Manual de Segurança e Boas Práticas INEM

March 16, 2018 | Author: Rúben Viana | Category: Ambulance, Hospital, Portugal, Medicine, Civil Defense


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Escola Superior de Tecnologia e Gestão Pós-Graduação em “Segurança e Higiene no Trabalho” Ano Lectivo de 2009/2010 MANUAL de SEGURANÇA e BOAS PRÁTICAS para o profissional TAE do INEM Rúben Daniel Matos Viana JUNHO 2010 Data de Recepção Responsável Avaliação Observações Versão 1.2 – 05/AGO/2010 MANUAL de SEGURANÇA e BOAS PRÁTICAS para o profissional TAE do INEM Rúben Daniel Matos Viana JUNHO 2010 Rúben Daniel Matos Viana é licenciado em Eng. mecânica pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto desde 2007. Em 2005 iniciou a sua actividade no INEM como Técnico de Ambulância de Emergência – TAE, sendo que finalizou a sua formação académica na modalidade de trabalhador/estudante. Começou por exercer funções na instituição, através das ambulâncias de suporte básico de vida (SBV) INEM sedeadas na zona metropolitana do Porto. Em Dezembro de 2008, após a criação dos meios SIV a nível nacional, foi transferido para o a base da ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) sedeada na cidade de Vila do Conde, onde se encontra a exercer funções como TAE até ao momento. Entre o ano 2000 e 2005 foi elemento do corpo activo dos Bombeiros Voluntários de Esposende. Começando por exercer a actividade na categoria de aspirante, ocupava o posto de bombeiro de 2ª Classe do quadro activo, quando pediu demissão por incompatibilidade a nível profissional. É formador de diversas entidades que ministram formação a empresas, relativamente à temática dos primeiros socorros, higiene e segurança no trabalho (HST) e brigadas de incêndios. em prol de um melhor conforto e segurança às vitimas assistidas. onde será abordado 16 situações reais onde é indicado ao TAE. para que os técnicos se possam orientar de forma a exercerem a sua actividade de uma maneira mais segura e profissional. sirva de complemento a toda a formação já ministrada pela instituição. Com este estágio pretendi elaborar uma manual que permita elucidar muitos dos procedimentos de actuação inerentes à actividade exercida pelo TAE. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 1 Rúben Viana . o melhor procedimento a tomar para que corra o mínimo de risco possível no decorrer da sua actuação. fazendo referência às possíveis lesões músculo esqueléticas que o TAE possa vir a desenvolver. fruto muitas das vezes da falta de cuidado aquando a manipulação de carga. O manual está dividido em três temas principais. Finalmente os Aspectos Ergonómicos será o último tema a ser abordado.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Resumo A elaboração deste manual surge na sequência. do estágio que efectuei na viatura de suporte imediato de vida que o INEM tem sedeado na cidade de Vila do Conde. da Pós-Graduação em Higiene e Segurança. na qual esta já se encontra na sua 6ª edição. O estágio insere-se no último dos módulos. promoveu no ano lectivo 2009/2010. fazendo referência aos tipos de risco que um trabalhador na generalidade pode estar sujeito no exercício da sua actividade. que a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viana do Castelo – ESTG. durante o exercício das suas funções como elemento activo do sistema integrado de emergência médica nos meios INEM. Depois o segundo tema fala da temática da Gestão do Risco. para que eu neste momento possa estar a apresentar um Manual de Segurança e Boas Práticas para os Profissionais TAE´s do INEM. para que no futuro. sendo que o primeiro a ser abordado será a temática da Avaliação dos Riscos. na qual também exerço funções profissionais como Técnico de Ambulância de Emergência – TAE. O tema do estágio por mim escolhido permitiu que eu pudesse efectuar uma recolha de dados e informação exaustiva da actividade dos TAE´s. 3.1.Enquadramento Legal 5 . no papel de agente da protecção civil Comandante das Operações de Socorro Sistema de Gestão de Operações Desenvolvimento da cadeia de comando Síntese do exposto 22 23 24 24 25 25 26 1 – AVALIAÇÃO DOS RISCO 27 1 – Contaminantes 1.2 – Descrição da actividade 10 12 13 15 16 19 20 MANUAL DE SEGURANÇA E BOAS PRÁTICAS PARA OS PROFISSIONAIS TAE´s DO INEM Temáticas Gerais Abordadas no Manual Hierarquia da cadeia de comando Funções do INEM.Resumo Histórico 4 .1 – Evolução dos meios em território nacional 5.1 – Vias de entrada no organismo 1.3 – CONTAMINANTES BIOLÓGICOS 1.4 – Fichas toxicológicas e de segurança .1.Meios disponíveis 5.1.1.3 – Medidas de prevenção e protecção dos riscos 28 29 30 30 32 32 34 37 39 39 39 40 40 40 41 41 41 43 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 2 Rúben Viana .6 – Frases de risco e segurança 1.5 – Rotulagem de embalagem 1.Introdução 2 .Metodologia 3 .Conceitos 1.2 – Classificação dos agentes biológicos 1.1.3.FDS 1.2 – Vias de entrada no organismo 1.2 – CONTAMINANTES FISICOS Iluminação Ruído Temperatura Humidade Radiações ionizantes 1.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Índice 1 .1.1.1 – CONTAMINANTES QUÍMICOS 1.3 – Valores Limites de exposição . .VLE 1.3. 11.1 – Algumas estatísticas 2.11.Extintores 2.7 – As consequências de um acidente eléctrico 2.12.6 – O choque e suas consequências (acção directa) 2.11.4 – MANUSEAMENTO DO OXIGÉNIO 2.Simbologia 2.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2 – GESTÃO DO RISCO 45 2.11 – Protecção das pessoas 2.8 – Factores responsáveis pelas lesões 2.2 – Tipos de contacto com a electricidade 2.2.12 – Procedimentos de segurança na actuação do TAE 2.6 – INTOXICAÇÃO POR MONOXIDO DE CARBONO .3 .9 – VIOLÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO 2.4.SISMOS 2.11.12 – EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL – EPI 2.10.5 – Efeitos da corrente eléctrica sobre o corpo humano 2.2 – MANUSEAMENTO DE UM EXTINTOR 2.CO 2.3 – Relato de casos reais potencialmente perigosos 2.11.10 – Protecção dos circuitos 2.11.1 – Evacuação no edifício onde se encontra a base INEM 2.11.6.4.2 – Tipos de incêndio 2.4 – A trajectória da corrente 2.1 – INCÊNDIOS EM HABITAÇÕES OU VIATURAS 47 2.2.6.2.3 – Actuação do TAE 2.2.2 – Evacuação em locais públicos 2.6.3 – DERRAME COM PRODUTOS QUIMICOS 2.10.10.7.1 – EPI´s na área da segurança rodoviária 49 49 50 51 51 52 55 56 56 57 58 59 61 61 62 64 65 67 69 70 72 74 75 75 75 77 77 77 79 80 81 81 83 84 85 86 86 87 89 92 93 93 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 3 Rúben Viana .4.11.11.3 – Diversas formas de morrer electrocutado 2.11.8.11.5 – FUGA DE GÁS COMBUSTÍVEL 2.11.NEVÕES 2.4 .1 – Como se inicia um incêndio? 2.10 – EVACUAÇÕES DE EMERGÊNCIA 2.13 – Considerações finais 2.9 – Quadro eléctrico (Função) 2.1 – Perigo do enriquecimento com oxigénio 2.11.2.8 .1 – Efeito fisiológico e físicos da corrente eléctrica 2.7.1 – Actuação durante a ocorrência de um sismo 2.3 – Evacuação em lares ou hospitais 2.5 – Classificação dos extintores 2.11.2 – Cuidados no seu manuseamento 2.1 – A intensidade de corrente 2.11 – ACIDENTES ELÉCTRICOS 2.2 – Mecanismos de acção do CO 2.2 – Actuação depois da ocorrência de um sismo 2.7 . 14.13.4 – Painel Laranja 2.1 – Colocação dos EPI´s (Bata+máscara+luvas) 2.15. 94 95 97 98 99 103 103 105 107 109 110 111 112 113 114 2.4 – Casos práticos de possíveis cenários no local da ocorrência CASO Nº1 – Colisão frontal de dois veículos numa EN em que as viaturas ficam imobilizadas quase a meio da via.13.13.5. CASO Nº5 – Colisão frontal entre um veículo ligeiro e uma moto numa EN ou EM.14.13.1 – Razão da cor escolhida para os meios INEM 2.4 – Procedimento de colocação e remoção dos EPI´s 2.5 – Várias tipologias para o transporte de matérias perigosas 2.1 – Regulamentos 2.5.2 – Áreas de perigo e procedimento de aproximação 2.4.1 .13.16. CASO Nº3 – Colisão frontal de dois veículos num IP ou EN em que as viaturas ficam imobilizadas na berma.13.2 – Etiquetas de perigo 2.13.2 – Remoção dos EPI´s 2. CASO Nº6 – Colisão entre dois veículos ligeiros numa via com 4 faixas de rodagem no mesmo sentido.Limpeza 147 148 150 153 153 154 156 157 158 158 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 4 Rúben Viana .15.15.4.14.14.5 – Evacuação via helicóptero 2.14.2 – Procedimentos para a lavagem e desinfecção das mãos 2.2 – EPI´s na área da Bio-segurança 2. CASO Nº8 – Accionamento para uma ocorrência num domicílio.12.3 – Considerações finais 2.12. CASO Nº7 – Atropelamento de um peão na passadeira. CASO Nº4 – Colisão frontal/lateral entre dois veículos numa EN ou EM sendo que as viaturas imobilizam-se numa das faixas de rodagem.1 – Precauções universais 2.15.14.3 – Sistema de classificação de riscos (por Classes) CLASSE 1 – Matérias e objectos explosivos CLASSE 2 – Gases CLASSE 3 – Matérias liquidas inflamáveis CLASSE 4 – Matérias sólidas inflamáveis (…) CLASSE 5 – Matérias comburentes CLASSE 6 – Matérias tóxicas CLASSE 7 – Matérias radioactivas CLASSE 8 – Matérias corrosivas CLASSE 9 – Matérias e objectos perigosos diversos 2.15 – BIO-SEGURANÇA 2.15.3 – EPI´s usados no contacto directo com produtos perigosos 2.1 – Cálculo da área de aterragem em segurança 2.13 – SINALIZAÇÃO E PROTECÇÃO RODOVIÁRIA 2.6 – Actuação do TAE (Sequência do atendimento) 2.8 – Relato de um trágico acidente envolvendo equipas de socorro 117 121 122 123 124 125 126 126 127 128 128 129 130 131 132 133 134 138 141 145 146 2.15.4.14 – IDENTIFICAÇÃO DAS MATÉRIAS PERIGOSAS 2.3 – Medidas de protecção individual básicas 2.2 – Regras importantes de segurança 2.16 – LIMPEZA E HIGIENE 2.7 – Tipos de lesões ocasionadas por produtos perigosos 2.14.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.15.14.3 – Procedimento para retirar as luvas contaminadas 2. CASO Nº2 – Colisão entre dois veículos numa auto-estrada ou via equiparada. 9.7 – Lesões associadas às más posturas 3.3 – Movimento Manual de Carga 3.3 – Procedimento para elevação da maca “do chão” c/ 2 elementos 3.16.16.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.1 .5 – Procedimentos para elevação da maca da “½ altura” c/ 2 elem.9.3 – Meios para a deposição dos resíduos 2.1 – Posturas a evitar 3.1 – Dimensão do problema 3.2 – Configuração do transporte do material 3.5 – Regras sobre a manipulação e transporte de resíduos 2. 172 172 173 174 175 177 178 179 180 181 182 182 182 184 185 186 187 188 188 188 190 191 192 6 – Apresentação e discussão dos resultados 7 .4 – Procedimento para elevação da maca “do chão” c/ 4 elementos 3.2 – Caracterização por grupo de resíduos 2.16.5.5.10.9. PRESEPT) 2.5.10.16.3 – Procedimento de lavagem do pavimento 2.2 – Dados do INEM 3.9 – Figuras ilustrativas de boas práticas 3.Procedimento para a colocação do saco 1 atrás das costas do TAE 3.10 – Característica da carga do pré-hospitalar 3.16.4 – Exercícios de relaxamento muscular 3.5. SURFANIOS.16.Conclusão 8 .5.8 – Recomendação a adoptar pelo TAE 3.16.5.5 – Regras de boas práticas 3.16.2 – Posturas correctas e erradas 3.3 – Transferência de um paciente da cama para a cadeira 3.4 – Transporte dos resíduos 2.6 – Contentor de armazenamento VS grupo de lixo 160 162 164 166 166 167 168 168 169 170 3 – ASPECTOS ERGONÓMICOS 3.Referências Bibliográficas APÊNDICES (Anexos do Manual) Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Oxigénio Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Presept Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Surfanios Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do ANIOS DDSH Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Álcool Etílico Lista de Frases de Risco Lista de Frases de Segurança Regras básicas na utilização de extintores Resumo das etiquetas de perigo associadas às diferentes classes das matérias perigosas 194 ANEXO1 ANEXO2 ANEXO3 ANEXO4 ANEXO5 ANEXO6 ANEXO7 ANEXO8 ANEXO9 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 5 Rúben Viana .10.4 – Factores de risco resultantes do tipo 3.10.5 – Resíduos hospitalares 2.16.4 – Técnica de desinfecção para situações de derrame 2.6 – Causa para as LME´s (Lesões Músculo Esqueléticas) 3.1 – Classificação dos resíduos hospitalares 2.10.16.9.2 – Produtos desinfectantes (ANIOS DDSH. ambulâncias INEM. Imagem 59 – Delimitação da zona de perigo Imagem 60 – Zona das mãos mal lavadas Imagem 61 – Procedimento para remoção das luvas contaminadas Imagem 62 – Indicação do peso máximo ideal mediante a posição da pessoa e da carga. envolvendo substâncias perigosas diversas Imagem 55 – Etiqueta indicando matéria transportada quente Imagem 56 – Placa laranja com Nº de perigo e nº ONU Imagem 57 – Forma de colocação dos painéis laranja e etiquetas em veículos cisterna Imagem 58 – Alguns tipos de contentores/cisternas utilizados no transporte de matérias perigosas. nº2) Imagem 36 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado cima da imagem – exemplo nº1) Imagem 37 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado esquerdo da imagem – ex. respectivamente. nº1) Imagem 32 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância (A ambulância chegou pelo lado direito – ex. nº2) Imagem 35 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado direito da imagem – ex. helicópteros Imagem 5 – Organograma resumo dos meios INEM Imagem 6 – Distribuição geográfica dos meios do INEM em Portugal continental. envolvendo oxidantes e peróxidos orgânicos Imagem 51 – Exemplo de etiquetas de perigo. envolvendo líquidos inflamáveis Imagem 49 – Exemplo de etiquetas de sólidos inflamáveis Imagem 50 – Exemplo de etiquetas de perigo. ambulância SBV e SIV Imagem 4 – Meios INEM: VMER. Imagem 31 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância (A ambulância chegou pelo lado esquerdo – ex. envolvendo substâncias radioactivas Imagem 53 – Exemplo de etiquetas de perigo. envolvendo substâncias tóxicas e infectantes Imagem 52 – Exemplo de etiquetas de perigo. envolvendo substâncias corrosivas Imagem 54 – Exemplo de etiquetas de perigo. Imagem 28 – Chegada da ambulância e imobilização em modo de sinalização e protecção em auto-estrada (Exemplo nº1) Imagem 29 – Chegada da ambulância e imobilização em modo de sinalização e protecção em auto-estrada (Exemplo nº2) Imagem 30 – Ilustração da disposição dos meios de socorro presentes no teatro de operações em sinistros deste tipo.º 220/2007 de 29 de Maio Imagem 2 – Foto dos CODU e CODU-Mar Imagem 3 – Meios INEM: Mota. envolvendo gases Imagem 48 – Exemplo de etiquetas de perigo. Imagem 63 – Tipos de lesões associadas às más posturas 15 16 17 17 18 19 33 33 34 37 51 51 65 66 77 78 78 80 83 85 105 105 105 107 107 107 109 109 109 110 110 111 111 112 113 114 114 119 120 124 126 127 128 128 129 130 131 132 132 133 133 134 137 138 142 150 157 176 179 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 6 Rúben Viana .º2) Imagem 38 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância no local do acidente Imagem 39 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância no local do acidente Imagem 40 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância quando arranja espaço para estacionar a viatura (exemplo nº1) Imagem 41 – Ilustração da posição de imobilização mais indicada para ambulância quando não tem espaço para estacionar (exemplo nº2) Imagem 42 – Ilustração da zona de aterragem Imagem 43 – Ilustração do valor de (D) no helicóptero Bell 412EP Imagem 44 – Exemplo do painel laranja identificando o material e os perigos associados Imagem 45 – Painel laranja indicativo de perigo de explosão Imagem 46 – Exemplo de etiquetas de perigo. Imagem 7 – Informação presente num rótulo Imagem 8 – Exemplo de um rótulo de um produto químico Imagem 9 – Classificação das propriedades de perigo vs categoria do perigo Imagem 10 – Símbolos de perigo usados em rotulagem (Quadro resumo) Imagem 11 – Símbolo identificativo de um extintor Imagem 12 – Elementos base presentes num extintor Imagem 13 – Ilustração da escala de Richter Imagem 14 – Falhas e Placas tectónicas existentes em Portugal Imagem 15 e 16 – Imagem ilustrativa do contacto directo com a electricidade Imagem 17 e 18 – Imagem ilustrativa do contacto directo com a electricidade Imagem 19 e 20 – Imagem ilustrativa do contacto indirecto com a electricidade Imagem 21 – Imagem ilustrativa das possíveis trajectórias da corrente Imagem 22 e 23 – Ilustração do coração e do sistema circulatório Imagem 24 – Efeitos fisiológicos provocados pela intensidade de corrente Imagem 25 – A ambulância chega pelo lado esquerdo Imagem 26 – A ambulância chega pelo lado direito Imagem 27 – Ilustração do teatro de operações com todos os meios de emergência envolvidos no socorro.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Índice de Imagens Imagem 1 – Decreto-Lei n. nº2) Imagem 33 – Ilustração da disposição dos meios de socorro presentes no teatro de operações no sinistro Imagem 34 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado esquerdo da imagem – ex. VMER e Helicópteros. ambulância recém-nascidos. envolvendo substâncias explosivas Imagem 47 – Exemplo de etiquetas de perigo. 24 e 25 – Ilustração da posição de protecção Foto 26 – Ilustração da não criação da distância mínima de 15 metros e do mau posicionamento da ambulância. com autocarro que transportava alunos da universidade sénior de Castelo Branco em que morreram 17 pessoas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Índice de Fotos Foto 1. Foto 27 e 28 – Ilustração da direcção das rodas em terrenos com declive Foto 29 a 32 – Perigos provocados por desmoronamentos Foto 33 – Ilustração da má imobilização assumida pela viatura de socorro no local do sinistro.2 e 3 – Incêndios urbanos e em viaturas Foto 4 – Foto de extintor presente no interior da ambulância Foto 5 e 6 – Fotos da localização das garrafas de oxigénio 20L e 3L no interior da ambulância SIV Fotos 7 e 8 – Acidentes com derrame de óleos Foto 9 e 10 – Foto que ilustra a tarefa incumbida aos populares de forma a criar uma cobertura protectora Foto 11 – Disjuntores magneto térmicos Foto 12 e 13 – Fusíveis Foto 14 – Disjuntor diferencial de 30mA Foto 15 – Disjuntor diferencial da EDP Fotos 16.17 e 18 . Foto 34 – Ilustração real do tipo de acidente abordado neste caso. Foto 21 e 22 – Fotos ilustrativa da má visibilidade quando se encontra nevoeiro Foto 23. é visível a placa de sinalização cor-de-laranja avisando o transporte de matérias perigosas (…) Foto 58 – Veículo cisterna de transporte de refinados de petróleo Foto 59 – Traseira de um camião de transporte de botijas de gás. a uma vitima de atropelamento Foto 36 a 42 – Heli-transporte Primário a partir de locais não preparados Foto 43 – Transporte secundário a efectuar pelo helicóptero Foto 44 – Ilustração da área mínima de segurança para aterrar um helicóptero Foto 45 e 46 – Várias tipologias de armazenamento das matérias perigosas Foto 47 – Fusão de Termoplásticos Foto 48 e 49 – Exemplo de embalagens com fertilizantes Foto 50 – Exemplo de embalagens com pesticidas. gel desinfectante e sabão liquido no interior da célula sanitária da ambulância Foto 78 e 79 – Ilustração para o correcto transporte na configuração 1 Foto 80 e 81 – Ilustração para o correcto transporte na configuração 2 47 54 57 58 73 86 86 87 87 95 96 97 98 99 100 102 102 107 109 113 117 118 121 123 129 130 131 132 134 139 140 140 141 141 141 144 145 146 153 153 187 187 Índice de Quadros Quadro 1 – Classes dos fogos e sua relação com o tipo de materiais Quadro 2 – Tipos de extintores vs aplicações vs restrições Quadro 3 – Eficácia do agente extintor perante a classe do fogo Quadro 4 – níveis de tensão existentes na rede eléctrica nacional Quadro 5 – Classes de matérias perigosas Quadro 6 – Código de identificação de perigo Quadro 7 – Regras de segurança para o manuseamento de produtos desinfectantes 50 53 54 84 126 135 157 Índice de Gráficos Gráfico 1 – Gráficos que demonstram a evolução dos meios INEM s terrestres profissionalizados desde 2001 até 2010 Gráfico 2 – Efeitos da inalação de monóxido de carbono em baixas concentrações no ar ambiente 19 64 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 7 Rúben Viana . onde esteve envolvido uma viatura de transporte de matérias perigosas Foto 76 – Gel desinfectante MED + Foto 77 – Foto da disposição do papel de mãos.Vestimentas de protecção por níveis Foto 19 – Viatura NRBQ do INEM Foto 20 – Acidente na A23. Foto 35 – Actuação das equipas do INEM. é visível a placa de sinalização e a circulação com as luzes acesas Foto 60 – Incêndio na zona industrial de Vila do Conde em que a equipa de socorro pré-hospitalar foi a primeira a chegar ao local (2009) Foto 61 – Despiste de camião cisterna transportando ácido clorídrico Foto 62 – Acidente envolvendo viatura cisterna de transporte gás propano Fotos 63 e 64 – Acidentes graves envolvendo veículos de transporte de matérias perigosas Fotos 65 à 74 – Fotos de acidentes de veículos que transportam matérias perigosas Foto 75 – Foto do teatro de operações de socorro. Foto 51 e 52 – Instalações de um reactor nuclear Fotos 53 à 56 – Diferentes tipos de painel laranja Foto 57 – Camião de carga geral estacionado. Organograma 2 – Lista dos riscos associados aos agentes químicos 28 29 Índice de Ilustração Ilustração 1 – Excerto do Decreto-Lei nº 134/2006 de 25 de Julho (SIOPS) Ilustração 2 – Procedimento a tomar em caso de incêndio num edifício 24 76 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 8 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Índice de Organogramas Organograma 1 – Resumo dos contaminantes a que os TAE´s se encontram potencialmente expostos. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Lista de siglas e acrónimos TAE ESTG INEM SIV SBV SNBPC SAV VMER CODU EN IP EM SIOPS DON CDOS DIOPS APC GPL EPI - Técnico de Ambulância de Emergência Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Nacional de Emergência Médica Suporte Imediato de Vida Suporte Básico de Vida Serviço Nacional Bombeiros e Protecção Civil Suporte Avançado de Vida Viatura Médica de Emergência e Reanimação Centro de Orientação de Doentes Urgentes Estrada Nacional Itinerário Principal Estrada Municipal Sistema Integrado de Operações e Protecção e Socorro Directiva Operacional Nacional Comando Distrital de Operações de Socorro Dispositivo Integrado das Operações de Protecção e Socorro Agentes da Protecção Civil Gás de Petróleo Liquefeito Equipamento de Protecção Individual _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 9 Rúben Viana . Muitos dos elementos admitidos para exercer funções como TAE.Segundo os dados estatísticos de 2009 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 10 Rúben Viana . por três razões. que só o devem fazer (actuar) quando existe condições de segurança no local. todos eles tiveram a indicação expressa aquando a sua formação. Quando os novos técnicos ficam habilitados para exercerem o socorro pré hospitalar. espalhados pelo país. do universo de 1302. sendo que correspondem a 48. para o puderem consultar. Por esse motivo quero dar o meu contributo para que o INEM possa fornecer a cada TAE recémformado. no sentido de puder vir a colmatar. à variabilidade de acções e a multiplicidade de agentes envolvidos na emergência médica. sendo que muito do conhecimento que irão a adquirir. surge no meu ver. que exercem funções nas ambulâncias de SBV e SIV. Por esta razão. não têm experiência de terreno na área da emergência pré-hospitalar. que exercem funções na instituição. coloco a questão. surgiu. desfibrilhação automática externa (DAE) e do curso de condução defensiva. para que possam estar devidamente capacitados para responder a todas as exigências que este tipo de actividade impõe. porque o INEM continua a apresentar uma lacuna de formação de determinadas temáticas na instrução e preparação dos seus técnicos. ocorrem já no decorrer na sua actividade profissional. Escolhi este grupo específico dos profissionais da emergência pré-hospitalar para desenvolver o meu trabalho. Trata-se portanto de fazer cumprir escrupulosamente a primeira directriz do seu protocolo de actuação.6% do total de todos os elementos. cerca de 633 (*). irei direccionar este manual especificamente aos profissionais TAE do INEM. sobre algumas das temáticas em falta que pretendo retratar. além da formação específica na área do socorro pré-hospitalar.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1 – Introdução O tema do estágio. quais são os verdadeiros conhecimentos que cada técnico possui que permita que este faça uma correcta avaliação e gestão do risco quando são chamados para intervir em determinada ocorrência? (*) . A segunda razão. uma necessidade formativa que o INEM ainda não implementou para a instrução de elementos que possam a vir desempenhar funções como TAE. o técnico não possui mais nenhuma área de conhecimento ministrada pelo INEM. o manual terá um maior número de destinatários. A primeira razão deve-se ao facto de esta ser a área profissional no INEM que apresenta mais número de efectivos. por vezes com o auxílio dos seus colegas mais experientes. um manual onde conste toda essa informação que no meu ponto de vista é pertinente para que o técnico venha a ter uma melhor conduta profissional no futuro da sua actividade. Agora. Dado a extensão verificada de actuação do próprio INEM. Ora vejamos. para que todos os técnicos de ambulância de emergência desenvolvam a sua actividade no INEM com maior segurança. Qual é a formação que o INEM institui aos seus profissionais. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 11 Rúben Viana . pretendo também. testar as competências adquiridas no curso em contexto de trabalho e dotar a instituição INEM. no trabalho de rua. de documentos de segurança no sentido de implementar a avaliação de riscos na instituição.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Que eu tenha conhecimento não existe nenhuma formação instituída pelo INEM para sensibilizar os seus profissionais para as condições de segurança. Por fim. de forma a sensibiliza-los para as possíveis lesões músculo esqueléticas que possam vir a desenvolver no decorrer da sua actividade? Deste modo considero imperativo que deva existir mais formação e informação nesta área. com este manual. no incêndio em habitações ou viaturas. Nos acidentes eléctricos. já ao serviço do INEM. nevões. foi realizada tendo por base a recolha e tratamento da informação retirada dos sites oficiais das várias entidades com responsabilidade no assunto. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 12 Rúben Viana . na qual presenciei. sendo que os primeiros 5 anos foram adquiridos em contexto de serviço voluntariado na corporação dos Bombeiros Voluntários de Esposende e os últimos 5 anos. foi consultado o site oficial da REN – Rede Eléctrica Nacional. nos conhecimentos adquiridos ao longo de 10 anos de experiência na actividade do pré-hospitalar. como profissional de emergência pré-hospitalar. etc. Também me servi dos conhecimentos adquiridos das diversas temáticas abordadas ao longo da Pós-Graduação em SHT. que me auxiliou na elaboração dos temas da Gestão do Risco. tais como. como por exemplo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2 – Metodologia A metodologia adoptada para a elaboração do manual consistiu no tratamento da recolha de informação e dados durante o período de estágio. A informação introdutória e de desenvolvimento das diferentes temáticas. sismos. a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Neste início da história da emergência médica os feridos eram evacuados para os hospitais de campanha onde eram prestados os primeiros socorros. Com a 2ª Grande Guerra este conceito ganhou uma maior importância. propõe que prioritariamente se deveria levar o médico ao doente ao invés do tradicional transporte rápido do doente ao médico. Esta filosofia de abordagem aos doentes manteve-se até metade do séc XIX. A evolução recente do INEM tem sido baseado em três grandes linhas orientadoras. o cirurgião Kirschener altera um pouco o próprio conceito de emergência médica pré-hospitalar. No entanto no final da década de 30. onde são documentados os primeiros registos de intervenções. O INEM surge no importante início dos anos 70. . cria-se o Serviço Nacional de Ambulâncias e posteriormente o Gabinete de Emergência Médica. reforma do próprio sistema de saúde e a certificação da qualidade. afirmou-se na sociedade portuguesa como organismo público responsável pelo auxílio de socorro à população em caso de acidente ou doença súbita. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 13 Rúben Viana .OSHA 18001/1999 (Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho segundo referenciais normativos internacionais).Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3-Resumo Histórico A emergência médica tem origem na época das guerras Napoleónicas. realizando não só o socorro aos doentes como também o transporte do local da ocorrência para uma unidade Hospitalar sempre que necessário. . associados ao cirurgião Dominique Larrey nos campos de batalha. Em termos de qualidade há uma especial preocupação para a certificação do INEM de acordo com as normas: .ISO 14001/1999 (Sistema de Gestão Ambiental).ISO 9001/2000 (Sistema de Gestão da Qualidade). a evolução científica e tecnológica. aquando da reformulação do sistema básico de saúde. O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no início da sua criação. a evolução das técnicas de emergência pré-hospitalar e de todos os dispositivos técnicos envolvidos em toda a cadeia de procedimentos de emergência médica indiciaram a evolução do INEM até ao seu estado actual. tendo a história rapidamente evoluído desde o ano de 1971 (ano da criação o Serviço Nacional de Ambulâncias através do Decreto Lei nº 511/71 de 22 de Novembro). NP 4397/2001 (Sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho segundo referenciais normativos nacionais).Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 . e que são: ► “Load and Go” ou “Scoop and Run” – Método de origem Americano. ou seja numa primeira abordagem à vítima há uma preocupação com a estabilização da vítima e posteriormente o seu transporte para o hospital caso seja necessário. No nosso país o funcionamento baseia-se nos métodos do sistema francês SAMU de France (Sistéme Ambulatoire de Médicin Urgent). caracterizado por uma acção de resgate imediato do doente e transporte para o hospital. também identificados na evolução histórica. Actualmente a nível mundial existem dois modelos de acção em emergência médica préhospitalar. ► “Stay and Play” – Método de origem Francófona. caracterizado pela estabilização do doente no terreno e posterior transporte para a unidade hospitalar. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 14 Rúben Viana . o qual possui neste novo modelo competências muito específicas das diversas áreas chave envolvidas na acção deste organismo. introduzindo uma nova filosofia de acção procurando actualizar esta área de acção médica em função das exigências da evolução científica e tecnológica. ficando então responsável pela coordenação do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM). em www.pt. pode ter acesso a uma panóplia de legislação envolvendo a actividade do INEM.º 220/2007 de 29 de Maio NOTA: No site do INEM. bem como uma lógica global de reforma do sistema de saúde. este é feito pelo Decreto-lei nº 167/2003 de 29 de Julho. bem como de aprofundamento da qualidade dos serviços de urgência/emergência prestados. Imagem 1 – Decreto-Lei n. Este Decreto de Lei vem alterar a orgânica aprovada em 1981 através do Decreto-lei nº234/81. Posteriormente através da Portaria nº 458-A/2004 (2ª série) é aprovado o regulamento da organização interna do INEM.inem. Com a aprovação deste diploma há a preocupação de tornar o INEM “numa estrutura adaptada à complexidade e responsabilidade da urgência/emergência primando pela eficácia e eficiência nas suas múltiplas vertentes”.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 4-Enquadramento Legal Quanto ao enquadramento legal do INEM. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 15 Rúben Viana . percepção da situação em si e proposta de resposta para quem liga e simultaneamente accionamento dos meios INEM necessários. sendo que estes incorporam também os CODU-Mar. Imagem 2 – Foto dos CODU e CODU-Mar Para fazer face a todos os pedidos de emergência em todo o território nacional. Existem um na cidade do Porto. 2º . computador e rádio.Accionamento dos meios INEM. confirma o envio dos meios INEM e qual a unidade hospitalar que irá receber o doente. Lisboa e Faro.Verificação da situação pelo Médico regulador. após confirmação do médico regulador a coordenação dos meios é garantido por um posto com telefone.Atendimento da chamada pelos operadores do CODU. Coimbra.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 5-Meios Disponíveis Podemos tentar explicar a acção do INEM através da sua prática de contacto com o público. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 16 Rúben Viana . 3º . mais conhecido por CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgente) sendo que a sua principal função de triagem é desenvolvida em três momentos distintos: 1º . elucidando o leitor que todos os meios do INEM são accionados através de uma central de gestão da emergência médica. o INEM possui 4 CODU em Portugal Continental. ambulância SBV e SIV Imagem 4 – Meios INEM: VMER. .Ambulância SBV (Tripulada por dois TAE´s) . . .Helicóptero (Tripulado por Piloto e Co-piloto + Medico e Enfermeiro) Nota: Nos dois primeiros meios apenas é instituído o suporte básico de vida às vítimas. podendo estas ser de 6 tipos diferentes. Imagem 3 – Meios INEM: Mota. helicópteros _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 17 Rúben Viana .VMER (Tripulado por um Enfermeiro e um Médico).Ambulância SIV (Tripulada por um TAE e um Enfermeiro). conforme a necessidade da situação: .Ambulância Recém Nascidos (Tripulada por TAE + Médico + Enfermeiro). ambulância recém-nascidos.Mota (Tripulada por um TAE). .