Joel

March 22, 2018 | Author: Joao Ricardo Ferreira Franca | Category: Prophet, Book Of Revelation, Isaiah, Prophecy, Bible


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CENTRO DE ESTUDOS PRESBITERIANOCEP ESTUDOS NA PROFECIA DE JOEL Série Conhecendo os Profetas Menores | Rev. João Ricardo Ferreira de França www.centrodeestudospresbiteriano.blogspot.com © Novembro de 2015./ PIRIPIRI – PI. ............................... 2................................. 12 2 ..........15.1........................1 – O mundo Político e Religioso...................... 3................................................................. 4 2.................4 – O Papel do Espírito Santo na Profecia de Joel [Joel 2..................................................1-5 – última porção no Texto Hebraico] .. 8 3..............................................11...................................................................... 4 2...................2 – O contexto Econômico e Ecológico nos dias de Joel .......................... 3 2 ......................... 6 3... 7 3............................................. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................Data do Livro ...... 5 III – ASPECTOS TEOLÓGICOS DA PROFECIA DE JOEL............................................................... 3 3 – O Propósito do Livro .. 4 II – O CONTEXTO DE JOEL ...................Série Conhecendo os Profetas Menores SUMÁRIO I – QUESTÕES INTRODUTÓRIAS ...........................18-27].......................................14] ................1 – O dia do Senhor [Joel 1........................................................O Nome do Autor ........................12-17].................28 a 3..................................3 – O Cumprimento da Promessa divina de restauração [Joel 2...... ...............2 – Chamada ao Arrependimento [ Joel 2......................... 3 1 ........ 6 3.................................................. 27. 2009. 924 6 CALVINO.167 3 .C até 325 a. Luis Alonso. Profetas .32 4 FILHO. 1996. João Ricardo Ferreira de França* I – QUESTÕES INTRODUTÓRIAS 1 . p. DIAZ.”7 As datas para a escrita do livro variam de 830 a.57. David Allan . Rio de Janeiro: JUERP. Amós. 2008. Tradução: Márcio Loureiro Redondo. 1996. São Paulo: Edições Vida Nova. A. Rio de Janeiro: JUERP. O plano da promessa de Deus : teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos. 2 Idem 3 HUBBARD.57. E o período adequado para situar a profecia é no reinado de Joás. João. J.Série Conhecendo os Profetas Menores JOEL Pr. Ele morou e profetizou para Judá (Reino do Sul). Obadias e Jonas.8 * O autor deste estudo é Ministro da Palavra pela Igreja Presbiteriana do Brasil.C. Brasília: Editora Monergismo..O Nome do Autor: O nome deste profeta na língua original é “ ‫יוֹאל‬ ֖ ֵ (yoe’l)” cujo sentido é “eu sou Deus”1 ou “Yahweh é Deus” temos poucas informações sobre ele. Joel e Amós : introdução e comentário. Formado em Teologia Reformada pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN) em Recife – PE. Joel. Joel. 1 FILHO. Tradução: Vanderson Moura da Silva. São Paulo: Edições Vida Nova. 1980. Alguns comentaristas sugerem que ele tenha sido sacerdote ou que tinha “um vínculo oficial com o templo”3Isto porque no seu livro há muitas referências ao “ofício Sacerdotal”4 2 .1). 8 KAISER. Os Profetas Menores I – Oséias. 5 SCHOKEL. SICRE. Isaltino Gomes Coelho. G. Joel. p. p. Amós. Tradução: Gordon Chown. 2009. Joel e Amós : introdução e comentário. JR. David Allan . p. Mendes. p. p. Walter C. São Paulo: Vida Nova. Tradução: Márcio Loureiro Redondo. Volume II Madrid: Ediciones Cristiandad.C.13 7 HUBBARD.Introducciones y comentario. p. L. 2011. Somos informados que o nome de seu pai é “ ‫תוּאל‬ ֽ ֵ ‫( ְפּ‬pethuel)” nome que tem o sentido de “persuadido por Deus”2 (Joel 1.Data do Livro: O erudito Judeu Ibn Ezra “considerava impossível saber quando foi escrita esta obra”5 Calvino é de opinião similar ao declarar que “o tempo no qual ele [Joel] profetizou é incerto”6 outro escritor informa que “as datas propostas para o ministério de Joel e para a redação de seu livro variam desde o início do nono século a. Os Profetas Menores I – Oséias. Obadias e Jonas. Isaltino Gomes Coelho. 