. São Paulo: Atlas. 318 p. Manual para redação: monografias. São Paulo: Edgard Blucher. São Paulo: Atlas. Metodologia do trabalho científica. 2006. Metodologia científica. 2006. São Paulo: Perspectiva. A arte da pesquisa. BOOTH. São Paulo: Saraiva. CARVALHO. SOARES. CERVO. ed. Maria Cecília M. 2006. (Coleção Primeiros Passos. João Bosco. Manual de sistematização e normalização de documentos técnicos. 2005. Petrópolis: Vozes. Fundamentos de Metodologia. Odília. rev. 93 p. Cleverton Leite. João Almeida. Humberto. BASTOS. 8. rev. Antonio Raimundo dos. LAKATOS. ______. REY. ed. 2006. 74). 2003. Eva Maria. ed. 18 ed. São Paulo: Martins Fontes.). RAMPAZZO. Tratado de metodologia científica. Gilberto de Andrade. ed.166 MANUAL DE TEXTOS ACADÊMICOS DA FACULDADE FAIFA 167 http://www. ed. Vicente. COLOMB. Maria Helena.usp. ampl. rev. SP: Papirus. 69 p. 20. ed. MEDEIROS. MARTINS. Aprendendo a aprender.. Técnicas de pesquisa. 317 p. SANTOS. Neusa Dias. 1989. 32. teses e dissertações. São Paulo: Atlas. CAMPOS. Metodologia científica. Magda Becker. ampl. guia para eficiência nos estudos. Lino. GARCIA. ed. de (Org. São Paulo: Edição Loyola. Edson Nascimento. ______. a construção do conhecimento. RUDIO. 2002. 174. 277 p. 5. São Paulo: Marins Fontes. João Álvaro. Tradução de Gilson Cesar Cardoso de Souza. 219 p. ed. Planejar e redigir trabalhos científicos. .. ed. MARTINS. KELLER. 306 p. São Paulo: Atlas. 141p. Fundamentos da metodologia científica. 19. Amado L.pdf>. TUBARIAN. Franz Victor. 2. 22. 2006. 3.
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