Importância da reposição hídrica em atletas: aspectos fisiológicos e nutricionais*Professora titular do Curso de Biomedicina, Centro Universitário Feevale (FEEVALE), Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Bioanálises. **Acadêmico de Biomedicina, Centro Universitário Feevale (FEEVALE) (Brasil) Rejane Giacomelli Tavares* Maurício Bassuíno** | Júlia Puffal** Fábio Vicenzi** | Guilherme Schmidt** Jorge Deotti** | Adriana Simon Coitinho*
[email protected] Resumo Vários estudos relacionados com a reposição de líquidos têm buscado respostas para a adequação da ingestão de líquidos durante o exercício prolongado. A reposição de fluídos é extremamente importante também para exercícios intermitentes, muito embora ainda não esteja completamente elucidada. Estudos adicionais poderão auxiliar treinadores e atletas no entendimento da importância do balanço hídrico durante o exercício. Unitermos: Rehidratação. Performance. Esportes. Abstract Most studies relating to fluid replacement have addressed the problem of drinking during prolonged exercise. Fluid replacement is also very important for intermittent exercise, although it has not been extensively studied. More studies in this area would help coaches and athletes understand the importance of fluid balance during exercise. Keywords: Rehydration. Exercise-performance. Sports. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 119 - Abril de 2008 1/1 Introdução A nutrição esportiva tem se tornado o objeto de diversos estudos sobre o desempenho humano, devido à estreita relação entre o rendimento e a nutrição esportiva. Apesar dos resultados científicos comprovando ou reiterando estratégias nutricionais para aprimorar o rendimento, existem mitos em relação à importância dos nutrientes na composição de dietas para atletas (GUERRA et al, 2001; BRITO & MARINS, 2005). A manutenção do organismo com níveis adequados de água é importante para o sistema cardiovascular, para a termoregulação, e para o desempenho físico durante a prática de exercícios. Cerca de 60% da massa corporal é constituída por água, ou seja, 42 litros para um indivíduo pesando cerca de 70 Kg (GUYTON, 1997; MARQUEZI & LANCHA JÚNIOR, 1998; COSTILL & WILMORE, 2001). Se, por um lado, a perda hídrica durante o exercício vai gerar um estado de desidratação, com diminuição do rendimento e prejuízos no mecanismo de termoregulação, por outro lado, um estado de hiperhidratação também é prejudicial, já que pode causar desconforto gástrico e hiponatremia (INSTITUTE OF MEDICINE, 2004; MEYER & PERRONE, 2004; BRITO & MARINS, 2005). O sangue. A hipohidratação se caracteriza como uma situação na qual o organismo apresenta uma redução do conteúdo de fluidos do corpo. produção de urina e por outras vias.010. um jogador de futebol. Quando o organismo está com níveis adequados de água. não é reposto adequadamente. tem por função levar o oxigênio e outros nutrientes para a execução do trabalho muscular. levando o organismo de um estado de euhidratado para hipohidratado (COSTILL & WILMORE. que contribui com 5 a 6 litros. em que maior precisão na medida é exigida. 2004). e transportar o calor produzido pelos músculos para a pele. gradualmente vai entrando no estágio de desidratado.030 > 1. dizemos que ele está num estado de euhidratação (normohidratado). além da variação do peso corporal (Tabela 1) (MACHADO-MOREIRA et al. A velocidade de eliminação de suor pelo organismo pode atingir quantidades de 2 ou mais litros por hora. 2006) Tabela 1. o indivíduo pode morrer em alguns dias devido à desidratação (COSTILL & WILMORE.010 1. A osmolaridade plasmática é o principal método de avaliação do estado de hidratação em situações laboratoriais. Outros métodos não invasivos. que auxilia na dissipação do calor para o meio ambiente. O termo desidratação define uma redução mais ou menos rápida da água corporal. bastante utilizados. ocasiona uma queda no desempenho atlético e uma sensação de mal-estar (MAUGHAN & GLEESON. a irrigação sanguínea inadequada em nível muscular ou o acúmulo excessivo de calor devido a uma dissipação insuficiente. Índices do estado de hidratação e sua relação com a urina Estado de Hidratação Euhidratado Desidratação mínima Desidratação significativa Desidratação grave % variação peso corporal +1 a -1 -1 a -3 -3 a -5 > -5 Coloração da Urina Amarelo claro a amarelo citrino Amarelo citrino a amarelo âmbar Amarelo âmbar a acastanhado Acastanhado a amarronzado Gravidade específica da urina <1. principalmente quando os atletas estão em uma competição que exige uma alta intensidade nos movimentos e . 