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March 22, 2018 | Author: Marcelo Ataíde | Category: Prosthesis, Dentures, Dental Implant, Screw, Adaptation


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Implantes Hexágono Externo e Hexágono InternoCONEXÕES PROTÉTICAS DOS IMPLANTES IMPLANTES HEXÁGONO EXTERNO E HEXÁGONO INTERNO Certamente, a Implantodontia não é, de forma alguma, uma especialidade cirúrgica (Cirurgia/Periodontia ), muito menos um ramo da prótese, mas sim uma especialidade protética que depende da cirurgia para a instalação de pilares intra-ósseos mundialmente denominados de implantes osseointegráveis e da Periodontia para a manutenção da sua integridade. A Implantodontia tem por finalidade a restauração da oclusão (função) e estética, baseada numa estrutura de titânio inserida em tecido ósseo, através de uma técnica totalmente estabelecida e clarificada. Por causa disso, a ênfase na indústria de implantes mi rou para resoluções estéticas mais satisfatórias g tentando a simplificação do tratamento com a utilização de implantes dentários. O protocolo original de Brånemark exigia que alguns implantes fossem inseridos na região interforaminal, a fim de se restaurar a arcada inferior totalmente desdentada, unindo-os através de uma barra onde uma prótese fixa seria construída. Mas para que os implantes pudessem ser inseridos, um hexágono externo (poderia ter sido um interno) foi adicionado na plataforma desses implantes. Sendo assim, esse hexágono não tinha o papel de funcionar como um sistema anti rotacional, mas apenas como dispositivo de preensão e inserção. Somente mais tarde, quando os implantes foram usados para reconstrução de elementos dentários unitários, o hexágono se tornou a concepção mecânica para evitar que a coroa girasse ao redor do seu próprio eixo. Porém, mecanicamente a altura desse hexágono, de somente 0,7 mm, nunca foi desenhada para suportar as forças oclusais geradas durante a mastigação. Portanto, algumas modificações tiveram que ser inseridas nos parafusos que fixavam as coroas em posição. Mesmo assim, a altura do hexágono externo para os outrora implantes Brånemark, atualmente produzidos pela Nobel Biocare, nunca foi mudada e várias companhias fizeram seus implantes com o mesmo tipo de resolução externa para que os sistemas de próteses pudessem ser compatíveis. Para aumentar a estabilidade na interface plataforma-coroa e também facilitar a restauração completa implante-coroa, novos desenhos de conexão entre a coroa e o implante surgiram no mercado para satisfazer objetivos estéticos, funcionais e técnicos. Na verdade, o que foi possível observar é que variados tipos de transmucosos (abutments) e pilares foram inventados, fazendo com que o clínico aumentasse ainda mais o armamentário de componentes protéticos para a restauração definitiva sobre o implante, até mesmo, dificultando a correta decisão de qual o componente ideal a ser empregado numa determinada restauração, gerando confusões e controvérsias que persistem até hoje em relação a indicação do uso de um implante com hexágonos externo ou interno. Vários outros desenhos de hexágono interno foram lançados no mercado, variando o tipo da articulação implante- conexão e a quantidade de lados internos para a resolução protética. Com relação à estética não existe diferença quando um sistema de hexágono externo ou interno é empregado e, é impossível descobrir caso a prótese não seja removida. Já no que diz respeito à microinfiltração parece óbvio que os implantes tipo Cone Morse tenham uma infiltração diminuída, mas são necessários trabalhos de pesquisa mostrando qual a vantagem desse aspecto na preservação da integridade do espaço periimplantar com relação aos implantes de plataforma expandida e abutmen reduzidos, pois ainda não existe nada ts comprovado na literatura mundial nesse aspecto. Com relação à estabilidade da prótese os implantes que ofertam a possibilidade de polígonos internos para a confecção da restauração protética, tendem a uma maior segurança para o parafuso protético, prevenindo um deslocamento lateral e menor efeito de movimentação vertical resultante do afrouxamento do parafuso de retenção (protético). Os implantes de resolução interna, mas com característica de cone morse, como os implantes dos Astra Tech, ITI Dental Implant, Morse-Lock e Titanium Fix fornecem uma ancoragem reforçada para a combinação componente de ancoragem (implante) elemento retentivo (parafuso ou prótese), gerando uma soldadura fria entre esses elementos. É bom ressaltar que um implante hexágono externo que recebeu um abutment tem um parafuso muito menor para sustentar a prótese parafusada em posição quando comparado ao mesmo tipo de implante como uma prótese cimentada sobre um pilar aparafusado diretamente ao implante. O elemento transmucoso está ausente. Não existem diferenças claras entre a microinfiltração e estética para uma restauração implanto-suportada a partir de um sistema de hexágono externo ou interno. Existem sim, diferenças com relação à distribuição de forças dentro do implante devido ao tipo de conexão coroa-implante. Vale salientar que in vitro, devido à pequena espessura da região do pescoço, um implante hexágono interno é muito menos resistente a uma força tangencial de falência (estresse de cisalhamento) do que o implante hexágono externo, cuja região é mais robusta. Teoricamente, então, o primeiro seria menos resistente do que o implante hexágono externo nesse