Livro Manualdeimunizaes Hospital Albert Einstein 110326095012 Phpapp01

March 16, 2018 | Author: DrROCarvalho | Category: Public Health, Vaccines, Vaccination, Shock (Circulatory), Medical Specialties


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MANUAL DE IMUNIZAÇÕESCentro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein Alfredo Elias Gilio Coordenador 4ª edição MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Alfredo Elias Gilio Coordenador 4ª edição 2009 Manual de Imunizações Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein Copyright© 2009 Elsevier Editora Ltda. Os direitos de produção desta edição estão reservados à Elsevier Editora Ltda. Diretoria comercial Pharma: Marina Jancso Coordenadora editorial: Jane Muniz Gerente comercial: Patricia Carvalho Coordenadora de desenvolvimento de conteúdo: Solange Davino Assistente editorial: Elisa Duque Estagiária editorial: Juliana Werneck Revisão tipográfica: Andréa Ribeiro Editoração: Maurício Domingues Elsevier Editora Ltda. Rio de Janeiro Tel.: 21 3970-9300 Fax: 21 2507-4566 São Paulo Tel.: 11 5105-8555, Fax: 11 5505-8908 E-mail: [email protected] Website: elsevierpharma.com.br Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19/02/98. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, sem autorização prévia, por escrito, da Elsevier Editora Ltda., sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. O conteúdo desta publicação reflete exclusivamente a opinião dos autores e não necessariamente a opinião da Elsevier Editora Ltda. Material de distribuição exclusiva à classe médica EM 3860 CIP-BRASIL – CATALOGAÇÃO NA FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ M251 4.ed. Manual de imunizações : Centro de Imunizações Hospital Israelita Albert Einstein / Alfredo Elias Gilio, coordenador. 4.ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009. 76p. : il. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-352-3559-3 1. Imunização. 2. Vacinas. 3. Vacinação. I. Gilio, Alfredo Elias. II. Hospital Israelita Albert Einstein. Centro de Imunizações. 09-1932 24.04.09 27.04.09 CDD: 614.47 CDU: 614.47 012221 Índice para catálogo sistemático: 1. Imunizações : Saúde pública : Ciências médicas 614.47 2. Vacinação : Saúde pública : Ciências médicas 614.47 neste campo. e é possível que. Todos os esforços foram feitos para que o texto seja o mais atual possível. Muitas vezes. Apesar de todas as limitações. responsáveis pelo Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein e com grande experiência no assunto. através do Dr. Alfredo Elias Gilio Coordenador . Neste sentido. Na prática diária. Não há a pretensão de aprofundar ou discutir extensamente os temas abordados. Para isso. falta tempo para leituras mais detalhadas. Ao mesmo tempo. e o que o profissional necessita é apenas uma consulta para esclarecimento de dúvida específica ou para definição de uma determinada conduta.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES INtroDUÇão Imunização é tema de interesse para todos os profissionais de saúde. e o apoio da Wyeth foram fundamentais para que o Manual se tornasse realidade. A ideia deste Manual surgiu desta necessidade. e acreditamos que o seu formato ajude neste sentido. esperamos que o Manual cumpra seu objetivo. é difícil manter-se atualizado sobre este tema. existem excelentes revisões e livros que estão relacionados na bibliografia. Ele foi elaborado por um grupo multidisciplinar composto por médicos. no momento da leitura. as mudanças são muito rápidas. alguns aspectos já estejam ultrapassados. enfermeiras e farmacêuticos. Sulim Abramovici. Entretanto. é assunto extenso e em constante transformação. O seu objetivo é servir como fonte de consulta rápida. O apoio do Departamento Materno-Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein. é importante lembrar que os calendários de imunização são atualizados anualmente. . como a vacinação do adulto. cólera e ETEC. Escrito de modo objetivo. Sulim Abramovici Coordenador do Departamento de Pediatria . em suas páginas. transformando radicalmente a morbidade e mortalidade nos países em desenvolvimento. em especial na população pediátrica. mérito da equipe do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein. em especial aos médicos pediatras. e que contou com o apoio da diretoria do hospital na empreitada. O tema está sob rápida evolução. nota-se.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES PrEfácIo à 4a EDIÇão Um grande avanço da medicina nas últimas décadas deveu-se ao progresso da imunologia. vacina contra HPV. Leitura obrigatória a todos os profissionais de saúde. com o desenvolvimento de novas vacinas e aperfeiçoamento das já existentes. Este fato contribuiu para a prevenção das doenças. Esta nova edição acrescenta temas sempre atualizados. calendários pós-transplante de medula óssea. é com satisfação que apresentamos como continuação do trabalho a 4ª edição do Manual de Imunizações. prático e atualizado. Alfredo Elias Gilio. Os profissionais do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein empenharam-se no estudo deste tema para poder extrair a essência que este Manual contém. exigindo dos profissionais constante aprimoramento neste campo. que os autores responsáveis pelo Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein transmitem aos leitores suas experiências e estudos desenvolvidos nestes anos. sob coordenação do Dr. EDItorES Alfredo Elias Gilio Doutor em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Diretor da Divisão de Clínica Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Responsável pelo Centro de Imunizações e Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein coLAborADorES Albert Bousso Doutor em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Responsável pela Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo Médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein Juliana Yumi Hirayama Enfermeira do Centro de Imunizações e Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein Cláudia Cândido da Luz Enfermeira do Hospital Israelita Albert Einstein David Salomão Lewi Professor Adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo Silvia Broker Enfermeira do Centro de Imunizações e Clínica de Especialidades Pediátricas do Hospital Israelita Albert Einstein Eitan Naaman Berezin Doutor em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo Chefe do Setor de Infectologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo Presidente do Comitê de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria José Luiz Brant de Carvalho Britto Mestre em Pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Médico do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein Luciana Borges Guedes Enfermeira do Hospital Israelita Albert Einstein Luis Fernando Aranha Camargo Doutor em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein Sandra Petriccione Farmacêutica do Centro de Informações sobre Medicamentos do Hospital Israelita Albert Einstein Virginia Antelmi Gomes Médica do Centro de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Israelita Albert Einstein . 9. . . . . 57 .9 . coqueluche e tétano . . . 31. . 6. . Vacina contra tuberculose (BCG) . . . . . . 11. . Vacina contra hepatite B . . . . .MANUAL DE IMUNIZAÇÕES SUMárIo 1. . . 22 . . . 30. . . . 75 15. . . . . 24. . . . 39 14. . . . . . . . . . Vacinação do adulto . . . . . Vacinação simultânea e combinada. . . 2. . . . Conceitos fundamentais . . . 23. . Vacina contra difteria. . 26. . . 54 . . . . . . . . . . . . . . . . . 28. . . . . . . 43 . . . . . 51 . . Bibliografia. . . Vacina contra pneumococo . . . . . . . . . 59 . . . . . . . 10. 67 . 21 . . . 69 . . . . . . 21. . . . Vacina contra febre amarela . . . . . . . . . . 18. . Vacina contra sarampo. . . . . . Vacina contra cólera e ETEC . . . . . . . 3. . . . . Vacinação dos profissionais da saúde . . . 61 . . . . . . . . 19. . . 36 12. . . . . . Vacina contra hepatite A . . 46 . Calendários de vacinação. . caxumba e rubéola (tríplice viral) . . . . . . . . . . . 50 . Vacinação do viajante . . . . 44 . 33 (tríplice bacteriana) . . . . . 17. Vacina contra Haemophilus influenzae tipo B (Hib) . . . . . . . . . . . . . . . . 38 13. . . . . . . 56 . . 22. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vacina contra o papilomavírus humano (HPV) . . . . . Vacina contra meningococo . . Vacina contra raiva. . . . . . . 25 . . . . 32. . . . 32 . . . . . 70 . . . . . . 16. 20. . 48 . Vacinação do prematuro . . . . 30 . . . . . . 29. . . . . Vacina contra varicela . . Vacinação do imunodeprimido . . . . . . . . Contraindicações falsas e verdadeiras. Vacina contra rotavírus. . Segurança e conservação . . . . . . . . . . 5. . . . . . . . Vacina contra influenza (gripe) . . . . . . . 58 . . . . Eventos adversos relacionados à imunização 7. . . . . . . . . 25. . . Uso de imunoglobulinas nas doenças infecciosas . . . Técnicas de aplicação. . . . . . . . . . . . . . . . Vacinação do escolar e do adolescente . . . . 27. 71 . . . 65 . Vacina contra febre tifoide . . . . . . . 17 . . . . . . 17 . . . . . Vacina contra poliomielite . . . . . . . . . . 42 . . . . 33. 23 . . . . . 4. . . . . Vacinação da gestante . . . . . . 60 . . 8. . . . . . toxoides ou componentes da estrutura bacteriana ou viral. sacarose Pó liofilizado injetável: . tais como antígenos de ovo ou gelatina (vide Quadro 1). A imunização pode ser ativa ou passiva.Cartucho contendo seringa monodose com 80U em 0. formaldeído. São soluções proteicas concentradas. Na imunização passiva. raiva. cultivada em células diploides MRC5) Hidróxido de alumínio.Cartucho contendo um frasco de uma dose e uma seringa com 0. Imunizar significa tornar não suscetível a uma determinada doença e. meio 199 de Hanks Suspensão injetável: Sanofi Pasteur . vírus inativado. contendo anticorpos.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 1 CoNCEItoS fUNDAMENtAIS O conhecimento de alguns termos e conceitos é fundamental para a compreensão adequada dos próximos capítulos. como neomicina ou estreptomicina (vide Quadro 1). Conservantes / Adjuvantes/ Excipientes Apresentação Laboratório Act-HIB Conjugada com proteína tetânica contra Haemophilus influenzae tipo b Polissacarídeos capsulares bacterianos conjugados com proteína tetânica Trometamol. A resposta protetora pode ser celular ou humoral.5mL (pediátrico) . Adjuvantes são substâncias ut\ilizadas para aumentar e prolongar o poder imunogênico das vacinas. Imunoglobulinas são produtos imunobiológicos obtidos a partir de fracionamento por álcool de pelo menos 1. As imunoglobulinas hiperimunes. citomegalovírus e vírus sincicial respiratório. seus subprodutos ou componentes são capazes de imunizar de forma ativa ou passiva. Algumas vacinas utilizam mercuriais. Soro é o produto farmacológico constituído de anticorpos heterólogos obtidos a partir do plasma de animais imunizados. 2-fenoxietanol. Os mais frequentemente utilizados são os sais de alumínio. Imunobiológicos são produtos farmacológicos produzidos a partir de microrganismos vivos. antimicrobianos. contêm altos títulos de anticorpos para algumas doenças: hepatite B. Os mais comuns são água destilada ou soro fisiológico. e outras.5mL (uso adulto) 9 . varicela-zóster. Os agentes imunizantes que compõem as vacinas podem ser: vírus vivo atenuado. dessa forma. Conservantes são incluídos na preparação das vacinas para evitar o crescimento de bactérias e fungos. principalmente da classe IgG. também chamadas imunoglobulinas específicas. bactéria viva atenuada. preveni-la. Vacinas são produtos farmacológicos que contêm agentes imunizantes capazes de induzir imunização ativa. dependendo do procedimento utilizado em sua produção. o indivíduo é estimulado a desenvolver defesa imunológica contra futuras exposições à doença.000 plasmas de doadores. o indivíduo exposto ou em vias de se expor recebe anticorpos pré-formados de origem humana ou animal. como o hidróxido de alumínio (vide Quadro 1).5mL de diluente Sanofi Pasteur Avaxim Hepatite A Vírus inativado da Hepatite A (cepa GMB. Existem imunoglobulinas para uso intramuscular e para uso endovenoso. Líquidos de suspensão são utilizados para reconstituição das vacinas. bactéria inativada. traços de neomicina. como o timerosal. tétano. Composição das vacinas Nome Comercial Vacina Tipo derivados da produção da própria vacina. Na imunização ativa.Cartucho contendo seringa monodose com 160U em 0. Algumas vacinas contêm no seu líquido de suspensão antígenos Quadro 1. 6973 el tor .Frasco-ampola com 10 doses (5.Frasco-ampola contendo uma dose de 1mL (adulto) Glaxo Smith Kline Engerix B Hepatite B Antígenos de superfície do vírus da Hepatite B purificados Hidróxido de alumínio Euvax Hepatite B Antígeno de Alumínio. aroma de framboesa. timerosal. correspondendo a 10.Embalagem contendo uma seringa preenchida (0. alumínio. Grânulos efervecentes: bicarbonato de sódio. fosfato de sódio dibásico.Embalagem monodose com 25 frascos-ampola de 10mcg e seringa de 10mcg Suspensão injetável branca.Embalagem monodose com 1 e 25 frascosampola de 20mcg .Ampola contendo 1. fosfato de sódio dibásico. sacarina sódica Hidróxido de alumínio. cloreto de sódio.5mL) .5mL) .Ampolas com Instituto Butantan uma dose (0.Frasco-ampola contendo uma dose de 0. ácido cítrico anidro. 20 ou 50 doses Suspensão injetável para administração intramuscular: . cloreto de sódio.6g de granulado efervecente Fundação Ataulpho de Paiva Cervarix Câncer de colo de útero Partículas não infecciosas semelhantes a vírus (VLPs) produzidas por tecnologia de DNA recombinante 3-O-desacil4monofosforil lipídio A. 2 ou 5mg de BCG liofilizada.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein BCG Intradérmico Tuberculose Bacilos vivos atenuados Sem conservante . água para injeção Sanofi Pasteur 10 .Cartucho contendo um frasco com uma dose de 3.0mL) .48 clássico . fosfato de sódio monobásico diidratado e água para injeção Composição da solução tampão: fosfato de sódio monobásico. cloreto de sódio.Subunidade B da toxina da cólera recombinante Sanofi Pasteur Dupla Adulto Difteria e tétano Toxoide diftérico e tetânico purificados . formaldeído Glaxo Smith Kline Dukoral Cólera e diarreia causada por ETEC Vibrios choleraes inaba inativados: .5mL (infantil) .Ogawa 50 clássico . superfície do vírus da fosfato de potássio Hepatite B purificado monobásico. levemente opaca: .0mL de suspensão e um sachê com 5. cloreto de sódio. formaldeído.Cartucho com uma seringa preenchida com 0.Embalagem monodose com um frasco-ampola com 0. antígeno de superfície purificado do vírus da Hepatite B.16. suplemento de aminoácidos. sacarose. polimixina B Sanofi Pasteur Infanrix Hexa Pólio inativada + tríplice acelular + Hepatite B + Haemophilus influenzae tipo b Toxoide diftérico e tetânico. tampão de fosfato.EL) ou 1. polissacarídeo capsular purificado de H. polisorbato.5mL Lactose. cloreto de sódio.Cartucho com uma e polimixina B ampola contendo uma dose de 0.11.5mL Gardasil Câncer de colo do útero e verrugas genitais Vacina quadrivalente recombinante contra papilomavírus humano (tipos 6. formaldeído. fosfato de alumínio. água para injeção Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline . cloreto de sódio. desoxicolato de sódio. Solução injetável: estreptomicina .Cartucho contendo um frasco-ampola monodose liofilizado e uma seringa preenchida com uma suspensão com 0. traços de gentamicina Adjuvante sulfato hidroxifosfato de alumínio amorfo. três antígenos purificados de pertussis. sulfato de neomicina.5mL Merck Sharpe & Dohme Havrix Hepatite A Vírus inativado da Hepatite A (cepa HM175) Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline .Embalagem com uma seringa estéril descartável. contendo 0. influenzae tipo b ligado ao toxoide tetânico Pó liofilizado e Glaxo Smith Kline suspensão injetável: .MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Fluarix Gripe Vírus purificado e inativado Solução salina tamponada de fosfato.5mL (720U. polissorbato 20. polissorbato 80. hidróxido de alumínio. borato de sódio. polissorbato 20 e 80. fenoxietanol.EL) de antígenos VHA Imovax Pólio Poliomielite Vírus inativado (3 tipos) Traços de neomicina. glicina. Não contém conservantes nem antibióticos Formaldeído. cloreto de potássio. fenoxietanol.18) . Triton X-100. L-histidina. hidróxido de alumínio.0mL (1440U.5mL 11 . fosfato dissódico. cloreto de sódio. fosfato monopotássico. 5. fosfato de sódio monoidratado. solução salina tamponada de fosfato Meningo A C Meningocócica A + C Polissacarídeos capsulares bacterianos purificados Pó liofilizado injetável: .Cartucho contendo um frasco-ampola liofilizado (vacina Hib) e uma seringa com suspensão (DTPa-IPV) Glaxo Smith Kline Meningitec Meningocócica C Fosfato de alumínio. cloreto de sódio Cartucho com um Wyeth-Whitehall estojo contendo uma seringa preenchida com dose única de 0. água para injeção Lactose.Frasco-ampola com uma dose de vacina pó liofilo acompanhado de uma ampola de diluente com 0. três antígenos purificados de pertussis e polissacarídeo capsular de Haemophilus influenzae tipo b.5mL e uma agulha . ligados ao toxoide tetânico Olissacarídeo meningocócico do grupo C conjugado com proteína diftérica CRM 197 Olissacarídeo meningocócico do grupo C conjugado com proteína diftérica CRM 197 Lactose.Cartucho contendo um frasco de uma dose e uma seringa com 0. fenoxietanol.5mL de diluente .8mL de hidróxido de alumínio Chiron vaccines Menjugate Meningocócica C Hidróxido de alumínio.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Infanrix IPV + Hib Pólio inativada + tríplice acelular + Haemophilus influenzae tipo b Toxoide diftérico e tetânico. Excipientes: manitol. cloreto de sódio. timerosal Finlay 12 . hidróxido de alumínio.Frasco-ampola de 1. cloreto de sódio. fosfato de sódio dibásico heptaidratado. 10 e 20 doses Sanofi Pasteur Meningo B C Meningocócica B + C Proteínas purificadas da membrana externa do meningococo do grupo B + proteínas indutoras de anticorpos bactericidas específicos humanos unidos a polissacarídeos capsulares de meningococo do grupo C Hidróxido de alumínio. formaldeído . 5mL . Diluente: cloreto de sódio. tétano. neomicina e formaldeído. sacarose. hemaglutinina filamentosa de pertussis. água para injeção . sacarose. polissacarídeo de Haemophilus influenzae tipo b conjugado com proteína tetânica Fenol.Frasco-ampola monodose contendo vacina liofilizada + seringa preenchida contendo 0.5mL do diluente Glaxo Smith Kline MMR II Sarampo. poliovírus inativado dos tipos 1. cloreto do grupo C 10µg de sódio conjugado ao toxoide tetânico (TT)10-20µg Acelular. fosfato de sódio. tétano e coqueluche Pneumo 23 Pneumocócica polivalente Solução injetável: . toxoide pertussis. albumina humana.Frascos de dose única contendo 0. toxoide tetânico. antígenos purificados fenoxietanol da bactéria B. 2-fenoxietanol.5mL) Suspensão injetável: Sanofi Pasteur . traços de neomicina .MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Menitorix Vacina conjugada contra Haemophilus influenzae tipo b e Meningite C Polissacarídeo de Haemophilus influenzae tipo B conjugado ao toxoide tetânico e polissacarídeo de Neisseria meningitidis sorogrupo C conjugado ao toxoide tetânico Vírus vivos Liofilizado: Tris(trometamol)HCl. gelatina. poliomielite inativada Haemophilus influenzae tipo b Fosfato de alumínio.2 e 3. pertactina. solução salina isotônica Suspensão para Baxter injeção intramuscular: . coqueluche. aglutinogenos fimbriais 2 + 3. traços de polimixina B.Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0. contendo 5 Fosfato de alumínio.5mL de suspensão 13 .Seringas preenchidas de dose única (0.pertussis + toxoide tetânico e diftérico adsorvidos em fosfato de alumínio Polissacarídeos capsulares bacterianos purificados Polissacarídeos capsulares bacterianos purificados Toxoide diftérico. solução salina tamponada de fosfato Fenol.Cartucho contendo um frasco-ampola com 0. Trometamol e sacarose Suspensão injetável: Sanofi Pasteur . polissorbato 80.Frasco-ampola de pó liofilizado injetável e frascoampola de diluente Merck Sharpe & Dohme Neis Vac-C Meningocócica C Polissacarídeo Hidróxido de meningocócico alumínio.Cartucho contendo ampolas de dose única Pertacel Difteria. caxumba e rubéola Sorbitol.5mL Sanofi Pasteur Pneumovax 23 Pneumocócica polivalente Merck Sharpe & Dohme Pediacel Difteria. Cartucho com um frasco-ampola com 1. cloreto de sódio.Cartucho contendo 20 ampolas de dose única .Cartucho com frasco-ampola monodose e diluente em seringa preenchida Suspensão estéril: .Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein PPD RT 23 SSI Teste tuberculínico Tuberculina PPD purificada Solução salina tamponada de fosfato. glicina Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline . adipato . tétano e coqueluche Toxoide diftérico e tetânico e três antígenos de B. sulfato de hidroxiquinolina potássica.Cartucho contendo uma seringa de dose única .Seringa monodose dissódico.0mL (40mcg) Glaxo Smith Kline Priorix Sarampo.5mL para modificado Dulbecco administração oral Hidróxido de alumínio. caxumba e rubéola Aminoácidos. polissorbato 80. fosfato de alumínio.5mL e uma agulha Pó liofilizado injetável: . sorbitol.5mL Statens Serum Institut Prevenar Doenças causadas pelo pneumococo Polissacarídeos bacterianos conjugados com proteína diftérica Vírus atenuado . fenoxietanol.Frasco-ampola de uma dose e frasco-ampola de dose múltipla 0.0mL (10mcg)/1. manitol.Cartucho contendo 10 frascos de 10 e 20 doses 14 . sulfato de neomicina Recombivax Hepatite B Antígenos de superfície do vírus da Hepatite B Hidróxido de alumínio.0mcg)/1. formaldeído. polissorbato 80 Fosfato de alumínio. solução fisiológica Glaxo Smith Kline Tetavax Tétano Suspensão injetável: Sanofi Pasteur . cepa RIX Toxoide tetânico purificado Sacarose. formaldeído Merck Sharpe & Dohme Refortrix Reforço de difteria.Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0.5mL (2. cloreto de sódio .5mcg)/0.5mL (5. meio Eagle de 1.5mL Rotarix Rotavirose Vírus humano vivo atenuado. pertussis purificados Hidróxido de alumínio.Cartucho com um Wyeth-Whitehall estojo contendo uma seringa preenchida com dose única de 0. lactose. 5mL Vaqta Hepatite A Vírus inativados e purificados Suspensão injetável: Merck Sharp . água para injeção Suspensão injetável: Sanofi Pasteur . cloreto de sódio. fenoxietanol.5mL para uso pediátrico Thyphim Febre tifoide Fenol. hemaglutinina filamentosa de pertussis.Seringa de vidro contendo 1. adsorvidos em sais de alumínio Polissacarídeo capsular Vi purificado de Salmonella Tyohi (cepa Ty2) Sais de alumínio.0mL para uso adulto .7mL de diluente Sanofi Pasteur Varicela Biken Varicela Vírus atenuado Sacarose. coqueluche e toxoide tetânico.9% Suspensão injetável: Sanofi Pasteur . borato de sódio. poliovírus inativado dos tipos 1. fosfato monossódico. lactobionato de eritromicina 15 . glutamato de sódio.5mL. poliomielite inativada toxoide pertussis. para uso pediátrico e adolescente ou uma dose de 50U/1mL. para uso adulto Pó liofilizado injetável: .Cartucho contendo um frasco-ampola com uma dose liofilizada + frascoampola com 0. água para injeção Alumínio. Toxoide diftérico.Cartuchos com seringa monodose de 0.5mL de diluente Sanofi Pasteur Twinrix AD Hepatite A e B Vírus inativado de Hepatite A + antígeno de superfície purificados de Hepatite B geneticamente manipulado. formaldeído. gelatina. aminoácidos. caxumba e rubéola Vírus atenuados Hidróxido de alumínio. traços de sulfato de kanamicina.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Tetraxim Difteria. cloreto de sódio a 0. 2-fenoxietanol. tétano. cloreto de sódio fosfato dissódico diidratado.Frasco-ampola & Dohme ou em seringas contendo uma dose de 25U/0.Seringa de vidro contendo 0. formaldeído. polissorbato 20 Suspensão injetável: Glaxo Smith Kline . traços de neomicina Pó liofilizado injetável: .Cartucho contendo um frasco de uma dose e uma seringa com 0.Cartucho contendo seringa monodose preenchida com 0. 2 e 3 Sarampo.5mL de suspensão Trimovax Albumina humana. sulfato de neomicina. meio de Hanks. 25mL .5mL de diluente . cepa WISTAR PM/WI 381503-3M. sulfato de neomicina.Cartucho com um frasco-ampola monodose e diluente em seringa preenchida (0. fosfato.Cartucho contendo cinco frascos de uma dose + cinco ampolas com 0. gelatina . cepa OKA.Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0. sorbitol.5mL) Pó liofilizado injetável: . solução tampão de fosfato.5mL . albumina humana.Cartucho contendo um frasco-ampola de dose única acompanhado do diluente Glaxo Smith Kline Varivax Varicela Merck Sharp & Dohme Vaxigrip Gripe Vírus purificado e inativado Formaldeído. polimixina B 16 . cultivados sobre células VERO. manitol Sacarose. purificados e liofilizados Maltose. traços de estreptomicina.5mL de diluente Sanofi Pasteur Verorab Raiva Vírus da raiva. traços de neomicina. neomicina. vivo. glutamato. concentrados. albumina humana. Triton X-100 Solução injetável: Sanofi Pasteur .Cartucho com uma seringa contendo uma dose de 0. cloreto de sódio.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Varilrix Varicela Preparação liofilizada do vírus varicelazoster. inativados.Cartucho contendo um frasco de uma dose e uma seringa com 0. atenuado não menos que 2000UFP Vírus vivo atenuado Suplemento de aminoácidos. lactose. • Os pais nunca devem ameaçar as crianças com injeções ou mentir sobre elas. da eficácia depende de produção. Em muitos países. e. deve ser rigorosamente respeitado. em alguns pacientes. A garantia da segurança e. Para que uma vacina seja licenciada. especialmente. de acordo com a especificação do fabricante. seja através de verificação periódica ou através de sistema de alarme. subcutânea e intradérmica. não devendo ser congelada. resultando no mínimo em 20 aplicações de injeções até os dois anos de vida. 17 As vacinas podem ser administradas por via oral. O prazo de validade. varicela. • usar a câmara exclusivamente para os imunobiológicos. São elas: • instalar a câmara de conservação de vacinas a pelo menos 20 cm da parede e longe de fontes produtoras de calor. que é mais sensível ao frio. As vacinas para sarampo. 3 técNIcAS DE APLIcAÇão A preparação da criança e dos pais • Preparação empática pelos pais e profissionais da sala de vacinas: encorajamento. O esquema vacinal atual é composto de várias vacinas. armazenamento. • manipulação correta desses produtos. • deixar um espaço livre entre as caixas de vacinas. • conhecimento dos profissionais da saúde envolvidos na vacinação. rubéola. distribuição e conservação adequados. O processo de aplicação de vacinas pode ser dividido em duas etapas principais: a preparação da criança e dos pais e a técnica de aplicação. uma resposta imune adequada poderá não ocorrer. as vacinas disponíveis atualmente são. pois as variações de temperatura interferem diretamente na qualidade dos imunobiológicos. Por esta razão. contar histórias).MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 2 SEgUrANÇA E coNSErvAÇão A imunização é uma das medidas mais eficazes para prevenção de doenças infecciosas. gerando ansiedade e desconforto em crianças e seus pais. febre amarela e a BCG também são sensíveis à luz. que garantam sua segurança e demonstrem sua eficácia. podem surgir reações adversas. a implantação de programas de imunização tem contribuído para reduções significativas nas taxas de morbidade e mortalidade por várias doenças infecciosas. adolescentes e adultos. • colocar as vacinas de vírus vivo na primeira prateleira (a mais próxima do congelador). A cadeia de frio é extremamente importante e deve receber atenção especial em todas as etapas. • Técnicas de respiração (“cheirar flor e assoprar vela”) e distração (cantar. . conforto e orientação. em caso de falta de energia elétrica. • conservar bobinas de gelo reciclável para manter por mais tempo a temperatura. bastante seguras e eficazes. As vacinas de vírus vivos atenuados são mais sensíveis ao calor. • tomada única para ligação da câmara de conservação. Entretanto. caxumba. • manter controle rigoroso da temperatura da câmara. com exceção da vacina de rotavírus. Algumas recomendações são fundamentais e devem ser respeitadas para garantir que os imunobiológicos sejam armazenados a uma temperatura e de forma adequada. em outros. • colocar as vacinas com prazo de validade próximo do vencimento nas prateleiras da frente. intramuscular. de forma geral. A maioria dos imunobiológicos deve ser conservada a uma temperatura entre 2°C e 8°C. são necessários muitos estudos. A confiabilidade e a segurança da vacinação não se resumem à aplicação da vacina e dependem de vários fatores: • armazenamento adequado das vacinas e imunoglobulinas. em glúteos. Visando à segurança do cliente no momento da aplicação. Caso seja necessário retirar o ar Quadro 2. em posterior de braços ou em um membro inferior e um superior. A amamentação não interfere na imunização. A criança deve estar sentada. Para crianças maiores e agitadas. O volume da dose é de 1. quando da inserção da mesma. O posicionamento da criança será diferente dependendo da idade e do local de aplicação. A técnica pode ser realizada com aplicação simultânea em ambas as coxas. 