O livro Da Interpretação, de Aristóteles, é um daqueles pequenostextos que conheceram a glória ainda na Antiguidade, seja pelo tema, seja pelo tratamento genial conferido ao seu conteúdo, seja pela concisão, que facilitaria o trabalho de reprodução dos copistas. Trata- se de um texto seminal para os estudos de lógica, especificamente sobre a estruturação lógica da linguagem, e um dos mais conspícuos pontos do diálogo de Aristóteles com o pensamento contemporâneo. O filósofo americano Edward Feser mostrou em seu livro A Última Superstição: Uma Refutação do Neoateísmo que os seguidores do neoateísmo estavam equivocados. Geraldo Mello Mourão é um monstro da poesia. Cânon e fuga' , ao primeiro olhar, se associam a ritmo e sonoridade, características primeiras dos versos do poeta. Do cânon, Gerardo Mello Mourão retira o solo inicial, a riqueza dos contracantos que vão ampliando volumes e fraseados, o eco dos sons, diálogos e êxtases. Sabe que há outros significados, litúrgicos e catalográficos. Breve história da literatura brasileira – I. De Anchieta a Euclides. José Guilherme Merquior. Melhor livro sobre a historia da literatura do século XIX Olavo: Uma bibliografia inteira eu não posso, mas há alguns livros indispensáveis. Primeiro, a séria inteira do Octávio Tarquínio de Souza, História dos Fundadores do Império no Brasil. Isso vocês têm de ler. A História do Brasil, do Oliveira Vianna, e a História do Brasil, do Oliveira Lima – os dois Oliveiras. A Democracia Coroada, do João Camilo de Oliveira Torres. Os livros do Gilberto Freyre, a série inteira, que vai de Casa-grande e Senzala, Sobrados e Mocambos e Ordem e Progresso – a história da formação da família brasileira, isso é muitíssimo importante. O livro do Raymundo Faoro, Os Donos do Poder, mas lido de preferência em sua primeira edição, porque o Raymundo Faoro estragou esse livro na segunda edição; a primeira edição publicada pela Globo ainda é muito boa. Também os livros do José Maria dos Santos e do José Maria Bello sobre a história da república. Acho que é por aí. Esses são apenas os livros indispensáveis. Todo mundo que se interessa pelo Brasil tem de ler esses livros. O que significa que qualquer livro que você leia sobre métodos e técnicas da História será extremamente útil. Há dois excelentes livros sobre isso no Brasil: Teoria da História do Brasil e A Pesquisa Histórica no Brasil de José Honório Rodrigues. São livros altamente recomendáveis para isso. . Um exemplo majestoso de como se faz isso é o livro de Joseph Maréchal, Le Point de Départ de la Métaphysique (“O Ponto de Partida da Metafísica”). comentário linear do livro Manual de Metodologia Dialética, de Louis Lavelle, talvez o melhor livro já escrito sobre a técnica filosófica no mundo. Outro livro que nós vamos usar para isso é Logique de la Philosophie, de Eric Weil. . Em Portugal, houve eminentes críticos literários, fantásticos. Alguns deles moraram no Brasil: Adolfo Casais Monteiro, um grande crítico; Fidelino de Figueiredo. O Brasil teve alguns críticos maravilhosos, alguns deles indispensáveis, como Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins, Augusto Meyer. Creio que nos anos 80, tenha sido publicada uma coletânea grossa, de oitocentas páginas, pela Editora Perspectiva, do Augusto Meyer. A leitura dos críticos literários acaba lhe ajudando a se orientar nessa massaroca literária. Isso lhe fará muito bem. O Wilson Martins, por exemplo, escreveu a história da crítica literária no Brasil (A Crítica Literária no Brasil). Há muitos autores ali que não prestam, mas dê uma olhada, o que sobra de coisa boa é muito bom. Aquilino Ribeiro é um grande escritor e de um vocabulário excepcional A técnica do Tanquerey é muito simples: consiste em pegar os dez mandamentos e desenvolver dez perguntas para cada um. Eugênio Kusnet – ator e método, livro com influencia de Stanislavski e desenvolveu a analise ativa. Luis Cencillo. Por uma coincidência sencillo quer dizer “simples”, mas o nome dele se escreve com “C”. É um grande pensador espanhol, mas no Brasil acho que ninguém nem ouviu falar. O Luis Cencillo tem um livro que chama a experiência profunda do Ser. E ele mostra que da experiência do Ser faz parte a nossa capacidade de apreender as experiências que outras pessoas tiveram do Ser. Por exemplo, quando você lê Platão, Aristóteles, São Tomás de Aquino, ou Dante Aliguieri. livro “A história como pensamento e ação” do Benedetto Croce — cuja tradução linda, belíssima, foi feita pelo poeta Darcy Damasceno em 1962 e publicada pela editora Zahar. Introdução à ciência do Direito, de um autor espanhol chamado Luis Legaz y Lacambra. Karl Bühler en su teoría ha precisado tres elementos en el proceso de la comunicación: 1° Hablante 2° Oyente 3° Asunto o cosa mentada. Estos