segmento. As verdadeiras implicações clínicas decorrentes dessa observação necessitam ain ser avaliadas. da Muitos estudos clínicos e biomecânicos, além de ensaios mecânicos, precisam ser publicados para que seja possível comparar as diferenças existentes entre cada um desses tipos de conexões modulando o estresse aplicado sobre prótese unitária-implante ou nas possíveis combinações do conjunto prótese implantes. Estresses de cisalhamento e compressivos devem ser comparados em pacientes com oclusão sem traumas e aqueles bruxômanos, com o intuito de observar se o estresse incidido afeta mais diretamente a estrutura de suporte (osso), gerando reabsorção ou à estabilidade coroa -implante, devido ao estresse transmitido ao parafuso protético. CRITÉRIOS DA MECÂNICA DOS IMPLANTES: O que mudou? Prof. Dr. Marcos Dias Lanza 1 Marcos Daniel S. Lanza 2 Complicações causadas por carregamento oclusal podem influenciar o prognóstico das reconstruções protéticas parciais e unitárias. A carga oclusal pode ultrapassar a capacidade de tolerância mecânica e biológica das próteses ou dos implantes osseointegrados, causando falhas mecânicas ou falha na osseointegração. Se isso ocorrer, a carga pode ser definida como sobrecarga. O implante osseointegrado (anquilose funcional) tem contato direto com o osso, isto é, ausência de ligamento periodontal, consequentemente, não existem receptores periodontais, mas sim nociceptores ósseos (osseopercepção). Isso influencia a sensibilidade táctil quando implantes orais são carregados oclusalmente, sendo recobrada ao longo do tempo nas próteses implantosuportadas. Complicações técnicas, como perda de algum componente da supra-estrutura (parafuso do abutment e/ou da prótese), que podem tornar-se frouxos devido à flexão e/ou momento de força, são relativamente comuns em overdenture (média de 3,5%), no período de cinco anos, e média de 48% para próteses parciais e/ou unitárias. Estudos experimentais e clínicos indicam que a perda óssea marginal pode estar associada com sobrecarga oclusal, principalmente em áreas de qualidade óssea pobre. Tem sido sugerido que implantes com superfícies rugosas podem Perda ou afrouxamento de parafuso podem resultar em deslocamento da prótese. As conexões do tipo Cone Morse apresentam alta resistência ao afrouxamento. Mestre Implantodontia USC-Bauru. Isso ocorre mais freqüentemente nas restaurações unitárias parafusadas em regiões posteriores em implantes de hexágono externo. Concluiu-se que conexões de hexágono interno são clinicamente mais favoráveis nas próteses unitárias e parciais. Mestre e Doutor em Reabilitação Oral FOB-USP.ter um risco reduzido de falhas por sobrecarga devido ao aumento da área de superfície de osseointegração. Professor Associado da FO-UFMG. necessitando de torque 7 a 20% maior para que o parafuso afrouxe. tal como perda e/ou afrouxamento dos parafusos. MAEDA E SATOH sugerem que fixações com implante de hexágono interno apresentam uma maior e melhor distribuição de forças que implantes de hexágono externo. Complicações relacionadas aos fatores mecânicos.prospectivos demonstrando a direta relação entre estres se oclusal (sobrecarga) e perda da osseointegração dos implantes orais. estão diretamente relacionadas com a interface abutment/implante. pela criação de micromovimentos entre as duas superfícies quando carga extrema é aplicada. 2 Especialista e Mestre em Prótese Dentária. Isso ocorre devido ao travamento mecânico que existe entre o pilar e a parede . apesar da falta de existência de estudos 1 Professor do programa de Mestrado da PUC-MG. causando perda de função. A conexão pilar implante. cria um travamento por assentamento sob fricção. com ângulo igual ou menor que 8º. quando comparado à uma conexão retida por parafuso . que acontecem com mais freqüência. promove um firme assentamento com transmissão das cargas funcionais diretamente para o corpo do implante e deste para a estrutura óssea. baseada no princípio da junta Morse. Foi observada uma taxa de afrouxamento de parafusos de 26 a 38% em coroas unitárias em implantes de conexão de hexágono externo.7mm. apresentando uma menor resistência rotacional nos movimentos laterais. onde são referidas situações de sobrecarga na plataforma do implante. provocados por micromovimentos devido à altura do hexágono ser de 0. as várias cargas geradas concentram-se na maioria das vezes nos parafusos de ouro. observando uma taxa de apenas 3% de afrouxamento do parafuso em coroas unitárias. sofrendo fratura quando muito solicitado. o que diminui o estresse na interface implanteosso. Esse processo necessita de um torque de afrouxamento da interface cone/parafuso de 7 a 24% maior que o torque de aperto. Nas próteses implanto-suportadas aparafusadas. Dentre as complicações nos implantes de conexões de hexágono externo. estão a quebra e o afrouxamento do parafuso. na qual qualquer encaixe cônico entre duas estruturas metálicas. apresenta um microgap próximo ao osso. Além disso. Esse sistema é similar ao cone Morse utilizado na engenharia mecânica.interna do implante. Vários estudos têm tentado comparar a eficácia dos diferentes mecanismos de conexão entre abutment e fixação. funcionando como dispositivo de segurança. para evitar falhas nas conexões.Professor do programa de Mestrado da PUC-MG. hexágono interno. e. desvantagens e a influência biomecânica ainda devem ser melhor examinadas. Dr. . Portanto. Prof. O desenvolvimento de uma interface mais estável modificou