301009 http://www.veralemgruber.com.br/ HISTÓRICO DA PSICOTERAPIA BREVE* Vera Lemgruber*Capítulo do livro “Psicoterapia Breve”, Segre C.D. (org.) Lemos Edit. 1997 Introdução O termo Psicoterapia breve ( para os autores ingleses brief psychotherapy ou de curto prazo, para os norte-americanos short-term psychotherapy ) originou-se, na década de20 do século passado, com a tentativa de S. Ferenczi e O. Rank de encurtar o tempo de duração dos tratamentos psicanalíticos. Com isso, nesse início de 3o. Milênio, não são mais adequados para designar a técnica de P.B., ainda que sejam termos já consagrados pelo uso. Entretanto, não podemos deixar de ressaltar que esse tipo de designação deixa de lado os aspectos mais essenciais da técnica terapêutica empregada em P.B. e que lhe conferem especificidade e originalidade. Por isso, hoje em dia, utilizar apenas o critério temporal não caracteriza a técnica de P.B., apenas enfatiza a questão da duração do processo, em referência ao tratamento psicanalítico clássico. Nos seus primórdios, a comparação com a psicanálise era necessária, já que não havia, à ocasião, nenhuma outra modalidade viável de tratamento psicoterapêutico. A psicanálise, durante muito tempo, foi tida quase como uma “panacéia universal”, sendo empregada para qualquer tipo de problema mental. A partir da 2a. Guerra Mundial, tornou-se necessária a busca de alternativas viáveis de atendimento psicoterapêutico e isso deu origem ao desenvolvimento de uma pluralidade de abordagens de forma tal que agora encontramos várias formas de tratamento, inclusive muitas que não têm origem na psicanálise. Fazendo uma simplificação didática, podemos classificar atualmente as abordagens da linha de P.B. em duas grandes categorias: - P.B.s. com orientação psicanalítica; - P.B.s. de linha cognitiva e comportamental. As terapias de linha comportamental e cognitiva, além de rápidas e eficazes, algumas vezes são até mais curtas do que as tradicionalmente agrupadas sob a denominação de P.B. Entretanto, abordaremos neste capítulo basicamente as P.B.s de orientação psicodinâmica (P.P.B.), no sentido das abordagens que se originaram dos esforços de Ferenczi e de Rank de encurtarem o tempo prolongado dos tratamentos psicanalíticos. Os especialistas que trabalham com P.P.B. destacam algumas características dessa técnica que, oriunda da psicanálise freudiana, foi se desenvolvendo principalmente através das contribuições de S. Ferenczi (1950; 1956); F. Alexander (1965); D. Malan, (1974; 1981; 1983); P. Sifneos (1964; 1967; 1972; 1989; 1993) e H. Davanloo (1980; 1990) e essas características é que conferem à P.P.B. sua especificidade e a distinguem das demais técnicas psicoterapêuticas, tornando possível alcançar os objetivos terapêuticos em prazo bem mais curto. As P.P.B.s colocam em dúvida o conceito de que para ajudar de modo eficaz um paciente é sempre necessário um tempo prolongado e, embora mantenham o ponto de vista psicodinâmico na compreensão da problemática do paciente, ao lidar com essa problemática empregam técnicas não só as de base psicanalítica, mas também de outras linhas teóricas, como a cognitiva e comportamental; gestáltica; experencial;etc. para F. Essas características.atividade x planejamento.E. A teoria na qual se baseia essa abordagem.foco. 5.P.P. o uso de interpretações. os atendimentos que fossem rápidos. com um planejamento terapêutico elaborado a partir da avaliação diagnóstica nosológica e psicodinâmica do paciente. “… é breve por escolha e não por falta (by design. já que o objetivo é. são importantes ainda que representem apenas as consequências das características específicas da técnica. De acordo com Bloom a P. Ressalta que não é coincidência que o interesse nesse tipo de abordagem tenha crescido rapidamente na década de 60. de menor número de consultas e tempo de tratamento mais curto. se baseia num “tripé” (Lemgruber.P.P. via de regra. 4. Alexander (1946). e que serve para a compreensão psicodinâmica do paciente.regra fundamental da associação livre. . vemos que: 1.B. Em resumo e de forma didática. Bloom também insiste sobre a necessidade de se distinguir as P. não ultrapassa uma vez por semana. É uma técnica ativa. período em que houve o desenvolvimento do movimento comunitário de saúde mental. mesmo que com um enfoque diferente) e são também empregadas outras táticas psicoterapêuticas.). é orientada psicanaliticamente. com o objetivo de potencialização dos benefícios terapêuticos.C. . efetivos e eficientes. é a nova experiência emocional que acontece na relação entre terapeuta e paciente e.Experiência Emocional Corretiva (EEC).. Há possibilidade de integração com a terapêutica psicofarmacológica. estimulando. como uma técnica planejada.P. focalizada. acima enumeradas.P.E. isto é. Como características peculiares da P. comportamentais. O tratamento tem uma duração limitada e a frequência das consultas.B. .P.regra de abstinência. 