2006).Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein • Orientação das doenças prevenidas e possíveis reações adversas. No Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein. 18 . Deve-se trocar a agulha utilizada para aspiração da vacina a fim de evitar o contato do tecido subcutâneo com o produto.Rotarix® (vírus vivo atenuado) A técnica de aplicação • Treinamento dos profissionais envolvidos. iniciamos a aplicação simultânea de injeções múltiplas. diretamente na boca da criança (duas gotas). Agulhas recomendadas para aplicações intramusculares Ventro glúteo Dorso glúteo Vasto Lateral da Coxa Deltoide Observações No caso de crianças. porém não tem efeito sobre a dor causada pelo líquido vacinal. composição corporal e indicação do fabricante da vacina. Não é indicado repetir a dosagem se o bebê cuspir. O julgamento crítico deve considerar a idade do paciente. • Técnica de anestesia tópica: pode ser utilizada em aplicações intramusculares e diminui a dor da picada da injeção. é necessário o manuseio da seringa para aplicar. seu estado geral e desenvolvimento muscular para escolha segura do músculo e tamanho da agulha.8 cm de comprimento. • Posicionamento do cliente para permitir o relaxamento do músculo a ser injetado. segundo recomendação da Academia Americana de Pediatria (Red Book. é necessário auxílio na contenção por um terceiro membro da equipe.5 ou 25x6 20x5. • Frasco multidose. 25x6 ou 30x7 ou 40x7 30x7 ou 40x7 20x5. a agulha utilizada deve ser longa o bastante para atingir o músculo. • Aplicação simultânea de injeções múltiplas por profissionais diferentes pode reduzir a dor de antecipação da próxima injeção. Administração intramuscular Nas administrações intramusculares.5 em crianças e 25x6 ou 30x7 em adultos Administração oral Atualmente.Dukoral® (cepas inativadas da bactéria) Esta vacina deve ser reconstituída em água com bicarbonato de sódio. em deltoides. Deve-se repetir a dose caso a criança regurgite ou apresente vômitos nos primeiros dez minutos após a administração. Cada caso deve ser avaliado individualmente. Cólera e ETEC . • Escolha do local apropriado de acordo com a idade. no Brasil. para que haja contato do vírus vacinal com a mucosa oral e diminuição da possibilidade de regurgito da vacina. • Deixar o cliente escolher o local de aplicação dentre as opções possíveis pode ser útil para permitir um grau de controle. por profissionais diferentes. deixando a outra livre para contenção do membro a ser puncionado. A administração deve ser realizada lentamente. • Escolha da agulha adequada para o local escolhido. sua massa muscular e a espessura do tecido subcutâneo (Quadro 2). a agulha 25x6 é suficiente para a maioria das injeções intramusculares. levando-se em conta a idade do paciente. existem três vacinas administradas por esta via: Poliomielite (vírus vivo atenuado): • Frasco de dose única. além do responsável pela criança. aspirar e injetar com apenas uma mão. em posição reclinada. e o preparo é diferente para crianças de 2 a 6 anos e crianças maiores de 7 anos e adultos (vide capítulo Vacina contra cólera e ETEC). São necessários dois aplicadores treinados para a realização da aplicação simultânea. Homens obesos e mulheres com peso superior a 90 kg (grande espessura de tecido adiposo) necessitam de uma agulha de pelo menos 3. deve-se ter cuidado para não contaminálo através do contato com a saliva da criança. Rotavírus .5 mL. regurgitar ou vomitar durante ou após a administração da vacina. • Indicado para todas as idades. o local mais adequado para aplicação é o vasto lateral da coxa. • Lesão do nervo isquiático por agulha longa em crianças. pode-se utilizar o deltoide. Em crianças menores de 2 anos de idade. Após esta idade. nervo isquiático. insira agulha na cerca de 2 polpas digitais abaixo do acrômio no terço superior do músculo. no terço médio. Desvantagens • Trombose da artéria femoral se injeção na área mediana da coxa. delimitando o quadrante superior externo. dorso ou ventro glúteo ou. desde • Não indicado em crianças crianças que andam há pelo que não andem há menos 1 ano até adultos. com a retirada mínima de roupa. divida a distância vertical das duas estruturas em três partes. por ser mais desenvolvido. • Margem de segurança pequena para lesão do • Menos dor e efeitos nervo radial e axilar (que colaterais se comparado se situa abaixo do deltoide. • Fácil acesso.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES da seringa. Desvantagens Músculo Dorso Glúteo • Massa muscular pequena limita o volume a ser infundido em até 1 mL. 19 . tomar cuidado para não extravasar o líquido pela parede externa da agulha. • Inexistência de nervo ou grande vaso sanguíneo na região. insira a agulha na linha imaginária entre o vinco da calça e a costura lateral. pelo menos 1 ano. Escolha do local para a injeção Localize o processo acromial. menos vascularizado e inervado. • Fácil acesso se paciente em • Risco de lesão do decúbito ventral ou lateral. o vasto lateral da coxa. • Tecido adiposo espesso. ainda. ao vasto lateral da coxa na cabeça do úmero). Vantagens Desvantagens • Músculo desenvolvido. Vantagens • Absorção mais rápida que a região glútea. Vantagens • Músculo grande e bem desenvolvido. na aplicação de vacinas. Músculo Vasto Lateral da Coxa Músculo Deltoide Clavícula Acrônio Escolha do local para a injeção Lugar da injeção Ponto de inserção Músculo deltóide Úmero Nervo radial Artéria braquial Palpe o trocânter maior do fêmur e as articulações do joelho. Escolha do local para a injeção Utilizar como referência o início do sulco interglúteo e a linha hemiclavicular. predispondo à deposição da solução no subcutâneo. • Fácil acesso. é o terço médio do antebraço esquerdo. sugerida e recomendada por inúmeros autores para administração de injeções IM visando impedir o refluxo da medicação para o tecido subcutâneo. • Retirar a seringa e a agulha em movimento único. 20 . o tubérculo ilíaco ânterosuperior e a crista ilíaca posterior. caso isto ocorra. • Menos doloroso se comparado ao dorso glúteo. mude o local de aplicação.0 mL. • Fazer a aplicação em ângulo de 90° com a pele em adultos e entre 45° e 60° em crianças. Não se recomenda a assepsia com álcool a 70%. • Facilmente identificada pelos • Pouca familiaridade dos marcos ósseos proeminentes. • Camada fina de tecido subcutâneo comparado à região dorso glútea. reiniciando o procedimento. O líquido deve ser injetado suavemente. Técnica em Z Esta é uma técnica alternativa. Desvantagens • Indicado para crianças maiores de 2 anos.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Músculo Ventro Glúteo Administração subcutânea Escolha do local para a injeção Localize o trocânter maior do fêmur. • Acomoda volume maior de líquido. Sugerimos a utilização de óculos de proteção para realização desta técnica. Dentre os locais que podem ser usados estão as nádegas. para evitar levantar a fáscia muscular nessa manobra. Consiste na aplicação de tração lateral e/ou para baixo da pele e tecido subcutâneo antes da introdução da agulha. os locais adequados devem ser pobres em terminações nervosas e pouco vascularizados. A região a ser utilizada para a aplicação deve estar levemente distendida com o uso dos dedos indicador e polegar da mão não dominante. paralelamente à superfície da pele. secando após. O local padronizado para a aplicação da BCG é a inserção inferior do deltoide direito. a região superior e externa da coxa e a região posterior dos braços. • Injetar o líquido lentamente. observando-se a formação de uma pápula esbranquiçada. lavar somente com água e sabão. a região das nádegas não é recomendada devido à possível contaminação por eliminações fisiológicas. • Utilizar apenas dois dedos para formar a “prega” do subcutâneo. a infusão abrupta provoca dor. O bisel deve ser introduzido voltado para cima. aplique dentro do centro do V formado pelos dedos. Já para o PPD. • Aspirar para certificar-se de que não atingiu vaso sanguíneo. o dedo indicador sobre o tubérculo ilíaco ântero-superior e o dedo médio na crista ilíaca posterior o mais longe possível. coloque a palma da mão sobre o trocânter maior.5. O volume estabelecido para ambos é de 0. profissionais de saúde. Por esta via também é realizado o teste tuberculínico (PPD). Em crianças com fraldas. A agulha mais adequada é a 13x4. e não toda a mão. para evitar a interação entre os líquidos. sendo liberada após a agulha ser retirada. A seringa utilizada deve ser de 0. Administração intradérmica A única vacina atualmente administrada por via intradérmica é a BCG.1 mL. Para injeções subcutâneas. Se a região estiver muito exposta ou apresentar sujidade. reduzindo a dor e possíveis reações locais.3 ou 1. Vantagens • Livre de nervos e estruturas vasculares importantes. especialmente quando o diagnóstico não foi confirmado. que devem ser respeitadas. caxumba ou rubéola. sempre que o tempo de tratamento for superior a duas semanas e a dose maior ou igual a 2 mg/kg/ dia de prednisona para crianças com peso menor que 10 kg ou acima de 20 mg/dia para crianças com peso acima de 10 kg e adultos. O único cuidado especial é com a vacina oral para a pólio se houver comunicantes imunodeprimidos. • doença neurológica estável. entretanto. • uso de corticosteroide por via inalatória. tratamentos inferiores a duas semanas. não são contraindicação à vacinação. São as chamadas falsas contraindicações. • alergias: exceto se houver história de alergia grave a algum componente da vacina (vide Quadro 1). Geralmente a razão é um risco elevado de efeito adverso grave ou uma situação em que o risco das complicações supera o risco da doença contra a qual a vacina protegeria. • reação local a uma dose anterior da vacina. As principais falsas contraindicações são: • doenças leves com febre baixa. • prematuridade: as vacinas devem ser administradas na idade cronológica da criança. • história familiar de convulsão. • vacinação contra a raiva: não há interferência de outras vacinas com a vacina da raiva. mas deve-se avaliar criteriosamente os riscos e os benefícios de uma determinada imunização. em dias alternados ou em doses baixas. contraindicações verdadeiras à vacinação. é uma situação em que não há proibição absoluta.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 4 coNtrAINDIcAÇÕES fALSAS E vErDADEIrAS • tratamento com corticosteroides em doses não imunodepressoras: geralmente quando o tempo de tratamento é inferior a duas semanas ou tratamento em dose baixa. Neste sentido. Outra situação de imunodepressão é o uso de quimioterapia ou radioterapia (vide capítulo Vacinação do imunodeprimido). São elas: • imunodepressão: para todas as vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada: a situação mais comum é o uso de corticosteroides. • história familiar de morte súbita. recomenda-se aguardar um mês após o término da corticoterapia para vacinar. por outro lado. • contato domiciliar com gestantes: os vacinados não transmitem os vírus vacinais do sarampo. • uso de antimicrobiano: não interfere com a resposta imune às vacinas. • desnutrição: a resposta às vacinas é adequada e não há aumento dos eventos adversos. Precaução. • reação grave de hipersensibilidade a algum componente da vacina ou a alguma dose anterior: o componente 21 Entende-se por contraindicação verdadeira uma proibição à utilização de uma determinada vacina. Na prática clínica diária. para que os sinais e os sintomas da doença não sejam confundidos com eventos adversos da vacinação. o que se verifica é que frequentemente crianças e adultos não são vacinados por uma série de razões levantadas por leigos ou profissionais da saúde que não são contraindicações verdadeiras. • internação hospitalar: a internação hospitalar é uma excelente oportunidade para vacinação. desde que não haja outras contraindicações. que muitas vezes representam oportunidades perdidas para a vacinação e são responsáveis por atrasos nos calendários de vacinação. Existem. Não há aumento das reações adversas. seja do trato respiratório ou digestivo. • presença de doença febril moderada a grave: neste caso deve-se postergar a vacinação. • aleitamento: as vacinas utilizadas atualmente não são contraindicadas para as mulheres que estão amamentando. entretanto. Por outro lado. . • convalescença de doenças agudas: especialmente para as doenças do trato respiratório superior quando ainda houver tosse e/ou coriza. • diagnóstico clínico prévio da doença: não há qualquer impedimento de se realizar a vacina. exceto para os prematuros com peso menor que 2 kg. vacinas que não foram previamente aprovadas para ser combinadas. em uma mesma seringa. Deve-se lembrar que o intervalo mínimo entre vacinas de vírus vivos atenuados. no caso de não ser realizada vacinação simultânea ou combinada. • Meningococo C conj. é: • SCR e febre amarela – 15 dias. entretanto. todas as vacinas que contenham o componente pertussis (de células inteiras ou acelular) estão contraindicadas quando ocorrer encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacina pertussis. É importante ressaltar que a combinação de vacinas. • crise convulsiva ou síndrome hipotônico-hiporresponsiva até 72 horas após a vacina tríplice convencional: embora não haja consenso absoluto. • DPT acelular + Hib. . tríplice viral (sarampo. • Hepatite A + Hepatite B. coqueluche e tétano). 22 • DPT acelular + Hepatite B. pólio oral (cepas de pólio 1. que têm sido incorporadas aos calendários de vacinação. A combinação de vacinas é uma estratégia para reduzir o número de injeções e aumentar a aderência ao calendário vacinal. As vacinas para febre amarela e influenza não devem ser utilizadas nos pacientes com história de reação anafilática após ingestão de ovo. • gravidez: vacinas com vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada (vide capítulo Vacinação da gestante). 5 vAcINAÇão SIMULtâNEA E coMbINADA A vacinação simultânea consiste na administração de duas ou mais vacinas em diferentes locais ou vias. • Salk + DPT acelular + Hib + Hepatite B. • Pólio oral e demais vacinas atenuadas – nenhum intervalo. • Pólio oral e Rotavírus – 15 dias. estão disponíveis as seguintes vacinas combinadas: • DPT + Hib. Atualmente. • Pólio inativada (Salk) + DPT acelular + Hib. A administração simultânea também não intensifica as reações adversas. Com o surgimento de novas vacinas. pólio 2 e pólio 3). • encefalopatia nos primeiros sete dias após vacina pertussis: apesar de ser assunto ainda controverso. DPT (difteria. meningo BC. o número de injeções que a criança precisa receber tem aumentado. • Febre amarela e varicela – 28 dias. versão adulto e infantil). É incorreto combinar. + Hib. • SCR e Varicela – 28 dias. • Salk + DTP acelular. meningo AC. A única exceção é a administração simultânea das vacinas contra febre amarela e cólera. caxumba e rubéola). Todas as vacinas de uso rotineiro podem ser administradas simultaneamente. só pode ser realizada para vacinas previamente aprovadas para tal uso. a maioria dos autores recomenda a aplicação em doses subsequentes da vacina dupla (difteria-tétano) ou a vacina tríplice acelular. Algumas destas já vêm sendo usadas há muitos anos: DT (difteria e tétano. sejam elas locais ou sistêmicas. sem que isso interfira na resposta imunológica. que reduz a resposta imunológica para ambas as vacinas. A vacinação combinada consiste na aplicação conjunta de várias vacinas diferentes.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein das vacinas mais implicado nas reações graves é a proteína do ovo. pulso e frequência respiratória) sejam checados. síndrome de Guillain-Barré após vacinação antitetânica ou após vacina para Haemophilus influenzae. extremidades frias e. Na prática diária. dessa forma.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 6 EvENtoS ADvErSoS rELAcIoNADoS à IMUNIZAÇão são descritos sem que haja comprovação definitiva de sua relação causal com a vacinação. sempre que possível. É importante que a síncope seja adequadamente reconhecida também para diferenciá-la da reação anafilática. é importante questionar os pais ou o paciente sobre reações graves em doses anteriores. É importante ressaltar que muitos eventos adversos graves Síncope Ocorre por estimulação do sistema nervoso autônomo. As vacinas disponíveis atualmente são bastante seguras e eficazes. palidez. Dentre as reações mais frequentes. os pacientes devem ser observados por 15 minutos após a vacinação porque o choque anafilático grave geralmente manifesta-se nesse período. Os pacientes que relatam episódios anteriores de síncope ou fobia a injeções devem ser identificados e permanecer sob observação por 15 minutos após a vacinação. Estas ocorrem geralmente nas primeiras 48 horas após a vacinação e resolvem-se espontaneamente ou com tratamento sintomático. especialmente ovo e alguns antibióticos (vide Quadro 1). a técnica de preparo e aplicação das mesmas. De forma geral. Entretanto. além de material e medicações disponíveis e facilmente acessíveis. mas é necessário que os sinais vitais (pressão arterial. Neste sentido. sudorese. É importante realizar uma avaliação inicial referente aos vacinados e considerar os componentes da vacina. encefalopatia após vacina para rubéola. as principais urgências relacionadas com a imunização são: síncope e reação anafilática. que a síncope ocorra em local inadequado e o paciente possa apresentar alguma lesão por queda. encontramos a dor no local da aplicação e febre. às vezes. encefalopatia após vacina para sarampo. Alguns procedimentos rotineiros podem reduzir o risco de seu aparecimento. Estima-se que o choque anafilático grave ocorra em uma incidência de aproximadamente um caso para cada 200. A identificação do quadro deve ser imediata e o tratamento é feito segundo o quadro abaixo (Quadro 3): 23 . A imensa maioria das reações adversas é leve e transitória. além de avaliar história de alergias graves anteriores e relacioná-las com os componentes das vacinas. A descrição das reações adversas de cada vacina encontra-se nos capítulos correspondentes. Neste grupo. Como o choque anafilático grave é uma emergência. encefalopatia após vacina para caxumba. assim como não há vacina totalmente eficaz. não há vacina que seja totalmente segura. As reações adversas graves são muito mais raras. todo serviço de imunização necessita de equipe treinada e habilitada para as manobras de reanimação. Geralmente não é necessária qualquer intervenção ou medicação. Está associada à fobia de injeções e reverte-se espontaneamente desde que o paciente seja colocado em decúbito dorsal e aguardem-se alguns minutos. O paciente apresenta ansiedade. que é mais grave e merece tratamento. podem ser citados: encefalopatia após a vacina tríplice. Os eventos adversos pós-vacinação podem ocorrer devido a aspectos relacionados aos vacinados ou à vacinação. Reação anafilática Trata-se de uma reação imunológica multissistêmica mediada por IgE. evitando-se.000 vacinas aplicadas. hipotensão. 3 mL/Kg) Difenidramina 1 mg/kg por via EV Metilprednisolona 2 mg/kg por via EV Adrenalina pode ser repetida a cada 15 min se necessário Não repetir a difenidramina A inalação pode ser repetida a cada 20 minutos se necessário Adrenalina pode ser repetida a cada 15 min se necessário Reação moderada Urticária generalizada.01 mL/kg por via IM (máximo 0. 24 .para reposição de volume Difenidramina 2 mg/kg por via EV Metilprednisolona 2 mg/kg por via EV Manobras de reanimação cardiorrespiratória Intubação traqueal Adrenalina pode ser repetida a cada 5 min.000) 0.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Quadro 3. angioedema e estridor inspiratório Reação grave Estridor inspiratório. Identificação e tratamento da reação anafilática Descrição Tratamento Repetição da dose Reação leve Urticária leve.01 mL/kg por via SC (máximo 0. rinite.9% 5 mL e fenoterol 0. conjuntivite e broncoespasmo leve Adrenalina (1/1000) 0.05% uma gota para cada 3 kg (máximo 10 gotas) Adrenalina (1/1.1 mL/kg por via EV (máximo 10 mL) Soro fisiológico 0.9% 20 mL/kg rápido . falência Adrenalina (1/10.000) respiratória e choque 0.3 mL/kg) Difenidramina 1mg/kg por via oral ou IM Se broncoespasmo: inalação com SF 0. Para elaboração dos calendários. nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. 4. Nas regiões onde houver indicação. DPT+Hib2 (Tetravalente).saude.cve. Rotavírus2 Poliomielite.id e Hepatite B1 Hepatite B Pólio oral. o calendário oficial é definido pelo Ministério da Saúde.sbp. através do Programa Nacional de Imunizações (PNI). a Sociedade Brasileira de Pediatria. a viabilidade do esquema e o número de aplicações. 4 e 6 meses de idade com a vacina tetravalente e dois reforços com a tríplice bacteriana (DPT). MG. A SBP acrescenta algumas vacinas ao calendário do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. entre 4 e 6 anos. DPT+Hib.br): 25 .br): Calendário de Imunizações Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo . Sarampo-caxumba-rubéola Dupla tipo adulto (dT) 1. dentro de um mesmo país. que residam ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP. são considerados: a importância epidemiológica da doença a ser prevenida. BA. Se viajar para áreas de risco. área de transição (alguns municípios dos estados: PI. de quatro meses e a criança já tenha completado 6 meses de idade. com a sequência cronológica com que as vacinas são administradas. Hepatite B4 Febre amarela5 Sarampo-caxumba-rubéola DPT. TO. DPT+Hib. Os calendários variam de um país para outro e. Rotavírus Pólio oral. Sarampo-caxumba-rubéola Febre Amarela 3. DPT (Difteria-coqueluche-tétano) DPT . As Secretarias Estaduais de Saúde podem definir os seus calendários e acrescentar vacinas ao PNI. Rotavírus Pólio oral. GO e DF). é denominado calendário de vacinação. por exemplo. PR. Poliomielite DPT. O calendário de vacinação atual para o Estado de São Paulo. O intervalo entre a segunda e a terceira dose é de dois meses. definido pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose da vacina contra hepatite B é de 30 (trinta) dias. Rotavírus3 Poliomielite. No Brasil. a disponibilidade de uma vacina segura e eficaz. 2. vacinar contra febre amarela 10 (dez) dias antes da viagem. Entidades de classe também propõem calendários. MS.2008 Idade Ao nascer 2 meses 4 meses 6 meses 9 meses 12 meses 15 meses 5 ou 6 anos 15 anos Observações: Vacinas BCG. A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 7 cALENDárIoS DE vAcINAÇão O esquema de vacinação de rotina. 1.gov.saude.id e Hepatite B1 Poliomielite. no mínimo. 3.sp. AC. RR. DPT+Hib. Hepatite B1. 2. o melhor esquema para se obter uma resposta imune adequada. O esquema básico se constitui de 3 (três) doses. PA. e o segundo. como. O esquema de vacinação atual é feito aos 2. DPT+Hib. O primeiro reforço aos 15 meses.br): Calendário de Imunizações Programa Nacional de Imunizações . é o seguinte (disponível em http://www. MA. Idade máxima para a primeira dose é de 3 meses e 7 dias. Reforço a cada dez anos. Hepatite B Febre Amarela3 Sarampo-caxumba-rubéola Pólio oral. SP. O calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) para o ano de 2008 foi dividido em calendário de vacinação para crianças e calendário de vacinação para adolescentes. O atual calendário de vacinação do Ministério da Saúde para o Brasil é o seguinte (disponível em http://portal.gov. Idade máxima para a segunda dose é de 5 meses e 15 dias. 5. desde que o intervalo de tempo decorrido da primeira dose seja. os recursos disponíveis. de acordo com a situação epidemiológica. MT. SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA. ES e MG). RO. DPT+Hib. com intervalo de 30 dias da primeira para a segunda e 180 dias da primeira para a terceira dose.com. podem variar de região para região. Estes calendários são os seguintes (disponíveis em http://www. Poliomielite.2006 Idade Ao nascer 1 mês 2 meses 4 meses 6 meses 9 meses 12 meses 15 meses 4 a 6 anos 10 anos Observações: Vacinas BCG. AM. A primeira dose da vacina contra hepatite B deve ser administrada na maternidade. Meningocócica conjugada tipo C7 DPT. a vacina combinada A+B pode ser utilizada na primovacinação desses indivíduos e o esquema deve ser completado com a mesma vacina combinada. Hib5. A vacina contra febre amarela está indicada para os residentes e viajantes para as áreas endêmicas. aos dois e quatro meses. Influenza8 . 5. A segunda dose da tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola) pode ser aplicada dos 4 aos 6 anos de idade. OPV ou IPV6. Aplicada em dose única. 8. Sarampo-caxumba-rubéola10. 4ª. dose da Hib deve ser aplicada aos 15 meses de vida. 3. A vacina monovalente humana deverá ser administrada em duas doses. Recomendam-se duas doses da vacina conjugada contra meningococo C no primeiro ano de vida. A vacina inativada contra poliomielite (IPV) pode substituir a vacina oral (OPV) em todas as doses. A primeira dose deverá ser administrada a partir de seis semanas até o máximo de 14 semanas. Esta vacina apresenta proteção adicional para pertussis. preferencialmente nas duas primeiras doses. Como alternativa à vacina dT. 6. A vacina pentavalente bovino-humana deverá ser administrada em três doses: aos 2. 9. Varicela11 dT ou dpaT12 26 . Todas as crianças e adolescentes devem receber ou ter recebido duas doses de tríplice viral. 2ª. de transição e de risco potencial. A primovacinação de crianças com idade inferior a 9 anos deve ser feita com duas doses com intervalo de 1 mês. 11. BCG-id2 Hepatite B Rotavírus3. uma 4ª. 12. A vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras 12 horas de vida. dose um mês após. dose. exceto para comunicantes domiciliares de hanseníase. Após os 12 meses de vida. Pneumococo conjugada Meningocócica conjugada tipo C 7 Rotavírus3. Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 kg ou com menos de 33 semanas de vida devem receber quatro doses da vacina (esquema 0.2009 Idade Ao nascer 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 9 meses 12 meses 15 meses 18 meses 4 a 6 anos 14 a 16 anos Observações: 1. A segunda dose pode ser feita com um ou dois meses de vida. pode ser administrada a vacina dpaT (tríplice acelular tipo adulto). e a terceria dose deverá ser administrada até no máximo 32 semanas. Varicela. Uma segunda dose da vacina contra varicela deve ser aplicada dos 4 aos 6 anos de idade. Hib5. OPV ou IPV. O intervalo mínimo é de quatro semanas entre as doses. com intervalo mínimo de um mês. 2 e 6 meses): 1ª. DPT ou DPaT4. Recomenda-se que todas as crianças com menos de 5 anos de idade recebam OPV nos Dias Nacionais de Vacinação. A vacina DPT (células inteiras) é eficaz e bem tolerada. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de no mínimo 3 meses. OPV ou IPV6. Vacinas Hepatite B1. deve ser aplicada em dose única. 2. quando a segunda dose pode ser aplicada com intervalo mínimo de seis meses após a primeira dose. Quando possível aplicar a DPaT (acelular) devido a sua menor reatogenicidade. Pneumococo conjugada Meningocócica conjugada tipo C 7 DPT ou DPaT4. 