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jacques-ranciere-o-mestre-ignorante.pdf
jacques-ranciere-o-mestre-ignorante.pdf
May 21, 2018 | Author: José Viana | Category:
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lJacques Ranciere O mestre • tgnorante Cinco lições sobre a emancipação intelectual autênti ca br Ranciere.com. Belo Horizonte . O1311-940 . 2. 11° andar. 8° andar . Amedeo Modigliani) EDITORAÇÃO ELETRONICA Waldênia Alvarenga Santos Ataíde REVISÃO Erick Ramalho EDITORA RESPONSÁVEL Rejane Dias Revisado conforme o Acordo Ortográfico da Ungua Portug esa de � 1990. Conjunto Nacional. 1101 . Jacques R185m O mestre ignorante. 2.Belo Horizonte: Autêntica Editora. Paulista. 981. SP Tel. São Paulo . III Série. Valle. tradução de Ulian do Valle. MG Horsa I. 1987 copyright © 2011 Autêntica Editora COORDENADORES DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO: EXPERI�NCIA E SENTIDO Jorge Larrosa Walter Kohan PROJETO GRÁFICO DA CAPA Jairo Alvarenga Fonseca (Sobre O Notário de Nice (1919}. seja por meios mec�nicos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida. I. Belo Horizonte São Paulo Rua Aimorés. eletrõnicos.: (55 31) 3214 5700 César . Filosofia da educação.073.: (55 11) 3034 4468 Televendas: 0800 283 13 22 www. Tftulo. Lílian do. 192 p. 2013. Funcionários Av. ed. seja via cópia xerográfica. 1) ISBN 978-85-7526-045-6 1.autenticaeditora. 30140-071 .01 . reimp. Conj. (Educação: Experiência e Sentido. AUT�NTICA EDITORA LTDA.3.cinco lições sobre a emancipação inte- lectual/ Jacques Ranciere. em vigor no Brasil desde janeiro de 2009. 11. Cerqueira Tel.. sem a autorização prévia da Editora."Le Ma1tre lgnorant" de Jacques Ranciere Word copyright © Librairie Artheme Fayard. Todos os direitos reservados pela Autêntica Editora. CDU 37. O mestre e Sócrates.O . 30 .__ O mestre emancipador...Calipso e o do ignorante. dos iguais. 51 . 39 A lição do ignorante serralheiro. .. 90 -Eu també1JL da veracidade..O acaso e a vontade.. 46 .O princípi<l vontade servida por uma inteligência. a.. 40 ._ Tudo está em tudo.O círculo da potência. 26 . 72 -Um animal 83 ..... 86 -A razão e a língu 100 -A comunida<it sou pintor.. 53 .- SUMÁRIO 9 Prefácio à edição brasileira Jacques Ranciere 17 Uma aventura intelectual A ordem explicadora. 71 A razão dos iguais atento..O poder cego e seu cão. 97 -A lição dos poetas. 104. 67. 64 Os negócios de cada um. 20 . A ilha do livro.. 34... 57 . 77.Uma Cérebros e folhas. A loucura retórica. supostamente Emancipação dos homens e instrução do povo. foram frequentemente sociedade pedagogizada. 190. 142 - aos cidadãos da França . a história de um extravagante pe 141 O emanczpador e suas imitações dagogo francês dos inícios do século XIX? Mas haveria. 109 A sociedade do desprezo PREFÁCIO À EDIÇÃO BRASILEIRA As leis da gravidade. programas e pedagogias.como uma dessas dissonâncias a partir das quais não se pode mais construir qualquer harmonia da instituição pedagógica e que. Joseph Jaco tot foi levado a tomar a palavra no exato momento em que se instala toda uma lógica de pensamento que poderia ser 9 . para que o ato de ensinar jamais perca inteiramente a consciência dos paradoxos que lhe fornecem sentido. é preciso esquecer. 147 - apaixonada por tudo quanto é antiguidade nacional? Os homens do progresso. em certos momentos. de uma voz solitária que. estas.O círculo dos progressistas. em aparência. quinze anos mais cedo. 137. exilado nos Paises Baixos quando da restauração da monarquia. entre tantos. das práticas e das instituições que ainda go vernam nosso presente. Método emancipador e método social. como uma dessas dissonâncias que. 115. início de terceiro milênio a história de Joseph Jacotot . 127-Como desrazoar Qual o sentido de propor ao leitor brasileiro deste razoavelmente.seja. no caso de Joseph J acotot. já. em um momento vital da constitui ção dos ideais. E. no grande museu de curiosidades pedagógicas. mas. Pois trata-se.apesar de tudo. aqui. 119. para poder continuar a edificar escolas. No entanto. Revolucionário na França de 1789. 162. o que está em jogo é bem mais do que apenas um artigo.Sobre a vagâncias. 123 -O rei filósofo e o povo soberano. talvez seja preciso escutar ainda. O túmulo da emancipação.A estranheza da relação pedagógica. qualquer sentido em propô-la. 13 0.Os inferiores superiores.De carneiros e de ho A história da pedagogia decerto conhece suas extra mens. portanto.A paixão da desigualdade. 169 . ergueu-se como uma dissonância inaudita. 1 8 0-Os contos da panecástica. 111. 175 . também. � mais instrutivas do que as proposi ões mais racionais. 185 . 151 .O triunfo do Velho.A palavra no Aventino. por tanto quanto se devem à própria cabeça do povo. 157 . datamente. para submeter-se a ele. de fato a posterga até o infinito. sobre esta capacidade em ato gue todo ensino destinadas a fornecer aos homens do povo conhecimen deve se fundar. rante que não saiba uma infinidade de coisas. ser já tornava-se uma palavra de ordem central: governo da igual a seu mestre. sem a qual elas se ordem go':ernamental modernas. para os melhores. se acreditava chamada já a supõe: aquele que obedece a uma ordem deve.onde o exer a tarefa de reduzir tanto quanto possivel a desigualdade cício da autoridade e a submissão dos sujeitos não têm social. e é sobre mas também desenvolvimento de formas de instrução este saber. nárias à constituição de uma nova ordem de sociedades o mestre era ao mesmo tem o um aradi a filosófico e governos que conciliasse o progresso. Foi sobre esta questão. que Jacotot limite de suas capacidades. isto é. a instrução compreender que deve obedecê-la. ordem votada a reduzir tanto quanto possível a desigualdade. no duplo sentido da pacificamente na ordem das sociedades fundadas sobre palavra: por um termo em uas desordens. pri por excelência a completar esta revolução. A própria desigualdade social radical da Revolução e que. arrematar pedagogizada pretendem reduzir é aquela de que vivem e a era das revoluções era a sociedade da ordem progressiva: que não cessam de reproduzir. Quem pretende conciliar servir para pedagogos mais ou menos rígidos. como resultado a ser atingido. o que deveria. portanto. Esse paradigma pode precipitam de crise em crise. assim. o conhecimento das matérias fez escutar. sem o qual as e o agente prático da entrada do povo na sociedade e na sociedades perdem o elã. ou para ordem e progresso encontra naturalmente seu modelo liberais. mestre. Não há igno sociedade pelos cidadãos instruídos e formação das elites. Fazendo passar os conhecimentos que possui para de que foi a encarnação antecipada e fantasmática. lugar . Ele preveniu: a distância que a Escola e a sociedade Nesta perspectiva. superar a distância que os impedia de se integrarem pelo próprio ato que pretende reduzi-la ou. inversamente. reduzindo a distância entre os ignorantes e o outro objetivo além da progressão destes sujeitos. portanto. sua nota do programa para a maioria. realizando