PLASTMAR MANGUEIRAS LTDA14 RESUMO ABNT NBR 8613 Mangueira de PVC plastificado para instalações domésticas de gás liquefeito de petróleo (GLP) Luis Filipe Reis Lopes Trainee de Engenharia de Processos 1. OBJETIVO A norma estabelece os requisitos, as dimensões e os ensaios necessários para fabricação e comercialização de mangueiras de PVC reforçadas com fibra têxtil, parainstalações domésticas de GLP. Esta Norma se aplica às mangueiras de PVC flexível com reforço de fibra têxtil, destinadas a serem utilizadas na instalação de recipientes transportáveis de GLP à pressão máxima de 5,0 kPa, em temperatura ambiente, com regulador de baixa pressão e não embutida. 2. DEFINIÇÕES 2.1 – Novo: condições físicas em que as mangueiras se encontram no momento da entrega. 2.2 –Envelhecido: condições físicas em que as mangueiras se encontram após envelhecimento à temperatura elevada 2.3 –Lote: Número de unidades com o mesmo projeto, cor, forma, tamanho e formulação, fabricadas com o mesmo processo e lotes comuns de matérias- primas. 3. REQUISITOS GERAIS 3.1 Fabricação Estas mangueiras devem ser constituídas por: a) camada interna: camada que constitui a parte interior, ficando em contato direto com o gás; b) reforço têxtil: componente intermediário, destinado a garantir as características de resistência mecânica da mangueira; c) camada externa: camada que se sobrepõe ao reforço, e se destina a proteger os componentes interiores e a conferir ao tubo o acabamento final. A camada interna deve ser perfeitamente lisa, sem costurae isenta de quaisquer partículas estranhas que em serviço possam ser arrastadas pelo gás ou combinadas com este. As camadas interna e externa devem ser transparentes e incolores, com uma tarja amarela na camada externa, a fim de indicar a sua utilização, e totalmente isentas de bolhas, falhas ou saliências que possam ser detectadas visualmente. 3.2 Condições de utilização O comprimento admissível para utilização da mangueira destinada à condução do GLP deve estar entre0,80 m e 1,25 m, sendo que esta deve sair da fábrica já cortada. As mangueiras, quando instaladas em aparelhos de queima, devem resistir à temperatura de 120°C. Não é permitida a aplicação de qualquer tipo de revestimento externo que venha a descaracterizar o produto na sua forma original, bem como a sua utilização. 3.3 Identificação As mangueiras fabricadas de acordo com esta Norma devem possuir no mínimo as seguintes inscrições indeléveis, apostas na camada externa da mangueira, a intervalos regulares não superiores a 60 cm, com caracteres de 3 mm a 6 mm de altura: a) marca ou identificação do fabricante; b) símbolo de conformidade reconhecido pelo SistemaBrasileiro de Certificação; c) número desta Norma; d) a expressão “GÁS - GLP”; e) ano de término da vida útil, com quatro dígitos,considerado como cinco anos após o ano de sua fabricação, com a seguinte inscrição: “VÁL. _____”. f) a expressão “USO DOMÉSTICO COM REGULADOR”; g) a expressão “Pn 2,8 kPa”; h) número do lote. 3.4 Instruções Toda mangueira deve sair da fábrica acompanhada de instruções claras e objetivas a respeito da sua correta instalação e utilização, contendo no mínimo as seguintes informações: a) “UTILIZAR SOMENTE COM REGULADOR DE BAIXA PRESSÃO”; b) “UTILIZAR SOMENTE EM INSTALAÇÕES DOMÉSTICAS DE GLP”; c) “A MANGUEIRA NÃO DEVE ATRAVESSAR NEMSER EMBUTIDA EM PAREDES”; d) “FIXAR AS EXTREMIDADES SOMENTE COMBRAÇADEIRAS APROPRIADAS”; e) “NÃO SE DEVE EFETUAR QUALQUER TIPO DE EMENDA (SOLDAGEM OU COLAGEM)”; f) “NÃO DEVE SER UTILIZADA EM FOGÕES DE EMBUTIR”; g) “NÃO DEVE PASSAR POR TRÁS DO FOGÃO”; h) “OBSERVAR O PRAZO DE VALIDADE”; i) “PRESSÃO NOMINAL 2,8 kPa; j) o comprimento nominal, em metros. Exemplo 3.5 Dimensões a) diâmetro interno DI = (10 ± 0,3) mm; b) espessura da parede entre 3,9 mm e 4,9 mm; c) largura da tarja de 4,0 mm a 8,0 mm, mantendo-se a inscrição dentro da tarja. Obs.: verificadas de acordo com 5.2. 