7).Série Conhecendo os Profetas Menores 3 – O Propósito do Livro: A terceira verdade a ser estudada é a questão “qual é a finalidade da profecia de Joel?” resposta “advertir a nação sobre a necessidade de humildade e arrependimento. p. Judá caiu no mesmo pecado que Samaria. e não era da descendência de Davi. Joel. Sua mãe de modo maquiavélico aniquilou toda extirpe real de Judá (2º Crônicas 22. Vimos no estudo sobre Oséias que Samaria / Efraim (reino do Norte) havia se corrompido com a idolatria aos bezerros de outros10 e que Judá ainda mantinha fidelidade na adoração a Yahweh. 1964. Na matança que a mãe de Acazias havia promovido em Judá a filha do rei Jeosabeate esposa do sacerdote Jeoiada salvou a vida de um bebê chamado Joás. bem como sobre a certeza do julgamento vindouro. Obadias e Jonas. São Paulo: Vida Nova.1-2) sua mãe chamava-se Atalia que era uma nortista (do reino do Norte) idólatra e orientara o Rei Acazias para o mal (22. O golpe de estado fez com que uma nortista (do reino do norte) reinasse sobre Judá (reino do sul).10) e assim.1 – O mundo Político e Religioso. Introdução ao Antigo Testamento.1) e o menino Joás passou a reinar com sete anos. 220.12).16).58-59 4 . mas lamentavelmente.11 Acazias em uma aliança desesperada com o Norte decide ir à guerra contra a Síria o cronista informa que esta era a “vontade de Deus” (2º Crônicas 22.”9 II – O CONTEXTO DE JOEL 2. 10 11 Para ter acesso a este estudo solicite uma cópia via: joaoricardoferreiradefranca@hotmail. Rio de Janeiro: JUERP. P. Isaltino Gomes Coelho. Amós. Os Profetas Menores I – Oséias. Edward J. e uma situação irônica uma mulher se sentou no trono de Jerusalém. mas o Rei acabou morto e não deixou descendente para ascender ao trono. mas claro que ele não reinava e sim o sacerdote Jeoiada e quando este morreu foi sepultado como um rei (2º Crônicas 24. O reinado de Atalia durou sete anos (2º Crônicas 23. Como isso ocorreu? Existiu um rei em Judá cujo nome era Acazias considerado um total fracasso político e religioso (2º Crônicas 22.11). entretanto. após 9 YOUNG.3). 2009. (2º Crônicas 22.com Veja-se FILHO. ela usurpou o trono de Judá (2º Crônicas 22. El Paso: Casa Bautista de Publicaciones. 17). Joel os viu descer numa nuvem sobre a vegetação da terra para devorá-la. O reino do Sul estava enfrentando uma grande crise econômica devido a dois grandes problemas: a seca e a praga de gafanhotos.20-22).19-20). literais. A seca é descrita no capítulo 1. 1964.Série Conhecendo os Profetas Menores a morte de Jeoiada. Houve uma grande seca aponto da vegetação que estava seca arder em fogo (Joel 1. E o resultado disso era a grande fome reinando em Judá.25). enquanto o sacerdote estava vivo. Lembremos que Joás de maneira maquiavélica mandara matar Zacarias. (2) A interpretação apocalíptica – segundo esta.17. os príncipes de Judá.2 – O contexto Econômico e Ecológico nos dias de Joel. os gafanhotos se referem a exércitos inimigos que constantemente invadiam Judá para despojá-lo de seus bens. filho do sacerdote Jeoiada.1-3). entretanto.4. Somos informados pelo redator do livro de Reis que Joás era um bom rei. diante deste fato surgiram uma variação de interpretação para o fenômeno entre os hermeneutas da profecia de Joel um comentarista sobre os livros proféticos aborda este tema tecendo os seguintes comentários: Qual é a interpretação do gafanhoto. era sinal de uma grande calamidade. os gafanhotos foram reais. em 2. mas acabou sendo assassinado pelos seus servos (2º Reis 12. isto porque parece que o capítulo 1. pois