.CONTRAPONTO Baseado na Práti a do Sé ulo XVIII TERCEIRA EDIÇO KENT KENNAN . 1 ◦ edição . Kennan. Ribeiro. Kent Weeler.Traduzido por Ri ardo Mazzini Bordini.2008 2 Englewwod . 1987. Clis. 3a ed. New Jersey: Prenti e-Hall. Conterpoint: Based on Eighteeth-Century Pra ti e. editado por Hugo L. Um dos primeiros tratados sobre o assunto e provavelmente o mais onhe ido está ontido no para o Parnassus) Gradus ad Parnassum (Degraus de Johann Joseph Fux (1660-1741). ele é o fundamento de prati amente todos os métodos de ensino do ontraponto durante os últimos duzentos anos. um breve omentário sobre o assunto é ofere ido aqui. ontraponto estrito normalmente refere-se a uma abordagem essen ialmente omo a de Fux: há um antus rmus (voz xa) em semibreves. Os exer í ios bási os não pretendem envolver um pulso métri o. PERSPECTIVA HISTÓRICA Desde que a músi a utilizou linhas ou vozes independentes. Ba h e outros mestres Barro os foi largamente ignorada pelos professores daquela era. onforme transmitidos por Albre htsberger e Cherubini. o qual foi publi ado em 1725. e esta seção está. ontra o qual outra voz é es rita. o livro foi pensado por seu autor om um texto de omposição. e impli ações harmni as não apresentadas. es alas. e assim por diante). sobre ambos estes aspe tos há restrições severas. Como regra. . S. entre outros. o aluno que deseja aprender omposição. Sabemos que Mozart usou-o tanto omo aluno quanto omo professor. duas notas ontra a nota dada. e in luía material sobre intervalos. que Haydn e Albre htsberger absorveram seus onteúdos. Pode haver ou não um estudo do ontraponto do sé ulo XVI. assim omo fez seu aluno de ontraponto. CONTRAPONTO ESTRITO VERSUS LIVRE Embora não haja on ordân ia universal quanto ao signi ado exato destes termos. Assim existe uma uriosa situação na qual um sistema de instrução de ontraponto amplamente a eito omo o úni o autênti o que persistiu mesmo tendo falhado em levar em onta a importante músi a ontrapontísti a de um sé ulo inteiro anterior. disponível numa tradução de Alfred Mann intitulada Study of Couterpoint. felizmente. o ontraponto livre é baseado nos modelos instrumentais do sé ulo XVIII e onsequentemente não está on ernido om aquelas restrições que apli am-se espe i amente ao estilo do sé ulo XVI. e Josephus.Capítulo 1 Introdução Baseado na teoria de que quem quer que embarque no estudo do ontraponto deve onhe er algo sobre a história desta dis iplina e sobre as várias abordagens ao seu ensino através dos anos. Mas a maior porção era devotada à lições bási as de ontraponto. a ontribuição monumental de J. e que muitos dos ompositores salientes do sé ulo XIX estudaram ontraponto de a ordo om os prin ípios de Fux. enquanto outros des artam-na em favor do sistema maior-menor.) Sobre o Gradus. os ompositores e teóri os on erniram-se om os prin ípios envolvidos em olo ar uma voz ontra a outra efetivamente. Ele geralmente faz uso de exer í ios nas espé ies mas geralmente de uma maneira modi ada que envolve um senso de metro e impli ações harmni as ( omo neste livro). Infelizmente. e várias tendên ias estilísti as dos dias de Fux. fuga. Na realidade. Alguns professores retém a abordagem modal. Es rito originalmente em Latim e então traduzido em muitas línguas. The (Mann também es reveu artigos iluminantes sobre o estudo de ontraponto de Haydn e Beethoven. Aloysius (pretendido por Fux para representar Palestrina). Beethoven. à la Fux. A ênfase está mais nos intervalos verti ais e no movimento da voz adi ionada em relação ao antus rmus. usando uma das várias espé ies (nota ontra nota. ele está na forma de um diálogo entre o professor. Ernest Newman diz: Direta ou indiretamente. ao invés das nossas notas modernas. mais do que isso. E R. ostumava-se hamar uma omposição na qual um ponto era olo ado ontra ou oposto a outro. Pelo fato de que estes dois períodos diferem em espírito. e abordagem pedagógi a. o dode afonismo. e outras tendên ias trouxeram muitas mudanças importantes para as té ni as musi ais. onstrução té ni a. no seu O