10. Hib5 Hepatite A DPT ou DPaT. 3ª. Hib5. Hepatite B. A vacina contra influenza está recomendada dos 6 meses aos 5 anos de idade para todas as crianças. 4 e 6 meses. 1. 7. dose 6 meses após a 1ª. dose ao nascer. OPV ou IPV. Pneumococo conjugada. O intervalo mínimo entre as doses é de quatro semanas. 1 e 6 meses.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Calendário de Imunização para Crianças – Sociedade Brasileira de Pediatria . A primeira dose deverá ser administrada até 12 semanas. dose um mês após a segunda dose. Pneumococo conjugada (Rotavírus3) Influenza Febre amarela9 Sarampo-caxumba-rubéola. Se for usada uma vacina combinada Hib/DPaT (tríplice acelular). OPV ou IPV6. 4. DPT ou DPaT4. ou nas campanhas de seguimento. e uma dose de reforço aos 12 meses. Crianças e adolescentes não vacinados no esquema anterior devem receber a vacina no esquema 0. Hepatite A. independente da forma clínica. 9. Aqueles que receberam apenas uma dose devem completar o esquema vacinal. Vacina contra hepatite A: indivíduos suscetíveis devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 a 12 meses. Recomendase a aplicação de pelo menos um reforço com a vacina dpaT (tríplice bacteriana acelular tipo adulto). Esquema incompleto: somente completar esquema. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de. 10. Vacina contra varicela: adolescentes suscetíveis com mais de 13 anos de idade devem receber duas doses com quatro semanas de intervalo. 27 . no mínimo. Esquema incompleto: somente completar esquema. 12. um esquema de 3 doses deve ser iniciado. 2 e 6 meses. 7. 2 meses e 6 meses. Vacina contra febre amarela: em dose única para todos que habitam áreas endêmicas ou para viajantes para áreas endêmicas recomendadas. sendo a primeira delas com dpaT. Vacina polissacarídica 23-valente contra pneumococos: aplicada em dose única nos grupos de risco. completando o esquema inicial. O intervalo mínimo entre a segunda e a terceira dose é de 16 semanas.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Calendário de Imunização para Adolescentes (dos 9 aos 19 anos) – Sociedade Brasileira de Pediatria . 8. respeitando-se o intervalo de 4 semanas entre as doses. 5. 2. Reforços a cada 10 anos. Não vacinado: 3 doses 3 doses 1dose 2 doses 6 Primovacinação Reforço dT ou dpaT2 1 dose a cada 10 anos Poliomielite (IPV)3 Tríplice Viral4 Varicela 5 1 dose Hepatite A HPV8 2 doses 1 dose 3 doses (mulheres de 9 a 26 anos de idade) 1 dose 1 dose 11 Meningocócica C7 Pacientes com recomendações especiais Influenza9 Hib 10 anual Pneumo 23 val 1 dose 1 dose 1 dose a cada 10 anos Recomendadas de acordo com a situação epidemiológica Febre Amarela12 Observações: 1. É altamente recomendável que a vacina dpaT substitua uma dose das três nesta série. 3. Indivíduos com idade superior a sete anos não vacinados com a série primária de OPV podem ser vacinados com três doses de IPV. Vacina inativada contra poliomielite (IPV): adolescentes que receberam primovacinação adequada com OPV ou IPV não necessitam de doses de reforço de rotina para esta vacina. Vacina contra difteria. de 6 meses. sendo apenas uma delas com dpaT. A vacina deve ser aplicada no início da estação de influenza. Se a vacinação básica for incompleta. Vacina contra Haemophilus influenzae tipo B (Hib): deve ser aplicada em dose única nos grupos de risco (asplenia e imunodeprimidos). 6. Vacina contra papilomavírus humano (HPV): indicada para meninas e mulheres de 9 até 26 anos de idade em três doses: 0. Vacina conjugada contra meningococo sorogrupo C: aplicada em dose única naqueles indivíduos não vacinados na série primária de vacinação. coqueluche e tétano: se a vacinação básica for completa. Vacina tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): os indivíduos que receberam apenas uma dose da vacina depois de um ano de idade devem receber uma segunda dose.2008 Vacinas Recomendação Geral Hepatite B1 Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir. Vacina contra influenza: é indicada em dose única anual para indivíduos que se constituem em grupo de risco para a infecção ou que convivem intimamente com pessoas que representam grupo de risco. seguida por duas doses com dT. Indivíduos não vacinados devem receber duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. deve-se completar o esquema. Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal. Não vacinado: 3 doses Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir. quatro semanas e entre a segunda e a terceira. Vacina contra hepatite B: o esquema vacinal deve ser 0. os reforços devem obedecer intervalo de 10 em 10 anos. 4. 11. 3 meses e 7 dias. foi sugerida pela SBP. Varicela10 HPV (3 doses. Vacina antimeningocócica conjugada para o meningococo C. a partir de 2 meses de idade.2009 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Idade A partir do nascimento 2 meses 3 meses 4 meses 5 meses 6 meses 7 meses 12 meses 15 meses 18 meses 4 a 6 anos 11 a 12 anos 14 a 16 anos Observações: Vacina BCG-id e Hepatite B1 Pólio2. passa a ter maior importância. Existem duas vacinas no mercado. A inclusão da vacina para influenza de rotina para todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade. para influenza. após a sua implantação no calendário vacinal. Hepatite A9. esquema todo com pólio inativada ou pólio inativada nas primeiras duas doses. Hemophilus. recomendamse duas doses com um reforço aos 12 meses. aos 2 e 4 meses: na primeira dose. apenas em mulheres)11 Tríplice acelular tipo adulto12 1. A inclusão da vacina antipneumocócica conjugada. A segunda dose da hepatite B pode ser feita isoladamente com 1 mês de idade ou aos 2 meses. pólio inativada (IPV) em vez de pólio oral (OPV). A utilização da vacina inativada para poliomielite (IPV) está fundamentada no risco de reação paralítica pós-vacinal com a vacina de vírus vivo da pólio oral (OPV). Varicela. Difteria. Pneumococo4. no período epidêmico do vírus. Como a doença (poliomielite) não é notificada no Brasil há vários anos. como existem vacinas seguras e eficazes. tríplice acelular para todas as doses.000 doses. 5 meses e meio. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de 1 mês. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de 1 mês. O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. Tríplice3. Para as crianças que iniciam o esquema no primeiro ano de vida. 6. A inclusão da vacina antimeningocócica conjugada tipo C. antimeningocócica conjugada tipo C. Utilizar. 28 Baseado em todos os calendários anteriores e também no calendário da Academia Americana de Pediatria. recomenda-se apenas uma dose. Tríplice3. Pneumococo4. o esquema é de duas. Pneumococo4 Hepatite A Pólio2. Com a vacina inativada. a idade mínima é 3 meses e 7 dias e a idade máxima. nas crianças no Brasil. de preferência. (Rotavírus5) Influenza (Gripe) 7 Tríplice viral8. o risco de reação paralítica. Tríplice3. 3. nas primeiras duas doses. tríplice acelular tipo adulto (dpaT) para os adolescentes e adultos em vez de dupla tipo adulto (dT). embora sejam doenças comuns na infância. a idade mínima é 1 mês e meio e a idade máxima. A vacina tríplice acelular (DPaT) tem eficácia semelhante à tríplice de células inteiras (DPT) e apresenta menor reatogenicidade. esse risco seja de um para cada 750. Utilizar. 4 e 6 meses: a primeira dose deve ser administrada até 12 semanas. podem apresentar complicações e. 4. de preferência. Para a vacina pentavalente bovino-humana o esquema é de 3 doses aos 2. a redução das doenças invasivas por meningococo tipo C foi de 92% nas crianças de um a três anos de idade e de 97% nos adolescentes. No Reino Unido. Rotavírus 5 Meningococo C6 Pólio2. para varicela. justifica-se porque a vacina é eficaz para prevenção de doença invasiva pelo meningococo tipo C a partir de 2 meses de idade. de acordo com a situação epidemiológica. Varicela e hepatite A. • a sugestão para utilização de tríplice acelular (DPaT) em vez da tríplice de células inteiras (DPT). para hepatite A e para o HPV. 2. Tríplice3. Hemophilus. e a terceira dose deverá ser administrada até o máximo de 32 semanas. Hepatite B. Por esta razão. estima-se que esta vacina possa ter papel significativo na prevenção desta doença. coqueluche e tétano. Estima-se que. a reação paralítica pós-vacinal não ocorre. embora muito baixo. Para a vacina monovalente humana. . Influenza7 (Gripe). justifica-se pela prevalência e gravidade da doença pneumocócica nesta faixa etária. o Centro de Imunizações do Departamento Materno-Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein adotou os seguintes calendários de imunização para o ano de 2008.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein As principais diferenças entre o calendário proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria e o calendário da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo são as seguintes: • a inclusão das vacinas antipneumocócica conjugada. Pneumococo4. justifica-se porque vários estudos demonstram que as crianças desta faixa etária têm taxas elevadas de infecção pelo vírus influenza e altos índices de hospitalização. Para as crianças vacinadas após os 12 meses. Vacina antipneumocócica conjugada heptavalente. Tríplice viral8. 5. Calendário de Vacinação Infantil . Embora os sorotipos presentes na vacina não sejam totalmente superponíveis àqueles mais frequentemente encontrados nas doenças invasivas por pneumococo. Rotavírus5 Meningococo C6 Pólio2. Hemophilus. Hemophilus. Na segunda dose. e o esquema depende da vacina. semelhantes aos encontrados em idosos. Meningococo C Pólio 2. utilizando-se vacina combinada. como o calendário da Academia Americana de Pediatria. Tríplice3. elas foram incluídas no calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). A vacina para HPV protege contra aproximadamente 70% dos cânceres de colo do útero e está incluída em outros calendários. Hepatite B. A vacina está contraindicada nos imunodeprimidos e nas gestantes. Adultos previamente não vacinados devem receber uma série completa com a vacina para difteria e tétano. dose da vacina para hepatite B aos 2 meses de idade. A segunda dose deve ser feita 6 meses após a primeira. Os calendários do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein são atualizados anualmente. Adultos com menos de 50 anos devem receber a vacina a menos que tenham comprovação de vacinação anterior ou diagnóstico confirmado das doenças. 10. a revacinação deve ser anual. O esquema é de 3 doses: 0. 9. que desejem reduzir a incidência de gripe. 1 a 2 meses (dependendo do produto) e 6 meses. Todos os adultos suscetíveis para hepatite A devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 meses. mesmo acima de 5 anos de idade. 2. A vacina é contraindicada em mulheres grávidas. existem outros calendários para populações específicas. Reforços a cada 10 anos. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira (dependendo do produto utilizado). Vacina para gripe. As principais diferenças deste calendário em relação ao calendário proposto pela Sociedade Brasileira de Pediatria são: • a sugestão para aplicação da 2ª. em vez dos 12 meses do calendário da SBP. A época ideal para vacinação é o outono. 8. 4. 3. a revacinação deve ser anual. Todos os adultos sem diagnóstico anterior confirmado ou sem vacinação anterior devem receber duas doses da vacina contra varicela. pneumopatas ou com doenças crônicas). e a terceira 6 a 12 meses após a primeira. recomendam-se duas doses da vacina contra varicela. como o calendário pós-transplante de medula óssea e o calendário para o adulto oncológico. Pode ser utilizada a dupla (dT. Recomenda-se. Adultos com esquema incompleto devem apenas completar a série. 29 . Na primeira vez que a criança for vacinada. Baseado nos calendários do Centers for Disease Control and Prevention dos EUA e da Sociedade Brasileira de Imunizações. pode ser iniciada a partir de 2 anos de idade. Sarampo-caxumba-rubéola. com o único objetivo de redistribuir as aplicações intramusculares. Vacina para o papilomavírus humano. Vacina recomendada para todas as mulheres de 9 a 26 anos de idade. eficaz e reduz o número de injeções. Todas as crianças de 6 meses a 5 anos de idade devem ser vacinadas. Nas crianças de risco (cardiopatas. que serão discutidos no capítulo sobre a vacinação do imunodeprimido. o Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein elaborou o calendário transcrito abaixo para ios adultos. 12. 11. para todos os adultos. que uma das doses seja substituída por tríplice acelular tipo adulto (dpaT) para proteção contra coqueluche. Deve ser utilizada em meninas aos 11 a 12 anos de idade.difteria e tétano) tipo adulto. A segunda dose deve ser administrada um a dois meses após a primeira. A série completa é de 3 doses: a segunda. são necessárias duas doses com 4 a 6 semanas de intervalo. Calendário de Vacinação para o Adulto . Pode ser utilizada também por crianças acima de 5 anos de idade e adultos saudáveis. É importante lembrar que todos os calendários devem ser atualizados periodicamente. Este esquema é seguro.2009 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Vacina 19 a 49 anos Dupla adulto (dT) HPV 2 3 1 Faixa etária 50 a 64 anos 1 dose a cada 10 anos > 64 anos 1 dose a cada 10 anos 1 dose a cada 10 anos 3 doses (mulheres até 26 anos) 1 dose 2 doses 2 doses 3 doses 7 Tríplice Viral Varicela4 Hepatite A5 Hepatite B6 2 doses 3 doses Dose anual 2 doses 3 doses 1 dose Dose anual Dose única Pneumocócica Influenza 8 Meningocócica C Observações 9 Dose única Dose única 1. e a terceira 6 meses após a primeira. à caxumba e á rubéola. A primeira aos 12 meses e a segunda entre 4 a 6 anos de idade.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 7. utilizandose vacina combinada. Tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): considera-se que os adultos com 50 anos ou mais estão imunes ao sarampo. Pode ser utilizada dos 9 aos 26 anos de idade. Dependendo do produto utilizado. Nas crianças saudáveis de 6 meses a 5 anos de idade. Para todas as crianças. Além desses calendários. um a dois meses após a primeira. • o reforço da vacina antipneumocócica conjugada aos 15 meses. 5. abscesso subcutâneo frio. é mais frequente. Eventos adversos A reação local à vacina intradérmica é a formação de uma pápula no local de injeção. A disseminação do bacilo da vacina é excepcionalmente rara e afeta crianças imunodeprimidas. Ocorrem em aproximadamente um para cada 2. 9. Indicada para todos os adultos acima de 64 anos de idade e para os adultos de qualquer idade com doenças crônicas (cardíacas.500 vacinados. Nestes casos. formando uma pequena úlcera. Todos os adultos suscetíveis para hepatite B devem receber três doses da vacina para hepatite B. 8 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA tUbErcULoSE (bcg) Profilaxia pós-infecção A vacina não é indicada para profilaxia pós-exposição. Adultos com idade inferior a 50 anos com doenças crônicas também devem receber a vacina. esta positividade tende a declinar com o tempo (em média no período de cinco anos). Vacina contra tuberculose produzida com bacilo Calmette e Guérin (bacilo de Mycobacterium bovis vivo e atenuado após 231 passagens em meio de cultura com bile bovina). de onde pode drenar uma secreção purulenta. De maneira geral. 7. A eficácia da vacina BCG foi avaliada em vários estudos bem controlados. O uso de isoniazida por seis meses em pacientes comprovadamente infectados pelo bacilo da tuberculose parece ser eficaz em prevenir o aparecimento da doença por períodos de observação tão longos como 30 anos. pode se desprender. de tempos em tempos. Adultos saudáveis com idade inferior a 50 anos podem receber a vacina para reduzir incidência de gripe. restando uma cicatriz circular. A época ideal para vacinação é o outono. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C. esses estudos encontraram melhores resultados na proteção para formas graves da doença: meningite tuberculosa. às vezes em grande quantidade. tuberculose miliar e formas disseminadas. A linfadenite regional aparece em aproximadamente 1% dos vacinados. 30 . 70% quando aplicada aos dez anos e 50% quando aplicada aos 20 anos. Entretanto. Uma pequena crosta pode se formar sobre a lesão. A revacinação deve ser anual. Reações locais mais graves são bastante raras. porém. São elas: úlcera maior que 1 cm que não cicatriza em seis meses. que progride em tamanho até seis semanas após a inoculação. linfadenopatia regional supurada. no esquema de 3 doses. Vacina antipneumocócica polissacarídica 23 valente. Nos imunodeprimidos. Este evento é esperado e deve ocorrer até o sexto mês de vida. Esta úlcera deve cicatrizar ao redor da 12ª semana. A maioria dos estudos demonstra que a proteção conferida pela vacina vai se reduzindo gradativamente com o tempo. especialmente após dez anos da vacinação. A proteção é maior quando a vacinação é mais precoce: 85% quando é aplicada no recém-nascido. que. 8. É importante salientar que a resposta positiva ao teste de Mantoux não deve ser interpretada como imunidade ao bacilo da tuberculose. Persistência da imunidade A resposta ao teste tuberculínico (Mantoux) pode ser frequentemente positiva (5-15 mm) após vacinação com BCG. e a terceira dose 6 meses após a primeira. metabólicas etc). está indicada hidrazida 10 mg/kg/dia (máximo de 400 mg) até regressão da lesão. pulmonares. A vacina contra gripe é indicada para todos os adultos acima de 50 anos de idade. Indicada para todos os adultos que vivem em áreas endêmicas para meningite meningocócica sorogrupo C. As taxas de proteção para estas formas situam-se ao redor de 70%.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 6. Adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto hepatite B podem receber vacina combinada hepatite A+hepatite B. estudos de eficácia conferida por duas doses (a segunda geralmente aos dez anos de idade) mostram resultados contraditórios. A segunda dose um mês após a primeira. Verifica-se a viragem tuberculínica (positivação do teste) em torno de três a doze semanas após a primoinfecção tuberculosa. Enduração de 10 mm ou mais – reator forte. porém não vacinados com o BCG. Reações alteradas: a reação à tuberculina pode ser deprimida ou suprimida por até 4 semanas por infecções virais. A vacina é mantida liofilizada e distribuída em frascos de cor âmbar. sarcoma ou outros tumores malignos ou imunossupressão. 31 . Deve ser protegida da luz. Se o teste tuberculínico for não reator. recomenda-se revacinação sem necessidade de teste tuberculínico (de Mantoux) prévio. As vacinas de vírus vivo podem interferir na leitura do PPD. se a criança não desenvolver cicatriz vacinal após seis meses. preferencialmente com 72 horas. quando a reação atinge seu máximo. que garante um inóculo adequado. mas está longe de ser o teste ideal em termos de especificidade e sensibilidade. Uso intradérmico: a vacina BCG deve ser administrada na região deltoide do braço direito. do Ministério da Saúde. vacinação com vírus vivos. Deve ser mantida sob refrigeração com temperatura entre 2°C e 8°C.1 mL. de preferência no berçário. • Paciente com queimaduras ou lesões graves de pele. Ocorre nos indivíduos infectados pelo bacilo de Koch (infecção passada ou presente). Corresponde à alergia tuberculínica demonstrada pela maior parte dos indivíduos com vacinação recente pela BCG. pelo risco de disseminação. 2 ou 5 mg de BCG liofilizada. Ocorre em indivíduos infectados pelo bacilo de Koch ou eventualmente por outras micobactérias atípicas. Ocorre em pessoas não infectadas pelo bacilo de Koch. A apresentação da BCG para administração percutânea não está mais disponível no mercado. Teste tuberculínico O teste tuberculínico mostra o grau de hipersensibilidade à tuberculoproteína. Modo de aplicação A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uso combinado de vacinas Não é permitida sua administração combinada a qualquer outra vacina. desde que aplicadas em locais separados. Enduração de 5 a 9 mm – reator fraco. A dose recomendada é de 0. Enduração de 0 a 4 mm – não reator. • Uso de quimioterapia ou corticosteroides em dose imunossupressora. • Recém-nascidos com peso inferior a 2 kg. é indicado realizar o teste tuberculínico antes da realização da vacina. para uso percutâneo. Especificações e observações Havia duas apresentações. portanto. correspondendo a 10. deve haver um intervalo de três meses entre a vacina e a realização do PPD. Apresentação comercial BCG intradérmica: ampola contendo 1. pode ser considerada como reação à vacina BCG. Valores de referência do teste tuberculínico Esquema de imunização Uma dose na criança a partir do nascimento o mais precocemente possível. nos anérgicos. Recomendações para imunização Está indicada para uso rotineiro a partir do nascimento. 20 ou 50 doses (Fundação Ataulpho de Paiva). • Presença de doença febril aguda. da Secretaria da Saúde e do Comitê de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria é o uso intradérmico. Após os seis meses de vida. porém raramente a alergia tuberculínica pós-BCG ultrapassa os 15 mm de pápula. ou significa alguma reação inespecífica. Eventualmente. a sua validade é de seis horas. doenças febris sérias. Após a reconstituição. É o único método para detectar tuberculoseinfecção na prática clínica. pode-se administrar a vacina. Após BCG intradérmica.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. mais concentrada. Contraindicações • História de imunodepressão congênita ou adquirida (as crianças ou adultos com infecção assintomática pelo HIV podem receber a vacina). e. • Gravidez. uma para uso intradérmico e outra. Observações A leitura do teste tuberculínico deverá ser feita entre 48 e 96 horas após a aplicação. O primeiro reforço deve ser aplicado entre 15 a 18 meses de idade e o segundo reforço entre quatro a seis anos. As vacinas de vírus vivo podem interferir na leitura do PPD. a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que se utilize OPV nos Dias Nacionais de Campanhas de Vacinação. Haemophilus B e hepatite B. O risco aumenta na primeira dose da vacina. Em imunodeprimidos. Uso exclusivo de IPV (obrigatório para imunodeprimidos e seus contactantes domiciliares. 2. o risco é muito maior (cerca de 3.000 vezes maior). e. caso a opção seja por uso exclusivo de IPV. A IPV pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. As datas também não sofrem alteração. Persistência da imunidade A imunidade conferida por esta vacina é permanente com o uso do esquema completo na primeira infância. podem ser dadas apenas duas doses: aos dois e quatro meses. sem prejuízo na resposta imune ou aumento dos efeitos adversos. Recomendações para vacinação A vacinação para poliomielite é recomendada de forma universal. Pólio oral (OPV): vacina de vírus vivos atenuados. quando atinge um para 750. composta pelos três tipos de vírus da poliomielite. No caso de uso exclusivo de IPV. o uso da OPV pode bloquear um surto epidêmico. o intervalo sugerido na Norma Técnica do Programa de Imunização (2008) é: • Pólio oral e Rotavírus – 15 dias. 32 . composta pelos três tipos de vírus da poliomielite.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 9 Descrição vAcINA coNtrA PoLIoMIELItE Há dois tipos de vacina contra a poliomielite: a. sem prejuízo da resposta imune ou aumento dos eventos adversos. b. com intervalos de dois meses (mínimo de 30 dias). Uso exclusivo de OPV (esquema seguido pelo Ministério da Saúde). mas não há problema se a criança receber três doses (o que ocorre quando se usam vacinas combinadas com tríplice acelular e Haemophilus). portanto. tanto a vacina de vírus vivo quanto a de vírus atenuado. na mesma seringa. dispensando-se a dose aos seis meses. Pólio inativada (IPV): vacina de vírus inativados.4 milhões de doses oferecidas. Quando o uso não for concomitante. deve ser dada IPV aos dois e quatro meses e OPV nas doses subsequentes.000 doses. Os reforços são mantidos nas mesmas datas. Esquemas de imunização Existem três esquemas indicados: 1. Uso combinado de vacinas A vacina IPV pode ser utilizada em combinação com a tríplice acelular e Haemophilus B ou com a tríplice acelular. Vale lembrar que. 3. A imunização básica é feita em três doses a partir de dois meses de idade. Eficácia As vacinas são muito eficazes. Há tendência de erradicação da doença. • Pólio oral e demais vacinas de vírus vivo atenuado – nenhum intervalo. desde que aplicadas em locais separados. deve haver um intervalo de três meses entre a vacina e a realização do PPD. usando-se qualquer uma das apresentações. No caso do esquema sequencial. para as crianças normais. que se constitui na paralisia infantil associada à vacina. Eventos adversos O principal risco é o associado com a vacina OPV: a poliomielite paralítica associada à vacina (PPAV). Uso sequencial de duas doses de IPV seguida por doses de OPV (para se reduzir o pequeno risco de reação paralítica pós-vacinal). Uso concomitante de vacinas A OPV pode ser oferecida ao mesmo tempo com outras vacinas do esquema de imunização. mas pode ser utilizado para crianças normais para se evitar o pequeno risco de reação paralítica pós-vacinal com a OPV). O risco desta eventualidade é de um para 2. Profilaxia pós-exposição Em caso de epidemias. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Contraindicações A principal contraindicação para a vacina oral contra a pólio é a imunodepressão. absorvidas em hidróxido de alumínio. O único cuidado é que uma nova dose deve ser administrada caso a criança regurgite. Apresentações comerciais • Pólio oral: suspensão para uso oral (Chiron Vaccines) • Pólio inativada isolada: Imovax Pólio (Sanofi Pasteur) disponível apenas nos CRIEs • Pólio inativada combinada: → IPV + DPaT+ Hib - Infanrix IPV + Hib (Glaxo SmithKline) ou Poliacel (Sanofi Pasteur) → IPV + DPaT + Hib + hepatite B - Infanrix Hexa (Glaxo SmithKline) → IPV+DPaT – Tetraxim (Sanofi Pasteur) Modo de aplicação A pólio oral (OPV) é administrada na dose de duas gotas. deve ser realizada de 30 a 45 dias após a última dose do esquema vacinal. Profilaxia pós-exposição A vacina pode ser utilizada isoladamente ou associada à imunoglobulina hiperimune para hepatite B em várias situações (Quadro 4). é recomendada uma dose de reforço. a incidência da queda de anticorpos em seguimento de dez anos variou de 13% a 63%. Não deve ser congelada. Vários estudos mostram proteção de 90% a 95% em crianças e adultos suscetíveis. para os pacientes que não apresentam títulos protetores após o esquema completo. Especificações e observações A vacina pólio oral deve ser mantida entre 2°C e 8°C. após esquema completo. os níveis de anticorpos devem ser controlados anualmente. e. mesmo quando os níveis de anti-HbsAg são baixos ou indetectáveis.000 vezes maior que nos imunocompetentes. Para pacientes em hemodiálise. Apenas a apresentação do laboratório Sanofi Pasteur contém timerosal como conservante. em imunodeprimidos. recomenda-se repetir uma série de 3 doses. a conduta é a ilustrada pelo Quadro 5. A memória imunológica permanece intacta por mais de 12 anos e protege contra infecção crônica por HBV. A resposta é melhor em crianças do que em adultos. 