Imperm Em Laje de Cobertura

March 25, 2018 | Author: marcelilopes | Category: Humidity, Relative Humidity, Polymers, Polyester, Chemistry


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1ADEMILTON PAVAN TIAGO ESTANO DAL PONT IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA: UM ESTUDO DE CASO NO TRATAMENTO DA INFILTRAÇÃO EM LAJE DE COBERTURA Tubarão 2007 2 ADEMILTON PAVAN TIAGO ESTANO DAL PONT IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA: UM ESTUDO DE CASO NO TRATAMENTO DA INFILTRAÇÃO EM LAJE DE COBERTURA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito à obtenção do título de Engenheiro Civil. Orientador: Prof. Walter Olivier Alves Tubarão 2007 3 ADEMILTON PAVAN TIAGO ESTANO DAL PONT IMPERMEABILIZAÇÃO COM MANTA ASFÁLTICA: UM ESTUDO DE CASO NO TRATAMENTO DA INFILTRAÇÃO EM LAJE DE COBERTURA Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Engenheiro Civil e aprovado em sua forma final pelo Curso de Engenharia Civil, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Tubarão, 6 de dezembro de 2007. Professor e Orientador Walter Olivier Alves Universidade do Sul de Santa Catarina Cheilla Baschirotto Badziak Engenheira Civil Professora Mara Regina Gomes Universidade do Sul de Santa Catarina 4 Todas as nossas conquistas profissionais são dedicadas aos nossos familiares, que em nenhum momento deixaram de nos apoiar. agradecemos a todos os professores do curso de Engenharia Civil. (Tiago Estano Dal Pont) • À Regina. desde profundas discussões conceituais até um simples. da Universidade do Sul de Santa Catarina. • • Aos meus pais Osmar Dal Pont e Inalda Estano Dal Pont pelo carinho e dedicação ao longo do curso. paciência e toda ajuda durante a graduação • Aos meus pais Octavio Pavan e Consuelo Marcos Pavan (in memoriam).5 AGRADECIMENTOS São inúmeras as pessoas que contribuíram para que este sonho fosse concretizado. Ao meu irmão Fabrício Estano Dal Pont pela compreensão e colaboração nas horas necessitadas. . pelo amor. (Ademilton Pavan) • • • Aos amigos que conquistamos na Universidade Ao professor Walter Olivier Alves. E foram contribuições das mais diversas. que fizeram parte do nosso processo de aprendizagem. Por fim. pela orientação e amizade e principalmente pela formação acadêmica proporcionada. mas valioso olhar de carinho e segurança na hora certa. Os resultados obtidos evidenciaram que o sistema manta asfáltica é eficaz no tratamento da infiltração em laje de cobertura. junto a uma empresa de impermeabilização do município de Tubarão. desenvolvido no período de agosto a setembro de 2007. O estudo teve como objetivo geral estudar a eficácia da aplicação da manta asfáltica no tratamento de patologias decorrentes da infiltração em laje de cobertura e. acompanhar o processo de aplicação da manta asfáltica a fim de identificar a observância da NBR 9574. através do teste de estanqueidade. dos benefícios obtidos com a aplicação do sistema manta asfáltica e do projeto de impermeabilização. Palavras-chave: Infiltração. e validar a eficácia da aplicação da manta asfáltica no tratamento da infiltração em laje de cobertura. descrever a metodologia de aplicação da manta asfáltica no tratamento da infiltração em laje de cobertura. Impermeabilização. A obra estudada localiza-se na cidade de Criciúma-SC. O estudo também revelou que há necessidade de maior esclarecimento por parte dos engenheiros em relação à importância da prevenção da infiltração. . resultados compatíveis com a NBR 9952 e que o processo de aplicação foi desenvolvido conforme preconiza a Norma 9574. uma vez que demonstrou.6 RESUMO Este trabalho caracteriza-se como um estudo de caso que trata sobre a aplicação do sistema manta asfáltica no tratamento da infiltração.SC. Manta asfáltica. como objetivos específicos. like specifics objectives. asphalt wrap. The study had like general objective to available the efficacy of the application of the asphalt wrap system in the treatment of pathologies current by the infiltration in flagstone cover and. impermeabilization. consistent results with the NBR 9952 and the apply’s process was developed like commend the 9574 norm. next to a impermeabilization company at Tubarão. The obtained results evidenced that the asphalt wrap system is efficient at the flagstone cover infiltration’s treatment because. The studied execution is located at Criciuma City – SC. developed during the period of august to September of 2007. municipal district . obtained usefulness by the asphalt wrap system apply and the project of impermeabilization. it shows through the draining test. This study also exposes that exist the needs of major elucidation by the engineers through the necessity of the infiltration’s warning. to describe the methodology of the application about the asphalt wrap at the treatment of infiltration in flagstone cover. Key words: Flagstone infiltration.7 ABSTRACT The following application characterizes like a study of case who treats about the apply of the asphalt wrap system in the treatment of infiltration. .SC. to follow the process of application of the asphalt wrap with the proposes to identify the observance of NBR 9574 and valuable the efficacy of the application in the treatment of infiltration at the flagstone cover. .................. 39 Fotografia 04 – Fissuras na laje com desprendimento de reboco .................................................................... 45 Fotografia 12 – Utilização do maçarico na aplicação da manta ..................................................................................................................................................................................... 44 Fotografia 11 – Aplicação da manta asfáltica ............................ 40 Fotografia 05 – Rachadura com presença de goteiras................8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Fotografia 01 – Calandragem: início da produção manta asfáltica.............................................. 43 Fotografia 09 – Aplicação de primer (solução asfáltica) ........... 42 Fotografia 08 – Preparação do ralo ......................... 48 . 45 Fotografia 13 – Utilização do maçarico na aplicação da manta no rodapé .............................. 40 Fotografia 06 – Remoção do contra piso ................ 43 Fotografia 10 – Aplicação da manta asfáltica ............................................................................................................................. 39 Fotografia 03 – Oxidação da ferragem .. 41 Fotografia 07 – Recuperação da base a ser impermeabilizada ......................................... 24 Fotografia 02 – Vazamento de água sobre a vaga da garagem........................ 46 Fotografia 14 – Teste de Estanqueidade ............................................................ 47 Fotografia 15 – Camada Separadora .................................... ..............1 Massa asfáltica .......................2...........................................................................................3 Absorção higroscópica de água e condensação capilar ...........3 Classificação das mantas asfálticas................................................... 14 2.......................................................1 Benefícios da utilização da manta asfáltica ......4 Infiltração por condensação..................... 16 2.............1 Infiltração capilar ...... 32 2............................................................................................................................6 INTERFERÊNCIAS ESTRUTURAIS NO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO ......................... 10 2 REVISÃO DE LITERATURA ................2 Infiltração de fluxo superficial................................3 DANOS CAUSADOS PELA UMIDADE .......9 LONGEVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO .................. 18 2...........................2 CONCEITO E TIPOS DE INFILTRAÇÕES ........ 17 2....... 37 3.... 14 2.................. 37 3...........................2 A fabricação da manta asfáltica no Brasil................. 34 3 METODOLOGIA ...........................10 PROJETO PARA IMPERMEABILIZAÇÃO DA MANTA ASFÁLTICA ................ 24 2.....7 REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO ......5....................................................8 DURABILIDADE DO MATERIAL IMPERMEABILIZANTE.......................... 21 2..............5.....................2.......................................5............................................................5 MATERIAIS INPERMEABILIZANTES ASFÁLTICOS ........................... 21 2......................................................................2.............. 20 2............................................................. 27 2............................................................................. 16 2............................................. 37 3..................1 INFILTRAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ......................2...9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............. 23 2...2...1 Caracterização da obra ............................. 34 2..... 31 2...................................1 TIPO DE ESTUDO ..............2 O CASO EM ESTUDO ..................................... 14 2.........4 SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS INFILTRAÇÕES ............................................................ 29 2.................................................... 15 2....... 38 ...........................................9. 33 2.....................................................5..................................................................4 Classificação das mantas asfálticas segundo os custos conforme SBRT (2006) ....... ....10 3...................................................................................................................... 54 ANEXO A – NBR 9952: Seleção e projeto.................. 