não foi sepultado como rei (2º Crônicas 24. Kyle. já infectados pelo mal da idolatria. pois. para aquela comunidade que vivia da agricultura e da criação de ovelhas e gados.18). os gafanhotos simbolizavam os exércitos terrenos que lutarão na última batalha. Predicando de los Libros Proféticos.20.4 indica que foi algo incomum. ele não conseguira remover completamente a idolatria da nação (2º Reis 12. E foi um homem que não inspirou seus súditos a tributar-lhe honra. estes dois eventos calamitosos foram resultados da desobediência à Lei de Deus. Yahweh já havia pronunciado antes um juízo dessa natureza àqueles que 12 YATES. Sem dúvidas esta interpretação é a mais 12 correta e satisfatória.10-12.1-11? Três interpretações são oferecidas: (1) a interpretação alegórica – conforme esta ideia. Entretanto. 2. (2º Crônicas 24.21). levaram o rei Joás para a idolatria. (Joel 1. p. 5 .276. A praga de gafanhotos é bastante discutida pelos eruditos em Antigo Testamento. como se vê em Apocalipse 9 (3) A interpretação atual ou histórica – segundo ela.20 e a praga dos gafanhotos apresentada no capítulo 1. a quem o rei devia muito do que possuía. (2º Crônicas 24. 14 III – ASPECTOS TEOLÓGICOS DA PROFECIA DE JOEL. Rio de Janeiro: JUERP. Isso revela-nos que Deus é Senhor de todas as esferas da existência humana. 2.1. este não era o sentido do uso do termo nos dias de Joel.1 – O dia do Senhor [Joel 1. 3.18-20. O conceito encerrado na expressão hebraica surge inicialmente na profecia de Amós 5. Percebe-se que o dia do Senhor na profecia dos profetas menores tem um aspecto escatológico significativo de julgamento divino. Este dia. Amós. segundo a profecia de Joel. Os Profetas Menores I – Oséias. Isaltino Gomes Coelho. entretanto. A expressão um “povo grande e poderoso” é uma referência as nuvens de gafanhotos e a narrativa segue apresentando a marcha dos gafanhotos devastando tudo. Obadias e Jonas. Agora em Joel a expressão “o dia do Senhor” tem sempre uma evocação negativa apontando para o juízo divino sobre o povo.1-2). o dia do Senhor em Isaías assume uma tônica negativa no capítulo 13 descrevendo o juízo divino contra a Babilônia.15. Deus não tolera o pecado do seu povo e age contra o mal da idolatria reinando em Judá.1.Série Conhecendo os Profetas Menores abandonam seus mandamentos e estatutos (Deuteronômio 28.15. há profetas que usam o termo na estrutura escatológica positiva como é o caso de Isaías no capítulo 2.58-59 14 idem 6 . Mas.4 onde a expressão indica claramente uma referência aos dias do Messias. O pastor Isaltino nos lembra que “a idolatria de tantos anos e que recebeu estímulos de Joás.14] O conceito predominante na profecia de Joel é “o dia do Senhor” a expressão hebraica “ ‫הו֖ה‬ ָ ְ‫[ ”יוֹם־י‬Yom-Yahweh] é necessário esclarecer que aqui não se trata do dia de adoração.11. é um dia de trevas (Joel 2. entretanto. 2009. Para os judeus este dia seria o dia em que Israel seria vitorioso na terra. Joel. um dia em que haveria uma intervenção divina em seu benefício. Um comentarista oferece uma exposição interessante deste ponto: 13 FILHO. recebia sua paga”13 O profeta Joel via nessas ações ecológicas a ação de Deus produzindo a escassez sobre a nação. 3.23-24). p. devese ressaltar que o sentido pretendido deve ser encarado “como descrições dramáticas de uma batalha que provoque uma fumaça tão espessa que os próprios luzeiros celestes fiquem obscurecidos.10.7. E este juízo torna-se mais emblemático na linguagem dramática em forma poética em relação aos elementos cósmicos descritos no capítulo 2. Luis Alonso. Joel. p..82 Idem. a linguagem empregada aqui “ transmite as imagens e os odores da batalha. Aqui nós ficamos cientes de que “se o povo se convertesse. mas na passagem aqui refere-se a um evento escatológico a cumprir-se indicando os fins dos tempos.15). Tradução: Márcio Loureiro Redondo. J. Esse ataque é tão terrível que de alguma forma deve relacionar-se com o Dia do Senhor (vv. Mas a própria realidade e tão surpreendente que traz insinuações de uma realidade ainda maior: o exercício divino do juizo 15 universal. 