10 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA hEPAtItE b Persistência da imunidade Entre adultos jovens. Calcula-se que 10% das doenças relacionadas com poliovírus aconteçam em imunodeprimidos. se < 10 mUI/mL. A vacina inativada para pólio deve ser mantida entre 2°C e 8°C. Caso não haja resposta. esta vacina deve ser evitada e deve-se dar preferência para a vacina inativada injetável. especialmente para os profissionais de saúde. o que corresponde a uma incidência 10. Não se recomenda sorologia de rotina. recomenda-se imunização passiva quando ocorre exposição. Não há necessidade de jejum prévio. Vacina de partículas de HbsAg produzidas por DNA recombinante. Aleitamento materno não é contraindicação nem deve ser interrompido para a vacinação com OPV. 33 . Entretanto. por via oral. Se optar por fazê-la. não está indicada nova série. Portanto. A pólio inativada (IPV) pode ser administrada por via subcutânea ou por via intramuscular. No caso de acidente percutâneo ou de mucosa. Nestes casos. Pode sofrer até dez ciclos de congelamento. que deve ser administrada dentro das primeiras 12 horas após o parto.HbsAg >10mUI/mL Vacinada anti. Anafilaxia pode ocorrer em 1:600.HbsAg <10mUI/mL Nada HBIG 2 doses com intervalo de 1 mês ou HBIG 1 dose + revacinação Testar resposta Se inadequada: HBIG + Vacinação Se adequada: nada Nada Nada Nada Se contato de risco: • HBIG +Vacinação Caso contrário: • Vacinação Nada Testar resposta • Se inadequada: revacinação + HBIG se contato de risco • Se adequada: nada Vacinada Resposta desconhecida HBIG: imunoglobulina hiperimune contra hepatite B (dose = 0. • a segunda com um a dois meses de idade. Uso combinado de vacinas Existe no mercado a associação de hepatite A + hepatite B e a associação de hepatite B com pólio inativada + tríplice acelular + Haemophilus influenzae tipo B. Este mesmo esquema pode ser utilizado em crianças mais velhas. sendo menos frequente em crianças e adolescentes. O intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose é de um mês. Dose para recém-nascido de HBIG = 0. Profilaxia para hepatite B após acidente percutâneo Sorologia do paciente do qual houve exposição Pessoa exposta Não vacinada HbsAg positivo HBIG + Vacinação HbsAg negativo Vacinação Desconhecida Se contato de risco: • HBIG +Vacinação Caso contrário: • Vacinação Vacinada anti. Quadro 5.000 pacientes. desde que aplicadas em locais separados.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Quadro 4. Reações alérgicas são raras.06 mL/kg IM. 34 . assim que possível e antes de completar 14 dias do contato).5 mL IM. desde que o intervalo entre a primeira e a terceira seja de pelo menos Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. Profilaxia pós-exposição para hepatite B Tipo de exposição Contato doméstico – portador crônico Contato doméstico – caso agudo com exposição a sangue Contato doméstico – caso agudo – outros Perinatal Sexual – portador crônico Sexual – infecção aguda Imunoprofilaxia Vacinação Vacinação + HBIG Vacinação Vacinação + HBIG Vacinação Vacinação + HBIG HBIG: imunoglobulina hiperimune contra hepatite B (dose = 0. adolescentes e adultos não imunizados. Eventos adversos Dor local e febre baixa em 1% a 6% de crianças e adultos que recebem a vacina são os efeitos colaterais mais relatados. e entre a segunda e a terceira é de dois meses. Recomendações para vacinação É recomendada a utilização universal para todas as crianças. Esquema de imunização O esquema de imunização rotineiramente utilizado para as crianças é de três doses: • a primeira ao nascer. assim que possível e antes de completar 14 dias do contato).06 mL/kg IM. • a terceira aos seis meses de idade. adolescentes e adultos não imunizados. Fora desta temperatura. 1 e 3 meses).0 mL nas apresentações existentes no mercado brasileiro atualmente.0 mL = 20 mcg – a partir dos 20 anos • Euvax B (SanofiPasteur) → 0. Crianças com peso de nascimento igual ou inferior a 2 kg devem receber o seguinte esquema vacinal: • a primeira dose ao nascer. 35 . Modo de aplicação A vacina deve ser administrada por via intramuscular: no deltoide ou na região ântero-lateral da coxa nos adultos e nas crianças com idade acima de dois anos ou na região ântero-lateral da coxa nas crianças menores de dois anos e adultos muito emagrecidos.5 mL = 5 mcg → 1.0 mL = 20 mcg Hepatite B + Hepatite A • Administrar novamente o esquema vacinal adequado para idade e situação de risco. 1. Quando há atrasos. 1. 2 e 12 meses. Renal crônico Apresentações comerciais Hepatite B isolada • Recombivax (Merck Sharp & Dohme) • Esquema vacinal: 0. Validade de dois anos. perde a potência. • Idade igual ou maior de 20 anos: 40 mcg.5 mL e para adultos é de 1. A dose para crianças é de 0.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES quatro meses. Contraindicações Não deve ser administrada a pessoas hipersensíveis aos seus componentes (vide Quadro 1). • Idade igual ou maior de 20 anos: 40 mcg. 1e 2 meses (se possível 0.5 mL = 10 mcg → 1. • Antes do procedimento: 0. • Dose: utilizar o dobro da dose recomendada para a idade menor de 20 anos: 20 mcg.0 mL = 10 mcg → 1. • a terceira dose um mês após a segunda dose. não é necessário que o esquema seja recomeçado. a substituição da vacina de um fabricante por outro durante a série de imunização não altera a resposta imune. 2 e 6 a 12 meses. • Twinrix ped (GlaxoSmithKline) → 0. Ausência de soroconversão: → 0. 14 e 24 meses após transplante.0 mL = 40 mcg (não disponível no mercado brasileiro) • Engerix B (SmithKline) → 0. • quarta dose seis meses após a segunda dose. • Idade igual ou maior de 20 anos: 40 mcg. • Realizar sorologia de 30 a 45 dias impreterivelmente após a última dose. • Após o procedimento: aplicar a vacina com 12.5 mL = 10 mcg – até 19 anos de idade (inclusive) → 1. • Dose: utilizar o dobro da dose recomendada para a idade menor de 20 anos: 20 mcg. • a segunda dose ao completar 2 kg (idade mínima de 1 mês). Infectados pelo vírus HIV • Esquema vacinal: 0. isto é.5 mL – até 15 anos de idade (inclusive) • Twinrix ad (GlaxoSmithKline) → 1. • Dose: utilizar o dobro da dose recomendada para a idade menor de 20 anos: 20 mcg. Esquemas da vacina de hepatite B em situações especiais Receptores de transplante de medula óssea Especificações e observações Deve ser estocada entre 2°C e 8°C.0 mL – 16 anos de idade ou mais As vacinas são intercambiáveis. Há diferenças entre DPT e DPaT. Profilaxia do tétano conforme tipo de ferimento e estado vacinal prévio N° de doses prévias Desconhecida ou < 3 Maior ou = a 3 Última dose entre 5 e 10 anos Última dose há menos de 5 anos Ferimento limpo Vacinação¹ Vacinação se última dose há mais de 10 anos Nada Nada Ferimento contaminado Imunoglobulina² + vacinação¹ Vacinação se última dose há mais de 5 anos Vacinação Nada 1. A vacina dupla (difteria e tétano) é derivada da DPT. Coqueluche Não recomendada. Imunoglobulina humana específica para tétano 250 a 500UI IM ou soro antitetânico 5. a eficácia é de aproximadamente 100%. Contém quantidade reduzida de toxoide diftérico. 2. quantidade normal de toxoide tetânico e antígenos purificados derivados da Bordetella pertussis. • Tríplice acelular – DPaT. Tétano Após quatro doses. Não há diferença de eficácia entre DPT e DPaT. enquanto a dupla tipo adulto contém menor quantidade de toxoide diftérico. A vacina dpaT é a vacina tríplice acelular tipo adulto. eritema. Nos pacientes não vacinados. É o componente da vacina que mais frequentemente causa efeitos colaterais. utilizar a vacina tríplice nos menores de 7 anos e a vacina dupla (difteria e tétano) nos maiores de 7 anos. Existem duas apresentações: dupla tipo infantil (DT) e dupla tipo adulto (dT). a eficácia é de 90% a 95%. 36 . toxoide tetânico e antígenos purificados derivados da Bordetella pertussis. edema ou induração local por até dez dias. aproveitar para completar o esquema. como dor. De preferência. Tétano Vide quadro abaixo (Quadro 6). Profilaxia pós-exposição Difteria Não recomendada. coqUELUchE E tétANo (tríPLIcE bActErIANA) Persistência da imunidade Difteria A vacina tríplice produz imunidade contra as seguintes doenças: difteria.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 11 Descrição vAcINA coNtrA DIftErIA. A dupla tipo infantil contém a mesma concentração de toxoide diftérico e tetânico que a DPT. Tétano Pode provocar reações locais. Reforços devem ser realizados a cada dez anos. • Tríplice acelular tipo adulto – dpaT.000U IM após o teste. coqueluche e tétano. Coqueluche Após o esquema básico. Eventos adversos Difteria Eficácia Difteria Apenas dor e eritema no local da aplicação. Coqueluche Após o esquema básico. A DPaT contém toxoide diftérico. Tétano Reforços devem ser realizados a cada dez anos. Quadro 6. As reações podem ser divididas em maiores e menores (vide Quadros 7 e 8). Coqueluche Não se recomenda reforço após os sete anos de idade com a vacina tríplice bacteriana de células inteiras. a eficácia é de 77% a 95%. A DPT contém toxoide diftérico. toxoide tetânico e suspensão de Bordetella pertussis inativada. Existem três tipos de vacina: • Tríplice de células inteiras – DPT. Quando fora de refrigeração. 6. são estáveis por no máximo 24 horas. Reforços com a tríplice acelular tipo adulto (dpaT) ou dupla adulto (dT) a cada dez anos. DPaT pode ser usada para completar o esquema de crianças que tenham iniciado com DPT. Nos adultos com esquema completo.T. usar ou dT aos 0.Vax (Sanofi Pasteur) disponível apenas nos CRIEs • Vacina dupla tipo adulto (a partir dos 7 anos de idade): → Vacina dupla diftérico-tetânica (Instituto Butantan) • Vacina tríplice comum: → D. e há uma apresentação de vacina tríplice acelular combinada com pólio inativada para segundo reforço. Esquema de imunização Nas crianças. 2 e tríplice acelular tipo adulto após 6-12 meses. como convulsão. combinada com IPV. Recomendações para vacinação DPaT é preferível sobre DPT para todas as doses do esquema de imunização. O aumento do intervalo entre as doses não invalida as doses anteriores. não se deve reiniciar o esquema. portanto. Doença neurológica que predisponha a convulsões e que esteja sem controle. DPaT pode ser usada para crianças que tiveram reação adversa maior com a DPT. Não congelar. Encefalopatia sem causa identificável que tenha ocorrido até sete dias após a vacinação com DPT ou DPaT. Frequência das reações adversas maiores à vacina tríplice bacteriana. no vasto lateral da coxa ou na região deltoide. Uso combinado de vacinas Existem apresentações comerciais de vacina tríplice acelular combinada + hemófilos influenza (tetravalente). Existe uma opção no mercado. Quadro 8.Coq/DPT (Sanofi Pasteur) • Vacina tríplice acelular isolada – infantil (de 2 meses a 6 anos): → Pertacel (Sanofi Pasteur) 37 . sempre a vacina DPaT do mesmo laboratório para todas as doses. Nos adultos sem esquema vacinal básico. 4. mas o riscobenefício deve ser analisado. Incidência por 100. e. Modo de aplicação Intramuscular profunda no vasto lateral da coxa. Em crianças maiores pode ser aplicada no glúteo. em crianças menores de dois anos. Apresentações comerciais • Toxoide tetânico: → Tetavax (Sanofi Pasteur) • Vacina dupla tipo infantil: → D. que pode ser utilizada de 5 a 13 anos de idade. Frequência das reações adversas menores à vacina tríplice bacteriana DPaT Eritema local Nódulo local Dor Local Irritabilidade Anorexia Febre baixa 2% 1% 9% 30% 5% 2% DPT 8% 12% 45% 65% 20% 8% O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias. síndrome hipotônica-hiporresponsiva ou crise de choro persistente. Uso concomitante de vacinas É permitido o uso concomitante com todas as vacinas do calendário atual. vacina tríplice acelular combinada com pólio inativada + hemófilos influenza (pentavalente). Especificações e observações Todas as formulações são para uso intramuscular exclusivo e devem ser estocadas sob refrigeração (2°C e 8°C). DPaT ou DPT deve ser usada por via IM aos 2.T.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Quadro 7. podem-se utilizar vacinas de fabricantes diferentes. realizar reforço com tríplice acelular tipo adulto. Entretanto. Uma boa opção nesses casos é a dupla infantil (DT). combinações que incluem estas cinco doenças e hepatite B (hexavalentes). 15-18 meses e entre quatro a seis anos de idade.000 doses DPaT Síndrome hipotônicohiporresponsiva Choro persistente (> 3 horas) Febre > 40 ºC Convulsões 0 a 13 26 a 100 8 a 52 0a8 DPT 67 a 81 380 a 550 240 a 450 16 a 22 Contraindicações Reação anafilática com DPT ou DPaT. de preferência. Deve-se utilizar. quando a vacina não estiver disponível ou a vacina utilizada em doses anteriores for desconhecida. 38 Esquema de imunização O número de doses varia conforme a idade e a vacina administrada. eritema. Esquemas iniciados antes de um ano de idade com uso combinado com DPT (3 doses com dois meses de intervalo entre elas). e há uma combinação de meningococo C conjugada e Hib. os sintomas se limitam às primeiras 24 horas após a aplicação. Conjunto de vacinas conjugadas com o polissacáride da cápsula do Hib (PRP – polímero de ribosil-ribitol-fosfato). uma dose é suficiente. Profilaxia pós-exposição Não estão indicadas para profilaxia pós-exposição. Em mais de 90% dos casos. . anemia falciforme ou quaisquer imunodeficiências. Acima de cinco anos. pentavalentes e hexavalentes. estão indicadas para uso em crianças. Nos esquemas iniciados após um ano de idade. Se utilizado o esquema com DPaT. Eventos adversos As reações adversas locais (dor. Elas estão nas vacinas tetravalentes. Recomendações para vacinação Indicadas para uso de rotina em todas as crianças de dois meses a cinco anos de idade.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein • Vacina tríplice acelular tipo adulto (adolescentes a partir dos 10 anos e adultos): → Refortrix (GlaxoSmithKline) • Tríplice acelular + Haemophilus influenzae tipo B: → Infanrix-Hib (GlaxoSmithKline) • Tríplice acelular + Hib + Pólio inativada: → Infanrix IPV-Hib (GlaxoSmithKline) → Poliacel (Sanofi Pasteur) • Tríplice acelular + Hib + Pólio inativada + hepatite B: → Infanrix Hexa (GlaxoSmithKline) • Tríplice acelular + Pólio inativada: → Tetraxim (Sanofi Pasteur) Vacinas combinadas • Tríplice acelular + hepatite B: → Infanrix HB (GlaxoSmithKline) • Tríplice de células inteiras + Haemophilus influenzae tipo B: → Tetra-Act-Hib (Sanofi Pasteur) 12 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA hAEMoPhILUS INfLUENZAE tIPo b (hIb) Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. Uso combinado de vacinas Existem várias combinações possíveis para as vacinas Hib. Não há relatos de eventos pós-vacinais graves que possam ser atribuídos à vacina. São relatadas em menos de 10% dos vacinados e tendem a diminuir com as doses subsequentes. sonolência) são raras e de baixa intensidade. Persistência da imunidade Existem evidências de que os níveis de anticorpos se mantêm protetores por pelo menos 20 anos. irritabilidade. enduração) e gerais (febre. é recomendado um reforço de 15 a 18 meses. desde que aplicadas em locais separados. inclusive os HIV-positivos assintomáticos ou sintomáticos. As vacinas disponíveis no mercado conferem proteção de aproximadamente 95% após o esquema vacinal completo. adolescentes ou adultos com asplenia. • Hemófilos influenza tipo B isolada → Act-hib (Aventis Pasteur): PRP-T → Hiberix (Glaxo-SmithKline): PRP-T • Hemófilos influenza tipo B combinada: → (Vide capítulo Vacina contra difteria coqueluche e tétano (tríplice bacteriana) 13 Descrição vAcINA coNtrA PNEUMococo Existem dois tipos de vacinas antipneumocócicas: as vacinas polissacarídicas e as vacinas conjugadas. É possível o uso intercambiado das vacinas anti-hemófilos de fabricantes diferentes. Podem surgir também mialgia. desde que aplicadas em locais separados. com a qual deve ter um intervalo de dois meses. pulmonar. Eventos adversos Vacina antipneumocócica polissacarídica Vacina composta de antígenos de polissacarídeo capsular purificado dos 23 sorotipos mais prevalentes identificados na Europa e nos EUA. excepcionalmente. Apresentações comerciais Modo de aplicação As vacinas para hemófilos devem ser aplicadas por via intramuscular. • adultos e crianças acima de dois anos de idade que apresentem uma das seguintes condições crônicas: insuficiência cardíaca. As reações locais incluem dor. Nas crianças maiores. No Brasil.25% de fenol como preservativo. Cada dose de 0. urticária. A eficácia para as formas graves da doença para adultos. Uso concomitante de vacinas A vacina não é eficaz para crianças abaixo de dois anos de idade. idosos e pacientes com doença de base situa-se ao redor de 75%. artralgia. náusea. alcoolismo e fístula liquórica. Uso combinado de vacinas Não recomendado. hepática (cirrose).MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Contraindicações Não há contraindicações.5 mL contém 25 mg de polissacáride de cada um destes sorotipos. Eficácia Os mais comuns são reações locais e febre. dissolvidos em solução salina contendo 0. com exceção da vacina pneumocócica conjugada 7-valente. pode-se aplicar no deltoide. imunodepressão ou síndrome nefrótica recomendase revacinação após três anos. recomendase a revacinação após cinco anos. diabetes mellitus. Muito mais raramente foram relatados: rash. cefaleia. Persistência da imunidade Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. doença do soro e. Para crianças com idade acima de dez anos e adultos pertencentes aos grupos de risco. Na criança abaixo de dois anos de idade.8°C. Especificações e observações Devem ser conservadas entre 2°C e 8°C. Indicada para os seguintes grupos com maior risco de desenvolvimento de doença pneumocócica: • adultos acima de 60 anos. 39 . de preferência no vasto lateral da coxa. trombocitopenia com aparecimento de dois a 14 dias após a vacinação e duração de duas semanas. aproximadamente 85% das infecções graves são causadas por sorotipos contidos nessa vacina. exceto aquelas gerais de todas as vacinas ou em casos de hipersensibilidade a componentes da vacina. edema e eritema com duração de até 48 horas após a administração. artrite. A febre geralmente não ultrapassa 37. renal. vômitos e astenia até 24 horas após a administração. Profilaxia pós-exposição Não indicada. adenite. Recomendações para vacinação Para as crianças com idade entre dois e dez anos com anemia falciforme. pulmonares ou metabólicas. Vacina Antipneumocócica Conjugada Descrição Vacina conjugada com o toxoide diftérico CRM 197 e sacarídeos dos antígenos capsulares de sete sorotipos de pneumococo: 4. 19F. 8 e 7F. 18C. a proteção para faixas etárias não vacinadas. síndrome nefrótica Doenças crônicas cardíacas. No Brasil. 6B. 6A. Não deve ser congelada. Contraindicações A vacina deve ser postergada na gravidez e para nutrizes. 3. 10A. Profilaxia pós-exposição • Pneumovax (Merck Sharp & Dohme). 1. 40 . adultos e crianças a serem submetidos a transplante ou transplantados de órgãos. Nos EUA. em menores de dois anos. mieloma múltiplo. naquelas acima de 5 anos de idade e nos pacientes acima de 65 anos de idade. tumores ou após transplante. Estima-se que. fístula liquórica Asplenia anatômica ou funcional ou síndrome nefrótica Revacinação 1 dose após 5 anos se foi vacinado antes de 65 anos 1 dose após 5 anos Não indicada crianças até 10 anos 1 vez após 3 anos > 10 anos 1 vez após 5 anos Não se recomenda a revacinação precoce nem um número maior de doses porque pacientes com altos títulos de anticorpos. • Pneumo 23 (Sanofi Pasteur). que. Dessa forma. no Brasil. a redução foi de 20%. 19F e 23F. os sorotipos de pneumococo mais prevalentes são: 14. Modo de aplicação Adultos e crianças: vacina deve ser administrada por via intramuscular na face lateral da coxa. 9V. para pneumonias documentadas radiologicamente. A revacinação depende da indicação e da idade do paciente. asplenia anatômica ou funcional. pessoas acima de dois anos de idade com doenças mieloproliferativas: Hodgkin. como nas crianças de 0 a 90 dias. 23F. a eficácia foi de 40%. 6B. linfoma. quando vacinados. Não está indicada. para otites de repetição. ou deltoide. Dessa forma. salvo critério médico. Indicações para revacinação com a vacina pneumocócica polissacarídica Indicação Idade acima de 60 anos Imunodeficiências. Outro aspecto interessante da vacina antipneumocócica conjugada é o seu efeito de imunidade de rebanho. 4. pelos dados de imunogenicidade alcançados. mas há maior probabilidade de reação local. Eficácia Esquema de imunização Vacina em dose única. asplenia funcional ou anatômica. podem apresentar maiores taxas de reações locais ou sistêmicas. Pode ser administrada via SC em face lateral do braço ou região glútea. Quadro 9. foi de 97%. 14. glúteo ou vasto lateral nos maiores de dois anos.5 mL. Persistência da imunidade A vacina deve ser conservada entre 2°C e 8°C. A dose é de 0. o potencial de proteção para doença invasiva da vacina heptavalente possa ser de 70%. 5. Apresentações comerciais A tecnologia de conjugação permitiu uma melhor resposta imunológica à série primária de vacinação e memória imunológica. para doença invasiva por pneumococo. Vacina com baixa imunogenicidade em crianças menores de dois anos de idade e pacientes na vigência de quimioterapia (deve ser administrada com intervalo maior que dez dias prévios ao tratamento quimioterápico). 9V. a eficácia da vacina conjugada heptavalente. 18C. pessoas acima de dois anos de idade que apresentem anemia falciforme ou outra hemoglobinopatia. Especificações e observações Existem variações regionais dos sorotipos de pneumococo mais prevalentes. e. notou-se redução das taxas de doença invasiva por pneumococo em outras faixas etárias. permitem extrapolar para uma imunidade persistente. em países onde esta vacina foi incluída no calendário básico das crianças até 24 meses de idade. de acordo com o esquema do Quadro 9. estudos de eficácia realizados em alguns países podem não se confirmar em outros. 19A.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein • • • • adultos e crianças acima de dois anos de idade que apresentem imunodeficiência adquirida (Aids) ou congênita. ou seja. Apresentação comercial Prevenar (Wyeth). A idade máxima para sua utilização é nove anos. A vacina não deve ser utilizada nos adultos. as crianças que frequentam creche que tem incidência aumentada de doença pneumocócica. por exemplo. como dor e induração. como. Não foram observadas reações graves. Contraindicações Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. nas crianças acima de dois anos. Está contraindicada se houver hipersensibilidade ao látex ou outros componentes da vacina. A dose é de 0. desde que aplicadas em locais separados. Uso concomitante de vacinas O esquema de imunização varia de acordo com a idade de início (Quadro 10). desde 2003. Especificações e observações A vacina deve ser conservada entre 2°C e 8°C. a seguir. também poderá ser utilizada se a criança for considerada de risco aumentado. no vasto lateral ou deltoide. Uso combinado de vacinas A vacina não deve ser utilizada em crianças acima de 9 anos de idade. doença crônica ou imunodeprimidos. infecção pelo HIV. infecção pelo HIV. dose Não Não 2 doses com intervalo de 2 meses 1 dose da vacina polissacarídica 2 meses após a 2ª dose 41 . asplenia. doenças crônicas). adultos e idosos. recomenda-se vacinação com a vacina conjugada e. Modo de aplicação Não está indicado. O uso da vacina pneumocócica conjugada não substitui a vacina pneumocócica polissacarídica de 23 sorotipos em crianças com anemia falciforme. Seringa preenchida com dose única de 0.5 mL. uma dose da vacina polissacarídica. Para as crianças entre 24 meses e 60 meses com doença de base com risco aumentado para doença pneumocócica (anemia falciforme. Entre 24 meses e 60 meses. outras hemoglobinopatias. e. no vasto lateral da coxa.5 mL. são as mais comuns. a vacinação universal de todas as crianças de dois meses a 24 meses de idade.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Eventos adversos Esquema de imunização As reações locais. Febre nas primeiras 48 horas também pode ocorrer. Nas crianças abaixo de dois anos. Esquema de imunização para a vacina pneumocócica conjugada de acordo com a idade de início Idade de início 2 a 6 meses 7 a 11 meses 12 a 24 meses Acima de 24 meses (imunocompetente) Acima de 24 meses (imunodeprimido) Esquema básico 3 doses com intervalo de 2 meses 2 doses com intervalo de 2 meses 2 doses com intervalo de 2 meses 1 dose Reforço 1 dose entre 15 e 18 meses 1 dose 2 meses após a 2ª. A vacina deve ser aplicada exclusivamente por via intramuscular. Quadro 10. Recomendações para vacinação A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda. Para caxumba. Especificações e observações A vacina deve ser conservada entre 2°C e 8°C. A dose é de 0. Em até 5% dos vacinados. pode aparecer uma erupção morbiliforme uma semana após a aplicação da vacina. caxumba e rubéola. a profilaxia pós-exposição não está indicada. que pode perdurar por dois a três dias.000 doses para a cepa Urabe a 1 para 800. Após a diluição. A primeira a partir de 12 meses de idade. Contraindicações Está formalmente contraindicada se houver história de reação anafilática à utilização de neomicina. cAxUMbA E rUbéoLA (tríPLIcE vIrAL) Recomendações para vacinação Recomendada para vacinação universal de todas as crianças imunocompetentes acima de 12 meses de idade e adultos suscetíveis e imunocompetentes. a eficácia é de 75% a 90%. Uso combinado de vacinas Não recomendado. nos pacientes submetidos à quimioterapia ou corticoterapia imunossupressora. Vacina combinada de vírus vivos atenuados contra sarampo. entre quatro a seis anos de idade. Após o uso de sangue ou hemoderivados. febre ou linfadenopatia estão presentes em 5% a 15% dos casos. Pode ser utilizada no paciente HIV positivo. Para sarampo e rubéola. Persistência da imunidade Para proteção duradoura há necessidade de dose de reforço entre quatro a seis anos de idade. deve-se evitar a gravidez por um mês. Aparece em sete a 21 dias após a vacinação e afeta principalmente as pequenas articulações. Rubéola: rash. Modo de aplicação A vacina deve ser utilizada por via subcutânea na região posterior do antebraço. Eventos adversos Sarampo: 5% a 15% apresentam febre a partir do quinto dia. Para rubéola ou caxumba.5 mL. Não deve ser utilizada: • • • nas imunodeficiências congênitas ou adquiridas. dose única. deve ser utilizada em oito horas. Para os adultos. ocorrendo cinco a 12 dias após a vacinação. desde que aplicadas em locais separados. nos pacientes com doença neoplásica em evolução. Esquema de imunização Para as crianças. a vacinação deve ser postergada por pelo menos três meses. duas doses são recomendadas. ântero-lateral da coxa ou na região glútea nas crianças que não usam fraldas. e a segunda. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. Profilaxia pós-exposição Até 72 horas após a exposição. confere 95% a 99% de proteção após o esquema vacinal completo. Está contraindicada nas gestantes. desde que não gravemente imunodeprimido ou sintomático. 42 .5% das crianças e em 10% a 25% das mulheres adultas. Artralgia e artrite transitórias estão presentes em cerca de 0. Caxumba: a incidência de meningite pós-vacinal varia de 1 para 400.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 14 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA SArAMPo.000 doses para a cepa Jerryl Lynn. Se for administrada para mulheres em idade fértil. pode ser utilizada como profilaxia para o sarampo. Proteger da luz. nem de intervalo necessário para fazê-lo. às vezes surge induração no local da injeção. com três doses. Profilaxia pós-exposição Os dados disponíveis até o momento são insuficientes para recomendar a vacina isoladamente como profilaxia pós-exposição. desde que aplicadas em locais separados. Esquema de imunização A vacina pode ser aplicada a partir de 12 ou 24 meses de idade. A vacina pode ser utilizada concomitantemente em outro local. Recomendações para imunização É recomendada a utilização universal para todas as crianças e adolescentes e adultos não imunes. Persistência da imunidade A duração da imunidade ainda não foi determinada. As vacinas disponíveis no mercado fornecem proteção próxima de 100% após esquema completo. Até o momento não existe recomendação de doses de reforço. 