73 ANEXO C – NBR 9974: Manta Asfáltica com armadura para impermeabilização .................................................................................................3 Metodologia de aplicação da manta asfáltica: o processo de tratamento da infiltração .......................................................... 41 4 CONCLUSÃO ..........................................requisitos e métodos de ensaios ........................................2... 52 ANEXOS ............................................................................................... 49 REFERÊNCIAS .......................... 86 .............................................. 55 ANEXO B – NBR 9975: Execução de impermeabilização ....... registram-se de aplicações pioneiras em pavimentos. além de ocasionar outros problemas. na Arca de Noé. No século XIX. ou seja. 70% do mercado de betume estava na Engenharia Civil (em serviços de pavimentação). com betumes de jazidas naturais. • em serviços de mumificação. pelos egípcios. tornando-se um material de baixo custo e com uso crescente em pavimentação. Outras aplicações industriais vêm crescendo e 55% destas são relativas a serviços de impermeabilização. na França (1802). O estudo das patologias vem contribuindo de forma significativa para o conhecimento sobre a prevenção e o tratamento de problemas da construção civil. impermeabilização e pinturas industriais de proteção (SELMO. Dentre as patologias mais comuns nesta área destaca-se a infiltração. A impermeabilização é um recurso utilizado com freqüência tanto na prevenção de infiltrações como no seu tratamento. segundo a Shell do Brasil S/A (apud SELMO.XX). Mais recentemente. econômicofinanceiro e na saúde física e emocional dos proprietários e moradores. na Mesopotâmia. no início dos anos 90 (séc. A partir de 1909. podendo-se citar os seguintes registros históricos clássicos de sua aplicação: • como material de assentamento de alvenarias. Com o desenvolvimento científico e tecnológico surgiram vários produtos que atendem as exigências do mercado atual. iniciou-se o emprego de betume derivado do petróleo. 2002). Esta ocasiona uma variedade de problemas que afetam sobremaneira a estrutura física da obra. USA (1838) e Inglaterra (1869). • como material impermeabilizante.10 1 INTRODUÇÃO Nas últimas décadas do século XX a patologia na construção civil passou a ser considerada como campo de estudo nesta área. como por exemplo. A literatura sobre o assunto relata que desde a antigüidade este é um recurso utilizado para prevenir as infiltrações. 2002). . O betume. segundo Selmo (2002) é um dos mais antigos materiais usados pelo homem. um resíduo da sua destilação. devido ao controle rigoroso em seu processo de produção. e ao benefício imediato após sua aplicação. como área verde (jardins. Todavia. como por exemplo. Especificamente em relação à prevenção e ao tratamento da infiltração através da impermeabilização com este tipo de sistema. A manta asfáltica. por parte dos profissionais e dos proprietários. Ressalta-se que muitas vezes a falta de conhecimento e de credibilidade no sistema leva os profissionais a proporem um tipo de cobertura mais tradicional. atua como isolamento térmico. visto que estas poderiam ser utilizadas como espaço de lazer e. por vezes. oferecendo maior conforto aos moradores e preservação da estrutura da obra. . O aproveitamento das coberturas como área verde. hortas). Tais experiências são decorrentes de fatores como a falta de observância das Normas Brasileiras de Regulamentação NBR 9575 e NBR 9574. além de contribuir com a preservação do meio ambiente. embora ele se constitua em um importante recurso para a construção civil. Esses fatores. ainda se constata a carência de informações em relação aos cuidados referentes à sua aplicação. a ausência de projeto específico e de mão-de-obra qualificada. pode-se atribuir a desconfiança as experiências mal sucedidas no uso deste sistema. Quanto aos proprietários. o que faz com que se tornem resistentes em relação a sua utilização. à rapidez de sua aplicação em áreas abertas. até. podem surgir problemas decorrentes da utilização desse sistema desencadeados pela não observância dos fatores acima descritos. No que diz respeito aos profissionais o fato pode ser associado ao possível encarecimento dos custos da obra devido à ausência de planejamento. visto que esta sofre menor dilatação.11 Este estudo tem como objeto de investigação a impermeabilização por manta asfáltica em laje de cobertura. e a utilização de produto de baixo custo e inadequado à área a ser impermeabilizada. é um dos produtos mais utilizados para impermeabilização em laje de cobertura. e de maior conscientização. à facilidade de manuseio. levam ao mau aproveitamento das áreas abertas. Considerando esse contexto pretende-se investigar a eficácia da impermeabilização por manta asfáltica no tratamento da infiltração em laje de cobertura. em relação à importância do seu uso. os telhados. Acompanhar o processo de aplicação da manta asfáltica a fim de identificar • a observância da NBR 9574. O presente estudo está estruturado em quatro capítulos: No primeiro capítulo discute-se sobre a problemática e os objetivos do estudo.12 O interesse em realizar este estudo decorre do fato de a temática "impermeabilização" ter sido abordada de forma sucinta no Curso de Engenharia Civil e por se considerar que tal conhecimento é de relevância na formação do engenheiro. especificamente na prevenção e tratamento de patologias oriundas da infiltração. Assim sendo. . posto que a qualidade da obra está associada. Outro aspecto motivador está relacionado ao fato de um dos pesquisadores exercer suas atividades profissionais na área da impermeabilização. entre outros fatores ao surgimento ou não de patologias. pela empresa de impermeabilização. esta temática não tem sido abordada nos TCCs do Curso de Engenharia Civil da UNISUL Campus de Tubarão – SC. Este estudo. Validar a eficácia da aplicação da manta asfáltica no tratamento da infiltração em laje de cobertura. traz a possibilidade de enriquecer sua prática a partir de uma concepção teórica mais sistematizada. Diante do exposto. Este estudo tem como finalidade última oferecer subsídios que contribuam com a área de engenharia civil. o que imprime originalidade ao estudo. dentre essas a infiltração. o desenvolvimento do TCC nesta área constitui-se em uma oportunidade para aprofundar a formação acadêmica e para obtenção de elementos teórico . por sua vez. estabeleceu-se como objetivo geral: • Estudar a eficácia da aplicação da manta asfáltica no tratamento de patologias decorrentes da infiltração em laje de cobertura.metodológicos capazes de enriquecer a atuação profissional. Como objetivos específicos elencaram-se os seguintes: • • Descrever a metodologia de aplicação da manta asfáltica no tratamento da infiltração em laje de cobertura. Ademais. requisitos para a realização da impermeabilização.13 No capítulo dois apresenta-se a revisão de literatura abordando a infiltração na construção civil. fabricação e classificação da manta asfáltica. sistemas de tratamento das infiltrações. . danos causados pela umidade. Finalizando o estudo apresentam-se as referências e os anexos. No capítulo quatro apresentam-se as conclusões. em que se aborda o tipo de estudo. materiais impermeabilizantes. interferências no processo de impermeabilização. O capítulo seguinte trata da metodologia. tipos de infiltrações. a caracterização da obra estudada e o processo de aplicação do sistema manta asfáltica. durabilidade do material impermeabilizante e longevidade do sistema de impermeabilização. Dentre as manifestações mais comuns referentes aos problemas de .1 INFILTRAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL Conforme o Centre Scientifique et Techinique de la Construction . uma vez que o ambiente úmido abriga microorganismos (fungos) que são responsáveis pelo desencadeamento de doenças. fissuração ou instalações (PICCHI. podem gerar desgaste físico e emocional nos proprietários.] os levantamentos apontam que as falhas mais freqüentes dizem respeito a problemas de umidade.. além de interferir na durabilidade. 1986). no reboco. 2. por exemplo. visto que a recuperação da obra implica gastos financeiros e problemas na comodidade dos moradores. p. no concreto. Este tipo de “patologia”. referentes aos problemas mais comuns encontrados nas edificações. da obra é prejudicial à saúde do homem. entre outros..CSTC (apud PICCHI. p. a partir dos anos 70.[. na pintura.14 2 REVISÃO DE LITERATURA 2. a patologia das edificações estuda as falhas que ocorrem nos diversos componentes ou sistemas da edificação. se desenvolve-se mais um campo de estudo específico da construção civil. Ademais. 514). 1986. Há vários tipos de infiltrações que afetam a estrutura física da obra especialmente nos materiais utilizados em sua construção como. caracterizando as formas de manifestação e tentando identificar as causas. no aço. denominado internacionalmente patologia das edificações. deslocamento. 160). após levantamentos realizados na Europa.2 CONCEITO E TIPOS DE INFILTRAÇÕES Conforme Yazigi (2004. Na construção civil. 514-515). descolamento de revestimento.15 umidade em edificações. pela tensão superficial. nos demais casos. a umidade é absorvida na fase gasosa. Caso a água seja absorvida permanentemente pelo material de construção em região em contato direto com o terreno. p. liquens. sendo os mais importantes os relacionados com a absorção de água. encontram-se manchas de umidades. conforme descrito por Yazigi (2004. friabilidade da argamassa por dissolução de compostos com propriedades cimentícias.1 Infiltração capilar Os materiais de construção absorvem água na forma capilar quando estão em contato direto com a umidade. Há uma série de mecanismos que podem gerar umidade nos materiais de construção. A água é conduzida. 