Imagem Por Dietmar Kamper

March 25, 2018 | Author: ericooal | Category: Immortality, Image, Death, Life, Time


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CISCCENTRO INTERDISCIPLINAR DE SEMIÓTICA DA CULTURA E DA MÍDIA IMAGEM Dietmar Kamper “sinal”. “essência”. econômico. o sacrifício da missa 2 . uma semelhança…). aquilo que tal imagem originária reproduz. já alude a “reto” “justo”). uma passagem histórica e biográfica da magia à representação. à moderna doutrina dos sinais. reprodução” (é de novo controverso se a raiz. que percebe enfim apenas nexos de “reenvio”(e a isso se refere a passagem de Hölderlin). assim como em billig. Bild. Mesmo etimologicamente se podem confrontar apenas ambiguidades: bilidi (antigo alto alemão) significa. do “realismo da imagem” que compreende a realidade como um “ser na imagem”. apresenta. é semelhante(uma impressão. De um lado se sublinha. a tradição dos ícones da igreja oriental. porém. desenha. se tomada ao pé da letra. um espelho. resistem obstinadamente mesmo em tempos iluminados. De outro. portanto. alcança sua essência. Costuma-se admitir.A passagem de IPERIONE (Oh o homem é um deus quando sonha e um mendigo quando reflete) representa. cópia. “imagem. aquilo através do qual algo recebe sua forma. uma boa introdução ao significado ambivalente da palavra alemã para “imagem”. no qual. chega ao pleno desdobramento de sua força miraculosa. como. no melhor dos casos. todavia. Essa posição mutável entre uma ordem mágica da plena presença na qual a imagem é idêntica àquilo que mostra e uma ordem da representação que tende ao vazio. de um lado. por exemplo. restos mágicos. ”forma” e de outro. nunca se perdeu de todo. Bilwis. tem efeito mais profundo que uma ato mágico completo. É possível determinar a posição dos diversos fluxos de tradições ou correntes relevando a sua proximidade ou distância da magia e da representação. Até no grego eikon e no latim imago se conservou o mesmo sentido duplo do antigo alto alemão bilidi. Tendo em vista que quase ninguém é capaz de resistir ao horror vacui(medo do vazio). Nos artigos do Historisches Wörterbuch der Philosophi fica clara a irritação que se produziu na história do espírito como reação ao significado mutável de “imagem”. algumas correntes da poesia e da arte figurativa mais recente. Um evento que não se verifica nunca. daí deriva a sucessão circular de substitutos que procura substituição. por outro lado. mas. A partir disso se pode concluir a favor de uma realidade sagrada não perfeitamente eliminável da imagem e. O vértice que nasce ao centro das imagens através do vazio não pode mais ser preenchido pelos resultados da razão que produz os sinais.católica. ainda que o trabalho teórico da supri-los com uma aceleração crescente de 3 . existe a possibilidade de compreender melhor os enormes efeitos que brotam da profusão de imagens exatamente na época da perfeita abstração. Decisiva para o destino ocidental das imaginações foi acima de tudo a doutrina da “imago dei”(imagem de deus) judaica cristã que recebeu seus impulsos decisivos da especulação paulina sobre o “primeiro” e o “último Adão”. reflete a plenitude) e no meio postula uma queda da realidade da imagem e uma reaproximação a ela. a efígie impressa de um selo. a imagem refletida. Assim se pode falar de um filho como o eikon do pai. 4 Cristo de “o último Adão” a definição de “imagem de deus” e o coloca em relação com o . Eikon. que no começo e no fim tem como signo supremo uma determinada versão da imagem(e precisamente a sua função de espelho que. Esse é o sentido a que São Paulo recorre quando chama homem do éden antes da queda. As influências gnósticas. Com isso se traça um esboço da história da salvação cristã. quando vazio. portanto. como imago.com sua desconfiança nas comparações dos poetasseparou nitidamente idéia e imagem e com isso acrescentou suspeita à fantasia. significa. acentuando-lhe a fisionomia de ilusão. Já Platão . e ainda a sombra de uma pessoa. relações nas quais existem graduações de semelhança. porém.filosofia grega e da exegese bíblica-judaica tenha precisado acelerar o afastamento da compreensão mágica da imagem. puderam de novo interromper