43 . Vacina de vírus inativado com formaldeído. Mais raramente surge cefaleia ou mal-estar. tanto para crianças quanto para adultos. A profilaxia após a exposição à hepatite A deve ser feita com imunoglobulina (vide capítulo Uso de imunoglobulinas nas doenças infecciosas).MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Apresentações comerciais • MMRII (Merck Sharp & Dome): frascoampola com dose única de vacina liofilizada → Sarampo – cepa Edmstom → Caxumba – cepa Jerryl Lynn → Rubéola – cepa Wistar RA 27/3 • Trimovax (Sanofi Pasteur): pó liofilizado em frasco monodose → Sarampo – cepa Schwartz → Caxumba – cepa Urabe → Rubéola – cepa Wistar RA 27/3 • Priorix (Glaxo-SmithKline): frascoampola monodose liofilizado → Sarampo – cepa Schwartz → Caxumba – cepa Jerryl Lynn → Rubéola – cepa Wistar RA 27/3 15 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA hEPAtItE A Eventos adversos Dor local é o mais comum. há proteção adequada para ambas as doenças. Nesta combinação. Não foram relatados eventos adversos graves. Estudos de farmacocinética sugerem que concentrações protetoras de anticorpos possam durar por 30 anos. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. São utilizadas duas doses com intervalo de seis meses. dependendo do fabricante. O antígeno viral purificado provém de culturas de fibroblasto humano infectado pelo vírus da hepatite A. Uso combinado de vacinas Pode ser utilizada em combinação com a vacina para hepatite B. 44 Profilaxia pós-exposição A vacina está indicada para profilaxia após a exposição até 72 horas após o contato com o caso índice. Mesmo quando houve infecção no paciente vacinado.5 mL: indicada a partir de um ano.5 mL: indicada de um ano a 18 anos. com o tempo. Não congelar.5 mL para uso pediátrico até 15 anos (inclusive) (GlaxoSmithKline). ou seja. A vacina não deve ser administrada a pessoas com hipersensibilidade aos componentes da vacina.0 mL para uso adulto – a partir de 16 anos (GlaxoSmithKline). e é necessária a utilização de duas doses. . como alumínio e fenoxietanol. perde a potência. o quadro foi leve. • Vaqta 50 U (Merck Sharp & Dohme) – 1. • Vaqta 25 U (Merck Sharp & Dohme) – 0. cepa Oka. três doses: a segunda um mês após a primeira. ou seja. A dose é de 0. com períodos de observação de até sete anos.0 mL para idade superior a 18 anos. • Twinrix ped – 0. Proteger da luz. Há também relatos de ocorrência de herpes-zóster em adultos previamente vacinados. Hepatite A + Hepatite B Especificações e observações Deve ser estocada entre 2°C e 8°C. • Avaxim 160 U (Aventis Pasteur) – 0.5 mL: indicada de dois anos a 18 anos. Apresentações comerciais Hepatite A Contraindicações A vacina não deve ser administrada em crianças abaixo de um ano de idade porque os anticorpos maternos transmitidos por via transplacentária podem interferir na resposta.0 mL: indicada a partir de 18 anos. a persistência da imunidade é menor. com febre mais baixa e número muito menor de lesões cutâneas. • Havrix 720 U (SmithKline) – 0. Modo de aplicação A vacina deve ser aplicada por via intramuscular no vasto lateral da coxa. As vacinas para hepatite A são intercambiáveis. Fora desta temperatura. quando a mesma vacina não for disponível.0 mL: indicada a partir de 18 anos. o esquema é o mesmo para hepatite B. 16 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA vArIcELA Persistência da imunidade Em adultos. ou quando o produto utilizado em dose anterior for desconhecido. Há estudos mostrando perda de imunidade em 30% dos adultos. observou-se nível de eficácia de 95% a 100%. com capacidade de imunizar contra infecções pelo vírus varicela-zóster. Variou de 89% a 94%. e a terceira seis meses após a primeira. a soroconversão foi menor.5 mL para crianças e adolescentes até 18 anos e de 1. • Twinrix ad – 1.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Quando se utiliza a vacina combinada – hepatite A + hepatite B –. Nos adultos. nas crianças abaixo de dois anos de idade. Nos estudos realizados em crianças. alguns anos após a vacinação. Vacina de vírus vivo atenuado. ou no deltoide ou vasto lateral na criança acima de dois anos e nos adultos. produtos diferentes podem ser utilizados para completar o esquema. • Havrix 1440 U (SmithKline) – 1. Uso combinado de vacinas Não há indicação atual para uso combinado da vacina da varicela. Geralmente. Apresentações comerciais • Varivax (Merck Sharp & Dohme): Frasco-ampola com uma dose liofilizada. • tuberculose em atividade. • Varilrix (SmithKline): Frasco-ampola com uma dose liofilizada. As lesões surgem em cinco a 20 dias após a vacinação. sendo 30 dias de intervalo mínimo. na tentativa de diminuir o risco de ocorrência de zóster. caxumba e rubéola) com a vacina da varicela. • Febre amarela e varicela – 28 dias. o número de lesões é pequeno. A mesma pode ser realizada segundo avaliação do pediatra ou em casos de contato com varicela (até 72 horas após o contato). recomenda-se postergar a vacinação por cinco meses. Modo de aplicação A vacina deve ser aplicada por via subcutânea na face lateral do braço. enquanto as outras devem ser mantidas entre 2°C e 8°C (Varilrix e Varicela Biken). no caso de não ser realizada vacinação simultânea ou combinada. Nos adolescentes e adultos suscetíveis. e a segunda entre 4 a 6 anos de idade. com imunidade negativa para o vírus varicela-zóster. pelo risco teórico de desenvolvimento da síndrome de Reye. A dose é de 0. Dor local. Alguns autores recomendam a vacina para os idosos.5 mL tanto para crianças quanto para adultos. • doenças neoplásicas em quimioterapia ou radioterapia. é: • SCR e varicela – 28 dias. Os adultos suscetíveis e imunocompetentes também podem receber a vacina. Após a diluição. Existe uma vacina no mercado liberada para uso a partir dos nove meses de idade.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Eventos adversos Os eventos adversos mais frequentes são dor local. edema ou hiperemia no local ocorrem em aproximadamente 30% dos vacinados. Após a administração de sangue ou hemoderivados. o esquema é de duas doses com 3 meses de intervalo. • Varicela Biken (Sanofi Pasteur): Frasco-ampola com uma dose liofilizada. • história familiar de imunodeficiência até que se saiba o estado imunológico da criança. Deve-se lembrar que o intervalo mínimo entre vacinas de vírus vivos atenuados. Contraindicações A vacina contra varicela está contraindicada nas seguintes situações: • história de reação anafilática à neomicina ou gelatina. Uso concomitante de vacinas Pode ser administrada concomitantemente com todas as vacinas do calendário atual. • Pólio oral e demais vacinas atenuadas – nenhum intervalo. incluindo Aids. Recomendações para vacinação É recomendada para vacinação universal de todas as crianças imunocompetentes a partir de um ano de idade. 45 . Esquema de imunização Nas crianças. Ainda está em estudos a utilização de uma combinação da tríplice viral (sarampo. • imunodepressão por uso crônico de corticosteroides. • imunodeficiências congênitas ou adquiridas. são estáveis por apenas 30 minutos. ântero-lateral da coxa ou na região glútea nas crianças que não usam fraldas. Especificações e observações Todo paciente que receber a vacina para varicela deve ser orientado para evitar o uso de derivados do ácido acetilsalicílico por oito semanas após a vacinação. Exantema vesicular aparece em 5% das crianças e em 10% dos adultos saudáveis. o esquema é de duas doses: a primeira aos 12 meses. desde que aplicadas em locais separados.15°C (Varivax). O exantema também pode ser maculopapular. e não há identificação do vírus nas lesões. • gestantes. Uma das vacinas deve ser mantida a . rash e febre. Y e W135. imunodeficiências. Nessa situação deve-se utilizar quimioprofilaxia. uma segunda dose deverá ser aplicada após três meses. . Y e W135. 46 Estão indicadas formalmente para uso em crianças acima de dois anos. para o meningococo C já foi descrito fenômeno de tolerância com falta de resposta em doses subsequentes. Eventos adversos Os eventos adversos são raros e geralmente de baixa intensidade. Além disso. Não há relatos de eventos adversos graves. C. existem apresentações para meningococo A. Persistência da imunidade As vacinas antimeningocócicas polissacarídicas podem ser aplicadas simultaneamente com quaisquer outras do calendário normal. a eficácia para o meningococo do sorogrupo B da vacina antimeningocócica B/C de origem cubana foi baixa. desde que em locais separados. Entretanto. e. Dessa forma. As vacinas para meningococo B contêm material proteico de membrana do meningococo B combinados com polissacáride capsular do meningococo do sorogrupo C. Profilaxia pós-exposição Vacinas antimeningocócicas polissacarídicas Trata-se de um conjunto de vacinas de polissacáride da cápsula do meningococo. Entre as vacinas polissacarídicas. eritema e induração local. desde que utilizada em duas doses com intervalo de três meses. particularmente nas deficiências do sistema complemento. existem evidências de que os níveis de anticorpos para meningococo A e meningococo C se mantenham protetores por três anos.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 17 Descrição vAcINA coNtrA MENINgococo Existem dois tipos de vacina antimeningocócicas: a vacina polissacarídica e a vacina conjugada. 10 mg/kg/dose para crianças acima de um ano de idade e de 600 mg/dose para adultos. essa imunidade é de curto prazo. A droga de escolha é rifampicina a cada 12 horas por dois dias. o tempo de proteção é curto. Após dois anos de idade. que pode ser imunogênica a partir de três meses de idade. Entretanto. A única exceção é a vacina para o meningococo do sorogrupo A. a vacina pode ser utilizada a partir de três meses de idade. Nas crianças acima de dois anos e nos adultos. Nesse caso. A eficácia para crianças entre dois e quatro anos foi de 47%. com asplenia. C. irritabilidade e sonolência também podem ocorrer. Uso combinado de vacinas Não há indicação para combinação das vacinas antimeningocócicas polissacarídicas com quaisquer outras vacinas. quando a vacina é aplicada em crianças entre dois a cinco anos. A imunização rotineira com as vacinas polissacarídicas não é recomendada porque elas não são eficazes para as crianças abaixo de dois anos. mesmo assim. especialmente para viagens para a África subsaariana (vide capítulo Vacinação do viajante). a queda do título de anticorpos ocorre em dois anos. As vacinas antimeningocócicas A e C são utilizadas com sucesso no controle de epidemias causadas por estes sorogrupos. Também estão indicadas para os viajantes para áreas endêmicas. e existe a possibilidade de desenvolvimento de fenômeno de tolerância. só são imunogênicas a partir de dois anos de idade porque os polissacárides induzem imunidade T independente e não estimulam memória imunológica nas crianças menores de dois anos. Esquema de imunização Para o meningococo A. Eficácia Para os contactantes íntimos de pacientes com doença meningocócica. Recomendações para vacinação Por serem antígenos T-independentes. a vacina não está indicada. A dose é de 5 mg/kg/dose para crianças de até um mês de idade. Uso concomitante de vacinas As vacinas polissacarídicas. anemia falciforme ou outras hemoglobinopatias. a vacina polissacarídica não reduz o estado de portador. as vacinas polissacarídicas conferem proteção de aproximadamente 90% para os meningococos dos sorogrupos A. de maneira geral. quando a vacina é aplicada em crianças maiores e adultos. Em São Paulo. Os mais comuns são dor local. os polissacárides não induzem memória imunológica eficaz. Febre. Somente 40% das crianças entre três meses a seis anos de idade apresentaram aumento de quatro vezes nos títulos de anticorpos bactericidas. e por cinco anos. a criança deverá ser revacinada. Modo de aplicação Não estão indicadas para profilaxia pós-exposição. Esquema de imunização A eficácia é excelente em todas as faixas etárias. O esquema de vacinação universal para crianças a partir de dois meses até 17 anos de idade mostrou. Vacinas antimeningocócicas conjugadas Descrição Vacinas de polissacarídeo capsular do meningococo C conjugadas a proteínas. Especificações e observações Já foram utilizadas concomitantemente com outras vacinas. Nos pacientes com doença febril aguda. que são sorogrupadas. ou ao toxoide tetânico. Nos adolescentes e adultos. provavelmente a imunidade deve ser de longa duração. As crianças acima de um ano de idade. Uso concomitante de vacinas As vacinas para os meningococos A e C devem ser utilizadas por via intramuscular nas crianças abaixo de dois anos. que é utilizado para conjugar o polissacáride do meningococo. Profilaxia pós-exposição A única contraindicação formal é história de hipersensibilidade ao toxoide diftérico ou ao toxoide tetânico. o sorogrupo C é responsável. a vacina antimeningocócica conjugada para o meningococo C está indicada. Reforço acima de um ano de idade. atualmente. Nas crianças abaixo de dois anos. No Estado de São Paulo. Uso combinado de vacinas As vacinas devem ser conservadas entre 2°C e 8°C. A vacina deve ser aplicada por via intramuscular. nas crianças acima de dois anos. Devem ser utilizadas imediatamente após a preparação e devem ser protegidas da luz. Não congelar. Ao contrário das vacinas polissacarídicas. Haemophilus e tríplice sem interferência. no vasto lateral da coxa. as vacinas conjugadas induzem uma resposta imune T-dependente e estimulam memória imunológica. comparando-se os períodos pré-vacinação (1998-1999) e pós-vacinação (20002001). uma redução total de casos de meningite meningocócica tipo C da ordem de 81%. A vacina para o meningococo B/C deve ser utilizada por via intramuscular. Apresentações comerciais Não é recomendada a combinação das vacinas antimeningocócicas com qualquer outra vacina. Nos pacientes com alteração de 47 . 2% apresentam febre nas primeiras 48 horas.5 mL. como descrito acima para as vacinas antimeningocócicas polissacarídicas. no vasto lateral ou no deltoide. Portanto. Não induzem fenômeno de tolerância. Contraindicações Os estudos até o momento não permitem conclusões seguras a respeito da persistência da imunidade. Recomendações para vacinação • Meningococo A + meningococo C: Meningo A/C (Sanofi Pasteur). A dose é de 0. • Meningococo B + meningococo C: Meningo - BC (Finlay).5 mL. como pólio. no vasto lateral da coxa ou no glúteo. por aproximadamente 70% das meningites meningocócicas. Eficácia O Reino Unido iniciou esquema de vacinação em massa com vacina conjugada para o meningococo C em novembro de 1999. Modo de aplicação Aproximadamente 5% das crianças vacinadas apresentam edema. Persistência da imunidade As crianças abaixo de um ano de idade devem receber duas doses com intervalo de pelo menos um mês. Não há estudos conclusivos sobre a sua utilização concomitante com a vacina para rotavírus. a partir de três meses de idade. nesta situação epidemiológica. Entretanto. incluindo os lactentes a partir de dois meses de idade. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a sua utilização de rotina. A conduta para o contactante íntimo é a quimioprofilaxia. hepatite B. Nos maiores de dois anos. no primeiro ou no segundo dia após a vacinação. como as vacinas polissacarídicas para o meningococo C. de acordo com a situação epidemiológica. como a proteína CRM 197. no deltoide. Não foram descritos eventos adversos graves. como as demais vacinas conjugadas. A dose é de 0. dor e hiperemia no local da aplicação. deve-se postergar a vacinação. no deltoide. no vasto lateral da coxa. e. adolescentes e adultos devem receber apenas uma dose. mas deve-se evitar o uso em gestantes. mesmo nos lactentes abaixo de um ano de idade.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Contraindicações Eventos adversos Não há contraindicações absolutas. pela ocorrência de outras doenças virais e doenças bacterianas de vias aéreas superiores. especialmente febre. Profilaxia pós-exposição Não indicada. • vacinas de antígenos purificados após a inativação com formol. A dose é de 0. por esta razão. a soroconversão é menor. • Neis Vac-C (Baxter). . especialmente nas crianças. um grupo de especialistas da OMS se reúne para analisar os dados epidemiológicos e definir a composição da vacina da gripe para o próximo ano. a vacina pode ser administrada por via subcutânea. A composição da vacina é ajustada anualmente. estão contraindicadas nesta faixa etária. quando são vacinadas pela primeira vez. Nos pacientes imunodeprimidos. os eventos adversos não são frequentes. Em aproximadamente 10% dos vacinados. Com as vacinas de subvírions. Existe definição do tipo de vacina para o hemisfério Sul e para o hemisfério Norte. Há três tipos disponíveis de vacina: • vacina com vírus inteiro inativado por formol. que apresentam quadro clínico semelhante. • Menjugate (Chiron Vaccines). São vacinas de vírus inativados. Crianças abaixo de nove anos de idade. Esses centros identificam os vírus circulantes e realizam sua caracterização antigênica detalhada. • vacinação com vírus inteiro inativado por formol com ruptura do envelope lipídico. que não foram vacinadas previamente. requerendo revacinação anual. desde que aplicadas em locais separados. Eficácia São observadas taxas de soroconversão entre 70% a 80% após teste com cepas homólogas. desde que aplicadas em locais separados. pode ser utilizada concomitantemente com quaisquer vacinas do calendário básico. 48 Uso concomitante de vacinas Para as crianças. A vacina é composta de dois subtipos de vírus da influenza A e um subtipo de vírus da influenza B. Ao contrário da vacina polissacarídica. que frequentemente são interpretadas erroneamente como evento adverso da vacina. Entretanto. A Organização Mundial de Saúde (OMS) coordena centros de vigilância epidemiológica para o vírus influenza em vários países. Uma vez por ano. A eficácia clínica é mais difícil de ser avaliada.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein coagulação. não apresentam boa resposta e necessitam de duas doses de vacina. 18 Descrição vAcINA coNtrA INfLUENZA (grIPE) Persistência da imunidade A duração da imunidade é fugaz. • Meningitec (Wyeth). incluindo o Brasil. a vacina conjugada reduz o estado de portador. Eventos adversos As vacinas de vírus inteiros estão associadas com um grande número de eventos adversos. Nos adultos.5 mL. resultando em uma vacina chamada split-antigen ou subvírion. pois utiliza vírus inativados. mialgia e astenia. que é muito reatogênica para crianças e não está disponível no Brasil. Imunidade após infecção natural ou vacinação para um subtipo não confere imunidade contra subtipo diferente. surge dor local ou febre nas primeiras 12 horas após a vacinação. na prática clínica é comum a ocorrência de outras doenças do trato respiratório superior após a vacinação. pode ser utilizada concomitantemente com a vacina antipneumocócica. uma vez que níveis de anticorpos protetores são obtidos apenas após 15 a 30 dias da vacinação. Especificações e observações Apresentações comerciais Deve ser conservada entre 2°C e 8°C. em crianças menores de 13 anos e. É importante ressaltar que a vacina não causa a gripe. A própria vacina para influenza. utilizar o vasto lateral da coxa. insuficiência renal. e de 0. • Fluarix (Glaxo SmithKline). Quadro 11. Esquema de vacinação para influenza de acordo com a idade Idade 6 a 35 meses 3 a 8 anos 9 a 12 anos > 12 anos Dose 0.25 mL para as crianças de seis meses a três anos de idade. e o deltoide. 49 . Entretanto. Seringa com 0.25 mL ou 0.25 mL 0. Com a via subcutânea. • Contactantes domiciliares de pacientes de risco. Apresentações comerciais • Vaxigrip (Sanofi Pasteur). Especificações e observações As vacinas disponíveis no Brasil são todas inativadas e fracionadas.5 mL.5 mL 0.5 mL 0. para crianças acima de três anos e adultos. A via intramuscular deve ser preferida por causar menos reações locais. • Crianças e adolescentes entre seis meses e 18 anos de idade. • Pacientes em clínicas de repouso ou outros serviços que tratam de enfermidades crônicas. devem ser aplicadas duas doses com intervalo de um mês. Seringa com 0. é uma combinação de três vacinas para três tipos de vírus: duas para influenza A e uma para influenza B. Com a via intramuscular. • Adultos ou crianças acima de seis meses de idade com doenças metabólicas crônicas.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Uso combinado de vacinas Não está indicado o uso combinado das vacinas para influenza com qualquer outra vacina.5 mL. conforme o Quadro 11. Contraindicações Existe contraindicação formal para os pacientes com história de reação anafilática às proteínas do ovo.5 mL Número de doses 1 ou 2 * 1 ou 2 * 1 1 Recomendações para vacinação A vacina para influenza pode ser recomendada para qualquer pessoa com idade acima de seis meses. Estas indicações são as seguintes: • Todas as crianças de 6 meses a 23 meses de idade. nas crianças abaixo de dois anos de idade.5 mL. incluindo asma. o que corresponde. com o objetivo de redução dos episódios de influenza. *Na primeira vez. • Vacina inativada para gripe Meizler (Meizler Biopharma). • Todas as pessoas com idade acima de 50 anos. o glúteo ou o vasto lateral nas crianças maiores e adultos. Modo de aplicação A vacina pode ser utilizada por via intramuscular ou subcutânea. Seringa com 0. assintomáticos e com contagem adequada de CD4. Pacientes com história anterior de síndrome de Guillain-Barré podem ter risco aumentado de desenvolver a doença após a vacinação para influenza. que necessitam de terapia crônica com salicilatos pelo risco de síndrome de Reye. Esquema de imunização A época ideal para vacinação é no outono. hemoglobinopatias ou imunodepressão. aos meses de março a abril. • Todas as gestantes que estarão no segundo ou terceiro trimestre de gestação no período epidêmico (outono e inverno). O esquema de vacinação varia de acordo com a idade.5 mL. existem indicações formais levando-se em conta a gravidade da doença em alguns grupos de risco. no hemisfério Sul. Devem ser conservadas entre 2°C e 8°C. Não congelar. • Crianças acima de seis meses de idade e adultos com doenças crônicas cardíacas ou pulmonares. A dose é de 0. na verdade. • Pacientes infectados pelo HIV. • Profissionais da saúde que tenham contato com pacientes de risco. utilizar a face lateral do braço ou a região glútea. Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 19 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA fEbrE AMArELA Vacina de vírus vivo atenuado, cepa 17 D. Confere proteção em aproximadamente 100% dos vacinados acima de nove meses de idade. Os títulos protetores de anticorpos levam pelo menos dez dias após a vacinação para serem obtidos. Persistência da imunidade A proteção conferida pela vacina tem duração de pelo menos dez anos. Profilaxia pós-exposição Não está indicada para profilaxia pós-exposição. Eventos adversos Dor no local da injeção e febre são os efeitos adversos mais comuns. Raramente, observam-se eritema, urticária, asma, náuseas ou linfadenopatia. Há 21 casos descritos de encefalite relacionados com a vacinação em um total de mais de 200 milhões de doses aplicadas. A maioria dos casos ocorre em crianças abaixo de seis meses de idade. No Brasil, está no calendário básico de imunização, com uma dose aos nove meses de idade nas áreas endêmicas e nas áreas de transição. Para os viajantes, a vacina deve ser feita com pelo menos dez dias de antecedência. No Brasil, as áreas endêmicas são: região Norte e CentroOeste, incluindo os Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e oeste do Maranhão. As regiões de transição são: alguns municípios do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No mundo, as regiões endêmicas são: a América do Sul e regiões da África subsaariana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária exige a vacinação dos viajantes que vão para os seguintes países: Angola, Benin, Burkina, Camarões, República Democrática do Congo, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Libéria, Nigéria, Serra Leoa, Sudão, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Peru e Venezuela. Vários países exigem certificado de vacinação contra febre amarela para permitirem entrada em seu território. Uma boa fonte atualizada de informações sobre os locais que necessitam de vacina contra a febre amarela é o site do Center for Disease Control de Atlanta, nos EUA. O endereço eletrônico é: http://www.cdc.gov/travel. Esquema de vacinação Vacina para ser aplicada em dose única a partir de seis meses de idade. Doses de reforço devem ser feitas a cada dez anos. Uso concomitante de vacinas Pode ser utilizada concomitantemente com outras vacinas do esquema rotineiro de imunização, desde que aplicadas em locais separados. Contraindicações Está formalmente contraindicada na alergia grave à proteína do ovo, nas gestantes, nos imunodeprimidos e nas crianças abaixo de seis meses de idade. Também está contraindicada nos pacientes infectados pelo vírus HIV que estejam sintomáticos e nos pacientes em terapêutica imunossupressora. Nos pacientes com doença neurológica, recomenda-se precaução. Nos pacientes com doença febril aguda, recomenda-se postergar a vacinação. Uso combinado de vacinas Não é recomendada a combinação, na mesma aplicação, da vacina contra a febre amarela com qualquer outra vacina. Recomendações para vacinação Pode ser utilizada a partir de nove meses de idade nas áreas endêmicas. Devem-se vacinar todos os indivíduos que vivem em áreas endêmicas ou aqueles que viajam para essas áreas. 50 Modo de aplicação A vacina deve ser aplicada por via subcutânea na região posterior do antebraço ou na região glútea. A dose é de 0,5 mL. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Especificações e observações A vacina utilizada no Brasil é produzida pelo laboratório BioManguinhos, é liofilizada e apresentada em frascos de multidoses. Deve ser conservada entre 2°C e 8°C e deve ser utilizada até quatro horas após a diluição. A vacina está disponível apenas em alguns postos de vacinação oficiais e não é comercializada pelas clínicas particulares de imunização. O endereço eletrônico para obtenção dos locais onde a vacina está disponível, no Estado de São Paulo, é o seguinte: http://www.cve.saude.sp.gov.br. Uma outra vacina foi recentemente liberada para as clínicas particulares de imunização. Trata-se de uma vacina de vírus vivo atenuado produzida com a cepa 17D-204, derivada da cepa 17D do vírus da febre amarela. Seu nome comercial é Stamaril (Sanofi Pasteur). Deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC, e o esquema é o mesmo da vacina produzida pelo laboratório BioManguinhos. 20 vAcINA coNtrA rAIvA Há dois tipos de vacina contra a raiva: vacinas produzidas em substratos isentos de tecido nervoso, que são obtidas a partir da inativação de vírus cultivados em culturas celulares; e vacina Fuenzalida-Palacios, que é obtida através de inativação de vírus da raiva cultivados em cérebro de camundongos recém-nascidos. Vacina de cultivo celular Descrição Vacina de vírus inativado obtido através de cultivo celular, isento de tecido nervoso. Eficácia O nível sérico considerado protetor é de 0,5 UI/mL. Persistência da imunidade ou lambedura de ferimentos em face, cabeça, mãos ou pés. Ferimentos puntiformes e mordeduras múltiplas e/ou profundas e lambeduras de mucosas também são considerados graves. Ratos, cobaias, hamsters e coelhos são considerados de baixo risco, e, normalmente, os ferimentos causados por estes animais não necessitam de profilaxia para a raiva, exceto se atacarem de forma incomum. Cavalos, ovelhas, bois, cabras e porcos são considerados de médio risco, e, nos ferimentos causados por estes animais, a profilaxia estará indicada. Cães e gatos de áreas de raiva não controlada são considerados de alto risco, assim como todas as espécies de morcegos e os outros mamíferos silvestres. Todos os ferimentos causados por morcego ou mamíferos silvestres merecerão profilaxia para a raiva. Nos ferimentos por cão ou gato, a conduta também depende da observação do animal. O esquema pode ser observado no Quadro 12. Eventos adversos Em indivíduos expostos a risco de contaminação (veterinários, pessoal de laboratório etc.), os reforços devem ser feitos a cada seis meses para os profissionais que manipulam o vírus da raiva e anualmente para os outros profissionais. Profilaxia pós-exposição Mais comuns são reações locais, como eritema e induração local. Febre, cefaleia, mialgia, astenia, dor abdominal, artralgia, calafrio, tonturas e náuseas são raros. Foram descritos casos raros de síndrome de Guillain-Barré, mas com incidência muito menor do que com as vacinas cultivadas em cérebro de animal. Uso concomitante de vacinas É a principal indicação da vacina antirrábica. Inicialmente, é necessário que sejam identificados o tipo de acidente e o animal agressor. O tipo de acidente pode ser dividido em leve ou grave, e o animal agressor em de baixo risco, médio risco ou alto risco. Considera-se acidente leve quando houve apenas arranhadura ou mordedura superficial no tronco e/ou membros. Considera-se acidente grave quando houve mordedura, arranhadura Pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas do esquema habitual, desde que em seringas e locais separados. Uso combinado de vacinas Não é recomendado o uso combinado das vacinas contra raiva com quaisquer outras vacinas. 