514) os principais tipos de infiltrações são: • • • • • capilar de fluxo superficial higroscópica por condensação capilar por condensação Nos fenômenos de absorção capilar e por infiltração ou fluxo superficial de água. eflorescências. e não seja . a umidade atinge os materiais de construção na forma líquida e. p. A seguir apresentam-se estes tipos de infiltração. nos seus estados liquido e gasoso que penetra nas lajes por capilaridades através de fissuras ou trincas existentes no concreto/contrapiso. através de canais capilares existentes no material. (2004. fissuras e mudança de coloração dos revestimentos. De acordo com o autor supracitado. A infiltração pode ser caracterizada como a passagem da água do meio exterior para o interior ou em sentido contrário. 2. corrosão. Isso ocorre geralmente nas fachadas e em regiões que se encontram em contato com o terreno (úmido) e sem impermeabilização.2. algas. bolor (ou mofo). revestimento etc. Além das dimensões dos poros. Esse é o mecanismo típico de umidade ascendente. que poderá se intensificar caso a umidade seja submetida a certa pressão. como no caso de fluxo de água em piso com desnível. cujo valor se denomina umidade de equilíbrio.2. maiores serão os vazios dos poros do material de construção que poderão ser ocupados pela condensação capilar. se necessário. O mecanismo de absorção higroscópica da . Neste caso. a pressão de vapor de saturação da água diminui. Quanto menores forem os poros dos materiais de construção. 2. Na condensação capilar. a água é absorvida na forma gasosa. a umidade de equilíbrio pode variar consideravelmente. Caso o material de construção contenha sais. o mecanismo depende principalmente da umidade relativa do ar. ocorre umidade de condensação abaixo do ponto de orvalho. drenagem. 2. Normalmente. deverá ser adotada impermeabilização vertical e.2 Infiltração de fluxo superficial Caso o local que está em contato com o terreno não tenha recebido impermeabilização vertical eficaz. O método mais adequado para combater umidade ascendente em paredes é por meio de impermeabilização horizontal eficaz (de difícil execução se a obra já estiver concluída). mais alta será a qualidade de umidade produzida por condensação capilar. Um ambiente com umidade relativa do ar em torno de 70% produz. nos materiais não são encontrados teores de umidade menores que a umidade de equilíbrio. ocorrerá absorção de água (da terra úmida) pelo material de construção absorvente (através de seus poros). pela capilaridade. Quanto maior for a umidade relativa. ou seja.2. será transportada gradualmente para cima.3 Absorção higroscópica de água e condensação capilar Em ambos os mecanismos. certa quantidade de umidade por condensação capilar. nos materiais de construção.16 eliminada por ventilação. . A temperatura de 17º C denomina-se ponto de orvalho.4 Infiltração por condensação Em determinada temperatura. que muitas vezes podem ser deficientes. para poder eliminá-los eficazmente. não se pode esquecer de avaliar e eliminar defeitos de construção. conseqüentemente. denominado peso de vapor saturante. Além disso. prumadas e ralos(para águas pluviais e/ou de lavagem). a velocidade de evaporação. Não só os dados químicos e físicos devem ser levados em consideração na restauração ou tratamento da anomalia. são mais elevados quando o ar é mais quente e seco. também é de fundamental importância avaliar as condições do contorno.17 umidade é desencadeado do ar. o ar estará úmido. Os locais subterrâneos e o térreo são os mais atingidos por esse fenômeno. a absorção higroscópica da umidade desempenha papel especial nas partes da edificação que se apresentam salinizadas por umidade ascendente. 2. ou estar rompidos. porém não saturado. as causas das anomalias. Caso a massa de ar apresente redução da temperatura sem modificação do peso de vapor. Naturalmente.2. igual à relação entre o peso de vapor contido no ar e o peso de vapor saturante. É necessário avaliar especialmente a influência de água subterrânea. O poder dessecante do ar e. Caso o peso de vapor seja inferior ao máximo. será gerada maior umidade (grau higrotérmico). do grau e do tipo de salinização. Faz-se necessário conhecer exatamente os mecanismos individuais de umedecimento. Para o diagnóstico das anomalias. é preciso verificar especialmente o grau de umidade e a existência de sais. de fluxos superficiais de ladeiras e de águas provenientes de infiltrações. ar saturado. Esse estado é caracterizado pelo grau higrométrico. como por exemplo caimentos. o ar não pode conter mais que certa quantidade de vapor de água inferior ou igual a um valor máximo. A diferença entre o peso de vapor saturante e o peso de vapor contido no ar representa o poder dessecante do ar. esse último indica que o grau higrométrico é menor. a água pode ser absorvida na forma higroscópica durante o tempo necessário até alcançar a umidade de saturação. ou seja. A 17º C resulta grau higrotérmico de 100%. ou seja. penetrando na madeira. e a das paredes exteriores seja de 15º C a 16º C. destilam enzimas ácidas que a corroem. Em qualquer dos casos. o mofo e o apodrecimento também são decorrentes da umidade. mofo. e sempre desvaloriza uma obra. manchas. ou. Caso a umidade do ar seja de 60% a 70%. A umidade permanente deteriora qualquer material de construção. porque eles também ali aderem.3 DANOS CAUSADOS PELA UMIDADE A ausência de impermeabilizantes nas áreas molhadas pode causar. estes são defeitos que só raramente podem ser admitidos. eflorescências. segundo Verçoza (1983). com o tempo. esses fungos precisam de ar e água. que secam as superfícies e removem os esporos (sementes). numa construção. Goteiras e manchas são defeitos mais comuns das infiltrações e que se procura sustar com a impermeabilização. ela pode. escurecendo as superfícies e. deterioração.18 É necessário levar em consideração que a temperatura do ar e a temperatura das paredes de um edifício podem ser muito distintas. se a quantidade é maior. A eliminação do mofo não é fácil. nos setores com temperatura de 12º C obrigatoriamente ocorrerá condensação de água. Não proliferam em ambientes absolutamente secos. ficar aderente e ocasionar uma mancha. no outro lado. devido à umidade relativa do ar ser mais elevada por causa da redução da temperatura. apodrecimento. Efetivamente. Logo. Para evitar que apareça é preciso eliminar a umidade. ou até fluir. gelividade e Goteiras e manchas – quando a água atravessa uma barreira. desagregando-as. 2. o que se consegue com impermeabilizações e com ventilação. O mofo e o bolor são fungos vegetais cujas raízes. criptoflorescências. Mas depois que as raízes atingem maior profundidade é difícil . gotejar. pode ocorrer que a temperatura do ar seja de 20º C. Sendo vegetais. Mofo e apodrecimento – o apodrecimento da madeira é devido ao mofo e bolor. ferrugem. os seguintes problemas: goteiras. Até mesmo nas alvenarias eles causam danos. carregadas de sais de enxofre. ou descolamento da pintura. carbonato de cálcio (pó branco). fazendo este se descolar. As eflorescências causam mau aspecto. ao contato com a água pode originar ácido clorídrico. não é uma eflorescência. na forma de estalactites. trazidos do seus interior pela umidade. sólidos ou em forma de pó.19 destruí-las. mas o essencial é saber que a umidade é que dá condições favoráveis ao aparecimento da ferrugem. O cloreto de cálcio. Os sais que causam as eflorescências também podem estar contidos na atmosfera. que aumenta a força de repulsão ao reboco. ao aumentar de volume. Eflorescências – são formações de sais nas superfícies das paredes. na areia. Estes sais podem estar nos tijolos. É o caso comum das zonas industriais. Conforme o volume. O processo de formação da ferrugem é complexo e não cabe aqui descrevê-lo. por onde sobe a umidade. as eflorescências formam um plano capilar. Nos reservatórios é comum que elas apareçam no fundo. na forma de pó branco. Muito mais grave ainda é quando o concreto contém substâncias que se tornam oxidantes ao contato com a água. volumosos). Eliminando-se a penetração da água. Pior ainda quando elas se situam entre os tijolos e o reboco. facilmente aparece a ferrugem que. elimina-se a eflorescência. chegam a formar estalactites. etc. . sulfoaluminato de cálcio (crosta embranquecida). de mau aspecto e de volume maior que o do ferro que lhe deu origem. vitrificados. por exemplo. No caso do ferro e aço a oxidação toma o nome de ferrugem. A ferrugem é um sal de pouca aderência (cai facilmente sob fricção). muito usado como aditivo acelerador de pega do concreto. manchas. etc. na argamassa. no cimento. As eflorescências aparecem quando a água atravessa uma parede que contenha sais solúveis. Exemplos de sais causadores de eflorescências: nitratos alcalinos (formam cristais brancos. que corrói as armaduras rapidamente. onde a água evapora e os sais se depositam. Ferrugem – oxidação é a transformação lenta de um metal em seus óxidos. Então. Dissolvendo-se na água eles são trazidos por ela para a superfície. Por isso deve-se sempre procurar obter concreto impermeável: se a umidade penetrar até a armadura. na realidade. mas uma deposição. Quando situadas entre o reboco e a parede. no concreto. sais de ferro (cor ferruginosa). arrebenta o cobrimento do concreto armado. nas paredes. as criptoflorescências fazem desagregar os materiais. eles podem pressionar a massa. parecendo lixada. desagregando paulatinamente o material. Então a superfície dos tijolos começa a se desgastar. Ela pode congelar à temperatura de até 6ºC. Os sulfatos. aumentam muito de volume. e não somente de aparência ou acabamento.20 altamente reativo. ou afetados. Geralmente toma a forma convexa. ou por ela conduzidos. Neste caso. No miolo. de mesma causa e mecanismo que as eflorescências. e se traduz por calor. Esses defeitos vão aos poucos deteriorando os materiais e a obra construída. Não havendo a penetração da água. Ao crescerem. que então impede o congelamento. É normal que as pinturas não eliminem manchas de eflorescências. E a água em canais capilares congela à temperatura acima de 0º. O maior causador de eflorescência é o sulfato. é preciso usar um selador eficiente ou remover o reboco atacado. formando rachaduras e até a queda da parede. não haverá gelividade.4 SISTEMAS DE TRATAMENTO DAS INFILTRAÇÕES Existem no mercado diversos produtos impermeabilizantes com . principalmente na camada superficial. a impermeabilidade é também uma exigência de duração. Gelividade – a água. aumenta de volume. 