Adriaan Willem Maria Antoine van Onselen Fátima Aparecida Ocampos Izaura Márcia da Silva Ortiz João GabrielGarcia Fernandes Santos Maysa Andrade Leite de Barros O Livro dos Mortos do Antigo Egito Universidade Católica Dom Bosco Curso de História 1º semestre 2005 Adriaan Willem Maria Antoine van Onselen Fátima Aparecida Ocampos Izaura Márcia da Silva Ortiz João Gabriel Garcia Fernandes Santos Maysa Andrade Leite de Barros O Livro dos Mortos do Antigo Egito Este trabalho foi executado como tarefa solicitada pelo professor Neimar Machado e orientado por ele, para ser apresentado no dia 07 de junho de 2005. Agradecemos ao colega Fernando Augusto Azambuja de Almeida do 5º semestre pelo empréstimo do Livro dos Mortos. Universidade Católica Dom Bosco Curso de História 1º semestre 2005 ...................................................................................................................................11 7............................................................................... 4 2...Sumário 1.......................................................A religião egípcia.....................................................................O Livro dos Mortos.Considerações finais......................................................................................Bibliografia......12 ..................................................................................5 3......................................................................10 6...Anexo (Transparências exibidas....................................................................6 4................Introdução.......................Prólogo .............................9 5...........................................)......... Apenas no final. sob pena de desrespeitar o que deve ser respeitado. culto. Devemos sempre ter a sabedoria de separar a religião de oportunismo. da qual temos vários exemplos atuais. nada mais que um negócio”. De fato o comércio existia como existe hoje. deixa para o leitor decidir se o livro é “um chorrilho de loucuras. produto de uma crença absurda. igreja. . Diminui sim o valor de alguns sacerdotes. mas isto não diminui em nada o valor da religião. ou se. Na opinião do grupo que apresenta este trabalho. interesse e egoísmo. crenças. partindo do princípio de que a religião do Antigo Egito “era. O autor do prefácio critica a religião egípcia sugerindo ser ela e o Livro dos Mortos um “amontoado de disparates e loucuras”. da edição de 1982 da Hemus. dogmas e fiéis não podem ser confundidos com comércio. mentiras e disparates. É preciso separar as coisas: religião. Tal coisa pode levar à violência. o autor do prefácio é preconceituoso e enxerga o Antigo Egito através de olhos da cultura ocidental contemporânea. cabe um comentário a respeito do prefácio de Luiz Carlos Teixeira de Freitas. Seria o mesmo que dizer que a Bíblia é um amontoado de besteiras só porque existem seitas obscuras enriquecendo pastores obscuros. como as outras.Prólogo Antes de iniciar a apresentação do Livro dos Mortos. ao contrário. é um conjunto sublime de crenças e ciências esotéricas”. que giram em torno daqueles. O material reunido apresentava diferentes versões. um trabalho de organização e de raciocínio lógico. relacionamos a arte e a ciência egípcias com a religião. a arquitetura fúnebre e a literatura que se refere à morte. não teríamos a mesma satisfação. Apresentamos o Livro dos Mortos após uma breve análise da religião e algumas implicações políticas mais importantes. tanto de coisas como de fatos e datas. objetivamos com este trabalho ter e dar uma visão mais acurada do Antigo Egito e mostrar que ele não está tão distante de nós como pode parecer. por acaso. No entanto. a mumificação. E. . pois nem mesmo o único exemplar da biblioteca conseguimos usar. Basta descobrir os fatos.Introdução Pessoas não versadas em história tendem a considerá-la uma ciência de “segunda classe”. o conteúdo moral. O Livro dos Mortos não pode ser compreendido isoladamente. Numa cidade como Campo Grande. tais como aconteceram. na qual se insere o Livro dos Mortos. que. As dificuldades começaram na aquisição de material. fácil. além de uma procura de informações. Não