o direcionamento profissional de problemáticas próteses parciais e unitárias aparafusadas.Mestre e Doutor em Reabilitação Oral. definir qual o tipo de prótese a ser confeccionada (cimentada e/ou aparafusada). como fator decisivo de sucesso a longo prazo de uma prótese fixa implanto-suportada. cone morse). A partir de um trabalho de elementos finitos 3D.simples. Marcos Dias Lanza: . Dessa forma. Concordando com este trabalho. para um maior uso de próteses cimentadas.Professor Associado da FO-UFMG. foi relatada uma melhor resistência à fadiga da conexão cone Morse em relação ao hexágono externo. . podemos concluir que. parciais e/ou múltiplas. devemos optar primeiro em escolher o tipo de sistema de retenção ideal que melhor se adapte àquela situação clínica (hexágono externo. Entretanto. parâmetros clínicos e mecânicos são importantes para que obtenhamos uma melhor previsibilidade na distribuição dos implantes e na distribuição das cargas ao longo eixo axial controlado. . pela FOB-USP. dessa forma. em um planejamento das próteses unitárias. reporta-se que a conexão do tipo cone Morse 8º é mecanicamente mais estável que a conexão de hexágono externo. na qual o torque de afrouxamento é cerca de 10% menor que o torque de aperto. vantagens. . por esse motivo todas as nossas respostas estarão relacionadas a este tipo de implante. Suíça).com .. pela USC-Bauru. Alemanha). Lanza . Marcos Daniel S. evitando assim contaminação bacteriana. Institut Straumann. Mannheim.Especialista e Mestre em Prótese Dentária Cone Morse: uma alternativa nas reabilitações sobre implantes Jornal Odontonordeste. Principais Vantagens: ‡ Ausência de microgaps na junção abutment/implante: o encaixe preciso da superfície cônica minimiza o risco de formação de fendas.Quais as vantagens e desvantagens na utilização do sistema de implante Cone Morse? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi Primeiramente gostaria de ressaltar que existem dois modelos de implantes com este tipo de conexão: o implante de um estágio.Mestre em Implantodontia. em que não há necessidade de um segundo estágio cirúrgico para exposição e colocação do abutment (exemplo: Straumann® ± ITI Dental Implant System. e o implante de dois estágios. em que há necessidade de um segundo estágio cirúrgico (exemplo: Ankylos® ± Dentsply Co. Nossa experiência clínica está mais relacionada com os implantes de dois estágios. Waldenburg.. ‡ Melhor estabilidade abutment/implante: será comentado na próxima pergunta. pode-se dizer que a retenção por Cone Morse é tão antiga quanto a do hexágono interno ou externo. que distribui melhor as forças nas paredes internas do . Desvantagem: Custo: esta é uma desvantagem relativa. aumentando significativamente o nível de retenção da prótese.O Cone Morse é um sistema de retenção interna do elemento protético sobre implante que utiliza o atrito mecânico entre a superfície de contato do componente protético e a parede interna do implante. pois ultimamente várias empresas nacionais estão fabricando seus implantes com conexão Cone Morse. Mônica Studart Moreira . protegendo assim o parafuso de retenção do abutment e evitando sua fratura ou afrouxamento. Assim. O fenômeno Morse é oriundo da indústria mecânica e tem sido utilizado há muito pela implantodontia. É uma retenção vantajosa.‡ Melhor transmissão de força abutment/implante: vários estudos comprovam que os maiores níveis de tensão durante as forças oclusais encontram-se localizados entre a superfície interna do implante e a superfície do abutment (na conexão cônica). As paredes do abutment e do implante obedecem a uma angulação que permite o maior contato possível entre as paredes das duas estruturas. o implante também deve estar muito bem posicionado para que o abutment seja parafusado de forma a obedecer o longo eixo do implante. maior justeza abutment/implante.Vantagens mecânicas: maior área de atrito abutment/implante. ou prótese. devem ser evitadas angulações significativas. Conseqüências: raramente o abutment. quando bem indicado é um excelente recurso terapêutico. menor tensão resultante das forças oclusais no parafuso. Enfim. Possui componentes de fácil manuseio de transferência e replicação. Também irá requerer uma espessura óssea mínima para suportar um implante de pelo menos 4. ausência de afrouxamento e fraturas de parafusos. Vantagens biológicas: ausência de fenda abutment/ . Além disso. Isso significa que em regiões anteriores a aplicação desse sistema deve ser criteriosa. maior espessura do abutment na área de concentração de esforços (momento fletor).0 mm. solta-se do implante. Antonio Alberto De Cara . baixa manutenção.implante. ou seja. Entretanto. é necessária uma espessura mínima de diâmetro de mesa de retenção. devemos estar atentos ao fato de que para ocorrer o fenômeno de retenção Morse. e o gradiente de tensão na área cervical também é transmitido ao osso de forma mais adequada. Desvantagens: dificuldade de posicionamento em restaurações múltiplas. um corpo único entre o implante e o pilar protético. tem como vantagens: melhor distribuição de forças. Desvantagens: a colocação correta do implante (posicionamento cirúrgico) é mais crítica. a prótese é inserida no sulco gengival.implante no nível ósseo.Vantagens: teoricamente. diminuindo a concentração de tensão. menor probabilidade de afrouxamento dos parafusos de próteses. embora na mecânica seja usado desde 1843 (Stephen A. como se proporcionasse uma ³solda-fria´. evitando o