MANUAL CLC5 - Técnico de Logística (1).doc

May 10, 2018 | Author: JoanaMarques | Category: Advertising, Philosophical Science, Science, Science (General), Science And Technology


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EFA NSCULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual EFA NS CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte CLC5 - CULTURA COMUNICAÇÃO E MÉDIA MANUAL Manual Delegação Regional do Norte Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto EFA NS CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO Modalidade de Formação CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual EFA - NS Área de Educação e Formação UFCD CLC5 Saída Profissional Formador(a) Técnico de Logística Olga Duarte Nível Data ESTRUTURA DO MANUAL Este manual está estruturado em quatro domínios de referência e três dimensões, de acordo com o Referencial de Competências-Chave: DR1 - Operar com as comunicações rádio em contexto doméstico adequando-as às necessidades organização doem quotidiano e DR2 - Lidar com a micro eda macro eletrónica contextos compreendendo deidentificando que modo incorporam e suscitam socioprofissionais as suas mais valias nadiferentes sistematização utilizações da língua da informação, decorrentes também da especificidade de linguagens de Cultura Cultura Língua Língua Comunicação 4 EFA NS CULTURA, LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual programação empregues Comunicação DR3 - Cultura Língua Comunicação Relacionar-se com os mass media reconhecendo os seus impactos na constituição do poder mediático e tendo a perceção dos efeitos deste na regulação institucional Cultura DR4- Perceber os impactos das redes de internet nos hábitos Língua precetivos, desenvolvendo uma atitude crítica face aos conteúdos aí disponibilizados AVALIAÇÃO Atividades de validação de Comunicação competências OBJETIVOS GERAIS No final da unidade de formação, o formando deverá:     Compreender as diferentes utilizações da língua nas comunicações rádio, adequando-as às necessidades da organização do seu quotidiano. Identificar as mais-valias da sistematização da informação disponibilizada por via eletrónica em contextos socioprofissionais. Reconhecer os impactos dos mass media na constituição do poder mediático e sua influência na regulação institucional. Desenvolver uma atitude crítica face aos conteúdos disponibilizados através da internet e dos meios de comunicação social no geral. DR1. Operar com as comunicações rádio em contexto doméstico adequando-as às necessidades da organização do quotidiano e compreendendo de que modo incorporam e suscitam diferentes utilizações da língua Objetivo: Compreender as diferentes utilizações da Língua nas comunicações rádio, adequandoas às necessidades da organização do seu quotidiano Cultura 1. Discuta com os seus colegas o sentido dos seguintes termos: Cultura Comunicação 2. Comente o cartoon que se segue. Média LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual 3. para os pássaros ou os ramos das árvores balançando com doçura ao vento (ou com força. quando se está à espera de alguém. . 4. com o cartoon que acaba de observar. mas durante muito tempo pouco mais faziam do que chamadas. Texto 1 . Leia a crónica que se segue. Passo a explicar: boa parte da Humanidade deixou de estar em sítios sem fazer mais nada – por exemplo. Relacione o título do artigo publicado no jornal Expresso. em dias de vendaval). para as pessoas que passam. Deixámos de saber olhar para o ar. A mulher com quem partilho a minha existência sobre este planeta chamou-me a atenção para um detalhe: a nossa incapacidade – e a minha em particular – para estar como se estava antigamente. estando. no dia 03 de abril de 2013. deixámos de pensar na vida ou.EFA NS CULTURA. simplesmente. Ou seja.iDe Nós Há décadas que temos telemóveis. mas tinha de lá . de forma natural e sem esforço. rápida e eficaz. não tinha grande coisa para nos encantar que não a fascinante possibilidade de telefonarmos para quem quiséssemos do lugar que quiséssemos. quando a pessoa amada nos diz uma verdade. uma voz nos garanta: “Raios. Mesmo que.” Por isso. fazemo-lo. É claro que – como manda a tradição -. Não era isso. As SMS. Seguiu-se profundo desconforto: tremuras. é nosso dever contestar e provar-lhe que tal se trata de um exagero. devagarinho. a minha mão. Acontece que eu nunca tinha racionalizado isto. suores – e nova incursão por todas as algibeiras das calças. um telemóvel deixou de ser só um telemóvel – e hoje carregamos orgulhosamente na algibeira centros de entretenimento mais poderosos que um multiplex de 10 salas. praticar o nada com o mesmo talento que me tornou famoso a praticar o nada na minha juventude e que levava pais e professores a considerarem-me “distraído” e “sempre na lua”. a alienação começou. o que é inquietante: sacar do telemóvel enquanto espero. decidi mostrar-lhe que poderia. Já sabia que não estava lá qualquer telemóvel. durante uma visita dela a uma sapataria. por exemplo. sim senhor. num eventual tempo de espera que ocorresse. como que movida por vontade própria. no fundo da nossa mente – ou talvez nem sequer tão fundo -. Porquê? Porque temos telemóveis. que a pessoa amada saia de uma loja de roupa tornou-se tão natural e inquestionável como respirar – simplesmente. E foi horrível. Ou seja. com ligação ao divertimento mais infinito de todos: a Internet. deslizou. Nós pura e simplesmente tínhamos que alimentar aquele estupor daquela cobra! Aos poucos. em choque. há décadas que temos telemóveis. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual de praticar a nobre arte perdida de esvaziar a nossa mente e não pensar em nada. De repente. Na verdade. deixar o telemóvel em casa e. mas culpo também os criadores de “Snake” de terem aberto a porta: foi com o lendário jogo da cobra retangular comilona que começámos a baixar a cabeça nos tempos livres e a deixar de encarar o nada nos olhos. por exemplo. que nenhum telemóvel lá estava. estava de forma exímia e com grande talento. ela tem razão. Resultado? Se temos o telemóvel na algibeira e se está carregado. a estar. pelo bolso das calças adentro – constatando. por muito que admirássemos a modernidade do objeto.EFA NS CULTURA. Faz parte desse momento – como alçar a perna quando passamos por uma poça. temos de lá estar a fazer alguma coisa. Foi horrível porque assim que a minha mulher entrou na loja. mas durante muito tempo eles pouco mais faziam do que chamadas. Nesse ano.1.3. na opinião do cronista. quando alguns pesquisadores se aperceberam de que. O cronista procurou demonstrar que ele não era dependente do telemóvel. Foi necessário chegar a 1968. Alargue os seus conhecimentos Texto 2 – O telemóvel e a sua história A primeira chamada feita de um telemóvel foi feita no dia 3 de abril de 1973. que fizesse desaparecer esta terrível sensação de que estava nu em público. 3. já repararam como uma bolinha de cotão do bolso das calças pode conter cores e cambiantes tão fascinantes? Ah. Justifique a sua resposta. poderiam aumentar a capacidade de comércio dos telefones móveis.CULTURA. 3. Nuno (2011). se o cotão tivesse wi-fi… MARKL. O que aconteceu? 3. A ideia de criar este aparelho surgiu em 1947. E estava. de que tinha de olhar para coisas e pessoas ou de abraçar a relaxante pacatez do não fazer nada. recorrendo a pequenas células. já que a quantidade de chamadas possíveis de realizar ao mesmo tempo era muito reduzida. Em que faixa etária enquadraria o autor do texto. o engenheiro Martin Cooper. 2. um telemóvel deixou de ser só um telemóvel”.2. Muitos nova-iorquinos pararam. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual estar alguma coisa. levam os portadores de telemóveis a não saberem estar sem fazer nada. Alguma coisa que me “vestisse”.1. Explique o sentido da afirmação: “Aos poucos. causou furor em Manhattam. Como resolveu ele a situação? 4. Ide Nós. 10/06/2011 1. Foi a primeira chamada feita de um telemóvel de que há registo e correspondeu a um momento que acabaria por mudar a vida de milhões de cidadãos em todo o mundo. 