apenas para compor a tarefa solicitada pelo professor. Mas essa talvez tenha sido a menor dificuldade. os deuses. para escapar da exploração de livrarias. Ele é um guia religioso e deve ser estudado dentro do contexto históricoreligioso do Antigo Egito. colocá-los em ordem cronológica e contar a história. expor dificuldades não é reclamar. tem um exemplar do Livro dos Mortos. surgem as questões: Qual o valor da palavra escrita? Que informações são confiáveis? O trabalho de história é. ao contrário. tanto mais de uma pesquisa científica. Comparamos o homem atual com o primitivo nos seus aspectos religiosos. suas características. é reconhecer que não fossem elas. tivemos que contar com a sorte e a boa vontade de um colega. Essas pessoas desconhecem as enormes dificuldades que se encontra para realizar um simples trabalho de primeiro semestre. apresentamos dados sobre a origem. diante disso. o culto e a existência além túmulo. A religião produziu uma coesão que ajudou a civilização egípcia a sobreviver quase 3. havia deuses relacionados com as manifestações da natureza.000 anos sem grandes mudanças. Como exemplo temos o deus Ra. todas as ações e pensamentos têm um sentido religioso. Muitos animais eram criados nos templos como deuses.71. o crocodilo. 1972. 1991. os cuidados maternais da vaca.d.). p. Somente mais tarde. Foi o que aconteceu ainda antes da primeira dinastia. A religião impregnava suas vidas em todos os aspectos. o Deus Sol de Heliópolis (Cidade do Sol em grego). Muitos povos. cada cidade ou localidade tinha o seu deus. A religião egípcia tem origem na pré-história.). mesmo que se ocupassem em cuidar e dirigir os humanos.). p. Os egípcios eram assim. o que não quer dizer que os deuses zoomórficos foram abandonados (Casson. vivem a religião na própria identidade da etnia.). que tinha corpo de homem e cabeça de falcão. Sendo deuses. não só os referentes às pessoas como de tudo o que os cercava: da cheia do Nilo à morte de um gato. ignorando. Como qualquer povo primitivo os egípcios respeitavam a natureza e seus fenômenos: a ferocidade do leão. como Hórus. como Ra. . esses animais eram mumificados quando morriam. guarda dos túmulos e deus dos mortos. deus de Crocodilópolis. p. desta forma. o conceito de religião (Meslin. Um deles poderia adquirir destaque nacional conforme a sua cidade se tornasse importante na política. que representava Bastet. O culto à natureza se dá nas sociedades primitivas porque o homem é dominado pelo mundo. Ao adquirir experiência e desenvolver técnicas de domínio da natureza a tendência é de antropomorfizar os deuses.A religião egípcia O homem ocidental moderno tem a religião como algo à parte dos outros aspectos da vida. o que levou os egípcios a colocar pedras sobre as sepulturas. entre eles o gato.1. “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” não faria sentido porque o Faraó era um deus (Casson. A galeria dos deuses egípcios era imensa. Ações do dia-a-dia não têm um sentido religioso. que representava Sabeque. o Deus Sol de Heliópolis. Além dos deuses animais. na época da fundação de Mênfis no Antigo Império. 15 – 16. entretanto. surgiram deuses com formas totalmente humanas. Tudo dependia da disposição dos deuses. Daí o fato de a civilização egípcia ter se desenvolvido a tão alto grau nas ciências e nas artes. Anúbis. que ganhou importância na quarta dinastia e o Faraó tornou-se o Filho de Ra. Este talvez fosse o embrião das grandes construções. 1972. A religião surge para explicar os fenômenos naturais para diminuir a ansiedade diante do desconhecido e manter a produtividade (Resende. era representado por um chacal deitado. Não havia separação entre religião e estado. dever-se à religião. s. uma deusa do amor de Bast. sem que os deuses locais fossem abandonados. Essa associação do chacal com os mortos se deve ao fato de ele desenterrar ossos humanos. por isso os deuses se tornaram uma mistura de homens e animais. notadamente na medicina e na arquitetura. a força do crocodilo. 