esse desenvolvimento com suas hierarquias da semelhança. Acreditava-se então que os conhecimento dos vocábulos conferisse um poder real sobre as coisas e sobre os homens e que pronunciar um certo nome poderia desencadear uma reação sobrenatural) Na história da filosofia a partir da Idade Média uma formalização da doutrina da “imago dei” segue junto à tempestade de imagens que se inflam e desinflam. É um recurso típico dos povos primitivos que viviam em estreita dependência de seus deus e de um mundo mágico e . ao contrário.ela . por causa de sua “falta de substância”. não apenas se abre à cunha(que deveria repelir ) da abstração(veja-se a metáfora do reespelhamentos continuados em Niccoló Cusano ou a concepção leibniziana do ente indivisível como un miroir de l ´univers. misterioso. que foi também tema público até a Revolução Francesa: 5 se possa falar de prejuízo do . aconselhado a tabuizzazione das imagens (não há em português: transformação em tabu . por alguns aspectos. sem que discurso.( um espelho do universo).de certo.é pura relação!.A extraordinária fecundidade dessa concepção não deve porém iludir sobre o fato de que. mas tem . Da interrupção violenta da idolatria das imagens se pode para sempre reconstruir uma demonstração negativa da potência do mágico. em linguística isso significa que o nome acompanha a coisa e acaba se unificando a ela. ao contrário. como da noz vazia do real. com sua conotação dos idola como idola fori . não se quer falar de uma “simulação” que teoricamente não se pode propor. introduziram a história da ideologia.15). como acontece de novo na arqueologia estruturalista da modernidade. os erros que derivam do uso da linguagem. na qual era prenunciada a tentativa da superação científica de um mundo da mera aparência. pois até a crítica à ideologia mais avançada. Por outro lado.p. ou seja. que relembra de modo entediante a especulação cristã. da vida social. a marxista(com sua hipótese de uma aparência socialmente necessária) foi alcançada pelo modelo universalista de uma teoria da reprodução ou do reespelhamento.“os Girondini achavam que o mundo execrável dos reis não teria acabado se tivesse continuado a viver só da imagem” (Shrader 1965. Francis Bacon. 6 . Se tal sucesso do intento de interpenetrar teoricamente poder e mercado é colocado em dúvida. O Iluminismo se colocou contra as obrigações mágicas que eram vistas como fetiches dependentes em primeiro lugar “pessoal” e depois “material” da burguesia. então talvez fosse aceitável a proposta de Walter Benjamin de recorrer a “imagens do pensamento”(Denkibilder) que permitem decifrar também a existência profana como figura enigmática. Se.Assim se chegou a decapitar os ídolos de pedra da soberania. deles próprios e dos outros homens que foram feitos para eles. Se difunde uma condição do tipo “morto–vivo”. de acordo com o seu significado. de si próprios e dos outros homens que foram feitos. nas imagens do mundo. 7 . “vida morta”. entre as quais existem múltiplas intersecções e superposições. Existem distúrbios das imagens que tornam enormemente ambígua a vida das imagens e a morte pelas imagens.As imagens que como um choque rasgam determinadas constelações históricas têm o coração temporal de uma “dialética" em estado de sossego”(Dialektik im Stillstand) e consentem a quebra de alianças com os vencedores da história. a de representação artística e a de simulação técnica. O convite a utilizá-las como estações intensivas da experiência se pode aceitar apenas provisoriamente. logo. pelo menos três funções: a de presença mágica. Não vivem nem na linguagem. E vivem mais mal do que bem nessa imanência (permanência) imaginária. Vivem na verdade nas imagens do mundo. Os homens hoje vivem no mundo. Morrem por isso. pelo menos no momento da sua pura simulação sem referência. No ápice da produção de imagens existem maciços distúrbios. A imagem tem. Essa impossibilidade de decidir se se está ainda vivo ou morto adere às imagens. a via oposta do êxtase extremo Procura-se a saída abrindo caminho entre as imagens.Uma oscilação que se estenda no tempo é difícil de suportar. Por ele nenhum conceito universal está tão à altura. A via de subida. essa busca de profundidade não é fácil e os mencionados distúrbios das imagens podem ajudar. 