2. Mas na superfície a resistência é menor. Logo. Deterioração – todos os defeitos citados antes são causados pela água. Assim sendo. a água depositada nos poros e canais capilares dos tijolos e do concreto congela em dias frios. Mesmo que a pressão seja pequena. este aumento de volume é contido pela massa do tijolo. Ao congelar aumenta de volume. ao receberem água. mas agora os sais formam grandes cristais que se fixam no interior da própria parede ou estrutura. Os sais também podem estar no solo e ser carregados às paredes por capilaridades. Criptoflorescências – também são formações salinas. formando-se gelo que desloca as camadas mais extensas. ao congelar. Os sais reagem com a nova tinta e a mancha reaparece. necessitando. Considera-se vida útil de uma impermeabilização como sendo o período decorrido desde o término dos serviços de impermeabilização até o momento em que os componentes do sistema atinjam o ponto de fadiga que comprometam o seu desempenho desejável. em temperaturas elevadas. Asfaltos modificados + Estrutura + Elastômeros em solução (neoprene/Hypalon). Este estudo enfocará a impermeabilização por manta asfáltica. modificado. [.. não é elásticos. Mantas elastoméricas (Butil/EPDM). vida útil etc.] Sua escolha deverá ser determinada em função da dimensão da obra.5. . forma da estrutura.Manta flexível Pré-fabricada: Mantas asfálticas. Esses materiais deformam-se menos que 10%. Asfaltos oxidados + Estrutura. existem os seguintes sistemas: .1 Massa asfáltica A massa asfáltica utilizada para alguns tipos de impermeabilizantes pode ser de asfalto oxidado. . são quebradiços em baixas temperaturas e possuem baixa resistência à . através da passagem de ar. Conforme Yazigi (2004. em função das diferentes matérias-primas adotadas.5 MATERIAIS IMPERMEABILIZANTES ASFÁLTICOS 2. p..Membrana rígida moldada in loco: Cristalização.21 características físico-químicas distintas. custo. A oxidação diminui a termo-sensibilidade do asfalto de destilação direta e produz um material com pontos de amolecimento mais altos e penetrações variáveis. Argamassa rígida. interferências existentes na área. 2. Soluções asfálticas. 501).Membrana flexível moldada in loco: Emulsões asfálticas. após. no verdadeiro sentido da palavra. Mantas poliméricas (PVC). A seguir são discriminados estes materiais segundo Denver Produtos Impermeabilizantes ([2000]) a) Asfalto oxidado: é aquele produzido a partir do asfalto de destilação direta. emulsão asfáltica e solução asfáltica. Basicamente. que são utilizados na prevenção e no tratamento da infiltração. Emulsões acrílicas. de manutenção ou reparação. etc. maior coesão entre partículas. adquire as propriedades do asfalto antes da solubilização d) Asfalto modificado: é aquele modificado com polímeros. São sistemas de uso decrescente na impermeabilização. provocar um aumento de absorção d’água do produto c) Solução asfáltica: é produzida. Após a evaporação do solvente. Normalmente são adicionadas cargas. O asfalto modificado pode ser a quente. e como adesivo para mantas asfálticas. maior plasticidade em baixas temperaturas. quando incorporados polímeros dos tipos APP (polipropileno atático). isto pode. já que incorpora excelentes propriedades ao asfalto convencional. As principais características do asfalto modificado são: melhor resistência às tensões mecânicas. base solvente ou . Possui um teor de sólidos entre 50% a 65%. principalmente. com a incorporação de polímeros de SBS (Estireno-Butadieno-Estireno). não tendo resistência à fadiga e elasticidade.22 fadiga. dependendo da quantidade e tipo de polímero adotado. São utilizados para os sistema de membranas de feltro e asfalto. excelente elasticidade/plasticidade. sensíveis melhoras da resistência à fadiga e ao envelhecimento. copolímeros de etileno. redução da termo-sensibilidade. principalmente depois de envelhecida. Alguns fabricantes incorporam látex polimérico para um incremento de flexibilidade. Apresenta baixa flexibilidade. mantas asfáltica. em temperaturas mais elevadas. com a finalidade de incorporar melhores características físico-químicas ao asfalto. b) Emulsão asfáltica: é produzida através da emulsificação em água do asfalto CAP (cimento asfáltico de petróleo). bem como da sua perfeita compatibilização com o asfalto. poliuretano. O asfalto modificado pode ter características plásticas. Suas propriedades podem ser maiores ou menores. de forma a permitir a sua aplicação a frio. É considerado o sistema de maior evolução da última década. com o objetivo de melhorar sua resistência ao escorrimento. a partir da solubilização do asfalto oxidado em solvente apropriado. ou elásticos. dependendo da formulação. sendo hoje o mais utilizado em todo o mundo. . Podem ser aplicadas de forma aderida ou não ao substrato (conforme a natureza das movimentações previstas para a obra e características da manta). como também para a produção de mástiques. enquanto para pavimentação ainda é embrionária. em locais não transitáveis). para evitar pegajosidade da manta enrolada) e acabamentos especiais para proteção solar (escamas de ardósia ou lâmina de alumínio. com incorporação de armaduras de poliéster ou nylon. fabricados em rolos. as misturas com elastômero são empregadas tanto para a fabricação de mantas de impermeabilização ou para a execução de membranas "in loco". as mantas são fabricadas com asfaltos modificados. mais ductilidade. polietileno. Apresentavam uma propriedade de se autovedar conhecida como "self-healing".2 A fabricação da manta asfáltica no Brasil A fabricação nacional de mantas asfálticas. obtidos por calandragem. impermeáveis. São produtos à base de asfalto modificados com ou sem armadura (véu ou tecido de reforço). Atualmente. em pequenos furos que surgiam pela ruptura da película. Estes possuíam. A partir da década de 80. filme de polietileno externo. penetração e resistência às baixas temperaturas. que hoje tendem a ser a maior novidade no mercado brasileiro. com características definidas. como massa asfáltica. (memória).23 emulsão. a tecnologia de asfaltos modificados com polímeros iniciou-se no Brasil. É utilizados nos sistemas de membranas asfálticas. com aplicação nos serviços de impermeabilização. destinados à impermeabilização. Estas têm em sua composição determinado tipo de armadura (véu de fibra de vidro. em relação ao asfalto oxidado comum. bem como mantas asfálticas modificadas. iniciou-se na década de 70 do século passado utilizando. bem como resistência elevada para resistirem à penetração de raízes de árvores e outras solicitações desfavoráveis. 2. extensão ou outros processos. Em impermeabilização. os asfaltos oxidados catalíticos.5. lâminas metálicas. de acordo com Selmo (2002). sendo o sistema que domina o mercado europeu e com forte penetração no mercado norte americano e japonês. Geralmente é utilizado SBS (estireno-butadieno-estireno) ou outro polímero que venha a aumentar a resistência à tração e alongamento . (SBRT.quando ocorre a adição de elastômeros na massa. asfalto modificado é aquele devidamente processado.3 Classificação das mantas asfálticas As mantas asfálticas.24 Cabe salientar que pela terminologia de materiais para impermeabilização.NBR 9952. segundo o Serviço Brasileiro de Resposta Técnica. de modo a se obterem determinadas propriedades. No anexo A apresenta-se a Norma Técnica . Na fotografia abaixo apresenta-se o processo de calandragem da manta asfáltica Fotografia 01 . 2006) podem ser classificadas como: a) elastoméricas . que trata dos requisitos e métodos de ensaio da manta asfáltica. 2.5.Calandragem: início da produção da manta asfáltica Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. 2007. usa-se asfalto de fluidez elevada e grande poder de impregnação.filme de polietileno de alta densidade e) conforme o tipo de acabamento é dado pelo acabamento aplicado na superfície da manta: . com ponto de amolecimento . d) conforme o tipo de estruturante interno: .mantas de asfalto oxidado. em uma ou ambas as faces .resistentes à ação dos agentes atmosféricos (luz. calor. elevado ponto de inflamação. oferecendo memória elástica. em uma ou ambas as faces . o que evita aparecimento de vazios no material.quando ocorre a adição de plastômeros na massa. Para a saturação. com baixa suscetibilidade à temperatura.areia. APP (polipropileno atático). 