afrouxamento de parafusos e aumentando a praticidade de encaixe . a conexão tipo ³Cone Morse´ seria impermeável ao biofilme bacteriano. melhorando conseqüentemente a distribuição e a transmissão das forças mastigatórias ao longo do implante com o tecido ósseo. Morse). afastada da superfície óssea. o planejamento cirúrgico/protético deve ser muito criterioso. Ariel Lenharo: O Cone Morse é um conceito novo na implantodontia. Conseqüências: ausência de odores e de inflamação gengival perimplantar e muito menor perda óssea. fenda única de implanteprótese. Quando usado corretamente. Lécio Pitombeira Pinto . que vai desde os técnicos de laboratório. mesmo que os implantes estejam osteointegrados. Desvantagens: custo relativamente maior e menor domínio da técnica por parte dos profissionais. apesar de parecerem idênticas. potencializando as defesas naturais e reduzindo a perda óssea perimplantar. Além disso. os próprios dentistas das diversas especialidades que exercem na Implantodontia. devendo este preferir empresas sedimentadas no ³mercado´. mesmo considerando os vários lançamentos de pilares protéticos Cone Morse.nos momentos de moldagem. . Além disso. Por isso. a conicidade da conexão implante-pilar protético não é padronizada entre os fabricantes. porque. região potencialmente contaminada com o biofilme bacteriano do osso perimplantar e que aumenta a espessura gengival nessa região. a possibilidade da utilização de pilares protéticos que tenham menor diâmetro que o dos próprios implantes afasta a interface implante-pilar protético. tais implantes geralmente são fechados apenas para a utilização de componentes protéticos da sua empresa. e principalmente. representantes das empresas de implantes até. a escolha da conexão tipo Cone Morse aumenta a responsabilidade do cirurgião-dentista. impedindo o intercâmbio de componentes entre empresas. pois caso haja descontinuidade do fabricante. a reabilitação do caso poderá ser inviável. Com a evolução da engenharia na implantodontia e a observância e entendimento da resposta biológica aos diversos formatos de plataformas de implantes. facilidades protéticas. rapidez e precisão. procedimento de moldagem e os cuidados que o profissional tem que ter quando da utilização deste sistema. das quais cito algumas: kit reduzido. verificou-se que o melhor desenho de plataforma de implante deveria ser de conexão interna associando um sistema anti-rotacional convencional ao sistema Cone Morse. desvantagens. cirurgias mais rápidas e menos traumáticas. 4Cone Morse :: Jorge Mulatinho . grau de confiabilidade. As conexões morse.Inúmeras são as vantagens do Cone Morse.Por Israel Correia de Lima O jornal da ABO-CE ouviu a opinião de renomados especialistas para explicar as vantagens. por não necessariamente apresentarem encaixe entre duas plataformas . sendo esta última podendo apresentar um sistema anti-rotacional convencional ou sistema chamado Cone Morse. Ricardo Teixeira Abreu .Atualmente as conexões entre implante e prótese podem ser classificadas em externa e interna. proporcionando assim um ótimo selamento. Jornal Odontonordeste. que podem levar a complicações à prótese após sua instalação. o que pode ser facilitado com a melhoria da tecnologia de planejamento. pois na conexão Cone Morse o abutment é mantido ao implante pelo parafuso e adesão por atrito. No entanto. tem menor potencial à perda óssea marginal e garante a otimização da carga imediata para casos estéticos. diminuem consideravelmente a possibilidade de haver desajuste entre componente protético e implante. Esse . estes implantes apresentam menor versatilidade de componentes protéticos em relação aos implantes de hexágono externo devendo haver maior precisão na preparação do leito cirúrgico e maiores cuidados durante a instalação dos implantes.planas. Este tipo de encaixe apresenta melhor relação com o componente protético e reduz a saucerização. contaminação bacteriana nesta diminuindo a possibilidade de região e o afrouxamento e fadiga da prótese (melhor dissipação das tensões e cargas oclusais).Qual o grau de confiabilidade? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi . o tecido periimplantar formado apresenta semelhança com a gengiva.O grau de confiabilidade desta conexão é bastante elevado.com . devendo haver bom planejamento pré-cirúrgico. com travamento mecânico (travamento friccional) da superfície interna do implante com a superfície do abutment. Em relação ao sistema ³Cone Morse´. mesmo em áreas estéticas. sendo os resultados satisfatórios.O grau de confiabilidade de um produto médico ou odontológico está relacionado à idoneidade da empresa que o fabrica e aos trabalhos científicos publicados sobre as pesquisas desenvolvidas com o recurso. diminuindo a possibilidade de micromovimentação durante as cargas. Confiabilidade mecânica: alto grau de confiabilidade por causa da robustez mecânica do projeto. podemos dizer que é confiável porque existem empresas que desenvolvem estudos mecânicos e clínicos.travamento mecânico permite que o abutment tenha uma perda de pré-carga extremamente reduzida. Ariel Lenharo . . de forma a não sobrecarregar o seu parafuso de retenção. desde que o profissional esteja embasado tecnicamente nos aspectos biológicos e biomecânicos e faça um planejamento protético reverso no critério de seleção quanto a diâmetro e comprimento. Mônica Studart Moreira .Confiabilidade: pesquisas clínicas apontam o sucesso clínico em mais de 90% dos casos em dez