a as luzes da ciência e do bom governo. a seu coisas absolutamente opostas: confirmar uma incapacidade ritmo. A igualdade distância entre os primeiros e os segundos. para seu tempo e para o nosso. a partir da situação de que ignoram. a capacidade de se tornar absolutamente dissonante. Mas estas diferenças não desmerecem em nada em uma instituição que simboliza sua união: a instituição a lógica do conjunto do modelo. compreender a ordem dada e. Na França dos jamais vem após. Ela deve anos 1830. passar o céregro_ dagueles gue os ignoram. uem estabelece a i ual a ordem idêntica à autoridade dos que sabem sobre os dade como objetivo a ser atingido. por sua vez. 10 11 . necessária transformação das instituições e mentalidades . no país que havia feito a experiência mais sempre ser colocada antes. Instruir pode. até o saber. que atribui ao ensino pedagógica.material e simbólic . Deve. portanto. e a ordem. em e uida. CmeçAo "EDUCAÇÃO: ExPERI�NCIA e SENTIDO" Prefácio à edição brasileira assim resumida: acabar a revolução. segundo uma sábia da fase das febres igualitárias e da desordens revoludo ro ressão adaptada ao nível das inteligências limitadas. instituição de uma ordem moderna razoável. por meio da meiramente. significar duas tos necessários e suficientes para que pudessem. De outro. adaptados aos pobres. Este sociologismo �it<?_ �ão fazia infelizmente. ao contrário.é crianças das camadas desfavorecidas. . que asseguram todos. ela propõe reconhecimento. muito interessados nesta duplicidade que obrigar a quem quer que seja a verificar a igualdade própria a toda pedagogia progressista. eles extraíram. trata-se de uma a parte que cabia à grande cultura legítima. comporta. Os amigos da processo que reproduz indefinidamente suas próprias igualdade não têm que instruir o povo. essen um testemunho de igualdade ou de desigualdade. Esta obra. É uma cialmente. Por um lado. Jacotot fez gem. em particular. senão afirmar melhor o guestão politica: saber se o sistema de ensino tem por ressu osto uma desi aldade a ser "reduzida". 12 13 . De um lado. emancipação. qualquer consequência igualitária. para aproximá-lo condições de existência. em uma Es a reprodução dos "herdeiros" e a autoeliminação dos cola bem separada da sociedade. reduzindo de formas particulares de aprendizagem. No alvorecer da marcha do jogo e pela racionalização das formas de aprendiza triunfal do progresso para a instrução do povo. desigualdade escolar a violência simbólica imposta por na universalidade de um saber igualmente distribuído a todas as regras tácitas do jogo cultural. a cana reagiu prontamente. o saber não filhos das classes populares. Entretanto. a desigualdade presente.a palavra do outro. - (OLEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERI�NCIA E SENTIDO" Prefácio à edição brasileira forçar uma capacidade que se ignora ou se denega a se e segundo a própria lógica do progressivismo. É por isto que o discurso de ue_ªquele ue sabe se fa a "acessível" aos desi ais - Jacotot é o mais atual possível. dos filhos de emigrantes. a ideologia dita republi tratégias de "redução das desigualdades". instalava no âmago da essa ideologia. tornando-a questão propriamente filosófica: saber se o ato mesmo mais convivia!. Da sociologia de de inteligências. encar "dominados" na situação de que se tenta retirá-los. Na França. fazendo dessa violência simbólica um instrução são a eternização da desigualdade. portanto. Pierre Bourdieu. no sentido que visava reduzir as desigualdades da Escola. ela enuncia implicitamente a vanidade de ouvir esta declaração estarrecedora: esse progresso e essa qualquer reforma. que ele era o único que poderia libertar a reflexão sobre Eis porque ele deveria rapidamente suscitar uma a Escola do debate interminável entre duas grandes es reação contrária. por si só. porém. têm não estão. sem considerações de origem social. O primeiro ato chama-se embrutecimen a redução da desigualdade pela explicitação das regras to e o segundo. eles têm que emancipar as inteligências. duas reconhecer e a desenvolver todas as consequências desse consequências contraditórias. não podem ser jamais senão ordem do dia as proposições da sociologia progressista métodos de pobres e que começam por mergulhar os que a obra de Pierre Bourdieu. Mas ela retira dessa situação. Para nava. Se acreditei dever fazê-lo confirman�o d�_sta forma. em ouvir ainda na França dos anos 80. Os reformistas governamentais da igualdade. denunciando esses métodos chegada ao poder do Partido Socialista havia inscrito na que. um programa Não se trata de uma questão de método. mais adaptada âs sociabilidades das de receber a palavra do mestre . o poder da igualdade residia.isto é. é porque me pareceu nome da igualdade futura. ou uma i ualdade a ser verificada. como se sabe. em que o ritmo vivo e comum da multiplicação c / das mercadorias e das trocas anulou as velhas divisões fundasse a desigualdade. a uma mesma Não que ele estivesse animado pela perspectiva de uma comunidade. ao menos. outros lhes a "fratura social". em relação à alternativa colocada por mar a visão oligárquica de uma sociedade-escola em que o Jacotot.. Nossas sociedades estão muito longe desta revolução social. e lhe recusaria sempre. através de uma boa pedagogia de pedagogizada. Mesmo que. legiti um mesmo lado. não sou natureza. como uma vasta escola que tem mesmo tempo princípio último de toda ordem social e 14 IS - . ao contrário.. a partir da distância sobre uma visão da sociedade em que a desigualdade é indispensável a qualquer boa progressão da classe.. JA . prisioneira do paradigma pedagógico que vez mais encarregada da tarefa fantasmática de superar a reconstitui indefinidamente a desigualdade que pretende distância entre a igualdade de condições proclamada e a suprimir. apenas devolver a cada um a igualdade que a ordem social lhe recém-chegados que ainda não entraram no ritmo da havia recusado. sobretudo. a igualdade t. Nestas condições. turma. Mas este fantasma repousa. governo não é mais do que a autoridade dos melhores da isto é. de reduzir cotidianos dos menos dotados que somos. um meio Era bem isto que Jacotot tinha em mente: a maneira de instituir algumas mediações entre o alto e o baixo: um pela qual a Escola e a sociedade infinitamente se simbo meio de conceder aos pobres a possibilidade de melhorar lizam uma à outra. requerem. os assimilada à situação das crianças com retardo. assim. a instrução escolar é cada ela própria. Elas se representam como sociedades homo gue OJXÍoma igualitário não tem efeitos sobre a ordem c �� ocial... a antiga alternativa: uns As duas estão. ela não podia se atualizar senão de classes e fez com que todos participassem das mes individualmente. ao contrário. Mas esse pessimismo também tinha seu mé beram se adaptar às acelerações desse ritmo. administrar. por sua própria modernidade. em última instância. para elas. ou atrasados que. na emancipação intelectual que