2006): a) asfaltos • asfaltos oxidados .véu de fibra de vidro . Usualmente. A penetração deve ficar entre 50 e 150. poli-condensado ou com a adição de um blend genérico de polímeros.poliéster .alumínio em uma das faces . umidade).geotêxtil em uma das faces Os materiais constituintes das mantas devem possuir as seguintes características (SBRT.polietileno.polietileno . ponto de amolecimento acima de 100º C e sem formar espuma no aquecimento. b) plastoméricas .não-tecido de filamentos de poliéster .pó de ardósia em uma das faces . c) econômicas .25 do produto.glass . mas é muito pouco resistente à flexão e a cisalhamento. em escala decrescente de qualidade.APP) O asfalto pode ser enriquecido.26 de 40 a 60º C no caso de rolos.são em geral os mais resistentes. por conta da dilatação das estruturas. o asfalto deve ser mais duro.oferece uma razoável resistência à tração. lã. nos de amianto podem utilizar-se apenas asfalto. O véu de poliéster interno pode ter diferentes densidades e gramaturas (gramas por metro quadrado). • • asfaltos elastoméricos (com adição de elastômeros . pela resistência da manta à tração e ao alongamento. • filme de polietileno (plástico) . Os feltros de amianto levam ainda amido ou silicato de alumínio. • véu de fibra de vidro (mantas glass) . . Os de fibras contêm polpa de madeira. Em seguida. • poliéster (uma lâmina de fibras prensadas de poliéster chamada de “não-tecido” de poliéster) .não oferece resistência muito maior. juta. seda. por terem características elásticas. Os feltros têm fabricação análoga ao papel ou papelão. com adição de polímeros que aumentam sua resistência a deformações e a vida útil do produto.SBS) asfaltos plastoméricos (com adição de plastômeros . que são as características mais exigidas quando a manta é aplicada na construção civil. ou empobrecido com aditivos e cargas adicionados sem qualquer função a não ser o de baixar o custo. As mantas blendadas vêm a seguir. etc. b) estruturantes Respondem. vêm as mantas plastoméricas. para placas. As mantas elastoméricas são as mais nobres. raiom. Os feltros de fibra podem ser saturados com asfalto ou alcatrão. • feltros – são constituídos de fibras orgânicas (animais ou vegetais) ou de amianto. Por último vêm as mantas econômicas de asfalto com algumas cargas e plastificantes. pela formação de pastas. quase que sozinhos. oferecendo um blend de polímeros (geralmente obtidos de plásticos e borracha reciclada). Segundo este Serviço. Pode ser usado somente em locais onde não deve haver praticamente nenhum requisito de tração longitudinal ou transversal. Não possuem quase nenhuma resistência à tração ou a danos mecânicos. foi possível obter somente informações básicas referentes ao processo de fabricação das mantas asfálticas. Muitas vezes os grãos são preparados artificialmente para permitir várias colorações.4 Classificação das mantas asfálticas segundo os custos conforme SBRT (2006).27 É apenas um estruturante interno. as mantas podem ser classificadas de acordo com os custos dos materiais utilizados na sua produção. que têm a função de proteger os asfaltos da ação oxidante da luz e do calor solar. • Por se tratar de um processo bastante técnico e específico e tendo em vista que os fabricantes deste tipo de produto não fornecem informações detalhadas sobre sua produção. Podem ser usados grãos de basalto e quartzito com diâmetros de até 2. • alumínio (em um dos lados).5. 2. além de não requerer aplicação de argamassa sobre a manta. . aumentam a resistência à ação do fogo e podem ser utilizados para fins estéticos. Caso contrário. a manta acaba se rompendo. que tem por função impermeabilizar e isolar termicamente. que mantém a manta coesa.4mm. São obtidos a partir da calcinação de argilas com adição de compostos coloridos. c) acabamento externo da manta • minerais superficiais. a saber: a) Supereconômicas: são mantas com estruturantes internos em polietileno (um filme de plástico) e com massa pobre. Os maiores fabricantes não as produzem. d) Nobres: os estruturantes e as massas são adequados ao cumprimento das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). c) Intermediárias: o estruturante interno é em geral semelhante ao estruturante das mantas nobres (poliéster de aprox.120g/m2. São recomendadas onde haverá tráfego de equipamentos e autos. pelos riscos de imagem e problemas decorrentes. b) Econômicas: são mantas com estruturantes internos em poliéster (bidim termoestabilizado) de gramatura aprox. A estocagem dos rolos é na horizontal. Podem ser usadas em áreas de até 500 ou 600m2. etc. . altas dilatações. e) Técnicas: são geralmente desconhecidas do público não-técnico e são em geral vendidas diretamente pelas fábricas para aplicações muito específicas como impermeabilização e locais com temperaturas próximas de zero. mas atendem a determinadas condições de solicitação. pré-moldados. que tipificam as mantas (geralmente tipo III e tipo IV). onde não haja tráfego futuro de veículos/equipamentos e onde a movimentação estrutural é pequena os rolos são estocados necessariamente em pé.180 g/m2). Em geral não atendem às normas técnicas. caso contrário formam-se 'pés de elefante' (deformação no rolo). em que a movimentação dinâmica é elevada (grandes lajes. puncionamento. Se ficarem ao sol. mas podem ser usados materiais reciclados. pois são uma boa solução para a maioria dos problemas das obras em geral. basta beliscão para rompê-las. São as mantas mais vendidas hoje em dia. ou de fibra de vidro (glass).28 Só podem ser usadas em áreas bastante reduzidas (o que numa relação custo/ benefício justifica o uso de impermeabilizantes líquidos. que não trazem o inconveniente de se usar maçarico). etc). etc. Há uma série de quesitos a cumprir em resistência à tração. A composição da massa é também de baixo custo. Entre eles os que mais se destacam. bem como estabelece os métodos de ensaio necessários para a verificação destes quesitos. Em alguns casos. Quanto aos aspectos estruturais. elas não proporcionam transtornos. A escolha de um dado tipo de manta deve ser em função dos locais e estruturas a serem impermeabilizadas. O maior problema das juntas é o modo como nelas proporcionar estanqueidade perfeita sem modificar o comportamento estrutural. Esse processo construtivo gera dificuldade para aplicação do sistema impermeabilizante. também obedecer a certos princípios. utilizadas para impermeabilização. grau de fissuração previsto. 511-513). as juntas precisam obedecer a algumas regras para serem locadas e. p.2. são os seguintes: a) Juntas de dilatação: constituem um problema sério na maioria das obras. mas quando devidamente projetadas. Cabe ao responsável técnico definir o tipo de manta a ser indicado para cada obra. segundo Yazigi (2004.5. quanto à impermeabilização. da carga atuante sobre a manta.6 INTERFERÊNCIAS ESTRUTURAIS NO PROCESSO DE IMPERMEABILIZAÇÃO Os problemas encontrados nas edificações no momento de se executar a impermeabilização são vários. exposição às intempéries e formas de aplicação aderida ou não a substrato. flecha máxima admissível.29 De acordo com a NBR 99521 em seu item 5. que possui índices elevados de vazios. prejudicando assim a execução do caimento necessário. o desnível entre as áreas internas e externas é obtido pela execução de enchimento. . independentemente da existência de regiões situadas na parte interna ou na parte externa (onde receberão incidência direta ou indireta de chuvas). Isso causa problema quando ocorre falha na 1 A NBR 9952 especifica os requisitos mínimos necessários para a aceitação de mantas asfálticas com armaduras de reforço envolvidas pela massa asfáltica. 2. b) Soleira em área fria: as lajes de um pavimento geralmente são concretadas no mesmo plano horizontal. A impermeabilização deverá adentrar no mínimo 20 cm. terá de ser previsto um rebaixo junto do piso para embutimento do rodapé da impermeabilização. Na maioria dos casos. entre as áreas externa e interna. se previsto no projeto estrutural. fazer opção pelo desnível na concretagem da laje . A impermeabilização do piso subirá sem emenda. a umidade passa a ser confundida com possíveis vazamentos no sistema impermeabilizante.30 impermeabilização da área externa. assim. como não estão impermeabilizado na sua parte inferior. No box de chuveiro. e assim o problema poderá ser reduzido. luminárias. a argamassa de proteção mecânica do rodapé terá de ser armada com tela galvanizada. c) Caixão perdido: há. e depois impermeabilizados na sua parte superior. A umidade retida no piso interno empena revestimento de madeira ou mancha e descola carpetes e ladrilhos. na fase do projeto estrutural. pois a água geralmente percola para a região interna e fica retida nos vazios do enchimento. nas paredes. em áreas impermeabilizadas expostas a chuvas. O encontro da regularização do piso com a do rodapé deverá ser arredondado (meia cana). . na parte interna. a contar da soleira. por mais que se recupere a impermeabilização na região externa. reduzirá os problemas de descolamento da manta impermeabilizante e a conseqüente infiltração de umidade pela sua parte posterior. Esse detalhe. o rodapé subirá até 1 m acima do piso acabado. eles são executados de modo fechado e oco. d) Engaste no plano vertical (rodapé): nas paredes e pilares de concreto aparente. em alguns projetos arquitetônicos. até a altura ideal de 30 cm acima do piso acabado. e ter sua borda inclinada para cima . Os topos da impermeabilização e da tela serão fixados firmemente à parede. e) Arranque: Os arranques para fixação de postes. esses caixões apresentam saturação de umidade residual no seu interior e. necessidade de se construírem lajes com caixões perdidos. Para diminuir o risco é necessário. Nas áreas externas. o problema permanece na parte interna. Como o ar fica confinado nos vazios. de ser fixado no material de acabamento do piso. tubulações. etc. singularidade. 1986). ficando conseqüentemente afastado alguns centímetros acima do ralo. para ter qualidade. A camada impermeabilizante aplicada sobre a regularização deverá penetrar alguns centímetros no ralo.7 REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DA IMPERMEABILIZAÇÃO Um dos principais elementos para o sucesso da impermeabilização é a qualidade da construção e a preparação da estrutura para receber a impermeabilização. A maior parte dos problemas de impermeabilização se dá nas bordas.. O caixilho da grelha terá. g) Tubulação que atravessa a impermeabilização: a regularização do piso será arrematada junto da tubulação em forma de cordão (meiacana).31 brinquedos. passagem de dutos. No entanto. ela depende de uma série de detalhes que garantam a estanqueidade dos pontos críticos. etc. . juntas. etc. f) Ralos: a parte superior do ralo terá de facear a superfície de regularização do piso e nunca facear o piso acabado. O sistema impermeável deve possuir características adequadas.indevidamente chumbados juntas de concretagem mal executadas concreto segregado com ninhos. mudanças de planos. Pois. (PICCHI. de forma a suportar as solicitações impostas. tais como: • • • • inadequado recobrimento das armaduras ralos. etc. assim. antenas e pilaretes de travamento de muretas de alvenaria precisam estar previstos no projeto estrutural e executados antes da impermeabilização da laje. encontros com ralos. 