2001). 2001).021-1. Em competições esportivas. 2000. e a hiperhidratação se caracteriza por um volume de água no corpo acima do normal. são a gravidade específica e coloração da urina.030 Fonte: CASA et al. que não pode repor os líquidos perdidos durante uma partida. onde ocorre a evaporação do suor.1. Se os líquidos perdidos através da sudorese.020 1. Por exemplo. b. as perdas de água são da ordem de 1 litro por hora (MAUGHAN & GLEESON. se antes da prática de exercícios (GREENLEAF & CASTLE. são elevadas as probabilidades de ocorrerem efeitos adversos nas funções fisiológicas e na performance. uma grande quantidade desta é eliminada através da urina. Entretanto esta compensação normalmente é inadequada. Desidratação Segundo SAWKA & PANDOLF (1990). 1992). 1971. os efeitos adversos da perda de água corporal nas funções cardiovasculares e na termoregulação. atenua esses efeitos indesejáveis. uma desidratação relativamente pequena. Equilíbrio hídrico a. SAWKA & PANDOLF (1990). A hipohidratação está associada com a redução do volume plasmático. o desempenho é menos afetado pela desidratação do que nos esportes de longa duração como no caso ciclismo. aumenta gradativamente em função do aumento da quantidade de líquidos perdidos. maior será a desidratação e menor será o rendimento. e a hidratação. Hidratação entre as sessões de exercício Quando ingerimos grandes volumes de fluidos com o intuito de aumentar o volume de água do corpo. Além desse fato.. Independentemente de quando ocorre a redução da quantidade de água do organismo. Observaram que em esportes que exigem força. NADEL et al. como da ordem de 1 a 2% do peso corporal. já é suficiente para alterar o desempenho em exercícios de resistência (FOSS et al. 1985) ou durante os exercícios (MONTAIN & COYLE. Em resumo. concluindo que a desidratação interfere negativamente. que leva a uma diminuição no débito cardíaco. revisaram mais de 20 publicações sobre os efeitos da desidratação em várias pesquisas sobre o desempenho em diversas modalidades esportivas.(1996). quando se inicia um exercício em condições de desidratação. sendo que quanto mais elevada for a temperatura. 2003). Os efeitos adversos da desidratação no desempenho físico é menos significativo nos esportes de curta duração e naqueles que exigem muita potência como no halterofilismo. 2004. MONTEIRO et al. e resulta numa redução do volume plasmático. SAWKA et al. sendo que os efeitos negativos se acentuam quanto maior for o grau de desidratação e quanto maior for o tempo de atividade. mesmo que parcial. SHIRREFFS et al. para compensar a diminuição no débito. Os autores não encontraram em nenhum caso uma melhoria no desempenho quando o atleta estava desidratado. Quando o ambiente é temperado.o ambiente é quente e úmido. 2000). Este fato provoca um aumento da freqüência cardíaca. demonstraram que é importante ingerir o equivalente a 150% ou mais do peso perdido pela . 1980. A temperatura ambiente também interfere diretamente. 2006). O grupo parcialmente rehidratado com a solução de carboidratos e eletrólitos. Já está muito bem documentado cientificamente que a reposição de fluidos durante os exercícios de longa duração é mais importante que a hiperhidratação prévia. Conclusões similares. enquanto aqueles que beberam água permaneceram em atividade por somente 39. Já a hiperhidratação induzida por ingestão de grandes volumes de líquidos pode levar a um desconforto gastrointestinal. a adição de sódio e outros eletrólitos assim como de carboidratos. ao líquido rehidratante para diminuir as perdas urinárias. os sujeitos repetiram a corrida até a exaustão. (1995). foi demonstrada por FALLOWFIELD et al. que inclui vômitos. enfatizando as propriedades osmóticas da bebida. embora não seja eficiente na proteção contra os efeitos negativos de uma hipertermia progressiva (LATZKA et al. caso