1984): . que enfatizava a possibilidade de se tornar disponível a ajuda psicoterapêutica para todos que a necessitassem. Dentre os conceitos essenciais da técnica da P. descreve o tratamento breve que tem a intenção de obter um conjunto de objetivos terapêuticos dentro de um limite circunscrito de tempo” (1992).s e assim obter um resultado terapêutico em um prazo mais curto.B. psicodramáticas ou outras que forem consideradas importantes no objetivo de suscitar oportunidades de o paciente vivenciar E. destacamos o conceito de Experiência Emocional Corretiva (E. Algumas das táticas terapêuticas empregadas são baseadas na técnica psicanalítica (por exemplo. Conceitos Essenciais da Técnica das P. De acordo com uma terminologia mais atual diríamos que o psicoterapeuta funciona como um “treinador” (coach) do paciente. 3.P.Bs. planejadas. as psicoterapias que só são breves porque o tratamento é encerrado unilateralmente pelo cliente ou pelas necessidades institucionais. assim.B.C.neurose de transferência.B. pode ser desenvolvida e estabelecida através de um progressivo treinamento. através das repetidas interações menos patológicas com o terapeuta. como algumas baseadas em abordagens cognitivas. O princípio central do processo terapêutico.B. fazer novas conexões neuronais . not by default) …e a palavra planejamento é importante. de acordo com a avaliação do caso e o diagnóstico do problema. Por essas características peculiares é que encontramos a tendência de se designar a P. daquelas que poderiam ser chamadas “psicoterapias curtas sem planejamento”. em contraposição ao “tripé” da técnica psicanalítica: . 2. .B.Aspectos Básicos da Técnica da P. podemos dizer que a técnica da P. sendo que ambas estão sendo extensamente estudadas e corroboradas pelas recentes pesquisas em neurociências (……. É exatamente o que muitas vezes foi identificado como “profundas modificações” e “reações em cadeia”. sendo então possível uma formatação biológica do domínio psicológico da ordenação e construção da experiência.E. passam então a serem vistas como representando o estabelecimento de novas conexões neuronais estabelecidas através de experiências de aprendizagem.C.s propicia-se o estabelecimento de novas redes de conexões neuronais e novos trajetos para as percepções e comportamentos.) Em “Psicoterapia Breve: a técnica focal” (Lemgruber. que levam à reestruturação emocional interna. sem que o paciente tivesse necessariamente tomado conhecimento ou elaborado as causas e raízes de seus problemas: “às vezes se produzem reações em cadeia. intra e extra terapêuticas num mecanismo de feedback positivo” Carambola é a expressão usada para identificar uma jogada de bilhar ou sinuca em que uma determinada bola ao ser impulsionada por um taco.Cs. As Cinco Revoluções da Psiquiatria . O Efeito Carambola encontra-se fundamentado nas neurociências. As E. gera movimento em outras bolas que não haviam sido atingidas diretamente. por continuamente proporcionar E.C.. A partir das E. um importante elemento da facilitação de mudanças é a vivência de E.E. e sua resultante que foi denominado por Lemgruber de Efeito Carambola (1995. vem sendo buscado por Lemgruber nas descobertas das neurociências. o que demonstra a plasticidade neuronal do cérebro humano.E.E. O papel do terapeuta é o de servir de catalisador neste processo de mudança. 1965). 81) permite que se explique as dúvidas lançadas em vários textos sobre o desenvolvimento da psicoterapia breve. Wolberg (1965) e E. A partir de 2000 porém. A E. em virtude de forças que escapam ao nosso conhecimento” (Wolberg.C.s. através de experiências de reaprendizagem emocional. sem que haja interferência de nenhuma deliberação consciente. desta forma.C. 187…?). baseada na ótica da Segunda Tópica da metapsicologia freudiana.E. que surgiu uns quarenta anos depois e que foi correlaçionada com a visão adaptativa das teorias darwinianas sobre a evolução das emoções do homem e dos animais ( Darwin. que levam às modificações internas no modo como o indivíduo vê a si próprio e aos outros. mas que passam a mover-se impulsionadas pelo movimento gerado pela primeira bola. Alexander foi o precursor da abordagem psicodinâmica da Teoria das Emoções. p. Braier (1981) por exemplo.mais satisfatórias em relação à problemática do paciente e. a compreensão do mecanismo de ação das E. de Alexander foi explicado como sendo a ativação de mecanismos conscientes/préconscientes/inconscientes do ego. … que se baseia na possibilidade de o paciente vivenciar E. que revelavam a perplexidade dos autores em relação às “profundas modificações” de personalidade que se observava com os tratamentos psicoterapêuticos breves. já que um processo psicoterapêutico eficaz propicia a formação de novas redes de conexões neuronais. Com o objetivo de promover essas experiências de reaprendizado.E.C. o processo de mudança psíquica poderá ocorrer também em outros relacionamentos da vida do indivíduo. Em analogia à carambola do bilhar.E.C.s.E.Cs. que representa “o mecanismo de potencialização dos ganhos terapêuticos obtidos pela técnica focal. o termo Efeito Carambola foi utilizado por Lemgruber para expressar o mecanismo interno de potencialização dos benefícios terapêuticos obtidos através da técnica focal. 