20 SCHOKEL. Egito e Gogue e descrita em termos de sangue e fogo)”16. Obadias e Jonas. 16 HUBBARD. onde a destruição de Edom.20 O texto fala de um “arrependimento de Deus” o que isso significa? Aqui se trata de uma antropopatia (atribuir sentimentos humanos a Deus) a palavra hebraica usada aqui para este arrependimento é “ ‫[”נִ ָ ֖חם‬naham] esta palavra tem dois sentidos básicos: (1) “Conforto e consolo” o verbo é usado para “ser 15 HUBBARD. SICRE. L.31. p. Amós.”17. Vale salientar que “O sol escurecido e a lua em cor de sangue fazem lembrar os efeitos das nuvens de gafanhotos descritas em 2. 1. David Allan . e a revelação plena da ira de Deus seguirá em comboio.5-10.2 – Chamada ao Arrependimento [ Joel 2. talvez Deus se arrependesse. mas há uma mudança dramática: com imagens poéticas vivas. 17 18 Ibid. enquanto o Senhor faz guerra contra Seus inimigos.6. Ez 32. DIAZ. Profetas .”18 3. cidades queimadas e destroços fumegantes em Seu rastro (cf.Joel e Amós : introdução e comentário. 1996. interior. Volume II Madrid: Ediciones Cristiandad.12-17] A doutrina do arrependimento é evocada na profecia de Joel. deixando tropas ensangüentadas. Isaltino Gomes Coelho. Is 34. Tradução: Márcio Loureiro Redondo. diz Joel”. David Allan . 61. 1980. Rio de Janeiro: JUERP. 11). 2009. Entretanto. P. São Paulo: Edições Vida Nova. já anunciado (1. O exército de gafanhotos é a linha de frente. manifestada externamente na jornada de jejum e arrependimento para suplicar a compaixão divina”.Joel e Amós : introdução e comentário. 38.67. 927 7 .22. 1996.Série Conhecendo os Profetas Menores A descrição da praga segue. 19 FILHO. Os gafanhotos são reais. o profeta compara os gafanhotos a um exército invasor. p. não figurados. P. Os Profetas Menores I – Oséias.Introducciones y comentario.19 Schökel lembra-nos que “a catástrofe nacional incita a una atitude de conversão profunda. 81. São Paulo: Edições Vida Nova. O vocábulo “coração” que é usado pelo profeta nesta passagem é “‫[”ל ָבב‬lebab] ֵ não refere-se aos sentimentos como nós da cultura ocidentais pensamos.76. 1975.Série Conhecendo os Profetas Menores confortado na pederda” (2) “sentir muito arrepender. A chamada ao arrependimento era em tom da mais extrema urgência as trombetas tinham que ser tocadas (Joel 2. mas interna (Joel 2. O versículo 18. aqui é uma promessa em resposta a reação do povo em relação à conversão. a razão. com todas suas alarmantes insinuações do Dia do Senhor. Tradução: Márcio Loureiro Redondo. o tema era a invasão de gafanhotos. entre os versículos 17 e 18. p. São Paulo: Editora Cultura Cristã. Antropologia do Antigo Testamento.12-17. o entendimento. começa a delinear essa restauração com suas implicações tanto locais quanto cósmicas. entretanto. marca a transição do juízo para a restauração. p. 8 . 22 WOLFF.Joel e Amós : introdução e comentário.13-14 esse clamor já fora exigido em termos dramáticos. Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento. Este cumprimento da promessa está ligado inevitavelmente ao arrependimento do povo. Hans. Devemos presumir que. a consciência”22 e tudo relacionado a este campo. tanto imediatas quanto futuras. 1996. Willem A. No capítulo 1. ofertada em 2. 70.3 – O Cumprimento da Promessa divina de restauração [Joel 2. 2011. Na cultura hebraica os lutos e arrependimentos eram demonstrados publicamente por meio do rasgar as vestes e no humilhar-se no pó e na cinza. O comentarista Hubbard tece os seguintes comentários: O versículo 18 é o ponto decisivo do livro. Ele cumpre a sua promessa de abundância prometida na porção bíblica anterior. 3.18-27] Quando o povo da aliança arrepende-se diante de Deus. deveria ser uma oração sincera demonstrando genuíno arrependimento. 