4. diretor de projeto da Motorola. ainda não existia a técnica nem a possibilidade de alargar o comércio de conversação. boquiabertos porque viram um indivíduo a falar ao telemóvel na rua. apesar de aqui estar a base do conceito. Aponte os factos que. No entanto. Revista Única. para que se . Caramba. Como? 3. permitindo a melhoria das comunicações móveis. O livro. Mas o telemóvel não é apenas usado para as tradicionais conversas telefónicas. cinco milhões de novos utilizadores/mês. assim como surgiu a hipótese de utilizar o roaming internacional (possibilidade de a partir de um telemóvel realizar e receber chamadas num país estrangeiro). Na segunda geração de telemóveis.Por extenso Quero o maior! – desde pequeníssima. Disponível em: http://www. na comida: o prato maior. Em 1998. Texto 4 . O bolo: . O primeiro telemóvel surgiu precisamente em 1973. que pesava 1089 gr. ou faxes e aceder à Internet a partir de um simples aparelho. os telemóveis são cada vez mais associados aos computadores.nachaca. Assim. foi registada a patente do sistema de rádiotelefone de Martin Cooper para a empresa Motorola. E. O cãozinho : o maior. o tamanho e o peso são fatores determinantes para associar os utilizadores a determinados estilos de vida. as características. com a existência de 100 milhões de subscritores. o com a letra mais gorda. a popularidade do GSM continuou a acentuar-se. é possível receber e enviar e-mails. Começou a haver mais qualidade nas comunicações. texto com adaptações e supressões) Língua Leia o conto que se segue. dando frequências e possibilitando a existência de uma rede de comunicações móveis avançada. se o escolhia : o maior. atualmente. Por todo o mundo proliferaram as marcas e os modelos de telemóveis e. sempre o maior. a fatia maior. razão pela qual é amplamente considerado o pai do telemóvel. o com mais cores .com/quem-inventou-o-celular/ (2013-04-03. 120 países envolvidos.EFA NS CULTURA. Entretanto. o sistema GSM (Global System for Mobile) passou a desempenhar um papel muito importante. a posta maior. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual compreendesse que era fundamental incrementar as comunicações móveis. o formato. com 300 operadores e com uma percentagem de 60% de telemóveis digitais com GSM. quando a Motorola lançou as bases da primeira geração de telemóveis ao anunciar o DynaTACTM Cellular Phone. contribuindo todas estas características para a natural convergência das telecomunicações. em 1975. O urso : o maior. à espera de a reconhecer.) ! Menina Qualquer Coisa. no meio da vozearia dos rapazes que se batiam por td e por nada. Agora. à passagem de alguém. Mas era preciso estar preparada. . mas passou a usá-la tb. A palavra q ela não percebeu teve um efeito curioso em Ana Lúcia. “O quê?”. o telemóvel na mão onde a sms começada ainda enlanguesce : “vmos hje ao cc cnema k v o k?”. “Encardida?”. em esfogueteada primeira..Ó menina. No polivalente havia sobretudo ruído. em vez de responder “táse” quando o tio António.. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO o maior. na piscina. CULTURA. perguntou. Abreviaturas. Vai agora a atravessar a passadeira de peões e a escrever uma sms ao mesmo tempo. deixando a Leila interdita. “Disseste que a camisola estava o quê?”. simplificações. com a franja a encaracolar-se-lhe e a escova de alisar o cabelo a pilhas rodando estupidamente na mão. a mulher baixa o vidro e grita-lhe: . perguntou a Leila. Um carro pára. cínica e arrancando. porque encontra muito comprido o que lhe impuseram – Ana Lúcia é o seu nome da escola. a estar mais alerta para td o que ia e vinha à sua volta. No polivalente. Foi lanchar.?”. e ter a orelha tapada pela touca. No café. A palavra que Ana Lúcia buscava não era “encardida”. embora lhe parecesse pouco provável. quer ir já para o céu.. Que é forte. Começou a tomar mais atenção ao mundo. a meio de um salto da prancha.EFA NS evidentemente. Escolhido para nome Nê. “O quê o quê?”. os pneus até dtm fmo. o carro a dois milímetros dos ténis de plataforma que nesse dia estreia. quase sem fome. É um truq q costuma fzer para mostrar q tanto se lhe dá. com que assina os testes e os trabalhos. escolhendo a fatia maior. Podia acontecer em qualquer lado. sorrindo. os travões guincham.? Na escola.Menina (. Leila disse. mas acabou por ficar. e Nê o seu nome livre. palavra que ela não percebe e escreve no tlm “ia sendo atropelada! tou aq td a trmer!” e envia à Ana Márcia que lhe responde logo “táse!”. e a condutora olha-a de dentro da carrinha familiar. no dia seguinte. E comeu pouco ao pequeno almoço. o meio tolinho meio irmão do pai q vive na cave.. na frase “ Sinto esta fase da minha vida um bocado encardida”. grita: . afundada na torrente de palavras sem sentido com q normalmente a enviava para a escola: “encardida”. ela diz “Olha. tive um dia mesmo desconchavado”... ouviu a palavra “desconchavada” vinda de uma mesa de mulheres-gralhas e achou q não era Aquela a Que Demandava. CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Poupada apenas nisto Manual das letras. tão novinha? Nê treme tanto que os dentes chocalham na boca. lhe pergunta com um olho meio fechado : “Q tal o dia. ao interv do almoço. “pitoresco”. convidou-a para tomar um café. Era o mais humilde. mas “encantamento”. Aponte as principais funcionalidades do seu telemóvel. quando lho disseram : Mirtília Túlia. Acompanhou-a à vitrina. com um belo sorriso de amor. E o filme de murros no centro comercial? “Inane”. Substitua as abreviaturas usadas pela palavra correspondente. . “delírio”.do inglês “Short Message Service” . Achou os colegas todos “lúgubres”. Em trabalho de pares.1. de líquen a líquen. passou a ser uma “choça” e o carro deles um “chaço”.htm (Consultado a 2013-04-09) 1. o misterioso vizinho que estudava matérias misteriosas. com as letras todas. Leila. Silvestre. 1. “deslumbrante”. por exemplo.CULTURA. E apontou.É um pastelzinho. entretanto conquistado pelo prolongado silêncio dela. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual SMS para cá e para lá nas aulas. 1 SMS . E. Identifique os excertos do texto em que a autora recorre à linguagem frequentemente usada nos SMS1.net/por_extenso. Espiava-o do seu pátio em frente à garagem e achava tudo feio – fora a cameleira. O tema: um MMS da Ana Sandra que mostrava um homem todo nu com uma grande cabeça de abóbora. discreta. construa um glossário das abreviaturas mais frequentes na escrita de SMS. paixão o que sentia por Silvestre.2.1. no interv das dez e meia. A casita onde morava com o meio tio e a mulher. Comunicação 1. Mas Nê já estava noutra. por favor – pediu Ana Lúcia . mas foi dito por extenso. 1. era um nome q era um nome verdadeiro. Dom Quixote Disponível em: http://www. mas sorriu ao nome da namorada dele. E pequenos musgos no muro.1. GOMES.aquele ali. espantou a Ana Margarida ao dizer que a comida do refeitório era “sórdida”. Luísa da (2007) Setembro e outros contos. que o Paulo andava “sorumbático” e “extravagante”. com nova motivação. De vez em quando escrevia uma palavra no muro. Ficava a apreciar o pouco que tinha.luisacostagomes. Procurou (sem realmente procurar) os sítios onde seria mais provável ouvir o que não percebera da primeira vez. comentou. Não era de troça. E a frase favorita : “ O Paulo é cá um lapa”. e em outros momentos. Não falava muito. Olhou Silvestre. procurando as palavras mais apropriadas com gula. Não era. no seu dia a dia. pois. entrelaçamento”. Em trabalho de pares.1. sobre a afirmação que se segue: «O telemóvel é uma extensão do “eu”». sobretudo na gestão da interação com os outros. definir um texto como um conjunto de enunciados (orais ou escritos) relacionados entre si que formam um todo com sentido. Tendo em conta esta origem etimológica.CULTURA. Vantagens TELEMÓVEL Desvantagens 3. Podemos. com maior frequência. 2. aponte algumas vantagens e desvantagens do uso do telemóvel.1. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS 1. CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Diga quais utiliza. 