4. REQUISITOS ESPECÍFICOS 4.1 Fabricação As mangueiras não devem apresentar quaisquer imperfeições de fabricação conforme 3.1. 4.2 Descentralização do furo O furo interior e a seção externa do tubo devem ser circulares e concêntricos. A respectiva descentralização, quando determinada conforme 5.3, não deve exceder 0,3 mm. 4.3 Perda de massa em butano líquido Quando ensaiada conforme 5.4, a mangueira não deveperder mais que 2% de sua massa inicial nem ganharmassa. Este ensaio deve ser executado mensalmenteou a cada lote, quando o intervalo de produção entredois lotes for superior a um mês. 4.4 Ciclos de torção/flexão após perda de massa em butano líquido O corpo-de-prova da mangueira, após ter sido ensaiadoconforme 5.4deve ser submetido ao ensaio de 5.5 e nãodeve apresentar alterações visuais, tais como fissuras erasgaduras substanciais generalizadas, nem deveapresentar perda de estanqueidade e alterações de corapós 4 000 ciclos. 4.5 Determinação de dureza em placa Nas condições estabelecidas pela NBR 7456, a durezadas camadas interna e externa deve ser de(70 ± 5) Shore A, no estado de entrega. Após envelhecimentoem butano líquido, é admissívelum aumento de 10% em relação ao valor inicial. 4.6 Massa específica Nas condições estabelecidas na ASTM D 792, a massaespecífica das camadas externa e interna deve ser de(1,25 ± 0,03) g/cm3. 4.7 Resistência à tração e alongamento em placas Nas condições de ensaio estabelecidas na ASTM D 638,os corpos-de-prova devem ser do tipo IV e devem apresentaras resistências mínimas à tração e alongamentos conforme a tabela 1. Este ensaio deve ser executado mensalmente ou a cada lote, quando o intervalo de produção entre dois lotes for superior a um mês. 4.8 Resistência à pressão hidrostática Quando ensaiadas conforme 5.6, as mangueiras devem ter resistência a uma pressão hidrostática não inferior a: - novas = 5 MPa; - envelhecidas = 4 MPa. 4.9 Dilatação sob pressão hidrostática Quando ensaiadas conforme 5.7, as mangueiras devem satisfazer, sob a ação de pressão hidrostática interna, asseguintes condições: - pressão = 1,7 MPa; - tempo = 1 min; - dilatação no diâmetro externo ≤ 2 mm. 4.10 Aderência entre camadas Quando ensaiados conforme 5.8, os componentes da mangueira não devem se desprender com força inferiora 100 N. 4.11 Estabilidade dimensional após imersão em óleo aquecido O corpo-de-prova da mangueira, conforme estabelecidoem 5.10.2, deve manter o diâmetro interno de tal formaque permita a passagem pelo seu interior de uma esferarígida de diâmetro (6,0 ± 0,1) mm, quando ensaiado deacordo com 5.10. Não deve ocorrer carbonização. 4.12 Envelhecimento à temperatura elevada Quando ensaiada conforme 5.9, a mangueira não deveapresentar alterações visuais, tais como fissuras e rasgadurassubstanciais e generalizadas, nem deve apresentarperda da estanqueidade, deformações do diâmetro(fechamento) e perda de massa superior a 2%. 5. ENSAIOS