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 A interacção entre o CODU e as vítimas é assegurada pelos meios/equipas operacionais. este centro é o responsável como o nome indica pelas questões ligadas à intoxicação. bem como o planeamento e coordenação das equipas em missões internacionais. ● CIAV – Centro de Informação Anti-Venenos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 18 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Imagem 5 – Organograma resumo dos meios INEM e não INEM Estes meios só são disponibilizados depois da autorização dos médicos reguladores do CODU. ● CIPSE – Centro de Intervenção e Planeamento para Situações de Excepção. Existem ainda outras estruturas especializadas na acção do INEM tais como: ● CAPIC – Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise. sendo este o serviço que faz o acompanhamento psicológico do pessoal do INEM e uma das equipas operacionais em caso de catástrofe. tendo este centro as competências na área dos simulacros e a elaboração dos planos de emergência de eventos ou cenários excepcionais. tendo estes um papel essencialmente de gestores de meios e supervisão das decisões de accionamento dos meios. ambulâncias INEM. assegurando uma cobertura de toda a área geográfica do país.1 – Evolução dos meios em território nacional Gráfico 1 – Gráficos que demonstram a evolução dos meios INEM s terrestres profissionalizados desde 2001 até 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 19 Rúben Viana . Desde a sua fundação a quantidade dos meios tem vindo a aumentar e a diversificar-se. respectivamente. note-se pela figura abaixo a distribuição geográfica dos meios INEM. Imagem 6 – Distribuição geográfica dos meios do INEM em Portugal continental. 5.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 A acção no terreno do INEM está dependente de um conjunto de meios técnicos e humanos que possibilitam toda a dinâmica de socorro do nosso país. VMER e Helicópteros. Preparação da (s) vitimas (s) para o transporte e passagem desta (s) para a ambulância. com 42 VMER e 5 helicópteros. a ambulância deve regressar à base em status INOP.Chegada ao hospital e entrega da (s) vitima (s) à equipa de serviço (status HOSPITAL). pode levar a uma complicada definição de risco para o tripulante.Accionamento para a ocorrência (status CAMINHO DO LOCAL).Regresso à base (status BASE). pois estabilizar um doente em estado crítico implica uma luta contra o tempo. como também têm uma componente de trabalho em equipa muito marcado e ainda constrangimentos espaciais.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 No plano qualitativo do panorama nacional da emergência pré-hospitalar. 7ª .De prontidão na base (status BASE). 10ª . 9ª . 3ª . Hoje. profissionalizadas.Descrição da actividade O facto de não existir informação sistematizada referente às técnicas de abordagem aos doentes em situação de emergência. (*) – Se não for possível passar a disponível no hospital.Reposição do material nas mochilas de 1ª intervenção do veículo e passagem a disponível (status DISPONIVEL) (*). a evolução têm sido positiva. além dos meios com suporte avançado de vida (SAV). _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 20 Rúben Viana . 4ª . desenvolvendo uma acção no terreno concertada com as indicações que lhes são dadas. 5ª . 2ª . 6ª .Caminho do hospital – transporte (status CAMINHO DO HOSPITAL).Avaliação e prestação de cuidados à(s) vitima(s) de doença súbita ou trauma. 8ª .Preenchimento de verbetes e outros documentos.2.Chegada ao local e preparação da intervenção (status LOCAL). O trabalho destes tripulantes é desenvolvido essencialmente em 10 momentos distintos. todo o trabalho é feito em equipa mesmo no caso da mota é importante o contacto com a equipa do CODU. É impossível definir uma acção individual na cadeia iniciada aquando de um telefonema para o 112. 5. Deve ser notificado o CODU de tal situação. Estes profissionais têm não só o constrangimento temporal associado à sua tarefa. há 28 ambulâncias SIV e 61 ambulâncias SBV. com a profissionalização de um número significativo de meios. traduzindo-se essencialmente: 1ª . 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 21 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 MANUAL de SEGURANÇA e BOAS PRÁTICAS para o profissional TAE do INEM. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 TEMÁTICAS ABORDADAS NO MANUAL O manual para o profissional TAE do INEM está dividido nas seguintes temáticas: AVALIAÇÃO DOS RISCOS TEMÁTICAS ABORDADAS ASPECTOS ERGONÓMICOS GESTÃO do RISCO _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 22 Rúben Viana . a hierarquia de comando a que todos se devem reger.Câmaras Municipais.Cruz Vermelha Portuguesa (CVP).Direcção-Geral de Saúde (DGS). IPTM. . . . afim de exercerem a sua actividade. . ANSR.Estradas de Portugal. .Instituto de Meteorologia (IM). .Autoridade Nacional Florestal (AFN).Sapadores Florestais (SF). são: . .Juntas de Freguesia.Policia de Segurança Pública (PSP). . .Instituto de Medicina Legal.Forças Armadas (FA). . .Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).Direcção Geral da Autoridade Marítima (DGAM).ANACOM.Policia Judiciária (PJ). .Instituto da água (INAG).Associações Humanitárias dos Bombeiros (AHB). Por esse motivo.Sistemas Nacionais de Busca e Salvamento Aéreo e Marítimo (SNBSAM). .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 HIERARQUIA DA CADEIA DE COMANDO Comandante das Operações de Socorro – COS A hierarquia da cadeia de comando preconizada para ocorrências que envolvem mais que um agente da protecção civil é infelizmente uma temática que para muitos dos TAE´s é de desconhecimento total. As forças e meios de protecção civil consagrados na lei.Instituto Nacional de Emergência Média (INEM). . . . REFER. sabendo exactamente o lugar que ocupam no sistema integrado das operações de protecção e socorro (SIOPS).Guarda Nacional Republicana (GNR). INIR e outras entidades públicas e privadas). é dado a conhecer nesta fase inicial do manual. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 23 Rúben Viana . . .Empresa de Meios Aéreo (EMA). ICNB. . . com o CDOS e no local da ocorrência. com vista à sua estabilização emocional e posterior referenciação para as entidades adequadas. com o CNOS. O INEM garante as missões solicitadas pelo CNOS. está preconizado em diploma legal a hierarquia de competências e funções que cada um dos agentes de protecção civil deve assegurar. Ilustração 1 – Excerto do Decreto-Lei nº 134/2006 de 25 de Julho (SIOPS) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 24 Rúben Viana . no papel de agente da Protecção Civil O INEM coordena todas as actividades de saúde em ambiente pré-hospitalar. através do D. Funções do INEM. com o COS. a nível nacional. a triagem e evacuações primárias e secundárias. Executa a triagem e o apoio psicológico a prestar às vítimas no local da ocorrência. com os planos de emergência de protecção civil dos respectivos escalões e das suas próprias disponibilidades.L. no cumprimento de todas as missões de apoio e assistência no âmbito desta directiva. nº134/2006 e da DON – Directiva Operacional Nacional nº1/2009. de acordo com esta directiva. a nível distrital.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Quando um incidente envolve mais de que um agente de socorro. que o chefe da primeira força de socorro a chegar ao local do sinistro assume de imediato a função de comando da operação de socorro (COS). bem como a montagem de Postos Médicos Avançados (PMA). O INEM articula-se. que se encontra consagrado em diploma constitucional. a referenciação e transporte para as unidades de saúde adequadas. Deste modo dá-se a conhecer a todos os TAE´s e restantes elementos profissionais do INEM. assumir essa função. e com base nas disponibilidades do momento. dando assim início à DON Nº1/2009/ANPC – organização mínima de um teatro de operações. de uma resposta hierarquicamente adequada. que é utilizada seja qual for a importância e o tipo de ocorrência. e desenvolvese de uma forma modular. na sua área de actuação. A decisão do desenvolvimento da organização é da responsabilidade do Comandante das Operações de Socorro (COS). A assunção da função de COS deve ter em conta as competências. Sempre que uma força de socorro das organizações integrantes do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) seja accionada para uma ocorrência. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 25 Rúben Viana . Desenvolvimento da cadeia de comando (a) O desenvolvimento da cadeia de comando acontecerá sem prejuízo. O Comandante de um Corpo de Bombeiros é o máximo responsável pelo Comando das Operações de Protecção e Socorro. pelo que o processo de transferência da função de COS é de vital necessidade.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Sistema de Gestão das Operações O Sistema de Gestão das Operações é uma forma de organização de um teatro de operações. A evolução da situação pode levar ao aumento da complexidade da operação e consequentemente do teatro de operações. o chefe da primeira equipa a chegar ao local assume de imediato a função de COS. tendo em vista a resolução adequada da situação. permitindo manter desde logo um sistema evolutivo de comando e controlo da operação. coordenada e imediata à situação. competindo a um elemento de Comando do Corpo de Bombeiros com a responsabilidade da área onde decorre o evento. O comando próprio de cada força deverá ser proporcional e adequado ao envolvimento de meios humanos e materiais empregues pela mesma. de modo a evitar desenvolvimentos catastróficos das ocorrências. atribuições legais e capacidade técnica da entidade representada. até à transferência do Comando para um responsável de escalão superior. que a deverá utilizar sempre que os meios disponíveis do primeiro alarme e posteriormente do segundo alarme se mostrem insuficientes. adoptar o procedimento que seja mais vantajoso para a integridade e saúde das vítimas. se a situação o justificar ou por decisão do Comandante Operacional Nacional. no âmbito das competências que a lei lhes confere. se porventura chegar ao local o médico de uma VMER. competências de Protecção Civil na faixa litoral e nos espaços do Domínio Público Hídrico sob jurisdição da Autoridade Marítima Nacional. – Ao Médico da 1ª VMER a chegar ao teatro de operações (no caso da 1ª equipa a chegar ao evento ser composta por meios INEM SIV ou SBV). para que todo socorro se processe da melhor forma. – Ao Chefe do Grupo de Combate presente no teatro de operações. a função de COS pode ser assumida por um elemento da estrutura de comando operacional distrital da ANPC. um elemento da estrutura de comando operacional nacional da ANPC. – Ao Oficial Bombeiro mais graduado. os Capitães dos Portos. sendo que o deixará de ser. e sem que haja possíveis desentendimentos entre as equipas de socorro. de acordo com o Decreto-Lei nº 44/2002. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 26 Rúben Viana . de 2 de Março. – A nível intermunicipal ou regional ou por decisão do Comandante Operacional Nacional. Síntese do exposto Perante o exposto. fica preconizado que o elemento INEM na função de TAE. – Existindo sinergias que resultam da existência de um DIOPS com as valências diferenciadas dos vários APC. promover o diálogo entre equipas. Deste modo. em situações de maior complexidade que o justifiquem. – A nível inter-distrital poderá assumir o Comando. ou uma equipa dos bombeiros locais. A partir dessa altura deverá transferir essa função ao médico ou elemento dos bombeiros mais graduado chegado ao local. deve-se a partir desse momento. sem prejuízo das competências nacionais da Protecção Civil. – Ao Comandante do Corpo de Bombeiros da área de actuação. a responsabilidade da assumpção da função de Comandante das Operações de Socorro cabe por ordem crescente: – Ao Chefe da primeira equipa a chegar ao evento. presente no teatro de operações.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 (b) Extrapolando o tipo de hierarquia para os meios INEM. independentemente da sua titularidade. caso seja o primeiro meio a chegar ao teatro de operações ficará como COS no momento. procurando sempre que possível. para que desta forma sejam ultrapassadas as possíveis divergências do melhor método para socorrer os sinistrados. assumem as funções de COS no seu espaço de jurisdição e em articulação estreita com os CDOS dos Distritos onde se inserem as respectivas capitanias dos portos. nomeadamente a Autoridade Marítima. (c) Na Faixa Litoral – Os Capitães dos Portos têm. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Avaliação dos riscos Tema nº1 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 27 Rúben Viana . Sendo assim. Na presença destas situações podem aparecer casos de doença profissional. no que se refere a poluentes químicos. originados pelas más condições de trabalho. possa realizar uma rápida avaliação ao local de cada ocorrência de modo a identificarem possíveis riscos para o exercício das suas funções. poeiras e gases e vários tipos de poluentes biológicos. como por exemplo. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 28 Rúben Viana . dá-se no meio ambiente de trabalho. quando a presença destes poluentes ultrapassa os valores a partir dos quais podem causar doenças profissionais. onde podem ocorrer varias situações de poluição. Neste pressuposto. o TAE no fim deste módulo terá um maior leque de conhecimentos para que. físicos. os contaminantes a que o TAE está potencialmente expostos aquando o exercício das suas funções são: CONTAMINANTES QUIMICOS FISICOS BIOLÓGICOS Vias de entrada no organismo INALAÇÃO RUÍDO PELE VIBRAÇÕES INGESTÃO TEMPERATURA ILUMINAÇÃO HUMIDADE RADIAÇÕES IONIZANTES Organograma 1 – Resumo dos contaminantes a que os TAE´s se encontram potencialmente expostos. ou biológicos.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Tema 1 – AVALIAÇÃO DOS RISCOS 1 . Grande parte da vivência diária do homem. vibrações. é aplicar métodos e normas que tem em atenção a protecção do meio ambiente. ou seja. pretendendo com isso a avaliação e prevenção do risco de doença para a comunidade em geral. ruído. radiações.CONTAMINANTES O meio ambiente de trabalho Estudar situações de poluição do meio ambiente. ou uma combinação deste. a armazenagem. incluindo a sua produção. 1. ou a actividade que durante o seu decurso são produzidos agentes químicos. Considera-se que uma actividade envolve agentes químicos quando são utilizados ou se destinam a sê-lo. o manuseamento. o transporte ou a eliminação e o tratamento. AGENTES QUIMICOS PERIGOSOS ACIDENTES DE TRABALHO DOENÇAS PROFISSIONAIS PROJECÇÕES SATURNISMO QUEIMADURAS ASBESTOSE INTOXICAÇÕES AGUDAS SILICOSE DERMATITES Organograma 2 – Lista dos riscos associados aos agentes químicos _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 29 Rúben Viana .1 – CONTAMINATES QUÍMICOS O risco associado aos agentes químicos traduz-se na possibilidade de que o perigo potencial associado ao agente químico possa concretizar-se nas condições de utilização ou na exposição a esse mesmo agente. RISCO: Combinação da probabilidade e da(s) consequência(s) da ocorrência de um determinado acontecimento perigoso.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 PERIGO: Fonte ou situação com um potencial para o dano em termos de lesões ou ferimentos para o corpo humano ou de danos para a saúde. ou de danos para o ambiente do local de trabalho. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 30 Rúben Viana . Em termos gerais a higiene industrial ocupa-se com a identificação dos contaminantes. fibras. fumos. vapores. Dependente destes dois factores. dependerá naturalmente da dose absorvida. promove a sua medição e compara com os valores limite de referência..1– Conceitos Higiene Industrial – Conjunto de metodologias não médicas que estuda e avalia as condições físicas. podem ser arrastadas pela corrente respiratória da inalação. e consequentemente procede à correcção. Contaminante – Considera-se um contaminante um produto químico. sendo que se podem apresentar no ar ambiente em forma de poeira (gás ou vapor) ou de aerossóis (sólidos ou líquidos).1. poeiras.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1. ambiental ou ocupacional pode afectar a saúde das pessoas. uma energia ou um microorganismo que presente num determinado meio. mas também do tempo que se está sujeito a essa dose. etc. 1. Contaminantes químicos – Os contaminantes químicos são constituídos por matéria inerte (não viva). Assenta fundamentalmente em técnicas e medidas que incidem sobre o ambiente de trabalho. classifica-se a intoxicação de aguda ou crónica. As substâncias químicas não tem todas o mesmo potencial nefasto e o efeito tóxico que produz no organismo. químicas e biológicas com o pressuposto da prevenção das doenças profissionais.2 – Vias de entrada no organismo As substâncias químicas presentes nos locais de trabalho podem penetrar no nosso organismo ou influenciar-nos de maneiras distintas: Por Inalação: Todas as substâncias químicas que se encontram na forma de gases.1. Qualquer substância química é capaz de produzir efeitos nefastos no organismo humano se este a absorver em quantidade suficiente. desde as simples irritações das mucosas do nariz e garganta.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Dependendo do tamanho e da forma das partículas. A higiene pessoal.Derramamento da carga em transporte de matérias perigosas(ex: Cloro. Pelas mesmas vias. TIPO DE OCORRÊNCIAS _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 31 Rúben Viana . após ter finalizado a assistência numa ocorrência. comer ou beber nos locais de trabalho. até a danos irreversíveis em qualquer órgão derivado da substância tóxica ter sido transportada pelo sangue. por exemplo. . Por ingestão: A ingestão de substâncias químicas durante o trabalho. No entanto nas situações em que o contacto do indivíduo com a substância é contínuo e esta encontra-se sob forma de poeira. A facilidade com que uma substância é absorvida através da pele. Ácido Clorídrico. e chegar ao sangue donde se distribuem por todo o corpo. podem atravessa-la. comer ou beber no posto de trabalho. só sucederá duma forma voluntária ou associadas a práticas ou hábitos pouco higiénicos.Deficiente higienização das mãos. depende fundamentalmente das suas propriedades químicas (capacidade de se dissolver na água ou em gorduras) e do estado da própria pele. oferece muito menor resistência à passagem do tóxico. . percorrerão toda ou parte do percurso do aparelho respiratório podendo vir a produzir-se prejuízos diversos para a saúde.Derramamento da carga em transporte de matérias perigosas (ex: Cloro ) TIPO DE OCORRÊNCIAS . umas com mais facilidade que outras. Metano proveniente da fossa séptica) Pelo contacto com a pele: Todas as substâncias químicas que entram em contacto com a pele.Intoxicações com substâncias químicas (ex: Tintas. . .Incêndios urbanos e rurais. pode originar a ingestão da substância.Ideação suicida com GRAMOXONE. Hipoclorito de Sódio) TIPO DE OCORRÊNCIAS . Assim. as substâncias químicas podem manifestar-se no organismo de forma diferente causando vários tipos de lesões. não está intacta ou onde existem erosões por efeito de alguns produtos de limpeza (de uso laboral ou doméstico). a pele cuja epiderme (capa externa da pele). como fumar. assim como a proibição de fumar. minimizam a entrada do contaminante pela via digestiva. pt/backFiles/prNP001796_2007. Sempre que se armazenem ou manipulem substâncias e/ou preparações perigosas. 7.Propriedades físicas e químicas. 8. 6.Medidas a tomarem em caso de fugas acidentais. 9. A esta situação associa-se a variação das respostas individuais.Identificação da substância/preparação e da sociedade/empresa. 4. 2. 3.Manuseamento e armazenagem.Fichas toxicológicas e de segurança O combate aos riscos provenientes da utilização de substâncias químicas nos ambientes de trabalho inicia-se com a informação sobre essas substâncias.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1. (*) . são a transcrição para a normalização portuguesa dos TLV's americanos.ipq. cada um contendo a informação para o manuseamento seguro da substância.1. nomeadamente aqueles que apresentam susceptibilidade individual. mesmo a concentrações inferiores aos Valores Limite de Exposição. A Ficha de Dados de Segurança fornece um conjunto de informações agrupadas por tópicos.Primeiros socorros. designadamente: 1. que transmite informações fundamentais sob o ponto de vista da segurança. Os VLE expressam concentrações no ar dos locais de trabalho de diversas substâncias.º 732-A/96 de 11 de Dezembro obriga os fabricantes e ou importadores e fornecedores dos produtos assim classificados a fornecerem ao utilizador a designada ficha de dados de segurança.4 . Para permitir o acesso a essa mesma informação interessa conhecer a Ficha de Dados de Segurança (FDS). é essencial estar informado sobre os principais riscos representados pela utilização desses produtos. em que há a possibilidade de alguns trabalhadores poderem vir a sofrer alguns danos no contacto com certas substâncias. 10. proposto anualmente pelo American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH).Nota: Pode efectuar o “download” grátis da norma portuguesa (NP-1796) em: “www. 1.Medidas de combate a incêndios.Estabilidade e reactividade.Controlo da exposição/protecção individual. 5. abaixo destes valores julga-se que os trabalhadores podem expor-se sem risco. A Portaria n.Composição/informação sobre os componentes.Identificação de perigos.pdf” _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 32 Rúben Viana .3 .1.Valores Limite de Exposição – VLE Os Valores Limite de Exposição registados na NP-1796 (*). Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 11. 15. 14. 12.Informação ecológica.Informações relativas ao transporte.Informação sobre regulamentação Imagem 7 – Informação presente num rótulo Imagem 8 – Exemplo de um rótulo de um produto químico _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 33 Rúben Viana .Questões relativas à eliminação.Informação toxicológica. 13. são: ● Agentes de limpeza. nomeadamente os símbolos de segurança fazendo referência ao seu significado.5 – Rotulagem das embalagens As embalagens de substâncias e preparações perigosas colocadas no mercado devem possuir um rótulo com indicações que permitam uma fácil identificação dos riscos inerentes à utilização dos produtos e que mencione as medidas de prevenção a ter em conta. 1. desinfecção e esterilização. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 34 Rúben Viana . ● Óleos lubrificantes bem como outros produtos usados na manutenção da viatura e base.1.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Imagem 9 – Classificação das propriedades de perigo vs categoria do perigo Em ambiente pré-hospitalar os agentes químicos largamente utilizados. ● Soluções medicamentosas. as indicações de perigo das substâncias ou preparações perigosas. • Nitroglicerina E Altamente explosivo Precaução: evitar batida. que podem inflamar-se facilmente por uma breve acção de uma fonte de inflamação e que continuam a arder ou a consumir-se após o afastamento da fonte de inflamação. • Materiais altamente inflamáveis. hidrogênio O Comburente Classificação: Substâncias e preparações: que podem aquecer e finalmente inflamar-se em contacto com o ar a uma temperatura normal sem fornecimento de energia. inflamáveis em contacto com o ar a pressão normal. empurrão. Classificação: Substâncias e preparações líquidas. faísca e calor. combustíveis líquidos.C. água). ou • gasosas. ou • no estado líquido. cujo ponto de inflamação é inferior a 21 º. em contacto com a água ou o ar húmido. água). cujo ponto de inflamação se situa entre 21 º. gases inflamáveis. desenvolvem gases facilmente inflamáveis em quantidades perigosas. • • Ácido clorídrico Ácido fluorídrico C Corrosivo Classificação: Substâncias e preparações que podem explodir sob o efeito da chama ou que são mais sensíveis aos choques ou às fricções que o dinitrobenzeno. fricção.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Símbolo de segurança e nome Significado (Definição e Precaução) Exemplos Classificação: Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes. • • • • Benzeno Etanol Acetona F Facilmente inflamável Precaução: evitar contato com materias ignitivos (ar. • • Oxigênio Nitrato de potássio • Peróxido de Precaução: evitar o contato dele com materiais combustíveis.C. ou • que. impedindo o combate ao fogo. • • • Hidrogênio Etino Éter etílico F+ Extremamente inflamável _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 35 Rúben Viana . Classificação: o material pode acender ou facilitar a combustão. olhos e roupas. Precaução: Não inalar e evitar o contacto com a pele. Precaução: evitar contato com materias ignitivos (ar. ou • sólidas.C e 55 º. Classificação: Substâncias e preparações que. podem implicar riscos de gravidade limitada. Precaução: todo o contato com o corpo humano deve ser evitado. por inalação. no solo ou no ambiente. por contacto imediato. ingestão ou penetração cutânea. por inalação. podem implicar riscos graves. Classificação: após inalado. Precaução: todo o contato com o corpo humano deve ser evitado. assim como a inalação dessa substância.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Classificação: Substâncias e preparações que. e mesmo a morte. Tratamentos especiais devem ser tomados! • • potássio Benzeno Cianureto de Lindan • N Perigoso para o ambiente _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 36 Rúben Viana . não deve ser liberado em encanamentos. • • • Cloreto de bário Monóxido de Metanol carbono T Tóxico • • • Cianureto Trióxido de arsênio Nicotina T+ Muito tóxico • • Cloreto de cálcio Carbonato de sódio Xi Irritante • • • potássio Etanal Diclorometano Cloreto de Xn Nocivo Definição: A libertação dessa substância no meio ambiente pode provocar danos ao ecossistema a curto ou longo prazo Manuseio: devido ao seu risco em potencial. Classificação: Substâncias e preparações não corrosivas que. prolongado ou repetido com a pele ou as mucosas. podem provocar uma reacção inflamatória. Precaução: gases não devem ser inalados e toque com a pele e olhos deve ser evitado. provoca gráves problemas de saúde e até mesmo morte. Precaução: deve ser evitado o contato com o corpo humano. ingerido ou absorção através da pele. agudos ou crónicos. ingestão ou penetração cutânea. S: 26-36-45 As frases correspondentes na língua portuguesa são: Riscos: R34: Provoca queimadura R37: Irritante para as vias respiratórias. Exemplo: As frases R/S para o ácido clorídrico na forma gasosa (37%) é: R: 34-37 . quando se trata de indicações distintas. Essas letras são seguidas de um número. reunindo numa só frase a menção aos riscos específicos.6 – Frases de risco e segurança As frases de Risco e Segurança. são um sistema de códigos de risco e frases para descrição de compostos químicos perigosos. também conhecidas como frases R/S. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 37 Rúben Viana . Há ainda a possibilidade de combinações entre frases indicadoras de risco.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Imagem 10 – Símbolos de perigo usados em rotulagem (Quadro resumo) 1. As frases R/S consistem em frases indicadoras de riscos específicos (frases R). indicado pela letra R. referentes a riscos (R) específicos. quando se trata de uma indicação combinada.1. e frases de recomendações de prudência (frases S) indicadas pela letra S. cuja combinação indica uma única frase que possui o mesmo significado em diferentes idiomas. onde os números (precedidos pela letra R) são separados: ● Por um hífen (-). ● Por um traço oblíquo (/). Exemplo: R36/37/38 Irritante para os olhos. lavar imediata e abundantemente com água e consultar um especialista. S36: Usar vestuário de protecção adequado. irritação para as vias respiratórias. vias aéreas e pele. NOTA: A Lista de Frases de Perigo e de Segurança encontra-se nos anexos do manual _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 38 Rúben Viana . Exemplo: R34-37 Causa queimadura. S45: Em caso de acidente ou de indisposição. consultar imediatamente o médico (se possível mostrar-lhe o rótulo) 1ª OBSERVAÇÃO: Hífens separam os números das frases de risco distintas e não devem ser confundidas com indicações de faixa de frases compreendidas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Segurança: S26: Em caso de contacto com os olhos. 2ª OBSERVAÇÃO: Barras indicam combinações de frases simples. De entre os factores que podem afectar a perda de audição estão as características do agente. Estas energias podem ser mecânicas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1. térmicas ou electromagnéticas e. As condições ambientais dos locais de trabalho associadas a factores de risco físico são o ruído. o nível de pressão sonora. Assim. Ruído: A ocorrência de danos na saúde dos profissionais do pré-hospitalar derivado aos altos níveis de ruídos ainda não foi confirmada. vibrações. devidas ás suas diferenças. a temperatura e a humidade.2 . Iluminação: As condições de iluminação nos locais de trabalho está directamente associada à produtividade. radiações ionizantes. radiação e condução. a iluminação. No entanto ruídos perturbadores podem ocorrer em vários locais que podem colocar em risco a comunicação entre profissionais. Dependendo da tarefa. a iluminação tem uma intensidade recomendada que pode ser quantificada. Temperatura: A temperatura esta fortemente associado ao calor. Estas energias manifestam-se sobre a forma de ruído. não deve incidir directamente nos olhos. temperatura.CONTAMINATES FÍSICOS Tem origem em diferentes formas de energia que. geradas por fontes concretas. nem causar um efeito estroboscópio ou ser reflectida pelas superfícies onde incide de forma a evitar acidentes e entre outros efeitos reduzir a fadiga visual e consequentemente a geral. No entanto nos locais de trabalho deve reproduzir fielmente o campo a ser observado pelo trabalhador. estes contaminantes podem afectar a saúde dos trabalhadores que estejam submetidos a elas. radiações ionizantes e radiações não ionizantes e as vibrações. A temperatura nos locais de trabalho depende do tipo de actividade desenvolvida. dão lugar a efeitos muito distintos entre si. a duração e a qualidade. O calor consiste numa forma de energia que se transmite de um corpo para outro através de processos de convenção. e profissionais e doentes. o tipo de ruído que emite. actividades sem exigências de movimentação ou esforço estão _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 39 Rúben Viana . 3 . Humidade: Os locais de trabalho que apresentem humidade no tecto e paredes são mais susceptíveis de vir a desenvolver fungos traduzindo-se numa má qualidade do ar interior. nas instalações as protecções físicas devem ter protecção adequada à dose emitida.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 associadas temperaturas entre os 19°C e os 23°C. As radiações são usadas para efeitos de diagnóstico e de terapêutica. A exposição as radiações está sujeita a Valores Máximos Admissíveis e o controlo é efectuado individualmente através do uso de dosímetros individuais.Fazer uso do efeito barreira para diminuir a dose recebida: uso de coletes e colarinho com protecção chumbinea. A protecção relativamente à fonte assenta essencialmente em 3 princípios básicos: 1. partículas alfa. e ambientalmente através de medições periódicas ás instalações dos equipamentos. As medidas de protecção são distintas. e o acesso deve ser limitado e controlado pelos seus profissionais. presentes no local de trabalho devem situar-se entre os 30% e os 70%. Para além dos factores ligados à relação temperatura/humidade compreendem sintomas como a secura nasal e da pele entre outros sintomas. sendo elas colectivas e individuais.Permanecer à máxima distância possível da fonte de emissão. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 40 Rúben Viana .Permanecer o mínimo tempo possível próximo da fonte de emissão. beta e gama. Radiações ionizantes: Forma de energia que ao interagir com a matéria tem a capacidade de a ionizar. As actividades que exigem movimentação e esforço as temperaturas associadas normalmente são mais baixas. 2. As áreas onde são utilizadas radiações devem ser sinalizadas. A manutenção dos valores para a humidade relativa dentro dos parâmetros recomendados previne a formação de cargas electrostática nos locais de trabalho. As condições de humidade relativa. consistindo em algumas delas em raios X. as bactérias. os esporos. sendo que têm em consideração os riscos: . pele lesada e inoculação (*) 1. a limpeza da ambulância. são os únicos meios de prevenir doenças e a ocorrência de acidentes que envolvam agentes biológicos. são exemplos. ● Agente Biológico Grupo I Agente biológico cuja probabilidade de causar doenças no ser humano é baixa. está legislada pelo decreto-lei nº84/87 de 16 de Abril.3 . as formas vegetativas.A inoculação é o acto de introduzir.Vias de entrada no organismo Aparelho Respiratório: Inalação Aparelho Digestivo: Ingestão de alimentos ou água Pele e Mucosas: Contacto com a pele.Classificação dos agentes biológicos A classificação dos agentes biológicos. parasitas.Para a comunidade.2 . sendo que o uso de equipamento de protecção individual. Existem vacinas que apenas necessitam de uma inoculação. fungos. tais como.E para o meio ambiente.Para o manipulador.3.1 . aplicação de procedimentos seguros e o cumprimento das regras de higiene pelos profissionais. Os agentes biológicos. ● Agente Biológico Grupo II Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um perigo para os (*) . são susceptíveis de provocar infecções. . alergias ou intoxicações.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1. as culturas e os endoparasitas humanos.CONTAMINANTES BIOLÓGICOS São organismos com um determinado ciclo de vida que. os vírus. ao penetrar no homem originam o aparecimento de doenças do tipo infeccioso ou parasitário. microorganismos incluindo os geneticamente modificados. uma vacina no corpo humano. dos equipamentos utilizados no doentes e a base INEM.3. como por exemplo. as endotoxinas entre outros. 1. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 41 Rúben Viana . mas outras necessitam ser inoculadas com alguma frequência. A presença de agentes biológicos em meio pré-hospitalar não pode ser evitada. . Legionella pneumophila Staphylococcus aureus ● Agente Biológico Grupo III Agente biológico que pode causar doenças graves no ser humano e constituir um risco grave para os trabalhadores sendo susceptível de se propagar na colectividade. mesmo que existam meios eficazes de profilaxia ou tratamento. meios eficazes de profilaxia ou tratamento. e para o qual não existem. Bacillus anthracis Salmonella typhi ● Agente Biológico Grupo IV Agente biológico que pode causar doenças graves no ser humano e constituir um risco grave para os trabalhadores. Vírus Ebola _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 42 Rúben Viana . sendo susceptível de apresentar um elevado nível de propagação na colectividade.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 trabalhadores sendo escassa a probabilidade de se propagar na colectividade e para o qual existem. em regra meios eficazes de profilaxia ou tratamento. em regra. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1. .Medidas de Engenharia. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 43 Rúben Viana .Medidas Administrativas. incidentes e emergência.3.Exames de Saúde de Admissão.Plano de Acção para: acidentes. Periódicos e Ocasionais C – A Formação e informação aos trabalhadores.Medidas Organizacionais. B – Prevenção do tipo médica: . . .3 – Medidas de prevenção e protecção dos riscos A – Prevenção do tipo técnica: . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Gestão do Risco Tema nº2 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 44 Rúben Viana . Contudo. a garantia de que todos os riscos relevantes são tidos em consideração. independentemente da sua categoria ou dimensão. entre outros aspectos. realizem avaliações regulares. sendo que existem razões suficientemente válidas para tal. A legislação comunitária mais importante em matéria de avaliação de riscos é a Directiva 2007/30/CE. vão ser abordadas variadíssimas temáticas cujo estas. A avaliação de riscos é um processo dinâmico que permite às empresas e organizações implementarem uma política pró-activa de gestão dos riscos no local de trabalho. devido ás situações que possam ocorrer aquando a ida para um pedido de auxílio. Neste capítulo. serão enumeradas as instruções de actuação mais correctas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Tema 2 – GESTÃO DO RISCO A avaliação e gestão de riscos constituem a base da abordagem comunitária para prevenir acidentes e problemas de saúde profissionais. para que esta se mantenha actualizada. Esta directiva foi transposta para a legislação nacional de cada Estado-Membro. não for bem conduzido ou não for de todo realizado. e a abordagem da gestão da saúde e segurança. o registo dos resultados da avaliação e a revisão da avaliação a intervalos regulares. podem colocar o TAE exposto ao risco sendo que em cada uma delas. que altera a directiva 89/391/CEE. a verificação da eficácia das medidas de segurança adoptadas. que deverão ser tomados em consideração. milhões de pessoas na UE lesionam-se no local de trabalho ou sofrem de problemas de saúde graves relacionados com o trabalho. nunca sejam postas em causa. sendo o factor-chave para um local de trabalho saudável. Todos os anos. para que a segurança do TAE e sua equipe juntamente com integridade da viatura de socorro. os Estados-Membros têm o direito de adoptar disposições mais rigorosas para proteger os seus trabalhadores. é fundamental que todas as empresas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 45 Rúben Viana . É por este motivo que a avaliação de riscos é tão importante. as medidas de prevenção adequadas não serão provavelmente identificadas ou aplicadas. Se o processo de avaliação de riscos. Pelas razões enumeradas. em detrimento de uma política reactiva. Uma avaliação de riscos adequada inclui. 15 – Bio-segurança 2.5 .Sismos 2.1 – Incêndio em habitações ou viaturas 2.14 – Identificação das matérias perigosas 2.11 – Acidentes eléctricos 2.2 – Manuseamento de um extintor 2.13 – Sinalização e protecção rodoviária 2.Manuseamento do oxigénio 2.3 – Derrame com produtos químicos 2.6 – Intoxicação por monóxido de carbono – CO 2.4 .12 – Equipamento de protecção individual – EPI 2.8 .9 – Violência no local de trabalho 2.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 As temáticas abordadas neste capítulo são as seguintes: 2.7 .10 – Evacuações de emergência 2.Nevões 2.16 – Limpeza e Higiene _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 46 Rúben Viana .Fuga de gás combustível 2. 2 . nomeadamente: a Local. procure extinguir o foco de incêndio com os meios de 1ª intervenham existentes no local.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Para isso. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 47 Rúben Viana .1. a Gravidade da situação. 3 . tal como a deflagração de um incêndio. a Eventual proximidade de pontos perigosos.Se possível. antes que ele tome proporções mais difíceis de controlar. na habitação da vítima que vão ou está a socorrer. algumas das vezes poderá deparasse com situações inesperadas. e sem correr riscos desnecessários o TAE poderá seguir uma série de procedimentos de forma atenuar ou mesmo extinguir o incêndio. e que deste modo poderia colocar em perigo de vida iminente o profissional e as vítimas que está a socorrer nesse momento. Perante uma situação destas.Manter a calma e não entrar em pânico. ou mesmo num veículo acidentado em plena via rodoviária. no exercício das suas funções. quando habilitado e sem correr riscos desnecessários. então.INCÊNDIOS EM HABITAÇÕES OU VIATURAS Foto 1. a Eventual existência de vítimas em zona muito próxima.2 e 3 – Incêndios urbanos e em viaturas O TAE. deve: 1 . se o TAE: SE DETECTAR um incêndio no interior de um edifício de habitação ou escritórios.Accionar a botoneira de alarme mais próxima e contacte o CODU fornecendo toda a informação disponível. a Produtos e equipamentos envolvidos. etc. ● Se as chamas se atearem ás suas roupas. a Se possível abra uma janela. a Não corra. cobertores. a Procure sinalizar a sua presença. explique sucintamente do que está a ser testemunha. OBSERVAÇÕES: ● Nunca abra uma porta fechada. 3 . a gatinhar.Se não conseguir extinguir o foco de incêndio: a Abandone imediatamente o local onde ocorreu o incêndio.Coloque possíveis vítimas em segurança.Se o incêndio deflagrado na viatura estiver localizado e ainda for de poucas proporções (isto é. e um corredor de emergência de forma a permitir o fácil acesso às viaturas dos bombeiros. apagando as chamas.Contacte o CODU. gerou ainda pouca carga térmica). ou material pirotécnico. Se não existir procure selar as frestas a volta das portas e janelas com o que tiver a mão: tecidos. não é tão violento do que num a gasolina ou GPL. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 48 Rúben Viana . Tente procurar saber junto do proprietário da viatura se porventura transportava no seu interior (mala) alguma garrafa pressurizada (ex: garrafa de ar comprimido para a prática de mergulho) ou uma garrafa de gás propano/butano. aSe houver fumos baixe-se e saia do local. se necessário. aquando a sua chegada. 4 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 4 . Depois transmita essa informação aos bombeiros aquando a sua chegada ao local.Mantenha a calma e não entrar em pânico. criando uma zona de segurança de pelo menos 20 metros de diâmetro em volta da viatura. 5 .Evacue a zona. procure outra saída de emergência. isto porque. ● Se a porta estiver quente. antes de verificar se ela esta quente. Esteja consciente que poderá ouvir estrondos derivado do rebentamento de pneus. Isto poderá salva-lo de possíveis queimaduras. cubra-o com uma manta. Se CONSTACTAR um incêndio numa viatura: 1. e solicite os bombeiros e autoridade no local. atire-se ao chão e rebole-se. detenha-se. existem proprietário que não colocam o dístico no exterior da viatura a dar essa mesma indicação. ou da explosão do depósito de gasolina ou ainda mesmo o rebentamento do reservatório de GPL. ● Se ficar preso numa sala cheia de fumo: a Permaneça junto ao solo onde o ar é mais respirável. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: A deflagração de um incêndio numa viatura movida a gásoleo. isto apagara as chamas e pode salvar-lhe a vida. tente extingui-lo com o extintor que tem presente na ambulância. não faça nada. Procure confirmar também se o carro está equipado a GPL. 2. ● Se alguém próximo de si estiver envolto em chamas. Use a parte posterior da mão para evitar queimar-se na face palmar. caso contrário. Como é sabido o fogo traz benefícios para todos mas dentro do controle do ser humano.MANUSEAMENTO DE UM EXTINTOR O local onde normalmente desenvolvemos as nossas tarefas profissionais acarreta.2. riscos para o nosso bem-estar. 2. intoxicação ou mesmo asfixia. No caso de inalação excessiva destes podem ocorrer situações de desmaio. Uns dos produtos resultantes do incêndio são os fumos e os gases libertados que são extremamente nocivos para a saúde. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 49 Rúben Viana .2. Electricidade estática. Manipulação de produtos químicos (inflamáveis) sem os cuidados necessários. Quando tal não acontece o resultado pode ser catastrófico. Fugas e propagação de gás.circuito) na habitação ou viatura. maiores serão o riscos de propagação de incêndio.Como se inicia um incêndio? As causas pelas quais um incêndio tem início são as mais variadas: • • • • • • • Comportamento inadequado como fumar ou foguear em locais em que tal é proibido.1 . muitas vezes. Acidente rodoviário. Corrente eléctrica (curto . Fogo posto com ou sem intenção. Um desses riscos é o risco de incêndio. A prevenção torna-se a principal "arma" no combate a este tipo de riscos e perigos consequentes. Uma das formas de prevenção mais adequadas é a informação / formação sobre o conhecimento e utilização de um dos meios de extinção mais utilizados no combate a focos de incêndio. A possibilidade de ocorrência de um incêndio deve ser tida em conta em todo o tipo de actividades.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. os extintores. IMPORTANTE: Quanto maior for o número de materiais combustíveis existentes. 2. De seguida é apresentado um quadro com as classes de fogos existentes: Quadro 1 – Classes dos fogos e sua relação com o tipo de materiais _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 50 Rúben Viana . Estes dependem do tipo de material que entra em combustão.Tipos de incêndio Os fogos não são de facto todos do mesmo tipo. Devido ás suas características particulares dão origem a incêndios de características diferentes muitas vezes observáveis. Segundo a Norma portuguesa EN 2 estes classificam-se em 4 classes de fogos diferentes consoante o material combustível.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. então. Uma das formas de classificar os incêndios é.2 . em função da natureza do combustível. Consequentemente o agente extintor necessário para apagar um determinado tipo de incêndio irá variar também. 1589 de 84 um extintor portátil é o "extintor concebido para ser transportado e utilizado manualmente e que. colocado no seu interior é projectado e dirigido sobre as chamas pela acção de uma pressão interna. tem uma massa inferior ou igual a 20 kg (L)”.2. 2.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Os extintores que serão tratados neste documento serão os portáteis.Extintores Os extintores são aparelhos com agente extintor.2. sendo que o agente extintor.4 – Simbologia Sinal identificativo A simbologia normalmente utilizada na identificação de um extintor é a seguinte: Imagem 11 – Símbolo identificativo de um extintor Rótulo de um extintor Imagem 12 – Elementos base presentes num extintor _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 51 Rúben Viana . em condições de operacionalidade . Segundo a Norma Portuguesa .3 . TAE do INEM relativamente a extintores será dado mais importância a um dos critérios de classificação.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Se as suas características são diferentes então o agente extintor. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 52 Rúben Viana .5 .Classificação dos extintores No âmbito meramente formativo torna-se de grande importância a identificação do tipo de extintores e do agente extintor neles contido por parte de todos aqueles que tripulam viaturas dos meios INEM. Convém antes de tudo definir o que é um agente extintor: Agente extintor – “Produto ou conjunto de produtos contidos no extintor cuja acção provoca a extinção. terá de ser forçosamente diferente adequando-se ao tipo de material combustível existente passível de provocar um determinado tipo de fogo. contido no extintor.2. Os extintores podem ser classificados segundo quatro critérios: ● Mobilidade ● Modo de funcionamento ● Agente extintor ● Eficácia Visto este documento se destinar a fornecer uma informação / formação aos técnicos de ambulância de emergência .” (NP 1589 / 84). Classificação dos extintores segundo o agente extintor Como já foi anteriormente referido os fogos variam consoante o agente combustível. assim como a sua utilização e restrições no uso.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Informação sobre extintores Consequentemente o tipo de extintores. Quadro 2 – Tipos de extintores vs aplicações vs restrições _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 53 Rúben Viana . vai variar consoante o tipo de agente extintor nele contido como está representado no quadro 2. Foto 4 – Foto de extintor presente no interior da ambulância _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 54 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 O quadro 3 apresenta os diferentes tipos de agentes extintores e a sua eficácia no combate às chamas dos diferentes tipos de fogos: Quadro3 – Eficácia do agente extintor perante a classe do fogo Legenda: MB – B– S– I– Muito Bom Bom Satisfaz Inadequado Este documento. Lembre-se que um grande incêndio tem sempre o seu início num pequeno. se lido com alguma atenção. juntamente com o Anexo 8 (Regras básicas na utilização de extintores) poderá ser uma óptima ajuda no reconhecimento do tipo de fogos e do tipo de extintor necessário a utilizar no combate as chamas. fornecendo toda a informação disponível. a Produtos e equipamentos envolvidos.DERRAME COM PRODUTOS QUIMICOS SE DETECTAR um derrame ou acidente grave com produtos químicos: 1. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 55 Rúben Viana . 3. mesmo em pequenas quantidades.Evite o contacto com o vestuário ou a pele das pessoas vitimadas pelo acidente. nomeadamente: a Local. a Dimensão do derrame.Sem correr riscos desnecessários. tente limitar ou controlar o derrame de produto por qualquer meio expedito. mas não utilize serradura ou outro material absorvente combustível.3. a Eventual proximidade de pontos perigosos. deverão ser removidos e cuidadosamente lavados com água em abundância. 2.No caso da pele ser atingida lave de imediato com água em abundância.Comunique ao CODU o facto pelo meio mais rápido. No caso do vestuário ser atingido por substâncias desta natureza. 4. a Eventual existência de vitimas em zona muito próxima.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Portanto os cilindros contento oxigénio devem ser protegidos do contacto com lubrificantes. sendo que não deve ser ministrado na proximidade de lume ou na presença de gorduras.4. A ignição. energia de ignição e tipo de ignição.4. temperatura e pressão das substâncias reactivas. pois podem inflamar-se espontaneamente e arder com grande intensidade. Pessoas que estiveram expostas a uma atmosfera enriquecida com oxigénio.MANUSEAMENTO DO OXIGÉNIO O gás medicinal mais amplamente utilizado em todo o mundo é o oxigénio. têm de arejar muito bem a roupa. ocorrendo uma reacção exotérmica (libertação calor) bastante acentuada sendo que então ocorre auto-ignição e pode explodir. nomeadamente nos mergulhadores. Porque é que o oxigénio explode na presença de gorduras? O Oxigénio comprimido estando em contacto com gordura ou óleo oxida-se a uma taxa extremamente rápida. com problemas respiratórios mas no entanto este pode ser tóxico a elevadas pressões parciais. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 56 Rúben Viana . Nunca devem ser utilizados na lubrificação de aparelhos de oxigénio ou de ar enriquecido. mesmo por uma pequena percentagem. As chamas são muito mais quentes e propagam-se a grande velocidade. podem arder vigorosamente ou mesmo espontaneamente em ar enriquecido. Este permite fornecer oxigénio a 100% a uma vítima.1 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. O oxigénio é altamente explosivo. aumenta consideravelmente o risco de incêndio. Óleos e gorduras na presença de oxigénio são particularmente perigosos. incluindo ignifugantes.Perigos do enriquecimento com oxigénio O enriquecimento da atmosfera com oxigénio. velocidade e extensão da reacção. consulte a ficha dados de segurança (FDS) do respectivo gás medicinal que se encontra no anexo 1 deste manual. Para mais informações. depende de: concentração. 2. uma vez que este satura o vestuário. Materiais que não ardem ao ar. Acender um cigarro pode causar a inflamação do vestuário. Nas situações em que o débito utilizado de oxigénio à vítima é baixo. por uma outra cheia.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. deve-se ter o cuidado de verificar se o O-ring presente no manómetro de redução de pressão. por vezes pode ocorrer o esquecimento do fecho da torneira de oxigénio da célula sanitária. Possuem no seu interior 2 garrafas de 6 litros para uso portátil e 2 garrafas de 20 litros que abastecem o circuito interno da célula sanitária. Deste modo devem ter cuidados redobrados nos seguintes procedimentos: 1-Aquando a troca da bala grande.2 – Cuidados no seu manuseamento As ambulâncias de SBV e SIV do INEM estão equipadas com dois tamanhos de garrafa de oxigénio.4. sendo que o TAE deverá prestar atenção a diversos pormenores de forma a eliminar essas fugas indesejáveis. sendo que associado à preocupação inerentes ao _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 57 Rúben Viana . durante a troca de alimentação de oxigénio da máscara da vítima. o ruído provocado pela saída de oxigénio do torneira também é baixo. se encontra em bom estado de conservação. Foto 5 e 6 – Fotos da localização das garrafas de oxigénio 20L e 3L no interior da ambulância SIV Por vezes podem ocorrer fugas de oxigénio acidentais no decorrer da nossa actividade do pré-hospitalar. 2-Quando se transfere a vítima da ambulância para o serviço de urgência de uma qualquer unidade de saúde. de forma a evitar possíveis fugas de oxigénio pela rosca de aperto à bala. da torneira de O2 da célula sanitária para bala de oxigénio portátil. e este pormenor poderá facilmente passar despercebido aos “olhos” do TAE sendo que este é um caso com uma alta probabilidade de ocorrer um acidente grave derivado da falta de cuidado com o manuseamento do oxigénio. Em forma de conclusão. isto porque. podendo o seu uso inapropriado originar acidentes. 2. pode-se dizer que o OXIGÉNIO não tem boas e más propriedades. por vezes em certas ocorrências não se apercebem do elevado risco que correm. e esta cair junto a uma zona gordurosa.3 – Relato de casos reais potencialmente perigosos Apesar de antemão o TAE à partida estar sensibilizado para os perigos do oxigénio em contacto com as gorduras e lume.4. Caso disso são os acidentes rodoviários em que a viatura sinistrada faz derrame de óleo do motor para a zona onde se processa o socorro à vítima. deve ser novamente salientado que o uso seguro de oxigénio apenas é possível se o profissional conhecer as suas propriedades e souber utilizá-las. em certos momentos a vítima pode retirar a máscara de oxigénio sem darem por ela. o que importa é saber utilizá-las correctamente! _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 58 Rúben Viana . Fotos 7 e 8 – Acidentes com derrame de óleos Nestas alturas devem redobrar os cuidados quanto à localização da máscara de oxigénio e a respectiva bala de oxigénio. desencadeando-se deste modo um incidente que poderá ter consequências bastantes graves para a vítima e também para os agente do socorro. o pormenor de fechar a torneira poderá ficar esquecido. Por este motivo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 acompanhamento da vítima para o interior da urgência. Pede-se deste modo que todos os profissionais TAE redobrem os cuidados com o oxigénio em ocorrências envolvendo viaturas acidentadas. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.5- FUGA DE GÁS COMBUSTIVEL É cada vez maior o número de consumidores de gás combustível, para uso doméstico ou industrial. A sua utilização em segurança, contudo, exige o conhecimento e o cumprimento de algumas regras simples de segurança. Os tipos de gases combustíveis mais amplamente utilizados são o gás natural, propano, butano e o acetileno. Tanto o gás canalizado como o de garrafa podem provocar asfixia e, quando misturados com o ar, dar origem a explosão ou incêndio. As fugas de gás que ocorrem, para as quais o INEM pode vir a ser chamado a intervir através dos seus meios, quando vidas humanas são afectadas, só podem ter sido causadas devido a quatro factores: negligência, defeitos de material da canalização, ideação suicida ou tentativa de homicídio. Quando os profissionais do INEM são chamados a intervir, muitas das vezes a informação transmitida ao CODU pelo pedido de socorro é por vezes escassa e pouco clara. Por esse motivo os profissionais do INEM quando se dirigem para o local da ocorrência, por vezes podem se deparar à chegada com uma situação causada por uma fuga de gás, numa habitação ou mesmo num edifício de serviços. SEMPRE QUE SUSPEITE (ou tenha a certeza) da existência duma fuga de gás, e já se encontrar no interior da habitação a socorrer a vítima, ADOPTE os seguintes procedimentos de segurança: 1 - Não fume, não faça lume e apague quaisquer chamas. 2 - Não provoque faíscas ou incandescência de qualquer material. 3 - Não accione interruptores. 4 - Não ligue nem desligue os aparelhos eléctricos das tomadas. 5 - Se utilizar uma lanterna, ligue-a e desligue-a no exterior _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 59 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 6 - Se possível, e sem correr riscos desnecessários, efectue o corte imediato do fornecimento de gás, fechando a válvula ou o redutor. 7 - Ventile o local, abrindo todas as portas e janelas, até que o cheiro desapareça completamente. 8 - Remova para o ar livre qualquer garrafa de gás com suspeita de fuga. 9 - Comunique o facto ao CODU, informando-o do que já efectuou. 10 - Se concluir que os procedimentos adoptados não foram suficiente para suprimir o gás do interior, comunique a situação ao CODU, para que accione os bombeiros ao local. SE SENTIR O CHEIRO À ENTRADA DA HABITAÇÃO: 1 - Comunique o facto à central CODU, para que esta accione para o local uma equipa dos bombeiros, fornecendo toda a informação disponível, nomeadamente: a Local; a Caracterização da fuga (se for visível pela entrada) a Produto envolvido (se for visível a olho nu); a Eventual existência de sinistrados ou de doentes em zona muito próxima; a Eventual proximidade de pontos perigosos. 2 - Faça uma avaliação das condições de segurança no local e afaste se possível todas as pessoas da zona num raio de 25 metros. (Se for necessário utilize a viatura para barrar o trânsito no local) 3 - Nunca coloque a sua vida em PERIGO. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 60 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.6- INTOXICAÇÃO POR MONOXIDO DE CARBONO – CO O monóxido de carbono (CO) é um gás muito tóxico, inodoro, incolor e insípido sendo que se trata de um produto resultante de uma reacção de combustão (sobretudo da incompleta) de materiais que contenham carbono (madeira, gás doméstico, gasolina,....), que se mistura facilmente no ar ambiente de uma habitação, sem que as possíveis vítimas tenham consciência de estar expostas a uma atmosfera susceptível de provocar intoxicações e mesmo a morte. Este gás é muito apelidado pelos bombeiros como sendo o “assassino invisível”. O risco aumenta com o tempo de exposição Muitos aparelhos que usamos no dia-a-dia funcionam com base em combustíveis sólidos (lenhas, carvão), líquidos (petróleo, gasóleo) ou gasosos (gás natural, propano, butano ou GPL), cuja queima pode ser fonte de CO. Deverá, assim, ser prestada especial atenção ao funcionamento de quaisquer aparelhos que queimem combustíveis, instalados em espaços interiores, caso disso, as bases INEM ou as habitações das vítimas, sendo que os mais conhecidos são: - Caldeiras (a lenha, carvão, gás e gasóleo) - Salamandras (a lenha ou carvão) - Esquentadores (a gás) - Aquecedores portáteis (a GPL, ou a petróleo) - Fogões (a lenha, carvão e gás) - Braseiras (a carvão) - Grupos electrogéneos e motores térmicos fixos (a gasolina ou a gasóleo) - Motores dos automóveis (em garagens) 2.6.1 - Estatísticas A análise dos acidentes resultantes de intoxicações com o monóxido de carbono, efectuadas com base nos dados do sistema EHLASS / Sistema Europeu de Vigilância de Acidentes Domésticos e de Lazer, entre 1987 e 1999 mostra que a maioria dos acidentes/intoxicações por gás ou monóxido de carbono ocorrem no Outono/Inverno e têm a sua origem em equipamentos para aquecimento (p.ex salamandras e caldeiras) que, normalmente por esquecimento, são deixadas acesas durante a noite. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 61 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 A perigosidade destes acidentes reflecte-se no elevado número de hospitalizações e óbitos registados anualmente, com origem no monóxido de carbono (9% dos acidentes ocorridos por intoxicação / envenenamento). A taxa de letalidade (relação entre o número de óbitos e o número de vítimas) também é elevada: 5%. Os grupos mais susceptíveis aos efeitos do monóxido de carbono são as crianças, os idosos e as pessoas com doenças cardíacas, respiratórias ou anemia. Os trabalhadores de garagens e polícias de trânsito estão muito expostos, pois os automóveis libertam para a atmosfera elevadas quantidades de monóxido de carbono. Mas as nossas casas também podem ter problemas de acumulação de CO. Em Portugal, há a salientar que entre 1995 e 2003, o número de mortes ocorridas por efeito tóxico de monóxido de carbono foi de 268, o que corresponde a quase 30 mortes por ano. Deste modo, cada um de nós deve contribuir para reduzir estes números tomando medidas simples e de elementar prudência para evitar a formação e acumulação de CO no interior das nossas casas e dos locais de trabalho. 2.6.2 – Mecanismo de acção do CO Como actua? Penetrando no organismo através da respiração, o monóxido de carbono entra com facilidade nos pulmões e no sangue, combinando-se com a hemoglobina e dificultando o transporte de oxigénio para os tecidos. O CO liga-se à hemoglobina (proteína que transporta o oxigénio no sangue) com uma força 230 a 270 vezes mais forte do que a do oxigénio. Isto faz com que a hemoglobina passe a transportar CO em vez de O2. Existem dois tipos de intoxicação: ● A intoxicação crónica, cujos sintomas são dores de cabeça, náuseas, vómitos e cansaço, a qual se poderá desenvolver de forma lenta e afecta pessoas habitualmente expostas á concentrações elevadas de CO. Frequentemente os sintomas não são atribuídos de imediato ao CO, mas à ingestão de produtos alimentares ou outras causas e assim, só tardiamente, quando a mobilidade já é afectada e surgem problemas neurológicos, é que _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 62 Rúben Viana Acontece frequentemente este tipo de intoxicação. Sempre que houver suspeitas de intoxicação crónica. .Olhos vermelhos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 63 Rúben Viana . Se a concentração de Carboxihemoglobina (a ligação do CO à hemoglobina) for superior a 50% pode ser fatal. afectar vários membros da mesma família. distúrbios visuais. A restante anda a transportar CO. É fatal? Sim. excepto (eventualmente) em esforços.. . Nos casos de intoxicação ligeira a moderada é raro e o mais comum é a pele estar pálida. Sinais e Sintomas: .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 as causas são identificadas pelo médico.Coma (em casos extremos). que provoca vertigens. .Taquicardia (aumento da frequência cardíaca). taquicardia. ● A intoxicação aguda. o coma e mesmo a morte. . pois as vítimas não chegam a aperceber-se do risco em que incorreram. deve recorrer-se aos serviços de saúde. perturbações de comportamento. . ou mesmo todo um grupo de pessoas presentes na mesma sala de reunião ou de festa. no limite. Na prática isto significa que apenas metade da nossa hemoglobina está a funcionar. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Tradicionalmente descreve-se que as vítimas de intoxicação por CO ficam com uma cor rosada / vermelho cereja. desmaios e.Agitação e confusão mental. fraqueza muscular..Sonolência e Cefaleias (dor de cabeça) são os primeiros sintomas. De notar ainda que as vítimas frequentemente não se queixam de dispneia.Hipertensão ou Hipotensão. . Isto é verdade apenas para casos gravíssimos e nas vítimas mortais.Taquipneia (aumento da frequência respiratória). Para concentrações superiores a 10% começam a surgir os primeiros sintomas. 6 – Combata a hipotensão.3 .Administre Oxigénio a 15L/min por máscara de alta concentração (mesmo a vítimas sem dispneia e com SpO2 normal) 5 – Avalie de sinais vitais e glicemia. 7 . Isto não é confiável pois estes aparelhos não distinguem a hemoglobina ligada ao oxigénio da hemoglobina ligada ao CO.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Gráfico 2 – Efeitos da inalação de monóxido de carbono em baixas concentrações no ar ambiente OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: O oxímetro nestes casos. 4 . 2 – Inicie a avaliação num sítio que considere seguro (sem fontes de produção de CO e bem arejado).6. com elevação dos membros inferiores. Se não o fizer na pior das situações corre o risco de perder os sentidos no caso de uma exposição prolongada. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 64 Rúben Viana . 3 . se presente. costuma indicar leituras aparentemente dentro das normais. e se necessário volte ao exterior para respirar fundo. (ver gráfico 2). Entre com a respiração contida.Peça ajuda diferenciada. abrindo portas e janelas. se vitima inconsciente ou com diminuição do estado de consciência.Actuação do TAE: 1 .Afaste a vítima da atmosfera tóxica e areje o local.Permeabilize a via aérea. 2. num qualquer momento. embora pouco frequentes. Sabemos. Portugal não tem actividades sísmicas elevadas.7. que os sismos continuarão a perturbar a humanidade e que ocorrerão com mais frequência em regiões onde já se verificaram no passado. As catástrofes sísmicas parecem-nos sempre uma fenómeno distante. Em Portugal continental os grandes sismos. Apesar de não se poder impedir ou prever os seus efeitos podem ser minimizados com comportamentos adequados. Mas essa possibilidade é bem real e pode atingir qualquer comunidade. que conduza à previsão da hora e do local onde ocorrerá um sismo. até hoje não foi possível desenvolver qualquer método generalizado. mas a história ficou marcada por um dos maiores e devastadores terramotos. têm afectado especialmente as regiões centrais e meridional do território.SISMOS O sismo é um fenómeno natural. Imagem 13 – Ilustração da escala de Richter _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 65 Rúben Viana . Apesar de muitos sismólogos se terem dedicado ultimamente à investigação da previsão de sismos. Manter a calma e saber agir pode marcar a diferença.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. contudo. resultante de uma vibração mais ou menos violenta da crosta terrestre. o de 1755. E também sabemos que mesmo as regiões sem historial sísmico podem ser afectadas por eventos graves muito distanciados no tempo entre si. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Imagem 14– Falhas e Placas tectónicas existentes em Portugal _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 66 Rúben Viana . Por isso. o comportamento de cada pessoa é fundamental na minimização dos efeitos do sismo pois a maior parte dos acidentes pessoais resultam da queda de objectos e de destroços. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 67 Rúben Viana . especialmente os de construção mais antiga. Assim conte que. derrube de linhas eléctricas. Em todos estes casos. os tsunamis ou maremotos. que podem ter efeitos catastróficos. incêndios com origem em chaminés ou canalizações de gás destruídas. 50 ficam apáticas e necessitam de ordens. tectos ou paredes. muito contribui para minimizar os seus efeitos. durante uma catástrofe. acções humanas resultantes do pânico. estantes. Conhecendo perfeitamente algumas regras fundamentais que lhe serão fornecidas nesta página. grande número dos acidentes pode ser evitado. a protecção civil começa em si mesmo. este perigo é maior quando os vidros são provenientes de andares elevados de edifícios altos. vasos ou outros móveis. por cada 100 pessoas: 1 a 3 ficam totalmente descontroladas (têm comportamentos irracionais e potencialmente perigosos). Use livremente estas regras e divulgue-as como entender necessário isto porque. Os sismos podem também provocar desprendimentos de terrenos e gerar grandes ondas nos oceanos. 2. espelhos ou outros objectos. quadros. Os acidentes pessoais são normalmente causados por: colapso parcial dos edifícios tais como chaminés. varandas. 25 não entram em pânico e podem tomar decisões pelo que podem tomar iniciativas de liderança e ajudar os outros.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Alguns edifícios podem desmoronar-se pela acção sísmica. durante um sismo é necessário agir com rapidez e com sangue frio. o perigo pode ser agravado pela falta de água devido à destruição das canalizações ou obstrução dos acessos impedindo a deslocação dos meios de socorro. derrube de candeeiros. a experiência tem demonstrado que uma actuação calma durante um sismo. 22 a 24 ficam paralisadas (não se movem e precisam ser ajudadas). estilhaços de vidros provenientes de janelas.7.1 – ACTUAÇÃO durante a ocorrência de um sismo Tenha em atenção que o comportamento das pessoas em situações de grande emergência é significativamente diferente do seu comportamento em situações normais. De facto. altos ou isolados que possam ruir a uma distância de. . . de preferência em paredesmestras.Abrigue-se rapidamente num local seguro.No meio das salas. . sobretudo dos velhos. pelo menos. encoste-se a uma parede interior ou a um canto e proteja a cabeça e o pescoço. 7 . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 68 Rúben Viana . Procure com serenidade refúgio numa área aberta.Cantos das salas.Elevadores. 6 . tijolos. pela queda de objectos. . 4 . por exemplo. debaixo de uma mesa pesada ou de uma secretária.Não utilize o elevador pois a electricidade pode faltar e provocar a sua paragem.Permaneça calmo e preste atenção ao estuque.Normalmente é melhor não tentar sair de casa a fim de evitar o risco de ser atingido. prateleiras ou outras estruturas ou objectos que possam cair. varandas ou chaminés. não procure sair imediatamente pois as escadas podem estar cheias de pessoas em pânico e/ou haver troços de escada que ruíram. 2 . se não existir mobiliário sólido. longe dos edifícios. 3 . na fuga. 8 . 5 . no vão de uma porta interior firmemente alicerçada.Debaixo de mesas.Se estiver num edifício alto.