72. Porém o animismo era tradição. Isto fez com que as primeiras divindades fossem relacionadas com os fenômenos da natureza e também tivessem forma de animais. p. . posterior a Aquenaton.). terminou assim que o Médio Império restabeleceu a prosperidade. O culto era principalmente local. Além dos objetos úteis eram também colocadas figuras dos servos e das concubinas. p. Sendo obra dos deuses e não da consciência humana. Pode parecer que os egípcios eram mórbidos e tristes pelo fato de se preocuparem e se ocuparem tanto com a morte. afinal foi criado pelos deuses. Para estar em dia com a religião era necessário praticar o culto. 76. 1972. O culto era de exaltação aos deuses. p. além da mumificação o morto era sepultado com comida. 105). p. 80..). Esse privilégio estendeu-se aos nobres no fim do Antigo Império. diz: “E tu me darás saúde. Por exemplo. assim. No início apenas os Faraós e suas famílias tinham o privilégio da vida alémtúmulo. Mesmo os sepultamentos mais simples mostram algum esforço para equipar o morto (Casson. roupas. 78. e não do homem. Não era possível ter havido época melhor ou pior. mas isto é um engano. As crenças dos egípcios a respeito da morte eram de que há uma vida alémtúmulo. às pessoas comuns. A mumificação era praticada porque consideravam a vida além-túmulo como uma existência corporal. os mortais de origem obscura. colocada nele pelos deuses no momento da criação.). justiça e retidão. do reinado de Ramsés IV. declara: “Como és belo quando te levantas no horizonte e iluminas as Duas Terras com os teus raios”. 74. ao assumirem posições elevadas. 1976. 1976. não havendo qualquer crítica séria da estrutura da sociedade. verdade.. 1972. 1972. p. 76).. 1972. (Giordani. Esse aspecto moral da religião tinha o nome de Maat e era uma qualidade do mundo. nem haveria depois. anterior a Aquenaton. um hino ao deus Ra.Como qualquer religião a dos egípcios tinha um conteúdo moral relacionado com ordem.. a Maat era perfeita e imutável. eles encaravam a . Foram encontrados túmulos da era neolítica que continham objetos e víveres com características de haver a intenção de serem usados (Casson. nem fim do mundo na mitologia egípcia (Casson. Essas crenças tinham origem na pré-história. Com as mudanças nas classes sociais no primeiro período intermediário. e me darás de beber . A falta deles.. até a tentativa de reforma monoteísta de Aquenaton. jóias e objetos de que pudesse precisar. Sua reforma não teve êxito. Por isso. p. passaram a ter o privilégio da vida além-túmulo. Os deuses que antes eram os criadores do universo passaram a ser responsáveis pelo bem estar das suas criaturas (Casson. desde que pudessem pagar pela preparação do túmulo (Casson. p. e me darás de comer . um longo reinado e força a todos os meus membros . Acreditavam que no além teriam necessidade deles. principalmente dos alimentos poderia causar uma segunda e definitiva morte. pouco importando a concepção doutrinária. estendendo-o. além dos alimentos.). O culto na religião egípcia era mais importante que a doutrina. a não ser no Primeiro Período Intermediário quando as dificuldades levaram o povo a esperar que a Maat fosse praticada.”. Por isso não há Jardim do Éden. Outro hino. mas deixou uma transformação que mudou a relação dos deuses com os homens. Eles encaravam o além como uma repetição dos melhores momentos da existência terrena e passavam grande parte do seu tempo preparando o túmulo e os objetos que deviam levar. Esse conceito de justiça social durou pouco tempo. O mundo era como devia ser. vida e idade avançada. . a alma. Não matei e não mandei matar. . Khai Bit. Os túmulos eram construídos para durarem eternamente. cada um representando um nomo. os Textos dos Sarcófagos (compilação da IX dinastia). Eis o porquê da mumificação dos corpos e da intenção de eternidade dos túmulos. 114. 1971. p. . o corpo. Não substitui a justiça pela injustiça. o Livro das portas (Brissaud. Não havendo equilíbrio o morto seria devorado pelo devorador de almas representado por um deus crocodilo. Ka. Entretanto o morto podia fazer sua defesa em que faz a confissão negativa.. a sombra. 53. p. o corpo espiritual (Christophe. p. a personalidade espiritual. o nome e Sakh.).. 113. Não empreguei violência com meus parentes. onde o sol iniciava sua jornada noturna. . 1972.).. 1971. 108. Ib. o espírito. 