23 o convite e as ordens dos versículos 12 a 17 foram aceitos e obedecidos. a narrativa de introdução do profeta para o discurso de salvação de Javé a partir do versículo 19. David Allan .”21 A ideia aqui é “de respirar profundamente”.16) todo o povo é chamado a arrepender-se. De 1. com o foco de um profundo sentimento de tristeza. 84-85. E.15) e sua necessidade era dramática conforme lemos que até as crianças de peito deveriam está presentes na convocação solene para esta necessidade (Joel 2. ela “abrange tudo o que atribuímos à cabeça e ao cérebro: a faculdade cognoscitiva. a atitude exigida na profecia de Joel não é externa. São Paulo: Edições Vida Nova.2 a 2. mudar de mente” e “em muitos casos. Tradução: Afonso Teixeira Filho e outros. a compreensão. p.11. a “a mudança” de opinião do Senhor é uma reação graciosa a fatores humanos” e por outras vezes a palavra nos levar a inferir que a “mudança se deva a sentimentos de compaixão por uma pessoa ou povo. A graça. São Paulo: Edições Loyola.13). 23 HUBBARD. 21 VANGEMEREN. No verso 17 vemos que os pastores do povo (os sacerdotes) deveriam orar e lamentar pelo pecado da Igreja do Antigo Testamento e clamar perdão perante Yahweh. E o desejo de Moisés conforme expresso em Números 11. Joel. de certo modo. entretanto. Yahweh mudou o destino deles. O arrependimento demonstrado pelo povo “ensejou a restauração.4 – O Papel do Espírito Santo na Profecia de Joel [Joel 2. Amós. manifestado aqui nesta passagem.1-5 – última porção no Texto Hebraico] Joel desenvolve. p.27) Isso tudo seria o resultado de um arrependimento sincero e contrito perante Deus. Os Profetas Menores I – Oséias. Isso aqui é importante. nos tempos do Antigo Testamento o Espírito divino era dado apenas uma elite bem seleta.74 9 . O grande profeta do Antigo Testamento gostaria que o Espírito Santo fosse partilhado com todo o povo do pacto. que é objeto de nosso estudo neste momento. p. Obadias e Jonas. 25 Ibid. uma teologia pneumatológica significativa que trata do derramamento universal do Espírito Santo sobre o povo do pacto.Série Conhecendo os Profetas Menores Esta passagem supracitada revela-nos que o povo tendo “ouvido o chamado ao arrependimento e se convertido”24. Rio de Janeiro: JUERP. 19) b) A nação não seria alvo dos escárnios das nações vizinhas (Joel 2. 3.19b) c) Os gafanhotos seriam retirados (Joel 2. acima mencionada temos o tema da universalidade da ação do Espírito de Deus.29 encontra-se. isto porque.25 Na pericope. em sua profecia. 2009. naquele tempo apenas a elite religiosa tinha a ação do Espírito de Deus sobre suas vidas. 71. conforme afirmamos acima. Nada do que foi esboçado acima havia acontecido ao povo.20) d) O povo teria conhecimento de Deus ( Joel 2. Isaltino Gomes Coelho.Que conseqüências reais são trazidas pelo arrependimento genuíno do povo nos dias de Joel? a) As lavouras voltariam a produzir (Joel 2. havia uma promessa de que isso ocorreria em breve no momento em que o povo abandonasse seu pecado. um trato novo de Iahweh com o povo” e o conteúdo deste novo pacto consiste no fato de que o “Espírito será derramado sobre toda a carne”.28 a 3. pois. por exemplo: 24 FILHO. 1996.6. que regem o mundo (Gênesis 1. colunas de fumaça. Mas.38).Série Conhecendo os Profetas Menores a) Os Juízes (Juízes 6.1-5) 28 FILHO.1121 (comentário sobre Joel 3. Bem como “sangue e fogo. Joel. conforme vemos em Isaías 13:9-10. 77 10 . 1990.1. A barreira social (escravos e escravas). 10.28 Estes elementos cósmicos formam o corpo da mensagem profética apontando para o juízo sobre os rebeldes ao pacto e as nações inimigas. David Allan . BALANCIN. esta passagem trata especificamente da queda do império Babilônico.8) d) Eventualmente o Espírito vinha sobre outras pessoas como é caso de José onde o Faraó reconheceu nele a ação do Espírito de Deus (Gênesis 41.27 O profeta encerra a sua profecia apresentando a linguagem poética da profecia sobre prodígios nos céus e na terra. p. São Paulo: Paulus. A barreira da idade (velhos e jovens). Amós. Rio de Janeiro: JUERP. Isaltino Gomes Coelho.26 Aqui Joel salienta que Deus dará o seu “espírito a todos. 