2. reflita. Para que haja coerência textual é ainda necessário que o texto apresente progressão temática e continuidade . que significa “tecido. Individualmente. num texto coerente e coeso (consulte a ficha informativa relativa a esta matéria). A coerência e a coesão são dois princípios básicos de estruturação de um texto. Língua Ficha Informativa: O texto – Coerência e coesão A palavra texto provém do latim “textu”. A – A coerência Dizemos que um texto é coerente quando aquilo que ele transmite está de acordo com o conhecimento que cada locutor tem do mundo. nunca devemos esquecer que o texto resulta desta ação de tecer. Apesar das inúmeras vantagens que a invenção de Martin Cooper trouxe para o mundo das comunicações. o uso do telemóvel trouxe algumas desvantagens. de entrelaçar unidades que formam um todo interrelacionado. palestras. Leia o texto: Literatura e violência “A literatura e a violência” é. dos clássicos russos aos alemães. a escravatura. Não pretendendo fazer história. pela introdução de informação nova relativa a um tema central. o que faz o texto avançar: a presença da violência em todo o lado (“no espinho de uma rosa”). Depois de anunciar o tema central e estruturante de todo o texto – “literatura e violência” –. o coronelismo.CULTURA. também. os numerosos escritores que sobre a violência produziram literatura e encontraremos. o autor vai introduzindo novos factos e ideias (progressão temática). LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual semântica. quer como expressão literária de autores sobre esse tema. Os analistas. aos grandes escritores americanos dos ciclos do tabaco e do algodão. E fiquemos por aqui. Costa(2007). ANDRADE. conferencias sobre tudo e coisa nenhuma. Esconde-se violência no espinho de uma rosa. assim. para não termos possibilidades de não acabar nunca mais. A progressão e a continuidade completam-se. um fio garante-se condutor. matéria extremamente vasta para estudo. Ensaios. muitos dos quais se exilaram e adotaram uma nova realidade. que a progressão depende da recorrência do tema – o aparecimento de novas informações é acompanhado pela recuperação do assunto . o cacau e açúcar. critérios. pois a primeira. quer como produção de ensaios e teses sobre o mesmo. ensaios. encontram textos de todas as épocas em que literatura e violência se apresentam. peço-vos que recordem. dependendo da perspetiva que se pretenda adotar. A coerência é. os estudiosos das literaturas mais difundidas no mundo. teses. a sua presença em textos literários. desde a antiguidade aos tempos modernos. a propriedade textual que assegura a ligação entre o texto e o mundo (real ou imaginário) que ele designa. aos brasileiros sobre a colónia. Angola: Editorial Kilombelombe. a Alternando continuidade do equilibradamente tema central e continuidade e unificador o e desenvolvimento progressivo desse tema nos seus múltiplos aspetos. Opiniões. em diferentes países e épocas… Note-se. sem falar dos remotos gregos e árabes. assegura que o texto não se limita a repetir indefinidamente aquilo que já foi exposto e a segunda garante a existência de progressão. fundamentalmente linguísticos. estabelecem entre elas determinadas relações através de uma série de mecanismos. ou antes. uma ideia isto é. “sobre violência…”. sobretudo. Por agora. porém. por mais que. ou seja. restrição … adicionar elementos e ideias de mas. conclusão a partir da concluindo. em suma… … exemplificar por exemplo. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual anunciado no tema: “Esconde-se violência…”. em conclusão… ideia principal … resumir. também. isto (não) significa que. A coesão pode ser interfrásica. temporal. no entanto. entre outros… … comparar como. isto é. do mesmo modo. ideias bem como. a meu ver. tanto… quanto. se bem que… e agrupar e. isto é. conforme. logo. na verdade. consequência é por isso que… … dar uma opinião na minha opinião. assegurada pelos marcadores discursivos ou articuladores do discurso. dizendo melhor. pela mesma razão… … indicar uma por tudo isto. “esse tema…”. por conseguinte. penso que… … exprimir dúvida talvez. antes de. em . contudo. 1. tanto… que. todavia. provavelmente. por outras palavras. além disso. reafirmar por outras palavras. assim como. apesar de. explicar quer isto dizer. igualmente… … introduzir uma pois. portanto. ou seja.” literatura e violência”. a que se dá o nome de coesão. a saber. é o caso de. por um lado… por outro lado. nem… nem (negativa). de modo que.CULTURA. num primeiro momento. B. porventura… … insistir nas ideias com efeito. é provável que. mesmo que. Coesão As unidades constitutivas de um texto estão ligadas entre si. A conexão interfrásica é. vamos deternos apenas na coesão interfrásica. ou melhor… … organizar ideias por em primeiro lugar. em meu entender. efetivamente. lexical. não só… mas também/como ainda. de facto… expostas … esclarecer. … articular contraste. em particular. nomeadamente. tal como. daí. possivelmente. em resumo. que. de tal forma que. ainda oposição. parece-me. Coesão interfrásica A coesão interfrásica consiste na articulação relevante e adequada de frases ou de sequências de frases (segmentos textuais). embora. assim. e ainda. enfim. uma vez de causa que. seguidamente. após. quando. certamente. ao lado. salvo se. pois que. em cima. a menos que. para (que). à direita. de raciocínios que forma a… apresentam a intenção. com o objetivo de. simultaneamente. no meio. dado que. a não ser que. ou (…ou). ora…ora. caso. por causa de… …indicar uma hipótese se.EFA NS CULTURA. ou condição desde que. o objetivo com que se produz o que é descrito anteriormente … anunciar uma ideia pois. naturalmente. enquanto. supondo que… … exprimir um facto com certeza. finalmente. tempo ou espaço) até que. naquele lugar… … introduzir com o intuito de. sem dado como certo dúvida que… … evidenciar ideias fosse…fosse. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual ordem sequencial (no segundo lugar. exceto se. porque. por fim. depois de. a fim de. já que. é evidente que. em seguida. à esquerda. quer…quer… alternativas . visto que. CULTURA. A forma como a figura humana é representada. Descreva-o com pormenor. 1. com atenção. que vantagens trouxeram as Tecnologias da Informação e da Comunicação para o contexto laboral? 1. Lidar com a micro e macro eletrónica em contextos socioprofissionais identificando as suas mais valias na sistematização da informação.1. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual DR2. Na sua opinião.1. O muro que está a ser construído (o que simboliza? Relação com o que está para além do muro…). CULTURA 1. decorrentes também da especificidade de linguagens de programação empregues Objetivo: Identifica as mais-valias da sistematização da informação disponibilizada por via eletrónica em contextos socioprofissionais.3. b. Aponte possíveis utilizações das Comunicação na área da Logística. c. d. Os planos da imagem.2. Tecnologias da Informação e da . Interprete-o. 1. 1. A grua.3. tendo em conta os seguintes tópicos: a. Leia o artigo que se segue. Observe o cartoon. EFA NS CULTURA. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO Texto 4 – Doutor Google CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual . Esclareça o sentido do termo “Ciberespaço”. 3. procure antecipar o seu assunto.EFA NS CULTURA. aponte as mudanças trazidas pelas novas tecnologias da informação e da comunicação na área da saúde. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual 2. Texto 5 – A Sobrevivência do Papel 1. Tendo em conta artigo que acaba de ler. . A partir do título do texto. nas linhas 3 a 6. b. CULTURA. c. escolha a alínea que corresponde à opção correta. Através do recurso à repetição da conjugação subordinativa “quando”. 1. de acordo com o sentido do texto. o autor pretende: a. evidenciar a importância do papel no nosso dia a dia. . conferir ao seu texto um tom mais literário. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Para cada um dos itens que se seguem. salientar exemplos que ilustrem a afirmação que fez anteriormente.2.1.EFA NS 1. “Depois…” e “Finalmente…” são articuladores do discurso que: a. indicam uma condição. ler um texto pelo prazer de leitura. b.33) significa: a. b. 29 – 35). evitar a repetição do seu antecedente “rascunhos”. CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte CULTURA. o pronome pessoal (destacado a negrito) é usado para: a. b. No penúltimo parágrafo do texto (ll. as expressões “começamos por…”.4. organizam as ideias por ordem sequencial. revê-os.5. insistir nas ideias já expostas.” (l.3. Na frase “O caso do papel é um dos mais curiosos. c. à estranheza que o autor revela pelo facto de o fim anunciado do papel não se ter concretizado. à curiosidade que o papel suscita nos seus utilizadores. c. 3. ao facto de o papel ser um objeto raro e interessante. 3. No excerto “mas depois imprime os rascunhos.3. chamar a atenção do leitor para o que se passa à sua volta. c. b. c. b.25-26). evidenciam ideias alternativas. 3. através de uma leitura rápida.7) é usada para: a. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO EFA NS Manual A expressão “Na realidade” (l. procurar as principais informações de um texto.11). observar com toda a atenção os pormenores de um texto. o adjetivo referese: a. A expressão “ler em diagonal”(l. mostrar a diferença entre aquilo que se pensa e aquilo que acontece. tornar mais evidente a importância dos rascunhos. LÍNGUA marcadores discursivos ou . 3. evitar a repetição do nome “documentos”. discute-os e anotaos” (l.2. c.1. releia o seu texto e faça uma revisão cuidado do que escreveu. Revisão – no final. C. reformulando-o. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Ficha informativa: Texto expositivo – argumentativo ESTRUTURA A. que tem de ser clara. A apresentação deve seguir uma apresentação clara e coerente: cronológica. sem referir ainda quaisquer razões ou provas. B. retoma-se o tópico da introdução. . de testemunhos. que provam a sua veracidade.EFA NS CULTURA. substituindo ou reconfigurando as ideias expostas. acrescentando. de exemplos. Desenvolvimento Análise e explicitação da tese (ponto de vista). de factos. através da apresentação de argumentos. de citações. Introdução Parágrafo inicial no qual se apresenta a tese (ponto de vista). apagando. devendo ser convincente e irrefutável. hierárquica (do menos para o mais importante ou vice-versa) ou lógica (causa-efeito-consequência). Conclusão É constituída por uma síntese da demonstração feita no desenvolvimento. Por norma. Funciona como um estímulo que condiciona os comportamentos. em geral. potenciando a prática precoce de sexo e suscitando distúrbios afetivos. divulgação de novos produtos… Todavia. As crianças formam uma imagem destorcida da sua sexualidade. A televisão difunde programas educativos edificantes. . As crianças/jovens tendem a imitar os comportamentos violentos dos heróis. o que pode colocarem risco a vida dos mesmos. positiva ou negativamente. a televisão exerce também uma influência negativa. os defeitos esbatidos. Em jeito de conclusão.scribd. ao exibir modelos.EFA NS CULTURA. informação sobre a atualidade. criando-se a imagem do herói / heroína perfeitos. é legítimo que se imponha às estações de televisão uma restrição de exibição de material violento ou desajustado à faixa etária nas suas grelhas de programação. dado que a exposição a este tipo de conteúdos é extremamente prejudicial no desenvolvimento das crianças e dos jovens. pois. cujas características são inatingíveis pelas crianças e jovens em geral. Esta construção produz sentimentos de insatisfação do eu consigo mesmo e de menosprezo pelo outro. O mesmo acontece com o visionamento de cenas de sexo. tais como o ZigZag. tal como diz o povo. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual EXEMPLO O PAPEL DA TELEVISÃO NA VIDA DOS JOVENS A televisão tem uma grande influência na formação pessoal e social das crianças e dos jovens. os documentários sobre Historia. As suas qualidades físicas são amplificadas.com/doc/31355681/exemplo-texto-agumentativo (2013/04/30) COMUNICAÇÃO Num texto coerente e coeso. http://pt. A violência é outro aspeto negativo da televisão. reflita acerca das vantagens e desvantagens do uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no âmbito laboral. “violência só gera violência”. Ciências. preferencialmente em curso de dupla certificação . para responder ao anúncio apresentado. Enviar CV.com Era mesmo o emprego com que sonhava há muito… Redija o seu curriculum vitae.Conhecimentos de informática na ótica do utilizador .12º ano.“PRECISA-SE”. bem como a sua carta de apresentação. Curriculum Vitae e Carta de Apresentação Imagine que. . modelo europeu. na secção de classificados . ao ler um jornal diário. F.EFA NS CULTURA. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Anúncio. e carta de apresentação para o seguinte endereço de correio eletrónico: bemgerir@gmail. de acordo com o perfil do candidato e concretização de objetivos. encontrou.Capacidade para gerir equipas OFERECE-SE: Remuneração acima da média. o seguinte anúncio: PRECISA-SE Empresa conceituada pretende admitir: Técnico de Logística . no último domingo. P. ajudas de custo. possibilidades reais de progressão na carreira.Conhecimentos de inglês . claras e sem erros de ortografia. Ainda é a forma que muitas empresas usam para preencher vagas de emprego. é preferível escrever a carta de novo.  ao escrever a carta deverá ter em atenção os seguintes aspetos: o utilize frases curtas. falsos elogios e frases demasiado pomposas. e dados pessoais para contacto. . A entrega do currículo é apenas a primeira fase da admissão em uma instituição. o não utilize o post-scriptum (P. http://pt. na qual o candidato a alguma vaga de emprego descreve as experiências profissionais. o evite banalidades.cedefop. expressar o seu interesse e motivação face à função e à empresa às quais se candidata e conseguir obter uma entrevista. o obedeça à estrutura da carta.S. não se esqueça do seguinte:  os objetivos desta carta são: suscitar o interesse do empregador.org/wiki/Curriculum_vit%C3%A6 (2013/03/26)  Para a construção do seu CV. como forma no plural do termo) é um documento de tipo histórico. modelo europeu.europa.europass. chamar a atenção para o seu curriculum.eu Carta de apresentação Para a elaboração da sua carta de apresentação / candidatura. também abreviado para CV ou apenas currículo (por vezes utiliza-se o termo curricula. formação académica. as fases posteriores compreendem a entrevista e prova de conhecimentos. O curriculum vitae é uma síntese de qualificações e aptidões. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual NÃO SE ESQUEÇA QUE ESTES DOIS DOCUMENTOS SÃO A CHAVE DO SEU SUCESSO E A PORTA DE ENTRADA PARA ESTE NOVO EMPREGO! Curriculum Vitae Definição O curriculum vitæ (do latim trajetória de vida). como forma de demonstrar suas habilidades e competências. o utilize o registo de língua cuidado. que relata a trajetória educacional e/ou académica e as experiências profissionais de uma pessoa.wikipedia.) – se der conta que não mencionou um ponto importante. podendo também ser usado como instrumento de apoio em situações académicas. De um modo geral o curriculum vitae tem como objetivo fornecer o perfil da pessoa para um empregador. poderá encontrar um modelo em www.EFA NS CULTURA. tendo trabalhado durante 12 anos na mesma firma. Venho. e que esta será. responder ao anúncio publicado pela empresa de V. e como penso que a minha experiência poderá ser enriquecedora e uma mais-valia para a empresa de V. onde poderei fornecer informações mais pormenorizadas acerca da minha experiência profissional.. A minha experiência profissional é diversificada dentro da área comercial. Assim. coloco-me. Sr. João da Silva Anexo: CV . por deslocação do pólo de produção para o continente africano. no canto inferior esquerdo da folha. desde já. por este meio. resolveu encerrar as portas. Diretor de Recursos Humanos da Empresa xxxxxxxxxxxxxxxxxxx. n. no Jornal de Notícias. sem dúvida. subscrevo-me com a máxima consideração. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual o se for acompanhada de curriculum. Sem mais assunto de momento. uma boa oportunidade de desenvolver as minhas competências pessoais e profissionais.EFA NS CULTURA. 12 de Julho de 2012 Assunto: Candidatura à função de Técnico de Vendas Exmo.Exa. no caso de reunir as condições que considerem necessárias para a integração na V/ empresa. deve mencioná-lo. do passado dia 11 de Julho. à V/ inteira disposição para um posterior contacto. Exa. o dirija-a ao Diretor de Recursos Humanos ou ao Diretor da empresa Exemplo João da Silva Rua da Bélgica.º xx 4200-436 Vila Nova de Gaia Telef. que.: xx xxx xx xx Vila Nova de Gaia. para a função de técnico de vendas. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual .EFA NS CULTURA. local onde as pessoas se encontram. c. .preferências televisivas. Discuta com os seus colegas os seguintes tópicos: . Observe a imagem tendo em conta os seguintes aspetos: a. Esclareça a intenção crítica que subjaz a este cartoon. . LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual DR3. Leia o seguinte texto. Relacionar-se com os mass media reconhecendo os seus impactos na constituição do poder mediático e tendo a perceção dos efeitos deste na regulação institucional Objetivo: reconhecer a importância dos mass media e o seu impacto na sociedade no poder legislativo e executivo. 1.EFA NS CULTURA. percetível pela sua expressão facial.opinião sobre o papel da televisão na nossa sociedade.opinião sobre a internet como substituto da televisão. b. estado de espírito das pessoas. . CULTURA 1. 3. 2. ocupação de cada uma das pessoas. onde ele põe o seu. pelo melhoramento das classes infelizes. deve ser preparada pela discussão e pelo esclarecimento da direção governativa... pela qual a humanidade transforma e refaz o seu destino no sentido da justiça..º 1. 1845 .. é ele o grande construidor do futuro. que a avise quando ela se transviar. seria a intervenção permanente do País na sua própria vida política. o cansaço. o repouso. elevada. pelo progresso que fazem os espíritos. e com razão. há trabalhadores de ideias. da situação pública. pelo respeito do direito. intelectual e material em presença das outras nações. alumia sobretudo. literária e industrial. tendo viajado muito. II. perde-se. "Os Maias" (1888). como uma folha de árvore ou como um trapo arremessado ao monturo.EFA NS CULTURA.) O jornalismo não sabe que há o abatimento moral. não é só o facto de hoje que o prende . Mas esta intervenção nos factos. Algumas obras: "O Crime do Padre Amaro" (1875-1876).) o jornalismo ensina. in Páginas de Jornalismo – "O Distrito de Évora" (n. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Texto 6 .isso é o menos . filósofos. do estado geral dos espíritos. É o grande dever do jornalismo fazer conhecer o estado das cousas públicas. Lello e Irmãos Editores José Maria Eça de Queirós (Póvoa de Varzim. do trabalho.Revista crítica dos jornais O jornalismo. professa. nobres ataques da palavra e da ideia. some-se. na sua justa e verdadeira atitude. pois bem. quem velaria pelos que dormem? (…) Há homens. a sua ideia. esquece: aquela folha delgada e leve. de imortalidade. tudo isso passa. da virtude das leis.) (. É por isso que ele contradiz muitas vezes a opinião recebida. que fazem o mesmo áspero trabalho incessante: mas esses têm a glória. É considerado um dos maiores romancistas portugueses do século XIX.. serena. que a sustenha.) Eça de Queirós. da família. protestar com justa violência contra os atos culposos.. pela grandeza moral. nem sempre a grande massa tem a consciência do bem. frouxos. ensinar ao povo os seus direitos e as garantias da sua segurança. .é o facto que o futuro contém: ele vai das relações presentes às relações futuras e mostra a revolução lenta. a sua alma. Se ele repousasse. desaparece. nocivos. nas ideias. moral.Paris. (. de duração. do vigor das consciências.. 6 de Janeiro de 1867). (. a sua consciência. sem esperanças de vida. derrama ideias. quando ela for a cair. a fadiga. luta. velar pelo poder interior da Pátria. defesas eloquentes. vol. imensa. para ter um carácter de utilidade pública e largas vistas sociais. para ser fecunda.Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. estar atento às atitudes que toma a política estrangeira. Participou nas Conferências do Casino e teve um importante papel na Geração de 70. pela conservação da justiça. "A Relíquia" (1887). do direito e da sua verdadeira razão. que é como um bálsamo divino derramado nos seus cansaços. sistemas. improvisações. filosofias sociais e populares estudos refletidos. "O Primo Basílio" (1878). O jornalista não: trabalha. morre.. espírito. "Contos" (1902) e "Prosas Bárbaras" (1903). (. religiosa. é necessário que o jornalismo a esclareça. Foi nomeado cônsul em Havana (1872). 1900) . como o mundial de futebol ou o final do campeonato de futebol americano 2010.1. a SIC e a TVI. agora. que juntou 106 milhões de americanos – mais do que o youtube durante um mês. sociais e económicos. Num texto de cerca de cento e cinquenta palavras. os especialistas pretendiam dizer que a TV a que chamamos generalista tem os dias contados. apresente a sua opinião acerca do jornalismo que se pratica atualmente nos meios de comunicação social portugueses. 3. 1. Selecione as três que lhe parecem mais significativas. Eça de Queirós compara os jornalistas com os filósofos. Desde os anos 80 que a previsão ainda não se concretizou. Refira o que têm em comum e o que os distingue. 4. No terceiro parágrafo. Explique por que motivo o jornalismo é "o grande construidor do futuro". Texto 7 .1. ou de entretenimento. 2. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Responda. Identifique o tema abordado neste artigo.EFA NS CULTURA. A televisão é um motor de economia. justificando a sua escolha. Em todo o mundo. A determinado momento do texto. estudiosos dos media repetem que a “televisão morreu”. Eça de Queirós faz uma apreciação do trabalho dos jornalistas. 5. o autor enumera aquelas que considera serem as grandes funções do jornalismo. as profundas mudanças que o meio televisivo e os . E. Todavia. às questões que se seguem. Reúne maiores audiências do que qualquer outro médium quando em direto de acontecimentos trágicos. 2. 6. ela move-se mais rápida do que os especialistas. 3. Dá emprego e mobiliza a criatividade de dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo. 5. como em Portugal a RTP1. a RTP2. confirmando a sua resposta com citações do texto. como o 11 de Setembro. Esclareça se se trata de uma apreciação marcadamente positiva ou negativa.1. permanecem os mais vistos e os mais importantes em termos políticos.A televisão e o Serviço público Desde há anos. Conquista novos públicos em todo o mundo. no entanto. os canais generalistas. A qualidade de alguns conteúdos televisivos supera hoje a de muito cinema de Hollywood. Com aquela previsão necrológica. Aponte os argumentos usados pelo autor para defender a sua tese. 2. Responda às questões.6. na formação de públicos e criação de estilos de vida. . O galardão é atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE) e pela câmara de Famalicão e tem um valor pecuniário de 5000 euros. informe-se sobre os primórdios da televisão em Portugal e registe as suas impressões sobre as diferenças deste meio de comunicação social. “Este ensaio pretende contribuir para esse debate”. Indique a posição assumida pelo autor deste ensaio relativamente à afirmação transcrita. em Angola. Estreia de um africano Esta é a primeira vez que um autor oriundo de um país africano de língua oficial portuguesa recebe o prémio depois da APE e a autarquia famalicense decidirem alargar o concurso em 2005. Segundo o autor. ontem.Distinção: Os da minha rua rendeu “Prémio Camilo” a Ondjaki Alexandra Lopes O escritor angolano Ondjaki recebeu. Reflita sobre as vantagens da televisão no acesso a programas educativos e culturais. (…) TORRES. Explique o sentido da expressão sublinhada. Reflita sobre este tema e apresente a sua opinião.2. estudiosos dos media repetem que a “televisão morreu”. 