tres elementos forman un modelo tripolar de comunicación lingüística a tres grandes funciones del lenguaje: expresiva, apelativa y representativa. Foi isto que gerou a doutrina católica, se não ela não existiria. Isso está muito bem explicado num livro do Alois Dempf (que é um macro-historiador, super-historiador, maravilhoso historiador), que tem uma tradução espanhola, publicada pela editora Gredos, chamada La concepción del mundo en la Edad Média (eu não lembro do título em alemão). Mesmo essa edição da Gredos é difícil de achar. Ele mostra como foi se formando a doutrina católica a partir das objeções — os elementos da doutrina católica foram aparecendo soltos, e só mil anos depois é que surgem as Sumas, que é a tentativa de organizar aquilo pela lógica. Susanne Langer, nesta série de livros absolutamente maravilhosos – A Filosofia em Nova Chave, Sentimento e Forma e Mente: um estudo sobre o sentimento humano. É uma sucessão de obras-primas extraordinárias Northrop Frye, um filósofo, teólogo e crítico literário canadense, faz o quê? Pega várias chaves classificatórias diferentes e estrutura o mundo inteiro da literatura que ele conhece (ele não leu tudo, mas leu cem vezes mais literatura do que o mais culto dentre nós, do que todos nós juntos) e descobre que essas estruturas estão presentes em toda literatura, e todas essas chaves, essas estruturas, ele tirou de Aristóteles. Quando você pega o seu livro A Anatomia da Crítica – que é o livro central da sua obra – tudo aquilo não é nada mais que uma aplicação da teoria daqueles cinco níveis da narrativa que eu falei para vocês na aula passada que mede as narrativas conforma o poder dos personagens: conforme o personagem seja Deus; seja um herói divino, profeta, ou coisa assim; seja um nobre ou uma pessoa notável um gênio ou um guerreiro; seja uma pessoa comum; ou seja um idiota indefeso. (Sendo que frequentemente um mesmo personagem pode ser tudo isso ao mesmo tempo, de um ponto de vista sob vários aspectos). Northrop Frye que se chama The Great Code O Grande Código, onde ele mostra que toda a literatura ocidental nasce da Bíblia. Veja quantas narrativas saíram de símbolos bíblicos. Herberto Sales é um professor de idioma: ele começou em seu primeiro romance – Cascalho. (Acho que já mencionei isso). Esse livro se passa em uma região da Bahia onde havia mineração, diamante. Ele morava lá, e começou a anotar o vocabulário das pessoas, e fez todo o livro na língua daquela região, ou seja, incorporou uma série de palavras na língua portuguesa. Daí mandou para o Aurélio Buarque de Hollanda, que botou tudo em seu dicionário. Depois ele fez um outro romance e resolveu mudar tudo. “Agora vou fazer um negócio que só usa palavras portuguesas consagradas.” E fez os Dados Biográficos do Finado Marcelino, que é uma obra-prima, só com palavras já consagradas. Depois, fez um outro livro que se chama Os Pareceres do Tempo, em que ele pegou toda a linguagem do século XVIII, as construções e termos. O Otto Maria Carpeaux disse que, dos escritores brasileiros, o Herberto Sales era o que tinha mais consciência literária, consciência de artista. E acho que o Carpeaux tinha inteira razão. Como falar, como ouvir - Mortimer Adler Como ler Aristóteles - Elencos Sofísticos é um dos últimos livros a ser lido, porque é um complemento do Organon. O que você tem de fazer é o seguinte: tem de ler primeiro a Poética, depois a Retórica, depois os Tópicos, que é o livro da Dialética; daí você tem de parar. Antes de passar para os Analíticos, que são os livros da Lógica, você tem de ler o livro Das Categorias e da Interpretação, e daí entrar nos Analíticas e depois os Elencos Sofísticos. Existe uma tradução portuguesa muito boa disso, feita pelo Jesué Pinharanda Gomes, que é um grande erudito aristotélico português. Eu acho que é por aí. Elencos Sofísticos direto vai dar muito sofrimento e talvez renda pouco. Se você ler isso pela ordem, subindo... eu até comparei a teoria do discurso a uma árvore. Aristóteles diz que a poesia atua fisicamente em você. Então, a Poética forma a raiz, a Retórica forma o tronco, a Dialética os ramos, e a Lógica as conclusões finais, as folhas e frutos. Boa coisa para o estudo dos símbolos, pegue o livro do Louis Charbonneau-Lassay , Le Bestiaire du Christ (que já mencionei aqui), em que ele desenhou os vários animais que nas igrejas da Idade Média, na França, representavam o Cristo. Wilson Martins é um excelente crítico literário - História da Inteligência Brasileira. Mauro Abranches libro indispensável sobre a KGB "Peregrinação" Fernão Mendes Pinto relata as culturas, povos e experiências vividas no Oriente. São inúmeros os relatos, verdadeiros ou não esta obra abriu os olhos dos ocidentais para outras realidades. Grande livro