seja feita uma hidratação adequada durante o transcorrer do evento. (1998) e por DEARBORN et al. Os efeitos positivos da hiperhidratação são mais difíceis de serem detectados se as perdas através da sudorese são totalmente repostas durante os exercícios. Também é pouco provável que a hiperhidratação pré-exercícios traga alguma vantagem extra. Esse volume corresponde a cerca de 109 a 116% do volume de suor evaporados na primeira corrida. (1999). e foi suficiente para repor 63 a 66% do suor perdido. MEYER & PERRONE. como o sódio.desidratação. Eles demonstraram também ser importante a adição adequada de eletrólitos. Entretanto. se o objetivo é atingir um estado de normohidratado. quando submeteu indivíduos a correrem em uma esteira a 70% do VO2max por 90 min. Um dos principais fatores que contribui para essa controvérsia reside na quantidade de líquidos que é ingerida durante a atividade (LATZKA et al. Após 4 horas de recuperação da primeira corrida. Imediatamente após a corrida. ou até a fadiga.8 minutos c. sabe-se que é raro entre os atletas ocorrer uma reposição integral de fluidos durante um evento esportivo.9% de carboidratos. As vantagens da rehidratação. Hiperhidratação Existe controvérsia se o aumento da quantidade de água do organismo em uma situação de normohidratado (euhidratado) afeta positivamente o organismo. os indivíduos beberam 1 litro de água como placebo ou então uma solução contendo eletrólitos e 6. MACHADO-MOREIRA et al. Um segundo litro das mesmas soluções foi consumido 2 horas depois. 1998. 1998). A hiperhidratação prévia parece retardar o aparecimento da desidratação por algum tempo. alcançaram a exaustão após 62 minutos. com uma solução contendo carboidratos e eletrólitos no desempenho atlético. foram obtidas por GREENLEAF et al. 2004. a respeito da importância da rehidratação antes dos exercícios. 1990). sendo esta geralmente menor que 50% dos líquidos perdidos através do suor e da urina (SAWKA & PANDOLF. se a velocidade de esvaziamento gástrico não . Como pode ser avaliado na Tabela 2 o potássio. Na realidade. (5 a 7%) de carboidratos e eletrólitos. 2004). os íons remanescentes são redistribuídos entre os tecidos corporais. por esta razão. 1997). Embora o seu sabor seja salgado. como durante o exercício. Equilíbrio eletrolítico Quando grandes quantidades de água corporal são perdidas. 2001. O aumento que isso provoca nas concentrações de potássio extracelular não se iguala à quantidade de potássio que é liberada dos músculos ativos porque o potássio é captado pelos músculos inativos e por outros tecidos.for rápida. MAUGHAN & GLEESON. As concentrações dos eletrólitos no suor podem variar consideravelmente entre os indivíduos. ocorrem perdas da ordem de 5 a 7% para sódio e cloreto e 1% de potássio e magnésio. em atletas. o equilíbrio entre a água e os eletrólitos pode ser rapidamente alterado. Concentrações de eletrólitos e osmolaridade no suor. a concentração de potássio intracelular se normaliza rapidamente. o magnésio (Mg 2+ ) e o cálcio (Ca 2+ ) (Tabela 2). Quando eletrólitos são perdidos no suor. ele contém muito menos mineral do que o plasma ou outros líquidos corporais. 2001). Perda de eletrólitos no suor O suor é um filtrado do plasma sanguíneo e. incluindo o sódio (Na+). Essas perdas provavelmente não acarretam um efeito mensurável sobre o desempenho do atleta (MARQUEZZI & LANCHA JÚNIOR. De uma forma geral. ele é composto por 99% de água (GUYTON. COSTILL & WILMORE. enquanto os músculos ativos o perdem. se difunde nas fibras musculares ativas quando estas se contraem. o potássio (K+). 1998. 