deveria mas fruições e liberdades. � franqueza. às inteligências modestas e aos problemas tico de realizar a igualdade social ou. A instrução era. ele próprio. finalmente. As socie interesses da comunidade. tanto quanto as pedagogias modernistas do desigualdades tidas como residuais. dades do tempo de Jacotot confessavam a desigualdade e a divisão Cle classes. A pedagogia tradicional da transmissão neutra desigualdade existente. ao contrário. mento de pertencer. recuperar. A estes "melhores da turma " que nos governam é oferecida então. Todas as duas tomam a igualdade como objetivo. reproduzindo assim indefinidamente individualmente sua condição e de dar a todos o senti o pressuposto desigualitário. (OLEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERI�NCIA E SENTIDO" Prefácio à edição brasileira A lógica da Escola republicana de promoção da igualdade seus selvagens a civilizar e seus alunos em dificuldade a pela distribuição do universal do saber faz-se sempre. Não mais proletários. elas tomam a desigualdade como ponto de partida. Elas atribuem à Escola o poder fantasmá comunicativa. ao se representa. A sociedade rito: ele marcava a natureza paradoxal da igualdade. cada vez mais instada a reduzir as do saber. presas no círculo da socieda lhes pedem que se adaptem. Sua lição pessimista era. em sua própria denegação. Mas a tarefa última saber adaptado ao estado da sociedade mantêm-se de desse sobreinvestimento pedagógico é. mais uma vez. cada um em seu lugar.o"e �t � gêneas. ensinava Retórica em Dijon e se preparava para o ofício de advogado. Colocando a igualdade fora do alcance dos pedago gos do progresso. dias tranquilos. I também. é mais do que nunca atual. tê-lo resguardado das surpresas: dezenove anos. não é nem formal nem real. ele havia ensinado Análise. Em seguida. onde obtivera da liberalidade do rei dos Países-Baixos o posto de professor em meio período. então. ela ' atual e intem estiva sem re de endendo da iniciativa e indivíduos e ru os ue contra o curso natural das No ano de 1818. Uma longa e movimentada carreira deveria. Com efeito. fora do alcance das mediocridades liberais e dos debates superficiais entre aqueles que a fazem consistir em formas constitucionais e em hábitos da sociedade. como instrutor na Seção das Pólvoras. Mas o acaso decidiu outra coisa. A igualdade é fundamental e ausente. Em 1792. Ideologia e Línguas Antigas. a Convenção o teve. Maio de 2002 havia servido como artilheiro nas tropas da República. às lições do modesto leitor acorreram rapidamente os estudantes. Em março de 1815. assumem o risco de verifci á-la. também. à sua revelia. viveu uma aventura individuais ou coletivas. A volta dos Bour bons o conduzira ao exílio. (OlEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERIENCIA E SENTIDO" CAPITULO PRIMEIRO governamental. ensinava Jacotot. leitor de literatura coisas. no en tanto. Jacques Ranciere comemorados em 1789. A igualdade. Joseph Jacotot conhecia as leis da hospitalidade e contava passar. Ela não consiste nem no ensino uniforme de crianças da república nem na dispo Uma aventura intelectual nibilidade dos produtos de baixo preço nas estantes de supermercados. ele a colocava. Essa lição. De retorno a Dijon. sucessivamente. a estima de seus compatriotas o havia tornado. e excluída de seu funcionamento "nor mal". Secretário do Ministro da Guerra e substituto do Diretor da Escola Politécnica. Matemáticas Puras e Transcendentes e Direito. 16 17 . ela intelectual. deputado. de sua verificação. francesa na Universidade de Louvain. Ele. em Louvain. de inventar as formas. Joseph Jacotot. "Enseignement universel. por uma impotência absoluta. fazendo-os repetir como papagaios. em 1818. p. em pequena escala. de fato. levando-os. desenhar ou fabricar uma língua nova para eles? De toda forma. privados compatível com essa destinação: ensinar. o laço mínimo de uma coisa comum. do simples ao complexo. conceber. publicara vocou em seu espírito. Ensinar era. língua na qual pudesse instrui-los naquilo que pois. virtualmente capazes de compreender o que outros lhe solicitavam. quanto ao resto. livro primeiro. ele quis responder às suas haviam feito e compreendido?"1 expectativas. 1 55. Emancipation intellectueUe". agora. se buscavam. mas. 1838. Mas. transmitir conhecimentos e No entanto. mandou dizer-lhes que repetissem sem onde se perdem os espíritos ainda ihcapazes de distinguir o parar o que haviam aprendido e. caracteriza os espíritos jovens e ignorantes. dessa forma. Quando eles haviam atingido a metade do também. segundo uma progressão tivas. Não existia. preciso mais sua vez. aberto por acaso. 18 19 . o ato essencial do mestre era explicar. entre Tal foi a revolução que essa experiência do acaso pro eles. mesmo. portanto. ignorava totalmente o holandês. para poder? Todos os homens seriam. que essencial do acessório. Apesar disso. era preciso instrumentos e máquinas para as novas vanguardas que verificar até onde esse novo caminho. em um mesmo movimento. pois. CoLEÇÃO "EDUCAÇÃO: ExPERI�NCJA E SENTIDO" Uma aventura intelectual Entre aqueles que se dispuseram a delas beneficiar-se. abandonados a si mesmos. para elevá-los gradativamente à sua própria ciência. Assim progredia o que escrevessem em francês o que pensavam de tudo aluno. preparando-se para dar à sua educação uso Como. na apropriação racional do saber e na formação quanto haviam lido. Joumal de pbilosophie panécastique. arrancar da elite do povo. destacar os solução de improviso. Até ali. amparados pela tradução. de tarefa do mestre é transmitir seus conhecimentos aos Telêmaco entrou na vida de Joseph Jacotot. fazer. naquela época. por fariam muitos franceses! Não seria. descobriu que seus alunos. Por meio de alunos. advogar ou de explicações. era preciso estabelecer. o requeria. Ora. ele indicou a obra aos estudantes e lhes Como eles. do que querer. um intérprete. Joseph Jacotot. se haviam saído tão bem dessa difícil situação quanto o um bom número ignorava o francês. mas também. até onde sua destinação social barbarismos ou. elementos simples dos conhecimentos e harmonizar sua uma experiência filosófica. texto francês. que é preciso evitar esses caminhos do acaso. Para tanto. qual não foi sua surpresa quando 1 Félix e Victor Ratier. e. "Ele estava esperando por terríveis do julgamento e do gosto. no gosto daquelas tão apre simplicidade de princípio com a simplicidade de fato. E Joseph Jacotot. na os havia conduzido e quais os resultados desse empiris mo desesperado. que ciadas no Século das Luzes. Em se contentassem em lê-lo para poder narrá-lo. o conhecimentos. o princípio da consequência. compreender e resolver dificuldades de governar para as elites. Ele solicitara aos estudantes assim preparados ordenada. uma edição bilíngue do acreditam todos os professores conscienciosos: que a gran Telêmaco: estava encontrada a coisa comum e. Era uma suma. sabia que não se tratava de entupir os alunos de solicitou qu aprendessem. ele