1984) o conceito de E. como os de L. que buscava uma maior cientificidade na abordagem da doença mental. da década de 60. ed. como também a validade dos diagnósticos psiquiátricos. não só de ação antipsicótica. mas sim. A antipsiquiatria considerava que a doença mental não fazia parte do domínio da Medicina. diversas abordagens psicoterapêuticas passaram a ser desenvolvidas na segunda metade do século XX.D. Na década de 70 surgiu o movimento. Com o desenvolvimento e a publicação dos critérios diagnósticos de Feighner (1972) houve um grande impulso para a pesquisa de definições específicas e detalhadas de diversas categorias diagnósticas. posturas teóricas divergentes separavam a Psicanálise Clássica da Psiquiatria Clássica e. que. Lang e D. o psicodrama. A Segunda Revolução Psiquiátrica foi realizada pela psiquiatria alemã. de acordo com esta visão. a bioenergética e principalmente a terapia cognitiva. O tratamento das psicoses foi radicalmente mudado pela série de descobertas ao acaso de drogas com ação psicoativa e o novo arsenal terapêutico teve várias consequências na prática. Sigmund Freud (1856-1939) promoveu o movimento psicanalítico. como uma tentativa de resposta ao movimento questionador da Antipsiquiatria. ocorrida em meados século XX. um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento da Psiquiatria moderna. quando os psiquiatras franceses J. Cooper. A APA buscou. dentre outras. No final do século passado. mas também antidepressiva. Essa nova classificação teve um grande impacto não só na psiquiatria americana. criando locais para o cuidado de doentes mentais e enfatizando o cuidado através de princípios humanitários. 1995). que representavam uma ruptura na forma de compreender a mente humana. Sua teoria estava construída de tal forma que refutá-la era impossível (…) Os pilares da psiquiatria psicanalítica foram abalados por um terremoto no início da década de 50. a gestalterapia. (1995). desenvolver uma nova classificação que refletisse o estágio de desenvolvimento atingido pela Psiquiatria em relação aos distúrbios mentais e publicou o DSM-III (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. então. A Primeira Revolução Psiquiátrica ocorreu somente a partir da escola francesa de Phillipe Pinel (1745-1826). movimento este que era liderado pelos psiquiatras ingleses R. serviam somente para a rotulação e estigmatização social dos indivíduos com problemas mentais. como parte de uma Força Tarefa da Associação Psiquiátrica Americana (APA). depois denominado Revolução Científica da Psiquiatria. Deniker desenvolveram uma substância chamada clorpromazina. principalmente por intermédio do trabalho e do esforço nosográfico realizado por Emil Kraepelin (1855-1926). . 3a. considerando a Terceira Revolução Psiquiátrica. o que levou ao desenvolvimento de novas substâncias de ação psicoativa. a terapia familiar. introduzindo os conceitos de inconsciente e da sexualidade infantil. dentro deste contexto. até o século XVIII a identificação de doentes mentais era efetuada através de critérios socioculturais imprecisos. A tendência na psiquiatria passou . permitindo restringir os episódios psicóticos agudos e minimizar as recorrências. A origem da Quarta Revolução Psiquiátrica remonta à Revolução Bioquímica da Psiquiatria.De acordo com Louzã Neto et al. tendo sido elaborado o RDC (Research Diagnostic Criteria) por Spitzer (1978). Até meados do século XX.) (1980). a classificação e o diagnóstico passaram a ser questões clínicas importantes (…) Este renascimento Krallpelineano está refletido nas classificações psiquiátricas modernas que se desenvolveram do DSM-III da Associação Psiquiátrica Americana” (Eisenberg. Suas idéias eram interessantes e atraíam os alunos mais brilhantes. Como as novas drogas eram específicas. antimaníaca e ansiolítica. de acordo com Eisenberg “(…) a psicanálise era virtualmente o único jogo a se jogar. Delay e J. das Ciências Sociais. mas no resto do mundo psiquiátrico. que instituiu regras de funcionamento hospitalar. questionava não só os tratamentos psiquiátricos vigentes na época. Até essa ocasião. a fim de que diferentes profissionais da área de saúde mental pudessem identificar os diversos distúrbios mentais e ainda assim manter suas abordagens pessoais para entender e lidar com eles. o enorme avanço nas neurociências. De certo modo. entre os próprios terapeutas. a partir da década de 60.significa duas vezes e. O advento das terapias cognitivas e comportamentais.10a. pela APA. já que há muita dificuldade em se desenvolver estudos mais objetivos e sistematizados com as terapias a longo prazo.. que comprovam a ação no funcionamento cerebral e no comportamento do indivíduo tanto da medicação psicotrópica como da psicoterapia e as pesquisas genéticas dos projetos Genoma e Celera mostrando que os genes representam os alicerces da maioria das características humanas e que a essência da humanidade está na interação dos genes com o ambiente estão permitindo que obstáculos praticamente intransponíveis entre as vertentes “orgânica” e “psicológica” estejam diminuindo e tornando possível hoje uma abordagem integrada do ser humano. A CID-10 que foi concluída em 1992. A observação. Crits-Christoph e Barber em seu livro sobre o desenvolvimento da psicoterapia psicodinâmica breve. que ultimamente passaram a ser a exceção e não mais a regra. Os enormes avanços e descobertas na área de imagem cerebral. a piada ilustra uma triste verdade em psiquiatria: o fato que não se tem ainda o conhecimento da etiologia ou do processo fisiopatológico da maioria dos distúrbios mentais! A Quinta Revolução Psiquiátrica está surgindo no início deste milênio com novos horizontes no campo da saúde mental. nos Estados Unidos. Desde a década de 90. Numerosos são os fatores que podem explicar essa tendência em direção às terapias de curto prazo. de que a maioria dos pacientes deseja um tratamento mais rápido e de que muitos pacientes que podem beneficiar-se desta abordagem não teriam outra disponibilidade de tratamento. 