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Se no momento do SISMO estiver o interior de uma casa ou edifício: 1. camas ou outras superfícies resistentes Locais mais perigoso . espelhos e chaminés.Se estiver num local amplo com muitas pessoas ou numa sala de espectáculos não se dirija para a saída pois muitas outras pessoas podem ter tido essa ideia.Junto a janelas.Vãos de portas. vidros.Afaste-se de janelas. metade da sua altura. Locais mais seguros .Se tiver que abandonar o edifício faça-o cuidadosamente prestando atenção à possível queda de objectos. candeeiros de iluminação pública. Verifique se os seus vizinhos precisam de ajuda. Se sentir cheiro a gás dentro de casa abra as janelas e evacue as imediações por medida de segurança. Se for a conduzir pare o veículo no lugar mais seguro possível. Não pare nem vá para pontes. retire os escombros cuidadosamente começando pelos de cima. longe de edifícios. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 69 Rúben Viana . postes de electricidade. verifique se há feridos nas imediações e. cabos de electricidade ou de estruturas que possam desabar. de preferência numa área aberta e permaneça dentro dele. Se ainda estiver dentro do edifício: . Depois de um sismo pode ocorrer um tsunami (onda gigante). se conhecer a casa em questão. encostas.7. taludes. isqueiros ou qualquer outro instrumento de chama descoberta e não use interruptores de electricidade sem se ter assegurado primeiro que não há e que não houve fuga de gás. Dirija-se para um local aberto. socorra-os. postes e cabos de alta tensão. . viadutos ou passagens subterrâneas.Caso o local tenha ficado em condições de pré-colapso tente sair e ajudar os outros a sair com o maior cuidado possível. em caso afirmativo. Não tente remover pessoas seriamente feridas a não ser que elas estejam em perigo imediato.Pequenas faíscas quase imperceptíveis resultantes do uso de interruptores podem provocar a ignição do gás proveniente das canalizações quebradas.2 – ACTUAÇÃO depois da ocorrência de um sismo Permaneça calmo. electricidade e água. .Não utilize fósforos. muros.Desligue assim que possível o gás. 2. como muros ou taludes. especialmente as pessoas idosas e os deficientes. utilize antes uma lanterna eléctrica. não corra nem vagueie pelas ruas. Se houver pessoas soterradas chame as equipas de resgate. .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Se no momento do SISMO estiver no exterior: Se estiver na rua mantenha-se afastado dos edifícios altos. Afaste-se das praias. se vir que pode actuar por si. 8 . como ventos fortes. Deste modo o TAE antes de iniciar a marcha. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Se na zona onde se encontra sedeado a base do meio INEM. Os nevões podem ter um forte impacto nos seres humanos.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. houver historial de que a região no Inverno tenha sido assolada por vários nevões intensos e que tenha dificultado a circulação de viaturas nas estradas locais. quando a intempérie surgir. em virtude da baixa temperatura atmosférica. Neste capítulo serão enumerados quais os procedimentos de segurança a ter em conta por parte do TAE. no sentido de requisitar um par de correntes para colocar nos pneus na ambulância. Nestas circunstâncias conduzir a ambulância em estradas com gelo e neve torna-se um verdadeiro desafio. deverá avaliar se possui as condições de segurança necessárias para iniciar a marcha de emergência. para transitar nas estradas quando ocorre um nevão prolongado e que possa dificultar a sua circulação nas vias rodoviárias. o quanto antes. Os nevões podem estar associados a outros fenómenos meteorológicos. animais e plantas. frio intenso ou formação de gelo. Tenha sempre isso em consideração ao proteger-se! Os nevões só começam a ser um problema para as equipas de emergência do INEM quando estas têm que utilizar as vias rodoviárias para se deslocarem até ao local da ocorrência. sendo que em regra só ocorrem no período de inverno Quando a queda de neve se prolonga por um período de tempo relativamente longo e abrange uma área relativamente extensa estamos em presença de um nevão. deverá CONTACTAR a logística do INEM. em caso de presença de neve e gelo na zona onde a ambulância transitará são: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 70 Rúben Viana . ACTUAÇÃO DO TAE: Os PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA a tomar.NEVÕES A queda de neve ocorre quando os cristais de gelo não se fundem antes de chegarem ao solo. 4 . Não adormeça. Não deixe que o fumo chegue ao interior da viatura. 10 . Se a estrada não oferecer condições de segurança volte para trás.Comunicar ao CODU as alterações climatéricas existentes na zona onde se encontra sedeada a viatura INEM. 5 . de forma a prevenir o CODU para o tempo acrescido de chegada ao local que poderá ocorrer se surgir uma chamada de pedido de socorro. Se ainda não possuem.Faça pequenos exercícios com os braços. para o CODU e exponha. destinando-se a dimensões de pneus específicas.Se possível mantenha o rádio ligado para ouvir as informações meteorológicas ou de trânsito.Se estiver longe de uma povoação. 11 . De relembrar que as correntes de neve não são universais. evitando sempre as zonas com gelo na estrada. 3 . em caso de trovoada.Se.Procure avançar em cima de neve mais recente. a sua situação. ou rádio.Colocar as correntes de neve nas duas rodas de tracção da viatura.Mantenha o tubo de escape limpo de neve. com objectividade. mantendo a velocidade reduzida e sem fazer movimentos bruscos na trajectória da viatura. 2 . 9 . devem solicitar com urgência à logística do INEM. pernas e dedos para manter a circulação sanguínea. ficar imobilizado pelo nevão. A viatura servirá de barreira ao vento e os pneus actuarão como isolante. pois poderá ficar intoxicado. convertendo-se elas próprias numa autêntico perigo para o veículo e respectivos ocupantes. sem o que são impossíveis de ajustar devidamente. contacte por telefone móvel.Não circule numa estrada onde não consiga visualizar os limites desta.Resista à tentação de poupar tempo guiando mais depressa do que as condições meteorológicas e do piso o permitem.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 1 . 7 . deve manter a calma e permanecer dentro da viatura. 6 .Conduza cuidadosamente. durante a ocorrência. bem como para os demais utentes da via. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 71 Rúben Viana . 8 . 3 . O que em tempos passados não era uma preocupação. casos que se verificam quando se chega ao local da ocorrência para socorrer uma suposta vítima. muitas das vezes associadas à ingestão de psicotrópicos. médicos. 2 . ou com alterações psicológicas. ou mesmo doentes já referenciados por perturbações mentais. explicando que foi chamado ao local para prestar socorro à vítima/ ou a si. pois a principal função do TAE seria a de socorrer.Ignorar as agressões verbais provenientes de populares que se encontram junto ao local da ocorrência. 4 . no entanto existem várias condutas que poderemos tomar de forma a apaziguar possíveis tentativas de agressão. hoje tornou-se um problema difícil de lidar.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. que tentam agredir profissionais TAE que somente tinham a pretensão de os ajudar.Tentar acalmar o agressor educadamente. Pode ocorrer também o caso de serem agredidos pelos familiares das vítimas justificando-se pela demora no socorro ao seu familiar.Nunca comunicar em tom agressivo para os possíveis agressores. para a possibilidade de um dia durante a sua actividade profissional puderem vir a ser vítimas de agressão verbal ou física. é sempre difícil de prever as reacções das pessoas.10 – VIOLÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO Os profissionais de emergência compartilham com enfermeiros. e não de ser socorrido. e fornecer conselhos que lhes possam ser útil de forma a conseguir gerir e prevenir melhor a segurança da sua integridade física e psicológica. e são confrontados por vezes com pessoas alcoolizadas. Perante uma situação de possível descontrole emocional das pessoas que nos rodeiam deveremos ter os seguintes procedimentos: 1 . Neste tipo de situações quando chega ao local de ocorrência o TAE deve percepcionar o cenário instalado. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 72 Rúben Viana . demovendo-o a esquecer por momentos esse assunto.Tentar manter a calma e serenidade. policias e professores o topo da listagem de ocupações profissionais vítimas de violência verbal e física. de forma a não alimentar discussões paralelas. Neste tipo de episódios. ainda antes de sair da ambulância de forma a avaliar se existem reunidas as condições mínimas de segurança no local para socorrer as vítimas. Neste capítulo pretendemos sensibilizar todos os TAE´s. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 73 Rúben Viana . com objectividade. São transmitidos conhecimentos no controlo e domínio das articulações. bem como a salvaguarda da sua integridade física em caso de ataques corporais. sem que para isso seja preciso recorrer à violência física. É necessário 2 ou 4 populares para executar este procedimento. 6 . sob o efeito de estupefacientes e outros tipos de perturbações.Segurar na manta exotérmica (descartável ou reutilizável) de forma a criarem uma cobertura auxiliar temporária contra o sol ou chuva. treinam técnicas que permitem aos formandos realizar intervenções em que seja necessário imobilizar um indivíduo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 NOTA: Um truque muito utilizado para os demover é interpelá-los no sentido de nos ajudar no socorro. Violência gera violência. equipas e formação táctica de controlo.Ajudar no levantamento em bloco da vítima para o plano duro. torções. Foto 9 e 10 – Foto que ilustra a tarefa incumbida aos populares de forma a criar uma cobertura protectora 5 . tentando actuar sempre na prevenção. de modo a protegerem a vitima que se encontra no chão a receber assistência do técnico (s). alcoolizadas.Segurar no(s) soro(s) de perfusão. variadíssimas empresas especializadas em ministrar cursos de técnicas de imobilizações em ambientes hostis. onde envolva pessoas com perturbações mentais. .Se a situação ficar fora de controlo.Nunca recorrer à violência para tentar solucionar os problemas surgidos. cujas formações preparam os profissionais para actuar em situações de agressão. 7 . No entanto se o profissional pretender adquirir maiores conhecimentos e competências sobre a temática da protecção individual. . estratégia e desarme de possíveis ameaças hostis. a sua situação no sentido de solicita a autoridade com a máxima urgência ao local da ocorrência. abandonar o local e comunicar de imediato o sucedido ao CODU. Durante essas formações. Costume resultar na perfeição!!! Tarefas simples que podem incumbir os populares de executar num sinistro: . ligar de imediato para o CODU e exponha. existe no mercado.Se o conflito começar a ficar fora de controlo. utilize um pano húmido para tapar o nariz e a boca. e faça-o com calma e sem pânico. bombardeio.Se houver fumos baixe-se e saia do local. 8 .Manter a calma. inundações. Os casos de procedimentos de evacuações que neste capítulo irão ser retratadas serão derivados a incêndios. Nunca se dirija a pisos superiores. a gatinhar e. os evacuados podem ser descontaminados antes de serem transportados para fora da área contaminada. 4 . pois este. Em situações que envolvem materiais perigosos ou possível contaminação. 7 .Saber interpretar correctamente a sinalização de emergência. 6 .Seguir as instruções gerais de actuação indicadas nas plantas de emergência e cumpra as instruções transmitidas pelos elementos da equipa de evacuação. se possível. fogo.Proceder de imediato à notificação do CODU do sucedido e abandonar o local se possível com o equipamento de socorro. até a retirada em grande escala de um distrito por causa de uma inundação.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. 3 . ou a aproximação de um furacão. com graves consequências. Os exemplos vão desde a evacuação em pequena escala de um edifício devido a uma ameaça de bomba.Utilizar sempre as escadas. ● Em edifícios comerciais ou habitacionais onde estejam a prestar socorro a uma determinada vítima (ex: shopping / prédio habitacional). se necessário.10 – EVACUAÇÕES DE EMERGÊNCIA As evacuações de emergência são consideradas como um movimento rápido e imediato das pessoas para longe da ameaça ou ocorrência real de um perigo.O abandono de um edifício em chamas deverá ser efectuado sempre pelas escadas descendentes. Ao receber instruções no sentido duma evacuação de emergência o TAE deverá ter a seguinte linha orientadora para executar este procedimento da maneira mais eficiente: 1 . acumulação de gases ocorridos: ● No edifício onde se encontra as instalações da base INEM. ● Quando accionados para prestar auxílio na evacuação de algum lar ou hospital vitima de algum incêndio.Não correr pois uma queda irá obstruir o caminho de evacuação e provocar a queda e aglomeração de outras pessoas. 5 . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 74 Rúben Viana . mas desça. 2 . poderá ser necessário para socorrer as primeiras vítimas originárias do acontecimento que desencadeou a evacuação de emergência. o que facilita muita a evacuação de pessoas.Evacuação em lares ou hospitais O TAE no exercício das suas funções. deve aquando a sua chegada ao local. em direcção a zona de concentração local e tente criar de imediato uma zona de recepção de possíveis vítimas. tenhamos um elemento que nos possa melhor orientar o sentido da fuga mais rápida do local onde nos encontramos. na medida de que o trajecto da saída de emergência duma base não é necessariamente a mesma de outra. Muitas das bases têm saída directa para a rua.Não utilizar elevadores. sendo que existe uma variedade imensa do tipo de bases. devemos sempre que possível fazer-nos acompanhar por um elemento da segurança do edifício. extintores e carretéis. 2. 10 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 9 . só que há outras que se encontram mais no interior do edifício sendo o trajecto para a evacuação mais confuso. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 75 Rúben Viana .1 . para que numa situação de emergência o TAE tenham melhor percepção do sentido da fuga. se as houver. 2. mas para os elementos TAE´s recém chegados ou que esporadicamente vem fazer um turno a uma outra base será mais complicado. plantas de emergência do edifico.Evacuação no edifício onde se encontra a base INEM As bases INEM espalhadas pelo território continental não se encontram todas no mesmo modelo de edifício. Com os TAE´s afectos à base são será grande o problema. 2.10. com tipificação por exemplo de shopping. betoneiras.Dirija-se para o exterior das instalações.3 . mostrando os pontos exactos das saídas com evacuação para a rua. tenham mais dificuldade em manter o domínio emocional ou em se deslocar.Ajude a tranquilizar as pessoas que. reconhecendo quase intuitivamente o trajecto da saída de emergência. Neste sentido o TAE´s residente que irá fazer o turno com o novo colega deverá dar a conhecer as instalações da base e do edifício onde esta está inserida.10. ao ser accionados para prestar auxílio na evacuação de algum lar ou hospital. 11 . eventualmente perto de si. procurar saber quem é que se encontra ao comando das operações de evacuação para que este melhor coordene os meios disponíveis para a operação.10.2 – Evacuação em locais públicos No interior de edifícios comerciais. para que numa necessidade de evacuação. Ilustração 2 .Procedimento a tomar em caso de incêndio num edifício _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 76 Rúben Viana . poderá dar autorização para se avançar para a evacuação das vítimas. Dessa forma só o comandante das operações no local. que a partida será o elemento mais graduado dos bombeiros na local.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Em qualquer um dos motivos já mencionados o corpo de bombeiros da região será também mobilizado para o local. Certamente.2 . os trabalhadores.Efeitos fisiológicos e físicos da corrente eléctrica Introdução Electrocussão ou choque eléctrico é a situação provocada pela passagem da corrente eléctrica através do corpo. A abordagem seguinte refere-se principalmente ao "porquê" dos socorros.11 – ACIDENTES ELÉCTRICOS 2. são a ela tanto mais sensíveis.Tipos de contacto com a electricidade Os acidentes mais frequentes resultam de contactos: DIRECTOS E INDIRECTOS DIRECTOS: Se uma pessoa entra em contacto com uma parte activa de um elemento sob tensão. 2. Daremos alguma ênfase às lesões corporais pois da sua compreensão depende a qualidade dos socorros a fornecer. a prevenção é a principal preocupação mas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. desde a fase imediatamente a seguir ao acidente até eventualmente à sua hospitalização. mostrando as razões essenciais que dão às lesões dos acidentados eléctricos um aspecto tão particular.11.1 . por negligência ou desrespeito das instruções de segurança diz-se que ficou submetida a um contacto directo Imagem 15 e 16 – Imagem ilustrativa do contacto directo com a electricidade _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 77 Rúben Viana .11. quanto melhor compreendem e conhecem o "como" e o "porquê" das acções de socorro imediatos. o que pode agravar os seus efeitos. por exemplo a um defeito de isolamento. isto porque normalmente ocorre sem o conhecimento do utilizador. Imagem 19 e 20 – Imagem ilustrativa do contacto indirecto com a electricidade _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 78 Rúben Viana . Esse contacto designa-se por contacto indirecto. Esta situação é a mais vulgar a nível da habitação e a sua prevenção deve revestir-se de cuidados especiais.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Imagem 17 e 18 – Imagem ilustrativa do contacto directo com a electricidade INDIRECTO: Se uma pessoa entra em contacto com um elemento que está acidentalmente sob tensão devido. a electrocussão é consequência de um defeito imprevisível e não da negligência da pessoa. Estas fotografias foram extraídas de um livro de 1930 de seu titulo Technisches.11.flickr.com esta colecção de 30 fotos que demonstram as mais diversas formas de ser electrocutado.3 – Diversas formas de morrer electrocutados NOTA: Está no disponível no site www.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. “encontrado” no museu Elektroschutz em Viena. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 79 Rúben Viana . para melhor sublinhar esta percentagem representámos.11. O perigo é função dos tipos de contacto de entrada e saída da corrente através do corpo humano.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. esquematicamente.A trajectória da corrente Tem um papel importante no desencadeamento da fibrilhação. Os trabalhos conhecidos permitem definir a percentagem de corrente que atinge o coração em função de certos tipos de contacto. a posição dos contactos e a circulação da corrente através do corpo humano (imagem 21).4 . Imagem 21 – Imagem ilustrativa das possíveis trajectórias da corrente _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 80 Rúben Viana . Noutro plano. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 81 Rúben Viana . muito esquematicamente. Estes efeitos traduzem-se por queimaduras electrotérmicas. pelo efeito de Joule. subentendendo-se que se trate aqui de corrente alternada.Efeitos da corrente eléctrica sobre o corpo humano Admitido reservar o termo "electrocussão" apenas para os acidentes mortais de origem eléctrica e não se aplicando este termo às queimaduras eléctricas. o acidente eléctrico pode produzir-se de duas maneiras. com a frequência de 50 Hz: a) POR ACÇÃO DIRECTA: o corpo é atravessado pela corrente O corpo humano é sede dum certo número de efeitos fisiológicos agrupados sob a designação de "choque eléctrico e suas consequências". Pode-se.5 . foram vítimas de uma violenta convulsão. classificar as vítimas de acidentes. alguns indivíduos sentiram um "esticão". observadas desde os primeiros instantes (fase imediata) em dois grupos: • Indivíduos que não perderam a consciência Exceptuando os casos extremamente benignos (simples formigueiro).Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Também pode ser sede de efeitos físicos de aquecimento análogos aos que haveria com uma resistência metálica (lei de Joule).6 . outros. os casos de electrocussão formam pois um grupo particular dentro do conjunto dos acidentes de origem eléctrica.O choque eléctrico e suas consequências (acção directa) A Fase Imediata A passagem de corrente eléctrica no corpo humano é susceptível de fornecer efeitos de importância e qualidade variáveis.11. (este último acompanhando-se muitas vezes de "faíscas") podem pegar fogo ao vestuário e produzir queimaduras mistas.11. num grau mais elevado. Tanto o arco como o contacto. 2. b) POR ACÇÃO INDIRECTA: o corpo não é atravessado pela corrente E a consequência dum arco eléctrico que se traduz por queimaduras por acção do calor. com todas as suas consequências. pelo facto de a vítima se soltar ou pelo reflexo de afastamento no momento do corte da corrente. É a "tetanização eléctrica". não está presa por um cinto ou pela corda de segurança). • Indivíduos que perderam a consciência Fibrilhação cardíaca: A fibrilhação cardíaca ou. "Nestas condições. irreversíveis. "colar" de alguma maneira. Também pode haver riscos de queda. ela pode ser projectada ao solo e sofrer lesões traumáticas (avaliem-se as consequências quando a vítima. o próprio coração. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 82 Rúben Viana . trabalhando em altura.. ficou incapaz de o largar. nota-se nas vítimas um verdadeiro estado de comoção que aliás. Esta anarquia da contracção equivale a uma paragem funcional da bomba cardíaca. ao fim de alguns minutos.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Esticão: Conforme o esticão é mais ou menos forte. Características de fibrilhação Esta é desencadeada por intensidades muito mais fracas que as necessárias para provocar uma inibição bulbar. pelo contrário.. o cérebro. a vítima foi repelida violentamente pelo condutor sob tensão ou.. deixam de ser irrigados e pode levar a perturbações graves. se dissipa mais ou menos rapidamente. a mão ao condutor e provocar. principalmente queimaduras no ponto de contacto. a "fibrilhação ventricular" é a contracção não sincrónica das fibras ou grupos de fibras que constituem os ventrículos cardíacos. mais exactamente. Mas no caso mais frequente (em baixa tensão particularmente) a tetanização tem por efeitos fixar. No homem é espontaneamente "irreversível" e responsável por uma grande parte dos casos em que a morte real se sucedeu à morte aparente. levando no pior das situações à paragem definitiva do coração".. produzida pela corrente alternada. lesões profundas. se a corrente não for cortada. Convulsão: No momento do contacto. particularmente). Se a vítima foi repelida à distância por uma contracção muscular violenta (em alta tensão. qualquer atraso no começo da acção de reanimação. o acidente eléctrico provoca morte ou consequências definitivas de gravidade variável como por exemplo: . neste domínio. O tratamento não admite atrasos.Mau funcionamento renal (albuminúria. actualmente há a tendência de considerar que qualquer acidente de origem eléctrica pode determinar um estado de "choque" susceptível por si só de provocar uma perda de consciência passageira. a todo o custo. EM DEFINITIVO. 2.As consequências de um acidente eléctrico Imagem 22 e 23 – Ilustração do coração e do sistema circulatório Em certos casos. Por outro lado.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Esta noção "de estado espontaneamente irreversível" que caracteriza a fibrilhação deve evitar. por exemplo) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 83 Rúben Viana . A reanimação deve começar no próprio local do acidente e continuar sem nenhuma interrupção mesmo no caso de evacuação eventual para um centro clínico.11.7 . um segundo conta muito. para que haja possibilidade de sucesso. A REGRA ABSOLUTA É: Aplicar sempre os tratamentos de reanimação em qualquer vítima inanimada em consequência de acidente eléctrico. que ele seja posto em prática nos primeiros minutos que se seguem ao acidente e. É necessário. 11.Perturbações oculares (catarata.A trajectória da corrente .O tempo de contacto . mas estamos apenas a tratar de corrente alternada sinusoidal com a frequência de 50 Hz. conjuntivite) . em linhas gerais. o essencial das lesões corporais que a corrente eléctrica pode provocar.Perturbações nervosas .Perturbações auditivas (surdez parcial ou total) . Quadro 4 – níveis de tensão existentes na rede eléctrica nacional BT – Extra-Baixa Tensão (usada essencialmente para proteger as pessoas de acidentes eléctricos) BT – Baixa Tensão (usada principalmente na rede doméstica) AT – Alta Tensão (usada no consumo na actividade industrial e transporte da energia eléctrica) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 84 Rúben Viana . Os factores responsáveis por essas lesões são eles (*): . perda de substância muscular e óssea).As consequências devidas às queimaduras electrotérmicas (amputação tornada necessária pela importância das queimaduras.8 – Factores responsáveis pelas lesões Vimos antes.Perturbações cardiovasculares .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 .A intensidade da corrente .A resistência eléctrica do corpo humano (*) NOTA: A forma de onda e a frequência também têm influência.A tensão aplicada . que é a mesma da rede eléctrica. 2. A intensidade de corrente O principal papel da intensidade. Dessa forma apenas iremos abordar os dois primeiros factores causadores das lesões. a partir dos quais se manifesta a corrente eléctrica. Limiar de percepção: a partir de 1. Imagem 24 – Efeitos fisiológicos provocados pela intensidade de corrente _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 85 Rúben Viana . mais recentemente.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Costuma-se associar o “estrago” que o choque pode causar com o nível de tensão. Paradoxalmente. Criou o Laboratório de Física Biológica no Collège de France) que se sabe que "é a intensidade que mata". à passagem da corrente). Limiar de uma inibição nervosa: a partir de 2 a 3 A. Limiar da fibrilhação: a partir de 80 mA se a passagem da corrente atingir a região torácica durante um segundo. porém o correcto é que depende da intensidade da corrente eléctrica que atravessa o corpo da pessoa durante o choque e do caminho da corrente eléctrica pelo corpo. Desde Arsonval (Jaques Arséne d' Arsonval. a fibrilhação diminui consideravelmente se a intensidade da corrente ultrapassar 3A.1 mA (sensação de picada. Mas. sem perigo. foram quantificados os diferentes níveis ou "limites". 2. de "choque ligeiro".11. Limiar da contracção muscular: a partir de 9 mA. médico e físico francês autor de vários estudos sobre física biológica. duma maneira geral no organismo humano. ou mais exactamente da densidade da corrente (intensidade por milímetro quadrado de superfície) é bem conhecido.1 .8. 11. aquecer a nossa casa. caso se pretenda interromper a energia apenas numa das zonas da casa. onde se serve dessa forma de energia para tudo e mais alguma coisa: iluminar as divisões da casa.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.9 – Quadro eléctrico (Função) O quadro eléctrico é a porta de entrada da energia eléctrica nas habitações ou edificio.. 2. lavar a louça. conservar-nos os alimentos.11. Foto 11 . tomadas e emergência) contra sobre intensidades (curto – circuitos ou sobrecargas) e para a protecção das pessoas contra contactos directos e indirectos. etc. O quadro eléctrico de uma habitação é onde estão ligados todos os circuitos eléctricos da própria habitação. evitando um sobreaquecimento dos condutores que pode originar um incêndio. Ele constitui a interface entre a companhia fornecedora de electricidade e a casa. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 86 Rúben Viana . lavar a roupa. jogar no computador.Disjuntores magneto térmicos Foto 12 e 13 .10 – Protecção dos circuitos Para proteger os circuitos contra sobre intensidades (sobrecargas ou curto – circuitos) são usados disjuntores magneto térmicos ou fusíveis que interrompem automaticamente a passagem da corrente no circuito. É nos quadros eléctricos que se encontram os dispositivos para a protecção dos circuitos eléctricos (de iluminação. sendo que é como se fosse um “cérebro” ou seja é a partir de lá que sai as alimentações para todos os circuitos. etc.Fusíveis Existem também os interruptores de corte geral existentes para fazer o corte parcial de circuitos do quadro eléctrico. É obrigatório colocar um dispositivo deste com o mínimo de protecção de 300mA. Para protecção das pessoas contra os contactos directos o Regulamento de Segurança preconiza essencialmente medidas preventivas que. Foto 15 – Disjuntor diferencial da EDP _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 87 Rúben Viana . Se nada for feito. quando uma pessoa tocar na parte exterior da máquina apanhará um choque eléctrico que poderá ser perigoso. É para evitar estas situações que se usa o disjuntor diferencial (ou o interruptor diferencial) no quadro eléctrico. Alavanca de comando de duas posições (Ligado/Desligado). situado à entrada das nossas habitações. como já foi demonstrado. Sensibilidade do diferencial: 30mA Foto 14 – Disjuntor diferencial de 30mA Disjuntor diferencial: O disjuntor diferencial. Botão de teste para o ensaio periódico do diferencial. segundo os peritos especializados na matéria. isto porque o diferencial da EDP existente junto ao contador apenas tem uma sensibilidade de 500mA. Imagine por exemplo que a sua máquina de lavar tem uma avaria e no seu interior se solta um fio com tensão que vai encostar-se ao invólucro metálico que a envolve.11 – Protecção das pessoas Se a corrente que circula pelo corpo humano ultrapassar alguns miliamperes haverá risco de electrocussão.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.11. ao contrário dos outros disjuntores (“normais”) destina-se à protecção de pessoas. sendo que é insuficiente. porque dizem estes que acima dos 300mA começa a existir risco de segurança da protecção. em alguns casos podem ser complementadas pela instalação de dispositivos diferenciais de alta sensibilidade (de 10 ou 30 mA). têm a sua carcaça ligada à terra. como a máquina de lavar em questão. como a mencionada acima. actuando quando a diferença entre elas excede um determinado valor. vai haver uma corrente de fuga. sobretudo com a passagem dos anos) e o disjuntor ao detectar essa diferença actua. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 88 Rúben Viana . daqui se vê a necessidade de a instalação do nosso prédio ter um boa ligação à terra. parte da corrente que “entra” pela fase já não chega ao neutro (escoa-se pela terra pois todos os aparelhos. antes que alguém toque na parte metálica sob tensão e seja electrocutado. isto é. isto é. aspecto que por vezes é descurado. Quando não há qualquer problema com a instalação.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Princípio De Funcionamento: Baseia-se na comparação entre duas correntes. Caso haja uma avaria. Ao disjuntor diferencial são ligados a fase e o neutro. a corrente que “entra” pela fase é igual à que “sai” pelo neutro e o disjuntor não actua pois a diferença entre estas duas correntes é nula. indicando que há defeito no circuito. dispara. O disjuntor só poderá ser rearmado quando a avaria estiver reparada. Tenha perfeita consciência do procedimento que se está a levar a cabo.Previna a queda do sinistrado. solicitar a um elemento adulto que habite na casa. A causa do acidente pode ter sido uma avaria do próprio interruptor. os procedimentos a tomar em conta para assegurar em qualquer circunstância as condições de segurança necessárias para o desempenho das suas funções.Procedimento de segurança nas actuações do TAE Com o propósito de minimizar os riscos de actuação pelo TAE. Sabemos que agora é cada vez mais difícil haver um acidente porque os regulamentos estão mais apertados. afastando as pessoas desnecessárias do local.Considere sempre a possibilidade de traumatismo craniano e lesão da coluna cervical.Se existirem várias vítimas começar por identificar as inconscientes. resultantes de acidentes provocados pela corrente eléctrica. 5 . de preferência os seus proprietários. ATENÇÃO: Não utilize o interruptor do electrodoméstico ou aparelho. sem tocar na vítima. caso existam.Caso o TAE encontre a vítima inconsciente detectando também a presença de água à sua volta ou mesmo se a vitima se encontrar em contacto com um condutor eléctrico. ATENÇÃO: Em caso de dúvidas na identificação do interruptor de corte geral.Verificar se efectivamente se trata de um acidente com vítimas.12 .11. na prestação de socorro às vítimas. mas… NO CASO DE BAIXA TENSÃO (50 a 1000 Volts): 1 . desligar todos os disjuntores e interruptores que encontrar no quadro eléctrico. e o TAE na presença deste deverá certificar-se que o interruptor da alimentação de energia eléctrica (da EDP) à casa foi devidamente desligado.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.Se o acidente tiver ocorrido no interior ou exterior de uma habitação. 4 . pois a vítima poderá ter caído ou ter sido projectada (actuar em conformidade). pressionando todas as patilhas para baixo. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 89 Rúben Viana . antes de desligar a energia eléctrica. se for caso disso. se mantenha. serão enumerados de seguida. 6 . NÃO deve em caso algum tocar na vítima sem previamente ter desligado a corrente. 2 . que vos indique a localização do quadro eléctrico geral. de forma a salvaguardarem a vossa segurança. envolvendo energia eléctrica e proceder a uma rápida avaliação das condições de segurança. e alertando-as também do perigo de morte que estão sujeitos caso a sua presença no local. 3 . afastando as pessoas desnecessárias do local. para se proceder ao socorro das vítimas. 5 . ou a menos de 5 metros dele.Se o acidente tiver ocorrido com tensões elevadas (alta tensão) telefonar imediatamente ao CODU.É aconselhado socorrer o acidentado só quando tiver a certeza de que a linha foi colocada fora de serviço. caso existam.Verificar se efectivamente se trata de um acidente com vítimas.Se a vítima ficou suspensa nos condutores. estar sem tensão. 3 – Está proibido e é muitíssimo perigoso tocar em alguém que tenha sofrido uma descarga eléctrica e ainda esteja em contacto com um condutor sob tensão. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 90 Rúben Viana . para accionar a Empresa Distribuidora. e alerte-as dos possíveis perigos da sua presença no local. 4 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 NO CASO DE ALTA e MUITO ALTA TENSÃO (1000 a 400 000 Volts): 1 . envolvendo energia eléctrica de alta ou muito alta tensão e proceder a uma rápida avaliação das condições de segurança. isto é. a REN (Rede Eléctrica Nacional) para que seja interrompida alimentação de energia naquela zona. pode ser necessário prever medidas no sentido de atenuar os efeitos de possível queda. 