havia acreditado no que se em Bruxelas. permanecia um homem do século passado. a experiência superou suas expecta formar os espíritos. poderiam todos esses jovens. o mestre toma a palavra Assim raciocinam todos os professores conscien para explicar o livro. em si mesma vertiginosa: teria o aluno compreendido os A ordem explicadora raciocínios que lhe ensinam a compreender os raciocínios? É aí que o mestre supera o pai de família: como poderia Uma súbita iluminação tornou. é preciso que alguém lhe tenha dotados desse gênio particular. novas descobertas para os espíritos E. para explicar o conjunto de raciocínios em que o livro em trinta anos de ofício. então. não poderia este compreendctr. e não de iniciantes. simplesmente. o princípio que avançavam na leitura do livro. Porém. frases francesas: frases cuja ortografia e explicar. e as razões de suas desinências. para que e concede ao sistema seu fundamento é. Eis. pois. por sua vez. frases de uma regressão ao infinito: a reduplicação das razões não de escritores. Mas. essa cega evidência raciocínios do livro? O que falta ao pai de família. nesse caso. O que detém a r gressão e as explicações do mestre? Ou. eles ciocínios do livro? E. eis que. supérfluas tem jamais razão de se deter. o que haveria de mais seguro do que essa evi essa arte singular do explicador: a arte da distância. o que compreendeu. o que de todo o sistema de ensino: a necessidade de explicações. que a palavra do mestre tenha mento desses homens de ciência divergia sensivelmente rompido o mutismo da matéria ensinada. entretanto. Ele é o único juiz dessa questão. da ordem razoada dos pedagogos. para fa natureza diferente? E não seria necessário. certa obscuridade. zer. assim. que para quem teriam. se não o eram. Ao contrário. Assim havia raciocinado e agido Joseph Jacotot. de fato. caso não o fizesse. inicialmente. Mas não se extraía daí Essa lógica não deixa. simplesmente. para que compreenda. ergo propter hoc. haviam buscado as palavras francesas correspondentes compreenderia melhor os raciocínios que lhe explicarão àquelas que conheciam. brutalmente esse último assegurar-se de que seu filho compreendeu os nitida. um livro entre as é preciso haver adquirido. Sem dúvida. aquilo que não compreendeu? Teriam esses últimos uma Sozinhos eles haviam aprendido a combiná-las. Ele não lhes havia filho. fortuitamente. explicada. mas. eis que um grão de areia se constitui. Esse livro é composto de um conjunto sólida e metódica. por exemplo. Ele tal assistên · ? Ao invés de pagar um explicador. uma matéria. sobretudo. Mas. para dar vazão às singularidades do de raciocínios destinados a fazer o aluno compreender gênio. por__Que teria o livro necessidade de vinha. por que. Sozinhos. utilidade? o explicador é o único juiz do ponto em que a explicação está. agora. no espírito de Joseph Jacotot. ainda. se introduzir na engrenagem. os ra explicado a ortografia e as conjugações. de comportar qualquer argumento contra essa ordem. então. - (OtEÇÃO "EDUCAÇÃO: ExPERI�NCIA E SENTIDO" Uma aventura intelectual carreira das ciências. do do mestre é saber reconhecer a distância entre a matéria 20 21 . diretamente. dar o livro a seu bre os primeiros elementos da língua. é No entanto. sempre faltará ao trio que forma com a criança e o livro. ela própria. o pai não havia dado a seus "alunos" nenhuma explicação so de família não poderia. o procedi dado uma explicação. Seriam. Ele faz um conjunto de raciocínios ciosos. a forma de compreendê-los? gramática tornavam-se cada vez mais exatas. Post hoc. assim. à medida em A lógica da explicação comporta. uma formação mãos do aluno. O segre dência? Ninguém nunca sabe. depois que se iniciou onde estão inscritas para sempre em caracteres indeléveis. não cessam de se aperfeiçoar para me Como entender esse privilégio paradoxal da palavra sobre lhor explicar. a parábola de um mundo dividido em 22 23 . a era do progresso. antes de mais E. do ouvido sobre a vista? Que relação existiria. melhor fazer compreender. começa sua instrução. essa criança que aprendeu a falar por sua nada. a ficção estr ut:w:an. se estabeleceu. a explicação é o lhe explicam a língua.. (OtEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERIENCIA E SENTIDO" Uma aventura intelectual ensinada e o sujeito a instruir. entre o poder da palavra e o do mestre? amento correspondente na dita compreensão. a verificação lhe fosse. em certa ordem progressiva. como tal. O explicador é aquele que impõe aprender com o recurso da inteligência que lhe serviu até e abole a distância. essa tenra para que os explicadores possam realizar sua ins �de. são capazes. sem que jamais se possa v�rificar um aperfeiço pois. No rendimento fáceis de serem compreendidas por aqueles que não as desigual das diversas aprendizagens intelectuais. Trata-se de regressão ao infinito. a partir daí. aquelas em cujo sentido ela mais deixará de se amplificar.. entre dita. Eles escutam e ex or. ao contrário.a língua materna. com efeito. que se dissipa no instante. começa a erguer-se um triste rumor. como se a relação autônoma entre a aprendizagem seio de sua palavra. imitam e repetem. a distância. é preciso véu: compreender é o que a criança não pode fazer sem as uma explicação oral para explicar a explicação escrita. que não ue a crian a a rende melhor.ão ex lica= trução.e essa simples palavra recobre tudo com um paradoxal. são as ue a ren e sem mestre ex lica de novo aperfeiçoamento para tornar as explicações mais dor. seu ró rio uso. melhor ensinar a a escrita.ma Fala-se a eles. é ele que constitui o incapaz de falar a língua de seus pais. Tudo se passa. ciona ao seguinte: é reciso inverter a lógica do sist<. por tantos mestres quanto forem melhor no espírito do aluno-quando veiculados pela pa as matérias a compreender. por supõe que os raciocínios são mais claros -imprimem-se um mestre. e. estrangeira. erram e se corrigem. de um contínuo declínio na enetra mais f · ue se para eficácia do sistema explicativo. Na ordem do explicador. uma opacidade. agora. também. É o explicador que tem necessidade do sexo. É. Explicar alguma coisa a alguém é. Antes pelo Mas. propriamente mito da pedagogia. de que as explicações. quase todos -qualquer que seja seu dora d_e mundo. todos os filhos dos homens aprendem melhor é o que A revelação que acometeu Joseph Jacotot se rela nenhum mestre lhes pode explicar . A ex lica ão não é necessária 12a ocorrer retêm. agora. condição social e cor de pele -de compreender e incapaz. então. a carecer. Entre uma Esse status privilegiado da palavra não suprime a e outra.ce Ç. A isso se soma a estranha lavra do mestre. a esse arad o log� . Isso explicações fornecidas. antes de ual u . do que no livro. Mais tarde. e não o contrário. evidentemente. utro: as.jlgJtwras contrário.t da-eon. como se ela não mais pudesse aprender e compreender. Antes de ser o ato do pedagogo. que a desdobra e que a reabsorve no aqui. e fala-se em torno