2. A impermeabilização terá de subir na parede da tubulação até a altura de 30 cm acima do piso acabado (colarinho). elementos de quadras esportivas. O topo da impermeabilização deverá ser firmemente fixado à tubulação por meio de fita adesiva. muitas vezes verificamos erros construtivos que danificam ou prejudicam seu bom desempenho. Após a execução da argamassa. destacado. no mínimo.(tijolo furado) execução de enchimentos com entulho. 15 cm) (YAZIGI. 2.32 • • • • regularização de laje.8 DURABILIDADE DO MATERIAL IMPERMEABILIZANTE Conforme Yazigi (2004. p. São necessários alguns cuidados na preparação dos substratos para receber a impermeabilização. sob substrato sujo. seca e isenta de partículas soltas. deve-se umedecer o substrato e lançar uma calda de cimento. executar uma regularização da laje com argamassa de cimento e areia.. utilização de materiais inadequados para construção de jardineiras. traço 1:3 de baixo fator água/cimento. etc. como meia-cana. Antes do lançamento da argamassa. etc.. sem cura. Em relação às lajes: sobre superfície limpa. executada com traço inadequado. não respeito à natureza de dilatações térmicas distintas entre os diversos materiais de construção.. as estruturas estão sujeitas às variações . impermeabilização e proteção mecânica sob a mesma (mín. com fissuras. deve-se promover sua hidratação para evitar fissuras de retração. com raio mínimo de 8cm. Todos os cantos vivos devem ser arredondados. Toda a tubulação horizontal com previsão de ser instalada sobre a laje deverá ter altura suficiente para permitir a execução de contrapiso. com caimento mínimo de 1% em direção aos ralos. espelhos d’água. objetivando maior poder de colagem. antes da execução da impermeabilização. Devem ser instalados ralos em número suficiente para evitar espessuras de contrapiso superiores a 7 cm e distantes das paredes. 2004). sendo recomendável utilizar uma emulsão adesiva acrílica. Não deve ser adicionado aditivo impermeabilizante na argamassa. Deve-se verificar qualquer problema de empoçamento de água e corrigi-lo. 20 cm. madeira. 505). etc. e após vários ciclos de repetição do fenômeno em questão. tendo diversas definições. seja ela de origem térmica seja de origem mecânica. Chama-se. A temperatura sofre ciclos de variação do dia para a noite e do verão para o inverno. Para tempo de vida útil de impermeabilização menor que 25 anos. os materiais da impermeabilização também serão submetidos a ciclos de expansão e retração. Como geralmente a estrutura está submetida ora a esforço de tração ora de compressão. e é por vezes até confundido. então.33 de temperatura do ambiente. uma vez cessada a causa que provocou a deformação. O referido autor adota as definições do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT). para efeito de comparação dos diversos sistemas. Vida útil: é o período durante o qual as propriedades de um produto permanecem acima de limites mínimos admissíveis. 149). por depender da localização de sua aplicação. Estando a impermeabilização solidária à estrutura. quando submetido aos serviços normais de manutenção. bem como resistir às tensões de tração e de compressão atuante. para os materiais ou sistemas em avaliação. inclinação da laje etc.9 LONGEVIDADE DOS SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO Esse é o mais subjetivo dos enfoques a serem considerados para avaliação dos sistemas de impermeabilização. Consideram-se. . do tipo e espessura da camada isolante. e de outras condições tais como intensidade do vento. os valores de alongamento à tração que estão especificados nas normas técnicas. 2. com o termo “vida útil”. o termo “durabilidade” está relacionado. p. dependendo da temperatura atuante sobre ela. A temperatura alcançada em uma laje de cobertura varia em função da cor do revestimento. a saber: • • Durabilidade: capacidade de um produto manter suas propriedades ao longo do tempo em condições normais de uso. De acordo com Picchi (1986. o que provoca esforços de tração e de compressão sobre elas. de resiliência de um material a capacidade que ele tem de retornar às suas dimensões iniciais. conclui-se que deva acompanhar a movimentação desta. segurança e conforto do usuário. Na presente conceituação. 2004). bem como a salubridade. colhida na vivência prática de obra ao longo dos anos. e custo menor (PICCHI. então. 2.1 Benefícios da utilização da manta asfáltica A manta asfáltica proporciona uma impermeabilização de espessura e desempenho comparáveis ao sistema moldado no local (feltro asfáltico e asfalto). . a vida útil e o conceito serão aumentados em torno de 25% (YAZIGI. a longevidade. Conceitua-se. em vigor desde dezembro de 2003. para que sejam atendidas as condições mínimas de proteção da construção contra a passagem de fluidos. com economia de mão-de-obra e tempo.10 PROJETO PARA IMPERMEABILIZAÇÃO DA MANTA ASFÁLTICA O profissional responsável pela impermeabilização deve dispor dos projetos estrutural e arquitetônico e demais projetos complementares que dizem respeito à impermeabilização. por serem passíveis de ocorrer em todos os sistemas. 2. 1986).9. de forma a ser garantida a estanqueidade das partes construtivas que a requeiram. Utilizando nas impermeabilizações asfaltos modificados. em função do tipo de obra e da existência ou não de proteção mecânica e térmica. O projeto de impermeabilização passou a ser obrigatório com a revisão da NBR 95752 (Anexo B). não se levam em conta eventuais deficiências executivas. enriquecidos com elastômeros sintéticos compatíveis às altas temperaturas de adição (mistura).34 atribuem-se números de conceito proporcionalmente menores. mas tão-somente a longevidade associada a cada sistema de impermeabilização. No item 6 desta Norma está descrito o seguinte: 2 A NBR 9575 estabelece as exigências e recomendações relativas à seleção e projeto de impermeabilização. pela experiência em impermeabilização. de modo a serem previstas as correspondentes especificações em termos de tipologia.1 Projeto básico de impermeabilização:a) desenhos: . a degradação das estruturas e componentes construtivos.3. barragens e obras de arte.1. com o mínimo de intervenção nos revestimentos sobrepostos à mesma. d) possibilitar sempre que possível a realização de manutenções da impermeabilização. bem como os serviços decorrentes deste projeto.detalhes construtivos que explicitem as soluções adotadas no projeto de arquitetura para o atendimento das exigências de desempenho em relação à estanqueidade dos elementos construtivos e à durabilidade frente à ação da água.1. pelas partes das mesmas que requeiram estanqueidade. devido à passagem de fluídos e lixiviação de compostos solúveis do concreto.plantas de localização e identificação das impermeabilizações. águas pluviais. conforme definido na NBR 13532. gás.1 Elaboração e responsabilidade técnica 6.cargas. 6. desde que observadas normas específicas de desempenho que proporcionem as mesmas condições de impermeabilidade. b) proteger as estruturas.2. devem constar os dados do profissional responsável junto ao Conselho Regional de Engenharia. c) proteger o meio ambiente de possíveis vazamentos ou contaminações por meio da utilização de sistemas de impermeabilização. da umidade e do vapor de água. revestimento. bem como a correspondente Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).detalhes construtivos que descrevem graficamente as soluções adotadas no projeto de arquitetura para o equacionamento das interferências existentes entre todos os elementos e componentes construtivos.2.3. devem ser realizados por profissionais legalmente habilitados (com registro no Conselho Regional de Engenharia. argamassas e revestimentos.1 e 6. que porventura estejam expostos ao intemperismo.3. hidráulico-sanitário.2. dimensões. projeto executivo e projeto realizado). industriais. 6.plantas de localização e identificação das impermeabilizações. podendo ser integrado ou não outros sistemas construtivos.1 O projeto básico de impermeabilização deve ser realizado para obras de edificações multifamiliares.3 Em todas as peças gráficas e descritivas (projeto básico. sendo-lhes garantido a salubridade física. bem como componentes construtivos.1 A impermeabilização deve ser projetada de modo a: a) evitar a passagem indesejável de fluidos nas construções.2.3 O projeto deve ser constituído de acordo com 6.detalhes genéricos e específicos que descrevam graficamente todas as soluções de impermeabilização.2 O projeto executivo de impermeabilização. 6. Arquitetura e Agronomia (CREA).2 Características gerais 6. com qualificação para exercer esta atividade técnica especializada. comerciais e mistas. de modo a ser evitadas. Arquitetura e Agronomia da região em que se situa a obra a que se refere). contra a ação de agentes agressivos presentes na atmosfera.2.2. bem como para túneis.2 O projeto deve ser desenvolvido em conjunto e compatibilizado com os demais projetos de construção tais como: arquitetura (projeto básico e executivo) estrutural. 6.1. 6. O responsável técnico pela execução deve obedecer de forma integral a esse projeto.3. paisagismo e outros. . 6. . 