2. 2. 2.6.4. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual seus contextos nacionais têm sofrido merecem reflexão e debate público. pois dizem respeito a todos. o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco com a obra Os da minha rua. Justifique a razão de ser desse debate. lembrando a infância. Utilizando os meios de informação ao seu dispor. Este ensaio pretende contribuir para esse debate. 3.3. Desde há anos.2. 4.1.1.3. 2. FFMS e Relógio D’Água Editores 2.5. a obra é “quase autobiográfica embora ficcionada” e segue uma linha cronológica nas décadas de 1980 e 1990. Língua 1. Texto 8 .6. entre essa altura e a atualidade. Transcreva do texto uma expressão com um sentido equivalente ao do sublinhado na frase anterior. 2.EFA NS CULTURA. Indique o assunto do debate proposto pelo autor. 2.6. 2. A televisão e o Serviço público. 2.Leia os textos que se seguem e procure determinar a sua intenção comunicativa. Eduardo Cintra (2011). Nunca como hoje houve tantas possibilidades de partilha e utilização desse mesmo conhecimento. Em poucos segundos milhares de anos de informação e conhecimento armazenados desfilam perante os nossos olhos. cortamos.EFA NS CULTURA. interrogar. O representante do júri. considera que Ondjaki tem um “enorme talento literário” salientando o uso “recorrente” do autor à ironia. De que tipo de textos se trata? Justifique. Mas os primeiros estudos sobre estas novas formas de trabalhar aí estão: infelizmente. O autor espera lançar um novo romance assim como um livro de poesia que está previsto para Fevereiro. divertir-se. criticar. a Internet tornou possível um mundo que há algumas décadas só existia na ficção científica – mas a evolução foi tão rápida que não nos deu tempo de perceber como gerir toda essa informação. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual “Receber um prémio é um acréscimo de responsabilidade para o trabalho e para e para as próximas obras”. Nunca como hoje “saber” foi tão rápido. Entendendo que ao premiar um autor dos PALOP está a ” valorizar-se” a figura de Camilo e a sua obra. 31 de Janeiro de 2010 (com supressões) 2. in Notícias Magazine. adiantou Ondjaki. viver. o presidente da Câmara de Famalicão. selecionar. aponta que ao patrocinar o prémio está a “estimular” a criação literária contemporânea. 5/12/2008 Texto 9 . E facilmente manipuláveis. Quem tem filhos em idade escolar não pode deixar de invejar a facilidade com que fazem trabalhos de investigação. Nunca como hoje houve tanta gente a aceder a um património de conhecimento que pode considerar-se comum e universal. duvidar tornamo-nos amorfos.º923. Comunicação . Nunca como hoje foi tão fácil ter tanta informação em tão pouco tempo. A rapidez não permite a dúvida. ler ou ouvir. Manuel Frias. que nos permitem quase “sentir” aquilo que estamos a ver. O que é perigoso. a tanta recolha de informação não corresponde o mesmo nível de aquisição de conhecimento. Em poucos anos. n. “Copiar” e “colar” não é exatamente o mesmo que investigar. Sofia Barrocas. guardamos e utilizamos ou enviamos a informação recolhida. em ecrãs de alta definição. É urgente encontrar formas que nos permitam usar o melhor do futuro sem perdermos o melhor que há entre nós. Selecionamos. É uma geração para a qual procurar informação não tem a menor dificuldade: teclam-se as palavras-chave e copiam-se os dados para onde for necessário.As novas tecnologias e a comunicação Temos o mundo à distância de um clique. Armindo Costa. crescer. A geração “copy/paste” […] é a primeira a utilizar em pleno as redes para estudar. In Jornal de Notícias. de que ferramentas necessitamos para a transformar em conhecimento e aproveitar as potencialidades que se nos oferecem. copiamos. Porque se perdemos a capacidade de criticar.  fazer com que tenhamos um desejo muito forte de ter um produto ou a vontade de ajudar a fazer alguma coisa. prevenir ou sensibilizar (publicidade não comercial).  imagem – elemento fundamental. . fácil de memorizar. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual 1.youtube. a compra de um produto. por exemplo. Pode também servir para alertar. os anúncios disponíveis nos seguintes endereços: http://www.  argumentos – informam sobre o produto ou serviço e convencem-nos a procurá-lo.youtube.com/watch?v=-RN-05e-fJQ http://www.youtube. Ficha Informativa: A Publicidade A publicidade serve para dar a conhecer a existência de um produto.EFA NS CULTURA. Assinale os elementos dos anúncios que visam captar a atenção do público. apresentando as suas caraterísticas e criando o desejo de aquisição ou de adesão por parte do consumidor (publicidade comercial). atentamente. que pode ser. A publicidade funciona quando consegue atingir os seguintes objetivos:  chamar a atenção  despertar o nosso interesse. 3. um anúncio publicitário é composto por:  slogan – frase curta. ou de um serviço. Observe. Identifique os produtos publicitados. porque mostra o que podemos ter com o produto ou o serviço.  provocar uma ação. Observe o seguinte anúncio publicitário e indique os elementos visuais que o compõem.com/watch?v=EdJnpSRHozI http://www.com/watch?v=cRSTySErIHg 2. Habitualmente. Indique as características que permitem a sua memorização. DR4. justificando a sua resposta. 5. Explique por que razão este anúncio faz parte da publicidade comercial.1. Indique o aspeto particular da imagem principal do anúncio que assegura a ligação com os restantes elementos. Esta frase foi escolhida para acompanhar os vários momentos da campanha publicitária a que pertence o anúncio e pode funcionar como um SLOGAN. Identifique o público-alvo deste anúncio. 1. Perceber os impactos das redes de internet nos hábitos precetivos. desenvolvendo uma atitude crítica face aos conteúdos aí disponibilizados. 3. Interprete o cartoon que se segue. a nível comunicacional. 1. um texto publicitário é também constituído por um texto de argumentação no qual são apresentadas algumas vantagens do serviço publicitado. . é a tua visão”.1. cultural e linguístico. Atente na frase: “Não é televisão. Objetivo: compreender e interpretar o impacto das TIC nos hábitos individuais e colectivos. Produza um texto argumentativo que se adeque à mensagem e ao slogan apresentados. 3.EFA NS CULTURA. 4 Normalmente. Prove que o anúncio foi pensado de forma a valorizar o seu público. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual 1. 2. Caraterize o perfil dos utilizadores de internet.Aponte dois exemplos de catástrofes naturais de cujas redes sociais foram motores de informação. Quais as vantagens e as eventuais desvantagens das redes sociais na área da saúde? 9.Qual a sua opinião sobre o facebook? 7. Leia o texto. . não pertence a nenhuma rede social digital.Justifique o título da reportagem. nos quais teve intervenção. advogado. 1. Comunicação Reportagem – “Adiciona-me” de Rita Colaço Ouça a reportagem “Adiciona-me” difundida pela Antena 1 da autoria de Rita Colaço e responda às questões que se seguem. Qual o objetivo do projeto “Paginância Quilombólica Digital” desenvolvido no Brasil? 8. faz da utilização das redes sociais. A partir da mancha gráfica que compõe o texto que se segue. Comente a frase “ A internet é receita para deixar de pensar”. Que impacto tiveram as redes sociais nas eleições iranianas? 10. Mário Pinheiro. Enumere as redes sociais referidas na reportagem.Carlos Pinto Abreu. 5. identifique o tipo de texto que vai ler. em Portugal. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual 2. Quem é Gustavo Cardoso? 1.1. 2. um jovem de 26 anos. atualmente. Qual o teor desses processos? 12. Quais as razões por ele apontadas para justificar a sua opção? 6. Cultura 1. Aponte a análise que Ana Nunes da Silva.1. 11. psicóloga. Porque motivo(s) aderiu ele a esta rede? 6. fala de dois processos.EFA NS CULTURA. Após alguma resistência. 4. 3. Pedro Curiel aderiu ao Facebook.Qual a sua opinião acerca das redes digitais? 