2 . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Comunicar urgentemente à REN para a correcta identificação das linhas de transporte de energia eléctrica envolvidas no incidente pelo número de telefone: Nº VERDE: 800 207 470 Transmitindo a seguinte informação: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 91 Rúben Viana . 11. 4 . anteriormente. 5 .A corrente de alta tensão provoca lesões mais graves mas a corrente doméstica também pode ser fatal.A humidade reduz a resistência da pele e por isso pode fazer com que as consequências do choque sejam mais graves. Poderá estar confrontado com uma pessoa que tenha sido electrocutada.Considerações finais 1 . sem que haja testemunhas para relatar o que se passou com a vítima.A electricidade só é perigosa para quem não a conhecendo. 2 . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 92 Rúben Viana .13 .Seja bastante cauteloso quando encontrar vítimas inconscientes em casas de banho. não a respeita. se atreve a brincar com ela.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. 3 .A corrente alterna pode provocar contracturas musculares (vítima não se consegue mexer) e impedindo-a de se soltar da fonte eléctrica e por isso aumentar o tempo de exposição. devendo o seu socorro ser procedido em conformidade com tudo que já foi referido. e para quem a conhecendo. O uso deste tipo de equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos do ambiente em que se desenvolve a actividade. Os equipamentos de protecção individual que o INEM coloca ao dispor de todos os técnicos para assegurar a sua actividade na emergência pré-hospitalar. Calça com reflectores Pólo manga comprida com reflectores Parka impermeável com reflectores Colete INEM com reflectores Polar INEM com reflectores Pólo manga curta com reflectores _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 93 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.12 – EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL – EPI Os equipamentos de protecção individual (EPI´s) são quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada actividade. Parka. Um equipamento de protecção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos. são: NA ÁREA DA SEGURANÇA RODOVIÁRIA: Fardamento (Calça com reflectores. Polar INEM e colete reflector). Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Capacete de protecção em Kevlar Na área da BIO-SEGURANÇA: Luvas cirúrgicas. avental. máscaras. Luvas cirúrgicas Bata Avental Máscara com filtro FFP3 Máscara simples Máscara com viseira Capas para os sapatos Touca descartável Óculos de protecção _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 94 Rúben Viana . óculos de protecção. bata. ou seja nenhum contacto com a substância.3 . olhos e peles. Nível B: protecção máxima para vias aéreas e olhos.12. mas menor protecção para a pele. Nível D: praticamente o uniforme de trabalho da equipe com protecção superficial dos olhos e vias aéreas. Fotos 16.17 e 18 . Para ocorrências envolvendo pessoas feridas e produtos tóxicos.Vestimentas de protecção por níveis _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 95 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Os EPI´s utilizados para efectuar o contacto directo com produtos perigosos é dividido da seguinte forma: Nível A: protecção máxima para vias aéreas.EPI´s usados no contacto directo com produtos perigosos Todos os produtos perigosos exigem uma certa protecção para se entrar em contacto. Nível C: protecção para pele e olhos com menor exigência para protecção de vias aéreas. o INEM dispõe de uma viatura preparada para actuar nesse tipo incidentes especiais. e o que se chama de vestimenta encapsulada. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 19 – Viatura NRBQ do INEM Este veículo especial do tipo (NRBQ) é utilizado pelos profissionais do INEM em situações especiais e de excepção para busca e resgate de pessoas vítimas de ataque ou acidentes envolvendo materiais nucleares. aparelhos de medição de qualidade do ar e detenção de gases químicos vitais. biológicos e químicos. Está equipada com fatos de classe A. câmara de descontaminação. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 96 Rúben Viana . radiológicos. no caso de a via estar obstruída com alguma viatura acidentada. incorrerá à partida numa exposição acrescida ao perigo de atropelamento. tendo como consequência a necessidade de uma maior distância de imobilização. no decorrer da prestação de auxílio ás vítimas sinistradas. O local poderá ser uma rua. os intervenientes causadores do sinistro. incluindo a equipa do meio INEM presente no local. as velocidades praticadas pelas viaturas que nela transitam são muito elevadas. poderão muitas das vezes se encontrar imobilizados em pleno eixo rodoviário. nacional ou mesmo uma via rápida. Se este tipo de incidentes ocorrer à noite e com a agravante de se encontrar nevoeiro cerrado. a visibilidade no local quanto à presença da equipa de socorro fica seriamente _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 97 Rúben Viana . 2007. Foto 20 – Acidente na A23 em 5 Nov.13 – SINALIZAÇÃO E PROTECÇÃO RODOVIÁRIA O tratamento da vítima deve ser prioridade absoluta para a equipa INEM.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. isto porque. O objectivo deste capítulo será direccionado no sentido de sensibilizar o TAE. Quando os técnicos do INEM são accionados para ir prestar socorro a um qualquer acidente de viação ou atropelamento. estrada municipal. È fácil de entender que as auto-estradas são de todas as vias rodoviárias as mais perigosas para se encontrar imobilizado com a ambulância em prestação de socorro. sendo que se o meio INEM for o primeiro a chegar ao local. mas só deve ser iniciado após terem sido garantidas medidas de segurança para os intervenientes. com autocarro que transportava alunos da universidade sénior de Castelo Branco em morreram 17 pessoas. para os perigos que pode estar potencialmente sujeito quando já se encontra no local da ocorrência a prestar assistência a uma qualquer vítima. 1 – Razão da cor escolhida para os meios INEM Os veículos de socorro do INEM. Para efeitos do código de estrada. permitindo uma identificação muito mais rápida deste veículo prioritário. na sequência dos compromissos assumidos no âmbito daquele Comité.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 diminuída. apresentam uma nova decoração recentemente adoptada. A escolha pela cor RAL 1016 possui uma explicação de natureza científica: estudos realizados provaram que o olho humano é particularmente sensível à cor Amarelo "RAL 1016". Círculos de trabalho. designadamente a nova cor "Ral 1016". todos o TAE responsável pela condução da ambulância deverão respeitar religiosamente algumas regras de segurança. o que acarreta num gravíssimo problema de segurança para a permanecia da equipa no local. Reconhecimento e controle dos riscos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 98 Rúben Viana . 2. A segurança do local deverá ser efectuada seguindo 4 directrizes: Estacionamento defensivo. Diversos países comunitários. Foto 21 e 22 – Fotos ilustrativa da má visibilidade quando se encontra nevoeiro Neste pressuposto e de forma a controlarem o risco dos diversos perigos a que poderão estar sujeitos numa situação idêntica. adoptada a nível europeu para facilitar a identificação dos veículos de emergência. considera-se que a visibilidade é reduzida ou insuficiente sempre que o condutor não possa avistar a faixa de rodagem em toda a sua largura numa extensão de. pelo menos 50m. Avaliar se os meios são suficientes. membros do Comité Europeu para a normalização já adaptaram ou estão em fase de adaptação das suas ambulâncias a esta cor.13. corre o risco. para proporcionar uma melhor visibilidade no caso de se tratar de uma ocorrência efectuada em período nocturno. de modo que. Foto 23. e sinais luminosos da viatura.13. piscas.24 e 25 – Ilustração da posição de protecção (4) . Pode assim evitar possíveis atropelamentos ou abalroamento por parte de outras viaturas que circulam na mesma via. em que exista imobilização das viaturas sinistradas no eixo da via.Nos acidentes ocorridos em auto-estradas ou via equiparadas. dirigindo para o local do acidente os faróis dianteiros. e sinais luminosos ligados. aquecimento e iluminação da célula sanitária.Deixe o motor da ambulância sempre em funcionamento. Se não o fizer. quando estiver próximo ao local indicado _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 99 Rúben Viana . a viatura deve manter os médios. pela utilização de todas as luzes sinalizadoras de emergência. Caso exista a necessidade prioritária da colocação da ambulância em modo de barreira de protecção para que a equipa de emergência tenha garantias de protecção no auxílio às vítimas sinistradas. possa ser reposta toda a energia eléctrica retirada à bateria. a indicação para direccionar os faróis dianteiros para o local do sinistro. em certos modelos de ambulâncias.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.Tenha sempre em consideração de que pode fazer-se valer da ambulância.À chegada ao local do sinistro.2 – Regras Importantes de Segurança Assim é importante respeitar as seguintes regras: (1) . (2) . (3) . de ficar forçosamente imobilizado por falta de energia na bateria para iniciar o arranque ao motor. para fazer protecção à equipa no local onde se encontram a prestar auxilio às vítimas. deixa de fazer sentido. Essa diminuição da velocidade. para que desse modo diminua a probabilidade de ser abalroado por um condutor que venha mais distraído a conduzir. lombas e túneis.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 pelo CODU do referido sinistro e mal tenham contacto visual do acidente à sua frente. Em caso de se tratar de uma via secundária de pequenas dimensões. (6) . Foto 26 – Ilustração da não criação da distância mínima de 15 metros e do mau posicionamento da ambulância. isto porque. No caso de ser a primeira equipa de socorro a chegar ao local do acidente. (5) . atrás de si. de forma a alertar os restantes utentes da via que circulam atrás da sua viatura. se considerar. poderá adoptar-se a distância mínima de 5 metros entre a sua viatura e o veículo sinistrado. deste modo cria-se espaço suficiente em redor da viatura acidentada para que as equipas de socorro possam trabalhar e se for o caso. utilize o triângulo da sua viatura de emergência.A viatura de emergência deve imobilizar-se de forma bem visível e a uma distância que permita aos demais utentes da via tomar as precauções necessárias para evitar acidentes. que procederam a uma súbita redução da velocidade provocada por um obstáculo imprevisto. (7) . 100 metros em vias de alta velocidade ou antes das curvas. deve de imediato. que irá aumentar a segurança no local. e não existir pessoas encarceradas. são curvas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 100 Rúben Viana . à sua frente.É da competência das forças de segurança e bombeiros.A distância mínima a que a ambulância deve se encontrar relativamente à viatura sinistrada é de 15 metros. a colocação de triângulos de sinalização a pelo menos 50 metros do local da ocorrência. fazendo uso dos espelhos retrovisores para o efeito. monitorizando constantemente o tráfego que circula atrás de si. proceder também a um desencarceramento mais seguro das vítimas. fazer uso das luzes avisadoras de perigo accionando deste modo os 4 piscas intermitentes. Os locais considerados de fraca visibilidade. deverá ser efectuada. Esteja sempre alerta para essa possível falha. que possui bastante material reflector. risco de incêndio. delegue a sinalização e segurança aos agentes da autoridade. Compete às forças de segurança orientar o trânsito para que a saída das ambulâncias não seja comprometida. pedindo apoio urgente à autoridade policial no local ou no caso de ausência desta. O uso da farda reflectora é altamente aconselhável. a não ser que. a equipa nunca deverá efectuar o acesso em contra-mão ou paragem junto do separador central em sentido contrário. no sentido de pedir apoio urgente dos bombeiros. se constatar que existe combustível espalhado em quantidade considerável. utilize a própria ambulância SBV ou SIV. produtos perigosos ou linhas eléctricas energizadas. sendo que à noite é imprescindível que façam uso da mesma. relativamente ao local considerado.Nos acidentes em auto-estrada cujo o acesso no mesmo sentido seja muito demorado ou esteja bloqueado. sem descorar nunca da auto-protecção. no local. para o efeito. deve proceder de imediato à interrupção do trânsito. muitas das vezes. (9) .Os reflectores existentes na farda apoiam e muito a sinalização à noite e contribuem para o aumento da segurança das equipas de socorro na rua.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 (8) . (13) . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 101 Rúben Viana . (11) . Comunique de imediato o CODU. na zona em volta da vítima ou viaturas sinistradas. a forças de segurança nos dê garantias de que a circulação rodoviária tenha sido interrompida também no sentido contrário ao sinistro.Em caso de perigo iminente de atropelamento. os agentes da autoridade tendem a ficar mais preocupados com os aspectos burocráticos que têm que resolver. (12) .Logo que chegue uma viatura da PSP ou GNR ao local. a parker impermeável. sendo um exemplo disso. do que a segurança do local. (10) . Se necessário sensibilize o agente regulador do trânsito para essa necessidade. por circulação indevida de viaturas. dos agentes reguladores do trânsito. afaste a ambulância no mínimo para uma distância de 40 metros.A evacuação rápida de vítimas exige “corredores” de trânsito abertos. isto porque.Na avaliação das condições de segurança ao local. Neste tipo de situações nunca avance. Perante isso. Caso isso não seja possível. certificar-se que a viatura encontra-se devidamente travada sendo que também devem direccionar o sentido das rodas para o lado menos provável de puder vir atropelar vidas humanas em caso de falha mecânica dos travões. e desmoronamentos é importante comunicar de imediato ao CODU o sucedido para que desta maneira accionem o apoio dos bombeiros. (15) . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 102 Rúben Viana .Qualquer “rendez-vous” deverá ser realizado se possível. presente no teatro das operações. se tiverem a necessidade de imobilizar a ambulância num terreno com declive devem. as equipas de emergência devem combinar encontrar-se. Foto 27 e 28 – Ilustração da direcção das rodas em terrenos com declive (16) . Nunca esquecer de accionar as luzes de sinalização de pré-perigo (quatro piscas). sem antes chegar os bombeiros e sem ter autorização expressa do comandante das operações de socorro. as viaturas de emergência devem parar o mais junto da berma possível.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 (14) . no caso da via rodoviária onde transitam se tratar de uma auto-estrada ou via equiparada. fogo. parques de descanso. para estas não interfiram com a normal circulação de viaturas nessa via rodoviária. num local seguro e afastado do trânsito. que num caso real será sempre o elemento mais graduado dos bombeiros.No local da ocorrência. nas áreas das estações de serviço. ou nós de ligação.Sempre que verifique perigo provocado por substâncias tóxicas. enquanto prestam o auxílio às vítimas. para assegurar a sinalização e segurança da tripulação e viatura. requisite apoio de se for necessário.4 – Casos práticos de possíveis cenários no local de ocorrência Neste item será abordado 8 casos práticos de possíveis cenários que o TAE pode encontrar quando chega ao local do acidente de viação ou atropelamento. atenção ao trânsito. fique de frente para o fluxo de trânsito.13. → Nunca fique entre a ambulância e a faixa de rodagem. siga as regras de segurança. use EPI´s. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 103 Rúben Viana . saia lentamente e cuidadosamente. no local.13. 2.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 29 a 32 – Perigos provocados por desmoronamentos 2. → Fique sempre com a sua atenção voltada para o tráfego ● Proteja as vítimas e sua equipe: Sinalize. ● Sinalize: o evento. quando não for possível. → Desloque-se somente em fila indiana. isole. controle o evento. fique atento. respeite as regras de segurança. → Desça sempre da viatura pelo lado sem tráfego. Abaixo de cada uma das figuras será feito um comentário para justificar a razão do posicionamento assumido à ambulância. pretende-se que o TAE interiorize os procedimentos básicos a ter em conta.3 – Considerações Finais ● Auto-protecção: → Seja visto. afastado e protegido. Sempre que possível estacione fora da estrada. Com estes casos práticos. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASOS PRÁTICOS DE POSSIVEIS CENÁRIOS DE LOCAIS DA OCORRÊNCIA (Solidificação de Conhecimentos) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 104 Rúben Viana . Quando a equipa INEM chega ao local deve de imediato tomar providências de forma a criar protecção a eles próprios e às vítimas sinistradas.Ilustração do teatro de operações com todos os meios de emergência envolvidos no socorro.1) Imagem 26 .A ambulância chega pelo lado direito (ex. de viaturas que circulam no sentido onde ela se encontra imobilizada. Imagem 25 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº1: Colisão frontal de dois veículos numa EN em que as viaturas ficam imobilizadas quase a meio da via. No exemplo nº1 e nº2 pode reparar que a ambulância foi imobilizada do lado da faixa onde as viaturas se encontram mais expostas. OBSERVAÇÃO: No caso prático nº1 ilustra-se o típico choque frontal em que as viaturas envolvidas acabam por ficar imobilizadas quase a meio da faixa de rodagem. Depois a ambulância foi colocada atravessada na faixa de rodagem de forma a criar uma “parede” de protecção para prevenir o possível atropelamento da equipa de emergência.A ambulância chega pelo lado esquerdo (ex. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 105 Rúben Viana .2) Imagem 27 . os condutores dos carros que circulam no sentido (esquerda para a direita). Se porventura a largura da estrada permitir que essa manobra se faça sem descurar do que foi dito. De frisar que enquanto houver necessidade de ir buscar material à célula sanitária da ambulância. Além do mais. correspondente ao comprimento da viatura (VW Crafter). o seu acesso deve ser feito sempre que possível pela porta lateral. nesse caso não existe problema. como aliás já foi descrito no início deste capítulo. solicite o corte ou desvio do tráfego da zona do sinistro. Tirem partido dessa característica da viatura. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 106 Rúben Viana . se concluir que aumenta a sua segurança e a das restantes pessoas. ao retirar a maca pela traseira da viatura o TAE ficaria mais exposto aos carros que circulam nesse sentido. mas é uma ideia errada para este caso. ganham na melhor das situações uma faixa de protecção com cerca de 6mt de comprimento. isto porque. para um melhor alinhamento dessa “parede” de protecção com as viaturas sinistradas. Se a viatura de desencarceramento ou alguma ambulância do corpo de bombeiros local for accionado para o sinistro. Não se esqueça que todo este cenário pode acontecer na pior das situações à noite e com fraca visibilidade. no local. podem concluir que tem espaço suficiente para continuarem a sua marcha junto à berma criando inadvertidamente uma circulação de carros nessa zona. De realçar que a ambulância além da vantagem em ter a cor amarela. o que aumenta o risco de mais um acidente no local. para que o risco de exposição ao perigo seja baixo. Pode estar a pensar que a ambulância poderia estar mais centrada a meio da faixa de rodagem. encontra-se muito bem caracterizada possuindo bandas reflectoras que ajuda e muito a sua sinalização principalmente à noite pelos restantes automobilistas. para auxiliar no socorro. promova sempre que possível uma comunicação assertiva de articulação de esforços com a equipa dos bombeiros. ou outro agente de socorro. aumentando deste modo o risco de um atropelamento. deve falar com o elemento mais graduado no local e transferir a função de COS para este. sendo que no caso dos bombeiros.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Colocando a viatura atravessada na via. Aquando a chegada dos agentes da autoridade. para que se processar o socorro à vitima. Caso contrario apenas tem 2mt de protecção correspondente à largura da ambulância. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 107 Rúben Viana .Chegada da ambulância e imobilização em modo de sinalização e protecção estrada (Exemplo nº2) em auto- Foto 33 – Ilustração da má imobilização assumida pela viatura de socorro no local do sinistro.Chegada da ambulância e imobilização em modo de sinalização e protecção em auto-estrada (Exemplo nº1) Imagem 29 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº2: Colisão entre dois veículos numa auto-estrada ou via equiparada Imagem 28 . Imagem 30 – Ilustração da disposição dos meios de socorro presentes no teatro de operações em sinistros deste tipo. 5. e ao mesmo tempo estarem a circular a cerca de 2 metros de nós.2.3.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 OBSERVAÇÕES: Neste caso prático gostava de realçar que a prestação de socorro nestas situações. estar a socorrer alguma vitima. Por esta ordem de ideias deve utilizar também a porta lateral da ambulância para se fazer aceder à célula sanitária.100. Quando tiverem a necessidade de retirar a maca devem fazê-lo com o máximo de atenção ao trânsito. No meu entender este é o caso prático com maior nível de risco na prestação de socorro nas vias de circulação automóvel. ligar de imediato para o CODU.9 e 11 descritos na página 99. Deve fazer respeitar os procedimentos de segurança nº1. após imobilizar a viatura de emergência. por vezes viaturas a +100Km/h.101 e 102. porque não deve ser deveras confortante. o TAE que vêm a conduzir. se for a primeira equipa no local. Aquando a chegada junto do sinistro. tem um risco bastante acrescido. No exemplo nº1 e nº2. para solicitar com a máxima urgência a autoridade e a equipa de auxílio da concessionária da (auto-estrada ou SCUT) para o local.4. em prol das portas traseiras mais expostas ao risco de abalroamento. mas sim pela porta contrária. que se encontra mais protegida ao risco de atropelamento. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 108 Rúben Viana . nunca em modo algum deverá sair do veículo pela porta do seu lado. sendo que deveremos ter sempre em consideração. que para socorrer em condições de segurança deveremos possuir em qualquer das situações uma zona de segurança. De uns exemplos para os outros. depois EU e só depois EU…! Não corra riscos desnecessários. Em qualquer das situações ilustradas deve procurar mentalizar-se que acima de tudo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº3: Colisão frontal de dois veículos num IP ou EN em que as viaturas ficam imobilizadas na berma.Ilustração da disposição dos meios de socorro presentes no teatro de operações no sinistro OBSERVAÇÕES: Neste tipo de acidentes as viaturas envolvidas são projectadas para fora da via. tirem as devidas ilações. Não coloque a sua vida e a dos seus colegas em RISCO. Figura 33 . primeiro deverá a sua segurança. são em todas as situações muito idênticos. Por isso como nos casos anteriores. Imagem 31 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância (A ambulância chegou pelo lado esquerdo – exemplo nº1) Imagem 32 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância (A ambulância chegou pelo lado direito – exemplo nº2) Foto 34 – Ilustração real do tipo de acidente abordado neste caso. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 109 Rúben Viana . o TAE deverá posicionar a ambulância procurando obter uma zona de segurança para socorrer as vítimas. Os procedimentos básicos de segurança a ter em conta. sem estar a correr riscos desnecessários. Nunca se esqueça do slogan: “Primeiro EU. logo de imediato idealizar qual será a melhor posição a dispor à ambulância de forma a proteger a vossa actuação de socorro. O exemplo nº1 será dos dois.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº4: Colisão frontal/lateral entre dois veículos numa EN ou EM em que as viaturas imobilizam-se numa das faixas de rodagem. pois protege-o do acesso à célula sanitária pela porta lateral e traseira da ambulância relativamente ao carros que circulam na faixa de rodagem onde a ambulância se encontra posicionada. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 110 Rúben Viana . onde a ambulância ficará melhor imobilizada. Imagem 34 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado esquerdo da imagem – exemplo nº2) Imagem 35 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado direito da imagem – exemplo nº2) OBSERVAÇÕES: Aquando a chegado ao local procure. a não ser que seja inviável por algum motivo. Se possível mais tarde aborde um outro mirone e peça para este verificar se existe algum triângulo à entrada da curva. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 111 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº5: Colisão frontal entre um veículo ligeiro e uma moto numa EN ou EM. Imagem 36 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado cima da imagem – exemplonº1) Imagem 37 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância que chegou ao sinistro pelo lado esquerdo da imagem – exemplonº2) OBSERVAÇÕES: Neste caso prático ilustra-se a típica colisão entre uma viatura e uma mota. a melhor posição para colocar a ambulância será a descrita pela imagem 37. Se a viatura de socorro chegar pelo lado esquerdo da figura. Se delegar essa função a um “mirone” que lhe inspire confiança. sendo que o motociclista à chegada da equipa de socorro se encontra prostrado no chão da via. Ter em atenção de nunca imobilizar a ambulância no interior de uma curva sem visibilidade. Para minimizar a situação. informe-o das graves consequência da sua não colocação. coloque ou mande colocar um triângulo de sinalização à entrada da curva. Nunca esqueça que está contra indicado ocorrer circulação de trânsito nas laterais mais próximas relativamente à direcção do acidente. ajudando numa melhor prestação de cuidados de saúde às vítimas acidentadas. De realçar que em qualquer das situações já descritas até ao momento. a ambulância poderá ficar posicionada de forma a proteger o motociclista que se encontra no chão. deve solicitar ao CODU a autoridade policial ao local.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Se não existir a necessidade de desencarcerar nenhuma das vítimas. a ambulância poderá ficar a 5 metros distanciada das viaturas sinistradas caso contrário aumente essa distância para 15 metros. Se bloquear o fluxo de viaturas como está indicado na ilustração de cima. poderá utilizar as luzes laterais da ambulância para melhorar a iluminação no local onde ele se encontra deitado no chão. a ambulância deverá ser posicionada de forma a não permitir a circulação na faixa do acidente e na faixa junto ao passeio. fica com uma maior zona segurança para poder prestar o socorro como deve ser. Se for de noite. sem ter que se preocupar constantemente com o trânsito que fluí mesmo ao seu lado. Imagem 38 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância no local do acidente OBSERVAÇÕES: Numa situação idêntica à ilustrada na imagem de cima. Se a ambulância porventura chegar ao sinistro pela estrada de cima como ilustra a imagem 36. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 112 Rúben Viana . CASO PRÁTICO nº6: Colisão entre dois veículos ligeiros numa via com 4 faixas de rodagem no mesmo sentido. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 113 Rúben Viana . O procedimento de retirar a maca também não está posto em causa pela falta de segurança no local.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº7: Atropelamento de um peão na passadeira Imagem 39 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância no local do acidente Foto 35 – Actuação das equipas do INEM. Da forma como está disposta a ambulância o TAE está completamente protegido do fluxo de trânsito que circula na faixa de rodagem onde se encontra a vitima. a uma vitima de atropelamento OBSERVAÇÕES: Numa situação deste tipo deveremos ter sempre uma preocupação com a nossa segurança e a da vítima. Respeita as normas básicas de segurança na via pública. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 114 Rúben Viana . Trata-se portanto de um accionamento para uma morada de um domicílio qualquer em que a viatura de socorro num dos dois casos retratados tem lugar para estacionar e no outro não. são chamados.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CASO PRÁTICO nº8: Accionamento para uma ocorrência num domicilio Imagem 40 – Ilustração da correcta posição de imobilização da ambulância quando arranja espaço para estacionar a viatura (exemplo nº1) Imagem 41 – Ilustração da posição de imobilização mais indicada para ambulância quando não tem espaço para estacionar (exemplo nº2) OBSERVAÇÕES: O caso prático descrito em cima. deverá retratar a maior parte das ocorrência para a qual os profissionais do INEM. Desta forma deve adoptar a posição 1 em prol da posição 3. devido a uma maior risco de exposição ao perigo. Ilustração do exemplo nº2: Quanto ao exemplo nº2 que ilustra a situação de a equipa não conseguir arranjar estacionamento para a viatura e ter que optar por estacionar em 2º fila. A vítima deverá percorrer a menor distância possível até chegar à ambulância. Se proporcionar estacionar como na posição 2. para faze-la chegar à ambulância. na maca ou mesmo a pé. Não deve esquecer também de manter as luzes de emergência ligadas. de forma que o colega ao sair da ambulância não fique tão exposto ao fluxo de trânsito que circula de frente. deverá efectuar um estacionamento considerado normal. porque neste caso terá de atravessar a rua para ter acesso à habitação por várias vezes. sendo que depois deve colocar a ambulância na via contrária ao sentido do fluxo do trânsito e estaciona a ambulância em 2º fila. o TAE que conduz a viatura deverá ter cuidados especiais nas diferentes posições de imobilização. e comentando a ilustração do exemplo nº1. Na imobilização da ambulância na posição 1 o TAE chega à morada da habitação pelo lado esquerdo da imagem ilustrativa. Não se esqueça que quando carregado com o equipamento de socorro poderá ficar diminuída a sua destreza e facilidade de locomoção para atravessar a rua. Acciona as 4 piscas intermitentes. Quando pretender sair da viatura deverá faze-lo pela porta do seu colega. Se estacionar como na posição 1. Os dois elementos devem entrar pela porta _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 115 Rúben Viana . Além do mais não será de bom senso expor a vítima de tal forma que esta ainda tenha que esperar que o trânsito seja interrompido para que se consiga atravessar a rua com esta em cima da cadeira. o técnico deverá procurar estacionar a ambulância no mesmo lado em que se encontra a habitação. Não se esqueça que a viatura (VW Crafter) é mais larga que a maioria das viaturas estacionadas. A ambulância deverá ficar bem encostada aos carros se encontram estacionados junto ao passeio de forma a que quando os dois elementos saiam da ambulância pela porta do lado direito não pisem a via do sentido contrario. tendo apenas o cuidado de deixar espaço suficiente na retaguarda de forma a se for o caso consiga retirar a maca da ambulância sem dificuldade. a viatura quando chega ao domicilio. porque a sua encontra-se demasiado exposta ao trânsito. A posição 3 encontra-se contra indicada.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Ilustração do exemplo nº1: Perante isto. deve procurar subir o passeio para que a viatura fique mais resguardada possível. incluindo os máximos intermitentes accionados (para as ambulâncias que possuem). vai se supor que a ambulância neste caso chegou à morada da habitação pelo lado direito da imagem ilustrativa. a não ser numa situação pontual e ou de excepção. Quando for necessário colocar a maca no exterior o TAE deverá ter um cuidado redobrado quando à dinâmica do fluxo do trânsito da via onde a ambulância se encontra parada. Quanto à posição 2. A posição 3. A saída deverá ser por essa mesma porta. mesmo em frente à habitação da vítima. Neste caso o condutor da ambulância deverá sair pela porta do lado direito e usar a porta lateral para aceder à célula sanitária para buscar o material de socorro. como no caso anterior não deve ser adoptada em nenhuma das situações. Deve ser accionado os quatro piscas. para assim diminuir o risco de exposição ao fluxo de trânsito. sendo que o espelho lateral da ambulância deverá ficar em linha com a marcação da estrada (se esta existir no chão). e a ambulância deve ficar disposta o mais junto da linha de separação do sentido do fluxo da via. esta ficou imobilizada em 2º fila. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 116 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 lateral para buscar o material de socorro e devem sair pela porta de trás. sendo que como não foi encontrado lugar para estacionar. caso contrário faça uma estimativa visual. para ilustrar a dinâmica desta imobilização. campos de futebol. terrenos baldios.5 . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 117 Rúben Viana . para que este meio consiga chegar o mais rápido e mais perto ao local do sinistro. paradas militares. Foto 36 a 42 – Heli-transporte Primário a partir de locais não preparados SEGURANÇA É importante que o TAE tenha conhecimento de quais são as condições mínimas de segurança. deverá apresentar. edifícios. LOCAL DE ATERRAGEM Neste capítulo será apenas abordado os locais de aterragem não preparados tais como: estradas. rios e linhas-férreas. que um local de aterragem improvisada para um helicóptero. cruzamentos.Evacuação via Helicóptero A evacuação via helicóptero de vítimas sinistradas necessita da disponibilização de uma área própria para aterragem em segurança.13.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. auto-estradas. deverá ser o mais plano possível (inclinação <10º). é de pelo menos 30 metros.Nunca abordar o helicóptero sem autorização do piloto comandante. não deverá constituir ela mesmo um obstáculo. gruas. na sua maioria fatais. A distância de segurança a que os elementos não autorizados a abordar o helicóptero devem permanecer. antenas. por causa das antenas de comunicação da ambulância e deve aproximar-se sempre pela frente do heli. Foto 43 – Transporte secundário a efectuar pelo helicóptero 8 . quando a partir do chão. suficientemente consistente para aguentar o peso do helicóptero. árvores altas. 