2. Janet Williams (Talbott et al. foram realizadas. que sempre foram tratamentos de curta duração. Quatro Gerações da Psicoterapia Breve Contextualizando os tratamentos psicoterapêuticos dentro do histórico da Psiquiatria. portanto. O desenvolvimento do movimento dos Centros Comunitários de Saúde Mental (CMHC). 1992) refere-se à piada que dizia que a palavra “agnóstico” significa “aquele que não sabe” e o prefixo grego “di”.a ser a de procurar uma abordagem descritiva e objetiva na classificação dos problemas mentais. as revisões para o DSM-III-R (1987). obtida através de evidências científicas. pelo contrário. Os estudos e pesquisas especificamente com tratamentos com tempo delimitado. comprovaram o conceito de plasticidade neuronal e mostraram a possibilidade de neurogênsese cerebral durante a vida toda do ser humano levando ao novo paradigma da saúde mental do 3º milênio: a visão integrada cérebro/mente. Com esta orientação. percebe-se uma tendência recente à mudança em direção ao modelo das psicoterapias psicodinâmicas breves e ao abandono das terapias tradicionais e a longo prazo. revisão . passou a ser oficialmente implementada no Brasil a partir de janeiro de 1996. devido às várias dificuldades que um tratamento mais longo requer. Ao comentar as classificações psiquiátricas atuais. Salienta porém a autora que.1993). que foi denominada “década do cérebro”. a CID-10 (Classificação Internacional das Doenças .. a palavra “diagnóstico” deveria significar conhecimento profundo e entendimento das causas dos distúrbios. Dentre eles. a palavra “diagnóstico” significaria “aquele que não sabe duas vezes mais”. como uma . DSM-IV e DSM-IV-R ( ) e foi também elaborada. pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 4. visual. das pesquisas em neurociência. (1991) ressaltam: 1. 3. P. de tal forma que se possa preservar os valores preestabelecidos (Rodrigues. sua práxis psicoterapêutica e abandonando sua técnica inicial. Freud. S. Crits-Christoph e J. Propuseram. Freud desenvolveu o conceito de neurose de transferência. 1972. uma data para o término do tratamento. Afirmavam que os fatos da vida atual eram mais importantes do que os da infância do paciente. por meio da oposição firme às novas propostas. Mann (1973. é considerado como elemento essencial em P.P. corresponde ao período em que S. destacam-se também os psicanalistas F. nos primeiros anos do desenvolvimento da Psicanálise. Alexander. O aumento da duração do tempo das análises. apresentaram suas idéias. posteriormente.B. foi desenvolvido por F. Nessa primeira geração. (Sifneos.B. Barber consideram este grupo como parte da primeira geração de P. Um dos motivos que levou o conceito de E. conforme esta vem sendo praticada atualmente. Ferenczi foi o primeiro dos discípulos de Freud a propor técnicas ativas para abreviar os tratamentos psicanalíticos. juntamente com seus seguidores. posição esta desenvolvida posteriormente por J. Em 1924. French. sugestão em estado de vigília.maior disponibilidade de tempo e/ou dinheiro e de dedicação a um processo que não tem previsão de término.E. além disso. Na década de 40. depois. o tratamento psicanalítico tornou-se progressivamente mais longo à medida que Freud desenvolveu uma formulação mais complexa de sua teoria psicanalítica.P. como sabemos. E um aspecto bastante pragmático. introduziu diversos conceitos que até hoje são básicos para a P. marco na literatura de P. 1967.B. Por isso.P.B. quando uma idéia é apresentada de uma forma totalmente oposta e contrária às nossas crenças e valores arraigados. neurose transferencial) (Alexander. 1964. É sabido que as raízes da P. 1965). posteriormente expostas num livro publicado em 1946. ainda que injustamente pouco valorizado na área das psicoterapias psicodinâmicas em geral (Alexander e French. pela resolução desta. Achavam também que o objetivo do tratamento deveria ser o de alterar os fatores emocionais da experiência por meio de processos intelectuais. em colaboração com O. levando a uma espécie de “inflação” do processo psicanalítico. modificando.P. Também enfatizaram a importância do nível de motivação do paciente para a mudança. já que este. hoje. o que.. bastante rápida e objetiva. 1993). Rank (1956). fazia tratamentos bastante curtos e eficazes. a tendência é a de se fazer uma reatância a essa idéia. até hoje um definidor da P. a permanecer no “limbo” da teoria psicodinâmica foi a reatância provocada por muitas das idéias inovadoras destes .B. 1989. mas não menos importante. 