51 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Recomendações para vacinação Contraindicações A vacina é indicada basicamente em duas situações: • Prevenção da raiva em indivíduos expostos a risco de contaminação: veterinários, pessoal de laboratório, pessoal de abatedouro etc; • Profilaxia pós-exposição (Quadro 12). Esquema de imunização Para a profilaxia pós-exposição não há contraindicações absolutas. Para a prevenção em indivíduos expostos, recomendase cautela naqueles que já tenham apresentado síndrome de Guillain-Barré. Modo de aplicação Prevenção em indivíduos expostos: três doses – D0, D7, D28. Recomenda-se controle sorológico e reforço se o nível de anticorpos for menor que 0,5 UI/mL. Geralmente, o reforço deve ser feito a cada seis meses para os profissionais que manipulam o vírus da raiva e a cada ano para os outros profissionais. Profilaxia pós-exposição: depende do tipo de acidente (vide Quadro 12). Observação: em indivíduos com vacinação preventiva completa há menos de um ano, na profilaxia pós-exposição utiliza-se apenas uma dose. Para aqueles com vacinação preventiva há mais de um e menos de três anos, utilizam-se três doses. Nos indivíduos com vacinação preventiva há mais de três anos, utiliza-se esquema completo com cinco doses. Para a profilaxia pós-exposição, utilizar a via intramuscular. Nas crianças abaixo de dois anos, no vasto lateral da coxa, e, nas crianças maiores e adultos, no deltoide. Em esquemas pré-exposição, pode-se utilizar a via subcutânea na face lateral do braço ou na região glútea. Especificações e observações Manter a vacina em geladeira entre 2°C e 8°C. Após aberto, utilizar o frasco em no máximo oito horas. Apresentação comercial • Verorab Pasteur (Aventis Pasteur). → Frasco contendo uma dose. Quadro 12. Conduta para profilaxia da raiva com a vacina de cultivo celular Animal agressor Cão ou gato sadio Acidente Leve Grave Conduta Observar animal por 10 dias após exposição: se permanecer sadio – encerrar o caso se adoecer, morrer ou fugir – iniciar vacinação: 5 doses Iniciar vacinação: 3 doses (D0, D3 e D7) Observar animal por 10 dias após exposição: • se permanecer sadio – encerrar o caso • se adoecer, morrer ou fugir – completar vacina para 5 doses (D14 e D28) + imunoglobulina¹ Iniciar vacinação (5 doses) Interromper o tratamento se animal estiver sadio após 10 dias Iniciar vacinação (5 doses) + imunoglobulina¹ Interromper o tratamento se animal estiver sadio após 10 dias Vacinação (5 doses) Vacinação (5 doses) + imunoglobulina¹ Cão ou gato suspeito Leve Grave Outros animais domesticados: cavalo, boi, cabra, porco Leve Grave Animais silvestres ou morcego Independe Vacinação (5 doses) + imunoglobulina¹ 1. A imunização passiva pode ser feita com o soro heterólogo de cavalo ou com imunoglobulina humana antirrábica hiperimune. No caso do soro heterólogo, a dose é de 40 UI/Kg de peso. No caso da imunoglobulina humana, a dose é de 20 UI/kg de peso. Em ambos os casos, a aplicação deve ser feita no local da lesão. Apenas se não houver possibilidade, uma parte deve ser aplicada por via intramuscular, em local separado da vacina. Caso a imunoglobulina não tenha sido administrada no início do esquema e esteja indicada a sua administração, esta deve ser feita antes da 3ª. dose da vacina. O cérebro do animal morto deve ser encaminhado para exame de imunofluorescência para diagnóstico de raiva. Resultados negativos, fornecidos por laboratório credenciado, permitem a dispensa ou suspensão do esquema vacinal. Entretanto, não se deve aguardar o resultado do exame mais do que 48 horas após o acidente para iniciar vacinação, quando indicada. 52 MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Vacina Fuenzalida-Palacios Definição deve aguardar o resultado do exame mais do que 48 horas após o acidente para iniciar vacinação, quando indicada. Eventos adversos Vacina produzida com vírus cultivados em cérebros de camundongos recém-nascidos. Os vírus são inativados por radiação ultravioleta ou por betapropiolactona e são adicionados fenol e timerosal. Eficácia Quando utilizada corretamente, é eficaz para a prevenção da raiva. Persistência da imunidade A avaliação sorológica é obrigatória para os grupos de risco de exposição ao vírus da raiva. Títulos de anticorpos neutralizantes acima de 0,5 UI/mL são considerados protetores. Profilaxia pós-exposição Podem ocorrer manifestações locais, como dor, hiperemia e edema. Febre, mal-estar, cefaleia e dores musculares também ocorrem. O grande problema da vacina Fuenzalida-Palacios são as reações neurológicas potencialmente graves. Os quadros são tipo síndrome de Guillain-Barré, às vezes com evolução para óbito. Estima-se que a incidência dessas reações neurológicas seja de um para cada 8.000 pacientes tratados. Por essa razão, sempre que for disponível, deve-se dar preferência para as vacinas de culturas celulares. Uso concomitante de vacinas É a principal indicação da vacina contra a raiva. O esquema está apresentado no Quadro 13. O cérebro do animal morto deve ser encaminhado para exame de imunofluorescência para diagnóstico de raiva. Resultados negativos, fornecidos por laboratório credenciado, permitem a dispensa ou suspensão do esquema vacinal. Entretanto, não se Pode ser utilizada concomitantemente com qualquer outra vacina do calendário normal, desde que aplicadas em seringas e locais diferentes. Uso combinado de vacinas Não está indicada a sua utilização combinada com qualquer outra vacina. Quadro 13. Conduta para profilaxia da raiva com a vacina Fuenzalida-Palácios Animal agressor Cão ou gato sadio Acidente Leve Conduta Observar o animal por 10 dias após a exposição: • se permanecer sadio – encerrar o caso • se adoecer, morrer ou fugir – iniciar vacinação Esquema 7 + 2 doses Iniciar vacinação: 3 doses (D0, D2, D4) Observar o animal por 10 dias após a exposição: • se permanecer sadio – encerrar o caso • se adoecer, morrer ou fugir – completar vacina para 10 doses + 3 doses + imunoglobulina¹ Iniciar vacinação (7 + 2 doses) Interromper tratamento se o animal estiver sadio após 10 dias Iniciar vacinação (10 + 3 doses) + imunoglobulina¹ Interromper tratamento se o animal estiver sadio após 10 dias Vacinação (7 + 2 doses) Vacinação (10 + 3 doses) + imunoglobulina¹ Vacinação (10 + 3 doses) + imunoglobulina¹ Grave Cão ou gato suspeito Leve Grave Outros animais domesticados: cavalo, boi, cabra, porco Animais silvestres ou morcego Leve Grave Independe 1. A imunização passiva pode ser feita com o soro heterólogo de cavalo ou com imunoglobulina humana antirrábica hiperimune. No caso do soro heterólogo, a dose é de 40 UI/Kg de peso. No caso da imunoglobulina humana, a dose é de 20 UI/kg de peso. Em ambos os casos, a aplicação deve ser feita no local da lesão. Apenas se não houver possibilidade, uma parte deve ser aplicada por via intramuscular em local separado da vacina. Caso a imunoglobulina não tenha sido administrada no início do esquema e esteja indicada a sua administração, esta deve ser feita antes da 3ª. dose da vacina. Esquema 7 + 2 doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em sete dias consecutivos e duas doses de reforço, dez e 20 dias após a administração da sétima dose. Esquema 10 + 3 doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em dez dias consecutivos e três doses de reforço 10, 20 e 30 dias após a administração da décima dose. 53 Uso concomitante de vacinas A vacina para rotavírus pode ser aplicada simultaneamente com as outras vacinas do calendário. D2. → Esquema 7 + 2 doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em sete dias consecutivos e duas doses de reforço. exceto com a vacina antimeningocócica conjugada tipo C. para as formas graves. dois e quatro. Não há contraindicações absolutas para a profilaxia pós-exposição. A dose é de 1. dar preferência para as vacinas de cultivo celular. Para a pólio oral. Persistência da Imunidade Não há estudos sobre a persistência da imunidade. Vacina de vírus vivo atenuado. se possível. G4P[5] e G6P[8].0 mL independente do peso e da idade. G3P[5]. Modo de aplicação Deve ser aplicada por via intramuscular. Recomendam-se controle sorológico e reforço se o nível de anticorpos for menor que 0. • Profilaxia pós-exposição (Quadro 13): → Esquema de 3 doses e observação do animal: Aplicar 1 mL intramuscular nos dias zero. e. . A proteção para todas as diarreias por rotavírus é de aproximadamente 70%. composta pelos seguintes sorotipos: G1P[5]. para a qual não há experiência suficiente para uma recomendação. sorotipo G1P[8]. é de 86% a 98%. que está disponível na rede pública.5 UI/mL.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Recomendações para vacinação A vacina está indicada basicamente em duas situações: • Prevenção da raiva em indivíduos expostos a risco de contaminação: veterinários. pessoal de abatedouro etc. 54 Uso combinado de vacinas Não indicado. As vacinas usadas no Brasil são produzidas pelo Instituto Butantan e pelo Instituto Tecnológico do Paraná. é de 80% a 95%. 21 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA rotAvírUS Eventos adversos Os efeitos colaterais mais comuns nos primeiros dias são: diarreia e vômitos. nos pacientes com antecedentes de polirradiculoneurite. pessoal de laboratório. no deltoide. nas crianças maiores e adultos. Não congelar e usar imediatamente após a diluição. Contraindicações • Prevenção em indivíduos expostos: quatro doses – D0. para hospitalização por diarreia por rotavírus. Profilaxia pós-exposição Não está indicada. no vasto lateral da coxa. D4 e D28. Especificações e observações A vacina deve ser mantida entre 2°C e 8°C. • Profilaxia pós-exposição (vide Quadro 13).0 mL por via intramuscular. A dose é de 1. dez e 20 dias após a administração da sétima dose. se não for utilizada no mesmo dia. Esquema de imunização → Esquema 10 + 3 doses: Aplicar 1 mL intramuscular diariamente em dez dias consecutivos e três doses de reforço 10. e. e uma vacina pentavalente. 20 e 30 dias após a administração da décima dose. Existem 2 vacinas aprovadas no Brasil: uma vacina monovalente. Entretanto. G2P[5]. Nas crianças abaixo de dois anos. Não houve aumento do risco de intussuscepção. deve-se respeitar intervalo de 15 dias. A solução não contém conservantes nem timerosal. Primeira dose: a idade mínima é de 1 mês e meio e a idade máxima é de 3 meses e 7 dias. da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Pediatria para todas as crianças. Vacina pentavalente – RotaTeq (Merck) A vacina deve ser aplicada em 3 doses: aos 2. G3P[5]. aminoácidos 9 mg e meio Eagle modificado. sacarose 9 mg.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Recomendações para imunização A vacina para rotavírus está no calendário do Ministério da Saúde. 55 . contém aproximadamente 2 x 106 unidades infecciosas de cada cepa viral. Segunda dose: a idade mínima é de 3 meses e 7 dias ea segunda dose é de 5 meses e meio. Contraindicações Esta vacina está contraindicada nas seguintes situações: • imunodeficiência congênita ou adquirida. hidróxido de sódio. também existem restrições de faixa etária porque não há estudos que garantam a sua segurança fora das faixas etárias estabelecidas. Terceira dose: idade máxima de 8 meses e 0 dias. em tubos de plástico preenchidos com 2 mL. • presença de doença gastrointestinal crônica. cepas G1P[5). 4 e 6 meses de idade. → Vacina apresentada em dose única. também existem restrições de faixa etária porque não há estudos que garantam a sua segurança fora das faixas etárias estabelecidas. meios de cultura e traços de soro fetal bovino. → Aplicador com diluente: carbonato de cálcio 80 mg. • uso de imunossupressores. G6P[8]. → Frasco com pó lifilizado contém 106 CCID50 da cepa vacinal. Caso a criança regurgite ou vomite. dextrana 18 mg. O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. Primeira dose: a idade mínima é de 1 mês e meio e a idade máxima é de 3 meses e 7 dias. O intervalo mínimo entre as doses é de 4 semanas. Para esta vacina. cepa RIX4415. citrato de sódio. Modo de aplicação A vacina deve ser utilizada exclusivamente por via oral. A vacina deve ser aplicada em duas doses. G2P[5].3 mL. fosfato de sódio monobásico monidratado. a partir de 2 meses de idade (na rede pública. Para esta vacina. Cada dose da vacina contém sacarose. G4P[5]. Esquema de imunização O esquema varia de acordo com a vacina: Vacina monovalente – Rotarix (GSK) Apresentações comerciais • Rotarix (Glaxo SimithKline). utiliza-se a vacina monovalente G1P[8]). • RotaTeq (Merck Sharp & Dohme). aos 2 e 4 meses de idade. água para injeção 1.5 mg. • história prévia de intussuscepção.5 mg. • uso de corticosteroides em doses imunossupressoras. polisorbato 80. • malformação congênita do trato digestivo. Segunda dose: intervalo mínimo de 4 semanas e máximo de 10 semanas. sorotipo G1P[8]. sorbitol 13. Especificações e observações Deve ser conservada em geladeira entre 2ºC e 8ºC. nova dose não deve ser aplicada. goma de xantana 3. produzidas por tecnologia de DNA recombinante. Profilaxia pós-exposição De preferência. a vacina deve ser administrada antes do início da atividade sexual. Mais raras são artralgia. Entretanto. recomenda-se um intervalo mínimo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de 3 meses entre a segunda e a terceira dose. não há estudos sobre aplicação simultânea de vacinas. A idade ideal para vacinação é entre 11 a 12 anos. para a vacina quadrivalente. Para a vacina bivalente para o HPV. Para ambas as vacinas. mas a resposta pode não ser adequada. da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein. A vacina bivalente protege contra sorotipos de HPV causadores de câncer de colo do útero. 16 e 18 e uma vacina para HPV 16 e 18. . Contraindicações A vacina está contraindicada na gestação e nos pacientes com hipersensibilidade aos componentes da vacina. houve persistência da imunidade após 5 anos. ainda não há liberação formal para sua utilização acima desta faixa etária ou no sexo masculino. Vacina de proteína L1. Eficácia HPV 16 e 18 causam aproximadamente 70% dos cânceres de colo do útero. Por enquanto. e dos 10 aos 25 anos de idade para a vacina bivalente. Persistência da imunidade Nos estudos realizados até o momento. Para a vacina bivalente. HPV 6 e 11 causam aproximadamente 90% das verrugas genitais. Os estudos com a vacina quadrivalente durante a amamentação são escassos. Por enquanto. Uso concomitante de vacinas A vacina quadrivalente para o HPV pode ser usada concomi56 Modo de aplicação Vacina para uso intramuscular. Uso combinado de vacinas Não recomendado. mas não contraindicam a vacinação. A eficácia de ambas as vacinas é de 90 a 100% para prevenção de infecções pelos tipos de HPV presentes nas vacinas. mas pode ser aplicada dos 9 aos 26 anos de idade. Mialgia e cefaleia também podem ocorrer. mas a vacina é menos eficaz para mulheres previamente infectadas com um ou mais sorotipos do HPV. A dose é de 0. A vacina bivalente não deve ser utilizada durante a amamentação porque não há estudos a respeito. não há estudos de longo prazo. vermelhidão e inchaço. Esquema de imunização Vacina para uso exclusivo no sexo feminino.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein 22 Descrição vAcINA coNtrA o PAPILoMAvírUS hUMANo (hPv) tantemente com a vacina para Hepatite B. desde que aplicadas em locais diferentes. urticária. Eventos adversos As reações mais comuns são febre e reações locais. como dor. mulheres sexualmente ativas devem ser vacinadas. A vacina quadrivalente protege contra sorotipos de HPV causadores de câncer de colo do útero e verrugas genitais. cefaleia. na forma de partículas semelhantes ao vírus (vírus like particles – VLP). mas não é eficaz para mulheres previamente infectadas. 11. gastroenterite e tontura. Recomendações para imunização A vacina para o HPV está no calendário de vacinação da Academia Americana de Pediatria. o esquema é o seguinte: a segunda dose 1 mês a 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira. Para a vacina quadrivalente. Existem duas apresentações: uma vacina para HPV 6. o esquema é: a segunda dose 2 meses após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira.5 mL. não infecciosas. A vacina pode ser utilizada em mulheres com Papanicolau alterado ou verruga genital. A vacina pode ser aplicada em imunodeprimidos. O esquema é de 3 doses. apresenta eficácia de 80% durante os 6 primeiros meses. 20 mcg de proteína L1 do HPV 18.5 mL contém aproximadamente 20 mcg de proteína L1 do HPV 6. náuseas e vômitos. Cada dose de 0. febre. a proteção tem duração maior.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Especificações e observações A vacina deve ser bem agitada antes do uso. Vacina para uso oral composta de Vibrio cholerae inativado e subunidade da toxina da cólera recombinante.56 mg de cloreto de sódio. Indicada para imunização de adultos e crianças acima de 2 anos de idade que viajarão para áreas endêmicas (vários países da África e da Ásia). Para a cólera. 40 mcg de proteína L1 do HPV 16 e 20 mcg de proteína L1 do HPV 18. Após 2 anos. alumínio. cloreto de sódio. Para Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC). 35 cg de borato de sódio e água para injeção. 16 e 18) → Gardasil (Merck Sharp & Dohme) Cartuchos com uma seringa preenchida. 57 . diarreia leve. Persistência da Imunidade Para a Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC) a proteção é de curta duração. mas também cai. Os outros componentes são: 3-00desacil-4 monofosforil lipídio A (MPL). Cada dose de 0. 11. Recomendações para vacinação Cólera Profilaxia pós-exposição Não recomendada.5 mL contém aproximadamente 20 mcg de proteína L1 do HPV 16. • Vacina recombinante bivalente contra papilomavírus humano (tipos 16 e 18) → Cervarix (Glaxo Smith Kline) Uma seringa preenchida com 0. 50 mg de polissorbato 80. A vacina deve ser conservada em geladeira entre 2ºC e 8ºC. Para a cólera. 9. Os outros componentes são: 225 mcg de sulfato de alumínio. 40 mcg de proteína L1 do HPV 11. Uso combinado de vacinas Não se aplica. Uso concomitante de vacinas Não há dados a respeito.78 mg de L-histidina. é de 60% em maiores de 6 anos de idade.5 mL. apresenta proteção de aproximadamente 60 a 65% nos primeiros 3 meses. fosfato de sódio monobásico didratado e água para injeção. 0. 23 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA cóLErA E EtEc Eventos adversos Os mais comuns são dor abdominal. Não congelar e manter ao abrigo da luz Apresentações comerciais • Vacina recombinante quadrivalente contra papilomavírus humano (tipos 6. 5% dos casos e febre em 0. Se ocorrer um intervalo entre as doses superior a 6 semanas. 24 Descrição Eficácia vAcINA coNtrA fEbrE tIfoIDE Profilaxia pós-exposição Não indicada. Contraindicações Vacina não recomendada para crianças abaixo de 2 anos de idade. Deve-se dissolver o granulado efervescente em 150 mL de água. difteria. Mexer bem e administrar por via oral. deve-se descartar metade da quantidade da solução efervescente e misturar o restante com a vacina. Adultos devem receber uma dose de reforço após 2 anos se ainda continuarem expostos. Crianças acima de 6 anos de idade e adultos: 2 doses. → Dukoral (Sanofi Pasteur). Eventos adversos A reação mais comum é dor e induração no local da aplicação em 8% dos pacientes. . Apresentação: um cartucho contendo um frasco com uma dose 3 mL de suspensão e um sachê com 5. Esquema de Imunização Cólera Crianças entre 2 e 6 anos de idade: 3 doses. febre amarela. Modo de aplicação Vacina para uso exclusivo por via oral. ETEC Especificações e observações Deve ser armazenada e transportada entre 2ºC e 8ºC. Cefaleia ocorre em 1. O esquema primário para adultos e crianças acima de 2 anos de idade é de duas doses com intervalo de pelo menos uma semana. Agitar o frasco da vacina. Reforço: crianças de 2 a 6 anos de idade devem receber uma dose de reforço após 6 meses se ainda continuarem expostas.6 de granulado efervescente. 58 Uso concomitante de vacinas Pode ser utilizada concomitantemente com hepatite A. Adicionar o frasco da vacina à solução com o granulado. o esquema deve ser reiniciado. Não deve ser utilizada em mulheres grávidas ou que estejam amamentando. O intervalo entre as doses deve ser de uma a 6 semanas. hepatite B. Não deve ser congelada. 90% dos pacientes apresentavam altos títulos de anticorpos. Para crianças de 2 a 6 anos de idade. Apresentação Comercial • Vacina contra a cólera e diarreia causada por ETEC – Escherichia coli enterotoxigênica. O tratamento com imunossupressores pode reduzir a resposta imune. tétano e pólio. A eficácia varia de 55 a 75%. Persistência da imunidade Após 3 anos da vacinação. Se ocorrer intervalo acima de 6 semanas entre as doses. Composta pelo polissacarídeo capsular Vi purificado de Salmonella typhi (cepa Ty2). Oriente Médio e Ásia). o esquema deve ser reiniciado.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein ETEC Indicada para imunização de adultos e crianças acima de 2 anos que viajarão para áreas endêmicas (África.25%. MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Uso combinado de vacinas Não indicado.500 gramas. desde que tenham atingido peso de 2 kg. juntamente com outras vacinas do calendário. Para todas as outras vacinas do calendário. Recomendações para vacinação Indicada para crianças acima de 2 anos de idade e adultos que viajarão para áreas endêmicas de febre tifoide. Especificações e observações A vacina deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC. devem receber as vacinas do calendário de imunizações normalmente. 25 vAcINAÇão Do PrEMAtUro Os recém-nascidos prematuros e aqueles pequenos para a idade gestacional. O esquema para hepatite B. Em relação à hepatite B. De qualquer forma. reduz a incidência de hospitalização por doença respiratória causada pelo VRS em 55%. e as doses subsequentes aplicadas nas idades cronológicas correspondentes. Contraindicações Crianças abaixo de 2 anos de idade. incluindo as vacinas aplicadas no período neonatal: BCG e hepatite B. nesse caso. As doses recomendadas são as mesmas e não se deve reduzi-las. 59 . o recém-nascido deverá receber imunoglobulina hiperimune para hepatite B e a vacina em outro local (vide capítulo Uso de imunoglobulinas nas doenças infecciosas). A dose das vacinas é a mesma e não deverá ser reduzida. durante a época epidêmica (março a setembro). Não se recomenda a vacinação durante a gravidez ou durante a amamentação. que tenham peso de nascimento maior ou igual a 2. Hipersensiblidade anterior a algum dos componentes da vacina. não devem receber a vacina contra a tuberculose (BCG) até que atinjam peso de 2 kg. com as vacinas sendo aplicadas na idade correspondente. • todos os recém-nascidos prematuros com idade gestacional de 29 a 32 semanas devem receber profilaxia até seis meses de idade. Modo de aplicação A aplicação deve ser feita por via intramuscular ou subcutânea. e que não tenham contraindicações clínicas. O calendário deve ser seguido. Os recém-nascidos prematuros e os pequenos para idade gestacional. com peso de nascimento inferior a 2. Os prematuros que desenvolvem doença respiratória crônica têm indicação de profilaxia para doença respiratória causada pelo vírus respiratório sincicial (VRS). Não deve ser congelada. Esquema de imunização Vacina em dose única. A utilização desse anticorpo monoclonal (palivizumab) está indicada em: • todos os recém-nascidos prematuros com idade gestacional abaixo de 28 semanas devem receber profilaxia até um ano de idade. Se a mãe for HbsAg negativa. os recém-nascidos com peso inferior a 2 kg devem ser imunizados na idade cronológica correspondente. As doses das vacinas são as mesmas aplicadas nas outras crianças. desde que já tenham atingido 2 kg. A utilização de uma injeção mensal de anticorpo monoclonal específico para o VRS. caso a mãe seja HbsAg positiva. o que se recomenda é que sigam o calendário normal. Revacinação após 3 anos se o risco de febre tifoide persistir. Há poucos dados a respeito da resposta imune dos recém-nascidos com peso de nascimento inferior a 1. deverá ser acrescido de mais uma dose da seguinte forma: a segunda e a terceira com um mês de intervalo entre elas e a quarta dose seis meses após a segunda. pode-se aguardar que a criança atinja 2 kg ou iniciar a vacinação para hepatite B a partir de dois meses de idade.000 gramas. Apresentações comerciais • Vacina contra febre tifoide (Polissacarídica Capsular Vi) → Typhim Vi (Sanofi Pasteur).000 gramas. Vacina tríplice viral (sarampo. o esquema deve ser apenas completado. Há dois esquemas possíveis: • três doses com intervalo de dois meses entre cada dose. Se o escolar ou adolescente nunca recebeu a vacina. Os reforços devem ser aplicados a cada dez anos. deverá receber duas doses com intervalo de pelo menos um mês. coqueluche e tétano – DPT) não pode ser utilizada para crianças com idade acima de sete anos. capítulo 11. É importante frisar que a vacina tríplice de células inteiras (difteria. caxumba e rubéola). Deve-se utilizar a vacina tríplice viral (sarampo. Além disso. após a vacina. para muitos profissionais de saúde. Caso já tenha recebido alguma dose anteriormente. Entretanto.sbp. O escolar e o adolescente devem receber praticamente todas as vacinas do calendário básico. ou que não tenha comprovação de imunização com pelo menos duas doses de vacina após um ano de idade. 60 Todo escolar ou adolescente que não tenha história clínica documentada de sarampo. devem receber profilaxia até dois anos de idade. com esquema básico de vacinação interrompido. O calendário atual recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria para o adolescente (dos 9 aos 19 anos) está transcrita adiante (disponível em http:// www. Nesse caso. com necessidade de oxigênio nos seis meses anteriores ao período epidêmico (março a setembro). Outra situação comum é aquela em que não há informação disponível sobre vacinação anterior. a gravidez deve ser evitada por um mês. caxumba e rubéola) No escolar e no adolescente. e sim completá-lo. Apresentação comercial • Synagis (Abbott) – frasco com 100 mg. Frequentemente. A dose é de 15 mg/kg. Se o escolar ou adolescente nunca foi vacinado com a tríplice (DPT ou DPaT) ou com a dupla ou a informação é muito duvidosa. Se o escolar ou o adolescente já recebeu alguma dose. O esquema de imunização é o mesmo. Pode-se utilizar também a vacina combinada para hepatite A + hepatite B. e a terceira seis meses após a primeira. 26 vAcINAÇão Do EScoLAr E Do ADoLEScENtE A concentração de toxoide diftérico na vacina dupla tipo adulto é menor do que na dupla infantil (DT). O esquema completo é de três doses: a segunda um a dois meses após a primeira. e o paciente ainda não tenha sido imunizado contra ela. A vacina tríplice acelular tipo adulto (dpaT) pode ser utilizada nas crianças e adolescentes acima de 10 anos de idade em substituição à vacina dupla tipo adulto (dT) em uma das doses ou na dose de reforço. vacina é assunto exclusivo da criança pequena. caso seja feita opção por imunizar também para hepatite A. os adolescentes sofrem ferimentos. Se a informação for muito duvidosa. deve-se apenas completar o esquema. Não é necessária sorologia prévia. Os escolares e os adolescentes frequentemente apresentam carteira de vacinação incompleta.