3 .A ambulância deve ficar fora da área do rotor. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 118 Rúben Viana .O piso de aterragem. 5 . de acordo com o manual de voo do helicóptero utilizado.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 O uso de helicópteros levanta questões muito sérias de segurança que deverão sempre ser cumpridas sob pena de se darem desagradáveis acidentes.O local deve estar bem iluminado (a partir do chão e/ou do helicóptero) de modo a permitir a sua identificação bem como de quaisquer obstruções. limpos e sem obstáculos na vizinhança (fios eléctricos. candeeiros. é exposto algumas regras fundamentais de segurança: 1 . Assim sendo. e deve bloquear a estrada nos dois sentidos. A iluminação. 2 – A zona deve ter um diâmetro > 30 metros. e sem objectos soltos que o possam danificar ou inviabilizar a própria operação. aproximar sempre pela frente 7 . rum raio de 50 metros do helicóptero 4 .Não fumar nem permitir que o façam. construções. lixo).Não olhar para o helicóptero (com o motor em funcionamento) sem protecção ocular.Nunca abordar o helicóptero pela retaguarda. 6 . sendo D a maior dimensão do helicóptero quando os rotores estão em funcionamento.Dar referências para a identificação do local e garantir com as forças Policiais/Bombeiros o isolamento do local. Imagem 42 – Ilustração da zona de aterragem 10 . 12 . os locais não preparados para a aterragem/descolagem visual em operações de busca e salvamento devem cumprir com os seguintes requisitos mínimos: a área de aterragem deve possuir as dimensões mínimas iguais a.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 9 .Quando possível. pelo menos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 119 Rúben Viana . Nunca deixar objectos soltos nas proximidades do heli.A abordagem do TAE ao helicóptero será sempre pela região fronto-lateral e com o corpo curvado para baixo. agarrar objectos soltos. (2DX2D). A vítima e respectiva maca embarca/desembarca sempre pelo lado direito. 13 .Nas aterragens nocturnas a ambulância que espera o doente deve colocar-se fora do local e ligar as luzes rotativas até o heli se encontrar na fase final da aterragem para uma melhor identificação dos locais não preparados para voos nocturnos. Apertar casacos. 11 .Não andar com objectos soltos próximo do helicóptero quando este está em funcionamento. Médico. Enfermeiro Cap. Evacuação: 2 vítimas Lotação: Piloto. Enfermeiro Cap.04 mt Ø 39 m Área mínima de aterragem: Ø 30 m Local das Bases: Hospital Pedro Hispano (Porto) Salemas (Loures) Local das Bases: Macedo de Cavaleiros (Norte) Santa Comba Dão (Centro) Loulé (Sul) Lotação: Piloto.13 mt Área mínima de aterragem: 3 Helicópteros Biturbina AgustaWestland AW109 (D)= 13. Co-piloto. Médico. Evacuação: 1 vítima LOCALIZAÇÃO DOS HELICÓPTEROS INEM: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 120 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Sendo assim o INEM dispõe de 5 aeronaves: 2 Helicópteros Biturbina Bell 412EP (D) = 17. Co-piloto. 13.1 .14 x r ² raio =19.13 = 1174 m ² Área (Ø) = Pi x r ² 1174 = 3.Para o Helicóptero BELL 412EP.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Identificação da cota (D) .33 m → D = ± 39 metros _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 121 Rúben Viana .Exemplo Imagem 43 – Ilustração do valor de (D) no helicóptero Bell 412EP 2.5.Cálculo da área de aterragem em segurança Ø Área de aterragem Foto 44 – Ilustração da área mínima de segurança para aterrar um helicóptero Exemplo: . a área é: 2D*2D= 2*17.13*2*17. 13.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.5.2 – Áreas de perigo e procedimento de aproximação _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 122 Rúben Viana . corrosibilidade ou radioactividade. para que possam agir em conformidade com os perigos surgidos no momento. Os produtos perigosos transportados essencialmente pela via ferroviária e rodoviária. Em muitas das ocorrências a que são chamados a intervir. irá ser abordado a temática da identificação das matérias perigosas de modo a elucidar o TAE. "produto perigoso". eco toxicidade. por meio de derrame. tais como. Foto 45 e 46 – Várias tipologias de armazenamento das matérias perigosas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 123 Rúben Viana . Deste modo é importante que o TAE tenha uma noção geral dos riscos que envolvem os produtos perigosos. ferroviários ou de trabalho. podem ser do tipo radioactivo. químico ou biológico. são normalmente os primeiros a chegar ao local. Apesar do nome. acidentes rodoviários. Sendo assim. os meios INEM.14 – IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIAS PERIGOSAS As matérias perigosas são produtos que devido à sua inflamabilidade. eles são amplamente usados para facilitar a vida moderna com usos tão antagónicos quanto a medicina e a construção de armas nucleares. para os seus reais perigos e riscos de acidente. bem material e Ambiente. incêndio ou explosão podem provocar situações com efeitos negativos para o Homem. Devem ter consciência que existe também o risco de puderem vir a conduzir o resíduo químico proveniente de uma determinada fuga ou derrame para o interior da ambulância e hospital.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. emissão. neste capítulo. aumentando assim o número potencial de vítimas. sedeados próximos às zonas do incidente. Neste sentido poderão adoptar uma actuação preventiva de forma a garantirem a sua segurança e das vítimas que estão a socorrer no local no sinistro. 1. contempladas nos seguintes diplomas: ADR – Acordo Europeu relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por Estrada (*). através da adopção de regras de segurança bastante rigorosas.14. está sujeito a legislação adequada visando a protecção de pessoas e do ambiente.pt/sites/IMTT/Portugues/TransportesRodoviarios/TransporteMercadoriasPerigosas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 124 Rúben Viana . IATA – International Air Transport Association (Associação Internacional de Transporte Aéreo).Regulamentos O transporte de matérias perigosas por via terrestre. Cada produto recebe também uma codificação em 4 números facilmente visualizados em placas laranjas que contém também a classe e subclasse. RID – Regulamento relativo ao Transporte Internacional Ferroviário de Mercadorias Perigosas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. ainda devem ser consideradas as normas emanadas pelas seguintes organizações internacionais: OMI – Organização Marítima Internacional. Os sistemas de classificação dos produtos perigosos são estabelecidos pelas organizações e regulamentos supracitados e são divididos em classes e subclasses. Imagem 44 – Exemplo do painel laranja identificando o material e os perigos associados (*) – O documento pode ser consultado através do site: www. fluvial ou aérea. Para além disso. marítimo.imtt. RPE – Regulamento Nacional do Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada. → Dar a conhecer a natureza do perigo e ser facilmente reconhecível face aos símbolos. Três meias luas sobre um circulo: substâncias infecciosas. cor e forma. Este sistema de etiquetagem baseia-se na classificação das mercadorias perigosas e têm a finalidade de: → Serem facilmente reconhecidas à distância pelo símbolo. Sete franjas verticais: substancias perigosas diversas.Etiquetas de perigo As etiquetas de perigo indicativas dos riscos estão destinadas principalmente a ser colocadas sobre as mercadorias ou sobre as embalagens ou recipientes que as contenham (**). A caveira e as tíbias cruzadas: perigo de envenenamento.14. Uma cruz sobre uma espiga de trigo: substância nociva que deve colocar-se a distância dos alimentos. de 11 Dezembro _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 125 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. Os líquidos gotejando dos tubos de ensaio sobre uma mão e uma placa de metal: perigo de corrosão. A chama: perigo de incêndio. Uma garrafa: gases comprimidos não inflamáveis.2 . Outros símbolos complementares utilizados são: Uma chama sobre um circulo: comburentes/oxidantes.Conforme portaria 732-A/96. Os símbolos principais são: A bomba: perigo de explosão. O trifólio esquematizado: perigo de radioactividade. (**) . Quadro 5 – Classes de matérias perigosas CLASSE 1 – Matérias e objectos explosivos São substâncias que tem capacidade para. São normalmente muito sensíveis a choques. fricções e elevações de temperatura. como está indicado no quadro 5. quando transportados. Imagem 45 – Painel laranja indicativo de perigo de explosão _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 126 Rúben Viana . são identificados pelo painel indicado na imagem 45.3 – Sistema de classificação de riscos (por Classes) Com base no Regulamento Nacional do Transporte de Matérias Perigosas por Estrada (RPE) e de acordo com os perigos relativos a cada uma. Os explosivos. com a aproximação e contacto com uma fonte de energia externa. provocar uma libertação rápida e violenta de gases e calor (explosão).14. são as mesmas agrupadas em classes.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. 2 Subclasse 2.1 Subclasse 1.2 Subclasse 1. O oxigénio. envolvendo substâncias explosivas CLASSE 2 – Gases O termo gás significa o estado físico de uma substância que. Os gases designados por «gases criogénicos». Os gases são divididos nas seguintes subclasses de perigo: Subclasse 2. o azoto. mas que toma a forma e ocupa a totalidade do volume do contentor ou espaço que o contem. não tem forma nem volume. podem causar queimaduras graves no caso de fugas ou derrames que atinjam o corpo humano.3 Gases inflamáveis Gases comprimidos não tóxicos e não inflamáveis Gases tóxicos por inalação _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 127 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 As matérias explosivas (não confundir com misturas explosivas). da ordem de -120 °C a -130 °C.5 Subclasse 1. pelo facto de serem liquefeitos a temperaturas muito negativas.1 Subclasse 2.4 Subclasse 1. que constituem a classe 1 de perigo.3 Subclasse 1. o árgon e o anidrido carbónico são exemplos de gases que podem ser liquefeitos a essas temperaturas. em condições normais de pressão e de temperatura (p atm de 1 atmosfera e 25 °C). são divididas nas seguintes subclasses de perigo: Subclasse 1.6 - Substâncias e artefactos com risco de explosão em massa Substâncias e artefactos com risco de projecção Substâncias e artefactos com risco predominante de fogo Substâncias e artefactos que não apresentam risco significante Substâncias pouco sensíveis Substâncias extremamente insensíveis Imagem 46 – Exemplo de etiquetas de perigo. As matérias líquidas inflamáveis. formando misturas inflamáveis dentro dos limites de inflamabilidade/explosividade. etc. fibras têxteis. poeiras de várias origens. pesticidas. líquidos inflamáveis CLASSE 4 – Matérias sólidas inflamáveis. emitem gases inflamáveis. plásticos.2 Líquidos inflamáveis (ignição abaixo de 40°) Líquidos combustíveis (ignição entre 40° e 80°) Imagem 48 – Exemplo de etiqueta de perigo envolvendo. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 128 Rúben Viana . carvão.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Imagem 47 – Exemplo de etiquetas de perigo. borrachas. Substâncias que. envolvendo gases CLASSE 3 – Matérias líquidas inflamáveis Esta classe abrange os combustíveis líquidos em que o que arde são os vapores resultantes da sua evaporação em contacto com o ar.1 Subclasse 3. Existem várias matérias sólidas com características inflamáveis ou combustíveis. são divididas nas seguintes subclasses de perigo: Subclasse 3. nomeadamente madeira e seus derivados. em contacto com a água. Substâncias passíveis de combustão espontânea. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 129 Rúben Viana . São exemplos destas substâncias os peróxidos e os nitratos.2 Subclasse 4. facilitando assim a ignição dos combustíveis e a intensificação da reacção de combustão. emitem gases inflamáveis Imagem 49 – Exemplo de etiquetas de perigo. em contacto com a água.3 - Sólidos inflamáveis Substâncias Passíveis de Combustão Espontânea Substâncias que. é dividida nas seguintes subclasses de perigo: Subclasse 4. dos quais se destacam os utilizados como fertilizantes na agricultura.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 47 – Fusão de Termoplásticos A classe 4. envolvendo sólidos inflamáveis CLASSE 5 – Matérias comburentes As matérias comburentes. também designadas por substâncias oxidantes. têm como elemento constituinte das suas moléculas o oxigénio.1 Subclasse 4. envolvendo oxidantes e peróxidos orgânicos CLASSE 6 – Matérias Tóxicas Estas substâncias podem aparecer em suspensão na atmosfera. fibras. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 130 Rúben Viana . As águas provenientes da extinção podem conter uma concentração elevada de substâncias tóxicas. dos olhos e pelas vias respiratórias. devido a ocorrência de um derrame. tornando-se um risco grave para a vida e saúde das pessoas e para o ambiente. no estado líquido (aerossóis e neblinas) e no estado gasoso (gases e vapores. ou até como produtos de combustão provenientes de um incêndio).1 Subclasse 5.2 - Substâncias Oxidantes Peróxidos Orgânicos Imagem 50 – Exemplo de etiquetas de perigo. no estado sólido (poeiras.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 48 e 49 – Exemplo de embalagens com fertilizantes As matérias comburentes são divididas nas seguintes subclasses de perigo: Subclasse 5. fumo). Penetram no organismo com maior facilidade através da pele. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 50 – Exemplo de embalagens com pesticidas. envolvendo substâncias tóxicas e infectantes CLASSE 7 – Matérias Radioactivas As matérias radioactivas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 131 Rúben Viana . Não existem no nosso pais centrais nucleares. constatando-se apenas a presença de matérias radioactivas em laboratórios e em detectores de incêndio iónicos. neste caso com níveis de radiação muito abaixo das margens de segurança. que incluem os combustíveis nucleares e os isótopos radioactivos. As matérias tóxicas são divididas nas seguintes subclasses de perigo: Subclasse 6. como os de urânio e plutónio. emitem partículas e radiações capazes de produzir danos nas células.1 Subclasse 6.2 - Substâncias Tóxicas Substâncias Infectantes Imagem 51 – Exemplo de etiquetas de perigo. Imagem 52 – Exemplo de etiquetas de perigo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 51 e 52 – Instalações de um reactor nuclear. envolvendo substâncias radioactivas CLASSE 8 – Matérias corrosivas As substâncias corrosivas têm capacidade para causar destruição de tecidos vivos. envolvendo substâncias corrosivas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 132 Rúben Viana . pele e vias respiratórias. Imagem 53 – Exemplo de etiqueta de perigo. Podem também causar danos ou destruir materiais e equipamentos. nomeadamente olhos. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CLASSE 9 – Matérias e objectos perigosos diversos Esta classe abrange as matérias e objectos que representem um perigo distinto dos que são abrangidos pelas outras classes. Imagem 54 – Exemplo de etiquetas de perigo. 250 mm e devem ser representados a vermelho como se indica a seguir: Imagem 55 – Etiqueta indicando matéria transportada quente _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 133 Rúben Viana . no mínimo. envolvendo substâncias perigosas diversas ● Etiqueta de perigo para as matérias transportadas a quente A etiqueta para as matérias transportadas a quente tem a forma triangular cujos lados medem. 30m de acordo com a imagem 56 abaixo indicada.14. Em cada embalagem ou recipiente deve figurar a designação oficial de transporte da mercadoria perigosa e o correspondente Nº ONU. um código numérico que nos indica o risco da mercadoria transportada. O segundo ou terceiro dígitos indicam os perigos secundários – (ver quadro 6). que constitui a identificação da matéria: o nº ONU. Imagem 56 – Placa laranja com Nº de perigo e Nº ONU Na parte superior do painel laranja figura o código de perigo. Esse código é composto por dois ou três dígitos e ás vezes precedido pela letra X. Serve para facilitar a identificação de cada uma das substâncias perigosas. Na parte inferior do painel existe então um número com quatro dígitos que é o “ bilhete de identidade” da matéria química transportada. uma na dianteira do veiculo e outra na retaguarda. Existe 2 (duas) destas placas rectangulares de cor laranja nos veículos. NUNCA figura no painel laranja. segundo o seu lugar.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. segundo ou terceiro lugar). Para cada digito corresponde um significado diferente e. sendo as suas dimensões de 0. A utilização do Nº ONU resolve o problema dos diferentes nomes técnicos que podem ter os produtos em cada idioma e evita de certa forma algumas interpretações menos claras devido ao uso de distintas denominações comerciais para um mesmo produto. tem uma importância distinta. a partir de um código numérico de quatro dígitos. O dígito que está colocado em primeiro lugar indica-nos o risco principal da mercadoria transportada.40x0. (primeiro. com a finalidade de sinalizar as unidades de transporte de mercadorias perigosas. NOTA IMPORTANTE: O primeiro dígito referente ao perigo principal de EXPLOSÃO (1). _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 134 Rúben Viana .4 – Painel Laranja O painel laranja é uma placa rectangular onde figura o número de identificação da matéria (Nº ONU) e o número de identificação do perigo do produto transportado. Esta encontra-se dividida horizontalmente por uma faixa e rebordo negro. resumem-se os códigos de identificação do perigo: Quadro 6 – Código de identificação dos diferentes perigos _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 135 Rúben Viana . B – Com identificação do nº de perigo e nº ONU No quadro seguinte.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Fotos 53 à 56 – Diferentes tipos de painel laranja A – Simples. (Sinónimo) Classe/Subclasse Tipo de Risco Nº Riscos Inicial para a área afectada .(Água Oxigenada) Ácido Nítrico até 70% Ácido Nítrico a + 70% Estireno .2 2.1 2.1 2.(Vinilbenzeno) Amoníaco em solução a + 35% Anidrido Carbónico Líquido Refrigerado Fenol Fundido 2.3 2. resumem-se os códigos de identificação do perigo de alguns dos produtos perigosos que normalmente circulam pelas estradas Portuguesas: Distância Mínima de Segurança e Protecção Nº ONU Nome do Produto Químico .1 8 8 3 2.2 6.1 6.(Cloroetileno) Acetona Acrilonitrila .(Óleo de iluminação) Álcool metílico .1 2.(Ácido SulfúricoFumegante) Tetracloreto de Carbono Gás Butano/Propano Comercial e GPL Hidrogênio Líquido Refrigerado Nitrogênio Líquido Refrigerado .(Aguarrás) Xileno Anilina .Aumente se necessário a distância de segurança na direcção do vento.(Soda Cáustica) Oleum .(Lexívia) Hidróxido de Sódio .(Água Oxigenada) Peróxido de Hidrógenio + 60% .(Metanol) Tolueno Terebentina .(Cianeto de vinila) Benzeno Álcool etílico . Zona de isolamento inicial Direcção do vento Distância de isolamento inicial Zona de acção protectora ½ da distância na direcção do vento Zona de isolamento inicial Distância na direcção do vento Derrame ½ da distância na direcção do vento _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 136 Rúben Viana .1 2.3 2.2 2.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 No quadro seguinte.(em metros) FOGO 1005 1013 1017 1073 1076 1077 1086 1090 1093 1114 1170 1198 1202 1203 1223 1230 1294 1299 1307 1547 1649 1744 1789 1791 1814 1824 1831 1846 1965 1966 1977 2014 2015 2031 2032 2055 2073 2187 2312 Amônia Anidra Dióxido de Carbono Cloro Oxigénio líquido refrigerado Fosgênio .(Cloreto de Carbonila) Propileno Cloreto de vinila .1 Gás tóxico Gás não inflamável Gás tóxico Gás não inflamável Gás tóxico Gás inflamável Gás inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Liquido inflamável Tóxico Tóxico Corrosivo Corrosivo Corrosivo Corrosivo Corrosivo Corrosivo Tóxico Gás inflamável Gás inflamável Gás não inflamável Corrosiva Comburente Corrosivo Corrosivo Liquido inflamável Tóxico Gás não inflamável Tóxico 268 20 268 225 268 23 239 33 336 33 30 38 30 33 30 336 33 30 30 60 66 886 80 80 80 80 X886 60 23 223 22 85 559 80 885 39 268 22 68 1600 800 800 800 1600 1600 1600 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 800 1600 1600 800 800 800 800 1600 800 800 800 PEQUENO DERRAME 30 100 100 100 100 100 100 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 80 50 50 50 50 60 50 100 100 100 50 50 50 50 50 100 100 150 GRANDE DERRAME 150 100 600 500 500 800 800 300 50 (*) 300 300 50 (*) 300 300 300 50 (*) 300 300 300 50 (*) 50 (*) 300 300 50 (*) 50 (*) 50 (*) 300 50 (*) 800 800 100 100 50 (*) 150 150 300 100 (*) 100 150 (*) (*) .3 2.(Formol) Gasóleo/Óleo Diesel Gasolinas Querosene .1 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 6.(Etanol) Formaldeído .(Lexívia forte) Hidróxido de Potássio .3 2.2 8 5.1 8 8 8 8 8 8 6.(Aminobenzeno) Chumbo Tetrametilo Bromo Ácido Clorídrico Hipoclorito de Sódio .(Azoto) Peróxido de Hidrógenio 20-60% . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 O painel laranja e as etiquetas de perigo são colocados em cisternas de transporte de acordo com a ilustração da seguinte imagem: Imagem 57 – Forma de colocação dos painéis laranja e etiquetas em veículos cisterna _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 137 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 138 Rúben Viana .5 . C – Corrosivos. A – Carga geral.Várias tipologias para o transporte de matérias perigosas Imagem 58 – Alguns tipos de contentores/cisternas utilizados no transporte de matérias perigosas. D – Gases.14. B – Líquidos. amarrados com cintas em grupos de 2 ou 4 bidões e tendo entre si placas de esferovite para não roçarem uns nos outros. para que os bidões não tombem. Transporte de Matérias Perigosas em Cisternas O Transporte de Matérias Perigosas em cisternas apenas difere no tipo de veículo utilizado e em algumas características da sinalização. não são só os camiões cisterna que transportam mercadorias perigosas. as matérias perigosas estão normalmente embaladas em bidões de plástico (quando líquidas) e de metal (quando sólidas). especialmente concebidos para o efeito e cujas unidades de tracção (tractores) estão também elas adaptadas. é visível a placa de sinalização cor-de-laranja avisando o transporte de matérias perigosas no veículo. cumprindo todas as normas de segurança para o transporte dessas matérias. Isto facilita o carregamento e descarregamento. no caso do rebentamento de um pneu. em contentores e em camiões frigoríficos. exigindo. Também são transportadas em camiões de carga geral (de lona).Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Transporte de Matérias Perigosas Embaladas Ao contrário do que muita gente pensa. não ocorra faíscas provocadas pelo contacto da jante com o asfalto. um acondicionamento especial. e sistemas eléctricos cuidadosamente isolados sendo que o risco de curtocircuito é muito menor neste tipo de veículos. portanto. pois podem ser colocados em paletes. de modo a evitar a libertação excessiva de calor do motor para a cisterna. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 139 Rúben Viana . protecção térmica do motor. no entanto. provocando fugas. Foto 57 – Camião de carga geral estacionado. sendo. caso de mercadorias cuja inflamabilidade é elevada e que precisam de ser transportados sob temperaturas controladas. Os tractores estão equipados com dispositivos de corte geral de corrente. Neste tipo de transporte são utilizados camiões cisterna (tipo tanque). Normalmente estes camiões possuem jantes de alumínio para. Quando transportadas em camiões frigoríficos ou de carga geral. já que o contentor já se encontra devidamente sinalizado sendo apenas necessário proceder à devida sinalização do tractor. Transporte de Matérias Perigosas em outros veículos Existem também contentores cisternas. Para o efeito a porta traseira da caixa é vedada e o topo tapado com uma lona para evitar a potencial queda de materiais. Na circulação por estrada as medidas de segurança a aplicar são as mesmas dos veículos cisternas normais. é visível a placa de sinalização e a circulação com as luzes acesas. São também. NOTA: Prestando atenção à placa. é o caso de materiais sólidos inorgânicos e potencialmente perigosos para o meio ambiente. que não são mais que tanques cilíndricos envolvidos por uma estrutura metálica em forma de paralelepípedo que permite a estes “tanques” serem carregados. raro devido às matérias envolvidas e o facto de ser transportada a granel. empilhados e transportados como contentores (caso disso as botijas de gás doméstico). por vezes. o que envolve alguns riscos. Foto 59 – Traseira de um camião de transporte de botijas de gás. enquanto que o número 1203 significa "Transporte de Gasolina". transportadas matérias perigosas a granel em camiões basculantes. Este tipo de transporte é. no entanto.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 58 – Veículo cisterna de transporte de refinados de petróleo. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 140 Rúben Viana . podemos notar que o número 33 significa "matéria líquida muito inflamável (ponto de inflamação inferior a 23 °C)". descarregados. 14.6 – Actuação do TAE Sequência do Atendimento Ao ser notificado para uma ocorrência envolvendo a presença de produtos perigosos é importante seguir uma sequência de actuação de forma a evitar atropelos e principalmente garantir a segurança da equipe e das vítimas. Não entre em contacto com o produto para identifica-lo. Procure existência de chamas visíveis ou derrame de produto. O ideal é realizar a identificação com uma distância segura (100 metros). faça com os ventos nas costas. Foto 61 – Despiste de camião cisterna transportando ácido clorídrico Foto 62 – Acidente envolvendo viatura cisterna de transporte de gás propano _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 141 Rúben Viana . Foto 60 – Incêndio na zona industrial de Vila do Conde em que a equipa de socorro pré-hospitalar foi a primeira a chegar ao local (2009) 1 .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.Identificação: Para identificar o produto é necessário aproximar-se do local da ocorrência. se for necessária a aproximação. exemplo disso. autoridades policiais e o posto de comando. cruz vermelha. e na transição entre a zona quente e morna que se monta o corredor para a descontaminação.Isolamento e protecção: Identificado o produto. Imagem 59 – Delimitação da zona de perigo no teatro de operações _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 142 Rúben Viana . os meios INEM.Produto transportado pelo veículo (ver painel laranja). as ambulâncias dos bombeiros. 3 . Deve existir também um isolamento físico para evitar que o público em geral se contamine.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2 – Passagem de dados ao CODU: Em caso de DERRAME OU INCÊNDIO. . com objectividade.Nº de vítimas e estado delas. floresta. mata. a situação. . comunique de imediato ao CODU. morna (ou um) e fria (ou dois). A zona quente é o foco onde está localizado o produto até onde não seja possível mais ser contaminado por este. … etc. definindo a zona quente (ou zero).Zona do sinistro (Zona habitacional ou industrial. . A zona morna é o local de apoio directo ao pessoal operacional. Faça referência ao: . por si deparada. em caso de DERRAME ou INCÊNDIO o primeiro passo é realizar o isolamento do local. Na zona fria ficam todas as viaturas envolvidas na ocorrência. da carga da viatura acidentada. e exponha.Estabilidade física do produto transportado (se existe derrame ou incêndio). Em incêndio de produtos químicos e explosivos: Abandonar de imediato o local. ter atenção para a inclinação da via. 5 e 7 a distância mínima será de 500 a 1000 metros. sendo que para materiais da Classe 1. tente avisar a população nas imediações do evento. Para as restantes Classes de materiais a distância é de 250 metros e aguarde por ajuda. iminente de uma explosão de grandes proporções. em nenhuma circunstância socorra as vítimas envolvidas no acidente.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 A equipa de socorro pré-hospitalar deverá recuar a sua posição até à zona fria ou zona de evacuação. Em caso de derramamento. e se for necessário aumente a sua distância de segurança. pois existe risco. (Ver quadro da página 136) TOMAR EM ATENÇÃO: Em derrames de produto químicos: Se não possui os EPI´s especiais para entrar em contacto com produtos tóxicos. nem coloque a sua vida em perigo. Não corra riscos desnecessários. Aguarde pela chegada das equipas de socorro diferenciadas (bombeiros). Foto 63 e 64 – Acidentes graves envolvendo veículos de transporte de matérias perigosas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 143 Rúben Viana . Sem correr riscos. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 65 Foto 66 Foto 67 Foto 68 Foto 69 Foto 70 Foto 71 Foto 72 Foto 73 Foto 74 Fotos 65 à 74 – Fotos de acidentes de veículos que transportam matérias perigosas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 144 Rúben Viana . 2.Tipos de lesões ocasionadas por produtos perigosos Basicamente os produtos perigosos podem lesionar o organismo humano das seguintes formas: .7 . ● Lesão etiológica ou contaminação por microorganismos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 145 Rúben Viana . ● Lesão mecânica: por ondas de choque.Por inalação do produto.14. Este contacto pode ocasionar os seguintes tipos de lesão: ● Lesão Térmica: pelo calor ou frio. ● Lesão química: alterando estrutura e função celular. ● Asfixia: causando complicações respiratórias. . força de impacto ou explosão. tecidos ou órgãos. onde esteve envolvido uma viatura de transporte de matérias perigosas.Absorção pela pele ou olhos.Pela ingestão e por injecção ou inoculação. ● Lesão radiológica. .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Foto 75 – Foto do teatro de operações de socorro. iniciando um incêndio.blogspot. A explosão foi ouvida em Buzau.8 . quando um ruído ensurdecedor foi ouvido. um caminhão que transportava nitrato de amónio tombou numa valeta lateral da estrada internacional nº 85. às 5 horas da manhã. incluindo o chefe da polícia local e do comandante dos bombeiros. 24 de Maio de 2004. "Cenas de pesadelo.com/2008/10/caminho-com-fertilizante-explode-na. Toma Zahria. um caminhão carregado com 20t de fertilizante (Nitrato de Amônio Fertilizante – NH4NO3) tombou. e enquanto a equipe de bombeiros estava preparando o equipamento de extinção de incêndio.html _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 146 Rúben Viana . De acordo com o ministro do interior. O motorista chamou os bombeiros aproximadamente às 5 h 50 min.Relato de um trágico acidente envolvendo equipas de socorro Caminhão transportando fertilizante explode na Roménia Na madrugada de domingo. logo que a polícia e os bombeiros chegaram ao local em Mihailesti. Dados técnicos do produto: Número ONU: 1942 Principais riscos associados: O seu aquecimento pode causar uma combustão ou explosão violenta. dois jornalistas e outras oito pessoas que vieram para ajudar no resgate ou estavam nos seus veículos parados na estrada. a carga do caminhão explodiu violentamente." disse o motorista. morreram imediatamente. uma chuva de metal veio na minha direcção. A localidade de Mihailesti ficou isolada e os moradores ficaram chocados pelas cenas de pesadelo que viram." disse um policial que interveio depois da explosão. Os moradores disseram que o céu ficou vermelho após a explosão. "Eu tentei chegar mais perto do local da explosão e eu ouvi pessoas gritando por ajuda. e uma nuvem de fumaça poderia ser vista a uma distância de 15 km.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. obstruindo a estrada. Velocidade de explosão: 5270 m/s Fonte da Noticia: http://zonaderisco. Eu vi corpos despedaçados. incendiou-se e explodiu. "Eu estava a quase 200 m de distância da cena da explosão e apesar disto. que estava no local." disse o motorista Mana Aurel. cidade distante 35 km do local do acidente.14. A explosão violenta destruiu as janelas de 16 residências e uma torre de transmissão de energia que interrompeu o fornecimento de energia na região. A explosão criou uma cratera de 40 m de largura e 10 m de profundidade. sendo que o balanço total de vítimas foi de 18 pessoas. Roménia. aproximadamente a 70 km de Bucareste. Cinco bombeiros. sendo que. microorganismos geneticamente modificados ou não. mas esta preocupação deve ser tão importante quanto chegar ao local do acidente num tempo de resposta satisfatório. contra a hepatite B e ter noção das reais possibilidades de adquirir doenças como HIV e hepatite B e C. entre outros. independentemente. óculos. culturas de células. podendo ser fonte de transmissão de microorganismos para os profissionais e outras vítimas. A vacinação não só aumentará a protecção individual como também promoverá a interrupção da disseminação de doenças infecciosas. considera-se risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos. principalmente. proteger-se contra estes riscos. de estarem ou não infectados.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. O TAE deve ter o cuidado de se encontrar com o plano de vacinas em dia. mas não se deve confundir agilidade com pressa. acaba em segundo plano. parasitas.15 – BIO-SEGURANÇA A agilidade é um dos principais requisitos para actuar na EPH (Emergência Pré-Hospitalar). principalmente. Os profissionais da emergência práhospitalar estão expostos a diversos riscos como infecções. secreções e excreções e adopção de precauções padrão para todos os pacientes. reconhecimento da importância de todos os fluidos corporais. Os profissionais devem ter uma postura preventiva. Para um maior controlo da transmissão de microorganismos na EPH é necessário que haja vigilância epidemiológica. Para todos os trabalhadores da emergência pré-hospitalar. Os cuidados que devem ser observados pelas equipes da EPH são semelhantes àqueles observados no atendimento intra-hospitalar: uso de luvas. avental. contaminações e acidentes. uma actividade que exige decisões rápidas e acções precisas. A formação e a supervisão continuada são a essência de uma actuação segura. toxinas. Diante desta agilidade no atendimento. As situações de emergência exigem raciocínio rápido e preciso. muitas vezes. máscara. lavagem das mãos. indicados para o manuseio de substâncias ou socorro a pessoas potencialmente transmissores de doenças infecciosas. tem que estar sempre atentos à possibilidade de virem a sofrer um acidente com material biológico contaminado. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 147 Rúben Viana . Todo profissional que actua na área do pré-hospitalar deve ser informado sobre os riscos e perigos do contágio biológico e deve ser-lhe ensinado como usar correctamente os equipamentos de protecção individual e de segurança. por manusearem materiais orgânicos de pacientes portadores de patologias desconhecidas. treino e educação dos profissionais. de 16 de Abril). isto porque. sangue ou outros fluidos orgânicos. existe na legislação portuguesa um diploma legal. todos os intervenientes do sistema estão potencialmente infectados. cuja a lista dos agentes biológicos classificados nos grupos 2. B e C .Precauções universais As precauções universais são um conjunto de medidas que devem ser observadas sistematicamente de forma a evitar a transmissão de doenças infecciosas. São técnicas de controlo de infecção que foram recomendadas na sequência do surto de SIDA na década de 1980. que estabelece as prescrições mínimas de protecção da segurança e da saúde dos trabalhadores contra os riscos ligados à exposição a agentes biológicos durante o trabalho.1 .Hepatite A. tais como: • • • • • • • • • sangue sêmen secreções vaginais o líquido sinovial o líquido amniótico líquor líquido pleural líquido peritoneal líquido pericárdico Patologias indicando precauções UNIVERSAIS: .SIDA Tipo 1 (HIV 1) e Tipo2 (HIV 2) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 148 Rúben Viana . cuja esta já foi revista pela Portaria nº1035/98. (Decreto-Lei nº84/97.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Os cuidados nunca são demais. de 11 de Julho. de 15 de Dezembro.5. As precauções universais devem ser praticados em qualquer ambiente onde o trabalhador esteja exposto a fluidos corporais.3 e 4 encontra-se aprovado pela Portaria nº405/98. uma vez que não se sabe de antemão se o paciente está ou não com algum processo infeccioso. Devem ser cumpridas por todos os que contactem com doentes. 2. Para regulamentar todo esta temática.1. Condições indicando precauções ADICIONAIS: Príon da doença. Precauções adicionais não são necessárias para infecções transmitidas pelo sangue. a cargo do ar (como por exemplo. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 149 Rúben Viana . além das precauções universais para os pacientes que são conhecidos ou suspeitos de terem uma doença infecciosa. a gripe e a ● Doenças tosse convulsa). a tuberculose). de transmissão por gotículas (como por exemplo. a de Creutzfeldt-Jakob. a menos que haja factores complicadores. a rubéola.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 As precauções adicionais são utilizados. e varia dependendo do controle de infecção e necessidades daquele paciente. a ● colonização com MRSA) ou superfícies contaminadas. a papeira. vulgarmente conhecida ● como "doença da vaca louca" na variante humana. A transmissão por contacto directo ou indirecto com a pele seca (como por exemplo. ● Doenças de transmissão. como por exemplo. A eficácia na redução da flora transitória é idêntica ou superior. a remoção da sujidade e da maior parte da flora transitória das mãos reduzindo-a a níveis baixos que não constituam risco de transmissão. deste modo. Imagem 60 – Zona das mãos mal lavadas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 150 Rúben Viana . permitindo. Foi comprovado que os solutos alcoólicos com emolientes apropriados são melhor tolerados pela pele do que as lavagens frequentes das mãos. Assim sendo.15. Em situações em que as mãos se encontrem visivelmente limpas pode optar-se pela utilização de um soluto alcoólico em vez de água e sabão.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.2 – Lavagem e desinfecção das mãos As mãos são o principal veículo de transmissão dos microrganismos de um indivíduo para outro. a lavagem das mãos é a principal medida de controlo das infecções. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 151 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 152 Rúben Viana . deve ser reforçada a rotina da higiene das mãos. programados ou de emergência. (principalmente naqueles com alteração do estado de consciência ou crianças pequenas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Localização do GEL DESINFECTANTE na célula sanitária: Foto 76 – Gel desinfectante MED + Foto 77 – Foto da disposição do papel de mãos. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 153 Rúben Viana . gel desinfectante e sabão liquido no interior da célula sanitária da ambulância 2. Nos restantes casos e se possível. pois esta acção contínua é a medida mais importante na redução do risco da transmissão de pessoa para pessoa e da transmissão cruzada da infecção.15. como descrito anteriormente. 2. A transmissão através de gotículas pode ser prevenida pelo uso de métodos de barreira entre o doente e/ou os seus contactos próximos. pelo que se recomenda o uso de máscara cirúrgica resistente aos fluidos e protecção ocular na abordagem e prestação de cuidados a estes doentes. utilize uma solução anti-séptica de base alcoólica (durante 20 a 30 segundos).4 . Se as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com matéria orgânica.15. lave-as com água e sabão durante 40 a 60 segundos.3 – Medidas de protecção individual básicas Em todos os transportes de doentes.Procedimentos de colocação e remoção do EPI O EPI deve ser utilizado de acordo com o nível de cuidados a prestar. que não conseguem adoptar medidas de higiene respiratória) Os tripulantes das ambulâncias devem ser particularmente cuidadosos na colocação e remoção do EPI. html _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 154 Rúben Viana . A – Como colocar o EPI: 1. Chama-se atenção que algumas máscaras podem não ser ajustadas por elásticos.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. 3.4. 2. pela ordem e técnica descrita abaixo e sempre antes do contacto com o doente para que não sejam necessários ajustes durante a prestação de cuidados. mas atilhos. Disponivel em http://www. de modo a estarem garantidas as condições de protecção. O procedimento é semelhante com as necessárias adaptações. Assegurar a existência de um local onde depositar o material usado. Adaptado de " Infection and control of epidemic and pandemic prone acute respiratory diseases in health care .int/crs/resources/publications/WHO CD EPR 2007 6/en/index .Colocação dos EPI´s (BATA + MÁSCARA + LUVAS) O EPI deve ser colocado correctamente. 4.who. Colocar protecção facial ou máscara e protecção ocular. Colocar as luvas Uma medida muito importante é testar o ajuste facial da mascara.WHO Interim Guidelines".1 . que envolverão risco de contaminação. Reunir o material necessário. Colocar bata e ou avental.15. Planear as áreas de colocação e remoção dos EPI. html _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 155 Rúben Viana . 2) Posicionar a máscara sobre o queixo e com a parte nasal orientada para cima.WHO Interim Guidelines". 5) Verificar a correcta colocação da máscara da seguinte forma: Expiração vigorosa: Se a máscara estiver colocada de forma correcta deverá sentir pressão positiva dentro da máscara. Inspiração profunda: Se a máscara estiver colocada de forma correcta devera colapsar sobre a face. Reajustar a máscara até que estas condições se cumpram. 3) Posicionar o elástico/atilho superior sobre a parte superior da cabeça e o elástico/atilho inferior sobre o pescoço. Disponivel em http://www.who. por baixo das orelhas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 B – Como colocar e testar o ajuste da máscara: 1) Colocar a mascara na palma da mão com a parte nasal virada para a ponta dos dedos.int/crs/resources/publications/WHO CD EPR 2007 6/en/index. deixando pendentes as bandas elásticos/atilhos. 4) Usando os dedos indicadores de ambas as mãos adaptar a peça metálica da parte nasal moldando-a ao nariz. Adaptado de "Infection and control of epidemic and pandemic prone acute respiratory diseases in health care . sempre que possível.15.Remover protecção facial ou protecção ocular e máscara (obedecendo a esta ordem. Durante a manobra de remoção do EPI deve existir um cuidado adicional para evitar contaminação do próprio. sob a supervisão de outro. 4 . Todo o equipamento contaminado e retirado deve ser depositado em saco plástico. Disponivel em httD://www.4. fechado antes da segunda higienização das mãos.2 .Proceder novamente à higienização das mãos.Proceder à higienização das mãos.WHO Interim Guidelines".Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.html _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 156 Rúben Viana .int/crs/resources/Dublications/WHO CD EPR 2007 6/en/index. tocando sempre nos elásticos/atilhos e nunca na parte da frente). Deve ser efectuada de acordo com as normas abaixo indicadas e. Deve remover-se em primeiro lugar o equipamento mais contaminado. dos outros e do ambiente. O saco pode ser depositado no lixo normal. Adaptado de " Infection and control of epidemic and pandemic prone acute respiratory diseases in health care .Retirar bata ou avental e luvas enrolando-as para que a parte exposta fique para dentro. 2. Como remover o EPI: 1 . Poderá ser necessário apoio para desapertar a bata.who. 3 .Remoção do EPI A remoção cuidadosa do EPI é muito importante na prevenção da contaminação do técnico. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.15.4.3 - Procedimento para retirar as luvas contaminadas Imagem 61 – Procedimento para remoção das luvas contaminadas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 157 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.16 – LIMPEZA E HIGIENE As ambulâncias podem ser classificadas como áreas críticas, onde a possibilidade de transmissão de várias doenças é alta pelo grande volume de procedimentos de risco e pela presença constante de sangue e secreções no interior das viaturas. Por isto, a sua limpeza e desinfecção são itens essenciais no controle de infecções préhospitalares. O protocolo de limpeza e desinfecção de ambulâncias do INEM recomenda que a limpeza geral da ambulância, deve ser efectuada retirando todos os equipamentos do seu interior, e seja realizada semanalmente ou de acordo com a necessidade. Diariamente deve ser realizada a limpeza parcial, que inclui pisos, paredes, bancadas e macas. Após cada regresso, deve ser feita a desinfecção da maca e dos demais materiais utilizados. O protocolo de limpeza e desinfecção implementado nos meios INEM, consiste em manter a viatura inoperante pelo tempo necessário (±1Hora), para que todo o seu interior, além dos equipamentos, fiquem isento de matéria orgânica que possa representar algum tipo de risco para o profissional ou para as vítimas que transportam nas ocorrências que efectuam. Devem lavar a célula sanitária e equipamentos com detergente recomendado ou lixívia (solução de hipoclorito de sódio a 1%), conforme o tipo de material/superficie em presença. Na lavagem da célula sanitária deve-se começar de cima para baixo e de dentro para fora. No fim deixar secar e arejar a célula sanitária e cabine. Para a lavagem devem ser utilizadas soluções, exclusivamente preparadas para o efeito e em balde próprio/designado, não as utilizando posteriormente noutros tipos de higienizações à posteriori. Panos de limpeza ou similares devem ser descartáveis. Se não o forem, devem ser lavados e desinfectados com surfanios ou lixívia. O material clínico utilizado e não descartável, deve ser lavado com água e sabão, seco e passado depois por álcool ou ANIOS DDSH. 2.16.1 - Limpeza A limpeza consiste no processo de remoção da sujidade por meios químicos, mecânicos ou térmicos, efectuada à viatura (incluindo pavimento, janelas, tecto, equipamentos) num determinado período de tempo. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 158 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 DIFERENTES MEIOS DE LIMPEZA Neste âmbito, os meios de limpeza podem ser caracterizados da seguinte forma: . Meio químico – é proveniente da acção de produtos com propriedades de dissolução, dispersão e suspensão da sujidade. . Meio mecânico – é proveniente da acção obtida pelo acto de esfregar manualmente, no sentido de permitir remover a sujidade. . Meio térmico – é proveniente da acção do calor, o qual reduz a viscosidade da gordura, tornando-a mais fácil de remover. Sempre que a temperatura da água for alta e aplicada em tempo suficiente, ela também poderá ter, por si só, uma acção desinfectante ou esterilizante. Caso disso poderá ser a remoção no pavimento de óleo proveniente do cárter do motor da viatura acidentada. Assim, não se espera que diferentes superfícies (ex: paredes ou pavimento) recebam o mesmo meio/tipo de limpeza, mas sim que cada superfície seja limpa com a utilização do método e do produto mais adequado, com vista a prevenir a infecção associada aos cuidados de saúde. Por outro lado, uma mesma superfície poderá carecer de uma diferente frequência de limpeza, o que depende da sua utilização, facto que deverá ser considerado no processo de gestão e planeamento do serviço de limpeza. A limpeza têm várias funções, que se podem sintetizar em duas vertentes distintas: • Vertente microbiológica – consiste na remoção de grande parte dos microrganismos e da matéria orgânica que favorece a sobrevivência e proliferação desses microrganismos, o que contribui para uma maior segurança dos doentes e profissionais; • Vertente não microbiológica – consiste em manter a aparência cuidada, restabelecer a função e evitar a deterioração das superfícies. FREQUÊNCIA DA LIMPEZA De acordo com a abrangência e objectivos a atingir, podem estabelecer-se diferentes frequências de limpeza: • Limpeza corrente: é aquela que se realiza diariamente, e que inclui a limpeza e a arrumação simplificadas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 159 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 • Limpeza semanal: Trata-se de uma limpeza mais completa e de fundo, que contempla estruturas por vezes de difícil acesso e/ou limpeza, devendo por isso ser realizada pelo menos uma vez por semana. • Limpeza imediata: é aquela que é realizada quando ocorrem salpicos e/ou derrames (ex: sangue ou outra matéria orgânica) em qualquer ocorrência para a qual sejam accionados. 2.16.2 – Produtos desinfectantes Os desinfectantes são agentes químicos aplicados a superfícies inertes (ex: equipamentos, utensílios, instrumentos, pavimentos entre outros) capazes de eliminar, destruir ou inactivar os microrganismos na forma vegetativa e parcialmente os esporos. A eficácia da desinfecção depende não só do produto utilizado (espectro de acção), como também das condições de armazenamento (ex: temperatura, humidade, luminosidade) e das suas condições de utilização (concentração/diluição, pH, tempo de contacto com a superfície, presença de matéria orgânica, entre outros). No que diz respeito à utilização dos desinfectantes, devem consideração as regras de segurança que constam no quadro abaixo. ser tomadas em REGRAS DE SEGURANÇA: Quadro 7 – Regras de segurança para o manuseamento de produtos desinfectantes _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 160 Rúben Viana Não necessita enxaguamento. não é tóxico e é biodegradável. Bactericida. Produto não corrosivo (não contém agentes oxidantes) e biodegradável. É compatível com todo o tipo de materiais. OBSERVAÇÃO: A ficha de dados de segurança do produto encontra-se em anexo _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 161 Rúben Viana . Virucida e activo contra o Mycobacteruim Tuberculosis. Virucida. MRSA. entre outros micro-organismos. Acinetobacter baumanii. Candida Alicans. Hepatite B e BVDB – Virus modelo da Hepatite C. bem como de mesas operatórias. OBSERVAÇÃO: A ficha de segurança do produto encontra-se em ANEXO SURFANIOS: É um detergente desinfectante líquido. Anios DDSH é indicado para limpeza e desinfecção do interior das ambulâncias. nomeadamente do interior da ambulância. Não contém aldeídos. para a limpeza e desinfecção da ambulância são: ► ANIOS DDSH – (Detergente/Desinfectante para superfícies elevadas) ► SURFANIOS – (Detergente/Desinfectante para superfícies/solos/pavimentos) ANIOS DDSH: É um detergente desinfectante de superfícies elevadas permitindo a limpeza e desinfecção das superfícies e dos dispositivos médicos numa só operação. Tempo de eficiência: entre 5 a 30 min segundo a eficácia microbiana requerida. Herpes Vírus. Activo sobre MRSA e Acinetobacter Baumanii. Produto Bactericida.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Os produtos químicos que o INEM coloca ao dispor do TAE. Produto fornecido em saqueta liquidas (20mL) uni dose que deverá ser diluída em 8L de água (Dose de emprego – 0. conforme a superfície a tratar. Legionella. Com um efeito de espuma controlado. Largo espectro anti microbiano.25%). cialíticas. marquesas. Não é corrosivo e está pronto a utilizar. camas e todas as superfícies altas em meio hospitalar nos mais diversos serviços. o Anios DDSH permite uma pulverização directa ou indirecta. HIV-I e HBV. Activo sobre Rotavirus (Papeira). carros de apoio. Fungicida. Micobacterium tuberculosis e Legionella. Não contém aldeídos. transfers. O produto é fornecido em frascos de 750ml com pistola pulverizadora. próprio para a lavagem e desinfecção de todo o tipo de pavimentos. Não respire o pó. vírus e esporos. não inalar os fumos. ATENÇÃO! Não utilizar juntamente com outros produtos.Se ingerido. AVISO Os grânulos desinfectantes Presept e a solução Presept tiram a cor a tecidos. Precauções: . Reagem com a água contida em fluidos derramados produzindo um agente desinfectante efectivo rápido e de largo espectro. Tapar a embalagem entre utilizações . Aplicar os grânulos abundantemente sobre o derramamento de modo a cobri-lo completamente. contra bactérias vegetativas.Irritante para os olhos e aparelho respiratório.Prejudicial se ingerido . fungos. Pode libertar gases perigosos (clorina). Instruções Usar luvas descartáveis.Liberta gás tóxico em contacto com ácidos (URINA). Finalmente. NOTA: A ficha de dados de segurança do produto encontra-se em anexo _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 162 Rúben Viana . procurar imediatamente um médico e mostrar-lhe esta embalagem.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 PRESEPT: Os grânulos desinfectantes Presept são grânulos desinfectantes efervescentes contento como ingredientes activo dicloroisocianurato de sódio. . .Armazenar num local fresco e seco. limpar a superfície com um toalhete húmido descartável e descartar todo o material usado para incineração posterior.Manter fora do alcance das crianças .Em caso de contacto com os olhos lavar abundantemente com água e contactar um médico.Em caso de incêndio e/ou explosão. . incluído carpetes. Deixar actuar pelo menos 2 minutos e remover utilizando um pano descartável. . 4. nem projecção de salpicos do produto desinfectante do balde para a farda.Aplicar a esfregona no pavimento adoptando movimentos ondulantes e mantendo as franjas da esfregona abertas. 6.3 litros. OBERVAÇÃO: Deve colocar a água suja do balde no sistema de esgotos. porque os seus afluentes são encaminhados directamente para os rios ou mar.Adicionar o SURFANIOS uni dose de 20ml. 7.Espremer bem a esfregona. repita o 3º e 4º passo de forma a eliminar a sujidade da esfregona da última passagem. por causa do espremedor que ficará inundado com água. procedendo do modo que se segue: 1.Repetir o 3º e seguintes passos as vezes que achar necessário para realizar a limpeza e desinfecção do pavimento. 2. para o sistema de esgotos afectos ao edifício onde se encontra sedeado o meio INEM. para que esta seja tratada numa ETAR à posteriori. sendo que não é possível cumprir o procedimento quanto à correcta percentagem da diluição. isto porque. Deste modo o balde terá que ser cheio até que a superfície da água dentro no balde esteja a cerca de 4cm de distância da base inferior do espremedor que se encontra no interior do mesmo balde. OBSERVAÇÂO: O balde fornecido pela logística têm apenas uma capacidade de ± 8.Encher o balde com 8 litros de água.Mergulhar repetidamente a esfregona no balde e agitar em movimentos circulares. 8. 5. OBERVAÇÃO: É importante que a esfregona esteja com o mínimo de água possível.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. OBERVAÇÃO: Nunca adicionar o surfanios antes da água. o surfanios tem substâncias que são perigosas para o meio ambiente.Rejeitar a água do balde.16. para que a secagem do pavimento da ambulância não seja demasiado demorada.Quando finalizar a limpeza. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 163 Rúben Viana .Procedimento de lavagem do pavimento Para a lavagem do pavimento da célula sanitária deve utilizar o desinfectante SURFANIOS. para que não ocorra a formação em excesso de espuma.3 . Evite deste modo a deposição da água contaminada nas sarjetas públicas. 3. Sempre que os produtos derramados se encontrem misturados com vidros partidos ou outro material cortante. deve utilizar-se uma pinça para os remover.4 – Técnica de desinfecção para situações de derrame Nas situações de derrame. Preconiza-se para o desinfectante a metodologia de desinfecção apresentada no quadro seguinte: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 164 Rúben Viana . O procedimento relativo as situações de derrame implica que o profissional utilize equipamento de protecção individual adequado.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. no interior da célula sanitária a técnica de desinfecção implica que se utilize dicloroisocianurato de sódio (PRESEPT). deposita-los em contentor adequado para material corto perfurante e seguidamente efectuar de acordo com o procedimento recomendando. Alerta-se que as luvas deverão ser retiradas de acordo com a técnica preconizada na imagem 61.16. uma vez que possibilita a reacção entre o amoníaco contido na urina e o cloro existente nestes desinfectantes. com a utilização de toalhetes absorventes e respectiva deposição dos toalhetes no contentor/saco de resíduos hospitalares do Grupo III. situação de "derrame de fluidos orgânicos superiores a 30 cc". o procedimento correcto contempla numa primeira fase a remoção da urina. no mesmo. Por este motivo. nos pontos 2. libertando-se vapores irritantes e tóxicos de cloreto de amónio. de acordo com o preconizado no quadro anterior. seguida de desinfecção e lavagem. alerta-se ao TAE que não deve utilizar directamente hipoclorito de sódio ou dicloroisocianurato de sódio (Presept). que poderão ocasionar efeitos adversos na saúde do profissional que o está a utilizar. 3 e 4.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Relativamente aos salpicos/derrames de urina. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 165 Rúben Viana . De acordo com o mesmo decreto considera-se: Tratamento: quaisquer processos manuais. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 166 Rúben Viana .Classificação dos resíduos hospitalares Grupo I – Resíduos Equiparados a Urbanos – Não apresentam exigências especiais no seu tratamento.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. podendo ser equiparados a urbanos.16. Grupo II – Resíduos Hospitalares não perigosos – Não sujeitos a tratamento especifico. susceptíveis de incineração ou outro pré tratamento eficaz.5 – Resíduos hospitalar O que são Resíduos Hospitalares? De acordo com o Decreto-lei 239/97 de 9 de Setembro. 2. químicos ou biológicos que alterem as características de resíduos de forma a reduzir o seu volume ou perigosidade. prevenção e tratamento da doença.16. valorização ou eliminação. de incineração obrigatória. Grupo III – Resíduos Hospitalares de Risco Biológico – Resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação. bem como a facilitar a sua movimentação. em seres humanos ou em animais. são considerados resíduos hospitalares todos os resíduos produzidos em unidades de prestação de cuidados de saúde. Pelo despacho nº246/96 de 13 de Agosto os resíduos hospitalares classificam-se em 4 grupos que. Grupo IV – Resíduos Hospitalares específicos – Resíduos de vários tipos. mecânicos. físicos.1 .5. de acordo com as suas características devem ser separados na fonte e encaminhados para tratamento adequado e posterior eliminação. e ainda as actividades de investigação relacionadas. permitindo posterior eliminação como resíduo urbano. incluindo as actividades médicas de diagnóstico. ● Material de protecção individual utilizado nos serviços gerais e de apoio. fetos e placentas.2 . Grupo IV ● Peças anatómicas identificáveis. vestiários. ● Material ortopédico como talas. ● Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos. gessos e ligaduras gessadas não contaminadas e sem vestígios de sangue. como agulha cateteres e todo o material invasivo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. instalações da base. ● Material de protecção individual utilizado em cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com produtos contaminados (luvas. ● Produtos químicos e fármacos rejeitados. como. aventais e outros). _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 167 Rúben Viana . mascara.Caracterização por grupo de resíduos Grupo I ● Resíduos provenientes de serviços gerais. contaminadas ou com vestígios de sangue. etc. ● Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clínico ou comum. com excepção dos do Grupo IV Grupo III ● Resíduos que resultam da administração de sangue e derivados. ● Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com vestígios de sangue. ● Sacos colectores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas.16. com excepção dos incluídos nos grupos III e IV. Grupo II ● Material ortopédico como talas. ● Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de sangue. ● Material cortantes e perfurante. com excepção dos do Grupo IV. ● Frasco de soros não contaminados. com excepção do utilizado na recolha de resíduos.5. instalações sanitárias. quando não sujeitos a legislação especifica. 3 . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 168 Rúben Viana .16.16. que pode variar de uma viatura para outra. 2.5. A zona destinada para a colocação temporária dos resíduos está dividida com dois baldes. Os resíduos do grupo IV (apenas os cortoperfurantes) são colocados no contentor rijo de cor amarela. IV e cortantes e perfurantes existe um contentor com uma cor específica: ► Sacos Brancos: são colocados em contentores verdes. Num deles podem ser colocado os resíduos do grupo I e II aplicando um saco negro e no outro balde são colocados os resíduos do grupo III.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.5. ► Sacos vermelhos: são colocados em contentores vermelhos. identificados como resíduos urbanos. Para os Grupos I e II são utilizados contentores camarários. devidamente identificados dentro de uma saco branco. estanques e de fecho hermético.Transporte dos resíduos A segurança no manuseamento e transporte dos resíduos inicia-se com a recolha dos sacos dos postos de geração. ► Contentor de Cortantes e Perfurante: são colocados em contentores amarelos.4 . Os sacos devem ser devidamente fechados e colocados em contentores resistentes. Para cada um dos Grupos III. que se encontra junto à pia no interior da célula sanitária.Meios para a deposição dos resíduos Cada viatura possui um local próprio para a deposição dos lixos. 16.Regras sobre a manipulação e transporte de resíduos O que não deve fazer: ● Rejeitar resíduos de forma incontrolada sem conhecer a natureza da sua perigosidade. ● Manipular ou transportar resíduos sem protecção individual e adequada a cada tarefa. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 169 Rúben Viana . ● Alertar outros intervenientes sobre a existência dos resíduos.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2. beber ou fumar durante a manipulação e transporte de resíduos. ● Proceder a contentorização dos resíduos líquidos perigosos e encaminha-los para o destino adequado. e se necessário avental e mascara.5. ● Manter sempre limpo e arrumado os locais de armazenagem (mesmo que temporária) dos resíduos. ● Identificar sempre os meios de transporte e armazenagem dos resíduos. ● Durante a manipulação e transporte de resíduos usar sempre luvas. sacos ou contentores. ● Não comer. O que deve fazer: ● Sempre que tiver duvidas procurar informação sobre como fazer para rejeitar de forma segura e adequada os resíduos.5 . ● Não descarregar na rede de saneamento resíduos líquidos perigosos. ● Abandonar resíduos. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 2.16.5.6 – Contentor de armazenamento VS grupo de lixo GRUPO CONTENTOR Grupo I e II – Equiparados a resíduos domésticos Destino: Aterro sanitário Grupo III – Resíduos infectados de risco biológico Destino: Auto clavagem e aterro sanitário Grupo IV – Resíduos perigosos de incineração obrigatória Destino: Incineração Grupo IV – Resíduos Tóxicos Destino: Incineração _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 170 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Aspectos Ergonómicos Tema nº3 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 171 Rúben Viana . pode não colaborar com o movimento e não tem o peso uniformemente distribuído pela superfície de contacto. 24% dos trabalhadores queixam-se de dores de costas e 22% de dores musculares (*). Antes de se elevar a maca muitos procedimentos são realizados no local onde a vítima se encontra (ex: cama. 3. correspondendo à elevação da maca no final das operações. interior de veículos automóveis. ► 50% das reformas antecipadas na Europa resultam de perturbações graves da coluna vertebral (*).1 . Este número pode variar se forem accionados meios suplementares para auxiliá-los. diariamente. ► Cerca de 15% das causas de incapacidade para o trabalho são relacionadas com lesões da coluna vertebral (*). As cargas transportadas. as acções em equipa são garantidas por dois indivíduos. pois a carga neste caso não tem uma pega bem definida. Por este motivo. (*) Fonte: European inspection and communication campaign .) cujo estes podem apresentar uma grande diversidade de cenários e constrangimentos à sua acção e manipulação. apesar de poderem ter um efeito patológico semelhante a uma carga na indústria têm um factor de risco associado mais elevado. Verifica-se então que a movimentação manual de doentes é feita em equipa de 2 (dois). de forma a evitarem acidentes e consequentes lesões associadas.Dimensão do Problema ► Na Europa. 2007 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 172 Rúben Viana . no entanto contrariamente à acção em meio hospitalar o doente é deslocado desde o chão até à altura da cintura. no entanto não há comparação possível. As principais fontes de risco decorrente do movimento manual dos doentes podem gerar efeitos semelhantes às patologias dos movimentos manuais de carga. o presente capítulo tem como principal objectivo informar e sensibilizar o TAE relativamente aos procedimentos básicos a serem cumpridos quando deslocam ou levantam vítimas. etc.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Tema 3 – ASPECTOS ERGONOMICOS No caso específico da tripulação das ambulâncias INEM. casas de banho. 7% e 7% por tronco. ► Provoca sofrimento. quer à chuva ou ao sol. constituindo a queixa principal de problemas de saúde relacionados com o trabalho. as costas tornam-se mais vulneráveis. espaços confinados. elevados custos para os empregadores e para as economias nacionais (*). Contusões / esmagamento Incapacidade Entorses / distenções Incapacidade Tronco Pernas Mãos 28% 7% 7% 42% 25% 100% 100% 5% Tronco Pernas Mãos 14% 14% 0% 28% 50% 50% 0% 50% N=14 Fonte: INEM 2005 Estes factos ocorrem devido ás condições de realização desta actividade que é dotada de um enorme variabilidade. pernas e mãos respectivamente. habitações degradadas. parece haver uma relação directa com a movimentação manual de cargas. Esta variabilidade é característica da actividade dos TAE’s por esta ser exercida em diversos locais e diversos ambientes. pisos escorregadios e irregulares. aumentando a probabilidade de novas lesões 3. 2007). incapacidade profissional e perda de remunerações ao trabalhador.Dados do INEM Os acidentes que mais ocorrem são as contusões / esmagamento com 42% cuja distribuição é de 28%. representando 70% dos acidentes reportados. ► Após a primeira lesão. ravinas.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ► A movimentação manual de cargas é considerada uma das principais causas das lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (IGT. ► 30% dos trabalhadores sofrem de dores lombares. pressões temporais e por parte dos familiares dos doentes. seguidos das entorses / distensões 28% com distribuições de igual valor pelo tronco 14% e mãos 14%.2 . Destes. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 173 Rúben Viana . desde a nossa calçada Portuguesa. interiores das ambulâncias. No entanto esta caracterização não refere nada especificamente sobre os doentes. comporte riscos para os mesmos. nº 330/1993.Movimento manual de cargas Em Portugal esta temática encontra-se legislada no direito interno do país através do D. Apesar do tipo de carga ou as especificidades que esta possa ter. “relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde respeitantes à movimentação manual de cargas.L. classificando a carga em relação ao peso. no quadro da dimensão social do mercado interno”. esta lei aplica-se também neste contexto por força da própria definição. sendo que essa carga também tem um factor desencadeante de lesões músculo esqueléticas associadas. que define “ a movimentação manual de cargas como qualquer operação de transporte e sustentação de uma carga. Na maior parte das situações surgidas. muito por culpa de uma ausente formação nesta área específica. etc. alcançar qualquer coisa acima do ombro. Além do manuseamento e transporte dos pacientes. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 174 Rúben Viana . posturas desconfortáveis (posições que colocam stress na coluna. fazer a torção do tronco ao levantar ou levantar-se). equilíbrio.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Exposta esta situação e tendo conhecimento que as LME’s (Lesões músculo esqueléticas) constituem um risco para todos os profissionais que realizem tarefas de movimentação manual de cargas. nomeadamente na região dorso lombar”.3 . As dores na coluna são uma das queixas existentes que na sua maioria são consequência da adopção de posturas desconfortáveis com esforços elevados. presente no artigo 3º. em função dos elementos de referência do risco. 