1979). onde a alta passava a requerer “um penoso trabalho para o analisando e uma dura prova para a paciência do médico” (1914). aspecto que. associação livre. num congresso realizado pelo Instituto de Psicanálise de Chicago. com a intenção de se obter a resolução da neurose original por meio da sua substituição pela neurose de transferência e. 1965). que. Alexander e T. uma das postulações básicas das atuais abordagens cognitivas. o que representa. Tal publicação expõe o conceito de experiência emocional corretiva.B. a fim de se criar possibilidade de trabalhar as questões ligadas à separação. 1987). 5. Estudos de Psicologia social mostram que. F. Entretanto..C. que resulta da pressão pela diminuição de custo exercida pelas companhias de seguro saúde e pelas empresas que. são encontradas nos trabalhos pioneiros de S. limitam o atendimento psicoterápico a um número determinado de consultas. Alexander apontou para esse aspecto evolutivo da terapêutica psicanalítica ao classificar diferentes etapas na evolução da técnica freudiana (hipnose catártica. mesmo dando cobertura aos seus funcionários. Alexander era fundador da P. na verdade. Observa-se hoje uma tendência na literatura norte-americana sobre P. 2003) que traz uma proposta de integração de várias táticas psicoterapêuticas.P. que foi desenvolvido a partir dos trabalhos anteriormente feitos na Tavistok Clinic.B. pela sua proposta a respeito de características importantes da técnica .s. sedimentado no recente trabalho de L. são citadas as abordagens que desenvolveram Manuais de Tratamento. apresenta sólido embasamento teórico e confirma. especialmente durante a administração do presidente John Kennedy e teria surgido como parte de uma estratégia desenvolvida com o objetivo de oferecer ajuda psicoterapêutica a todos que dela necessitassem.B. É por isso que em nosso livro Psicoterapia Breve: A Técnica Focal ( Lemgruber.B.B. Num processo de desenvolvimento teórico e técnico. Esse tipo de manual foi originalmente desenvolvido para as terapias dos tipos comportamental e cognitivo.C. 1992). sobre a abordagem de terapia dinâmica de tempo limitado (1984). agregando valor: Conforma dito pelo próprio Freud. Ressaltaram a contribuição de Malan para o conceito de foco. ainda que em sua época não o houvesse assumido e S. chegou até mesmo a ser considerada uma transgressão maior à psicanálise e a representar quase uma ruptura com a técnica psicanalítica (Rosolato. F.B. Para estes autores na definição de P. diferentemente da psicanálise clássica. acentuado pelo fato de que estas idéias foram apresentadas como componentes da própria técnica psicanalítica.B. estariam incluídas não só as de abordagem psicodinâmica como também as de abordagem cognitivo-comportamental. Barber. como sendo algo “menor”. de forma convincente e cientificamente documentada.P. nos quais se especifica com detalhes o modo como o processo terapêutico deve ser conduzido..autores.* Ainda de acordo com os critérios de Crits-Christoph e J.B. a P. P.mesmo indo contra a crítica depreciativa que considera o posicionamento eclético na abordagem psicoterapêutica. que preconizava que os progressos e mudanças terapêuticas ocorrem principalmente dentro das sessões. Na área de P. de Londres. 1983).E. a abordagem de integração..P. Malan. Sabemos hoje. J. por M.Mann. enquanto um campo de estudo sistemático.B. Alexander e French acreditavam que os pacientes precisavam passar por E. Ferenczi poderia ser considerado o pai da P. Como terceira geração da P. A técnica Ativa proposta por Ferenczi. para que houvesse progresso no tratamento e. Balint (1972).P. Alexander chegou na ocasião a propor que seu modelo terapêutico fosse considerado como uma quinta etapa da evolução da psicanálise.P. a segunda geração de PP. de se ignorar essas raízes psicanalíticas e de se considerar que. mas sim ampliá-los. Para essa autores a P. os primeiros manuais lançados foram o de Luborsky para sua técnica expressiva (“supportive-expressive”) onde faz uma espécie de codificação dos princípios básicos da sua terapia e o de Strupp e Binder. esses autores acreditavam que o processo terapêutico se estende para o cotidiano da vida concreta do paciente. só tem uma história de 3 décadas (Bloom. 1984) dizíamos que F. surgiu com as terapias modernas e dinâmicas oriundas dos estudos de D.B.B. é sempre muito importante a adaptação às novas teorias e conhecimentos.. “podemos esperar que a . que o que ele estava propondo era uma abordagem terapêutica diferente e que viria a ser o fundamento da técnica atual das P. e os novos modelos nem sempre precisam substituir os antigos. McCullough (1997. teria a origem no movimento de saúde mental comunitário que surgiu no começo da década de 60. planejada. Davanloo. Sifneos e H. o modelo de atendimento integrado q baseado no novo paradigma da integração cérebro/mente e na teoria das emoções. Propomos como uma quarta geração de P.B... na pontuação da escala de Hamilton de depressão e na avaliação de imagem cerebral por meio de SPECT (tomografia computadorizada com emissão seqüencial de fótons únicos) e também demonstraram um aumento do fluxo sanguíneo nos gânglios basais (Martin et al. tendendo a revivenciar a situação original como se estivesse ocorrendo naquele momento e a não colocar em palavras essas experiências. também não é mais possível se desvalorizar os recentes desenvolvimentos no domínio da psiquiatria. a tendência atual da abordagem psicoterapêutica na “década do cérebro” foi a de demonstrar a integração cérebro-mente. 