2. Clifford Stoll criou o sistema Arpanet. é necessário nunca fazer perguntas estúpidas. és um fracassado e um eterno frustrado. Estou plenamente convencido de que é um disparate atulhar de computadores e de ligações à Internet todas as nossas salas de aulas. olhos nos olhos. deveriam. o destruidor de máquinas. Trata-se de uma ideia da Microsoft. precursor da atual Internet.Internet é receita para deixar de pensar Internet é receita para deixar de pensar Clifford Stoll é um criador do sistema precursor da Net. Não é por acaso que no massacre de Littleton os assassinos gastavam todos os seus tempos livres na Net. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Texto 8 . da Apple e de mais algumas pessoas de Silicon Valley. Como é possível que um entusiasta dos computadores se tenha transformado num inimigo figadal? Não é verdade. Há mesmo quem me odeie violentamente. Isso gera consequências fatais para o nosso nível cultural e para a nossa educação. Os jovens de hoje não leem o . que impuseram ao mundo esta mensagem: se não tens e-mail. Mas você transformou-se num crítico feroz da comunicação eletrónica. Há gente respeitável. tanto no ramo dos computadores. todos os "ratos de biblioteca" se transformarão em assassinos: nada isola mais um jovem do que passar a vida agarrado a livros fascinantes. eu só faço perguntas a que tais pessoas não sabem responder. Adoro os computadores. se não navegas na Internet. Perguntas bem feitas nunca poderão vir do computador. Mas. pelo contrário. em 1987. Ficou mundialmente conhecido por. Quanto é quatro mais três? Um bom professor nunca fará perguntas destas. chamam-me o idiota total. Sócrates só fazia perguntas e não punha em cima da mesa soluções feitas.EFA NS CULTURA. pensar e discutir umas com as outras. Juergen Scriba Rafaela Bredow * Em 1972. ou se só conseguem comunicar através do e-mail. O que me irrita é o culto criado em redor deles. Sou injuriado. que o acusa de ser isso mesmo. como no da investigação científica. Mas essa era a tese de Sócrates: ele pretendia que as pessoas não aprendessem a ler. E argumentam mostrando-me fotografias de crianças felizes por estarem diante do computador a clicar com o rato. Que perguntas são essas? Por exemplo. Também defende essa tese? Ele tem razão ao afirmar que na escola é mais importante questionar as coisas em vez de receber receitas prontas. Sobretudo. se essas crianças conseguem falar e brincar umas com as outras. Entre outros. ter desmantelado um grupo de sabotagem que na Alemanha vendia informações secretas à KGB. Mas a função dos multimédia consiste precisamente em transformar matérias escolares áridas em assuntos interessantes. Hoje é um inimigo do culto desta. deve-se a si a existência da Internet no mundo de hoje. então. No entanto. passou a ser inimigo declarado do culto da Internet. Entretanto. Porém. Mas isso é televisão! É Shakespeare televisivo! Shakespeare é teatro. Os problemas da floresta amazónica transmitidos na Internet geram a ilusão de termos experimentado as chuvas tropicais. Não precisas de trabalhar. Daqui a um ano. sejam informadas às colheradas sobre Shakespeare. Isso é uma mentira. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual "Mercador de Veneza" de Shakespeare. conhecedoras da realidade. A Internet transforma as nossas crianças em pessoas que pensam que o acesso à informação faz delas. Imagine que eu lhe quero ensinar as leis da física. Mas isso é pura televisão. Que tecnologia será necessária para transmitir a três dimensões um holograma da minha pessoa? E. porém. eles são assim. Eu acho isso muito bem. INTERNET NIVELA-NOS POR BAIXO Mas olhe que as imagens e a música da Internet ajudam a recordar o que aprendemos. Ora. Transmite a sensação de termos aprendido algo sem. Não existe nenhum programa multimédia que desperte nos jovens o desejo de conhecer mais aprofundadamente o Shakespeare. fomenta a sua fantasia e evita que elas. Os defensores da Internet dir-lhe-ão que é uma questão de tempo. basta clicar! Não precisas de pensar. recorda-se melhor duma aula multimédia na Internet que lhe transmite o comportamento dos líquidos sujeitos à força da gravidade ou de mim que vou ao lago apanhar água com as mãos e lhe explico o fenómeno da água a cair em gotas? Esse seu argumento tanto dá para defender a Internet como um bom professor. a mensagem da Internet é só uma: clic! A Internet só ensina a clicar. as crianças veem o Romeu e a Julieta e dizem: olha. os computadores serão tão rápidos que poderão transmitir toda o tipo de dados. Excita a imaginação das crianças. mas podem admirar essa peça teatral no Teatro de Stratford recorrendo à Internet. Em breve. porém a mensagem perde-se.EFA NS CULTURA. mesmo que tal venha a ser possível. onde está ele? A esmagadora maioria das crianças estão condenadas a ler o Shakespeare a preto e branco. basta clicar! Se não gostas do que estás a ver. Um mau professor de biologia não cativa tanto os alunos como o célebre documentário de Edward Wilson sobre a vida das formigas e que você pode ir buscar à Internet. frente ao computador. . Mostre-me o chip da Intel que consegue transmitir os sentimentos de MacBeth! Arranje-me um CD-ROM que ensine os meus filhos a representar o MacBeth! Há uma diferença entre a TV e os multimédia: a televisão é passiva e a Internet interativa. Não estará você a repetir a mesma argumentação de Charlie Chaplin quando apareceram os primeiros filmes sonoros? E ele tinha razão: imagem e som ao mesmo tempo duplicam a informação. constroem a sua própria imagem de como teriam sido essas personagens. lerem o livro. será isso substituto de um bom professor? Você está a comparar as potencialidades da Internet com o professor ideal. tens apenas de clicar! Por isso é que navegar na Net é uma excelente receita para deixar de pensar. Se. A única interatividade que existe consiste em carregar no botão para acender ou apagar o aparelho. Os multimédia destroem para sempre a capacidade de imaginação das crianças. Na Internet. termos aumentado a nossa cultura. automaticamente. Marshall McLuhan tinha razão quando em meados dos anos 60 escreveu: "A mensagem é o médium." O modo como uma informação é recebida depende do médium que a transmite. na realidade. E o pior é que ninguém aprendeu a lição. Shakespeare. Para aprender é necessário trabalho. por isso. ideias e pensamentos ficam reduzidos à homogeneidade. o aprender e os livros. Fausto teve de entregar a sua vida. Nessa argumentação. Thomas Edison acreditava em 1922. no pacto feito com Mefistófeles. Quem é hoje Mefistófeles? Bill Gates? Porque não? Há muitas pessoas que o veem como Demónio. E o preço é o mesmo. Pretendo. E o que é que promete a Internet? Exatamente as mesmas coisas. transformaram-se em banda desenhada os grandes êxitos da literatura mundial: Dostoievski. Esses cadernos eram uma ratoeira. afirmar: todo o progresso social ou técnico é sempre um pacto de Fausto. Não acha que também você se pode enganar? E os outros que têm interesses nos novos computadores também não se podem enganar? Todas as pessoas que inventam coisas novas dizem logo que esse produto vai revolucionar o ensino. que todo o progresso técnico tem um preço e que é preciso pagá-lo. Intelectualmente. que passados cinco anos deixariam de existir compêndios escolares. a televisão nas escolas. quando eu andava na escola. o mesmo acontece. Fausto pretendeu. perdeu-a.EFA NS CULTURA. E depois. E nessa altura dizia-se que as crianças gostavam de ler. Com essa argumentação poderemos sempre atacar o progresso. um jornalista escreveu no "New York Times" que a nova técnica de introduzir o quadro preto nas salas de aula era "uma moda passageira". apenas. apenas. E. Nem sequer digo que tenho razão. . O mesmo se está agora a passar com a Internet. intelectualmente. Que tem isso a ver com a Internet? A Internet obriga-nos a pensar da mesma maneira. Eu não digo isso. e eu aceito isso. Afirmo. quando se pretende impor em cada casa uma World Wide Web. fazer os trabalhos de casa e ler livros. disciplina. Todos diziam que elas seriam uma bênção para as populações. Eu não estou a defender que regressemos à vida nas cavernas. tudo coisas que não poderemos comprar em nenhum CDROM nem encontrar num programa multimédia. estaremos a mentir aos nossos filhos. Há cerca de cem anos. A felicidade das crianças não é um bom motivo para aprender? Nego que aprender seja um prazer. também havia multimédia. Se defendermos essa tese. Também houve pessoas que pretenderam instalar a rádio nas escolas para substituir os professores. Não acha que seria melhor investir o nosso dinheiro em formar bons professores do que em construir melhores computadores? Um computador faz as crianças mais felizes. duas coisas: poder absoluto e saber absoluto. E veja o que aconteceu: as pessoas fugiram das cidades e criaram em redor de todas as grandes cidades "dormitórios" horrorosos sem características próprias. Não podemos admitir essa sua tese segundo a qual qualquer técnica nova será necessariamente um fracasso. Ora. Por isso. Porém. seria mais lógico trocar um mau professor por um bom professor de biologia. O horroroso da cultura das redes de autoestradas é consequência direta da decisão de cobrir um país com uma rede de autoestradas. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Mas maus professores também transformam crianças em pessoas que passam a odiar a escola. Tudo tem um preço. evidentemente. ficamos todos nivelados por baixo. também poderemos trocar um mau professor de biologia por um bom sistema informático. Fracassou tudo. etc. quando inventou o filme sonoro. Pense nas redes de autoestradas. Nos anos 50. As pessoas veneram de tal forma a internet.prof2000. A televisão é passiva e a internet interativa. Corrija as afirmações falsas. * (Exclusivo DN/"Der Spiegel") Tradução de José Sousa Monteiro http://www. e depois: passámos a ser mais honestos ? Aprofundámos a nossa personalidade? Entendemos melhor o mundo? Não. ficámos cinco horas mais velhos. 3. As emoções das peças perdem-se quando visionadas por meio da internet.htm (consultado em 2013-04-22) 1. As novas tecnologias podem prejudicar as relações humanas. É necessário apetrechar todas as salas de aula com as novas tecnologias. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Que perderão as crianças que fizerem esse pacto de Fausto? O mais importante que nós. que apenas quem a utiliza é visto como bem sucedido. 1.2.1.EFA NS CULTURA. em particular. temos: o tempo. A internet torna as pessoas intelectualmente passivas. COMUNICAÇÃO Ficha Informativa: O debate . transcrevendo uma expressão textual. homens. Indique outras vantagens e/ ou desvantagens do uso dos computadores e. Assinale verdadeiro ou falso nas afirmações seguintes. de acordo com as declarações do entrevistado. da internet. 2. V F Os computadores são detestáveis. Faça um levantamento das vantagens e desvantagens da internet enunciadas na entrevista que acabou de ler.pt/users/ceforep/ac%2002_00/dn1. Passamos cinco horas a clicar em frente do computador. Museu Nacional de Arqueologia (http://www. nomeadamente pelos museus.  as fontes em que se baseia (artigos científicos.pt/) Museu Nacional de Etnologia (http://www. …)  os factos e os exemplos que comprovam o seu ponto de vista.mnarqueologia-ipmuseus.pt/) Museu Nacional de Arte Antiga (http://www. debata com os seus colegas as vantagens e desvantagens da internet. desempenham um papel fundamental os sítios web.pt) .mnazulejo-ipmuseus.mnsr-ipmuseus. conteúdo e recursos muito diversificados. informações pertinentes e recursos existentes). variando em quantidade.pt/) Museu Nacional do Azulejo (http://www. Cultura A reinvenção da Arte através do ciberespaço: Museus Virtuais As tecnologias da informação e comunicação são cada vez mais utilizadas pelas instituições culturais. explorando a informação que achar pertinente (conteúdo desenvolvido. estatísticas.mnarteantiga-ipmuseus.pt/) Museu Nacional de Machado de Castro Museu Nacional de Soares dos Reis (http://www. Estas têm repercussões quer para a gestão interna do próprio museu quer para a sua projeção externa. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Tendo em conta o título da entrevista lida “INTERNET É RECEITA PARA DEIXAR DE PENSAR”. grau de aprofundamento e diversidade.EFA NS CULTURA. Partindo da observação e análise das páginas web dos museus nacionais portugueses é possível constatar que a sua presença na “www” é heterogénea. Neste último caso.  as razões que possam rebater outras opiniões defendidas.mnetnologia-ipmuseus. Realize uma visita virtual a um dos museus à escolha. aproveitando em maior ou menor grau as potencialidades da Internet e refletindo uma conceção teórica de relação museu – internet. Preparação do Debate Prepare previamente o debate tendo em conta os seguintes tópicos:  o ponto de vista que defende.  os argumentos que sustentam a sua opinião. disponibilizando informações. Ficha Informativa: o relatório Definição: texto em que se expõe por escrito e analisa uma actividade ou situação. Estrutura O relatório deverá contemplar todos os elementos que se seguem: Capa – contém a identificação da instituição. No entanto.EFA NS CULTURA. apresentando o Museu Virtual que escolheu (baseie-se na informação recolhida na questão 1) e explorando. ao mesmo tempo.museudochiadoipmuseus.museudoteatro-ipmuseus. um relatório deve também analisar criticamente os dados a fim de reflectir sobre os resultados para se chegar a conclusões. relatório médico. rádio. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Museu Nacional do Teatro (http://www. o título. etc. o nome da área de formação e a data. Trabalho de grupo . o nome do destinatário.pt/) Elabore um panfleto publicitário ou cartaz. as vantagens deste novo conceito de arte. internet. pode assumir diversas formas: relatório de contas. apresentando as conclusões a que o grupo chegou. dar conta da actividade realizada. Língua Depois de apurados os resultados do inquérito. .Construção de um inquérito Elabore um inquérito sobre os dos hábitos de ocupação dos tempos livres. apresente-os sob a forma de gráfico e faça um relatório. Consoante a sua finalidade.pt/) Museu do Chiado – Museu Nacional da Arte Contemporânea (http://www. tendo em conta a forma como usa os diferentes meios de comunicação (televisão. a identificação do autor. …). O inquérito deverá ser aplicado no grupo de formação e na sua esfera familiar.museudotraje-ipmuseus. A principal finalidade deste tipo de texto é informar.pt/) Museu Nacional do Traje e da Moda (http://www.museudoscoches-ipmuseus. relatório de visita de estudo.pt/) Museu Nacional dos Coches (http://www. relatório de aulas práticas. ATENÇÃO: A APRESENTAÇÃO DEVE SER IMPECÁVEL:  numere as páginas.“sublinhar”…  uso de frases curtas. Índice Caraterísticas da Linguagem  O tipo de linguagem a usar num relatório deve respeitar os seguinte parâmetros:  registo de língua cuidado.  use letra legível. “observar”. em computador. Deve. assunto e circunstâncias da elaboração do relatório. “constatar”. . ou. as fases da actividade. tabelas.  destaque os cabeçalhos.  uso da 1ª ou 3ª pessoas. imperfeito e mais-queperfeito).. LÍNGUA E COMUNICAÇÃO CLC5 – Cultura Comunicação e Média Formadora: Olga Duarte Manual Introdução – onde se enunciam os objectivos. Conclusão – constituída pelo balanço crítico das actividades desenvolvidas. Desenvolvimento – é feita a descrição da situação com a crítica. de modo a que a sua coerência e clareza não sejam afetadas.  predominância de tempos do pretérito (pretéritos perfeito. utilize uma letra de tamanho médio. fotografias.  modos expositivo. descritivo e/ ou narrativo na apresentação dos factos. gráficos.. manter o uso da pessoa verbal com que iniciou o texto. pode conter os objectivos da actividade. o material e os recursos envolvidos. em que o relator sublinha os aspectos positivos e negativos. os dados. isto é. Bibliografia (se for pertinente). etc. “confirmar”. descreve-se o que vai ser relatado. o método seguido.  utilização da exposição e da argumentação para refletir sobre os dados e os resultados. no entanto.EFA NS CULTURA. títulos e subtítulos. os resultados e a sua análise crítica.  uso de verbos como: “notar”.
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