anos. quando comparada a outras conexões disponíveis no mercado.Confiabilidade Clínica: é total. Todas essas características proporcionam à conexão Cone Morse uma maior estabilidade. Antonio Alberto De Cara . Assim. Em uma dissertação de mestrado defendida recentemente.Lécio Pitombeira Pinto . baseado em publicações científicas que comprovem pelo menos cinco anos de pesquisa clínica.Se considerarmos a literatura científica e não apenas o ³marketing´ das empresas de implantes. bem como seu efeito na infiltração bacteriana (DIAS. considerando que a qualidade da conexão é um quesito técnico de responsabilidade eminentemente do fabricante. saliento novamente a responsabilidade do cirurgião-dentista na escolha do sistema de implantes. em contraste com os melhores resultados encontrados em conexões tipo hexágono externo. o maior grau de não adaptação e de infiltração bacteriana foi encontrado na conexão tipo Cone Morse. Além disso. que na época do experimento lançava seus primeiros implantes com Cone Morse no mercado. esses melhores e piores resultados foram produzidos pela mesma empresa. 2007). . disponível na íntegra na Internet. foi avaliado in vitro o grau de adaptação de implantes de diferentes marcas brasileiras a diferentes pilares protéticos. a confiabilidade na conexão Cone Morse está diretamente relacionada à qualidade do seu respectivo fabricante. Contraditoriamente. Em nossa clínica utilizamos este sistema há quase dez anos.Essa é uma pergunta bastante complexa. O objetivo foi avaliar o torque de afrouxamento de abutments sólidos conectados a implantes de dois estágios .Ricardo Teixeira Abreu .A confiabilidade na implantodontia é consensual. é a tendência para a implantodontia em curto prazo. a confiabilidade do sistema Cone Morse deve-se levar em consideração as certificações de qualidade do fabricante e a confiança de que haverá peças protéticas de reposição nos anos seguintes. A escolha de um sistema Cone Morse.Qual a chance de esses componentes se soltarem? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi .com . com o intuito de responder a esta pergunta. Como cada fabricante apresenta um desenho específico. Já a confiabilidade no sistema depende principalmente do processo de fabricação e da continuidade da produção de peças de reposição. Jornal Odontonordeste. devido as suas características. e durante este tempo tivemos poucos casos de afrouxamento do abutment e nenhum caso de fratura do parafuso de retenção do abutment. Também. realizamos recentemente um estudo em parceria com o Departamento de Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. A fixação de um elemento . quais sejam: grupo A (Implantes Ankylos® unidos a abutments Standard retos).600 ciclos (equivalente a 14 meses de mastigação) em uma máquina de ensaio. após ensaio de ciclagem mecânica.com conexão Cone Morse em relação à condição inicial do torque de apertamento de 25 Ncm. Com os dados clínicos e este estudo. Mônica Studart Moreira .A soltura de um componente pode representar a defesa biomecânica da unidade de ancoragem. Como resultado. e a média do torque de afrouxamento do grupo C (Conexão AR Morse®) ficou 7.6% acima do torque de apertamento preconizado pelo fabricante. Todas as amostras foram submetidas a 345. tivemos que: a média do torque de afrouxamento do grupo A (Ankylos®) ficou 9. Foram formados dois grupos (n=10). Imediatamente após o término dos ciclos. podemos afirmar que as chances de os componentes se soltarem são bem menores que nos outros sistemas. grupo C (Implantes Conexão AR Morse® unidos a abutments Speed sólidos retos). o torque necessário para o afrouxamento dos abutments foi aferido. os abutments foram apertados com torque de 25 Ncm e reapertados após 10 minutos. Para a realização da ciclagem mecânica.6% acima do torque de apertamento do preconizado pelo fabricante. Antonio Alberto De Cara . Se pensarmos nesse parafuso. Lécio Pitombeira Pinto .A chance de os componentes se soltarem. Ariel Lenharo . impedindo. com parafusos de retenção adequada à sua necessidade funcional. O sistema que não solta. dentro de um universo estomatológico de forças horizontais e verticais. as chances são mínimas. contato prematuro. já . desde que o torque correto tenha sido aplicado. a rotação do abutment sem a necessidade de polígonos na conexão. hábitos parafuncionais presentes e adquiridos. seguindo todo o protocolo. O não soltar parafuso é multifatorial. mesmo as coroas cimentadas. torque 5adequado.protético sobre implante sempre utiliza um parafusamento. é praticamente nula. quebra. a força para o afrouxamento do parafuso protético em conexões Cone Morse pode ser de 10 a 20% maior que a força utilizada para o aperto do parafuso.Devido ao aumento da estabilidade propiciada pela fricção mecânica na interface cônica implante-pilar protético. inclusive. Portanto.Os componentes protéticos apresentam um efeito de adaptação anti rotacional. que possui dimensões milimétricas. parafunção. forças musculares e mastigatórias. interferência oclusal etc. poderíamos concluir que soltar componentes é sinal de que algo não vai bem. 7%. o ajuste e a fricção proporcionada pelo .7% e de afrouxamento do parafuso oclusal de 8. os componentes protéticos não se soltarão. 1997). 