1920). Novas tecnologias. por outro lado.T. confirmando. Tais dados corroboram a observação de que os pacientes com TEPT têm dificuldade em estruturar cognitivamente suas experiências traumáticas. da mesma forma que já havia sido detectado que a farmacoterapia leva a mudanças nos processos cognitivos e em outros aspectos psicológicos do indivíduo. com bons resultados. com ativação da área de Broca... Após o tratamento. que possibilita a compreensão do funcionamento das mais diversas funções psíquicas. daqui a dezenas de anos. Conforme expusemos no livro Psicoterapia Focal: o Efeito Carambola (1995). pela 1a. Posteriormente foi realizada uma pesquisa sobre o resultado da psicoterapia cognitiva no tratamento de sintomas do Transtorno de Estresse PósTraumático (Rauch et al. vez. 2001). assim. os resultados do PET-Scan revelaram um retorno ao funcionamento do fluxo sangüíneo cerebral simétrico. 1996). Esses trabalhos comprovaram . ao mesmo tempo em que não é mais possível se desconsiderar o conhecimento teórico e prático acumulado pelas psicoterapias. que foi desenvolvido a partir das bases psicanalíticas e vem sendo aplicado. Tanto o comportamento como o pensamento do indivíduo vão influenciar os processos bioquímicos cerebrais e também.Freud. no qual os pacientes foram expostos a narrativas vivas e detalhadas de suas próprias experiências traumáticas. ela dará para as questões que agora lhe fazemos. com rigor científico. as mudanças psicológicas alteram o funcionamento e a bioquímica cerebral. o processo psicoterápico eficaz provoca alterações nos mecanismos neuroquímicos do indivíduo. . Hoje em dia já se sabe que.biologia nos dê as mais surpreendentes informações e não podemos imaginar quais respostas. Scan (Tomografia Cerebral Computadorizada por Emissão de Pósitrons) e Ressonância Magnética Funcional. Com isso torna-se possível analisar-se dos efeitos tanto das modernas medicações psicotrópicas como das intervenções psicoterapêuticas no funcionamento cerebral. Foram apresentados também resultados parciais de pesquisa com pacientes apresentando Depressão Maior. os quais têm se direcionado para o campo das neurociências.E. a hipótese teórica do modelo integrado do funcionamento cerebral. Elas podem ser de um tipo que venham a destruir toda a estrutura artificial de nossas hipóteses” (S. Esses pacientes. principalmente os atuais estudos com P. juntamente com desativação da área de Broca. Portanto. 1996). verificou-se uma assimetria funcional com predominância de estimulação do hemisfério cerebral direito e ativação do córtex visual. em ambos os grupos. há quase um século. incorporando as recentes descobertas sobre o funcionamento do cérebro. “Além do Princípio do Prazer”. onde. a eficácia tanto da psicoterapia comportamental como do tratamento farmacológico com serotoninérgicos no tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo. 1992) e replicada posteriormente (Schwartz. submetidos a seis semanas de tratamento medicamentoso com anti-depressivo dual (serotoninérgico/noradrenérgico) ou com psicoterapia interpessoal apresentaram uma melhora significativa. tanto nos indivíduos normais como nos portadores de problemas mentais. de acordo com a classificação DSM-IV. A primeira pesquisa desse tipo realizada em 1992 (Baxter et al. permitem a visualização do cérebro em plena atividade e um grau de precisão de medida do fluxo sangüíneo por medição das variáveis do consumo de oxigênio e da glicose. através de medições das mudanças do fluxo sangüíneo no cérebro realizadas por meio de PET-Scan.. bem como a psicoterapia..B. No Brasil. O neurocientista A. ao se avaliar o quanto a P. M. a língua portuguesa tem suas origens greco-latinas mas hoje o latim é considerado umalíngua morta. e Cruz. A. Balint e D. o psicólogo clínico deve ter consciência que a psicoterapia tem um efeito na atividade mental do paciente graças a sua capacidade de promover uma transformação no funcionamento da atividade neural do sujeito (…). H. separando corpo e alma. em 1984. com uma língua viva e. interpretando a psicologia clínica dentro da ótica da psicobiologia diziam: “… toda forma de psicoterapia.B. que. age em tecido nervoso. H. vários cursos têm sido ministrados no país. Temendo poder até chocar os mais puristas e até mesmo provocar uma reatância nos leitores. realizado na PUC-Rio. razão e emoção. provavelmente pela grande influência da psicanálise inglesa nesse país.o livro publicado por Braier . Da mesma forma que.P.B. que foi um dos primeiros a lidar com P. ao se radicar no Brasil. J. uma combinação das abordagens psicofarmacológica e psicoterapêutica de modo a melhor satisfazer às necessidades individuais do paciente. Observa-se também um crescente interesse nos eventos relacionados ao tema. a técnica psicanalítica.E.P. 1986). ousaríamos fazer uma analogia da técnica atual de P. Kesselman. pois com pouca aplicação na atualidade. Assim.P. várias formas de relacionamento social. 