Introdução à Neuroeconomia

March 23, 2018 | Author: Décio Marcondes Neto | Category: Cerebrum, Human Brain, Economics, Electroencephalography, Homo Sapiens


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Tema A neuroeconomia é um campo interdisciplinar que procura explicar a tomada de decisão humana, a capacidade de processar múltiplas alternativas e escolherum curso ideal de ação. Ela estuda como o comportamento econômico pode moldar a nossa compreensão do cérebro, e como as descobertas da neurociência podem restringir e orientar os modelos de economia. . foram-se aumentadas as áreas de estudo. Economistas temeram que “complexos instáveis e irracionais” não pudessem se medidos diretamente. Mas o comportamento humano depende de pensamentos e sentimentos. mas não abandonando. Para conseguir traçar melhores políticas econômicas e estratégias corporativas que melhor atendem aos objetivos traçados. o cérebro humano. portanto não pode.Justificativa Em certo sentido. a evidencia cerebral tem o potencial de sugerir melhores teorias. Se mecanismos cerebrais não produzem sempre escolhas e julgamentos racionais. então acredito que um bom ponto de partida para preencher as lacunas nas teorias econômicas é estudar a origem de todas as escolhas. pois a teoria econômica tradicional mostra como se o comportamento humano fosse sempre racional. um processo de ponderação entre os custos e benefícios das ações. sempre maximizando a utilidade. o mercado e entrando dentro da consciência humana e das funcionalidades do cérebro através de outras vertentes do saber. Assim economistas tentam completar o que falta nas atuais teorias econômicas. toda atividade econômica envolve o cérebro humano. ser medido objetivamente. como a biologia e a psicologia. mas com os novos avanços na neurociência agora é possível. saindo. assim. Uma vez estudado o comportamento humano podemos dividir suas ações entre racionais e irracionais. e é onde pretendo me aprofundar. portanto. Mostrarei também que por existir a possibilidade de traçar mesmo o comportamento irracional é possível direcionar a economia à um plano que irá neutralizar tais ações. Existem possibilidades de se prever o comportamento humano e que. Ação racional é o pensamento mais frio e calculado que busca a obtenção de maior bem estar individual ou coletivo. a ação irracional é aquela tomada sem bases concretas ou recentes que irá prejudicar o plano econômico por ser uma atitude fora do esperado.Objetivo O objetivo dessa monografia é analisar o comportamento humano em uma economia. devem ser usados em novas teorias econômicas muito mais precisas que também abrangem o comportamento de um grupo de pessoas. . . Hipóteses: Com a 1) conscientização da importância do estudo do cérebro humano a neuroeconomia começará a ser vastamente utilizada para criação de melhores teorias econômicas 2) que comportem a irracionalidade humana em seus estudos através de reconhecimentos do comportamento do cérebro humano e 3) assim implementar esses comportamentos na teorias econômicas para um melhor planejamento. 2) deixando de ser possível a previsão do comportamento irracional que acarreta na distorção dos objetivos de um determinado plano econômico 3) e impedindo fieis planos econômicos.Problema de pesquisa Problema: Embora a neuroeconomia esteja com grandes avanço nos últimos tempo 1) ela ainda não é vastamente utilizada e/ou implementada nas teorias econômicas. Com os dados coletados. ver qual melhor comportamento predominava naquele tempo. o comportamento da economia e aqueles que a englobam. irei procurar desenvolver as diferentes técnicas de mapeamento do cérebro procurando padrões que afetem a determinadas classes sociais e as relações entre elas como as de empregador.Metodologia Para a elaboração desse trabalho. também estou conseguindo organizar fontes primárias de economistas especializados no ramo da neuroeconomia que poderão fornecer detalhes mais específicos. Embora tenha se mostrado particularmente difícil. como relatórios comportamentais e testes em campo. filosofia e medicina. procurarei neurologistas para detalhes do funcionamento químico do cérebro a determinados cenários e filósofos para a compreensão do consciente e inconsciente humano. . seus vícios. para assim encontrar um padrão de comportamento em diferentes cenários. Procurarei explorar a consciência humana e tentar assimilar o inconsciente. assim. tendo à disposição. parcialmente. Os principais instrumentos que irei usar são de fontes secundárias. Além dos neuroeconomistas. entre outros. aplicar a mudança comportamento e observar se estás mudanças levariam para o cenário que