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein • todos os prematuros que tenham desenvolvido doença pulmonar crônica. deve ser imunizado.com. a vacinação frequentemente é negligenciada. deverá receber apenas uma dose. • três doses com intervalo de dois meses entre a primeira e a segunda e seis meses entre a primeira e a terceira.br): Principais vacinas utilizadas nos adolescentes Vacina contra hepatite B Está indicada a sua utilização rotineira em todos os escolares e adolescentes. e surge a dúvida a respeito da conduta para profilaxia do tétano. Vacina contra difteria e tétano (dupla tipo adulto – dT) Trata-se de vacina com toxoide diftérico e toxoide tetânico. que está resumida no Quadro 6. recomenda-se considerar como não vacinado. É utilizada por via intramuscular no vasto lateral da coxa uma vez por mês. não é necessário reiniciar o esquema. deve-se iniciar esquema completo. . É importante lembrar que. o que se verifica é que muitos escolares e adolescentes não estão adequadamente imunizados e apresentam incidência relativamente elevada de várias doenças imunopreveníveis. Se já recebeu uma dose anterior. O seu limitante é o alto custo. Se a vacinação básica for incompleta. 2 e 6 meses. Vacina contra hepatite A: indivíduos suscetíveis devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 a 12 meses. 6. Reforços a cada 10 anos. um esquema de 3 doses deve ser iniciado. 3. 5. 11. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de. Vacina contra papilomavírus humano (HPV): indicada para meninas e mulheres de 9 até 26 anos de idade. 7. 8. Vacina tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): os indivíduos que receberam apenas uma dose da vacina depois de um ano de idade devem receber uma segunda dose. no mínimo. Vacina contra influenza: é indicada em dose única anual para indivíduos que se constituem em grupo de risco para a infecção ou que convivem intimamente com pessoas que representam grupo de risco. Vacina conjugada contra meningococo sorogrupo C: aplicada em dose única naqueles indivíduos não vacinados na série primária de vacinação. 9. em três doses: 0. completando o esquema inicial.2008 Vacinas Recomendação Geral Hepatite B1 Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir Esquema incompleto: somente completar esquema Não vacinado: 3 doses Esquema completo com 3 doses: não é necessário repetir Esquema incompleto: somente completar esquema Não vacinado: 3 doses 3 doses 1 dose 2 doses 6 Primovacinação Reforço dT ou dpaT2 1 dose a cada 10 anos Poliomielite (IPV)3 Tríplice Viral4 Varicela 5 1 dose Hepatite A HPV8 2 doses 1 dose 3 doses (mulheres de 9 a 26 anos de idade) 1 dose 1 dose 11 Meningocócica C7 Pacientes com recomendações especiais Influenza9 Hib 10 anual Pneumo 23 val 1 dose 1 dose 1 dose a cada 10 anos Recomendadas de acordo com a situação epidemiológica Febre amarela12 Observações: 1. sendo apenas uma delas com dpaT. A vacina deve ser aplica no início da estação de influenza. Recomendase a aplicação de pelo menos um reforço com a vacina dpaT (tríplice bacteriana acelular tipo adulto). de 6 meses. respeitando-se o intervalo de 4 semanas entre as doses. Vacina contra varicela: adolescentes suscetíveis com mais de 13 anos de idade devem receber duas doses com quatro semanas de intervalo. quatro semanas e entre a segunda e a terceira. É altamente recomendável que a vacina dpaT substitua uma dose das três nesta série. Indivíduos com idade superior a sete anos não vacinados com a série primária de OPV podem ser vacinados com três doses de IPV. sendo a primeira delas com dpaT. 2 meses e 6 meses. os reforços devem obedecer intervalo de 10 em 10 anos. Vacina contra Haemophilus influenzae tipo B (Hib): deve ser aplicada em dose única nos grupos de risco (asplenia e imunodeprimidos). 12. Vacina polissacarídica 23-valente contra pneumococos: aplicada em dose única nos grupos de risco. 4. Vacina inativada contra poliomielite (IPV): adolescentes que receberam primovacinação adequada com OPV ou IPV não necessitam doses de reforço de rotina para esta vacina. coqueluche e tétano: se a vacinação básica for completa.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Calendário de Imunização para Adolescentes (dos 9 aos 19 anos) – Sociedade Brasileira de Pediatria . Indivíduos não vacinados devem receber duas doses com intervalo mínimo de 30 dias. Vacina contra hepatite B: o esquema vacinal deve ser 0. 2. Aqueles que receberam apenas uma dose devem completar o esquema vacinal. 10. Se o adolescente nunca tiver sido vacinado ou desconhecer seu estado vacinal. 61 . O intervalo mínimo entre a segunda e a terceira dose é de 16 semanas. Vacina contra difteria. seguida por duas doses com dT. deve-se completar o esquema. Vacina contra febre amarela: em dose única para todos que habitam áreas endêmicas ou para viajantes para áreas endêmicas recomendadas. sendo 30 dias o intervalo mínimo. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • portadores de doença hepática crônica. que frequentemente têm manifestações mais graves nessa faixa etária. O calendário de vacinação para adultos leva em conta a faixa etária e parte do pressuposto que adultos de idades diferentes têm riscos diferentes de não estarem imunes para determinadas doenças. Está contraindicada nos imunodeprimidos e nas gestantes. rubéola. ou que não receberam vacinação adequada. a dupla. varicela e hepatite A. A vacina está indicada para todo escolar ou adolescente sem história prévia de varicela e que não tenha comprovação de vacinação. para os adultos. como sarampo. Adultos que não tiveram algumas doenças. o esquema completo é de três doses: a segunda um a dois meses após a primeira. . quando seguidas corretamente. o que se recomenda é a realização do esquema básico da seguinte forma: a primeira e a segunda doses devem ter intervalo de quatro a oito semanas e a terceira dose após seis a 12 meses da segunda dose. Vacina conjugada contra o meningococo tipo C Todo adolescente que vive em área com predominância do meningococo tipo C e que não foi vacinado previamente deve receber uma dose da vacina conjugada antimeningocócica tipo C. e especialmente para os idosos. é fundamental que sejam orientados a manter a carteira de vacinas atualizada e acessível. Caso o paciente já tenha recebido uma dose prévia. o esquema é de duas doses com 3 meses de intervalo. Para a profilaxia do tétano após ferimentos. • pacientes com alterações dos fatores de coagulação.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Vacina contra hepatite A A vacina contra hepatite A está formalmente indicada para todos os adolescentes e escolares suscetíveis. de preferência. Para os adultos que receberam previamente apenas uma ou duas doses. 27 vAcINAÇão Do ADULto Para muitos profissionais da saúde. deve-se lembrar que adultos com idade acima de 64 anos têm risco maior de desenvolver formas graves de determinadas doenças. Recomenda-se que uma das doses seja da vacina tríplice acelular tipo adulto (dpaT). Vacina para o HPV Vacina que protege contra infecção pelo papilomavírus humano. ainda é frequente o conceito de que vacina é assunto exclusivo de criança. o que muitas vezes dificulta um planejamento para imunização. deve-se utilizar. Está indicada para meninas a partir de 9 anos de idade. e a terceira seis meses após a primeira. Pode-se utilizar também a vacina combinada: hepatite A + hepatite B. apenas uma dose deverá ser aplicada (vide capítulo Vacina contra hepatite A). Principais vacinas recomendadas para os adultos Vacina dupla adulto (difteria e tétano) A dupla adulto é recomendada a cada dez anos para todos os adultos que tenham o esquema vacinal básico realizado com três doses. o calendário de vacina62 ção para os adultos que adotamos no Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein é exposto adiante. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira. não é necessário reiniciar o esquema. Neste caso. apresentam significativo benefício em termos de redução de morbidade e/ou mortalidade. Neste sentido. e a terceira 6 meses após a primeira (vide capítulo Vacina contra o papilomavírus humano (HPV)). Dessa forma. existem indicações bem definidas de vacinação que. Entretanto. apenas completá-lo. Caso o adulto não tenha sido vacinado previamente. continuam expostos a essas doenças. O esquema é de duas doses com intervalo de seis meses. que inclui proteção para coqueluche. Um aspecto importante é que geralmente os adultos não têm registros adequados das vacinas recebidas. Além disso. Vacina contra varicela Nos adolescentes suscetíveis. 6. a menos que tenham comprovação de vacinação anterior ou diagnóstico confirmado das doenças. Vacina recomendada para todas as mulheres de 9 a 26 anos de idade. Adultos com esquema incompleto devem apenas completar a série. 9. exclusivamente para o sexo feminino. A segunda dose deve ser administrada um a dois meses após a primeira. Tríplice viral (Sarampo-caxumba-rubéola): considera-se que os adultos com 50 anos ou mais estão imunes ao sarampo. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira (dependendo do produto utilizado) e a terceira 6 meses após a primeira. A série completa é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira. pulmonares. • quimioterapia ou terapêutica imunodepressora.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES Calendário de Vacinação para o Adulto . considera-se que os adultos com idade abaixo de 50 anos não estejam imunes a essas doenças. Adultos com menos de 50 anos devem receber a vacina. 2. Recomenda-se para todos os adultos que uma das doses seja substituída por tríplice acelular tipo adulto (dpaT) para proteção contra coqueluche. Adultos previamente não vacinados devem receber uma série completa com a vacina para difteria e tétano. A vacina contra gripe é indicada para todos os adultos acima de 50 anos de idade. 8. As contraindicações são: • história de reação anafilática à neomicina. O esquema é de 3 doses: a segunda um a dois meses após a primeira. 4.2008 Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Vacina 19 a 49 anos Dupla adulto (dT) HPV 2 3 1 Faixa etária 50 a 64 anos 1 dose a cada 10 anos > 64 anos 1 dose a cada 10 anos 1 dose a cada 10 anos 3 doses (mulheres até 26 anos) 1 dose 2 doses 5 4 Tríplice viral Varicela Hepatite A Hepatite B Influenza8 2 doses 3 doses 2 doses 3 doses Dose anual 2 doses 3 doses 1 dose Dose anual Dose única 6 Pneumocócica7 Meningocócica C9 Observações Dose única Dose única 1. • gravidez. metabólicas etc). A vacina deve ser postergada por pelo menos três meses após transfusão de sangue ou hemoderivados. Adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto hepatite B podem receber vacina combinada hepatite A+hepatite B no esquema de 3 doses. Vacina para o HPV Vacina que protege contra infecção pelo vírus do HPV. A segunda dose um mês após a primeira e a terceira dose 6 meses após a primeira. à caxumba e à rubéola. A época ideal para vacinação é o outono. A revacinação deve ser anual. caxumba e rubéola (tríplice viral) Como regra geral. 3. e a terceira 6 meses após a primeira (vide capítulo Vacina contra o papilomavírus humano (HPV). Todos os adultos suscetíveis para hepatite B devem receber três doses da vacina para hepatite B. 7. Indicada para todos os adultos acima de 64 anos de idade e para os adultos de qualquer idade com doenças crônicas (cardíacas. Está indicada. Adultos com idade inferior a 50 anos com doenças crônicas também devem receber a vacina. A vacina está contraindicada nos imunodeprimidos e nas gestantes. A vacina é contraindicada em mulheres grávidas. 5. 63 Adultos sem história clínica prévia para sarampo ou que tenham recebido apenas uma dose de vacina antes de um ano de idade devem ser imunizados. . Todos os adultos sem diagnóstico anterior confirmado ou sem vacinação anterior devem receber duas doses da vacina contra varicela. e a terceira 6 a 12 meses após a primeira. Vacina antipneumocócica polissacarídica 23 valente. Indicada para todos os adultos que vivem em áreas endêmicas para meningite meningocócica sorogrupo C. A vacina é aplicada em dose única nos adultos. Todos os adultos suscetíveis para hepatite A devem receber duas doses da vacina com intervalo de 6 meses. até o momento. Vacina contra sarampo. A vacina é contraindicada em mulheres grávidas. • imunodepressão de qualquer natureza. Adultos saudáveis com idade inferior a 50 anos podem receber a vacina para reduzir incidência de gripe. Se não houver viragem após a segunda série. • homossexuais e bissexuais masculinos. Para os adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto para hepatite B. • profissionais que trabalham na rede de esgotos. Além das contraindicações descritas acima para a vacina contra o sarampo. 64 Todos os adultos suscetíveis que não tenham história de vacinação prévia devem receber a vacina. que recebem transfusões de fatores de coagulação. a dose utilizada é maior: 40 mcg (vide capítulo Vacina contra hepatite B). • profissionais que trabalham em instituições para deficientes mentais. A vacina está contraindicada na gestante. e a terceira 6 meses após a primeira. • portadores de doenças hepáticas crônicas. O esquema é de duas doses: a segunda três meses após a primeira. as mulheres em idade fértil devem ser orientadas a evitar a gravidez por um mês. não há indicação para doses adicionais. Caso os títulos caiam abaixo do nível protetor. • pessoas que viajam para áreas endêmicas de hepatite B (vide capítulo Vacinação do viajante). A vacina é aplicada em dose única. e a terceira 6 meses após a primeira. Geralmente. nova série deverá ser feita. • contatos familiares e parceiros sexuais de pacientes cronicamente infectados com o vírus da hepatite B. • pacientes com alteração de coagulação. • pacientes com doenças crônicas cardíacas. Vacina contra hepatite A Todos os adultos suscetíveis devem receber duas doses da vacina. em esquema de 3 doses: a segunda um mês após a primeira. Caso o título de anticorpos seja inferior ao nível considerado protetor (maior ou igual a 10 UI/mL). Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • pessoas com risco ocupacional de exposição a sangue ou outros fluidos corpóreos contaminados com sangue. Outra recomendação nos pacientes em hemodiálise é avaliação sorológica anual. Para os adultos suscetíveis tanto para hepatite A quanto para hepatite B. Vacina contra varicela Vacina contra hepatite B Todos os adultos suscetíveis devem ser vacinados. pulmonares. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina • pessoas que viajam para zonas endêmicas (vide capítulo Vacinação do viajante). • profissionais da área de manipulação de alimentos. • pacientes com alterações dos fatores de coagulação. • pacientes e equipe profissional de instituições para pessoas com deficiência mental. nos imunodeprimidos. • homens e mulheres com múltiplos parceiros sexuais. • pacientes em hemodiálise. nos pacientes com história de anafilaxia à gelatina ou neomicina e nos pacientes com tuberculose ativa. • profissionais da área de saúde. com 6 meses de intervalo. Nos pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Todas as mulheres em idade fértil que não receberam a vacina para rubéola ou que receberam apenas uma dose antes de um ano de idade devem ser imunizadas. • contatos familiares de pacientes imunodeprimidos. renais ou metabólicas. • pessoas que trabalham com crianças: professores do ensino fundamental ou profissionais que trabalham em creches. recomendam-se quatro doses: as três primeiras com intervalo de um mês e a quarta seis meses após a primeira. Nos pacientes imunodeprimidos. • profissionais que trabalham em creches. • usuários de drogas injetáveis. A vacina deve ser postergada por pelo menos três meses após transfusão de sangue ou hemoderivados. a vacina deve ser postergada por cinco meses. pode-se utilizar vacina combinada hepatite A+hepatite B em esquema de 3 doses: a segunda um mês após a primeira e a terceira 6 meses após a primeira. • adultos internados em instituições para deficientes mentais. considera-se que os adultos com idade acima de 50 anos estão imunes. • pacientes com anemia falciforme ou outras hemoglobinopatias. está indicada avaliação sorológica após o término da série completa. O esquema para os adultos é de duas doses com intervalo de quatro a oito semanas. uma dose de reforço deverá ser aplicada. Nesses pacientes. . sendo 30 dias o intervalo mínimo. pode-se utilizar vacina combinada hepatite A+hepatite B. O esquema é de 3 doses: a segunda um mês após a primeira. Após transfusão de sangue ou hemoderivados. Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • profissionais da saúde. Vacina contra pneumococo A vacina polissacarídica 23-valente contra pneumococo está indicada formalmente nos seguintes grupos: • todas as pessoas com idade superior a 64 anos. profissionais da saúde. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C Indicada para todos os adultos que vivem em áreas endêmicas para meningite meningocócica sorogrupo C. capítulo 13. sempre que possível. poderá ser utilizada. • pacientes com doenças crônicas cardíacas. A vacina dupla adulto pode ser utilizada para imunização primária. renais ou metabólicas. vacinas que podem ser utilizadas em situações especiais. de preferência. • gestantes que estarão no segundo ou no terceiro trimestre de gestação no período epidêmico. qualquer adulto pode receber a vacina com o objetivo de reduzir a incidência de gripe e o absenteísmo ao trabalho. o risco de exposição à doença for alto e a infecção apresentar risco significativo para a mãe ou para o feto. • profissionais da saúde que tenham contato com pacientes de risco. • após transplante de órgãos ou medula óssea.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES • pacientes com imunodeficiências congênitas. • alcoólatras. Uma observação importante é que as novas vacinas conjugadas antipneumocócicas não devem ser utilizadas nos adultos porque ainda não foram adequadamente estudadas nesse grupo etário. A revacinação precoce. • pacientes com infecção pelo HIV. para completar esquema para gestantes com vacinação incompleta ou para reforço. • pacientes imunodeprimidos. se a mulher nunca foi vacinada. que trabalhem com idosos. além de proteger a gestante. Vacina contra influenza (gripe) • pacientes infectados pelo vírus HIV assintomáticos ou com poucos sintomas e contagem adequada de CD4. a vacina deve ser feita pelo menos duas semanas antes da esplenectomia). • outros profissionais que cuidem de pacientes de risco. • pacientes com doenças linfoproliferativas (de preferência antes do início da terapia imunossupressora). protege também o recém-nascido contra o tétano neonatal. não está indicada porque pacientes com altos títulos de anticorpos apresentam maior incidência de reações locais ou sistêmicas. A revacinação deve ser realizada em alguns casos. assim como um maior número de doses de reforço. Neste caso. aplicar duas doses com intervalo de seis meses a um ano. A vacina deve ser aplicada anualmente e. no início do outono: março ou abril (vide capítulo Vacina contra influenza (gripe)). • pacientes esplenectomizados (se possível. desde que a última dose seja aplicada pelo menos 20 dias antes da data esperada do parto. Entretanto. Não é recomendada rotineiramente em adultos. de acordo com o esquema do Quadro 9. Além das indicações formais. um esquema alternativo para a gestante é o uso de três doses com intervalo de dois meses entre cada dose. 28 • vAcINAÇão DA gEStANtE A imunização da gestante deve obedecer a algumas condições: • quando a vacina tem remotas chances de causar danos. Na gestante. em algumas situações especiais. • pacientes com hemoglobinopatias. por exemplo. São elas: • profissionais da saúde com reação de Mantoux negativa e que estejam expostos a pacientes com tuberculose ativa e/ou com Aids. deve-se retardar a vacinação até o segundo ou terceiro trimestre de gestação para reduzir o risco de teratogenicidade. 65 . • pacientes com fístula liquórica. Vacinas indicadas na gestante A vacina dupla tipo adulto (difteria e tétano) A vacina dupla adulto. vacinas que estão contraindicadas. Vacina contra tuberculose (BCG) Algumas pessoas apresentam risco aumentado e têm indicação maior de receber a vacina: • todas as pessoas com idade superior a 50 anos. as vacinas podem ser divididas em três categorias: vacinas com indicação de uso. Na imunização primária. pulmonares. • contatos de casos de hanseníase. recomenda-se evitar a gravidez por um mês. uma dose de reforço deve ser aplicada e novos reforços aplicados a cada dez anos. as gestantes poderão recebê-la. O intervalo da dose de reforço deve ser antecipado para cinco anos se ocorrer nova gestação. em idade fértil. sejam vacinadas antes da gestação contra sarampo. Vacinas contraindicadas na gestação Sempre que uma gestante for exposta ao vírus da raiva. caxumba e rubéola.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Para as gestantes que receberam previamente esquemas incompletos. de forma geral. Vacina antipneumocócica As gestantes de risco elevado para doença pneumocócica podem receber a vacina antipneumocócica polissacarídica. Vacina contra a febre amarela A vacina contra influenza (gripe) está indicada para todas as mulheres grávidas após a 14ª. 66 . A vacina contra a febre amarela aumenta o risco de abortamento quando utilizada no primeiro trimestre de gestação. É importante lembrar que. A vacina da influenza (gripe) imune às vacinas para os sorogrupos A e C. a gestante apresenta boa resposta De maneira geral. não há estudos sobre o uso da vacina para o meningococo B em gestantes. quando a vacina estiver indicada. Estão contraindicadas as seguintes vacinas: • pólio oral. todas as vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada estão contraindicadas na gestação. apesar de ser vacina de vírus vivo atenuado. é uma exceção e pode ser utilizada em algumas situações (vide acima). • varicela. uma ou duas doses devem ser aplicadas para completar o esquema (vide capítulo Vacinação do adulto). deverá receber a vacina contra a raiva como profilaxia pós-exposição. caxumba. Por outro lado. de preferência após o primeiro trimestre de gestação (vide capítulo Vacina contra pneumococo). As vacinas de vírus inativado contra poliomielite (tipo Salk) não oferecem risco para o feto e podem ser utilizadas se houver indicação. semana de gestação. Para as mulheres grávidas com vacinação completa e que não receberam reforço nos últimos dez anos. Vacina contra hepatite A e hepatite B Vacinas que podem ser utilizadas na gestante Algumas vacinas podem ser utilizadas na gestante em situações especiais. Entretanto. A vacina contra febre amarela. Em situações epidêmicas. após qualquer vacina com vírus vivo. rubéola e varicela. Esforços devem ser feitos para que as mulheres suscetíveis. Entretanto. porque mulheres grávidas no segundo ou no terceiro trimestre de gestação ou no puerpério apresentam risco aumentado de complicações com a gripe. durante o período epidêmico do vírus influenza (março a julho). São elas: Vacina contra a raiva As vacinas contra hepatite A e/ou hepatite B podem ser utilizadas na gestação porque se estima que o risco para o feto seja muito baixo. e porque a vacinação da gestante confere proteção para seu filho nos primeiros 6 meses de vida. • sarampo. vacina de vírus inativado contra a poliomielite. • BCG. Vacina antimeningocócica polissacarídica As vacinas antimeningocócicas polissacarídicas não são vacinas de uso rotineiro. a vacina pode ser administrada após o primeiro trimestre quando o risco de exposição à doença for considerado elevado (vide capítulo Vacina contra febre amarela). da mesma forma que o indicado para outros adultos (vide capítulo Vacina contra raiva). o tratamento utilizado. Os pacientes com deficiência da função de fagócitos. • infecção pelo HIV. • imunodeficiências secundárias. As outras vacinas (vírus ou bactérias inativadas. podem ser utilizadas. os imunodeprimidos não devem ser vacinados com vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada. as vacinas com vírus vivos atenuados e bactérias vivas atenuadas estão contraindicadas. Devem-se utilizar duas doses com intervalos de oito semanas. se possível. As vacinas de vírus ou bactérias inativadas. De maneira geral. e. inclusive aquelas de vírus vivo atenuado. com frações de bactérias ou com toxoides. Para a poliomielite. como doença granulomatosa crônica. frações de bactérias ou toxoides) podem ser utilizadas. Por outro lado. hepatite B e Haemophilus influenzae podem ser utilizadas normalmente. A exceção é o grupo de pacientes com deficiência de IgA. sarampo. com taxas de mortalidade de 40%. o momento do tratamento e o histórico anterior de imunizações. sem . não somente para o paciente. caxumba. os principais grupos de imunodeprimidos podem ser classificados em: • imunodeficiências primárias. As vacinas tríplice (difteria. Infecção pelo vírus HIV Os dados sobre imunização de crianças portadoras do vírus HIV são limitados. No entanto. Os pacientes com deficiência de complemento podem receber todas as vacinas. A principal vacina de bactéria viva atenuada é a vacina BCG. Os esplenectomizados e os pacientes com asplenia funcional devem ser imunizados rotineiramente contra pneumococo e influenza. Em relação à imunização. contra hepatite A. Entretanto. não devem receber vacinas de bactérias vivas atenuadas. varicela. como a vacina BCG. rubéola. Outro aspecto importante é a vacinação dos contatos domiciliares dos pacientes imunodeprimidos. inclusive as vacinas de vírus vivo atenuado. como também para os contatos domiciliares. mas nem sempre apresentarão uma resposta imune adequada. O risco da vacinação e a resposta imune obtida variam conforme o grupo estudado. mas os eventos adversos mais graves ocorreram com as vacinas BCG e sarampo. • pacientes em uso de corticosteroides. 67 Imunodeficiências primárias Vacinas de vírus vivos atenuados ou bactérias vivas atenuadas são contraindicadas em todos os pacientes com distúrbios dos linfócitos B e em todos os pacientes com distúrbios mediados por linfócitos T. as crianças com leucemia em remissão há pelo menos um ano podem ser beneficiadas com a utilização da vacina contra a varicela nas seguintes condições: contagem de linfócitos acima de 700 mm3 e plaquetas acima de 100. No paciente sob quimioterapia. pelo risco de desenvolverem a doença. febre amarela e rotavírus. pelo risco aumentado dos eventos adversos. a vacina contra o sarampo deve ser considerada na criança com infecção pelo HIV assintomática ou com poucos sintomas e contagem de linfócitos T e CD4 não muito deprimidas. Como regra geral. A vacina BCG está indicada nas crianças com infecção pelo HIV que estão assintomáticas. aumento dos riscos.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 29 vAcINAÇão Do IMUNoDEPrIMIDo O grupo de pacientes imunodeprimidos é heterogêneo. A vacina contra a varicela também está indicada se a contagem de CD4 for superior a 25%.000/mm3. a resposta imune deverá ser verificada após a vacinação. que podem ser vacinados. • após transplante de medula óssea. As principais vacinas de vírus vivo atenuado são: pólio oral (Sabin). pela gravidade do sarampo nas crianças com Aids. a utilização de vacinas com vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada deve ser postergada até três meses após o término da quimioterapia. uma vez que a resposta imune costuma se normalizar após este período. As outras vacinas podem ser utilizadas. coqueluche e tétano). a resposta imune a estas vacinas pode ser inadequada. deve-se utilizar a vacina de vírus inativado (tipo Salk). Imunodeficiências secundárias Vários fatores devem ser considerados quando se analisa a imunização neste grupo de pacientes: a doença de base. É importante lembrar que a vacina contra a poliomielite oral (tipo Sabin) é contraindicada para todos os contatos domiciliares de pacientes imunodeprimidos porque o vírus vacinal pode ser transmitido para o imunodeprimido. dT – Difteria-tétano. os pacientes podem receber as vacinas de bactérias inativadas. as crianças devem receber duas doses da vacina PC7 seguida de uma dose da vacina PP23. 