199. o melhor tratamento inclui.P.B. reunindo diversos terapeutas e desencadeando grande interesse sobre o assunto. alterando o padrão da comunicação neural da mesma forma que drogas psicotrópicas são capazes de alterar a atividade mental de um indivíduo (…). Apesar de a abordagem de tratamento combinado não ter ainda sido suficientemente investigada. influenciou toda nossa cultura ocidental.) desde o título de seu trabalho identifica o fato de a dicotomia cartesiana. Assim. sobretudo pelos estudos do grupo da Tavistok Clinic.B. escreveu também sobre o tema (1983.B. a maioria dos estudos feitos cada vez mais tem demonstrado que a terapêutica integrada é superior ao processo psicoterapêutico isolado ou ao uso isolado de medicação. soaria estranho uma afirmação como a de Landeira-Fernandez. Knobel. integrada.. com frequência. em grande parte. O Desenvolvimento da Psicoterapia Breve na América Latina O interesse pela P. Alexander sobre E.. foi realizado em Buenos Aires um colóquio sobre P. atualmente. Podemos afirmar que. na Argentina tendo publicado nos Anais do colóquio de Buenos Aires um artigo juntamente com Szpilka (1968) e posteriormente. sua matriz original. notar-se que o debate sobre este tema não está mais confinado às áreas acadêmicas e às disputas teóricas. Desde o Iº Encontro Nacional de P. na América Latina surgiu primeiramente na Argentina.sendo aassim.Até bem pouco tempo atrás. por mais material ou espiritual que possa parecer. dentro da mentalidade cartesiana que prevalecia na área psi. responsável pela dificuldade de no campo “psi” se adotar uma posição integrada. (1976).C. no seu excelente livro de divulgação “O Erro de Descartes” (Damásio. tendo já passado ao domínio dos leigos. vem ganhando um novo espaço como abordagem terapêutica. Malan. a uma língua morta. analogicamente. A mídia vem dedicando atenção a esta nova modalidade de atendimento psicoterapêutico através de entrevistas com profissionais especializados na área. Fiorini. . com professores de renome internacional. Alguns especialistas argentinos vieram a se destacar nesse campo . Em 1967.P. autor argentino que mais enfatizou o conceito de F. alteram o funcionamento mental de um indivíduo através do seu impacto no tecido neural…” (1997). Damásio.P.com uma visão mais atual sobre o assunto (1981). é interessante.. poderia então ser equiparada. que publicou o primeiro livro argentino inteiramente dedicado ao tema (1970). liderado por M. foi apresentado e. mas também com diversas outras técnicas psicoterapêuticas além da psicodinâmica. a abordagem experiencial emocional em psicoterapia breve psicodinâmica foi trazida num curso dado por Diana Fosha. Um aspecto importante ser considerado em relação ao desenvolvimento científico na área das psicoterapias é a dificuldade de se ter formas mais confiáveis de avaliação das diversas abordagens.B. agora em uma terceira edição revissda e com textos mais atualizads . no livro “Psicoterapia Focal: O Efeito Carambola” foi enfatizado o emprego da Experiência Emocional Corretiva como o instrumento básico do processo terapêutico. A . por M. Avanços em Práticas Psicanalíticas” (1990).atraindo um público cada vez maior. logo após o livro “Psicoterapia Breve” de M. Eduardo Ferreira-Santos.L. destacamos os de P. Este último realizado não só no Rio de Janeiro como também na Universidade São Marcos. “Psicoterapias Psicodinâmicas Breves e Critérios Psicodiagnósticos” (1990). sobre P. no livro “Psicoterapia Breve Integrada”. material este que foi posteriormente complementado em 2002 num artigo escrito juntamente com Andréa Junqueira Psicoterapia Psicodinâmica Breve Integrada: a psicoterapia do 3º milênio”. do Hospital Beth-Israel. autora que vem desenvolvendo esta técnica em Nova York. Esse fato pode ser acompanhado nos meus próprios textos com o passar dos anos: em 1984. os cursos realizados no Rio de Janeiro. o trabalho de integração da técnica focal. Além disso.. sobre P. “Psicoterapia Dinâmica Breve: Saúde Mental Comunitária” (1988).Abordagem “Sistematizada de Situações de Crise” (1990/1997) No Rio de Janeiro. da Universidade de Harvard. que estava sendo aplicado e desenvolvido no Setor de Psicoterapia do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa do Rio de Janeiro. durante os congressos nacionais da A. diversos cursos têm sido promovidos pelo Departamento de Psicoterapia da Associação Brasileira de Psiquiatria. em São Paulo. facilitando as avaliações e supervisões dos processos psicoterapêuticos. citamos os livros de Maria Alice Azevedo.. “Psicoterapias: Abordagens Atuais” (1993). publicado em 1986.B.. Dentre os autores de São Paulo. sobre P. em 1995. tem sido muito atuante na área. baseado em sua tese de doutorado. O grupo do Rio Grande do Sul. que representou a primeira publicação de autor brasileiro sobre o tema . “A Terapia mais Breve Possível.. em 2000 foi fundamentado o trabalho psicoterapêutico focal breve integrado com base na Teoria das Emoções e nas recentes descobertas das neurociências no livro “O Futuro da Integração”. Aguiar e S. Seu uso rotineiro no treinamento dos psicoterapeutas já permitiu um grande avanço no sentido de se poder ter um maior controle. no Rio de Janeiro e em 1991 e 1993 em Porto Alegre. Paralelamente houve um aumento do número de publicações de autores brasileiros tratando do assunto desde 1984. tendo sido criado o conceito de Efeito Carambola como mecanismo explicativo da possibilidade de modificações abrangentes na personalidade do paciente através da técnica focal. desde que em 1977 comecei a colocar em