1991). por exemplo. plasma e músculo de homens após 2 horas de exercícios no calor. entrando no líquido extracelular. pelo estado de treinamento e pelo estado da aclimatação ao calor. a. 20 minutos antes dos exercícios é bem tolerada (MAUGHAN. a ingestão de 250 a 500 ml de água ou de uma solução moderadamente concentrada. ele contém muitas substâncias encontradas no plasma. o cloreto (Cl-). Tabela 2. As perdas acontecem principalmente por duas vias: a transpiração e a produção de urina. Alguns pesquisadores sugerem que estes distúrbios do potássio muscular durante o exercício poderiam contribuir para a fadiga ao alterarem os potenciais de membrana dos neurônios e das fibras musculares. Durante a recuperação. . sendo fortemente influenciadas pela taxa de transpiração. tornando mais difícil a transmissão dos impulsos (COSTIL & WILMORE. Para a maior parte dos atletas. quando a perda de água corporal aumenta durante o exercício. através da regulação da produção de aldosterona pelas adrenais. e essa é a principal via de perda dos eletrólitos (GUYTON. No repouso. A fórmula para o cálculo é a seguinte: {(peso antes – peso depois) + volume ingerido} – volume de urina = volume de suor Volume de suor ÷ horas de atividade = mL de suor/ hora de atividade b. elevando o conteúdo de sódio no organismo e aumentando a osmolaridade dos líquidos extracelulares. Em média perde-se de 1 a 2 litros de líquido a cada hora de exercício. Para calcular a taxa de suor é necessário saber o peso antes e após o exercício. 2000). O aumento do conteúdo de sódio desencadeia a sede. temperatura do ambiente. 1997). Os rins têm outro papel no controle dos eletrólitos. 2001 Osmolaridade Mg2+ 1. O aumento do consumo de água restabelece a osmolaridade normal dos líquidos extracelulares. os rins também regulam o conteúdo de eletrólitos no organismo. Perda de eletrólitos na urina Além de eliminar produtos de degradação do sangue e regular os níveis de água. diluindo as outras . a quantidade ingerida de líquidos durante o mesmo e o tempo de exercício. eles são excretados na urina conforme for necessário para a manutenção dos níveis homeostáticos.Local Na+ Suor Plasma Músculo 40-60 140 9 Eletrólitos (mEq/L) Cl30-50 101 6 K+ 4-6 4 162 Fonte: COSTILL & WILMORE.5 31 (mOsm/L) 80-185 295 295 A taxa de sudorese (quantidade de suor perdida por unidade de tempo) é variável e depende da superfície corporal. mas os expande. impelindo a pessoa a consumir mais água. a perda de eletrólitos por essa via é minimizada (MAUGHAN & GLEESON. que é então retida no compartimento extracelular. Normalmente os homens tendem a suar mais do que as mulheres e a taxa de suor diminui com o avanço da idade (MAUGHAN & NADEL. a taxa de produção de urina diminui consideravelmente num esforço para preservar a água. Esse hormônio estimula a reabsorção renal do sódio. 2004). tipo de roupa e aclimatação do atleta. umidade. Entretanto. A produção de urina é a outra fonte importante de perda de eletrólitos. Conseqüentemente. com muito pouca urina sendo produzida.5-5 1. 2004. além disso. MOUNTAIN et al. já que o estímulo é desencadeado somente após a desidratação haver começado. Os pontos positivos de uma hidratação com carboidratos são: manutenção dos níveis de glicemia sangüínea ideais durante o exercício. 1998. convulsões e coma. anorexia. 2007). 1998. 2003. Entretanto. esse mecanismo não é eficiente para evitar a desidratação. Entretanto. menor índice de percepção do esforço e absorção intestinal mais rápida. 2007). 2004). Essa expansão dos líquidos extracelulares não produz efeitos negativos e é temporária. desconforto gástrico e custo financeiro (NASSIS et al. além de náuseas. vômitos. Os sinais e sintomas de hiponatremia geralmente ocorrem quando há diminuição rápida dos níveis de sódio ou quando o Na+ sérico é menor que 120 mEq/l. desnecessária adaptação para a palatabilidade da solução e custo praticamente zero. especialmente durante temperaturas elevadas. estímulos hormonais e do sistema nervoso central (MACHADO-MOREIRA et al. 2004). Reposição das perdas hídricas do organismo A ingestão de líquidos durante o exercício. a reposição hídrica utilizando apenas água não é aconselhada para atletas. cãibras e fraqueza (KOKKO. apresenta benefícios como evitar a desidratação. 2006). Quando a pressão osmótica plasmática se eleva. a sensação de sede é desencadeada. Em relação ao sódio. aumento no tempo de exercício. SHIRREFFS at al. associada a um quadro de ingestão aumentada de água pode induzir a quadros como a hiponatremia (MARINS et al. pois a perda de eletrólitos. Os sintomas principais decorrem do edema cerebral (brain swelling) e incluem confusão mental e letargia. A ingestão de isotônico antes do exercício tem apresentado algumas vantagens em relação à água. Como pontos negativos tem-se: possível sensação de plenitude gástrica. sua presença na bebida se justifica por 2 motivos. regular a temperatura corporal e evitar estresse cardiovascular (MEYER & PERRONE. para a reposição do conteúdo deste eletrólito perdido no suor e para facilitar a absorção dos carboidratos (NASSIS et al. MEYER & PERRONE. 