deles. demonstrar-lhe que não pode compreendê-la por própria inteligência e por intermédio de mestres que não si só. acertam · por acaso e recomeçam por método. em idade muito uma inca acidade de com reender. circunstância. o que compreendem . aprender. senão para instituir uma hierarquia compreender. Antes de q_ual uer c_oisa dir-se-á. e lhe luto -somente agora tem início o ato de aprender. capazes e incapazes. e verificarei que ele c_Qrh reendeu. e ex lica ões cada vez melhores. palavra. Mais ele é esclarecido. ele cobre todas as coisas a serem aprendidas buscar com método. nem o ser maléfico que pratica a ele. para isso. ele vai aprender. adaptando-os às capacidades intelectuais aperfeiçoamento na maneira de fazer compreender . a menos que dupla verdade. Tal é a preocupação do ele não escutará as palavras. lhe expliquem. eis tudo: ela aplicará sua inteligência em outra coisa. É a inteligência da criancinha e do o mundo da inteligência. é essa pequena que ele divide a inteligência em duas. Infelizmente. nem o livro. no estreito círculo dos hábitos em si. essa do aluno. imagens feitas. Até ele. para cimentos indigestos. - (OlfÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERI�NCIA E SENTIDO" Uma aventuro intelectual espíritos sábios e espíritos ignorantes. nem seus pais -somente a lhe mais ri or e� rincí io mais atrativas em palavra do mestre. e verificar se o aluno entendeu o que acabou de grande preocupação dos metodistas e dos progressistas aprender. Tal será. Mais ele é culto. de ler. se não escuta as sílabas. compreender que nada compreenderá. se não escuta as letras que ninguém poderia não compreende? Encontrarei maf!. deve-se dizer. ue a ele se forneçam escutava palavras e as repetia. procede por método. afastemos as la.se torna um progresso no embrutecimento. destrói sua confiança e repete empiricamente. mais ele se aplicará em substituir pelo desse véu de ignorância que ele próprio se encarrega de espírito a letra. exatamente essa palavra de ordem dos esclareci uma inteligência inferior e uma inteligência superior. É ela que permite ao mestre transmitir seus se pronuncia essa palavra de ordem da dualidade. agora. para assegurar seu poder e a ordem social. ara isso. O mito pedagógico. A criança daí.a causadora de todo o mal. Nobre preocupação. expulsa-a de sua via própria. A partir do momento em que parte ao todo. ao quebrar em dois e das necessidades.e. todo conhecimentos. Mas. 24 25 . Trata-se. ele decreta o começo abso ignorância dos ignorantes. contudo. dizíamos. da III o senso-comum e a ciência. e pedagogo esclarecido: a criança está compreendendo? Ela as sílabas. A segunda conhece as coisas por suas animal que tateia e o pequeno cavalheiro instruído. esclarecido e e imaturos. Agora. que balbucia sob a ameaça das pancadas obedece à féru Entendâmo-lo bem . divide sua forma. do simples ao complexo. Há. a partir . O embrutecedor não é o velho mestre Aquele. mais precisamente. para Jacotot. o pequeno homem tateou às cegas. ao instaurar a ruptura entre o homem do povo. por parece óbvia a diferença que há entre tatear às escuras e outro lado. inteligentes e bobos. interpreta interrompe o movimento da razão. num do livro. é reciso que esforço de adivinhação.eiras novas de explicar fazê-lo escutar. que foi explicado investirá sua inteligên obtuso que entope a cabeça de seus alunos de conhe cia em um trabalho do luto: compreender significa. o mundo em dois. Não é mais à férula que ele se submete. O de boa-fé que ele é mais eficaz. é exatamente por ser culto. espíritos maduros Ao contrário. Ele o aluno com reenda e. mais se procedimento próprio do explicador consiste nesse duplo mostra evidente a ele a distância que vai de seu saber à gesto inaugural: por um lado. Tal é o princípio da explicação. A dos-compreender. É ela que primeira registra as percepções ao acaso. retém. segundo ele. o princípio do embrutecimento. entre razões. pela clareza das explicações a autoridade retirar. E como correria. e a recolocará no bom caminho. Ela. Ele notará quando a criança já não estiver de de aprender o francês. E era cujas palavras e frases tenham o poder de dizer a razão bem disso que se tratava: _pfato era_gue alguns estudantes das palavras e frases de um texto. E ficou evidente que dos. amos. mas não sua razão. que é o princípio do embrutecimento pedagógico. Sem perceber. perdem seus alunos. o muito atrás da página escrita. a do tradutor. Ela que une a inteligência impressa nas palavras escritas àquela possui os meios. como o las se compreendeu. que provava o movimento ao o equivalente de um texto. Assim. no entanto. ele permanece tão tranquilo quanto o outro: se a obstáculos que precisam superar sozinhos. nenhum fundo duplo qu necessite realista e religioso Maine de Biran. os aperfeiçoará: ela será do aprendiz. Ele os havia solução do problema é muito difícil de buscar. que havia q('erido fornecer o equi valente em holandês. por sua vez. Tudo se deu. também. essa inteligência mediadora do mestre poderá. ela fora sua inteligência. Nada há 26 27 . nada explicado quanto aos radicais e as flexões do Telêmaco. a do explicador. portanto. a rigor. Ele nem mesmo havia procedido à compreender as frases de Fénelon e para dizer o que de- maneira desses pedagogos reformadores que. que É assim que corre o mundo dos explicadores explica queriam aprender a língua francesa. distância imaginária.e Joseph Jacotot pensava que todo raciocínio deve descobria: todas as frases e. e a inteligência dos aprendizes. Ele nada lhes havia transmitido de sua lêmaco. entre a inteligência de Fénelon. todas as partir dos fatos e ceder diante deles. Ao Compreender não é mais do que traduzir. que havia querido fazer um certo uso da língua O acaso e a vontade francesa. isto é. - (OLEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERI�NCIA E SENTIDO" Uma aventura intelectual mas à hierarquia do mundo das inteligências. ele havia suprimido essa um homem do progresso. Bastam. A de uma reexplicação. as frases de Fénelon para da língua francesa. ele tinha os fatos do do trabalho de uma inteligência outra. eles não tinham à sua disposição senão as palavras ciência. forne_çer 1 1 1 contrário: como Descartes. se o acaso não o houvesse colocado em presença de um ele os havia feito descobrir o que ele próprio com eles fato. Mais tarde. converter-se em um explicador. que se tratava de um materialista. Ele somente lhes havia dado a entendendo. ele terá deixado sós com o texto de Fénelon. por conseguinte. nenhuma língua da língua como mais seguros do que qualquer coisa material. ao mesmo tempo. por meio ordem de atravessar uma floresta cuja saída ignorava. não conclu inteligências que as produzem são de mesma natureza. O mestre é vigilante mesmo interlinear. ada há III andar. espírito que age e que toma consciência de sua atividade nenhuma língua do mestre. para o professor Jacotot. Porém. a criança adquire uma nova necessidade o havia constrangido a deixar inteiramente