prática e ensinar Técnica Focal em Psicoterapia Breve no Departamento de Psicologia da PUC-Rio. em Quatro Sessões.B. na Universidade Federal do Rio de Janeiro e os outros livros de minha autoria: “Psicoterapia Focal: Efeito Carambola” (1995). Sifneos. Sophia Caracushansky. em 1995 e 1996.B. “Psicoterapia Psicanalítica Breve” (1993). Em 2000. da Policlínica Universitária de Lausanne. “Psicoterapia Breve Integrada” (1997) e “Futuro da Integração” (2000) Tendo já se passado mais de um quarto de século. Schestatsky “Psicoterapia de Orientação Analítica: Teoria e Prática” (1989) e outro trabalho organizado por A. citamos o livro de Theodor Lowenkron. quando publiquei o livro “Psicoterapia Breve: a Técnica Focal”. Eliza Yoshida. de Nova Iorque. Provocadora de Ansiedade. no Rio de Janeiro. Dinâmica Intensiva. Dentre esses. Eizirik.P. ministrados em 1990. em 1997. Laikin. publicou um volume organizado por C. em 1994 e o de E. pude verificar o processo de evolução dessa prática. Knobel. Cordioli. Gilliéron. na medida que ela sofreu uma série de mudanças adaptativas. R. não só com a psicofarmacologia. “Psicoterapia Breve . no primeiro livro “Psicoterapia Breve: A Técnica Focal” a ênfase foi colocada na flexibilidade de postura terapêutica e rapidez de ação: em 1995. ) De acordo com P..L. 2003). H.Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. com o objetivo de apontar tratamentos alternativos ao uso de medicação (Lemgruber e Stingel. Cordioli. Ornstein.Handbook of Short-Term Dynamic Psychotherapy.. Nueva Visión. & Barber. . Azevedo. Braier.. T. no Serviço de Psiquiatria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro em 1995.P. Davanloo. . 1991. . Jason Aronson. Caracushansky. medida a partir da manifestação dos próprios usuários. São Paulo. J. Buenos Aires. 1993. 1993. M. dedica sua tese de Doutorado em Psicologia no Instituto de Psicologia da UFRJ a esse tipo de pesquisa e publica os resultados num artigo “Escalas de BemEstar Subjetivo e Avaliação Quantitativa em Psicoterapia” (Stingel. 1992.A.P. Dentre eles destacamos o grupo de terapeutas e pesquisadores do Hospital Beth-Israel de Nova Iorque. 1981. Davanloo. Tendo assumido a direção do Centro Colaborador da OMS no Brasil para Psicoterapia.Unlocking the Unconscious.Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. DC. No Brasil. New York. no início e no final dos atendimentos. diversos centros têm procurado realizar pesquisas em psicoterapia. Ally & Bacon. et al. Desse grupo saiu o importante trabalho de L.P. Pollak no próprio Hospital Beth-Israel (1991). fizemos um levantamento sobre tipos de psicoterapia utilizados em ambulatórios públicos no Brasil. H. na USP.P. Vértice. 2000). B. na UFRJ. Ana Stingel então.B. que empregávamos. Davanloo à abordagem desenvolvida por J.H... 1998) e começamos a colher várias medidas.McCullough. 1980. P. Paidós.). de Harvard ( 1997: 200. London.Psicoterapia Dinâmica Breve: Saúde Mental Comunitária. Porto Alegre.. Bloom.(Ed. Ultimamente vários grupos vêm procurando desenvolver protocolos de pesquisa mais confiáveis que se adaptem ao estudo do modelo de P. Porto Alegre. Artes Médicas. Tavistock Public. . São Paulo. & French.Planned Short-Term Psychotherapy: A Clinical Handbook.. DSM-III . Artes Médicas. que atualmente vem desenvolvendo seus estudos na univ. avaliando estados subjetivos no início e no término do tratamento. American Psychiatric Association. . CID-10 .) Psicoterapias: Abordagens Atuais. . . F.. Washington. 1990. P. . E. como os trabalhos de Bernard Rangé. Basic Books. New York. Buenos Aires.tese de doutorado de T. Wiley.Terapêutica Psicanalítica. . em busca de avaliação do tratamento oferecido (Lemgruber. mantendo. 1980. por exemplo. Além disso.Psicoterapia Breve de Orientación Psicoanalítica.Short-Term Dynamic Psychotherapy. . estudados com videoteipes (199. M. que tem conduzido estudos sobre a eficácia de abordagens de P. 1988.B. Crits-Christoph.R.A.B. E. portanto foi feito uma avaliação dos cinco anos da técnica que estávamos utilizando até então. 1965. uma das metas do foi procurar desenvolver protocolos que permitissem avaliar a eficácia do tipo de técnica de P. Boston. . na linha cognitivo-comportamental. 3 ed. Sifneos o videoteipe representaria para os psicoterapeutas o mesmo progresso que o microscópio representou para os anatomopatologistas (1993).P. & Balint. indicando que os pacientes de P. estudos mais sistematizados a respeito do tema. New York. Referências Bibliográficas Alexander.A Terapia mais Breve Possível: Avanços em Práticas Psicanalíticas. 1990. Balint.Focal Psychotherapy: An Example of Applied Psychoanalysis. 1972. S. Summus Editorial. e de Luís Armando Araújo. um estudo comparando a linha de H. A.B. apresentam uma dimensão de Bem-Estar Subjetivo significativamente maior quando terminam o tratamento do que quando chegaram e sugerindo a eficácia do processo terapêutico.B. Lowenkron no IPUB/UFRJ baseou-se em casos de P. Artes Médicas. Affects and Attachment. Artes Médicas. 1981. New York.Teoria e Técnica de Psicoterapias. 1973.H. Centro Editor de América Latina. Washington. Knobel. 345-350. N. Fiorini. 1984. . Lemgruber. Robins. T. Repetición y Elaboración (1914). 1983. 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