1993). Jorge Mulatinho . Entretanto. Ricardo Teixeira Abreu .O sistema Cone Morse no desenho que encontramos hoje é bastante confiável. há relatos de afrouxamento do pilar protético numa ordem de 3. Vale salientar que se houver necessidade de remoção. Isso diminui as chances de os componentes se soltarem. mesmo em empresas pioneiras na produção da conexão Cone Morse. um dispositivo especial solta o componente com facilidade.Se forem seguidas as normas de aperto e torque.que nas outras conexões a força para o destorque é geralmente 10% menor que a força para o aperto (SUTTER et al. Não se pode deixar de citar a importância da aplicação do torque de apertamento recomendado pelo fabricante para se minimizar as chances de afrouxamento. em próteses unitárias submetidas a cargas funcionais de pelo menos seis meses sob tal conexão (LEVINE et al. Problemas encontrados em outros tipos de encaixes foram melhorados com a experiência adquirida ao longo dos anos. O sistema Cone Morse atual associa além das características apresentadas pelos outros sistemas como anti-rotacional e travamento por parafuso. nós preferimos selecionar e instalar os abutments diretamente na cavidade bucal.Quais são os procedimentos para a moldagem? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi Como na maioria dos sistemas de implantes podemos moldar os implantes e/ou os abutments. Tóquio. nós optamos por confeccioná-los em resina acrílica Pattern Resin (GC Corporation. depois da moldagem os análogos dos abutments são conectados e o modelo de trabalho vazado.Os procedimentos de impressão seguem os mesmos padrões da prótese sobre implantes convencionais. Podemos afirmar seguramente que os procedimentos de moldagem do sistema de conexão morse estão entre os mais simples de todos os sistemas disponíveis. pesado e leve simultaneamente. Mônica Studart Moreira . e em seguida transferi-los. Apesar de a maioria dos sistemas já possuir copings de transferência pré-fabricados. Jornal Odontonordeste. Basta remover o cicatrizador.com .Cone Morse. que são consideráveis ferramentas para impedir o afrouxamento dos pilares protéticos. . encaixar os componentes plásticos de transferência (transfers) para moldeira fechada e moldar com silicone de adição em tempo único. Esses copings são adaptados sobre os abutments e capturados pela técnica da moldeira fechada com dupla mistura (silicone densa e regular). Japão). utilizando transferentes e réplicas.Para moldagem não necessitamos de segunda cirurgia. Antonio Alberto de Cara . Após a instalação do pilar protético.Procedimentos para moldagem semelhantes aos dos sistemas tradicionais: moldagem de transferência direto do implante ou intermediário. Além da facilidade de encaixe dos transferentes e componentes . também existem componentes para transferência de moldeira fechada e moldeira aberta.Ariel Lenharo . Ricardo Teixeira Abreu . Os próprios munhões com ombro podem ser utilizados para moldagem sem necessidade de removê-los da boca. No entanto. esta transferência da sua posição tridimensional tende a ser mais fácil com a utilização da conexão Cone Morse. octógonos etc. por não depender do encaixe entre polígonos (hexágonos. Lécio Pitombeira Pinto . podendo utilizar ainda transferentes de moldeira aberta e fechada. Se o profissional quiser moldar na técnica convencional dos implantes. se a intenção é moldar o próprio implante. como mini-abutment. sendo o assentamento entre dois corpos cônicos mais fácil. Jorge Mulatinho .Muito simples. auto-direcionado.Os procedimentos para moldagem foram bastante simplificados. abutment cônico ou cimentado. os procedimentos para a moldagem serão os mesmos utilizados nas demais conexões.) para a perfeita moldagem. Domínio das técnicas. Antonio Alberto De Cara . uma especial atenção deve ser dada à oclusão do paciente. tanto na fase cirúrgica quanto na fase protética. porém. entre outros.Quais os cuidados que o profissional deve ter quando da utilização deste sistema? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi Além dos cuidados que todo implantodontista deve ter ao indicar o tratamento com implantes dentários. pois. os transferentes de encaixe rápido reduzem bastante o tempo clínico e a complexidade nas moldagens. pode ser que esta conexão seja capaz de suportá-la sem que ocorra um afrouxamento do abutment. a conexão Cone Morse apresenta uma maior estabilidade. todavia esta força se dissipará ocasionando problemas como perda óssea e disfunção temporomadibular.protéticos evitando o famoso ³gap´ que aparecia quando os pilares não encaixavam no hexágono externo. qualidade e quantidade óssea. número e localização das fixações. como relatado anteriormente. o profissional deverá: selecionar adequadamente os casos. caso uma força de maior magnitude incidida em um implante. Jornal Odontonordeste.com .Independentemente do . expectativas do paciente em relação ao prognóstico. Mônica Studart Moreira . Ariel Lenharo . protesistas e cirurgiões. O correto planejamento protético e cirúrgico é fundamental. O tipo de recobrimento gengival. chaves. além do arsenal de pilares protéticos oferecidos especificamente para o sistema. Além disso.Os cuidados com os implantes Cone Morse é de adequação da técnica cirúrgica. ACDs. é fator de extrema importância para o sucesso. O profissional deve tomar cuidado com relação à melhor distribuição e alinhamento do implante durante a fase de preparação do alvéolo.implante utilizado. como montadores. O implante deve ser colocado infra-ósseo de 1 a 2 mm. Assim será possível adquirir todo o instrumental exclusivo e imprescindível para a utilização da conexão Cone Morse. incluindo os TPDs. cicatrizadores. A avaliação criteriosa clínica