1996). Os níveis nos líquidos retornam ao nomal em 48-72 horas após o exercício (COSTIL & GLEESON. capacidade gástrica de absorção de fluídos e. Esta desidratação seria desencadeada por mecanismo fisiológico complexo que envolve fatores comportamentais (costume da pessoa em se hidratar). A adição de eletrólitos nestas bebidas é controversa. . SHIRREFFS at al.substâncias presentes. através de regulação hipotalâmica. 2006) A hidratação com água apresenta como vantagens um rápido esvaziamento gástrico. em casos de desidratação acentuada (ARAGÃO et al. bem como na manutenção das taxas de glicemia. e também como infusão intravenosa. como o uso de embalagens Tetra-pak e sistema Ultra Hight Temperature (UHT). além de reduzir a perda de potássio devido a retenção de sódio pelos rins (NASSIS et al. apresentando vantagens principalmente em relação à função renal e manutenção da pressão arterial (MEYER & PERRONI. Uma baixa significativa nas concentrações de potássio ocorrem quando o atleta se utiliza de diuréticos. 2004). os principais constituintes da água de côco são os açúcares. Entretanto pesquisas indicam que efeitos de hidratação semelhantes àqueles proporcionados pelo íon sódio podem ser obtidos com a utilização do íon potássio. 2007). O teor de sódio é notoriamente inferior àquele de potássio. presença de aminoácidos essenciais. Um recente estudo comparando índices de rehidratação utilizando água pura. pesquisadores têm buscado uma alternativa natural para esta reposição: a água de côco. Referências bibliográficas . COSTA et al. gorduras e algumas vitaminas. 2007). A água de côco é uma bebida saborosa. nutritiva e pouco calórica (27 Kcal/100g) (TAVARES et al. 1998). Segundo COSTA et al (2006). 2001. vitaminas do complexo B. 2006. minerais. bebidas esportivas (carbohidroeletrolíticos). 1998. ácido ascórbico e eletrólitos diversos.04 mg/L. EMBRAPA.11 mg/L a 3149. 2006). O potássio é o eletrólito mais abundante e seus teores variam de 2572. SHIRREFFS at al. Uma pequena quantidade de potássio na recuperação pode melhorar a retenção de água no espaço intracelular. 2007). pH favorável. substâncias nitrogenadas. geralmente metabissulfito de sódio (Na2S2O5) aumenta significativamente estes valores (NAOZUKA et al. a adição de conservantes. CARVALHO et al.Sobre o potássio não existe consenso sobre sua adição nas bebidas para atletas. Diferentemente dos carbohidroeletrolíticos convencionais. Por este fato. muito embora no processo de conservação e com a utilização de tecnologias aplicadas à etapa de envase. 2001. vindo em seguida o cálcio e o magnésio (ARAGÃO et al. Corrobora para a indicação de sua utilização na hidratação também o fato de apresentar uma densidade semelhante à do plasma sanguíneo. ela foi utilizada durante a Segunda Guerra como soro fisiológico para reequilibrar os líquidos do organismo. Assim. 2004). este produto natural parece ser uma excelente forma de manutenção da hidratação corporal. MEYER & PERRONE. durante as cirurgias de emergência. Como vantagem a água de côco apresentou menor índice de náusea e desconforto gástrico (ISMAIL et al. muito embora estudos adicionais ainda sejam necessários para a elucidação completa dos seus benefícios. 2004. água de côco e água de côco acrescida de com sódio mostrou que os três últimos compostos apresentam efetividade equivalente na rehidratação. CHICHARRO. HELVÉCIO. Acesso em: agosto de 2007. Jennifer A.13. Revista Digital. CASA. Environ. 2004. n. 63. n. n.35. Jack H. Position statement: contribution of the biological analices in the diagnosis of overtraining syndrome. Composição mineral de bebida mista a base de água-de-coco e suco de caju clarificado. ARMSTRONG. Ralph V. n. 1999. 2006.. CARVALHO. 2000. Effect of glucose-water ingestion on exercise thermoregulation in men dehydrated after water immersion. C. Rio de Janeiro: Sprint. 2.L.B. 2006. v. A. 212..CEPPA. V. 13. . 49-58. 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