6. pelo mesmo profissional ou empresa responsável pelo projeto legal de arquitetura. e) proporcionar conforto aos usuários. . .2 Projeto executivo de impermeabilização:a) desenhos: .2. ensaios e detalhes. bem como dos locais de detalhamento construtivo.b) textos: memorial descritivo dos tipos de impermeabilização selecionados para os diversos locais que necessitem de impermeabilização.projetadas e que . tão logo percebida falhas do sistema impermeável.35 6 Projeto 6.2. bem como dos locais de detalhamento construtivo. elétrico. . detalhes de piscina e rodapés. O rodapé.metodologia para controle e inspeção dos serviços. . e portanto maior rentabilidade no seu aspecto mais amplo. se não for bem dimensionado. carbonatação do concreto. Silva (1995. embora a aplicação seja fácil. a umidade passa pela impermeabilização. bolor e fissuras – se devem quase sempre às impermeabilizações malfeitas.memorial descritivo de procedimentos de execução. apud SOUZA. Ainda a este respeito. degradação da argamassa. devem ser analisados com cuidado e a instalação. quando se fala em mantas. o nível de terra do paisagismo para determinar a altura de arremate da manta. De acordo com Cambiaghi (1992. as patologias mais comuns na construção civil – corrosão de armaduras. A existência de um projeto de impermeabilização minimiza a ocorrência das patologias. Até mesmo detalhes paisagísticos alteram o projeto: é preciso saber. O projeto de impermeabilização assume maior importância quando se verifica que esse procedimento é um componente cuja execução interfere e sofre a interferência de outros subsistemas do edifício. 1998) destaca que as soluções adotadas na etapa de projeto têm amplas repercussões em todo o processo da construção e na qualidade do produto final a ser entregue ao cliente. por exemplo. por ser um produto pré-fabricado. além de prever detalhes como arremates. uniforme e passar por rigoroso controle técnico de produção. MELHADO. Assim. controlada e fiscalizada corretamente. com o tempo. O problema mais grave. Segundo Antunes (2004). . mas tudo o que envolve a aplicação. Dentre as soluções mais utilizadas. b) textos: memorial descritivo de materiais e camadas de impermeabilização. apud SOUZA. menores custos e menores prazos de execução. a manta asfáltica é sem dúvida a que exige mais cuidados. já que permite controlar a execução. pode ficar menor do que o piso final porque existe uma camada de regularização muito grande – e.planilha de quantitativos de materiais e serviços. por exemplo. MELHADO. ralos. 1998). a eficácia de um bom projeto proporciona menos desperdício. eflorescências. É unanimidade que arremates e detalhes são os pontos críticos das mantas asfálticas e onde podem surgir os problemas. por exemplo. da pintura e dos revestimentos. não é o produto. tubos emergentes.36 sejam necessários para a inequívoca execução das mesmas. esta modalidade de estudo compreende três fases.1 TIPO DE ESTUDO Por se tratar de um estudo relacionado à patologia na construção civil. ou avaliá-la analiticamente. O caso é tomado como unidade significativa do todo e. a patologia constatada e o tratamento aplicado para resolução do problema. optou-se por realizar um estudo de caso tendo em vista que esta modalidade de pesquisa possibilita a compreensão do problema de forma abrangente. 102). O estudo de caso é uma caracterização abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e crítico de uma experiência. De acordo com Gil (1999. suficiente tanto para fundamentar um julgamento fidedigno quanto propor uma intervenção. “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos. 72).2 O CASO EM ESTUDO O referido estudo foi realizado no período de agosto a setembro de 2007. 3. 3. o trabalho de campo e a organização e redação do relatório. por isso. junto à A Pavan Impermeabilizadora . a saber: a seleção e delimitação do caso.37 3 METODOLOGIA Neste capítulo descreve-se a metodologia adotada no desenvolvimento deste estudo abordando o tipo de estudo. objetivando tomar decisões a seu respeito ou uma ação transformadora.]”.. empresa de impermeabilização situada . p. Segundo o autor supracitado (2000). Na opinião de Chizzotti (2000.. p. a descrição da obra. de maneira a permitir seu conhecimento amplo e detalhado [.ME. Ressalta-se que o local onde ocorreu o problema foi impermeabilizado durante a execução da obra. a utilização de mão-de-obra não qualificada. visto que tal medida pode ter perfurado o sistema.. A referida obra apresentou problemas de infiltração que teve origem na laje da garagem superior para a garagem inferior. não foi possível realizar um diagnóstico aprofundado para detectar com "precisão'' as possíveis causas da infiltração. Esse projeto tem como propósito apresentar de forma detalhada os materiais que serão aplicados nas áreas a serem impermeabilizadas. a ausência de projeto com especificação detalhada sobre a utilização do .38 no município de Tubarão-SC.2. restando pouco a ser feito [. constituindo-se em diretriz orientadora para execução. Segundo este autor.]. De acordo com Borigato (1992 apud SILVA. Quanto à obra em estudo. Todavia. Na maioria dos casos.57 m². normalmente toda a estrutura e instalações já foram executadas. pode-se atribuir como um dos principais fatores causais a abertura de dilatações feitas sobre o piso após a colocação deste. se faz projeto de adaptação da impermeabilização. O referido projeto deve estar embasado na NBR9575. totalizando 4.1 Caracterização da obra Trata-se de um edifício residencial construído em 2004 com 06 pavimentos de apartamentos e dois pavimentos de garagem. ao tipo de produto utilizado. a falta de cuidados na execução da proteção mecânica. após 2 anos de sua conclusão.. Todavia. Criciúma-SC. quando se considera a necessidade da impermeabilização. A obra estudada localiza-se no município de 3.173. em virtude da urgência requerida para a solução deste problema. a empresa responsável pela execução do sistema não recebeu da construtora o projeto de impermeabilização. MELHADO 1998). ao comportamento da estrutura da laje. ainda é reduzido o número de construtoras que elaboram o projeto de impermeabilização nas fases iniciais dos projetos do edifício. Outros fatores podem ser associados a má execução da impermeabilização. 39 produto.Vazamento de água sobre a vaga de garagem Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. 2007.Oxidação da ferragem Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. 2007. Fotografia 02 . Fotografia 03 . . As imagens a seguir apresentam o local do estudo e os problemas apresentados em decorrência da infiltração. 40 Fotografia 04 .Rachadura com presença de goteiras Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores.Fissuras na laje com desprendimento do reboco Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. 2007. . Fotografia 05 . 2007. 2007. O processo de tratamento da infiltração compreendeu oito etapas.3 Metodologia de aplicação da manta asfáltica: o processo de tratamento da infiltração Em decorrência da infiltração. foi realizada a recuperação da base mediante a colocação de uma camada de argamassa com areia e cimento.Remoção do contrapiso Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. Segunda etapa: Em seguida foi aumentada a altura do rodapé para ancoragem da manta nos perímetros da laje.41 3. como descritas a seguir: Primeira etapa: O trabalho iniciou-se através da remoção do contrapiso existente sobre a impermeabilização e da remoção deste. Posteriormente. Nos perímetros foi realizado o mesmo tratamento com traço 1:3 conforme descrito na NBR 9574³ (Anexo C).2. da obra em estudo. em agosto de 2007 a construtora contratou outra empresa de impermeabilização para recuperação de 350 m² da laje de cobertura. conforme demonstra a imagem a seguir. . Fotografia 06 . 4 da supracitada NBR: "As superfícies devem estar suficientemente secas. 2007. . em seu item 5. com os caimentos de 1%.5 daquela Norma.42 A referida Norma. sendo a superfície ao redor dos ralos de escoamento rebaixada." Quarta etapa: Após a regularização da área. Terceira etapa: Na seqüência de recuperação de toda a superfície deixou-se secar a base. estabelece que "As cavidades ou ninhos existentes na superfície devem ser preenchidos com argamassa de cimento e areia traço (1:3) com ou sem aditivo. foram arredondados os cantos (meia-cana). como indicado no item 5. Segundo o item 5." Fotografia 07 . "O substrato a ser impermeabilizado não deve apresentar cantos e arestas vivos.2." A imagem a seguir ilustra a preparação dos ralos. de acordo com a necessidade do sistema de impermeabilização a ser empregado. conforme preconiza a NBR acima referida. os quais devem ser arredondados com raio compatível com o sistema de impermeabilização a ser empregado.Recuperação da base a ser impermeabilizada Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. . a qual requer aproximadamente 8 horas em condições climáticas adequadas. 2007.Preparação do ralo Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores.43 Fotografia 08 .Aplicação de primer (solução asfáltica) Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. 2007. com presença de sol. ou seja. Quinta etapa: Finalizadas todas as etapas de preparação da base foi aplicada uma demão de PRIMER (solução asfáltica) e aguardada a secagem do produto. Fotografia 09 . tubo do gás central e portas.44 Sexta etapa: Consistiu na aplicação do sistema de impermeabilização com manta asfáltica. isto significa que a primeira manta colocada passou por cima dos ralos para que as emendas das mantas posteriores obedecessem ao sentido do escoamento da água. o tipo de tráfego.Aplicação da manta asfáltica Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. Na fase de colocação da manta foi realizada primeiramente a execução dos detalhes dos ralos. A escolha do sistema adotado pela empresa de impermeabilização levou em conta as condições em que se encontrava a superfície. formando uma cascata. canos do pára-raios. As mantas foram sobrepostas com emendas de 10 cm. como demonstram as fotografias a seguir. a segurança e a rapidez de execução. A aplicação da manta foi iniciada a partir da parte mais baixa da superfície. foi utilizada para a recuperação a manta asfáltica 4mm APP tipo III. uma vez que o local se caracterizava como um condomínio residencial e estava sendo ocupado por seus moradores. Desta forma. Fotografia 10 . conforme NBR 9952. . 