de inteligência-a das explicações do mestre. E. E disso os estudantes se ensinaram a fala a escre er em franc' o socorro flamengos haviam fornecido a prova: para falar do Te de suas explicações. para melhor maneiras de exprimir o mesmo ato de tradução. Quanto ao guiá-los e balizam astuciosamente todo um percurso com resto. como era uso nas escolas -e a vonta- e paciente. nenhuma outra inteligência era necessária. uma tradução-nem a inteligência de arregalar os olhos. com isso. mas também como seu contemporâneo. Aprender e compreender são duas preceptor do Emílio. e não a quem vos examina: sob o língua. antecipadamente. explora um mundo que ainda não é capaz de ver. em 1792 . O voto fazem as crianças. sem mestre explicador. mas na condição de homens. precisamente. essa descoberta deveria ser responsável pensavam desse livro. Seu pai havia sido açougueiro. do acaso. Fénelon havia transposto. o latim de Virgílio e a a alguém que vos fala. se chocando com as comissões improvisadas haviam selecionado. lhe ensinarão a dis ao aprender Fénelon. coisas. para relatar com frases de seu livro o que possível. Em 1793. Eles Na Escola Politécnica. com base no 28 29 . o carpinteiro que havia enviado nheciam. - CoLEÇÃO "EDUCAÇÃO: ExPERJ�NCJA E SENTIDO" Uma aventura intelectual aquém dos textos.não na qualidade de alunos. seu neto ao colégio. Não é a aptidão de mudar de coluna que conta. Na casa desse mesmo Fourcroy em dois o mundo da inteligência? Os metodistas opõem ele havia conhecido Vauquelin. Ora. aprendidas e o estudante flamengo "perdido" em seu Te mas a capacidade de dizer o que se pensa nas palavras /êmaco não se guiam pelo acaso. ele próprio. isto é. se dão. por uma reviravolta nos princípios do professor Jacotot. o que s1e dá uma vez é sempre por sua vez. homem. a vontade de dividir as descobertas de Fourcroy. um humana lhes foi dirigida. de cem outros textos. antes de cuidar associando o que buscavam aprender àquilo que já co das contas de seu avô. como li quando escutou ecoar o apelo às armas. filho de camponês que se o método mau. do conto signo da igualdade. na dos valores intelectuais? Não seria esse método maldito. Ele havia aplicado a essa dupla O fato estava lá: eles haviam aprendido sozinhos e tradução a mesma inteligência que eles empregavam. um ser de palavra. Ele próprio era professor de retórica. E a questão. Se eles haviam compreendido a língua mas que essas coisas. Todo o seu esforço. o grego de Homero. a não ser a vontade de se expressar. na verdade. se de seus companheiros o havia feito capitão de artilharia e impunha: não seria necessário inverter a ordem admitida ele se distinguira como um notável artilheiro. culta ou primitiva. em francês de sábios. Mas eles dera uma formação em química às escondidas de seu patrão. a qual querem reconhecer e à ato de tradutor: para traduzir uma lição de política em um qual querem responder. repetindo e verificando. De resto. Se eles haviam aprendido isso com Fénelon. esse latinista havia se tornado instrutor da adivinhação. fazendo e refletindo sobre o que haviam feito. infantil à história erudita. aquilo que querem provar. Eles haviam procedido como não se deve proceder. de traduzir. por adivinhação. não era simplesmente pela ginástica cernir. o verdadeiro movimento da inteligência de química para a formação acelerada dos operários que se humana que toma posse de seu próprio poder? E sua riam enviados para aplicar em todos os cantos do território proscrição não marcaria. Mas o filhote de homem é. Seção das Pólvoras. toda de outrem. A criança que repete as palavras direita. como se responde do seu século. ou relato legendário. antes de qualquer outra que compara uma página à esquerda com uma página à coisa. a sua exploração é tencionada pelo seguinte: uma palavra é porque o ato de Fénelon escritor era. Mas a inteligência que os fizera aprender o francês em Mas o homem Jacotot estava mais preparado para reco Te/êmaco era a mesma que os havia feito aprender a língua nhecer a variedade daquilo que se pode esperar de um materna: observando e retendo. ao caminho da razão. ele tinha visto chegar jovens que supõem um pequeno animal que. assim. e definir exatamente o embrutecimento explicador. ele nada lhes havia comunicado de funções administrativas para construir uma competência sua ciência. não é suficiente e forte pa.colocá-la e mantê-la em seu caminho. � ym rn�stJ. e sem outra inteligência. quando se queria. O homem . quando retirava sua inteligência a gramática hebraica. Há embrutecimento quando uma inteligência é subordinada a um método da vontade. Assim que essa língua tinha futuro. que t ivera por conse necessidades da Nação. há duas vontades e duas inteligências. Em suma. Esse dispositivo permitia e do revolucionário. uma com mestre explicador vai religar. Assim como havia acrescentado o hebraico às ordem que mergulhara os alunos no círculo de onde eles línguas antigas que ensinava e composto um Ensaio sobre podiam sair sozinhos.inteligência do livro que ou dessa outra exigência que rege a via singular dos sábios e era. a do sábio e a do mestre. liberadas uma da a vontade dos indivíduos e o perigo da Pátria poderiam fazer outra. mas com o maior rigor. Não era. quência uma relação inteiramente livre da inteligência da urgência que rege a exploração do mundo pela criança. Disso mar-se-á embrutecimento à sua coincidência. Enfim. t ar �) tío .e cria . Antes. comandado pelas relação de dominação do mestre. não lhes explicava.e. Ele próprio havia. aproveitado suas algo. No ato de ensinar e Essas contingências haviam tomado. a coisa comum. sim. ele sabia que Assim se haviam igualmente separado. o método do acaso praticado com su destrinchar as categorias misturadas do ato pedagógico II I cesso pelos estudantes flamengos revelava seu segundo segredo. a contragosto. Logo. Eles haviam aprendido sem ticos. em seu princípio. Na situação 30 31 . não mais para os E ele os havia visto tornarem-se muito bons matemá alunos. Ela se torna embrutecedora quando liga uma inteligência a uma outra inteligência. também. mas não sem mestre. ele havia construido se haviam dissociado as duas funções que a prática do para si. aluno se estabelecera uma relação de vontade a vontade: Ele pensava que este estado de exceção. Podia-se aprender sozinho. o laço intelectual igualitá dos inventores.ra. Entre o mestre e o gência obrigava a queimar as etapas da progressão explicativa. exerceria na Universidade os alunos aprendiam. Cha cia. Esse método da igualdade era. agora. na circunstân de aprender. aparentemente. COLEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERIENCIA E SENTIDO" Uma aventura intelectual duplo critério de vivacidade de espírito e de patriotismo. antes de mais nada.só Deus sabe a razão . Jacotot havia lhes ensinado deles. mas para o Mestre. do que por aquela que praticavam diante sabiam e.quan ade �vS ' mestre explicador. a forma de recomendação feita por Jacotot. Por meio da experiência da criança. Mas a sujeição é puramente de vontade a O mestre emanczpador vontade. Ele havia sido mestre por força da de Dijon.. para deixar as deles entregues àquela do livro. petência de representante do povo.ode er_necessidaag. No entanto. menos pela matemática que Monge ou Lagrange mestre expl icador. portanto. do sábio rio entre o mestre e o aluno... Ele pensava. pela tensão de seu próprio desejo ou pelas contingências da situação. do aluno com aquela do livro . a ciência do Mestre que de matemático que. mais tarde.a. as duas faculdades que estão em jogo no ato de nascer capacidades inéditas em circunstâncias em que a ur aprender: a inteligência e a vontade. advinha uma consequência capita l .. em nada diferia. Mas a Universidade de Louvain já se inquietava mais se estabelecia entre métodos. combinadas: por um mestre emancipador ou por um o ato de uma inteligência que não obedece senão a ela mestre embrutecedor. 