8 . Já é tempo. Se proíbe dentro de certos auto limites. Se prenunciaria. O outro lado da moeda das imagens é possuído pelo monstruoso e por cada evadido daquelas que exatamente lhe dão mais medo. num injurioso fragmentar. funcionalizar. tem em si também uma outra dificuldade. Dado. então. O exagero da ambiguidade do homem como living dead vai acabar numa image killing . Não é uma coisa fácil. num analisar. um banalizar. seja agressivo ou reflexivo. Procura-se algo além das imagens nas próprias imagens. da própria nova proibição das imagens. não parece possível. da permanência do imaginário. um canalizar. então. multiplicar. já que no fin de siécle de uma pro¡bição da pro¡bição não se pode proibir nada. A evasão da caverna das imagens. porém . um ABC que requer de fato muito prática. que as imagens são “planas”. de sair da autoproduzida caverna das imagens que está se fechando. Por isso às imagens se prendem os desejos de imortalidade. A percepção do monstruoso significa por isso. figuras da dissimulação. Uma tentativa de fugir disso deveria abolir as imagens. Contra o medo da morte os homens só têm a possibilidade de fazer uma imagem dela. 9 . O Cenário tem valor cognitivo.Até discursos mais refinados não se impõem(ou não reinam). mas o princípio de uma relação crítica com as imagens que não pode ser instaurada de nenhum outro modo. deveria alcançar um ponto para lá das imagens do qual não é possível um retorno à imortalidade. a invenção de figuras que fazem um espetáculo que dura toda a vida no palco da vida. Não é um outro domínio do imaginário. e por isso os homens sofrem hoje o destino de já serem mortos em vida. de que coisa são as imagens. e precisamente uma das figuras. Ocorrem duas premissas para se chegar à definição de que coisa é uma imagem. das formas. Por isso a órbita do imaginário é regida sobre o “eterno”. ao contrário. dos rostos que não pertencem ao homem singular e que trabalham de acordo com o princípio da criação de uma vida capaz de procriar. Contra o imaginário ajuda apenas a imaginação. Os únicos adversários dos monstros que nascem do sono da razão e que dependem do regime de uma fantasia de poder são figuras. A dupla premissa é muito simples: como imagens os homens seriam imortais. 10 . A primeira imagem nasce do medo da morte. Substitui a indiferença experimentada na origem. sem imagens talvez pudessem ser mortais. Tem o objetivo de cobrir a ferida da qual provêm os homens. De fato .“a morte em pessoa”. A ilusão depois de duas páginas soa assim:” quem reencontra a imagem está na origem”. Por isso cada imagem é. do sacro ao banal. mesmo que seja profundamente religiosa no primeiro movimento. no fundo. são pesadas.Também esse ponto tem que ser alcançado. porém. Esse escopo porém não pode ser cumprido. o segundo capítulo na superação do medo se chama reprodução. As consequências. A partir disso se pode chamar a imagem-como faz Rolland Barthes. Também isso está do avesso. O primeiro é um segundo. Está no lugar do primeiro mal. A imagem deve se perder nas imagens. Cada lembrança de cobertura(ou disfarce) ao mesmo tempo lembra. por causa da assimetria e por causa dos efeitos retroativos. Prolonga acima de tudo a esperança de que a voz da mãe transpareça através de todas as ambivalências. aliás. Por meio do medo a imagem tem o papel principal no desvio do desejo humano. Se volta. muito antes do surgimento da consciência. sexual. mais precisamente do medo de dever morrer sem ser vivo. Primário é o corpo mortal. O prazer que quer eternidade vale para as imagens. Também isso está do avesso. que são eternos. “quem destrói a imagem perdeu o medo”. Então o prazer estaria errado e a vingança estaria na obscuridão daquilo que acontece e que se faz? Mais ou menos. deve ter sido transformada ela própria numa ferida para que a saída do imaginário se tornasse visível. Há uma voz atrás do espelho que está atrás da cortina. De fato a própria imagem já é uma estratégia do medo. Uma voz calada pelas religiões que proíbem imagens ou melhor. 