2007. 45 Fotografia 11 . 2007. Fotografia 12 . 2007. A aplicação das mantas foi realizada com maçarico de alta pressão ligado a um botijão de gás de 13kg.Utilização do maçarico na aplicação da manta Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores.Aplicação da manta asfáltica Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. . A chama do maçarico era direcionada para face da manta que ficava aderida à superfície. aquecendo o polietileno até que o mesmo se rompesse e o asfalto começasse a brilhar (apresentando ponto de aderência) e imediatamente era aderida a manta ao substrato. Nas laterais foi colada a manta asfáltica. sendo os rodapés preparado com 25 cm de altura e 2. Sétima etapa: Finalizada a execução da impermeabilização. . Para tanto. foi colocada no local uma lâmina de água com cerca de 3 cm de altura na parte mais alta. A NBR 9574.14. recomenda-se ser efetuada uma prova de carga com lâmina d'água. conforme demostra a fotografia a seguir. 2007. os ralos foram fechados para o teste de estanqueidade do sistema. pressionando a colher de pedreiro aquecida sobre as emendas. para garantir a perfeita vedação. para verificação da aplicação do sistema empregado". "Após a execução da impermeabilização.46 Após colocação das mantas foi realizado o biselamento nas emendas. recomenda que tal teste seja realizado por no mínimo 72 horas.Utilização do maçarico na aplicação da manta no rodapé Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. Fotografia 13 . a qual permaneceu por 10 dias. com duração mínima de 72 h.5 cm de profundidade. com os cantos rebocados e arredondados. em seu item 5. . Oitava etapa: Após a aprovação pelo teste de estanqueidade. foi retirada a lâmina de água (abertos os ralos) e colocada uma camada separadora de argamassa sobre a impermeabilização.47 Fotografia 14 .Teste de estanqueidade Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. foi realizada a proteção mecânica mediante a colocação de argamassa com espessura mínima de 4 cm e foram deixadas juntas de dilatação. uma vez que a proteção mecânica sofrerá retração e dilatação decorrentes da variação térmica. 2007. sobre esta. a empresa responsável pela impermeabilização "entregou" a obra para a construtora responsável a fim de que esta realizasse o acabamento final. .Camada separadora Fonte: Trabalho de campo realizado pelos pesquisadores. Sendo assim.48 Fotografia 15 . 2007. visto que não apresentou qualquer problema relacionado a infiltrações. Após a colocação da camada separadora o serviço de impermeabilização foi considerado concluído. posto que permitiu acompanhar todas as etapas do processo de impermeabilização iniciando-se pela identificação do problema. o que também se constitui em incômodo. assim. esta ainda se constitui em um problema que ocorre. A adoção de medidas preventivas no sentido de evitar ou minimizar a ocorrência de situações desagradáveis faz parte do cotidiano de todos nós. destacam-se a resistência dos profissionais e proprietários em relação à aplicação do sistema de impermeabilização. posto que esta area lida com edificações e com vidas humanas. tanto em obras construídas recentemente como naquelas com alguns anos de existência. impede ou limita o surgimento de desconfortos aos moradores decorrentes desse problema. Portanto.49 4 CONCLUSÃO Embora a infiltração se caracterize como uma das patologias da área da construção civil em que há diversos estudos que abordam sua origem e a forma de preveni-la. estas últimas presentes quer no processo de construção da obra. quer como usuárias (consumidoras) de seu trabalho. é importante se ter claro que recuperar uma obra com problemas de infiltração é bem mais dispendioso do que realizá-la no momento da edificação. inúmeros são os fatores que podem ser associados à gênese desse problema. A este respeito. a consciência da prevenção deve ser inerente ao profissional da engenharia civil. tais medidas assumem uma dimensão imensurável. a falta de planejamento. além de possibilitar uma maior vida útil da obra. aos objetivos de descrever a metodologia de aplicação da manta asfáltica no tratamento da infiltração . é de conhecimento dos profissionais da área que tal medida. Conforme referido no início deste estudo. Na área de engenharia civil. no momento da edificação da obra. Outro aspecto que também se deve levar em conta é o tempo gasto com a recuperação da obra. entre estes. com grande freqüência. até o teste de estanqueidade. e a utilização de produtos inadequados e de mão-de-obra não qualificada. Especificamente em relação à prevenção da infiltração. Em relação ao tipo de pesquisa a adoção da modalidade "estudo de caso" mostrou-se adequada aos fins a que se propôs. atendendo-se. incluindo-se aí o gasto financeiro. carece de conhecimento e qualificação. uma vez que demonstrou. Tem-se a clareza de que este estudo não se constitui em algo “estanque – acabado”. Ademais. aspecto este considerado fundamental para a obtenção dos resultados pretendidos com este sistema. ainda. esta experiência possibilitou que o aprendizado fosse vivenciado de forma concreta em um dos campos de trabalho do engenheiro. facilitando sobremaneira o desenvolvimento do trabalho de impermeabilização e o acompanhamento por parte dos pesquisadores. julga-se oportuno apresentar as seguintes sugestões: Ao curso de graduação em Engenharia Civil. bem como da importância de elaboração do projeto de impermeabilização. posto que foi necessário realizar uma revisão de literatura que oferecesse sustentação ao objeto de estudo. da aplicação da impermeabilização. especialmente em relação à produção científica. o desenvolvimento deste estudo contribuiu para a ampliação dos conhecimentos teóricos acadêmicos. Quanto ao objetivo de validar a eficácia da aplicação da manta asfáltica no tratamento da infiltração em laje de cobertura. in loco. deseja-se que este se constitua em uma experiência que possa gerar novas pesquisas sobre este tema. Portanto. como tal. que busque aprofundar a .50 em laje de cobertura e de acompanhar o processo de aplicação da manta asfáltica a fim de identificar a observância da NBR 9574. pôde-se constatar que este sistema é eficaz no tratamento desta patologia. por permitir desenvolver de maneira sistematizada o acompanhamento.Outro aspecto observado no processo de aplicação trata-se do cumprimento da NBR 9574 pelos aplicadores. e também. com vistas a oferecer uma contribuição mais efetiva para esta área. Possibilitou. resultados compatíveis com as determinações da NBR 9952. Pode-se citar como limitação na operacionalização deste estudo a escassez de produção científica nesta área. Vale destacar que o sistema foi aplicado por equipe técnica que possui experiência na área. através do teste de estanqueidade. O estudo também revelou que há necessidade de maior esclarecimento por parte dos engenheiros em relação à importância da prevenção da infiltração e dos benefícios obtidos com a aplicação do sistema manta asfáltica em laje de cobertura. Dessa forma. Diante do exposto. vivenciar uma área que é pouca explorada por estes profissionais e. pela empresa impermeabilizadora. de disciplina específica e que procure incentivar a produção científica nesta área. que procurem rever seus conceitos em relação ao serviço de impermeabilização. que invistam na qualificação de mão de obra.51 discussão sobre sistemas de impermeabilização mediante a inclusão. que elaborem e executem projetos de impermeabilização conforme preconiza a NBR 9575. Aos engenheiros civis. que em seu espaço de influência estimulem a realização deste serviço no momento de execução da obra e que busquem conhecer com profundidade a qualidade do material e do serviço de impermeabilização oferecido. . Às construtoras. Às empresas de impermeabilização. que observem a NBR9574 no momento de execução do serviço. que construam e executem projetos de impermeabilização. e que exijam projetos específicos de impermeabilização dos responsáveis pela obra. que estejam atentas à contratação de serviços especializados na área e que invistam em capacitação profissional. em seu Projeto Pedagógico. sobretudo. Disponível em: <http://www.183 – 188. Rio de Janeiro. São Paulo: Cortez. Curso de impermeabilização. 2000. Julio César. São Paulo. 2003. Pesquisa em ciências humanas e sociais. Enio José. . 2004. Bianca. Construção Mercado. DENVER. Mantas asfálticas. NBR 9575: Seleção e projeto. 1986. PICCHI. São Paulo. n. VERÇOZA. São Paulo: Atlas. São Paulo: Pini Ltda. Porto Alegre: Sagra. 1995. Materiais betuminosos. 1999. out.1998.ibict. Antonio. Silvio. Pesquisa Social. Diretrizes para seleção e projeto de impermeabilização dos pisos do pavimento tipo de edifícios. 1998. Rio de Janeiro. Apostila da disciplina de Materiais de construção I do curso de Engenharia Civil da escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Flávio Augusto. _______. Apostila da Denver impermeabilizantes. 2007.2002.br>. p. Rio de Janeiro. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS. BURRATTINO. Impermeabilização na construção. 39. 1986. Impermeabilização. Silva. SELMO. SOUZA.Acesso em 20 set. NBR 9574: Execução de impermeabilização. Antonio Carlos. NBR 9952: Manta asfáltica com armadura para impermeabilização – requisitos e métodos de ensaio. _______. 1983. Suzano. CHIZZOTTI.52 REFERÊNCIAS ANTUNES. GIL. Impermeabilização de cobertura.sbrt. São Paulo. Construção estanque. São Paulo: Pini Ltda. Walid.53 YAZIGI. A técnica de edificar. . 2004. 54 ANEXOS . 55 ANEXO A – NBR 9952: Seleção e projeto . 56 . 57 . 58 . 59 . 60 . 61 . 62 . 63 . 64 . 65 . 66 . 67 . 68 . 69 . 70 . 71 . 72 . 73 ANEXO B – NBR 9575: Execução de impermeabilização . 74 . 75 . 76 . 77 . 78 . 79 . 80 . 81 82 83 84 85 . 86 ANEXO C – NBR 9574: Manta Asfáltica com armadura para impermeabilizaçãorequisitos e métodos de ensaios .
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