e radiográfica das estruturas duras do sítio implantar e adjacências. Lécio Pitombeira Pinto . no que diz respeito à altura e largura óssea. similar a outros tipos de implantes. deve passar por um processo de adaptação ao novo sistema. o profissional deve ser habilitado e conhecer muito bem o sistema com o qual irá trabalhar. Outra recomendação é . transferentes.Inicialmente. a espessura e a quantidade de tecido mole disponível também são fatores decisivos no resultado estético. toda a equipe envolvida no tratamento. análogos. deve-se conhecer bem o sistema escolhido. A evolução da implantodontia trouxe consigo uma série de benefícios para a odontologia.a pesquisa por comprovação científica de pelo menos cinco anos de pesquisa clínica com implantes Cone Morse do sistema escolhido. o profissional deverá certificar-se do aperto correto dos componentes protéticos que ficaram permanentemente nos pacientes. Jorge Mulatinho . Ricardo Teixeira Abreu . Portanto os principais cuidados que o profissional deve ter quando da utilização desse sistema. Tudo isso proporcionou a possibilidade de simplificação dos produtos para implantodontia e uma diminuição da variedade de componentes protéticos.É possível afirmar que os atuais sistemas tipo Cone Morse para conexões . são os relacionados ao posicionamento do implante.com . para se evitar utilização de conexões de baixa qualidade produzidas durante a curva de aprendizagem da empresa. Houve uma notável melhoria nos sistemas de planejamento e imagens. Jornal Odontonordeste. devendo haver maior precisão na preparação do leito cirúrgico e maiores cuidados durante a instalação dos implantes. e materiais e técnicas em próteses e laboratórios 6 :: Cone Morsede prótese. materiais e técnicas cirúrgicas. pela facilidade cirúrgica e protética.Excetuando os cuidados gerais aplicados a todos os sistemas de implantes. além de todos os cuidados convencionais. o nosso sistema de escolha é o Cone Morse. nos casos em que a estabilidade da conexão é um fator indispensável (restaurações unitárias). mesmo porque fazemos uso deles na clínica diária. funcionam muito bem.protéticas dos implantes osseointegrados tornaram muito mais previsíveis. todos os sistemas de fixação existentes no mercado. O sistema Cone Morse é uma opção que apresenta propriedades biomecânicas adicionais. As grandes reabilitações sobre implantes não têm grande dependência do tipo em si do implante. haja vista que. duradouras e menos complexas as reabilitações sobre implantes? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi Sim.Podemos dizer que. com vários implantes. estatisticamente. porém. Não estamos com isso condenando os outros sistemas existentes. Antonio Alberto De Cara .A previsibilidade de sucesso depende de uma gama de fatores que devem ser muito bem avaliados pelo profissional. Os fabricantes têm desenvolvido constantemente novos implantes e componentes com a finalidade de melhorar a adaptação entre abutment/implante e estabelecer uma interface mais estável. independentemente do . Mônica Studart Moreira . quando são de qualidade e quando utilizados corretamente. Ariel Lenharo . Torna. menor reabsorção óssea. Acredito que no Brasil ³a velha e conhecida´ conexão tipo hexágono-externo ainda terá muito ³tempo de vida´. A reabilitação com implantes envolve procedimentos de grande complexidade.tipo de conexão.Receio concordar com tal afirmação. As conexões Cone Morse têm como principal indicação as próteses unitárias cimentadas. isso sim. a assimilação da carga funcional fica mais distribuída ao longo de toda a peça protética e. sobre todos os implantes. Lécio Pitombeira Pinto . O sistema de implantes não a torna mais ou menos complexa. porém é impossível viabilizar previsibilidade superior a outros implantes. maior estabilidade. conseqüentemente. Penso que a grande diferença do morse se faz notar quando utilizamos implantes para coroas unitárias. Nessa condição o morse é capaz de resistir a forças tangenciais e torsionais a que estão sujeitos dentes individuais sem risco de afrouxamento ou quebra do parafuso. o Cone Morse e seus componentes protéticos são opções a mais. mais fácil de executar e mais previsível.Em absoluto. qualquer que seja o sistema utilizado. se considerarmos . para melhor selamento biológico. porque após o torque o componente protético dificilmente se afrouxará. com . É inequívoca a opinião geral dos implantodontistas sobre as vantagens cirúrgicas e protéticas do sistema Cone Morse. os sistemas tipo Cone Morse apresentados hoje parecem mostrar excelente prognóstico e a experiência adquirida durante anos de acompanhamento clínico e estudos biomecânicos tornaram as reabilitações em implantodontia menos complexas desde a fase de moldagem à instalação e manutenção das próteses. simplificando a fase de seleção e instalação de componentes protéticos. Jornal Odontonordeste. estudada e conhecida (conceito de padrão -ouro).Sim. apesar da Implantodontia ser uma especialidade de evolução extraordinariamente rápida.Pela associação das melhores características observadas em cada plataforma de implante. Como falamos anteriormente. Ricardo Teixeira Abreu . com milhões de implantes instalados e em função atualmente.Mais alguma consideração? Ricardo Padilha Fortes/Wander Célio Kobayashi - .que nestes mais de 40 anos de osteointegração esta sempre foi a conexão mais utilizada. são inúmeras as vantagens biomecânicas das conexões Cone Morse sobre as outras conexões e. Jorge