2. • No caso de pacientes recebendo doses elevadas de corticoide (acima de 2 mg/kg/dia de prednisona. Estes pacientes não devem receber vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada. uso de medicamentos imunossupressores e presença de doença enxerto versus hospedeiro. ou 20 mg/dia para adultos). A retenção de memória imunológica pode ser facilitada se o doador receber um estímulo antigênico pré-doação.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Uso de corticosteroides Crianças que estejam recebendo corticosteroides podem estar imunodeprimidas. Dessa forma. por tempo superior a 14 dias. ou a 20 mg/dia. Embora o paciente receptor adquira imunidade do doador. Para crianças acima de 7 anos e adultos. alguns não apresentam evidências sorológicas dessa imunidade. para crianças. O tempo póstransplante de medula óssea é o fator mais importante para a resposta imune às vacinas. dependendo da dose e do tempo de utilização. Após transplante de medula óssea Inúmeros fatores afetam a resposta imune à vacinação em pacientes que estejam se recuperando de um transplante de medula óssea bem-sucedido. as vacinas indicadas são: tríplice (difteria. para crianças maiores ou adultos. tipo de célula utilizada no resgate. não são consideradas imunodeprimidas e podem receber todas as vacinas normalmente. pacientes com uso inalatório ou tópico de corticosteroides. por período inferior a 14 dias. O calendário que utilizamos pós-transplante de medula óssea no Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein está exposto abaixo. coqueluche e téta- Calendário de Vacinação Pós-Transplante de Medula Óssea – Hospital Israelita Albert Einstein Tempo após TMO Vacina DPT ou dT1 Pólio (IPV) Hib Hepatite B Hepatite A Pneumococo2 Meningocócica tipo C Influenza Tríplice viral Observações: 3 12 meses DPT ou dT IPV Hib Hepatite B Hepatite A PP23 ou PC7 Meningococo tipo C 14 meses DPT ou dT IPV Hib Hepatite B Hepatite A PC7 Meningococo tipo C 24 meses DPT ou dT IPV Hib Hepatite B Hepatite A PP23 36 meses Vacinação anual para toda a vida Tríplice viral Tríplice viral 1. ou com dose de manutenção fisiológica. DPT – Difteria-coqueluche-tétano. e acima de 20 mg/dia. frações de bactérias ou toxoides. Vacina antimeningocócica conjugada tipo C. • Crianças recebendo corticosteroides em dias alternados. PP23 – Vacina antipneumocócica polissacarídica 23 valente. os pacientes pós-transplante de medula óssea devem ser revacinados com todo o esquema vacinal algum tempo depois do transplante de medula óssea. Eles incluem: imunidade do doador. A vacina PC7 deve ser utilizada nas crianças até 5 anos de idade. em doses inferiores a 2 mg/kg/dia de prednisona ou equivalente. PC7 – vacina antipneumocócica conjugada 7-valente. Como regra geral. para crianças maiores e adultos. usar DPT. Decorridos 12 meses após o transplante de medula óssea. • Doses acima de 2 mg/kg por dia de prednisona ou equivalente. utilizar a dupla: dT. 3. vírus inativados. Os pacientes acima de 5 anos de idade devem receber duas doses da vacina PP23 com 12 meses de intervalo. Para crianças abaixo de 7 anos. Da mesma forma. Neste caso. também podem receber as vacinas normalmente. para crianças. De preferência utilizar tríplice acelular (DPaT). 68 . as vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada podem ser utilizadas. devem ser consideradas imunossupressoras. intervalo pós-transplante. porém é preferível esperar duas semanas para utilizar vacinas de vírus vivo atenuado ou bactéria viva atenuada. Está indicada para pacientes que vivem em áreas onde há predominância do meningococo tipo C como agente etiológico da meningite meningocócica. tipo de transplante (autólogo ou alogênico). especialmente aqueles que têm contato com pacientes de risco: adultos acima de 60 anos de idade. A manutenção de imunidade adequada dos profissionais de saúde é um aspecto importante não só para protegê-los. pneumocócica e meningocócica naquelas maiores de sete anos. renais. com intervalo mínimo de 6 a 12 meses. os que trabalham em hemodiálise. As orientações não se limitam aos profissionais que trabalham em ambiente hospitalar. tríplice viral (sarampo. pólio inativada. por exemplo. Os profissionais da saúde com risco aumentado de aquisição de rubéola são aqueles que trabalham com crianças ou mulheres grávidas. imunodepressão ou história de hipersensibilidade à neomicina ou gelatina. varicela e BCG. de preferência antes da época epidêmica (março ou abril). As principais vacinas recomendadas para os profissionais da saúde são: hepatite B. poderá ser antecipada. A vacina deve ser aplicada anualmente. caxumba e rubéola) deve ser administrada em duas doses. caxumba. É importante lembrar que o diagnóstico clínico prévio de rubéola não é considerado indicador de imunidade. Os profissionais de alto risco. mas também para reduzir o risco de transmissão de doenças para os pacientes que são atendidos por estes profissionais. como. A vacina tríplice viral (sarampo. De maneira geral. hepatite A. influenza. Nas mulheres em idade fértil. caso a resposta não tenha sido adequada (títulos inferiores a 10 UI/mL). metabólicas ou pulmonares. anti-Haemophilus. O esquema para os profissionais que nunca receberam a vacina é de três doses: a segunda um mês após a primeira. se o outono ocorrer antes desse período. e. hepatite B. desde que decorridos pelo menos seis meses após o transplante. As vacinas devem ser aplicadas segundo o calendário acima. com pelo menos uma dose após um ano de idade. ou que não tenham sorologia comprovando imunidade devem ser vacinados. e dupla (difteria e tétano). Pode ser utilizada na gestante após a 14ª semana de gestação. e a terceira seis meses após a primeira. os pacientes podem receber as vacinas de vírus vivo atenuado se o estado imunológico se mostrar competente. dose. não é necessário reiniciar o esquema. pacientes com doenças crônicas cardíacas. Vacina tríplice viral Está indicada para todos os profissionais da saúde que sejam suscetíveis ou que não tenham documentação garantindo a vacinação. Por este motivo. Está contraindicada na gravidez. Os profissionais da saúde estão constantemente em contato com pacientes e materiais potencialmente infectantes. nas crianças menores de sete anos. 30 vAcINAÇão DoS ProfISSIoNAIS DA SAúDE Vacina contra influenza (gripe) Todos os profissionais da saúde que têm contato direto com pacientes. devem fazer teste sorológico um a dois meses após a vacinação para confirmar a imunidade. Todos os profissionais da saúde que não tenham comprovação de vacinação contra rubéola. mas devem ser aplicadas a todos aqueles que têm contato direto com pacientes.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES no). A imunidade para hepatite B deve ser testada após a 3ª. A vacina contra influenza pode ser utilizada 12 meses após o transplante de medula óssea. A vacina é utilizada em dose única. estão sob risco de se contaminar com doenças que podem ser evitadas através da imunização. Para aqueles com esquema anterior incompleto. A vacina BCG não deve ser aplicada. nova série deverá ser aplicada. gestantes e imunodeprimidos devem ser vacinados. . apenas completá-lo. Decorridos 24 meses após o transplante de medula óssea. rubéola). A vacina contra varicela é contraindicada. não é necessária sorologia para hepatite B prévia à vacinação. 69 Vacina contra hepatite B Os profissionais da saúde que têm contato com sangue ou secreções estão sob alto risco de exposição à hepatite B. mas. deve-se evitar a gravidez por um mês após a vacina. Nova Zelândia. devem ser destacadas a avaliação da história clínica e a avaliação do roteiro da viagem. que é o site do Medical College of Wisconsin. as viagens requerem consideração sobre algumas vacinas adicionais para prevenir hepatite A. • vacina para sarampo. 70 Avaliação do roteiro de viagem A avaliação do roteiro de viagem é muito importante. história de hipersensibilidade à neomicina ou gelatina. • vacina para varicela deve ser aplicada no adulto sem história prévia de varicela ou sem comprovação de vacinação se a viagem envolver atividades com crianças. Ilhas do Pacífico ou região amazônica. Além disso. exceto para Japão.htmL. são fundamentais: a história prévia de imunizações para difteria. hepatites A e B. A vacina está contraindicada na gravidez. • vacina polissacarídica antipneumocócica para os adultos com idade acima de 64 anos.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Vacina contra a varicela Todos os profissionais da saúde que não tenham história confiável de varicela ou não tenham comprovação sorológica de imunidade devem ser vacinados. saber sobre gravidez. imunodepressão. Existem vários endereços eletrônicos na Internet com orientações e atualizações muito úteis para a vacinação do viajante.mcw. A vacina deve ser aplicada em duas doses com intervalo de quatro a oito semanas entre elas. Na orientação para o viajante. Avaliação da história clínica Na avaliação da história clínica.gov/travel/blusheet. http://csih.htmL. • vacina para hepatite A em qualquer viagem. se ainda não é vacinado. hepatite B. febre tifoide. cólera. deve-se iniciar a série de imunização (vide capítulo Vacinação do adulto). Esses endereços são os seguintes: http://cdc. a carteira de vacinas deve ser avaliada e completar o que estiver em atraso de acordo com o calendário de imunizações (vide capítulo Calendários de vacinação). está indicada a vacinação. Para as mulheres em idade fértil. caxumba e rubéola: aplicar uma dose se o adulto for suscetível (contraindicada em gestantes. que é o site do Center for Disease Control dos EUA. são as seguintes: • vacina para hepatite B se houver permanência maior que seis meses em: sudeste da Ásia. de acordo com o roteiro da viagem. • vacina para influenza em qualquer época do ano para os adultos com idade acima de 50 anos. . Para as crianças. 31 vAcINAÇão Do vIAjANtE A preocupação com vacinação que ocorre antes de algumas viagens é uma excelente oportunidade para atualização do calendário normal de vacinação. doença meningocócica. Outra orientação importante é a de se evitar o uso de ácido acetilsalicílico por oito semanas após a vacinação. África. especialmente se houver alta prevalência de Mycobacterium tuberculosis resistentes a muitas drogas. raiva e encefalite japonesa. Vacina contra a tuberculose (BCG) Para os profissionais da saúde sem vacinação prévia e com teste de tuberculina negativo que trabalham com pacientes com tuberculose ativa ou pacientes com Aids. A vacina está contraindicada na gravidez e se houver imunodepressão. • vacina para influenza em qualquer idade para viagens em época epidêmica (contraindicada em história de anafilaxia a ovo). rubéola e caxumba e história clínica ou comprovação de imunização para sarampo e varicela. As recomendações gerais para a vacinação do adulto viajante são as seguintes: • atualização da vacinação para difteria e tétano se o adulto não recebeu reforço nos últimos dez anos. febre amarela. imunodeprimidos e história de anafilaxia a ovo). tétano. É importante também qualquer história de imunodeficiência ou de anafilaxia. que é o site da Canadian Society for International Health.org/ trav-inf. Europa e América do Norte (exceto o México).edu/travel. http://intmed. As orientações para a vacinação dos adultos. e a meiavida é de três a quatro semanas. as concentrações de anticorpos refletem as doenças mais prevalentes do meio em que vivem. Mato Grosso. Goiás e Roraima. Imunoglobulina normal para uso IM na profilaxia do sarampo Quando administrada até seis dias após a exposição. Guiana Francesa. Libéria. Amazonas. Os anticorpos presentes na imunoglobulina normal são principalmente da classe IgG. Benin. não mais do que 3 mL devem ser aplicados no mesmo músculo e. e.25 mL/kg.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES • vacina contra febre amarela em viagens para África. não mais do que 5 mL. Colômbia. 0. Gana. A dose máxima é de 15 mL. dependendo do procedimento utilizado para sua preparação. A diferença fundamental é que na imunização passiva a proteção acontece mais rápido. Burkina. Congo. Rondônia. Após injeção intramuscular. principalmente imunodeprimidos e gestantes suscetíveis. A dose nos pacientes imunocompetentes é de 0. A imunização passiva é a administração de anticorpos previamente formados para um receptor. poderá ser utilizada por via subcutânea. Caso não esteja disponível. Na América do Sul. que está indicada em algumas circunstâncias. A vacina contra encefalite japonesa. Pará. a vacinação é obrigatória para: Angola. excepcionalmente. Também pode ser utilizada nas crianças menores de um ano de idade. Gabão. É importante lembrar que são necessários pelo menos dez dias para que se desenvolvam anticorpos protetores após a vacinação. América do Sul e estados brasileiros. de maneira geral. • vacina para cólera: indicada para crianças acima de 2 anos de idade e adultos que viajam para áreas endêmicas (países da África e Ásia). A imunoglobulina para uso intramuscular não pode ser utilizada por via endovenosa. Na África. 71 . pode prevenir ou atenuar o sarampo em pessoas suscetíveis. pode-se utilizar a vacina conjugada A/C. mas que foram “humanizados”. 32 USo DE IMUNogLobULINAS NAS DoENÇAS INfEccIoSAS Imunoglobulina normal para uso intramuscular É obtida a partir de pool de doadores. na imunização passiva. o pico da concentração sérica é atingido em 48 a 72 horas. Está indicada basicamente na profilaxia do sarampo e da hepatite A. Os anticorpos que são administrados podem ter origem humana – as imunoglobulinas – ou origem animal – os anticorpos heterólogos ou soros. porém com duração menor. foram desenvolvidos anticorpos monoclonais de origem animal. Ambas são obtidas de um conjunto de pelo menos 1. No Brasil. mas.000 plasmas de doadores diferentes. A vacina indicada é a polissacarídica quadrivalente para os meningococos A/C/Y/W135. Nigéria. Existem basicamente dois tipos de imunoglobulinas de origem humana: a imunoglobulina normal e as imunoglobulinas hiperimunes ou específicas. • vacina para febre tifoide: indicada para crianças acima de 2 anos de idade e adultos que viajam para áreas endêmicas (países da Ásia).5 mL/kg. nos adultos. Mais recentemente. Peru e Venezuela. Amapá. Gâmbia. Guiné. Nas crianças. Está indicada nos comunicantes domiciliares de sarampo. Mato Grosso do Sul. amenizar ou tratar os sintomas de doenças infecciosas. estimula-se a produção de anticorpos mediante a administração de antígenos. Serra Leoa e Sudão. visando prevenir. Distrito Federal. Equador. O conceito de imunização passiva contrapõe-se ao de imunização ativa. na imunização ativa. e nos imunodeprimidos. • vacina antimeningocócica para viagens para a África subsaariana na estação seca (dezembro a junho). são introduzidos anticorpos pré-formados. A imunoglobulina humana normal divide-se em dois tipos de preparações: a imunoglobulina humana normal para uso intramuscular e a imunoglobulina humana para uso endovenoso. uma vez que. e. para: Bolívia. Camarões. não está disponível no Brasil. a vacina é obrigatória em viagens para: Acre. trombocitopenia imunomediada. leucemia linfocítica crônica de célula B. Na criança com infecção pelo vírus HIV. doença de Kawasaki e polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica. Para a profilaxia do tétano. • bronquiectasia pulmonar crônica. a imunoglobulina normal para uso endovenoso está indicada em: • infecções bacterianas significativas recorrentes. deve-se dar preferência para a vacina. exceto para os imunodeprimidos e as gestantes. Para o tratamento do tétano. • em creches ou escolas em classes de crianças pequenas. De preferência. desde que em outro local. é eficaz na prevenção da doença (vide capítulo Vacina contra raiva). Está indicada para: • as pessoas suscetíveis com contato domiciliar ou sexual. quando administrada até 15 dias após a exposição. deve-se utilizar a imunoglobulina humana hiperimune para raiva em vez do soro antirrábico. Imunoglobulina normal para uso endovenoso A maioria das indicações da imunoglobulina normal para uso endovenoso não é para doenças comprovadamente infecciosas. A única indicação para doença infecciosa é para infecção por HIV nas crianças. Para melhorar a sua eficácia. quando indicada. pode-se aplicar concomitantemente a vacina. transplante de medula óssea recente em adultos. Imunoglobulinas hiperimunes No preparo das imunoglobulinas hiperimunes. e quando exista relato de pelo menos um caso secundário com contato íntimo. A conduta para profilaxia do tétano pode ser observada no Quadro 6 (capítulo 11). A dose recomendada é de 400 mg/kg. acima de um ano de idade. Apresentação comercial Gama anti-hepatite B: solução contendo 600 UI de imunoglobulina humana anti-hepatite B (Instituto Grifols). • trombocitopenia refratária apesar de terapia antirretroviral. • viajantes para áreas endêmicas. Imunoglobulina hiperimune para o tétano A imunoglobulina hiperimune para o tétano pode ser utilizada para profilaxia pós-exposição ou para tratamento do tétano. Sempre que possível. No caso da exposição perinatal. sem controle esfincteriano. até 12 horas após o parto. quando utilizada adequadamente. Apresentação comercial • Tetanogama (Aventis) → Tetanogama: solução injetável com 250 UI (Centeon).000 UI. A imunoglobulina hiperimune para o tétano deve ser mantida entre 2ºC e 8ºC. a imunoglobulina hiperimune para hepatite B deverá ser aplicada imediatamente após a exposição. varicela-zóster e citomegalovírus. raiva. que tem origem do soro de cavalo e apresenta maior quantidade e gravidade de eventos adversos. Imunoglobulina hiperimune para hepatite B (HBIG) Estudos realizados com a imunoglobulina hiperimune para hepatite B (HBIG) mostraram uma redução significativa da incidência e da gravidade da hepatite B nas pessoas expostas. No tétano neonatal. como imunodeficiências primárias.02 mL/kg. mas apresenta maior frequência e gravidade de eventos adversos. Imunoglobulina normal para uso IM na profilaxia da hepatite A A eficácia da imunoglobulina normal para a profilaxia da hepatite A varia de 80% a 95%. • ausência de resposta imune à vacinação para sarampo. que também é eficaz. a dose é de 250 UI por via intramuscular. a dose de imunoglobulina hiperimune para o tétano é de 3. As indicações para utilização da HBIG podem ser observadas nos Quadros 4 e 5 (capítulo 10).000 a 6. são selecionados doadores com altos títulos de anticorpos específicos. A dose recomendada é de 0. tétano. estão incluídas as imunoglobulinas hiperimunes para hepatite B. A imunoglobulina hiperimune para o tétano deve ser mantida entre 2°C e 8°C. 72 . sempre que possível. deve-se dar preferência à imunoglobulina hiperimune para o tétano de origem humana no lugar do soro antitetânico. uma vez que a utilização concomitante da imunoglobulina não reduz a resposta imune à vacina. Os eventos adversos com as imunoglobulinas hiperimunes são semelhantes aos das imunoglobulinas normais. Imunoglobulina hiperimune para raiva A imunoglobulina hiperimune para raiva é utilizada para profilaxia pós-exposição e. Uma parte deve ser aplicada ao redor do ferimento. e o restante por via intramuscular. Nos pacientes não vacinados. a dose é de 500 UI. Neste grupo.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein Até 72 horas após a exposição. administrada a cada quatro semanas. ou quando a VZIG não estiver disponível. Controles positivos e negativos como descritos 73 Imunoglobulina hiperimune para citomegalovírus – uso endovenoso A utilização da imunoglobulina humana hiperimune para citomegalovírus pode prevenir ou modificar o curso das infecções por citomegalovírus em pacientes com imunodeficiências primárias ou secundárias.02 mL do soro diluído a 1/1. a sua utilização reduz a incidência de hospitalização por doença do trato respiratório pelo VRS em 55%. processos neoplásicos. o tratamento deve ser iniciado no dia que antecede o transplante. urticária. contato face a face por pelo menos uma hora em ambientes fechados. b. que necessitem de suporte com oxigênio nos seis meses anteriores à época epidêmica (março a setembro). contato hospitalar com leito contíguo no mesmo quarto. Antes da utilização. apresentam risco elevado e só devem ser utilizados quando houver indicação precisa (antitoxina diftérica e antitoxina botulínica) ou quando as imunoglobulinas de origem humana não estiverem disponíveis (antitoxina tetânica e soro antirrábico). Atualmente. A dose é de 15 mg/kg por via intramuscular uma vez por mês. Em todos os pacientes. pode-se utilizar a imunoglobulina humana normal para uso endovenoso na dose de 200 a 300 mg/kg. • crianças com doença pulmonar crônica. A dose indicada é de 125 UI para cada 10 kg de peso. Teste da escarificação: é realizado com uma gota de soro diluído a 1/100 em solução fisiológica que deve ser escarificado na face ventral do antebraço. antitoxina diftérica. com ênfase nos antecedentes. . a presença de um halo com eritema pelo menos 3 mm maior que o controle com soro fisiológico é considerado positivo. e o restante por via intramuscular. deve-se realizar a dessensibilização (ver adiante). Anticorpo monoclonal específico para vírus respiratório sincicial (VRS) Trata-se de anticorpo monoclonal composto de 95% de sequência de aminoácidos humanos e 5% de aminoácidos murínicos. infecção pelo HIV. a. devem receber profilaxia até dois anos de idade. deve-se realizar história clínica cuidadosa. Todos esses produtos. • recém-nascidos com idade gestacional de 29 a 32 semanas devem receber profilaxia até seis meses de vida. Imunoglobulina hiperimune para varicela (VZIG) A imunoglobulina hiperimune para varicela (VZIG) deve ser utilizada basicamente para pacientes suscetíveis pertencentes aos seguintes grupos de risco: imunodeprimidos (portadores de imunodeficiências primárias. exposição anterior a soro heterólogo ou sintomas após exposição a cavalos têm risco aumentado. A dose máxima é de 625 UI e a mínima é de 125 UI. Inicia-se pelo teste da escarificação e segue-se pelo teste intradérmico. Após 15 minutos. dependendo da imunodepressão. Teste intradérmico: inicia-se o teste com uma dose de 0. rinite. O seu limitante é o alto custo.000 em solução fisiológica. deve-se passar para o teste intradérmico. tratamento com medicação imunossupressora – incluindo corticosteroides). Nos pacientes que serão submetidos a transplante. preparados com soro animal. antitoxina botulínica e soro antirrábico. A vacinação antirrábica é feita concomitantemente com injeção em outro local (vide capítulo Vacina contra raiva). transplantados renais ou de medula óssea. Neste caso. Nome do produto • Palivizumab Apresentação comercial • Synagis (Abbott) → Apresentação 1 mL = 100 mg da solução liofilizada. Está indicado nas seguintes situações: • recém-nascidos com idade gestacional abaixo de 28 semanas devem receber profilaxia até um ano de idade. A dose é de 100 a 150 mg/kg a cada três semanas por um período variável. Deve ser aplicada por via intramuscular. são disponíveis os seguintes: antitoxina tetânica. Para o recém-nascido. As exposições consideradas de risco são: contato domiciliar.MANUAL DE IMUNIZAÇÕES A dose da imunoglobulina hiperimune para raiva é de 20 UI/kg de peso. O volume total ou o máximo possível deve ser aplicado próximo ao ferimento. gestantes e recém-nascidos. Nas crianças de risco. O controle positivo é feito com histamina e o negativo com soro fisiológico. Caso o teste seja negativo. Pacientes com história de asma. Soros e antitoxinas animais Os soros e antitoxinas animais geralmente são derivados dos soros de cavalos. a exposição ocorre quando a mãe apresenta sintomas de varicela entre cinco dias antes até dois dias após o parto. Nos pacientes com trombocitopenia. A sua principal indicação é a prevenção de doença pulmonar grave por VRS em crianças de risco. os testes de hipersensibilidade devem ser realizados por pessoal experiente e em locais onde haja disponibilidade de recursos materiais e humanos para atendimento das reações anafiláticas (vide capítulo Eventos adversos relacionados à imunização). Nas crianças.000 U • doença nasofaríngea: 40. A interpretação é a mesma do teste da escarificação. Caso os testes sejam positivos e a indicação do soro seja precisa.1 mL 0. está indicada para o tratamento dos pacientes com difteria.6 mL 0. ou soro antidiftérico. 1988 – Vila Clementino.6 mL 0. sala 8 – Telefone: 3067-6392. está indicado o uso de um frasco de cada antitoxina por via intramuscular.000 1/1.000 a 120. da seguinte forma: • doença laríngea ou faríngea: 20.000 1/100 1/100 1/100 1/10 1/10 1/10 sem diluição sem diluição sem diluição sem diluição Volume EV 0.000 U Muitas das imunoglobulinas hiperimunes ou soros heterólogos não são facilmente disponíveis. • Hospital São Paulo – Unifesp – Rua Loefgreen.1 mL 0. Se os testes de hipersensibilidade forem negativos.1 mL 0. Recomenda-se que o soro seja diluído na proporção de 1/20 com solução fisiológica e a velocidade de infusão não ultrapasse 1 mL por minuto.5 mL do soro diluído em 10 mL de solução fisiológica em infusão lenta de cinco minutos. Dessensibilização de soro animal Nº da dose 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Diluição do soro em solução isotônica 1/1. B e E do Clostridium botulinum. 74 .0 mL Dessensibilização ao soro de animal A desensibilização ao soro de animal somente deve ser realizada por pessoal experiente e em ambiente com recursos humanos e materiais adequados para atendimento das reações anafiláticas graves.000 a 60.3 mL 0. A desensibilização consiste na administração de doses crescentes do soro animal a cada 15 minutos.000 deve estar facilmente disponível.1 mL 0. Se o teste for negativo.3 mL 0.000 1/1.3 mL 0. Quadro 14. até que se consiga a tolerância necessária para a infusão da dose preconizada. repeti-lo com uma diluição de 1/100.6 mL 1.3 mL 0. mas para o soro por via endovenosa é necessário iniciar com 0. Nos adultos com botulismo. Em São Paulo. deve-se realizar a dessensibilização ao soro de animal. pode-se utilizar todo o volume. Segundo o Comitê de Doenças Infecciosas da Academia Americana de Pediatria.000 U • doenças extensas: 80. há dois centros: • Hospital das Clínicas – USP – Prédio dos Ambulatórios – piso térreo.000 a 40. Antitoxina diftérica A antitoxina diftérica.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein acima devem ser feitos. As doses variam de acordo com a gravidade da doença. o melhor esquema para dessensibilização é o exposto no Quadro 14. o soro por via intramuscular poderá ser utilizado. Antitoxina botulínica Existem três tipos de soro heterólogo para as toxinas A. mas podem ser encontrados nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs). Uma seringa preparada com adrenalina 1/1. Caso seja positivo.6 mL 0. Se após 30 minutos não houver problema. as antitoxinas botulínicas não estão indicadas. devese realizar a dessensibilização ao soro de animal. • Centers for Disease Control and Prevention. 51(RR 02):1-36. 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Alexandre Vranjac” – Norma Técnica do Programa de Imunização / Brigina Kemps [et al.br. 2000: 83-103. sp. • Farhat CK.br. Carvalho ES.saude. 2007. MMWR 2000.Centro de Imunizações do Hospital Israelita Albert Einstein MANUAL DE IMUNIZAÇÕES 33 bIbLIogrAfIA • American Academy of Pediatrics. Resegue R. Elk Grove Village IL. • Centers for Disease Control and Prevention.gov. ACL Pediatria em consultório. Sato HK. Manual de Vacinas da América Latina. 2006. 75 . Imunizações II – Vacinas não incluídas no calendário básico. 56:Q1-Q4. Scaramuzzi DR.sbp. MW. Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Disponível em: http://www. 2005. Recommended Adult immunization schedule – United States. ACL Pediatria em consultório. • Calendário Básico de Vacinação da Criança. 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