encontramos atualmente e provarei que a neuroeconomia pode ser usada para melhores previsões econômicas. suas irracionalidades. Definidos os padrões poderei assemelhar a economia de anos atrás. irei traçar os comportamentos mais frequentes. mas com melhor precisão. livros sobre neuroeconomia. dados mais completos em um ambiente melhor definido. a fim de mostrar que é possível prever. trabalhador e consumidor. Cenário Antigo e Atual 6. Conclusão . Introdução 2. Traços Comportamentais 5. Inconsciente e o Comportamento 4. Consciente.Sumário Provisório 1. Métodos de Mapeamento do Cérebro 3. filosofia. cenários econômicos e culturais. Traçados os padrões. irei traçar padrões para diferentes individuas. explicar o inconsciente e listar possíveis comportamentos a dados cenários. o comportamento e suas alterações e seus testes em campo. entender a consciência humana. onde irei procurar detalhes mais específicos quanto. . aplicarei nos modelos econômicos antigos e observar devidos a diversos efeitos se a economia encaminharia para a situação atual. teorias econômicas. Uma vez imbuído de conhecimento cientifico irei partir para as fontes primarias. para aprender as formas de mapeamento do cérebro. principalmente.Cronograma de Atividades Primeiramente irei me fornecer vasto conhecimento sobre todos os diferentes assuntos do cérebro. a partir dos livros que utilizarei na produção desse trabalho. Conseguido os dados de campos de uma amostra. Editora Circulo de Leitores. 1ª Ed. O Livro da Consciência. 2008 GLIMCHER. Lisboa. 43 Issue 1. Drazen. FEHR. Vol. Mar2005. Simon and Schuster Press. and the Brain. Colin. 2009 DAMÁSIO. UK. 56p FERREIRA.Bibliografia: CAMERER.”SEGeT.. Your Money and The Brain. 2008 GLIAMCHER. 2007 ZWEIG. 1st Ed.. Peter. MIT Press.. 1st Ed. Paul W.. George. Paul W. SPANHOL.” Neuroeconomics: How Neuroscience Can Inform Economics” Journal of Economic Literature. Oxford University Press. António. NY. 2010 DUBNER. p9-64. Colin F. Stephen J. 2004 . Inc. Deborah B. LEAL. Russel A. Uncertainty. London. Greicy K.. 2008 POLITSER. KELLER. Editora Campus. 1ª Ed. Academic Press. LOEWENSTEIN. Decisions. POLDRACK. Jacqueline.. Neuroeconomics: A guide to the new Science of making choices. Neuroeconomics: Decision Making and the Brain.. Jason. Portugal. Ernst. Steven D.Ediçao Revista E Ampliada. Freakonomics . LEVITT. “Neuroeconomia: Um apoio da neurociência à economia e à gestão do conhecimento. CAMERER. Denize D. Nova York. M. 1st Ed. PRELEC. quem disse: “. ele depende de pensamentos e sentimentos. psicologia e medicina trabalham juntas para conseguir traçar o comportamento humano. portanto não pode. e estudo da resposta do comportamento humano devido a determinado fator que resulta em um comportamento que irá afetar a economia. Neuroeconomistas usam muitas ferramentas.é o nosso desejo inato de atividade que faz a roda girar. comportamento animal. tais como imagens do cérebro.. Em certo sentido. processos . ela abre uma “caixa preta” do cérebro. sempre maximizando a utilidade. não pode depender estreitamente de expectativas matemática. Economia. tanto pessoal ou politico ou econômico. na teoria geral. mensuração de atividades neurais. em favor ao estilo maximizado dos físicos clássicos..decisões humanas afetam o futuro. assim. um processo de ponderação entre os custos e benefícios das ações. toda atividade econômica envolve o cérebro humano. comportamento de pacientes com danos cerebrais. entre outras para ser possível explicar o porque de ter ocorrido determinado comportamento e como essa resposta afetará a economia. Mas não é assim que se prevê o comportamento humano. algo que Keynes não conseguiu prever o até mesmo achava impossível.. a economia tem atingido muitos sucessos com programas que substituem ciências biológicas e cognitivas que focam o cérebro. mesmo com todas as suas “variações” por nossas diversas emoções.Neuroeconomia é. Mais tarde ferramentas estenderam o modelo para incluir tradeoffs com incertezas e tempo.. basicamente. com agentes que escolhem cestas de consumos com maior utilidade sujeita a uma restrição orçamentaria e atribuições determinadas com restrições de equilíbrio... Ainda assim. pois a base para fazer tal calculo não existe. A teoria econômica tradicional mostra como se o comportamento humano fosse sempre racional. ser medido objetivamente.”