11 . Com as imagens não é possível nem recordar nem esquecer. mas também para a vingança que lança no imaginário para desterrar(ou extrair) da vida aquilo que não pode amar. é pura ilusão. Esse se pode experimentar. Isso acontece depois da proibição das imagens. Transformar a imagem que está no lugar da ferida da mortalidade em milagre e sinal. Em outras palavras. menor a memória. elas tentaram calá-la. e quanto mais imagens. do espectros e fantasmas. significa alinhá-lo na falange dos mortos vivos. A imagem que está no lugar da ferida. o imaginário é aquele querer esquecer que recorda e aquele querer recordar que esquece.O corpo vem antes da imagem(e da consciência). E precisamente quanto menos imagens(a favor de uma única imagem) melhor a lembrança. Sobre esse limite se trabalha continuamente. mas a diferença entre imagem e imagens remete à secundariedade do eterno. Fazer-se uma imagem do corpo humano significa torná-lo imortal. representação e simulação de uma coisa ausente. da palavra ouvida e pronunciada. que os homens são. Tem o aspecto de um “ser desaparecido” e não se pode inserir nos caminhos da vida. A voz ressoa para além do prazer(proibido) e da vingança(consentida). retorno a uma realidade que nunca existiu. Ancoradouro da palavra. Mortalidade significa. da capacidade de colocar as imagens como imagens. A mortalidade não é um programa e não é um projeto. sem dúvida. A existência sem imagem é falência. “imagem” significa. “Presença” é a dimensão mágica. a situação oferece motivos suficientes para distinções mais precisas.Sua construção da unidade obrigou aquilo que é mortal à repulsão pelo corpo. que se leva ao limite do insensato. A coisa mais difícil é. insistência na incomensurabilidade. incluída a auto-ilusão. à ruína do discurso. O risco elevado provém do fato que as religiões que proíbem imagens fizeram um pacto com o sentido desde o início. não daquilo que ela diz. Se se admitem diversas combinações históricas com diversas pronúncias . entre outras coisas. “representação” reune forças da imitação. o inteiro arsenal dos disfarces engenhosos e “simulação” é um assunto da ilusão. porém. presença. que são comuns. que em contato com 12 . ancoradouro da materialidade da voz. uma existência sem imagem. pegar uma saída do imaginário diferente daquela permitida pelo medo. Ambígua desde o começo. as leis de mercado e da abstração da troca tem atualmente sua conjectura favorável. provavelmente. de maneira que se verifique ou seja verificada uma queda da presença plena ao presente morto. simulado ou fingido. O material ao qual correspondem as imagens na sua versão é uma ausência. onde o objeto não tem em si nada de objetivo e o horizonte tem em si pouco de definido. Se poderia esboçar uma teoria da decadência das imagens. 13 significados fundamentais. que parece insuperável. seria muito fácil falar apenas de épocas históricas das imagens. se assim se quiser. vazio. Atrás do horizonte e no objeto cabe (ou paira ameaça de ) um abissal horror vacui. se realizou através de uma . representação e simulação “constituem” ao mesmo tempo o objeto e o horizonte da reflexão. é a perda do ambiente do seio materno. Em todo caso. pesada de carregar e difícil de explicar. também argumentos para uma cotemporaneidade. Há porém. sem considerar como uma mistura atual de produções e recepções de imagens pré-histórica/pré-moderna/ e pósmoderna/pó-shistórica influencia a percepção. O fato de que ele tenha nascido e que deva morrer oferece os pressupostos para a experiência da perda. uma falta fundamental. que atarefará ( dará trabalho) o homem para toda vida como parto prematuro. dos três violação simulativa da realidade. que. A cooperação e o contraste entre presença. com a atenção ao perigo e com a atenção como veneração. há um movimento histórico no sentido dos ordenamentos experimentais dos quais faz parte também a mesma prestação de contas. O pensamento provém da mesma fonte da criação das imagens. que é ausente. mas tem muito a ver com a awareness (a conscientização). portanto ficção. Essa mesma insuficiência é o motivo para as variantes e para a reflexão. participam de um modo ainda indistinto: um presente do espírito no sentido de uma percepção radical que não tem nada a ver com