113. Ba.). O julgamento consistia em pesar o coração do morto numa balança cujo contrapeso era uma estátua de ouro da deusa da justiça Maât (Giordani. Importantes também eram as inscrições e os textos: O Livro dos Dois Caminhos. Não trabalhei em meu proveito em excesso. símbolo da verdade (Christophe. Akh. 81. O morto era julgado no tribunal composto por 42 juízes. a alma e Ka. uma pena de avestruz. já que se acreditava que a existência além-túmulo estava ligada à conservação do corpo físico.existência além-túmulo como uma feliz continuação da vida terrena e se dedicavam a ela com entusiasmo. p. o coração. em que declara sua inocência segundo o capítulo CXXV do Livro dos Mortos: “Não causei sofrimento aos homens.. os Textos das Pirâmides (compilação do Antigo Império gravada principalmente no interior de pirâmides da V e VI dinastias).).. 52. Sekhem.” O mundo dos mortos era subterrâneo e se localizava no ocidente. no Novo Império) e várias compilações do Vale dos Reis (Giordani. . Não monopolizei jamais os campos de cultivo.).) ou. 1978. etc. p. p. Isto levou a um altíssimo grau de desenvolvimento da medicina e da arquitetura. Para entendermos a vida além-túmulo dois desses princípios são mais importantes: Ba.1972. Ren. a energia espiritual. Os egípcios concebiam o ser humano como tendo nove princípios: Khet. o Livro dos Mortos (compilação que substitui os Textos dos Sarcófagos no início da XVIII dinastia. 1972. e presidido por Osíris. 321. A travessia da alma do morto era feita num barco. uma espécie de duplo imaterial do corpo que continuava a vida após a morte em dependência do corpo físico (Giordani. em outra versão. ” RUBRICA “Recitar este capítulo junto a uma coroa feita de flores Ankham colocada perto do ouvido direito do morto. Livro da chegada à luz. Pierret.) “Entro no Céu como um Falcão.1971. onde são julgados. p. que estão em diversos museus do mundo (Barsa. de 1882 e de Gregory Kolpaktchi. amarrei seus cães. que viveu na época de Ramsés II (www. O nome Livro dos Mortos é o título dado pelos árabes: Kitabul-maitim . uma edição espanhola de Juan Bergua. ainda. já que tratavam da morte e do culto aos mortos. Mas se o livro é uma compilação de textos anteriores. recitar igualmente junto a outra coroa envolta em tecido de cor púrpura. Foram encontradas centenas de exemplares. 113. O título original em egípcio era Per-em-hru. e outros fragmentos diversos. Chamou de “Ritual funerário”.O Livro dos Mortos O Livro dos Mortos é uma coleção de fórmulas que facilitam a passagem para o além. Percorro as regiões do Céu como Fênix. por volta de 1830. 10. especialmente um papiro de vinte metros coberto de hieróglifos dispostos verticalmente. 1987. não esclarece a partir de que edição foi traduzida.” (O Livro dos Mortos.com. quando estudava material egípcio no Museu de Turim. a segunda etapa da Viagem. a autoria é dos sacerdotes do início da XVIII dinastia. com ligeiras diferenças entre eles (www. p. traduzida por Edith Carvalho Negraes. no qual. que vinha estudando o livro desde 1836 deu a primeira versão para o nome do livro: “Saída para o dia”. p.194a. Eis-me junto ao Lago sagrado de Hórus. A entrada para o Amenti (habitação dos mortos. colocado numa caixa decorada com a imagem de Osíris.br). de 1897.) afirma que o Livro dos Mortos é uma compilação que substitui os Textos dos Sarcófagos no início da XVIII dinastia ( 1580 – 1335 aC. p. a qual era colocada no sarcófago.) (A edição da Hemus está dividido em 190 capítulos). Os deuses adoram Ra e ele prepara os caminhos. 30 – 31.) Mário Curtis (1972. 12. da XIX dinastia.ig. Existem três edições em inglês: a de Birch. a de Le Page Renouf. no dia dos funerais. 1982.p.). O livro data do Novo Império e é considerado o mais importante da literatura egípcia antiga. Compõe-se de 180 capítulos (Barsa. 1982.hpg. Ricardo Lepsius. Existe um códice (exemplar mais bem conservado) do escultor Neferrenpet (1279 – 1213 aC. e era escrito em papiro ou couro. Muitos capítulos são acompanhados de instruções para recitar a fórmula. de 1954 e existe .) teria punido um sacerdote por ter vendido um exemplar do Livro dos Mortos a uma mulher(Christophe.omnix.).) O Livro dos Mortos foi descoberto por Jean-François Champollion. Agora penetro na bela Amenti.194a. morada de Osíris. mas o que confirma a época é o fato de que Aquenaton (1370 – 1352 aC. (O Livro dos Mortos. Que o Caminho me seja aberto! Possa eu percorrê-lo e ir adorar Osíris. p. o capítulo XIII. Segundo a edição em português de 1982 da Hemus o autor é anônimo.br/neimar). que não foi terminada e a de W. Budge. 