(tradução própria). A neuroeconomia tentar montar o calculo para o comportamento humano. Foi Keynes. Neuroeconomia usa conhecimentos sobre os mecanismos do cérebro para explicar teorias econômicas. Muitos métodos são utilizados na neurociência. Economistas temeram que “complexos instáveis e irracionais” não pudessem se medidos diretamente. Como cada métodos tem seus pontos fortes e fracos. e seus tecidos estudados. Muitas reações fisiológicas humanas podem ser facilmente medidas e usadas para fazer inferências sobre o funcionamento neural. Modelos tradicionais tratam a empresa com uma caixa preta que produz saídas com base em insumos de capital e trabalho e uma função de produção. resultados das pesquisas são aceitos somente depois de confirmados por mais de um método. . A teoria da empresa prevê uma analogia otimista. Muitas evidências neurais vêm de estudos cerebrais de animais não humanos. pressão sanguínea. condução da pele e batimento cardíaco são correlacionadas com ansiedade. mas com os novos avanços na neurociência agora é possível. estimulo sexual. Se mecanismos cerebrais não produzem sempre escolhas e julgamentos racionais. Essa simplificação é útil mas visões modernas abrem a caixa preta e estudas as praticas contratuais dentro da empresa. a evidencia cerebral tem o potencial de sugerir melhores teorias. Da mesma forma. neuroeconomistas podem modelar os detalhes do que se passa dentro da mente do consumidor assim como modelos de organizações modelam o que se passa dentro das empresas. dilatação da pupila é correlacionada com esforço mental.de informações Bayesianos. concentração mental e outros estados motivacionais. como donos de capital contratam e controlam o trabalho. O “modelo animal” é útil porque o cérebro humano é basicamente o cérebro mamífero coberto por um córtex que é responsável por funções mais avançadas como linguagem e planejamento de longo prazo. Por exemplo. Cérebros animais são também deliberadamente danificados e estimulados. e racionalidade das expectativas sobre a economia e sobre ações de outros jogadores em um jogo. Estados emocionais podem ser mensurados codificando expressões faciais e gravando movimentos dos músculos faciais. Psicopatologia: Doenças mentais crônicas. Em certos casos. Sangue oxigenado tem diferentes propriedades magnéticas do que o sangue desoxigenado. pois o cérebro está “injetando” sangue oxigenado nas partes mais ativadas do cérebro. pois a radioatividade se dispersa rapidamente. Como os eletrodos danificam os neurônios. o que cria um sinal captado pela ressonância magnética. a mensuração de um único neurônio esclareceu muito mais sobre processos de emoções e motivações do que processos de alto nível como linguagem e consciência. A maior parte das formas de doenças foram associadas em áreas especificas do cérebro. O mais nome método é a ressonância magnética. pequenos eletrodos são colocados no cérebro e medem um único neurônio. Por causa do foco em animais. O mais antigo método de imagens é o electroencefalograma que mede a atividade na parte superficial do cérebro usando eletrodos. A ressonância magnética mede mudanças na oxigenação do sangre. Na mensuração de atividade neural. distúrbios de desenvolvimento e doenças degenerativas do sistema nervoso ajudam a mostra como o cérebro funciona. mostra qual parte do cérebro é envolvida em cada atividade. Emissão topográfica de prótons apresenta melhores resoluções espaciais que o electroencefalograma. o que indica atividade cerebral. a progressão . Na maioria da imagens cerebrais envolvem a comparação de uma pessoa fazendo diferentes atividades. Electroencefalograma grava o tempo de atividade muito precisamente mais a resolução espacial é fraca e não grava o a atividade cerebral interna. esse método é utilizado apenas em animais e populações humanas especiais.Imagens cerebrais: Imagens cerebrais são um grande avanço nas medidas neurocientificas. mas é fraco na resolução temporal e tem um curto período. Emissão topográfica de prótons é uma nova técnica que mede a circulação sanguínea no cérebro usando emissões de prótons depois de uma injeção semanal de sangue radioativo. Mensuração de atividade neural: Ressonâncias magnéticas medem atividade de circuitos consistindo em milhares de neurônios. da doença tem um caminho localizado no cérebro. produzido por acidentes ou acidentes vasculares cerebrais e pacientes que foram submetidos a procedimentos neurocirúrgicos radicais. a diferença é uma pista que a área X é necessária para realizar aquela tarefa. são fontes ricas em estudos. Se pacientes com determinado dano à área X realizar determinada tarefa pior que pacientes normais. Por exemplo. . Parkinson afeta inicialmente os gânglios da base. Dano cerebral em humanos: Dano cerebral localizado. se espalhando apenas depois para o córtex. Constantemente paciente com uma lesão única muda a visão inteira de determinado campo.
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