a “verdade”. sem nunca alcançar a dignidade daquilo que substituem. que colocam em cena as imagens como simulacro e levam em conta uma simulação em diversas camadas. Se trata de levar em consideração com urgência três variantes das quais a fantasia e a imaginação. mas significa a capacidade de colocar alguma coisa como alguma coisa. que não significa retorno a um estado de salvação. substitutas daquilo que falta. Dado que as imagens permanecem porém ímpares e não podem existir duplicatas perfeitas. estratégias lúdicas que aparecem no jogo e incluem a disponibilidade para iludir e para se fazer iludir. A voz primitiva “ imaginação” não cumpre nem mesmo de longe as diferenciações que foram dadas historicamente. As imagens são. assim consideradas. Uma ilusão. Uma lembrança. em suas várias acepções. é compelido pela necessidade e também composto de modo similar. com a advertência sobre o traço corpóreo da vida.mas pode ser substituída. 14 . invenção que pode fazer ver também as imagens como imagens. Se deve voltar a atenção que atualmente cabe às imagens da moldura das imagens(borda externa) e do apoio das imagens(fundo) à forma de cruz que estrutura as imagens “por dentro”. que vai contra a valoração diferenciada da força da representação.seguindo alguns raciocínios de MerleauPonty. o mecanismo suficientemente conhecido de uma criação sucessiva da imagem autêntica a partir da cópia ou da junção de simulação e presença. quiasma ótico: pequena formação quadrangular em formato de x na qual os nervos ópticos parcialmente se juntam ou se cruzam. de modo surpreendente. Assim . A imagem tem uma estrutura fundamental de quiasma (em forma de x ou +.o cruzamento de tendências principais que se excluem reciprocamente. Cruzamento ou decussão de duas formações anatômicas. pela primeira vez bastante e abundantemente. depois e ao lado da Idade moderna. 15 .) Quiasma significa aqui. Por isso se deve assumir como tema a interface que corre sobre o limite entre o visível e o invisível e que.provavelmente. na “época das imagens do mundo”(Heidegger).Presença. representação. que se percebem à superfície do corte de imagens e corpo. No entanto. a história se faz pensar primeiro. são apenas duas das muitas figuras do processo que estão em jogo e que teriam que ser delineadas. simulação de uma ausência têm diversos resultados que continuam a agir numa interdependência multiforme. tem forma de cruz. estado de indeterminação completa. ser consumidas e trabalhadas a fundo. Italia.A ampla tensão das tendências cruzadas quiasmaticamente que . vai da imagem interior como ilha da lembrança que lembra uma mítica lembrança originária do passado(tradição da anamnesis e da aletheia ) até a “imagem exterior” que . Mondadori.quando estiverem visíveis. Milano. levantada do Gólgota (veja-se a profecia de um sinal no qual vencerá). como templum e tempus. para que cesse sua obrigação secular e os homens aprendam finalmente a relação de abandono que corresponde aos sujeitos das imagens. o espaço com a cruz das coordenadas(veja-se o rito da fundação das cidades). Este texto foi extraído do livro “Cosmo. Corpo. Poderiam . o tempo com a cruz ereta. Ambas as cruzes . na pura repetição que não terá nunca repetido nada. No empirismo mais radical.vêm à luz contemporaneamente. 2002. Cultura. pratica um esquecer o esquecer.como marcas (ou assinaturas) da terra habitada e do corpo humano sinalizado .05. Parece que são o próprio sinal.Centro Interdisciplinar de Semiotica da Cultura Digitally signed by CISC Centro Interdisciplinar de Semiotica da Cultura DN: cn=CISC Centro Interdisciplinar de Semiotica da Cultura. não deve estar de acordo apenas cronologicamente. Enciclopedia Signatu re Not Verified CISC . 16 . Espaço e tempo na Europa foram sempre construídos como cruz. Ed. Fundam as imagens de dentro. a tabula rasa ( filos. A cura di Christoph Wulf. vazio total. não apenas na diacronia mas também na sincronia. ou seja. É difícil pensar que a amplitude de tensão desses tempos seja válida sempre. c=BR Date: 2003.13 21:54:04 -03'00' Antropologica. que caracteriza a mente antes de qualquer experiência). porém.
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