1987. A edição em português da Hemus. Senhor da Vida Eterna. . Por exemplo. 10. de 1898. será inscrito o nome do morto. de 1960. Existem duas edições em francês: a de P.52.ucdb.(?)). de 1867.77). Platão. o que somos também ao Egito. Heródoto. Por sua vez esses pilares se apóiam em outros. o pensamento racional e o cristianismo. mas opor-se não é negar e sim confirmar influência. A noção que temos da alma é a mesma de Platão. portanto. que dificilmente podem ser atribuídas ao acaso. entre outros estiveram no Egito observando sua cultura. Aristóteles. Devemos. Esta noção veio até nós via neoplatonismo. que influenciou a Patrística e via Aristóteles. independente do corpo. o grande influenciador da Escolástica. Platão se opõe ao pensamento egípcio a respeito da alma. A noção que temos da vida além-túmulo certamente tem uma influência egípcia via gregos e hebreus. tanto o grego como o hebreu. . entre os quais o Antigo Egito.Considerações finais Sabemos que a nossa civilização ocidental contemporânea se apóia em dois pilares históricos: um grego e um hebreu. O costume ocidental contemporâneo de colocar flores nos túmulos e o costume que muitas pessoas têm de conversar com os mortos diante dos túmulos nos leva a considerar que há muitas semelhanças com o Antigo Egito. Compreender a antiga cultura egípcia é compreender melhor a nossa própria. O Egito dos Faraós. Rio de Janeiro: Otto Pierre. nº 53. nº 54. 75 – 81.ig. Rio de Janeiro: José Olímpio.O LIVRO DOS MORTOS DO ANTIGO EGITO.htm 16/05/2005 10. 356p. Tradução de Edith de Carvalho Negraes.RESENDE.GIORDANI. p. p. 4 . Leonel. In: Enciclopédia Bloch julho de 1971. In: MARQUEADES. Jean-Marc. Antonio. Rio de Janeiro/são Paulo: Encyclopaedia Britannica. 119 – 124.http://www.com. 15 – 16.BRISSAUD. Curso de filosofia. 70 – 91. 3 . Experiência humana do divino. 93 – 98. p. 3º ed./outubro de 1971. p./novembro de 1971. São Paulo: Hemus. 1987. ano 5. 4º ed. 1972. ano 5. 5 . 321./agosto de 1971. nº 55. 6. nº 52. 108 – 114. O sentido do termo religião. p. 55 – 118. p.br/neimar 02/06/2005 8h 45min. 194a.MESLIN.br/livrodosmortos. 7 . 10. O Antigo Egito. 8. 1991.CASSON. . 1972. p. 75 – 81. 1.Bibliografia 1 . 9./setembro de 1971.http://www. p. 1978. Brasdorico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.omnix. Biblioteca de história universal Life. Texto 1. 1982. Grandes civilizações desaparecidas. p.CHRISTOPHE. Mário Curtis. ano 5. 2 . Michel. O Antigo Egito.ucdb. ano 5. p. n º 51.ENCICLOPÉDIA BARSA.hgp. História da antiguidade oriental. Petrópolis: Vozes. ano 5. p. Micheline. Anexo (Transparências exibidas) . . . . . . . . ??Deuses – Eram muitos. diminui a ansiedade e mantém a produtividade. – Um deles poderia ganhar destaque nacional conforme sua cidade ganhasse importância política. Da cheia do Nilo à morte de um gato. ??Egípcios – A religião impregnava tudo. – O desenvolvimento das artes e ciências se deve à religião. meio antropomórficos (Hórus. – A religião produziu uma coesão que ajudou a civilização a s obreviver quase 3. cada cidade ou localidade tinha seu deus. “Dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” não teria sentido porque o Faraó era um deus. Eram mumificados após a morte. Homem dominado pela natureza respeito à natureza Deuses ligados à natureza: deus sol (Ra) e deuses animais (Anúbis. . Ex: Ra ( deus sol) de Heliópolis na IV dinastia. guarda dos túmulos representado por um chacal.) – Período pré-dinástico – Domínio do homem sobre a natureza antropomorfização dos deuses deuses zoomórficos + deuses meio zoomórficos.000 anos sem grandes mudanças. – O culto era de exaltação dos deuses. boi. verdade. – Animais divinizados eram criados nos templos: gato. ??Religião – Explica fenômenos naturais. conceito relacionado com ordem. pois não há separação. – Maat = criação