27 STORNIOLO. 2. Os Profetas Menores I – Oséias. Miquéias 3.14-16). 3. Outra passagem das escrituras que evoca o mesmo vocabulário poético-profético está em Amós. o sol convertido em trevas e a lua em sangue”. “agora cada pessoa do povo de Deus se tornará profeta. e o desejo de Moisés será cumprido”. Obadias e Jonas. 8. 2009. 26 HUBBARD. A barreira de sexo [gênero] (filhas e filhos). no progresso da revelação estes elementos cosmológicos são usados para representar as autoridade e governantes terrenos. Bíblia Sagrada – Edição Pastoral. quebrando as seguintes barreiras: 1. p. Ivo. ou seja. p. A literatura profética do Antigo Testamento está sobeja desses exemplos. 79. Tradução: Márcio Loureiro Redondo.10) c) Os profetas (Isaías 61. sem distinção”. E o último exemplo é o de Ezequiel 32:7-8 quando profetiza contra o Egito. São Paulo: Edições Vida Nova. Devemos considerar que “sol” e “lua” tem seus precedentes nas Escrituras como luzeiros que governam. Euclides Martins.9 quando profetiza a ruína de Samaria (Israel / reino do Norte).Joel e Amós : introdução e comentário.34) b) Os Reis (1º Samuel. e suas vidas foram findas em sangue. as descrições dramáticas dos elementos cósmicos (sol em trevas. 11 . bem como tem um elemento escatológico norteador que diz respeito ao juízo de Deus sobre Israel que rejeitara o messias e não acolheram a redenção de Yahweh.sol em trevas. lua em sangue) faz alusão a intervenção divina para livrar Israel (no tempo de Joel) das nações inimigas. mas de forma poética e profética sim. porque as luzes desses reinos se apagaram. entretanto. lua em sague) não se cumpriram literalmente. A profecia de Joel encontra lugar de predição em cumprimento no dia de Pentecoste no que tange a efusão do Espírito Santo (Atos 2).Série Conhecendo os Profetas Menores Os eventos aqui profetizados (assombrosos . 10. 2011. Joel. Isaltino Gomes Coelho. SICRE. São Paulo: Vida Nova. 2009. Introdução ao Antigo Testamento. Tradução: Márcio Loureiro Redondo. Tradução: Afonso Teixeira Filho e outros. Brasília: Editora Monergismo. 8..Série Conhecendo os Profetas Menores REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. YATES. Joel. L. 7. Willem A. Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento. BALANCIN. 3. Bíblia Sagrada – Edição Pastoral. São Paulo: Paulus. 1964. São Paulo: Edições Vida Nova. David Allan . Antropologia do Antigo Testamento.Introducciones y comentario. CALVINO. São Paulo: Vida Nova. DIAZ. 1996. 1964. Walter C. FILHO. Hans. YOUNG. Tradução: Gordon Chown. VANGEMEREN. Informações: Este material foi elaborado para estudos sistemáticos dos Profetas Menores Ministrados pelo Pr. O plano da promessa de Deus : teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos. Luis Alonso. João Ricardo Ferreira de França na Escola Dominical da 1ª Igreja Presbiteriana de Piripiri – PI. 1990. Os Profetas Menores I – Oséias. 1975. Profetas . Caso o leitor deseje os estudos anteriores ou posteriores relacionados a esta disciplina pode enviar um e-mail ao autor solicitando E-mail: joaoricardoferreiradefranca@hotmail. São Paulo: Edições Loyola. Euclides Martins. J. 6. 9. KAISER. Kyle. 12 . Mendes. A. STORNIOLO. São Paulo: Editora Cultura Cristã. Edward J. Volume II Madrid: Ediciones Cristiandad. 2011. 5. WOLFF. 1980. SCHOKEL.com . Obadias e Jonas. Tradução: Vanderson Moura da Silva. HUBBARD. Rio de Janeiro: JUERP. 4. Joel e Amós : introdução e comentário. JR. Amós. G. Ivo. 2. 2008. Predicando de los Libros Proféticos. João. El Paso: Casa Bautista de Publicaciones.
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