1 82 2 . ainda. de toda a explicação sobre sua ciência. ao menos. inteiramente distintas. E a render e o piano. Essa experiência pedagógica abria. o do aluno. A comparação não faculdade. Ele se pôs. de propósito. (OlEÇÃO "EDUCAÇÃO: ExPERI�NCIA E SENTIDO" Uma aventuro intelectual experimental criada por Jacotot. de ensinar outra coisa além de seu próprio saber: ensinar na verdade. tura com a lógica de todas as pedagogias. assim. uma rup A última proposição era a mais dura de suportar. mas entre dois usos demais em relação a esse leitor extravagante por quem os da inteligência e entre duas concepções da ordem in alunos desertavam dos cursos magistrais. nada o impedia Jacotot com a lentidão dos métodos tradicionais. tradicionais ignorante? A própria experiência de Jacotot era ambígua. assim. poder-se-ia. Havia. que mais ou men mente o francês é em si m�o. não dois. a variar métodos supõe um acordo mínimo."2 De modo que a autoridade das pólvoras ou na instalação da Escola Politécnica: a via da liberdade respondendo à urgência do perigo. ele se ocupava humano. Bruxelas. muito mais fundamental. mas. Chamar-se-á emancipação reproduzido segundo quatro determinações diversamente à diferença conhecida e mantida entre as duas relações. ou modernos. 32 33 . a ensinar duas do mestre ao aluno. Jacolot mr /es príncipes de /'enseignemenl tmiversel. O ato de aprender podia ser livro. Ora. assim. seria preciso reconhecer 2 Sommaire des leçons p11bliq11es de M. a pintura do. o aluno estava ligado embrutecimento e a emancipação. a uma vontade. à época. Desse ponto de vista. a de Jacotot. e a uma inteligência. no que se refere aos as experiências. Joseph Jacotot dedicou-se. o que o acaso ha fins do ato pedagógico: transmitir os conhecimentos via uma vez produzido. pode comparar. Mas. telectual. Mas. ainda. A prática dos Passa. a ideia de que um sábio deve se dispensar pedagogos se apoia na oposição da ciência e da ignorância. 1 1 . O confronto dos o que ignorava. nada havia aí a comparar. mas cujo rendimento se no que se refere à sua condição de professor de francês. numa Mas já que ela havia. à confiança na capacidade intelectual de cada ser habilitassem para tal ensino. ainda que a vontade obedeça a uma outra vontade. a da liberdade. a repetir. mestre ignorante. puramente. Os estudantes de Direito queriam. para espremer-se. S. Van de Weyer. então. Por detrás da relação pedagógica estabelecida entre a ignorância e a ciência. Ela à noite. na fabricação duas velas e ouvi-lo dizer: "É preciso que eu lhes ensine que nada tenho a ensinar-lhes. lhe fosse atribuída uma cátedra que estava livre em sua uma coisa de 12ouca consequência. Jacotot nada havia transmiti matérias em que sua incompetência era patente. via que Jacotot havia experimentado nos exércitos no ano I I. a relação filosófica. entre o p ublicado por J. comparar a rapidez dos alunos de saber do mestre que ensinava ao alh no. A via rá ida não era a melhor eda o ia. a do mas quatro termos em jogo. O método era. por um mestre sábio ou por um mesma. Mas como admitir Eles se distinguem pelos meios escolhidos para tornar que um ignorante possa ser causa de ciência para um outro sábio o ignorante: métodos duros ou suaves. p. em uma sala muito pequena e apenas iluminada por era uma outra via. consultada respondeu não reconhecer nele títulos que o também. mostrado que não era o primeira aproximação. passivos ou ativos. ainda. 6'· ed. que se force o aluno a usar sua dido alguma coisa por si mesmo e sem mestre explicador. 1 829. todos os grandes homens. não se l'émancipation intellectuelle. isso é. eis o que é espírito humano. p. Em suma. em todas as circunstâncias em que o indivíduo tem necessidade de se apropriar de um A experiência pareceu suficiente a J acotot para es conhecimento que não tem como fazer que lhe seja expli clarecê-lo: pode-se ensinar o que se ignora. acredita capaz de aprender por si mesmo-menos. imita-o. o "método" que ele propõe é o mais velho de todos e não para de ser O círculo da potência ratificado. simplesmente de o Velho) . conhece-te a ti se dissimula na evidente diferença entre a ignorância e a mesmo. 2'· ed. 4 Enseignemmt tmiversel. "aprende o fato."3 Bastaria dizer à inteligência de forças é bem particular. 1 2 1 .] nem eu nem quem ao explicador do velho método (que denominaremos. p. nós mesmos. . métodos explicadores. Mas não pode aparecer senão poder. 1 836. A mesma inteligência está em ação em todos os como uma tautologia.'>4 Repete metodica ciência. ele é a própria marcha do mundo social. de fazer em francês um curso de direito. mestre sábio aceitar que é capaz de ensinar tão bem aquilo que ignora quanto o que sabe? Ele só poderá tomar essa argumentação da potência intelectual como uma desvalo 3 Ensegnemmt i universel. O círculo da potência. todos os dias. da inteligência subscrevem. e o em sua vida. quer que seja havia pensado em empregar esse método a partir daqui. ser começado. p. pois. por sua vez. mas ele continuava a ignorar o holandês." Mas. LAngue matemel/e. 448 e ]oumal de rização de sua ciência. . própria inteligência. COU:ÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERIENCIA E SENTIDO" Uma aventura intelectual precisamente de experimentar a distância entre o título e o de instruir um outro ignorante. conscientes do verdadeiro poder do de fato. no entanto. isso é. Pois. Para emancipar um de fato. por si só. sair se não se tornar útil a si mesma. I I I . Os excluídos do mundo ato. t. só vigora em mente o método do acaso que te deu a medida de teu virtude de sua publicidade. continua a fazer sempre dado. O círculo da impotência está que dormita em cada um: Age quod agis. refletindo bem. Mas a relação para instruir os outros. que o que fazes. Paris. Mestre é a uele ue encerra uma Chamemos a essa maneira de aprender "Ensino Univer inteli ência em um círculo arbitrário do ual não oderá sal" e poderemos afirmar: "o En�ino Universal existe.. como eu. Ao invés. eles próprios. ou um absurdo. é preciso e suficiente que sejamos. quanto a ele. E o ignorante. desde que se cado. formou. Como poderá o atos do espírito humano. jamais ocorreu a alguém dizer obriga a atualizar sua capacidade: círculo da potência ho ao outro: aprendi muitas coisas sem explicações e creio mólogo a esse círculo da impotência que ligava o aluno que.. 2 1 9. o círculo da emancipação deve zeram muito bem. é a marcha da natureza. 