dos deuses perfeição ausência de crítica social. justiça e retidão. ??Povos primitivos – Ignoram o conceito de religião. – Após Amenófis IV (Aquenaton) os deuses passaram a ser responsáveis pelos homens. ??Conteúdo moral – Maat. ??Culto – Era mais importante que a doutrina e era local.) (O chacal desenterrava ossos humanos pedras sobre os túmulos. tudo dependia dos deuses. homem com cabeça de falcão) e deuses antropomórficos. crocodilo.A RELIGIÃO EGÍPCIA ??Homem ocidental moderno – Religião separada dos outros aspectos da vida. ??Origem – Na pré-história. o nome e Sakh. – Existência feliz. – Localização – No ocidente. repetição dos melhores momentos terrenos. – Não empreguei violência com meus parentes. – desequilíbrio devorado pelo devorador de almas (deus crocodilo). a sombra. – Não trabalhei em meu proveito em excesso. um para cada nomo. – equilíbrio vida eterna. Ka. etc. Ren. a alma. – Lugar subterrâneo. um duplo imaterial do corpo. – Passagem – Feita num barco. – Crença presente já na pré-história. mumificação e túmulos com intenção de eternidade. o coração. – Julgamento – Tribunal composto por 42 juízes. Capítulo CXXV) – Não causei sofrimento aos homens. Sekhem. a energia esperitual. o corpo espiritual. – Os nove princípios do ser humano: Khet. Khai Bit. a personalidade espiritual. – Não substituí a justiça pela injustiça. Akh. – Defesa – (A confissão negativa. – Mumificação porque a existência além-túmulo estava ligada à existência corporal. Ib. . – Presidido por Osíris.??A existência após a morte. que continua após a morte na dependência do corpo material. – Existe vida além-túmulo. desenvolvimento da medicina e da arquitetura. o corpo. – uma pena de avestruz (símbolo da verdade). Ba. onde o sol inicia sua jornada noturna. – O coração era pesado – contrapeso – estátua de ouro de Maât (deusa da justiça). – Possibilidade de uma segunda e definitiva morte por falta de objetos e principalmente de alimentos. – Ka. – Não frequentei os maus. o espírito. privilégio da vida além túmulo -----. – Encaravam a vida além-túmulo como uma feliz continuação da vida terrena. – O Livro dos Caminhos. ??Textos da literatura egípcia que se referem à morte: – Além da mumificação e dos túmulos. – Qualquer um que pudesse pagar não poupava esforços. .privilégio estendido às pessoas comuns que podiam pagar. – Dedicavam-se a ela com entusiasmo. – Textos dos Sarcófagos (IX dinastia).??Como os egípcios encaravam a morte. – No fim do antigo império. extendido para os nobres. V e VI dinastias). eram importantes os textos.Mortais de origem obscura assumem posições elevadas ------. – Textos das Pirâmides (Antigo Império. ??Privilégio da vida além-túmulo. – Várias compilações do Vale dos Reis. – O Livro dos Mortos (início da XVIII dinastia). – O Livro das Portas. – Primeiro período intermediário . – Não eram mórbidos e tristes. – No início apenas os Faraós e suas famílias. em papiro e couro. Pierret. – Le Page Renouf.) – Prefácio: Luiz Carlos Teixeira de Freitas. ??Época – Início da XVIII dinastia no Novo Império. – Tradução: Edith Carvalho Negraes. – Autor: Anônimo. 1836. Budge. ??Título – Per-em-hru (Livro da Chegada à Luz) é o nome do livro em egípcio. – O nome Kitabul-maitim (O Livro dos Mortos) é árabe. ??Estudos – Ricardo Lepsius. ??Edições – inglês – Birch. além dos gravados nas paredes dos túmulos. – Ano: 1982. Informações contemporâneas ??Descoberta – Jean-François Champollion no Museu de Turim. – Gregory Kolpaktchi. – W. ??O que é – É uma compilação que substitui os Textos dos Sarcófagos.O LIVRO DOS MORTOS ??Finalidade – É uma coleção de fórmulas que facilitam a passagem para o além. ??Composição – 190 capítulos. (190 capítulos. – Espanhol – Juan Bergua. muitos deles acompanhados de instruções. ??Edição em português – Título: O Livro dos Mortos do Antigo Egito. encontrados nos sarcófagos. ??Autor – Anônimo. 1882. ??Exemplares originais – Centenas. ??Primeira versão do nome – Saída para o dia. l898. – 356p. 1897 (não terminada). – Local: São Paulo. O códice é do reinado de Ramsés II. 1954. por volta de 1830. 1867.) . – Francês – P. (não esclarece a partir de que edição. 1960. – Editora: Hemus. Por Ricardo Lepsius em 1842.