3. pesando certamente mais que 30 kg para cada TAE. devido às suas características ou condições ergonómicas desfavoráveis. Verifica-se a orientação para a identificação dos riscos por parte do empregador. que neste âmbito serão as referidas cargas. os técnicos de ambulância de emergência têm que transportar todo material de socorro até à vítima. como por exemplo. por um ou mais trabalhadores. que transpõe para a lei portuguesa as indicações da Directiva nº 90/269/CEE. garantindo assim a melhoria da prevenção e protecção dos trabalhadores envolvidos nestas operações. ajoelhar-se. o TAE tem um desconhecimento total das consequências de tais movimentos. volume. que. alguns completamente dependentes e outros com grande dificuldade em se locomoverem. é particularmente nos TAE’s que isto se reflecte pois estes têm de realizar frequentemente o manuseamento de pacientes. estando muito associadas a tarefas que envolvam força (a quantidade de esforço físico que é requerida em levantamento de grandes pesos). é aconselhável considerar não apenas o peso.eu). estado dos pavimentos. parecem ter acertado em grande parte das situações desenvolvidas no manuseamento dos doentes. dado serem todos estes aspectos factores que podem influenciar a decisão do risco da acção.L. o que pode originar mais facilmente lesões localizadas em outras zonas do corpo. pois as condições de prestação de cuidados implicam quase a totalidade das acções descritas. ou utilizar meios mecânicos (mais informação em: www. relembra-se que o manuseamento manual de doentes inicia-se no local da ocorrência e este pode ser um espaço confinado ou o próprio chão.4 . ou seja.handlingloads. a distância a que a carga tem de ser transportada e o tamanho da carga. dividindo a carga. sendo que a amplitude dos movimentos no caso do INEM é potencialmente maior. por exemplo. esquecendo as patologias que podem ser desenvolvidas ao nível da cintura.Factores de risco resultantes do tipo de carga movimentada Peso excessivo da carga Se o peso de uma carga for excessivo. Acrescendo a gravidade da questão. membros superiores e inferiores e também na coluna superior. do Reino Unido). _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 175 Rúben Viana . Pode ser necessário diminuir os pesos. Um bom indicador pode ser o modelo criado pelo HSE (Health and Safety Executive. Outra questão que deve ser salientada é a questão da análise dos riscos centrar-se exclusivamente à zona dorso lombar. se ultrapassar a capacidade humana. 3. surgem as variáveis do contexto envolvente também referenciadas no D. mas também a frequência das tarefas. Neste caso específico dos TAE’s. etc.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Relativamente às questões da avaliação do esforço físico exigido. Para determinar o peso da carga que pode ser transportada sem causar efeitos indesejados na saúde. nº330/93 que verificando que as condições de ambiente físico e climatérico são variáveis em função da estação do ano. As disposições europeias não estipulam explicitamente os valores admissíveis do peso das cargas que podem ser transportadas em segurança. Nota-se então uma diferença relativamente à movimentação manual de doentes dentro dos hospitais. estacionamentos em segunda fila. esta pode constituir um sério risco para a saúde. local da ocorrência. muda o esforço do sistema músculo-esquelético. Dependendo da posição da pessoa e da carga. As consequências relacionadas. se as arestas forem vivas e o conteúdo perigoso. a carga pode influenciar negativamente o sistema músculo-esquelético. à frequência do deslocamento e às predisposições individuais do trabalhador. podem também ocorrer outros ferimentos graves. Por isso será provavelmente necessária a diminuição da massa da carga em comparação com. exigindo mais força. provocando nele um esforço significativo e irregular. Este está sujeito também aos factores ambientais (por exemplo. principalmente devido ao esforço significativo nos discos e ligamentos intervertebrais. Se a carga for demasiado volumosa Se a carga for demasiado volumosa para ser correctamente transportada (o mais junto ao corpo possível) existe o risco de lesões músculo-esqueléticas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 176 Rúben Viana . Elaborado com a base nos dados HSE. Também pode causar ao trabalhador a necessidade súbita de mudar a postura corporal ou de se mexer para manter o equilíbrio. resultantes da característica do ambiente de trabalho ou da carga. Imagem 62 – Indicação do peso máximo ideal mediante a posição da pessoa e da carga. Se o tamanho da carga não estiver adaptado à largura ou à altura das instalações e dos equipamentos através dos quais esta é transportada. Carga difícil de manobrar A ausência de pegas pode revelar-se perigosa devido ao risco de a carga escorregar das mãos. Além disso. existe um risco acrescido de colisão ou queda. com o risco de fadiga são óbvias. por exemplo. Os discos e ligamentos intervertebrais são especialmente propensos a lesões quando a distância entre o tronco do operador e a carga é significativa. a indicada aqui como desejável. de 25 kg.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Instabilidade da carga Uma carga instável pode deslocar-se à volta do tronco do trabalhador ou dobrar-se. 3 .Idade.Intensidade (peso da carga). d) Exigências específicas de cada actividade em particular: 1 . 3 .Constituição da carga (material. b) Esforço físico exigido na tarefa: 1 .Regras de boas práticas No intuito de salvaguardar a segurança e saúde dos trabalhadores. 3 .Intensidade das forças que é necessário exercer para vencer a resistência que a carga oferece. 2 . _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 177 Rúben Viana . 3 .Frequência do número de elevações e outros movimentos efectuados.Localização da carga no contexto do espaço de trabalho. 2 .Sexo.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3. 4 . é necessário ter em consideração os seguintes pontos: a) Características e tipo de carga que é necessário movimentar / transportar: 1 .). volume. etc.5 . c) Condições físicas dos trabalhadores: 1 .Outras características individuais. 2 . 2 .Duração e frequência dos ciclos de trabalho.Condições ambientais do local / espaço de trabalho onde é efectuada a movimentação das cargas.Capacidade e condição física no momento.Percurso e deslocamentos que os trabalhadores têm de percorrer. forma.Tipo de músculos e órgãos envolvidos na manipulação da carga. 5 .Carga mal posicionada. 15 .Pavimento degradado com desníveis. 7 . ter que transportar cargas entre diferentes pisos).Movimentação da carga a alturas inapropriadas ou adoptando posturas incorrectas. 19 .Realização de esforços que solicitem. 12 -Utilização de calçado inapropriado ex.Condições ambientais desfavoráveis (temperatura. 4 . Para que se possa compreender melhor. apresentam-se a seguir. 10 . a movimentação manual de cargas pode acarretar uma série de riscos e patologias para os trabalhadores.: calçado com saltos altos.Tempo insuficiente de descanso fisiológico ou de recuperação quando se realizam tarefas que implicam esforços mais pesados. 13 .Movimentação de cargas a diversos níveis (ex. nomeadamente em caso de choque ou balanceamento. 14 . as situações de perigo e risco associadas à movimentação manual de cargas. 17 . 9. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 178 Rúben Viana .Carga mal equilibrada ou com conteúdo sujeito a oscilações.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3.Posições semi-estáticas prolongadas em esforço. humidade.Esforços com rotação da coluna.Ponto de apoio instáveis – (ex. caso as condições de trabalho não sejam as mais indicadas.Carga muito pesada (inadequada às características fisiológicas do trabalhador) ou difícil de agarrar.: existência de tapetes ou carpetes não fixadas ao chão).Esforços feito a frio. 2 . a coluna vertebral por períodos demasiadamente prolongados. devido ao seu aspecto exterior e/ou à sua consistência.Inexistência de espaço suficiente para o trabalhador se movimentar juntamente com a carga. 16 . alguns exemplos de más práticas: 1 . de tal modo que tenha que ser mantida ou manipulada a grande distância do tronco ou com flexão / torção do tronco. 18 . 8 .Causas para as LME´s Como já foi referido. 3 . de provocar lesões no trabalhador.Necessidade de movimentos de abaixamento ou elevação das cargas demasiado grandes. 11 .Carga demasiado pesada ou demasiado volumosa.Ritmos de trabalho excessivo sem possibilidade de os trabalhadores efectuarem pequenas pausas. velocidade do ar).Carga susceptível. 6 .6 . alteração dos discos intervertebrais (Hérnias discais) incluindo fracturas vertebrais por sobre esforço. as máquinas e o ambiente físico de trabalho. cortes. Podem ocorrer em qualquer zona do corpo. Permanente ou Morte. cognitivas do homem. fracturas e sobretudo lesões músculo-esqueléticas. Imagem 63 – Tipos de lesões associadas às más posturas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 179 Rúben Viana . A sua continuidade ao longo do tempo pode provocar sérias lesões nos trabalhadores atingidos.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 Caso alguma destas regras de más práticas seja identificada. A correcção das referidas não conformidades deve pautar-se pela correcta aplicação dos vários princípios ergonómicos a fim de optimizar a compatibilidade entre o homem. Isto conseguir-se-á através do equilíbrio entre as exigências das tarefas. feridas. Total. das máquinas e as características anatómicas. 3. Temporária. determinados tipos de acidentes ou incidentes.7 . As lesões dorso lombares podem manifestar-se. ou ainda. Esse tipo de lesões pode vir a dar incapacidade: Parcial. seja como lombalgia. convém que seja alvo de correcção imediata. mas as mais sensíveis são os membros superiores / inferiores e a zona dorso lombar. fisiológicas.Lesões associadas às más posturas As lesões mais frequentes são as contusões. Os braços devem estar posicionados junto ao corpo de uma forma descontraída.Sempre que seja tecnicamente possível. 18 .Suspender cargas iguais em cada uma das mãos (quando possível).Evitar ao máximo “dobrar” a coluna. mantendo-o na posição vertical e procurar utilizar os membros inferiores como alavanca.Aquando da movimentação e levantamento/abaixamento de cargas. o trabalhador deve evitar rir. tossir. 7 . 10 . esta deve servir como suporte. para a manipulação dos pacientes. utilize as ajudas mecânicas. sendo que os ombros devem se posicionar na direcção dos pés. procurar o melhor equilíbrio. como meio auxiliar. 2 .Recolher o queixo e manter a cabeça direita ao fazer o levantamento. 14 . tais como transferes.As cargas transportadas devem ser suportadas pela coluna e membros inferiores.Evitar manuseamento de cargas não adequadas em termos de volume ou peso – de acordo o NIOSH (não superior a 23 kg). sendo a coluna apenas elemento estático de transmissão e nunca de articulação. falar ou efectuar outros movimentos bruscos. 17 . não houver nenhum inconveniente relativo ao possível agravamento do estado e saúde da vítima.Evitar esforços em que a carga esteja acima dos ombros ou demasiado afastada. 15 .Os movimentos de torção do tronco em torno do corpo devem ser sempre evitados. Se a rotação for necessária.Ter em consideração os pesos a suspender. pois causam tensões indesejáveis e cargas assimétricas nas vértebras. 4 . constituição física e sexo do trabalhador. 5 . 13 . 3 . respire fundo e prenda a respiração. 11 . ou mais pesadas coordenar em sintonia os esforços com o colega de equipa e se possível com populares.Sempre que possível trabalhar com os braços estendidos e com a carga junto ao corpo.Use a força das pernas para levantar a carga. 12 . 8 .8 – Recomendação a adoptar pelo TAE ABORDAGEM: Examinar a carga antes da a manipular → Planear a manipulação 1 .Na elevação da carga. 16 . Dobre as pernas pelos joelhos para se baixar na direcção da carga.Usar técnicas adequadas em função do tipo e especificidade da carga – evitar a utilização do tronco como alavanca.Promova a autonomia do doente se. 6 . Mantenha as costas direitas. conforme a idade.Antes de pegar peso. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 180 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3. O aumento adicional de pressão no tórax diminui a pressão nos discos da coluna. 9 . deverá ser feita através da movimentação dos pés.Para cargas de maior dimensão. colocando os pés afastados lateralmente e um mais à frente do que o outro. proteja a sua coluna”) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 181 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 É importante relembrar que apesar de todas estas recomendações. será necessário ter sempre em consideração que o desempenho de todos trabalhadores. 3.9 – Figuras ilustrativas de boas práticas (“Para manter uma boa qualidade de vida. vai depender directamente da sua aptidão física e psíquica. Sendo assim deve promover o exercício físico e o reforço muscular dos músculos que participam mais activa na movimentação de cargas. 9.1 .Postura a evitar 3.2 .9.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3.Posturas correctas e erradas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 182 Rúben Viana . • O familiar pode ajudar colocando uma mão no lado são do corpo e dando um impulso no levante. • O TAE coloca-se de frente para o doente. Travar a cadeira. • O TAE roda e faz rodar o doente sobre o pé são. para ajudar).Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3. sentando-o na cadeira _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 183 Rúben Viana . • O doente senta-se na cama com os pés assentes no chão. • Apoia-se sobre o braço “são” com a ajuda do cotovelo e mão de forma a ficar sentado.9. • Ajuda o doente a levantar-se fazendo pressão com os seus joelhos nos dele e segurando-o pelo cinto/calças até ficar de pé ( o doente pode apoiar a mão do lado são na cadeira.3 – Transferência de um paciente da cama para a cadeira Procedimento para levantar da cama: • O membro inferior são deve ser colocado por baixo do membro afectado e as pernas são arrastadas até se encontrarem fora da cama (no caso de se tratar de paciente vitima de um AVC ). • Trava os joelhos do doente com os seus joelhos. • Rodar o tronco para o lado são (levando o braço afectado sobre o corpo). Transferência da cama para a cadeira de rodas: • Colocar a cadeira junto à cama num ângulo de 30º. Retirar pedal da cadeira do lado junto à cama. segurando-o pelas calças ou cinto. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3.4 . cruzar os braços e flectir o corpo para baixo. Sentado numa cadeira. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 184 Rúben Viana .9. Colocar as mãos nos ombros e flectir os braços para unir os cotovelos. para evitar desgaste músculoesquelético. De forma a proporcionar o relaxamento muscular deve: Colocar as mãos na região lombar e suavemente arquear para trás. Girar lentamente a cabeça.Exercícios de relaxamento muscular A mobilização regular das articulações e grupos musculares mais solicitados na actividade. tem um efeito compensador da sobrecarga postural. monitor Argus Pro Life Care.6 kg 4. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 185 Rúben Viana .Características da carga do pré-hospitalar Movimentação manual de pacientes (Peso Médio): Segundo um estudo epidemiológico relativo ao peso da população portuguesa efectuado em 2003. Relativamente ao acondicionamento dos sacos na célula sanitária. aspirador.3 kg 5. sendo que traduzindo toda esta carga em peso. em passo acelerado.9 kg e para as mulheres foi de 63.10 . coloca-se a necessidade de o TAE adoptar uma forma correcta de transportar toda o material de socorro sem que para isso coloque a sua saúde em risco. deve ficar preconizado que o SACO 1 (meios SIV) deverá ficar posicionado na parte de baixo. até chegar à vitima. para que a coluna vertebral possa ficar menos exposta às sobrecarga e rotação inerente à colocação atrás das costas do referido saco.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3. a equipa SIV quando chega ao local da ocorrência para prestar socorro a um paciente no mínimo deverá fazer-se acompanhar do seguinte material: mochila 1. Ora vejamos. Peso do material de socorro (meio INEM-SIV): Mochila 1 (Via aérea): Mochila 2 (Trauma) : Aspirador : Monitor Argus Pro Life Care : Monitor Argus Pro Transport : Bala Oxigénio portátil (3L) : Bala Oxigénio fixa (20L) : Cadeira de Rodas 13. por vezes têm que se deslocar dezenas de metros.02 kg 5.1 kg 9. sendo que o limite máximo poderá situar-se na casa dos 150 kg.5 kg. concluiu-se que o peso médio para os homens é de 75. O profissional do INEM. perfaz um total de 30kg.4 KG Segundo directrizes elaboradas pelo departamento de emergência médica do INEM.1 kg 6 kg 34 kg 9. sendo que muitas das vezes pode encontrar escadas ou mesmo pavimentos em mau estado. num caso prático abordado no próximo item.3 kg TOTAL 86. a situação. bala oxigénio portátil. 10.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3. 5. 3.1.Procedimento para a colocação do SACO 1 atrás das costas do TAE: SACO 2 SACO 1 1º Passo 2º Passo 3º Passo 4º Passo Nº da recomendação adoptada no procedimento (capítulo 3. 9 e 15 5º Passo Deste modo e seguindo as recomendações de boa prática. já enumeradas em páginas anteriores.8): . 2.1 . 6. o TAE deverá transportar o material de socorro nas seguintes configurações: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 186 Rúben Viana . 7. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 187 Rúben Viana . 3.12 e 15 enumeradas no capítulo 3. 7.8 .3 kg 5.8. o TAE deve adoptar as recomendações nº 1.2 . 3.Configuração de transporte do material Configuração 1: mochila 1+ bala de oxigénio (3L) 13. 14 e 15 enumeradas no capítulo 3.1kg Kg 6 Kg Foto 72 e 73 – Ilustração para o correcto transporte na configuração 1 (Foto frontal e lateral) OBSERVAÇÃO: No transporte do material de socorro na configuração 1. o TAE deve adoptar as recomendações nº 1.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3. Configuração 2: Aspirador + Monitor Argus Pro Life Care 5.10.6 Kg Foto 80 e 81 – Ilustração para o correcto transporte na configuração 2 (Foto frontal e lateral) OBSERVAÇÃO: No transporte do material de socorro na configuração 1. 7.4 .4.3.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 3.10.9 e 13.6 .3 .4.8.7.Procedimento para elevação da maca do “chão” com 4elementos 1º Passo 2º Passo OBSERVAÇÃO: Os elementos da equipa devem adoptar as recomendações nº: 2. 3.Procedimento para elevação da maca do “chão” com 2 elementos 1º Passo 2º Passo OBSERVAÇÃO: Os elementos da equipa devem adoptar as recomendações nº: 2.Procedimento de elevação da maca a” meia altura” com 2 elementos 1º Passo 2º Passo _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 188 Rúben Viana .7. 3.3.8.9 e 13.10. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 FIM DO MANUAL _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 189 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 6 - Apresentação e discussão dos resultados Após dar por terminado a elaboração deste manual, fiquei com a sensação que todo o esforço, dedicação e tempo dispendido para com o desenvolvimento deste trabalho não foram em vão. Todos os objectivos gerais traçados a que me propus inicialmente, para frequência do estágio curricular, foram alcançados. Quanto aos objectivos específicos, houve a necessidade de efectuar uma ligeira reestruturação de alguns deles, para que deste modo pudessem ficar melhores enquadrados nas temáticas que no meu entender, deveriam fazer parte deste manual. Durante a elaboração deste trabalho, procurei por diversas vezes tirar impressões com vários colegas, que já possuem bastante experiência nesta área de actividade, com o objectivo de elaborar um trabalho que fosse de encontro às temáticas mais pertinentes, ou seja, as que pudessem ser susceptíveis de criar algum tipo risco para a actividade do TAE. Realizei uma pesquisa exaustiva em diversos sites oficiais de entidades com provas dadas nas diversas temáticas abordadas. O assunto que mais dificuldade senti em obter alguma informação, foi o da “sinalização e protecção rodoviária”, inserido do tema Gestão de Risco, isto porque, em Portugal não existe legislação ou matéria sobre o assunto, sendo que apenas encontrei algumas referências em sites brasileiros. Procurei acima de tudo criar um manual de fácil leitura e acesso, procurando também abordar os assuntos que no meu entender o TAE aquando a sua leitura, se possa rever em algum dos cenários retratados, derivado de serviços de socorro anteriormente realizados. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 190 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 7 - Conclusão Consegui elaborar o manual que idealizei para este trabalho, sendo que irei aguardar o feedback de todos os colegas TAE´s que o queiram ler e criticar. Espero ter ido de encontro às necessidades formativas que os TAE´s sentem falta, porque foi devido a eles e para eles que elaborei este manual. Dedico este manual a todos os TAE´s que, diariamente, socorrem as pessoas que precisam do seu auxílio, muitas das vezes, descurando da sua própria segurança em prol de um menor sofrimento e maior conforto da vítima. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 191 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 8-Referências Bibliográficas (1) - INEM, IP – Manual de VMER, viatura de emergência e reanimação. Lisboa: INEM, 2002. (2) - INEM, IP – Site oficial. Lisboa: INEM, 2010. Site oficial: www.inem.pt. (3) - INEM, IP – Relatório anual de actividade de 2008. Lisboa: INEM, 2009. (4) - ANPC, Autoridade Nacional de Protecção Civil – Prevenção e Protecção. Lisboa: ANPC, 2010. Site oficial: www.prociv.pt. (5) - ENB, Escola Nacional de Bombeiros – Manual de Informação Inicial de Bombeiro, Capitulo IX, Matérias Perigosas. Sintra: ENB, 2010. Site oficial: www.enb.pt. (6) - DEFESA CIVIL PARANÁ – Manual do Atendimento Pré-hospitalar – SIATE/CBPR, Matérias Perigosas. Curitiba/Brasil: Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Paraná, 2008. Site oficial: www.defesacivil.pr.gov.br. (7) - Linde Sogás, Lda – Conselhos de Segurança do Oxigénio. Lisboa: Linde, 2010. Site oficial: www.linde.pt. (8) - BOLOGNIESI, S. – Manual de Procedimento de Emergência na rodovia. Nova Dutra, 2004. (9) - COMISSÃO DE CONTROLO DA INFECÇÃO DA REGIÃO DE SAUDE DE LISBOA E VALE DO TEJO – Manual de procedimentos – A higienização das instalações dos centro de saúde no contexto da prevenção e controlo da infecção. Lisboa: ARSLVT I.P, Fevereiro 2009, Site oficial: www.arslvt.min-saude.pt. (10) - ACT, Autoridade para as Condições de Trabalho – Movimentação Manual de cargas no sector dos cuidados de saúde. Lisboa: Campanha do CARIT, 2007, Site oficial: www.handlingloads.eu/pt. (11) - ITG, Instituto Tecnológico do Gás – Informações sobre o monóxido de carbono. Lisboa: ITG, 2010, Site oficial: www.itg.pt. (12) - INAC, Instituto Nacional de Aviação Civil – Operação de helicópteros civis em voos de busca e salvamento. Lisboa: INAC, 4 de Junho 1998, Circular nº12/98 de informação aeronáutica, Site oficial: www.inac.pt. (13) - BELL HELICOPTER – Brochuras do helicóptero BELL 412EP. TEXAS/USA, Bell Helicopter Textron Inc, 2009, Site oficial: www.bellhelicopter.com. (14) - AGUSTA WESTLAND - Brochura do Heli Augusta AW109. Italia: Agusta, 2009, Site Oficial: www.agustawestland.com. (15) – MORAIS, BOUÇA – Apontamentos do módulo de Segurança no Trabalho, Riscos Eléctricos. Viana do Castelo, Outubro 2009. (16) – ACT – Campanha europeia de inspecção e informação – “ Movimento Manual de Cargas 2008”, 2008, Site oficial: www.act.gov.pt _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 192 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 APÊNDICES _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 193 Rúben Viana 206 ANEXO 6 – Lista de Frases de Risco Pág. 201 ANEXO 5 – Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Álcool Etílico Pág. 192 ANEXO 2 – Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Presept Pág. 209 ANEXO 8 – Regras básicas na utilização de extintores Pág. 211 ANEXO 9 – Resumo das etiquetas de perigo associadas às diferentes classes das matérias perigosas Pág. 207 ANEXO 7 – Lista de Frases de Segurança Pág. 194 ANEXO 3 – Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Surfanios Pág.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXOS DO MANUAL ANEXO 1 – Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do Oxigénio Pág. 195 ANEXO 4 – Ficha dos Dados de Segurança (FDS) do ANIOS DDSH Pág. 217 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 194 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 1 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 195 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 196 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 2 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 197 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 3 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 198 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 199 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 200 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 201 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 202 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 203 Rúben Viana Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 4 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 204 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 205 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 206 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 207 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 208 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 5 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 209 Rúben Viana . R15 : Em contacto com a água liberta gases muito inflamáveis.Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 6 Lista de Frases de Risco. R9 : Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis. R24 : Tóxico em contacto com a pele. fogo ou outras fontes de ignição. R16 : Pode explodir quando misturado com substâncias comburentes. R32 : Em contacto com ácidos liberta gases muito tóxicos. fricção. R4 : Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis. R31 : Em contacto com ácidos liberta gases tóxicos. fricção. R11 : Facilmente inflamável. R30 : Pode tornar-se facilmente inflamável durante o uso. atribuídas as substâncias e preparações perigosas: R1 : Explosivo no estado seco. fogo ou outras fontes de ignição. R23 : Tóxico por inalação. R14 : Reage violentamente em contacto com a água. R6 : Perigo de explosão com ou sem contacto com o ar. R10 : Inflamável. R19 : Pode formar peróxidos explosivos. R18 : Quando da utilização. R22 : Nocivo por ingestão. R13 : Gás liquefeito extremamente inflamável. R8 : Favorece a inflamação de matérias combustíveis. R28 : Muito tóxico por ingestão. R26 : Muito tóxico por inalação. R17 : Espontaneamente inflamável ao ar. R7 : Pode provocar incêndio. R33 : Perigo de efeitos cumulativos. R2 : Risco de explosão por choque. R12 : Extremamente inflamável. R34 : Provoca queimaduras. formação possível de mistura vapor/ar inflamável/explosiva. R5 : Perigo de explosão sob a acção do calor. R21 : Nocivo em contacto com a pele. R27 : Muito tóxico em contacto com a pele. R25 : Tóxico por ingestão. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 210 Rúben Viana . R3 : Grande risco de explosão por choque. R20 : Nocivo por inalação. R29 : Em contacto com a água liberta gases tóxicos. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 R35 : Provoca queimaduras graves. R43 : Pode causar sensibilização em contacto com a pele. R56 : Tóxico para os organismos do solo. R47 : Pode causar defeitos ao feto. R37 : Irritante para as vias respiratórias. R36 : Irritante para os olhos. R60 : Pode comprometer a fertilidade. R59 : Perigoso para a camada de ozono. R55 : Tóxico para a fauna. R41 : Risco de lesões oculares graves. R57 : Tóxico para as abelhas. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 211 Rúben Viana . R50 : Muito tóxico para os organismos aquáticos. por exposição repetida. R46 : Pode causar alterações genéticas hereditárias. R68 : Possibilidade de efeitos irreversíveis. R53 : Pode causar efeitos negativos a longo prazo no ambiente aquático. R49 : Pode causar cancro por inalação. R61 : Risco durante a gravidez com efeitos adversos na descendência. R51 : Tóxico para os organismos aquáticos. R58 : Pode causar efeitos negativos a longo prazo no ambiente. R39 : Perigo de efeitos irreversíveis muito graves. R62 : Possíveis riscos de comprometer a fertilidade. R38 : Irritante para a pele. R52 : Nocivo para os organismos aquáticos. R40 : Possibilidade de efeitos cancerígenos. R63 : Possíveis riscos durante a gravidez com efeitos adversos na descendência. R45 : Pode causar cancro. R67 : Pode provocar sonolência e vertigens. R54 : Tóxico para a flora. R66 : Pode provocar secura da pele ou fissuras. R64 : Pode causar danos às crianças alimentadas com leite materno. R48 : Risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada. R42 : Pode causar sensibilização por inalação. R65 : Nocivo: pode causar danos nos pulmões se ingerido. por inalação dos vapores. R44 : Risco de explosão se aquecido em ambiente fechado. (produto adequado a indicar pelo fabricante) S29: Não deitar os resíduos no esgoto S30: Nunca adicionar água ao produto S33: Evitar a acumulação de cargas electrostáticas _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 212 Rúben Viana .Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 7 Lista de Frases de Segurança: Esta é uma lista das frases de segurança e seus respectivos significados que definem as precauções a tomar na utilização de certos reagentes: S1: Conservar bem trancado S2: Manter fora do alcance das crianças S3: Conservar em lugar fresco S4: Manter longe de lugares habitados S5: Conservar em. (gás inerte a especificar pelo fabricante) S7: Manter o recipiente bem fechado S8: Manter o recipiente ao abrigo da humidade S9: Manter o recipiente num lugar bem ventilado S10: Manter o conteúdo húmido S11: Evitar o contacto com o ar S12: Não fechar o recipiente hermeticamente S13: Manter longe de comida. (materiais incompatíveis a indicar pelo fabricante) S15: Conservar longe do calor S16: Conservar longe de fontes de ignição ..... (líquido apropriado a especificar pelo fabricante) S6: Conservar em .Não fumar S17: Manter longe de materiais combustíveis S18: Abrir manipular o recipiente com cautela S20: Não comer nem beber durante a utilização S21: Não fumar durante a utilização S22: Não respirar o pó S23: Não respirar o vapor/gás/fumo/aerossol S24: Evitar o contacto com a pele S25: Evitar o contacto com os olhos S26: Em caso de contacto com os olhos lavar imediata e abundantemente em água e chamar um especialista S27: Retirar imediatamente a roupa contaminada S28: Em caso de contacto com a pele lavar imediata e abundantemente com.. bebidas incluindo os dos animais S14: Manter afastado de.... . remover a vítima da zona contaminada e mantê-la em repouso S64: Em caso de ingestão... Ter em atenção as instruções específicas das fichas de dados de Segurança S62: Em caso de ingestão não provocar o vómito: consultar imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem S63: Em caso de inalação acidental. lavar repetidamente a boca com água(apenas se a vítima estiver consciente) _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 213 Rúben Viana . °C (a especificar pelo fabricante) S48: Conservar húmido com . (meio apropriado a especificar pelo fabricante)[4] S49: Conservar unicamente no recipiente de origem S50: Não misturar com ...Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 S34: Evitar choques e fricções S35: Eliminar os resíduos do produto e os seus recipientes com todas as precauções possíveis S36: Usar vestuário de protecção adequado S37: Usar luvas adequadas S38: Em caso de ventilação insuficiente usar equipamento respiratório adequado S39: Usar protecção adequada para os olhos/cara S40: Para limpar os solos e os objectos contaminados com este produto utilizar ...(e especificar pelo fabricante) S41: Em caso de incêndio e/ou explosão não respirar os fumos S42: Durante as fumigações/pulverizações.. (a especificar pelo fabricante) S51: Usar unicamente em locais bem ventilados S52: Não usar sobre grandes superfícies em lugares habitados S53: Evitar a exposição – obter instruções especiais antes de usar S54: Obter autorização das autoridades de controlo de contaminação antes de despejar nas estações de tratamento de águas residuais S55: Utilizar as melhores técnicas de tratamento antes de despejar na rede de esgotos ou no meio aquático S56: Não despejar na rede de esgotos nem no meio aquático. Se a água aumentar os riscos acrescentar "Não utilizar água") S44: Em caso de indisposição consultar um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto) S45: Em caso de acidente ou indisposição consultar imediatamente um médico (se possível mostrar-lhe o rótulo do produto) S46: Em caso de ingestão consultar imediatamente um médico e mostrar o rótulo ou a embalagem S47: Conservar a uma temperatura inferior a .. (meios de extinção a especificar pelo fabricante.. Utilizar para o efeito um local apropriado para o tratamento dos resíduos S57: Utilizar um contentor adequado para evitar a contaminação do meio ambiente S58: Elimina-se como resíduo perigoso S59: Informar-se junto do fabricante de como reciclar e recuperar o produto S60: Elimina-se o produto e o recipiente como resíduos perigosos S61: Evitar a sua libertação para o meio ambiente. usar equipamento respiratório adequado (denominação(ões) adequada(s) a especificar pelo fabricante S43: Em caso de incêndio usar. Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 8 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 214 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 215 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 ANEXO 9 Resumo das etiquetas de perigo associadas às diferentes classes das matérias perigosas: CLASSE1: CLASSE2: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 216 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CLASSE 3: CLASSE 4: CLASSE 5: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 217 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CLASSE 6: CLASSE 7: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 218 Rúben Viana . Manual de Segurança e Boas Práticas para o profissional TAE do INEM | 2010 CLASSE 8: CLASSE 9: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Pós-Graduação em Segurança e Higiene no Trabalho | Relatório de Estágio Página 219 Rúben Viana . FIM dos ANEXOS .
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