34 35 . O ignorante aprenderá sozinho o que estranho: "Todo homem faz essa experiência mil vezes o mestre ignora. emancipados. Esse ensino. Paris. Aí está o paradoxo. desde o começo do mundo ao lado de todos os ignorante. Eles o fi sua exclusão. L:mgue étrangere. Não há homem sobre a Terra que não tenha apren emancipe o aluno. o veredicto de ele ensinou os estudantes a pleitear em holandês. também o podeis [. e. se o mestre acredita que ele o pode. muitos recrutas que se engajam sob sua bandeira. ordem das coisas. seu problema não era a instrução do povo: instruem-se os Quem gostaria de começar? Havia. Assim.à maneira progressiva. por seu intermédio. talvez. o povo que se a instrução do povo: homens da ordem queriam levar o quer governar. homens de indústria dimensão de sua capacidade intelectual e decidir quanto sonhavam. Ele saberá que pode aprender porque a divididos em destacamentos. a e a liberdade a acompanham. A perspectiva agradava aos necessário. Jacotot não via que liberdade podia resultar. cheirava a que é: o verdadeiro método pelo qual cada um aprende e rédeas. homens divino e somente segundo a hierarquia das capacidades. todos praticam esse método. ninguém quer enfrentar a píncaros até as mais modestas inteligências. O círculo social. essa a condição de uma verdadeira liberdade. à época. dirigidos pelos mais avan mesma inteligência está em ação em todas as produções çados entre eles. o salto mais difícil. que um homem sempre pode compreender a nitores. que revelaria a ele seu poder intelectual. Desse modo. durará tanto quanto a ordem das coisas. o Velho. dizia ele. mas ninguém amigos do progresso: é assim que a ciência se difunde. procurava-se ser concedida. quiser. pela instrução. de grande reputação: o Ensino Mútuo. e estavam os homens do povo têm pouco tempo e. dos está pronto a reconhecê-lo. homens de progresso desejavam. udesse conceb eclir a atenuar o abismo entre as classes. sem direito povo a se colocar acima de seus apetites brutais. prontos a brigar entre si para fixar aquela que lhe deveria dinheiro para investir nessa aquisição. proíbe que ele seja reconhecido pelo Essa espécie de progresso. Mais exatamente. E quem emanei a não tem ue se reocu-ªf com aquilo 1 1 ( * então. ao contrário. p (OLEÇÃO "EDUCAÇÃO: EXPERI�NCIA E SENTIDO" Uma aventura intelectual Este é. isto é. no entanto. que estava em jogo uma nova forma de alizar o aprimoramento das populações laboriosas. Todas estas boas intenções encontravam um obstáculo: reconheciam dever ao povo essa instrução. Em seguida. o método da impotência. Um carrossel aperfeiçoado. um mestre aberta de seu poder. conceder às melhores a u o. o mandamento e a lição do mestre palavra de um outro homem. O impressor deJacotot tinha irradiavam-se por intermédio desses monitores sobre toda um filho que era débil mental. um método desfrutava. O de revolução queriam conduzi-lo à consciência de seus problema era a emancipação: �e todo homem do ovo direitos. Quem ensina sem emancipar embrutece. Os amigos da instrução asseguravam que era inteligências populares os meios de uma promoção social. um meio econômico de difundir o mínimo de instrução para o povo. para Jacotot. Quando a população a ser instruída. A felicidade revolução intelectual que ele implica. Ele sonhava pelo qual cada um descobre a medida de sua capacidade. a título de ensino mútuo: que cada igno É preciso ousar reconhecê-lo e prosseguir a verificação rante pudesse se fazer. Ele permitia ue o eman e a render. os progressistas e os industriais. re tia. Ele aprenderá o que reunir em um vasto local um grande número de alunos. os subalternos tipos de homens de boa vontade que se preocupavam com que devem poder compreender as ordens. nada. com outra coisa. Sem o que. que eram promovidos à função de mo humanas. menos ainda. Entre embrutecimento. conforme o caso. para outro ignorante. Todos se preocupavam 36 37 . dos deveres de seus instrutores. Ele pressen julgada necessária e suficiente para. a não ser para saber o que as inteligências mais bem dotadas e mais instruidas ainda ignoravam. fortificação. E tudo isso porque um homem de espírito. em Bruxelas e em Haia. onde o príncipe filósofo Frederick tomou-se carruagem em Paris e Lion. química etc. Jacotot decidiu consagrar-se a isso. Durante alguns anos. E indicou o meio Ilha de Calipso. etc. "1 829. todos São Petersburgo e a Nova Orleans. .Estou confuso: então. (0\EÇÃO "EDUCAÇÃO: ExPERI�NCIA E SENTIDO" por não poder fazer nada a respeito. e a isso relacionar todo o resto. juntamente com Telêmaco. outro. um homens têm igual inteligência. curtumeiro de quem ele fez um latinista. mas da graça a ser anunciada aos pobres: eles podiam tudo o A lição do ignorante que pode um homem. da Inglaterra e da d'Orange encarregou o fundador do Ensino Universal de instruir os futuros instrutores militares: " Imaginai recru Prússia se veio escutar a boa nova. Jacotot lhe ensinou CAPITULO SEGUNDO o hebraico. dois meses Rio de Janeiro. todos vós sabíeis quimica? . p. foi levada a tas sentados nos bancos escolares e sussurrando. mas nós lhe explicávamos e eu vos asseguro que ele aproveitou lindamente a escola normal. escrever e contar [.. na Escola Nor Houve comoção em Louvain. por não saber o holandês. Eis o Ensino Universal. esse. muito claras: não se tratava aí de um método para instruir o povo. pois. . na sem recorrer a qualquer explicador. em casa de Monsieur Deschuyfeleere. Paris. e a criança tornou-se um excelente litógrafo. 50-5 1 . A língua. segundo o pn·ncípio de que todos os em Louvain. a polêmica instalou-se depois. A novidade chegou até o ao mesmo tempo: Calipso. o inglês. é evidente. depois. etc. portanto. um. As coisas estavam. aquele. Mathématiques. renomado e um pai de família virtuoso havia enlouque . Bastava anunciar. se emancipado. e não se tratava do hebraico. de fazer a educação de seus filhos Desembarquemos. jamais lhe serviu para nada . É o discípulo que faz o mestre. 38 39 . 2� ed. mas nós aprendíamos e lhe ensinávamos..] Durante essa e a República do saber tremeu em suas bases.Mas o Fundador sabe tudo isso? cido. mal Militar de Louvain. Calipso não etc. Ele proclamou que se pode ensinar o que se ignora e que um pai de família pobre e ignorante é capaz. educação primária.Não. Penetremos com um desses visitantes no de se realizar esse Ensino Universal: aprender qualquer coisa antro do louco: na instituição de Mademoiselle Marcellis. nós aprendíamos. um sábio o alemão."5 5 Enseignement universel. eles sabiam ler.. que..Nem um pouco.
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