ontraponto é o vo da te elagem melódi a entre uma Foundations of Pra ti al Harmony and Couterpoint. e Kurth). O ponto tratado aqui é que ao estudar o assim hamado ontraponto no estilo de Ba h não estamos limitando o nosso interesse na músi a de Ba h ou mesmo na músi a do sé ulo XVIII. Embora esta abordagem tenha ganho adesões (tais omo Jadassohn. . A NATUREZA DO CONTRAPONTO No pro esso de expli ar o signi ado do termo ontraponto ao seu aluno Josephus. em termos de estrutura musi al. Morris. É importante entender desde o iní io que os prin ípios bási os do ontraponto do sé ulo XVIII realmente apli am-se num sentido amplo à músi a ontrapontísti a e mesmo muita músi a homofni a até aos dias de Brahms. isto é. sumaria a relação verti al-horizontal laramente: A harmonia e o Contraponto não são duas oisas diferentes mas meramente duas maneiras diferentes de onsiderar a mesma oisa. isto pode ser denido omo a arte de ombinar duas ou mais linhas melódi as de maneira musi almente satisfatória. Riemann. o ensino de fato daquela maneira não tornou-se difundido até o nal do sé ulo XIX. O CONTRAPONTO CONFORME ENSINADO NA BASE DE NORMAS ESTILÍSTICAS Os 1 termos estrito e livre não são geralmente usados para rotular ursos de ontraponto. músi os zelosos tem ompreendido que não se pode ensinar ontraponto `em geral' sem en etar ontrovérsias inndáveis sobre o que é permissível ou não. harmonia e outra. perspe tiva históri a. O pro ed- imento usual é lista-los omo Contraponto do Sé ulo XVI ou omo Contraponto do Sé ulo XVIII. The Polyphoni Vo al Style of the Sixteenth Century de Jepesson: Mais e mais. a abordagem fundamental à polifonia permane eu mais ou menos onstante até o nal do sé ulo XIX. eles ne essitam de ursos diferentes. estamos on entrando-nos em modelos daquele período porque eles propi iam os exemplos mais laros de uma té ni a ontrapontísti a que perpassa a músi a de três sé ulos. Assim. Enquanto o ontraponto do sé ulo XVIII põe onsiderável ênfase no aspe to linear ou horizontal da músi a. Isto é. Também. Uma tentativa de fundi-los em um estilo omposto somente irá produzir um resultado sintéti o que não tem ontrapartida na músi a real. Como uma té ni a.4 Contraponto baseado na práti a do sé . à despeito das muitas mudanças e inovações estilísti as na músi a durante os trezentos anos passados ou mais. o livro de Jepesson (à despeito de seu título) in lui um Esboço Históri o da Teoria Contrapontísti a que omenta extensivamente o ontraponto no estilo de Ba h e dá ex elentes explanações da relação entre este e o ontraponto no estilo de Palestrina. XVIII Os primórdios do on eito de ontraponto livre podem ser rastreados no passado até os es ritos de Johann Philipp Kirnberger (1721-1783). o Aloysius de Fux diz. O. A abordagem é livre. Conforme Oldroyd olo a em seu livro The Te hnique and Spirit of Fugue. o impressionismo. O presente volume trata inteiramente do ontraponto do sé ulo XVIII (Barro o ou estilo de Ba h). 1 O aso da abordagem estilísti a é belamente apresentado pelo Professor Glen Haydon na sua introdução ao Counter- point. É ne essário que vo ê saiba que em tempos anteriores. e (geralmente) no uso de texto. as linhas ouvidas juntas devem delinear progressões harmni as bem denidas e fortes. ele também está muito on ernido om a ombinação verti al dos sons. Nesta épo a. e prin ipalmente om músi a instrumental. ou ao menos partes separadas do mesmo urso. e a frase de maneira musi almente satisfatória impli a entre outras oisas que as linhas serão independentes mas oordenadas em sentido. pontos ou sinais eram usados. In lusa nesta denição está a suposição de que ada linha seja boa por si mesma. Enquanto o primeiro é normalmente ensinado à moda do estrito. Os ontrapontos estrito e livre oexistem desde há muito e provavelmente ontinuarão uma situação que reete a divergên ia de opiniões a er a de seus respe tivos méritos entre os teóri os. o outro pode usar aquela abordagem ou uma mais livre. Argumentos persuasivos em favor de ada um podem ser adiantados. ` ontraponto'.