Mulatinho . tais mudanças de paradigma precisam de considerável prazo de tempo. Mônica Studart Moreira . elementos finitos até acompanhamento clínico e radiográfico . e os resultados têm sido satisfatórios. juntamente com os professores Vicente Mauro Neto e André Soratto. desde testes em laboratórios submetidos à tensão. Adicionaria ainda que a ausência de inflamação perimplantar e a perda óssea reduzidíssima são as grandes responsáveis pela manutenção da estética no longo prazo. Ariel Lenharo . ciclagem. Antonio Alberto De Cara . eu arriscaria prever que daqui a três ou quatro anos nós. só usaremos morse para implantes unitários.Finalizando. implantodontistas. no qual o dentista tem a oportunidade de instalar implantes que utilizam este sistema de retenção.Estamos ministrando na ABO-CE.Há muitos tópicos a serem discutidos a respeito dos implantes tipo Cone Morse. A equipe vem realizando um acompanhamento clínico e radiográfico em aproximadamente 40 pacientes que receberam cerca de 120 implantes com o sistema Cone Morse. pela simples razão de que é o único que resiste a forças tangenciais e torsionais sem induzir maiores tensões no parafuso.Não. um Curso de Técnicas Avançadas e Reciclagem para Especialistas em Implantodontia. a mínima diferença entre tais superfícies é necessária para se permitir o assentamento total entre os polígonos. este mesmo espaço na interface implante-pilar protético favorece o desenvolvimento e o acúmulo do biofilme bacteriano. para definir conceitos..de casos. na época em que foram idealizados os implantes. sendo necessários mais subsídios. HERMANN et al.A conexão tipo hexágonoexterno foi feita com o intuito de apenas ajudar na condução do implante ao leito cirúrgico. Se considerarmos as paredes das conexões hexagonais paralelas. RICHTER. 1997. sem a intenção de ser anti-rotacional. estes eram recomendados apenas para casos de próteses tipo protocolo Brånemark. 2001) demonstraram a contaminação da porção interna de implantes osseointegráveis por bactérias. No entanto. que pode resultar em inflamação dos tecidos perimplantares. Estudos in vitro e in vivo (QUIRYNEN et al. 1994. a infiltração bacteriana poderá afetar a evolução do tratamento e interferir no sucesso em longo prazo dos implantes osseointegráveis. considerando que. Considerando o biofilme bacteriano como um importante fator etiológico da perimplantite. CONRADS. principalmente de multicentricos. Lécio Pitombeira Pinto . Uma adaptação inadequada entre o implante e o pilar protético pode ser considerada um fator de risco similar às restaurações . JANSEN. podendo levar a alterações clínicas e microbiológicas nos tecidos perimplantares.dentárias mal adaptadas. a logística e os custos de importação não permitiram a Cone Morse :: 7socialização desses benefícios no mercado nacional. WEISS. Nos últimos dois a três anos. ainda. representando um risco biomecânico por submeter o conjunto a cargas indesejáveis e podendo resultar em afrouxamento ou fratura do parafuso protético. estamos iniciando uma curva de aprendizagem. Esses fatores podem resultar no comprometimento estético e funcional dos implantes osseointegráveis ou mesmo na perda da osseointegração. A conexão tipo Cone Morse representa a possibilidade de otimização de tais problemas. fratura do próprio corpo do implante ou. esta não adaptação permite micromovimentos do pilar protético quando submetido a cargas funcionais. os profissionais envolvidos com a Implantodontia. Acredito que o momento é de mudança e que as empresas e todos nós. todas as grandes empresas brasileiras de implantes começaram a disponibilizar sistemas com tal conexão. 1999). Além disso. . O tempo confirmará tais suspeitas. favorecer a perda óssea perimplantar conhecida como saucerização (GROSS. Apesar de implantes com tais conexões estarem disponíveis e serem preponderantes no mercado estrangeiro há décadas. ABRAMOVICH. Ricardo Teixeira Abreu . a ciência sempre deve ser cautelosa e conservadora para evitar riscos à saúde e erros que levem a danos a integridade do paciente. O sistema de encaixe interno tipo Cone Morse associado a um sistema anti-rotacional parece ser um sistema confiável e escolha para a substituição do famoso e aparentemente insubstituível sistema ³Hexágono Externo´. Nós.Quando se leva em consideração o tratamento com seres humanos.Uma pesquisa de opinião realizada entre profissionais que utilizavam outros sistemas e que passaram para o sistema Cone Morse revelou que a maioria (92. quando da seleção do implante e seu sistema de encaixe devese escolher um sistema confiável de um fabricante confiável. E é exatamente por isso que sempre deverá haver dúvida de quando indicar um sistema de implante para o paciente. Devemos sempre levar em consideração que o implante ficará em função por muitos anos.Jorge Mulatinho . cirurgiões-dentistas devemos estar sempre atualizados para oferecer aquilo que existe de melhor aos nossos pacientes e não . Em relação ao implantes osseointegrávies não há dúvida de sua indicação. Para isso.43%) declarou estar muito satisfeita com o sistema. mas que a prótese deverá ser substituída eventualmente. . devemos ser bastante conservadores quando tratamos de reabilitações com prognóstico duradouro e sermos céticos as propagandas comerciais. No entanto.ficarmos presos a uma técnica ou sistema por plena comodidade profissional. Luiz Marins. Pense nisso! .. Como diria o Prof. Dr.
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